PIADA PRONTA
GENTE
BOA
PORCHAT
Foi show ver o Fábio Porchat na capa do Opa! ele está super em evidência e tem muito talento. É mais um grande artista do humor brasileiro dando certo. MAITÊ – POA
DIEGO FELIPE WEILER
diegofelipeweiler@facebook.com
MAIS DOS MESMOS
DORMIR AQUI E TRABALHAR LÁ NÃO PODE!
O prefeito de Eldorado do Sul assinou um decreto que proíbe a construção de alojamentos para operários que irão trabalhar em uma empresa de celulose localizada em Guaíba. O prefeito diz que a construção destas moradias trará um crescimento desproporcional, com impacto negativo na infraestrutura urbana da cidade. Que os prefeitos das demais cidades da região metropolitana não siga o mesmo exemplo. Imagina proibir as pessoas de morar na cidade e trabalhar em Porto Alegre – seria um caos. #ImaginaNaCopa #EssesPoliticos
Sinceramente achei a nova diagramação da capa do Jornal Opa! igual as outras revistas – ficou quase padrão, a antiga se diferenciava. O bom é que conteúdo e abordagens continuam sendo diferenciados dos outros. CAROLINE – POA
MATHEUS FREITAS
freitasmatheus33@gmail.com
MAIS AMOR, MENOS MOTOR
A nova seção de Ideias está muito interessante. O artigo sobre o desinteresse dos jovens por carro reflete esse novo momento que estamos vivendo. Mais amor, menos motor. JOÃO - POA
DOUGLAS ROEHRS douglasroehrs@gmail.com
ALICE FORTES
fortesalice@yahoo.com.br
DIZA GONZAGA
Fundação Thiago de Moraes Gonzaga
Fórum Vida Urgente - Protagonismo juvenil em pauta
São os jovens que dão cara e voz Vida Urgente. E para construir um futuro mais humano e seguro para todos, a Fundação Thiago de Moraes Gonzaga aposta no protagonismo juvenil. Há 10 anos realiza o Fórum Vida Urgente, um encontro anual de estudantes que fomenta a participação dos jovens na discussão e busca por soluções para questões relacionadas à juventude e a valorização e preservação da vida. Ao ver tantos jovens reunidos para um dia de imersão no “Universo Vida Urgente”, confesso para vocês que é impossível conter a emoção. São tantos “Thiagos” e “Thiagas” ali pelo meio, pois em cada um deles vejo um pouco do meu Thiago. E este ano, o nosso Fórum Vida Urgente e suas “conexões com atitude” me fazem lembrar ainda mais do meu
filho... Conectar é escolher caminhos e o Thiago um dia escreveu “ser jovem não é fácil, principalmente na hora de escolher o caminho a seguir para a vida toda. Somos considerados adultos o suficiente para escolher uma profissão, mas para certas coisas como casar, dirigir e até morar sozinho, ainda não.” Relendo seus textos, hoje eu concordo com o Thiago. Olho para vocês e acho que muitos não estão prontos para escolher o caminho a seguir. Vocês são uma geração conectada, plugada, ligada. O acesso à informação nunca foi tão rápido e a forma de se comunicar, tão instantânea. Mas o que estamos fazendo com tudo isso? Quando iniciei o Vida Urgente meus dias eram respondendo as
cartinhas que chegavam de todos os cantos. Levava dias para a informação circular entre as pessoas. Hoje vocês me “perseguem” no twitter e são meus amigos no Facebook. Pode parecer nostalgia, mas eu tenho saudade das cartinhas. Pra mim elas vinham com tanta energia... Nesse nosso mundo conectado vivemos tão acelerados que às vezes não conseguimos perceber a hora de parar. O meu Thiago parou aos 18 anos. Ele não viveu esse mundo rápido, mas uma vida rápida. E assim como estes jovens que participaram do Fórum Vida Urgente, proponho o desafio para que reflitam sobre qual a velocidade da vida e como podem ser conectados com atitudes seguras por um mundo melhor. E esse mundo depende muito mais de vocês, jovens. Eu acredito em vocês!
MATHEUS MAIA BECK matheusbeck@uol.com.br
Fotos do MR. PI: PATRÍCIA BENVENUTI
OPA COMUNICAÇÃO LTDA CNPJ: 12040043/0001-80 Publicação mensal dirigida ao público universitário de Porto Alegre e Região Metropolitana
Correspondências: Rua Arabutan 724/302 Bairro Navegantes, Porto Alegre-RS CEP: 90240-470
E-mail: contato@jornalopa.com.br Twitter: @jornalopa Facebook.com/jornalopa Edição: Tuio Moraes > tuiomoraes@jornalopa.com.br Revisão: Leci e Luiz Erni Moraes
ANUNCIE: João Arthur Moraes comercial@jornalopa.com.br (51) 9282.0994
ORELHÕES COM WI-FI
VVocê já usou um orelhão? Ou melhor, você sabe usar um telefone público? Pois bem, cada vez mais em desuso, a Anatel quer modernizar estes simpáticos sem utilidade. A ideia é que 300 mil orelhões se transformem, também, em pontos de acesso de conexão Wi-Fi. Mas calma, estamos no Brasil e a burocracia impera. Para isso acontecer, a proposta inclui uma consulta pública em março do ano que vem. Caso seja aprovada, a decisão deve ser incluída no novo contrato de concessão de telefonia fixa, previsto para 2015, sendo que os novos orelhões só funcionarão entre 2015 e 2016, pouco antes das Olimpíadas no Rio de Janeiro. Orelhões com Wi-Fi, que os anjos digam amém.
ENERGÉTICO ÀS AVESSAS
MANDELA´SBOOK
Que Nelson Mandela é um ícone mundial, isso é inegável. Mas agora ele também virou rede social. Inspirados na “rede” de Lady Gaga, os netos do ex-presidente da África do Sul, lançaram a “Mandela.is”. O objetivo do projeto é estender a todos o prestígio do herói da luta antiapartheid.
O uso de energéticos é algo corriqueiro na vida de muita gente. Na balada, no trabalho, na faculdade. Na contramão disso tudo, uma empresa canadense está lançando no Brasil a bebida Slow Cow – uma espécie de energético #soquenao. O produto tem na sua fórmula chá verde, camomila e maracujá tudo pra você relaxar. “O produto convida os jovens a incluir uma pausa, um respiro no meio de sua rotina. Um momento para relaxar, sair do automático, recarregar e focar no que importa”, disse, em nota, Rodrigo Assis, CEO da marca no Brasil.
ME DÁ UM “M”, ME DÁ UM “H”
Desde que a prefeitura de São Paulo proibiu a existência de motéis nos bairros centrais da cidade, proprietários inventaram uma nova letra para o alfabeto. Depende do ponto de vista de cada um: pode ser um “H” ou um “M”. Se a vistoria chegar, o dono afirma é um “H” maiúsculo e que ali é um hotel, mas se o casalzinho chegar o “M” predomina e a suíte do motel está liberada.
TRIGO POR COCA
Não tá fácil pra ninguém. Um usuário de drogas prestou queixa na Brigada Militar de Araricá (RS) depois que descobriu que havia comprado farinha de trigo em vez de cocaína. No interior não se compra mais gato por lebre.
TEQUILA LIBERADA
Quando se fala em México o que lhes vem à cabeça? O grande chapéu? O candidato a Vereador de Porto Alegre, o Mexicano? Não, estamos falando da Tequila!!!! Os mexicanos estão comemorando o primeiro embarque da bebida 100% para a China. O país já vendia Tequila para a China, só que de qualidade inferior. A bebida de melhor qualidade – que contém maior nível de álcool - era proibida na China. Traz o limão e vamos comemorar!!!
TROCANDO IDEIAS
O Trocando Ideias é um ciclo de encontros desenvolvido para levar conteúdo, despertar ideias, incentivar o networking e fomentar o empreendedorismo. No mês de Setembro o Trocando Ideias traz o tema “Inovação, comunicação e design na era digital”, abordando informações, dicas, novidades e debate com especialistas sobre as tendências dos negócios e do mercado na era digital. Convidados: Gustavo Goldschmidt do Superplayer Max Senger da Lung Inteligência e Tecnologia Social Pedro Loureiro do Superplayer e do Studio Bah Design Rafael Terra da Fabulosa Ideia Roberta Hentschke da Bora Design de Negócios
BRASIL DO MICROEMPREENDEDOR
O Brasil teve no primeiro semestre deste ano 905.468 novas empresas, segundo pesquisa do Serasa Experian – um avanço de 1,39% comparando com o mesmo período do ano passado. Do total, 68% são microempreendedores individuais e 12% são de empresas individuais.
+ http://www.nossaidea.com/
ESSA MULHER É DE LARGAR A IGREJA
Segundo o Movimento Nacional das Famílias dos Padres Casados – sim, existe um movimento para isso – um em cada quatro padres brasileiros largam a batina para se casar. No país do carnaval e das bundas fartas, há 7 mil padres no país que pediram dispensa da igreja para poderem se casar e serem felizes para sempre. #Amem.
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EMPREENDEDORISMO na FACULDADE
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TÁBUA NA CARA:
HUMOR VIRAL DE QUALIDADE FEITO AQUI Vídeos engraçados é o que mais tem nesse vasto mundo digital. Mas algo bem pensado, produzido é coisa rara. Um grupo de amigos gaúchos se uniram e começaram a fazer aqui o que se vê fazendo sucesso em São Paulo e no Rio: esquetes bem humoradas utilizando apenas a Internet para difundir o conteúdo. O Tábua na Cara já virou viral, pois isso conversamos com um de seus idealizadores, Cassiano Valente, para saber que negócio é esse.
BACHAREL EM
EMPREENDEDORISMO 5 dicas de quem saiu da faculdade com o sonho de ser empreendedor.
N
ão sei se é assim com todos os empreendedores, mas eu entrei na universidade querendo ser publicitária e saí sonhando ser empreendedora. Tenho certeza que isto aconteceu com, no mínimo, mais 4 pessoas: os meus quatro sócios. Queríamos ser empreendedores, mas não sabíamos o que empreender. Depois de muito procurar encontramos um nicho de negócio e criamos um buscador de imóveis em Porto Alegre, que depois expandiu para outras cidades do RS. Neste ano completamos 5 anos e nos reunimos para responder a seguinte pergunta: Com base na nossa experiência, o que diríamos para um formando que estivesse saindo da faculdade hoje com o sonho de ser empreendedor? Desta reflexão conseguimos extrair uma dica de cada um dos nossos sócios, veja quais foram: Escolha uma área para empreender que tenha alguma relação contigo Rodrigo Robert | Gerente de Projetos No Tá Tri, escolhemos o mercado imobiliário mais pela oportunidade que visualizamos ao não encontrar um agregador de ofertas aqui em Porto Alegre, do que pela nossa proximidade com esta área. Na verdade não tínhamos qualquer relação com o mercado imobiliário: não sabíamos nem mesmo qual era o percentual que corretores/imobiliárias cobravam nas operações de compra/venda de imóveis. Algo básico. Tivemos que dedicar muito tempo e esforço para aprender sobre o segmento que estávamos entrando. Foi um grande aprendizado para toda a equipe. Ainda há muito que aprender, mas hoje podemos dizer que compreendemos o mercado e seus players. Então minha dica é esta mesmo: empreenda em uma área que já conheças ou que tenhas uma mínima noção. Pode parecer besteira, mas isto vai facilitar muito tua sobrevivência no negócio! Tenha a certeza que algo dará errado e tenha força para dar a volta por cima Gustavo Frainer | Desenvolvedor Não é regra, mas boa parte dos grandes empreendedores fracassaram antes de atingir o sucesso. Aproveite o fracasso para aprender e fazer melhor. O empreendedor aprende com os erros. Também é importante reservar forças para dar a volta por cima. Várias vezes, no Tá Tri Imóveis, percebemos que estávamos indo no caminho errado e foi preciso mudar a estratégia e recomeçar. Já tivemos até que adiar planos por conta de necessidades mais imediatas. É um pouco decepcionante, mas uma ótima oportunidade para pensar no que estamos fazendo e aprimorar a ideia. Nosso maior fracasso foi não termos sido aprovados no PRIME, um programa de subvenção econômica do governo. Ficamos quase um ano escrevendo o projeto e a decepção foi grande. Isso aconteceu no segundo ano da empresa. Apesar disso, por termos muita convicção no negócio, conseguimos seguir adiante e completar nosso quinto ano. Acredite na sua ideia e seja humilde Eduardo Zamin | Sócio Investidor Acredito que o segredo do sucesso é acreditar na ideia, amar e lutar para que ela se concretize. Porém, muitos confundem amar com uma espécie de posse cega. É mais ou menos como a relação entre pais e filhos. Amar é orientar o desenvolvimento e as potencialidades. Pais possessivos oprimem tentando impor suas vontades. Amar sua ideia de negócio é querer torná-la viável de qualquer maneira. Se formos possessivos, ficaremos cegos, sem enxergar falhas e problemas. O que pode ser sinônimo de fracassos irreversíveis e muito prejuízo. Seja humilde para ouvir as opiniões dos outros e analisá-las profundamente. Se aquele amigo te disse que o negócio não vai dar certo, não o chame de negativo. Questione por que ele acha que não dará certo, entenda seu ponto de vista e seja humilde para aceitar que ele está querendo te ajudar. Busque soluções viáveis para os argumentos das pessoas que dizem que o negócio não vai dar certo. Não significa abandonar a ideia, mas viabilizá-la. Encontre sócios que compartilhem sonhos e interesses. Guilherme G. Schneider | Comercial e Desenvolvedor Para mim o mais importante é formar um grupo de amigos que compartilham o mesmo desejo de serem empreendedores. Manter este grupo ativo é fundamental para conversar sobre ideias e possibilidades. O grupo também vai lhe ajudar a conhecer as pessoas e ver com quais perfis você se identifica para ter como sócio. A escolha de um sócio não deve se basear apenas na amizade ou companheirismo. Nem sempre seu melhor amigo será um bom sócio. Arrisco dizer que o mais difícil, quando se começa a empreender, é achar pessoas comprometidas e confiáveis para abraçar a ideia e trabalhar junto conosco. Seus sócios precisam sonhar com você e é preciso objetivos similares. É recomendável que a escolha seja muito bem feita e pensada. Muitas empresas tem alto potencial de sucesso e só não dão certo por que os sócios tem interesses e expectativas diferentes, que não estão alinhadas. Isso infelizmente pode acabar com um próspero negócio. Saia do Lugar e coloque a mão na massa Lígia Buchfink | Comunicação e Marketing Acredito que o empreendedor precisa vencer a inércia todos os dias e sentir o negócio vivo em si. Para isso é preciso fazer, vestir o uniforme. Ser o primeiro a chegar e o último a sair. Não deixe seu funcionário sozinho, esteja presente para que ele tenha certeza que pode contar com você. Faça com que perceba que está por dentro das dificuldades dele e que vai buscar a solução. Se você é o empreendedor, você é o líder e o responsável pelo sustento da equipe que trabalha com você. Não é apenas um negócio, é um sonho e são vidas que estão acreditando neste sonho com você. Esteja presente, assuma a responsabilidade, aprenda a delegar e terá parceiros (funcionários, sócios e clientes) lutando com você para que sua empresa prospere. Uma ideia, 5 sócios, 5 anos Tentamos com esta reflexão extrair o que de mais importante cada um de nós aprendeu com o empreendedorismo para compartilhar com aqueles que ainda sonham em serem empreendedores e também com os que já o são. Afinal, toda experiência nos ensina alguma coisa. Tomara que nossas pequenas dicas sejam úteis e os ajudem em algum aspecto. POR Lígia Buchfink Empreendedora do Tá Tri Imóveis, um buscador que reúne imóveis da maioria das imobiliárias de Porto Alegre, Região metropolitana, Vale dos Sinos e Litoral Gaúcho
JORNAL OPA! - Explique um pouco Tábua na Cara, como surgiu o projeto? CASSIANO - O Tábua é um grupo de humor composto por dois jornalistas, um estudante de Publicidade e um diretor de cinema. O Projeto surgiu de um desejo do nosso diretor João Pedro de fazer algo para a internet. Na época fui descrente pois, até então, via a internet como um território de coisas “toscas”, em termos de qualidade técnica, texto e interpretação. Mas vendo algumas coisas novas na internet com qualidade técnica, textual e tudo o mais, concluí que talvez fosse o momento de tentar algo nessa plataforma. Decidi chamar os guris e lançar a Idea. No começo não tínhamos muita noção do que faríamos. Mas a proposta inicial era unir esquetes com enquetes, essa segunda, como sabe, mais usual no universo do jornalista. JORNAL OPA! - Quem escreve os textos? CASSIANO - Todos os quatro, mas dois integrantes do elenco são livres para contribuir com roteiros. Mas até agora apenas eu derramei suor sobre o teclado. O pessoal gosta mais de soltar ideias em reuniões, o famoso Brainstorn. Nem todos se sentem seguros para criar situações, diálogos e personagens sozinhos em seus quartos. É uma questão pessoal que como integrante do grupo preciso entender. JORNAL OPA! – Como é feita a produção dos vídeos? CASSIANO - Os vídeos são produzidos com nosso próprio equipamento. Ou quase todo nosso. Tivemos um problema com o microfone, e até por isso falhamos uma semana sem postar vídeo inédito. Mas agora está tudo resolvido. O local de produção varia. A proposta é explorar a região metropolitana de Porto Alegre. Mas até agora só gravamos em Canoas, onde resido atualmente. Isso também não impede de, num final de semana, pegarmos a free way para gravar algo na praia, ou na serra... JORNAL OPA! - Alguma inspiração no Porta dos Fundos? CASSIANO - A inspiração no Porta dos Fundos pode ser citada apenas como referência técnica e textual, em termos de qualidade. Nunca como referência de estilo. Procuro não ver mais os vídeos do Porta para não correr esse risco. Mas quando vejo, depois de semanas sem ver, percebo que nunca pensaria naquela situação daquela maneira. Meus textos são muito autorais. Sempre que tenho uma ideia que julgo sensacional, me pergunto: Eu já não li, vi ou ouvi isso em algum lugar? Quando não encontro resposta, vou pra frente do monitor. Se fosse citar influência, poderíamos por na sacola de Mamonas Assassinas até Dostoiévski.
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Sangues, explosões, mulheres bonitas e o mexicano que toca o terror nos inimigos estão de volta em Machete Kills. POR MATHEUS FREITAS
m belo dia, sentado em seu escritório no mundo mágico de Hollywood, o diretor Robert Rodriguez, na tentativa de produzir um novo filme de aventura, chegou à seguinte conclusão: “Como fazer longas– metragens originais de ação, sendo que o cinema está saturado desse gênero?”. O cineasta então decidiu rir e satirizar todas essas produções. Surgiu então Machete, o mexicano mais sem noção que o mundo já conheceu. O personagem apareceu pela primeira vez em um trailer fictício do longa Planeta Terror (2008), também de Rodriguez, e fez um tremendo sucesso. Após o episódio, o herói chegou aos cinemas com o seu primeiro filme solo em 2010. A premissa da história é simples: Machete é um ex–agente federal do México e viu sua mulher e sua filha serem mortas por um traficante de drogas chamado Torres (que foi interpretado por Steven Seagal). O mexicano é abandonado na casa em que está, mas sobrevive mesmo depois dos cúmplices do criminoso terem ateado fogo no local. Após o incidente, ele passa a viver perambulando pelas ruas, até o dia em que tem a chance de ir novamente atrás de Torres e vingar a morte de sua família. Mas o que faz essa obra cinematográfica ser um sucesso, já que, na teoria, é igual aos outros filmes de ação e aventura? O jornalista Francisco Russo, editor do site “Adoro Cinema”, acredita que a identidade que Rodriguez dá ao seu filme é o grande diferencial da estória. - A meu ver, Machete funciona justamente porque assume, desde o início, que sua grande intenção é ser um filme B divertido. Desta forma, o diretor Robert Rodriguez abusa dos clichês e inclui um punhado de situações absurdas, facilmente identificadas pelo espectador, que não ri propriamente do que acontece, mas do quão absurdo é o exibido em cena. A sequência Machete Kills (ou o nome abrasileirado Machete Mata) deverá seguir a mesma receita que o anterior. No entanto, o herói não está em busca de vingança. Ele foi chamado pelo próprio presidente dos EUA para deter um perigoso bandido que está ameaçando a nação americana com bombas nucleares. Desta vez nem Os Vingadores escaparão da piada. O slogan de Machete Kills – “O inimigo pode ter um míssil, mas nós temos Machete!”, refere–se a uma das principais cenas do filme de super – heróis, quando o vilão Loki diz a Tony Stark (Homem de Ferro): “Nós temos um exército”. E Stark responde: “Nós temos o Hulk”.
A sátira do filme já começa antes mesmo de rodar a primeira cena. O presidente dos EUA, o homem mais poderoso do mundo, é interpretado pelo beberrão Charlie Sheen (que usará seu verdadeiro nome nos créditos – Carlos Estevez). O ator, que já fez diversos papeis em sua carreira, atualmente é conhecido por sua fama de “bad boy” e pelas confusões em que se meteu na vida real (teve uma overdose de cocaína em 1998; em 2006 terminou o seu casamento com Denise Richards e ela o acusou de violência doméstica; em 2009 foi preso por bater em sua nova esposa – agora já separados – Brooke Mueller. No ano seguinte destruiu um quarto de hotel na cidade de Nova York após um acesso de fúria; entre outras coisas). A confusão mais recente foi com Chuck Lorre, criador do seriado Two And a Half Men, onde Sheen era o protagonista. Depois do produtor se queixar que o astro não estava se comprometendo com o programa, Charlie disse: “Lorre é um homenzinho estúpido, que eu nunca gostaria de ser”. O ator acabou sendo demitido e atualmente está na sitcom Anger Management. Aliás, o longa está recheado de atores e atrizes famosos. A começar pelo vilão da história, que será interpretado por Mel Gibson (Luther Voz). No lado negro da força, ele ainda terá a companhia de Lady Gaga (La Chameleon), fazendo sua estreia no cinema e Sofia Vergara (Madame Desdemona), estrela da série americana Moder Family (a atriz colombiana entrará literalmente de peito no filme, em uma das cenas ela utiliza um sutiã em forma de arma para tentar matar Machete). O elenco ainda conta com: Vanessa Hudgens, Cuba Gooding Jr., Zoe Saldana, Antônio Banderas. E tem também a volta das atrizes: Michele Rodriguez (Velozes e Furiosos) e Jessica Alba (Quarteto Fantástico). Machete Kills estreia dia 20 de setembro, no Brasil.
Inspirados pelos filmes B da década de 60 e 70, os cineastas Robert Rodriguez e Quentin Tarantino decidiram criar o Grindhouse. O projeto tinha a intenção de reviver o cinema trash, que há algum tempo estava um pouco esquecido. Em 2007, os primeiros títulos foram lançados. Rodriguez estreou com Planeta Terror (onde surgiu o trailer fictício de Machete) e Tarantino lançou Á Prova de Morte. Ambos os longas continham exagerados litros de sangues, humor e sátiras as histórias de terror (em uma das cenas de Planeta Terror, a personagem principal perde metade da perna e coloca uma metralhadora no lugar do membro). Reciclagem - O personagem Edgar McCraw, interpretado pelo ator James Parks, aparece em ambos os filmes dos diretores. Além das produções do Projeto Grindhouse, McCraw apareceu também em Um Drink no Inferno 2 – Texas Sangrento, de 1999 (o longa anterior havia sido dirigido por Rodriguez) e em Kill Bill – Volume 1 (2003), de Tarantino.
Machete obtém alguns feitos de que só ele é capaz. - Sobreviveu a um tiro no pescoço, graças à outra bala que já estava alojada no local. Os dois projéteis ricochetearam, fazendo apenas um corte no herói. - Pulou de uma janela a outra pelo lado de fora de um prédio usando o intestino de uma de suas vítimas como “corda”. - Ficou com a Lindsay Lohan, Michele Rodriguez e Jessica Alba em apenas um filme. - Derrotou Steven Seagal. Vale lembrar que além de ator, o astro também é mestre em artes marciais e um dos principais treinadores do lutador Anderson Silva (há rumores de que foi o próprio Machete que treinou Chris Weidman e só assim ele conseguiu derrotar o brasileiro).
> SATYAPREM MÍSTICO OSHO
O
místico gaúcho Satyaprem (nome que significa “amor pela verdade” em sânscrito) começou sua busca espiritual aos 23 anos, quando ainda estudava jornalismo na PUCRS. Hoje, escritor e palestrante, ele intriga as pessoas quando questiona os conceitos que habitam a mente de cada um. Quem é você? Quando o pensador recorre à pergunta: Quem é você? Em realidade, ele faz um convite e não uma interrogação. Olhar pra dentro, perceber-se um observador do mundo, sem julgamentos, sem posição sobre o certo e errado, talvez seja um caminho, que, segundo ele, nos leve até nossa real essência. Atualmente, Satyaprem viaja pelo mundo dando palestras, realizando retiros e conquistando adeptos e simpatizantes de sua forma de pensar o mundo, muito calcada nos ensinamentos de Osho e sob referências diversas de filósofos como Rumi, Eckart Tolle, Mooji, entre outros. Na entrevista, o mestre fala da importância de cada um saber quem é. Satyaprem não acredita que vivemos numa democracia no Brasil e acha que as manifestações de junho foram uma mudança superficial, mas o começo de algo maior. JORNAL OPA! - O grande questionamento que é feito em suas falas é: Quem é você? Você acredita que as pessoas, hoje em dia, não conhecem a si próprias? SATYAPREM - Acreditar é não saber. Nesse caso, por não viver de acordo com crenças, não acredito. No entanto, pessoas sim, não se conhecem. O conhecer as revelaria outra coisa. Por isso a necessidade desta pergunta: quem é você? Caso houvesse conhecimento de quem somos, muitos dos conflitos humanos estariam totalmente ausentes da vida. Como não sabemos realmente quem somos, vivemos imersos num obscuro universo de movimentos inversos. Um ambiente totalmente imaginário, logo sofremos. Em plena realização de quem somos, a vida revela-se como uma celebração.
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JORNAL OPA! Como podemos nos conhecer? Há algum exercício para isso? SATYAPREM - Se há anseio, meio caminho está andado. Mas, partindo do exercício, seria como perguntar a um peixe qual a prática para nadar. Não há como exercitar quem és, posto que: quem exercitaria? Então o meio direto é a investigação: quem é você? Coloque de lado as respostas aprendidas social e culturalmente, mesmo as noções esotéricas; no mais profundo, até as experiências passadas assim chamadas “suas”, e veja que chegarás eventualmente a uma descoberta sincera e necessária, que, se não repetires o que te disseram, ou que tenhas lido, não vais ter como preencher a resposta desse questionamento. Não sabes. Esse silenciamento, esse não saber é a pedra de toque da mais su-blime das experiências humanas.
JORNAL OPA! - Partindo dessa afirmação que a sociedade é corrupta, é correto que as pessoas saiam às ruas protestando contra a corrupção na política, já que os que protestam não são “santos sem pecado”. O que você acha? SATYAPREM - A menos que você saiba quem você é, nada mudará. É como dar ao ladrão o poder de justiça, e isso sempre foi feito. Estamos apenas rearranjando os móveis da sala. Os frutos não caem longe do pé. Necessitamos de uma revolução em consciência.
JORNAL OPA! - Existe uma pessoa honesta 100%, incorruptível? SATYAPREM - Não existe pessoa. Pessoa é um conceito vastamente aceitável, mas improvável. Corrupção é um termo legal, legalista. Como diz Lao-tzu: “Onde existe justiça não há compaixão”. Onde o certo, o errado. Um cria o outro. A justiça, logo a necessidade do corrupto, é uma invenção da mente humana inconsciente, em desamor. Em plena realização de quem você é, verás que agirás com compaixão pelo
Quando as pessoas tomarem consciência, saberão que não há representação. Que o voto é uma farsa. Que a democracia é uma farsa. Que, na verdade, é apenas o sistema feudal fantasiado para o carnaval. O povo, literal e metaforicamente dança conforme a música.
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outro, que é tu. O aparente corrupto nasce da inconsciência de si, nesse sentido o único “pecado” é a inconsciência de si. Quem é você?
JORNAL OPA! - Os políticos – corruptos – são o reflexo da nossa sociedade? SATYAPREM - São a nossa sociedade há muito tempo, desde 1500. Felizmente estamos em tempo de mudança... JORNAL OPA! - A corrupção política no Brasil é algo cultural? Como mudar essa realidade? Essa consciência política partindo dos jovens que foram às ruas protestar, indica uma mudança na sociedade no futuro? As pessoas saberão votar melhor? SATYAPREM - Não é um privilégio brasileiro. É universal. A cultura é privilégio da mente e a mente, mente. Não há con-
sciência política, o que a mente chama de consciência política é apenas uma reação, uma reação política. Um ambiente mental. Quando as pessoas tomarem consciência, saberão que não há representação. Que o voto é uma farsa. Que a democracia é uma farsa. Que, na verdade, é apenas o sistema feudal fantasiado para o carnaval. O povo, literal e metaforicamente dança conforme a música. JORNAL OPA! - Se a democracia é uma farsa, qual é a solução? Para onde a sociedade está andando? SATYAPREM - Se não desperta para o essencial, caminha para seu fim. Se despertar para o que realmente importa, caminha para o fim das distinções abusivas, das separações, caminha para uma comunidade humana una, pacífica, de trocas amorosas, numa geografia sem fronteiras. O mundo é um, não existem partes, realmente, em lugar algum. Sem saber, silenciosamente, observe. Esse momento é tudo. JORNAL OPA! - Você acredita numa mudança quando as pessoas saem às ruas para protestar? Que mudança é essa? SATYAPREM - Uma mudança superficial, pois a estrutura que rege o comportamento humano, que depende de sua inconsciência de si, permanece intocada. Essa estrutura chama-se “mente”. Enquanto a mente estiver como guia das relações humanas, estaremos fadados a trocar nada por coisa nenhuma. Foto: Veetmano/Agência JCMazella
As histórias do show, Pijama Show POR TUIO MORAES
Q
uando se fala em programa de rádio jovem o Pijama Show é uma lenda. Seu criador e apresentador, Everton Cunha (deixa eu ser mais formal pelo menos no início desta matéria) já faz parte das noites da galera há quinze anos, com sua voz inconfundível e pensamentos que, às vezes, chegam à filosofia, sem fazer muita força. No bate-papo, Mr. PI fala do rádio, das manifestações de rua e o que acha das críticas de manifestantes contra a empresa em que trabalha, o Grupo RBS.
JORNAL OPA! – Qual a sensação de comemorar 15 anos no ar com o Pijama Show? Mr. PI – Na realidade, nem eu percebo que tanto tempo se passou. Mas quando eu paro para analisar melhor, eu acho impressionante que eu consegui sobreviver ao dia a dia do rádio. JORNAL OPA! – Quando e como surgiu a ideia do programa? Mr. PI – Eu coordenava a Atlântida Caxias, comecei a pensar no programa, mais ou menos um ano antes dele entrar no ar. Numa viagem com o coordenador de rede, Gerson Pontes, eu comentei com ele que eu, quando era guri, sempre tive vontade de ter alguém comigo nas madrugadas, que eu ficava cheio de conflitos e perguntas na cabeça, e não tinha ninguém para bater papo. Quando eu ligava o rádio vinha uma música lenta, mais “deprê” do que eu. Daí, eu dei a ideia de fazer um programa na madrugada. Um ano se passou, montamos a linha musical, predominantemente rock e pop e bate papo – livre, leve e solto. JORNAL OPA! – O programa está debutando. Tu achas que é um projeto maduro, tem planos de mudar alguma coisa? Mr. PI – Acho que tem que cuidar, não pode deixar amadurecer demais, porque se não apodrece. É um bom tempo. Temos que encontrar um equilíbrio, ir transformando, mas também não inventar muito, porque se não se perde a essência, o DNA do programa, o conteúdo. O foco do programa é a transparência, a autenticidade e a espontaneidade. JORNAL OPA! – Tu entraste na rádio como Everton Cunha. O Mr. PI veio depois, como foi esse seu segundo batizado. MR. PI – O nome surgiu no programa. Quando criamos o nome, Pijama Show, eu comentei com uma amiga e ela, na época mandou um Fax (quem não sabe o que é joga no Google) sugerindo que eu colocasse meu nome de “MR. PI”. “PI” de Pijama. E deu certo, do nada. JORNAL OPA! – E hoje, tu acreditas que é mais conhecido como MR. PI? MR. PI – Boa pergunta. Acho que popularmente sim, o apelido está mais conhecido do que Everton. JORNAL OPA! – Como é esse teu contato com o ouvinte, com um programa ao vivo, participações no ar. Interatividade máxima. MR. PI – Eu acho bárbaro. Sempre disse que sou mais ouvinte do que radialista. Eu não tenho formação acadêmica, sou um autodidata. Eu acabo respeitando e gostando muito do ouvinte porque eu consigo me ver muito nele. E isso nunca me agride, não me invade. Pra mim é uma relação muito bacana. JORNAL OPA! – O programa surgiu quando a internet não tinha essa popularidade toda. Como tu viste essa transformação, o ouvinte agora com acesso à internet? MR. PI – No terceiro mês do programa a gente criou um e-mail. Eu tinha que sair do estúdio, imprimia, ia a outra sala, pegava eles impressos e trazia pro estúdio, sete ou oito e-mails por noite. Eu acho muito normal essa coisa do ouvinte ter mais formas de interagir, poder escutar a rádio onde estiver, também através do aplicativo no celular. Eu não sou refém da internet, da forma que vier o ouvinte tá beleza. Independente do meio – rede social, e-mail... – a essência de tudo é que tem duas pessoas querendo interagir, o meio que elas vão usar, fica a critério delas.
PI
JORNAL OPA! – Tu achas que os protestos tiveram resultado? MR. PI – Acho que não. A iniciativa é legal, às vezes até para experimentar algo novo é legal, a vida não é só protocolo, tem que ter um motivo, tem que ter um porquê, não!. Pode ser também uma esculhambação. Quem tem o poder sabe muito bem administrar esse poder e dar a entender que tu estás mudando alguma coisa que o povo pede, e não é. Acho que vida está cada vez mais nas pequenas coisas que a pessoa é capaz de fazer. A mudança tem que partir primeiramente de hábitos próprios, mas isso leva tempo, para depois poder mudar o todo. JORNAL OPA! – Grande parte dos manifestantes se revoltaram contra a mídia tradicional, o Grupo RBS, principalmente. O que tu achas desta contestação? MR. PI – Respeito todo o direito de expressão de todas as pessoas, não considerando a violência. Qualquer tipo de crítica é válida, correta ou não. Se eu quero esse direito pra mim, tenho que respeitar o direito do outro, mesmo ele sendo completamente contrário, absurdo, da forma de eu pensar. Só que quem fala agora aqui é um cara que trabalha na RBS há quase vinte anos e tem total liberdade para expressar o que acredita e pensa, tendo, obviamente de pesar as consequências que virão. No entanto, nunca fui pressionado para dizer alguma coisa, nunca fui questionado porque disse tal coisa, sempre fui respeitado. JORNAL OPA – Hoje tu participas também do Pretinho Básico. Como foi dividir a bancada com uma galera? MR. PI – É um exercício diário e muito bacana de tolerância às diferenças, que cada vez mais a gente precisa. Quando o Alexandre Fetter veio coordenar, criou o Pretinho Básico, ele achou que seria legal uma pessoas das antigas participar do programa, primeiramente como convidado e depois virei fixo. Pra mim é um prazer participar, porque acredito que o “Pretinho” é um dos programas históricos da história da Atlântida. Estar ali, hoje, aprendendo todos os dias com tudo o que acontece é fascinante. JORNAL OPA! – Tu não tens formação em jornalismo. Tu achas importante a faculdade, ela, em algum momento, fez falta na tua carreira? MR. PI – Acho importante. No mínimo, bom, é. Qualquer coisa que venha acrescentar, trazer conhecimento é válida. É bom a pessoa estudar, se formar, ampliar os horizontes, aprender a capacidade de discernimento, raciocínio. Não podemos radicalizar, de um lado nem do outro. O que eu desempenho hoje na rádio, me permite que eu não tenha essa formação. Mas se eu tivesse que fazer outra função no rádio, talvez fosse necessária.
JORNAL OPA! – Qual a tua opinião sobre as manifestações de rua? MR. PI – Acho válido qualquer tipo de manifestação. Quero sempre que, mesmo sendo manifestações, tenham um contexto que seja desenvolvido, questionado e talvez resolvido. A preocupação que eu tenho sobre as manifestações é a seguinte: Há uma pregação muito violenta por parte de alguns que usam constantemente a internet. E como o mundo, hoje, é muito da internet, a gente está ficando refém, imaginando que isso é uma verdade absoluta. Aqueles que hoje estão fazendo a internet, eles estão conseguindo entrar na cabeça das pessoas dizendo que é assim que as coisas funcionam. A prova disso é, que as manifestações foram promovidas por aqueles que estão na internet, e muita gente esta indo atrás apenas porque acham que se não forem atrás estão fora, não fazem parte. As pessoas têm que parar um pouquinho para pensar se é realmente aquilo que elas querem, se é por aquilo que se merece lutar.
TRÊS LOUCOS E UM MR. PI
Em quinze anos de um programa de rádio diário e ao vivo deve ter um baú de histórias engraçadas. O MR. PI contou três histórias que têm uma ligação entre elas: a loucura, literalmente. Uma noite havia uma menina me esperando na recepção da rádio. Quando cheguei, ela me disse: vamos embora, tuas toalhas estão tudo jogada lá. Daí eu olhei e disse: mas como assim, eu não te conheço. Ela virou e disse: Ah, tu vais te fazer de louco agora? Vamos voltar de uma vez. Essa menina tinha convicção de que ela era casada comigo. Teve outra que me perseguiu e tive que sair escondido com o cara da portaria. Ela se escondia atrás dos muros da rua querendo também que eu voltasse pra casa. Também um menino que me esperou no fim do “Pijama” às duas da madrugada no estacionamento. O cara fugiu de casa, ele tomava medicação. Ele me disse: eu entendi os teus recados. Ele achava que durante aquela noite, tudo o que eu falava era pra ele, então na cabeça dele, ele tinha que vir aqui na rádio saber de mim o que ele deveria fazer da vida dele.
CINES PORNÔ
RESISTEM
Busca por prazer e segurança mantém estabelecimentos abertos. POR Douglas Roehrs
S
impática, a atendente do Cine Atlas, localizado na Avenida Júlio de Castilhos, Centro Histórico de Porto Alegre, entrega uma ficha, igual àquelas de mesa de sinuca, para o cliente cruzar pela antiga roleta. Na parte externa, o prédio passa despercebido. No seu interior, uma sala grande, escura, projeta filmes das 10h, quando abre, até as 21h, horário em que geralmente fecha. O som é baixo e a imagem da projeção, sem qualidade. Após a exibição, quase cinco minutos se passam até a próxima. O aviso de que o DVD tem uso apenas doméstico não é notado por parte das pessoas, que pouco se importam com o filme. Estão ali em busca do contato sexual fortuito. Segundo a atendente, com 13 anos de experiência em bilheterias de cinemas que exibem filmes pornográficos, cerca de 80% do público é composto por homossexuais. Os demais são heterossexuais solteiros ou, raramente, casais. O que se busca nestes lugares? A explicação é atribuída ao que alguns especialistas chamam de colonização do medo. Tais ambientes, assim, tornam-se uma alternativa para obter prazer e, ao mesmo tempo, estar protegido, analisa o doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Luiz Felipe Zago. No Brasil, em 2012, foram assassinados 338 homossexuais, segundo dados do Grupo Gay da Bahia. Um homossexual morre a cada 26 horas no país, número 21% superior em relação a 2011. Muitos, devido a este problema, preferem nem ao menos sair de casa, satisfazendo-se apenas com o uso da pornografia virtual. Por outro lado, o medo não é o único chamariz dos cines pornô. “Há o prazer da excitação coletiva, em acessar um lugar onde se compartilharão experiências de prazer corpóreo com outros indivíduos”, acredita Zago. O sentimento de prazer muitas vezes se alia ao de vergonha. Os clientes do lugar, muitos acima dos 40 anos, usando óculos e vários com excesso de peso, mostram-se incomodados ao conversar. Não gostam de falar sobre a atitude. Ao chegar, o frequentador pode ser surpreendido por outro cliente, que em menos de um
minuto senta-se ao seu lado. Não há diálogo, apenas a espera por uma rápida troca de olhares ou outro movimento qualquer que dê a entender que o toque é consentido. Zago considera o excesso de moralismo e a repressão na sociedade um dos fatores que produzem o chamado “cinemão”. A atitude das pessoas estaria excessivamente dividida entre relação estável monogâmica ou sexo rápido e casual. “A divisão dos espaços de sociabilidade impede entendermos que as pessoas circulam por vários ambientes, por vários espaços, e o fazem por várias razões, experimentando múltiplos prazeres”, completa. No Cine Atlas, clientes caminham entre a sala e os dois banheiros. O primeiro quase sempre com a luz brilhando, acesa por um sensor de movimentos. O segundo, menor, é usado por pares que querem privacidade; eles deixam a porta fechada. O cheiro forte do banheiro – combinação de odor de hospital com banheiro público – às vezes se mistura à fumaça de cigarro. Outros locais semelhantes, como a Athenas Vídeo Locadora, oferecem diferentes atrativos. Além das salas de cinema, há show de strippers, videolocadora, darkroom e cabines de exibição individuais. Dividido em três andares, o estabelecimento, abrigado em um prédio velho, é grande e constantemente limpo. Os longos corredores mal iluminados levam às salas de pequeno e médio portes. O vaivém dos frequentadores é constante. Um dos clientes, alto, careca e de fala arrastada, conta que já foi casado, tem uma filha e não pensa em se unir a um homem, já que conhece o mundo gay e considera o conceito de fidelidade inexistente. Com uma criação que enfatizou a tradição, afirma nunca ter traído sua esposa, enquanto estava casado. Quando perguntado por que decidira frequentar tal ambiente, ele é enfático:
“Segurança”.
Matéria publicada inicialmente no “Editorial J” da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS - FAMECOS
Sonhamos, realizamos e aproximamos políticos e cidadãos U
m pouco da história do site de engajamento cívico Votenaweb, que apresenta de forma simples e resumida projetos de lei em tramitação no Congresso e permite o cidadão votar a favor ou contra as propostas e expressar sua opinião. Há quatro anos quando decidimos realizar o sonho de contribuir com nosso país de forma impactante, muitos nos disseram que não daria certo, que o brasileiro não se interessa por política, e que a internet não teria um poder transformador tão relevante. Mas nós acreditávamos na importância de aproximar a política do cotidiano das pessoas e insistimos na ideia de criar uma plataforma de internet, com design atrativo, fácil de usar, para estimular o debate sobre propostas de leis que influenciam a vida de todos nós, e assim surgiu o site Votenaweb. Desde seu lançamento, testemunhamos o surgimento de uma inteligência cidadã coletiva que logo demonstrou que o problema do brasileiro não era a falta de interesse na política e nas questões colaborativas, ao contrário, percebemos que as pessoas desejam se envolver cada vez mais. Desde o início nos surpreendemos com a imediata aceitação da plataforma, mesmo sendo um modelo inovador, e com a rápida divulgação espontânea dos participantes por meio das redes sociais, e o interesse da imprensa e de blogueiros de todo país. Em quatro anos de história contamos com a participação de mais de 90 mil pessoas que se tornaram coadjuvantes na política ao exercitarem seus direitos de webcidadão. Todas essas pessoas construíram, em conjunto, um ambiente colaborativo de diálogo aberto, respeitoso e democrático. O alto número e nível de comentários também é algo surpreendente, e mostra que o interesse do cidadão vai além de votar para contabilizar sua opinião, mas há também um desejo de argumen-
tar, debater, e de ouvir a opinião do outro. Esse nível de interesse do cidadão brasileiro, e a busca por um maior grau de pertencimento com a “coisa pública” fez com que o Votenaweb se tornasse uma referência em webcidadania no Brasil e exemplo para outros países. Mais importante do que termos conquistado o reconhecimento, foi percebermos que hoje a política faz parte do cotidiano de milhares de pessoas que antes se mantinham distante deste assunto. Olhando para trás vemos que nada seria possível sem a participação de pessoas que dedicam minutos de seu dia, para acompanhar o trabalho dos políticos, enquanto checam e-mails, atualizam suas redes sociais e navegam na internet. Alguns dedicam muito mais do que alguns minutos e votam em centenas de projetos ao longo da semana. Olhando para frente, vislumbramos uma comunidade cada vez mais participativa e interessada. Comemoramos estas conquistas com a certeza de que já avançamos muito na busca pelo resgate da credibilidade política no Brasil e com disposição para fazermos mais pela democracia brasileira. Parabenizamos e agradecemos a todos que fazem parte desta história e que acreditam no poder que a internet tem de mobilizar pessoas e gerar transformações. + www.votenaweb.com.br
POR Daniele Amaral Coordenadora do Votenaweb
Romeu, Julieta, familiares e amigos “Povo que não tem virtude, acaba por ser escravo”, as pilchas são vestidas com orgulho e cânticos tradicionalistas são aliados ao orgulho de ter nascido nessa terra gaudéria numa época de muito chimarrão e costelão 12 horas. Todos são felizes no que pode ser o carnaval para os rio-grandenses. “Tá, mas onde tu queres chegar?” Como sempre proferimos o que não cumprimos, prometemos o que desconhecemos e rejeitamos as responsabilidades. O mês de agosto foi tenebroso para grande parte do estado, que foi fortemente afetada pelas enchentes causadas pelos intensos dias de precipitações. A chuva causou danos irreparáveis e incontáveis famílias perderam tudo o que tinham. Para responder e auxiliar os desamparados vimos armar um quartel solidário onde todos resolveram doar e participar como voluntários para que nada faltasse às vítimas desse desastre natural. Mais forte que a sustentação de um dique, todos agiram a ponto de, em muitas cidades, o recebimento de doações terem sido pausado, devido à extrapolação da estrutura para guardá-los. Existe algo mais fenomenal que essa mobilização? Sim, pois há alguns meses o chamado #vemprarua mobilizou um país inteiro, que está cansado dos abusos políticos e desrespeitos tupiniquins. Essa galera fez tremer a base e afrouxar a ceroula dos que ministram os plenários, câmaras e governos. Eles se assustaram e presenciaram a força do povo, que como diziam, era o “gigante adormecido”. “Ok Matheus, já fizeste o teu depoimento de indignadinho, e afinal, o que tu queres?” Quero dizer que cada vez estamos provando, obviamente para nós mesmos, do quanto somos capazes e do quanto representamos como quarto poder regulamentar desse país. Nesse humilde espaço, recorro ao dramaturgo Shakespeare e chamo o Romeu, a Julieta, os familiares, amigos, farrapos e demais viventes dessa terra que visa a “ordem e progresso” a assumirem a responsabilidade e juntos infiltrarem-se nos livros de história para a produção de um capítulo diferente (isso realmente daria um belo drama para o célebre William). É isso, e, com essa conclusão dissertativa que me premiaria com a aprovação na redação em um vestibular de universidade privada, retiro-me e peço que cada um faça sua parte, trabalhe e siga atrás de seus objetivos.
POR Matheus Maia Beck
Estudante de jornalismo Unisinos
OS DIAS DE ROCK
ESTÃO CHEGANDO,
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Para quem vai ao Festival, e também para quem curtirá os shows no conforto do lar, preparamos um pequeno dossiê do que você precisa saber sobre o ROCK IN RIO 2013 POR DIEGO WEILER
O mês de Setembro chegou, e nele está ancorado o MAIOR FESTIVAL DE MÚSICA DO MUNDO. Es-
tamos falando do Rock In Rio 2013, festival que nasceu aqui no nosso país, em 1985, mas que hoje em dia também é realizado em Portugal e Espanha. Ele acontecerá nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro, na Cidade do Rock, no Rio. Assim como nas outras edições, nomes consagrados da música nacional e internacional se alternarão nos palcos. Os destaques deste ano ficam por conta dos shows de Metallica, Iron Maiden, Beyoncé e Bruce Spreengsteen.
HISTÓRIA
O Rock In Rio surgiu em 1985, no Brasil. E já na edição de estreia nomes como AC/DC, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Queen e os brazucas Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho estiveram presentes. Era a primeira vez de um evento musical desse porte na América Latina. Seis anos depois, em 1991, o Rock In Rio realizava sua segunda edição. Essa dentro do Estádio Maracanã, e novamente quebrando recordes: os noruegueses do A-HA tocaram para 198 mil pessoas, recorde de público pagante em um evento musical até então. Essa edição ainda contou com nomes como Faith No More, Guns N’Roses, Megadeth, INXS, Run DMC, Joe Cocker e Carlos Santana, além de brasileiros como Sepultura, Enge-nheiros do Hawaii e Titãs. Em 2001 o Rock In Rio retorna à Cidade do Rock, e pela primeira vez adota o slogan “Por Um Mundo Melhor”. Sob essa premissa, mais de 3500 emissoras de rádio e TV uniram 90 milhões de pessoas em um ato de silêncio. Iron Maiden, Guns N’Roses, Foo Fighters, REM, Neil Young, Queens of The Stone Age, Red Hot Chili Peppers e Oasis estiveram por lá naquele ano. Porém, também em 2001, o Festival se afastou do Brasil e teve suas primeiras edições na Europa. Em 2004 foi a vez de Lisboa recebê-lo pela primeira vez. Em 2006 houve a segunda edição em terras lusitanas e em 2008 a terceira, juntamente com a primeira vez de Madrid, Espanha. No ano de 2010 foi a vez do Rock In Rio IV em Portugal e da segunda edição espanhola. Até que chegamos em 2011, ano que marca o retorno do Festival ao nosso país, novamente trazendo nomes de peso do cenário mundial, como Guns N’Roses, Red Hot Chilli Peppers, Slipknot, Metallica, Coldplay, Rihanna e Shakira. O Rock In Rio IV no Brasil recebeu público de mais de 700 mil pessoas nos 7 dias de evento. No ano seguinte, 2012, o Brasil ficou sem: foi a vez de mais duas edições europeias em Lisboa e Madrid.
CIDADE DO ROCK
A Cidade do Rock - também chamado de Parque dos Atletas - fica no bairro Jacarepaguá, no Rio, e este ano terá capacidade máxima de 85 mil pessoas por noite. Os portões de acesso serão abertos a partir das 14h e fecharão às 3h do dia seguinte. É proibido permanecer no parque fora desse período.
CURIOSIDADES >>> Os ingressos, este ano, começaram a ser vendidos no dia 4 de abril, e bastaram apenas 4 horas e 4 minutos para que todos se esgotassem. A galera não perdeu tempo! >>> A ideia simples, que deu origem à camiseta “Eu Vou ao Rock In Rio”, hoje em dia se tornou uma marca forte, estampada em mais de 600 produtos que estarão à venda no Festival.
DICAS
Aos marinheiros de primeira viagem: Leve a menor quantidade possível de objetos. Recomendamos apenas documentos, dinheiro, celular e PROTETOR SOLAR. Tente levar em uma mochila ou bolsa do tipo carteiro. Dê atenção também às roupas. Devem ser as mais confortáveis possíveis. Lembre-se que você ficará muito tempo de pé. Vai andar muito, pular e, eventualmente, terá até que enfrentar uma chuvinha.
TRANSPORTE Seguindo a ideia do “Por Um Mundo Melhor”, a organização do Rock In Rio não disponibilizará estacionamento no local, e as ruas próximas da Cidade do Rock estarão bloqueadas ao tráfego de carros, táxis e vans. O jeito é ficar ligado nas linhas de ônibus que farão o transporte até o evento. São elas: - Primeira classe: bus com ar condicionado, assento reclinável e sem paradas. Ida e volta sai por 50 reais. - Linhas Regulares: São as linhas normais de ônibus da cidade, que serão reforçadas e terão horários estendidos. No site http://vadeonibus.com.br/ você pode conferir a que mais convém ao seu caso.
O QUE VAI ROLAR NO ROCK IN RIO 2013
A edição deste ano terá novamente uma divisão de palcos, por onde estarão os nomes consagrados da música mundial (Palco Mundo), encontros inusitados entre grandes músicos (Palco Sunset), feras das pick-ups (Eletrônica), além do curioso passeio pela Rock Street, que esse ano fará uma homenagem à Grã-Bretanha. A novidade no Brasil ficará por conta do palco exclusivo de Street Dance. Confira abaixo, dia-a-dia, os principais shows e seus locais: Dia 13 de setembro (sexta-feira): Palco Mundo: Beyoncé, David Guetta, Ivete Sangalo e Tributo à Cazuza. Palco Sunset: Living Colour + Angélique Kidjo, Maria Rita e Selah Sue, Vintage Trouble + Jesuton e Flávio Renegado + Orelha Negra. Dia 14 de setembro (sábado): Palco Mundo: Muse, Florence and The Machine, 30 Seconds to Mars e Capital Inicial. Palco Sunset: Saints of Valory, The Offspring, Viva a Raul Seixas com Detonautas +Zeca Baleiro + Zélia Duncan, Marky Ramone + Michale Graves e Autoramas + BNegão. Dia 15 de setembro (domingo): Palco Mundo: Justin Timberlake, Alicia Keys, Jessie J e Jota Quest Palco Sunset: George Benson + Ivan Lins, Kimbra + Olodum, Nando Reis + Samuel Rosa e Aurea + The Black Mamba. Dia 19 de setembro (quinta): Palco Mundo: Metallica, Alice in Chains, Ghost B.C. e Sepultura + Tambours Du Bronx Palco Sunset: Rob Zombie, Sebastian Bach, Almah + Hibria e República + Dr. Sin + Roy Z
Dia 21 de setembro (sábado): Palco Mundo: Bruce Springsteen, John Mayer, Phillip Phillips e Skank. Palco Sunset: Gogol Bordelo + Lenine, Ivo Meireles +Fernanda Abreu + Elba Ramalho, Moraes Moreira + Pepeu Gomes +Roberta Sá e Orquestra Imperial + Jovanotti. Dia 22 de setembro (domingo): Palco Mundo: Iron Maiden, Avenged Sevenfold, Slayer e Kiara Rocks Palco Sunset: Sepultura + Zé Ramalho, Helloween + Kai Hansen, Destruction + Krisiun e André Mattos + Viper
Dia 20 de setembro (sexta-feira): Palco Mundo: Bon Jovi, Nickelback, Matchbox Twenty e Frejat Palco Sunset: Ben Harper + Charlie Musselwhite, Grace Potter and The Nocturnals + Donovan Frankenreiter, Mallu Magalhães + Banda Ouro Negro e The Gift + Afrolata.
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14/09 | PEPSI ON STAGE | 22H
ESPORTE NEGÓCIO?
Como um esporte tão popular como o futebol acabou se transformando em um mercado de negócios? POR ALICE FORTES
A
través de grandes empresas promovem-se grandes investimentos e com o futebol não foi diferente. Grandes craques são chamados de “minas de ouro” por serem relacionados a grandes lucros devido a seus desempenhos dentro de campo ou uma grande estratégia de marketing. Mas, até onde essa maneira de tratar o esporte é saudável. A evolução do mercado como negócio pode ser analisada como sendo maior do que o próprio esporte durante as últimas décadas. O futebol é baseado em resultados de curto prazo, mas grandes lucros também geram grandes gastos e investimentos. A verdadeira transformação da visão do futebol pode ser analisada com a criação do futebol como um subproduto. João Havelange foi presidente da CBD (Confederação Brasi-leira de Desportos) hoje CBF (Confederação Brasileira de Futebol), esteve à frente do principal órgão mundial do futebol, a FIFA. Teve influência no desenvolvimento do papel político que o futebol acabou conquistando, principalmente com a Copa do Mundo que é o maior evento esportivo do planeta. A principal meta dos clubes é encontrar recursos para concorrer com outros clubes em busca de grandes jogadores, grandes elencos dentro do mercado de transferências. “Hoje não se contrata mais jogadores considerando somente a sua capacidade técnica e tática. Avalia-se, também, o seu poder de mídia e como isto pode ser utilizado pelo clube”, comenta o Analista de Marketing Christofer Galvão. Por vezes, estratégias de marketing são elaboradas pelas entidades desportivas em busca do retorno do valor investido na contratação do jogador. Atrás de grandes craques existem diferentes profissionais que auxiliam para não ocorrer um desgaste do atleta com essa “supervalorização”. Psicólogos, administradores, profissionais de diversas áreas ajudam um clube e seus jogadores formando esse elenco de apoio visando ao melhor desempenho possível dentro de campo. O espaço do esporte é diretamente relacionado com a televisão. Que paga muito bem para ter o direito de transmitir jogos de grandes clubes ou competições. Podem-se dife-renciar os clubes por maior número de torcedores e envolvimento em competições de maior importância. Não acredito que determinados clubes possam receber quantias diferentes por que este ou aquele são seus torcedores, confessa Galvão. Os poderes de mídia entre os clubes brasileiros realmente existem e eles comandam o que ou qual jogo será veiculado ou não. O futebol transformou-se em um esporte “paixão nacional” justamente por ter uma parceria com a televisão e suas respectivas emissoras. O esporte depende da TV assim como a TV
depende da audiência do futebol. Christofer explica que estamos acostumados a considerar o lucro algo ruim, bem como denegrimos a expressão “entretenimento”. Devemos refletir melhor sobre isso para que possamos identificar ferramentas que promovam o progresso de nossos negócios. A essência do esporte deve ser o principal objetivo para a disputa dentro de campo. O mercado do negócio deve existir juntamente com a profissiona-lização dele. Mercado e esporte podem trabalhar juntos assim como o movimento de uma grande economia, mas o foco deverá sempre ser o espetáculo esportivo e emocionante para seus torcedores.