Luciney Martins/O SÃO PAULO
Especial 25 de Janeiro
ano 60 | Edição 3085 | 20 a 27 de janeiro de 2016
25 de janeiro é uma data especial para quem vive em São Paulo. Afinal, a Cidade faz aniversário e sempre há opções para se festejar, seja em uma das muitas atrações culturais, seja com um passeio pelos parques. Nunca se deve esquecer, porém, a motivação das comemorações: a fundação
da Cidade pelos jesuítas, em 1554, há 462 anos, na festa da Conversão de São Paulo Apóstolo. Mais uma vez, como tem feito desde que foi criado, em 25 de janeiro de 1956, há 60 anos, O SÃO PAULO reporta esses e outros fatos da maior Metrópole do Brasil e das ações da Arquidiocese.
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Deus habita esta cidade Arte: Sergio Ricciuto Conte
pADRE Ney de Souza São Paulo completa 462 anos. É tempo de repensar os desafios da Igreja na cidade. A sua origem cristã e católica não pode ser esquecida. Recordamos o nascimento da antiga vila no Pátio do Colégio, onde os padres jesuítas, em especial Anchieta, iniciaram, sob o patrocínio do apóstolo Paulo, a que seria a metrópole atual. São Paulo, cidade da riqueza e pobreza extremas. O pastoreio da Igreja católica acompanhou o seu crescimento econômico gigantesco, mas também vivenciou a complexidade que nos defrontamos pela quantidade imensa de cortiços, favelas, periferias sem água e esgoto, e inúmeras situações violadoras da dignidade humana. O sábio da antiguidade, São João Crisóstomo, alertava que “não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida”. Outro sábio, da atualidade, o Papa Francisco, na Evangelii Gaudium (EG), alerta que “o ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Devemos dizer não a uma economia da exclusão e da desigualdade social”. A Igreja em São Paulo sofreu ao lado da população e passou pelos anos da tortura e da violação dos direitos humanos durante a ditadura militar (inclusive censura ao
jornal O SÃO PAULO, rádio 9 de Julho, invasão da PUC). Viu aumentar a miséria da população de rua e dos excluídos. Diante de tantos desafios, a Igreja intensificou o seu trabalho de evangelização e de anúncio misericordioso de Deus, e seu compromisso com a transformação social, a defesa dos direitos de todos e o diálogo ecumênico e inter-religioso. A Igreja, escrevia João Paulo II, “vive uma vida autêntica quando professa e proclama a misericórdia” (Dives in misericordia). E “sem misericórdia, poucas possibilidades temos hoje de inserir-nos em um mundo de feridos, que têm necessidade de com-
preensão, de perdão, de amor” (Papa Francisco, Discurso ao Episcopado Brasileiro na Jornada Mundial da Juventude, 2013). Nesse quadro desafiador está mergulhada a evangelização que se empreendeu especialmente a partir dos anos 70. O primeiro deles foi a linha de organização popular para que a população se tornasse, de fato, sujeito que decide o ser presente e futuro da organização da cidade. As prioridades dos Planos de Pastoral em favor das periferias, no mundo do trabalho, dos direitos humanos, das comunidades populares, foram fatores de encarnação do catolicismo dentro do movimento popular
emergente. Essa inserção da Igreja na vida da população fez com que se tornasse lugar de expressão e busca da maior liberdade, símbolo de esperança e lugar de encontro, de unidade de várias forças dispersas e antes desconhecidas. A tonalidade da evangelização em favor dos empobrecidos e em favor de um projeto humano, orientado pela realidade da justiça de Deus, se fez, se faz e se fará por meio de uma obra evangelizadora, por um ponto de humanidade e de convergência que se adquiriu da própria experiência. O catolicismo quer contar ainda mais com todos aqueles que vivem nesta megalópole (independente de credo, de etnia, de língua, de orientação sexual) e que desejam construir aqui os sinais concretos da vida por meio da justiça, do direito, da solidariedade, da fraternidade e da paz. Nesta festa da cidade de São Paulo no ano jubilar da misericórdia, se faz urgente abrir a Porta da misericórdia, do nosso coração para acolher e dar nova perspectiva de vida digna à imensidão dos excluídos desta cidade. “Não deixemos que nos roubem a esperança” (Francisco, EG), pois de esperança em esperança é que se constroem os sinais do Reino de Deus. Padre Ney de Souza, presbítero da arquidiocese de São Paulo, professor de História da Igreja da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (PUC-SP).
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
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Deus, Pai das misericórdias! Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo metropolitano de São Paulo
F
estejamos nosso Patrono, o apóstolo São Paulo, em pleno Ano Santo extraordinário da Misericórdia, durante o qual a Igreja nos convida a olhar para os santos, para aprender deles a viver a misericórdia. São Paulo nem sempre é lembrado logo quando falamos dos “santos da misericórdia”; de fato, ele se sobressai mais como um pregador, um teólogo e missionário. Mas se formos ver mais a fundo, ficamos impressionados com seu enorme amor por Jesus Cristo e pela Igreja, seu ardor missionário e sua perseverança em dar seu testemunho por Cristo e pelo Evangelho, apesar das perseguições e ameaças que sofre. Para São Paulo, a misericórdia não é um conceito intelectual, nem um sentimento vago, mas corresponde ao modo de agir de Deus para com ele e para com toda a humanidade. Ele se refere à sua conversão como um fato de misericórdia de Deus: “Alcancei misericórdia porque agia por ignorância, não tendo ainda fé” (1Tm 1,13). E continua, na mesma Carta: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. Mas alcancei misericórdia...” (1, 15-16). O que mudou a vida de Paulo foi o seu encontro com Deus misericordioso por meio de Jesus Cristo, “rosto visível do Deus misericordioso invisível. Por isso, Paulo volta com frequência ao tema da misericórdia de Deus nas suas pregações e cartas. Na saudação da Carta a Timóteo, ele deseja que “a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus” estejam com seu destinatário (cf. 1Tm 1,2; 2Tm 1,2).
Na 2ª Carta aos Coríntios, logo após a saudação, Paulo exalta a misericórdia de Deus, que o assistiu em suas provações: “Bendito seja o Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação!” (2 Cor 1,3). Ele não reconhece a misericórdia de Deus apenas na abundante graça do perdão dos pecados que recebeu, mas também no chamado a ser apóstolo, a anunciar o Evangelho da salvação (cf 2 Cor 4,1) e na assistência contínua que recebe de Deus, que o protege e não o desampara. Paulo tem consciência que vive da misericórdia de Deus.
Paulo também incentiva a praticar as “obras de misericórdia”: ser pacientes uns com os outros, mansos e bondosos, suportar as fraquezas dos demais, perdoar-se reciprocamente (cf. Cl 3,12-17). Na Carta aos Romanos, ele recomenda, “pela misericórdia de Deus”, que os fiéis se dediquem a todo tipo de obra boa e conforme a misericórdia de Deus. A vida cristã, no seguimento de Jesus Cristo, passa a ser identificada pela prática da misericórdia.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Não é sem razão que o Papa Francisco chama toda a Igreja a renovar-se na misericórdia durante este Jubileu extraordinário da Misericórdia. E isso consiste, em primeiro lugar, na acolhida da misericórdia de Deus. Quem fez a experiência profunda do perdão de Deus, da gratuidade do amor e da compaixão de Deus, também é levado a praticar a misericórdia. Essa prática, portanto, não decorre de uma imposição moral, mas de uma gratificante experiência vivida.
E assim, ele pode dizer que “Deus é rico em misericórdia”, porque nos amou quando ainda éramos pecadores (Ef 2,4); e a prova dessa ilimitada e inesgotável misericórdia está no envio do Filho de Deus ao mundo, por amor aos pecadores, para que todos sejam salvos por meio dele. A salvação é obra da misericórdia de Deus (cf. Tt 3,5). Acolher a misericórdia de Deus também significa buscar o perdão de Deus e o arrependimento sincero dos pecados. Por isso, ele recomenda, em nome de Cristo, que cada um busque a misericórdia de Deus com confiança e se reconcilie com Deus (cf. 2 Cor 5,14-21).
De fato, a prática da misericórdia é recomendada por Jesus como forma de sintonia e imitação de Deus: “sede misericordiosos como vosso Pai celeste é misericordioso”; de maneira semelhante, Jesus ainda recomenda: “sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito” (cf Mt 5,48).
Como consequência do encontro com o Deus misericordioso, São Paulo recomenda que também os cristãos e discípulos de Cristo correspondam na sua vida à misericórdia de Deus, acolhendo-a como dom gratuito e sendo misericordiosos uns para com os outros: “Portanto, como eleitos, santos e amados, revesti-vos com sentimentos de misericórdia, bondade, humildade, mansidão, paciência...” (cf. Cl 3,12).
Entre as perfeições de Deus que devemos imitar está a misericórdia. E a religião agradável a Deus inclui a misericórdia, como já recomendavam os profetas e Jesus confirmou: “misericórdia eu quero, e não sacrifícios” (cf. Os 6,6; Mt 9,13). São Paulo é, portanto, um exemplo para nós sobre a acolhida da misericórdia de Deus e a prática quotidiana da misericórdia, em vista de uma vida cristã autêntica.
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São Paulo também é verde! Renata Moraes
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Nem tudo é cinza e concreto na cidade de São Paulo. A Metrópole também possui muitos parques, áreas verdes que contribuem para o equilíbrio do clima e a saúde da população. Dados recentes da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente informam que a média de área verde por habitante na capital subiu, em 2014, para 14,07 m2 por pessoa, dois metros quadrados acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No município de São Paulo existem 107 parques urbanos e naturais, que espalhados pelos quatro cantos da Cidade, oferecem tranquilidade e lazer, com atividades para todas as idades, além de proporcionar aos frequentadores o contato com a natureza.
No Parque Estadual do Jaraguá, a trilha do Pai Zé
Preocupado com a qualidade de vida, o estudante de Educação Física Tomaz Lourenço da Silva, 27, mobilizou algumas pessoas de seu convívio a incluírem em sua rotina a prática dos exercícios físicos, e escolheu o Parque Estadual do Jaraguá como o lugar ideal. “Surgiu da minha vontade de fazer as pessoas se movimentarem pela própria saúde, pois muitas das doenças que hoje levam as pessoas a situações graves, começam por conta do sedentarismo que boa parte da
população se encontra”. No Parque, popularmente conhecido como Pico do Jaraguá, na zona Oeste de São Paulo, o grupo de dez pessoas, liderado por Tomaz, encara mensalmente os cinco quilômetros de subida até a torre principal. Para o estudante, esse simples exercício promove a integração do grupo. “Em algumas vezes, fizemos a subida pela Trilha do Pai Zé, que traz um contato muito legal com a natureza e também é desafiadora pensando na resistência para a atividade física”.
Acessibilidade, biblioteca e lazer para toda a família no Parque Villa Lobos
Depois da chegada da pequena Mariah, de 7 meses, o casal João Sérgio da Silva, 52, contador, e Ana Cristina Zilotti, 39, nutricionista, adquiriram o hábito de frequentar o Parque Villa Lobos todos os domingos. Além de praticarem caminhadas, aproveitam para passear. “Há grandes áreas verdes onde podemos relaxar e exercitar-nos ao ar livre, as crianças podem brincar, tomar sol e ter contato com a natureza. No geral, temos bons parques, com equipamentos e boas áreas de lazer, só que todos são distantes da periferia”, avaliou Sérgio. Os estacionamentos lotados durante os finais de semana e a falta de alimentação saudável nos parques, foram apontados também como pontos a serem melhorados. O Parque Villa Lobos está situado
Joca Duarte/SVMA
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Parque do Carmo
no Alto de Pinheiros, região Oeste de São Paulo, abrangendo uma área de 732 mil m². Possui ciclovia, quadras, campos de futebol, “playground” e bosque com espécies de Mata Atlântica. A área de lazer inclui aparelhos para ginástica, pista de cooper, tabelas de basquete e um anfiteatro aberto com 750 lugares, sanitários adaptados para deficientes físicos e lanchonete. O equipamento recebe mensalmente 294.527 frequentadores, sendo aos finais de semana a maior frequência, com média de 15 mil pessoas. O publicitário Wellington Gama, 29, também escolheu o Villa Lobos para uma melhor qualidade de vida. “Comecei as atividades em um ritmo maior em julho de 2015. De lá para cá, não parei mais. Já são 13 quilos a menos, graças às atividades físicas aliadas à dieta”. WellinSecretaria do Estado do Meio Ambiente
Parque villa lobos
gton tem o acompanhamento de uma personal trainer. Além dos treinos individuais, ele ainda faz parte do grupo que treina no Pico do Jaraguá, liderados por Tomaz. O publicitário aprova as instalações do Parque e também utiliza o espaço para passear com a esposa Renata Gama, 37, e o filho Nicolas, 5. O Parque Villa Lobos possui grandes espaços de gramados, além de equipamentos e pista para as corridas. De responsabilidade do governo estadual, foi um dos primeiros da cidade a ser adequado para possibilitar a acessibilidade de pessoas com deficiência. “A grande área plana e os caminhos praticamente nivelados tornam mais fácil o deslocamento de pessoas. Alguns dos brinquedos de madeira nos parquinhos também foram elaborados para garantir a acessibilidade, como uma caixa de areia e uma casinha na montanha, que permitem acesso por pessoas em cadeiras de rodas”, informa a Secretaria do Estado do Meio Ambiente de São Paulo. Para quem procura no Parque um lugar para descanso e leitura, neste se encontra instalada a Biblioteca Villa Lobos, inaugurada em dezembro de 2014. Com uma área de 4 mil m2 oferece aos frequentadores uma programação cultural diversificada com atividades de interesse para todos os públicos. Cursos, palestras, apresentações musicais e teatrais, exposições, saraus e encontros com escritores. E, ainda, acervo atualizado com foco na literatura e temas ambientais, formado por livros, revistas, jornais, livros eletrônicos, audiolivros, HQs, DVDs e CDs, livros em braille e falados, voltados para pessoas com deficiência. Além do empréstimo de materiais, como toda biblioteca pública, também possui computa-
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
Secretaria do Estado do Meio Ambiente
Parque ibirapuera
Parque villa lobos
Inaugurado em 21 de agosto de 1954, localizado na zona Sul de São Paulo, o Ibirapuera é um dos parques mais visitados e mais queridos da cidade de São Paulo. A responsabilidade do projeto arquitetônico foi do arquiteto Oscar Niemeyer e o projeto paisagístico do arquiteto Roberto Burle Marx. Com uma área de 1.584.000 m2, o Ibirapuera em 2014 foi eleito como melhor parque do Brasil e o 8º melhor parque do mundo pelo site de turismo internacional TripAdvisor, em votação de internautas de 41 países em que atua o Portal. Segundo dados da assessoria de imprensa da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, o Ibirapuera recebe 200 mil frequentadores aos finais de semana e feriados, e cerca de 30 mil frequentadores por dia durante a semana. Além da pista de cooper, parques infantis, ciclofaixa, bicicletário com aluguel de bicicletas, quadras poliesportivas, campos de futebol e aparelhos de ginástica, o equipamento abriga espaços de cultura e arte, igualmente. Também na área do Parque Ibirapuera estão o Museu Afro-Brasil, o Pavilhão das Culturas Brasileiras, Museu de Arte Contemporânea (MAC), o Museu de Arte Moderna (MAM), Auditório Ibirapuera, OCA, Pavilhão Japonês, Fundação Bienal, Bosque de Leitura. E, ainda, a
Reabertura do Planetário no Parque do Carmo
Na zona Leste de São Paulo, cerca de 328.692 pessoas (estimativa da Prefeitura) terão acesso gratuito à educação científica com a reabertura do Planetário do Parque do Carmo, com previsão de entrega no primeiro semestre deste ano. O equipamento, inaugurado em 2005, foi fechado em 2007 por problemas de infiltrações no prédio e, desde então, segue em reforma.
Dança e inclusão social no Parque da Água Branca
Criado em 1929, o Parque Doutor Fernando Costa, popularmente conhecido como Parque da Água Branca, é administrado pelo Governo do Estado Joca Duarte/SVMA
Parque do Carmo
de São Paulo. Localizado em uma movimentada avenida da Cidade, a Francisco Matarazzo, oferece ao público diversas atividades, até mesmo para aqueles frequentadores que buscam um ambiente tranquilo para relaxar no horário do almoço. Com 137 mil m2 e com 79 mil m2 de área verde, o espaço abriga o Museu Geológico Valdemar Lefèvre, que além das exposições permanentes de minerais, rochas, fósseis e objetos antigos, apresenta as pesquisas nas áreas de Geociências no Estado de São Paulo. O local também abriga um aquário com as principais espécies da bacia hidrográfica do Estado. Esse parque é marcado pela grande presença da terceira idade, com um amplo espaço com equipamentos de ginástica disponíveis para a prática de atividades físicas na Praça do Idoso. Há, ainda, aulas de yoga e ginástica anti-stress, oficinas de origami, pintura e bijuteria. Para os amantes da dança, o Instituto Melhor Idade Estação Vida promove o baile da terceira idade, que acontece às terças, quintas e sábados, das 13 às 17h. O baile é gratuito voltado para pessoas acima de 50 anos. Com o intuito de promover a inclusão social e interação com o meio ambiente, desde julho de 2014 acontecem no Parque as aulas de equitação voltadas para as pessoas com deficiência. O projeto é fruto de parceria entre Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, e o Instituto Anjos de Deus. As aulas, com atividades lúdicas e equestres, duram cerca de 40 minutos e são ministradas de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, moldadas especificamente para cada aluno. Os interessados devem acompanhar pelo facebook do Instituto Anjos de Deus a abertura de novas inscrições ou ligar para (11) 3835-4270/ 3868-3189. Também nessa parceria existe uma academia adaptada com equipamentos funcionais que motivam a pessoa com deficiência a realizar atividades físicas, contribuindo para a autonomia, qualidade de vida e a melhoria da autoestima. (Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria do Estado dos direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo)
Parque do Carmo Joca Duarte/SVMA
Parque Ibirapuera: 1,5 milhão metros quadrados de felicidade
Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz – Uma paz, Herbário, Planetário, Escola de Jardinagem, Escola Municipal de Astrofísica, Divisão de Fauna e o Viveiro Manequinho Lopes. O Ibirapuera abriga também em seu espaço um equipamento que já fez muito sucesso entre as crianças de várias gerações: o Planetário Aristóteles Orsini, que foi o primeiro planetário do Brasil, inaugurado em janeiro de 1957, com o objetivo de sensibilizar o público para as questões do universo, em especial da astronomia. É um importante polo de educação, cultura e entretenimento. Porém, o local está fechado desde 2013 devido à queda de um raio que atingiu a cúpula. Segundo a Prefeitura de São Paulo, está previsto para o final deste mês a reabertura do Planetário do Parque Ibirapuera.
Parque ibirapuera Joca Duarte/SVMA
dores com acesso à internet. A biblioteca funciona de terça a domingo, das 10h às 19h.
Joca Duarte/SVMA
Parque ibirapuera
Parque do Carmo
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Terraço Itália: 48 anos de charme e história com uma das vistas mais bonitas da cidade de São Paulo Renata Moraes
jornalismorenata@gmail.com
Localizado no centro de São Paulo, do alto dos seus 160 metros de altura, o Terraço Itália é uma das mais belas vistas panorâmicas da grande metrópole paulistana. O restaurante instalado no alto do Edifício Itália, inaugurado em 29 de setembro de 1967, é um marco na gastronomia italiana e na história da cidade de São Paulo. O Terraço Itália é um complexo de lazer, gastronomia e eventos, com amplo espaço dedicado a sediar almoços, jantares com piano e música ao vivo, eventos sociais e corporativos. Com adega composta por mais de 200 rótulos selecionados, suas salas, restaurante e bar, oferecem aos paulistanos uma ótima opção para o entretenimento na cidade de São Paulo. Em 2014, o Terraço recebeu o certificado de excelência do Prêmio “Trip Advisor” e também a Medalha de Honra ao Mérito, como ícone da gastronomia em São Paulo, da Academia Brasileira de Honrarias ao Mérito, ambos na categoria restaurante. O chef italiano Pasquale Mancini é o responsável pela cozinha do Terraço Itália, sendo ele o escolhido para pre-
parar as refeições do Papa Francisco durante a estadia do Pontífice no Rio de Janeiro, em julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude.
Incêndio e Reforma
Em outubro de 2015, o Salão Nobre do Terraço Itália sofreu um princípio de incêndio, sem vítimas, que danificou os móveis do local. Após três meses de reforma, o espaço foi reaberto em 18 de dezembro. Segundo a arquiteta e designer de interiores Christina Hamoui, responsável pelo projeto, “buscou-se uma proposta que além de bonita, prática e funcional, tenha espaços integrados e luz natural, em ambientes leves e nada ostensivos. Quem for conferir vai encontrar um novo Terraço Itália, que mesmo repaginado em versão mais contemporânea continua chic e clássico em seus detalhes”. A assessoria de imprensa do Terraço Itália informou que o projeto buscou uma mistura equilibrada entre o clássico e o moderno, “porém, o frequentador do Terraço Itália ainda encontrará referências da antiga sala na nova concepção, de modo a preservar sua identidade”.
Reabertura do Mirante
Desde 6 de janeiro de 2016, o Mirante do Terraço Itália foi reaberto para visitação do público. Um dos pontos mais altos da Cidade, oferece uma vista de São Paulo a 360º graus. O local atrai turistas e pessoas vindas de diversos lugares. O carioca Welton do Carmo Ferreira, 32, modelo e ator, reside em São Paulo há seis anos. Na tarde da quinta-feira, 14, mesmo com o tempo nublado, escolheu fazer esse passeio e conhecer o Mirante pela primeira vez. “Valeu a pena ficar uma hora na fila aguardando. É uma vista maravilhosa. O que me fascina é essa visão, todos esses prédios”. Welton, que deixou o Rio de Janeiro para trabalhar com moda e publicidade na capital paulista, ressaltou: “A cidade de São Paulo é atrativa e rica em cultura”. Assim também confidenciou, à reportagem do O SÃO PAULO, a enfermeira potiguar Maria José de Sousa Bezerra, 36. Ela reside na cidade de Goianinha, no Rio Grande do Norte, e veio passar as férias em São Paulo na casa de seus tios. “Conhecer São Pau-
Edifício Itália – no coração de São Paulo
Idealizado pela colônia italiana, inaugurado em 1965, é considerado o segundo maior prédio da cidade de São Paulo, com 165 metros de altura, distribuídos em 46 andares. Sendo o primeiro o Mirante do Vale, com 170 metros de altura, também no centro de São Paulo. O Edifício é um dos maiores exemplos de arquitetura moderna da cidade. Além de escritórios, o local abriga um teatro, uma galeria, o clube Circolo Italiano e o restaurante Terraço Itália.
lo do ponto mais alto é um privilégio e nos proporciona uma visão muito bonita, bem diferente do que a gente vê lá embaixo”. Visitando São Paulo pela primeira vez, Maria também já conheceu o Mercado Municipal, a Rua 25 de Março e o centro de São Paulo, assim como já foi ao teatro e a shoppings centers com familiares. As adolescentes Fabiana Xavier,16, e Amanda Gusmão,16, vieram de Santo Amaro, na zona Sul da cidade, em busca de lugares bonitos para fotografar. Elas têm a fotografia como hobby e escolheram o Mirante do Terraço Itália para os registros. “Estávamos procurando um lugar legal para fotografar e vimos na internet que tinha reaberto e resolvemos conferir”, expressou Amanda. “Mesmo com o dia nublado, é uma visão da Cidade incrível, é lindo e para tirar fotos é maravilhoso”. As amigas que estão em férias escolares ficaram contentes com o passeio. “Só gastamos o valor da passagem do metrô e do ônibus para ter acesso a esta maravilha”, expressou Fabiana. A visitação é gratuita e acontece de segunda a sexta-feira, das 16h às 17h (exceto feriados). O controle é feito com a distribuição de senhas, a partir das 15h, sendo dadas 150 por dia. Nos demais horários, o acesso ao Mirante é possível aos frequentadores do restaurante, localizado na avenida Ipiranga, 41º andar, no centro. Outras informações podem ser obtidas em (11) 21892929.
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São Paulo Apóstolo e a misericórdia L’Osservatore Romano
“Deus encerrou todos na desobediência para a todos fazer misericórdia”
(Rm 11,32)
Cônego Celso Pedro da Silva
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Paulo saúda Timóteo desejando-lhe graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo (1Tm 1,2; 2Tm 1,2). A misericórdia é uma graça concedida por Deus e vem acompanhada da paz. Se você entende paz como concordância sobre os caminhos para se chegar ao mesmo fim, perceberá imediatamente que diante das habituais discordâncias, a misericórdia se faz necessária para se poder caminhar. Sem a misericórdia, paramos no caminho e apenas discordamos. Na saudação final aos Gálatas, Paulo invoca paz e misericórdia sobre os que pautam a sua conduta segundo as orientações dadas pelo Apóstolo e sobre o Israel de Deus (6,16). A misericórdia como um presente ou uma graça especial é desejada a Onesífero e à sua família na segunda carta a Timóteo (1,16.18) por ter ele permanecido fiel companheiro de Paulo em sua prisão romana e por tê -lo procurado até encontrá-lo numa cidade aglomerada sem ruas nem endereços, como era Roma naquele tempo. Onesífero o procurou solicitamente, diz o Apóstolo. Já anteriormente, Onesífero tinha prestado relevantes serviços a Paulo na Igreja de Éfeso. Paulo deseja que no dia do Juízo, Onesífero encontre misericórdia da parte do Senhor. O tom da referência à sua pessoa e a saudação à sua família (4,19) dão a entender que Onesíforo já tinha morrido quando a segunda carta a Timóteo foi escrita. Outro grande colaborador de Paulo em suas missões foi Epafrodito, da comunidade de Filipos, na Grécia, que esteve muito doente, quase à morte, de quem Deus teve misericórdia, dele e de Paulo (Fl 2,17). Deus é rico em misericórdia. Lemos em Efésios 2,4. Sua misericórdia se vê no amor que ele mostrou por nós tirandonos, de graça, da morte em que estávamos em nossos delitos e pecados, dandonos vida por Cristo, salvando-nos pela fé, unindo graça e misericórdia para que ninguém se encha de orgulho atribuindo a salvação ao mérito de suas obras. Assim também na carta a Tito, se reafirma que não foi pelos atos de justiça que tivéssemos praticado que ele nos salvou, e sim por sua misericórdia, porque fomos lavados pelo poder regenerador e renovador do Espírito Santo. Tudo é fruto da misericórdia de Deus. Paulo se reconhece como sujeito da misericórdia de Deus. Desde que Deus agiu nele com misericórdia, suas ações têm a marca da misericórdia de Deus. Em relação à virgindade, ele dá o seu conselho aos cristãos de Corinto (1Co 7,25) como alguém que, ‘tendo sido
Imagem do ‘Apóstolo dos Gentios’ em frente à Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma
agraciado pela misericórdia’ do Senhor, é digno de confiança. Nós não temos um verbo para o substantivo misericórdia como tem a língua grega. Se tivéssemos seria algo como ‘misericordiar’. Paulo, então, diria: “Dou, porém, um conselho como homem que, tendo sido misericordiado pelo Senhor, é digno de confiança”. O texto grego usa um particípio passivo para dizer “tendo sido agraciado pela misericórdia”. Em sua grande apologia na segunda carta aos Coríntios, falando no plural, São Paulo afirma mais uma vez que seu ministério lhe foi dado por misericórdia. Por isso, ele não perde a coragem diante das questões que devem ser enfrentadas. “Por isso, diz ele, tendo este ministério por misericórdia, isto é, já que fomos agraciados pela misericórdia, não perdemos a coragem” (2 Co 4,1). No passado, Paulo foi blasfemo, perseguidor e insolente. Agora é apóstolo de Cristo e irmãos de fé daqueles que ele perseguia. Ele vivia fora da fé e na ignorância e, no entanto, obteve misericórdia. Deus foi generoso para com ele em sua graça (1Ti 1,13). Os que vão crer em Jesus, vendo a misericórdia feita a Paulo, devem se animar pela grandiosidade do coração de Cristo (1Ti 1,16). Se precisarmos de um socorro oportuno, aproximemo-nos com ousadia do
trono da graça para recebermos misericórdia e encontrarmos graça, ou simplesmente a graça da misericórdia (Hb 4,16). São Paulo exorta os cristãos de Roma que exercem a misericórdia a fazê-lo com alegria. O que significaria exercer a misericórdia de má vontade, com mau humor, contrariado? Há muitos dons na comunidade e muitos serviços feitos todos com humildade e na unidade de um só corpo, que é o Corpo de Cristo. Paulo elenca o dom do serviço; o do ensino, o da exortação. Exorta quem distribui seus bens, a fazê-lo com simplicidade; quem preside, a presidir com diligência; e quem exerce misericórdia, a fazê-lo com alegria (Rm 12,8). Nesse contexto, exercer misericórdia indica uma atividade definida na comunidade. Seria uma das sete obras de misericórdia ou todas elas. Em nossa história, as ‘Misericórdias”, chamadas também de Santas Casas, designavam o ato concreto da prática das obras corporais e espirituais de misericórdia, de forma organizada ou espontânea, em lugares definidos ou nas ruas. Para quem não gosta de teorias e prefere ir logo à prática, está aqui a interpretação da exortação paulina: com alegria, visite os enfermos e os presos, liberte os cativos, vista os nus, dê de comer aos fa-
mintos e de beber aos sedentos, abrigue os andarilhos e enterre os mortos; ensine os simples, dê bons conselhos, oriente os que erram, console os tristes, perdoe as ofensas, tenha paciência e ore pelos vivos e pelos mortos. Ainda em tom de exortação, o Apóstolo pede que os cristãos de Roma acolham uns aos outros assim como Cristo os acolheu. Havia dificuldade de relacionamento entre os que vinham do paganismo e os que vinham do Judaísmo, e entre ‘fortes’ e ‘fracos’, equivalentes, mais ou menos, a conservadores e progressistas. Em relação aos judeus, Jesus permaneceu entre eles, honrando a fidelidade de Deus. Em relação aos pagãos, eles glorificam a Deus e realçam a sua misericórdia (Rm 15,9). Os pagãos convertidos são testemunhas vivas de como Deus é misericordioso. O grande canto da misericórdia experimentada pessoalmente por Paulo está nos capítulo 9-11 da carta aos Romanos, nos quais Paulo reflete sobre a salvação do seu povo, os judeus. Se Cristo é o salvador de toda a humanidade, como fica a situação dos judeus que não viram em Jesus o Messias que eles sempre esperaram? A resposta está no mistério da misericórdia de Deus, que é absolutamente livre e tem misericórdia de quem ele quiser. Assim disse Deus a Moisés: “Farei misericórdia a quem eu fizer misericórdia e terei piedade de quem eu tiver piedade. Não depende, portanto, daquele que quer, nem daquele que corre, mas de Deus que faz misericórdia (Rm 9,15-16). E ainda, num versículo paralelo: “De modo que ele faz misericórdia a quem quer e endurece a quem ele quer” Rm 9,18). Aparentemente, o faraó não queria libertar o povo. Na realidade, dentro de um plano maior, só compreendido por Deus, Deus mesmo endureceu o coração do faraó. “E endurece a quem ele quer” (Rm 9,18). Deus quer manifestar a sua cólera diante da infidelidade do povo de Israel, mas, de fato, não manifesta a cólera e sim a pura misericórdia, mostrandose paciente em vista da sua conversão. Apesar de sua cólera, Deus suporta os pecadores com grande longanimidade. Na realidade, estamos diante de uma dupla manifestação de misericórdia, para com Israel e para com os eleitos em Cristo. A grande paciência de Deus ordenase à conversão tanto dos próprios judeus como dos pagãos. A carta já tinha mencionado o “tempo da paciência de Deus” (Rm 3,26). Paulo conclui sua meditação sobre os judeus dizendo aos pagãos convertidos: “Como vós outrora fostes desobedientes a Deus e agora obtivestes misericórdia, graças à desobediência deles, assim também eles agora são desobedientes graças à misericórdia exercida para convosco, a fim de que eles também obtenham misericórdia no tempo presente. Deus encerrou todos na desobediência para a todos fazer misericórdia. (Rm 11, 30-32). Deus permite a desobediência para mostrar a sua misericórdia.
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O SÃO PAULO: há 60 anos, um jornal católico de notícias Reprodução/ O SÃO PAULO
Semanário da Arquidiocese de São Paulo completa seis décadas de história de leitura do mundo sob a ótica do Evangelho, da ética e da moral cristã
Reprodução/ O SÃO PAULO
Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
Em 25 de janeiro de 1956, a cidade de São Paulo completava 402 anos de fundação. Em todo o País, havia expectativa pela promessa desenvolvimentista do novo presidente da República, Juscelino Kubitschek, que no início daquele mês foi ao Vaticano visitar o Papa Pio XII. O Pontífice desejou que seu governo proporcionasse a “prosperidade material e espiritual, nacional e internacional do povo e nação brasileira”. Nesta mesma data surgia o jornal O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese de São Paulo, por iniciativa do Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. E quais foram as motivações do então Arcebispo Metropolitano para criar o Jornal que substituía O Legionário, impresso oficial da Arquidiocese desde 1930? “Se a imprensa, a boa imprensa, é órgão indispensável na estrutura de qualquer organismo da sociedade moderna, também para a Igreja é elemento necessário à propaganda e à defesa da fé e da moral, da doutrina e da prática da religião”, expressou o Cardeal em artigo na primeira edição do Semanário Arquidiocesano. Em seis décadas de história, os atos e discursos de sete papas (Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco) e cinco cardeais (Motta, Agnelo Rossi, Paulo Evaristo Arns, Cláudio Hummes e Odilo Pedro Scherer) foram retratados nas páginas deste Jornal, bem como os fatos mais importantes do mundo, do Brasil, da Cidade e da Igreja, sempre pautado no princípio de que O SÃO PAULO é um jornal católico de notícias, que lê “os acontecimentos dentro e
primeira edição em 1956
fora da Igreja, sob a ótica do Evangelho, da ética e da moral cristã”, como indica o ponto 18 dos atuais princípios editoriais, que seguem o que se prescreveu há 60 anos no editorial da primeira edição: “Suas seções iniciais e outras que se criarão para o futuro terão como fim precípuo encarar os fatos sob o prisma cristão. A doutrina da Igreja, que é a continuação do Cristo no tempo, a palavra do Papa, que é Pedro perenizado para a garantia da infalibilidade da Igreja, bem como a do Bispo, que é por quem fala o Espírito Santo em cada diocese, esta é a ordem das coisas reveladas, a Verdade pela qual devemos informar a nossa vida e a vida deste Semanário”.
Reformulações em 30 anos
Até maio de 1960, o jornal O SÃO PAULO circulou em formato tablóide (semelhante ao atual), quando passou ao tamanho standard. Desde o princípio, o
Edição de 13 de janeiro de 2016
Jornal mostrava que sua vocação não se limitava a reportar os fatos do interno da Igreja: resultados de concursos públicos, notas informativas sobre acontecimentos na cidade, agenda de eventos culturais e até notícias esportivas são encontradas nas 12 páginas semanais das edições das duas primeiras décadas, em meio a notícias e artigos formativos sobre a presença da Igreja na Arquidiocese, no Brasil e no mundo. Na edição que demarcou os 20 anos do Jornal, em 24 de janeiro de 1976, se notam algumas mudanças incorporadas ao longo dos anos: na capa, os principais destaques da edição são apresentados em textos curtos (chamadas), nas páginas internas está mais nítida a separação dos conteúdos, e o Jornal tem dez e não mais 12 páginas. Uma década depois, em um olhar sobre a edição 1.551, de 24 de janeiro de 1986, quando o Jornal chegou aos 30 anos, se percebe o número expressivo de
charges e ilustrações que ajudam o leitor a melhor compreender as notícias e a capa. Já há informações dispostas em editorias, como os textos sobre as pastorais e as regiões episcopais; e muitas também são as reportagens sobre a presença dos católicos nas diferentes mobilizações sociais em São Paulo e no Brasil.
A tecnologia muda a produção da notícia
Nos 40 anos do Jornal, em 1996, as máquinas de escrever já tinham dado lugar aos computadores modelo 486 na redação, nos quais os jornalistas podiam redigir seus textos e digitar informações chegadas via fax e os artigos de colaboradores escritos à mão. Padre Antonio Aparecido Pereira, o Padre Cido, que trabalhou diretamente na redação do O SÃO PAULO entre 1982 e 2013, recorda-se do impacto das mudan-
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digitais, foi mantido até a edição 2.960, de 9 de julho de 2013. Às vésperas da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Jornal passou do formato standard (ainda hoje adotado pelos impressos nacionais de grande circulação) para o tablóide (modelo que predomina nas publicações segmentadas), tendo todas as páginas coloridas desde então.
O hoje e o amanhã
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Beatriz Martins/O SÃO PAULO
A mudança do formato levou a aprimoramentos no fazer jornalístico do O SÃO PAULO. Em 2014, a equipe do Jornal decidiu pela criação de novas editorias – Viver Bem, Pelo Brasil, Pelo Atual equipe do Jornal com Dom Devair, vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação Mundo, Com a Palavra, Fé e Dom Odilo lê a edição do centenário da Arquidiocese Cultura, e Esporte. Também ças tecnológicas. “Das velhas máquinas lizávamos o telefone – não o telefone ceBurmester, coordenador do curso de jorse tornaram mais frequentes reportagens lular - usávamos os gravadores grandes e nalismo da PUC-SP, o Semanário da Arde escrever “Remington” e “Olivetti”, nós e cadernos especiais sobre temas do cotidiano da Cidade e do País e há constantes quidiocese de São Paulo é um típico veídepois vieram os pequenos em fita-cassepassamos às máquinas elétricas “Facit”. te. Era um ‘tempo louco’ que gastávamos culo de comunicação especializada, que inovações no layout das páginas para que Um progresso fabuloso. Comemoramos para transcrever uma fita. Os fotógrafos se tende a se manter mesmo diante das incada edição seja mais atraente. felizes. Depois, chegaram os computadores. Aí foi uma festa incrível. Mandávacertezas que pairam sobre o futuro do jorutilizavam dos rolos de filmes”, lembra-se Um novo olhar para os acontecimenmos notícias de longe e matérias prontas tos tem sido pedido aos jornalistas e colanalismo impresso. “O SÃO PAULO fala Padre Cido. boradores do Jornal, para que as notícias já para serem diagramadas. O impacto foi para um público específico e esse público Ao comemorar o jubileu de ouro, em e reportagens não se limitem a resumir imenso. Tivemos que nos adaptar às novas não busca a notícia que está neste Jornal 2006, o Jornal, novamente com 12 páginas, já era publicado semanalmente com a os fatos, mas levem o leitor a refletir, sob tecnologias”, recordou. em outro de grande circulação ou em uma capa e a contracapa colorida, havia maior a perspectiva cristã, sobre a temática apreTambém nos anos 1990, a diagramação revista”, analisou. sentada. quantidade de reportagens temáticas e se das páginas (de modo resumido, a disposiSobre o futuro do jornalismo impresção de fotos e textos) também passou a ser so como um todo, Burmester é enfático: Num contexto em que muitos jornais manteve o expediente prioritário de noticiar as iniciativas da Arquidiocese e da feita no computador. Os arquivos finaliza“Pelo que tenho visto e também ouvido têm diminuído de tamanho e tiragem, O dos eram enviados em disquete para a impresença da Igreja na vida da Cidade. SÃO PAULO está em expansão: dobrou e pesquisado, a mídia impressa não vai pressão na gráfica. A melhoria no produto de tamanho, de 12 para 24 páginas coloriNa redação, a chegada da internet no morrer. O que está se transformando é das, e saltou de 3 mil exemplares semanais final foi notória: textos dispostos de forma início dos anos 2000 facilitou a captação um modelo de negócio que era fundamentado em um veículo especificamenpara 50 mil, sendo distribuído em todas as alinhada nas páginas, fotos mais nítidas das notícias e a recepção dos textos de colaboradores por e-mail. Com o avanço da te, mas hoje não está sendo possível o paróquias da Arquidiocese e também em e pela primeira vez, na edição de Natal de computação, o processo de diagramação impresso ser o carro-chefe do negócio. bancas de jornal da zona Sul da Cidade, 1996, a capa e a contracapa do jornal foram se tornou mais ágil e permitiu alternativas Como se vai reformatar todo esse prohospitais, colégios e comércios. impressas completamente coloridas. cesso? Será que o veículo impresso vai para a disposição da informação de forma Os resultados efetivos das mudanças Na ida às pautas, geralmente com informações prévias apuradas pelo telefone ficar mais integrado com a internet, com mais atraente, como em gráficos ou fototêm sido o crescimento da quantidade e montagens, por exemplo. fixo da redação, o gravador de fita-cassete as redes sociais e a televisão? Vai se torvariedade de anunciantes, a maior interação dos leitores com o Jornal e o aumento nar um subproduto de um conjunto de Esse formato do Jornal e o expediente era o companheiro dos jornalistas, assim das sugestões de pauta que semanalmente formas de interação com o leitor? As de trabalho, com aprimoramentos de novas como o bloco de papel e a caneta, indispensáveis até hoje. chegam à redação. próprias empresas de jornalismo ainda tecnologias, como a busca de informações “No início do anos 1980, ainda utiNa avaliação do Professor Cristiano estão buscando entender isso”, afirmou. pelas redes sociais e o uso dos gravadores Também de acordo com o Professor, Reprodução/ O SÃO PAULO Luciney Martins/O SÃO PAULO hoje vive-se um momento de transição “em que o impresso vai encolhendo no seu perfil, mas as notícias estão ali, de maneira fragmentada, tópicas, talvez concorrendo com a própria internet. Talvez quando os jornais diários e as revistas semanais assumirem esse papel de uma visão mais aprofundada, analítica, crítica, talvez terão um nicho mais específico de leitor e serão mais sustentáveis como negócio. E o dia a dia, a notícia rápida, vai estar em outro formato”, afirmou. Atento às mudanças constantes das comunicação sociais, o O SÃO PAULO já tem um projeto, em fase avançada de estudos, para a implantação de uma versão Em 1994, redação do Jornal recebe primeiros computadores; ao longo dos anos, novas tecnologias facilitam produção do Semanário Arquidiocesano on-line do Jornal.
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A Cidade cresce, a Igreja também São Paulo que nasceu da ação missionária está no coração da arquidiocese, que continua em expansão geográfica e existencial Jucelene Rocha
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Na segunda-feira, 25, a cidade de São Paulo celebra 462 anos de fundação. Quase cinco séculos depois que os padres José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar, o povoado de Piratininga se transformou numa metrópole de quase 12 milhões de habitantes, tornou-se núcleo intelectual, político e econômico e atualmente abriga a terceira maior arquidiocese do mundo. A Cidade, que teve como evento
Uma das formas mais tradicionais de presença da Igreja na Cidade e que continua em expansão são as paróquias. Atualmente, a Arquidiocese conta com mais de trezentas. Entre 2011 e 2015, foram criadas cinco paróquias. A mais recente, erigida há dois meses, fica na zona Leste, integra a Região Episcopal Belém e traz como padroeiro o Apóstolo do Brasil, São José de Anchieta. A história inicial dessa comunidade paroquial do Jardim Vera Cruz começou a partir da ação missionária do também jesuíta, Padre José Augusto Machado, que ainda nas primeiras visitas ao bairro levou com seu desejo evangelizador a devoção a São José de Anchieta, que viria a ser canonizado em 2014 pelo Papa Francisco. Aliás, esse evento reanimou o antigo sonho de elevar a comunidade à condição de paróquia. De acordo com a paroquiana Antô-
também influencia de forma positiva as novas gerações no desenvolvimento humano e cidadão. Jefferson conta que começou a participar das atividades da comunidade. “Eu cheguei aqui muito tímido, não tinha muita expressão, mas no dia a dia com minha catequista e as outras pessoas fui me desenvolvendo. Hoje, coordeno o grupo de jovens que ajudei a fundar e influencio outros jovens a sentir que aqui somos todos irmãos, temos crescido muito na consciência de que nossa ação é fundamental especialmente na vida dos mais excluídos, já que temos uma grande população em situação de vulnerabilidade social”.
Presença em diferentes realidades
A expansão do processo evangelizador na cidade de São Paulo encontra uma forte expressão nas comunidades
ência da graça de Deus é sempre surpreendente”, destaca Vanuza. Consciente de sua responsabilidade histórica para o desenvolvimento dos valores cristãos na Cidade, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, criou em 2014 o Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade, que se encontra sob a liderança de Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese, e com a coordenação do Padre Vandro Pisaneschi. Em um ano e seis meses de existência, o Vicariato também encontra-se em processo de organização e consolidação, mas já conseguiu realizar algumas iniciativas como momentos de vigília orante com universitários, visita a mais de 50% das instituições de ensino católicas, encontros formativos com professores, além de ter iniciado uma parceria com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Com novas comunidades como os Anjos da Vida, com o Vicariato para a Educação e a Universidade, e com paróquias recentes como a São José de Anchieta, Arquidiocese aumenta ações na Cidade
fundador a celebração de uma missa, cresceu ao redor das muitas torres de igrejas, que em grande parte marcam a história da fundação de bairros e cidades de toda região metropolitana. Se pudéssemos fazer um sobrevoo por São Paulo, certamente não seria difícil ainda hoje perceber em meio às construções mais emblemáticas da Cidade esses sinais sagrados que pontuam a presença da Igreja e testemunham as transformações da Metrópole. Desde sua fundação, Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo, 191 anos para sediar um bispado, tornando-se assim a terceira diocese a ser instituída no Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro, até que depois de 354 anos de sua fundação, tornou-se arquidiocese e sede metropolitana da Província Eclesiástica de São Paulo. Esse percurso histórico é marcado por muitas iniciativas nos quatro cantos da Cidade, desde os mais importantes centros intelectuais até as fronteiras geográficas e existenciais mais esquecidas pelos poderes públicos.
nia Gomes, que viveu a expectativa e o processo de organização para a formação da Paróquia, o maior aprendizado desses primeiros momentos de existência tem sido a convivência diária e constante com um padre. “Nós víamos o Padre uma vez por semana. Agora, temos a presença dele 24 horas com a gente, sempre planejando e realizando as ações necessárias para nossa consolidação como Paróquia”, conta, com nítida felicidade. Em se tratando da ação pastoral, tudo nessa Paróquia é novo, inclusive o padre que vive seu primeiro ano de sacerdócio e atua como primeiro vigário. Cheio de entusiasmo, o Padre Everton Augusto de Souza, 34, destaca a prioridade pastoral. “Neste momento, nosso serviço está focado na organização litúrgica e sacramental. Estamos também encaminhando a continuidade de todo processo formativo bíblico-catequético daqui pra frente tanto na Paróquia quanto nas duas comunidades que ela tem”, revela. O jovem Jefferson Willians, 31, é um claro sinal de como a presença evangelizadora da Igreja forma cristãos, mas
de vida que reúnem pessoas dispostas a compartilhar uma missão. Atendendo ao apelo da Igreja, essas comunidades atuam nas periferias existenciais. Esse é o caso da Comunidade Anjos da Vida, fundada pelo casal Vanuza Velasco, 46, e Regy Velasco, 54. Com aprovação ad experimentum para cinco anos na Arquidiocese de São Paulo recebida em setembro de 2015, uma das inovações pastorais dos 60 membros em processo de formação tem sido a chamada Intervenção Católica. “Neste projeto que exercemos em parceria com outras comunidades, saímos às estações do metrô, praças e outros locais em que estão as pessoas, para evangelizar com pregação, arte e abordagem pessoal”. Com forte atuação junto às famílias, os Anjos da Vida também promovem encontros para casais. Neste espaço eles buscam acolher a todos. “Não participam apenas casais que têm o sacramento do Matrimônio, mas também os que vivem em segunda união, não casados ou até mesmo de outras religiões, e a experi-
“Esperamos que em 2016 continuemos com essas atividades voltadas especialmente para os estudantes da periferia. Temos outros projetos em andamento e vamos anunciá-los assim que estiverem em funcionamento”, comemora Padre Vandro. O Sacerdote destaca que o Vicariato vem para resgatar o protagonismo estudantil cristão na Cidade que forma grande parte das lideranças nacionais. “As universidades católicas tiveram um papel importante na construção da democracia não só em São Paulo, mas em todo o Brasil. A PUC-SP foi um grande instrumento de redemocratização do País e da luta contra a ditadura militar. Sinceramente, sinto falta da manifestação dessas universidades, quanto ao momento politico, social e econômico que estamos atravessando. Os colégios católicos são os grandes responsáveis pela formação dos nossos lideres e formadores de opinião, precisamos ajudá-los a desempenhar sua importante missão evangelizadora, social e estudantil”, conclui.
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Com a Palavra: João Carlos Martins
Música clássica ajuda jovem a ter alma de poeta e disciplina de atleta Fundação Bachiana/Divulgação
Rafael Alberto
Especial para O SÃO PAULO
Em 25 de janeiro, solenidade da conversão do apóstolo São Paulo – patrono da Arquidiocese – e aniversário de 462 anos da cidade, a Catedral da Sé receberá um concerto que será regido pelo Maestro João Carlos Martins. Nascido em São Paulo e hoje com 75 anos, o Maestro é considerado um dos maiores pianistas do mundo e se destaca na interpretação das obras de Johann Sebastian Bach (1685-1750). Nesta entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO, o Maestro fala sobre sua carreira, os desafios do problema que tem nas mãos, e sua relação com a cidade – que ele afirma amar de norte a sul e de leste a oeste. O SÃO PAULO – É difícil ser
maestro no Brasil? Como foi a trajetória do senhor?
Maestro João Carlos Martins – Não se pode dizer que a profissão de músico clássico no Brasil é fácil, pois não é. Ainda temos muito o que caminhar em direção à democratização da música clássica, para que ela seja conhecida cada vez mais por um número maior de pessoas e, dessa forma, formar um público muito maior do que temos hoje e ampliar o número de orquestras e maestros.
Como a música clássica pode contribuir na formação das pessoas?
Costumo dizer que para ser um músico clássico você precisa ter a disciplina de um atleta e alma de um poeta. Se você desperta nas pessoas a alma do poeta e a disciplina do atleta, elas certamente se tornam pessoas melhores.
Como atrair os mais jovens para
damente 18 anos. Em alguns períodos, confesso que tentei me afastar da música, mas não fui capaz de abandoná-la. Acho que a alma do poeta e, principalmente, a disciplina do atleta fizeram com que eu superasse os obstáculos com os quais me defrontei.
Qual a relação do senhor com a religião? Como vive a fé?
Acredito na força superior de Deus e na força interior do homem. O homem que não crê em Deus e em si mesmo não tem força suficiente para superar as adversidade da vida.
O senhor vai apresentar um concerto no dia do aniversário da cidade de São Paulo, logo após a missa na Catedral da Sé. Como será o concerto?
que tenham interesse por música clássica?
Fazendo com que os jovens tenham a oportunidade de conhecer a música clássica. Não há como o jovem se interessar por alguma coisa que não conhece. Por isso, luto diariamente pela democratização da música clássica, para que ela chegue cada vez mais a um número maior de pessoas, principalmente aos jovens, que a partir do momento
que conhecerem a música clássica, certamente se encantarão com sua beleza.
O senhor passou por alguns problemas de saúde. Como superou as limitações e segue sendo um dos maestros mais respeitados do Brasil?
Na verdade, meus primeiros problemas com as mãos começaram a se manifestar quando eu tinha aproxima-
O concerto será uma homenagem à cidade, em que iniciaremos com “Jesus Alegria dos Homens”, de Bach, até outros grandes compositores.
Como é a relação do senhor com a cidade? Quais os lugares prediletos?
É a cidade que eu amo. Foi aqui onde nasci e de onde parti em busca de meus sonhos. De norte a sul, e de leste a oeste, amo esta cidade.
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SÃO PAULO, 462 ANOS
Arte, lazer e gastronomia no aniversário da Metrópole Para comemorar os 462 anos da cidade de São Paulo, uma série de atividades culturais está programada para o fim de semana, nos dias 23 e 24, e na data do feriado, na segunda-feira, 25.
MÚSICA CLÁSSICA Aniversário de São Paulo no Theatro Municipal Theatro Municipal (praça Ramos de Azevedo, s/nº, centro) Domingo, 24, às 17h Para este dia o programa de atividades contempla: concerto comemorativo pelo aniversário de São Paulo; Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo – OSM (Eduardo Strausser – regência e Daniil Kharitonov – piano). Segunda-feira, 25, às 8h30 Neste dia haverá: concerto em homenagem ao aniversário de São Paulo; Orquestra Experimental de Repertório OER; Coro Lírico Municipal de São Paulo, na Escadaria Interna (Carlos Moreno – regência; Bruno Greco Facio - regência Coro Lírico; e Fabiana Cozza – canto); e Quarteto da Cidade no Salão Nobre. Informações: (11) 3053-2100 Orquestra no Theatro São Pedro Theatro São Pedro (rua Dr. Albuquerque Lins, 207, metrô Marechal Deodoro) Segunda-feira, 25, a partir das 11h A Orquestra do Theatro São Pedro, com regência do Maestro André dos Santos, apresenta o primeiro concerto de 2016 para comemorar o aniversário da cidade de São Paulo. Serão apresentadas, ainda, récitas da Banda Sinfônica e Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, no evento que se estenderá ao longo de todo o dia. A entrada é gratuita. Informações: (11) 3661-6600
SHOWS - SESC Banda Vanguart SESC Santana (avenida Luiz Dumont Villares, 579, Santana) Sábado, 23, às 21h; Domingo, 24, e segunda-feira, 25, às 18h O show da banda mato-grossense Vanguart homenageia o cantor Bob Dylan, interpretando canções produzidas pelo músico entre 1962 e 1976. Informações: (11) 2971-8700 Bixiga 70 SESC Interlagos (avenida Manuel Alvez Soares, 1.100, Interlagos) Segunda-feira, 25, às 16h No show, os músicos apresentam as canções do terceiro disco, “Bixiga 70 III”, que conta com uma mistura de jazz, funk, música afro-brasileira, dub, reggae, cumbia e carimbó. Informações: (11) 5662-9500
Filipe Catto SESC Pinheiros (rua Paes Leme, 195, Pinheiros) Domingo, 24, e segunda-feira, 25, às 18h O cantor e compositor Filipe Catto faz shows de seu novo álbum “Tomada”, acompanhado por Michelle Abu (Bateria), Fabá (Guitarra), Lucas Vargas (Teclados), Ana Karina (Baixo e Vocais). Informações: (11) 3095-9400 Hamilton de Holanda trio SESC Belenzinho (rua Padre Adelino, 1.000, Belenzinho) Sábado, 23, e domingo, 25, às 16h O bandolinista carioca Hamilton de Holanda se apresenta em show com formato acústico ao lado de Thiago da Serrinha (percussão) e André Vasconcellos (contrabaixo). Informações: (11) 2076-9700 Maria Gadú SESC Itaquera (avenida Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1.000, Itaquera) Segunda-feira, 25, às 17h A cantora apresentará seus maiores sucessos, além de canções do mais recente álbum “Guelã”, trabalho com dez faixas que combinam música brasileira com experimentalismo. Informações: (11) 2523-9200 Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci SESC Pompeia (rua Clélia, 93, Pompeia) Sábado, 23, às 21h; Domingo, 24, e segunda-feira, 25, às 19h A cantora Tulipa Ruiz e o cantor Marcelo Jeneci
apresentam o projeto “Dia a Dia, Lado a Lado”, com canções presentes em todos os seus discos, executadas por músicos que acompanham a dupla desde o início de suas carreiras. Informações: (11) 3871-7700
SHOWS – PREFEITURA DE SÃO PAULO Criolo Palco Parelheiros (rua Terezinha Prado de Oliveira) Sábado, 23, às 18h O cantor irá apresentar alguns de seus sucessos, como “Grajauex”, “Chuva ácida” e “No sapatinho”. Informações: (11) 2226-0400 Daniela Mercury Por toda a avenida Faria Lima Domingo, 24, às 16h30 Em cima de um trio elétrico, a cantora de Salvador fará show na avenida Faria Lima, com ritmos do axé e do samba. Informações (11) 2226-0400 Gilberto Gil e Demônios da Garoa Clube de Regatas Tietê (avenida Santos Dumont, 843, próximo ao metrô Armênia) Segunda-feira, 25, às 16h O cantor e compositor baiano Gilberto Gil interpreta sucessos como “Andar com fé”, e “Realce”, enquanto os sambistas do grupo Demônios da Garoa mostram clássicos de Adoniran Barbosa, como “Trem das Onze” e “Saudosa Maloca”. Informações: (11) 3228-5244 Luciana Mello e Jair Oliveira Teatro Arthur Azevedo (avenida Paes de Barros, 955, Mooca) Sábado, 23, às 21h Informações: (11) 2604-5558 Rapper KL Jay CEU Perus (Rua Bernardo José Lorena, s/nº, Vila Fanton)
Sábado, 23, às 18h Informações: (11) 3915-8703 Rappin Hood e Mano Réu Palco Vila Maria/Vila Guilherme (avenida Curuçá esquina com a Avenida Guilherme Cotching) Sábado, 23, às 20h Os cantores Mano Reú e Rappin Hood se apresentam com as faixas dos discos “Sujeito Homem 1” e “Sujeito Homem 2”. Informações: (11) 2226-0400 Trovadores Urbanos e Grupo de Choro Pátio do Colégio (largo Pátio do Colégio, 2, centro) Segunda-feira, 25, às 9h Conhecidos como “Os Seresteiros do Brasil”, os Trovadores Urbanos já fizeram mais de 100 mil serenatas pelo País e pelo mundo. Informações: (11) 3105-6899
GASTRONOMIA PAULISTANA Festival do Pastel no Memorial da América Latina Memorial (avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664, Barra Funda) Do sábado, 23, a segunda-feira, 25, das 10h às 21h. Com entrada gratuita, o evento promete oferecer os melhores pastéis da cidade. Informações: (11) 3823-4600 Sampa Gastronômica Club Homs (avenida Paulista, 735) Sábado, 23, das 11h às 04h do dia 24, retornando no domingo às 11h e encerrando às 20h. Aproximadamente 40 expositores particirão com os mais variados tipos de comidas favoritas dos paulistanos. As bebidas também possuem espaço reservado no evento, com drinks especiais em homenagem aos bairros da cidade. Informações: (11) 3289-4088 (Redação e pesquisa: Igor de Andrade)