O SÃO PAULO - edição 2964

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PUC-SP empossa novos gestores acadêmicos Página 19

Campanha ‘Escolhe a Vida’ opõe-se ao aborto Página 9

Semanário da Arquidiocese de São Paulo

Coordenação do Celam se reúne no Rio de Janeiro Página 19

Brasil consolida rotas de turismo religioso Página 9

ano 58 | Edição 2964| 6 a 12 de agosto de 2013

R$ 1,50

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Chegou agosto, o mês das vocações Na Arquidiocese, peregrinações à Catedral da Sé, Dia do Padre e atualização do clero marcaram início do período Chamado de “Mês Vocacional”, agosto começou movimentado. No sábado, 3, o clero arquidiocesano foi em peregrinação à Catedral da Sé, no contexto do Ano da Fé, em missa

com o cardeal Scherer, e concelebrada pelo cardeal Hummes, que naquele dia, festejou 55 anos de sua ordenação sacerdotal. No domingo, 4, o Dia do Padre foi lembrado nas paró-

quias e também na Catedral, onde dom Odilo presidiu missa de abertura do mês vocacional e instituiu os ministérios de Leitor e Acólito a seminaristas e candidatos ao diaco-

nato permanente. Na segunda-feira, 5, começou o curso de atualização clero, que termina na quinta-feira, 8, em Itaici. Páginas 10 e 11

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Semana Missionária e JMJ são avaliadas por seminaristas Em encontro com reitores, bispos auxiliares e o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, na sexta-feira, 2, seminaristas da Arquidiocese de São Paulo partilharam as experiências que vivenciaram na Semana Missionária e na JMJ Rio-2013. Página 20

Arcebispo de Nápoles analisa a realização da Jornada no Brasil Padre Bruno Forte, como gosta de ser chamado o arcebispo de Nápoles, na Itália, comenta ao O SÃO PAULO que jovens participantes da Jornada Mundial no Rio de Janeiro “estão percebendo que a Igreja é pobre e está próxima dos pobres”. Página 18

Regional Sul 1 envia padre Osvaldo em missão à Amazônia Padre Osvaldo Viera Costa, 33, pároco na Diocese de Santo Amaro irá em missão para a Amazônia. Sua missa de envio aconteceu no dia 5, na sede do Regional Sul 1, presidida por dom Vicente Costa, e concelebrada pelo cardeal Scherer. Página 20


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Fé e Vida

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 6 a 12 de agosto de 2013 Gabirante

frases da semana

“Vivemos uma experiência inédita. Pela primeira vez, um papa quis encontrar-se com os bispos responsáveis pelo Celam. Agora, precisamos responder ao chamado que ele nos fez de colocar nossos maiores esforços para que Aparecida seja uma realidade na vida da Igreja.”

Dom Caros Aguiar Retes, arcebispo de Tlalnepantla (México), no encontro do Celam

“Se for para ser padre pelas vaidades, não vale a pena ser padre. Se for para ser padre para ajuntar dinheiro, o caminho está errado; se for para ser padre para continuar a seguir as paixões e a vida corrupta, deixe esse caminho”.

você pergunta

Espiritualidade

Sábado é dia de Maria visitar o purgatório?

O credo do ladrão na cruz Frei Patrício Sciadini

Diretor do O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese de São Paulo

Padre Cido Pereira

A pergunta é da Maria das Dores Santos, de Ermelino Matarazzo. Vamos conversar com ela. Ô Maria, o povo de Deus inventa cada coisa, não é mesmo? Eu, pessoalmente, nunca ouvi isso. E é bom que a gente não fique criando coisas nem colocando coisas na cabeça do povo. O sábado é dedicado a Maria porque a Igreja entendeu que como a aurora anuncia o dia, o sábado prepara o Dia do Senhor. Maria é aquela que nos mostra com a vida, com o exemplo, o caminho de Jesus, o único que nos pode salvar, o único mediador entre nós e Deus Pai. Nossa devoção, nosso carinho, nossa ternura por Maria têm que caminhar neste sentido. Ela não é Deus. É uma pessoa humana, como nós, que foi escolhida e aceitou generosamente ser a mãe do Salvador. Só isso. Ela não nos salva. Quem salva é seu filho. Por tudo isso, a frase mais importante de Maria está na Bíblia. O que ela anda dizendo por aí, em aparições muito duvidosas, com mensagens que assustam em vez de consolar, que repreendem em vez de ser sinal de esperança, que anunciam desgraças em vez de trazer paz aos corações, o que dizem que Maria anda falando nessas aparições que a Igreja não aprova, não chega nem aos pés do que ela disse nas bodas de Caná: “Façam tudo o que meu filho disser!”. Isso basta. Para quem segue esta ordem, quem faz tudo o que Jesus ensina e manda, está salvo, está feliz. É isso aí, Maria das Dores. Fique com Deus e que Ele abençoe você e sua família.

“Façam tudo o que meu filho disser!”. Isso basta. Para quem segue esta ordem, quem faz tudo o que Jesus ensina e manda, está salvo, está feliz

Semanário da Arquidiocese de São Paulo

Os nossos credos são difíceis de serem compreendidos. É interessante que os credos que encontramos pelas páginas do Evangelho são simples, breves e completos. Pensamos, por exemplo, a profissão de fé de Pedro, quando diz: “Tu és o Messias, tu és o Cristo, tu és o filho de Deus!”. Ou quando os discípulos dizem “creio, Senhor, mas aumentai a minha fé”. Ou a todos os doentes que perguntados se acreditavam, responderam “creio” e pela fé iam buscando a pessoa de Jesus. Às vezes, o mesmo Jesus elogia a fé das pessoas: “Nunca se encontrou tanta fé em Israel” ou “A tua fé te salvou”. Sempre tenho tido uma preferência pelo chamado bom ladrão, que, no seu

Dom Odilo Pedro Scherer, na missa de abertura do Mês Vocacional

sofrimento, estando perto de Jesus e escutando as palavras de Jesus que do alto da cruz esquecendo a si mesmo tinha rezado: “Ó Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem”, sentiu o desejo de dizer a Jesus uma palavra de confiança e pediu: “Lembra-te de mim quando estiveres no teu Reino”. O ladrão tinha lido o letreiro que pendia ao pescoço de Jesus durante o caminho ao calvário: “Jesus nazareno, rei dos judeus”. Como seria o Reino deste rei que morria na cruz? Que tipo de Reino de justiça e de paz existirá neste reino? Jesus escutou esta oração, este ato de fé deste ladrão e disse: “Hoje estarás comigo no paraíso”. Jesus não chama de Reino onde Ele vai, mas “paraíso”, o paraíso é sonho de liberdade, de paz, é o Reino novo onde não haverá mais injustiça, nem morte, mas tudo será amor e glória. Na escola do bom ladrão, devemos aprender a nunca nos desesperar, a sa-

“Fiquei escutando a música ‘Amar ao próximo é tão démodé’ [Baader-Meinhof Blues, composição de Renato Russo]. Deus fala com a gente em momentos inusitados. Perguntei se amar ao próximo estava mesmo fora de moda”.

Walmir Júnior, jovem que contou sua história num encontro com o Papa, durante a JMJ

ber que, no meio dos sofrimentos mais agudos, se abre sempre para nós a porta da esperança. O bom ladrão não somente pede a Jesus que ele seja admitido no seu Reino, mas repreende o outro companheiro de roubos: “Nós recebemos justamente a pena por nossos erros, mas este não tem feito nada de mal”. Penso que essas palavras devem ter caído profundamente no coração do companheiro, e no silêncio do seu coração deve ter reconhecido que ele recebia a pena merecida. A vida nos reserva tantas surpresas, mas a mais bela é que Jesus sempre nos escuta. E quando pedimos com fé, demonstrando que cremos nele, Ele sempre nos atende e também nos diz: “Hoje estarás comigo no paraíso”. O paraíso não começa nem amanhã nem daqui a 40 anos, começa no hoje da nossa vida, no momento em que decidimos aderir realmente a mensagem de Jesus e a viver a misericórdia com todos.

palavras que não passam

Querido papa Francisco, paz e bem! PADRE AUGUSTO CÉSAR PEREIRA

Obrigado pelo convívio que nos proporcionou! O senhor veio ao encontro da juventude mundial e facilitou-lhes ao máximo achegarem-se de sua esfuziante pessoa. O senhor fez do Brasil o paraíso da juventude. Como anfitriões nós “brasileiros” representamos o mundo, com o nosso modo próprio de acolhê-lo. Notamos que o senhor se sentiu e se comportou como se estivesse à vontade em sua casa. Fez da nossa a sua casa. Para sermos bíblicos, armou sua tenda junto de nós. Vigiamos por seu sono tranquilo. Aprendemos que onde está o Papa, aí estará a Igreja. Entendemos então o momento privilegiado para nós, de acolher a própria Igreja de Jesus Cristo. Mas, deixamos claro que nos sentimos mais confirmados na pertença de todos nós à mesma Igreja que é sua tarefa apascentar. Foi confirmada e plenamente satisfei-

ta a nossa ansiedade por sua mensagem encontramos realmente nosso Mestre e de esperança dirigida à juventude. Entre modelo nas coisas de Cristo. Indaga-se o que procuravam os jonós, corre um ditado antigo que diz assim: “A juventude tem a força; a velhice vens vindos de longe ao Rio de Janeiro tem a sabedoria”. Temos certeza de que à sua espera? A resposta, certamente, o senhor soube reatar o diálogo entre as será a mesma do jovem estudante Tiagerações para nos apontar o caminho go na “entrevista coletiva” que o senhor para alcançar um mundo mais pacífico concedeu aos jovens estudantes dos colégios jesuítas da Itália que o visitaram e, por isso mesmo, mais feliz. Há pessoas que encaram a juventude em Roma. Disse ele: “Finalmente, com o como um bando de gente rebelde sem senhor encontramos a mensagem de escausa. Cremos que não seja bem isso. O senhor papa Esses jovens também sabem que o senhor Francisco sabe que a multidão de jovens que o abraça é o líder mais respeitado do nosso mundo do jeito brasileiro de abracarente de lideranças. Com o senhor, çar está muito bem inforabraçamos a causa de Jesus Cristo mada e consciente de que veio para cá e aqui se reuniu por uma causa, a causa de Cristo. Esses jovens também sabem perança que antes nos víamos obrigados que o senhor é o líder mais respeitado a procurar vagando pelo mundo. Obrigado nosso mundo carente de lideranças. do, porque o senhor nos tocou verdadeiCom o senhor, abraçamos a causa de ramente no íntimo”. O senhor mostrou em quem se enJesus Cristo. Só isso poderia justificar o peso da cruz que o senhor aceitou colo- contra realmente a esperança: “Em Jecar sobre seus ombros, esperamos que sus que se fez jovem e pobre por nós!”. agora revigorados. Por isso, a nossa cer- Obrigado, porque o senhor nos entusiasteza baseia-se no fato de que no senhor mou para abraçar a causa da esperança!

Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Antônio Aparecido Pereira • Reportagem: Daniel Gomes • Colaboração: Nayá Fernandes e Edcarlos Bispo de Santana • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Assinaturas: Djeny Amanda • Projeto Gráfico e Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Impressão: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 3666-9660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: osaopaulo@ uol.com.br (redação) • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinatura) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. • A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura.


Fé e Vida ENCONTRO COM O PASTOR

Vocação: resposta de fé

Arcebispo metropolitano de São Paulo

cardeal dom odilo pedro scherer

Nem bem absorvemos as ricas e variadas mensagens da Jornada Mundial da Juventude e já nos encontramos a celebrar, como todos os anos, o mês das vocações no Brasil. De fato, a própria JMJ já teve também um forte apelo vocacional. Muitos jovens participantes, certamente, sentiram, de maneira forte, a voz interior para viver bem a vida, não importando em qual estado de vida. A primeira vocação é o chamado de Deus à vida e a vivê-la na correspondência com o desígnio de Deus. A isso, o papa Francisco exortou os jovens de muitas maneiras, quando os encorajou a não perderem a esperança, a não se conformarem com o consumismo e o hedonismo, a terem a coragem de ir contra a corrente, a serem solidários... Viver, humanamente, de forma plena e frutuosa, também é parte da vocação à fé e à vida cristã. O papa Francisco exortou os jovens a serem protagonistas de um mundo novo. Agosto, mês das vocações, no Ano da Fé: que há de novo nisso? As vocações, na Igreja de Cristo, não são compreensíveis a não ser à luz da fé. O que dá sentido à vida do Padre e à sua dedicação “às coisas de Deus?” Por qual motivo alguém

parte para as missões no meio de povos que não conhece e a eles dedica sua existência inteira? O que explica alguém consagrar sua vida inteiramente a Deus, já neste mundo, vivendo desapegado de coisas boas que a vida oferece? Como explicar que jovens continuem a casar e casais vivam, mesmo com dificuldades, um casamento fiel, santo e sintonizado com a vontade de Deus? A resposta é só uma: a fé, como resposta a Deus, fruto de uma profunda experiência de Deus. A fé verdadeira faz perceber a vida a partir de um horizonte novo, que não despreza o horizonte das realidades humanas e das deste mundo; a fé é uma luz sobrenatural que se irradia sobre toda a realidade e a faz conhecer a partir do olhar de Deus. Não é por acaso que o título da encíclica do papa Francisco sobre a fé é: Lumen Fidei – A Luz da Fé. A fé, dom de Deus, dom sobrenatural, dá uma capacidade que vai além da nossa natureza. Na Carta aos Hebreus lemos que “a fé é um modo de já possuir o que ainda se espera; é a convicção a respeito de realidades que não se veem” (Hb 11, 1). Sem fé, não há vocação sacerdotal ou religiosa, nem vocação ao matrimônio ou verdadeira vocação laical. “Sem a fé, é impossível agradar a Deus, pois é preciso crer que Ele existe e recompensa os que dele se aproximam”, diz ainda a Carta aos Hebreus (11, 6). A vo-

cação, no sentido cristão e eclesial, nasce e se desenvolve no diálogo da fé, na consciência das pessoas, no ambiente de oração, de escuta da Palavra de Deus e de prática da vida cristã. Sobre isso, falou de maneira magistral o beato João Paulo II na Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis – Dar-vos-ei Pastores... Muitas vezes se pergunta: Por que as vocações diminuem? Por que não despertam novas vocações sacerdotais e religiosas? As respostas podem ser várias, mas a principal é esta: por causa da generalizada crise religiosa e da crise de fé. A abundância de religiosidades ainda não significa abundância de fé cristã. Sem um clima de fé nos vários ambientes que formam e marcam as pessoas, dificilmente surgem vocações; a fé, experimentada e vivida pessoal e eclesialmente, torna possível o surgimento das vocações. A vida na fé, consciente, serena e alegre, faz perceber e valorizar o chamado de Deus; ao mesmo tempo, torna possível cultivar e manter uma ordem de valores e escolhas na vida, para perseverar na resposta ao chamado de Deus. A conclusão necessária, pois, parece-me ser esta: ajudar os jovens a terem uma boa iniciação à vida cristã, como “vida na fé”, nos vários ambientes em que eles vivem. Mas, sobretudo, nos espaços da família e da comunidade eclesial. Isso ainda é possível? A JMJ foi uma amostra dessa possibilidade.

Luciney Martins/O SÃO PAULO

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, convida a todos os religiosos/as membros de Institutos de Vida Consagrada, Sociedades de Vida Apostólica e demais membros de Comunidades de especial Consagração a Deus na Arquidiocese de São Paulo para participarem no sábado, 17, às 15h, da peregrinação à Catedral da Sé.

Leia a carta convite em www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

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editorial

Pastores com o cheiro das ovelhas Que bonita foi a peregrinação do clero arquidiocesano à Catedral da Sé, um encontro iluminado pelo Ano da Fé. Bispos e padres tomaram conta da Igreja Mãe da Igreja de São Paulo, deixando claro que o Ano da Fé não é só para os fiéis, é também para os pastores. Até porque a missão destes é confirmar, alimentar e orientar a fé daqueles. E como fazer isso sem fé? A presença dos pastores de Deus na Sé quis lembrar também que o chamado e o envio ao povo só é entendido na perspectiva da fé recebida como um dom, fé que é luz que clareia o caminho, fé que faz compreender o chamado e faz dizer sim. A presença dos padres na Sé, em torno do altar, quis deixar claro também que eles, como qualquer batizado, precisam alimentar a sua fé e crescer nesta fé, para que tenham mais crédito suas palavras e seu testemunho para o rebanho que lhes é confiado. Graças a Deus, nosso clero tem uma bonita história. Dele surgiram santos que nos servem de modelos no seguimento de Jesus. Graças a Deus, este clero paulistano tem os rostos da cidade cosmopolita que ele evangeliza, tem os sotaques do Brasil inteiro, porque a cidade de São Paulo é assim, tem o rosto e os sotaques de todo o Brasil. Deus abençoe nossos padres. Eles foram cercados do carinho do povo de Deus no domingo, 4, no Dia do Padre. E grande número deles está reunido em Itaici, Indaiatuba (SP), para seu curso anual de aprofundamento teológico. Concluindo, quer o papa Francisco que os pastores tenham o cheiro das ovelhas. Nossos padres já têm esse cheiro, e a exemplo do papa, e o Ano da Fé só os fazem mais parecidos com Jesus, o Pastor dos pastores.

Graças a Deus, nosso clero tem uma bonita história. Dele surgiram santos que nos servem de modelos no seguimento de Jesus. Graças a Deus, este clero paulistano tem os rostos da cidade cosmopolita que ele evangeliza, tem os sotaques do Brasil inteiro, porque a cidade de São Paulo é assim, tem o rosto e os sotaques de todo o Brasil

agenda do cardeal De segunda-feira (5) a quinta-feira (8)

Curso do Clero da Arquidiocese de São Paulo (Itaici)

Quinta-feira (8)

18h: Celebração Seminário de Filosofia pela Festa de São Cura D’Ars

Sexta-feira (9)

14h30: Reunião da Escola Diaconal 20h00: Missa com os Diáconos Permanentes; Vigília de São Lourenço, Diácono e mártir. Paróquia São Luís Gonzaga – Região Sé

Tweets do Cardeal

Sábado (10)

@DomOdiloScherer 4 - Hoje, 4/8, São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, “um pároco admirável pelo seu zelo pastoral” - Patrono dos Párocos. 4 - Bom Domingo! Obrigado pelas saudações e orações pelos padres

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neste “Domingo da vocação sacerdotal” no Brasil. 3 - “Vossa palavra é uma luz para os meus passos, é uma lâmpada luzente em meu caminho.” 3 - “Não mintais uns aos outros, Já vos despojastes do homem velho

e da sua maneira de agir” S.Paulo, Cl, 3, 9) 3 - “Vaidade das vaidades”, diz o Eclesiastes, “tudo neste mundo é vaidade” (Eclo 1, 2), menos uma coisa: Amar e servir a Deus. Bom Domingo!

08h30: Audiências 8h30: Missa no XV Capítulo das Irmãs do Instituto Jesus, Maria e José

Domingo (11)

8h: Missa no Mosteiro de Santa Tereza – Centenário de Fundação do Carmelo 11h: Missa na Catedral – Semana da Família

Segunda-feira (12)

9h30: Trabalhos pastorais 9h: Missa e bênção de sinos no Mosteiro de São Bento


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Fé e Vida

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liturgia e vida

palavra do papa

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA 18 DE AGOSTO DE 2013

Os jovens não seguem o Papa, seguem Jesus Cristo

Ana Flora Anderson

Deus faz maravilhas Nos Evangelhos, Maria é apresentada como o modelo da espiritualidade que agrada a Deus. Nascida e criada numa aldeia no interior da Galileia, Maria é chamada por Deus quando ainda jovem e virgem. Este é o paradoxo que fascina São Lucas: quando a pobreza interior se abre plenamente a Deus, Ele fará maravilhas! Na segunda leitura (1Coríntios 15, 20-27) São Paulo ensina que a fonte de nossa participação na glória eterna é a ressurreição de Jesus. Sua morte e glorificação destroem os inimigos de Deus e abrem o caminho da glória para todos os que o seguem na fé. O Evangelho de São Lucas (1, 39-56), através do hino do Magnificat, revela que o amor e a graça de Deus realizam o ser humano quando este se aproxima sem negar suas fraquezas. Maria canta este hino que exprime o que é mais profundo no seu coração: Deus viu a minha pobreza e em mim fez maravilhas! A primeira leitura (Apocalipse 11, 19; 12, 1. 3 - 6.10) exprime o sentido desta festa litúrgica. A pobre virgem da Galileia hoje é apresentada como o grande sinal no céu. Sua fidelidade e a coragem a transformaram na mulher que tem o poder de enfrentar os males deste mundo. É através dela, no seu Filho, que Deus realizou a salvação. leituras DA SEMANA SEGUNDA (19): Jz 2,11-19, Mt 19,16-22 TERÇA (20): Jz 6,11-24a, Mt 19, 23-30 QUARTA (21): Jz 9, 6-15, Mt 20,1-16a QUINTA (22): Is 9,1-6, Lc 1, 26-38 SEXTA (23): 2Cor 10,17 – 11, 2, Mt 13, 44-46 SÁBADO (24): Ap 21, 9b-14, Jo 1, 45-51

SANTO DA SEMANA

São Jacinto – 17 de agosto Batizado com o nome de Jacko, nasceu em 1183, na antiga Kramien, hoje Cracóvia, na Polônia. Pertencia à piedosa família Odrovaz, da pequena nobreza local. Desde cedo, aprendeu a bondade e a caridade, despertando, assim, sua vocação religiosa. Em Roma, conheceu Domingos de Gusmão, fundador de uma nova Ordem, a dos padres predicadores. Depois de um breve noviciado, vestiu o hábito dominicano e tomou o nome de frei Jacinto. Assim iniciou sua missão de grande pregador. Depois de pregar por toda a diocese, mandou alguns dominicanos missionários para a Prússia, Suécia e Dinamarca, pois esses países pagãos careciam de evangelização. Jacinto foi um incansável pregador da Palavra de Cristo e um dos mais pródigos colaboradores do estabelecimento da nova Ordem naquelas regiões tão distantes de Roma. Foram 40 anos de intensa vida missionária. No ano dia 15 de agosto de 1257, morreu no Mosteiro de Cracóvia, e foi canonizado em 1524, pelo papa Clemente 7º. (Com informações do site CatolicaNet)

Papa francisco No domingo passado eu me encontrava no Rio de Janeiro. Concluíam-se a Santa Missa e a Jornada Mundial da Juventude. Penso que devemos todos juntos agradecer ao Senhor o grande dom que foi este acontecimento, para o Brasil, para a América Latina e para todo o mundo. Foi uma nova etapa na peregrinação dos jovens através dos continentes com a cruz de Cristo. Não devemos nos esquecer jamais de que as Jornadas Mundiais da Juventude não são “fogos de artifícios”, momentos de entusiasmos fechados em si mesmos; são etapas de um longo caminho, iniciado em 1985, por iniciativa do papa João Paulo 2º. Ele confiou aos jovens a cruz e disse: “Andem, e eu virei com vocês!” E assim foi;

e esta peregrinação dos jovens con- povo de grande coração! Não me estinuou com o papa Bento, e graças queço da sua calorosa acolhida, as a Deus, eu também pude viver esta suas saudações, os seus olhares, a maravilhosa etapa no Brasil. tão grande alegria. Um povo geneRecordemos sempre: os jovens roso; peço ao Senhor que o abençoe não seguem o Papa, seguem Jesus muito. Gostaria de pedir que rezem coCristo carregando a sua cruz. E o Papa os guia e os acompanha Não devemos nos esquecer jamais neste caminho de fé e de esde que as Jornadas Mundiais perança. Agrada Juventude não são “fogos de deço por isso todos os jovens artifícios”, momentos de entusiasmos que participafechados em si mesmos; são etapas de ram mesmo à custa de sacrium longo caminho iniciado em 1985 fícios. E agrapor iniciativa do papa João Paulo 2º deço ao Senhor também os outros encontros que tive com os pas- migo para que os jovens que partores e com o povo daquele grande ticiparam da Jornada Mundial da país que é o Brasil, como também Juventude possam traduzir essa exàs autoridades e aos voluntários. O periência na sua caminhada cotidiaSenhor recompense todos aqueles na, nos comportamentos de todos que trabalharam para esta grande os jovens; e que possam traduzir festa da fé. Quero também sublinhar também em escolhas importantes o meu agradecimento aos brasilei- de vida, respondendo ao chamado ros. Brava gente esta do Brasil, um especial do Senhor. Luciney Martins/O SÃO PAULO

Tweets do papa

@Pontifex_pt 05 - A luz da fé ilumina todas as

nossas relações e ajuda-nos a vivê-las em união com o amor de Cristo para vivê-las como Ele. 02 - A segurança da fé não nos torna imóveis e fechados, mas põe-nos a caminho para dar testemunho a todos e dialogar com todos. 31 - Queridos jovens, vale a pena apostar em Cristo e no Evangelho, arriscar tudo por grandes ideais! #Rio2013 #JMJ 30 - Agora, jovens amigos, devemos continuar a viver, dia após dia, aquilo que juntos professamos na JMJ.

No Angelus Domini do domingo, 4, o papa Francisco relembrou mais uma vez a Jornada Mundial da Juventude e destacou que os jovens devem seguir a Jesus e não ao Papa

Há 50 anos

Em Belo Horizonte, o 1º Encontro da Imprensa Católica Aconteceu em Belo Horizonte (MG), o primeiro Encontro da Imprensa Católica. A reunião contou com a presença da União Latino-Americana de Imprensa Católica e teve o apoio do Secretariado da Opinião Pública da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. “Nossa época é de transformações rápidas e profundas. Ao lado de todo o progresso material que muitas vezes nos encontram, o homem se debate em busca de uma solução para uma vivência mais digna, mais humana”, disse a secretária geral do encontro, Maria Lúcia Sampaio Pinto.

A edição trouxe também uma matéria especial sobre o papa João 23, que foi homenageado pela revista TIME como homem do ano. “Essa premiação da conhecida revista – e que, desde 1927, quando foi iniciada, nenhum eclesiástico a recebeu – diz eloquentemente do valor altamente social da obra de João 23”. A edição recordou também o dia 6 de julho de 1963, como marco do jubileu de ouro do início efetivo das obras da Catedral Metropolitana de São Paulo e lançou uma campanha de arrecadação para terminar as torres da Catedral.

Capa da edição de 11/8/1963


Fé e Vida fé e cidadania

Quinta-feira, 25 de julho de 2013. Casa 81, Bairro Varginha, Rio de Janeiro, Brasil. Como as demais casas ao redor, quem sabe quantos dramas, quantas tensões e quanto sofrimento habitam aquela pobre moradia! Quem sabe quantos problemas relativos ao trabalho, à habitação, à saúde, à educação, ao transporte, à segurança!... Quem sabe, também, quantas «alegrias e esperanças, tristezas e angústias», quantas dores e temores, lutas, fracassos e vitórias abrigam aquela simples casa! Ou, ainda, quantos sonhos e esperanças ali nasceram, cresceram, morreram ou se realizaram! Uma casa como milhões de outras. Pobre, sim, mas talvez rica de vida e alegria, festa e entusiasmo, como poucos palácios suntuosos; talvez dilacerada por divisões e conflitos, doença, desemprego e pobreza, mas aberta à hospitalidade, como poucas mansões de alto luxo; talvez sem saber o que

terá à mesa no dia seguinte, remonta à prática pastoral do mas sempre pronta à solida- profeta itinerante de Nazaré. riedade com o próximo, como A Boa Nova de Jesus Cristo é proclamada muito mais pelas poucas famílias ricas. Na grande Caravana da 5º ruas e aldeias do que no temJornada Mundial da Juventude, plo. Muitas vezes, o interior de percorrendo o Bairro Varginha, o papa Francisco se detém e cada família esconde “pequeentra na humilde casa. Abraça nos infernos” de sofrimento e beija as pessoas, ouve e fala humano. Basta olhar para o com grande atenção, enche o interior da própria casa. A preespaço com seu sorriso largo e sença de um representante de seu coração em festa. Um pas- Deus em meio a esse sofrimentor que conhece o seu povo, da to torna-se uma grande bênmesma forma que este tamBasta olhar para o interior da própria bém o vem casa. A presença de um representante de conhecendo sempre mais, Deus em meio a esse sofrimento tornana sua granse uma grande bênção: um olhar de deza de alma compreensão, uma palavra de ânimo, um e simplicidatoque de força, um ouvido atento de de gestos. O gesto do Papa traz de volta a saudosa ção: um olhar de compreensão, lembrança do chamado «tra- uma palavra de ânimo, um tobalho de formiguinha» ou «tra- que de força, um ouvido atento. balho de base» na Pastoral de Eis uma verdadeira forma de Conjunto. Visita à família mais evangelização. Quando tudo necessitada, presença nos po- isso vem reforçado pela visita rões da sociedade, contato vivo do Pontífice da Igreja, evidente com as pessoas prática muito que se reforça, ao mesmo temutilizada nas missões popula- po, a «opção preferencial pelos res e na evangelização das pe- pobres», como também a misriferias. Visita que marca, con- são continental, grande comforta e deixa marcas… Mas, de promisso com o Documento de forma particular, atitude que Aparecida.

espaço bioética aberto

Por que estudar teologia Professor do Curso de Teologia para Agentes de Pastoral, CTAP

José Pavanelli Galbe

Vários são os caminhos que o próprio Deus coloca no coração de cada um de nós. O caminho mais conhecido é a dúvida, a revelação de Deus na humanidade e em cada relação da razão com a fé. A Teologia, livre de pressupostos humanos, feita com análise cuidadosa, visto que há várias correntes teológicas em nosso meio, certamente nos ajudará a encontrar o caminho mais seguro na busca da maturidade. Aos estudantes de Teologia cabe a árdua tarefa de levar a Igreja a trilhar no caminho de uma verdadeira espiritualidade, uma vida que imita a Cristo, ensinar uma Teologia que revele a graça de Deus como de fato ela é, sem camuflagem, sem artifícios humanos, uma Teologia que parte do coração de Deus, que coloca Cristo como centro, uma Teologia que produz vida, e vida em abundância.

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direito canônico

O papa entrou em minha casa Padre Alfredo José Gonçalves

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Outro motivo é a defesa da fé mana. Ela é encontro de Deus para nós mesmos. Se a Teologia com o homem. Estudar Teologia é comnão for uma de nossas preocupações, mesmo sendo cristãos, preender este movimento da estaremos à mercê de pessoas e Revelação divina: antes de nos religiões que não ensinam a ver- encontrarmos com Deus, antes dade ou nem teremos nenhuma de termos fé, é Ele que nos encontra, é Ele que entra na nossa defesa contra elas. Santo Anselmo nos diz: história. Quando aceito isso, tenho “Com efeito, não busco compreender para crer, mas creio fé. A Teologia vai nos colocar para compreender. Efetivamen- diante deste mistério. Estudar te creio, porque, se não cresse, não Em Jesus Cristo, Deus não só fala conseguiria comao homem, mas o busca... É uma preender”. Por isso devebusca que nasce no íntimo de mos estudar TeoloDeus e tem o ponto culminante na gia, ou seja, ter a fé encarnação do Verbo que busca compreender. A Teologia é, sobretudo, um Teologia não vai desvendar o discurso sobre a Revelação de mistério de Deus, mas vai, sim, Deus. Teologia que ensina sobre refletir sobre a ação de Deus, a Palavra de Deus, atestada na mistério, que vem ao encontro Bíblia e na Tradição da Igreja, é do ser humano. Ela vai refletir necessária para quem crê. Não sobre a relação do mistério de é difícil constatar isso na longa Deus com o ser humano. “Em Jesus Cristo, Deus não história da Bíblia, nas diversas etapas do pensamento humano. só fala ao homem, mas o busDeus é mistério, mas em ca... É uma busca que nasce no Jesus Cristo Ele se revela aos íntimo de Deus e tem o ponto homens e às mulheres. Essa culminante na encarnação do revelação tem uma história. Ela Verbo” (João Paulo II, Tertio Milmesma acontece na história hu- lennio Adveniente, 7)”.

O importantíssimo trabalho da Congregação para a Doutrina da Fé Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT)

Edson Luiz Sampel

e vulnerável, que não dispõe de conhecimentos teológicos para separar o joio do trigo, vale dizer, para diferenciar um ensinamento cristão autêntico de um reles parecer arbitrário. Temos de ponderar que realmente não é agradável assumir a tarefa de chamar a atenção dos teólogos, professores e escritores que desbordam do catolicismo e, às vezes, punilos com medidas canônicas medicinais. Todavia, como se costuma dizer: alguém tem de fazer o serviço! E é um serviço que não há de ser adiado, sob pena de ocorrerem grandes estragos na cabeça das pessoas incautas. De quando em quando, é salutar darmos uma olhada

A Congregação para a Doutrina da Fé é um dicastério da Cúria romana, ou seja, um organismo eclesiástico que assiste o Papa no governo da Igreja. A incolumidade da fé cristã é um bem imensurável. Salvaguardar a doutrina de Jesus, pregada há mais de 2 mil anos, é uma das principais obrigações da Igreja Católica. Afinal de contas, ela é a guardiã do depositum fidei. O que adianta ouvirmos discursos aparentemente bonitos, mas que veiculam teses carcomidas Os católicos sempre quiseram saber e impuras? É a mesma históapenas o que o magistério ensina. ria do sepulcro Por esse motivo, determinadas caiado... Preciobras literárias que comunicam a samos da verdade; alimenposição do autor, em detrimento tamo-nos dela. da ortodoxia, são denunciadas pela Entre os misCongregação teres da Congregação para a Doutrina da Fé, destaca-se a análise de li- no site da Congregação (www. vros sob suspeita. O povo de doctrinafidei.va), com o intuito Deus não está interessado na de verificar se existem novas quimera e “originalidade” de notas doutrinais ou disciplicertas teorias. Com efeito, ele nares a respeito de livros que anela pela sã doutrina, isto é, destoem do magistério eclepela verdade, que efetivamen- sial. Rezemos, pois, pelos memte o libertará do jugo opressor do relativismo. No fundo, os bros da Congregação para a católicos sempre quiseram sa- Doutrina da Fé, de modo esber apenas o que o magistério pecial pelo atual prefeito, dom ensina. Por esse motivo, deter- Gerhard Ludwig Muller, imminadas obras literárias que petrando a Deus que este dicomunicam a posição do autor, castério continue impávido na em detrimento da ortodoxia, missão de auxiliar o sucessor são denunciadas pela Congre- de São Pedro a confirmar os gação. É imprescindível defen- cristãos na verdadeira e inconder sobretudo o crente simples cussa fé.

A Mitra Arquidiocesana de São Paulo informa o valor arrecadado na coleta da Campanha da Fraternidade 2013 R$ 664.302,43 valor bruto e coleta dos Lugares Santos 2013 R$ 175.822,69 valor bruto.

Celebre a liturgia em comunhão com toda a Arquidiocese de São Paulo. Assine o folheto litúrgico Povo de Deus em São paulo. Confira os preços pelo telefone (11) 3826-0133


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Igreja em Ação

ceat

Pastoral da criança

O papa, o desemprego e os jovens

Acontece o Congresso Nacional da Pastoral da Criança

Padre Lício de Araújo Vale

ta de mão de obra qualificada, o que mostra que o País está descartando essa imensa potencialidade criativa, quando não, pior, entregando-a nas mãos da criminalidade. Na rica Europa, também são os jovens os mais atingidos pela crise. O papa Francisco está atento e preocupado com esse problema. Ainda no voo que o trouxe ao Brasil, ele reuniu os jornalistas e alertou para o risco de se criar uma geração de jovens sem trabalho. Apelou para que os jovens (e os idosos) não fossem “isolados do tecido social”. (E não há nada que isole mais

A taxa mensal de desemprego para o mês de junho, divulgada no dia 25 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 6%, maior do que a do mês de maio (5,8%). Os índices de desemprego não incluem aqueles – jovens ou adultos – que, por um motivo ou por outro (exemplo: baixa qualificação; gravidez na adolescência, no caso de mulheres etc.), desistem de Francisco continua insistindo no procurar emassunto, pois ele sabe que negar prego. Nesse fosso, estão oportunidade aos jovens é atentar aqueles jovens contra o futuro de todos que não estudam nem trabalham e nem uma pessoa do que ela se ver ao menos procuram empre- privada da dignidade do trago. Por isso, alguns estudio- balho.) Em solo brasileiro, Fransos chamam esses jovens de “nem-nem”. No Brasil, são cisco, um papa em dia com 5,3 milhões de pessoas, entre os assuntos da contempora18 e 25 anos, que nem estu- neidade, continua insistindo dam nem trabalham. Contra- no assunto, pois ele sabe que ditoriamente, enquanto esse negar oportunidade aos jocontingente de jovens fica à vens é atentar contra o futuro deriva, o Brasil padece da fal- de todos.

sem experiência, ensino médio incompleto. 50 Vagas p/ Embalador zona oeste, mas/ fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino médio completo. 200 Vagas p/ Manobrista em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino médio incompleto. 300 Vagas p/ Vigilante zona oeste, norte, sul e central, mas/fem, 18 a 40 anos, 6 meses, ensino médio completo. 350 Vagas p/ Fiscal de Loja em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino médio incompleto. 50 Vagas p/ Auxiliar de Jardinagem em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, 6 meses, ensino médio completo. 500 Vagas p/ Operador de cobrança em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino médio completo. 50 Vagas p/ Açougueiro em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino fundamental completo. 30 Vagas p/ Motoboy em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino fundamental completo. 30 Vagas p/ Auxiliar de estoque em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino médio incompleto. 30 Vagas p/ Consultor de vendas zona sul e central de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, 3 meses, ensino médio completo. 50 Vagas p/ conferente em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, 6 meses, ensino fundamental completo. 30 Vagas p/ empacotador zona leste de SP, mas/fem, 18 a 40 anos, sem experiência, ensino médio incompleto.

unidades DE ATENDIMENTO Unidade Santana – Rua Dr. Gabriel Piza, 475 – Metrô Santana Unidade Rio Pequeno – Av. Otacílio Tomanik, 1.555 – Rio Pequeno Unidade Santo Amaro – Rua Padre José de Anchieta, 172 – Santo Amaro Unidade Tatuapé – Rua Bonsucesso, 233 – Metrô Tatuapé

Acontece de 27 de julho a 2 de agosto, em Aparecida, o Congresso Nacional da Pastoral da Criança, que celebra 30 anos

daniel zampieri

especial para o são paulo

O congresso aconteceu no Centro de Eventos Padre Vitor de Almeida e reuniu cerca de 500 participantes, entre coordenadores da Pastoral da Criança nos Estados, setores e núcleos, além da equipe nacional, assessoria, técnicos, palestrantes e outros convidados. Também participaram

do evento 20 representantes da Pastoral da Criança de vários países, entre eles Filipinas, Angola, Guatemala, República Dominicana, Peru e Paraguai. Com foco no desenvolvimento integral das crianças desde o ventre materno até os 6 anos, o programa do congresso inclui diversas oficinas e plenárias a centralidade da infância, projeto que responde

Unidade São Miguel – Rua José Dias Miranda, 48 – São Miguel Paulista Unidade Vila Mariana – Rua Bartolomeu de Gusmão, 524 – Vila Mariana Unidade Marechal Deodoro – Rua Barão de Campinas, 691 – Marechal Deodoro

ao apelo dos bispos no Documento de Aparecida para que a infância seja destinatária de ação prioritária da Igreja, famílias e do Estado e a ampliação das ações de vigilância nutricional para prevenção da obesidade infantil, os cuidados nos mil dias. A celebração dos 30 anos ocorreu no dia 29 de julho de 2013 na Basílica de Aparecida (SP).

Pastorais sociais

Que Justiça? Integrante da Pastoral Carcerária da Arquidiocese

Divulgação

Marcelo Naves

VAGAS DA SEMANA 1.600Vagas p/ AUXILIAR DE LIMPEZA em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 45 anos, sem experiência, ensino fundamental incompleto. 2.000 Vagas p/ OPERADOR DE TELEMAR KETING em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 55 anos, sem experiência, ensino médio completo. 750 Vagas p/ PORTEIRO em todas as regiões de SP, masc, 24 a 45 anos, sem experiência, ensino médio incompleto. 750 Vagas p/ ATENDENTE DE LANCHONETE em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 32 anos, sem experiência, ensino fundamental completo. 300 Vagas p/ OPERADOR DE CAIXA em todas as regiões de SP, fem, 18 a 36 anos, sem experiência, ensino médio completo. 400 Vagas p/ OPERADOR DE SUPERMERCADOS em todas as regiões de SP, mas/ fem, 18 a 36 anos, sem experiência, ensino fundamental completo. 50 Vagas p/ AJUDANTE DE CARGA E DESCARGA em todas as regiões de SP, masc, 18 a 30 anos, sem experiência, ensino médio incompleto. 300 Vagas p/ VENDEDOR LOJISTA em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 28 anos, sem experiência, ensino médio completo. 200 Vagas p/ REPOSITOR DE MERCADORIAS em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 30 anos, sem experiência, ensino fundamental completo. 350 Vagas p/ AUXILIAR DE COZINHA em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 50 anos, ensino fundamental incompleto. 350 Vagas p/ ATENDENTE DE BALCÃO em todas as regiões de SP, mas/fem, 18 a 40 anos,

Assessoria Pastoral da Criança

Por que falar em democratização do Estado brasileiro? Por que falar em democratização do Sistema Judiciário? Afinal, não vivemos em uma democracia? A 5ª Semana Social Brasileira (5ª SSB), que vem sendo desenvolvida pela CNBB em conjunto com as pastorais sociais, CEBs, movimentos sociais, entidades e a sociedade civil, nos trouxe o tema “Um novo Estado: caminho para uma nova sociedade do bem viver”. Mais do que isso, a 5ª SSB coloca, de forma mais incisiva, a pergunta: “Estado para que e para quem?”. Mas podemos também perguntar: Sistema Judiciário para que e para quem? As punições por parte do Estado estão mais evidentes do que nunca. Atualmente o Brasil conta com 548.003 pessoas presas, segundo o Departamento Penitenciário Nacional, isto é o maior número já visto na história do País. Estamos em 4° lugar no ranking mundial de presos, perdemos apenas para os EUA, China e Rússia. Em São Paulo, 48 % desses presos são negros e pardos e 65% se encontravam em situação de desemprego ou trabalho precário.

Em relação ao acesso à justiça tem-se que apenas 12% desses condenados possuem advogado particular. Um a cada dez presos não possui advogado nenhum e metade deles estão sendo atendidos pela Defensoria Pública do Estado, a qual todos sabemos que não possui número suficiente de defensores para todas e todos aqueles que necessitam de assistência e não têm como pagar. O que nos faz perguntar: Para quem se constrói as prisões? Acompanhamos, também, absurdas decisões judiciais sobre reintegrações de posse, tanto na cidade como no campo, exemplificadas pelo famigerado caso do Pinheirinho. No espaço urbano não é diferente, onde o direito social à moradia (art 6º, CF) tem menos valor do

que o “direito” ao lucro e à especulação imobiliária de alguns poucos milionários. Além disso, vemos constantemente as lutas e as conquistas trabalhistas e sindicais sendo esquartejadas e “suspensas” por decisões do judiciário, além da constante criminalização dos movimentos e lutas sociais. Junta-se a tudo isso a enorme dificuldade do cidadão comum e humilde em ter acesso à Justiça e ao Judiciário. Perguntamos: será que “todos são iguais perante a lei, sem distinção” (art 5º, CF)? Nesse contexto, vale destacar que o debate sobre o Sistema Judiciário Brasileiro é urgente. Especialmente, quando queremos criar diferentes formas da democratização dos espaços de justiça que estejam muito além da prisão, do encarceramento massivo, da intolerância do Estado para com os pobres e da criminalização das lutas e movimentos sociais. O seminário, portanto, visa pensar formas novas de resolução de conflitos que não sejam relacionadas com a vingança, mas sim com o perdão. É, portanto, com esse objetivo que convidamos todos ao Seminário Justiça e Direito Igual para Todos, que acontecerá no Centro Pastoral São José, Região Belém, São Paulo (SP), no dia 31 de agosto a partir das 9hs. “Perdoar não é esquecer, mas sim olhar com outros olhos.”


Igreja em Ação Pastoral afro

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bioética

Não tenho ouro nem prata, mas trago Jesus Cristo! A cruz vermelha Coordenador da Pastoral Afro da Arquidiocese de São Paulo

Guilherme Botelho Junior

A já inesquecível visita do papa Francisco legou exemplos e testemunhos através das mensagens de otimismo, tão necessária nesta época de dificuldades. Sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Foi sua exortação no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida. A postura adotada pelo chefe da Igreja Católica vem ao encontro da sua atitude sóbria e simples, ao dispensar protocolos de chefe de Estado, e ao desfilar em veiculo popular com as janelas baixadas, evitar todo e qualquer tipo de ostentação, se aproximando da simplicidade dos fiéis peregrinos de todo o mundo, presente e representado no Rio de Janeiro. A juventude foi o foco e o cen-

tro de suas mensagens. Transmitiu-lhe valores duradouros de espiritualidade, perseverança, alegria, esperança e que não permanece insensíveis às desigualdades. Dessa maneira contribuem para acabar com as injustiças e todas as formas de preconceito e intolerância, válidas para os jovens de qualquer idade, ao proclamar: a medida da grandeza de uma sociedade é dada pelo modo como esta trata os necessitados. A fervorosa manifestação de acolhida do povo brasileiro demonstra também o quanto o nosso povo é carente e despossuído de amparo, segurança, fraternidade e solidariedade que governantes e autoridades do País não proporcionam. Através de simpatia, alegria, humildade, simplicidade, e carisma, Sua Santidade conquistou milhares de pessoas em apenas sete dias de convivência pacífica e equilibrada, a despeito das falhas na organização, infraestrutura e da intempérie.

O cardeal Jorge Mario Bergoglio, primeiro papa jesuíta, empregou em sua visita pastoral e peregrina ao Rio de Janeiro, durante a Jornada Mundial da Juventude uma forma eminentemente franciscana, adotando um discurso em que a simplicidade de palavras e raciocínio, marcado pelo objetivo de priorizar os desvalidos de saúde, de fé ou de governos que não sejam corruptos. Tudo com sutileza, sob a empatia do bispo alegre, símbolo de seu pontificado. Acolhamos com vigor o profetismo do papa Francisco, relator do Documento do Celam de Aparecida (2007) um dos pilares do seu pontificado: o futuro exige de cada um de nós uma visão humanista que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismo e erradicando a pobreza. Esse é o objetivo em torno do qual devemos nos unir. Na vida cristã, são essenciais a oração, a humildade e o amor a todos. Esse é o caminho...

espaço do leitor

Obrigado, papa Francisco! O papa Francisco deu o rumo que a nossa Igreja deve seguir, espero que realmente nossos padres sejam mais pastores do que “gerentes” como o próprio papa Francisco disse.

Gente eu amei! Pois o jornal O SÃO PAULO foi legal com essa cobertura da JMJ! É sinal que a mídia gostou também! Eu vibrei com isso! Pois participei através dos meios de comunicação: TV e Jornais! Ah, Revistas também!

Angelo Calandrino

Aurea Maciel

Sábias palavras. Roguemos ao nosso Pai São Bento a proteção divina para toda a Igreja, em especial o alto corpo clerical católico e nosso bom pastor, papa Francisco. Irmão Miguel Fernando, obl. OSB

Novo formato do jornal

Adorei essa capa. Parabéns! Marly Palmieri

Meu nome é Angelina, quero parabenizar a equipe toda do jornal O São Paulo pela reformulação do jornal, mais conteúdo, menor o tamanho enfim tudo de bom, parabéns! Abraços. Angelina Maria Manzini Rodrigues

Com este novo layout, o jornal ficou muito mais atrativo. Parabéns para todos da redação. Alessandra Brito

Gostaria de parabenizar todos os profissionais do O SÃO PAULO pelo empenho e dedicação que faz com

que o j ornal traga sempre muita informação e notícias. Gostei muito da matéria que fala sobre a redução da maioridade penal, achei superinteressante o relato da mãe que têm um filho na Febem. Acho que todos devem visitar lá antes de darem opiniões sejam elas quais forem. Durante a Jornada Mundial, mandei um texto sobre minha paróquia, falando de como estava sendo a Semana Missionária, fiquei muito contente de vê-lo publicado. Quero parabenizar novamente todos pelas excelentes matérias do JMJ no Rio de Janeiro Michele Pereira de Lima – Paróquia Santa Zita, Região Episcopal Santana

Redação do jornal O SÃO PAULO. Endereço: Avenida Higienópolis, 890, São Paulo (SP), CEP. 01238-000. E-mail: osaopaulo@uol.com.br Twitter: @JornalOSAOPAULO Facebook: Jornal O SÃO PAULO

camiliana e a cruz vermelha internacional (I) padre leo pessini

Existem duas cruzes vermelhas, mundialmente conhecidas, símbolos de heroísmo e cuidado da vida e saúde humana e que marcam a história da humanidade. Trata-se da cruz cristã de Camilo de Lellis (1550-1614), conhecida como cruz vermelha camiliana, que significa doação de vida, compaixão e cuidado dos doentes e a Cruz Vermelha Internacional (1863) – cujo símbolo, uma bandeira branca com uma cruz vermelha com as quatro hastes iguais, que nasce para socorrer os feridos de guerra e que hoje também presta um serviço imprescindível para além de situações de guerra, também socorre vítimas de catástrofes naturais. A cruz vermelha camiliana tem uma história bastante original. Narram os historiadores da vida de São Camilo, que a mãe de Camilo, Camila Compelis, antes de dar à luz, teve um sonho, no qual viu seu filho com uma cruz no peito, de cor vermelha, seguindo por um bando de jovens, com o mesmo distintivo. O sonho a deixou inquieta, pois pensou que seu filho acabaria sendo um chefe de um bando de gente do mal, bandidos. E morreu com esta preocupação, quando Camilo tinha apenas 13 anos e já dava amostras de um estilo de vida nada edificante. A interpretação do sonho pela própria mãe mostra-se falha, pois Camilo vai criar um distintivo para um grupo de homens de bem. Foi o próprio Camilo de Lellis que idealizou este distintivo para os seus seguidores, a Ordem dos Ministros dos Enfermos, para diferenciá-los das diferentes congregações daquela época, pois esta tinha uma finalizada específica, distinta e diferente das demais congregações. No início, o hábito dos camilianos era igual ao dos padres seculares daquela época. O papa Sisto 5º, que aprovou a obra de Camilo, também atende a solicitação de Camilo de usar na batina e no manto, no lado direito do peito à uma cruz vermelha. Como a congregação desenvolvia um trabalho específico, merecia um distintivo próprio. No dia 29 de junho de 1586, festa de São Pedro e São Paulo, Camilo e um grupo de camilianos utilizaram pela primeira vez em público o hábito camiliano com a bela cruz vermelha no peito, na praça de São Pedro, em Roma, oficializada por Sisto 5º, três dias antes. O povo ficou impressionado, muitos se perguntavam ao verem esta novidade, homens com a cruz vermelha no hábito: Quem são estes homens? O que fazem? E de onde vêm? ( Continua na proxima edição)

O jornal O SÃO PAULO está de cara nova

faça parte desta mudança Assine O SÃO PAULO

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Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto Av. Álvaro Ramos, 366 ∙ Belém ∙ São Paulo ∙ SP - CEP 03058-060 - Fone: (11) 2696-3200 – Fax: (11) 2693-1919 bompar@bompar.org.br – www.bompar.org.br - Prêmio Bem Eficiente 2000, 2003 e 2006

PARECER DO CONSELHO ECONÔMICO PARA ASSUNTOS FISCAIS O Conselho Econômico para Assuntos Fiscais, no exercício de suas funções legais e estatutárias, em reunião realizada neste dia 26 de junho de 2.013, examinou o relatório anual da administração e as demonstrações contábeis, seguidas do Parecer dos Auditores, BKRLopes Machado Auditores representado pelo sócio Mario Severino Barros CRC 1SP115.526/O-7, relativo ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2.012. Com base nos exames efetuados, o Conselho Econômico Para As-

Demonstrações dos Fluxos de Caixa

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 (Centavos eliminados)

suntos Fiscais, opinou favoravelmente à aprovação dos referidos documentos.

Despesas Pagas Antecipadamente

2012 2011 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Superávit Líquido do Exercício 801.670 1.385.140 Despesas que não Afetam o Caixa: São Paulo, 26 de junho de 2.013 Depreciação 133.750 151.995 Provisões para Contingências (16.000) (6.800) Tarciso Raghiante Ajuste Avaliação Patrimonial - Variações de Ativos e Passivos Américo Coltacci Valores a Receber 147 69.502 Haroldo Miranda Convênios a Receber (333.245) 105.783 Adiantamento a Empregados 200 586 Impostos a Compensar 41.124 Balanço Patrimonial Adiantamento a Fornecedores 120.872 23.735 Em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 (centavos eliminados ) Despesas Pagas Antecipadamente (28) 1.962 Fornecedores (261.815) 218.477 Passivo 2012 2011 2012 2011 Salários e Encargos Sociais 802.302 740.417 Circulante Férias e Encargos Sociais 318.668 352.888 Impostos a Recolher (104.013) 16.322 Salários e Encargos Sociais 4.728.368 3.926.066 13.823.347 11.929.514 Contas a Pagar 128.54 (36.204) Férias e Encargos Sociais 2.547.383 2.228.715 1.847.323 2.007.678 Conta Corrente Contribuições 126.338 (138.033) Disponibilidades Líquidas Geradas pelas Atividades Operacionais 1.758.511 2.885.770 Fornecedores 875.013 1.136.828 1.731.380 1.398.135 Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos Contas a Pagar 138.076 9.535 740 887 Adições no Imobilizado (25.033) (8.571) Impostos a Recolher 67.092 171.105 Caixa Aplicado nas Atividades de Investimento - (8.571) 0 200 Disponibilidades Líquidas Aplicadas no Exercício 1.733.478 2.877.199 Provisão para Ações Trabalhistas 491.234 507.234 Demonstração do Aumento nas Disponibilidades 17.221 138.093 Conta Corrente - Contribuições 209.189 82.851 No Início do Exercício 13.937.192 11.059.993 0 41.124 No Fim do Exercício 15.670.670 13.937.192 9.056.355 8.062.334 Aumento nas Disponibilidades 1.733.478 2.877.199 12.522 12.494

17.432.533 15.528.125

Ativo Circulante Caixa e Equivalentes de Caixa Bancos Conta Vinculada Convênios a Receber Valores a Receber Adiantamento a Empregados Adiantamento a Fornecedores Impostos a Compensar

Não Circulante

Não Circulante

Demonstrações de Superávits

Patrimônio Social

Patrimônio Social Permanente Reserva de Doações Imobilizado Total

296.369

296.369 1.600.000

14.295.056

14.295.056

Total

23.351.411

22.357.390

Reserva de Contingências

6.720.548

6.829.265 22.357.390

12.398.687

1.600.000

6.720.548 6.829.265 24.153.081

12.398.687

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Social

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 (centavos eliminados)

Reclassificado Reclassificado Reclassificado Ajustes de Reserva Reserva Patrimônio Avaliação de de Superávits Social Patrimonial Doações Contingências Acumulados Total Saldos em 31 de Dezembro de 2010 11.013.547 - 296.369 1.600.000 - 12.909.916 Superávit do Exercício - - - - 1.385.140 1.385.140 Ajuste do Patrimônio Social 1.385.140 - - (1.385.140) Saldos em 31 de Dezembro de 2011 12.398.687 - 296.369 1.600.000 - 14.295.056 Superávit do Exercício - - - - 801.669,66 801.669,66 Ajuste do Patrimônio Social Saldos em 31 de Dezembro de 2012 12.398.687 296.369 1.600.000 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 (Centavos eliminados)

2012 2011 Receita bruta para serviços prestados Convênios com entidades públicas SMADS - Secretaria Munic. De Assist. e Desenv. Social 16.910.183 16.509.231 SME - Secretaria Munic. de Educação 17.212.733 15.418.694 SMS - Secretaria Municipal da Saúde 7.553.054 6.684.744 Outros Convênios e Projetos 1.691.809 1.232.755 43.367.779 39.845.424 Convênios / Projetos com Entidades Privadas 2.247.904 2.472.850 Doações de Entidade Privadas 1.016.735 822.583 Doações Particulares e Campanhas 91.781 91.134 Outras Receitas 194.383 182.025 3.550.803 3.568.592 (-) Custo dos Serviços Prestados (47.183.894) (42.090.104) Superávit Bruto (265.312) 1.323.912 Despesas / Receitas Operacionais Administrativas e Gerais 341.815 (490.672) Financeiras Líquidas 725.166 551.900 1.066.981 61.228 Superávit do Exercício 801.669 1.385.140

Demonstrações dos Resultados Abrangentes

Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 (Centavos eliminados)

Superávit do exercício Resultado Abrangentes do exercício

2012 2011 801.669 1.385.140 801.669 1.385.140

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis 1. Breve Histórico da Entidade e Contexto Operacional O Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, fundado em 11 de dezembro de 1946, sociedade sem fins lucrativos, de natureza filantrópica, mantenedora de 62 (sessenta) unidades de atendimento mais a sua Sede, que conforme art. 18, inciso IV da Lei 8742 de 01/12/93, tem por finalidade estatutária a defesa dos direitos da criança e do adolescente, o resgate e garantia do exercício da plena cidadania de toda pessoa humana destituída de direitos fundamentais e contribuir para o desenvolvimento integral da pessoa através de práticas educacionais e assistenciais diversificadas envolvendo a comunidade. 2. Apresentação das demonstrações contábeis As demonstrações contábeis estão elaboradas e apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e demais disposições complementares. São apresentadas pela primeira vez em consonância com as praticas contábeis adotadas no Brasil.Em consonância com a Resolução CFC 1.409/2012. Uso de estimativas A preparação das demonstrações contábeis requer o uso de certas estimativas contábeis criticas e também o exercício do julgamento por parte da administração da empresa no processo de aplicação das políticas do grupo. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis As principais políticas contábeis adotadas na preparação das demonstrações contábeis estão definidas abaixo. Os saldos do exercício de 2012 demonstrado comparativamente com 2011 estão apresentados de acordo com as normas contábeis adotadas no Brasil para aquele período. a) Caixa e equivalente de caixa Caixa e equivalente de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros, estão apresentados pelos valores aplicados, acrescidos dos rendimentos financeiros auferidos até a data do balanço. b) Bancos – Conta vinculada Prefeitura Municipal de São Paulo Os convênios mantidos com a Prefeitura Municipal de São Paulo prevêem que seja mantido numa conta vinculada, 21,57% da folha de pagamento, para atender seus funcionários referentes à: férias, 13º salário e encargos, aviso prévio, auxílio doença e multa do fundo de garantia por tempo de serviço, cujo montante em 31 de dezembro de 2012 foi de R$ 8.121.200 (R$ 7.055.045 em 2011). c) Convênios a receber Representam serviços prestados conforme convênios com a Prefeitura Municipal de São Paulo mediante prestação de contas. d) Imobilizado Os bens do imobilizado estão registrados ao valor de custo de aquisição ou doação. As depreciações foram calculadas com base nos saldos contábeis, de acordo com o método linear, levando-se em conta a vida útil econômica dos bens. e) Passivo circulante São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis. f) Apuração do Superávit O resultado do exercício é apurado pelo regime de competência. As receitas de doações são registradas quando da efetiva entrada dos recursos.

4. Convênios a Receber 2012 2011 Prefeitura Municipal de São Paulo 1.642.510 1.293.807 Outros convênios 88.870 104.328 Total 1.731.380 1.398.135 5. Imobilizado Taxa de Depreciação 2012 2011 Bens Imóveis Terrenos e edificações - 6.417.572 6.417.572 Bens Móveis Aparelhos de telecomunicações 10% 34.188 32.342 Instalações 10% 31.761 31.761 Máquinas e equipamentos 10% 557.501 538.862 Móveis e utensílios 10% 624.123 593.165 Veículos 20% 367.123 336.345 Computadores e periféricos 20% 466.194 434.057 Software - 6.231 5.781 8.504.693 8.389.885 Depreciações acumuladas (1.694.970) (1.560.620) Total 6.809.723 6.829.265 6. Provisão para Ações Trabalhistas A entidade possui diversas reclamações trabalhistas em andamento judicial. A perda estimada dos processos classificados como sendo de risco provável, foi provisionada no montante de R$ 491.233, de acordo com a opinião de seus assessores jurídicos, em função da expectativa de desfecho dos processos, e não são esperadas perdas no encerramento desses processos, além dos valores já provisionados.

9. Patrimônio Social Representa o patrimônio inicial da Entidade acrescido dos superávits apurados anualmente e de reserva de contingências. 10. Reserva de Contingências A reserva de contingências é constituída para fazer face a desembolsos, que pelas suas características não são previstas nas atividades normais da Entidade. 11. Convênios Vinculados O superávit do exercício incluiu receitas recebidas de convênios para os quais existem compromissos com gastos, cujo desembolso ocorrerá no exercício de 2013, estando o valor compromissado no montante de R$ 4.290.415 em 2012 (R$ 4.312.990 em 2011), incluído na rubrica de disponibilidades e aplicações financeiras. 12. Convênios Filantrópicos A Entidade mantém convênios filantrópicos com outras entidades com o objetivo de obter apoio financeiro, técnico e material para o desenvolvimento mais eficiente de suas atividades. No ano de 2012 estes convênios foram com as entidades a seguir: Entidade Valores Recebidos Sociedade Civil Casas de Educação - SCCE 1.237.717 Ação Criança – Instituto Calfat 4.650 Fundação Nossa Senhora Auxiliadora do Ipiranga 213.972 Associação de Instrução Popular e Beneficência 541.908 Receita FUMCAD 128.298 Associados 121.359 Total 2.247.904

7. Concessão de Gratuidades e Beneficências A Entidade aplica toda receita bruta em serviços prestados na defesa, proteção e promoção da infância, da adolescência, da juventude, da família e de adultos em consonância com a Lei Orgânica da Assistência Social; com esse procedimento, atende gratuitamente além do limite mínimo fixado pelo artigo 3º, inciso VI do Decreto nº 2.536 de 06 de abril de 1998.

13. Cobertura de Seguros (Não auditada) A Entidade possui cobertura de seguros contra roubo de veículos, cobrindo danos materiais e corporais, bem como contra incêndio, roubo cobrindo 9 núcleos, o que é considerado suficiente pela Administração para cobertura de eventuais riscos. As premissas de risco adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações contábeis, consequentemente não foram examinadas pelos nossos auditores independentes.

8. Tributos e Contribuições Previdenciárias Isentas a) Para atender os requisitos da legislação pertinente, Decreto nº 2.536/98, artigo 4º, parágrafo único, os valores relativos às isenções previdenciárias gozadas, como se devidas fossem, correspondem ao montante em 31 de dezembro de 2012 foi de R$ 4.290.415 (R$ 4.203.879 em 2011). b) A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, em função da isenção da cota patronal, efetua a redução das verbas pagas a Entidade. c) Em virtude de ser uma Entidade sem fins lucrativos de caráter assistencial, é imune do pagamento de tributos federais incidentes sobre o superávit, de acordo com os artigos 167 a 174 do Regulamento do Imposto de Renda e artigo 195 da Constituição Federal.

14. Outras Informações O processo de renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi protocolado em 17 de janeiro de 2011, conforme processo sob nº 71000.114862/2009-11. Encaminhando os documentos complementares do exercício de 2009, solicitando a manutenção da isenção das contribuições para a seguridade social. Em 30 de março de 2011 o referido ministério, confirmou que a Entidade protocolou tempestivamente o requerimento de renovação da referida certificação, comprovando a responsabilidade da certificação até o julgamento do processo.

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES À Diretoria do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto São Paulo - Capital 1. Examinamos as demonstrações contábeis do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2012 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio Social e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. 2. Responsabilidade da Administração sobre as Demonstrações Contábeis A Administração da Entidade é responsável pela elaboração e pela adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. 3. Responsabilidade dos Auditores Independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja

planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e a adequada apresentação das demonstrações contábeis da Entidade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. 4. A Entidade por não ter fins lucrativos, tem parte de suas receitas provenientes de doações e contribuições de terceiros. Como algumas destas doações e contribuições de terceiros são anônimas, não podem ser identificadas, porém são registradas na contabilidade; por essa razão, nossas verificações dessas

receitas ficaram restritas, exclusivamente, aos valores constantes dos registros contábeis. 5. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto em 31 de dezembro de 2012, o superávit de suas operações, as mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 20 de Maio de 2013

CRC-RJ-2026-O Mário Vieira Lopes Contador CRC-RJ 60.611 “S”SP 2604 Mário Severino de Barros ContadorCRC-SP1SP115526/


Geral

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Campanha ‘Escolhe a vida’ começa na Jornada Mundial

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ANO DA FÉ Arquivo Pessoal

191 mil kits com réplica de ser humano passaram a ser distribuídos Reprodução

Daniel Gomes Redação

Auxiliar os jovens a perceber o valor da vida e a ter argumentos de ciência e fé para defendê-la desde a fecundação. Esses são os propósitos da campanha ‘Escolha a vida’, lançada na JMJ Rio-2013, com a distribuição de kits com um folder explicativo e uma réplica de um ser humano com 12 semanas de vida. A iniciativa foi articulada por diferentes grupos contrários a qualquer prática de aborto. Durante a Jornada, parte dos 191 mil kits, produzidos com recursos de doações, foram distribuídos na Cidade da Fé, na Feira Vocacional, na praia de Copacabana e também nas ruas, estações de metrô e paróquias do Rio de Janeiro. André Said, do grupo Promotores da Vida, da Arquidiocese de Brasília, um dos articuladores da campanha, explicou ao O SÃO PAULO que a proposta de distribuir a réplica de um ser humano com 12 semanas de vida “é para que os jovens percebam a importância do ser humano desde

Tamanho real de feto

a sua fase inicial de desenvolvimento. Isso permitirá que promovam e defendam a vida humana nas universidades, na família e em grupo de amigos”. O folder que acompanha a réplica contém frases – em português, espanhol e inglês – de madre Teresa de Calcutá, do beato João Paulo 2º, do papa emérito Bento 16 e do papa Francisco sobre a valorização da vida e contra a prática do aborto, bem como argumentos científicos

que indicam que o desenvolvimento humano se inicia na fecundação e que, com 12 semanas de vida, boa parte dos órgãos já está formada ou em início de desenvolvimento. “Nem todo mundo sabe, mas o coração humano, por exemplo, começa a bater com 22 dias de gravidez, quando, às vezes, a mulher ainda nem sabe que está grávida, e com 12 semanas de gestação, tempo que alguns dizem que é possível fazer aborto, os rins já funcionam, nossas cordas vocais começam a se formar, os dedos estão separados, alguns membros já apresentam movimentos voluntários, ou seja, a gente já está com um grau avançadíssimo de desenvolvimento”, destacou André. A distribuição dos kits deve ter sequência após a Jornada. Os interessados em conhecer a campanha encontram detalhes no site www.escolheavida. com.br.

Cidade da Fé acolhe rotas turísticas religiosas Edcarlos Bispo de Santana

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Especial para O SÃO PAULO

Na Cidade da Fé, no Riocentro, uma área foi destinada ao turismo religioso. Todos os grandes lugares de peregrinação no Brasil tinham um espaço para demonstrar um pouco da sua grandeza e de sua magia. Atualmente o Brasil possui algumas rotas consolidadas desta forma de turismo, conforme conta à reportagem do O SÃO PAULO Marcelo Borella, do Ministério do Turismo. De acordo com, ele o papel do Ministério é fortalecer e ajudar os Estados a consolidar as rotas de turismo religioso existente. “O Turismo Religioso está relacionado às religiões institucionalizadas, tais como as de origem oriental, afro-brasileiras, espíritas, protestantes, católicas, compostas de doutrinas, hierarquias, estruturas, templos, rituais e sacerdócio”, destaca uma cartilha do Ministério do Turismo, entregue durante a Feira católica que aconteceu paralelamente à JMJ e abrigou diversos shows, missas, palestras e pregações. Marcelo cita alguns dos destinos consolidados atualmente no Brasil: Aparecida; Círio de Nazaré; Missões no Rio Grande do Sul; Nova Trento – Cidade de Santa Paulina; Cidades Históricas Mineiras. De acordo com ele, a Jornada Mundial da Juventude serviu como um “despertar” para alguns governantes, pois muitos “não acreditam no turismo religioso”, mas vendo a movimentação destes dias se deram conta da força que tem o turismo religioso. Outro detalhe que vale ressaltar é o das igrejas histórias, muitas delas construídas no tempo do

Cidade da Fé destaca pontos turísticos religiosos do Brasil

Império, o que, por si só, tem uma carga histórica, além do mais, representam um período artístico muito importante para o Brasil, pois algumas foram construídas durante o período Barroco. Para Marcelo, mesmo não possuindo uma arquitetura diferenciada, o que chama muito a sua atenção nestas rotas de turismo religioso é o Santuário Nacional de Aparecida, pois, de acordo com ele, o lugar tem “uma magia” que o marcou muito.

O jovem Walmir Júnior, que foi abraçado pelo Papa, fala ao O SÃO PAULO

‘Amar não está fora de moda’ NAYÁ FERNANDES

Especial para O SÃO PAULO

“Escutando uma música da Legião Urbana, comecei a me questionar se amar ao próximo estava mesmo fora de moda”, contou Walmir Júnior, 28, professor de História, que mora com a avó e a irmã, no complexo da favela da Maré. Ele foi voluntário durante a JMJ Rio-2013 e deu seu testemunho no Teatro Municipal do Rio, no encontro do papa Francisco com representantes de diversos setores da sociedade. Walmir perdeu a mãe aos 12 e o pai aos 18 anos. “Minha vida sempre esteve num contexto de violência. O jovem, que vive na favela, por si, vive uma realidade de violência urbana que quem está fora não vive.” “A morte da minha mãe foi uma fatalidade. Ela caiu da cama, bateu a cabeça e morreu. Depois da morte dela, meu pai começou a usar ainda mais drogas, ele era dependente de cocaína. Três meses antes da morte do meu pai, eu saí da casa dele para estudar, porque estava em risco de ser reprovado. Na época, tinha 17 anos.” Quando Walmir saiu de casa, o pai prometeu que deixaria o vício, contou ao O SÃO PAULO. “Ele morreu três meses depois e foi diagnosticado abstenção. Meu pai estava limpo quando morreu, mas parou sem uso de nenhum outro medicamento e, por isso, chegou a óbito.” O jovem disse que “andou por muitos caminhos que não levaram à felicidade verdadeira”. Depois de uma fase de

relacionamentos complicados, chegou à própria superação. “Chegava alcoolizado em casa e não tinha condições de conversar com ninguém. Foi um tempo muito difícil.” “Eu sempre curti muito Legião Urbana e um dia no quarto fiquei escutando a música ‘Amar ao próximo é tão démodé’ [Baader-Meinhof Blues, composição de Renato Russo]. Deus fala com a gente em momentos inusitados. Então eu me perguntei se amar ao próximo estava mesmo fora de moda”, disse. A partir deste dia, Walmir contou que começou a pensar na vida, a procurar outro emprego, formação acadêmica. “Senti que a mudança vem por meio de um convite dócil: o convite de Jesus, e percebi que só é possível transformar o mundo pela educação, pois amar não está fora de moda.” No cursinho pré-vestibular, ele conheceu uma moça e começou a namorar. “Ela era católica e aí pensei: ‘Caramba, agora tenho que ir pelo menos à missa’”, disse o jovem, que foi convidado, depois de um tempo, para ser catequista na paróquia que frequentava. “Percebi que Deus pedia algo a mais de mim. Naquele ano, fiz um retiro e começou uma mudança na minha vida.” “Ontem, depois do encontro com o Papa, fui tomar um chopp com alguns amigos para comemorar. Eu quis passar radicalismo na minha mensagem, e mostrar que sou livre para fazer as próprias escolhas. Acredito que o álcool e o cigarro são para uma juventude madura, mas não são proibidos. E isso não é pecado na minha opinião. Pecado para mim é desfigurar o rosto de Cristo que está no outro.”


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Mês Vocacional

Arquidiocese abre Mês Vocacional com missa na Sé Presidida por dom Odilo Pedro Scherer, celebração também teve a instituição de ministério de Leitor e Acólito Helena Ueno

Daniel Gomes

Reportagem no centro

“Vocação é chamado de Deus, chamado de graça, é a resposta da fé que Deus espera de nós”, expressou o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, no domingo, 4, na Catedral da Sé, durante a missa de abertura do Mês Vocacional na Arquidiocese de São Paulo. Na celebração, que também marcou a peregrinação de seminaristas e vocacionados à Catedral por conta do Ano da Fé, o Cardeal conferiu o ministério de Leitor a 16 seminaristas e de Acólito a quatro destes, e ainda 11 candidatos ao diaconato permanente foram instituídos nos dois ministérios. Os ritos de instituição aconteceram após a homilia, durante a qual dom Odilo saudou os padres formadores dos vocacionados, lembrou que a Arquidiocese sempre precisa de novas vocações e enalteceu Santo Cura D´Ars – São João Maria Vianney, patrono dos sacerdo-

Em missa na Catedral da Sé, seminaristas e candidatos ao diaconato permanente são instituídos como leitores e acólitos

tes, “exemplo e modelo para todos os padres no cuidado das paróquias e no acompanhamento da vida da Igreja”, afirmou em alusão ao Dia do Padre, celebrado naquele dia. O Cardeal lembrou ainda que aqueles que seguem a Cristo devem deixar todos os vícios, paixões e vaidades. “Se for para ser padre pelas vaidades, não vale a pena ser padre. Se for para ser padre para ajuntar dinheiro, o caminho está errado; se for para

ser padre para continuar a seguir as paixões e a vida corrupta, deixe esse caminho logo, não é por aí”, enfatizou. Ao fim da celebração, dom Odilo, cônego José Adriano, reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Assunção, e o diácono permanente Aylton Machado foram homenageados, representando a vocação dos bispos, padres e diáconos. Dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese e referen-

cial dos Ministérios Ordenados, saudou os sacerdotes formadores, entre os quais os padres Cícero Alves de França, reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, e Fernando José Carneiro Cardoso, reitor da Escola Diaconal São José, que concelebraram a missa, e pediu que os seminaristas “prossigam com fidelidade, bem perseverantes, no caminho que têm pela frente”. Perseverança é o que não falta aos novos leitores e acóli-

tos ouvidos pelo O SÃO PAULO. Para o seminarista Orisvaldo da Silva Carvalho, 28, instituído Leitor, “vale a pena deixar tudo, deixar a sua vida, a família, para servir o Reino de Deus”. José Jindarley Santos da Silva, 39, candidato ao diaconato permanente, que recebeu os ministérios de Leitor e Acólito, garantiu: “Minha intenção maior é servir ao povo de Deus e, a exemplo do papa Francisco, ir ao encontro das necessidades e expectativas do povo de Deus”.

Diferenças entre Leitor e Acólito Leitor: é instituído para proferir as leituras da Sagrada Escritura, exceto o Evangelho, e pode propor as intenções para a oração universal e proferir o salmo, quando faltar o salmista. Acólito: é instituído para o serviço do altar, auxiliando o sacerdote e o diácono. Compete-lhe preparar o altar e, se necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário.

Começa em Itaici curso de atualização teológica e pastoral do clero arquidiocesano Daniel Gomes Redação

“A fé que professamos”, ponto do Catecismo da Igreja Católica em destaque este ano no projeto de evangelização do 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, é o tema do Curso de Atualização Teológica e Pastoral do Clero Arquidiocesano, que acontece até quinta-feira, 8, em Itaici, Indaiatuba (SP). O Curso foi iniciado na tarde da segunda-feira, 5, com uma oração presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, que in-

Luciney Martins/O SÃO PAULO - ago.2012

padres. Há grande centivou o clero a interesse na particiaprofundar as razões pação, noto que os da esperança e da fé, padres estão conpor meio da comprecentrados, acompaensão aprofundada nhando as refledo Creio; e ainda xões”, contou, ao O na segunda-feira, à noite, houve a conSÃO PAULO, o padre fraternização pelo João Inácio Mildner, Dia do Padre, com capelão do Instituto os presbíteros das de Infectologia Emíseis regiões episcolio Ribas, lembrando pais que estavam em Anualmente, clero arquidiocesano faz atualização em Itaici que durante o curso Itaici, assim como o estão previstos moCardeal e os bispos auxiliares Sergio de Deus Borges e dom mentos de oração e a celebração da Arquidiocese – dom Edmar Tarcísio Scaramussa. de missa no começo de cada dia. “Estamos em um clima Peron, dom Julio Endi Akamine, Na terça-feira, 6, o padre dom Milton Kenan Júnior, dom fraterno, de amizade entre os Boris Agustin Nef Ulloa, doutor

em Teologia Bíblica e professor da PUC-SP, falará sobre a perspectiva bíblica do Credo e da fé; e também na terça-feira e nos outros dias de formação o monsenhor Antônio Luiz Catelan Ferreira, assessor da Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé da CNBB, tratará da temática do curso. De acordo com o padre João, no primeiro dia de atividades, o Monsenhor apresentou a base histórica do Creio, a evolução teológica do Credo, e ainda passará ao estudo de cada artigo da Profissão de Fé. (colaborou diácono João Paulo Rizek

O jornal O SÃO PAULO congratula todos os padres pelo dia de São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars, patrono dos sacerdotes. Pelas mãos dos sacerdotes nos é antecipado o banquete do Reino. Conte sempre com nossas preces.

Padre, para ficar por dentro do que acontece em nossa Arquidiocese, assine e leia O SÃO PAULO! e-mail: assinaturas@osaopaulo.org.br - (11) 3666-9660 / 3660-3723 / 3660-3724


Mês Vocacional

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Clero da Arquidiocese renova promessas sacerdotais Missa de peregrinação pelo Ano da Fé teve partilha de lanche com moradores da cidade após a celebração Luciney Martins/O SÃO PAULO

VIDAS EM VOCAÇÃO*

Padre João Inácio Mildner 53 anos Natural de Boa Vista do Buricá (RS) Ordenado em Horizontina (RS); Está na Arquidiocese de SP desde 1992 Atuação Capelão do Instituto de Infectologia Emílio Ribas; conselheiro espiritual das Equipes de Nossa Senhora; e colaborador da Capela da PUC-SP.

Com velas acesas, clero renova solenemente a Profissão de Fé e promessas sacerdotais na missa do sábado, 3

Edcarlos Bispo de Santana

Especial para O SÃO PAULO

Em agosto a Igreja no Brasil celebra o Mês Vocacional, e no primeiro domingo reza, de forma especial, pelos sacerdotes, no dia 4 é comemorado o padroeiro dos padres São João Maria Vianney, o Santo Cura D’Ars. No sábado, 3, a Catedral da Sé estava repleta de padres que realizaram uma peregrinação pelo Ano da Fé. Logo no início da celebração, os sacerdotes foram saudados pelo padre jesuíta Manuel Madruga, que recordou as alegrias vividas com a visita do papa Francisco e as palavras ditas pelo Pontífice. O Sacerdote ainda questionou os demais padres sobre a importância que eles estão dando aos jovens no planejamento pasto-

ral, pois, segundo Manuel, “são eles quem mais merecem”. Em sua saudação, o Cardeal agradeceu a presença de todos os padres e cumprimentou, de forma especial, os bispos que estavam presentes, entre eles, o cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito da Arquidiocese, dom Philippe Ouédraogo, arcebispo de Ouagadougou, capital do Burkina Faso, dom Pietro Maria Fragnelli, Diocese de Castellaneta, sul da Itália, e, os bispos auxiliares. A celebração teve dois momentos muito significativos, a solene Profissão de Fé e a renovação das promessas sacerdotais. Na homilia, o cardeal destacou que era necessário que se fizesse esse momento de manifestação pública da fé. “Queremos renovar pessoal e comunitariamente a nossa fé,

a adesão de fé que a Igreja professa. Que a Igreja toda professe aqui e em todas as partes e ao mesmo tempo manifeste nosso desejo, não só de acolher todo esse patrimônio da fé em nossa vida, mas também de renovarmos a nossa disposição de comunicar, de transmitir, de introduzir nossos irmãos na riqueza da fé”, afirmou o Cardeal. Ao final da celebração, os padres foram convidados a realizarem um gesto concreto. Reunidos na praça da Sé distribuíram um lanche para os moradores da cidade que circulavam pela praça. O padre Júlio Lancelloti, vigário pastoral para o Povo de Rua, destacou que essa atitude é “aquilo que Jesus nos pediu, aquilo que o Papa repetiu tanto nesses dias aqui no Brasil, ‘saiam às ruas, partilhem, sejam solidários’”.

Dom Cláudio celebra aniversário de ordenação do Especial para O SÃO PAULO

Ordenado sacerdote em 3 de agosto de 1952, o cardeal dom Cláudio Hummes (foto) celebrou neste sábado 55 anos de ordenação sacerdotal. Durante a missa da peregrinação do clero à Catedral da Sé, o cardeal dom Odilo destacou que a palavra do arcebispo emérito é sempre um testemunho para a Arquidiocese de SP. “Eu creio que foi a forma mais solene como poderia ter celebrado estes 55 anos. Estar aqui nesta missa e concelebrar

com o clero e celebrar o Ano da Fé o Santo Cura D’Ars, junto com dom Odilo e os outros bispos foi a melhor forma que poderia de fato encontrar para celebrar”, afirmou o Cardeal que ao final da celebração falou com a equipe do O SÃO PAULO. Mandando uma mensagem aos jovens que sentem o chamado à vocação sacerdotal, dom Cláudio pediu que tenham coragem, se de fato sentem esse chamado, pois o sacerdócio é um sinal da predileção e do chamado de Deus. (EBS)

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Chamado à vocação Como minha família sempre foi muito religiosa e ativa na comunidade, sempre me senti envolvido pelas coisas de Deus. Como tenho tios e primos padres e tias e primas religiosas, isto me serviu de incentivo para abraçar o sacerdócio. Também o testemunho de muitos padres que conheci, especialmente o Frei Izidro Botega, ofm, que está atualmente com 99 anos. Sacerdócio no dia a dia A grande força motora da minha vocação sacerdotal no dia a dia é o Amar a Deus na pessoa do irmão e da irmã que sofre. Se não amarmos as pessoas como Jesus nos ensinou, nosso amor é vazio e nossa vocação perde o sentido. Como nos diz São João em sua carta: “Quem diz que ama a Deus que não vê e deixa de

amar o irmão que vê, é um mentiroso”. Missão e vocação como padre Recordo o lema da minha ordenação e do meu jubileu sacerdotal: “Acolher-ServirLibertar ‘até que Deus seja tudo em todos’” (1 Cor 15, 28). Por isso, proclamo ao mundo todos os dias como o Apóstolo Pedro: “Senhor, tu sabes tudo: tu sabes que te amo” (Jo 21,18). Reportagem: Daniel Gomes *Neste mês, a cada edição, o jornal O SÃO PAULO publica o perfil de vocacionados que atuam na Arquidiocese.


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Região Brasilândia

Padre italiano assume paróquia no Setor Jaraguá Alessandro Zanta foi empossado como administrador paroquial da São Luís Maria Grignion de Montfort, dia 4 Renata Moraes

Renata Moraes

da região episcopal

Na manhã de domingo, 4, a Paróquia São Luís de Ma- BRASILÂNDIA ria Grignion de Montfort, no Jardim Rincão, Setor Jaraguá, acolheu seu novo pastor, o padre Alessandro Zanta, proveniente da Comunidade Missionária de Villaregia, na Itália. O Padre assumiu a função de administrador paroquial, que, desde maio estava sem padre, após o falecimento do padre Carlos Augusto da Costa (Neno). A missa foi presidida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, que, no início da celebração, entregou as chaves da Paróquia ao novo administrador e os paramentos, bem como as chaves do sacrário e os instrumentos para a celebração dos sacramentos. Padre Alessandro afirmou seu compromisso de se manter fiel ao serviço da Igreja e renovou as promessas feitas no dia de sua ordenação sacerdotal. Em sua homilia, dom Milton destacou o dia do sacerdote e agradeceu o dom e serviço à Igreja de todos os padres da Região. O Bispo também alertou sobre a necessidade da perseverança na oração pelas vocações. “A vocação do sacerdócio nasce de uma comunidade que reza e se compromete com as vocações.” Ainda sobre o chamado ao sacerdócio, o Bispo comentou que “são poucos os jovens de nossas comunidades que possuem a coragem e a alegria em responder ao chamado do Senhor. A messe é grande, mas os operários são poucos”. Após a comunhão, os jovens da Paróquia apresentaram uma dança em homenagem ao novo administrador paroquial e aos demais padres. Padre Alessandro Zanta, que chegou ao Brasil em novembro de 2012, após viver em missão na Itália e em Lima, no Peru, contou em entrevista suas expectativas para o trabalho na Paróquia São Luís de Maria Grignion de Montfort. “Fui muito bem acolhido por todos e meu coração está muito alegre”, afirmou, revelando que aceitou prontamente o convite da Arquidiocese de São Paulo para servir a Igreja na Brasilândia.

Bispo na Brasilândia preside missa de posse de padre Cilto Rosembach

Fiéis acolhem padres na Paróquia São José Da Região Episcopal

Na noite do domingo, 4, os fiéis da Paróquia São José, Setor Perus, acolheram seus novos padres. Em missa presidida por dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, tomaram posse como pároco o padre Cilto José Rosembach e como vigário paroquial o padre Daniel Francis Mclaughlin, ambos transferidos da Paróquia Santa Rita de Cássia, Setor Nova Esperança. Eles terão o apoio do vigário paroquial padre Márcio Clay Chen. Em sua homilia, dom Milton destacou que a missão do pároco é animar e formar a comunidade. “O pároco é o

Dom Milton Kenan Júnior entrega estola ao padre Alessandro Zanta, no dia 4

pastor próprio da comunidade, cabe a ele a responsabilidade de ser a imagem de Cristo.” O desafio pastoral é grande. Além da Paróquia, há doze comunidades, mas isso não assusta o novo Pároco, que em seu discurso após a comunhão demonstrou muito vigor e empenho e animou a todos dizendo que será um tempo de organização e fortalecimento das comunidades. “Somos uma rede de comunidades em terra de missão. Não há tempo de ficarmos de corpo mole e nem com a fé enfraquecida, contamos com cada um de vocês”, expressou, fazendo ainda um pedido especial: “Rezem por nós, pois precisamos muito da oração de vocês.”

palavra do bispo

Jovens e vocações Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia

Dom Milton Kenan Júnior

Ainda sob o impacto da Jornada Mundial da Juventude, iniciamos o mês vocacional, celebrando o Dia do Padre. Nas celebrações que presidi neste fim de semana, foram muito significativas as homenagens prestadas aos padres pelos fiéis. Vê-se o quanto os padres são queridos pela nossa gente e o quanto a vocação e missão deles são reconhecidas e valorizadas. Gostaria também de me unir

a todos os que, através de gestos e palavras, homenagearam os padres, para dizer-lhes: muito obrigado pela vida e ministério de vocês! Todos nós sabemos o bem imenso que fazem os padres nas suas paróquias: pela acolhida alegre, pelo serviço dedicado e fiel, pela oração constante, pela atenção oferecida, pela presença no meio do povo, pela assistência que dão às famílias e aos jovens, pelo atendimento aos enfermos e idosos; e por muitos outros gestos e atitudes que enobrecem sua vida e sua vocação. Hoje, mais do que nunca, a Igreja e o mundo precisam dos padres! Daí a necessidade de

desenvolvermos uma Pastoral Vocacional vigorosa, que leve às famílias e às paróquias a oração constante pelas vocações; e que leve os jovens a uma resposta alegre e generosa ao chamado atraente do Senhor para abraçar o serviço de Deus no serviço dos irmãos. Durante a Jornada Mundial da Juventude, o testemunho do papa Francisco e dos muitos bispos que se dedicaram às Catequeses nas mais de 250 paróquias da Arquidiocese do Rio de Janeiro foram um forte convite para que os jovens considerem o chamado de Jesus para dedicar suas vidas ao anúncio do Evangelho.

Ainda hoje, Jesus continua a convidar homens e mulheres, jovens e adultos a acompanhá-lo e segui-lo de perto. Ele continua a passar por nossas famílias, Igrejas, escolas e a dizer: “Segue- me!”. Atendendo ao apelo do Papa na missa de envio da JMJ: “Ide, sem medo, para servir!”, que muitos jovens se disponham a responder ao chamado do Senhor, colocando-se inteiramente a serviço de Cristo e dos irmãos, no sacerdócio e na vida consagrada. Verão quanta alegria a resposta ao chamado de Jesus gera na vida daqueles que têm a coragem de dizer sim a Deus que chama!

AGENDA REGIONAL Sexta-feira (9) a domingo (18)

Sábado (10), das 8h às 12h

Segunda-feira (12)

Festa da Padroeira da Paróquia Nossa Senhora do Retiro (rua Hermínia Fidélis, 321, Vila Mirante). Informações: (11) 3974-7204.

Encontro da Pastoral do Dízimo, na Paróquia Santa Cruz de Itaberaba (avenida Itaberaba, 2.093).

Pregação sobre a família no grupo de oração da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima (avenida Paula Ferreira, 1.522). Informações: (11) 3975-3406.


Região Belém

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Jovens participam da Semana de Fé e Política Região Episcopal Belém realizou atividade de formação no Centro Pastoral São José entre os dias 29 e 31 de julho João Carlos Gomes

Dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Belém, fala a participantes da Semana de Fé e Política 2013, que tem por tema “Juventude, Cultura e Espiritualidade” da região episcopal

Ainda vivendo os bons momentos de fé trazidos pela bELÉM Jornada Mundial da Juventude, a Pastoral de Fé e Política da Região Episcopal Belém organizou entre os dias 29 e 31 de julho, no Centro de Pastoral São José, sede da Região, a Semana de Fé e Política 2013, com o tema “Juventude, Cultura e Espiritualidade”. O evento teve em média 70 pessoas por noite, com grande participação dos jovens. “A Semana foi programada dentro da proposta da pastoral de conjunto, juntamente com a Pastoral da Juventude, a Leitura Popular da Bíblia desenvolvida pelo Centro de Estudos Bíblicos (CEBI), as Comunidades Eclesiais de Base, o Movimento Integração Campo-Cidade, a Cáritas, a Escola de Fé e Política Waldemar Rossi, a Pastoral Fé e Política e a Região Belém”, explicou Flávio Roberto de Castro, da Pastoral de Fé e Política do Belém. O evento teve início na segunda feira, 29, com acolhida, seguida de momento de espirituAGENDA REGIONAL

Quarta-feira (7), 20h Missa em comemoração pelos 46 anos da Paróquia São Vicente Pallotti e São Pedro Apóstolo (rua dos Povoadores, 123, Vila Antonina).

alidade, com a leitura do Evangelho de João (Jo 11, 19-27), feita através de diálogo pela Pastoral Juventude, seguida da partilha entre os participantes sobre a ressurreição nos dias de hoje. A segunda noite foi animada por Cleide Giusti, do CEBI, que motivou a todos para o diálogo e compreensão da leitura do Evangelho de Mateus (Mt 13, 36-43). A terceira noite da Semana teve a participação do bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, dom Edmar Peron, que voltara no dia anterior do Rio de

Janeiro. Dom Edmar lembrou os bons momentos vividos na JMJ. “Foi uma experiência marcante. Gostaria de lembrar neste momento o que o santo papa Francisco falou na favela de Manguinhos no Rio de Janeiro, sobre a nossa responsabilidade em viver a solidariedade de outro jeito; pois o caminho da solidariedade, segundo ele, está sendo deixado de lado”, disse. “O nosso jeito de viver é como irmãos”, completou, praticamente introduzindo o assessor da noite, padre Fernando Doren, da Diocese de Santo André e que

tem trabalho pastoral riquíssimo no Belém e na Comissão Pastoral da Terra (CPT). Padre Fernando animou os presentes com o tema “Justiça e Profecia a serviço da Vida”. “Estou feliz por estar diante daqueles que me ensinaram a ser padre nas comunidades da periferia e comprometido à causa da justiça”, agradeceu. Como gesto concreto da Semana, a coordenação do evento propôs e encaminhou o estudo da Cartilha do Encontro Nacional de Fé e Política, que acontecerá de 15 a 17 de no-

vembro, em Taguatinga (DF). “São sete encontros da cartilha ‘Cultura do Viver Bem – Partilha e Poder’ e a nossa proposta é que saiamos daqui com grupos formados para o estudo deste subsídio e, ao final desses encontros, retornemos para fazer uma partilha no dia 9 de novembro aqui no centro pastoral”, encaminhou Flávio. “Dessa maneira, os momentos de partilha vividos durante a Semana não terão sido somente três dias de formação, mas o início desta caminhada de Fé e Política”, finalizou.

PALAVRA DO BISPO

Crescer na fé, continuando a JMJ Rio-2013 Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém

Dom Edmar Peron

Após os dias da Semana Missionária, realizada em nossa Arquidiocese, em cada uma das suas seis regiões episcopais, e que muito animaram nossas comunidades, pudemos fazer a belíssima experiência da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, de 22 a 28 de julho. A beleza revelou-se na garra dos peregrinos – na maioria, jovens – e no testemunho do papa Francisco. Os pe-

regrinos enfrentaram os desafios da própria organização da Jornada e, por cima, do clima: dias chuvosos e frios. Deixaram como maior legado à cidade do Rio de Janeiro o testemunho de uma juventude alegre, vibrante, promotora da paz, cheia de fé. O papa Francisco, por sua vez, revelou a todos o rosto materno da Igreja: testemunhou a alegria de quem crê, abraçou, beijou, ouviu... foi próximo, mesmo de quem estava geograficamente muito distante. No domingo, ao encerrar os eventos programados para a JMJRio-2013, a missa de conclusão tornou-se missa de envio: Ide, sem medo, para ser-

vir. O tema escolhido para essa Jornada pelo então papa Bento 16 era justamente fazer discípulos entre todas as nações (cf. Mc 28, 20). E, como afirmou o papa Francisco, na homilia daquela missa, “a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo, é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10, 9)”.

Assim, os que participamos da Semana Missionária, os que fomos ao Rio de Janeiro para os dias da Jornada e todos os agentes de pastoral de nossas comunidades, somos convocados à missão: “Vão”. Essa é a ordem que Jesus Cristo deixou aos seus discípulos. Vamos a todos, mas especialmente aos jovens, presentes nos bairros de nossas paróquias e áreas pastorais. O que faremos, como nos organizaremos para dar continuidade à JMJ Rio2013, a fim de que essa experiência não fique “trancafiada” em nossos grupos ou comunidades e, por isso, venha a morrer?


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Região Ipiranga

JMJ e Semana Missionária deixam frutos na região Participação dos jovens nos eventos e acolhida aos peregrinos reavivaram ação pastoral da juventude no Ipiranga Pascom

da região episcopal

A Jornada Mundial da Juventude terminou, IPIRANGA mas os frutos dela ainda são esperados nas comunidades paroquiais, agora que os jovens que foram ao Rio de Janeiro retornam desse tempo favorável que Deus concedeu à Igreja no Brasil, e também na Região Episcopal Ipiranga da Arquidiocese de São Paulo. Desde o início de 2012, as comunidades paroquiais começaram a trabalhar para a Jornada Mundial da Juventude. Naquele período, foi solicitado por dom Tomé Ferreira da Silva, então bispo auxiliar, hoje bispo diocesano de São José do Rio Preto (SP), e por padre Everton Moraes, assessor regional do Setor Juventude, que cada paróquia formasse uma comissão que dinamizasse os preparativos para a Semana Missionária, e assim foi feito. Durante a caminhada, muitas dúvidas surgiram e foram sendo sanadas conforme eram tomados os encaminhamentos pela Arquidiocese do Rio de Janeiro e a Arquidiocese de São Paulo. Nesse tempo, também começaram a ser organizadas as formas de acolhida dos peregrinos para a Semana Missionária. Mais uma vez, as paróquias da Região Ipiranga atenderam ao apelo do cardeal arcebispo dom Odilo Pedro Scherer e se dispuseram como podiam a acolher os cem jovens, em cada uma. Ao mesmo tempo, começaram a se organizar os grupos que iriam para a Jornada no Rio de Janeiro. Paróquias fundiram grupos na preparação para a JMJ, comunidades paroquiais ligadas a congre-

Para assinar O SÃO PAULO: Escolha uma das opções e a forma de pagamento. Envie esse cupom para: FUNDAÇÃO METROPOLITANA PAULISTA, Avenida Higienópolis, 890 São Paulo - SP - CEP 01238-000 - Tel: (011) 3666-9660/3660-3724

Jovens de diferentes paróquias da Região Episcopal Ipiranga reúnem-se para viagem à JMJ Rio-2013; experiência vivida deve gerar frutos na ação pastoral

gações e institutos divulgaram entre seus jovens os seus carismas específicos e jovens de movimentos formaram grupos de viagem para a Arquidiocese do Rio de Janeiro. A movimentação que parecia silenciosa mostrou-se grande quando a Jornada finalmente aconteceu. Apesar do número reduzido de inscrições para a Semana Missionária, a passagem dos jovens estrangeiros marcou profundamente a Região Episcopal. Um grande grupo de jovens da Eslováquia tomou conta do Setor Pastoral Ipiranga e, por onde se andava na Região, era fácil encontrar um grupo de jovens de blusa vermelha com sorrisos já herdados pela alegria hospitaleira do povo brasileiro. Ainda no Setor Ipiranga, jovens do Gabão hospedaramse na Paróquia São José. No Setor Anchieta, jovens da República Dominicana viveram

ASSINATURA SEMESTRAL: R$ 45 ANUAL: R$ 78 FORMA DE PAGAMENTO CHEQUE (Nominal à FUNDAÇÃO METROPOLITANA PAULISTA) DEPÓSITO BANCÁRIO Bradesco ag 3394 c/c44159-7 COBRANÇA BANCÁRIA

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na Vila das Mercês belos momentos de missionariedade e integração pelo Evangelho. A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Vila Arapuá, acolheu um grupo de jovens da Diocese de Brescia, na Itália; e outro grupo de italianos, da Diocese de Milão, ficou hospedado na Paróquia Nossa Senhora das Graças, do Setor Imigrantes. Assim foi se compondo um cenário internacional com a chegada de um grupo de australianos no Santuário São Judas Tadeu, enquanto que o outro santuário da região – o de Santa Edwiges – acolhia mexicanos, italianos, estadunidenses e espanhóis. Ainda outros grupos estiveram na Região por conta de ligações a congregações religiosas como os Jesuítas, que trouxeram alguns católicos chineses para a Região Epis-

copal, visitando o Heliópolis e almoçando em um restaurante popular próximo à favela. Toda a organização contou com o trabalho de padres, religiosas e leigos que dedicaram muito de seu tempo para que

tudo corresse da forma mais bonita possível. A Jornada terminou, já há frutos e outros ainda virão. Fica a demonstração de que, movidos pelo amor à Igreja, é possível fazer grandes coisas.


Região Lapa

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Paróquia dedica 1ª sexta-feira ao Sagrado Coração No Setor Pastoral Butantã, igreja realiza periodicamente missa devocional e adoração ao Santíssimo Sacramento da região episcopal

Na sexta-feira, 2, aconteceu mais uma missa devoLAPA cional do Sagrado Coração de Jesus, organizada pelos fiéis da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Setor Butantã. Como de costume, todas as primeiras sextas-feiras do mês, os fiéis da Paróquia se reúnem, junto com o Apostolado da Oração para participar da missa devocional e da adoração ao Santíssimo Sacramento. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus sugere a dedicação das primeiras sextas-feiras do mês com uma celebração eucarística e adoração ao Santíssimo Sacramento. A Paróquia Sagrado Coração de Jesus leva essa tradição ao pé da letra, e toda a primeira sexta-feira do mês os fiéis se reúnem para manifestar sua devoção. Padre Jorge Pierozan, o padre Rocha, responsável pela Paróquia, incentiva todos a participar da missa, a partir das 15h, que segue com a adoração ao Santíssimo até a noite. Na última sexta-feira, o padre Rocha convidou o padre Antonio Ribeiro para presidir a missa devocional que, com alegria, pôde testemunhar esse momento de graça e devoção dedicado ao Sagrado Coração. No início da celebração, foram lidas as intenções dos fiéis e, com a procissão de entrada, iniciou-se a santa missa, que contou com a participação de muitos jovens e adolescentes. Na homilia, padre Antonio destacou a importância da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e a referência que faz aos sacramentos, em especial ao Batismo e à Eucaristia. De acordo com o presidente da celebração, “a devoção nos oferece a oportunidade de nos inserir na comunhão com Cristo, como Igreja, e nos faz participantes, como discípulos missionários desta grande obra da construção do Reino do Céu a que fomos chamados no Batismo e que realizamos no serviço de amor a Deus e ao próximo”. A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma das expressões mais difundidas da piedade eclesial, tal como refere recentemente o Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia da Congregação para o Culto Divino. Os Pontífices romanos têm salientado constantemente o sólido fundamen-

PALAVRA DO BISPO

‘Aproveitemos esta hora da graça que nos foi concedida’ Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa

Dom Julio Endi Akamine

Querido leitores do jornal O SÃO PAULO: o papa Francisco conquistou a simpatia de todos, até de quem não é católico. Onde é que você já viu 3,7 milhões de pessoas silenciosas durante cinco minutos, só porque ele pediu um tempo de oração? O papa Francisco quer que você pense, que você medite sobre esse tesouro inesgotável e admirável que é a tradição cristã. to na Sagrada Escritura desta maravilhosa devoção, esteve presente já no início da Igreja, desde a Cruz, onde este divino Coração foi aberto para os fiéis como um asilo inviolável, sacrário das divinas riquezas, que derrama sobre nós as torrentes

O Papa nos mostra que o catolicismo não é uma religião de portas fechadas e sectária, é uma religião aberta para o mundo, que busca o diálogo e que extrai do encontro com Cristo a sua identidade. Mesmo que o bem realizado não seja reconhecido, retribuído, louvado e incensado pelo mundo, o nosso tesouro é o de fazer o bem (não o de lucrar com ele). Por isso, vale recordar o que o papa Francisco disse: “Ide, sem medo, para servir”. Os jovens que participaram da JMJ mostraram que a esperança cristã não é somente uma utopia ou um sonho in-

definido. A esperança cristã é muito concreta e atual. Vi massas de jovens enfrentando sacrifícios e desconfortos que tirariam a paciência de qualquer um. Assisti (dias a fio) grupos numerosíssimos de jovens atravessando a rua na faixa de segurança e respeitando o sinal de trânsito. Conversei com os garis encarregados de varrer as ruas pelas quais passavam os peregrinos e percebi a admiração deles com a educação dos peregrinos. Eles cantavam e gritavam sem parar, mas ninguém se sentia amedrontado. Li no jornal da cidade que os 300 funcionários da SuperVia

(que transportou 2,8 milhões de passageiros, número cinco vezes maior do que o normal) quase não tiveram o que recolher durante a JMJ. Os peregrinos deram também um impressionante testemunho de fé e de oração: durante a missa, além da alegria contagiante, a multidão rezou em silêncio. Os benefícios são muitos, mas destaco somente este: a esperança cristã nunca foi tão concreta, visível e atual do que nesses dias da JMJ. Os benefícios são muitos, mas outros virão. Depende que nós aproveitemos esta hora da graça que nos foi concedida.

da misericórdia e da graça. Os maiores santos de todos os séculos compreenderam o segredo dessa devoção muito antes que ela fosse revelada de modo especial. No fim da santa missa, o ostensório com o Santíssimo

Sacramento foi exposto para adoração até a noite.

missa presidida por dom Julio Endi Akamine; e no domingo, 4, na missa das 19h, tomou posse como pároco da Paróquia São João Batista, na Vila Mangalot, o padre Ezenaldo Silva Araujo, cssp.

Novos párocos No sábado, 3, tomou posse como pároco da Paróquia Santa Domitila, em Pirituba, o padre Cristiano de Souza Costa, em

Pascom

Padre Antonio Ribeiro preside missa seguida de adoração ao Santíssimo Sacramento na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Setor Butantã, na sexta-feira, 2

AGENDA REGIONAL

Terça-feira (6)

Sábado (10)

Reunião de coordenadores e líderes da Pastoral da Pessoa Idosa na Cúria regional (rua Afonso Sardinha, 62, Lapa). Informações: (11) 3834-7141.

Formação no Setor Pirituba, com o tema “Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas”, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (rua Padres Valombrosanos, 126, Pirituba) Formação para os setores Butantã e Rio Pequeno, com o tema “Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas”, na Paróquia Santa Maria Goretti (rua Dr. Romeu Ferro, 281, Vila Gomes).


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Região Santana

Paróquia Sant’Ana desenvolve ação social Constituído em agosto de 1938, CEPHAS objetiva o bem do indivíduo e sua participação engajada na sociedade Arquivo pessoal

Berenice Oliveira

da região episcopal

A Paróquia Sant’ Ana (rua Voluntários da PáSANTANA tria, 2.060), man tém, desde 1938, um serviço de ajuda às pessoas necessitadas, realizando assim, na prática, o que Jesus entregou como missão a todos os que desejam segui-lo. Constituído, em 31 de agosto de 1938, o Centro de Promoção Humana e Assistência Social da Paróquia Sant’Ana (CEPHAS) tem por finalidade a promoção humana e a assistência social da coletividade, objetivando o bem do indivíduo e de sua família, conjugando esforços para estimular a sua participação na sociedade, colaborando na solução dos problemas sociais, principalmente das pessoas do bairro de Santana. O CEPHAS administra a Casa Abrigo São Francisco de Assis, o Núcleo de Convivência para Pessoas em Situação de Rua Irmã Lindalva e a Casa Comunitária São José. A Casa Abrigo São Francisco de Assis oferece acolhimento a 150 pessoas em situação de rua, diariamente e ininterruptamente, com banho, jantar, pernoite, e café da manhã, maleiro, sala de TV, biblioteca e atendimento com psicóloga e assistente social. A casa tem parceria com a Prefeitura de São Paulo e no inverno chega a atender até 165 pessoas. O Núcleo Irmã Lindalva, com atendimento diário para cerca de 130 pessoas em situação de rua, também mantém convênio com a Prefeitura de São Paulo, oferecendo, das 8h às 16h, café da manhã, banho, oficinas e palestras, almoço, sala de TV e biblioteca, além de atendimento com psicóloga e assistente social, endereço para correspondência, ajuda para tirar documentos e um café da tarde. A Casa Comunitária São José abriga 24 idosos, com moradia e alimentação, higiene, administração de medicamentos, enfermeiras e auxiliares, médico, psicólogo, fisioterapeuta e entretenimento. Além do CEPHAS, a Paróquia Sant’Ana, por meio de suas pastorais sociais, atende a todos os que a procuram, oferecendo serviços diversos. São exemplos de atividades: oficinas de Santa Rita, com entrega anual de cerca de 200 enxovais de bebê para

Fachada da Paróquia Sant’Ana, onde são realizadas atividades do CEPHAS, que atende necessitados de diversas faixas etárias com intenso programa social

PALAVRA DO BISPO

A cultura vocacional na cultura da distração

Estamos no metrô, no ônibus ou em casa ligados ao celular, à televisão, conectados à internet ou a outro meio de comunicação. A conectividade facilitou muito o acesso à comunicação e à cultura, mas pode nos levar a viver mergulhados na cultura da distração, do imediato e daquilo que gratifica as necessidades momentâneas. O espaço para o silêncio, para a interiorização, pode ficar muito limitado. Faltando espaço para o silêncio, para a interiorização, as perguntas sobre o sentido da vida, sobre o chamado de Deus, e os questionamentos

mais verdadeiros e autênticos podem ser frustrados, pois essa cultura tende a sufocar as consciências e impor um modelo de ser onde parece não existir vocação, não existir eleição, como se Deus não se importasse com nossa caminhada, com nossa vida no presente e no futuro. A comunidade de fé, comunidade profética, espaço de vida, tem a missão de testemunhar que existe uma vocação específica para cada pessoa, existe um sentido para a existência e a vida, um projeto de amor do Pai. “A vocação é o pensamento providente de Deus Pai sobre cada pessoa, como um sonho muito querido por Deus, porque a pessoa é muito querida por ele. Cada pessoa é chamada a exprimir um aspecto particular do pen-

samento do Pai. Nele, encontra seu nome e sua identidade; afirma e coloca em segurança a sua liberdade e originalidade” (Congresso Vocacional Europeu, n.16). O beato João Paulo 2º, falando aos participantes do Congresso Vocacional Europeu, disse que a comunidade de fé, diante da cultura da distração, deve promover uma cultura vocacional junto às famílias e aos jovens. Ela é um componente da Nova Evangelização. É cultura da vida e da abertura para a vida, do significado do viver, mas também do morrer. A cultura vocacional se refere, em particular, a valores ignorados pela cultura da distração, como a gratidão, o acolhimento do mistério, o sentido da incompletude do

gestantes carentes que estejam em dia com o Pré-Natal; Movimento dos Vicentinos, que visitam as casas dos necessitados que se cadastram

e entregam cestas básicas semanalmente, atendendo cerca de 50 famílias por mês; Ateliê Vovó Sant’Ana, oferecendo cursos, massagens e atendi-

mento psicopedagógico a preços muito abaixo do mercado, com objetivo de atendimento à pessoas de menor renda; e Pastoral da Criança, que aten-

Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana

Dom Sergio de Deus Borges

homem e junto da sua abertura ao transcendente, a disponibilidade a se deixar chamar por um outro e interpelar pela vida, a confiança em si e no próximo, a liberdade de se comover diante do dom recebido, diante do afeto, da compreensão, do perdão, descobrindo que aquilo que se recebeu é sempre imerecido e excede à própria medida e fonte de responsabilidade para com a vida. Também faz parte da cultura vocacional a capacidade de sonhar e desejar grande, aquela admiração embevecida que permite apreciar a beleza e escolhê-la pelo seu valor intrínseco, porque torna a vida bonita e verdadeira, aquele altruísmo que não é somente solidariedade de emergência, mas que nasce da descoberta da dignidade de qualquer irmão.

de as famílias e crianças do conjunto habitacional da avenida Zaki Narchi.

AGENDA REGIONAL

Sábado (10), 9h

Domingo (11), 10h30

Domingo (18), 17h

Encontro do CRP na Cúria de Santana (avenida Mal. Eurico Gaspar Dutra, 1.877, Parada Inglesa).

Missa na festa do padroeiro da Paróquia Jesus no Horto das Oliveiras (rua Gabriel Orífice, 256, Vila Isolina Mazzei), presidida por dom Sergio Borges.

Missa comemorativa pelo 1° aniversário de ordenação episcopal de dom Sergio de Deus Borges, na Paróquia de Sant’Ana (rua Voluntários da Pátria, 2060).


Região Sé

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Itelsé inicia atividades do segundo semestre Instituto de Teologia da Região Episcopal Sé retomou as aulas na segunda-feira, 5, após período de férias da região episcopal

Nesta segundafeira, 5, começaram as atiSÉ vidades do 2º semestre letivo de 2013 no Instituto de Teologia da Região Sé (Itelsé). Há mais de 30 anos, o Itelsé oferece um caminho de ‘formação pastoral’ para facilitar a compreensão das várias dimensões e orientações da teologia no que diz respeito à linguagem, aos métodos e à sua importância na reflexão e na vida prática da Igreja e da sociedade. Padre Sérgio Bradanini, diretor do instituto, ressaltou que a proposta do Itelsé vem ao encontro dos apelos da Igreja para a formação dos leigos, reforçados pelo papa Francisco em sua recente visita ao Brasil. “Recordemos que o Documento de Aparecida manifestou o desejo da Igreja em ter leigos adultos e maduros. A teologia bem entendida, não só como ciência acadêmica, ajuda a compreender o andamento do mundo inteiro. É necessária para todos, para o povo cristão, para que sejam testemunhas do mundo no coração da Igreja e testemunhas da Igreja no coração do mundo”, afirma o teólogo. O diretor do Itelsé destaca também que documentos pontifícios como a exortação apostólica pós-sinodal Verbum Domini, do papa Bento 16, hoje emérito, também abordam a importância do estudo da teologia para os leigos, bem como o último Sínodo dos Bispos sobre a “Nova Evangelização para a Transmissão da Fé” insistiu nessa questão. “Portanto, não precisamos buscar muitos argumentos, novas análises e teorias para fundamentar a necessidade do estudo teológico”, diz o Padre. Ao reforçar o convite para que os leigos se interessem pelo estudo da teologia, padre Sérgio mencionou a exortação apostólica Evangelii Nuntiandi, do papa Paulo 6º, que diz que o mundo de hoje acredita mais em testemunhas do que nos mestres e aceita os mestres na qualidade de testemunhas, aspecto fundamental vivido pela Igreja, sobretudo nesse contexto de Ano da Fé. A programação do curso consiste em: Introdução geral à teologia; Atenção particular ao estudo da Sagrada Escritura; A importância da teologia sistemática, que ressalta as grandes questões da Revelação cristã; A Liturgia que celebra o misté-

PALAVRA DO BISPO

A JMJ e o projeto de vida dos jovens Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé

Dom Tarcísio Scaramussa

A vocação foi o tema principal da mensagem do papa Francisco no encontro com os jovens voluntários da JMJ. Em vários momentos de sua visita, o Papa dirigiu-se aos jovens e também aos acompanhadores dos jovens, destacando o aspecto importante de trabalhar o projeto de vida. O papa falou sempre positivamente dos jovens, destacando seu valor e seu protagonismo: “Cristo abre espaço para

eles, pois sabe que energia alguma pode ser mais potente que aquela que se desprende do coração dos jovens quando conquistados pela experiência da sua amizade. Cristo “bota fé” nos jovens e confia-lhes o futuro de sua própria causa: “Ide, fazei discípulos”... “Os pais usam dizer por aqui: ‘os filhos são a menina dos nossos olhos’. Que bela expressão da sabedoria brasileira que aplica aos jovens a imagem da pupila dos olhos, janela pela qual entra a luz, regalando-nos o milagre da visão!… A juventude é a janela pela qual o futuro entra no mundo.” O Papa convocou os jovens para a missão e para serem

protagonistas da mudança: “O Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário... Jovens, por favor, não se ponham na ‘cauda’ da história. Sejam protagonistas. Joguem no ataque! Chutem para frente, construam um mundo melhor, um mundo de irmãos, um mundo de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade. … Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo”.

O Papa encorajou os jovens a fazerem escolhas definitivas: “Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação, é caminhar para a realização feliz de si mesmo. A todos, Deus nos chama à santidade... Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é ‘curtir’ o momento, que não vale a pena se comprometer por toda a vida, fazer escolhas definitivas. Em vista disso, eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente”. (Confira a íntegra do artigo no site www.regiaose.org.br)

Arquivo/Centro de Pastoral Região Sé

Padre Sérgio Bradanini, diretor e professor do Itelsé, fala sobre retorno das aulas no Instituto de Teologia da Região Sé, iniciadas na segunda-feira, 5

rio de Cristo e a vida da Igreja como comunidade de irmãos; A teologia moral, que indaga a dignidade; e O comportamento humano à luz da fé. Para este semestre, o Itelsé

também oferece o curso: “Doutrina Social da Igreja: desafios e compromissos”, ministrado pelo teólogo frei Nilo Agostini. O curso acontece nos dias 2, 3, 16 e 23 de setembro, das 19h30 às 21h45.

Tanto este curso especial quanto o módulo regular acontecem sempre às segundasfeiras, no Colégio Maria Imaculada (avenida Bernardino de Campos, 79, Paraíso). As infor-

mações sobre matrícula e grade curricular dos cursos estão no site da Região Sé (www.regiaose.org.br) e podem ser obtidas pelo telefone (11) 38264999.

AGENDA REGIONAL

Terça-feira (6)

Quarta-feira (7)

Sexta-feira (9)

Sábado (10), 15h

Aniversário de ordenação sacerdotal de dom Bruno Reis Costa, OSB, sacerdote no Mosteiro de São Bento, no centro.

Aniversário natalício do diácono permanente Vicente de Paulo Nogueira.

Aniversário natalício do frei Paulo Gollarte, O. Carm, vigário paroquial da Paróquia Santa Teresa de Jesus (rua Clodomiro Amazonas, 50, Itaim Bibi).

Dom Tarcísio Scaramussa celebra o sacramento da Confirmação (Crisma) na Paróquia Imaculada Conceição (avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 2071 – Cerqueira César).


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Dom Milton Kenan convoca encontro para fortalecimento dos Conselhos Tutelares Para dar continuidade ao processo desencadeado com as eleições dos Conselhos Tutelares, na Arquidiocese de São Paulo, na sexta-feira, 23, às 8h30, no Centro Pastoral São José do Belém, será realizado o encontro “Fortalecimento dos Conselhos Tutelares e do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente”. Informações: (11) 3660-3700.

Bruno Forte analisa JMJ e características do Papa Em entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO, arcebispo de Nápoles apontou a “janela” teológica de Francisco NAYÁ FERNANDES

Especial para O SÃO PAULO no Rio de Janeiro (RJ)

Padre Bruno Forte, arcebispo de Nápoles, na Itália, é um importante teólogo italiano, professor de Teologia Dogmática na Faculdade Teológica da Itália Meridional, membro da Comissão Teológica Internacional, do Pontifício Conselho da Cultura e consultor no Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos. Durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio, padre Bruno, como gosta de ser chamado, fez uma Catequese para um grupo de italianos na Paróquia Sangue de Cristo, na Tijuca. Em sua Catequese, o teólogo ressaltou três aspectos essenciais para coerência na vida cristã. O encontro com Jesus Cristo, que é a origem de tudo; como viver o hoje da vida após este encontro; e como viver a missão, em comunidade, a partir do encontro.

Padre Bruno concedeu uma entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO, em que analisou a JMJ e tratou sobre outros temas, como a “janela” teológica do papa Francisco. O SÃO PAULO – O Senhor afirmaria que a Jornada proporcionou aos jovens uma verdadeira experiência de encontro com Jesus? Padre Bruno Forte – Creio que no coração desses jovens há uma busca do sentido verdadeiro da vida, de viver qualquer coisa que seja com amor e por amor. E Jesus Cristo é capaz de dar este sentido para a vida. Esses jovens escutam com profundidade a Palavra e estão em busca de algo belo. Eles têm o desejo de um mundo melhor e acreditam que este mundo melhor é possível. O SÃO PAULO – Nesse sentido, há o risco de que a Jornada

Arquivo pessoal

Dom Bruno Forte, filósofo e teólogo

se torne um momento de emoção passageira? Superficial? Bruno Forte – A Jornada é rica de emoção, porque os jovens são envolvidos pela alegria, pelos cantos e pelos momentos de oração, mas há também uma grande profundidade. Eles estão percebendo que a Igreja é pobre e está próxima dos pobres, como disse o papa Francisco. Assim, creem na mensagem de Jesus e se propõe a caminhar com Ele. O SÃO PAULO – Qual a “janela” teológica do papa Francisco, em comparação aos seus antecessores no pontificado? Bruno Forte – Um periódico brasileiro estampou na capa: o papa amável, que é um jogo de palavras com papamóvel. Ele é sim um Papa amável, humilde e simpático. Ao mesmo tempo, um Papa de grande força interior. Ele tem a força da fé e da escolha dos pobres. De uma Igreja que está perto dos pobres.

É um homem livre em seu coração e que sabe dar testemunhos de sua fé simples e pobre também. O SÃO PAULO – Quais novidades o senhor acha possíveis no pontificado de Francisco? Bruno Forte – A grande riqueza e novidade do papa Francisco é de dar continuidade e fazer atuar o Vaticano 2º, porque as definições do Concílio ainda não foram todas realizadas. O SÃO PAULO – E sobre a continuidade da Jornada? Que sugestões o senhor teria? Bruno Forte – É preciso seguir reformando a Igreja no sentido do Evangelho, como fez Jesus. Assim, no seguimento de Jesus e da sua mensagem de amor, de solidariedade e de amizade é possível viver a missão. Cada jovem precisa tomar a decisão de caminhar com Jesus. Ou há esta decisão, ou não há caminho.

Jovens questionam vivência da fé em encontro com padre Libânio Por uma “Para mim, isso tem a ver sacrifício e, por isso, é triste. A “Pastoral da NAYÁ FERNANDES piritual, pastoral e cultural.” Sobre a Igreja como uma com a imagem de Cristo que Igreja contribuiu para manter grande comunidade, o jesuíta temos hoje. O avanço dos mo- essa imagem porque, de algu“Na opinião de vocês, qual a perguntou: “Vocês sentem a vimentos pentecostais tem a ma maneira, abafou movimen- Juventude principal diferença entre as Igreja como comunidade onde ver com a busca de felicidade tos que promoviam a imagem comunidades da Igreja? Todas se pode viver o seguimento de e a chamada teologia da pros- de Jesus histórico e libertador”, mais viva” têm um compromisso com os Jesus, ou como um lugar que peridade. Acabam criando a disse, da assembleia, uma joEspecial para O SÃO PAULO no rio de janeiro (RJ)

pobres?”, foi uma das perguntas do padre jesuíta João Batista Libânio, no encontro com jovens de diferentes países, que aconteceu durante a JMJ Rio2013, na Igreja de Santo Inácio, em Botafogo, quarta-feira, 24. Para a jovem alemã Sandra Jehlle, “em todo o mundo, há uma tendência de buscar mais a emoção que o próprio Deus. Acredito que é importante ter mais confiança em Deus para superar isso. Respeito a maneira de todos rezarem, mas vejo que não é possível estar sempre feliz, como creem alguns. Somos humanos e a experiência de Deus nos ajuda a viver cada momento da vida, triste, confuso ou alegre”. Ao O SÃO PAULO, o Padre explicou que o encontro fez parte de uma programação maior em que participaram cerca de 2 mil jovens, de 50 nações. “Eles fizeram um encontro em Salvador (BA) e depois puderam conhecer a realidade do povo, uma experiência es-

dificulta este seguimento?”.

dicotomia de que a busca exige

vem chilena.

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

DA ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Padre João Batista Libânio ressaltou que “a Jornada foi uma criação de João Paulo 2º, que percebeu que a Igreja estava perdendo os jovens e, com as Jornadas, atraiu milhões de jovens e tentou mostrar uma face jovem da Igreja, aberta aos jovens, para que eles se sintam em casa, estando na Igreja”, disse. “Se não houver continuidade, a Jornada pode terminar em festa, pois estamos na cultura da exterioridade, da vulgaridade midiática e, se nós não aprofundarmos e pedirmos maior consistência espiritual, isso tudo pode acabar. Mas tenho a impressão de que a Igreja no Brasil está atenta a isso e vai colaborar para que alguma coisa aconteça depois da volta do Papa a Roma. Espero que tenhamos uma Pastoral da Juventude mais viva”, respondeu o Padre, ao analisar para O SÃO PAULO a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. (NF)


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‘Juventude que ousa lutar constrói o projeto popular’ As reuniões em preparação para o 19º Grito dos Excluídos em São Paulo já começaram e acontecem as quartas-feiras, às 9h30 (dias 7, 14 e 28 de agosto e 4 de setembro) na sede da Pastoral Operária (rua Venceslau Brás, 78). A reunião para organização cultural será na terça-feira, 13, às 19h, no ECLA (rua Abolição, 244). Informações: (11) 3104-7401.

Gestores acadêmicos da PUC-SP tomam posse Durante cerimônia no Tucarena, foram empossados diretores e chefes de departamento, e renovados 278 cargos Thaís Polato

Especial para O SÃO PAULO

Os novos gestores acadêmicoadministrativos da PUC-SP tomaram posse na manhã de quinta-feira,1º, em uma cerimônia ao mesmo tempo formal e festiva, no Tucarena. “É fundamental prepararmos a PUC-SP para o futuro. Por isso, trabalhamos em equipes. Esperamos poder contar com a competência de cada um dos novos gestores para o trabalho que estamos começando”, declarou a reitora Anna Cintra Marques. O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, grão-chanceler da Universidade, também participou do evento, além do secretárioexecutivo da Fundação São Paulo, padre José Rodolpho Perezzolo, do vice-reitor José Eduardo

Martinez, todos os pró-reitores, chefia de Gabinete e outras autoridades. Dom Odilo ressaltou que a PUC tem uma identidade, algo que a diferencia das demais instituições. “Ela contribui para a sociedade, formando pessoas que trabalham pelo bem comum, e faço votos para que continue a seguir esse objetivo”, afirmou. “Venho para dar incentivo, desejo que o trabalho dos novos gestores gere muitos frutos. Espero que [as novas chefias] dinamizem as gestões e cuidem bem dos aspectos acadêmicos e administrativos, que precisam caminhar juntos”, completou. No total, a PUC-SP renovou 278 cargos. Na cerimônia, foram empossados oito diretores de Faculdade e oito diretores-adjuntos (os diretores da Faculdade de

Thaís Polato/ACI PUC-SP

Dom Odilo Scherer participa de cerimônia no Tucarena, na quinta-feira, dia 1º

Teologia são empossados pelo grão-chanceler), além de 49 chefes de Departamento e seus suplentes. “A maciça presença dos eleitos à posse mostra a adesão da comunidade ao novo modelo de gestão que propomos. É um sinal muito bom para nós, de que poderemos contar com esta

Bispos do Celam respondem aos apelos do Papa Ricardo Correa/JMJ Rio-2013

NAYÁ FERNANDES

Especial para O SÃO PAULO

O Comitê de Coordenação do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) esteve reunido entre os dias 29 e 2, no Rio de Janeiro (RJ), após as atividades da JMJ Rio-2013. O objetivo foi implementar as decisões tomadas durante a 34ª Assembleia Ordinária. No site oficial do Celam [www.celam.org], o atual presidente, dom Caros Aguiar Retes, arcebispo de Tlalnepantla (México), que preside o organismo desde 2011, escreveu uma carta a todos os participantes, cerca de 50 bispos. Antes de retornar a Roma, no domingo, 28, o papa Francisco disse aos bispos do Celam durante uma cerimônia no Auditório do Centro de Estudos de Sumaré, em que ressaltou que “o perfil do bispo deve ser de pastores, próximos das pessoas, homens

Após discurso de Francisco para o Celam, presidente assume compromissos

que amem a pobreza e que não tenham ‘psicologia de príncipes’”. O Papa também apontou a necessidade da renovação interna da Igreja e do diálogo com o mundo atual. Em sua mensagem, monsenhor Carlos Aguiar citou a última reunião do Conselho e se comprometeu, em nome dos membros do Celam, a responder aos apelos do Papa. “Constatamos o forte dinamismo do Espírito Santo em favor da Igreja, pro-

propostas discutidas no encontro do Celam • Recuperar a autoestima institucional; • Formar pequenas comunidades em torno da Palavra de Deus; • Valorizar e aproveitar a influência cultural da Igreja; • Sair ao encontro da sociedade em seus diferentes setores; • Promover a vocação dos leigos e a transformação das estruturas temporais;

• Fortalecer a Pastoral Social em todos os níveis; • Cooperar para a promoção da consciência ecológica e pela recuperação da ética; • Procurar a colaboração interinstitucional para favorecer a participação; • Utilizar as estratégias de comunicação, principalmente nas redes sociais. Com agências

porcionado pela inédita renúncia de Bento 16, uma nova etapa da vida da Igreja.” Segundo o Arcebispo mexicano, o encontro com o Papa no domingo foi uma iniciativa dele. “Vivemos uma experiência inédita. Pela primeira vez, um papa quis se encontrar com os bispos responsáveis pelo Celam. Agora, precisamos responder ao chamado que ele nos fez de colocar nossos maiores esforços para que Aparecida seja uma realidade na vida da Igreja.” Ele destacou ainda, que se faz urgente o diálogo, cada vez mais estrito, com o mundo atual, como apontou Francisco. “Estamos em um momento crucial, os desafios da mudança de época que vivemos exigem a transformação das atitudes, das estruturas, e atividades pastorais em fidelidade a Cristo. Para isso, devemos discernir os sinais dos tempos.”

competente equipe que está agora à frente da PUC-SP em diversos níveis”, ponderou a reitora. A posse para os cargos de coordenação é realizada pelos novos diretores de cada Faculdade. No total, são 49 coordenadores de cursos de graduação e seus vice-coordenadores (mais um

coordenador e vice de créditos teológicos) e 31 de programas de pós-graduação e seus vices. Além da posse formal dos novos gestores, a cerimônia contou com a apresentação da banda Consenso, que mostrou cinco músicas à plateia de professores, funcionários, alunos e familiares. “O convite para a banda se apresentar surgiu do nosso desejo de realizar uma solenidade que respeitasse o rito formal da posse, mas que também incluísse outros aspectos da nossa vida universitária”, explica Fabio Mariano, oficial de gabinete e organizador da cerimônia. “A PUC-SP tem um teatro, uma intensa vida cultural. Queríamos que a alegria estivesse presente no trabalho que se inicia agora, para esta equipe, desde o momento de posse.”


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Bispos lamentam sanção da Lei 12.845/2013 A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou no final da tarde de sexta-feira, 2, uma nota oficial sobre a sanção da Lei 12.845/2013 sobre atendimento de pessoas em situação de violência sexual. No texto, os bispos lamentam que o Artigo 2º e os incisos 4º e 7º do Artigo 3º da referida Lei não tenham sido vetados pela Presidente da República, conforme pedido de várias entidades.

Seminaristas avaliam a Semana Missionária e a JMJ Encontro na PUC Ipiranga apresentou as experiências vividas na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro Edcarlos Bispo de Santana

Especial para O SÃO PAULO

Os seminaristas da Arquidiocese de São Paulo, os padres reitores dos seminários, os bispos auxiliares, dom Edmar Peron e dom Julio Endi Akamine, e o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, participaram na última sextafeira, 2, na Pontifícia Universidade Católica, no Ipiranga, de uma avaliação da Semana Missionária e da Jornada Mundial da Juventude. Os seminaristas partilharam suas experiências e contaram como foi viver estes dias de Semana Missionária e Jornada Mundial da Juventude. Em cada relato, os seminaristas demonstraram como estes momentos colaboraram para o crescimento espiritual e pessoal. Felipe Flauzino, 23, que está na Filosofia, destaca que no início não tinha muita vontade

de ir à JMJ, porém, ao chegar lá, a presença e o testemunho de tantos jovens o surpreenderam. “Quando cheguei [ao Rio

de Janeiro] e vi o testemunho daqueles jovens, que estavam lá, foi algo que motivou e me fez dizer realmente sim, prin-

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Seminaristas partilham com o Cardeal, bispos auxiliares e reitores do seminário, suas experiências durante a Jornada

Padre Osvaldo é enviado em missão RENATO PAPIS

cipalmente sim à minha vocação”, destacou. Os bispos auxiliares também fizeram suas avaliações,

Renato Papis/Regional Sul 1

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

Na segunda-feira, 5, na capela da sede Regional Sul 1 da CNBB, foi realizada a missa de envio missionário à Amazônia do padre Osvaldo Vieira Costa, 33, atual pároco na Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, na Diocese de Santo Amaro. A celebração eucarística foi presidida por dom Vicente Costa, bispo de Jundiaí e presidente do Conselho Mis- Padre Osvaldo recebe do Cardeal livro da Sagrada Escritura sionário Regional (Comire) e do Projeto Missionário Norte 1 – Sul 1, você encontrará problemas, dificuldades e e concelebrada pelo cardeal dom Odilo saudades, mas nunca se esqueça de que, Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e apesar dos seus problemas, você está senpresidente do Regional, e demais padres, do enviado em nome de uma Igreja e que entre os quais Nelson Rosselli Filho, secre- Deus está presente na sua caminhada”. O cardeal Scherer expressou seus tário adjunto do Regional. Na homilia, dom Vicente refletiu a Litur- cumprimentos ao Padre e desejou proxigia do dia, que apresentou a figura de Moi- midade missionária aos mais sofridos e sés, e comentou que “Deus também envia necessitados daquela região amazônica, os ‘Moisés da vida’, como no caso de você, no cumprimento da sua missão ao serviço padre Osvaldo, que, de certa maneira, está do Evangelho. No fim da celebração, o sacerdote copartindo em missão para saciar a fome daquele povo para o qual deve ser enviado”. mentou sua felicidade com a missão. “LiReferindo-se à encíclica Lumen Fidei, vremente, apresentei-me, manifestando o dom Vicente comentou que “às vezes, a meu desejo de ir. O sacerdócio não é meu, luz se faz muito presente, transparente, é da Igreja e a Igreja precisa de mim e me mas às vezes a luz se apaga, parece que coloco sempre à disposição de forma muinão se faz mais presente. Padre Osvaldo, to livre e tranquila”.

para dom Júlio a Semana Missionária e a JMJ foram uma mostra, ao mundo, de que “a esperança cristã é concreta e atual”. O Bispo destacou, ainda, que foram momentos de um “testemunho de fé”. Ao fazer suas avaliações, o Cardeal destacou que a JMJ foi uma semeadura e que muitos fatos são concretos, como os resultados já divulgados pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, mas que os frutos serão colhidos ao longo do tempo. Dom Odilo contou que ouviu de muitas pessoas, principalmente de bispos e cardeais, que as manifestações de fé da Igreja no Brasil são incríveis. Para ele, “a Jornada foi uma grande experiência eclesial. “Vocês, seminaristas que estão se preparando coloquem isso no coração, nós temos que trabalhar muito mais com os jovens”, recomendou o Arcebispo aos seminaristas.

‘O amor recíproco: na escola da Trindade’ Carla Cotignoli

Carla Cotignoli

Especial para O SÃO PAULO

Estava em Roma para completar os estudos e entra em crise. Escreve para o bispo: “Acho que não vou conseguir chegar ao sacerdócio”. Quer fazer mais uma tentativa e vai para a escola sacerdotal de Grottaferrata. “Ali vejo um vídeo de Chiara Lubich sobre Deus Amor. Naquela noite chorei de felicidade: havia Bispos amigos do Movimento dos Focolares fazem retiro descoberto Deus Amor.” Essa foi a narrativa do arcebispo tailandês de Bangkok, Francis – “consiste no fato que Jesus, com a sua Xavier Kriengsak, diante de 50 bispos, vinda, colocou-nos no circuito de amor amigos do Movimento dos Focolares. vivido na Trindade.” Do Brasil são mais de 20, reunidos no “A Igreja, povo de Deus, delineada auditório da Mariapolis Ginetta, centro pela Lumen Gentium é o ponto central nacional do Movimento, em São Paulo, sobre a qual insiste o papa Francisco e entre os dias 31 e 8. que significa simplicidade, proximidade, “Aqui, pelo amor recíproco que cons- serviço”, testemunhou o cardeal João truímos, experimentamos a presença Aviz, prefeito da Congregação para os do Ressuscitado, aprofundamos a es- Institutos de Vida Consagrada e as Sopiritualidade para que este Reino possa ciedades de Vida Apostólica. ser visível e vivível”, disse Brendan LePara dom Gianfranco De Luca, bisahy, bispo recém-ordenado de Limerick, po de Teramo, na Itália, foi “muito rico na Irlanda. o intercâmbio de experiências. A IgrejaMaria Voce, presidente do Movimen- comunhão, a Igreja-Cenáculo, realiza-se to, falou sobre o tema: “O amor recípro- de várias formas, não apenas entre bisco: viver na escola da Trindade” por uma pos e sacerdotes, mas entre movimencoligação web. “A novidade” – sublinhou tos e associações leigas”.


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