O SÃO PAULO - edição 2982

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Novena abre mentes e corações para o Natal

Missa no Hospital do Câncer reúne voluntários

Cáritas engaja-se na Campanha contra a fome

Encontro sensibiliza pastorais para a CF-2014

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Semanário da Arquidiocese de São Paulo

ano 58 | Edição 2982| 10 a 16 de dezembro de 2013

R$ 1,50

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br Luciney Martins/O SÃO PAULO

Padres para servir na Arquidiocese No sábado, 7, Solenidade Litúrgica da Imaculada Conceição de Maria, dom Odilo Pedro Scherer conferiu a ordenação presbiteral aos diáconos João Bechara, João Paulo Rizek e Eduardo Higashi. Participaram da celebração inúmeros padres, diáconos e seminaristas do Seminário Arquidiocesano. Fiéis das comunidades onde os três ordenandos desenvolveram trabalhos pastorais se

uniram aos familiares deles para testemunharem o carinho e os votos de muitas alegrias no ministério sacerdotal. Dom Odilo, na homilia, falou da preocupação da Igreja com a formação dos presbíteros, porque eles assumem o tríplice múnus de Jesus, sendo sacerdotes, mestres e pastores. Trata-se de um ministério a ser exercido com alegria. Página 24

O mundo chora por Mandela Lideranças mundiais são unânimes nas homenagens a Nelson Mandela, que lutou contra o Apartheid. Falecido na quintafeira, 5, seu nome soma-se ao de tantos outros que provaram

Católicos festejam Maria Imaculada Arcebispo de SP A Solenidade da Imaculada naquelas a ela dedicada. Ma- fala à imprensa Conceição de Maria foi celebrada no domingo, 8, com alegria e amor filial em todas as paróquias da Arquidiocese e com mais intensidade ainda

ria concebida sem o pecado original é referência na luta contra o mal e na preparação para o Natal.

Página 12 Luciney Martins/O SÃO PAULO

Na segunda-feira, 9, em coletiva à imprensa, dom Odilo falou dos fatos que movimentaram a Igreja em 2013: a renúncia de Bento 16, a eleição do papa Francisco, a Jornada Mundial da Juventude, a exortação apostólica Evangelii Gaudium e a Campanha Mundial contra a Fome, lançada por Francisco nesta terçafeira, 10. Página 10

Padres jubilandos são homenageados na Catedral da Sé Página 24

que a não violência é caminho seguro para a paz. O papa Francisco louvou o compromisso de Mandela com a promoção da dignidade humana. Página 23 Nelson Mandela Centre Of Memory


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Fé e Vida

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 10 a 16 de dezembro de 2013 Gabirante

frases da semana

“Pretende sensibilizar as pessoas para que se comprometam com aqueles que não estão suficientemente atendidos em suas necessidades. Nesse sentido, pode se compreender a ênfase que se está dando à função social que o alimento tem”.

Padre Marcelo Matias Monge, sobre a Campanha Mundial contra a fome

“Está se ‘absolutizando’ os interesses meramente econômicos. Temos que fazer emendas para impedir que esta proposta seja aprovada e não seja um arrasa quarteirão com Carajás se repetindo em ‘serras peladas’.

Chico Alencar, sobre o novo Código de Mineração

“Os negros vivem um Apartheid constante em toda África da diáspora. Mesmo na África do Sul ainda tem ilhas de exclusão, é preciso uma política diferenciada tal como “cotas nos Estados Unidos como foi votada no Brasil” para combater o preconceito.”

Padre José Enes de Jesus, sobre a morte de Nelson Mandela

você pergunta

Espiritualidade

Por que Santa Bárbara é invocada nas tempestades?

A Alegria do Evangelho – As homilias sejam breves

Diretor do O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese de São Paulo

Padre Cido Pereira

A Edite Estrela, do Parque Edu Chaves, quer saber sobre Santa Bárbara, e por que ela é invocada nas tempestades e trovões. Edite, saiba que Santa Bárbara nasceu na Nicomédia, no século 3º, na Bitínia. Seus pais não eram cristãos. Seu pai, Dióscoro, tinha verdadeira adoração por ela. Não querendo perdê-la para um noivo qualquer e, para evitar que fosse cristã, colocou-a numa torre e contratou professores para educá-la. Os estudos de Bárbara, porém, levaram-na a conhecer o verdadeiro Deus e a descobrir Jesus Cristo. A contemplação da natureza fez com que ela chegasse ao único Deus e o invocasse. E não é que, sem que o pai soubesse, ela foi batizada? Um jovem rico a pediu em casamento e o pai aceitou, mas Bárbara pediu um tempo para pensar. Após longa viagem, o pai recebeu a resposta negativa de Bárbara e a confissão de que era cristã e que não se casaria com um pagão, porque tinha esposado Jesus Cristo. O pai, então, a entregou ao governador Marciano. Foi agredida, chicoteada até seu corpo virar uma ferida só. Milagrosamente, porém, se curou e, ao ser apresentada ao governador, este lhe disse que os deuses tinham sido bons para com ela. A jovem rebateu na hora: “Não foram ídolos de pedra que me curaram. Isso é obra do Senhor do céu e da terra, que eu adoro e por quem quero morrer”. Condenada à morte pela espada, foi levada ao alto de uma montanha. E veja que loucura: o próprio pai a decapitou. Ela tinha apenas 20 anos. Uma jovem chamada Juliana, ao ver a coragem de Bárbara, apresentou-se ao governador e declarou-se cristã também. Foi morta e seu corpo foi sepultado ao lado do corpo de Bárbara. O pai, ao descer da montanha, foi surpreendido por um temporal e, não tendo onde se abrigar, foi fulminado por um raio. Talvez seja por isso que Santa Bárbara seja invocada nas tempestades com trovões e raios. É isso aí, Edite.

Semanário da Arquidiocese de São Paulo

Frei Patrício Sciadini

A primeira exortação apostólica do papa Francisco, já esperada, é um vento benéfico do Espírito Santo que entra na Igreja universal, nas dioceses, nas comunidades e, especialmente, no coração de cada cristão e de cada pessoa de boa vontade. É um texto que, embora longo, com 288 números, se lê com alegria e com estímulo, e a cada número parece que vemos diante de nós a pessoa do papa Francisco com seu estilo, com suas palavras, com seu olhar atento e com seu sorriso nos dizendo: coragem, Deus não se cansa de perdoar. Sente-se em cada número o sentido da alegria e da misericórdia e se percebe que o papa Francisco apresenta à

Igreja o seu projeto apostólico nestes anos em que ficará à frente do barco de Pedro. As primeiras palavras da exortação seriam suficientes para sentir-nos questionados no nosso pessimismo de cristãos. A alegria do Evangelho enche os nossos corações e a vida de todos os que se têm encontrado com Cristo... Uma alegria verdadeira, viva, na qual nada pode substituir a alegria cristã, nem o dinheiro que serve, mas não enche os corações, nem o poder, nada, só Cristo é fonte única da alegria e da vida. Todos nós somos convidados com força a sermos evangelizadores da alegria, e o Papa recorda que, às vezes, existem cristãos de Quaresma sem Páscoa, não é possível. Sempre os nossos olhos estão fixos na ressurreição de Jesus. O Papa, no nº 274, recorda-nos: se conseguirmos fazer feliz uma única pessoa, já isso justifica o valor da minha vida. Todos os que buscam o bem dos outros podem ser missionários.

Eu gostei imensamente do que o Papa recorda aos Padres no nº 138, de que as homilias não sejam compridas e não tenham o sabor de aulas, mas que transmitam mensagem de alegria e de esperança. Leiamos juntos essa belíssima exortação apostólica, não uma, mas várias vezes. Se de verdade queremos colocá-la em prática, é necessário mudar a nossa cabeça e o nosso modo de pensar. É o amor que conta, é a alegria. Eu sou feliz porque faz mais de 50 anos que assumi como minha saudação em todos os momentos para todos: seja feliz. Na verdade, depois de ter lido a exortação do Papa, sou ainda mais feliz na minha vida de sacerdote e de carmelita. Sempre nas homilias, orientei-me por uma frase que dizem ser do Santo Cura d’Ars: “Por 15 minutos se fala às pessoas, depois até 20 minutos aos bancos e depois ao diabo... Ninguém escuta”. Se é dele não sei, mas que é boa orientação é.

palavras que não passam

A comunicação evangelizadora (9.3) PADRE AUGUSTO CÉSAR PEREIRA

A linguagem profética ou libertadora “atrai” as pessoas para o discernimento de sua vida e provoca o compromisso do seguimento de Jesus Cristo para transformar as pessoas e a sociedade (cf. Jo 12,32). Ela provoca a conversão e o compromisso. O desafio é radical, isto é, vai às raízes. De acordo com Paulo, não se conformando às propostas deste mundo, mas configurando-se aos valores de Cristo (cf. Rm 12,2). Requer-se empenho pastoral para fazer as pessoas sentirem-se provocadas a raciocinar. “Falo, assim, porque lhes quero bem” (cf. Hb 5, 11-14; 6, 1-3)! A linguagem evangelizadora profética educa o homem para atingir os qualificativos da fé: adulta, de pessoa responsável com seus compromissos

cristãos de batizada; madura, para as pessoas terem consciência de sua prática cristã; eficaz, para capacitar as pessoas a testemunhar; inteligente, porque desenvolvida na busca de aprofundamento dos argumentos de vivência da fé; responsável, porque assume compromissos sólidos; atual, porque sabe dar as razões de sua crença e pesquisa para encontrar a resposta da fé aos questionamentos vitais da humanidade moderna (cf. 1Pd 3,15). A linguagem profética usa a palavra de denúncia para levar o povo, quando se afasta da Aliança. A denúncia também questiona o antirreino. O antirreino despreza a dignidade da pessoa humana e impõe a injustiça institucionalizada. O profeta apela para a virtude do despojamento diante do consumismo desenfreado; para eliminar o crescimento da pobreza e o desastre ecológico (cf. “Documento de Aparecida”, DAp, 501). O profeta é a pessoa das causas, detecta o porquê da injustiça, por

exemplo, o significado dela e as suas consequências no contexto da vida do povo. A denúncia completa-se com o anúncio e o testemunho do Reino construído com vistas a uma sociedade justa, solidária e fraterna. Portanto, o profeta – a profecia – não é “ave de mau agouro”; ele é a consciência religiosa, moral e da vida em sociedade. Inclusive porque a finalidade da denúncia é buscar a revisão de fatos contrários ao Reino e retorno à proposta de estilo de vida comunitária e social do Reino. A linguagem profética anuncia a penitência como mudança de vida, de mentalidade e de atitudes, para instalar um projeto de sociedade baseado no direito, na justiça, na solidariedade, na vida fraterna e na liberdade para todos (cf. Ez 34). A fé é companheira inseparável da jornada e, por isso, precisa ser conservada até o final da vida (cf. 2Tm 4,7). A verdadeira linguagem da Igreja é o testemunho da vida de seus seguidores.

Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Antônio Aparecido Pereira • Reportagem: Daniel Gomes, Edcarlos Bispo de Santana e Nayá Fernandes • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Assinaturas: Djeny Amanda • Projeto Gráfico e Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Impressão: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 36669660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinatura) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail• A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.


Fé e Vida encontro com o pastor

Boa notícia para todo o povo!

Arcebispo metropolitano de São Paulo

cardeal dom odilo pedro scherer

O Advento e o Natal são períodos especialmente marcados pelo Evangelho da alegria. O papa Francisco, com sua exortação apostólica sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual (Evangelii Gaudium), convidou toda a comunidade da Igreja a se envolver, de forma renovada, na evangelização, destacando que o Evangelho, anúncio bom e alegre, deve chegar a todos. É interessante que, lendo as palavras do Novo Testamento depois de conhecer a Evangelii Gaudium, saltam aos olhos as características da alegria e da esperança no anúncio do Evangelho, confiado à Igreja. Sem esquecer que também se trata de um chamado à conversão e a fazer escolhas difíceis, não se pode transformar o Evangelho ou identificar a pregação da Igreja num elenco de “não pode”, ou num fardo imposto pesadamente sobre as pessoas. O caminho estreito é consequência do anúncio de algo grandioso e sumamente bom, como é a expe-

riência do amor misericordioso de Deus e sua proximidade em relação a nós; portanto, é possível também propor a cruz de Cristo no caminho que leva a Deus; sem ela, não há autêntica escolha por Deus. No nascimento de Jesus, o anjo disse aos assustados pastores de Belém: “Não tenhais medo: eu vos anuncio uma grande alegria, que será alegria também para todo o povo!” (Lc 2,10). Os pastores foram a Belém, viram e experimentaram grande alegria e foram iluminados pela glória de Deus, irradiada pelo recém-nascido deitado sobre palhas... E voltaram para as suas ocupações, contando a todos o que tinham visto e ouvido; e assim a sua alegria tornou-se “alegria para todo o povo”. São típicos do tempo do Advento e do Natal a abertura à solidariedade e os gestos de bondade e de partilha. Isso é muito bonito e tem relação direta com a experiência cristã do Natal. Que isso não se perca nem seja substituído por atitudes cada vez mais individualistas e egocêntricas; há o risco de se diluir o verdadeiro “espírito do Natal”, deixando que ele seja absorvido pela tendência cultural dos dias atuais, marcada pela busca sôfrega de satisfações particulares. Que as ações de bondade e de

amor fraterno continuem a irradiar a esperança e a alegria, fazendo com que o Natal signifique “alegria grande para todo o povo”. Os pobres, os doentes e os “pequeninos” deste mundo são os que mais têm a necessidade de ouvir a alegre notícia do Natal. Não deixemos de fazer gestos que testemunhem a alegre mensagem que temos a comunicar aos outros, quer por uma visita pessoal, quer por um momento de oração e de partilha comunitária da Palavra de Deus. As novenas de Natal em família ajudarão a criar um clima de fé, no qual é possível acolher o Deus-que-vem e que já está no meio de nós. Sem uma preparação espiritual, é possível celebrar um Natal com mesa farta de comidas e guloseimas, esquecendo até mesmo Jesus Cristo, primeiro homenageado dessa festa... Para que o belo anúncio do Natal continue a ser “boa notícia para todo o povo”, é necessário que o Evangelho seja anunciado a todos e testemunhado de muitas maneiras. A Campanha Nacional para a Evangelização precisa do apoio generoso de todos. Por isso, no domingo, dia 15 de dezembro, teremos o “gesto concreto” em favor da evangelização nas nossas igrejas e paróquias. Pascom Paróquia São Dimas

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editorial

Glória a Deus pelos promotores da paz É bonita, justa e merecida a unanimidade no reconhecimento do papel importante do líder Nelson Mandela na luta contra a discriminação dos negros na África do Sul. A unanimidade nesse reconhecimento não é só na África do Sul. É no mundo todo que se multiplicam as homenagens a ele. Sua morte, na semana passada, comove o mundo. Isso nos permite afirmar que a humanidade sabe reconhecer e agradecer àqueles que em seu meio constroem a paz e provam que a paz verdadeira se chega pela não violência, se chega pelo diálogo, se chega pela educação. Jesus é muito claro ao afirmar no sermão da montanha: “Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra... Bem aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus...” Felizmente são tantos os mansos, são tantos os que promovem a paz. Lembremo-nos primeiramente do próprio Cristo, que falou de si mesmo afirmando: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”. Ele realizou a nossa salvação aceitando a cruz, morrendo na cruz e vencendo a morte em sua ressurreição gloriosa. No seguimento de Jesus, o príncipe da paz, muitos trabalharam, muitos deram sua vida para que a paz acontecesse no mundo. Os seguidores de Jesus são homens e mulheres comprometidos com a paz. Façamos memória de Francisco de Assis, de Vicente de Paulo, de Frei Galvão, do padre Anchieta, o homem de Deus pacificador nos grandes conflitos de colonizadores e índios, de João 23, de João Paulo 2º, do papa Francisco, de madre Teresa, da irmã Dulce. Lembremo-nos também de Mahatma Gandhi, de Martin Luther King... Temos muito a aprender com esses heróis. Fizeram história, têm o reconhecimento do mundo porque acreditaram que a paz sólida, a paz real, não se alcança pela força das armas, mas no diálogo, na busca em comum de caminhos. Quantos no mundo de hoje estão empenhados na superação dos conflitos, na promoção da paz, na superação dos preconceitos, no diálogo sereno. Glória a Deus por eles. Os violentos muitas vezes são vítimas do próprio veneno. A humanidade faz questão de esquecê-los. Os pacíficos ficam no coração da humanidade e são referências quando o assunto é paz e quando o anseio de paz é grande demais. agenda do Cardeal Terça-feira (10)

Reunião anual com os formadores do Seminário Imaculada Conceição

Quarta-feira (11)

Reunião anual com os formadores do Seminário Imaculada Conceição

Quinta-feira (12)

Reunião anual com os formadores do Seminário Imaculada Conceição 18h30 – Missa e bênção da capela da Fraternidade O Caminho

Sábado (14)

15h – Missa com ordenações diaconais – Catedral da Sé

Domingo (15) No domingo, 8, na Paróquia São Dimas, Região Sé, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu missa pelo Jubileu de Prata sacerdotal do padre Pedro Antônio Ariede. Ordenado em 10 de dezembro de 1988, o Padre é pároco dessa Paróquia

7h – Missa no Santuário São Judas Tadeu 9h – Missa com profissões religiosas 15h – Missa com crismas na Paróquia Nossa Senhora das Mercês, no Ipiranga


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Fé e Vida

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liturgia e vida

palavra do papa

Ave! Cheia de Graça!

4º DOMINGO DO ADVENTO 22 DE DEZEMBRO DE 2013 Ana Flora Anderson

O Justo Salvador Os textos litúrgicos deste domingo levam-nos às vésperas da grande festa da Natividade de Jesus. Na antífona, o profeta Isaías suplica pela vinda do Justo Salvador. Na primeira leitura (Isaías 7, 10-14), o profeta afirma que Deus sempre oferece um sinal de esperança para seu povo. Às vezes, o povo tem receio diante dos sinais divinos, mas, mesmo assim, Deus sabe que os sinais fazem crescer a esperança. Isaías profetiza que uma virgem dará à luz e que seu filho será chamado Emanuel, Deus está conosco. Na segunda leitura (Romanos 1, 1-7), São Paulo apresenta-se aos cristãos de Roma como aquele que foi escolhido por Deus para anunciar que as profecias antigas se realizaram em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Paulo ensina que todos os povos são amados por Deus e são chamados a serem discípulos de Jesus Cristo. O Evangelho de São Mateus (1, 18-24) narra a vocação de José, prometido em casamento a Maria. Sem entender a grandeza da vocação dela, José pretende se afastar do compromisso. Mas, ele recebe a revelação de que a profecia de Isaías sobre a virgem que dará à luz a Emanuel foi realizada em Maria. José então faz um ato de fé e recebe a vocação de acompanhá-la no grande mistério da encarnação. leituras da semana

SEGUNDA (23): Ml 3, 1-4.23-24; Lc 1, 57-66 TERÇA (24): 2Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16; Lc 1, 67-79 QUARTA (25): Is 9, 1-6; Lc 2, 1-14 QUINTA (26): At 6, 8-10; 7, 54-59; Mt 10, 17-22 SEXTA (27): 1Jo 1, 1-4; Jo 20, 2-8 SÁBADO (28): 1Jo 1,5 – 2,2; Mt 2, 13-18

Santos e Heróis do Povo – 10 de dezembro

“Vede que ninguém retribua o mal com o mal; procurai sempre o bem uns dos outros e de todos” (1Ts 5,15) No dia 10 de dezembro, faz-se lembrança do Dia Internacional dos Direitos Humanos. Evocase a Declaração Universal dos Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948. O Brasil foi um dos primeiros países signatários. Portanto, precursor em se comprometer com os 30 artigos expostos. O primeiro artigo lembra que todos os homens nascem livres, iguais em dignidade e direito. O terceiro, tão atual hoje, diz textualmente: “Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. O papa João 23, na encíclica Pacem in Terris, assumiu esses direitos como programa cristão. E Paulo 6º lembra que eles nascem do coração do Evangelho. Neste dia, lembra-se também de Santa Eulália. Era adolescente de 12 anos, quando morreu queimada, durante a perseguição de Maximiniano, no começo do século 4º. Santo Agostinho em famoso sermão, em sua festa fez um belo elogio à ela. Fonte: “Santos e heróis do povo”, livro do cardeal Arns

Papa francisco Às 12h do domingo, 8, o segundo do Advento, o papa Francisco recitou o Angelus com os fiéis e peregrinos reunidos na praça São Pedro. Eis parte da mensagem do Papa ao introduzir a prece mariana. Este segundo domingo do Advento cai no dia da festa da Imaculada Conceição de Maria, e então o nosso olhar é atraído pela beleza da Mãe de Jesus, a nossa Mãe! Com grande alegria, a Igreja a contempla “cheia de graça” (Lc 1,28), e começando com estas palavras a saudamos todos juntos: “Cheia de graça”. E assim Deus a olhou desde o primeiro instante no seu desígnio de amor. Olhou-a bela, cheia de graça. É bela a nossa Mãe! Maria nos sustenta no nosso caminho para o Natal, porque nos ensina como viver este tempo do Advento à espera do Senhor, que nos visitará na festa, mas também, a

cada um, no seu coração. O Senhor vem! Vamos esperá-lo. O Evangelho de São Lucas nos apresenta Maria, uma jovem de Nazaré, pequena localidade da Galileia, na periferia do império romano e também na periferia de Israel. Uma vilazinha. No entanto sobre ela, aquela menina daquela vila distante, pousou o olhar do Senhor, que a pré-escolheu para ser a mãe do seu Filho. Em vista desta maternidade, Maria foi preservada do pecado original, isto é, daquela fratura na comunhão com Deus, com os outros e com a criação que fere em profundidade todo ser humano. Mas esta fratura foi sanada antecipadamente na Mãe daquele que veio para nos libertar da escravidão do pecado. A Imaculada está inscrita no desígnio de Deus; é fruto do amor de Deus que salva o mundo. E Nossa Senhora não se distanciou jamais daquele amor: toda a sua vida, todo o seu ser é um “sim” a Deus. Mas não foi certamente fácil para ela! Quando o Anjo a chama de “cheia de graça” (Lc 1,28), ela fica perturbada, porque na sua humildade se sente um nada diante de Deus. O anjo a confortou: “Não

temas, Maria, porque encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás um filho... e o chamarás de Jesus” (v. 30). Este anúncio mexe ainda mais com ela, também porque não estava casada ainda com José; mas o anjo acrescenta: “O espírito Santo descerá sobre ti... Por isso, aquele que nascerá será santo e será chamado Filho de Deus” (v. 35). Maria escuta, obedece interiormente e responde: “Eis a serva do Senhor: Faça-se em mim segundo a tu da palavra (v. 38). O mistério desta menina de Nazaré, que está no coração de Deus, não nos é estranho. Não é ela lá e nós aqui. Não, estamos ligados. De fato, Deus pousa seu olhar de amor sobre todo homem e toda mulher. Com nome e sobrenome. O seu olhar de amor está sobre cada um de nós. O apóstolo Paulo afirma que Deus “nos escolheu antes da criança do mundo, para sermos santos e imaculados” (Ef 1,4). Também nós, desde sempre, fomos escolhidos por Deus para viver uma vida santa, livre do pecado. É um projeto de amor que Deus renova cada vez que nós nos aproximamos dele especialmente nos Sacramentos. O papa Francisco recebeu na manhã de segunda-feira, 9, em audiência no Palácio Apostólico no Vaticano, o presidente da República do Congo, Denis Sassou N’Guesso. Seguiu-se um encontro do chefe de Estado congolês com o secretário de Estado do Vaticano, dom Pietro Parolin. Durante os colóquios, foi posto em realce o contributo positivo que a Igreja católica dá à sociedade congolesa, de modo particular no campo assistencial e educativo.

Tweets do papa

@Pontifex_pt 7 - Queridos jovens, convido-vos a

colocar os vossos talentos ao serviço do Evangelho, com criatividade e um amor sem fronteiras. 6 - A cruz é o preço do verdadeiro amor. Senhor, dai-nos a força de aceitar e carregar a nossa cruz! 5 - A santidade não significa fazer coisas extraordinárias, mas fazer as coisas ordinárias com amor e fé. 3 - Todos somos chamados à amizade com Jesus. Não tenhais medo de vos deixar amar pelo Senhor.

Fonte: Site Rádio Vaticana

há 50 anos

‘Proletariado paulista reage contra a canalha’ Ao deixar o comando do 2º Exército, o comandante Pery Bevilaqua baixou uma ordem sobre a eficiência do Exército e as ameaças sofridas. “Estamos assistindo à movimentação dos inimigos da Constituição, que fazem manobras para atingir seus objetivos. Entretanto, o 2º Exército tem respondido a essas manobras com a honra, com o cumprimento do dever.” O semanário publicou também a expansão do anel ferroviário e destacou a reunião de linhas de Santos, Jundiaí e Central do Brasil, com um total de 151 quilômetros. Com a construção do Anel Ferroviário, conforme afirmam os técnicos que o estão projetando, será possível

o estabelecimento de tráfego direto entre o interior e outros Estados. Ainda sobre mudanças, O SÃO PAULO noticiou as normas e instruções gerais sobre o salário-família rural. “O salário-família, instituído por esta lei, será devido pelas empresas vinculadas à Previdência Social, a todo empregado, como tal definido na consolidação das leis de trabalho.” A sessão “Diário do Concílio” destacou a aprovação e promulgação dos decretos sobre a liturgia e a comunicação. O Sumo Pontífice pronunciou na ocasião um discurso, no qual anunciou que pretender ir ao próximo mês à Palestina.

Capa da edição de 15/12/1963


Viver Bem

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vamos cuidar da saúde! dicas de cultura Tão longe, tão perto: veja as semelhanças entre Cuba e Brasil em fotos Tuberculose Exposição realizada pelo fotógrafo Élcio Miazaki fica em cartaz no Instituto Cervantes O fotógrafo Élcio Miazaki revela na exposição “Reconhecer-se: Cuba-Brasil” que os dois países não estão tão longe um do outro. Nas 66 imagens registradas pelo profissional, Cuba e Brasil apresentam muitas semelhanças. Quem quiser conferir pode passar pelo Instituto Cervantes, de 6 de dezembro a 31 de janeiro de 2014, de terça a sexta, das 14 às 22 horas, e aos sábados, das 9 às 15 horas. A entrada é Catraca Livre. Miazaki fotografou três cidades em 2008: São Luís, no Maranhão, Belém, no Pará, e Havana, em Cuba. Dentre os registros, a imagem de um muro clicado em Havana chama a atenção. Nele, está pintada a seguinte frase: “La moral de la Revolución está tan

alta como las estrellas. Fidel”. Isso reforça a intensa propaganda política na cidade cubana, que também é tão presente no Brasil. De acordo com o fotógrafo, apenas uma de suas obras traz um homem que sabia que estava sendo fotografado. “Geralmente fotografo sem ser observado, mas nesse caso perguntei se eu poderia fotografar e o homem logo respondeu que sim. Ao vê-lo

se ajeitando e estufando o peito, concluí que ele era a síntese do sentimento de orgulho de muitos cubanos”, afirma. serviço O QUE: “Reconhecer-se: Cuba-Brasil” QUANDO: diariamente de 6/12 (sexta) a 31/01 (sexta), das 14 às 22 horas; sábados das 9 às 15 horas QUANTO: Catraca Livre ONDE: Instituto Cervantes

A tuberculose é uma doença muito mais frequente do que se imagina. Sua contaminação ocorre através de bacilos que são liberados pelas gotículas de saliva. Mas não se assuste, tem cura. Basta você saber identificar os sintomas. • Tosse, mais de 15 dias; • Febre no final da tarde; • Perda de peso; Procurar um médico para investigar a tuberculose. Os postos de saúde estão bem estruturados para diagnosticar e tratar esta doenças, incluindo liberação de medicações gratuita. Nem toda tosse é tuberculose. E esse é mais um motivo para procurar profissionais da saúde. Eles sim estão preparados para diferenciar qualquer sintoma respiratório. Todos os dias temos contato com o bacilo, no transporte público, no cinema, no shopping, em todo lugar onde há aglomeração. Por isso é importante lavar sempre as mãos e se alimentar bem, pois assim nosso sistema imunológico estará preparado para se defender. Faça uma visita a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e tire suas dúvidas. Dúvidas, dracassiaregina@gmail.com Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF).

CAMI conclui capacitações para imigrantes Cami

DA REdação

Alunos imigrantes, participantes dos cursos de modelagem, música, informática, português e cidadania, do Centro de Apoio ao Migrante (CAMI), participaram no domingo, 8, da solenidade de formatura, nas dependências do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos. O ponto alto do evento ficou por conta dos próprios alunos das diferentes turmas, que fizeram emotivos pronunciamentos, discursos e agradecimentos pela conclusão de mais uma etapa de estudos e pelo apoio constante de seus professores. Os alunos de música demostraram com orgulho nas cordas do violão, com zamponhas e quenas, o que aprenderam no curso, e a turma de modelagem apresentou

O jornal O SÃO PAULO

modelos de roupas criadas e confeccionadas por eles mesmos. Professores, monitores e coordenadores deram congratulações a cada um dos alunos no momento da entrega dos certificados. “Nosso augúrio é que as novas metas sejam uma constante em suas vidas, a meta alcançada não pertence a um ou outro, mas é uma conquista de todos, é a nossa conquista”, salientou o coordenador do CAMI, Roque Pattussi. No segundo semestre de 2013, os cursos formaram 180 alunos imigrantes de diferentes nacionalidades, vindos das periferias e bairros da grande São Paulo, crianças, adolescentes, jovens mães e pais de família se integraram às turmas heterogêneas e diversificadas de inclusão social e digital.

está de cara nova

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Fé e Vida

direito canônico

fé e cidadania

Roma em São Paulo

Ética e Direitos Humanos

Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT)

Edson Luiz Sampel

“A partir deste momento, vamos praticar um ato solene da Pontifícia Universidade Lateranense.” Com essas palavras, pronunciadas precisamente às 14 horas do dia 26 de novembro de 2013, no campus Ipiranga da PUCSP, na cidade de São Paulo, o professor padre dr. Manuel Arroba Conde deu início às sessões de defesa de tese de doutorado em Direito Canônico. A banca examinadora veio da Cidade Eterna, Roma, presidida pelo padre Arroba, diretor do Instituto Utrusque Iuris, a fim de arguir no Brasil vários candidatos matriculados na referida universidade romana, que, como enfatizou o eminente diretor na abertura dos trabalhos, serão doutores em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, desde que publiquem suas teses em Roma. Estiveram também, presentes em São Paulo, integrando a banca de Roma, dois leigos, insignes professores: dr. Matteo Nacci e dr. Michele Riondino. Esses docentes italianos proferiram palestras assaz úteis aos canonistas que afluíram à 11ª Semana de Direito Canônico. Igualmente palestrou, com muito brilho, o cônego dr. Martin Segú Girona, diretor do Instituto de Direito Canônico Pe. Dr. Giuseppe Benito Pegoraro. Vou tentar, entretanto, resumir em palavras simples o conteúdo da conferência pro-

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nunciada pelo professor Arroba, na manhã do dia 27 de novembro. Penso que a temática abordada pelo ilustre mestre não interessa apenas aos especialistas, mas ao Povo de Deus em geral. Arroba falou do personalismo no processo canônico. Mas, afinal de contas, o que vem a ser isso? Trata-se do mesmo personalismo que permeou os documentos do Concílio Vaticano 2º e do mesmo personalismo tantas vezes inculcado pelo beato João Paulo 2º. Poderíamos definilo, singelamente, como uma abordagem cristã da dignidade humana. O personalismo no processo, explicou Arroba, muda todos os parâmetros. As partes já não são mais adversárias, mas cooperadoras na solução do problema. Com efeito, o personalismo, se bem conduzido com técnicas adequadas, pode mesmo fazer desaparecer aquela sensação de ganha/perde, cambiando-a pelo prognóstico salutar de ganha/ ganha, isto é, as duas partes podem sair satisfeitas no processo, principalmente se o ideário personalista conduzilas a um acordo. Sem dúvida, inspirado no Direito Canônico – embora, lamentavelmente, nem todos os juristas reconheçam essa inestimável contribuição da Igreja – o Estado está começando a transformar as relações processuais sob o influxo da ética personalista. Assim, por exemplo, o instituto da conciliação, obra do Direito Canônico, esquecido anos a fio, recupera, no momento, enorme importância na conquista da paz social.

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Professora Titular de História da USP. Presidente do Instituto J. Maritain do Brasil. Ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP.

Maria Luiza Marcilio

Dia 10 de dezembro é o Dia Internacional dos Direitos Humanos. É tempo de refletir sobre ética. A nossa era da globalização trouxe novas esperanças para o mundo, como alguns importantes benefícios para a humanidade inteira. Basta lembrar o desenvolvimento explosivo das telecomunicações e o crescimento fenomenal das relações comerciais e financeiras. Hoje as populações são, no geral, mais alimentadas, mais calçadas, mais vestidas. Para os pobres, o aumento da riqueza global trouxe certa felicidade. Mas, pondera Hobsbawn, “o custo dessa felicidade pode ser a perda das normas, dos sistemas de valores, das regras, das expectativas, e dos modelos de vida... Não há duvida de que a ruptura com os valores e modelos tradicionais pode causar infelicidade, e ser muito dolorosa quando não se sabe o que fazer, que direção tomar”. O papa Bento 16 no Dia Internacional da Paz de 2012 afirmou que deve haver

empenho em educar o jovem. ração clara de cada um, para “Na consciência da verdade, dos a renovação da humanidade. É valores fundamentais da exis- centrada na dignidade da pestência, nas virtudes intelectuais, soa humana e na busca do bem espirituais e morais, na forma- comum, que os fundamentos dos direitos humanos devem ção da justiça e da paz.” Parece que um dos traços ser buscados. Os valores sociais inerenmais salientes desta nossa época consiste na “crise de senti- tes à dignidade humana e aos do”. O imenso crescimento do fundamentos da cidadania e da poder técnico da humanidade democracia participativa são está impondo uma renovada essencialmente: a verdade, a e viva consciência dos valores liberdade, a justiça e a solidaéticos. Faltando estes valores, riedade. Sua prática constitui a alta tecnologia poderia facilmenDiante do desafio que te transformar-se em potencial desemerge no campo social, truidora do gêneeconômico, político, cultural ro humano ou da natureza. e científico, a consciência De fato, dianética do homem desorientou-se te do desafio que emerge no campo social, econômico, político, cultural e científico, a via necessária para alcançar a consciência ética do homem um aperfeiçoamento pessoal desorientou-se. Os problemas e uma convivência social mais mais urgentes da humanidade humana. A implantação da ética cabe não estariam hoje no problema ecológico, no problema da paz a cada um de nós, na luta pela e da convivência das raças e instauração de uma nova civiliculturas, no enfrentamento da zação da liberdade, da igualdaviolência coletiva, do ódio, da de, da fraternidade, em suma, mentira, da corrupção, do ego- de uma civilização do amor, da ísmo, da distribuição equânime solidariedade, contra toda sorda justiça? Eles poderiam ter te de violência e de exploração solução à luz de uma colabo- humana.

espaço aberto

Uma criança nos nasceu Professor da Faculdade de Teologia – PUC-SP

Doutor Matthias Grenzer

O profeta Isaías viveu em tempos tenebrosos. Nos anos de 740 a 700 antes de Cristo, o povo israelita vivia, politicamente, dividido em dois estados. Havia o Reino do Norte, chamado de Israel, e o Reino do Sul, com o nome de Judá. De Jerusalém, capital de Judá, Isaías observava como o Reino do Norte sucumbia diante das invasões por parte dos assírios, um povo estrangeiro que, naquele tempo, dominava todo o Oriente Próximo. A Assíria era um império que fazia os povos menores sofrer, explorando-os economicamente e subjugando-os, com muita violência, ao seu poder. Aliás, foram os assírios que inventaram as botas para os soldados. Antes disso, estes estavam equipados apenas com sandálias. Resultado: o exército assírio ganhou uma velocidade bem maior aos outros, com a possibilidade de assaltar o mundo.

Não obstante, em meio a esse período tão escuro, Isaías cultivava a esperança de que a opressão violenta por parte dos assírios não seria para sempre. Pelo contrário: ao ver uma criança nascer, imaginou um futuro diferente e melhor para o seu povo. Provavelmente, o profeta estava contemplando o nascimento de um filho no palácio. Em Jerusalém, pois, existia a monarquia davídica, sendo que um descendente de Davi ainda ocupava o trono. Tal dinastia já tinha agora uma história de mais de três séculos. Em todo caso, para Isaías, a criança recém-nascida – o futuro rei! – iria realizar um governo diferente. Equipado com os dons do espírito de Deus, fortificaria o seu reino com a justiça prevista pelo direito, provocando, dessa forma, o milagre da paz. Os cristãos, relendo as tradições religiosas do antigo Israel, identificaram a criança presente nas profecias de Isaías com Jesus de Nazaré. Chegaram à fé de que, somente em Jesus, se cumpriram, verdadeiramente, as promessas formu-

ladas pelos antigos profetas. Penso que tais esperanças não estejam tão longe da nossa realidade. Quando, pois, vemos uma criança nascer, também nós imaginamos que o mundo possa ser mais pacífico, sem violência. Nesse sentido, em todo lugar, as crianças são vistas como mensageiros de paz, por serem absolutamente indefesas. Nenhuma delas nasce para ser uma pessoa violenta. Além disso, somente exigem o básico: alimentação, higiene e um pouco de carinho. E qualquer ato de violência contra uma criança precisa ser avaliado como um absurdo, pois se trata de um atentado a quem nos veio anunciar a paz e um futuro melhor. Enfim, olhando, nestes dias de Natal, para o Menino Jesus no presépio, o Príncipe da Paz, podemos estender nosso olhar a todas as crianças. Elas, opondo-se aos erros das gerações passadas, têm a chance de construir um mundo melhor. Podemos participar disso, aprendendo delas: das crianças de hoje e, por excelência, do Menino Jesus!


Igreja em Ação comiar

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bioética

João Batista – Missionário do Advento Gabirante

Integrante de COMIAR

Irmã Carolyn Moritz, mm

Para nós, o Advento significa o começo do Ano Litúrgico. A palavra, que é de origem latina, significa “chegada”, e para os cristãos “é um tempo de preparação da chegada de Jesus entre nós”. Quando pensamos em Advento, encontramos várias personagens das Escrituras que tocam nossas vidas. Um deles é João Batista. João Batista, filho de Zacarias e Isabel, primo de Jesus, era um homem de grande humildade, que tinha a missão de anunciar a chegada do Messias, o Salvador. No Evangelho de Lucas, lemos a história de seu nascimento sobre condições milagrosas. Os pais dele passaram da idade de ter filhos, e através de uma mensagem de um anjo e da intervenção de Deus, Isabel engravidou e João nasceu. Em nossa preparação para a celebração de Natal, a Encarnação de Jesus entre nós, precisamos também refletir sobre a vocação de João como mensageiro da chegada do Salvador. Refletindo na vocação dele, também somos chamados a olhar de novo na realidade de nossa vocação de discípulo

padre leo pessini

missionário de Jesus Cristo. Como estamos também nós chamados a ser mensageiros da chegada de Jesus? A vida de João Batista nos dá as indicações do que consiste esta vocação. João não somente apareceu, mas começou pregando a conversão. Ele começou vivendo sua conversão no deserto. Era com aquela preparação pessoal que saiu e pregou a conversão aos outros para preparar o caminho para a chegada do Salvador. Ouvimos tantas vezes que nós temos a vocação missionária pelo batismo, e isso é uma verdade. Mas muitas vezes somos tentados a sair pregando sem uma profunda preparação pessoal. É

impossível tirar água de poços vazios. Como podemos trazer a Boa Nova de nossos poços vazios? Sem a preparação pessoal e sem a conversão pessoal, nós não temos a possibilidade de pregar conversão aos outros. Como João Batista, temos que fazer nossa preparação para estarmos em condições de trazer a Boa Nova a nosso mundo. Durante este tempo de Advento, é bom examinar nossas vidas na preparação da chegada de Jesus. É no exemplo de João Batista que possamos estar preparados para anunciar, não somente com nossas palavras, mas também com nossas vidas e ações, o verdadeiro sentido de Natal.

pastoral do dízimo

Pastoral do Dízimo presente no CAP marta.elia@terra.com.br A Pastoral do Dízimo, na pessoa de seu coordenador, Luiz Fernando Porto Pinto, fez-se representar no último Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), no dia 26 de outubro, onde foi discutido o 11º Plano de Pastoral. Dom Odilo Pedro Scherer coordenou os trabalhos; estiveram presentes todos os bispos e por volta de 40 leigos. Foram discutidas maneiras práticas e dadas sugestões de como pôr em prática as propostas do 11º Plano de Pastoral: 2013 – 2016. Também foram apresentadas propostas para destaques pastorais: a formação deverá ser ampla,

nos níveis, paroquial, setorial e arquidiocesano; quanto aos moradores de rua, foram levantadas sugestões para minimizar esse problema tão grave em nossa sociedade; as pastorais deverão articular-se com a Pastoral da Comunicação; haverá formação continuada de adultos para a iniciação à vida cristã; há necessidade de envolver os jovens em trabalhos sociais, missionários, lazer e cultura; incentivar a formação e atuação missionária dos leigos e leigas na vida pastoral da Igreja; foram levantadas propostas de como a Igreja deverá atuar na Copa do Mundo, incentivando para que as ações não fiquem restritas somen-

te aos jogos, mas que tragam benefícios à população. A Arquidiocese de São Paulo assume, como meta orientadora do seu 11º Plano de Pastoral, ser testemunha de Jesus Cristo na cidade de São Paulo. “No item 60, vemos que, diante do cenário desafiador em que se encontra a Igreja Católica na cidade, ela coloca sua fé e confiança no Senhor ressuscitado, que jamais desampara os seus discípulos. Se são numerosos os desafios, não são poucos os sinais de esperança, que levam a Igreja de São Paulo a abraçar, com novo ardor, sua missão!”

brevemente, esse ministério diaconal em nossa Igreja Católica Apostólica Romana. Fraternalmente em Cristo!

futuras vocações ao diaconato permanente.

Por Marta Sampaio Lima Elia

espaço do leitor

Sobre a matéria “Arquidiocese ganhará três diáconos permanentes” (edição 2981)

Parabéns pela matéria. Foi fiel ao que escrevi. Muito bom. Carlos Ribeiro

Parabéns! Pela fidelidade jornalística. A matéria está excelente, pois retrata a fidelidade de cada um de nós que assumiremos,

O grito ético do papa Francisco

Valdomir Ramiro

Francisco Cavanha

Obrigado pela entrevista e por ter dado um formato jornalístico às respostas. A escolha da foto também foi acertada. Que seja para o bem de nossa Igreja e de

Redação do jornal O SÃO PAULO. Endereço: Avenida Higienópolis, 890, São Paulo (SP), CEP. 01238-000. E-mail: osaopaulo@uol.com.br Twitter: @JornalOSAOPAULO Facebook: Jornal O SÃO PAULO

A exortação apostólica Evangelli Gaudium do papa Francisco constituise num grito ético para que o ser humano acorde de sua rotina anestesiante que o torna indiferente perante sua responsabilidade de proteger e cuidar da vida cósmico-ecológica e do ser humano mais frágil em especial. Alguns desafios do mundo atual – “Neste momento de mudança histórica”, diz o Papa, “são louváveis os progressos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia, não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. Aumentam algumas doenças. O medo e o desespero apoderamse do coração de inúmeras pessoas. A alegria de viver, frequentemente, desvanece-se; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente”. Ao mandamento “não matar”, que protege a vida, hoje devemos dizer “não a uma economia da exclusão e da desigualdade social. Esta economia mata... Não é possível que a morte de um idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão”, diz o papa Francisco (n. 53). Necessitamos urgentemente de ética na economia, uma das áreas que simplesmente rejeita os valores da ética. Diz o Pontífice: “Para a ética, olha-se habitualmente com um certo desprezo sarcástico; é considerada contraproducente, demasiado humana, porque relativiza o dinheiro e o poder. É sentida como uma ameaça, porque condena a manipulação e a degradação da pessoa. Em última instância, a ética leva a Deus (...). A ética – uma ética não ideologizada –

permite criar um equilíbrio e uma ordem social mais humana” (n. 57). Dentre os mais vulneráveis, exigem cuidado e proteção “os que estão para nascer, os mais frágeis e inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo legislações para que ninguém o possa impedir”. Diz o Papa, que a Igreja, por defender a vida humana nascente, é vista como ideológica, obscurantista e conversadora. No entanto, esta defesa da vida nascente “supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É um fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades” ( n. 213). O papa Francisco aponta que nesta questão inexistem possibilidades de “reformas ou modernizações”. Faz um mea-culpa da Igreja, que “tem feito pouco para acompanhar adequadamente as mulheres que estão em situações muito duras, nas quais o aborto lhes aparece como uma solução rápida para as suas profundas angústias, especialmente quando a vida que cresce nelas surgiu como resultado de uma violência ou num contexto de extrema pobreza. Quem pode deixar de compreender estas situações de tamanho sofrimento?” se questiona o Papa (n. 214). Em relação à criação, somos os “guardiões dos outros seres. Pela nossa realidade corpórea, Deus uniu-nos tão estreitamente ao mundo que nos rodeia, que a desertificação do solo é como uma doença para cada um, e podemos lamentar a extinção de uma espécie como se fosse uma mutilação. Não deixemos que, à nossa passagem, fiquem sinais de destruição e de morte que afetem a nossa vida e a das gerações futuras” (n. 215). Como São Francisco de Assis, todos nós, cristãos, somos chamados a “cuidar e proteger o frágil mundo em que vivemos, bem como de todos os povos” (n. 216), conclui o Pontífice.


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Igreja em Ação

Mundo do trabalho – pastoral operária

Pastoral das Pessoas com Deficiência

Glórias passadas, futuro mais que previsível

As ações promovidas pela Pastoral

Padre Miguel Pipolo

cidos, de macarrão e de velas. A indústria têxtil indicaria a decadência de importantes setores industriais? Com exceção das montadoras de veículos pelo País afora, amparadas por tratamento diferenciado do governo, segmentos importantes da indústria enfrentam problemas semelhantes àqueles que atingiram em cheio obsoletas fiações e tecelagens. Basta perceber o que ocorre em escritórios e oficinas. Estaria ocorrendo a chamada desindustrialização, com perda crescente de espaço dos artigos nacionais? A Petrobras constituída no início com capital do povo, depois de décadas de crescimento entrou em crise. Ações compradas pelos trabalhadores, após

Passou despercebido o fato de entidades sindicais ligadas ao setor têxtil protestarem frente ao Palácio das Convenções do Anhembi, onde aconteceu a abertura do “GoTex Show”, feira internacional de produtos têxteis, ocorrida em outubro. O protesto tinha o objetivo de “chamar a atenção para o aumento das importações, vindas principalmente da China e da Índia, e o consequente crescimento das demissões do setor no Brasil”. A indústria têxtil concentrava-se em grandes fábricas no O sindicalismo segue dirigido por Brás, Mooca e velhos pelegos, cujas atenções se Ipiranga, como concentram no dinheiro fácil do também em cidades interioimposto sindical ranas do Estado como Jundiaí, Americana, campanha promocional que Itu, Sorocaba e Porto Feliz. Era as apresentava como sólidas o tempo quando sindicatos de garantias de poupança para os tecelões lideravam movimentos anos de aposentadoria, subitareivindicatórios e promoviam mente se diluíram, com prejuígreves. Quem não se lembra zos incalculáveis para pequenos das grandes paralisações ge- investidores. O que pensar da rais de 1917, 1953 e 1963? Elas entrega da exploração do précontaram com a maciça presen- sal a empresas estrangeiras? Enquanto isso, o sindicalisça de trabalhadores e dirigentes sindicais têxteis, como Antonio mo segue dirigido por velhos Chamorro, um dos principais pelegos, cujas atenções se concentram no dinheiro fácil do líderes das duas últimas. A partir dos anos 80 teve imposto sindical. Partidos poinício a decadência têxtil. Em- líticos seguem pelo mesmo capresas familiares centenárias, minho, famintos pelo dinheiro pequenas e médias, com milha- do “fundo partidário”. De onde res de operários, incapazes de vem o imposto sindical e o fundisputar em qualidade e preços do partidário? A montadora do com produtos importados que carro chinês “Chery” trouxe viingressavam no País por vias gas de aço de lá para levantar o legais ou não, enfraqueceram, galpão que abriga a montagem agonizaram, fecharam os por- dos carros... Aço provavelmentões, demitiram legiões de em- te fabricado por material saído pregados. Quem não se lembra de Carajás, no sul do Pará... do desaparecimento das Indús- Será possível que veremos o trias Reunidas Fábricas Mata- dia quando, além de vigas, márazo? Eram constituídas por quinas, ferramentas, tecidos e 350 empresas, compreendendo enxovais de bebê, o País se torestaleiros, metalúrgicas, quími- nará importador de vasos sanicas, papelarias, fábricas de te- tários, pregos e alfinetes?

pastoral.pcd.sp@gmail.com No dia 3 de dezembro, celebrase o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Instituído pela ONU em 1992, com o intuito de chamar a atenção dos países para a criação de políticas públicas que favoreçam a plena inclusão do público com deficiência nos diversos níveis da sociedade, com equiparação de oportunidades com as demais pessoas sem deficiência. A data motiva a realização de diversos eventos voltados à disseminação da cultura de acessibilidade e inclusão. Inspirados por esse universo, pela ação evangelizadora de levar a Palavra de Deus a todos e animar as pessoas com deficiência a virem para o meio, a Pastoral das Pessoas com Deficiência realizou no dia 23 de novembro, o 7º Enconfrater e Pessoas com Deficiência, cujo tema foi Protagonismo das pessoas com deficiência na Igreja e na sociedade”. Na oportunidade, houve a palestra de Lia Crespo, jornalista e representante ativa do movimento em prol do público com deficiência desde a década de 70, e a de Tuca Munhoz, ex-coordenador da Pastoral e atual secretário adjunto da Secretaria Municipal dos Direitos da

Pessoa com Deficiência, que disse que o protagonismo do público com deficiência depende da participação deste e de ações inclusivas do Poder Público e da sociedade. Em seguida, os participantes do evento formaram grupos de discussão para debaterem acerca do tema. Além disso, o evento contou com um momento cultural, em que participaram dois deficientes visuais que cantaram, animando a todos os presentes. No dia 24 de novembro, a Pastoral participou, pela primeira vez, da celebração de Cristo Rei e do encerramento do Ano da Fé na Catedral da Sé. Foi também a pri-

meira vez que houve o recurso de audiodescrição, da empresa Ver Com Palavras, para deficientes visuais, numa missa na Catedral. Incentivados por essas ações e pela plena participação das pessoas com deficiência nesses eventos, a Pastoral deseja a todos um Natal abençoado e que, em 2014, possamos ampliar ainda mais nossos espaços de atuação, mostrando a todos que podemos ser agentes protagonistas da própria história e capazes de caminhar juntos na missão de transformar a sociedade numa sociedade mais justa e solidária. Carlos A. Campos Luciney Martins/O SÃO PAULO

Pastoral Familiar

Família, boa-nova para o mundo Coordenadores da Pastoral Familiar

Zuleica e João Abrahão

O mundo atual busca por todos os meios degradar a família como célula fundamental da sociedade. Busca ridicularizar a família tradicional, a família criada por Deus para o bem da humanidade. Eis que interessa, principalmente, a mídia em geral, desvalorizar a instituição familiar, fruto do amor de Deus que nos fez a sua imagem e semelhança. A família, sem dúvida, é uma grande mensageira da boa-nova de Jesus Cristo no mundo em

que vivemos, além de ser verdadeiro agente de evangelização em resposta inconfundível à missão anunciada por Cristo: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). A família é boa-nova para a vida, sendo testemunha de Cristo até os confins do mundo (cf. At 1,8), insigne missionária de amor e de vida e, assim sendo, as práticas contrárias a vida, como o aborto, as experiências com embriões, a clonagem e a eutanásia não podem ser toleradas em qualquer sociedade livre que defenda a família. A família como santuário de vida e coração da civilização do amor sempre diz “sim” à vida.

A família também é uma boanova para a sociedade e, como membro essencial à sua existência, propugna iniciativas em favor de políticas sociais saudáveis, como uma legislação que salvaguarde os direitos da família em prol de uma justiça social para as famílias mais pobres, em termos de assistência à saúde, educação, emprego e habitação. A família é boa-nova para os jovens, para o mundo e para a Igreja, pois, na transmissão da fé através da Igreja doméstica – célula viva da Igreja –, a família cristã alcança todos os povos. É precisamente no seio da família que podemos encontrar a “boa-nova” de um amor que traz esperança ao mundo.

A missa de 7º dia foi celebrada no dia 5 na Paróquia do Santíssimo Sacramento.

foi residente em Paris e em 1985 em Jerusalém. Voltou para o Brasil em 1986 e foi diretor do Colégio São José. Em 1994 reassumiu a função de pároco na Paróquia São José do Ipiranga e ficou até 2007. Vinha sofrendo de uma doença degenerativa das células. Estava internado no Hospital São Camilo e faleceu por falência múltipla dos órgãos.

Arquidiocese agradece pela vida dos padres

Padre João Aparecido Ferreira *14/12/1925 +4/12/2013

Nasceu em Bragança Paulista (SP). Foi ordenado em 25/11/1973, sendo incardinado na Arquidiocese de São Paulo. Durante seu ministério presbiteral, entre outras funções, foi Vigário Paroquial nas Paróquias São Geraldo e São Joaquim, pároco na Paróquia Nossa Senhora Mãe de

Deus, na Vila Albertina e colaborador na Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados. Atualmente residia na Casa São Paulo e lutava contra um câncer sendo vencido pela doença, depois de um longo tratamento.

Padre Luis Ilc +30/11/2013 Faleceu em Ivancna Gorica (Eslovênia), aos 95 anos, o padre

Luis Ilc. Embora esloveno, viveu a maior parte de sua vida no Brasil, prestando serviços à Arquidiocese de São Paulo até se mudar para sua “segunda pátria”, como dizia, a Eslovênia e enclausurar-se no mosteiro cistercense de Ivancna Gorica. No Brasil, Padre Luis trabalhou ainda na Diocese de São José do Rio Preto (SP) e foi vigário geral na Diocese de Anápolis (GO).

Napoleão dos Anjos Fernandes *15/2/1941 +20/11/13

Padre Napoleão foi ordenado no dia 26 de dezembro de 1965, foi pároco na Paróquia São José no Ipiranga em 1966 a 1971. Em 1979,


Geral

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A cada dois dias, uma pessoa morre intoxicada Luciney Martins/O SÃO PAULO

No lançamento de 14º Relatório, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos tratou de questões como terra, educação e trabalho NAYÁ FERNANDES REPORTAGEM NO CENTRO

Frei Gilvander Moreira, ofm, foi ameaçado de prisão por denunciar o uso exagerado de agrotóxicos em fazendas de feijão em Unaí (MG). A denúncia ainda não foi apurada, mas uma reportagem publicada em setembro na revista “O Mensageiro”, sobre o município que produz 700 mil toneladas de grãos por ano em uma área de 175,3 hectares, denunciou também a intoxicação de crianças pela ingestão de feijão na merenda escolar. Casos como esses foram relatados com dados no lançamento do Relatório da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos de 2013, que aconteceu

Cáritas Arquidiocesana de São Paulo recebe homenagem durante o lançamento do Relatório de Direitos Humanos 2013

na terça-feira, 3, no Teatro Anchieta, do SESC Consolação. Em sua 14ª edição, o Relatório homenageou três organizações, que, durante o ano, se destacaram na defesa e promoção dos direitos humanos, entre elas, a Cáritas Diocesana de São Paulo (CASP). Para a jornalista Daniela Stefano, que coordenou esta edição do Relatório e fez a apresentação do mesmo, “foi muito

útil, pois, depois de morar fora do Brasil, foi uma forma de compreender a situação global de direitos humanos no Brasil, sob diferentes aspectos”. O relatório contou com cerca de 30 organizações, com artigos específicos em suas áreas de atuação. Terra, trabalho e educação são alguns dos temas mais abordados. “A terra é a questão tradicional do Relatório da Rede Social e uma

das temáticas colocadas, por exemplo, foi o sucateamento dos órgãos que deveriam fazer a reforma agrária”. De 1999 a 2009 morre uma pessoa no campo a cada dois dias, intoxicada por agrotóxicos. O dado é apresentado no artigo de Larissa Mies Bombardi. Segundo ela, os agrotóxicos se tornaram outra forma de violência no campo. Além disso, ainda no ventre mater-

no, as crianças são vitimadas e há elevação nos casos de câncer. O crescente número de imigrantes e refugiados no Brasil é uma situação que pede ações concretas de acolhida e inserção social. A invisibilidade política é um dos fatores que prejudicam essa inserção. São Paulo abriga cerca de 50% dos refugiados e solicitantes de refúgio que se encontram no Brasil e uma parte destes é acolhida pela CASP no Centro de Acolhida para Refugiados. Devido a este trabalho, a instituição recebeu uma homenagem junto ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento Passe Livre. Há mais de 30 anos, a CASP tem trabalhado em prol de estrangeiros que precisam fugir de seus países para preservar suas vidas. “O Brasil é marcado pelas vítimas da ditadura e por pessoas que foram para o exílio e passaram por uma série de dificuldades. A Cáritas tem experiência em favorecer que a sociedade seja solidária. Isso é um processo civilizatório e também estatal”, disse Yanina Stasevskas, que entregou a placa de homenagem às representantes da Cáritas e escreveu um artigo sobre a luta antimanicomial.

Em assembleia, Cáritas Arquidiocesana de São Paulo elege diretoria Luciney Martins/O SÃO PAULO

Edcarlos Bispo de Santana

reportagem na zona leste

A Cáritas Arquidiocesana de São Paulo (Casp) elegeu, na noite de quinta-feira, 5, a sua nova diretoria para um mandato de três anos (2014-2017). A eleição aconteceu durante a assembleia, realizada no Centro Pastoral São José, no Belém, e contou com a presença do cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, dos bispos auxiliares e demais associados à Casp. A recondução da atual diretoria foi unânime (veja box). Houve apenas mudança no que se refere aos cargos do conselho Fiscal, anteriormente não havia suplentes, e para a gestão dos próximos três anos haverá suplentes para os secretários doConselho Fiscal. O presidente reeleito, padre Marcelo Monge, destacou que recebe, com grande responsabilidade, o voto de confiança depositado nele. Sobre os três anos que está à frente da Casp, afirmou que “foi um grande desafio, mas Deus esteve à minha frente, ao meu lado”. Para o sacerdote,

como mutirões, por exemplo, para doação de sangue. O Arcebispo fez recomendações de que haja uma parceria com as universidades, faculdades e escolas para o envolvimento dos jovens nos temas relativos a Cáritas e uma maior divulgação das atividades promovida pela entidade e que, se possível, a Semana de Solidariedade seja arquidiocesana. Diretoria

Assembleia da Cáritas elege nova diretoria para o triênio 2014-2017; padre Marcelo Monge é mantido como diretor

o apoio do Cardeal, dos bispos e dos demais membros da Cáritas foi importante e colaborou para o bom êxito da Casp. Os grandes desafios para esses três anos que se seguem, na visão do padre Marcelo, serão a mudança da sede da Cáritas, com a aprovação do projeto junto à Prefeitura, demanda do centro de acolhida para refugiados e os programas e projetos que a Casp possui, além da campanha de combate à fome

proposta pelo papa Francisco. Além da eleição, houve a apresentação e aprovação de novos associados. Foram mostradas as ações promovidas pela Casp no segundo semestre de 2013, e o crescente aumento no número de refugiados. Por solicitação de dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário na Região Episcopal Lapa, foram definidas as datas das reuniões ordinárias que serão realizadas

em 2014, uma no primeiro semestre, 27 de março. E outra no segundo semestre, 2 de dezembro. Dom Odilo pediu, ainda, que, para o ano próximo, a Cáritas estude a proposta de preparar voluntários para os variados serviços. De acordo com o Cardeal, seria um voluntariado específico, não voltado para o trabalho interno da Igreja, mas para situações de emergência e do cotidiano da sociedade,

Diretor: Padre Marcelo Alvares Matias Monge (Núcleo Belém) Vice-diretor: Carlos Augusto Oliveira Camargo Secretária: Lucimeire Façanha (Núcleo Brasilândia) Vice-secretária: Maria Aparecida Acuna (Cidinha) Tesoureiro: Aguinaldo Luiz de Lima (Núcleo Brasilândia) Vice-tesoureira: Marta Lúcia Camelo Conselho Fiscal Secretários(as): 1-Sérgio Papa (Núcleo Ipiranga) 2-Antônia Accarino Mucciolo (Núcleo Belém) 3-Luciana Inue (Núcleo Sé) Suplentes: 1-Henrique (Núcleo Ipiranga) 2-Diácono Celso (Núcleo Belém)


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A Igreja em 2013, sob o olhar de dom Odilo Luciney Martins/O SÃO PAULO

Em coletiva de imprensa, o arcebispo de São Paulo abordou assuntos como a eleição do papa Francisco e a campanha de combate à fome

O Cardeal destacou que não gosta de realizar avaliações de curto período a cerca das atividades da Igreja, pois a ação da mesma é uma semeadura. E isso foi realizado largamente ao longo de 2013, por exemplo, a renúncia do papa Bento 16, pode ser avaliada como um momento de semeadura. O Ano da Fé, ressaltou, foi um ano, muito importante. “Semeamos na esperança”, disse, porém os frutos vêm com o tempo.

Edcarlos Bispo de Santana

reportagem na zona oeste

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, concedeu, na tarde da segunda-feira, 9, na Cúria Metropolitana, em Higienópolis, entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião foram abordados temas relativos à vida da Igreja e da sociedade de modo geral. Dom Odilo abriu a coletiva destacando que o ano de 2013 foi um ano atípico. Comentando os principais acontecimentos ocorridos na Igreja, como, por exemplo, a renúncia do papa Bento 16, o conclave e a escolha do papa Francisco, que criaram um fato novo e atraíram o olhar da opinião pública para a Igreja. Houve, ainda, em 2013, a Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco, o que, mais uma vez, se tornou um fato extraordinário, afirmou o Cardeal. Sobre os fatos ligados à sociedade brasileira, o Arcebispo destacou o julgamento do mensalão, com a condenação, por parte do Supremo Tribunal Federal, dos envolvidos na ação penal 470. Quanto a 2014, dom Odilo ressaltou que será um ano movimentado. Na parte esportiva, haverá a Copa do Mundo, o que, mais uma vez, direcionará os olhares de todo o mundo para o Brasil, além das eleições para o Executivo e o Legislativo nacional e estadual.

Avaliação de 2013

Desafios para 2014

Durante coletiva, dom Odilo recomenda que católicos leiam e estudem a exortação apostólica

Já a Arquidiocese de São Paulo, avaliou o Cardeal, teve sua atenção voltada para o grande propósito de ser sinal de Jesus Cristo na cidade de São Paulo, missão essa que se realiza através das muitas formas que a Igreja está presente na cidade.

Exortação apostólica

Evangelii Gaudium já no título diz qual é o seu foco sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual. Nela se evita usar o termo, “Nova Evangelização”, porém está em sintonia com o sínodo de 2012, que abordou a “Nova Evangelização para a transmissão da fé”. “Os católicos devem tomar em mãos e ler, participar de grupos de estudos e reflexão para se dar conta do que realmente está sendo proposto”, disse. Exortação é um tipo de documento do

papa, explicou dom Odilo, que representa um conselho forte, com muita energia. “O Papa está exortando a Igreja com muita energia para empreender este caminho de evangelização nova.”

Superação da fome no mundo

Dom Odilo comentou sobre o lançamento da campanha “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”, de combate à fome, que será feito pelo papa Francisco, em Roma, na terçafeira, 10. O Arcebispo falou sobre o Projeto de Lei nº 6.867, apoiado pela Arquidiocese, que “instituiu e estabelece diretrizes para a Política Nacional de Erradicação da Fome e de Promoção da Função Social dos Alimentos (PEFSA), fundamentada em uma sociedade fraterna, justa e solidária”.

“Os mesmos de 2013”, afirmou. Além de acolher bem a exortação apostólica, colocá-la em prática e continuar a fazer o trabalho de evangelização. Internamente o despertar vocacional, pois a Igreja precisa confiar em novas energias para realizar sua missão, além de viver bem a Campanha da Fraternidade, que trata de um problema social enorme, o tráfico de pessoas, o trabalho escravo, e interpela uma resposta de todos.

Evangelização na Amazônia

É uma realidade difícil para a Igreja. A evangelização na Amazônia precisa ser assumida pelo Brasil. Durante muitos anos essa tarefa coube a organizações estrangeiras que vinham para o País, por isso existe um trabalho intenso para dar mais solidez e força para a Igreja que está na Amazônia.

JMJ

A Jornada é um evento em si, uma coisa. Uma belíssima experiência de convívio com o Papa. O grande legado, para o Cardeal, foi a vivência que cada jovem teve a possibilidade de fazer, além do convívio pacífico e sereno.


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Novo Código de Mineração afronta populações locais ‘Não pode ser o Código das mineradoras, muito menos da Vale’, disse Chico Alencar, sobre o projeto que está em trâmite na Câmara

Devido a situações como esta, o Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração e outras organizações, escreveram uma nota de repúdio ao Novo Código de Mineração que está em trâmite na Câmara, apresentado

pelo relator Leonardo Quintão (PMDB-MG) da Comissão Especial que debate o Projeto de Lei 5.807/13. Para o Comitê, a proposta colocou a mineração acima de outros usos do território. Assim, a criação de unidade de Grupo de voluntários constata atividade ilegal de mineradora no município de Berilo (MG), em janeiro de 2013

NAYÁ FERNANDES REDAÇÃO

Em janeiro de 2013, a reportagem acompanhou um grupo de voluntários no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Uma das ações do grupo foi investigar a presença de uma mineradora no rio Araçuaí, no município de Berilo (MG), que, segundo informações de um advogado local, tinha autorização só para pesquisa e não para retirada de ouro. Porém, o grupo constatou atividade ilegal da mineradora no rio e fez a denúncia ao prefeito e ao vice-prefeito do município. Ambos alegaram não saber sobre a presença da mineradora.

conservação ambiental, demarcação de terra indígena, assentamentos rurais e definição de comunidades quilombolas dependerão de anuência prévia da Agência Nacional de Mineração. “A proposta é, em seu conjunto, um ataque frontal aos interesses da sociedade, em especial, às comunidades atingidas pela mineração. Não apresenta qualquer estratégia alternativa à lógica do mercado de reduzir custos e ampliar lucros”, denunciou o Comitê. Fotos: Nayá Fernandes/O SÃO PAULO

Comunidades lutam por preservação de rios e serras DA redação

“Itabira (MG) já explorou todo o pico do Cauê, agora vai explorar as casas no centro da cidade. Além disso, falta água na cidade e o prefeito fez um orçamento com a Vale para transferir água do rio Tanque, que corta Santa Maria de Itabira (MG), cidade com 15 mil habitantes e 26 comunidades rurais.”

O relato é de Terezinha Bretas, membro da Associação de Conservação Ambiental e Orgânica (Acaó) do município de Santa Maria de Itabira e está lutando contra um mineroduto que vem cortando todos os municípios, na bacia de Santo Antônio, desde Conceição de Mato Dentro (MG) até o Rio de Janeiro. “Eles passam pela cidade, arrasam tudo e as pessoas

acham que é progresso”, afirmou. “Minas Gerais tem a cultura de que mineração é progresso. Nós não somos contra a mineração, mas a favor de uma política honesta e sustentável”, confirmou Mariotides Gomes Bezerra, que mora em Ibirité, na zona metropolitana de Belo Horizonte (MG) e participa de um movimento sem fins lucrativos para a defesa

da qualidade de vida integral da Serra do Rola Moça e seu entorno. “Houve uma especulação imobiliária e a serra está loteada. Cada lote custa 100 mil reais. A Serra do Rola Moça faz parte do complexo de serras de Minas, que são “violentadas” pela mineração. É o urbano invadindo o rural da pior forma possível”, lamentou Mariotides. (NF)

O professor de história e deputado federal, Chico Alencar (PSOL – Rio de Janeiro), ressaltou que “o Código da Mineração não pode ser o Código das mineradoras muito menos da Vale”. Ele, que faz parte da comissão especial que analisou o Código, afirmou que “deve ser um código que incorpore esta atividade econômica com o direito da população onde há exploração e com os direitos da natureza”. “Está se ‘absolutizando’ interesses meramente econômicos. Temos que fazer emendas para impedir que esta proposta seja aprovada e não seja um arrasa quarteirão , com Carajás se repetindo em ‘serras peladas’. A força dos interesses das mineradoras é muito grande e há manifestação das populações locais afetadas, mas isso ainda não ganhou dimensão nacional”, disse o Deputado. Depois de mais de dois anos em estudo no atual Governo, o Código de Mineração, enviado em junho ao Congresso, só deve ser votado em 2014. A informação foi confirmada na quartafeira, 4, pelo relator do texto. Dados oficiais da mineração no Brasil

7.195 minas em atividade, das quais são extraídos 80 diferentes minérios; Líder mundial na produção de minério de ferro, nióbio, caulim, tantalita, bauxita, grafita e rochas ornamentais; Saldo comercial favorável: exportações superam as importações em mais de 70 bilhões em 2012; Emprega cerca de 900 mil trabalhadores formais

Fonte: Ministério das Minas e Energia


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Imaculada Conceição é recordada na Catedral Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Missa também marcou a inauguração de um quadro para veneração pública a Nossa Senhora de Guadalupe Daniel Gomes

Reportagem no centro

Na solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria, no domingo, 8, a Catedral da Sé encheu-se de fiéis para a missa das 11h, presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. Muitos destes eram ibero-americanos, que prestigiaram a inauguração de um quadro com a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América e estrela da evangelização, festejada em 12 de dezembro. O Dogma da Imaculada Conceição, proclamado pelo papa Pio 9º, em 8 de dezembro de 1854, afirma que Maria foi concebida isenta da mancha do pecado, e, como explicou dom Odilo, é anúncio daquilo que Deus quer realizar em plenitude para todos. O Cardeal, na homilia, destacou que a solenidade da Imaculada Conceição é um dia de especial alegria, pois traz a

Na solenidade da Imaculada Conceição, dom Odilo inaugura espaço de veneração a Nossa Senhora de Guadalupe

boa notícia para Maria e para a humanidade sobre a vinda de Jesus. Apontou, também, que Maria aceitou a vontade de Deus e é exemplo para todos, na construção de um mundo novo e na superação do pecado, deixando que prevaleça o Reino de Deus. Dom Odilo comentou, ainda, que olhando a ação de Deus em Nossa Senhora, percebe-se que ele nunca abandona a humanidade, de modo que as pessoas não devem se desesperar, perder a coragem, desistir do bom caminho, tampouco se esquecerem de que são chamados à santidade. Após a comunhão, o Cardeal inaugurou e abençoou um

quadro de Nossa Senhora de Guadalupe, afixado nas proximidades da porta de entrada da Catedral, ao lado de onde está montado atualmente o presépio. O quadro foi doado por um grupo de mexicanos e outros hispânicos que vivem em São Paulo, que o adquiriram na Basílica de Guadalupe, no México. De acordo com Yormin Castro, uma das mexicanas que viabilizou a doação do quadro, é motivo de alegria que a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe esteja na Catedral, pois há muitos devotos da padroeira da América em São Paulo. “Acredito que as pessoas irão conhecer melhor a Virgem de Guadalupe em cada visita à

Catedral. Sempre há pessoas rezando junto à sua imagem e não são apenas os latinos. Brasileiros de diferentes estados buscam o amor da Virgem”, garantiu ao O SÃO PAULO. Ao fim da missa, dom Odilo agradeceu a doação do quadro e comentou que todos os anos haverá maior realce à festa de Nossa Senhora de Guadalupe. O Arcebispo também motivou que os latinos que vivem em São Paulo estimulem outros a participarem da vida da Igreja na cidade, e lembrou os fiéis de que no domingo, 15, em todas as missas na Arquidiocese, haverá a coleta para a Campanha para a Evangelização e a bênção das imagens do Menino Jesus.

Em dia de festa, Seminário Arquidiocesano celebra sua padroeira Bruno Muta Vivas

Edcarlos Bispo de Santana

Reportagem na Zona Sul

Na manhã do sábado, 7, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu a celebração eucarística na capela do Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga, pela solenidade da Imaculada Conceição, celebrada no domingo, 8, patrona do Seminário da Arquidiocese de São Paulo, composto por quatro casas de formação (Propedêutico Santo Antônio de Sant’ Anna Galvão – Propedêutico 1 –, Propedêutico Nossa Senhora da Assunção – Propedêutico 2 –, Seminário de Filosofia Santo Cura D’Ars e Seminário de Teologia Bom Pastor). A celebração foi concelebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese e referencial para os ministérios ordenados, dom Edmar Peron, além dos padres reitores, formadores e diretores espirituais do seminário. Participaram da missa os nove candidatos ao diaconato que, no sábado, 14, serão ordenados, e os demais

Missa presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer é concelebrada por dom Edmar e por padres formadores

seminaristas da Arquidiocese. Durante a homilia, dom Odilo falou sobre a alegria que deve permear o cristão, algo que, segundo o Cardeal, é uma dimensão a ser redescoberta. “Um cristão que vive triste não entende sua fé.” O Arcebispo citou a exortação apostólica Evangelii Gaundium do papa

Francisco, quando ele escreve que o anunciador do Evangelho deve anunciar com alegria, com cara de Sábado de Aleluia e não de Sexta-feira Santa. Ainda em sua homilia, dom Odilo abordou os aspectos da vida sacerdotal e como, muitas vezes, esta escolha não é entendida pelas pessoas que

não percebem com amplitude a dimensão do sacerdócio e afirmou: “Deus por nós [padres] fez maravilhas”. Na celebração, antes da bênção final, os candidatos ao diaconato (três permanentes e seis provisórios) fizeram a Solene Profissão de Fé e o juramento de guardar a fé católica

e a obediência ao magistério da Igreja. Sinais que devem estar identificados com a Igreja e ao fiel serviço a Jesus Cristo por meio da Igreja. O reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, padre Cícero Alves de França, agradeceu aos presentes, mas de modo especial a dom Odilo, que fez aniversário de ordenação sacerdotal, e ao padre Eduardo, pelos anos que passou como vice-reitor do seminário. Na oportunidade, foi anunciado que o padre Everton Fernandes Moraes é o novo vice-reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, substituindo o padre Eduardo Vieira. O decreto de nomeação passa a valer a partir de 25 de dezembro deste ano e tem provisão de três anos. Padre Cícero terminou seu agradecimento fazendo uma recordação histórica da festa da Imaculada Conceição para os seminários e pediu a intercessão de Maria. “Que Nossa Senhora nos ajude nesta bela missão de formar pastores.”


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Dia do voluntariado tem missa no Hospital do Câncer Hospital do Câncer AC Camargo

Celebração presidida por dom Odilo contou com a participação de grupo de voluntários da Paróquia Nossa Senhora de Fátima

vem, senhor jesus

Novena de Natal abre os corações para Cristo Padre Cido Pereira diretor do o são paulo

Edcarlos Bispo de Santana

reportagem na Zona Sul

Mundialmente, o dia 5 de dezembro é lembrado por ser o ‘Dia Internacional do Voluntariado’. Na Arquidiocese de São Paulo, este dia foi marcado com uma celebração presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, para dezenas de voluntários do Hospital do Câncer AC Camargo. Logo na saudação inicial da celebração, dom Odilo destacou que aquele era um momento para ser oferecido, não somente aos voluntários, mas à comunidade do hospital, os doentes, médicos, direção e o corpo de trabalho. O Arcebispo ressaltou, ainda, que a sociedade necessita da solidariedade de pessoas amigas, pessoas amáveis. “A nossa fé é a resposta para momentos que não temos mais saída”, afirmou dom Odilo concluindo que “Deus existe, Deus é minha força”. Ele ressaltou a importância de testemunhos de fé e da presença de Deus nos mo-

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Missa presidida por dom Odilo no AC Camargo reúne voluntários do hospital

mentos de sofrimento pelos quais passam os pacientes. Um dos grupos que realizam trabalho voluntário no Hospital é o da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Setor Leopoldina, Região Episcopal Lapa. Para Silvio Rouffiac, ministro extraordinário da sagrada comunhão, e voluntário no AC Camargo há seis anos, o voluntariado é fazer algo para alguém, sem esperar nada em troca. “Eu saio daqui mais leve, sinto a sensação de bem estar por ter feito algo bom na vida do próximo”, comenta ele, que, junto com a esposa, faz visitas aos doentes, todas as quintasfeiras, e distribui a comunhão e

faz orações com os enfermos. Para a presidente do voluntariado do AC Camargo, Liana Moraes, “o voluntariado deve se estimulado como algo que vem do coração não como uma obrigação”. Liana afirmou, ainda, que é “bonito o trabalho dessas pessoas que vêm aqui e dão um pouco de sua vida, de sua alma”. Já o gerente de voluntariado, Paulo Sérgio Aleixo, acredita que o voluntário é como uma extensão do corpo médico, pois muitos pacientes se aproximam mais dos voluntários do que dos médicos. Para ele, a marca do voluntário é a solidariedade, “o voluntário é aquele que doa amor para o próximo sem saber quem é ele”.

Nomeações para a Comissão de Restauros Redação

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, em conformidade com os cânones 148 e 149 § 1º do Código de Direito Canônico, nomeou, no dia 22 de novembro, como membros da Comissão de Restauros da Arquidiocese de São Paulo, os padres José Rodolpho Perazzolo e Eduardo Vieira, as doutoras Ana Paula de Albuquerque Grillo e Rosana Delellis e os doutores Antônio Paulo Sahd Rivas e José Carlos Stangarlini. Os membros da Comissão serão responsáveis por eventuais restauros que os bens artísticos, históricos e culturais da Arquidiocese de São Paulo necessitem, em vista de sua conveniente preservação e conservação. A nomeação terá validade para o triênio 2013-2016. com site da Arquidiocese

“Vem, Senhor Jesus!” É a oração que está no coração do Povo de Deus neste tempo do Advento. E esta oração é mais vibrante ainda nas centenas de grupos de novena de Natal, que por toda a Arquidiocese de São Paulo se reúnem para abrir portas e corações para o Cristo que vem. Anualmente, o secretariado de pastoral da Arquidiocese prepara o texto da novena, que, assumido pelas paróquias e comunidades, se torna também um sinal de unidade. “Ele está no meio de nós!” é o tema deste ano refletido em nove celebrações, tendo como base a novena litúrgica do Natal que a Igreja celebra de 19 a 25 de dezembro. Sempre a partir da constatação da presença de Cristo no meio de nós, vão sendo refletidas consequências desta presença. “Jesus está no meio de nós” e 1) nos ensina o caminho da serenidade; 2) nos ensina a defender a nossa fé; 3) escolhe trilhar o caminho dos pobres; 4) nos traz o Amor Divino; 5) realiza as esperanças dos justos; 6) nos salva do egoísmo; 7) nos faz promotores da vida plena; 8) desperta em nós a caridade; 9) renova as nossas forças. Em algumas comunidades, os idosos reúnem-se durante o dia e fazem a sua novena. O mais comum, porém, são grupos de nove famílias, cada dia reunindo-se numa casa, em torno do presépio ou da imagem do Menino Jesus. O que se percebe em todos os grupos é a alegria de se acolherem nos lares, é o estreitamento de laços de amizade, é a redescoberta da alegria de partilhar dores e alegrias. Para cada dia, é proposto um gesto concreto, o que permite a todos passar a reflexão à prática. Um grande número de paróquias faz um encerramento solene, reúne os grupos de novena para um momento forte de oração, de partilha da experiência que fizeram, de comemoração pela amizade vivida e celebrada em cada dia da novena. Certamente, na noite de Natal, centenas e centenas de famílias estarão vivendo a certeza que proclamaram durante os nove dias da novena: “Ele, Jesus, está no meio de nós!” Luciney Martins/O SÃO PAULO


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Região Ipiranga

Uma nova fase para o Setor Juventude Encontro de rearticulação reuniu cerca de cem pessoas para pensar nos rumos da evangelização juvenil na região

episcopal, padre Anísio Hilário, e pelo novo coordenador do Setor Juventude da Região Episcopal Ipiranga, Nei Márcio Oliveira de Sá, o encontro propiciou a reflexão dos papéis das instâncias arquidiocesana,

regional, setorial e paroquial, o contato entre os representantes dos grupos, por setor, a reflexão da situação das paróquias e setores e as necessidades para o trabalho com juventude.

Foi apresentado e aprovado um calendário de atividades do Setor Juventude regional para 2014. O calendário contempla reuniões regionais, setoriais, retiros, cursos de formação, vigília no Dia Mundial da Ju-

ventude e a participação nos eventos promovidos pelo Setor Juventude arquidiocesano. Há um novo clima, marcado pelo ânimo e vontade de executar novas ações para evangelizar a juventude. Pascom

Nei Marcio Oliveira de Sá

Coordenador do Setor Juventude

No sábado, 7, na sede da Região Episcopal IPIRANGA Ipiranga, cerca de cem pessoas, entre padres, jovens, adultos, religiosas e seminaristas, participaram do encontro de reorganização do Setor Juventude na Região Episcopal Ipiranga. O encontro reuniu representantes de quase todas as paróquias da Região, membros dos grupos de jovens, catequistas de crisma, membros de pastorais, movimentos eclesiais e novas comunidades que refletiram a situação da evangelização da juventude. Na Região Ipiranga, a maioria dos grupos de jovens é paroquial. Há também os grupos ligados à Pastoral da Juventude, a Movimentos Eclesiais, como RCC, Schöenstatt, Segueme, TLC, Vicentinos, Dominicanos e Novas Comunidades. Também existem paróquias sem a existência de grupos de jovens no momento. O Setor Juventude deseja integrar os grupos existentes, respeitando suas identidades favorecendo uma pastoral de conjunto, conforme as orientações da CNBB e da Arquidiocese de São Paulo, animando as comunidades e paróquias. Convocado pelo vigário

Encontro no sábado, 7, reúne cerca de 100 pessoas entre padres, religiosas, jovens e adultos para a renovação do Setor Juventude na Região Ipiranga

Dom Odilo reúne-se com comissão pastoral e presbiteral da região episcopal

O arcebispo de São Paulo, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, reuniu-se com os sacerdotes da comissão de presbíteros e da comissão de pastoral da Região Episcopal Ipiranga juntamente com o vigário episcopal, padre Anísio Hilário. A reunião aconteceu na sexta-feira, 6, e serviu como encerramento das atividades dessas comissões em âmbito regional.

No início da reunião, o Cardeal convidou os presentes para rezarem a hora média e os padres cantaram os salmos junto de seu Arcebispo, mostrando a comunhão de oração do presbitério. Em seguida, dom Odilo refletiu sobre o comentário de Santo Agostinho ao Evangelho de João, texto do Oficio das Leituras do dia de São Nicolau. Em um clima de amizade, dom Odilo recordou que é co-

mum que na Europa se distribua pequenos presentes neste dia, lembrando a figura de São Nicolau e já preparando os festejos do Natal do Senhor. Aproveitando o ensejo do dia, o Arcebispo distribuiu chocolates aos padres, atualizando mais uma vez a prática dos pequenos presentes antecipados em preparação à festa do Natal. A reunião serviu como uma avaliação geral dos eventos pastorais que mar-

caram o ano de 2013. Padre Anísio Hilário recordou os principais eventos e formações, revelando, assim, o dinamismo da caminhada da Região Ipiranga. Em seguida, dom Odilo tratou com os padres sobre as questões mais voltadas à vida presbiteral na Região Ipiranga, pedindo aos membros das comissões sugestões para que haja maior dinamismo na vida das comunidades paroquiais.


Região Lapa

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Com missa, fiéis comemoram dia da padroeira Benigno Naveira

Padre Adalton distribuiu a 1ª Eucaristia a 32 catequizandos, entre eles pais e filhos juntos Benigno Naveira

Colaborador de comunicação da Região

Na manhã de domingo, 8, às 10h com a preLAPA sença de 32 catequizandos, crianças e adultos, que irão fazer a primeira comunhão, a comunidade da Paróquia Nossa Senhora da Lapa comemorou sua padroeira, participando da missa presidida pelo pároco, padre Adalton Pereira de Castro, que em sua homilia disse: “Hoje nós celebramos a fundação da nossa paróquia, que foi criada no dia 7 de dezembro de 1911, mas oficializada em 8 de dezembro de 1911, na festa da Imaculada, onde o primeiro Pároco tomou posse. Por isso, hoje celebramos a Nossa Senhora da Lapa”. Padre Adalton explicou o que é “Lapa”, é uma gruta de pedras nas montanhas, e que a imagem de Nossa Senhora da Lapa, que é da Conceição Imaculada, foi encontrada em Portugal, em uma caverna nas montanhas, por uma jovem muda de nascença, que era pastora de ovelhas, quando tomava conta das ovelhas, que ficavam em volta da gruta. Resolveu entrar na gruta, onde encontrou a imagem. Com sua inocência de menina, pensou que fosse uma boneca e começou a brincar com ela. Sua mãe ao ver que era a imagem de Nossa Senhora, pediu que a menina mostrasse o local que tinha encontrado a imagem. No lugar, fizeram uma capela, depois uma igreja e hoje existe um santuário em honra a Nossa Senhora da Lapa. Padre Adalton ressalta que a devoção veio de Portugal para cá por um Padre daqui de São Paulo, que por volta de 1700 foi estudar em Lisboa, trouxe a imagem e construiu uma pequena capela e colocou a imagem de Nossa Senhora da Lapa. Ao lado da capela, existia uma estalagem onde os tropeiros paravam para dormir e visitavam a capela, e assim começou o culto a Nossa Senhora da Lapa. Por isso, toda a nossa Região chama-se Lapa, por causa da Nossa Senhora da Lapa. Padre Adalton

Padre Adalton Pereira de Castro, pároco, preside celebração da primeira Eucaristia em missa festiva à padroeira, Nossa Senhora da Lapa, no domingo, 8

refletiu que celebramos com alegria no dia de hoje a festa de Nossa Senhora Imaculada, que tem o título de Nossa Senhora da Lapa, e celebramos ainda o Sacramento da Eucaristia de 32 catequizandos que irão

fazer a primeira comunhão, recebendo Jesus Cristo em espécies consagradas no pão e vinho. Padre Adalton lembrou que também fez sua primeira comunhão no dia 8 de dezembro de 1958. Entre os 32 cate-

quizandos, encontravam-se os casais Marcelo Costa Dias e Solemar Cristina Bispo e José Augusto Moreira Pacheco e Vera Lucia de Oliveira, que fizeram a primeira comunhão junto com seus filhos.

Antes da oração final, padre Adalton agradeceu a presença de todos, deu os parabéns às catequistas e aos catequizandos e também àqueles que colaboraram na festa da quermesse do dia 1º.

conhecemos: droga, vício, superficialidade, isolamento. A alegria cristã brota da harmonia entre liberdade, moral e relação com Deus. A alegria do cristão não se desliga do paradoxo da cruz e da ressurreição. Sem cruz não há ressurreição, nem alegria verdadeira, tampouco cristianismo. A alegria que brota do Evangelho não é simplesmente uma alegria que virá em uma etapa posterior, depois da morte. Ela se dá na própria cruz. Infelizmente, nem sempre somos capazes de captar este mistério. Foi este também o escândalo dos apóstolos diante da cruz do Senhor. Essa é a tentação de todos nós diante do sofrimento: tentação contra a fé e contra a alegria.

Frequentemente, os graves problemas de nosso mundo parecem roubar nossa alegria. Graças ao encontro com o amor de Deus, que se converte em amizade feliz, podemos viver a verdadeira alegria mesmo em meio a limitações e problemas: a nossa vida não é uma causalidade absurda e sem horizontes, mas sim dom de Deus renovado na morte e ressurreição de Jesus. A morte e a injustiça não têm a última palavra sobre nossa existência e sobre o destino do mundo. A vida em plenitude é nosso destino, preparado pelo Pai e pelo seu Filho no Espírito Santo, que a alegria do Senhor, a alegria do Evangelho, nos fortaleça hoje e sempre.

palavra do bispo

Alegria do Evangelho Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa

Dom Julio Endi Akamine

Caro leitor do jornal O SÃO PAULO, a alegria é um sentimento que dá plenitude à vida e brota da satisfação das aspirações humanas. De certa forma, ela escapa a uma descrição, pois supera nossas definições e conceitos. No entanto, todos já a experimentaram alguma vez e evocar a alegria desperta facilmente nossas lembranças. Muitos pensam que a alegria é estranha ao mundo religioso e ao cristianismo, onde predominaria a tristeza. Há certa tendência de

se contrapor o cristianismo à alegria: ser cristão parece ser sinônimo de tristeza. Isso, porém, não passa de caricatura da religião e do cristianismo. O cristianismo na sua essência e fonte é alegre: a mensagem cristã é a alegre Boa-Nova da salvação. Não podemos confundir alegria cristã com desregramento. Através dela, costumase procurar uma fuga da vida cotidiana e, frequentemente do problema da própria existência. Foge-se da situação de desamparo e de tristeza crônica, recorrendo a diversões superficiais, que cobrem com o barulho e gargalhadas problemas agudos que não se conseguem solucionar. O resultado dessa dissipação todos nós

agenda regional

Quarta-feira (11), 20h

Quinta-feira (12), 9h

Sexta-feira (13), 20h

Mutirão de confissões no Setor Rio Pequeno, para o Advento, na Paróquia São Patrício (avenida Otacílio Tomanik, 1.555).

Confraternização dos secretários (as), na Cúria da Lapa (rua Afonso Sardinha, 62, Lapa).

Mutirão de confissões no Setor Rio Pequeno, para o Advento, na Paróquia Santíssima (avenida Marechal Fiuza de Castro, 861).


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Região Santana

Jubilandos são homenageados em reunião do clero Na Cúria de Santana, sacerdotes e diáconos, reunidos com dom Sergio, recordaram história vocacional Diácono Francisco Gonçalves Colaborador de Comunicação da Região

No dia 3, na Cúria de Santana, padres e diácoSANTANA nos, reunidos com seu bispo, dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar na Região Santana, por ocasião da confraternização de fim de ano, homenagearam os padres que fizeram 25 e 50 anos de sacerdócio. Na ocasião, na capela São José, dom Sergio convidou os jubilandos presentes para que narrassem sua trajetória sacerdotal. Padre Hermenegildo Ziero, da Paróquia Santo Antonio da Vila Mazzei, Setor Jaçanã, celebrou seus 50 anos de vida sacerdotal. Sua ordenação sacerdotal se deu em 29 de junho de 1963, e começou a atuar, em Guarulhos (SP), como capelão do Sanatório de Leprosos Padre Bento. Depois, foi ser professor no Seminário Menor da Granja Viana. Em 1968, chegou à Paróquia de Santa Terezinha do Jaçanã como vigário coadjutor e depois se tornou pároco, até 1973. Neste mesmo ano, decidiu sair da Ordem Camiliana e dom Paulo Evaristo Arns, bispo regional de então, o destinou como primeiro pároco da Paróquia São Luiz Gonzaga, ali permanecendo até 2003, quando assumiu a atual paróquia. Padre Paulo Cesar Gil fez 25 anos de sacerdócio. Tendo nascido em 25 de agosto de 1962, na cidade de São José do Rio Preto (SP), caçula dos nove filhos de Vicente Gil e Benedicta Taraves Gil, logo se mudaria para a cidade de São Paulo (SP) e passaria a residir no bairro do Tucuruvi. Começou a frequentar a Paróquia Nossa Senhora da Luz, cujo pároco, padre Valdevir Cortezi, começava a desenvolver um trabalho vocacional junto à juventude. Padre Paulo ordenou-se sacerdote em 17 de dezembro de 1988. Atualmente, é pároco na Paróquia Menino Jesus e exerce as funções de coordenador da Animação Bíblico-Catequética da Arquidiocese de São Paulo e, também, do Regional Sul 1 da CNBB, que reúne todas as dioceses do Estado de São Paulo. Outro jubilando de 25 anos de padre é Raimundo Edmilson Ro-

drigues, pároco na Paróquia São Camilo de Lellis. Ele foi ordenado em 4 de dezembro de 1988, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida do parque Edu Chaves, por dom Paulo Evaristo Arns, então arcebispo de São Paulo, tendo como concelebrante dom Joel Catapan, à época bispo em Santana. Padre Edmilson nasceu no Pará e se recorda com emoção da visita feita pelo beato João Paulo 2° ao Seminário Pio 10°, em Belém (PA), quando era um jovem seminarista e que marcou sua vida. Durante o evento, foi recordado pelo padre Zacarias José de Carvalho Paiva, procurador da Mitra Arquidiocesana, a morte, neste ano, de duas figuras queridas do clero: dom Joaquim Justino Carrera, bispo de Guarulhos e antigo bispo auxiliar em Santana, e do padre Alex Bodero, pároco da Paróquia Santa Luzia. Dom Sergio encerrou mostrando seu afeto pelo clero de Santana, que em sua visão tem se empenhado na evangelização e no zelo por sua missão. Mesmo estando ausentes, dom Sergio também lembrou os padres jubilandos Thomas Fritsch, 50 anos, e Fernando Baptistute, osj, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Loreto, 25 anos de sacerdócio. Em seguida, o clero teve seu almoço de confraternização.

Diácono Francisco Gonçalves/Pascom

Padres Ziero, Edmilson e Paulo são homenageados por dom Sergio e clero por ocasião de seus jubileus sacerdotais

palavra do bispo

Contemplar o presépio é... Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana

Dom Sergio de Deus Borges

Recentemente, participei da solene abertura da exposição de presépios no Museu de Arte Sacra. Foi uma belíssima celebração porque as pessoas que lá estavam não estavam apenas apreciando uma exposição e algumas obras de arte, do passado e do presente, mas contemplavam o mistério do Natal nas várias culturas e épocas. Muitos lares e pessoas perderam esta graça, a contemplação do mistério do Natal. Perderam porque não cultivam mais a tradição da

família e da fé, que sugere a colocação de um presépio em um lugar vistoso da casa ou apartamento. O período de preparação para o Natal é cheio de preocupações, dignas por sinal, de encontrar um mimo para as pessoas mais queridas, ou alguma coisa para si mesmo; pensar e preparar o merecido descanso. Mas há pouco espaço e tempo para parar diante do que é digníssimo: o Mistério. A arte do presépio, organizada por São Francisco de Assis, visava ajudar o povo simples, que estava ao seu redor, a contemplar o mistério. Qual mistério? O papa Bento 16, ao visitar o Presépio de Netturbini, na cidade de Roma, nos explica: “Visitar o presépio é como

agenda regional

ir em peregrinação a Belém, a gruta santa onde nasceu o Redentor, e a Jerusalém, onde chegaram do Oriente os Magos e encontram Jesus, Maria e José. Parar um pouco e contemplar o presépio é um estímulo para meditar sobre o mistério central de nossa salvação: Deus se fez homem para nós; nós podemos acolher no nosso coração e experimentar a alegria desta sua presença santificadora. Não é suficiente, porém, parar e olhar, é necessário ir além. É necessário que Jesus se torne o centro de toda a nossa existência. Sim, é importante que Ele seja o guia de nosso caminho cotidiano e a meta última e definitiva de nossa peregrinação nesta terra”.

Não vamos deixar este tempo passar em vão, vamos peregrinar todos os dias ao presépio, na sala de nossa residência, parar um pouco e olhar rezando para esta bela passagem do Evangelho que hoje acontece no seu lar, porque você abriu as portas para Ele e sua amada família. Caso você ainda não abriu as portas e sua sala, que tem muitas coisas, mas está vazia, aproveite o tempo favorável, comece hoje, monte um pequeno presépio e dedique dois minutos a contemplar o que Deus fez por ti. Quanto à exposição que falei no início, ainda está acontecendo no Museu de Arte Sacra. Se conseguir, tire um tempo e vá contemplar muita beleza e fé.

Quarta-feira (11)

Sábado (21), 17h

Domingo (22)

Reunião da equipe de elaboração do portal site da Região Episcopal Santana com dom Sergio de Deus Borges.

Missa dos 25 anos de sacerdócio do padre Paulo Cesar Gil, na Paróquia do Menino Jesus (avenida Mazzei, 491).

Almoço de confraternização da equipe de elaboração do portal site da Região Episcopal Santana, com dom Sergio de Deus Borges.


Região Sé

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Com missa, Itelsé encerra ano letivo de 2013 Fernando Geronazzo

Receberam certificado de conclusão do curso de teologia, 30 leigos participantes do Instituto Fernando Geronazzo

Colaborador de comunicação da Região

Uma celebração eucarística marcou o encerraSÉ mento do ano letivo do Instituto de Teologia da Região Episcopal Sé (Itelsé), na noite da segunda feira, 2, no Colégio Maria Imaculada, na zona sul de São Paulo. Na missa, presidida por dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal para a Região Sé, também foram entregues os certificados de conclusão do curso para 30 estudantes. Logo no início da celebração, dom Tarcísio parabenizou os alunos e professores por mais um ano concluído e ressaltou que o Itelsé é uma verdadeira comunidade de aprofundamento da fé. “Que nos preparemos para mais um ano de estudos e compromisso na fé, à luz do que o papa Francisco tem reforçado de que todos nós somos chamados a anunciar o Evangelho”, disse o Bispo, recordando a recém-lançada exortação apostólica Evangelii Gaudium, do Sumo Pontífice.

Em missa presidida por dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar da Arqudiocese na Região, alunos e professores do Itelsé agradecem as atividades de 2013

Há 38 anos, o Itelsé oferece curso de teologia para leigos não apenas das paróquias da Região Sé, mas para pessoas vindas de diferentes partes da capital paulista. Como é o caso de Terezinha Jesus da Silva, 60, que participa de várias pastorais em sua paróquia na Diocese de Santo Amaro (SP). “Além de levar a comunhão aos enfermos, eu sou catequista de adultos e espero poder colocar em prática a teologia que aprendi no curso”, afirmou Terezinha, uma das que concluiu os três anos do curso, mas garantiu dar continuidade aos estudos. Já Marlene de Oliveira

Pantoja, 21, é natural da Ilha do Marajó (PA) e está em São Paulo há apenas dez meses e ingressou este ano no curso. “Está sendo ótimo. É muito bom aprender sempre mais e trocar experiências com os colegas de diferentes realidades. Sem contar os professores. Percebo que eles transmitem para nós uma fé vivida concretamente”, disse a jovem, que está fazendo experiência vocacional na Congregação das Agostinianas Missionárias. O diretor do Itelsé, padre Sérgio Bradanini, ressaltou que o esforço do Instituto é ajudar os alunos a amadurecerem na

fé. “Buscamos transformar os alunos em adultos na fé, recordando o que destaca o Documento de Aparecida, para que haja um laicato consciente de sua missão. Muitas vezes, faltam os fundamentos básicos da própria fé. Por isso, é importante esse aprofundamento.” Para Maristela Tezza, coordenadora do Itelsé, 2013 foi um ano de muitas descobertas e buscas para alunos e professores. “Temos, agora, o desafio de motivar os alunos a continuarem estudando e a incentivar as comunidades e paróquias para que os recebam nos trabalhos que podem exercer nas comunidades.”

Durante a missa, também foi lembrada a ex-coordenadora do Itelsé, irmã Ivanete Dal Farra, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, que morreu em 29 de novembro. Para saber mais sobre o Itelsé, acesse o site da Região Sé (www.regiaose.org.br) ou ligue para (11) 3826-4999. agenda regional

Domingo (15), 18h Celebração da Confirmação, na Paróquia Bom Jesus (avenida Rangel Pestana, 1.421, Brás).


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Região Brasilândia

Setores pastorais avaliam 2013 e planejam 2014 Na manhã do sábado, 7, Setor Pastoral Perus reuniu-se na Paróquia Cristo Rei, no Jardim Britânia, para avaliar as ações do ano e planejar iniciativas

des louvores da Virgem Mãe de Deus: O ofício da Imaculada Conceição, história e contexto”, escrito pelo padre Valdiran Ferreira dos Santos, pároco da Nossa Senhora Aparecida, da Vila Souza. Ele apresenta uma abordagem do Ofício, a partir do contexto histórico e da religiosidade popular, e um estudo bíblico-teológico-pastoral e do Catolicismo Popular Brasileiro.

Transferência de padres

Na sexta-feira, 6, dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese para a Região Brasilândia, anunciou a

transferência de alguns padres, tendo em vista as necessidades espirituais e pastorais das paróquias e comunidades. E comunicou as seguintes transferências: padre Palmiro Carlos Paes, até então pároco da Paróquia Bom Jesus dos Passos, do Setor Freguesia do Ó, foi nomeado vigário paroquial da Paróquia São José, responsável pela Área Pastoral Santíssima Trindade, do Setor Perus. O padre Roberto Carlos Queiroz Moura, até então pároco da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, do Setor Pastoral Freguesia do Ó, assumirá como pároco

da Paróquia Bom Jesus dos Passos do mesmo Setor. Padre Airton Pereira Bueno, até então pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Setor Pastoral Pereira Barreto, será pároco na Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, do Setor Pastoral Freguesia do Ó. Padre Reinaldo Torres, até então pároco da Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, do Setor Pastoral Jaraguá, foi nomeado pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, do Setor Pastoral Pereira Barreto. E foi nomeado como pároco da Paróquia Nossa Senhora Mãe e

Rainha, o padre Alécio Ferreira Silva, até então vigário paroquial. E, por fim, padre Genésio de Morais, será transferido para local que será anunciado posteriormente. Dada a necessidade das referidas paróquias, os padres deverão assumir o novo ofício até o dia 20 de dezembro de 2013. O Bispo pediu que os fiéis acolham com grande generosidade os padres como seus pastores próprios e desejou a todos abundantes graças de Deus e fecundo ministério sacerdotal.

renata moraes

Colaboradora de Comunicação da Região

Pascom

Em reunião pastoral do Setor Perus, os leigos apontaram BRASILÂNDIA como algo positivo a participação dos jovens na Semana Missionária e Jornada Mundial da Juventude. E também a ampla participação de todos no Mutirão Bíblico realizado em setembro. Em entrevista à Pascom Brasilândia, o padre Cilto José Rosembach, pároco da Paróquia São José, falou que, apesar das dificuldades e desafios, até mesmo pela distância e localização entre as paróquias, a participação dos leigos é boa, mas é necessário ampliar a atuação dos grupos da Renovação Carismática Católica (RCC) e Encontro de Casais com Cristo (ECC).

Setor Pastoral São José Operário

Reunidos também no sábado, 7, na Comunidade Cristo Ressuscitado, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, da Vila Souza, membros do Conselho Pastoral fizeram seus apontamentos sobre o ano vigente. Foi feita uma troca de experiência das pastorais e avaliação sobre a articulação destas. Para os próximos dois anos, foi escolhido como novo coordenador pastoral o padre Jaime Estevão Gomes, pároco da Paróquia Espírito Santo, do Parque Belém. Na ocasião, também foi apresentado o livro: “Os granagenda regional

Domingo (15)

Às 18h30, missa dos 25 anos de sacerdócio do padre Cilto José Rosembach, na Paróquia São José (rua João Jacinto de Mendonça, 134 em Perus). Informações 3917-2423.

Encontro do Setor Pastoral Perus trata de ações realizadas em 2013 e planeja as atividades de 2014

palavra do bispo

Advento, convite à conversão! Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia

Dom Milton Kenan Júnior

Somos tentados, à medida que se aproximam as celebrações natalinas, perder de vista o forte apelo à conversão que Deus nos dirige, na celebração do Advento. Corremos o risco de sermos embalados pelas canções natalinas e ofuscados pelo brilho das luzes das praças, avenidas e de nossas próprias casas; de ficarmos surdos e cegos diante do Deus que vem ao nosso encontro.

Essa é, portanto, a grande chance que o Advento nos dá: a possibilidade de rever a nossa vida à luz da Palavra de Deus, confrontar nossas opções à luz do projeto divino que se revelou no meio da noite, na humilde manjedoura, em Belém de Judá, abrindo-lhe de par a par, as portas do nosso coração. No Natal do seu filho, Deus nos dá uma mostra da sua capacidade de nos surpreender; e, por isso, a urgência da nossa conversão! Temos a tentação de adiar, deixar para o dia seguinte, crer que a conversão se refere sempre para os outros; fazer de conta de que ela não nos diz respeito; quando,

na verdade, ela se dirige para nós, para cada um de nós, para mim e para você. As palavras de um dos prefácios do Advento apelam à nossa sensibilidade: “Vós preferistes ocultar o dia e a hora em que Cristo, vosso filho, Senhor e juiz da história, aparecerá nas nuvens do céu. Agora e em todos os tempos, ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz realização de seu Reino”. Conversão, no clima do Advento, reveste-se do sentido da acolhida e do testemunho: acolher a Deus que se reveste

da fragilidade humana, cuja voz ressoa no coração e, cuja presença, se manifesta por meio de sinais tão singelos, como o Pão Eucarístico, a Palavra anunciada e meditada; e testemunhálo pela nossa conduta, pela fidelidade nas pequenas coisas, pelo serviço aos irmãos, pela atenção aos pobres e necessitados, pela participação na comunidade de fé. Se da sua parte Deus não se cansa de nos surpreender, que nós possamos, por difícil que seja imaginar isso, surpreender a Deus, com a disposição de viver uma vida nova, na acolhida e no testemunho do Seu Filho, que a cada ano vem nos visitar, demonstrando quanto ele quer habitar entre nós.


Região Belém

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Paróquia lota na solenidade da Imaculada Duas igrejas na Região Episcopal fazem novenas e festas em honra a sua padroeira

nossa luta cotidiana contra os pecados do mundo”, finalizou. Ao fim da missa, padre Rodrigo Thomaz agradeceu a presença de dom Edmar e de todos os presentes. “Hoje,

olhamos para Maria e damos graças a Deus pelo seu ‘sim’ à Sua vontade, que é a de que todos os seus filhos sejam felizes. Também agradecemos ao senhor, dom Edmar, por sua

generosidade de fazer a vontade de Deus, e a esta comunidade que tanto se empenha em todas as nossas comunidades. Este é um grande sinal de Deus”, agradeceu padre

Rodrigo, convidando a todos a, depois da última missa, às 18 horas, festejarem o dia da padroeira na praça ao redor da Paróquia, onde aconteceria a festa. João Carlos Gomes

João Carlos Gomes

Colaborador de Comunicação da Região

No domingo, 8, dia da Imaculada Conceição bELÉM da Santíssima Virgem Maria, duas paróquias da Região Episcopal Belém que a têm como padroeira realizaram missas solenes e festas em sua homenagem: a Paróquia Imaculada Conceição, do Setor Sapopemba, que iniciou uma novena dia 29 de novembro, culminando com a missa solene presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom Edmar Peron; e a Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no Setor Tatuapé, que na tarde do dia 8, fez sua missa solene, também com a presidência de dom Edmar e concelebrada por seu pároco, padre Rodrigo Thomaz. Cerca de 200 pessoas estiveram presentes na missa.

Marca de Deus

Dom Edmar se lembrou das diversas ocasiões em que os cristãos louvam Maria. “Várias são as ocasiões que temos para honrar a mãe de Deus sob vários títulos e hoje a invocamos como Imaculada, toda cheia de Deus, sem marca do pecado, mas com a marca de Deus em nossa História”, disse. Olhando para o altar e vendo a figura do Cristo que em seu peito traz a imagem da Imaculada, dom Edmar confessou a estranheza que sentiu na primeira vez que viu o símbolo. “No meu entendimento, quando olhamos para o centro, vemos no peito de Cristo a imagem de Maria, quando, na verdade, estamos acostumados a pensar o contrário: o Cristo nascendo do seio da Virgem Maria”, disse. Entretanto, refletindo sobre o dia da Imaculada, dom Edmar passou a ver o real significado do símbolo. “Hoje faz todo o sentido para mim, porque Maria nos ajuda a olharmos o mundo – não a partir do pecado – mas a partir de Cristo, de dentro de Cristo. Com os seus olhos, com o seu coração, com o seu amor. Caminhemos com a Imaculada em

Durante o tempo do Advento, fiéis recordam a concepção imaculada de Maria, enquanto preparam a vinda do Senhor Jesus na Ragião Episcopal Belém palavra do bispo

Alegrai-vos, Ele está bem perto! Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém

Dom Edmar Peron

O Tempo do Advento, “tempo de piedosa e alegre expectativa”, ao chegar no seu 3º Domingo, irrompe num grito: “Alegrai-vos no Senhor” (Fl 4,4). Essa alegria aparece nas orações, nas leituras e nos cantos da missa desse dia, e encoraja a Igreja inteira a perseverar na preparação para o Natal do Senhor. A Antífona de Entrada, assumida como refrão para o nosso canto de abertura, é tomada da carta de São Paulo aos Efésios: “Alegrai-vos sempre no Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos. O Senhor está perto” (4, 4.5). São Paulo escreveu essa carta quando estava na prisão; naquela situ-

ação, o Apóstolo experimentou que Deus estava próximo e isso foi para ele causa de grande alegria. A liturgia, ao repropor cada ano esse texto em seu canto de abertura, o reinterpreta: está próximo o Natal do Senhor! No mistério da Encarnação de Jesus Cristo, Deus se faz Emanuel, Deus-conosco, revela-nos sua proximidade. “Alegrai-vos: Ele está bem perto! Sim, alegraivos mais no Senhor” (CD Liturgia VIII”, faixa 5). Também a Oração do Dia manifesta esse caráter jubiloso: “Ó Deus de bondade, que vedes vosso povo esperando fervoroso o Natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da Salvação e celebrá-la sempre com intenso júbilo na solene liturgia” (Oração do Dia). Não é uma espera qualquer, esperamos o Senhor; e pedimos ao Pai aquela alegria profunda, um júbilo intenso, celebrado

na liturgia. É anúncio antecipado daquela alegria que será proclamada na noite do Natal: “Eu vos anuncio uma grande alegria: nasceu para vós o Salvador” (c. Lc 2, 10-11). As Leituras explicitam essa alegria: “Alegre-se a terra que era deserta e intransitável, exulte a solidão e floresça como um lírio. Criai ânimo! Vede, é vosso Deus! Ele vem para vos salvar” (Primeira Leitura: Is 35,1-6a.10); “Ficai firmes até a vinda do Senhor” (Segunda Leitura: Tg 5,7-10). “Feliz aquele que não se escandaliza por causa de mim”, diz Jesus; ele, que revela por suas obras a salvação chegando aos pobres, aos desprezados (Evangelho: Mt 11,2-11). E na Oração Eucarística, felizes, agradecemos a Deus Pai porque Jesus Cristo – “predito pelos profetas, esperado com amor de mãe pela Virgem

agenda regional

Maria, foi anunciado e mostrado presente no mundo por São João Batista” – “nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do seu Natal” (Prefácio do Advento II). Concluo com dois convites: 1º) prepare-se para a celebração do próximo domingo, o 3º do Advento, lendo antecipadamente as leituras citadas; pode ser sozinho, melhor, porém, em família ou em um pequeno grupo; 2º) iniciar, se ainda você não começou, a leitura da exortação apostólica Evangelii Gaudium, do papa Francisco, cujas primeiras palavras nos ensinam que: “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria”.

Domingo (15)

Terça-feira (17), 10h

Às 10h, 25 anos de Ordenação do padre Valdir, na Paróquia Santa Cruz (rua Alfredo Marcondes, 191 – Vila Rica).

Missa de encerramento da Novena de Natal com dom Edmar (avenida Álvaro Ramos, 366, Belém).

Às 17h, Missa na Comunidade São José, na Paróquia Santíssima Trindade (rua do Jacarandá Mimoso, 191, Jardim Arantes). Às 19h, Missa na Paróquia Santíssima Trindade (rua Padre Jósimo Moraes Tavares, 56, Jardim Alto Alegre).


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Entretenimento

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passa tempo

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Geral

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No próximo domingo é a Campanha para a Evangelização 2013 A Campanha para a Evangelização (CE) 2013 tem o slogan “Evangeli.Já”, que faz referência à palavra evangelizar. O ponto alto da Campanha será a coleta realizada nas missas e celebrações do próximo domingo, 15. As doações, em caráter individual, também podem ser feitas pelo site: www.evangelija.com.

CF-2014 já mobiliza Arquidiocese de São Paulo Luciney Martins/O SÃO PAULO

Agentes multiplicadores da Campanha participaram de manhã de formação no sábado, 7 Daniel Gomes

Reportagem na zona leste

A realidade do tráfico humano, tema da Campanha da Fraternidade de 2014, foi o assunto em destaque em uma manhã de sensibilização com os agentes multiplicadores da CF na Arquidiocese de São Paulo, realizada no sábado, 7, no Centro Pastoral São José, no Belém. Ricardo Felix, advogado da Cáritas Arquidiocesana, assessor da atividade, apontou que o tráfico de pessoas tem como consequência a violação de direitos humanos e é fruto da desigualdade socioeconômica global. Ele apresentou as quatro principais motivações de tal prática: exploração sexual, exploração do trabalho, extração de órgãos e tráfico de crianças e adolescentes. O advogado ressaltou que não há no Brasil uma lei específica que criminalize o tráfico de pessoas, e que as limitações impostas pelo Estatuto do Es-

‘Fraternidade e Tráfico Humano’, temática da CF-2014, é apresentada por Ricardo Félix em encontro com agentes multiplicadores no Centro Pastoral São José

trangeiro estimulam as redes de tráfico humano. “Mais do que a necessidade de uma lei específica ao tráfico de pessoas, é preciso rever o Estatuto do Estrangeiro, que é de 1980, muito restritivo, e impede a regularização de muitas migrações. Com isso, há um campo muito fértil para que aqueles que têm vontade de imigrar sejam cooptados pela rede de tráfico de seres humanos”, avaliou, ao O SÃO PAULO. Ricardo espera que a CF-2014 sensibilize a Igreja e a sociedade para um combate efetivo ao tráfico de pessoas e auxílio às vítimas. Os articuladores da CF falaram da realidade daqueles mais vulneráveis ao tráfico humano,

como crianças e adolescentes, pessoas de comunidades carentes, mulheres em situação de prostituição, travestis e imigrantes. De acordo com Sueli Aparecida da Silva, coordenadora arquidiocesana da Pastoral da Mulher Marginalizada, muitas brasileiras, com a esperança de uma vida melhor, são cooptadas pelas redes internacionais de tráfico humano, que as exploram sexualmente, uma problemática social nem sempre debatida. “Há um contexto histórico de que as mulheres que se prostituem são de vida fácil e que não querem outro tipo de trabalho. Esse estigma faz com que

as mulheres fiquem na invisibilidade, sejam vistas como ‘aquelas lá’, que não fazem parte da sociedade. Temos a expectativa de que a CF traga à tona o tema da violência que essas mulheres são submetidas diariamente”, disse à reportagem. Segundo Edson Silva, coordenador da equipe arquidiocesana da CF, a temática da Campanha é desafiadora e profética, e tão importante quanto capacitar as lideranças pastorais sobre os conceitos e legislações de tráfico humano é sensibilizar as comunidades sobre a proximidade de tal problema. Ele avaliou, ainda, que “o poder público não tem recursos suficientes para o atendimento às

vítimas de tráfico humano, seja para acolhimento, orientação e acompanhamento”; e considerou que na sistematização da CF-2014 é preciso “superar uma prática de CF de pregar o cartaz no mural e cantar os cantos. As paróquias precisam, de fato, assumir a Campanha, com as temáticas e as discussões”. CANAIS DE DENÚNCIA DO TRÁFICO HUMANO

Disque 100 Disque 181 Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher) (S.O.S Trabalho Infantil) 0800-11-1616

Consagrados da Comunidade Shalom renovam votos Renata Moraes

Renata Moraes

ESPECIAL PARA O SÃO PAULO

“Shalom e Celibatário, fui gerado pelo pensamento eterno de Deus”, frase de Moyses Azevedo, fundador da Comunidade, foi tema da renovação. Em missa presidida pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, na noite de sexta-feira, 6, a Comunidade Católica Shalom reuniu-se em sua sede, no bairro de Perdizes, para a renovação de votos temporários no celibato de cinco membros consagrados da comunidade de Aliança. Os consagrados: Isabel Cássia Barbosa, Maria Silvia Duarte Peixoto, Mônica Paulino, Regina Célia Barbosa e Marco

Merlos renovaram por mais um ano seu compromisso de viver a castidade e o celibato conforme o estatuto da Comunidade Católica Shalom. Em sua homilia, o Cardeal falou aos consagrados que optar por viver a castidade e o celibato, no mundo atual em que vivemos é um ato de nobreza e de amor a Deus. E expressou que os votos renovados por eles devem ser feitos com total liberdade interior e que tragam a verdadeira Alegria do Evangelho, sendo também um sinal de pertença à comunidade e ao serviço a Deus. E pediu que Nossa Senhora da Imaculada Conceição, que também soube viver a castidade, seja sempre a Mãe inspiradora para todos.


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Geral

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Infância e Adolescência Missionária programa atividades para 2014 Aconteceu entre 5 e 8, em Brasília (DF), a 18ª Assembleia Nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM). O encontro reuniu, na sede das Pontifícias Obras Missionárias, os coordenadores estaduais para avaliar as atividades do ano e planejar ações de 2014. Foram definidos tema, lema e materiais para a 2ª Jornada Nacional da IAM.

Direto de Roma Promulgados 12 decretos da Congregação para a Causa dos Santos

Em audiência ao cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, o papa Francisco autorizou a promulgação de 12 decretos relativos ao reconhecimento, respectivamente, de um milagre, do caso de dois mártires e, finalmente, das virtudes heroicas de dez Servos de Deus.

Papa encoraja centro italiano que cuida de crianças vítimas de violência

Por ocasião da inauguração da Casa Meter, na cidade italiana de Avola, o papa Francisco enviou um telegrama ao fundador da obra, padre Fortunato Di Noto. A Casa Meter é dedicada a crianças vítimas de violência e a suas famílias. Assinado pelo secretário de Estado, dom Pietro Parolin, no telegrama o Pontífice expressa satisfação pela obra e encoraja a “prosseguir no caminho do generoso empenho a serviço das crianças, sempre animados por sentimentos de genuína caridade e de amor ao próximo”.

Primeira mensagem

de Francisco para o Dia Mundial da Paz

será publicada no dia 12

Na próxima quinta-feira, 12, será publicada a primeira mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, dedicada ao tema “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”. O documento vai ser apresentado em coletiva de imprensa, com a presença do presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, cardeal Peter Turkson.

Cáritas lança campanha de combate à fome Iniciativa de abrangência mundial será articulada no Brasil com o apoio da CNBB e das dioceses Daniel Gomes Redação

A Cáritas Internacional, com o apoio do papa Francisco, lança nesta terça-feira, 10, Dia Internacional dos Direitos Humanos, uma campanha global contra a fome, com a meta de sensibilizar a sociedade e a Igreja para esse problema que atinge 842 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A Campanha, que segue até 2015, acontecerá também no Brasil, com o tema “Uma família humana, pão e justiça para todas as pessoas”, sendo organizada pela CNBB e a Cáritas Brasileira. No País, 57 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com Rosana Perrotti, da Plataforma Sinergia, que possui tecnologia para a produção da farinata, um ali-

Cáritas Internacional

par com quem não o tem”, afirmou. O Padre explicou como a iniciativa será motivada na Arquidiocese. “Inicialmente, faremos uma campanha de sensibilização sobre o problema da fome no Brasil e no mundo, depois, traremos dicas e orientações de como evitar o desperdício, assim Ação de combate à fome mundial começa nesta terça-feira, 10, e seguirá até 2015 como sensibilizaremos à partilha, colemento feito a partir de outros alimentariam quase 1 bilhão de ta e distribuição de alimentos, que seriam descartados, 64% pessoas que passam fome?”, e a coleta de assinaturas para concretização do Projeto de dos alimentos prontos para con- indagou. sumo no Brasil vão para o lixo. Padre Marcelo Matias Mon- Lei 6.867, que institui a Polí“Estamos descartando 7,5 ge, diretor da Cáritas Arquidio- tica Nacional de Erradicação milhões de toneladas de car- cesana de São Paulo, classifi- da Fome e de Promoção da ne por ano, o que corresponde cou como “desconcertante” o Função Social dos Alimentos”, a 14 milhões de bois, que são volume de alimentos descar- explicou. Elaborado com o apoio da criados, consomem uma quan- tados no País e ressaltou que tidade absurda de água, mor- a Campanha “pretende sensi- Igreja Católica, o PL 6.867 foi rem e vão para o lixo. Além de bilizar as pessoas para que se protocolado na Câmara, em 17 milhões de toneladas de fru- comprometam com aqueles 26 de novembro, pelo deputatas, 1,8 bilhão de frangos e 10 que não estão suficientemente do Arnaldo Jardim (PPS-SP). milhões de porcos. Isso totali- atendidos em suas necessida- Tanto o projeto de lei quanto za, por dia, no Brasil, mais de des fundamentais. Nesse sen- as ações da Plataforma Siner200 mil toneladas de alimentos tido, compreende-se a ênfase gia têm o apoio do cardeal dom no lixo”, lamentou, ao O SÃO que se está dando à função Odilo Pedro Scherer, arcebispo PAULO, comentando, ainda, social que o alimento tem. Isto de São Paulo, que falou sobre o que 6 bilhões de pessoas no é, o alimento acarreta a quem lançamento da campanha glomundo são alimentadas com o tem um inerente comprome- bal contra a fome, em coletiva 50% de tudo o que se produz. timento social: quem dispõe de imprensa na segunda-feira, “Será que os outros 50% não de alimento deve se preocu- 9 (leia na página 10).

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Mandela

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Nelson Mandela Centre Of Memory

Ex-presidente da África do Sul, que lutou pelo fim do Apartheid, morreu em casa, em Johanesburgo

NAYÁ FERNANDES REDAÇÃO

“Soube com tristeza da morte do ex-presidente Nelson Mandela. Louvo o firme compromisso demonstrado por ele ao promover a dignidade humana de todos os cidadãos da nação e forjar uma nova África do Sul, construída sobre os alicerces da não violência, da reconciliação e da verdade.” A mensagem foi enviada pelo papa Francisco na manhã de sexta-feira, 6, ao presidente da República sul-africana, Jacob Zuma, expressando sua solidariedade pela morte de Nelson Mandela, ex-presidente sul-africano, na quinta-feira, 5, em sua residência em Johanesburgo, aos 95 anos de idade. Desmond Mpilo Tutu, primeiro negro sul-africano arcebispo da Cidade do Cabo e primaz da Igreja Anglicana, enalteceu seu compatriota e co-ganhador do Nobel da Paz, como o homem que ensinou uma nação profundamente dividida a se unir. “Ele foi um unificador desde o momento que deixou a prisão”, disse Tutu. “Estamos aliviados de que seu sofrimento tenha terminado, mas nosso alívio é afogado pelo luto. Que ele possa descansar em paz e se elevar na glória”, completou o Bispo. Para Francisco José Nunes, mestre em ciências sociais e professor de filosofia “quando o oprimido se liberta, o opressor perde o seu poder. O processo de libertação é complexo, envolve inúmeros fatores e

Fim da segregação e desejo de liberdade inúmeras etapas. Mandela foi comunista, recorreu à luta armada, ficou preso por 28 anos, derrotou o Apartheid, tornou-se unanimidade internacional”. “A luta contra todo tipo de ‘apartação’ deve continuar no século 21, na África do Sul, no Brasil e em todos os continentes, iluminada pela sabedoria

de Nelson Mandela”, considerou Francisco.

De preso político a presidente

Nascido no dia 18 de julho de 1918, no vilarejo de Mvezo, região sul-africana de Transkei, Mandela, desde jovem, ajudava a organizar protestos contra a

supremacia colonial branca. Em 1960, foi preso junto a outros manifestantes, pois participou de um movimento para queimar os livros de controle que impediam a entrada de negros em áreas de distrito de Sharpeville, no nordeste sul-africano. Em 1990, foi libertado, no dia 11 de fevereiro e, um ano de-

pois, eleito presidente do Congresso Nacional Africano (CNA). Em 1993, Mandela conquistou o Prêmio Nobel da Paz e, em 1994, após mais de quatro décadas do regime segregacionista do Apartheid, foi eleito presidente nas primeiras eleições multirraciais do País. Com Agências

Pastoral Afro nos passos da igualdade racial Edcarlos Bispo de Santana

Redação

Padre José Enes de Jesus, da Pastoral Afro-brasileira, falou ao O SÃO PAULO sobre o exemplo deixado por Mandela a todos os que lutam pelo fim dos preconceitos raciais. O SÃO PAULO - Como a Pastoral Afro vê o trabalho de Mandela na luta por igualdade entre negros e brancos? Padre José Enes de Jesus - O seu trabalho influenciou todo o planeta. O método da não violência é um dos desafios para a sociedade atual. Ele será para nós um ícone, que irá levantar sempre nossa autoestima.

O SÃO PAULO - Mesmo em contextos históricos diferentes, é possível traçar um paralelo entre Mandela e Zumbi dos Palmares? Padre Enes - Sim, pois os dois ousaram em sonhar e colocaram em prática outra sociedade, onde negros e brancos pudessem viver em comunhão. O quilombo dos palmares fundado por Zumbi tinha essa característica. A África do sul tornou-se um país tolerante a partir da prática de Mandela. O SÃO PAULO - O fim do Apartheid, representa o fim dos problemas sociais enfrentados pela comunidade negra em todo o mundo? Padre Enes - Não, pois ainda os negros vivem um Apartheid

constante em toda a África da diáspora. Mesmo na África do Sul ainda há ilhas de exclusão. É preciso uma política diferenciada, tal como “cotas nos Estados Unidos como foi votada no Brasil”, para combater o grande mal que é o preconceito. O SÃO PAULO - Algumas pessoas afirmam que no Brasil não houve Apartheid, e nem há racismo. O senhor concorda com essa afirmação? Padre Enes - Conforme alguns estudiosos, nosso racismo é cordial, é óbvio que existe diferença do racismo lá e cá. Acredito que políticas públicas, cotas, iriam amenizar, e também a força do Evangelho que não é violento assim como Mandela.

Serviço Filmes sobre os momentos significativos de Mandela indicados por Francisco José Nunes “Em Minha Terra” (2004), do diretor John Borman, sobre a instalação das “Comissões da Verdade e Reconciliação”, este filme mostra cenas muito fortes, em que negros, frente a frente com brancos, relatam as atrocidades que sofreram. “Invictus” (2004), do diretor Clint Eastwood. Recém-eleito, Mandela decide apoiar a seleção de Rúgbi, símbolo do Apartheid. Essa decisão divide seus aliados políticos, entretanto, Mandela toma a decisão justamente para neutralizar os defensores do Apartheid.


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Cardeal Scherer ordena 3 padres em São Paulo Arcebispo conferiu o sacramento da ordem presbiteral na Catedral da Sé, no sábado, 7 Daniel Gomes

Reportagem no centro

A tarde do sábado, 7, foi especial para os paulistanos Eduardo Higashi, 43, João Paulo G. Rizek, 34, e João Bechara Ventura, 29. Pela imposição das mãos do cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, os até então diáconos foram ordenados padres. A celebração aconteceu na Catedral da Sé, lotada de amigos e parentes dos ordenandos. Sentado em um dos primeiros bancos da assembleia, Rubens Rizek aguardava ansioso pela ordenação do filho. “Ele já nasceu muito ligado às coisas do céu. Quando criança, não podia passar em frente a um altar que se benzia, sempre foi conciliador, mas não falava em ser padre, queria ser juiz de direito e se formou, mas um dia me chamou e disse, ‘pai, eu vou largar tudo e vou para o seminário, este não é meu mundo’”, recordou. Ele acredita que João Rizek será um padre rigoroso, mas solidário. Também nas primeiras fileiras estava Odette Bechara, tia

e madrinha de Batismo de João Bechara. “Certa vez, ele conversou comigo e disse que estava sentindo a vocação para ser padre. Dei todo o apoio e disse que procurasse discernir se era isso mesmo o caminho de Deus para ele, e que contasse com a minha oração. Espero que ele seja uma testemunha e presença de Jesus no meio onde Deus o colocar”, expressou. O rito de ordenação começou após a proclamação do Evangelho, quando os ordenandos confirmaram a opção de se colocarem a serviço do Povo de Deus; e seguiu após a homilia, tendo como momento central a imposição das mãos do Cardeal sobre os eleitos e oração consecratória. Posteriormente, lhes foram dados os paramentos - estola e casula, sinais de serviço ministerial, tiveram as mãos ungidas com o óleo da Crisma, receberam a patena e o cálice, e foram acolhidos pelo Arcebispo e os concelebrantes, padres e bispos da Arquidiocese de São Paulo. Dom Odilo, na homilia, comentou que a Igreja se preocupa com a qualidade da formação dos novos padres, lembrou que o sacerdote tem compromisso com o anúncio da Palavra, com a dimensão santificadora e com a vida pastoral, e comentou que o sacerdócio é o ministério da alegria, de serviço à Boa-Nova, ao perdão, à misericórdia e à proclamação da bondade de Deus. Ao fim da missa, foi lida uma mensagem do papa Francisco aos neossacerdotes e o padre

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

João Bechara agradeceu, em nome dos recém-ordenados, o apoio que receberam dos padres, bispos, do Cardeal e dos familiares, estes, especialmente, “por ter dado um testemunho explícito da fé, por ter ensinado a lei de Deus a cada um de nós e ensinado aquelas coisas sem as quais a Palavra de Deus e toda a religiosidade é estéril, pois são em nossas famílias que aprendemos a amar, a nos doar, aprendemos a amizade, o amor à verdade e a sinceridade”. Dom Odilo, antes da bênção final, pediu que os fiéis rezem pelas vocações e presenteou os novos padres com um ritual de bênçãos e uma imagem de São João Maria Vianney, patrono dos sacerdotes. O Arcebispo também homenageou a senhora Ruth Maria, leiga consagrada há 40 anos, com destacada atuação na Arquidiocese.

Com Catedral da Sé lotada, cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, preside ordenação dos neossacerdotes João Paulo G. Rizek, João Bechara Ventura e Eduardo Higashi, no sábado, 7

Eduardo Higashi 43 anos Lema: “Nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários” (Santa Paulina) Designação: Região Santana João Bechara Ventura 29 anos Lema: “O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá a Deus” Designação: Região Sé João Paulo G. Rizek 34 anos Lema: “Para a maior glória de Deus” Designação: Região Belém

Sacerdotes na Arquidiocese celebram jubileu Luciney Martins/O SÃO PAULO

NAYÁ FERNANDES REPORTAGEM NO CENTRO

No domingo, 8, a Catedral da Sé reuniu os padres que, em 2013, celebram jubileu de ordenação sacerdotal. O padre que há mais tempo recebeu o sacramento da ordem foi o cônego Luiz Geraldo Amaral Mello, em 1938, há 75 anos. Ele também completou 100 anos de vida neste ano, e não esteve presente na missa por motivos de saúde, mas foi lembrado pelo exemplo de serviço e fidelidade à missão recebida. A missa festiva foi presidida pelo cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelo cardeal dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Sé, e pelos padres jubilandos. Em sua homilia, dom Odilo

Na Solenidade da Imaculada, padres recordam a alegria do serviço a Deus

destacou três expressões escolhidas a partir da liturgia do dia e as relacionou à missão sacerdotal: “Alegra-te Maria, encontraste graça diante de Deus”, para ressaltar o dom do padre, que é chamado e escolhido por Deus; “Não temas Maria”, para lembrar que o chamado, muitas vezes, é acompanhado

do medo de tão grande dom diante da fragilidade humana e “Bendito seja Deus”, reforçando que toda missa é ação de graças, é momento de bendizer a Deus. “Muito obrigado! Agradeço, principalmente, pela vida do cônego Geraldo Mello, que não pôde estar presente, mas é um

testemunho eloquente para todos nós, padres, especialmente para os mais novos. Ele é um exemplo de fidelidade a Deus e amor pela Igreja”, disse cônego José Adriano, em nome de todos os jubilandos. Para Maria Aparecida Silva, que participa sempre das missas na Catedral, foi uma alegria agradecer a Deus a missão dos sacerdotes. “O padre é alguém que vive para o povo e nós devemos reconhecer isso e nos fazer próximos deles. Temos funções diferentes na Igreja, e todos somos chamados à missão de anunciar o Evangelho. Que Maria nos ajude a dizer sim.” O Cardeal também celebrou aniversário, na véspera da Solenidade da Imaculada Conceição, sábado, 7, completou 37 anos de ordenação sacerdotal. Após a missa, todos foram convidados para uma confraternização.

padres jubilandos 75 anos Cônego Luiz Geraldo Mello 70 anos Ladislau Klinicki José Antônio Vieira 60 anos João Bernardo Duhamel José Amaral Prado 50 anos Antônio Glugoski Ubaldo Steri Hermenegildo Ziero Thomas Fritsch Fidel Revuelta Dagoberto Boim Antônio Girardi 25 anos Marlson Assis Alcides Franzoi Luiz Fernando de Oliveira Fernando Baptistute Salmo Caetano Cássio Alberio Jean Gardy Pierre Mauro Negro Joaquim Crispim José Tadeu Ferreira José Ulisses Leva João Júlio Farias Ney de Souza Cilto Rosembach Pedro Ariede Edelcio Ottaviani Raimundo Rodrigues Valdir Silveira Paulo César Gil


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