Tríduo prepara festa do patrono da cidade
Em outubro, madre Assunta será beatificada
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Cisterna plástica é questionada no Semiárido
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Livro registra a história do Lar Santa Helena
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Semanário da Arquidiocese de São Paulo
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ano 58 | Edição 2985| 14 a 20 de janeiro de 2014
R$ 1,50 Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Intereclesial de CEBs reúne 5 mil no Ceará Os mais de 5 mil participantes do 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base, vivido e celebrado em Crato (CE), de 7 a 11, voltam agora aos seus locais de origem e atuação dispostos a fazer acontecer o que proclamava o tema do encontro
“Justiça e profecia a serviço da vida” e o lema “CEBs romeiras do Reino no campo e na cidade”. Representantes das CEBs de todo o Brasil, da América e da Europa fizeram memória das muitas lutas do passado e partilharam as lutas que marcam sua presença
no contexto social, político e religioso em que atuam. Um tempero novo deu mais sabor ao encontro: o papa Francisco enviou mensagem aos participantes. No final, o “até 2017, em Londrina!” para o 14º Intereclesial. Páginas 12 e 13
Arcebispo do RJ é nomeado cardeal Após a oração mariana do Angelus, no domingo, 12, o papa Francisco anunciou que no consistório marcado para 22 de fevereiro nomeará 19 novos cardeais, entre eles o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta. A nomeação é sinal do apreço do Papa por dom Orani e pela Igreja no Brasil.
Gustavo Oliveira/Arquidiocese do Rio de Janeiro
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Papa Francisco visita Israel em maio O anúncio foi dado no domingo 5, após a oração do Angelus. O papa Francisco visitará a Terra Santa entre os dias 24 e 26 de maio. Embora o objetivo seja recordar o encontro do papa Paulo 6º com Atenágoras, em 1964, certamente esta visita quer ser também um apelo de paz entre israelenses e palestinos. Página 22
Dom Orani, arcebispo do Rio de Janeiro, será feito cardeal em fevereiro
Curso de Verão focaliza a juventude De 4 a 12, aconteceu, na PUCSP, o 27º Curso de Verão, que, neste ano, reuniu 462 participantes e focalizou os problemas que preocupam os jovens hoje: políticas públicas em educação, trabalho e cultura. O curso é organizado pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular. Página 24
Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Fé e Vida
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 14 a 20 de janeiro de 2014 Gabirante
frases da semana
“O Papa está querendo colocar a Igreja toda dentro desse modelo, que se caracteriza por uma Igreja solidária, próxima e alegre que saia de si mesma promovendo a cultura do diálogo ecumênico, interreligioso, político e cultural entre as nações.”
Dom Fernando Panico, durante o 13° Intereclesial das CEBs no Crato (CE)
“É justificável a postergação do tempo de trabalho, porque as pessoas estão vivendo mais, não há razão para entrarem tão cedo no mercado, mas há entraves, na medida em que existe uma concorrência desleal, com o uso, muitas vezes, do trabalho precário.”
Márcio Pochmann, professor da Unicamp, na 27ª edição do Curso de Verão em SP
você pergunta
Espiritualidade
Quando foi escrita a Bíblia?
Parabéns para o ano de 2014
Diretor do O SÃO PAULO, semanário da Arquidiocese de São Paulo
Padre Cido Pereira
O leitor Romualdo Reis, de São Miguel Paulista, quer saber se é verdade que a Bíblia foi escrita alguns séculos depois de Cristo. Romualdo, a Bíblia não foi escrita de uma vez. Levaram-se séculos e séculos para ser escrita. Há livros que nem sabemos quem escreveu. Outros foram escritos por vários autores. Aqueles que foram colecionando esses livros ao longo dos séculos ajudaram a chegar à Bíblia que hoje nós usamos em nossas comunidades. Mas veja bem, Romualdo: embora sejam vários os autores da Bíblia, o verdadeiro autor dela é Deus. Por isso nós podemos dizer, sem medo de erro, que a Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. Deus inspirou homens e mulheres a escrever histórias, leis, hinos, orações. Por isso nós temos que estudar bem a Bíblia, porque precisamos entender o estilo, o pretexto e o contexto em que aquele livro foi escrito. São Paulo tem uma frase que explica bem isso, quando ele afirma que toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver. E isso para que o servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para fazer todo tipo de boas ações. Os estudiosos costumam estabelecer um período em que a Bíblia foi escrita: de 1440 anos antes de Cristo até 100 anos depois de Cristo. Uma última informação, para você, Romualdo: saiba que a Bíblia foi primeiramente vivida e depois, para que não se perdesse a experiência do que se viveu, porque quem conta um conto, aumenta um ponto, como diz o povo, ela foi escrita. Foi assim no Antigo Testamento, foi assim no Novo Testamento. Mas guarde isso no seu coração: a Bíblia é uma grande carta de amor que Deus escreveu para todos nós e deve ser para nós, sempre, uma regra de fé. Fique com Deus e que ele abençoe você e sua família.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
Frei Patrício Sciadini
Normalmente, chego atrasado para dizer aos meus amigos: “Feliz ano novo de 2014!”. Assim pensam as más línguas. Mas na verdade não chego atrasado, porque o ano de 2014 vai até o de 2015 e, então, todos os dias, estamos em tempo para nos dizer: “Feliz Ano-novo!”. Mas o que significa esses votos para nós que temos fé, que cremos em Jesus e que olhamos o futuro com esperança e com alegria? Não é fácil definir a felicidade num mundo em que somos obrigados todos os dias a ver tristezas, escutar notícias de morte e boatos de guerras surdas que ameaçam a vida. Mas o cristão sabe que nada poderá destruir nele a esperança que vem de Deus. Fico im-
pressionado como Deus é sempre otimista. E, se perde a “paciência” com a dureza do nosso coração, é só por um momento rápido. Imediatamente, diznos que Ele nos ama e que nunca se esquece de nós. Eu estou convencido que 2014 possivelmente seja um ano de paz, em três níveis: paz no meu coração, porque luto com todo o meu ser para romper todas as divisões e não guardar, como diz João da Cruz, o ressentimento nem pelo espaço de um credo. Paulo nos diz que o sol nunca deve se pôr sobre a nossa ira; paz nos corações dos outros, em cada coração, dentro de si, é não querer a guerra, não querer o ódio. Se alguém deseja a guerra, o ódio, ele deseja a sua própria destruição. E ninguém quer ser destruído; E paz no mundo, pois se cada um de nós dá a sua mão à do outro, sem dúvida a paz é possível. Espero que 2014 seja um ano em
“A proposta [das cisternas de placa] é fantástica, pois não é simplesmente construir a cisterna, como acontece com a de plástico, mas tudo começa com a mobilização da família, para gestão da água para a produção de alimento.”
Clea de Fátima Silva, sobre a Campanha “Cisterna de Plástico-PVC! Somos contra!”
que não haja nenhuma pessoa perto de mim que passe fome, não quero comer sozinho, quero todos os dias poder repartir com alguém o que Deus na sua bondade me dá. Quando estava no Brasil, todos os dias, dava alguns “centavos” a três pobres. Um costume que continuo aqui no Egito, onde todos os dias encontro alguém que me estende a mão. Por que deixar a mão estendida sem nada? Nunca me faltou o que tenho dado aos mais pobres do que eu. O ano de 2014 deve ser de anúncio de alegria de ser cristãos, para que os outros vejam em mim a alegria de ser cristão. Durante este ano, quero fazer tudo o que estiver ao meu alcance para semear a paz e rezar para que todos se sintam empenhados em vencer o mal com o bem. Quero ser durante 2014 semeador de esperança e de alegria em todos os lugares. Essa é a minha esperança… e a tua esperança, qual é?
palavras que não passam
Novo Pentecostes para a nova Igreja PADRE AUGUSTO CÉSAR PEREIRA
A Bíblia relata o “Grande Pentecostes”, que se caracteriza pela fundação da Igreja (cf. At 2, 1-36). Hoje, um novo Pentecostes está acontecendo para a renovação da Igreja. Aquele comunicou à Igreja a linguagem do amor e, hoje, chama a nossa atenção para a mesma questão da linguagem. João 23 definiu em que consiste o novo Pentecostes para a nova Igreja. O Concílio Vaticano 2º é “um Concílio concentrado no mistério de Cristo e da Igreja e simultaneamente aberto para o mundo” (TMA 18). “O Concílio Vaticano 2º é o Pentecostes que inaugura novo tempo para a Igreja” (João 23). “[...] uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja” (PF 5). Atribui-se ao mesmo papa João
23 uma comparação muito significativa. A situação da Igreja, comparada a um prolongado inverno até que veio a intuição do Concílio como “fruto de inesperada primavera”, é tão surpreendente quanto necessária. Combina perfeitamente com o símbolo da linguagem do episódio bíblico no qual todos entendiam o aramaico dos apóstolos em seu próprio idioma. Então, a principal e essencial tarefa da Igreja no pós-Concílio é a de se capacitar para comunicar a Boa Notícia em linguagem do amor atualizada. A Igreja e o mundo – embora não entendessem ainda as palavras proféticas do Papa – ansiavam por alguém que não condenasse, mas apontasse novos caminhos de saída para o entrave histórico em que viviam. A resposta da Igreja à proposta do Espírito foi um suspiro de alívio. Passou a construir nova imagem da própria Igreja em sintonia com as aspirações do mundo atônito em saber por onde prosseguir. A Igreja aceita a sua parcela de responsabilidade de ser fiel e
eficaz na sua missão neste tempo da Graça do Pai. A Igreja reencontrou a sua original natureza eclesial comunicativa nos discursos do papa João 23 – e hoje do papa Francisco –, os quais conduzem a Igreja ao mundo, reconhecendo as realidades terrenas e estando disposta ao diálogo em pé de igualdade e de respeito mútuo. Esse diálogo se tornou a característica marcante do Concílio Vaticano 2º. Na verdade, a Igreja procura ser e encontrar interlocutores. Nas relações com a sociedade, a Igreja precisa de canais de interação e interlocutores com o mundo. Como o foi em outros tempos. A linguagem profética da Igreja em favor dos pobres arrefeceu com o desaparecimento da Teologia da Libertação e não se antevê o que a poderá substituir com eficiência. Sente-se hoje que o papa Francisco insiste em testemunhos autênticos de compromisso pessoal e comunitário com o Evangelho dos Pobres.
Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Antônio Aparecido Pereira • Reportagem: Daniel Gomes, Edcarlos Bispo de Santana e Nayá Fernandes • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Assinaturas: Djeny Amanda • Projeto Gráfico e Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Impressão: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 36669660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinatura) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail• A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.
Fé e Vida
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encontro com o pastor
Aprender a ser cristão
Arcebispo metropolitano de São Paulo
cardeal dom odilo pedro scherer
No Batismo, recebemos o dom precioso da fé, juntamente com a esperança e a caridade; mas como é que tantas pessoas ficam apenas com o Batismo e não se tornam cristãos na vida? Está claro que a recepção do Batismo, por si só, ainda não garante a vivência cristã. Ninguém nasce cristão, mas aprende-se a ser cristão ao longo da vida. No conceito comum, muitas vezes, o “ser cristão” consiste no fato de ter sido batizado; ou nalguma forma de pertença à Igreja; talvez, na participação da missa dominical? Na observância de algum rito, como fazer o sinal da cruz? No fato de evitar algum tipo de vício ou pecado? Há em tudo isso algo de verdadeiro, mas o ser cristão supõe algo mais, muito mais! Por isso, se queremos progredir na fé e tornarnos católicos maduros, precisamos considerar vários aspectos e implicações da vida cristã. É difícil resumir num breve artigo todo o “aprendizado” da vivência cristã, do qual fazem parte o reconhecimento de Deus e o encontro com ele; a “escuta” de Deus, que
se dá a conhecer e ilumina nossa existência; a nossa resposta pela profissão de fé consciente e pela prática da fé através da vida moral; o cultivo da comunhão filial com Deus, através da celebração dos “mistérios da fé” e da oração; o testemunho cristão através das virtudes cristãs, sobretudo do amor fraterno e da retidão de vida; o esforço para a transmissão da fé... É evidente que esse “aprendizado” não se refere a um mero exercício intelectual, ou a um conhecimento conceitual. Lembremo-nos do que nos ensinou Bento 16: a vida cristã não nasce de um raciocínio perfeito, nem de um alto ideal moral, mas do encontro com uma pessoa, com Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador. Não se trata, pois, de preparar cristãos “diplomados”, mas de formar discípulos de Cristo; aliás, esse conceito vai muito bem para dizer quem o cristão deveria ser: um discípulo de Cristo – “discípulo-missionário”, como nos recomenda o Documento de Aparecida. Todo o esforço de formação cristã, fundamentalmente, está voltado ao conhecimento de Cristo Jesus no dom do Espírito Santo e, por meio dele, de Deus Pai; a “aprender Deus” por meio de Cristo e a aprender dele a viver a nossa relação com Deus, com o próximo e com todas as coisas que nos cercam; aprender com Cristo o senti-
do da vida e a orientação que lhe devemos dar. Aprendemos a ser cristãos na companhia de Cristo, ouvindo e acolhendo sua palavra, olhando para seu exemplo, seguindo seus passos, compartilhando seus sentimentos... Enfim, trata-se de uma experiência enriquecedora, movida pela fé. Em nossa Arquidiocese, propomo-nos a trabalhar, ao longo de 2014, a “iniciação à vida cristã” como “urgência pastoral”. Como se aprende a ser cristão? Como se ensina a ser cristãos? A quem compete fazer isso? Em qual fase da vida deve ser iniciado esse processo? Qual é o papel dos pais católicos? Da comunidade de fé? Dos ministros da Igreja? De cada um em particular? Sobre tudo isso, há muito para se dizer. A ação pessoal de cada católico na missão de introduzir os irmãos no caminho da fé é importante; mas temos a consciência de que esta missão compete, por excelência, à comunidade eclesial, que acolhe, acompanha, ampara e estimula o caminho na fé dos seus membros. Estaremos seguindo a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – “A Alegria do Evangelho”, do papa Francisco, as Diretrizes Gerais da CNBB, bem como o nosso 11° Plano de Pastoral Arquidiocesano. Que a graça de Deus nos acompanhe!
Helena Ueno
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editorial
Parabéns, dom Orani Tempesta! As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) continuam presentes e atuantes em todo o Brasil e dispostas a lutar pela justiça e a fazer acontecer o anúncio profético da salvação trazida por Cristo. Este é o eco do 13º Intereclesial das CEBs, que aconteceu na Diocese de Crato, no Ceará, de 7 a 11 de janeiro. A Arquidiocese de São Paulo se fez representar por 80 participantes. De volta a suas bases, no Brasil, na América e no mundo, os mais de 5 mil participantes trazem no coração a disposição de continuar a fazer das CEBs um jeito sempre novo de ser Igreja. Mas nesta edição há mais que mostrar e comemorar. De Roma nos vem a certeza do grande apreço que o papa Francisco tem pelo Brasil. Ele anunciou que, entre os 19 novos cardeais a serem nomeados no próximo consistório, no dia 22 de fevereiro, consta o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta. Muito merecida esta nomeação. É consenso dentro e fora da Igreja que dom Orani, homem afeito ao diálogo, conduz com serenidade a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Com a mesma serenidade e espírito de liderança, ele coordenou todos os trabalhos da Jornada Mundial da Juventude, em julho do ano passado. É preciso dar graças a Deus por essa nomeação. Dom Orani integrará o número dos cardeais brasileiros e, certamente, irá colaborar com o bispo de Roma no serviço dele à Igreja no mundo, como sucessor de Pedro. Deus conceda a dom Orani todas as graças necessárias para corresponder à confiança que o papa Francisco lhe demonstra. Mas há também outro tema de interesse a merecer a atenção de todos. Aproxima-se o dia de a Arquidiocese de São Paulo celebrar o seu patrono, São Paulo, o Apóstolo das Nações. E toda a Igreja na cidade – regiões, setores, paróquias, comunidades, pastorais, movimentos e associações deve celebrar com entusiasmo a Solenidade da Conversão de São Paulo, no dia 25 de janeiro. É preciso contemplar a vida e a missão do apóstolo, buscando inspiração para concretizar o que a Arquidiocese se propõe em seu 11º Plano Pastoral: testemunhar Jesus Cristo à cidade.
Deus conceda a dom Orani todas as graças necessárias para corresponder à confiança que o papa Francisco lhe demonstra Tweets do Cardeal
@DomOdiloScherer 11 – 1Ts 5, 9-10 “Deus nos destinou para
No domingo, 12, o cardeal Scherer, arcebispo de São Paulo, preside missa na Solenidade do Batismo do Senhor, na Catedral da Sé
alcançarmos a salvação, por meio de Cristo. Ele morreu por nós, para que alcancemos a vida junto dele”. 11 – Batismo de Jesus: “Se Cristo era santo, porque quis ser batizado? Foi batizado não para ser santificado pelas águas, mas para santificá-las”. 10 – Sl 120. O Senhor te guardará de todo mal, ele vai cuidar da tua vida! Deus te guarda na partida e na chegada. Ele te guarda desde agora e para sempre! 9 – 1Jo 1, 5b-7 “Deus é luz e nele não há trevas. Se andarmos na luz, como ele está na luz, então estamos em comunhão uns com os outros...”
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Fé e Vida
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liturgia e vida
2º DOMINGO DO TEMPO COMUM 19 DE JANEIRO DE 2014
palavra do papa
Com o nascimento de Jesus os céus se abrem
Ana Flora Anderson
O Servo de Deus Todas as Sagradas Escrituras, do Antigo ao Novo Testamento, falam do Servo de Deus enviado a seu povo para promover a paz e a unidade. Na primeira leitura (Isaías 49, 3.5-6), Isaías anuncia que a vocação do profeta consiste em servir a Deus de tal maneira que Ele será glorificado. Deus será reconhecido quando seu povo se reunir de novo. Ao superar as divisões numa nova unidade, aqueles que acreditam em Deus se tornarão uma luz para todas as nações. Na segunda leitura (1 Coríntios 1, 1-3), São Paulo se apresenta como servo de Deus chamado para ser apóstolo na comunidade de Corinto. A pregação de Paulo levou os coríntios à fé e à santidade em Jesus Cristo. A união na comunidade prepara os seguidores de Jesus para receber a graça e a paz de Deus. O Evangelho de São João (1, 29-34) narra, por meio das palavras de João Batista, que Jesus é o verdadeiro Servo de Deus que o povo esperava. João anuncia que Jesus é o Filho de Deus e o Cordeiro oferecido para tirar os pecados do mundo. João foi enviado para preparar o caminho do Senhor. O Espírito Santo confirma que Jesus é o desejado das nações. Ele batizará o Povo de Deus com o próprio Espírito Divino. leituras da semana
SEGUNDA (20): 1Sm 15, 16-23; Mc 2, 18-22 TERÇA (21): 1Sm 16, 1-13; Mc 2, 23-28 QUARTA (22): 1Sm 17, 32-33.37.40-51; Mc 3, 1-6 QUINTA (23): 1Sm 18, 6-9; 19, 1-7; Mc 3, 7-12 SEXTA (24): 1Sm 24, 3-21; Mc 3, 13-19 SÁBADO (25): At 22, 3-16 ou At 9, 1-22; Mc 16, 15-18 (Envio Missionário)
Santos e Heróis do Povo – 19 de janeiro
“Em verdade vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria” (Lc 4,24). Em 19 de janeiro, aparecem no calendário religioso dois nomes muito frequentes no Brasil: Mário e Marta. Quem foi Santa Marta? Foi uma mártir, condenada à morte por afogamento, no ano 270 da Era Cristã. Esse era o castigo reservado aos ateus de então, segundo a concepção dos romanos, em sua intensa perseguição aos cristãos. São Mário (imagem) também foi mártir. Morreu decapitado, no mesmo ano que Marta, sendo em seguida incinerado, para que os fiéis não pudessem recolher seus restos mortais nem lhe prestar as devidas homenagens. Entretanto, continua viva a memória de ambos os santos, ao passo que de seus perseguidores não se sabe nem o nome. Ainda, vamos lembrar um inglês, chamado Volstano, homem muito simples e grande amigo do povo. Morreu aos 87 anos, em 1095. Os santos são uma prova de que o Cristianismo forma, pelo Evangelho, heróis capazes de enfrentar a crueldade. Mas, também, forma santos humildes, totalmente envolvidos pela ação em favor dos pobres. Fonte: “Santos e heróis do povo”, livro do cardeal Arns
Papa francisco Após celebrar a missa da solenidade do Batismo de Jesus e ter batizado 32 crianças, o papa Francisco refletiu com os fiéis reunidos na praça São Pedro, sobre o Evangelho do dia, antes de rezar a oração mariana do Angelus. Segue a reflexão do papa. A página do Evangelho de hoje sublinha que, quando Jesus recebeu o Batismo de João no rio Jordão, “se abriram, para ele, os céus” (Mt 3,16). Isso realiza as profecias. De fato, há uma invocação que a liturgia nos faz repetir no tempo do Advento: “Se tu escancarásseis os céus e descesses!” (Is 63,19). Se os céus permanecem fechados, o nosso horizonte nesta vida é escuro, sem esperanças. Ao contrário, celebrando o Natal, a fé mais uma vez nos deu a certeza de que os céus se escancararam com a vinda de Jesus. E no dia do Batismo de Cristo ainda contemplamos os céus abertos. A manifestação do Filho de Deus sobre a terra marca o início do grande tempo da misericórdia, depois que o pecado tinha fechado os céus, erguendo como que uma barreira entre o ser humano e o Criador. Com o nascimento de Jesus os céus se abrem! Deus nos dá no Cristo a garantia de um amor indestrutível. Desde que o Verbo se fez carne é, portanto, possível ver os céus abertos. Foi possível para os pastores de Belém, para os Magos do Oriente, para o Batista, para os
apóstolos de Jesus, para Santo Estêvão, o primeiro mártir, que exclamou: “Contemplo os céus abertos” (At 7,56). E é possível também para cada um de nós, se nos deixamos invadir pelo amor de Deus, que nos é dado pela primeira vez no Batismo por meio do Espírito Santo. Deixemo-nos invadir pelo amor de Deus. Este é o grande tempo da misericórdia! Não o esqueçamos: este é o grande tempo da misericórdia. Quando Jesus recebeu o Batismo de penitência de João Batista, solidarizando-se com o povo penitente – ele sem pecado e não necessitado de conversão –, Deus Pai fez ouvir a sua voz do céu: “Este é o meu Filho amado: nele pus o meu agrado” (v.17). Jesus recebe a aprovação do Pai celeste, que o enviou justamente porque aceitou partilhar a nossa condição humana, a nossa pobreza. Compartilhar é o verdadeiro modo de amor. Jesus não se dissocia de nós, nos considera irmãos e compartilha conosco. E assim nos torna filhos, junto com ele, de Deus
Pai. Essa é a revelação e a fonte do verdadeiro amor. E este é o grande tempo da misericórdia. Não vos parece que no nosso tempo haja a necessidade de um suplemento de partilha fraterna e de amor? Não vos parece que temos todos a necessidade de um suplemento de caridade? Não aquela que se contenta com a ajuda fora do tempo que nos envolve, não coloca em jogo, mas aquela caridade que compartilha, que se faz carregada da dor e do sofrimento do irmão. Que sabor adquire a vida, quando se deixa inundar pelo amor de Deus! Após o Angelus, o papa Francisco anunciou que em 22 de fevereiro, festa da Catedral de São Pedro, realizará consistório, durante o qual nomeará 16 arcebispos como cardeais, entre os quais o brasileiro dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro. Além disso, três arcebispos eméritos serão unidos ao colégio cardinalício (leia mais na página 10). L’Osservatore Romano
No domingo, 12, na festa litúrgica do Batismo do Senhor, o papa Francisco presidiu celebração eucarística na Capela Sistina, no Vaticano, durante a qual conferiu o sacramento do Batismo a 32 crianças – 18 meninas e 14 meninos.
há 50 anos
Papa é acolhido na Terra Santa O primeiro dia da peregrinação do papa Paulo 6º à Terra Santa foi contado em detalhes na edição do O SÃO PAULO de 12 de janeiro de 1964. De acordo com o Semanário, o Papa chegou ao aeroporto de Amã, na Jordânia, “diante de uma multidão, em sua quase totalidade muçulmana, que delirava gritando ‘Yahiaia el Baba’ – Viva o Papa”. Em cada uma das localidades que visitou, Paulo 6º foi acolhido pelo povo e pelas autoridades civis e religiosas. Antes de chegar à Basílica do Santo Sepulcro, onde presidiu uma missa, em que “estava visivelmente emocionado ante o significado do momento e viu-se cair lágrimas por sua
face”, o Papa ajoelhou-se às margens do Rio Jordão e visitou o sepulcro de Lázaro. Após a missa, Paulo 6º discursou, reafirmando a ida como peregrino à Terra Santa, e destacou que “ninguém pode olvidar que quando Deus quis eleger como homem, uma pátria, uma família, uma língua neste mundo, as pediu ao Oriente. Cada Igreja local crescia com sua personalidade e seus costumes, sua maneira de celebrar. Eis a origem da nossa diversidade na unidade, de nosso catolicismo”. No mesmo dia, encontrou-se com patriarcas ortodoxos, algo que não acontecia desde o século 15, quando as relações entre as Igrejas grega e romana foram rompidas.
Capa da edição de 12/1/1964
Viver Bem
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literatura
dicas de cultura
Fachada do Sesc Santana recebe fotografias de Christian Maldonado Divulgação
Quem passar em frente ao Sesc Santana, entre 9 de janeiro e 9 de março, poderá conferir novas fotografias do projeto “A Paisagem da Cidade”. Nesta edição, quem apresenta seu trabalho é o fotógrafo Christian Maldonado. Com trabalhos ligados à Associação dos Meninos do Morumbi e edições do Paraty em Foco, Maldonado apresenta em sua série fotográfica registros de detalhes da cidade de São Paulo, como portas e paredes, que revelam a constante mutação da metrópole. O projeto traz para os vidros dos muros da unidade trabalhos de fotógrafos que lançam diferentes olhares sobre as cidades. A curadoria do projeto é do fotógrafo e arquiteto Cristiano Mascaro. SERVIÇO O que: “A Paisagem da Cidade”: fotos de Christian Maldonado Quando: 9 de janeiro a 9 de março Quanto: Gratuito Onde: Sesc Santana
vamos cuidar da saúde!
direito do consumidor
Câncer de mama
Lei Maria da Penha
É uma doença causada pela multiplicação anormal das células da mama. É agressivo, mas tem cura, se descoberto no início. Mulheres devem realizar exames periodicamente, mesmo que não tenham alterações em suas mamas. O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura. Toda mulher com 40 anos ou mais deve procurar um profissional da saúde para ter suas mamas examinadas anualmente. A mulher com histórico de mãe, irmã ou filha que tiveram câncer de mama ou câncer de ovário, deve iniciar exames periódicos dez anos antes da idade de detecção. Por exemplo, se minha mãe teve câncer de mama com 45 anos, devo iniciar rastreio com 35 anos. E só o médico, individualmente, pode dizer quando não é mais necessário realizar a mamografia. O câncer de mama pode ser percebido pela mulher como um caroço, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar vermelha ou parecida com uma casca de laranja ou alterações no bico do peito, o mamilo. Atenção nem sempre essas alterações são sinais de câncer. Por isso, visite seu ginecologista periodicamente. Dúvidas, dracassiaregina@gmail.com
2) A Lei Maria da Penha pode ser aplicada para namorados? SIM. A 3ª Seção do STJ vem entendendo que é possível a aplicação da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) à agressão cometida por ex-namorado. Em tais circunstâncias, há o pressuposto de uma relação íntima de afeto a ser protegida, por ocasião do anterior convívio do agressor com a vítima, ainda que não tenham coabitado (HC 181.217/ RS, Rel. ministro Gilson Dipp, Quinta Turma, julgado em 20/10/2011). Essa Lei pode ser aplicada a agressor que não se conforma com o término do namoro: Incide a aplicação da Lei nº 11.340/2006, uma vez que a vítima grávida mantinha íntima relação com o agressor, que vinha praticando agressões físicas por não se conformar com o término do namoro, sendo ele o suposto pai. Saiba dos seus direitos, procure um advogado.
Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF).
Ronald Quene é formado em Direito
O jornal O SÃO PAULO
Paulus homenageia os 200 anos de morte de Aleijadinho Em sintonia com as celebrações dos 200 anos de morte de Aleijadinho, mestre da arte barroca, a Paulus coloca novamente em pauta a obra de Ronaldo Simões Coelho, “A pedra com o menino”, que introduz as belezas da arte mineira do século 19. Antônio Francisco Lisboa – o Aleijadinho – nasceu em 1730, em Ouro Preto, Minas Gerais, e morreu em 1814. Como uma obra típica para o público infantojuvenil, a leitura é feita de forma divertida e tranquila. Ela se dá sem dificuldades aos que querem aprender sobre a cultura brasileira no que diz respeito às obras de arte, principalmente, pinturas e esculturas. “A pedra com o menino”, da Paulus, mostra a história de dois meninos que vivem numa pequena cidade do interior de Minas Gerais e que, por meio de sua curiosidade, descobrem, sem querer, uma obra de Manuel da Costa Ataíde. Da descoberta da pintura até a de seu autor e de como ela foi parar lá, o leitor toma conhecimento da vida e obra, também da história de um dos maiores artistas brasileiros: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Ao longo de sua vida, o artista fez diversos trabalhos, hoje reconhecidos mundialmente. Entre as inúmeras obras, a mais conhecida é a dos 12 profetas de pedra-sabão, um conjunto de esculturas localizadas no município
de Congonhas do Campo, mais precisamente no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Minas Gerais. Aleijadinho morreu no dia 18 de novembro de 1814 e, a caminho da celebração dos 200 anos de sua morte, suas obras continuam vivas e admiradas. “A pedra com o menino” faz parte da Coleção Mistura Brasileira, que conta sempre com títulos que exaltam a cultura do Brasil. As ilustrações são de Denise Nascimento, que desde sua infância teve contato com as obras do mestre Aleijadinho. Outro grande atrativo do livro são as reproduções feitas das obras dos dois artistas, entre elas estão “Passo da Paixão”, “Santa Ceia”, “Anjos do Medalhão da Portada”, “Anjo da Amargura”, entre outras. Ronaldo Simões Coelho é escritor e médico psiquiatra. Nasceu na cidade histórica de São João Del Rei, em Minas Gerais, e mora em Belo Horizonte. Denise Nascimento é designer graduada pela UEMG. Nasceu em Belo Vale, interior de Minas Gerais.
está de cara nova
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Fé e Vida
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direito canônico
fé e cidadania
O Código Canônico e as penas automáticas
Etiópia: antiga terra de cristãos
Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano e professor da Escola Dominicana de Teologia (EDT)
Edson Luiz Sampel
Nos meios jurídicos, causa certa espécie o fato de o Código Canônico prescrever a inflição de punições não precedidas pelo “devido processo legal” (due process of law). Por exemplo, reza o cânon 1398: “Qui abortum procurat, effectu secuto, in excommunicationem latae sententiae incurrit.” (Quem provoca o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão automática). Dessa feita, a penalidade de excomunhão é imposta à católica que perpetra o abortamento, bem como ao médico que a assiste, independentemente de um processo judicial, vale dizer, de um julgamento. Outro exemplo, sacado do cânon 1367: “Qui species consecratas abicit aut in sacrilegum finem abducit vel retinet in excommunicationem latae sententiae incurrit”. (Quem joga fora as espécies consagradas ou as subtrai e conserva para fins sacrílegos incorre em excomunhão automática). Entre o povo simples das ruas, a solução alvitada pelo Direito Penal Canônico soa justa. Um dia, num transporte público, ouvi uma senhora pontificando à amiga: “Aquele sujeito matou fulano; a polícia o pegou na prática do crime. Por que a necessidade de um julgamento? O assassino deve ir direto para a cadeia”. Quando da elaboração do projeto de Código Canônico, observaram-se dez princípios. O princípio nº 9 estatui o seguinte: “Com referência ao direito de coação, a que a Igreja não pode renunciar, como sociedade externa, visível e independente, as penas sejam geralmente ‘ferendae sententiae’ e irrogadas e remitidas somente no foro externo. As penas ‘latae sententiae’ [automáticas] reduzam-se a poucos casos e somente sejam irrogadas contra crimes gravíssimos”. A pena “ferendae sententiae” é a infligida somente depois do julgamento judicial. Corresponde à práxis da maioria dos países na atualidade. Sou da opinião de que, num futuro próximo, não haverá mais penas canônicas automáticas. Embora a hediondez do delito justifique a cominação deste jaez de reprimenda, o referido procedimento canônico repugna o bom senso hodierno e, por conseguinte, as penas automáticas serão paulatinamente extirpadas do ordenamento jurídico da Igreja. As penas “latae sententiae” constituem uma peculiaridade do direito da Igreja Católica. Seu objetivo, é claro, consiste em reprimir condutas gravíssimas, tais como o aborto, praticado em segredo. De qualquer modo, o caráter medicinal ou curativo encontra-se igualmente atuante nessa espécie de sanção, diferentemente do direito estatal, cujas normas de execução não são cumpridas, transformando a pena em um tipo de vingança do Poder Público.
Presidente do Instituto Jacques Maritain do Brasil – professora titular de História da USP
MARIA LUIZA MARCILIO
É um país dos mais antigos do mundo, encravado na região leste da África. Estado monárquico, a Dinastia Etíope tem suas raízes no século 10º a.C. Na Etiópia atual, 52,5% da população é de cristãos ortodoxos copta, 31,5% muçulmanos, 3,5% protestantes e apenas cerca de 1% é católico (os demais 11,5% de outras). Diz uma tradição local que os judeus, durante a perseguição romana a Jerusalém e a destruição do Templo, no ano 70, levaram a Arca da Aliança para a Etiópia, onde se encontra até hoje. Conta o atual arcebispo de Addis Abeba, dom Souraphiel, que a Igreja da Etiópia remonta os tempos apostólicos, pois foi o apóstolo Felipe quem batizou o eunuco etíope. Outra tradição afirma que um dos reis magos, Baltazar, negro, era procedente da Etiópia. A forte presença judaica na Etiópia contribuiu para a relativamente fácil adesão popular ao Cristianismo Copta, uma vez que na sua forma primitiva, ele surge como uma variante do Judaísmo. O Cristianismo Copta teve ampla receptividade na Etiópia, e logo assumiu status de religião oficial, no século 4º, pois o Cristianismo legitimou a dinastia reinante, assegurando ser o imperador Negus, de origem bíblica, como descendente de Salomão e da rainha de Sabá. A partir do século 7º, com a invasão mulçumana no Egito, em 622, a Etiópia mantevese como único país cristão da África, encontrando-se quase que totalmente isolado dos demais países cristãos, tendo algum contato apenas com os ortodoxos bizantinos. Com a derrota dos bizantinos, pelos otomanos, no século 15, o isolamento da Etiópia cristã foi ainda maior. Nesse isolamento, os
etíopes se fecharam sobre sua própria sociedade, agarrando-se à sua religião cristã, pregada por sua Igreja Ortodoxa. Houve sempre uma coexistência pacífica entre os muçulmanos e cristãos coptas na Etiópia. Os monges, no século 9º, construíram muitos mosteiros belíssimos na rocha e traduziram vários escritos espirituais de muitas línguas para o etíope. Na segunda metade do século 16, os Jesuítas espanhóis se estabeleceram na Etiópia. O mais importante desses Jesuítas foi o padre Pero Pais, que lá chegou em 1603 e permaneceu até sua morte, em 1622. O padre Pais teve considerável sucesso, uma vez que os Jesuítas, em pouco tempo, lograram converter muitos etíopes ao credo romano, construí-
ram igrejas católicas, além de converter dois imperadores. A fé romana tornou-se a religião oficial do reino e apresentava sinais de expansão com o aumento das missões jesuítas e o crescente número de conversões de nobres. Mas, os Jesuítas que sucederam o padre Pais se desentenderam com os soberanos e foram expulsos; o país voltou à religião cristã ortodoxa copta. A Etiópia é um dos países mais pobres do mundo: convive com a fome e a seca. A Igreja Católica, embora sendo minoria, é quem realiza a maior parte dos serviços sociais abertos a todos, cristãos e muçulmanos. Mantém centros de saúde, escolas (mais de 200, sobretudo na zona rural) e centros sociais. Cáritas Internacional
espaço aberto
Paz pela não violência Professor de Teologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (SP)
Padre Antonio Manzatto
Um grande líder mundial faleceu no fim de 2013. Nelson Mandela mostrou, com sua vida, que é possível construir uma nação, superando divisões e discriminações, sem violência. Desafios não precisam ser temidos, precisam ser enfrentados e podem ser superados pelo diálogo e pelo entendimento. Outra grande voz que havia se levantado contra o apartheid na África do Sul, a do arcebispo anglicano Desmond Tutu, também ele Prêmio Nobel da Paz, havia afirmado
a mesma coisa. A denúncia do mal e a luta contra a discriminação não precisa ser violenta. A não violência é um grande ensinamento para um país como o Brasil, que pensa não praticar o racismo e quer ser uma democracia participativa. Um grande ensinamento em um ano em que as manifestações estiveram na ordem do dia da mídia. Manifestações estas, que, na maioria das vezes, terminaram em atos deprimentes de vandalismo. Na ordem do dia, igualmente, os confrontos violentos entre torcidas organizadas e gangues promovendo arrastões na praia, no trânsito ou nos shoppings. Seria o Brasil um país violento? Muitos gostariam de dizer que sim,
e os números da violência urbana e do trânsito estão aí para quem quiser ver. Alguns parecem querer afirmar que a violência é a solução para todos os problemas, no famoso quebra-tudo, que daria origem a um novo mundo. Que tipo de mundo seria este que se origina da violência? Poderá a violência originar alguma coisa boa? No início do ano, na celebração do Dia Mundial da Paz, o papa Francisco ensina que a fraternidade é o fundamento e o caminho para a paz. Não há paz sem que se termine com a discriminação, com as opressões, com a injustiça. A paz é fruto da justiça, ensinava Paulo 6º. E ela pode ser instaurada de forma não violenta, pelo diálogo e pelo entendimento. Pela fraternidade.
Igreja em Ação pastoral carcerária
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bioética Pastoral Carcerária
Dignidade humana Padre Christian de Paul de Barchifontaine
Pastoral tem novo vice-coordenador na Arquidiocese imprensa@carceraria.org.br O filósofo Marcelo Naves (foto) é o novo vice-coordenador da Pastoral Carcerária na Arquidiocese de São Paulo. Ele foi escolhido pela coordenação arquidiocesana da Pastoral, em reunião realizada em 7 de dezembro. Padre Valdir João Silveira segue como coordenador arquidiocesano (é também assessor nacional da Pastoral), sendo secretariado por Deyvid Livrini e auxiliado pelos seguintes coordenadores nas regiões episcopais: Eliana Rocha (Região Santana), padre Eugenio Luiz de Barros (Região Sé), Laudenice Pedreira Rocha (Região Brasilândia) e Nicomedes José Vieira (Região Belém). Marcelo Naves tem histórica
atuação na Pastoral da Juventude (PJ), desde 2000, tendo-a coordenado na Arquidiocese entre 2005 e 2007, e no Instituto Paulista de Juventude (IPJ). Naves acredita que as experiências com a metodologia de trabalho de formação e a vivência da mística e da espiritualidade que adquiriu na PJ, o ajudarão nas novas atribuições na Pastoral Carcerária, que também lida com o desafio das juventudes que estão ou já passaram pelos cárceres. “Essas pessoas buscam suas identidades em detrimento dos estigmas que recebem a todo o momento: tentam vislumbrar perspectivas e esperanças em meio a estruturas sociais que lhes castram os sonhos”, comentou. Atuante de forma constante na Pastoral Carcerária desde 2011,
Marcelo Naves detalhou que os trabalhos se alicerçam na tríade comunhão, serviço e compromisso com a dignidade humana, e que os agentes da Pastoral já contam com um ótimo material para disseminar a formação cristã no cárcere. “Parece-me, porém, que o desafio é muito grande no sentido do combate às estruturas e à mentalidade punitiva e vingativa, e isso em todos os setores da sociedade, sem exceção. Nesse sentido, penso que é importante a Pastoral contribuir ainda mais no aprofundamento e expansão de práticas de justiça restaurativa, assim como no combate ao encarceramento em massa e na democratização e efetivo acesso ao sistema judiciário”, opinou. Por Daniel Gomes
pastoral da saúde Arquivo pessoal
Morre agente da Pastoral da Saúde feltrinpej@gmail.com A coordenação da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo comunica a passagem para a eternidade de Aurélia Silva Mora (foto), ocorrida no dia 28 de dezembro de 2013. Esta Pastoral por mais de 20 anos contou com sua presença muito forte, meiga, carinhosa, prestativa. Aurélia durante mais de 20 anos compôs a coordenação da Pastoral da Saúde da Região Episcopal Brasilândia. Também trabalhou desde a fundação da Paróquia São Judas Tadeu, Vila Miriam – Brasilândia, nas mais diversas áreas de pastoral. Na catequese, por exemplo, trabalhou mais de 50 anos. Sua participação sempre foi
marcada pela alegria e disponibilidade. Vibrava muito com o tempo do Natal, organizava o grupo de rua com muito carinho. E, no pós-Natal, o Menino Jesus, uma imagem antiga, visitava uma casa por dia até na Festa de Reis. Aurélia marcou muito a todos nós, sobretudo pelo seu amor à Igreja, sua família e sua comunidade São Judas Tadeu, onde durante 50 anos fez parte das primeiras equipes de trabalho, por exemplo, a Pastoral do Dízimo e a Pastoral da Saúde, visitando os enfermos e, nas missas, estando sempre atenta às necessidades destes enfermos. Também participando de conselho gestor de sua Unidade Básica de Saúde. Por padre Edson Jorge Feltrin
A noção de dignidade humana, que varia consoante as épocas e os locais, é uma ideia-força que atualmente possuímos e admitimos na civilização ocidental, que é a base dos textos fundamentais sobre os Direitos Humanos. Diz-se nomeadamente no preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: “Os Direitos Humanos são a expressão direta da dignidade da pessoa humana, a obrigação dos Estados de assegurarem o respeito que decorre do próprio reconhecimento dessa dignidade.” Tal definição tem suas implicações em nível dos direitos econômicos, sociais, culturais, indispensáveis à concretização dessa dignidade. Esta noção de dignidade como característica comum a todos os seres humanos é relativamente recente, sendo por isso difícil fundamentá-la senão como reconhecimento coletivo de uma herança histórica de civilização, colocando-se a questão de saber se a dignidade humana não será o modo ético como o ser humano se vê a si próprio. O conceito de dignidade humana introduz um elemento de ordem e de harmonização no conflito das relações das comunidades humanas. Esse mesmo conceito é importante para salvaguardar o valor maior que é a pessoa. Desse modo, os comportamentos que mais indignificam a própria pessoa são os que indignificam os outros, sobretudo os mais débeis, vulneráveis e os sujeitos de pesquisa. Ciência e ética não precisam e não devem ser consideradas como antagônicas, pelo contrário, se necessitam e se iluminam reciprocamente. É esta a perspectiva que garante o respeito pela dignidade humana e por mais qualidade de vida. Precisamos zelar por vigilância ética no âmbito técnico-científico, que é uma instância de discernimento relacionada com o bom ou mau uso que se fizer dos novos conhecimentos científicos. Necessitamos, além do conhecimento científico, de sabedoria ética, a fim de proteger o ser humano, este universo singular que traz em seus genes a história da humanidade. “A ética do laboratório terá de ser decidida em conjunto com a ética da sociedade”, diz o geneticista Carlos Alberto do Vale, da Universidade de São Paulo. “Desconfio das proibições categóricas, assim como desconfio das permissões categóricas.” A sociedade é que deve pregar o regulamento na porta do laboratório, sugere o biólogo americano Steve Grebe. Parodiando o político francês Georges Clemenceau (18411929), Grebe adverte: “Assim como se diz que a guerra é assunto grave demais para ser decidido pelos generais, a ciência é perigosa. Lembremo-nos de que a ciência deve servir às pessoas e as pessoas não devem ser postas a serviço da ciência.
Ciência e ética não precisam e não devem ser consideradas como antagônicas, pelo contrário, se necessitam e se iluminam reciprocamente
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Igreja em Ação
Mundo do trabalho – pastoral operária
pastoral da pessoa idosa
Sinais de esperança emolduram o Natal
O que é a Pastoral da Pessoa Idosa? (2)
Waldemar Rossi
O ano que se encerrou trouxe alguns bons sinais de esperança para o povo brasileiro: mobilização inesperada e corajosa das novas gerações protestando contra os desmandos da política oficial; trabalhadores de vários ramos de atividade cruzando seus braços produtivos para exigir melhores salários e melhores condições de trabalho; muitas novas iniciativas no campo da política popular, pressionando para mudanças estruturais na política oficial. Ou seja, o povo brasileiro dá sinais de que está acordando, buscando ocupar seu lugar como protagonista deste imenso País e exigindo que as políticas públicas se destinem como primazia ao bem-estar e à felicidade do povo. Tais iniciativas vão na contramão do que vem ocorrendo até agora: a política econômica aplicada, em larga escala, tão somente para atender aos interesses do grande capital (nacional e internacional), ficando como compensação míseros reais destinados à área social. Como de costume neste País, tal política compensatória visa constituir um “moderno curral eleitoral” entre os famintos desta terra primaveril. Esse dinheirinho tem atenuado a fome de parcela dos necessitados, mas
deixa de lado as reformas estruturais que tirariam essa multidão da miséria endêmica. Como isto não garante retorno eleitoral, não interessa aos governantes e políticos de carreira. Contra todas essas aberrações, o povo iniciou sua mobilização, que deverá retomar seu impulso no próximo ano. Mas os cristãos do mundo todo têm também suas razões de alegria e motivações para renovar suas esperanças em dias menos sombrios: o papa Francisco, em poucos meses de pontificado, nos dá um lindo exemplo de compromisso com o povo sofrido e insiste nos apelos a que os cristãos (bispos, padres, religiosos/as e laicato) deixem sua pompa e acomodação e se voltem para as periferias das cidades e do campo, onde a miséria faz seu acampamento, destruindo vidas e esperanças. O Papa nos conclama a sermos solidários com os marginalizados, a sermos seus servidores, como nos ensina o próprio Jesus Cristo. Entretanto, Francisco tem ido além, fazendo algo que já não se fazia há tempos: condenando o modelo político/ econômico gerador dessa marginalização criminosa e da violência que impera nos tempos modernos, provocando um genocídio jamais pensado, destruindo vidas indiscriminadamente pelo mundo todo. Sim: Uma luz divina brilha nas trevas fazendo renascer em nós as esperanças!
jairo.fedel@terra.com.br A mística da Pastoral da Pessoa Idosa (PPI) é inspirada na prática de Jesus, de realizar o projeto do Pai, de construir uma sociedade de partilha e solidariedade. Ela organiza as comunidades, como fez Jesus quando multiplicou os pães e os peixes, ao pedir que as pessoas se organizassem (cf. Mc 6, 34-44). Assim ela identifica e capacita os líderes, os quais recebem o nome de Líder Comunitário, que, na condição de voluntários, são enviados em missão. Essa missão tem como ponto central visitas às pessoas idosas, com 60 anos ou mais, em especial aquelas em condição de fragilidade e situa-
ção de pobreza e abandono. Após a capacitação básica de cerca de 24 horas, as/os líderes tornam-se agentes multiplicadores do saber e da solidariedade às pessoas idosas. Os passos seguintes das/dos líderes consiste em partilhar os dons que possuem – quais sejam: solidariedade e fraternidade cristã, assim como celebrar as conquistas. Dessa maneira, educados na fé, esperança e vida plena, a/o líder leva sua mensagem em forma de serviço aos irmãos e irmãs, identificando-se com a pessoa idosa, imagem e semelhança de Cristo. Com isso, a PPI coloca em prática o mandamento do amor, multiplicando seus talentos em favor dos irmãos.
Em sintonia com a CNBB, a PPI desenvolve suas ações comunitárias de forma ecumênica e inter-religiosa, a fim de que vida, dignidade e esperança cheguem a todas as pessoas idosas, independentemente de sexo, etnia, cultura e credo religioso. A metodologia da PPI é a prática de Jesus, narrada pelo evangelista Marcos (6, 34-44), que trata da multiplicação de dois peixes e cinco pães. Assim, a exemplo do Mestre, que deu autonomia às lideranças, recomendando que se dividissem em grupos e servissem a multidão, a PPI também identifica as lideranças no meio da comunidade e as envia em missão. Continua... Por Jairo Fedel Arquivo pessoal
pastoral familiar
Família e vida Secretários da Pastoral Familiar Arquidiocesana
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João abrahão e zuleica
A Igreja promove e defende a vida, indiscutivelmente: “A Igreja está do lado da vida” (Familiaris Consortio, nº 30). Um dos principais objetivos do cristão, à evidência, é a defesa da vida no seio da família. Devemos descruzar os braços e lutar contra a cultura da morte. O artigo 4º da Carta dos Direitos da Família propõe que a vida humana deve ser absolutamente respeitada e protegida desde o momento de sua concepção, anotando que o aborto é uma violação direta do direito fundamental à vida do ser humano. A Carta exclui, ainda,
qualquer manipulação experimental ou exploração do embrião humano, além de outras defesas às crianças. Estamos diante de um mundo insensível e cruel, com uma mente social perversa, que embute ao ser social o desprezo, tanto pela vida nascente, como pela vida do idoso, pois as enxerga como um empecilho social. É o máximo do egoísmo do ser social, tão exacerbado pela busca de uma felicidade individual, que se mostra tão destrutiva na sociedade em que vivemos. E, nesta mesma sociedade, estamos nós, cada vez mais calados, moucos e com os sentimentos diminuídos para a plena defesa da vida. Trata-se, pois, caro amigo agente de Pastoral Familiar, de defender a vida humana, não somente contra as tentativas
de ampliar a legitimidade de abortar, mas de promover a vida humana em todas as situações nas quais é ofendida e é ferida a sua dignidade inviolável. Assim, não podemos emudecer, não podemos esmorecer nesse embate social contra o desamor pela vida do próximo. “Reivindicar o direito ao aborto, ao infanticídio, à eutanásia, e reconhecê-lo legalmente, equivale atribuir à liberdade humana um significado perverso e iníquo: o significado de um poder absoluto sobre os outros e contra os outros. Mas isto é a morte da verdadeira liberdade” (Evangelium Vitae, nº 20). Família cristã creia sempre, sem vacilar, que a vida humana, esse bem de valor incomparável – da fecundação à morte natural – é um admirável dom de Deus.
Geral
Catedral da Sé concorre a título de símbolo da cidade Luciney Martins/O SÃO PAULO
A enquente vai até 22 de janeiro e o escolhido será conhecido na festa da cidade, dia 25, data, aliás, em que o templo completará 60 anos de fundação
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São Paulo, 460 anos de Fé
Norte-americana vivencia fé nos cárceres e pelas ruas de SP Daniel Gomes
Reportagem no centro
Rafael Alberto
Especial para O SÃO PAULO
Para celebrar o aniversário de 460 anos de São Paulo, no dia 25 de janeiro, também festa patronal da Arquidiocese de São Paulo, a primeira edição do SPTV, programa jornalístico da TV Globo, selecionou dez pontos da cidade para que o público escolha, entre eles, o símbolo da cidade. Entre os pontos turísticos escolhidos está a Catedral da Sé. A Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, a Catedral da Sé, é a Igreja mãe da Arquidiocese de São Paulo, como costuma lembrar o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano. É nela que se encontra a cátedra do bispo, símbolo do governo da Diocese. Além de se tratar de uma igreja cara à fé do povo católico, a Catedral da Sé pode concorrer ao título de símbolo da cidade por tudo que ela representa não só do ponto de vista de patrimônio cultural e arquitetônico, mas também pelo fato de ter testemunhado momentos fundamentais na história de São Paulo e do Brasil. Na Catedral, por exemplo, a redemocratização do País começou a tomar forma e ter voz, na celebração ecumênica presidida pelo cardeal dom Paulo Evaristo Arns em memória de Vladimir Herzog, jornalista judeu morto pela ditadura militar. Foi em frente à Catedral, também, que o povo pediu a volta das eleições diretas.
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Catedral da Sé, Igreja mãe da Arquidiocese, concorre a símbolo da cidade de São Paulo
Em estilo neogótico e fundada em 25 de janeiro de 1954, como presente para o 4º centenário de fundação da cidade de São Paulo, as colunas da Catedral da Sé trazem nos rococós dos capitéis figuras da fauna e da flora brasileiras – como o cacau e o tucano. Seu órgão de tubos é um dos maiores do mundo, e possui um carrilhão de 62 sinos – o maior da América Latina – que, desde a reforma, em 2002, podem ser acionados automaticamente.
Para escolher a Catedral da Sé como símbolo de São Paulo, basta acessar a página de São Paulo no portal de notícias da Globo na internet, o G1, no endereço www. g1.com.br/sp, e procurar a área reservada para os 460 anos de São Paulo. O internauta pode votar quantas vezes quiser. A enquente vai até o dia 22 de janeiro e o escolhido será conhecido na festa da cidade, 25/1 – data, aliás, em que a Catedral celebra 60 anos de fundação.
Quando desembarcou no Brasil, em 1997, como leiga da Congregação das Irmãs Missionárias de Maryknoll, a norte-americana Heidi Ann Cerneka (foto) pensava em trabalhar em uma cidade pequena, mas mudou de planos. “Quando cheguei a São Paulo, vi tanta coisa acontecendo que achei legal e resolvi ficar aqui com o grupo de Maryknoll na Brasilândia”, recordou ao O SÃO PAULO. Nascida na cidade de Hartford, nos Estados Unidos, Heidi tem atuação na Pastoral Carcerária Nacional e já desenvolveu atividades também junto à Pastoral da Mulher, na Brasilândia, e à Pastoral da Mulher Marginalizada, no centro. “Vim porque me senti convidada por minha fé de conhecer e trabalhar em outro país, conhecer a Igreja daqui, aprender com a Igreja e o trabalho pastoral”, explicou. Segundo Heidi, não há diferenças entre a religiosidade que vive em São Paulo e a do seu país de origem. “A Igreja Católica é universal, me sinto em casa quando participo da missa”, comentou, explicando que não é frequentadora de uma paróquia fixa, pois quando não está nas celebrações em presídios, vai ao Pátio do Colégio ou em paróquias onde o colega de congregação, padre Daniel Mclaughlin, esteja. A leiga norte-americana ressaltou, ainda, que procura vivenciar sua fé no dia a dia, especialmente nos trabalhos com a Pastoral Carcerária. “Percebo como é muito importante conversar sobre a fé com as pessoas presas, dar esperança para elas de que Deus nunca nos abandona e que precisamos lutar por um mundo melhor.” De acordo com Heidi, o Brasil é um país acolhedor, mas em São Paulo, por vezes, há desconfianças com os estrangeiros. “Mesmo assim, sempre há alguém que oferece ajuda, orienta, gosta de bater papo com pessoas de fora. A grande maioria dos paulistanos tem antepassados que vieram do estrangeiro”, analisou. Nos 460 anos de São Paulo, Heidi deseja melhorias nos transportes, “para que as pessoas não passem tantas horas do dia tentando ir trabalhar e voltar para casa”. Outro problema que ela percebe é que a cidade cria estresse nas pessoas. Contra isso, a leiga norte-americana já desenvolveu uma estratégia: “Um truque que uso é caminhar sempre. Pois quando vou andando, tenho tempo para refletir, rezar, gastar energia e ver pessoas ao meu redor, especialmente aquelas que ficam nas ruas”, revelou. Daniel Gomes/O SÃO PAULO
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Geral
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Paróquia Santo Antônio do Pari comemora centenário A Paróquia Santo Antônio do Pari comemora 100 anos e convida para um tríduo em preparação ao Centenário, nos dias 30 e 31 de janeiro, às 19h30 e 1° de fevereiro, às 16h. No domingo, 2, às 18h, haverá uma missa solene na praça Padre Bento, s/n, Pari. Informações (11) 3311-0455 ou 3311-0513.
Dom Orani é nomeado cardeal pelo Papa Arcebispo do Rio de Janeiro passará a integrar colégio cardinalício em 22 de fevereiro, após consistório no Vaticano Redação
“Em minha indignidade, tenho certeza que a graça de Deus não me faltará para poder bem servir a Igreja nessa dimensão universal, que é a dimensão do cardinalato. Peço a todos que continuem rezando por mim, para que possa continuar servindo a Deus, à Igreja, como tenho servido até hoje, mas agora com essa responsabilidade maior, que se une às que já desenvolvo”, disse dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, no domingo, 12, ao comentar o anúncio de que será criado cardeal pelo papa Francisco, em 22 de fevereiro, durante consistório no Vaticano. O Papa criará 19 cardeais, dentre os quais três arcebispos eméritos (veja a relação ao lado). Entre os nomeados, dom Orani é o único brasileiro. Dom Lorenzo Baldisseri, que já
foi núncio apostólico no Brasil, também foi nomeado. Na segunda-feira, 13, foi divulgada a carta do Papa aos futuros cardeais, na qual afirmou que o “cardinalato não significa uma promoção, nem uma honra, nem uma decoração. É simplesmente um serviço que exige ampliar o olhar e dilatar o coração”. A CNBB, em mensagem assinada por seu secretário geral, dom Leonardo Ulrich Steiner, congratulou-se ao Arcebispo do Rio de Janeiro pela nomeação cardinalícia. “A dom Orani, asseguramos nossas orações e pedimos a Nossa Senhora Aparecida que o acompanhe na missão de servir à Igreja junto ao Santo Padre.” Também em mensagem, o cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, manifestou alegria pela inclusão de dom Orani no colégio cardinalício (veja abaixo).
JMJ Rio-2013
Dom Orani João Tempesta com o papa Francisco durante a JMJ Rio-2013
Nascido em São José do Rio Pardo (SP), em 1950, dom Orani, religioso da Ordem Cistenciense, foi ordenado padre em 1974, e bispo de São José do Rio
Preto (SP), em 1997, onde permaneceu até 2004, quando foi nomeado arcebispo de Belém. Desde 27 de fevereiro de 2009 é arcebispo do Rio de Janeiro.
que será presidido pelo papa Francisco no próximo dia 22 de fevereiro, no Vaticano. A escolha do papa Francisco é uma honra para a Arquidiocese do Rio de Janeiro e para seu dedicado e dinâmico arcebispo, e para o episcopado do Brasil, que tem em dom Orani um valoroso membro. Dom Orani poderá colocar a serviço
da Igreja inteira seus muitos dons, assistindo ao Papa e colaborando com sua missão naquilo que lhe for pedido. Parabéns a dom Orani! Parabéns à Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro!
MENSAGEM DO CARDEAL SCHERER Nomeação cardinalícia de Dom Orani João Tempesta, O.Cist. Arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro Com grande alegria, acolhemos hoje o anúncio da inclusão de dom Orani João Tempesta, O.Cist. no Colégio Cardinalício, no consistório
Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo
Arquidiocese de São Paulo celebra seu patrono PADRE CIDO PEREIRA DIRETOR DO O SÃO PAULO
A Arquidiocese de São Paulo convida todas as paróquias e comunidades a se prepararem e a celebrarem com fé e entusiasmo a Festa da Conversão de São Paulo, festa patronal, no dia 25 de janeiro. Para isso, o Secretariado Arquidiocesano de Pastoral elaborou subsídio para um tríduo preparatório. Na apresentação do subsídio se explica que o objetivo do tríduo é “fazer memória e recorrer à intercessão do Apóstolo das Nações, reconhecendo-o como testemunha de vida cristã”. A reflexão proposta para o tríduo leva em conta o 11º Plano de Pastoral, no qual a Arquidiocese se propõe a ser testemunha de Jesus Cristo na cidade. Dentro do Plano, o projeto para 2014 destaca a urgência “Igreja – casa da iniciação cristã”. Assim, se refletirá sobre o apóstolo Paulo como “testemunha
da vida cristã”. Quando a Igreja hoje quer que todo batizado se torne discípulo missionário de Jesus Cristo, nada melhor do que contemplar o testemunho do apóstolo, escolhido por Deus para levar o Evangelho a todas as nações. Todos somos convidados a ouvir dele o que disse a Timóteo: “Proclama a palavra, insiste, no tempo oportuno e inoportuno, refuta, ameaça, exorta com toda paciência e doutrina”. Os temas propostos para a reflexão e oração dos três dias (22, 23 e 24 de janeiro) são: A fé cresce quando se reparte; Na Igreja, a Palavra produz frutos; e Ide sem medo para servir. Trechos da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium e da homilia do Papa na Missa de conclusão da Jornada Mundial da Juventude ajudarão no aprofundamento dos textos bíblicos propostos. Cada encontro seguirá o seguinte esquema: Oração de aber-
tura para os três dias; Motivação do dia; A Palavra chega ao nosso coração; Para refletir; Respondendo à Palavra de Deus; Preces – a Palavra se faz oração; e Despedida e compromisso do encontro. Para aquelas comunidades que farão o tríduo com a celebração da missa, pode se aproveitar a leitura de cada dia como primeira leitura da missa, e o salmo da resposta à Palavra de Deus como salmo responsorial. O subsídio proposto foi enviado às paróquias e comunidades que o multiplicarão e acrescentarão os cânticos apropriados. Fica claro que, sendo São Paulo o patrono da Arquidiocese, toda a Arquidiocese é convidada a preparar e a celebrar com alegria esta festa, fazendo dela oportunidade para se refletir na missão da Igreja, como casa de iniciação cristã, de anunciar Jesus Cristo à cidade que completa, em 2014, 460 anos de fundação.
nomeados Novos cardeais-arcebispos Dom Pietro Parolin, arcebispo titular de Acquapendente, secretário de Estado; Dom Lorenzo Baldisseri, arcebispo titular de Diocleziana, secretário geral do Sínodo dos Bispos; Dom Gerhard Ludwig Müller, arcebispo-bispo emérito de Regensburg, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; Dom Benianmino Stella, arcebispo titular de Midila, prefeito da Congregação para o Clero; Dom Vincent Gerad Nichols, arcebispo de Westminster (Grã-Bretanha); Dom Leopoldo José Brenes Solórzano, arcebispo de Manágua (Nicarágua); Dom Gérald Cyprien Lacroix, arcebispo de Quebec (Canadá); Dom Jean-Pierre Kutwa, arcebispo de Abidjan (Costa do Marfim); Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro (Brasil); Dom Gualtiero Bassetti, arcebispo de Perúgia – Cita della Pieve (Itália); Dom Mario Aurélio Poli, arcebispo de Buenos Aires (Argentina); Dom Andrew Yeom Soo Jung, arcebispo de Seul (Coreia do Sul); Dom Ricardo Ezzati Andrello, Arcebispo de Santiago do Chile (Chile); Dom Philippe Nakellentuba Ouédraogo, arcebispo de Quagadougou (Burkina Faso) Dom Orlando B. Quevedo, arcebispo de Cotabato (Filipinas); Dom Chibly Langlois, bispo de Lês Cayes (Haiti). Novos cardeais Arcebispos eméritos Dom Loris Francesco Capovilla, arcebispo titular de Mesembria, 98 anos, foi secretário do papa João 23; Dom Fernando Sebastián Aguilar, arcebispo emérito de Pamplona; Dom Kelvin Edwarde Felix, arcebispo emérito de Castries, Santa Lucia (Antilhas).
Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Dom João Inácio Müller toma posse na Diocese de Lorena (SP) Com o lema “O amor é a glória de Deus” tomou posse no sábado, 11, o bispo da Diocese de Lorena (SP), dom João Inácio Müller. A celebração foi às 16h, na Catedral Nossa Senhora da Piedade, presidida pelo cardeal Raymundo Damasceno Assis. Dom João foi nomeado pelo papa Francisco em setembro de 2013, após renúncia de dom Benedito Beni.
No Crato, Reisados mantêm viva a cultura popular A cidade, na região do “oásis do Sertão”, cria escola para que as suas tradições não se percam Edcarlos Bispo de Santana
enviado especial ao Crato (ce)
A pequena praça no centro do Crato, em frente ao Santuário Eucarístico da Diocese, ficou pequena quando os diversos grupos de Reisados começaram a se reunir, na tarde da segunda-feira, 6, para iniciar uma apresentação pelas ruas da cidade e se dirigir até a Sé Catedral, dedicada a Nossa Senhora da Penha, e lá reverenciar o Menino Deus. Para a cidade do Sertão do Cariri, sul do estado do Ceará, esta festa folclórica e popular teve um significado ainda mais especial, pois na mesma data, a cidade inaugurou sua primeira escola de Reisados, o que, para a secretária de Cultura do município, Dane de Jade, representa a manutenção e preservação de um bem cultural da cidade. “Representa uma forma de resistência que estes grupos mantêm com os folguedos populares. São danças trazidas ainda pelos portugueses, e se mantêm no ciclo natalino de 24 de dezembro a 6 de janeiro. São os Reisados, as Lapinhas, as Congadas, e hoje a região
do Cariri é um celeiro dessas manifestações e as mantêm vivas”, destacou a secretária. José Aldenir Aguiar, o mestre Aldenir, foi um dos responsáveis por manter viva a tradição dos Reisados no Crato. Com 80 anos, e desde os 22 à frente de um grupo folclórico, o mestre destaca que cada vez que faz a sua brincadeira “se sente realizado”. A escola irá funcionar em sua casa, dada a sua importância na manutenção e divulgação desta expressão da cultura popular, de acordo com ele não haverá apenas o ensino do Reisado, mas debates, discussões e reflexões sobre o folclore e a cultura popular. “Nossa cultura não pode morrer”, afirmou mestre Aldenir. A brincadeira realizada pelo mestre era seguida pelos seus “discípulos”, no rosto de todos e nas suas vestimentas a representação da alegria nos festejos populares. A pequena Vitória Ferreira, de 10 anos, participa do grupo desde os 8. Mesmo com muita timidez, ela conta que participar do Reisados é muito bom e que sempre se dedica aos estudos e ensaios. O professor Jean Alex Alencar destaca que “a cultura popular é a cultura que traz as referências do povo brasileiro, seja o povo negro, indígena ou ibero, manter vivas as tradições populares e manter viva a memória. Nesse ponto, um dos focos principais é a presença das crianças das novas safras da humanidade que vão levar consigo essas referências”.
Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Festejos de Reisados animam a cidade do Crato e mostram a força da cultura e do folclore popular nordestino
Canonização de João Paulo II e João XXIII Preço por pessoa em acomodação dupla : US$ 2.850
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23 de Abril – São Paulo / Londres / Roma 25 de Abril – Roma 26 de Abril – Roma 27 de Abril – Roma 28 de Abril – Roma / Pompeia / Sorrento 29 de Abril – Sorrento 30 de Abril – Sorrento 1 de Maio – Sorrento 2 de Maio – Sorrento / Roma
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No Intereclesial, CEBs reassum
O encontro realizado na terra do padre Cícero Romão Batista foi um momento de partilha e fortalecimento do trabalho das comunidades com a justiça e a profecia Edcarlos Bispo de Santana (texto) e Luciney Martins (foto) enviados especiais a Juazeiro do Norte (CE)
“O trem das CEBs não parou nem vai parar do noroeste, ele vem pro Ceará”, esse foi o refrão mais cantado na cidade de Juazeiro do Norte (CE), durante o 13º Intereclesial de CEBs, realizado de 7 a 11, na Diocese do Crato. O encontro, que teve como tema “Justiça e profecia a serviço da vida”, e por lema “CEBs romeiras do reino no campo e na cidade”, reuniu mais de 5 mil pessoas, para partilhar e refletir as diversas realidades e desafios das Comunidades Eclesiais de Base no atual contexto eclesial, político e social. Para um dos assessores do encontro, Roberto Malvezzi, conhecido como Gogó, o 13º Intereclesial foi emblemático, pois “foi realizado na terra do padre Cícero, beato José Lourenço e padre Ibiapina”, homens que na história lutaram pela liberdade do povo e se inspiraram nas primeiras comunidades cristãs, baseadas na partilha e no trabalho comum, para construir suas comunidades. Gogó destacou que este Intereclesial pode significar um divisor de águas, se caso os pedidos e decisões forem levados com seriedade daqui pra frente. O Assessor destacou que a formação das CEBs não é “fruto do acaso”, mas de trabalho. Para além disso, em conversa com os bispos foi pedido, de acordo com Gogó, que “assumam a meta e o objetivo de que suas paróquias e dioceses sejam redes de comunidades, também outro pedido é que a formação dos padres seja voltada para as comunidades”. O bispo da Diocese do Crato, dom Fernan-
Intereclesial em números
4.036 Delegados 2.248 Mulheres 1.788 Homens 72 Bispos 232 Padres 146 Religiosos (as) 20 Evangélicos 35 Outras Religiões 36 Estrangeiros 68 Assessores/Ampliada 75 Indígenas 5.046 Total, contando as equipes de serviços e visitantes
do Panico, afirmou que “as CEBs são um jeito normal de ser Igreja, fortemente sentido em toda a América Latina”. O Bispo contou do encontro que teve com o papa Francisco e do desejo do mesmo de incentivar a caminhada das CEBs. “Este é o caminho para a Igreja, sim, o Papa está querendo colocar a Igreja toda dentro desse modelo. Modelo que se caracteriza por uma Igreja solidária, próxima e alegre, que saia de si mesma promovendo a cultura do diálogo. Diálogo ecumênico, inter-religioso, político e cultural entre as nações”, afirmou dom Fernando. Por falar em papa Francisco, uma das maiores surpresas do encontro foi proporcionada por ele. Pela primeira vez na história dos Intereclesiais, um pontífice enviou carta de saudação aos participantes. A mensagem de Francisco era lembrada pelos participantes a todo momento. Lida na abertura, refletida nas análises de conjuntura e comentada nos ônibus que levavam e traziam os romeiros e romeiras. Na mensagem, o Papa afirmou que “a evangelização é um dever de toda a Igreja, de todo o Povo de Deus: todos devemos ser romeiros, no campo e na cidade, levando a alegria do Evangelho a cada homem e a cada mulher”. Para Rafaela Castro, da cidade de Crato, a função do Intereclesial foi “rever seu conceito do que é ser igreja, ser cristã e ser CEBs”. Ela contou que foi importante partilhar experiências e vivências diferentes e perceber as dificuldades encontradas na comunidade e que “na comunidade temos que encontrar formas de crescermos juntos”. A carta final do 13º Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base destacou o espírito profético das CEBs. Relembrou as palavras do cearense dom Helder Câmara, “não deixem a profecia cair”, e, mais uma vez, refez o compromisso de estar a serviço da justiça e dos mais pobres. “Na circularidade do serviço, do canto, do testemunho, reafirmamos o compromisso de ser CEBs: romeiras do Reino, profetas da justiça que lutam pela vida, a serviço do bem viver, sementes do Reino e da justiça, comunidades profetas da esperança e da alegria do Evangelho.” O trem das CEBs fará parada em Londrina No sábado, 11, último dia do 13º Intereclesial das CEBs, a sanfona, a zabumba e o triangulo, que deram o ritmo e o refrão mais cantado do encontro – escrito no começo desta reportagem –, foi mudado: “O trem das CEBs não parou nem vai parar do Ceará, ele vai pro Paraná”. Assim, após 12 anos de tentativas, o Estado do Paraná receberá uma edição do Intereclesial das Comunidades Eclesiais de Base. A cidade escolhida foi Londrina, que dá nome à Arquidiocese local. Para o padre José Osvaldo dos Santos, um dos delegados que defendeu a candidatura da cidade, o momento foi de imensa alegria, pois representa um presente depois de uma caminhada de longa data. Ainda não há informações do tema ou da data em que será realizado o 14º Intereclesial de CEBs. De acordo com o padre Osvaldo, esses detalhes serão acertados na reunião da ampliada nacional, que acontecerá em julho, em Brasília (DF). Para Claudio Paulo Hernandes, também delegado do Paraná e um dos articuladores da candidatura da Arquidiocese de Londrina, ainda é impossível definir os temas ou antecipar qualquer informação, porém, é certo que os apelos surgidos neste 13º Intereclesial serão ouvidos, com um olhar especial para a juventude e a questão das CEBs em áreas urbanas.
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1 - Caldeirão lotado durante a abertura do 13º I
Um dos ranchos (grupo de trabalho), onde aconte no encerramento das visitas feitas à comunidade mento de apresentação das dores e lutas desses po
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mem seu compromisso profético
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Regional Sul 1 quer fortalecer identidade das Comunidades Eclesiais de Base do enviado especial a Juazeiro do Norte (CE)
O Regional Sul 1 da CNBB esteve presente no 13º Intereclesial de CEBs, representado por cerca de 400 delegados, desses 80 eram pertencentes a Arquidiocese de São Paulo. Para João Sérgio da Silva, o Serginho, o Regional teve grande participação, foi ativo em todas as atividades e em todos os momentos. Para ele, “foi muito intenso viver essa espiritualidade do padre Cícero no Nordeste”. “Levamos de concreto o nosso compromisso de fortalecer a identidade das Comunidades Eclesiais de Base. Quem somos, fortalecer nossa identidade a partir da formação, aproximação com os movimentos sociais, as juventudes”, destacou Célia Aparecida Leme, da Arquidiocese de São Paulo. A mensagem de compromisso do Regional Sul 1 destacava, a nível local: “Fortalecimento da identidade das CEBs, com aproximação das pastorais sociais, com destaque para os idosos e a juventude e de suas lutas e bandeiras, trabalhando a relação févida, círculos bíblicos/grupos de rua e sua dimensão missionária nos aspectos religioso, político e social”.
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Juventude presente na caminhada do enviado especial a Juazeiro do Norte (CE)
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Intereclesial, lugar recebeu este nome em homenagem à comunidade criada pelo beato José Lourenço; 2 ecia o estudo dos temas; 3 - Celebração ecumênica no último dia do evento; 4 - Romeiros da Arquidiocese, e, no bairro de Pedrinhas, onde ficaram hospedados; 5 - Celebração presidida pelos povos indígenas, moovos; 6 - Missa de encerramento do Intereclesial, realizada em frente a Basílica de Nossa Senhora das Dores
Já a nível Estadual e Nacional, respectivamente: “Aprofundar a identidade e missão das CEBs”; “Trabalhar pelas reformas estruturais (reformas urbana, agrária, tributária e política – com total apoio ao plebiscito popular – e pela regulamentação dos meios de comunicação). Trabalhar pela aprovação da Lei da Economia Solidária e contra a aprovação da PEC 215. Indicativo para a colegiada: articular a comunicação dos estados sobre as atividades das CEBs, a partir de suas lutas e ações. Que a ampliada nacional tire diretrizes para a caminhada das CEBs de todo o Brasil para atuação nas regiões de acordo com suas realidades.” As CEBs da Arquidiocese de São Paulo já planejam realizar dois encontros para debater tudo que foi vivido no Intereclesial. De acordo com Serginho, haverá dois encontros ainda no primeiro semestre deste ano, um em fevereiro, no Centro Pastoral São José, no Belém, para fazer uma avaliação do que foi vivido em Juazeiro do Norte. A outra reunião ainda não tem data definida, mas será realizada em março ou abril para saber o que foi levado para as comunidades deste 13º Intereclesial. (EBS)
Além da mensagem do papa Francisco ao 13º Intereclesial de CEBs, os participantes do encontro tiveram outro motivo com que se alegrar: a forte e ativa presença da juventude. Com um dos ranchos (grupo de trabalho) contendo uma temática específica para juventude, “CEBs e o Protagonismo da Juventude”, os jovens puderam expor seus pontos de vista sobre o trabalho das Comunidades Eclesiais de Base e apresentar “os clamores da juventude”. O secretário nacional da Pastoral da Juventude, Thiesco Crisóstomo, acredita que esse Intereclesial foi muito importante, pois, além de ter um espaço que trata diretamente do protagonismo da juventude nas Comunidades Eclesiais de Base, ele envolveu os jovens no proces-
so de construção do encontro. Renata Souza, da Arquidiocese de São Paulo, participou pela primeira vez de um Intereclesial. Para ela, o número de jovens que participaram do encontro foi impressionante e lhe deu a certeza de que as “CEBs podem ficar vivas principalmente com a presença do número grande da juventude que esteve aqui no Ceará”. A jovem afirmou que leva do encontro “o cultivo da fé”, pois as pessoas da cidade são muito acolhedoras e sabem “expressar e cultivar a fé nas famílias e na comunidade”. Sobre o tema do encontro, Renata afirmou que a justiça e a profecia é “estar preocupado com o que acontece ao nosso redor, tanto na comunidade, nas famílias, quanto no contexto social e político e nós mesmos sermos profetas e praticarmos a justiça”. (EBS)
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Região Ipiranga
Paróquias recebem padres nomeados em dezembro Começam a tomar posse na Região Ipiranga, os sacerdotes nomeados em 2013; padre José Lino Mota assume Igreja Santa Ângela e São Serapião
roco, padre Bóris Augustin Nef Ulloa, em missa presidida pelo Cardeal no dia 7 de fevereiro, às 19h. No dia 8 de fevereiro, o padre Benedito Vicente de Abreu, que estava na Paróquia Imaculada Conceição, assume a Paróquia Santo Afonso Ma-
ria de Ligório. A celebração da posse será presidida por dom Odilo Scherer, e acontece às 17h. No mesmo dia, às 18h, padre Anísio dará posse ao novo pároco da Igreja Santa Cristina, padre Márcio Rogério Manso – que estava na Paróquia Santo Afonso.
Já no dia 9, acontecerão três posses. Às 9h, padre Anísio dá posse ao novo pároco da Igreja Santa Cândida, padre João Cícero Freitas de Moraes, que estava na Nossa Senhora de Fátima. O cardeal dará posse ao padre Celso Paulo Torres na Paróquia Nos-
sa Senhora do Sião, em missa às 18h. Padre Celso estava na Paróquia Santa Rita. Finalmente, também às 18h, padre Anísio dará posse ao novo pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima, padre Uilson dos Santos, que era pároco na Santa Cristina. Pascom Ipiranga
Francisco David
Colaborador de Comunicação da Região
Padre José Lino Mota Freire, até então vigário da IPIRANGA Paróquia Santa Paulina, no Heliópolis, tomou posse no último dia 29 de dezembro, às 19h, na Paróquia Santa Ângela e São Serapião. A celebração da posse foi presidida pelo vigário episcopal para a Região Ipiranga, padre Anísio Hilário. A posse do padre Lino foi a primeira de uma série de oito nomeações assinadas em dezembro de 2013. O vigário episcopal, padre Anísio, disse que o rodízio entre os padres é um processo normal em todas as dioceses e pediu que os paroquianos recebam com alegria os padres designados e que deem continuidade aos trabalhos das comunidades com tranquilidade. Além disso, o vigário episcopal explicou que o discernimento para o processo das transferências foi conduzido por ele, em comunhão com o Conselho de Presbíteros da Região Ipiranga e com o cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano. O atual pároco da Igreja Santa Cândida, padre Jorge Bernardes, tomará posse da Paróquia Santa Rita de Cássia no dia 2 de fevereiro, em missa às 11h presidida pelo padre Anísio Hilário. A Paróquia Imaculada Conceição receberá seu novo pá-
Paróquia Nossa Senhora do Sião, uma das que recebe pároco nomeado em dezembro de 2013, se prepara para viver uma nova etapa na caminhada de fé Divulgação
‘Conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz’ da região episcopal
Arte do tema da RCC 2014
A Renovação Carismática Católica da Região Episcopal Ipiranga prepara-se para viver intensamente o tema proposto pelo Conselho Nacional da Renovação Carismática Católica do Brasil em setembro passado: “Conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz” (cf. Efésios 4,3) neste ano de 2014. Na programação deste ano, a RCC Ipiranga deseja alcançar as pessoas mais distantes desta região para levar a alegria do Evangelho. Propõe também
reformas nas formas de evangelização, usando ainda mais a criatividade, para alcançar aqueles que são mais pobres espiritualmente. Segundo Leonardo Tókio, coordenador da RCC Ipiranga, este ano será para a Renovação Carismática, um ano de formação e estado permanente de missão, seguindo as direções do 11° Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo. Ele também convoca os grupos de oração a irem ao encontro das pessoas afastadas e saírem do comodismo
que deixam alguns ociosos. Por fim, Leonardo deixa uma mensagem para aqueles que desejam evangelizar na RCC: “Somente vivendo em unidade alcançaremos a paz tão sonhada, somente assim conseguiremos levar com alegria a todos os povos o Santo Evangelho. A missão da RCC é de tornar o Espírito Santo mais conhecido e amado, proporcionando a todos a efusão do Espírito Santo. Nesse sentido, nos comprometemos com a evangelização dentro desta Região Episcopal durante todo este ano”.
Região Lapa
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‘A Voz dos Pobres’ em seu trabalho missionário Na noite de sexta-feira, 10, a Pascom da Região Episcopal Lapa acompanhou a comunidade de missão eucarística em seu trabalho junto a população em situação de rua
Comunidade da Missão Eucarística ‘A Voz dos Pobres’ realiza missão com pessoas em situação de rua e tem seu carisma inspirado na Eucaristia e no anúncio da Palavra de Deus
Benigno Naveira
Colaborador de Comunicação da Região
Antônio Luis Vaz, um dos fundadores da ComuniLAPA dade Eucarística Voz dos Pobres, ao ser entrevistado, falou que o fundador da Comunidade foi seu irmão Claudio Luiz Vaz. Tudo começou em julho de 1996, quando ele estava indo para a Paróquia Nossa Senhora dos Pobres, no Butantã, para participar da missa. Ao passar por duas pessoas “mendigos” de rua que estavam deitados na calçada, sentiu em seu coração a necessidade de ajudálos, mas naquele momento seguiu em frente para a paróquia. Antônio disse ainda que, no momento da comunhão de seu irmão, aquele sentimento de ajuda ao próximo se tornou mais forte. Claudio, após o término da missa, ao sair foi direto para minha casa, contando-me o que ele tinha sentido, voltamos ao local onde estavam os mendigos, levando para eles cobertores e lanches, começando este trabalho missionário.” Para Antônio Vaz, a Missão Eucarística Voz dos Pobres é uma missão da Igreja, que tem como carisma a adoração e o cuidado com os moradores de rua. A missão possui casa de acolhimento para moradores de rua, que não conseguem andar, usam fraldas e, até na higiene pessoal, precisam de ajuda. O trabalho de pastoral é levar aos agenda regional
Sábado (18), das 8h às 17h Oficina de formação para líderes paroquiais da pastoral da Pessoa Idosa, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, (rua Nossa Senhora da Lapa, 298).
moradores de rua alimentos, roupas, cobertores, cuidando de suas feridas e, principalmente, levando o amor e a Palavra de Deus a todos. Na Comunidade Voz dos Pobres, este trabalho é feito todos os dias em várias regiões, em busca dos pobres, enxergando nas calçadas a cruz do Nosso Senhor Jesus Cristo sob o véu do sofrimento e da pobreza. Marcelo de Paula, morador
de rua há mais de dez anos, deu seu depoimento à reportagem dizendo: “Agradeço a todos os missionários da Voz dos Pobres, o carinho e amor à minha pessoa e a outros moradores de rua, trazendo comida, roupa e a Palavra de Deus”. Cleber de Castro, um dos missionários, também falou à reportagem sobre o seu trabalho. “Não existe classe social para Deus. Estes moradores de
rua tiveram uma vida em comunidade e, por vários motivos, perderam tudo: a família, os amigos e passaram a ser moradores de rua, por isso, agradeço a Deus por ter me escolhido para esta missão. O Carisma da Missão Eucarística Voz dos Pobres é viver a santa missa, adorar e zelar pelo Santíssimo Sacramento. Cuidar e amar os pobres de rua. Viver e anunciar o Evangelho de Jesus
aos ricos e aos pobres anunciando as verdades e denunciando as maldades. A missão tem o acompanhamento do assistente eclesiástico padre Jorge Pierosan Rocha, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, parque Continental Setor Butantã, e responsável pela formação padre João Carlos Borges, vigário geral regional e pároco da Paróquia São Patrício, Setor Rio Pequeno.
palavra do bispo
A amizade sincera, sadia e verdadeira une e sustenta a vida cristã Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa
Dom Julio Endi Akamine
Caro leitor do O SÃO PAULO, os santos Basílio Magno e Gregório Nazianzeno são muito conhecidos pelas obras publicadas, pela contribuição para a teologia trinitária e pela luta contra a heresia ariana. O trecho do sermão de São Gregório destaca, porém, um aspecto da vida deles muito significativo para os dias de hoje: a amizade. Uma amizade sincera, sadia, autenticamente cristã os uniu e os sustentou na vida cristã. O que São Gregório descreve da amizade que os unia serve para orientar o
modo como cultivamos (ou deveríamos cultivar) as nossas amizades. Boa meditação. “Encontramo-nos em Atenas. Como o curso de um rio, que partindo da única fonte se divide em muitos braços, Basílio e eu nos tínhamos separado para buscar a sabedoria em diferentes regiões. Mas voltamos a nos reunir como se nos tivéssemos posto de acordo, sem dúvida porque Deus assim quis. Nesta ocasião, eu não apenas admirava meu grande amigo Basílio vendo-lhe a seriedade de costumes e a maturidade e prudência de suas palavras, mas ainda tratava de persuadir a outros que não o conheciam tão bem a fazerem o mesmo. Logo começou a ser considerado por muitos que já
conheciam sua reputação. Que acontece então? Ele foi quase o único entre todos os que iam estudar em Atenas a ser dispensado da lei comum; e parecia ter alcançado maior estima do que comportava sua condição de novato. Este foi o prelúdio de nossa amizade, a centelha que fez surgir nossa intimidade; assim fomos tocados pelo amor fraterno mútuo. Com o passar do tempo, confessamos um ao outro nosso desejo: a filosofia era o que almejávamos. Movia-nos igual desejo de obter o que há de mais invejável: A ciência. No entanto, não tínhamos inveja, mas valorizávamos a emulação. A única tarefa e objetivo de ambos era alcançar a virtude
e viver para as esperanças futuras, de tal forma que, mesmo antes de partirmos desta vida, tivéssemos emigrado dela. Nesta perspectiva, organizamos toda a nossa vida e maneira de agir. Deixamo-nos conduzir pelos mandamentos divinos estimulando-nos mutuamente à prática da virtude. E, se não parecer presunção minha dizê-lo, éramos um para o outro regra e o modelo para discernir o certo e o errado. Assim como cada pessoa tem um sobrenome recebido de seus pais ou adquirido de si próprio, isto é, por causa da atividade ou orientação de sua vida, para nós a maior atividade e o maior nome era sermos realmente cristãos e como tal reconhecidos.”
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Região Santana
Paróquia São Francisco Xavier acolhe novo pároco Diácono Francisco Gonçalves/Pascom
Da Diocese de Jacarezinho (PR), padre Jorge da Silva é transferido para a Arquidiocese de São Paulo e toma posse durante missa Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de Comunicação da Região
Padres da Diocese de Jacarezinho (PR), acomSANTANA panhados de seu bispo, dom Antonio Braz Benevente, concelebraram a missa em que padre Jorge da Silva tomou posse como pároco da Paróquia São Francisco Xavier. Padre Jorge tomou posse como novo pároco da Paróquia São Francisco Xavier na Arquidiocese de São Paulo-SP, Setor Medeiros da Região Episcopal Santana, no último dia 4, em missa solene presidida por dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para a Região Santana. A Paróquia São Francisco Xavier
Dom Sergio, ladeado por dom Antonio Braz e pelo padre Jorge da Silva, empossa o Sacerdote como novo pároco da Paróquia São Francisco Xavier
possui duas comunidades: Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Auxiliadora. Vários padres da Diocese de Jacarezinho (PR), acompanhados de seu bispo, dom Antonio Braz Benevente, concelebraram a missa, além dos padres José Domingos Bragheto, Maurício Vieira de Souza, Fernando Baptistute, e Edgardo Manuel Zagada, coordenador do Setor Medei-
ros, e dos diáconos permanentes Gilson Crema e Jorge Fernandes Albuquerque Vides. Há vários anos, a Diocese de Jacarezinho queria estabelecer um convênio com a Arquidiocese de São Paulo para formação de seu clero, e agora se concretizou com a posse de padre Jorge. A paróquia vai receber padres daquela diocese quando vierem estudar em São Paulo e
eles ajudarão na ação paroquial. Padre Jorge nasceu na cidade de Siqueira Campos (PR), em 10 de maio de 1966. Desde criança, já tinha sido despertado para o sacerdócio entrando no seminário com 8 anos, sendo ordenado há 21 anos. Padre Jorge sente seu trabalho atual como de missão, representando Jacarezinho, e saúda seus novos paroquianos:
“Com esperança e amor. Quero ser para essa comunidade um irmão, um filho e um pai para todos que vierem me procurar. Eu conto muito com a ajuda de todos para exercer meu ministério. Com muita humildade estou aqui para ser um padre e irmão de todos.” Padre Jorge quis também agradecer o acolhimento que teve em sua chegada à paróquia.
Padre Chapron Ribeiro toma posse na Paróquia Santa Luzia Diácono Francisco Gonçalves/Pascom
da região episcopal
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar na Região Santana, empossou como administrador paroquial da Paróquia Santa Luzia, Setor Mandaqui, o padre José Chapron Ribeiro, na manhã do domingo, dia 5. Padre Chapron nasceu em Recife (PE), em 8 de março de 1963. Lá, ainda jovem, foi coroinha da Paróquia Santo Antônio, dirigida por Capuchinhos, o que lhe despertou a vocação sacerdotal entrando para o seminário capuchinho. Saindo do seminário na capital pernambucana, mudou-se para São Paulo, onde concluiu seus estudos de teologia. Foi ordenado Padre em 15 de fevereiro de 1992 por dom Joel Ivo Catapan, bispo auxiliar na Região Santana à época. De seus anos como Sacerdote, 20 deles se passaram na Região Santana, onde atuou inicialmente na Paróquia Santa Inês, de onde partiu para assumir a Paróquia São Roque do Imirim. Após alguns anos, foi trabalhar na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Matias, no Lausane. Em segui-
Padre Chapron assume sua nova paróquia, Santa Luzia, no dia 5, com missa presidida por dom Sergio de Deus
da, atuou na Paróquia São Gabriel da Virgem Dolorosa. Depois, foi ser responsável pela Paróquia São Luiz Gonzaga e agenda regional
pela Comunidade São Judas Tadeu. “O Reino é construído por todos, sozinho ninguém con-
segue. E quem entra nesse projeto do Reino tem que estar sempre aberto à novidade que o próprio Reino é em si. Se não
tivermos essa abertura nós acabamos dificultando o projeto que queremos construir. Tem que existir essa abertura para que o Reino de Deus aconteça. Espero que possamos realizar um bom trabalho nessa comunidade”, saudou padre Chapron os seus novos paroquianos. Padre Chapron continua seu trabalho também na Fraternidade Dom Helder, que surgiu quando ainda era pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Matias. Como tinha lá um sopão comunitário, eles começaram a se reunir para estruturar a assistência aos pobres. Há mais de dez anos, ajudam os pobres e, nesse período, dois padres no Rio de janeiro e dois em São Paulo a ela se filiaram. Pretendem no futuro constituírem um instituto secular.
Segunda-feira (20)
Terça-feira (21)
Domingo (2 de fevereiro)
Festa de São Sebastião, na Paróquia São Sebastião (praça Stélio Machado Loureiro, 1, Vila Guilherme, Tel.: 2901-7346).
Festa de Santa Inês na Paróquia Santa Inês (rua Paulo Carneiro, 30, Lauzane Paulista, Tel.: 2231-4759).
A Paróquia Nossa Senhora da Candelária (praça Nossa Senhora da Candelária, 1, Vila Maria) homenageia sua padroeira com missa solene no dia 2 de fevereiro, domingo, às 19h. A festa será precedida por novena de 24 de janeiro (sexta) a 1º de fevereiro (sábado), nos dias de semana às 20h, e sábados e domingos, às 19h.
Região Sé
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2014 será de intensas atividades regionais Arquivo/Centro de Pastoral da Região Sé
Calendário da Região este ano destaca formações e encontros para agentes de pastorais Fernando Geronazzo
Colaborador de Comunicação da Região
O calendário de atividades da Região Episcopal SÉ Sé para o ano de 2014 será intenso. Passado o período de férias, no mês de fevereiro iniciam os trabalhos de animação para a Campanha da Fraternidade (CF), que neste ano traz o tema“Fraternidade e Tráfico Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,1). No dia 4 acontece o Encontro Regional de Formação para a CF 2014, com o objetivo de preparar os agentes de pastorais sobre o tema. Também em fevereiro, de 10 a 14, acontece a tradicional Semana Catequética, realizada pela Animação Pastoral Bíblico-Catequética da Região Sé, destinada não só aos catequistas de crianças, jovens e adultos, mas também aos demais agentes de pastoral. Ainda para os catequistas, no mês de março, acontecem os Encontros Regionais de Catequese, que no dia 22 darão destaque para o Sacramento do Batismo e no dia 29 abordarão o Sacramento da Confirmação (Crisma). O Retiro Regional de Catequistas será no dia 6 de julho, enquanto a celebração regional do Dia do Catequista está prevista para 30 de agosto.
Assembleia Regional de Pastoral é um dos destaques do calendário de atividades da Região Episcopal Sé em 2014, que terá um ano intenso de atividades
A Comissão Regional de Liturgia tem quatro encontros de formação programados para 2014. Dois no primeiro semestre, de 25 a 26 de fevereiro, e de 6 a 7 de maio, e dois no segundo semestre, de 26 a 27 de agosto, e de 21 a 22 de outubro. Estão previstos quatro encontros com as secretarias paroquiais da Região. Nos dias 20 de março, 29 de maio, 28 de agosto e 27 de novembro, sempre a partir das 9h no Centro de Pastoral da Região Sé (avenida Pacaembu, 954).
Para os ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, além das reuniões mensais dos coordenadores paroquiais, o destaque é para o encontro regional dos ministros, no dia 11 de outubro, a partir das 8h30, na Catedral da Sé. Nos dias 17 a 21 de março, acontece o retiro anual do clero na Região Sé. Para os padres e diáconos que atuam na região, também estão programados encontros mensais para oração, reflexão e convivência.
Mas a principal atividade em âmbito regional de 2014 será a Assembleia Regional de Pastoral, no dia 4 de outubro, que reunirá lideranças, coordenadores de pastorais e de setores da Região, juntamente com dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal da Região Sé. O encontro avaliará as prioridades pastorais assumidas pela Região ao longo do ano e proporá caminhos e prioridades para o próximo ano, sempre à Luz do 11º Plano Arquidiocesano de Pasto-
ral e das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Também fazem parte do calendário da Região Sé atividades arquidiocesanas, como a peregrinação da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida, em 4 de maio; o Curso de Atualização teológico Pastoral do Clero, de 4 a 7 de agosto; e a Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, dia 25 de outubro. O calendário completo está disponível no site da Região: www.regiaose.org.br.
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Região Brasilândia
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Fiéis de SP despedem-se de padre Comaru Jose Vagner
Sacerdote de 92 anos foi sepultado no dia 5, após celebração de exéquias na Paróquia Santa Isabel e Santa Luzia
Jefferson Rodrigues
Renata Moraes
Colaboradora de comunicação da Região
No sábado, 4, faleceu o padre João Belisár i o Comaru de BRASILÂNDIA Araújo, 92 anos. O Sacerdote desempenhou seus trabalhos em diversas paróquias da Arquidiocese de São Paulo, inclusive na Região Brasilândia. Padre Comaru, como era conhecido, havia completado 66 anos de sacerdócio, em novembro de 2013. A missa de corpo presente aconteceu no domingo, 5, na Paróquia Santa Isabel e Santa Luzia, no Jardim Primavera, onde o Presbítero trabalhou por muito tempo. A celebração foi presidida por dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC). Estiveram presentes os familiares, leigos e padres que atuam na Região e também as irmãs da Casa São Paulo, local onde o Padre residia. Na homilia, dom Angélico ressaltou que Deus se manifesta a todos, sem excluir ninguém, e relembrou que padre Comaru, em seu sacerdócio, “se comprometeu com as pessoas, sobretudo com aquelas que sofrem”. O Bispo se referiu ao Padre falecido com carinho. “Padre Comaru foi um homem, um discípulo de Jesus que amou as pessoas e se comprometeu, sobretudo, com aquelas que sofrem. Ele via nas pessoas antes de tudo gente, um homem e uma mulher que deve ser respeitado e ser amado. Esse foi o grande testemunho de um homem que acreditou em um Deus que é Pai, e que, portanto, faz com que toda a humanidade seja fraterna”, e encerrou, emocionado, ressaltando o grande amor que padre Comaru tinha com a Igreja. “Sempre animado, sempre iluminado pela luz do Evangelho, pela alegria do Evangelho, viveu intensamente a fé e a esperança do amor. E amou a Igreja, Igreja que somos todos nós, querendo uma Igreja comprometida com os pobres.”
Padre João Belisário Comaru morre aos 92 anos; celebração de exéquias na Brasilândia, no dia 5, precede sepultamento no cemitério Gethsêmani Anhanguera
O jovem Rafael Valmoleda, que conviveu por alguns anos com o Sacerdote na Paróquia Santa Rita, no Morro Grande, lembrou: “Sua passagem na
minha vida foi marcante, com o passar dos tempos fui percebendo que estava diante de um sábio, mestre, um servo de Deus que não se cansava
de falar, viver e testemunhar Deus”. Logo após a celebração, o cortejo seguiu rumo ao cemitério Gethsêmani Anhanguera,
onde aconteceu o sepultamento. A missa de sétimo dia foi celebrada no sábado, 11, também na Paróquia Santa Isabel e Santa Luzia.
Morre Aurélia Mora, referência na Pastoral da Saúde da região episcopal
Em 28 de dezembro, a Pastoral da Saúde da Região Brasilândia se despediu de sua coordenadora Aurelina da Silva Mora, conhecida como dona Aurélia, que faleceu vítima de infarto. Por mais de 20 anos, dona Aurélia dedicou sua vida aos doentes, na coordenação desta pastoral e também trabalhou desde o início da fundação da Paróquia São Judas Tadeu, na Vila Miriam, sendo
catequista por mais de 50 anos. A missa de sétimo dia, presidida pelo padre Jaime Izidoro de Sena, foi celebrada em 3 de janeiro, naquela paróquia, e contou com a presença dos familiares, amigos e agentes da Pastoral da Saúde. Na homilia, padre Jaime destacou o grande amor de Aurélia com os enfermos e com a Igreja. “Dona Aurélia testemunhou e viveu bem a sua fé, era sempre muito preocupada com as questões
da saúde, muito amada e respeitada em nossa paróquia, pelo seu trabalho na Catequese e sua representação na Região Brasilândia”. Em entrevista, o padre Edson Jorge Feltrin, coordenador da Pastoral da Saúde na Arquidiocese também manifestou seu pesar. “Aurélia marcou muito a todos nós, sobretudo pelo seu amor à Igreja, à sua família, aos doentes e à sua comunidade, São Judas Tadeu. Sua participação sempre foi
marcada pela alegria e disponibilidade.” “Sempre fica um pouco de perfume na mão de quem oferece flores, e nossa mãe oferecia flores”, disse Anizabel Mora, uma das filhas de dona Aurélia, resumindo, emocionada, o legado de sua mãe. Ao final da celebração, a equipe de liturgia homenageou dona Aurélia. Ela tinha 80 anos, era viúva. Teve oito filhos (um já falecido), nove netos e sete bisnetos.
palavra do bispo
São Paulo: testemunho de vida cristã (1) Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia
Dom Milton Kenan Júnior
Ao celebrar a Festa Patronal de nossa Arquidiocese, a Festa da Conversão de São Paulo, no próximo dia 25 de janeiro, somos, desde já, convidados a nos deixar interpelar pelo testemunho do Apóstolo das Nações, “testemunha de vida cristã”. Ao relatar sua conversão, São Paulo relembra as palavras de Ananias no momento do seu Batismo, que revelam a sua missão: “Pois tu hás de
ser sua testemunha, diante de todos os homens, do que viste e ouviste” (v.15). Essas palavras nos fazem pensar no início da Primeira Carta de São João: “o que ouvimos, o que vimos com nossos olhos, o que contemplamos, e o que as nossas mãos apalparam do Verbo da vida – porque a Vida manifestou-se: nós a vimos e lhes damos testemunho e vos anunciamos a Vida eterna...” (1Jo 1,1-2a). Seja a Igreja, como cada batizado, chamada a ser testemunha, a falar do que viu e ouviu, a falar em primeira pessoa da sua experiência de encontro com o Ressuscitado e a mostrar, pela sua vida, a
verdade das suas palavras. São Paulo nos fala da fé como um ato com implicações pessoais e comunitárias, que envolve toda a vida: “Se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor e, no teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. É crendo com o coração que se alcança a justiça, e é confessando com a boca que se consegue a salvação” (Rm 10,9-10). Coração e boca, adesão e testemunho, acolhida e transmissão correspondem entre si; pois, anúncio sem adesão pessoal torna-se fácil proselitismo; adesão pessoal sem transmissão da fé, tornase ilusão e comodismo.
Hoje, não só recebemos a fé, mas, nos decidimos por ela, nós a escolhemos. Ela tornou-se uma opção entre tantas, que tem a capacidade de dar sentido às nossas vidas. Daí a necessidade de que, em nossas comunidades, seja dado especial relevo ao anúncio querigmático e à Catequese, adaptada às diversas idades, como processo de amadurecimento e testemunho da fé cristã. Deixemo-nos animar pelo exemplo de nosso Patrono, São Paulo, “testemunha de vida cristã”: sempre tenaz no compromisso, destemido nas suas ações e perseverante na sua missão.
Região Belém
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Arsenal da Esperança promove bazar beneficente Fotos: João Carlos Gomes
Cerca de 600 pessoas passam pela atividade no segundo sábado de cada mês; renda é convertida em melhorias para os projetos e conviventes João Carlos Gomes
Colaborador de Comunicação da Região
Como já faz há pelo menos 16 anos em todo bELÉM segundo sábado de cada mês, o Arsenal da Esperança Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, na Região Episcopal Belém, realizou no sábado, 11, seu primeiro bazar beneficente de 2014. Com o objetivo de arrecadar fundos para implementar melhorias em sua estrutura e auxiliar seus diversos projetos voltados à justiça e ao desenvolvimento humano (todos os dias, o Arsenal da Esperança oferece acolhida para 1.200 homens que se encontram em dificuldades), o bazar disponibiliza centenas de itens que vão desde peças de vestuários, passando por livros, CDs, DVDs, aparelhos eletroeletrônicos, utilidades domésticas e até mobílias, tudo com preços bem abaixo do custo, uma vez que são peças doadas. “Tudo é vendido aqui por um preço simbólico, sem querer praticar preço de grandes lojas. Colocamos neste bazar tudo que recebemos em doações e revertemos o ganho nas ati-
Primeiro bazar beneficente de 2014, promovido pelo Arsenal da Esperança, acontece no sábado, 11, com o objetivo de arrecadar fundos para a entidade
vidades do Arsenal”, explica o diretor do Arsenal da Esperança, Gianfranco Melino.
Aumentando o Arsenal
Mas o que mais alegra Gianfranco é o envolvimento dos voluntários, tanto no período em que ocorre o bazar, entre 8h e 13h, quanto na preparação dos espaços no galpão central da entidade. “No dia do bazar, pelo menos 39 pessoas se vo-
luntariam para trabalhar no atendimento do público, mas há também dezenas de voluntários que vêm na semana que antecede o bazar para colocar todos os produtos em ordem e arrumar o espaço”, contou. E, além de tudo, fica claro para o diretor o grande propósito do evento, que é o aumento do número de pessoas que passam a conhecer e integrar os projetos da Fraternidade da
A I U Q TU20R14
Esperança. “Estamos às vésperas de comemorar 18 anos da fundação do Arsenal, agora no fim de janeiro, e nos dá muita alegria saber que de todas essas pessoas que vêm ao nosso bazar, muitos se tornam voluntários de nossos projetos, se inserem nos trabalhos do Arsenal da Esperança”, finalizou Gianfranco. Aos interessados em conhecer o bazar e adquirir
01Maio – São Paulo / Istambul 02 Maio – Istambul 03 Maio – Istambul 04 Maio – Istambul / Konia 05 Maio – Konia / Capadocia 06 Maio – Capadocia 07 Maio – Capadocia 08 Maio – Capadócia / Antioquia 09 Maio – Antioquia / Silifke 10 Maio – Silifke / Alanya
produtos a preços simbólicos e, mais importante, conhecer todas as obras do Arsenal da Esperança Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, o próximo bazar acontecerá dia 8 de fevereiro, das 8h às 13h, na rua Doutor Almeida Lima, nº 900, na Mooca. Mais informações pelo telefone (11) 2292-0977 ou pelo e-mail arsenaldaesperança@ sermig.org.br.
11 Maio – Alanya / Antalya 12 Maio – Antalya 13 Maio – Antalya 14 Maio – Antalya / Pamukkale 15 Maio – Pamukkale 16 Maio – Pamukkale / Izmirna 17 Maio – Izmirna 18 Maio – Izmirna / Pergamo / Tróia / Çanakkale 19 Maio – Çanakkale / Istambul 20 Maio – Istambul / São Paulo
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Inscrições prorrogadas para Prêmio Mandacaru de práticas inovadoras no Semiárido Foram prorrogadas as inscrições do Prêmio Mandacaru 2 – Projetos e Práticas Inovadoras em Acesso à Água e Convivência com o Semiárido até o dia 5 de fevereiro. O Prêmio busca apoiar projetos que tenham como base as tecnologias sociais de acesso à água. As inscrições devem ser realizadas no site www.iabs.org.br/projetos/premiomandacaru.
Cisterna de placa para conviver com o Semiárido A rede de Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) lançou campanha contra a implantação de cisternas de plástico na região
Fotos: ASA - Articulação Semiárido Brasileiro
Nayá Fernandes Redação
As cisternas são uma das tecnologias utilizadas para a convivência com o Semiárido brasileiro e a garantia de água para as famílias que, durante todo o ano, sofrem com a seca. Entidades como a Cáritas e o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), com o apoio da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), já construíram, desde 2001, uma média de 700 mil cisternas. Mas, nos últimos anos, o Ministério da Integração Nacional (MI), que chegou mais tarde no esforço de proporcionar o
acesso à água para os moradores das zonas rurais, distribui cisternas de polietileno, conhecidas como “cisternas de plástico”. Desde então, entidades sociais e agricultores têm promovido o debate sobre benefícios e prejuízos deste tipo de cisterna, que substitui aquela de placa, construída com cimento e areia. A ASA, que defende as cisternas de placa como uma tecnologia social, lançou a campanha “Cisterna de Plástico/ PVC – Somos Contra!”, durante a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, em novembro de 2011. Luciney Martins/O SÃO PAULO
O objetivo da campanha é alertar a sociedade brasileira sobre o impacto e efeitos negativos da disseminação dessas cisternas para o fortalecimento da estratégia de convivência com o Semiárido. Aldo dos Santos, coordenador da ASA Paraíba, explicou o que motivou o lançamento da campanha. “A rede entende que é uma política eleitoreira, que não considera o conhecimento popular das comunidades e, por isso, se colocou contra desde o início. Naquelas de placa, os pedreiros são agricultores que aprenderam a fazer cisternas de areia e cimento. O material de construção é adquirido no município ou no entorno.”
Além disso, são realizados cursos de capacitação, que envolvem toda a comunidade. “Os cursos exigem alimentação, também são adquiridos ali”, disse Aldo. Por outro lado, as cisternas de plástico já vêm prontas. “Há empresas que fazem a logística e a aplicação. Outro aspecto é o custo: a cisterna de placa custa atualmente R$ 2.077 e a de plástico cerca de R$ 5 mil sem a logística de aplicação. Além disso, podem derreter, devido ao calor e, daqui a alguns anos, teremos um monte de lixo espalhado pelo semiárido”, completou o coordenador. No testemunho das comunidades, Aldo escutou retornos como: “A gente saía às 23h pra buscar água no lombo do ju-
mento e voltava às 11h do dia seguinte e, muitas vezes, sem água”. “Hoje, a água está ao redor casa o que muda a relação com o tempo, muda a rotina das famílias”, explicou. Para Clea de Fátima Silva, a Teka, agente Cáritas em Araçuaí (MG), “a proposta é fantástica, pois não é simplesmente construir a cisterna, como acontece com a de plástico, mas tudo começa com a mobilização da família”. Teka destacou as capacitações como ponto alto da construção das cisternas de placa. “Na Cáritas, capacitamos para gestão da água para a produção de alimento, o cultivo das sementes crioulas e para a atenção aos princípios agroecológicos”, reforçou.
Em livro, Otília Arns fala de seus seis filhos PADRE CIDO PEREIRA DIRETOR DO O SÃO PAULO
A professora Otília Arns tem um curriculum vitae de tirar o fôlego. Domina como ninguém o português e o alemão, por conta de sua convivência familiar com os pais Gabriel Arns e Helena Steiner, e seus 12 irmãos, bem como o espanhol, o francês, o inglês, o latim e o grego, por força de seus estudos nos Cursos Colegial Clássico e Universitário no Brasil, com pós-graduação na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. É doutora em ciências sociais. É autora de vários livros didáticos e sobre a saga de sua família em Santa Catarina e no Paraná. Escritos com competência, rigor científico e com o coração. Otília pertence à família Arns, que ofereceu a Deus e à sociedade brasileira 13 filhos, homens e mulheres de valor, consagrados a Deus na vida religiosa, dois frades franciscanos e três irmãs escolares de Nossa Senhora, ou inseridos no mundo, colaborando para uma sociedade mais digna, justa e fraterna. Vale lem-
brar aqui dom Paulo Evaristo Arns, o cardeal dos direitos humanos, e a doutora Zilda Arns, o anjo da guarda das crianças carentes do Brasil. Pois bem, a professora Otília Arns acaba de escrever e publicar mais um livro, um “pequeno grande livro” escrito com o coração, com amor de mãe, intitulado “O Lar Santa Helena”. Não há como não se emocionar com a história da obra mais bonita de Otília Arns. A família que ela formou com os meninos e meninas que gerou no coração, registrou no seu nome e acolheu no Lar Santa Helena, uma casa acolhedora erguida numa chácara que lhe coube da herança de seus queridos pais. A casa passou por diversas transformações e se tornou referência e ponto de encontro dos tios e tias das crianças Paulo de Tarso, João Ari Gualberto, Pedro de Alcântara, José Roberto, Maria Margarete, Sheila Helena. Essas crianças foram chegando uma a uma ao Lar Santa Helena, nome que, como se vê, foi uma homenagem de Otília a sua mãe Helena Steiner. Dom Paulo Evaristo Arns batizou cada uma das crianças.
Seu irmão, frei João Crisóstomo, e a própria Otília foram os padrinhos. A doutora Zilda Arns cuidou da saúde da criançada. Para completar tudo, o amor dos muitos tios e tias contribuíram para fazer os homens e mulheres de valor que são hoje. O livro conta e mostra em fotos a vida da criançada no Lar Santa Helena, os Natais e Páscoas celebrados com muita alegria. Conta, também, um terrível desastre automobilístico que impediu Otília de completar os 12 filhos que tinha como projeto criar. O depoimento respeitoso das crianças, 40 anos depois, completa o livro de Otília. Aqueles meninos e meninas de um dia não se esquecem dos avós “Opa Gabriel e Oma Helena”, o padrinho frei João Crisóstomo, os tios e tias, e veneram a Mãe Otília com a qual se reúnem nos Natais com os netos que lhe deram. Onde encontrar o livro? Otília não disse. Talvez porque o tenha endereçado apenas à sua grande família. Ela enviou um exemplar com carinhosa dedicação ao autor destas linhas. Fica aqui o registro.
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Consistório debaterá o tema da família Durante o anúncio dos novos cardeais, no domingo, 12, o papa Francisco comunicou também que reunirá o Colégio Cardinalício para debater o tema da família. O consistório está marcado para 22 de fevereiro, no Vaticano, data em que se celebra a Festa da Cátedra de São Pedro. Na cerimônia, os nomeados receberão as insígnias cardinalícias.
Direto de Roma EUA e Rússia discutem sobre a Síria
Realizou-se na segunda-feira, 13, em Paris, o encontro entre os chefes das diplomacias de EUA e Rússia, em vista da Conferência de Paz, Genebra 2, marcada para o próximo dia 22 deste mês em Montreux, na Suíça. O chefe da diplomacia estadunidense, John Kerry, estará em Roma nesta terça-feira, e encontrará também o secretário de Estado Vaticano, dom Pietro Parolin. O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Jan Psaki, explicou que John Kerry – nesta segundafeira, em Paris, para preparar a Conferência de Paz sobre a Síria – discutirá com o arcebispo Parolin sobre as posições da Santa Sé em temas como o Oriente Médio, a pobreza e os problemas humanitários.
Santa Sé e Camarões assinam acordo geral sobre estatuto da Igreja no país
A Santa Sé e a República dos Camarões assinaram na segunda-feira, 13, no Ministério dos Negócios Estrangeiros em Yaoundé, um acordo geral sobre o estatuto jurídico da Igreja Católica naquele país da África central. A assinatura foi realizada na presença de diversas personalidades do Estado e da Igreja. Por parte da Santa Sé pelo núncio apostólico nos Camarões, dom Piero Pioppo, e da parte de Camarões por Pierre Moukoko Mbondjo, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Francisco na Terra Santa pela paz Fotos: L’Osservatore Romano
Entre os dias 24 e 26 de maio, o Papa estará nas cidades de Amã, Belém e Jerusalém, que têm história de conflitos políticos e religiosos Nayá Fernandes Redação
“A busca pela paz é algo que diz respeito a israelenses e palestinos e a todos nós. Não há espaço para a indiferença, pois se trata de uma fraternidade universal”, disse, ao O SÃO PAULO , irmã Cristiane dos Santos, religiosa da Congregação Nossa Senhora de Sion, especialista em Cultura Judaico-Cristã, sobre o anúncio da visita do papa Francisco à Terra Santa, que acontecerá de 24 a 26 de maio. O anúncio foi feito no domingo, 5, após a oração do Angelus, no Vaticano, e a visita tem o objetivo de recordar o histórico encontro com o papa Paulo 6º e o patriarca de Constantinopla, Atenágoras, ocorrido em 5 de janeiro de 1964. O Papa passará por Amã, Belém e Jerusalém. “Esperamos que, com seu apelo à paz, esta visita anime a Jordânia em seu esforço pela paz e a justiça, particularmente na
Papa Francisco recorda o encontro entre Paulo 6º e o patriarca de Constantinopla, Atenágoras, que aconteceu há 50 anos
Palestina, na atenção aos refugiados sírios e nas iniciativas para preservar a identidade árabe do Cristianismo e afirmar a rejeição de toda violência e ataque aos lugares santos e à dignidade humana”, afirmou dom Fouad Twal, patriarca latino de Jerusalém, em entrevista coletiva à imprensa, após o anúncio. O papa Francisco também se reuniu na segunda-feira, 13, com especialistas do mundo da política, da diplomacia, da cultura e da economia. Irmã Cristiane comentou também que este encontro, bem como a Conferência de Paz “Genebra 2”, que vai acontecer no próximo dia 22, tenta garantir uma solução política para a guerra civil na Síria, que já soma mais de 120 mil mortos, desde março
de 2011. “Estes e outros encontros antecedem a visita do Papa à Terra Santa.” “Assim”, continuou a Religiosa, “as religiões monoteístas do Oriente Médio podem ser um caminho possível para se chegar a este sonho milenar para os povos que vivem naquela região, mas sozinhas não. Biblicamente, Jerusalém significa cidade da paz; lugar da presença de Deus; de onde sai a Palavra para todas as nações. A paz que sair de Israel afetará todos os povos com ou sem religião, porque a paz não tem religião nem partido político.” Irmã Zuleica Silvano, mestra em teologia e professora da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte (MG),
enfatizou o cinquentenário do Concílio Vaticano 2º, que teve seu início em 1962 e seu término em 1965, sendo promulgada a Declaração Nostra Aetate em 28 outubro de 1965, que trata do diálogo ecumênico e inter-religioso. “Essa visita estará também dentro das festividades desse grande evento. A visita realizada em três etapas (Amã, Belém e Jerusalém), por si só é importante. Pois, são cidades que trazem toda uma história de conflitos não somente entre israelitas e palestinenses, mas entre as várias religiões presentes nessas cidades, bem como a história de conflitos entre a chamada Igreja Cristã de tradição Oriental e Ocidental”, disse, à reportagem, irmã Zuleica.
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Santuário Nacional altera local de celebrações semanais para acolher visitantes Para acolher bem nas celebrações o grande fluxo de pessoas no Santuário Nacional de Aparecida no mês de janeiro, o Santuário alterou o local das celebrações, que, exceto aos finais de semana, acontecem nas capelas de São José e do Santíssimo, localizadas no interior da Basílica. Esta alteração perdura até o final do mês de janeiro.
Madre Assunta: beatificação será em 25 de outubro Fotos: Daniel Gomes/O SÃO PAULO
Religiosa italiana viveu em São Paulo entre 1895 e 1948, tendo fundado dois orfanatos na Vila Prudente e no Ipiranga
Entenda a beatificação de madre Assunta
Daniel Gomes Redação
A Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, Scalabrinianas, já iniciou, com o apoio da Arquidiocese de São Paulo, os preparativos para a celebração de beatificação de Madre Assunta Marchetti, que acontecerá em 25 de outubro, na capital paulista, conforme documento enviado à Congregação pela Secretaria de Estado do Vaticano, em 17 de dezembro. “Ficamos muito felizes com a notícia, felizes por nós e por toda a Igreja. Madre Assunta é um exemplo como pessoa de fé e é uma alegria pertencer à Congregação fundada por ela”, afirmou, ao O SÃO PAULO, irmã Jaira Oneida Mendes Garcia, vice-postuladora da causa de beatificação da Madre, que acompanha o processo desde 2010, junto à postuladora, irmã Leocádia Mezzomo. Nascida em Lombrici di Camaiore, na Itália, em 1871, madre Assunta Marchetti, cofundadora das Scalabrinianas, chegou à cidade de São Paulo
Objetos e relíquias da Madre estão no orfanato por ela fundado; irmã Jaira é vice-postuladora da causa de beatificação
em 1895, e, junto a seu irmão, padre José Marchetti, iniciou o Orfanato Cristóvão Colombo, no Ipiranga. Em 1904, a Madre inaugurou um orfanato para meninas, na Vila Prudente. Após missões no interior paulista e no Rio Grande do Sul, retornou a São Paulo em 1947. Já muito doente, teve os pés amputados e passou a viver em cadeira de rodas até a morte, em 1º de julho de 1948, aos 76 anos, no orfanato da Vila Prudente, que ainda hoje atende crianças em situação de vulnerabilidade social. “Madre Assunta viveu heroicamente as virtudes do dia a dia, numa santidade que é aquela a que a maioria das pessoas é chamada: a de perseverança, de não desistir nas horas difíceis”, avaliou irmã
Jaira, ressaltando, ainda, o estilo humilde e de trabalho silencioso da futura beata. Segundo a vice-postuladora, o museu de Madre Assunta, instalado em um pequeno quarto do orfanato, deverá ser reformado e ampliado até a data da beatificação. No local estão preservados objetos pessoais da Serva de Deus, tais como fotos, cópias dos certificados de Crisma e de Batismo, correspondências e sua mala de viagens. Também haverá reformas na capela, localizada no mesmo endereço (rua do Orfanato, 883, Vila Prudente), onde estão os restos mortais da Madre. Todos os domingos, às 16h, há missa no local. O processo de beatificação de madre Assunta Marchetti teve início em 1987, na Arqui-
diocese de São Paulo. Em 2010, a Congregação para as Causas dos Santos reconheceu as virtudes heroicas da Madre, e em 2012 aprovou o milagre, acontecido em 1994, no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), quando o senhor Heraclides Teixeira Filho, já diagnosticado com morte cerebral, recobrou os sentidos, após sua esposa e uma religiosa terem invocado a intercessão de madre Assunta. Em 24 de setembro de 2013, em sessão ordinária de cardeais e bispos, houve parecer positivo do último exame do processo para a beatificação, e, em 17 de dezembro, o anúncio da data da beatificação, que tem sido comemorada pelas Scalabrinianas, presentes em 27 países, com cerca de 800 irmãs, em 156 comunidades.
O processo foi iniciado em 1987, na Arquidiocese de São Paulo. Em 2010, a Congregação para as Causas dos Santos reconheceu as virtudes heroicas de Madre Assunta Marchetti. Em 2011, o papa Bento 16 a declarou venerável e, em 2012, houve a aprovação do milagre, acontecido em 1994, em Porto Alegre (RS): Heraclides Teixeira Filho, já diagnosticado com morte cerebral, recobrou os sentidos, após invocações de intercessão à Madre. Em 24 de setembro de 2013, houve parecer positivo do último exame do processo para a beatificação, e, em 17 de dezembro, o anúncio da data da celebração de beatificação para 25 de outubro de 2014. Daniel Gomes/O SÃO PAULO
Museu mantém memórias da Madre
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Geral
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br 14 a 20 de janeiro de 2014
4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação acontece em Aparecida (SP) Com o objetivo de articular e animar a Pastoral da Comunicação da Igreja no Brasil a partir da cultura gerada pelas novas tecnologias, serão realizados, de 24 a 27 de julho, em Aparecida (SP), o 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e o 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicadores. Inscrições em www.cnbb.org.br.
Por políticas públicas para ‘as juventudes’ Temática foi abordada no Curso de Verão 2014, e resultou em carta compromisso dos participantes Daniel Gomes
Reportagem na zona oeste
Um espaço de diálogo, aprofundamento e compromisso acerca de assuntos que preocupam os jovens. Assim foi o 27º Curso de Verão, realizado de 4 a 12, na PUC-SP, com o tema “Juventudes em foco: por políticas públicas em educação, trabalho e cultura”. Organizado pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), o Curso contou com a participação de 462 pessoas, que divididas em 20 tendas de trabalho, aprofundaram os temas tratados nas conferências realizadas e firmaram, em uma carta compromisso, propósitos por políticas públicas, por formação e espiritualidade e por iniciativas eclesiais e cidadãs voltadas para as juventudes em prol de uma sociedade mais justa (veja mais ao lado). “O enriquecimento de quem participa é de acolher o diferente, estar aberto para compreender outras formas de espiritualidade”, afirmou, ao O SÃO PAULO, padre José Oscar Beozzo, coordenador geral do CESEEP, que ressaltou que o Curso acontecia em profunda conexão com o 13º Intereclesial de CEBs (leia mais nas páginas 12 e 13). Uma das conferências do Curso tratou sobre juventudes e trabalho. O economista Márcio Pochmann, professor da Unicamp, apontou que no atual panorama, alicerçado no trabalho imaterial, já é possível pensar em jornadas de trabalho de até 12 horas semanais e na postergação do ingresso no mercado de trabalho, para que os mais jovens dediquem mais tempo aos estudos. Para isso, avaliou que é preciso um sistema educacional que forme para o conhecimento da realidade, a conquista de maioria política por um projeto comum e políticas públicas intersetoriais, para uma visão integrada dos problemas sociais. “Tecnicamente é justificá-
vel essa postergação do tempo de trabalho, porque as pessoas estão vivendo muito mais, não há razão para entrarem tão cedo no mercado, mas há entraves de natureza política, na medida em que existe uma concorrência desleal entre os países, com o uso, muitas vezes, do trabalho precário”, disse à reportagem. O tráfico de pessoas para trabalho escravo foi abordado pelo padre Ricardo Rezende Figueira, professor da UFRJ, tendo como base a temática da CF-2014
“Fraternidade e Tráfico Humano”. Ele enfatizou que o trabalho escravo acontece por motivação econômica, com as redes de tráfico aliciando, nas regiões mais pobres, pessoas que, ao serem traficadas, dificilmente conseguem deixar tal condição, seja pela dívida que adquirem com os escravocratas, seja pelos constrangimentos físicos ou psicológicos que sofrem. À reportagem, o Padre comentou que não há dados concretos sobre o número de traficados no Brasil. Outras quatro conferências
foram realizadas no Curso. O professor Wagner Lopes Sanchez, do CESEEP, falou sobre ecumenismo; o biblista Francisco Orofino refletiu sobre a juventude no Novo Testamento; a antropóloga Regina Novaes trabalhou o tema “Juventude: políticas públicas, conquistas e controvérsias”; e a urbanista Ermínia Therezinha Maricato palestrou sobre as condições de vida nas cidades. Os vídeos com a íntegra das conferências estão disponíveis em www.youtube. com/cursodeverao1. Luciney Martins/O SÃO PAULO
Pontos da Carta Compromisso do Curso de Verão
NO CAMPO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Respeitar as diversas identidades das juventudes, para vencer preconceitos e assumir o diálogo em busca de políticas públicas para uma sociedade mais justa; Assumir o protagonismo nas políticas públicas, nos conselhos municipais para a juventude e se engajar nos movimentos sociais juvenis; Apoiar iniciativas de inclusão real das juventudes das periferias na formação superior; Neste ano eleitoral, despertar a consciência política dos jovens, para conhecer melhor os candidatos e seus projetos e pressionar o Governo no sentido de ampliar e aperfeiçoar as políticas públicas para a juventude.
NO CAMPO DA FORMAÇÃO E ESPIRITUALIDADE
Contribuir para o amadurecimento do movimento popular e artístico através da educação popular, favorecendo o pensamento crítico e a criação de espaços de inclusão social; No espírito de partilha e solidariedade, vencer os diversos medos em nós, abrir o diálogo entre as gerações e, nos encontros de formação, respeitar a diversidade, escutando, aceitando e compreendendo o próximo.
NO CAMPO DAS INICIATIVAS ECLESIAIS E CIDADÃS
Participantes apresentam demandas da juventude; dom Sergio de Deus Borges saúda cursistas no começo do evento
Em 2015, ‘Juventudes e relações afetivas’ Da reportagem
O tema do Curso de Verão 2015 já está definido: “Juventudes e relações afetivas”. A atividade será de 6 a 14 de janeiro. Com a temática, o Curso Verão encerrará um triênio de estudos voltados para a juventude. “Montamos um ciclo de
três anos. Em 2013, tratamos da juventude e as redes sociais, porque é a realidade da juventude envolvida com as redes sociais; Este ano, assumimos a questão da juventude e as políticas públicas, naquelas áreas que tocam mais de perto o jovem: educação, trabalho e cultura; e o terceiro eixo, em
que houve muita convergência, é o que trata das questões relativas à afetividade, família, sexualidade, o jovem neste campo de relações afetivas, que será abordado no ano que vem”, explicou o padre José Oscar Beozzo, coordenador geral do CESEEP, ao O SÃO PAULO. (DG)
Criar para as juventudes espaços de aprofundamento e testemunho da mística do serviço e da partilha, estabelecendo novas relações com nós mesmos, com os outros, com o cosmos e com Deus; Suscitar grupos de conscientização, monitoramento e divulgação nas redes sociais para reforçar o diálogo entre as juventudes, fortalecer sua mobilização, militância e lutas e evitar que os jovens sejam manipulados; Implementar projetos e movimentos populares contra a violência e em defesa da vida dos jovens; Criar grupos de Arte e Educação popular aproveitando os conhecimentos e experiências adquiridos no Curso de Verão.
Pelo protagonismo juvenil
“A juventude está lutando para conquistar seu espaço, mas vejo que ainda falta alguma coisa para que consigam. Vejo que falta a participação de políticos para ajudar a juventude, e ela própria tem que estar em cima, como aconteceu em junho com as manifestações.”
João Carlos Melo, 38 anos, de Rio do Sul (SC), participante pela quarta vez
“A juventude tem que se formar mais. Nós que estamos aqui e assumimos este compromisso com gosto, temos que levá-lo às nossas comunidades e mobilizar mais jovens para que isso aconteça, não é só falar, fazer cartaz e sair na rua. Temos que encontrar um objetivo comum para que essa luta seja conjunta.”
Joyce Maira de Souza, 25 anos, de Silveiras (SP), participante pela terceira vez