Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 59 | Edição 3000 | 29 de abril a 5 de maio de 2014
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Histórias e fatos da vida que se contam em milhares de edições 3 mil edições, essa é a marca que O SÃO PAULO alcança. Um jornal que há 59 anos se dedica a reportar a vida da Igreja, sua missão e vocação, sem esquecer-se de seu papel social e profético de ser “sal da terra e luz do
mundo”. Quantas notícias e acontecimentos são reportados em milhares de edições? Uma pergunta quase impossível de responder, mas que indica toda a vida e significado do jornal. Caderno Especial
L’Osservatore Romano
Fiéis veneram papas João 23 e João Paulo 2º, os novos santos da Igreja
Domingo, 27 de abril: na praça de São Pedro, no Vaticano, 800 mil pessoas participaram da celebração em que o papa Francisco canonizou João 23 e João Paulo 2º. Em diferentes partes do mundo, os fiéis veneraram os novos santos, como na cidade de São Paulo, onde a Capelania Pessoal Polonesa organizou missa solene pela canonização de João Paulo 2º. Nesta edição, O SÃO PAULO apresenta deta-
lhes sobre a celebração em Roma, que foi tomada por peregrinos de diversos países; e a biografia dos Papas, além de análises, entre as quais a do cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, sobre João 23 e João Paulo 2º. “Mais forte, neles, era Deus. Mais forte era a fé em Jesus Cristo, redentor do homem e Senhor da História”, enfatizou o papa Francisco. Páginas 4 a 16.
2 | Fé e Vida |
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liturgia e vida
palavra do papa
Novos santos tocaram as chagas de Cristo
3º Domingo da Páscoa 4 de maio de 2014 Ana Flora Anderson
O caminho da verdade O tema da liturgia deste domingo é anunciado no salmo responsorial (Sl 15): “Vós me ensinais vosso caminho para a vida.” O tempo pascal celebra a ressurreição, a vida em abundância. As leituras de hoje anunciam que Deus nos ensina qual é o caminho para alcançarmos essa plenitude. Na primeira leitura (Atos dos Apóstolos 2, 14.22-33), São Pedro ensina o verdadeiro sentido do ministério de Jesus. Nele, Deus nos revelou os caminhos da vida para termos a alegria de estarmos sempre na sua presença. A segunda leitura (1 Pedro1, 17-21) fala de nossa migração neste mundo, onde realizamos boas obras, pois fomos resgatados da vida fútil para viver na esperança da plenitude da vida. O Evangelho de São Lucas (24, 13-35) narra a importância do caminho a Emaús, central no Evangelho de Lucas. O evangelista nos apresenta o dinamismo do ato de fé em Jesus Ressuscitado. Confusos e apavorados, depois da morte de Jesus, dois discípulos fogem para Emaús, longe dos conflitos em Jerusalém. Nesse caminho, Jesus se aproxima deles e começa um diálogo que termina numa refeição, durante a qual Jesus parte o pão e o oferece aos dois. Esse gesto abre os seus olhos de fé e os dois voltam para Jerusalém, entrando em comunhão fraterna com os outros discípulos. Os discípulos de Emaús chegaram à fé ao ouvir as palavras de Jesus e ao participar da partilha do pão. Essa experiência é oferecida a nós na celebração da Eucaristia. Às vezes, chegamos à celebração preocupados, tristes ou com dúvidas. Mas, ao redor da mesa do Senhor, encontramos o verdadeiro caminho à plenitude da vida. leituras da semana Segunda-feira (5): Terça-feira (6): Quarta-feira (7): Quinta-feira (8): Sexta-feira (9): Sábado (10):
At 11, 1-18; Sl 41; Jo 10, 11-18. At 11, 19-26; Sl 86; Jo 10, 22-30. At 1, 15-17.20-26; Sl 112; Jo 15, 9-17. At 13, 13-25; Sl 88; Jo 13, 16-20. At 13, 26-33; Sl 2; Jo 14, 1-6. At 9, 31-42; Sl 115; Jo 6, 60-69.
SANTOS E HERÓIS DO POVO - 1º DE MAIO
Primeiro de maio festeja-se o “Dia do Trabalho”. Entretanto, o início dessa festa foi um dia de luto, porque marcou a revolta dos operários de Chicago, mulheres e crianças. Eles eram obrigados a trabalhar de 14 a 16 horas por dia. Foram assassinados seis deles e cinquenta ficaram feridos. Foi então que os trabalhadores levantaram a voz, dizendo: “Ontem, as mulheres e as crianças dos pobres choraram seus maridos e seus pais, que caíram sob as balas, enquanto nos palácios, os ricos enchiam as taças de vinho e bebiam a saúde dos assassinos da ordem! Enxugai vossas lágrimas, vós que sofreis! Coragem, escravos, em pé!” De fato, os grevistas chegaram naquele dia, após essa intervenção sangrenta, à cifra imponente de 340 mil operários. A partir daí, começou a mudar a ordem, no mundo do trabalho. Mas hoje é, sobretudo, a grande festa de São José Operário (imagem). Essa festividade, estabelecida por Pio 12, em 1955, continua sendo lembrada. Isto devido ser São José, realmente, modelo dos operários. Viveu silencioso, sempre cumpridor do dever e educador do Filho operário, Jesus. Essa data, que antigamente era um dia de ódio, transformou-se numa data de entendimento pacífico e de luta não violenta. Fonte: “ Santos e Heróis do Povo” livro do cardeal Arns
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
Papa francisco
Da homilia da missa da canonização dos santos João 23 e João Paulo 2º, destacamos o texto abaixo. São João 23 e São João Paulo 2º foram sacerdotes, bispos e papas do século 20. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nessas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria. Nesses dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava “uma esperança viva”, juntamente com “uma alegria indescritível e irradiante” (1 Pd 1, 3.8). A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e de que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos peca-
dores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice. Essas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão. Essa esperança e essa alegria respiravam-se na primeira comunidade dos crentes, em Jerusalém, de que falam os Atos dos Apóstolos (cf. 2, 42-47), que ouvimos na segunda leitura. É uma comunidade onde se viveu o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade. E essa é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano 2º teve diante de si. João 23 e João Paulo 2º colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja, segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhe deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, São João 23 demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado, guiado pelo Espírito. Este foi
o seu grande serviço à Igreja; por isso, gosto de pensar nele como o Papa da docilidade ao Espírito Santo. Nesse serviço ao Povo de Deus, São João Paulo 2º foi o Papa da família. Cabe mesmo sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu. Que estes dois novos santos pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja
A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até à náusea pela amargura daquele cálice para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama.
espaço do leitor
Dom Sergio visita unidades prisionais femininas (edição 2999)
“Que belo gesto de dom Sérgio de Deus em visita à Penitenciária Feminina de Santana, conversando, ouvindo confissões, sempre solidário e preparando-as aos sacramentos: Batismo, 1ª Eucaristia e Crisma! Deus o abençoe em sua santa missão”. Maria Da Conceição-Concy Roos (pelo
Facebook).
E o bebê, tem que pagar ingresso? (edição 2997)
“Muito boas as matérias das últimas edições do O SÃO PAU-
LO, inclusive o texto sobre os absurdos preços dos ingressos para os jogos da Copa do Mundo que se aproxima. Nem ficam constrangidos em cobrar ingressos de crianças e até de bebês. A Copa está aí e pode mesmo ser tema para todas as editorias. Uma das expectativas são os atos públicos, as manifestações que deverão acontecer nas cidades e diante dos estádios contra os enormes investimentos direcionados ao evento. Tudo é muito complicado porque o Brasil precisa mostrar uma imagem positiva ao mundo, organizar bem o Mundial, mas, por outro
lado, as autoridades parecem se esquecer de prioridades como investir na educação, na saúde, na segurança”. Henrique Márcio Oliveira Silva (por e-mail)
“Estamos caminhando para um extermínio ‘legal’ dos indígenas”, diz dom Erwin (edição 2999)
“Bela entrevista, mas triste realidade!”
Maria Cecília Domezi (pelo Facebook)
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Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Padre Michelino Roberto • Reportagem: Cônego Antônio Aparecido Pereira, Daniel Gomes, Edcarlos Bispo e Nayá Fernandes • Institucional: Rafael Alberto • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Assinaturas: Djeny Amanda • Projeto Gráfico e Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Edição Gráfica: Ana Lúcia Comolatti • Impressão: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 3666-9660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinaturas) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail• A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.
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encontro com o pastor
O SÃO PAULO: 3 mil vezes
Arcebispo metropolitano de São Paulo
cardeal odilo pedro scherer
Foram muitas as manchetes: Faleceu o papa João XXIII! Temos novo papa, seu nome é Paulo VI! - Caiu o presidente João Goulart. - O Brasil é governado pelos militares. - Em Roma, foi concluído o Concílio Ecumênico Vaticano II! – O nome da encíclica de Paulo VI: Populorum Progressio - Dom Paulo Evaristo Arns é o novo Arcebispo de São Paulo - Foi criada a nova paróquia Nossa Senhora Aparecida no Jardim Brasil. - Faleceu o papa João Paulo 1º, depois de apenas 33 dias de Pontificado! - O novo Papa tem apenas 58 anos de idade, vem da Polônia e chama-se João Paulo 2º; - Eleito o primeiro papa não italiano depois de séculos... E os títulos seguem ao longo de 50 anos, cobrindo a vida da Arquidiocese e da cidade de São Paulo, do Brasil e do mundo, da Igreja, da sociedade, da política, das alegrias e esperanças, angústias e sofrimentos dos homens e mulheres, a cada semana. Já são 3 mil edições do jornal arquidiocesano O SÃO PAULO! No futuro ler-se-ão também estes títulos: - A Igreja celebra o grande Jubileu do segundo milênio do nascimento de Cristo; - Morre o papa João Paulo 2º e seu funeral é acompanhado por numerosos chefes de Estado e de Governo, além de uma mul-
O SÃO PAULO é testetidão oceânica, sobretudo de jovens; - Papa Bento 16 vem ao munha do tempo e da história Brasil e faz, no Campo de Mar- em suas 3 mil edições, que fate, São Paulo, a canonização zem uma leitura desse tempo e de Santo Antônio de Sant’Ana dessa história, registrando no Galvão, primeiro santo nascido papel a sua memória, para que em terras brasileiras; - Na basí- não se apague: verba volant, lica de Aparecida, foi encerrada scripta manent – as palavras a 5ª Conferência Geral do Epis- voam, os escritos permanecem. Cabe-me uma palavra de copado da América Latina e do especial agradecimento a Caribe... E serão lidas com interesse quem colaborou para colocar ainda outras manchetes: - Car- no papel a memória testemudeal Jorge Mario Bergoglio, nhal de mais de 50 anos da arcebispo de Buenos Aires, foi Igreja em São Paulo: a seus eleito primeiro papa latino-ame- diretores, jornalistas, articuricano e escolheu o nome de Francisco; O jornal está de parabéns! Ele - Padre José de Analcançou a marca de 3 mil edições, chieta, Apóstolo do Brasil, foi proclamalevando informação e formação do “santo” pelo papa aos seus leitores. Evidentemente, Francisco no dia 3 de um jornal não vive só de notícias abril de 2014; - em sobre fatos e eventos de impacto; Roma, o papa Francisco canonizou seus ele também retrata o dia a dia predecessores, João da cidade de São Paulo, onde 23 e João Paulo 2º, na os “mistérios” nem sempre são praça de São Pedro, gozosos ou gloriosos... diante de milhões de pessoas! O jornal O SÃO PAULO listas, assinantes e apoiadores. está de parabéns! Ele alcanFaço votos que O SÃO çou a marca de 3 mil edições PAULO tenha vida longa e semanais, levando informação fecunda. E que possa noticiar e formação aos seus leitores. muitos fatos auspiciosos, mas Evidentemente, um jornal não também faça ecoar o gemido vive só de notícias sobre fatos abafado e o grito de angústia e eventos de impacto; ele tam- de muito povo desta cidade bém retrata o dia a dia da cidade imensa... E que prime pela de São Paulo, onde os “misté- qualidade jornalística e pelo rios” nem sempre são gozosos apego à verdade, conquistanou gloriosos... Retrata a vida do sempre o apreço dos leitocomum das comunidades da res. E, assim, ajude a Igreja a reperiferia, os esforços anônimos e persistentes para dar vida à alizar bem a sua missão evangeIgreja nesta Metrópole e os dra- lizadora nesta Metrópole dedimas da população que vive na cada ao Apóstolo missionário, rua ou sofre nos hospitais e nos que empresta seu nome também ao próprio jornal. cárceres...
há 50 anos
O auxílio necessário Notando a necessidade na década de 1960 de um curso de Administração voltado ao mundo empresarial, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo criou a Faculdade Paulista de Administração de Empresas. A edição do O SÃO PAULO, em 3 de maio de 1964, deu mais detalhes sobre esse fato, publicando uma matéria de capa, que explicava como iria ser a organização da nova faculdade. Além disso, a metodologia do curso teria como uma das bases o trabalho para melhorar o Brasil. A primeira turma que ingressou no curso, não teve necessidade de realizar
o vestibular, entretanto, os candidatos passaram por uma avaliação no Instituto de Psicologia da Universidade Católica para testar se estavam aferidos para o curso. A edição também tratou sobre a entidade mexicana Associação Mexicana de Auxilio aos Desesperados (AMAD), que era composta por profissionais cristãos dispostos a ajudar pessoas em situações penosas, de grande vulnerabilidade, à beira de cometer suicídio. Houve o relato de que, em apenas dois meses de atuação, o grupo conseguiu impedir que Capa da edição de 3 de maio de 1964 20 pessoas chegassem a consumá-lo.
| Fé e Vida | 3
editorial
Edição nº 3.000 Leia e divulgue O SÃO PAULO É preciso celebrar, fazer festa! O jornal O SÃO PAULO chegou à edição 3.000. Isto significa que aquele rumo traçado para ele, 58 anos atrás, pelo então arcebispo de São Paulo, o cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, vem sendo rigorosamente cumprido. Queria o fundador que o semanário arquidiocesano fosse boa imprensa, fosse evangelizador, fosse uma voz firme e forte na transmissão do Evangelho. Em janeiro de 1956 começou o jornal e em sua história, ao longo de 3 mil edições, se misturam fidelidade na transmissão do Evangelho, da doutrina e da história da Igreja, do ensinamento de tantos papas e de todos os outros arcebispos que se sucederam o saudoso cardeal Motta. Nas páginas do O SÃO PAULO está retratado o pontificado dos papas Pio 12, João 23, João Paulo 1º, João Paulo 2º, Bento 16 e, agora, Francisco. Essas páginas contam também os últimos 58 anos de história da Igreja no mundo, no Brasil e na cidade de São Paulo. Nelas, encontramos a atuação dos bons e dedicados pastores, que serviram o Povo de Deus em São Paulo, os arcebispos cardeais dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, dom Agnelo Rossi, dom Paulo Evaristo Arns, dom Claudio Hummes e agora dom Odilo Pedro Scherer. Também elas registram o serviço diuturno de um clero maravilhoso coadjuvado por fiéis e dedicados leigos, que atuam em dezenas de pastorais, movimentos, associações e novas comunidades. Nas 3 mil edições está a ação da Igreja que em 11 planos pastorais vem anunciando Jesus Cristo, estabelecendo prioridades e urgências em sua ação evangelizadora. Há histórias tristes como a mordaça que o regime militar quis colocar na Igreja que se fez voz dos que não tinham voz. O jornal foi censurado, mas reagiu à censura com uma frase que dizia tudo parecendo não dizer nada: “Leia e divulgue O SÃO PAULO”. E há lindas histórias de uma Igreja sempre atenta na luta pelo direito, pela justiça, pelos direitos humanos. Nas páginas do O SÃO PAULO estão contadas a história de servos de Deus, beatos e santos. E vale lembrar que os três santos brasileiros pisaram o chão desta cidade: Santa Paulina, São Frei Galvão, São José de Anchieta. E outros virão e estarão nas páginas do jornal. São 3 mil edições que foram mudando sua apresentação gráfica, mas o valioso conteúdo - a Igreja em ação no mundo, no Brasil e na cidade – não mudou. E vale dizer, que pesquisadores e historiadores sempre releem as 3 mil edições, entendendo serem fontes seguras da história da Igreja. Os diferentes diretores do jornal sempre sonharam fazer o jornal ser querido, acolhido, lido, partilhado. Chegaremos lá. E para os fiéis leitores, para os novos leitores, para os que estão conhecendo o O SÃO PAULO, fica o pedido, o convite, o apelo que retorna sempre: Leia e divulgue O SÃO PAULO.
Nas 3 mil edições está a ação da Igreja que em 11 planos pastorais vem anunciando Jesus Cristo, estabelecendo prioridades e urgências em sua ação evangelizadora
4 | Canonização |
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O papa polonês, peregrino no mundo Rafael Alberto
Especial para O SÃO PAULO, no Vaticano
O cardeal polonês Karol Wojtyla tornouse João Paulo 2º no dia 16 de outubro de 1978. Eleito 264º sucessor de Pedro, com apenas 58 anos, teve o quarto pontificado mais longo da história – 26 anos e seis meses. Uma história com números surpreendentes: escreveu 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas, 36 cartas apostólicas, e editou 30 motu proprio. Proclamou 1.338 beatos e 482 santos. “Se eu errar no italiano, corrijam-me, por favor”, pediu Wojtyla ao saudar os fiéis que aguardavam na praça de São Pedro, no Vaticano, para saber quem seria o papa recém-eleito. Encontraram o primeiro não italiano em 455 anos.
Vida na Polônia
Karol Józef Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de 1920 em Wadowice, cidade próxima de Cracóvia. Era o mais novo entre os três filhos de Karol Wojtyla e Emilia Kaczorowska. Ainda jovem, perdeu os irmãos e a mãe. Tinha muitos talentos: praticava esportes e gostava de atuar e dirigir espetáculos teatrais. Após a invasão da Polônia no início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, as forças de ocupação da Alemanha nazista fecharam a universidade onde ele estudava filosofia. Para evitar ser deportado para a Alemanha, Karol teve diversos empregos, desde entregador para um restaurante a operário numa mina de calcário. Após a morte de seu pai, seu grande companheiro, o jovem Karol ficou só. Em outubro de 1942, ingressou no seminário clandestino conduzido pelo arcebispo da Cracóvia, Adam Stefan Sapieha. Os alemães fugiram de sua cidade em 1945 e os estudantes puderam retomar o então arruinado seminário. Foi ordenado padre em 1º de novembro de 1946 e, logo depois, mudou-se para Roma, onde obteve seu primeiro doutorado em teologia. Quando retornou para a Polônia, em 1948, sua primeira ação foi se ajoelhar e beijar o chão. Um gesto que adaptou de São João Maria Vianney e que se tornaria uma marca registrada de seu papado. João Paulo 2º fez 109 viagens apostólicas internacionais e visitou 129 países. Foi nomeado bispo auxiliar da Cracóvia por Pio 12, em 1958 e, seis anos depois, tornou-se arcebispo. Foi criado cardeal por Paulo 6º em 1967. À frente da Arquidiocese de Cracóvia, dom Wojtyla foi um opositor pacífico ao regime comunista e um incansável defensor da liberdade religiosa. Também a primeira metade do pontificado de João Paulo 2º ficou conhecida por essa luta. Ao mesmo tempo, fez duras críticas ao capitalismo, como o embargo econômico presença da Igreja no mundo moderno. dos Estados Unidos a Cuba. Mais tarde, em 1967, participou da elaConcílio Vaticano 2º boração da encíclica Humane vitae (Vida Com ampla formação em teologia, o humana), de Paulo 6º. cardeal Wojtyla participou de todas as sessões do Concílio Vaticano 2º (1962- Salvo por Maria 1965) e contribuiu efetivamente na ela- No dia 13 de maio de 1981, o turco Ali boração dois documentos conciliares: Agca disparou três tiros em João Paulo a declaração Dignitatis humanae (Dig- 2º, diante de uma multidão de 10 mil nidade humana), sobre a liberdade reli- pessoas na Praça de São Pedro. O atengiosa, e a constituição pastoral Gaudium tado deixou marcas profundas na saúde et spes (Alegria e esperança), sobre a do Papa, mas ele imediatamente perdoou
Agca. Em sua forte devoção mariana, especialmente na oração do terço, o Papa sempre afirmou que naquele dia Nossa Senhora salvou sua vida. João Paulo 2º morreu muitos anos depois, em 2 de abril de 2005, por complicações do mal de Parkinson.
gos de Direito Canônico latino e o das Igrejas Orientais, publicou o Catecismo da Igreja Católica. Com grande afeição aos jovens, criou as Jornadas Mundiais da Juventude, para as quais fez importantes viagens. Esse espírito missionário levou por toda a vida. Já nos primeiros meses de seu pontificado, na República Realizações e espírito Dominicana, após beijar o chão, declarou: “Viajarei por onde me chamarem as missionário Ao longo de seu pontificado, criou nu- exigências da fé e a defesa valores humerosas dioceses. Promulgou os Códi- manos”.
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| Canonização | 5
João 23: o ‘papa bom’ com visão de futuro quando Bento 15 o nomeou presidente do Conselho Nacional Italiano das Obras da Propaganda da Fé, em 1921. Neste papel, redigiu o motu proprio de Pio 12 Romanorum pontificum (Pontífices romanos), magna carta da cooperação missionária. Em 1925, Pio 11 lhe ordenou bispo e o enviou como visitador apostólico, na Bulgária. Roncalli escolheu como lema episcopal “Obediência e paz”, um símbolo de todo o seu ministério. Ficou na Bulgária por dez anos, inserindo-se na cultura local e desenvolvendo relações com os cristãos ortodoxos, maioria da população.
Protetor dos judeus
Em 1934, foi nomeado arcebispo de Mesembria, antiga cidade da Bulgária, além de delegado apostólico para Turquia e Grécia. Este período da vida de Roncalli coincide com a Segunda Guerra Mundial e é muito marcado por suas ações para facilitar a fuga de judeus das áreas ocupadas pelos nazistas. Desenvolveu estreitas relações com o embaixador da Alemanha em Ancara, o católico Franz von Papen, e lutou para garantir a neutralidade da Turquia na guerra. Graças a essa amizade, Roncalli conseguiu evitar a deportação de um navio cheio de crianças judias da Alemanha, que milagrosamente conseguiu chegar ao porto de Istambul.
Embaixador da paz
Pio 12 nomeou dom Roncalli como núncio apostólico (embaixador) em Paris, no ano 1944. Paralelamente, na Hungria, os nazistas haviam iniciado execuções em massa. Milhares de judeus se refugiaram na Bulgária. De Paris, Roncalli escreveu uma carta ao rei Bóris, de quem tinha celebrado o matrimônio, pedindo que o mesmo não atendesse ao pedido de Adolf Hitler para deportar refugiados à Alemanha. Mais do que isso: aproveitando suas prerrogativas diplomáticas, Roncalli enviou aos judeus húngaros falsas certidões de Batismo e de imigração para a Palestina.
O papa do Concílio Vaticano 2º
Padre Michelino Roberto Diretor do O SÃO PAULO, no Vaticano
Quando Giovanni Roncalli foi eleito como o 260º sucessor do apóstolo Pedro, na noite de 28 de outubro de 1958, prestes a completar 77 anos de idade – tal como o papa Francisco – ninguém imaginava o impacto de seu pontificado para a o futuro da Igreja. Em menos de cinco anos, João 23, conhecido como o “Papa Bom”, conseguiu iniciar um período de renovação
missionária da Igreja e projetá-la para o terceiro milênio. Nascido em 25 de novembro de 1881, ele é o quarto entre 13 filhos de Giovanni Battista Roncalli e Marianna Mazzola, simples camponeses da cidade de Sotto il Monte, na província italiana de Bérgamo. Com a ajuda econômica de um tio, conseguiu entrar no seminário menor de Bérgamo. Mais tarde, ganhou uma bolsa de estudos para o Seminário Romano, na época localizado no Palácio Apollinare, atual
sede da prestigiosa Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma.
Obediência e paz
Escolheu a igreja de Santa Maria in Montesanto para a ordenação sacerdotal, em 1904, situada na Piazza del Popolo (“Praça do Povo”). No ano seguinte, foi nomeado secretário pessoal do bispo de Bérgamo, a quem serviu até 1914. E, em 1915, foi mandado para a primeira guerra como capelão militar. O retorno à Roma ocorreu
Tudo o que Roncalli fez e viveu lhe serviu como inspiração para convocar o Concílio Vaticano 2º. Já octogenário, abriu, em 11 de outubro de 1962, o 21º Concílio Ecumênico da Igreja. Liderou um cortejo de 2,4 mil bispos e padres, os chamados “pais do Concílio”, que tinham como missão debater e atualizar a forma como a Igreja transmitiria a mensagem de Jesus Cristo em um mundo transformado, após duas grandes guerras, avanços tecnológicos, enormes mazelas sociais... Sua aproximação com os cristãos ortodoxos e seu empenho pessoal na defesa dos judeus também se refletiram no Concílio. Do contato com as Igrejas orientais, herdou a experiência sinodal, pela qual grandes decisões são compartilhadas. O diário pessoal do papa João 23, chamado Diário da Alma, revela a consciência de uma inspiração divina quanto ao formato e ao conteúdo do Concílio. Não se retomariam questões doutrinais antigas. Não haveria sentenças de excomunhão. Seria um concílio que não trataria do passado, mas que projetasse a Igreja para o futuro. Um concílio pastoral, que promovesse o diálogo e a unidade entre e os cristãos e a paz no mundo.
6 | Editais |
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PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL CNPJ/MF 62.340.203/0001-84 Rua Borges Lagoa, 1209 - Vila Clementino - CEP 04038-033 - São Paulo/SP.
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - (Em Reais 1)
CIRCULANTE ..................................... Caixa e equivalentes de caixa ........... DIREITOS REALIZÁVEIS .................. Aplicações financeiras de liquidez não imediata ................................... Valores a receber ............................. Adiantamentos a fornecedores ........ Adiantamentos SEFRAS .................. Adiantamentos diversos ................... Outros direitos realizáveis ................ ESTOQUES ....................................... DESPESAS ANTECIPADAS.............. NÃO CIRCULANTE ............................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ....... Depósitos judiciais ........................... INVESTIMENTOS.............................. IMOBILIZADO.................................... INTANGÍVEL ...................................... TOTAL DO ATIVO ...............................
ATIVO Nota Explicativa 4 6 5 7
8 9 10
2013 24.628.265 17.328.461 7.244.273
2012 20.179.879 13.672.270 6.430.760
4.612.524 660.286 1.768.242 59.497 143.724 24.670 30.861 287.799.799 228.892 228.892 139.088.821 148.354.058 128.028 312.428.064
5.375.649 845.676 35.665 1.188 92.125 80.457 42.346 34.503 292.971.044 213.747 213.747 75.741.102 216.875.524 140.671 313.150.923
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO - (Em Reais 1)
PASSIVO Nota Explicativa CIRCULANTE ..................................... Fornecedores..................................... Obrigações sociais e trabalhistas ...... 11 Tributos e encargos a recolher .......... Direito de férias adquirido e encargos sociais .............................................. Adiantamentos de clientes................. 12 Outras obrigações ............................. NÃO CIRCULANTE ............................ Doações para investimentos ............. 13 Provisão para contingências fiscais e trabalhistas ....................................... 3-j PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...................... 14 Patrimônio social ............................... Déficit do Período ..............................
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............................................ (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
2013 4.779.566 2.234.698 340.428 37.419
2012 3.136.926 316.457 267.868 32.161
577.250 1.344.542 245.229 28.134.258 27.401.258
591.221 1.669.723 259.496 26.075.231 25.575.231
733.000 279.514.240 283.938.766 (4.424.526)
500.000 283.938.766 285.636.684 (1.697.918)
312.428.064
313.150.923
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PERÍODO DE 01/JAN./2012 A 31/DEZ./2013 - (Em reais 1) PATRIMÔNIO DOAÇÕES ESPECIFICAÇÕES CONTAS SOCIAL PATRIMONIAIS SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2.012 ................................................. 288.189.690 143.000 Incorporação do resultado do exercício Anterior - 2011 ........................................................................................... (2.696.006) Déficit do período ...................................................................................... SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.012............................................. 285.493.684 143.000 Incorporação do resultado do exercício Anterior - 2012 ........................................................................................... (1.697.918) Incorporação de doações patrimoniais...................................................... 143.000 (143.000) Déficit do período ...................................................................................... SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2.013............................................. 283.938.766 (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis.)
DÉFICIT DO PERÍODO (2.696.006)
TOTAL 285.636.684
2.696.006 (1.697.918) (1.697.918)
(1.697.918) 283.938.766
1.697.918 (4.424.526) (4.424.526)
(4.424.526) 279.514.240
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Período de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013 - Valores Expressos em R$ 1
NOTA 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, constituída em 15 de julho de 1675, é uma entidade de caráter religioso, beneficente, cultural, sócio educacional e de assistência social, com personalidade jurídica de direto privado, de natureza associativa, apolítica e sem fins lucrativos, composta de pessoas físicas do sexo masculino e com duração por tempo indeterminado. As atividades da Província estendem-se pelos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, tendo por finalidade: a) Exercer a espiritualidade cristã através de atividades religiosas, propagando os valores do Evangelho propostos pelo fundador da Ordem Franciscana, a saber: a misericórdia, a compaixão, a simplicidade, o acolhimento, o cuidado, a cortesia, a cordialidade, a paciência, a fraternidade, a alteridade, a qualidade das relações, a integração entre feminino e masculino, a criatividade, a beleza e a bondade, a sabedoria, a ternura, a alegria e consciência ecológica; b) Promover a assistência social, realizando atendimento e assessoramento aos usuários dos serviços e projetos, visando o enfrentamento da pobreza e a universalização dos direitos sociais; c) Defender e promover os direitos humanos, incentivando ações ligadas às causas da justiça; d) Promover e incentivar a valorização da cultura, inclusive dos meios de comunicação social; e) Fomentar a pesquisa científica e histórica; f) Oferecer e desenvolver o ensino em seus variados graus, por meio de escolas próprias ou mantidas por entidades congêneres, religiosas ou não, objetivando promover a formação educacional, cívica, física, familiar, moral e religiosa por todos os meios e modos, optando preferencialmente pelos necessitados e carentes no contexto de nosso país. NOTA 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, que abrangem, além das disposições da legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. As alterações trazidas pela Lei número 11.638/07, pela Lei número 11.941/09 à Lei número 6.404/76 estão sendo observadas integralmente e adotadas quando aplicável. Foi adotada, também, a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 1.409/2.012, que se refere à ITG 2002 - Entidade sem finalidade de Lucros, a qual trata em específico dos aspectos contábeis das entidades sem fins lucrativos. NOTA 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS Dentre as principais políticas contábeis adotadas para a preparação das demonstrações contábeis ressaltamos: a) Apuração do resultado As receitas contratuais e financeiras estão reconhecidas pelo regime de competência. As doações e contribuições para custeio são contabilizadas em contas de receita pela sua realização financeira. Os custos e as despesas estão registrados pelos seus valores originais, e de acordo com a sua competência, e referem-se a gastos necessários à manutenção das atividades mantidas pela entidade. b) Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalentes de caixa incluem os saldos em caixa e bancos contas movimento e aplicações financeiras, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, as quais não superam os respectivos valores de mercado. c) Aplicações de liquidez não imediata Estão demonstradas pelos valores aplicados, atualizadas com os respectivos rendimentos até a data de encerramento do balanço patrimonial. d) Perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa Foram constituídas perdas estimadas dos créditos de contas a receber considerados incobráveis ou de difícil realização, com vencimentos a partir de 180 dias. e) Estoques Os estoques estão representados basicamente por artigos religiosos e semoventes avaliados pelos custos médios de aquisição, líquidos de impostos, que não superam os valores de recuperabilidade. f) Investimentos São imóveis definidos formalmente pela administração da entidade como propriedades para investimentos, cujo objetivo final é a obtenção de renda por meio de locação. g) Imobilizado Está demonstrado pelo custo de aquisição, acrescido de reavaliação espontânea, deduzido das suas depreciações e amortizações correspondentes. h) Intangível Está demonstrado pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas, calculadas pela expectativa de vida útil ou o prazo contratual do direito de uso. i) Direito de férias adquirido e encargos sociais Foram constituídos com base no regime de competência, observando as férias transcorridas e ainda não gozadas, num montante julgado suficiente para cobertura das obrigações com férias dos seus funcionários, apropriadas até a data de encerramento do balanço. Foram calculadas partindo do número de dias de férias, convertidos para valor em moeda pelo salário atual de cada funcionário, acrescido dos encargos mais um terço constitucional, conforme legislação trabalhista em vigor. j) Provisão para Contingência Trabalhistas e Cíveis A entidade possui ações trabalhistas e cíveis tramitando em juízo, na qualidade de requerida, cujos valores e riscos associados foram determinados mediante a análise dos processos por parte do departamento jurídico. Descrição 2013 2012 Contingências trabalhistas ................................................... 446.000 140.000 Contingências cíveis............................................................. 287.000 360.000 Totais ................................................................................... 733.000 500.000 NOTA 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Correspondem ao caixa e depósitos bancários. Descrição 2013 2012 Caixa .................................................................................. 215.858 236.576 Bancos................................................................................ 872.517 632.806 Aplicações de liquidez imediata ......................................... 16.240.086 12.802.888 Totais ................................................................................. 17.328.461 13.672.270
NOTA 5. VALORES A RECEBER Estão apresentados pelos valores originais, ajustados pela estimativa para cobrir eventuais perdas, conforme demonstrado no quadro a seguir: Descrição 2013 2012 Clientes de aluguel ............................................................... 525.537 472.824 Títulos a receber................................................................... 131.849 413.024 Outros valores a receber ...................................................... 2.900 24.495 Direitos a receber – Não Circulante ..................................... 39.266 Perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa (*) (103.933) Totais do contas a receber (a) ........................................... 660.286 845.676 (a) Segregação do saldo de valores a receber Descrição 2013 2012 Valores a receber - Circulante ............................................. 660.286 845.676 Valores a receber - Não Circulante ...................................... Saldo .................................................................................... 660.286 845.676 (*) Abertura das perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa 2013 2012 PCLD - Circulante................................................................. (64.667) PCLD - Não Circulante ......................................................... (39.266) Saldo (b) .............................................................................. (103.933) (b) Movimentação da conta de perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa: Movimentação 2013 2012 Saldo anterior ....................................................................... (103.933) (90.049) Reversões e recuperações................................................... 185.429 2.300 Novas provisões ................................................................... (81.496) (16.184) Saldo Final .......................................................................... (103.933) A avaliação feita pela Entidade conclui que a inadimplência dos recebíveis tem se apresentado muito baixa, o que tornaria desnecessária a manutenção de saldo para a conta de perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa. NOTA 6. APLICAÇÕES DE LIQUIDEZ NÃO IMEDIATA As aplicações financeiras correspondem a investimentos em fundos. Para os valores de liquidez não imediata, as aplicações correspondem preponderantemente a investimentos em CDB’s. NOTA 7. CONVÊNIO ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE (SEFRAS) Está representado pelos valores originais, referente termo de parceria assistencial, acordado em 17 de março de 2.010, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Valores de 2011 para aplicação em 2012 pelo SEFRAS .......................... 18.426 Valores repassados em 2012 .................................................................... 1.600.849 Valores aplicados pelo SEFRAS em 2012, conforme relatório de prestação contas. .................................................................................... (1.618.087) Valores de 2012 para aplicação em 2013 pelo SEFRAS .......................... 1.188 Valores repassados em 2013 .................................................................... 2.098.540 Valores aplicados pelo SEFRAS em 2013, conforme relatório de prestação contas. .................................................................................... (2.099.728) Saldo para aplicar em 2014 .................................................................... NOTA 8. INVESTIMENTOS A administração da entidade definiu como propriedades para investimentos, os imóveis que serão utilizados para a obtenção de renda por meio de locação. Descrição 2013 2012 Imóveis .......................................................................... 138.911.773 75.569.334 Outros investimentos ..................................................... 177.048 171.768 Totais ............................................................................ 139.088.821 75.741.102 NOTA 9. IMOBILIZADO Está representado pelos valores originais. Quando cabível, deduzidos da depreciação acumulada, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição 2013 2012 Imóveis .......................................................................... 159.021.518 227.454.938 Móveis e utensílios ........................................................ 4.851.044 4.652.230 Equipamentos e instalações.......................................... 3.674.767 3.517.507 Máquinas e equipamentos ............................................ 2.046.410 1.916.435 Veículos ......................................................................... 4.859.124 4.864.861 Imobilizações em andamento ........................................ 29.308.442 27.329.318 Outras imobilizações ..................................................... 182.853 174.652 (-) Depreciação acumulada ........................................... (55.590.100) (53.034.417) Totais ............................................................................ 148.354.058 216.875.524 Projeto Cidade Restauração e revitalização do Complexo Arquitetônico do Convento Santo Antônio - Largo da Carioca Rio de Janeiro Total............................................................................................
PERÍODO Nota 01/JAN./2013 01/JAN./2012 ExpliA A cativa 31/DEZ./2013 31/DEZ./2012 RECEITA BRUTA ............................................ 24.775.440 22.890.266 Contribuições e donativos ............................. 15.376.077 14.089.008 Receitas patrimoniais .................................... 8.187.081 7.119.408 Espórtulas recebidas ..................................... 981.811 1.032.144 Receitas com atividades comerciais.............. 33.798 120.124 Receitas educacionais ................................... 158.732 112.281 Subvenções e convênios públicos................. 37.941 417.301 DEDUÇÕES .................................................. (35.274) (42.432) Descontos concedidos.................................. (33.197) (37.239) Impostos e contribuições .............................. (2.077) (5.193) RECEITA LÍQUIDA ......................................... 24.740.166 22.847.834 CUSTOS.......................................................... (2.117.404) (2.174.626) Custo com projetos sociais e assistenciais ... 15 (2.099.728) (2.144.905) Custo das mercadorias vendidas .................. (17.676) (29.721) SUPERÁVIT BRUTO ...................................... 22.622.762 20.673.208 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS ... (22.744.590) (23.516.962) Despesas gerais e administrativas ................ (23.977.695) (24.424.176) Despesas financeiras .................................... (217.083) (277.388) Receitas financeiras ...................................... 1.450.188 1.184.602 RESULTADO OPERACIONAL ....................... (121.828) (2.843.754) Outras receitas .............................................. 1.609.951 1.972.429 Outras despesas............................................ (5.912.649) (826.593) DÉFICIT DO PERÍODO................................... (4.424.526) (1.697.918) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - (Em reais 1) PERÍODO 01/JAN./ 01/JAN./ 2013 A 2012 A 31/DEZ./ 31/DEZ./ FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 2013 2012 Déficit do Período .............................................................. (4.424.526) (1.697.918) Ajustes: Depreciação e amortização ............................................ 5.409.597 5.982.375 Baixa de bens do ativo imobilizado, intangível e investimentos ................................................................ 5.907.649 846.171 Resultado na alienação de bens do ativo imobilizado .... (1.497.548) (1.774.383) Provisão para contingências ........................................... 233.000 Resultado líquido ajustado ............................................. 5.628.172 3.356.245 Variação nas aplicações financeiras de liquidez não imediata............................................................................ 763.125 (5.042.958) Variação nos aluguéis e títulos a receber .......................... 185.390 (100.856) Variação nos adiantamentos a fornecedores .................... (1.732.577) 10.533 Variação nos estoques....................................................... 17.676 12.921 Variação no adiantamento ao SEFRAS ............................. 1.188 17.238 Outras variações ativas ..................................................... (42.142) (88.364) Variação nas contas a pagar com fornecedores ............... 1.918.241 (225.511) Variação nas obrigações com funcionários ....................... 72.560 13.836 Variação nos tributos e encargos a recolher...................... 5.258 (1.965) Variação nas provisões trabalhistas .................................. (13.971) 43.584 Variação nos adiantamentos recebidos de clientes ........... (325.181) 1.287.206 Outras variações passivas................................................. (14.265) (259.470) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 6.463.474 (977.561) FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aplicações no ativo imobilizado e intangível ..................... (3.672.585) (13.042.597) Aplicações em investimentos permanentes ...................... (2.458.273) Recursos provenientes das doações para investimento ... 1.826.027 6.781.313 Recursos recebidos da venda de bens do ativo imobilizado ....................................................................... 1.497.548 1.774.383 Caixa líquido usado nas atividades de investimento... (2.807.283) (4.486.901) VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ..... 3.656.191 (5.464.462) CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ............................... 3.656.191 (5.464.462) No início do exercício ........................................................ 13.672.270 19.136.732 No fim do exercício ............................................................ 17.328.461 13.672.270 (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis.) NOTA 10. INTANGÍVEL Está representado pelos valores originais, deduzidos da amortização acumulada, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição 2013 2012 Sistemas aplicativos ............................................................. 191.281 191.281 Direitos de uso e patentes .................................................... 127.125 127.125 (-) Amortização acumulada................................................... (190.378) (177.735) Totais ................................................................................... 128.028 140.671 NOTA 11. SALÁRIOS E TRIBUTOS SOBRE A FOLHA Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição 2013 2012 Salários a pagar ................................................................... 101.774 80.805 Contribuição previdenciária .................................................. 151.788 126.714 FGTS .................................................................................... 40.227 38.075 PIS ........................................................................................ 6.347 6.170 IRRF ..................................................................................... 10.254 8.946 Autônomos a pagar .............................................................. 8.147 5.124 IRRF s/ autônomos............................................................... 8.103 76 Outros valores e contribuições ............................................. 13.788 1.958 Totais ................................................................................... 340.428 267.868 NOTA 12. ADIANTAMENTO DE CLIENTES Os adiantamentos de clientes correspondem, preponderantemente, a recebimentos oriundos de compromissos de venda de imóveis da entidade, os quais permanecem em aberto aguardando a respectiva escritura pública de compra e venda. NOTA 13. DOAÇÕES PARA INVESTIMENTOS Trata-se de recursos obtidos para obras de restauração de imóveis da Província que foram tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional. A partir do exercício de 2008, os valores recebidos passaram a ser registrados no Passivo Não-Circulante, como Doações para Investimento, e os valores estão sendo aplicados nos respectivos projetos. No quadro a seguir estão demonstrados os valores recebidos durante o exercício de 2013 e os respectivos Projetos de Restauração:
Estado
Inscrição no PRONAC
Saldo em 2012
Recebido em 2013
Baixado em 2013
Saldo em 2013
RJ
067408
25.575.231 25.575.231
1.826.027 1.826.027
-
27.401.258 27.401.258
NOTA 14. PATRIMÔNIO LÍQUIDO O Patrimônio Social está composto pelos superávits acumulados ao longo dos períodos anteriores, cujos valores foram reinvestidos na ampliação e manutenção dos objetivos sociais da entidade, seja na ampliação e manutenção de suas instalações ou na prestação de seus serviços. A entidade não remunera os membros componentes de sua diretoria, conselheiros, associados ou equivalentes e não distribui ou concede vantagens sob nenhuma forma. NOTA 15. CUSTEIO DOS PROJETOS SOCIAIS As aplicações de recursos em programas sociais resumem-se da seguinte forma: 2013
Serviços Apoio à Projetos Sociais da Associação Franciscana de Solidariedade Total do Projeto SEFRAS
Unidades Nome do Centro de Custo Associação Franciscana de Solidariedade SEFRAS
Cidade / Estado
São Paulo, SP
Recursos aplicados Investimento com recursos Convênios próprios
Total Investido
2.099.728
-
2.099.728
2.099.728
-
2.099.728 continua...
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 29 de abril a 5 de maio de 2014
| Editais | 7
PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL CNPJ/MF 62.340.203/0001-84 Rua Borges Lagoa, 1209 - Vila Clementino - CEP 04038-033 - São Paulo/SP.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 Período de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2013 - Valores Expressos em R$ 1 2012 Serviços
Unidades Nome do Centro de Custo Centro Franciscano de Convivência da Criança e do Adolescente “Gente Viva”
Serviço de Proteção Básica: para Crianças e Adolescentes Serviço de Proteção de Média Complexidade: Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa e Prestação de Serviço à Comunidade Serviço de Proteção de Média Complexidade de Inclusão Produtiva Serviço de Proteção Básica à Família Apoio à Projetos Sociais da Associação Franciscana de Solidariedade
Recursos aplicados Investimento com recursos Convênios próprios
Cidade / Estado
Total Investido
Petrópolis, RJ
41.503
-
41.503
Centro Franciscano de Convivência e Proteção à Criança e Adolescente “Andorinha”
São Sebastião, SP
14.928
377.449
392.377
Centro Franciscano de Apoio à Reciclagem RECIFRAN
São Paulo, SP
42.398
-
42.398
São Paulo, SP
24.231
26.310
50.541
São Paulo, SP
1.618.086
-
1.618.086
1.741.146
403.759
2.144.905
Projeto “Franciscanos pela Eliminação da Hanseníase” Associação Franciscana de Solidariedade SEFRAS
Total do Projeto SEFRAS
NOTA 16. ISENÇÃO DA COTA PATRONAL A partir de 01 de janeiro de 2010, a Entidade passou a recolher a cota patronal do INSS, juntamente com as contribuições para com terceiros, bem como o seguro de acidentes de trabalho. No decorrer do ano, seus recolhimentos somaram R$ 1.032.492. NOTA 17. COBERTURA DE SEGUROS A administração da Entidade adota a política de contratar cobertura de seguros, para bens sujeitos a riscos, por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas.
DIRETORIA FIDÊNCIO VANBOEMMEL Diretor Presidente CPF/MF 521.424.777-04 MÁRIO LUIZ TAGLIARI Ecônomo CPF/MF 167.911.859-53
CONTADOR ADRIEL DE MOURA CABRAL CRC/SP 219.179/O-0 CPF/MF 855.179.336-53
PARECER DO CONSELHO FISCAL DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL Aos 10 dias do mês de abril, do ano de dois mil e quartoze, reuniu-se na sede da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - PFICB, na Rua Borges Lagoa n° 1.209, Bairro de Vila Clementino, cidade de São Paulo/SP, o Conselho Fiscal da PFICB, para analisar a Demonstrações Contábeis, encerradas em 31 de Dezembro de 2013, complementadas por Notas Explicativas. Após verificação e exame dos relatórios e dos documentos contábeis apresentados pelo Responsável Técnico, Contador Adriel de Moura Cabral (CRC-SP n° 1SP 219.179/O-0), no exercício da competência que lhe é atribuída, o Conselho Fiscal é de Parecer que estas peças sejam aprovadas pela Assembléia Geral.
Frei Volney José Berkenbrock CPF 005.465.907-80 Presidente do Conselho Fiscal
Frei Salésio Lourenço Hillesheim CPF 381.675.067-20 Conselheiro Frei Valdecir Schwambach CPF 289.052.278.48 Conselheiro
São Paulo, 10 de abril de 2014.
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
lmos. Srs. Associados e Diretores da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL São Paulo - SP Examinamos as demonstrações contábeis da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL, levantadas em 31 de dezembro de 2.013 e as respectivas demonstrações do resultado do período, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa na data referida, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL sobre as demonstrações contábeis A administração da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações
contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião sem ressalva Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL, em 31 de dezembro de 2.013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o período findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Curitiba, 28 de março de 2014.
AUDIACTO AUDITORES INDEPENDENTES SS CRC-PR - 04.618/0-9-S-SP
SANDRO GABRIEL DA SILVA KAIBER CONTADOR CRC - PR - 045891/O
Centro Comunitário Católico e Obras Sociedade Oscar Romero Rua José Mauro Mendonça, 279 CEP: 04475-492 Parque Dorotéia - São Paulo - SP CNPJ. 55.085.187/0001-65 - Entidade Beneficente de Assistência Social - Util.Pública Federal n.º 7.421/94-54 BALANÇOS PATRIMONIAIS
Demonstração do Resultado do Período
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Valores expressos em reais)
Notas ATIVO Explicativas 2013 2012 CIRCULANTE Caixa 94.276,79 44.278,99 Bancos - Rec. Com Restrições 342.873,25 140.905,08 Bancos - Rec. Sem Restrições 216.780,17 311.153,12 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 3.a 653.930,21 496.337,19 OUTROS RECEBÍVEIS Subvenções a Receber 3b 150.209,36 Adto.. Funcionários 69.321,62 Outros Créditos - - 219.530,98 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 873.461,19 Titulo de Capitalização ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO Tangíveis (-) Depreciações e Amortizações TOTAL IMOBILIZADO TOTAL ATIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO ATIVO
4. 4.a
142.310,66 73.886,80 13.000,00 229.197,46 725.534,65
2.000,00
0
630.255,16 621.343,95 4.b (346.009,45) (312.704,34) 284.245,71 308.639,61 286.245,71 308.639,61 1.159.706,90 1.034.174,26
Convenio Especial Inspetoria Sta. Cat. De Sena Recursos Aplicados Total TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE
5.c
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio Social Déficit do Período Ajuste Exercício Anteriores TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
120.000,00 240.000,00 (120.000,00) (240.000,00) 0,00 0,00 308.325,66 179.510,58
6 854.663,68 7 (3.282,44) 6.1 - 851.381,24
TOTAL DO PASSIVO
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
641.522,00 101.758,27 111.383,41 854.663,68
1.159.706,90 1.034.174,26
Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos
Método Indireto - Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Valores expressos em reais)
2.013 2.012 Superávit do Período (3.282,44) 101.758,27 Ajustes do resultado às disponibilidades geradas Depreciações e amortizações 33.305,11 48.038,47 Ajuste de exercícios anteriores - 111.383,41 Déficit/Superávit Líquido Ajustado 30.022,67 261.180,15 Variações nos ativos circulantes Subvenções a Receber (7.898,70) (22.927,32) Adto.. Funcionários 4.565,18 7.715,14 Deposito Judicial - 11.726,61 Outros Créditos 13.000,00 (13.000,00) Variações nos passivos circulantes Obrigações Fiscais (2.368,22) 4.101,12 Obrigações Sociais (4.532,82) 37.717,33 Obrigações Trabalhistas 147.432,59 14.900,90 Outras obrigações 997,45 6.978,01 Subvenções a Realizar 502,50 (119.383,34) Contingências Trabalhistas (13.216,42) 13.216,42 (1) Caixa líquido das atividades operacionais 168.504,23 202.225,02 Fluxo de caixa das atividades de investimentos Aplicações no ativo imobilizado (8.911,21) (749,00) Titulo Capitalização (2.000,00) (2) Caixa líquido aplicado das atividades de investimentos (10.911,21) (749,00) (3) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 0,00 0,00 (1+2+3) Aumento (Redução) de caixa e equivalentes de caixa 157.593,02 201.476,02 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 496.337,19 294.861,17 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 653.930,21 496.337,19 Aumento(Redução) do Caixa e Equivalentes de Caixa 157.593,02 201.476,02
(Valores expressos em reais)
Notas Notas PASSIVO Explicativas 2013 2012 Explicativas 2013 2012 CIRCULANTE 5. RECEITAS OPERACIONAIS Obrigações Fiscais 1.734,65 4.102,87 COM RESTRIÇÕES 8. Obrigações Sociais 33.207,77 37.740,59 Secretaria Mun. Desenvolvimento Obrigações Trabalhistas 264.905,28 117.472,69 e Assistencia Social - SMADS 8.2 2.517.201,76 2.314.509,02 Contingencias Trabalhistas - 13.216,42 Benefícios Obtidos - Cota Patronal 8.1 365.270,21 330.007,51 Outras Obrigações 7.975,46 6.978,01 Despesas de Atividades de Assistência Social (2.515.678,70) (2.314.509,02) Subvenções a Realizar 4.b 502,50 Benefícios Concedidos - Cota Patronal 8.1 (365.270,21) (330.007,51) 308.325,66 179.510,58 Superávit/Déficit da Atividade Social 1.523,06 -
nos Exercícios findos em 31 de dezembro de: 2013 e 2012
2.013 2.012
ORIGENS Das Operações . Superávit do Período
-
101.758,27
. (+) Ajuste de Depreciações
33.305,11
48.038,47
. (+) Resultado na Venda do Imobilizado
-
. (+) Ajuste Exerc. Anteriores
-
-
Total das Operações
Outras
33.305,11
111.383,41 261.180,15
TOTAL DAS ORIGENS
33.305,11
261.180,15
APLICAÇÃO DOS RECURSOS . Défict do Período
3.282,44
. Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado
8.911,21
. Titulo de Capitalização
2.000,00 19.111,46
749,00
. Aumento do Capital Circulante
TOTAL DAS APLICAÇÕES
33.305,11 261.180,15
260.431,15
Demonstração do CCL (Capital Circ. Líquido) C.C.L
BALANÇO Período Anterior Período atual
VARIAÇÃO Monetária Percentual
Ativo Circulante
725.534,65
873.461,19
147.926,54
20,39
Passivo Circulante
179.510,58
308.325,66
128.815,08
71,76
Capital Circulante Liquido 546.024,07 565.135,53
19.111,46
3,50
EDUCAÇÃO 8. Secrestaria Municipal da Educação - SME 711.530,00 1.332.423,97 Benefícios Obtidos - Cota Patronal 8.1 120.408,09 216.828,73 Despesas de Atividades Educacionais (711.530,00) (1.332.423,97) Benefícios Concedidos - Cota Patronal 8.1 (120.408,09) (216.828,73) Superávit/Déficit da Atividade Educacional 0,00 SUPERÁVIT\DÉFICIT DAS ATIVIDADES ORDINÁRIAS 1.523,06 SEM RESTRIÇÃO 8.2 140.214,73 Doações e Contribuições 27.674,66 Donativos do Exterior 11.072,69 Atividades Promocionais 30.582,50 Ofício PJCrim/MP 020/12 22.300,00 Benefícios Obtidos - Cota Patronal 8.1 41.439,05 Trabalho Voluntário 9 7.145,83
228.245,50 19.379,24 39.428,29 39.296,55 80.304,36 43.777,06 6.060,00
OUTRAS DESPESAS ORDINÁRIAS VINCULADAS 8 (173.575,21) (161.122,06) Benefícios Concedidos - Cota Patronal 8.1 (41.439,05) (43.777,06) Despesas Administrativas (85.811,55) (64.860,54) Trabalho Voluntário (7.145,83) (6.060,00) Depreciações e Amortizações (33.305,11) (40.038,54) Impostos taxas e Contribuições (5.873,67) (6.385,92) SUPERÁVIT/DÉFICIT OUTRAS REC. E DESP.ORDINÁRIAS (33.360,48) 67.123,44 RECEITAS (DESPESAS) FINANCEIRAS Receita Financeira Descontos obtidos Despesas Financeiras RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO
30.235,44 - (6.711,26) 23.524,18
20.697,96 1.858,76 (8.339,56) 14.217,16
OUTRAS RECEITAS/DESPESAS Outras Despesas Outros créditos Outras Receitas
(1.249,20) 280,00 6.000,00
255,45 20.162,22
OUTRAS RECEITAS RESULTADO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS (DÉFICIT) SUPERÁVIT DO PERÍODO 7.
5.030,80 (3.282,44) (3.282,44)
20.417,67 101.758,27 101.758,27
8 | Editais |
29 de abril a 5 de maio de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
Centro Comunitário Católico e Obras Sociedade Oscar Romero Rua José Mauro Mendonça, 279 CEP: 04475-492 Parque Dorotéia - São Paulo - SP CNPJ. 55.085.187/0001-65 - Entidade Beneficente de Assistência Social - Util.Pública Federal n.º 7.421/94-54
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Contábeis
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012
Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 (Valores expressos em reais)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 MOVIMENTAÇÃO DO PERÍODO Superávit do Período Anterior Incorporado ao Patrimônio Superávit do Período SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
Superávit/Déficit do Exercício
8. Assistência Social/Educacional - Aplicação dos Recursos Patrimônio Social Total As aplicações dos recursos em Gratuidades atenderam o que preceitua a Constituição Federal no Art. 195, I e §7º, que concede a isenção da Contribuição Social 312.553,86 217.074,42 529.628,28 (INSS) às entidades beneficentes de assistência social que atendem as exigências estabelecidas no Art. 29 da Lei 12.101/2009. De acordo com a letra “m” do item 28 Resolução CFC 1.409/2012- ITG 2002, os 217.074,42 (217.074,42) atendimentos com recursos próprios e demais atendimentos, estão segregados - 111.893,72 111.893,72 no quadro abaixo. 529.628,28 111.893,72 641.522,00 Ano de 2013 Ano de 2012 Atendimentos Recursos Próprios 140.207,90 228.245,50 Superávit do Período Anterior Incorporado ao Patrimônio 111.893,72 (111.893,72) Demais Atendimentos 3.228.731,76 3.646.932,49 Ajuste Exercício Anterior (Nota 6.1) - - 111.383,41 Superávit do Período - 101.758,27 101.758,27 8.1 Contribuições Sociais – Isenção Lei 12.101/2009): SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 641.522,00 101.758,27 854.663,68 Em atendimento art. 29 da Lei 12.101/2009, aos Decretos n.ºs 7.237/2010 e 7300/2010 e a norma contábil, ITG 2002, item 27, letra “c” são demonstrados a seguir, os valores relativos às isenções previdenciárias, como se devido fosse, Superávit do Exercício Anterior Incorporado ao Patrimônio 101.758,27 gozadas durante o exercício de 2013 e 2012. Déficit do Período - (3.282,44) (3.282,44) ISENÇÕES USUFRUÍDAS SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 854.663,68 (3.282,44) 851.381,24 ASSIST.SOCIAL EDUCAÇÃO OUTROS PROJETOS TOTAL DESCRIÇÕES 2013 2012 2013 2012 2013 2012 2013 2012 Cota Patronal 273.443,50 247.757,22 90.874,04 163.644,33 30.336,21 33.039,29 444.440,84 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Contábeis Rat 27.344,35 24.775,72 9.087,40 16.364,43 3.033,62 3.303,93 44.444,08 Em 31 de dezembro de 2013 e 2012 Outras Entidades 61.524,74 55.745,37 20.446,66 36.819,97 6.825,65 7.433,84 99.999,18 Autônomos 4.507,41 1.729,20 1.729,20 1. OBJETIVOS SOCIAIS 4. Ativo Não Circulante Total 366.820,00 330.007,51 120.408,10 216.828,73 40.195,48 43.777,06 527.423,58 590.613,30 Imobilizado. 1.1. Constituído em 1985, O Centro Comunitário Católico e Obras Sociais “Oscar (a) O imobilizado está registrado pelo custo de aquisição, formação ou construção, Romero”, é uma Associação filantrópica, beneficente, de promoção humana, sem deduzido da depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas, 8.2 Recursos Recebidos de órgãos públicos fins lucrativos, e duração por tempo indeterminado, de acordo com o Artigo 2º da quando aplicável. 31 de Dezembro de 2013 31 de Dezembro 2012 Lei 12.101/2009, regulamentada pelo Decreto 7.237/2010 a Entidade obedece ao (b) A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo Assistência Social R$ 2.517.201,76 R$ 2.314.509,92 Princípio da Universalidade do Atendimento, e tem por objetivo o desenvolvimenpelo método linear. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de to integral de crianças e adolescentes, promovendo em função deles, também Assistência Educacional R$ 711.530,00 R$ 1.332.423,97 depreciação são revisados anualmente e os efeitos de quaisquer mudanças nas suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, estimativas são contabilizados prospectivamente. sexo, credo religioso ou político e se rege pelo Estatuto Social e pela legislação Doações Imobilizado 2013 2012 aplicável. As doações e contribuições espontâneas são registradas quando recebidas, sen Taxas Depreciação Imobilizado Imobilizado do que quando % Custo Acumulada Líquido Líquido 1.2. Por ser entidade de interesse social a Associação, possui os seguintes destinadas ao custeio são contabilizadas como receita. Prédios 4,0% 207.300,00 (53.674,37) 153.625,63 161.916,79 certificados: Instalações 10% 54.614,00 (43.711,52) 10.902,48 13.170,92 • Titulo de Utilidade Pública Federal: Nº 7.421/94-54, de 12/02/1997. ANO 2013 2012 Equip. Educac. 10% 25.179,02 (15.464,72) 9.714,30 11.094,06 • Titulo de Utilidade Pública Estadual: Nº 42.607, de 10/12/1997. Moveis 10% 241.482,32 (144.176,40) 132.233,08 109.249,24 Doações de Pessoas Jurídicas R$ 49.974,66 R$ 39.428,29 • Titulo de Utilidade Pública Municipal: Nº 37.278, de 14/01/1998. Veículos 20% 11.000,00 (11.000,00) 0,00 0,00 Doações de Pessoas Físicas R$ 11.072,69 R$ 19.379,24 • Registro no Conselho Nacional de Assistência Social Computadores 20% 84.222,82 (76.670,95) 7.551,87 7.517,45 CNAS Nº. 23002 005019/87 – 80, de 27/09/1995. AP.Comunicação. - 1.000,00 (0,00) 1.000,00 1.000,00 8.3 Demonstração do cumprimento da aplicação e atendimentos sociais • Registro no Conselho Municipal de Assistência Social - COMAS nº 230/2002 Maq.Equipamentos 10% 5.457,00 (1.311,49) 4.145,51 4.691,15 Nas aplicações, em gratuidades por meio dos Programas de Assistência Sócia,l • Registro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CMDTotal 630.255,16 (346.009,45) 284.245,71 308.639,61 foram observados os preceitos da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 em CA/Nº 009/94 consonância Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009 que aprovou a Tipi• Reconhecimento de isenção de contribuições sociais, expedido pelo Instituto 5. PASSIVO CIRCULANTE ficação Nacional de Serviços Sócio Assistenciais. Dentro desses parâmetros os São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando Nacional do Seguro Social, conforme Ato Declaratório nº. 1.999.61.00.04597-4, programas instituídos estão caracterizados como segue: aplicável, dos encargos incorridos até a data do balanço. de 24/11/1999. As provisões são reconhecidas quando a Entidade tem uma obrigação presente, • Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS). Proceslegal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que 9. Gratuidades - Voluntários so: 44066.001442/99-39 - Resolução: Nº 194 de 29/07/99, renovado conforuma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa O Centro Comunitário Oscar Romero contou com o apoio de voluntários no decorme processo 71000.048222/2011-12 com validade ate 04/08/2011 a entidade confiável do valor possa ser feita. rer do ano em diversas atividades, cujos serviços prestados e doações recebidas protocolizou tempestivamente em 27/05/2011 o pedido de renovação do Cer(a) Contingencias. tificado de Entidade Beneficente de Assistência Social através do processo n proporcionaram a redução de R$ 7.145,83 (sete mil cento e quarenta e cinco reais A Resolução 1.180 de 24 de julho de 2009 aprovou a NBC 19.7, Provisões, Passi71000048222/2011-12, que até a presente data encontra-se em análise. e oitenta e três centavos), De acordo com o estabelecido no item 19 ITG-2002, vos contingentes e Ativos contingentes em consonância com os pronunciamentos os custos da prestação de serviços foram reconhecidos pelo valor justo, como se do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. 1.3 Assistência Social. tivesse ocorrido o desembolso financeiro. A entidade é polo passivo de ações judiciais e administrativa decorrentes do curA Instituição no atendimento aos seus objetivos estatutários tem como atividaAproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que colaboraram com as so normal das operações, envolvendo substancialmente questões trabalhistas de preponderante a Assistência Social e presta estes serviços de forma gratuita, mais diversas doações e nos ajudaram a alcançar nossos objetivos no exercício pela representação de seus assessores jurídicos, os processos existentes em continuada e planejada para os usuários que dela necessitarem, sem qualquer findo. 31.12.2012, foram classificados como possibilidade de ganho provável, atualmendiscriminação, de acordo com a Lei nº 12.101 de 27 de novembro de 2009. te encontra-se em situação “extinto por sentença de 04.12.2012 – no TRT”. Em Os valores e as aplicações em assistência social estão registrados por seu valor 19 de março de 2013, foi mantido pelo TRT, a Reclamante interpôs recurso de 10 Instrumentos financeiros original e de acordo com a sua competência conforme demonstrado na Nota 8 revistas e agravo de instrumento contra denegação deste em 27 de janeiro de (a) Identificação e valorização dos instrumentos financeiros 2014, em 27 de fevereiro de 2014 foi apresentada contrarazoes conforme carta de A Entidade avaliou seus ativos e passivos em relação aos valores de mercado, por 2. Apresentação das demonstrações contábeis. circularização do departamento jurídico da entidade. meio de informações disponíveis e metodologias de avaliação estabelecidas pela (a) Declaração de Conformidade (b) Apuração do superávit administração. Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos da EntidaAs demonstrações financeiras da organização para os exercícios findos em 31 De acordo com o item 15 ITG-2012 Resolução CFC 1409/2012, o valor do supede em 31 de dezembro de 2012 e de 2011 estão descritos a seguir, bem como os de dezembro de 2013 e para a data de transição de 01 de janeiro de 2013 foram rávit ou déficit deve ser incorporado ao Patrimônio Social. O superávit, ou parte critérios para sua avaliação: de que tenha restrição para aplicação, deve ser reconhecido em conta específica elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis apli(b)Caixa e equivalentes de caixa, subvenções a receber, outros ativos circudo Patrimônio Líquido. cáveis às entidades sem finalidade de lucros, considerando a Norma Brasileira de lantes e contas a pagar (c) Convênio Especial Contabilidade Técnica Geral, (NBC) TG 1000 - CTG 1000 - adoção plena, suas Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização, as aplicações finanA Entidade mantém convênio especial de parceria beneficente junto à Organiinterpretações Técnicas e Comunicados Técnicos, em especial à ITG-2002 (Rezação Inspetoria Santa Catarina de Sena para manutenção da sua estrutura ceiras que apresentam liquidez imediata e que possuem resgates rotineiros em solução CFC 1409/2012) que estabelece critérios e procedimentos específicos de administrativa. As doações recebidas no exercício de 2013 e 2012 totalizaram conformidade com as necessidades de caixa são classificadas como caixa e equiavaliação, de registro das transações e variações patrimoniais, de estruturação R$ 120.000,00 e R$ 240.000,00 respectivamente e foram lançadas em contas valentes de caixa. das demonstrações contábeis, e as informações mínimas a serem divulgadas em patrimoniais em conformidade com as instruções contidas na resolução CNAS 2013 2012 notas explicativas das entidades sem finalidade de lucros seguindo as práticas 188/2005 com alterações trazidas pela resolução 49/2007 contábeis descritas na Nota 3. Caixa 94.276,79 44.278,99 (b) Autorização das demonstrações Contábeis Bancos – Recursos Sem Restrições 1.076,74 6. Patrimônio social As demonstrações financeiras inerentes aos exercícios findos em 31 de dezembro Bancos com restrições 44.210,96 140.905,08 Conforme estabelecido no Estatuto Social da Entidade, o patrimônio social, receide 2013 e 2012 estão sendo apresentadas em Reais (R$) e foram autorizadas Aplicações – Recursos Sem Restrições 215.703,43 311.153,12 tas, recursos e eventual superávit operacional da associação serão aplicados intepela administração no dia 14 de março de 2014. Aplicações – Rec. c/ restrições 298.662,29 gralmente no país, na manutenção e desenvolvimento dos objetivos institucionais. (c) Formalidade da Escrituração Contábil – Resolução CFC nº 1.330/11 (NBC Total do Caixa e equivalentes 653.930,21 496.337,19 6.1 Ajustes Exercícios anteriores ITG 2000). A entidade mantém um sistema de escrituração uniforme dos seus atos Conforme Lei 6.404, artigo 186, em 2012 foram escriturados no Patrimônio Lí(c) Derivativos e fatos administrativos, por meio de processo eletrônico. Os registros contábeis quido, conta Ajustes de Exercícios Anteriores os saldos decorrentes de efeitos Em 31 de dezembro de 2013 e de 2012, a Entidade não possuía operações envolcontem o número de identificação dos lançamentos relacionados ao respectivo provocados por mudança de critérios contábeis e erro imputável de exercícios vendo instrumentos financeiros derivativos. documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comanteriores, conforme abaixo demonstrado. provem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos. SALDO D/C 11 Cobertura de seguros (d) As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, elaboradas por Ajuste Depreciação Veiculo D. 7.999,93 7.999,93 De acordo com a administração, em 31 de dezembro de 2013, não havia seguros disposições legais e estatutárias, serão transcritas no “Livro Diário” da Entidade, Ajuste Subvenções Governamentais C. 119.383,41 119.383,41 contratados para cobrir eventuais sinistros. e posteriormente registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas. A doTotal 111.383,41 cumentação contábil da Entidade é composta por todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apóiam ou compõem a escrituração contábil. A documentação contábil é hábil, revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”. A entidade manter em boa ordem a documentação contábil. (e) Estimativas Contábeis Na elaboração das demonstrações contábeis, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações contábeis da entidade incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. (f) Em dezembro de 2011 foi publicada a Portaria 353 do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome que estabelece em seu Artigo 12 que as entidades com atuação preponderante em Assistência Social devem incluir em suas demonstrações a Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos – DOAR.
3. Sumário das principais práticas Em consonância com a NBC ITG 2002, os registros contábeis das receitas e despesas são reconhecidas mensalmente respeitando o regime de competência, ou seja, as receitas e despesas são reconhecidas no resultado no período em que elas ocorrem, simultaneamente quando se relacionarem, independente do efetivo recebimento ou pagamento. (a) Caixa e equivalentes de caixa Conforme determina a Resolução do CFC No. 1.296/10 (NBC –TG 03) – Demonstração do Fluxo de Caixa e Resolução do CFC No. 1.376/11 (NBC TG 26) – As aplicações a curto prazo que possuem liquidez imediata e vencimento original em até 90 dias são consideradas como caixa e equivalentes. Os demais investimentos, com vencimento superiores a 90 dias, são reconhecidos a valor justo e registrados em investimentos a curto prazo. (b) Subvenções Governamentais: São provenientes de convênios firmados com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social – SMADS e Secretaria Municipal da Educação - SME, e tem como objetivo principal operacionalizar projetos e atividades pré-determinadas. Periodicamente, a Entidade presta conta de todo o fluxo financeiro e operacional aos órgãos competentes, ficando também toda documentação a disposição para qualquer fiscalização. (c) A Entidade para a contabilização de suas subvenções governamentais, atendeu a NBCT TG 07 que em seu texto item 12 relata que uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática. (d) Prazos: Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis até o encerramento do exercício seguinte são classificados como circulante
7. Do Resultado do Exercício -Item 15 ITG-2002 O valor do superávit ou déficit deve ser incorporado ao Patrimônio Social. O superávit, ou parte de que tenha restrição para aplicação, deve ser reconhecido em conta específica do Patrimônio Líquido.
São Paulo, 31.12.2013 Adolar Acácio Brun Presidente
Jorge Celso da Silva CT.CRC/1SP196805/07
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES A Diretoria 1) Examinamos as demonstrações contábeis da CENTRO COMUNITÁRIO CATÓLICO E OBRAS SOCIAIS OSCAR ROMERO, que compreende o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013, e as respectivas Demonstrações do Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio Líquido, das Origens e Aplicações de Recursos e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. 2) Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis: A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às pequenas e médias empresas (NBC TG 1000), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. 3) Responsabilidade dos auditores independentes: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas
pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva. 4) Base para opinião com ressalva: A entidade não possui controle físico analítico sobre os bens integrantes do Ativo Imobilizado, sendo assim a depreciação está sendo calculada com base nos saldos contábeis. Consequentemente, também não foram efetuadas a verificação de possíveis desvalorizações significativa que possam existir conforme determinação da Resolução CFC n° 1.292/10 - NBC TG 01 – Redução do Valor Recuperável de Ativos e a revisão da vida útil econômica desses bens em atendimento ao item 50 e 51 da resolução CFC n° 1.177/09 – NBC TG 27. Diante disso não nos foi possível determinar se ajustes das contas resultariam em efeitos relevantes sobre as Demonstrações Contábeis de 2013. 5) Opinião com ressalva: Em nossa opinião, exceto pelos efeitos descritos no parágrafo Base para opinião com ressalva, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da CENTRO COMUNITÁRIO CATÓLICO E OBRAS SOCIAIS OSCAR ROMERO em 31 de dezembro de 2013, o desempenho de suas operações, as origens e aplicações de recursos e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis para pequenas e médias empresas. São Paulo - SP, 14 de março de 2014.
AUDISA AUDITORES ASSOCIADOS CRC/SP 2SP 024298/O-3
Alexandre Chiaratti do Nascimento Contador CRC/SP 187.003/ O- 0 CNAI – SP – 1620
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 29 de abril a 5 de maio de 2014
| Editais | 9
ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI CNPJ 57.006.116/0001-55
BALANÇO PATRIMONIAL
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A T I V O Notas 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2011 Explicativas ATIVO CIRCULANTE 1.312.060,85 666.959,89 8.244.480,49 Caixa e Equivalentes de Caixa 3.a 326.791,73 197.144,75 3.507.469,11 Caixa 485,92 194.047,29 8.587,69 Bancos conta movimento 15.559,29 3.097,46 200.611,13 Aplicações Financeiras 310.746,52 - 3.298.270,29 Créditos 985.269,12 469.815,14 4.737.011,38 Aplicações Financeiras 941.263,53 241.970,00 4.321.289,80 Contas a Receber 2.253,12 2.253,12 11.676,83 Adiantamento Fornecedores 2.165,80 1.365,80 49.519,50 Outros Créditos 39.067,82 217.894,07 139.817,53 Valores a Recuperar - - Estoques - - 203.816,79 Despesas do Exerc. Seguinte 518,85 6.332,15 7.390,93 Empréstimos Concedidos - - 3.500,00 NÃO CIRCULANTE 2.050.097,92 3.007.994,24 52.298.981,04 REALIZÁVEL LONGO PRAZO 273.504,95 273.504,95 273.504,95 Depósitos Judiciais IPTU - - Impostos a Recuperar 61.907,45 61.907,45 61.907,45 Contas a Receber 211.597,50 211.597,50 211.597,50 INVESTIMENTOS 1.776.592,97 2.734.489,29 52.025.476,09 INVESTIMENTOS 118.123,22 118.645,60 31.770.095,69 Ações e Quotas 113.123,22 113.645,60 114.119,68 Aplicações Financeiras 5.000,00 5.000,00 5.000,00 Bens de Renda - - 44.972.365,22 (-) Depreciações s/Bens de Renda - - (13.321.389,21) IMOBILIZADO 4. 1.658.469,75 2.615.843,69 20.247.180,40 Terrenos 9.181,18 9.181,18 1.187.181,18 Imóveis - - Prédios 774.974,40 880.628,88 24.728.061,97 Máquinas e Equipamentos 14.584,00 84.965,04 660.840,84 Equipamentos de Produção - - Veículos 91.543,43 - 922.241,19 Móveis e Utensílios 49.988,98 49.988,98 200.202,56 Instalações - 12.472,00 4.600,00 Computadores e Periféricos 3.545,00 79.136,50 399.270,23 Benfeitorias 167.041,86 167.041,86 167.041,86 Consórcio de Veículo - - 96.080,00 Construções em andamento 884.357,30 883.818,91 88.570,89 Biblioteca - - 32.000,00 ( - ) Depreciações 4.b (336.746,40) (252.081,49) (8.939.602,15) OUTRAS IMOBILIZAÇÕES - 700.691,83 700.691,83 Benfeitorias e Bens de Terceiros - 700.691,83 700.691,83 INTANGIVEIS - - 8.200,00 Direitos de uso - - 8.200,00 TOTAL DO ATIVO 3.362.158,77 3.674.954,13 60.543.461,53 EXTRA PATRIMONIAL (146.703,98) (58.134,02) (1.631.423,93) Filantropia isenções - Aplicada a maior (146.703,98) (58.134,02) (1.631.423,93) Notas 31.12.2013 31.12.2012 31.12.2011 PASSIVO Explicativas PASSIVO CIRCULANTE 2.042.915,40 1.708.039,63 170.854,85 Fornecedores - - 5.525,50 Obrigações Fiscais 6.640,49 8.971,08 12.053,02 Obrigações Trabalhistas 48.842,84 51.761,21 86.973,99 Obrigações Sociais 8.649,61 8.343,22 20.098,19 Consórcios a Pagar - - Contas a Pagar 6.416,77 45.397,74 46.204,15 Tranferencia Matriz/Filial 1.972.365,69 1.593.566,38 PASSÍVO NÃO CIRCULANTE 5. 160.282,20 160.282,20 223.467,61 Obrigações a Pagar - - 63.185,41 Processos Judiciais 160.282,20 160.282,20 160.282,20 Obrigações Projeto Hotel Brasil - - PATRIMÔNIO LIQUIDO 1.158.961,17 1.806.632,30 Patrimônio Social 6. 3.235.598,87 3.235.598,87 65.239.720,84 Doação Patrimonial - - 272.050,75 Ajustes de Exercícios Anteriores - - 277.491,59 Superávit / Déficit do Exercicio (857.105,83) (756.705,57) (397.351,11) Superávit / Déficit Acumulado (571.860,74) (571.860,74) (5.242.773,00) Superávit(Déficit) do Período 8. (647.671,13) (100.400,26) TOTAL DO PASSIVO 3.362.158,77 3.674.954,13 60.543.461,53 EXTRA PATRIMONIAL (146.703,98) - (1.631.423,93) Filantropia isenções - Aplicada a maior (146.703,98) (58.134,02) (1.631.423,93)
2013 2012 Superávit/Déficit do Exercício (647.671,13) (100.400,26) Ajustes do resultado às disponibilidades geradas Atividades Operacionais Depreciações e amortizações 630.414,17 2.274,24 Variações nos ativos e passivos Fundos de Investimento (699.293,53) 4.079.319,80 Contas a Receber - 9.423,71 Estoques - 203.816,79 Creditos 178.826,25 (77.189,22) Seguros a Apropriar 5.813,30 1.058,78 Assinaturas - Contas a Receber Longo Prazo - 3.500,00 Depositos Judiciais - Adiantamento Fornecedores (800,00) 47.266,38 Fornecedores - (5.525,50) Obrigações Fiscais (2.330,59) (3.081,94) Obrigações Sociais 306,39 (11.754,97) Obrigações Trabalhistas (2.918,37) (35.212,78) Outras Obrigações (38.980,97) (806,41) Transferencia Matriz/Filial 378.799,31 1.593.566,38 (1) Caixa líquido das atividades operacionais (197.835,17) 5.706.255,00 (2) Caixa líquido aplicado nas atividades de investimentos 327.482,15 (9.016.579,36) (3) Fluxo de caixa das atividades de financiamentos - (1+2+3) Aumento líquido de caixa e equivalentes de caixa 129.646,98 (3.310.324,36) Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 197.144,75 3.507.469,11 Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 326.791,73 197.144,75 Aumento(Redução) do Caixa e Equivalentes de Caixa 129.646,98 (3.310.324,36)
ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - Em R$ (Reais)
EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - Em R$ (Reais)
DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 EM REAIS
EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 EM REAIS Ano 31/12/2012 31/12/2013 Variação Ativo Circulante 666.959,89 1.312.060,85 645.100,96 Passivo Circulante (1.708.039,63) (2.042.915,40) (334.875,77) Patrimônio Circulante Líquido (1.041.079,74) (730.854,55) (310.225,19) EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 EM REAIS Ano 31/12/2011 31/12/2012 Variação Ativo Circulante 8.244.480,49 666.959,89 (7.577.520,60) Passivo Circulante (170.854,85) (1.708.039,63) (1.537.184,78) Patrimônio Circulante Líquido 8.073.625,64 (1.041.079,74) 9.114.705,38 EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 EM REAIS Ano 31/12/2010 31/12/2011 Variação Ativo Circulante 5.755.750,76 8.244.480,49 2.488.729,73 Passivo Circulante (147.425,30) (170.854,85) (23.429,55) Patrimônio Circulante Líquido 5.608.325,46 8.073.625,64 (2.465.300,18)
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - Em R$ (Reais)
“Patrimônio “Patrimônio Social” Mutações/ P.L Líquido” Saldo em 31 de Dezembro de 2009 67.368.411,57 (5.744.502,41) 61.623.909,16 Doação Patrimonial - Ajustes de Exercícios Anteriores (151.815,83) 275.170,82 123.354,99 Incorporação Deficit conf. AGO 18/10/2010 (1.976.952,83) 1.976.952,83 Superávit/Déficit em 2010 (1.200.851,90) (1.200.851,90) Saldo em 31 de Dezembro de 2010 65.239.642,91 (4.693.230,66) 60.546.412,25 Doação Patrimonial - - Ajustes de Exercícios Anteriores 77,93 - 77,93 Superávit/Déficit em 2011 - (397.351,11) (397.351,11) Saldo em 31 de Dezembro de 2011 65.239.720,84 (5.090.581,77) 60.149.139,07 Doação Patrimonial - - Transferência Cisão Parcial em 30.09.2012 - (58.242.106,51) (58.242.106,51) Superávit/Déficit em 2012 - (100.400,26) (100.400,26) Saldo em 31 de Dezembro de 2012 65.239.720,84 (63.433.088,54) 1.806.632,30 Doação Patrimonial - - Transferência Cisão Parcial em 30.09.2012 - - Superávit/Déficit em 2013 - (647.671,13) (647.671,13) Saldo em 31 de Dezembro de 2013 65.239.720,84 (64.080.759,67) 1.158.961,17
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Em R$ (Reais)
31.12.2013 31.12.2012 31.12.2011 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 7. 737.925,12 3,30 1.251.055,30 Receitas de Vendas de Produtos - - 103.115,68 Receitas de Vendas de Mercadorias - - Receitas de Serviços - - 279.129,04 Receitas de Donativos 737.925,12 - 868.810,58 ( - ) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA - - 46.632,35 Icms s/vendas - - 13.871,67 Descontos e Abatimentos - - 32.760,68 RECEITA LÍQUIDA 737.925,12 3,30 1.204.422,95 ( - ) Custos Serviços e Vendas - - 272.325,22 Custo de Serviços e Vendas - - 272.325,22 = SUPERÁVIT BRUTO 737.925,12 3,30 932.097,73 ( - ) Programas de Assistência Social (697.673,63) (27.856,52) (1.914.089,83) ( - ) Programa Proteção Social Basica (106.140,10) (27.856,52) (769.150,91) ( - ) Programa Amazonia (101.967,80) - (101.295,99) ( - ) Programa Formação Especializada (97.374,37) - (824.059,44) ( - ) Programa Proteção Pessoa com Deficiência (99.450,00) - (140.778,99) ( - ) Programa Atend. População Vale Ribeira (292.741,36) - (68.205,48) ( - ) Despesas Soverdi Social - - (10.599,02) = RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 40.251,49 (27.853,22) (981.992,10) ( - ) DESPESAS OPERACIONAIS 7. 2.149.800,60 72.547,04 5.739.628,38 Administrativa e Gerais 811.665,91 - 1.784.361,27 Despesas com Pessoal 679.891,12 72.547,04 878.647,37 Desps.Tributárias 27.829,40 - 114.406,79 Desps. Assistenciais / Sociais - - Despesas c/Depreciações 630.414,17 - 2.782.717,42 Outras Despesas - - 179.495,53 RESULTADO FINANCEIRO ( 441.758,47) - (13.140,12) ( - ) Despesas Financeiras (441.758,47) - (13.140,12) RECEITAS OPERACIONAIS 1.903.636,45 - 6.337.409,49 Receitas Financeiras 164.262,43 - 835.348,90 Renda de Locação 1.709.874,02 - 5.468.087,65 Outras Receitas Operacionais 29.500,00 - 33.972,94 DEFICIT DO PERÍODO 8. (647.671,13) (100.400,26) (397.351,11)
DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA em 2013 - FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM REAIS DÉBITO CRÉDITO Filantropia Isenções (146.703,98) Filantropia Compromissos (146.703,98) Concedida: Assistência Educacional Assistência a Aplicar (146.703,98) Assistência Social (697.673,63) Assistência Aplicada a Maior (550.969,65) Total (697.673,63) Total (697.673,63) EM 2012 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM REAIS DÉBITO CRÉDITO Filantropia Isenções 58.134,02 Filantropia Compromissos 58.134,02 Concedida: Assistência Educacional Assistência a Aplicar 58.134,02 Assistência Social 27.856,52 Assistência Aplicada a Maior (30.277,50) 27.856,52 Total 27.856,52 Total EM 2011 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM REAIS DÉBITO CRÉDITO Filantropia Isenções 282.665,90 Filantropia Compromissos 282.665,90 Concedida: Assistência Educacional Assistência a Aplicar 282.665,90 Assistência Social 1.914.089,83 Assistência Aplicada a Maior 1.631.423,93 Total 1.914.089,83 Total 1.914.089,83 EM 2011, 2012 E 2013 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO EM REAIS DÉBITO CRÉDITO Filantropia Isenções 194.095,94 Filantropia Compromissos 194.095,94 Concedida: Assistência Educacional Assistência a Aplicar 194.095,94 Assistência Social 1.244.272,72 Assistência Aplicada a Maior 1.050.176,78 Total 1.244.272,72 Total 1.244.272,72
Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos Exercícios findos em 31 de dezembro de: 2013 e 2012.
2.013 2.012 ORIGENS Das Operações . Superávit do Exercício - . (+) Ajuste de Depreciações 630.414,17 630.414,17 Outras . Diminuição do Capital Circulante Líquido - 9.114.705,38 . Redução do Realizável 522,38 . Redução do Exigível - 63.185,41 . Redução do Ativo Imobilizado 326.959,77 TOTAL DAS ORIGENS 957.896,32 9.177.890,79 APLICAÇÃO DOS RECURSOS . Défict do Exercício 647.671,13 100.400,26 . Aquisição de Bens do Ativo Imobilizado - 9.016.579,36 . Realizável a Longo Prazo - 60.911,17 . Aumento do Capital Circulante Líquido 310.225,19 TOTAL DAS APLICAÇÕES 957.896,32 9.177.890,79 Demonstração do CCL (Capital Circ. Líquido) BALANÇO VARIAÇÃO C.C.L Período Anterior Período atual Monetária Percentual Ativo Circulante 666.959,89 1.312.060,85 645.100,96 96,72 Passivo Circulante 1.708.039,63 2.042.915,40 334.875,77 19,61 Capital Circulante Liquido (1.041.079,74) (730.854,55) 310.225,19 (29,80)
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - Em R$ (Reais)
2013 2012 2011 RECEITAS 2.641.561,57 - 7.588.464,79 Vendas e Prestações de Serviços - - 382.244,72 Receitas de Donativos 737.925,12 - 868.810,58 Renda de Locações de Imóveis 1.709.874,02 - 5.468.087,65 Receitas Extraordinárias - - Outras Receitas Operacionais 193.762,43 - 869.321,84 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (1.509.339,54) (27.856,52) (4.150.271,85) Custos de Manutenção das Atividades (697.673,63) (27.856,52) (2.365.910,58) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (811.665,91) - (1.784.361,27) = VALOR ADICIONADO BRUTO 1.132.222,03 (27.856,52) 3.438.192,94 RETENÇÕES ( - ) Depreciações (630.414,17) - (2.782.717,42) = VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 501.807,86 (27.856,52) 655.475,52 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas Financeiras - 3,30 = VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 501.807,86 (27.853,22) 655.475,52 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Empregados (679.891,12) (72.547,04) (878.647,37) Tributos (27.829,40) - (161.039,14) Juros e Aluguéis (441.758,47) - (13.140,12) Déficit apurado no exercício (647.671,13) (100.400,26) (397.351,11) = VALOR ADICIONADO TOTAL DISTRIBUÍDO (1.149.478,99) (72.547,04) (1.052.826,63)
DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL 31/12/2013
1- Identificação Associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, detentora de Certificado de Entidade Beneficiente de Assistencia Social - CEBAS, registrada no CNAS e Comas, de Utilidade Publica Federal, Estadual e Municipal, com atuação na prestação serviços assistenciais. Declarada Utilidade Publica - Decreto Federal 62.861/68 Entidade Filantrópica - Reg. No CNSS (CNAS) sob n° 57.715/63 28996.022305/94-43 - CEBAS Portaria 1.542 de 06/12/12, DOU 10/12/12. 2- Origem dos Recursos Receitas Totais a. Prestação de Serviços de Filmagens e Edição b. Vendas de Mercadorias (Videos Educativos)
2013 2012 2013 2012 R$ R$ % % 2.788.265,55
7.561.093,36
100%
100%
-
176.128,00
0,00%
2,33%
-
59.957,28
0,00%
0,79%
1.709.874,02
5.431.364,08
61,32%
71,83%
27.308,38
147.659,06
0,98%
1,95%
e. Doações de Pessoas Fisicas e Juridicas
177.218,59
417.288,93
6,36%
5,52%
f. Doações de Entidades Estrangeiras
518.911,68
242.317,84
18,61%
3,20%
14.486,47
20.902,13
0,52%
0,28%
0,00
-
0,00%
0,00%
164.262,43
761.854,06
5,89%
10,08%
29.500,00
303.621,98
1,06%
4,02%
146.703,98
-
5,26%
0,00%
c. Renda de Locação de Imóveis d. Doações de Associados
g. Campanhas Missionarias h. Recursos Governamentais (subvenções) i. Receitas Financeiras j. Receitas Patrimoniais l. Outras Receitas
3- Aplicação dos Recursos Despesas Totais a. Despesas com Programas de Assistencia Social b. Despesas com Programas de Ação Solidaria c. Despesas com Meio Ambiente d. Despesas com Outras Assistências e. Despesas com Pessoal e Encargos f. Despesa Operacional exceto pessoal g. Despesas com Impostos e Taxas h. Despesas com Treinamentos e Aperfeiçoamentos i. Despesas Patrimoniais / Depreciação j. Obras em Andamento l. Outras Despesas 4- Indicadores sociais internos (Ações e beneficios para os(as) funcionarios(as))
a. Alimentação b. Educação c. Encargos Sociais d. Capacitação e Desenvolvimento Profissional e. Uniformes f. Saude g. Segurança e Medicina no Trabalho h. Transporte Total - Indicadores sociais internos
2013 2012 2013 2012 R$ R$ % % 3.435.936,68 7.898.595,47 100% 100% - - 0,00% 0,00% - - 0,00% 0,00% - - 0,00% 0,00% - - 0,00% 0,00% 826.595,10 921.739,01 24,06% 11,67% 811.665,91 2.521.287,21 23,62% 31,92% 27.829,40 117.607,76 0,81% 1,49% - - 0,00% 0,00% 630.414,17 2.802.955,50 18,35% 35,49% - - 0,00% 0,00% 1.139.432,10 1.535.005,99 33,16% 19,43% 2013 2012 2013 2012 R$ R$ % % 75.535,58 54.031,45 16,06% 5,62% - - 0,00% 0,00% 38.525,15 213.535,38 8,19% 22,23% 5.838,00 171.827,32 1,24% 17,88% 4.809,10 - 1,02% 0,00% 331.540,21 489.641,76 70,49% 50,96% - - 0,00% 0,00% 14.106,17 31.718,82 3,00% 3,30% 470.354,21 960.754,73 100,00% 100,00%
10 | Editais |
29 de abril a 5 de maio de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI CNPJ 57.006.116/0001-55
5- Indicadores Sociais Externos (Projetos e Ações Sociais para a Comunidade) 2013
2012
a. Programa de Proteção Social Basica b. Prog Atend Populacao Vale do Ribeira c. Programa Amazonia d. Programa Incentivo a Form. Especializada e. Proteção as Pessoas com Deficiencia f. - Despesas Soverdi Social Valores totais
R$ 704.438,22 Nº pessoas beneficiadas: 1130 Nº entidades beneficiadas: 14 R$ 76.305,99 Nº pessoas beneficiadas: 460 Nº entidades beneficiadas: 02 R$ 19.445,74 Nº pessoas beneficiadas: 1.400 Nº entidades beneficiadas: 06 R$ 781.361,44 Nº pessoas beneficiadas: 1.400 Nº entidades beneficiadas: 06 R$ 181.673,35 Nº pessoas beneficiadas: 325 Nº entidades beneficiadas: 02 R$ 9.259,35 R$ 1.772.484,09
R$ 106.140,10 Nº pessoas beneficiadas: 1130 Nº entidades beneficiadas: 14 R$ 292.741,36 Nº pessoas beneficiadas: 460 Nº entidades beneficiadas: 02 R$ 101.967,80 Nº pessoas beneficiadas: 1.400 Nº entidades beneficiadas: 06 R$ 97.374,37 Nº pessoas beneficiadas: 1.400 Nº entidades beneficiadas: 06 R$ 99.450,00 Nº pessoas beneficiadas: 325 Nº entidades beneficiadas: 02 R$ 0,00 R$ 697.673,63
6- Indicadores sobre o corpo funcional N° total de empregados(as) ao final do periodo N° de admissões durante o período N° de demissões durante o período N° de prestadores(as) de serviço % de empregados(as) acima de 45 anos Composição do Corpo funcional % de Homens % de Mulheres Composição dos Cargos de Chefias % cargos de chefia ocupados por Homens % cargos de chefia ocupados por Mulheres Salário médio N° de estagiarios(as) N° de voluntarios(as) 7- Qualificação do corpo funcional N° total de funcionarios(as) no corpo técnico e administrativo N° de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores) N° de graduados(as) N° de graduandos(as) N° de pessoas com ensino médio N° de pessoas com ensino fundamental N° de pessoas com ensino fundamental incompleto N° de pessoas não-alfabetizadas
2013 2012 16 33 0 4 17 5 11 22 2 14 13% 87%
21% 79%
50% 50% R$ 2.418,85 0 7
50% 50% R$ 2.179,14 0 7
2013 2012 16 33 4 33 1 1 8 0 3 0 0 0
13 3 9 7 0 0
8- Informações relevantes quanto à ética, tranparência e responsabilidade social 2013 2012 O processo de admissão de empregados(as) é: 40% por indicação 60% por Seleção 40% por indicação 60% por Seleção A instituição desenvolve alguma politica ou ação de valorização ( ) sim, institucionalizada ( ) Não ( ) sim, institucionalizada ( ) Não da diversidade em seu quadro funcional? ( x ) sim, não institucionalizada ( x ) sim, não institucionalizada Se “sim” na questão anterior, qual? ( x ) negros(as) ( x ) género ( ) opção ( x ) negros(as) ( x ) género ( ) opção Sexual ( x ) portadores(as) de necessidades Sexual ( x ) portadores(as) de necessidades especiais ( ) especiais ( Na seleção de parceiros e prestadores de serviço, critérios ( ) não considerados ( ) não considerados éticos e de responsbilidades social e ambiental ( x ) são sugeridos ( ) são exigidos ( x ) são sugeridos ( ) são exigidos A participação de empregados(as) no planejamento da instituição: ( ) não ocorre ( x ) ocorre em nivel de chefia ( ) não ocorre ( x ) ocorre em nivel de chefia ( ) ocorre em todos os niveis ( ) ocorre em todos os niveis Os processos eleitorais democraticos para escolha dos ( ) não ocorrem ( x ) ocorrem regularmente ( ) não ocorrem ( x ) ocorrem regularmente coordenadores(as) e diretores(as) da organização: ( ) ocorrem somente p/ cargos intermediarios ( ) ocorrem somente p/ cargos intermediarios A instituição possui Comissão/Conselho de Ética para ( ) todas ações/atividades ( x ) conduta ( ) todas ações/atividades ( x ) conduta acompanhamento de: profissional ( ) não tem profissional ( ) não tem 9- Informações Complementares A Congregação do Verbo Divino também conhecida como Associação Propagadora Soverdi, ou SOVERDI, está engajada em diversas obras filantrópicas. Fundada em 1961, é uma associação civil sem finalidade lucrativa, caráter benemerente e assistencial voltada para a assistencia social, educação, cultura, beneficência e religiosa, em consonância com as diretrizes da Societas Verbi Divini. Para desenvolver suas finalidades, a SOVERDI firma convênio e acordos com as organizações não governamentais, parceira e grupos sociais, para promover programas e projetos voltados prioritartiamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, dirigidos às crianças, adolescentes, jovens, deficientes, famílias e individuos em situações de vulnerabilidae ou risco social e pessoal, assim contribuindo para usa proteção integral, e inserção na sociedade. A SOVERDI é preponderante na Assistencia Social, e conforme a Resolução CNAS no. 27 de setembro de 2011, suas ações caracterizam-se como assessoramento e defesa e garantia de direitos no âmbito da Assistencia Social. A Soverfdi tambem é mantenedora do CEI “Verbo Divino” - Casa Luis Sutter. O Trabalho social com as populações específicas é de caráter continuado, coma finalidade de promover a defesa e garantia de direitos socioassistencial, voltados para a aqusição de conhecimentos, habilidades e desenvolvimento de potencialidades que contribuem para o alcance da autonomia pessoal e social, favorecendo o acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo, respeitando à heterogeneidade dos arranjos familiares, aos valores, crenças e identidades das familias, combatendo todas as formas de violência, de preconceito, de discriminação e de estigmatização nas relações sociais. Os Programas e Projetos sociais apoiados pela Soverdi abrangem áres urbanas e rurais; comunidades indigenas, quilombolas, calhas dos rios, assentamentos, etc. RECICLAGEM DE MATERIAIS Desenvolve Parcerias de coleta de materiais recicláveis sólidos com Cooperativa dos Catadores de Rua, sito à Rua Roberto Cardoso Alves, 51 – através do Centro de Triagem Reciclando a Esperança, uma cooperativa que beneficiam Moradores de Rua em Santo Amaro. RECICLAGEM DE MATERIAIS ORGÂNICOS Desenvolve a reciclagem de materiais organicos para a produção de dubos.
DEMONSTRAÇÃO DO BALANÇO SOCIAL 31/12/2013
1. – CONTEXTO OPERACIONAL: A ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI, é uma associação civil e religiosa, sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, religioso e de assistencial e tem duração por tempo indeterminado, com sede e foro na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Verbo Divino, 993, Chácara Santo Antonio, Utilidade Pública Federal, conforme Decreto nº. 62.861/68, registrada no CNAS conforme processo nº. 57.715/63 28996.022305/94-43, portadora de Certificado CEBAS pela Portaria 1.542, de 06/12/2012, DOU de 10/12/2012 e renovação conforme Processo 71000062458/2012-42 e CNPJ 57.006.116/0001-55, de acordo com o Artigo 2º da Lei 12.101/2009, regulamentada pelo Decreto 7.237/2010 a Entidade obedece ao Princípio da Universalidade do Atendimento e tem por finalidade e missão: a) Manter e custear filiais, unidades, departamentos, institutos, enfim, toda e qualquer forma de organização interna voltada para a promoção humana, a educação, a saúde e a assistência social. b)Manter, de forma subsidiária, outras instituições de ensino, pesquisa, cultura, assistência social e saúde que contribuam para a realização de seus objetivos, podendo ainda criar outras instituições ou institutos, incorporar outros já existentes, bem como assumir responsabilidade de outros, por meio de convênios, desde que as instituições guardem identidade com os objetivos delineados neste Estatuto; c)Promover a educação formal em todos os seus níveis, como também a educação profissionalizante, além de oferecer cursos, palestras, seminários, treinamentos, (re)qualificação profissional, etc., que permitam a inserção social da população que se encontra em situação de risco social identificado; d)Promover a assistência à pessoas em situação de vulnerabilidade social, em especial à infância, à adolescência, aos idosos e aos necessitados em geral; e) Anunciar e promover os valores humanitários e cristãos, nas suas dimensões espiritual, cultural e de assistência social, desenvolvendo o diálogo inter-religioso e o espírito de solidariedade; f) Ampliar o conhecimento humano e a inclusão social, através da universalização de conhecimentos científicos, espirituais, artísticos e literários, veiculados por publicações editoriais; g) Manter e prover centros e institutos de formação filosófica, teológica e espiritual, buscando o aperfeiçoamento da pessoa humana à luz dos princípios cristãos; h) Promover e prover a preparação de pessoas habilitadas a difundir a fé cristã, de acordo com as orientações da Societas Verbi Divini; i) Promover a inclusão social dos destinatários da política pública de assistência social, garantindo-lhes o acesso aos bens e serviços sociais, como instrumento de ampliação do conceito de cidadania; j) Assegurar, através de projetos e programas, ações que viabilizem a universalização do acesso das famílias, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos carentes aos direitos sociais, bem como a sua promoção e defesa; k) Promover o desenvolvimento de programas e projetos de ação comunitária, de enfrentamento da pobreza, de geração de renda, de cooperativas de produção e serviços, e de promoção social e saúde, em geral, com vistas a assegurar direitos à proteção da saúde e da família, da maternidade, da infância, da adolescência e da velhice; l) Promover e manter projetos de natureza cultural, artística, científica e literária, bem como criar espaços destinados à difusão da cultura popular, ao resgate da memória nacional e a propiciar lazer à comunidade: m) Promover a defesa e a preservação do meio ambiente, buscando a conscientização da comunidade através da divulgação e do ensino de noções de desenvolvimento sustentável; n) Viabilizar a habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência e contribuir para sua integração à vida comunitária. 2. Apresentação das demonstrações contábeis. (a) Declaração de Conformidade As demonstrações financeiras da organização para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e para a data de transição de 01 de janeiro de 2013 foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às entidades sem finalidade de lucros, considerando a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral, (NBC) TG 1000 - CTG 1000 - adoção plena, suas interpretações Técnicas e Comunicados Técnicos, em especial à ITG-2002 (Resolução CFC 1409/2012) que estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registro das transações e variações patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis, e as informações mínimas a serem divulgadas em notas explicativas das entidades sem finalidade de lucros seguindo as práticas contábeis descritas na Nota 3. (b) Autorização das demonstrações Contábeis As demonstrações financeiras inerentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 estão sendo apresentadas em Reais (R$) e foram autorizadas pela administração no dia 25 de abril de 2014.
(c) Formalidade da Escrituração Contábil Resolução CFC nº 1.330/11 (NBC ITG 2000). A associação mantém um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, por meio de processo eletrônico. Os registros contábeis contem o número de identificação dos lançamentos relacionados ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos. (d) As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, elaboradas por disposições legais e estatutárias, serão transcritas no “Livro Diário” da Entidade, e posteriormente registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas. A documentação contábil da Entidade é composta por todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apóiam ou compõem a escrituração contábil. (e) Estimativas Contábeis Na elaboração das demonstrações contábeis, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações contábeis da entidade incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. (f) Em dezembro de 201 foi publicado a Portaria 353 do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome que estabelece em seu Artigo 12 que as entidades com atuação preponderante em Assisstência Social devem incluir em suas demonstrações a Demonstração das Origens e Aplicações dos recursos. 3. Sumário das principais práticas Em consonância com a NBC ITG 2002, os registros contábeis das receitas e despesas são reconhecidas mensalmente respeitando o regime de competência, ou seja, as receitas e despesas são reconhecidas no resultado no período em que elas ocorrem, simultaneamente quando se relacionarem, independente do efetivo recebimento ou pagamento. (a) Caixa e equivalentes de caixa Conforme determina a Resolução do CFC No. 1.296/10 (NBC –TG 03) – Demonstração do Fluxo de Caixa e Resolução do CFC No. 1.376/11 (NBC TG 26) – As aplicações a curto prazo que possuem liquidez imediata e vencimento original em até 90 dias são consideradas como caixa e equivalentes. Os demais investimentos, com vencimento superiores a 90 dias, são reconhecidos a valor justo e registrados em investimentos a curto prazo. (b) A Entidade para a contabilização de suas subvenções governamentais, atendeu a NBCT TG 07 que em seu texto item 12 relata que uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática. (c) Prazos: Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis até o encerramento do exercício seguinte são classificados como circulante 4. Ativo Não Circulante Imobilizado. (a) O imobilizado está registrado pelo custo de aquisição, formação ou construção, deduzido da depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas, quando aplicável. Em 2012 a Associação passou por uma reestruturação visando adequar-se às exigências da Lei 12.101/2009 e posteriores regulamentações, parte do seu patrimônio foi vertido para uma nova organização denominada MISSIONÁRIO DO VERBO DIVINO”, sigla “MVD”, contendo os elementos ativos e passivos relacionados, à base dos registros contábeis constantes das demonstrações contábeis de 30 de setembro de 2012, suportado por laudo de avaliação emitido por perito independente. (b) A depreciação é reconhecida com base na vida útil estimada de cada ativo pelo método linear. A vida útil estimada, os valores residuais e os métodos de depreciação são revisados anualmente e os efeitos de quaisquer mudanças nas estimativas são contabilizados prospectivamente. 2012 2013 IMOBILIZADO Taxa 2.615.843,69 40.612.911,04 41.570.284,98 1.658.469,75 IMOBILIZADO 2.003.131,81 29.445.812,86 29.471.857,52 1.977.087,15 Prédios 4% 880.628,88 25.475.254,09 25.580.908,57 774.974,40 Terrenos 9.181,18 2.784.852,00 2.784.852,00 9.181,18 Construcoes e Benfeitorias 167.041,86 0,00 0,00 167.041,86 Construcoes em Andamento 883.818,91 14.296,11 13.757,72 884.357,30 Veículos 20% 0,00 991.506,43 899.963,00 91.543,43 Moveis e Utensílios 10% 49.988,98 145.554,23 145.554,23 49.988,98 Instalacoes Comerciais 10% 12.472,00 2.350,00 14.822,00 0,00 Biblioteca 0,00 32.000,00 32.000,00 0,00
OUTRAS IMOBILIZACOES Equipamentos de Informática 20% Maquinas e Equipamentos 10% Benfeitorias em Bens de Terceiros CONSORCIOS Consorcios (-) DEPRECIACAO/AMORTIZACAO (-) Deprec. Acum. Predios (-) Deprec. Acum. Maq. Equiptos. (-) Deprec. Acum. Equiptos. Informatica (-) Deprec. Acum. Veiculos (-) Deprec. Acum. Moveis Utensilios
2012 864.793,37 892.858,94 1.739.523,31 79.136,50 344.112,83 419.704,33 84.965,04 548.746,11 619.127,15 700.691,83 0,00 700.691,83 0,00 96.080,00 96.080,00 0,00 96.080,00 96.080,00 252.081,49 10.178.159,24 10.262.824,15 218.335,72 8.498.293,30 8.484.343,64 8.942,46 511.386,72 512.845,08 971,78 364.478,06 365.092,20 0,00 679.337,98 770.881,21 23.831,53 114.361,25 119.360,09
2013 18.129,00 3.545,00 14.584,00 0,00 0,00 0,00 336.746,40 204.386,06 10.400,82 1.585,92 91.543,23 28.830,37
5. PASSIVO CIRCULANTE / NÃO CIRCULANTE As provisões são reconhecidas quando a Entidade tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita. 6. Patrimônio social Conforme Capitulo III Art. 7º do Estatuto Social da Associação, o patrimônio social, assim como as rendas geradas, deverão ser aplicadas integralmente em favor das atividades desenvolvidas no país, e somente poderão ser utilizadas para realização dos objetivos institucionais, inclusive, na doação para entidades afins. 7. Apuração do Superávit ou Déficit do Período. Em consonância com a NBC ITG 2002, os registros contábeis segregam as receitas por área de atuação, programas e projetos, as receitas e despesas são reconhecidas mensalmente respeitando o regime de competência, ou seja, as receitas e despesas são reconhecidas no resultado no período em que elas ocorrem, simultaneamente quando se relacionarem, independente do efetivo recebimento ou pagamento. 8. Do Resultado do Período -Item 15 ITG-2002 O valor do superávit ou déficit deve ser incorporado ao Patrimônio Social. O superávit, ou parte de que tenha restrição para aplicação, deve ser reconhecido em conta específica do Patrimônio Líquido 9. DOS FINS FILANTRÓPICOS A instituição atende as exigências estabelecidas na legislação vigente na época de cada exercício social, estando adequada à legislação atual, conforme quadro demonstrativo “Demonstrações das Aplicações em Filantropia” 2013 2012 2011 Total 146.703,98 289.678,48 282.665,90 10. CONTINGÊNCIA TRIBUTÁRIA (a) Identificação e valorização dos instrumentos financeiros A Entidade avaliou seus ativos e passivos em relação aos valores de mercado, por meio de informações disponíveis e metodologias de avaliação estabelecidas pela administração. (b)Caixa e equivalentes de caixa, subvenções a receber, outros ativos circulantes e contas a pagar Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização, as aplicações financeiras que apresentam liquidez imediata e que possuem resgates rotineiros em conformidade com as necessidades de caixa são classificadas como caixa e equivalentes de caixa. Recursos Sem Restrições 2013 2012 Caixa 485,92 194.047,29 Bancos conta movimento 15.559,29 3.097,46 Aplicações Financeiras 310.746,52 Total do caixa e equivalentes 326.791,73 197.144,75 11. Cobertura de seguros Em 31 de dezembro de 2013, a cobertura de seguros é considerada suficiente pela administração para cobrir eventuais sinistros. São Paulo, 31.12.2013
Jorge Celso da Silva CT.CRC 1SP196805
Edson Castro da Silva PRESIDENTE
www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 29 de abril a 5 de maio de 2014
ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI CNPJ 57.006.116/0001-55
PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto, tendo procedido a avaliação do material contábil dos anos de 2013 (meses de janeiro a dezembro), efetuando a análise da prestação de Contas da Diretoria, inerentes às atividades de natureza econômica, elaborou o presente Relatório, com a emissão do PARECER, a ser submetido à Assembléia Geral. RELATÓRIO 1 - DA DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL A documentação contábil foi apresentada em tempo hábil, composta dos documentos de despesas, bem como dos respectivos balancetes, diários e extratos bancários. Da análise dos documentos de despesas não encontramos nenhuma irregularidade posto que os documentos estão de conformidade com os documentos contábeis, não havendo nenhuma ressalva a ser feita.
| Editais/Canonização | 11
‘Era fascinante vê-lo em ação’, diz jornalista sobre João Paulo 2º Padre Michelino Roberto
2 – DA MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA MENSAL – 2013 Os balancetes, analisados e conferidos, foram apresentados de forma cumulativa, tendo este Conselho Fiscal feito a apuração dos lançamentos, mês a mês, estando todos em perfeita ordem. 3 - PARECER Os Balanços Gerais referente aos exercícios de 2013 deve ser aprovados pela Assembléia Geral por representarem de forma correta a efetiva situação da ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI, no respectivo período. São Paulo, 25 de abril de 2014.
Jose Tadeu S Ferreira RG 4.229.077 RJ CPF 495.905.617-72
Pedro Iwao Hanaoka RG 4.802.582 SP CPF 759.561.368-04
Agostinho Janning RG 3.833.656-SP - CPF 371.922.308-63
O SÃO PAULO – O declínio de sua fragilidade não escandalizava as pessoas? Aura Miguel – A maneira como João Paulo 2º mostrou que há um ‘momento-tempo’ para tudo, inclusive para a velhice, foi arrasador no sentido positivo, principalmente para os jovens. Tanto que ele presidiu as jornadas mundiais da juventude mesmo velho, e os jovens aderiam e não se escandalizavam por vê-lo frágil, porque percebiam que havia algo maior dentro dele do que a barreira da doença.
parecer dos auditores independentes À Diretoria da ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI São Paulo – SP 1. Examinamos as demonstrações financeiras da ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI, que compreendem o Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do Superávit ou Déficit, das Mutações do Patrimônio Social e dos Fluxos de Caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 2. A Administração da ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. RESPONSABILIDADE DOS AUDITORES INDEPENDENTES 3. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. 4. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da entidade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da entidade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 5. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. OPINIÃO 6. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anteriormente referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ASSOCIAÇÃO PROPAGADORA SOVERDI em 31 de Dezembro de 2013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. OUTROS ASSUNTOS 7. Demonstração do Valor Adicionado – Examinamos, também, a demonstração individual do valor adicionado (DVA) referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013, cuja apresentação é requerida pela legislação brasileira e normas contábeis brasileiras, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essa demonstração foi submetida ao mesmo procedimento de auditoria descrito anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 8. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – A DOAR referente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2013 foi elaborada pela entidade sob a responsabilidade de sua administração, e submetida aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente. Em nossa opinião a referida demonstração está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto. A DOAR foi elaborada por exigência do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome através da Portaria MDS 353 de 23 de Dezembro de 2011. 9. Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior – Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, apresentados para fins de comparação, foram auditados por nós, conforme relatório datado de 26 de Abril de 2013, o qual não conteve qualquer modificação. Porto Alegre, 28 de Abril de 2014 Nilton Antonio Tiellet Borges Contador CRC/RS “S” “SP” 015.233/O-8 - CNAI 81 Registro CVM Ato Declaratório 5417, DOU 14/05/99 - Código CVM 7722 CPF 005.449.140-15 Mauro Schmitt Soares Contador CRC/RS 084.055/O-5 CPF 280.474.350-00 TSA Auditores Associados Sociedade Simples CRC/RS “S” “SP” 4.240 CNPJ 05.750.330/0001-18
cional, com suas delegações espalhadas pelo mundo, cujos chefes são os bispos e o conselho de administração são os cardeais e o papa é o presidente. Não é esse o critério. Leituras somente políticas são muito redutivas. Nós, jornalistas, tendemos a definir como Deus atua com nossos critérios e, portanto, formamos uma ideia do que queremos que o papa seja ou diga. O grande desafio é amar mais a verdade do que a ideia que se faz dela.
Fernando Geronazzo
Especial para O SÃO PAULO, no Vaticano
Acompanhando os papas desde 1985, a jornalista Aura Miguel (foto) é a única vaticanista de língua portuguesa. Editora de assuntos religiosos da Rádio Renascença, de Portugal, ela acompanhou 51 viagens apostólicas de João Paulo 2º. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Aura afirmou que, a bordo do voo papal, teve a oportunidade de conhecer mais sobre o caráter e a personalidade do pontífice polonês, sobretudo na sua relação com os jornalistas.
O SÃO PAULO – Como era acompanhar João Paulo 2º nessas viagens? Aura Miguel – Era fascinante o modo de vê-lo em ação. Tenho a impressão de que quem viaja no avião do papa é como aquele que está na barca de Pedro. Foi com ele que começou essa experiência de conferência de imprensa a bordo, com o papa respondendo às perguntas de jornalistas. O SÃO PAULO – Que experiência pessoal marcante você destacaria? Aura Miguel – Certa vez, a bordo do voo papal, João Paulo 2º veio até área onde estavam os jor-
nalistas apenas para saudar-nos um por um. Perguntei-lhe: “Santo Padre, o que eu tenho de fazer para ser uma boa jornalista?”. Ele olhou para mim, pôs a mão na cabeça e começou a pensar. Então me respondeu: “É preciso discernir sempre”. Somos chamados a não deixar que os outros pensem por nós, mas a constantemente avaliar a realidade.
O SÃO PAULO – E como você avalia a maneira como a mídia abordava as ações de João Paulo 2º? Aura Miguel – Muitos olham para a Igreja como se ela fosse uma multina-
O SÃO PAULO – Mas muitos jornalistas o criticaram por não renunciar. Qual a sua opinião sobre isso? Aura Miguel – Para mim, o fio condutor para compreender a maneira como João Paulo 2º abraçou sua doença e permaneceu até o fim, foi sua liberdade. Só quem já deu tudo a Jesus, é capaz de aparecer como ele apareceu na janela no domingo de Páscoa para a bênção Urbi et Orbi e não conseguiu falar. Teria sido uma humilhação terrível para um homem que era genial e sabia falar como ninguém. No entanto, ele esteve lá com muita liberdade.
12 | Canonização |
29 de abril a 5 de maio de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
Comissão elabora subsídios para o Dia de Oração pelas Vocações O Dia Mundial de Oração pelas Vocações é celebrado, em todo o mundo, no quarto domingo da Páscoa, neste ano 11 de maio. Para colaborar e dinamizar as celebrações, a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada elaborou subsídios de apoio, que se encontram disponíveis no site www.edicoescnbb.com.br.
‘Canonização dos papas foi convite à unidade’, afirma vaticanista Filipe Domingues
Filipe Domingues
produtivo nos últimos estágios de seu papado.
Em entrevista ao O SÃO PAULO, o vaticanista americano John Allen Jr. (foto), do jornal Boston Globe, afirma que decisão do papa Francisco juntar a canonização de João 23 e João Paulo 2º é um convite à unidade.
O SÃO PAULO - Sabe-se que João Paulo 2º e João 23 tinham defeitos como qualquer pessoa. Você acha que está claro o que significa ser santo? John Allen Jr. - O que o Vaticano sempre diz, e isso é difícil de fazer as pessoas aceitarem, é que canonizar um papa não é a mesma coisa que canonizar seu papado. Isso não significa que como papa não existam áreas que possam ser julgadas, que não houve erros de política, escolhas baseadas em informações errôneas e por aí vai. Significa que, apesar das falhas, eles foram capazes de viver uma vida santa. Sei muito bem que é difícil convencer as pessoas disso. Dizemos que esses homens são santos e parece que estamos limpando todos os problemas dos pontificados. Mas não é assim que a Igreja entende o processo. E, francamente, este é o caso em que eu acredito muito no bom senso das pessoas um pouco mais do que no da mídia. Acredito que se você caminhar na praça de São Pedro, no domingo, e perguntar para as pessoas normais. “Isso significa que ele nunca errou quando foi papa?”. Eu diria que a grande maioria das pessoas vai dizer “Claro que não”. Eles diriam: “Não pensamos que essas pessoas foram perfeitas, mas que de alguma forma elas nos inspiram, nos fazem sentirmo-nos melhor, nos estimulam a sermos pessoas melhores”.
Especial para O SÃO PAULO, no Vaticano
O SÃO PAULO - Por que o papa Francisco resolveu canonizar os dois papas juntos? John Allen Jr. - Veja, uma coisa para nunca esquecer sobre o papa Francisco: sim, ele é um homem humilde, simples, é o papa dos pobres, mas sob tudo isso está a mente de um brilhante político jesuíta. Ele sabe que, no ambiente católico, por mais equivocado que isso seja, João 23 é visto como um herói da esquerda e João Paulo 2º é visto como um herói da direita. Então, se você canoniza um deles separadamente, corre o risco de parecer a ‘volta olímpica’ de um lado ou de outro na Igreja, em termos de debates. Mas se você coloca os dois juntos, é um claro convite à unidade. E acho que a unidade é muito importante para este Papa. O SÃO PAULO - Você trabalhou como vaticanista no pontificado de João Paulo 2º, de 1998 a 2005. Como descreveria as mudanças pelas quais ele passou ao longo o pontificado? John Allen Jr. - Uma das coisas que me surpreenderam foi
o quão ativo ele permaneceu no seu período de declínio físico. Eu cobri viagens que ele fez em 2003 e 2004. No fim delas, eu estava exausto! Imagine esse homem! Infelizmente, nossas memórias de João Paulo 2º, neste momento, estão muito condicionadas pela forma como ele morreu. O que as pessoas lembram é aquele homem frágil, ancião, morrendo em público. Veja, as pessoas foram inspiradas por isso, se comoveram, mas isso tem um efeito distorcido porque nós esquecemos como ele começou. Se voltarmos a 1978, ele era tipo (o ator) John
Wayne de batina! Era um “superherói”, vigoroso, arrojado, atleta-alpinista de Deus! Ele pegou o mundo como uma tempestade.
O SÃO PAULO - Você poderia contar algum episódio interessante de sua experiência como jornalista? John Allen Jr. - Durante uma de suas primeiras viagens à América Latina, ele estava fazendo um dos seus enormes tours, algo como 12 países em 10 dias, essas coisas feitas para nos matar (os jornalistas). Na metade, o grupo de jornalistas que o acom-
panhava estava simplesmente exausto. Alguém tinha uma bola de beisebol. Eles escreveram alguma coisa num papel e prenderam com fita envolta da bola de beisebol. Pensando em fazer uma grande piada, escreveram no pedaço de papel “Santo Padre, estamos cansados. Podemos, por favor, tirar o resto do dia de folga?”, e rolaram a bolinha para o Papa no avião. Cinco minutos depois, a bola volta rolando. O papel dizia: “Não! Vamos continuar! Iohanes Paulus II”. Esse era João Paulo em poucas palavras. Ele continuou notavelmente
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‘Tiradas’ de João 23 A personalidade alegre e doce do Papa lhe renderam muitos fatos inusitados, que fazem dele um dos pontífices mais bem humorados da História Fernando Geronazzo
Especial para O SÃO PAULO, no Vaticano
Uma das características mais marcantes da personalidade de João 23 era o seu bom humor. Tanto que o jornalista alemão Kurt Klinger selecionou e publicou um livro “O bom humor do papa João XXIII” - todo ele dedicado a narrar episódios em que este Papa, com tiradas engraçadas, conseguia quebrar a tensão de encontros oficiais. Conta-se que em uma ocasião, ao lhe ser apresentado uma coleção de selos em que sua efígie era reproduzida, disse: “É uma bela série. O bom Deus até podia ter-me feito feio, porém um pouco mais fotogênico”. Em outra ocasião, João 23 saiu do Vaticano para encontrar as crianças do Orfanato do Espírito Santo. Diante dele, a superiora ajoelhou-se e disse: “Santo Padre, sou a superiora do Espírito Santo”. O
Papa, sorrindo, respondeu: “A senhora é muito importante, eu sou apenas o vigário de Cristo.” Klinger, em seu livro, relata também um encontro com um embaixador russo, durante a Guerra Fria, quando Roncalli era ainda núncio em Paris. No decorrer da recepção, o embaixador encontrava-se isolado e de cara fechada. Roncalli aproximou-se e o abordou de uma maneira inusitada. “Excelência, nós militamos em campos opostos, todavia, temos algo muito importante em comum: a barriga. Estamos de fato bastantes barrigudos!” O sério embaixador começou a rir e a conversa fluiu. Um dos principais secretários de João 23, Guido Gusso, também lembra alguns fatos curiosos. Recém-eleito papa e ainda sob o segredo do conclave, João 23 chamou Gusso para que ele fosse buscar alguns documentos no hotel em que se hospedara. “Quando fui pedir ao cardeal decano autorização para sair, ele disse que eu seria excomungado! Voltei ao Papa para explicar o problema e ele me disse: ‘Diga ao cardeal que se ele te excomungar, o Papa retira a excomunhão! Vá buscar meus documentos!’” Certa vez, Guido se ajoelhou para beijar o anel do Papa. Diante da cena, João 23 lhe disse que ele poderia beijar seu anel pela manhã e dizer “bom dia” e à noite, dizendo “boa noite”, e abrindo a porta da capela lhe disse: “Mas para se ajoelhar, só diante do Senhor”.
L’Osservatore Romano
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Falece dom Aloísio Roque Oppermann No domingo, 27, morreu o bispo emérito de Uberaba (MG), dom Aloísio Roque Oppermann. Natural de São Vendelino (RS), dom Oppermann tinha 78 anos. Foi nomeado bispo para Ituiutaba (MG), onde recebeu a ordenação episcopal em 21 de abril de 1983. Tornou-se arcebispo de Uberaba em 1º de maio de 1996 e durante muitos anos foi articulista do O SÃO PAULO.
‘Bons cristãos, homens de virtude comprovada, discípulos de Cristo, homens de Deus’ Arquivo O SÃO PAULO
Em Roma para a canonização dos papas João 23 e João Paulo 2º, o Cardeal Odilo Pedro Scherer fala ao O SÃO PAULO sobre o legado dos dois novos santos para a Igreja e o mundo Padre Michelino Roberto Diretor do O SÃO PAULO, no Vaticano
O SÃO PAULO - Qual foi o principal legado do Pontificado de João 23? Cardeal Scherer - Penso no legado de João 23 em duas dimensões: o legado para a Igreja foi o Concílio Ecumênico Vaticano 2º. Ele ficou conhecido como “o Papa do Concílio”, embora seja preciso observar que este título também cabe a Paulo, uma vez que assumiu a condução do Concílio Vaticano 2º após o falecimento de João 23, logo depois da primeira sessão e o levou até à sua conclusão. Mas é bem verdade que devemos a João 23 a lucidez, a coragem e a santa ousadia de convocar e de abrir o Concílio, que teve enorme significado para a vida da Igreja no século 20 e continua tendo ainda hoje. O legado para a sociedade foram as duas grandes encíclicas: Mater et Magistra e Pacem in terris. João 23 assumiu o Pontificado num momento muito difícil da História; ainda não fazia muito que a 2ª grande guerra mundial havia terminado; a reconstrução ainda não havia terminado e já sopravam novos ventos de guerra... A Guerra Fria quase “esquentou”
Dom Odilo Pedro Scherer e dom Geraldo Majella, em audiência com o papa João Paulo 2º no Vaticano, na década de 2000
Cardeal Scherer - João Paulo 2º, no seu longo Pontificado, deixou um imenso legado à Igreja e à sociedade. Seu Magistério é amplo e abrange praticamente todos os temas da doutrina, da moral e da disciplina da Igreja Católica. Ele legou à Igreja o novo Código de Direito Canônico e o Catecismo da Igreja Católica. Por outro lado, foi um incentivador da renovação da Igreja no autêntico espírito do Concílio Vaticano 2º; suas muitas viagens missionárias ajudaram a “confirmar os irmãos na fé” e a dar novo impulso à ação missionária. Com suas muitas mensagens e discursos dirigidos aos chefes O SÃO PAULO - E quais de Estado e Governantes, e com foram os principais legados do seu empenho pessoal em favor da Pontificado de João Paulo 2º? paz e contra a guerra, conseguiu na crise dos mísseis soviéticos em Cuba; havia muita vontade de sair do caos deixado pela guerra, mas as antigas prepotências e tensões entre os povos não tinham amainado. Foi aí que João 23, no seu breve Pontificado, escreveu duas encíclicas magistrais. Nelas, ele chama os povos e os governantes à colaboração para superar a pobreza e promover o autêntico desenvolvimento social; e lança um apelo veemente para que se faça tudo o que for possível para evitar novas guerras e para estabelecer uma paz duradoura. Infelizmente, seu apelo não foi muito ouvido pelos poderosos deste mundo.
grande consideração pela autoridade moral da Igreja. Seu legado em matéria de Doutrina Social da Igreja é igualmente muito grande, bem como seus ensinamentos sobre questões éticas e antropológicas, sobretudo o respeito à pessoa e à sua dignidade e o respeito pela vida e a família.
O SÃO PAULO - Quais poderiam ser os pontos de convergência entre os dois Santos e, entre estes, e o papa Francisco? Cardeal Scherer - Os dois novos Santos Pastores da Igreja, João 23 e João Paulo 2º, cada um com suas características, têm em comum o seu serviço à Igreja, “família de Deus”, “esposa de Cristo” e “rebanho de Cristo
pastor”. Dedicaram-se com amor integral à vida e à missão da Igreja e a serviram com todas as suas forças. Se quisermos achar mais um traço de união entre ambos, podemos dizer que foi o próprio Concílio Ecumênico Vaticano 2º; João 23 quis o Concílio e o iniciou; e João Paulo 2º traduziu na prática o Concílio e lhe deu concretude, embora esta seja uma obra que continua ainda depois dele. Da mesma forma, o papa Francisco continua, agora na celebração do cinquentenário do Concílio, a recordar à Igreja as grandes questões postas pelo Concílio em vista da renovação da vida da Igreja e do melhor desempenho de sua missão nos dias de hoje.
O SÃO PAULO - Por que são santos? Cardeal Scherer - São santos porque foram bons cristãos, homens de virtude comprovada, discípulos de Cristo, “homens de Deus”, que viveram em profunda sintonia com Deus e foram fiéis aos seus caminhos; foram autênticas testemunhas de Cristo e do seu Evangelho, dedicados filhos da Igreja, bons pastores e fiéis servidores do rebanho de Cristo, que defenderam, conduziram e confirmaram na verdadeira fé cristã. O SÃO PAULO - E os milagres? Cardeal Scherer - Fala-se de muitos sinais prodigiosos e milagres, sobretudo no caso de João Paulo 2º. Mas a Igreja coloca maior importância na vida santa do que nos milagres; ninguém fica santo depois da morte. O que conta é a vida santa. O milagre pode ser um sinal que confirma a vida santa, mas não é o único.
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113ª Romaria Arquidiocesana a Aparecida A Arquidiocese de São Paulo convida todos a participar da 113ª Romaria a Aparecida, sob o tema “Com Mãe Aparecida, Mestra de Vida Cristã”, no dia 4 de maio, com missa na Basílica, às 10h, presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. Os interessados devem procurar a sua paróquia para informar-se.
Expressões artísticas marcam celebração da Comunidade Polonesa em São Paulo Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
São João Paulo Paulo 2º foi lembrado como artista e poeta; peça teatral: “Enlace, a loja do ourives” voltará a ser exibida Nayá Fernandes Reportagem no centro
Denise Luxa, 41, é membro da comunidade polonesa que se reúne da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, próxima ao metrô Tiradentes. Com roupa folclórica da região sul da Polônia, na Cracóvia, o grupo de imigrantes e os demais membros que se agregaram à comunidade participaram da missa solene da Capelania Pessoal Polonesa em São Paulo, no domingo, 27. Denise é atriz e já viveu a experiência de ficar entre a vida e a morte, pois teve um grave problema no coração. “Depois que voltei a viver, decidi fazer o que mais gosto: atuar. E sempre me lembro daquele trecho da Rosa Luxemburgo, quando ela fala de um homem que quase morreu, mas ainda tinha um ‘pouquinho de vida’. Acredito que todo mundo deveria passar por essa fase de ter um pouquinho de vida, para perceber o que é essencial”, disse. As poesias, músicas, e a obra:
Com roupas folclóricas de Cracóvia, membros da Capelania Pessoal Polonesa da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora celebram com alegria a canonização de São João Paulo 2º e após a missa realizam recitais, peças teatrais e almoço festivo
“A loja do Ourives”, escrita por Karol Wojtyla e produzida no Brasil por “Mensagem produções artísticas” e pela “Caravana Produções”, foram lembradas após a missa, presidida por dom Tarcísio Scaramussa, vigário episcopal da Arquidiocese de São Paulo na Região Episcopal Sé. “João Paulo 2º foi um artista, Helena Ueno
No domingo, 27, na Catedral da Sé, fiéis veneram imagens dos novos santos, São João Paulo 2º e São João 23, após missa presidida por padre Baronto
um poeta e, sobretudo, alguém que soube respeitar a diversidade cultural. Estou feliz em celebrar, com a Igreja, a santidade deste papa polonês”, afirmou Denise. Uma exposição de fotos da vida de Karol Wojtyla também foi montada no pátio ao lado da igreja. Padre Andrzej Wojteczek, capelão pessoal polônes, ressaltou
características do novo santo no início da celebração. Maria de Lourdes Nunes Melo, a idealizadora da peça “Enlace: a Loja dos Ourives” se emocionou a falar de João Paulo 2º durante a missa. “Em 1980, quando ele veio ao Brasil, ouvi no rádio que ele tinha escrito um teatro e disse ao meu marido que
ia atrás dos direitos autorais. Ele disse que iria me internar”, riu Maria. A festa da Misericórdia, celebrada com especial devoção pela comunidade polonesa, no 2º Domingo da Páscoa, foi marcada também pela lembrança da santa polonesa Faustina Kowalska e a oração do terço da Misericórdia.
Mensagem de Joao Paulo 2º à cidade de São Paulo “Sinto-me muito feliz e honrado por me achar entre vocês hoje em São Paulo. Feliz por descobrir a cidade de vocês, esta imensa metrópole de incrível desenvolvimento industrial, na qual um incrível crescimento industrial caminha de mãos dadas com uma urbanização acelerada ao mesmo tempo fascinante e preocupante. Feliz, principalmente, porque descubro a cidade através das pessoas, através de vocês, homens e mulheres, que aqui trabalham, sofrem e esperam. Vocês chegaram aqui vindos de todos os cantos deste imenso país e do mundo inteiro. Vieram
para ganhar a vida e para colaborar na grande obra comum, vital para toda a Nação: a construção de uma cidade digna do homem! Sim, porque São Paulo são vocês! São Paulo, não são antes de tudo estas realizações materiais, nem sempre orientadas por um sentido justo e pleno do homem e da sociedade e nem sempre capazes de organizar um ambiente onde se possa levar uma vida digna do homem. São Paulo são também os numerosíssimos marginalizados, os desempregados, os subempregados, os mal empregados, que não encontram onde empenhar os seus braços e
onde desenvolver os generosos recursos de suas inteligências e de seus corações. São Paulo são vocês, aqui reunidos para celebrar sua dignidade de trabalhadores e manifestar a disposição de construir juntos uma cidade do tamanho de suas esperanças de homens. São Paulo são vocês aqui reunidos para buscar no Evangelho de Jesus Cristo as luzes e as energias necessárias para realizar a tarefa que os espera: transformar São Paulo numa cidade plenamente humana”. Trecho do discurso de João Paulo 2º no encontro com os trabalhadores, em São Paulo, 1980.
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Histórica canonização dos papas João 23 e João Paulo 2º foram proclamados santos por Francisco com presença de Bento 16
Fotos: L’Observatore Romano
Fernando Geronazzo
Especial para O SÃO PAULO, no Vaticano
João 23 demonstrou grande “docilidade ao Espírito Santo” e João Paulo 2º foi “o papa da família”. Em uma celebração histórica na qual proclamou santos dois de seus predecessores, na presença de Bento 16, o papa Francisco resumiu as virtudes de cada um deles com poucas palavras. João 23 e João Paulo 2º foram sacerdotes, bispos e papas do século 20, que conheciam suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. “Mais forte, neles, era Deus. Mais forte era a fé em Jesus Cristo, redentor do homem e Senhor da História”. A missa reuniu 800 mil pessoas na praça de São Pedro, no Vaticano, na manhã do domingo, 27. Quando Francisco pronunciou, em latim, a fórmula de canonização dos papas, a multidão aclamou os novos santos com bandeiras de todo o mundo. O maior grupo era da Polônia, terra de João Paulo 2º. Francisco se referiu a João Paulo 2º como o papa da família. “Ele disse que gostaria de ser lembrado assim”, recordou, falando também
do caminho que a Igreja percorre atualmente na preparação para o Sínodo sobre a Família, em outubro. Sobre João 23, Francisco afirmou que, ao convocar o Concílio VatiRafael Alberto
cano 2º, o papa Roncalli demonstrou docilidade ao Espírito Santo. “Deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado”. Somados os grupos que acom-
ais, 700 bispos e 6 mil sacerdotes. Compareceram delegações de 93 países, e houve cobertura de mais 2.800 profissionais de imprensa, de 64 nacionalidades.
Peregrinos pernoitam nas ruas de Roma Rafael Alberto
Especial para O SÃO PAULO, no Vaticano
Devoção sob frio e chuva. Peregrinos de Benin, do continente africano, a espera de entrar na praça São Pedro, em Roma, na tarde de sábado, 26
panharam a missa por telões espalhados por Roma, como perto do Coliseu, cerca de 2 milhões de fiéis festejaram a canonização dos Pontífices. Concelebraram 150 carde-
Passava das 23 horas e grupos de peregrinos do mundo inteiro começavam a acampar na região do Vaticano, para tentar dormir um pouco antes que o acesso à praça de São Pedro fosse liberado. “É só a fé que pode explicar a força para passar a noite aqui neste frio”, comentou o polonês Zbigniew Czajka, 54. Proveniente de Wadowice, cidade natal de João
Paulo 2º, ele abraçava a esposa, Katarzyna, ambos enrolados em sacos de dormir. Os acessos à praça foram fechados no fim da tarde e reabertos só no amanhecer de domingo. Os fiéis se espalharam por todas as ruas ao redor do Vaticano, improvisando camas e travesseiros com papelão, sacos de dormir, jornal, ou mesmo mochilas e malas de viagem. Crianças, jovens e idosos se agrupavam nas calçadas.
Anna Bresciani, 76, se ajeitou em uma cadeira de praia envolta em cobertores. Italiana de Bérgamo, província onde nasceu o papa João 23, ela rezava o terço. “Estou orgulhosa de ter nascido na mesma cidade de um santo. Espero que não seja pecado!”, brincou. Uma religiosa indiana, residente em Roma há 10 anos, ouviu a conversa e logo emendou: “mesmo que seja, o novo santo intercederá”.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo 29 de abril a 5 de maio de 2014
Especial - EDIÇÃO Fotos: Arquivo O SÃO PAULO
A equipe do O SÃO PAULO faz um resgate desta história e apresenta as perspectivas para o semanário arquidiocesano
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Semanário da arquidioceSe de São Paulo ano 59 | Edição 3000 | 29 de abril a 5 de maio de 2014
Histórias e fatos da vida que se contam em milhares de edições
3 mil edições, essa é a marca que O SÃO PAULO alcança. Um jornal que há 59 anos se dedica a reportar a vida da Igreja, sua missão e vocação, sem esquecer-se de seu papel social e profético de ser “sal da terra e luz do
L’Osservatore Romano
mundo”. Quantas notícias e acontecimentos são reportados em milhares de edições? Uma pergunta quase impossível de responder, mas que indica toda a vida e significado do jornal. Caderno Especial
Fiéis veneram papas João 23 e João Paulo 2º, os novos santos da Igreja
Textos: Daniel Gomes Edcarlos bispo nayá fernandes Fotos: luciney martins arte e Diagramação: jovenal pereira Revisão: maria aparecida ferreira
Domingo, 27 de abril: na praça de São Pedro, no Vaticano, 800 mil pessoas participaram da celebração em que o papa Francisco canonizou João 23 e João Paulo 2º. Em diferentes partes do mundo, os fiéis veneraram os novos santos, como na cidade de São Paulo, onde a Capelania Pessoal Polonesa organizou missa solene pela canonização de João Paulo 2º. Nesta edição, O SÃO PAULO apresenta deta-
lhes sobre a celebração em Roma, que foi tomada por peregrinos de diversos países; e a biografia dos Papas, além de análises, entre as quais a do cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, sobre João 23 e João Paulo 2º. “Mais forte, neles, era Deus. Mais forte era a fé em Jesus Cristo, redentor do homem e Senhor da História”, enfatizou o papa Francisco. Páginas 4 a 16.
2 | Especial - Edição
| 29 de abril a 5 de maio de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
Um jornal a serviço do Povo de Deus Como veículo de comunicação da Arquidiocese de São Paulo, O SÃO PAULO é um dos mais importantes meios pelo qual o arcebispo metropolitano tem a sua disposição para se dirigir, exortar, incentivar, formar e corrigir o clero e o Povo de Deus a ele confiado. Nestas 3 mil edições já estiveram a frente da Arquidiocese cinco arcebispos, dos quais vivos estão o cardeal Arns, o cardeal Hummes e o cardeal Scherer. A equipe de reportagem tentou falar com o cardeal Arns, porém, devido a restrições médicas e sua idade avançada, não pôde conceder a entrevista. O cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, ressaltou que o jornal tem importância, antes de tudo, “para a própria Igreja em São Paulo, onde ele fez sua história já cinquentenária. Ao longo desse período, foi testemunha da vida da Igreja e, em certa medida, também da sociedade paulistana e brasileira. Penso que, além de informar e formar a opinião pública, um jornal tem o papel de fazer o registro da História, da qual ele deve ser um observador, analista e testemunha”. O arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo, dom Cláudio Hummes, destacou em sua entrevista que, mesmo não tendo estatísticas da leitura do O SÃO PAULO fora da Arquidiocese, tem conhecimento que ele é enviado a muitas dioceses, se tornando assim, “um intercâmbio muito importante, pois cria comunhão eclesial. As dioceses, assim, podem inspirar-se umas às outras, sobretudo na forma como põem em prática as orientações do próprio papa e as da CNBB. É uma forma de caminharem mais unidas e de se encorajarem mutuamente”. Quanto ao papel que O SÃO PAULO tem desenvolvido na divulgação e disseminação do plano de evangelização da Igreja, dom Odilo afirmou que esse veículo “tem trazido, passo a passo,
O jornal O SÃO PAULO tem trazido, passo a passo, as propostas feitas à Arquidiocese para colocar em prática os apelos de evangelização da Igreja e tem colaborado para mostrar como isso vai acontecendo na Arquidiocese. Nisso, desempenha um papel importante e ajuda a criar a consciência de ‘pastoral de conjunto’.
Sempre pude contar muito com O SÃO PAULO na animação da pastoral. Ele assumia e divulgava o que era planejado em conjunto nas nossas assembleias pastorais e as orientações pessoais do arcebispo, e depois acompanhava o que de fato se realizava. Mas também acolhia o que o povo pensava e propunha.
Foto: Luciney Martins
as propostas feitas à Arquidiocese para colocar em prática os apelos de evangelização da Igreja e tem colaborado para mostrar como isso vai acontecendo na Arquidiocese. Nisso, desempenha um papel importante e ajuda a criar a consciência de ‘pastoral de conjunto’”. Arquivo pessoal
Dom Cláudio, destacou que, quando arcebispo, procurou “valorizar muito o jornal, um dos maiores e mais importantes meios, junto à rádio 9 de Julho, de o arcebispo se comunicar com seu povo”. Além disso, “o jornal não deve ser somente o jornal do
Foto: Luciney Martins
bispo, mas de todo o povo e dos seus pastores”, afirmou o cardeal Hummes. “Sempre pude contar muito com O SÃO PAULO na animação da pastoral. Ele assumia e divulgava o que era planejado em conjunto nas nossas assem-
bleias pastorais e as orientações pessoais do arcebispo, e depois acompanhava o que de fato se realizava. Mas também acolhia o que o povo pensava e propunha, sobretudo as várias pastorais. Informava e ajudava a formar”, lembrou-se o arcebispo emérito.
Em livro, dom Paulo deixa suas impressões “Com o auxílio de dom Helder Câmara e de outros amigos, elaboramos um manifesto em 11 pontos, que foi imprenso na primeira página do jornal O SÃO PAULO. Conseguimos com rapidez, naquele sábado, entregar os exemplares nas igrejas mais importantes da cidade, pedindo que os vigários recortassem esse manifesto e o afixassem na porta exterior de seus templos.” (Página 279), lembrou o cardeal Arns no livro “D. Paulo Evaristo Arns - Da Esperança à utopia, testemunho de uma viva”. “Naquela hora – estávamos em
1975 – já não importava recordar a censura ao jornal arquidiocesano O SÃO PAULO nem a supressão da Rádio 9 de Julho pelo governo ditatorial, mas talvez conviesse dar realce todo especial à adesão progressiva de padres, religiosas, religiosos e leigos à defesa da Declaração dos Direitos Humanos.” (Página 284). “O cônego Antônio Aparecido Pereira, que assumiria anos depois a chefia de redação de nosso semanário arquidiocesano O SÃO PAULO, preparou em Roma uma tese muito apreciada sobre os tem-
pos da censura no jornal da Igreja de São Paulo. A ele devo os constantes incentivos que recebi para manter o pequeno, mas corajoso semanário, que passou a ser apreciado em muitas partes do Brasil e do exterior.” (Página 285). “Em 22 de agosto de 1982, circulou na cidade uma edição falsificada do O SÃO PAULO, trazendo na primeira página um grande retrato meu, com a manchete: “Mea culpa”. Os responsáveis pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e eu particularmente éramos vítimas de difamações.” (Página 285).
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| Especial - Edição
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A redação nossa de cada dia O SÃO PAULO é um meio de comunicação impresso, semanal, da Arquidiocese de São Paulo, mantido pela Fundação Metropolitana Paulista. Criado em 1956 pelo arcebispo de São Paulo à época, cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em substituição ao então jornal O LEGIONÁRIO, nasceu no contexto de explosão dos meios de comunicação. Sendo um jornal confessional, sempre se propôs ser instrumento a serviço da união e comunhão dentro da Igreja, mostrar o rosto eclesial para a sociedade e ler os acontecimentos segundo a ótica do Evangelho e da Doutrina
Social da Igreja. Em São Paulo, respondeu aos desafios dos diferentes e sucessivos contextos políticos, sociais e religiosos da cidade. Com dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta concretizou seu sonho de tornar a Igreja presente em cada bairro da cidade e combateu o bom combate contra a dissolução dos costumes; com dom Agnelo Rossi entendeu e concretizou a descentralização do seu ministério episcopal, criando as regiões episcopais; com dom Paulo Evaristo Arns quis a Igreja presente nas periferias da cidade, enfrentou a defesa dos direitos da pessoa diante do
‘Ser a voz das pessoas que não eram pauta nos grandes veículos’ A primeira reportagem no semanário arquidiocesano, Adilson Oliveira, 42, não se esquece. Em 30 de agosto de 2004, ele acompanhou o despejo de 49 famílias de cortiços na Bela Vista, no centro. “Despejadas de cômodos de paredes sujas e esburacadas e com fios elétricos expostos, as famílias disseram que iam para a casa de parentes, morar de ‘favor’ em conhecidos ou que ‘não tinham onde ficar’”, consta na reportagem publicada em 1º de setembro de 2004. “Pode não ter sido a reportagem que teve grande repercussão, mas por conta do O SÃO PAULO sempre estar preocupado em cobrir fatos que causavam grande aflição social, creio que essa reportagem foi a mais marcante, e, salvo engano, não havia nenhum veículo de comunicação
Foto: Luciney Martins
da cidade na ocasião”. Atualmente assessor de comunicação da Câmara Municipal de Embu das Artes (SP) e repórter do site Verbo Online, Adilson trabalhou no Semanário até agosto de 2009. “O SÃO PAULO sempre primou pela cobertura criteriosa e também pelo histórico de ser a voz das pessoas que não eram pauta dos grandes veículos de comunicação”.
arbítrio da ditadura militar e imprimiu nova dinâmica ao trabalho pastoral por meio de sucessivos planos; como dom Cláudio Hummes, ao mesmo tempo em que insistia no compromisso sério de cada pessoa com Jesus Cristo, revisitou a cidade num processo chamado “Seminário da Caridade”; e com o cardeal Odilo Pedro Scherer assumiu e assume a nova evangelização e responde aos questionamentos de hoje. Verdade, justiça, solidariedade, amor fraterno, firmeza na defesa dos pequenos e fracos, clareza doutrinal na transmissão da fé, incentivo, acolhimento e apoio ao
protagonismo dos leigos na missão evangelizadora, são valores que impregnarão as páginas do jornal O SÃO PAULO.
Como é o dia a dia da redação? Tudo começa às terças-feiras, com uma reunião. Neste dia, diretor, administração, jornalistas, fotógrafo e convidados, conversam e definem as pautas para a edição da semana. A partir daí, os repórteres saem às ruas para apurar as matérias e, literamente, ‘correm atrás’ das fontes que serão entrevistadas para o jornal. Sábado, domingo, noite e dia é hora de trabalho. Durante a semana, por meio
‘O jornal sempre foi a expressão do povo marginalizado’ “Era o meu começo no jornalismo, estava recémformada, foi um grande aprendizado o trabalho”, recorda Maria Isabel da Silva, 42, que foi repórter do O SÃO PAULO na década de 1990. Atualmente gestora de comunicação institucional da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no Estado de São Paulo, Maria Isabel diz que duas reportagens lhe marcaram especialmente: uma entrevista com um frei da pastoral dos nômades - “ele era um frade franciscano, e os franciscanos costumam ficar no convento, mas ele por ser cigano não conseguia permanecer por muito tempo em um lugar só” – e outra sobre um seminário de bioética que tratava como lidar com a morte - “eu fiz uma matéria chamada ‘A morte não
Arquivo pessoal
é tão feia como se pinta’. A bioética defende a valorização da vida e também a morte como uma coisa natural, um fechamento da vida”. A jornalista recordou que sempre foi bem recebida nas reportagens. “O jornal sempre foi muito valorizado porque era a expressão do povo marginalizado. No jornal O SÃO PAULO eles tinham realmente voz”.
da internet e de encontros pessoais, a equipe conversa sobre o andamento da edição. Mas são às segundas-feiras que o trabalho de toda a semana, vai ganhando forma e cores. E desde a manhã até a madrugada da terça-feira, jornalistas, revisora, diagramador, fotógrafo e demais colaboradores se debruçam sobre cada página do O SÃO PAULO, para que o jornal chegue à todos com notícias, artigos e reportagens de qualidade humana e editorial. Você também pode participar da elaboração do semanário da Arquidiocese. Envie sugestões, críticas ou elogios para redacao@ osaopaulo.org.br.
‘Aprendi a ter o olhar mais aguçado para os problemas sociais’ Era o começo de 2012. A Prefeitura e o Governo de São Paulo interviram na Cracolândia, visando conter o tráfico de drogas, mas os métodos violentos da ação foram criticados por parte da sociedade. “Os 1.664 dependentes que frequentam a Cracolândia, entre eles 400 residentes nas ruas da região, perambulam desconfiados como que sobreviventes. Os usuários buscam espaço entre escombros e lixo para fumar crack. O cachimbo ainda novo passa rápido de um para o outro e é logo colocado em uma sacola”, descrevia o texto, assinado por Karla Maria, 30, na edição de 10 de janeiro daquele ano. Para Karla, que trabalhou no jornal entre 2010 e 2012, essa foi a reportagem mais marcante. “Lá, tive contato com uma realidade limite da condição humana e pude ver o quão forte é o
Foto: Luciney Martins
trabalho de presença e denúncia da Igreja Católica por meio do Vicariato do Povo da Rua”, recordou. “Foi com o jornal que aprendi a ter o olhar mais aguçado para os problemas sociais, sempre norteada pelo Evangelho. Essa contribuição é inegável e por onde vou, pelos meios que passo, tento aplicar essa sensibilidade”, contou Karla, atualmente repórter da Folha Metropolitana.
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Com carinho, ex-diretores falam do jornal Ex-diretores do O SÃO PAULO, dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), e o padre Antônio Aparecido Pereira, Cido, falaram do período que estiveram à frente do jornal, dos desafios que enfrentaram e das mensagens que deixam para esta nova fase pela qual passa o jornal. Dom Angélico dirigiu o jornal de 1977 a 2000, e como lembrança desse período ele destacou a linha editorial do semanário. “Destaco simplesmente toda a linha editorial do jornal colocado, de
fato, a serviço da evangelização, em compromisso libertador dos pobres. O SÃO PAULO tinha a cara das Comunidades Eclesiais de Base, das Pastorais Sociais, da Comissão Justiça e Paz; respirava e transpirava ‘fome e sede de justiça’”. Ao avaliar o papel do jornal para a Arquidiocese, dom Angélico afirmou que “O SÃO PAULO teve papel importante não somente para a Igreja na Arquidiocese e no Brasil, mas para todo povo brasileiro e latinoamericano. Cumpriu sua missão
Padre Cido
profética, olhos fixos em Jesus Cristo, em sua Boa Nova, com linha editorial corajosa na defesa da dignidade da pessoa humana, da família, da justiça, da verdade, da liberdade. Sempre esteve a serviço da causa dos povos indígenas, do justo uso-posse da terra, da saúde, educação, moradia, para todo o povo! Antes da divisão da Arquidiocese em quatro outras dioceses, o jornal era porta voz do povo sem voz de toda a metrópole paulistana, sempre com a preocupação, firmado na Doutrina Social da Igreja, de
Foto: Luciney Martins/OSÃOPAULO
Aos leitores fiéis que sempre nos incentivaram, que acompanharam o trabalho, que entenderam a importância do semanário arquidiocesano, eu agradeço todo o carinho e o respeito que sempre tiveram conosco. Eu amo este jornal. Por ele, dediquei 31 anos de meu sacerdócio. E peço ao povo de Deus que acolha o trabalho tão bonito, tão competente da equipe que deixei e continua produzindo semanalmente o nosso jornal, instrumento valioso para evangelizar, informar e formar mentes e corações e fazer a comunhão da Igreja que está na cidade de São Paulo.
iluminar a realidade com a luz libertadora do Evangelho”. Já para o padre Cido, que entrou no jornal em 1982, se tornando diretor em 2000 permanecendo no cargo até o início de 2014, os momentos que mais lembra do período à frente do O SÃO PAULO foram a celebração de 100 anos da Arquidiocese, em 2006, e em 1982, a notícia do término da censura, além do prêmio recebido pelo jornal por sua resistência à censura também foi muito especial. Quanto aos desafios encontra-
dos à frente do jornal, padre Cido destaca que a “maior dificuldade que não consegui superar foi a não aceitação do jornal por parte dos padres. Sempre me angustiou ver que sendo tão grande a nossa Arquidiocese, o seu jornal não chegava ao Povo de Deus. O sonho de um jornal ansiosamente esperado, atenciosamente lido e divulgado em todas as nossas comunidades não se concretizou. Eu espero que seja agora com o entusiasmo, a juventude e a capacidade do nosso querido diretor, padre Michelino Roberto.”
Dom Angélico Que o jornal seja agarrado com entusiasmo por todas as comunidades na grande São Paulo, a começar pela Arquidiocese! O Documento de Aparecida, ao discorrer sobre a Pastoral da Comunicação, afirma: “A revolução tecnológica e os processos de globalização formatam o mundo atual como grande cultura midiática”. Surgem novas linguagens, novos e revolucionários meios que não excluem, porém, jornais! É evidente que O SÃO PAULO precisa se renovar, indo como insiste o Papa, às periferias geográ-
Arquivo O SÃO PAULO
ficas e humanas. Não pode ser ‘jornal de sacristia’ com aglomerado de artigos e notícias desvinculados de linha
editorial profética a serviço, claro, da construção do Reino de Deus feito de justiça, amor e paz.
O SÃO PAULO NA HISTÓRIA
Inauguração de Brasília
Começa o Concílio Vaticano 2º
O homem chega à lua
Pela 1ª vez um papa em São Paulo
Edição nº 222, 1º de maio de 1960: “Que Deus faça do Brasil uma nação cada vez mais forte, grande e livre, à luz do Evangelho e dos ensinamentos da Igreja”, expressou o papa João 23, por meio do cardeal Cerejeira, legado pontifício na inauguração de Brasília, nova capital do País, em 21 de abril de 1960.
Edição n° 351, 21 de outubro de 1962: “Os sinos de quinhentas igrejas de Roma soam com toda a força. Graves uns, agudos outros, todos vivos para dizer ao mundo que a Igreja não teme as perseguições, não se deixa quebrar pelas aparentes vitórias do mal” - reportagem na abertura do Concílio, em 11 de outubro.
Edição nº 701, 13 de julho de 1969: “Explorando a Lua – o astronauta Armstrong desembarca e se torna o primeiro nome da história a pisar na lua. A missão agora está em seu quarto dia”, antecipava o jornal sobre o itinerário da missão Apolo 11, na qual o homem chegou a lua em 20 de julho de 1969.
Edição n° 1.268, 5 de julho de 1980: “Dia 3, esta quinta-feira, foi o grande dia de encontro do papa João Paulo 2º com o povo de São Paulo... Tudo começou na saída de Congonhas... Depois foi o grande encontro no campo de Marte com 1 milhão e meio de pessoas que enfrentaram o frio intenso só para vê-lo”.
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Vazios deixados pela ditadura Recordar dos textos do jornal O SÃO PAULO que foram censurados durante a ditadura militar, em especial de 1973 a 1976, é tornar viva a missão de um semanário da Arquidiocese que quer ser sempre um sinal da verdade do Reino no meio do mundo. Com o Ato Institucional (AI-5) estendeu-se a censura à imprensa, com a proibição de que fosse publicada qualquer notícia sobre movimentos operários e estudantis, bem como a divulgação de qualquer tipo de crítica ao regime. “A imprensa católica da Arquidiocese de São Paulo, juntamente com seu bispo, dom Paulo Evaristo Arns, foi perseguida e difamada. O jornal O SÃO PAULO foi censurado várias vezes. As notícias de censura eram substituídas por anúncios de divulgação do próprio jornal ou por salmos e até receitas de bolo. Qualquer reivindicação era considerada insubordinação grave e, portanto, precisava ser reprimida com a violência própria do regime”, afirmou padre Ney de Souza, historiador e professor na PUC-SP. No dia 22 de fevereiro de 1974, o cardeal Arns tentou, por meio do semanário, comunicarse com o clero da Arquidiocese, mas a matéria foi censurada. “Três acontecimentos me levam a essa comunicação fraterna: o
o d a r u s n e c
incêndio do edifício Joelma, a morte do padre Luís Gonzaga Biazzi e as prisões de elementos ligados à nossa ação pastoral [...]”, lia-se na carta de dom Paulo que sofreu censura prévia. “O jornal O SÃO PAULO foi um veículo importantíssimo de comunicação para a Igreja de São Paulo. Mesmo com toda a perseguição, a luta pela liberdade aconteceu na Arquidiocese” afirmou padre Ney no livro “Catolicismo em São Paulo: 450 anos de presença da Igreja Católica em São Paulo”, do qual ele foi organizador. Em outra ocasião, o semanário arquidiocesano publicou um editorial cujo título era: “A Igreja caminha para a esquerda?”, que teve 40 linhas censuradas e foi publicado com grande prejuízo em relação ao texto original. Na mesma página havia outro editorial: “A propósito de um documento”, que também foi censurado e chegou aos leitores sem nenhum sentido no seu conjunto. “Qualquer artigo destinado a conscientizar a população era censurado. Em poucas oportunidades no período do regime militar, a imprensa nacional conseguiu uma chance para se posicionar em relação às arbitrariedades cometidas contra a população brasileira”, disse padre Ney.
Diretas Já!
A nova Constituição de 1988
Igreja apoia impeachment de Collor
Renúncia de Bento 16
Edição n° 1.462, 19 de abril de 1984: “São Paulo superou todos os comícios e manifestações em favor das eleições Diretas Já realizadas até o momento... É impossível calcular o número exato de pessoas que participaram da passeata e do comício na última segunda-feira, 16. Fala-se em 2 milhões de pessoas”.
Edição nº 1.695, 7 de outubro de 1988: “Permitimo-nos enfatizar entre as conquistas da nova Constituição, promulgada sob a proteção de Deus: o respeito à dignidade da pessoa humana e a primazia da sociedade sobre o Estado”, expressou a CNBB, em 5 de outubro, quando da promulgação da Constituição.
Edição nº 1.893, 24 de setembro de 1992: “Segundo a Comissão [Justiça e Paz] e o Plenário [Pró-Participação Popular], ‘queremos estar juntos nestes momentos que precedem a votação do impeachment [de Fernando Collor], além de nos posicionarmos contra a corrupção e em favor da credibilidade das instituições”.
Edição nº 2.939, 14 de fevereiro de 2013: “A notícia da renúncia do Papa pegou o mundo de surpresa. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota dizendo que recebia com surpresa, como todo mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento 16 de sua renúncia à Sé de Pedro”.
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Ele inspira... Semanário ajuda na evangelização dos cárceres
Na bolsa em que carrega a bíblia, manuais e os folhetos com cantos que utiliza para a evangelização dos presos em Franco da Rocha, na grande São Paulo, Laudinice Rocha, a Nice da Pastoral Carcerária, sempre leva exemplares do jornal O SÃO PAULO. Segundo ela, a quantidade é sempre insuficiente para os detentos, agentes penitenciários e diretores que se interessam por ler o jornal, alguns, inclusive, sabem das mudanças no semanário arquidiocesano. “Um dia um preso me disse, ‘que legal que agora tem até palavra-cruzada’, e eu nem tinha percebido ainda”, recordou Nice.
Encontro de casais trabalha Tráfico de Pessoas e Copa do Mundo
Na Paróquia Nossa Senhora da Glória, na Vila Prudente, durante a 3ª etapa do Encontro de Casais com Cristo (ECC), em abril, o casal Irineu Uebara e Maria Terezinha Custódio Uebara utilizam duas reportagens do jornal O SÃO PAULO, edição 2992. “Na palestra ‘Família renovadora do mundo’ foi utilizada a reportagem ‘Tráfico de pessoas é o 2º negócio mais rentável’ e todas as palavras do texto calaram profundamente em todos”, afirmou Irineu, que é advogado e estudante de teologia da PUC-SP. “Considerando que a terceira etapa do ECC visa despertar consciência para a necessidade de mudança das estruturas injustas de nossa sociedade, nada melhor do que apresentar temas atuais e públicos. Por isso, julgamos interessante abordar dois artigos do jornal O SÃO PAULO, cujas fontes insuspeitas servem à reflexão. Copa do Mundo e Campanha da Fraternidade são assuntos candentes e atuais. Basta de “novela e plim-plim” que anestesiam consciências”, continuou Irineu.
“Pelo terceiro ano, Arsenal realiza leitura contínua da Palavra” (edição 2970)
Que alegria poder partilhar esta experiência com vocês, leitores do O SÃO PAULO. No ano passado, realizamos uma atividade no Arsenal da Esperança com alunos do Ensino Médio, do Colégio Maria Imaculada. Logo, em seguida, aconteceu, no Arsenal, a Vigília Contínua da Palavra, que foi documentada pela equipe do O SÃO PAULO. A matéria estava ótima e as fotos excelentes! Então, mãos a obra! Trabalhamos com o jornal, nas aulas, sensibilizando os jovens para a leitura da Bíblia, resgatando dúvidas e desejo de saber mais sobre a Palavra de Deus. A reportagem ajudou muito, pois trouxe a experiência diferente de leitura orante para dentro da sala de aula. As fotos inspiraram os alunos nos textos a serem produzidos e na reflexão da Bíblia em nossos dias! É primordial, em nossos dias, aproximar cada vez mais os estudantes da realidade de nossa cidade e do mundo. Parabéns pelo trabalho realizado por vocês! Maria Amélia Fernandes - coordenadora da Pastoral do Colégio Maria Imaculada de São Paulo
‘A Constituição, 25 anos depois’ (edição 2972)
Na primeira semana de outubro de 2013, por conta da brilhante matéria do jornal O SÃO PAULO sobre os 25 anos da Constituição da República Federativa do Brasil (05/10/1988), utilizei a edição em sala de aula, pois uma das matérias lecionadas trata-se de Direito Constitucional. Para alguns estudantes foi o primeiro contato com a história da Carta Magna, para outros foi uma releitura e memória da Constituinte. Ocorre que a matéria do jornal acabou contribuindo com o processo pedagógico em sala de aula, ilustrando as conquistas de ontem para motivar as lutas de hoje. José Nildo Alves Cardoso, professor de Direito no Curso de Gestão em Políticas Públicas na ETEC-Cepam.
Sergio Ricciuto Conte
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Falar para além dos muros da Igreja Luciney Martins/O SÃO PAULO
“Hoje, apesar de não termos mais uma censura oficial, ainda vivemos, em termos informativos, da mesma forma como vivíamos durante a ditadura. São praticamente as mesmas famílias que controlavam a comunicação naquela época que continuam tendo esse mesmo poder hoje. Diante disso, considero importantíssima a presença do O SÃO PAULO discutindo temas que vão além da pauta religiosa. É importante também para a Igreja, na medida em que se aproxima da vida cotidiana, fortalecer os vínculos entre essa vivência e o sagrado”. Com essas palavras, Laurindo Leal Filho, o Lalo, sociólogo e jornalista, professor da USP e apresentador do programa “VerTV”, define a importância
do jornal O SÃO PAULO chegar ao número de 3 mil edições. O professor faz ainda um resgate do papel histórico que o jornal teve nos anos da ditadura, e destaca que o jornal foi um “importante veículo na luta para o restabelecimento da democracia”. “Num país em que a maioria lê pouco jornal e se informa basicamente pela TV, O SÃO PAULO conseguia ampliar o número de pessoas com acesso a informações não contaminadas pelos golpistas e nem pelos controladores da grande mídia que faziam uma censura particular. O SÃO PAULO, tenho certeza, abriu os olhos de muita gente que não conseguia, através dos meios tradicionais, entender o que estava ocorrendo no País”, afirmou.
Para o também professor Juciano de Sousa Lacerda, doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos, docente do programa de pós-graduação em Estudos da Mídia da UFRN e coordenador do grupo de pesquisa Comunicação para a Cidadania da Intercom, o jornal afirma o seu papel ao “falar” não somente de temas ligados à vida da Igreja. “Um jornal não pode se limitar a falar para dentro dos muros da Igreja. Essa não é uma postura evangelizadora, nem tão pouco cidadã. Abordar as questões atuais, os problemas e perspectivas de São Paulo, numa cobertura ética e cidadã, é uma forma de dar testemunho do seguimento dos valores cristãos. Um jornal que se fecha ao público interno católico se exime de corresponder
ao seu papel no mundo contemporâneo.” Sobre os desafios que o semanário da Arquidiocese de São Paulo tem pela frente, professor Juciano afirmou que “há muitos temas e problemas que são enfrentados no cotidiano que não entram na agenda da mídia tradicional, pois tais conteúdos não dão lucro nem maximizam audiência. Dessa forma, a mídia católica deveria dar evidência a assuntos que são importantes para a sociedade, e não somente aos que geram audiência. Abordar temas de interesse público despertaria audiências comprometidas com outro mundo possível: que na maioria dos casos tem correspondência ao que o Cristianismo define como “Reino de Deus” já na terra: justiça, fraternidade, solidariedade e comunhão.”
CJP e jornal O SÃO PAULO: uma parceria pelos direitos humanos Durante os duros anos da ditadura militar no Brasil, o jornal O SÃO PAULO serviu de plataforma para que a Comissão de Justiça e Paz (CJP) da Arquidiocese de São Paulo fosse uma incessante voz na defesa dos direitos e da liberdade dos brasileiros. O jurista Dalmo de Abreu Dallari, que durante muitos anos presidiu a CJP-SP, falou em entrevista ao O SÃO PAULO sobre este complicado período. Para ele, “sem adotar linguagem agressiva, ele [o jornal] ia transmitindo informações sobre as restrições a direitos e também sobre arbitrariedades e violências”. Dallari destacou, ainda, que grande parte do episcopado brasileiro havia apoiado o golpe em seu início e acreditava que os relatos sobre tortura e as prisões arbitrárias eram “invenção dos comunistas”, dessa forma, O SÃO PAULO ajudou na “mudança dessa mentalidade, pois gozava de credibilidade entre os católicos e discretamente ia
Arquivo pessoal
Professor Dallari, primeiro presidente da CJP-SP
informando sobre a realidade, o que acabou influindo para a mudança de atitudes na hierarquia e entre os católicos que tinham sido iludidos quanto aos verdadeiros motivos do golpe de 1º de abril de 1964”. Para o atual presidente da CJP-SP, Antonio Funari Filho, o jornal era como “uma trincheira
Arquivo pessoal
Antônio Funari Filho, atual presidente da CJP-SP
dos que lutavam contra a ditadura e contra os males que causou à população brasileira, principalmente para os mais pobres”, e prossegue afirmando que as matérias do O SÃO PAULO eram instrumentos que “subsidiavam as discussão dos problemas brasileiros”. O fim da ditadura não repre-
senta, de modo algum, o fim da luta pela igualdade social e da defesa dos mais necessitados e marginalizados. Na visão de Dallari, “O SÃO PAULO continua defendendo o caminho democrático para a realização das reformas sociais, que são necessárias para que a sociedade seja mais justa e o povo possa viver em paz”,
como forma dessa defesa atual, Funari destaca como exemplo a cobertura no “caso Pinheirinho” e a “Campanha contra a Criminalização dos Movimentos Sociais”. “Usando linguagem serena e postura equilibrada, o jornal vai transmitindo sua mensagem em favor da criação de uma sociedade que seja, efetivamente, inspirada nos preceitos do Cristianismo e que justifique a definição do Brasil como Estado democrático de direito, conforme consta da Constituição”, destaca Dallari. Dallari apontou as falhas presentes na grande imprensa, que segundo ele dão “prioridade absoluta a objetivos empresariais, de natureza econômico-financeira, não dando espaço para a divulgação e discussão de proposições, visando à correção das injustiças sociais”. Dessa forma, O SÃO PAULO assume sua importância na divulgação dos valores cristãos, nos princípios constitucionais e da dignidade da pessoa humana.
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eles fazem acontecer
ES NAYÁ FERNAND A Nayá Fernandes enxerga coisas em detalhes. É inesquecível uma de suas reportagens recentes na missa de Quarta-feira de Cinzas na Catedral da Sé, em que desenvolveu seu texto, com profundidade teológica, a partir do gesto singelo de louvor de uma criança. Esse olhar humano que a Nayá imprime nas reportagens expressa um pouco do que ela é no dia a dia da redação: atenciosa e ágil, mas acima de tudo, alguém de pensamentos complexos expressos em simples palavras. Mineira de Unaí, é casada com Sergio Ricciuto Conte e, atualmente, estudante de filosofia e teologia na PUC-SP.
dANIEL gOMES “Sim, jornalismo é a arte de fazer milagres, às vezes...”, na atual formação da equipe de repórteres do O SÃO PAULO, ele é o mais velho, tanto de casa quanto de idade. Formado em jornalismo na Universidade Estadual Paulista, Daniel Gomes fez especialização em jornalismo esportivo na Faculdades Metropolitanas Unidas. Além de trabalhar para O SÃO PAULO, Daniel presta serviço para a Rádio Comunitária Cantareira, na Brasilândia, e para a Pastoral Carcerária Nacional. Aos 30 anos está noivo e planeja o casamento para o início de 2015, e, além da noiva, suas paixões são o rádio e o jornalismo esportivo, quando unidos, sua alegria é certa.
EDCARLOS BISPO A raiz afro e o tempero brasileiro fazem parte do dia a dia intenso deste baiano de Salvador. O mais jovem repórter do O SÃO PAULO, Edcarlos Bispo de Santana, 25, é filho de Maria José Bispo de Santana e tem três irmãs e um irmão. Formado em jornalismo pela UniSantana, cursa pós-graduação em Mídias Sociais na Universidade Anhembi Morumbi. Aliás, com opiniões bem fundamentadas, Edcarlos habita o ambiente virtual com qualidade, trazendo pontos de vista alternativos, a partir de quem acredita que jornalismo é também luta por justiça e pela valorização da dignidade humana.
LUCINEY MAR TINS Quem acompanha o perfil nas redes sociais ou convive diariamente com Luciney Martins, o nosso “Sorriso”, pode até pensar que ele é paulistano de nascimento. Mas, o pai da Beatriz Martins e do Lucas Martins nasceu em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, e mora em Sampa há muitos anos que, aliás, conhece muito bem. Com opções políticas definidas, Luciney integra a equipe do Semanário desde 2005, e assim como dom Paulo Evaristo Arns, é “Corintiano, graças a Deus”, por isso, e não podia deixar de ser, carrega São Jorge consigo, sempre aonde vai.
Completam a equipe: Padre Michelino Roberto, padre Antônio Aparecido, Maria das Graças, Jovenal Pereira, Louise De Villio, Djene Amanda, Maria Aparecida Ferreira, Ana Lúcia Comolatti e Rafael Alberto
Você é o grande responsável por chegarmos a 3 mil edições. Juntos, daqui pra frente, possamos superar as 6 mil, 9 mil, 12 mil... Obrigado a você leitor, anunciante e companheiro do O SÃO PAULO.