Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 59 | Edição 3005 | 3 a 9 de junho de 2014
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
‘Estamos tão acostumados à divisão que não reparamos o escândalo que ela provoca’ Em São Paulo, na sexta-feira, 30, os líderes das Igrejas-membro do Movimento de Fraternidade de Igrejas Cristãs (Mofic), se reuniram na Paróquia Imaculada Concei-
No ambiente virtual, promover a ‘cultura do encontro’ Em entrevista ao O SÃO PAULO, o jornalista e mestre em comunicação midiática, Paulo Giraldi, apresenta opinião crítica sobre as redes sociais e destaca dez pontos de reflexão que, ao fazer uma postagem, um comentário, um compartilhamento ou ao curtir algo nas redes sociais, o usuários tenha em mente. “É ilusão pensar que as redes sociais vão substituir a convivência entre as pessoas,” afirma. Página 13
No domingo em que a Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais, Solenidade da Ascenção do Senhor, o cardeal Scherer, em missa celebrada na Catedral da Sé (foto), no dia 1º, destacou que os comunicadores devem “promover o encontro entre as pessoas e das pessoas com Deus”. Página 14
ção para a celebração de abertura da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí (RJ) e presidente da Comissão EpisLuciney Martins/O SÃO PAULO
copal Pastoral para o Ecumenismo e Di- Dessa forma, o pecado se tornou normaliálogo Inter-religioso da CNBB, em entre- dade e o esforço para reconstruir a unidade vista ao O SÃO PAULO afirmou que “o uma exceção, quando não, incômodo”. pecado maior das Igrejas é a sua divisão. Página 12
Ministério revoga Portaria 415, mas ainda há risco de legalização do aborto Após pressão da sociedade, o Ministério da Saúde revogou, em 29 de maio, a Portaria 415, que incluía o “aborto legal” na tabela de procedimentos do SUS. Para Lenise Garcia, presidente do
Movimento Brasil Sem Aborto, risco de legalização da interrupção da gravidez só será afastado se a lei 12.845/2013 for revogada ou reformulada. Página 11
Conferência debate realidades Paróquia na Região dos migrantes e refugiados Belém completa 60 anos Página 11
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Festa do Divino Espírito Santo na Freguesia do Ó valoriza cultura religiosa Foi a primeira cavalgada do Divino, a caminhada pelas ruas enfeitadas, houque aconteceu no domingo, 1º, durante ve o hasteamento do mastro da bandeira a programação da 193ª Festa do Divino no Largo da Matriz. Espírito Santo da Freguesia do Ó. Após Página 14
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editorial
A urgência do diálogo inter-religioso Na raiz do fanatismo, do radicalismo, sempre há a gênese da resposta violenta ao abuso e à falta de diálogo. A insistência do papa Francisco, com palavras e atos, sobre a importância do diálogo inter-religioso ressalta que em tempos de tantas crises e conflitos que o mundo experimenta, as religiões são chamadas a realizar a sua especial vocação de serviço à paz e à convivência. A postura aberta, de escuta ao outro, pode ser testemunho mais eficaz da paz que vem de Cristo, do que a soberba em demonizar quem expressa a fé de forma diversa. Não se trata de mitigar ou adulterar as próprias crenças, mas de pavi-
mentar um caminho comum, na busca da paz. Nos tempos em que era Cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio participou de um programa de TV ao lado do rabino Abraham Skorka, seu grande amigo. Na ocasião, o futuro Papa dizia que o fundamentalista se fecha ao diálogo porque tem medo da verdade. Medo de que o outro lhe diga algo que o abale. O cristão não deve ter esse medo, já que ser discípulo de Jesus significa ter mentalidade aberta, universal, como Jesus teve. Nesse sentido, o Servo de Deus Paulo VI dizia na homilia de Pentecostes, em 1964, citando palavras de Santo Agos-
tinho: “ter um coração católico significa ter um coração com dimensão universal. Coração que venceu o egoísmo, a estreiteza, o radicalismo que exclui o homem da vocação suprema do amor. Coração magnânimo, ecumênico, capaz de acomodar todo o mundo dentro de si”. O Papa prosseguiu dizendo que o cristão não será indiferente à verdade das coisas e à sinceridade das palavras; não confundirá bondade com fraqueza e não apostará na paz acomodada na covardia e na apatia. O diálogo inter-religioso mais do que sinalizar o indiferentismo, como equivocadamente pensam alguns, mostra que os líderes religiosos, ao ficarem lado a lado
com os demais, testemunham a seus respectivos seguidores que a convivência fraterna é possível. E quem empreende esse diálogo traz em si a humildade, característica inerente ao próprio Deus, que se fez homem por amor. No domingo, 8 de junho, Festa de Pentecostes, o papa Francisco, os presidentes Shimon Peres, de Israel, e Mahmoud Abbas, da Palestina, terão em encontro de oração pela paz, no Vaticano. Rezemos com eles para que esse momento de oração se converta em um profundo e verdadeiro diálogo e que esse seja o início do fim de um conflito que já dura muitas décadas.
opinião
Portaria 415 e a Lei Cavalo de Tróia: Hospitais são transformados em matadouros FERNANDA TAKITANI
Uma portaria publicada dia 22 de maio de 2014 tem causado muita confusão e polêmica no meio católico, bem como entre todas as pessoas que se preocupam com a importância que a proteção da vida humana tem em nossa sociedade. Nesta, o Ministério da Saúde autoriza o pagamento de R$ 443,00 por meio do SUS a todo procedimento de aborto realizado em seus hospitais conveniados. Assustado com a repercussão negativa que a medida teve e pressionado pela opinião pública, no dia 29 de maio, o Governo Federal decidiu revogar a portaria. Pergunta: será que isso é algo que deva ser celebrado como uma conquista por aqueles que nesta nação, amam e protegem a vida humana? Se somente a portaria for revogada, a resposta, infelizmente, é não. Ao analisar com mais calma o desenrolar dos fatos, percebese que a dita portaria 415 só foi possível, juridicamente falan-
do, porque uma lei, a 12.845/2013, também conhecida como “Lei Cavalo de Tróia”, preparou terreno para sua existência. Essa lei, aprovada em março e promulgada pela presidente Dilma dois dias após a vinda do Santo Padre ao Brasil, e embalada com uma linguagem construída com terminologias bastante vagas e genéricas, e por isso pronta para ser preenchida com um significado diferente do esperado até mesmo por parlamentares, abre os precedentes para que qualquer mulher, se dizendo vítima de uma relação sexual não-consentida, possa se dirigir à rede conveniada de saúde e solicitar um aborto. A bem da verdade, essa “extensão” do aborto legalmente permitido (aqueles em caso de estupro, mal formação e risco
Sergio Ricciuto Conte
de vida para a mãe) já existia desde a aprovação da chamada “Norma Técnica sobre o Tratamento dos Agravos à Violência contra a Mulher e Adolescente”, realizada ainda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. O que a “Lei Cava-
lo de Tróia” fez, foi estender a toda rede conveniada a obrigatoriedade da adoção da Norma Técnica, ou seja, todos os hospitais que mantêm convênio com o SUS – aí inclusas as Santas Casas de Misericórdia, por exemplo – serão compelidos a praticarem abortos em suas dependências. À época da promulgação desta lei, claramente abortista, grupos pró-vida trabalharam duro para que a mesma fosse vetada e alertaram a sociedade brasileira contra as suas nefastas consequências, entre as quais, a ampliação generalizada do direito ao aborto, o que, na prática, implicaria em uma forma mascarada de legalizá-lo. Na ocasião, políticos ligados ao Governo Federal garantiram que essa hipótese era absurda.
Pouco mais de um ano depois, a portaria 415 aparece como evidência clara que, a lei 12.845/2013 foi com muita propriedade apelidada de “Lei Cavalo de Tróia”. De maneira reptícia, às escondidas, fugindo do debate público e em total desrespeito aos que acreditam a maior parte do povo brasileiro, essa lei quer transformar todos os hospitais da rede SUS em matadouros de seres humanos indefesos. A portaria 415 do Ministério Público foi revogada, graças a Deus! Porém, nada impede que, semana que vem, outra portaria seja publicada e normatize novamente o conteúdo da “Lei Cavalo de Tróia”. A menos que esta lei seja integralmente revogada, a revogação da portaria 415 terá somente o efeito de enganar os incautos às portas das eleições de outubro.
cinzento, desprovido de alegrias e de esperanças. Ter consciência disso, é fundamental quando se quer ser presença na vida dos enlutados, que aos poucos vão aprendendo a viver com a ausência de quem para sempre se foi”.
resistência’ (edição 3003)
E-mail: fernandatakitani@gmail.com
Fernanda Takitani é graduada em História pela Universidade Estadual de Londrina e pós-graduada em Humanidades pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais; é professora da rede pública e particular de ensino e ativista Pró-vida.
espaço do leitor
Sobre o jornal
“O jornal O SÃO PAULO me deixa sempre atualizado com os acontecimentos da nossa querida Arquidiocese de São Paulo. Parabéns”. Felliph Moreno (pelo Facebook)
marca de 3.000 edições publicadas em quase 60 anos de atividade. Convosco nos alegramos agradecendo a Deus por tamanha graça, fruto de uma dedicada missão desta imprensa católica em benefício da sociedade paulista”.
“Meus cumprimentos à ArquidioceToninho Paiva (por e-mail) se de SP, ao dileto padre Michelino Roberto, diretor do jornal O SÃO ‘Por que você tirou meu PAULO e sua equipe pela histórica coração?’ (edição 3004)
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
“É uma das fases mais difíceis do luto... A comoção passou, a curiosidade foi satisfeita, o sentimento e altruísmo se esvaiu, os ouvidos que pareciam disponíveis para ouvir repetidas interrogações e desabafos já se fazem ausentes também. Resta a amarga dor da solidão e da tristeza e, se há uma fé bem fundamentada, é o melhor apoio e força para enfrentar o dia a dia vazio,
Levi José (pelo Facebook)
‘A Igreja Católica e a ditadura: entre o apoio e a
“Muito obrigado pelo excelente artigo que ajuda o evento não passar em branco. Já o divulguei em nossas redes”. Roberval Freire (pelo Facebook)
Redação do jornal O SÃO PAULO. Endereço: Avenida Higienópolis, 890, São Paulo (SP), CEP. 01238-000. E-mail: osaopaulo@uol.com.br Twitter: @JornalOSAOPAULO Facebook: Jornal O SÃO PAULO
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encontro com o pastor
São José de Anchieta, rogai por nós!
Arcebispo metropolitano de São Paulo
cardeal odilo pedro scherer
No dia 9 de junho já vinha sendo celebrada, cada ano, a memória do bem-aventurado José de Anchieta. Neste ano, ele será celebrado como “São” José de Anchieta pela primeira vez. A CNBB, na assembleia geral de maio deste ano, pediu à Santa Sé que a comemoração litúrgica seja de “festa” nas dioceses do Brasil que têm maior relação com a obra missionária de Anchieta; e de “memória” nas demais. Ainda se aguarda a aprovação do pedido. Passados os fatos da “canonização”, é de se perguntar se isso tudo trouxe algo de novo para a vida da Igreja? Anchieta tornou-se mais importante depois que a Igreja, pela decisão do papa Francisco, o proclamou “santo”? É bom lembrar as intenções da Igreja, quando ela canoniza alguém. Antes de tudo, ela reconhece a obra da graça de Deus, que frutificou de maneira extraordinária nessa pessoa; muitas vezes, o santo teve algum dom especial do Espírito Santo e o desenvolveu de maneira fiel, colocando-o a serviço da glória de Deus e do bem do próximo. Mas, sobretudo, a Igreja reconhece no santo um discípulo fiel de Jesus Cristo, um cristão exemplar, cuja vida foi fiel ao
Evangelho e pode ser inspiradora para outros. Por isso, os santos são propostos como exemplos de vida, para que sirvam de estímulo e encorajamento para os outros. Diante dos santos, vem a pergunta: se eles puderam, por que não podemos também nós? Se eles permaneceram fieis à fé, perseveraram até o fim, mesmo através de provações e até no martírio, por que não podemos também nós? Por isso, os santos também são propostos como nossos intercessores junto de Deus; na Igreja, “comunhão dos santos”, eles bem se interessam por aqueles que ainda peregrinam nesta vida e lutam para chegar a Deus... O que dizer de São José de Anchieta? Seria necessário, por certo, promover um conhecimento maior dessa figura extraordinária de missionário, que está na origem da história da Igreja no Brasil. Interpretações distorcidas sobre ele e sua ação surgiram num clima iluminista de perseguição antijesuítica nos tempos do Marquês de Pombal, que culminou com a expulsão dos jesuítas do Brasil; tais versões viciadas passaram aos relatos de história e são ensinadas sem serem questionadas. A história colonial e a saga dos bandeirantes, por vezes, apresentada com orgulho épico nos manuais de história da pátria, não foi nada amistosa com o trabalho missionário dos jesuítas e também contribuiu para difundir versões comprometidas da história. A imagem de Anchieta não escapou ilesa,
a ponto de lhe serem atribuídas atitudes que, de fato, ele combatia, como a escravização de indígenas e a destruição de sua cultura. Nesse sentido, a figura de Anchieta bem mereceria ser reestudada e escrita com novos critérios. São José de Anchieta tem muito de inspirador para a Igreja e os cristãos do nosso tempo. Jovem universitário de 19 anos de idade, cheio de fé e ardor missionário, ele deixou tudo – família, amigos, estudos, pátria, comodidades – e partiu como missionário para um mundo distante e desconhecido; dedicou a vida inteira a povos que nunca tinha visto e os amou profundamente, desejoso de lhes levar a luz do Evangelho de Cristo, para valorizar suas vidas: isso pode ser muito inspirador ainda hoje! Anchieta, missionário incansável, sacerdote zeloso e homem de Deus, doado inteiramente à sua missão; educador inspirado e criativo; promotor da paz, sem medo de arriscar a própria vida nesta obra; pastor atento aos doentes e pobres, aos mais frágeis da comunidade, a quem dedicava maiores esforços; fundador de missões e igrejas, queria ver o benefício da vida cristã permeando a vida das comunidades humanas e a glória de Deus, reconhecida e proclamada... Exemplos estimulantes! Temos muito a aprender de São José de Anchieta! Sua vida pode inspirar nossa Igreja, necessitada de ser missionária, de maneira renovada. São José de Anchieta, rogai por nós!
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atos da cúria O Em.mo senhor Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo, assinou os seguintes decretos de nomeação:
Em 29 de maio de 2014, com vigor a partir de 31 de maio do mesmo ano, nomeando o Rev.mo Pe. Zacarias José de Carvalho Paiva, como Coordenador da Cúria Metropolitana de São Paulo, em conformidade com o cân. 473, parágrafos 2 e 3 do Código de Direito Canônico, para organizar e coordenar de modo adequado todos os serviços das pessoas e organismos da Cúria e zelar pela estrutura física que abriga os ofícios da Cúria. Em 29 de maio de 2014, com vigor a partir de 31 de maio do mesmo ano, nomeando o Rev.mo Pe. Vittório Morégola, Vice Chanceler da Cúria Metropolitana de São Paulo, que desempenhará suas funções conforme competências e responsabilidades estabelecidas no Código de Direito Canônico ( Cân. 482 a 491), os usos e costumes da Arquidiocese de São Paulo e em sintonia com o Chanceler.
agenda do Cardeal Até sexta-feira (6)
Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 (Aparecida)
Sábado (7)
16h – Missa com Crismas na Paróquia Nossa Senhora da Esperança (Ipiranga) 19h30 – Missa na Comunidade São José de Anchieta (Jabaquara)
Domingo (8)
11h – Missa na Catedral da Sé 15h – Missa na Catedral da Sé com os Crismandos e Crismados
Segunda-feira (9)
12h – Missa na Catedral da Sé – Festa de São José de Anchieta 20h – Missa na Comunidade São José de Anchieta (Belém)
Tweets do Cardeal
A Arquidiocese de São Paulo convida para a missa em memória de São José de Anchieta. Segunda-feira, dia 9, às 12h na Catedral da Sé. Presidida por dom Odilo Pedro Scherer
@DomOdiloScherer 1° - Ao subir ao céu, Jesus envia seus discípulos ao mundo como “missionários da Boa Nova...” 1º - “Ó Deus todo poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças!” 31 – Lc 1, 68-79 “Quando ouviu Isabel a saudação de Maria, exclamou: não mereço esta honra que a Mãe do Senhor, do meu Deus, venha a mim!”
27 – “Afasta-te do mal e faze o bem, pois a força do homem justo é o Senhor. Confia em Deus e segue sempre seus caminhos!”
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liturgia e vida PENTECOSTES 8 DE JUNHO DE 2014
Ana Flora Anderson
palavra do papa
Discípulos para anunciar o Evangelho a todos os povos
Unidos no Espírito A primeira oração da liturgia de hoje é uma síntese da ação do Espírito na vida da Igreja. Ele é a fonte de nossa santificação e sua ação é universal. Todos os dons necessários para crescer em fraternidade e em santidade vêm do Espírito. Em hebraico e em grego, as palavras usadas para falar do “espírito” significam sopro ou vento. É assim que a vinda do Espírito Santo é descrita nas leituras de hoje. A primeira leitura (Atos dos Apóstolos 2, 1-11) narra a vinda do Espírito aos primeiros discípulos como uma forte ventania. Os discípulos recebem a força divina e começam a ser transformados. A segunda leitura (1 Coríntios 12, 3-7.1213) canta um hino ao Espírito. Ele é a fonte da fé e da diversidade dos ministérios. Na comunidade eclesial haverá muitos membros e atividades, mas estes formam um só corpo. O Evangelho de São João (20, 19-23) apresenta os discípulos temerosos, unidos num lugar de portas trancadas. Jesus aparece desejando a paz e soprando sobre eles o dom do Espírito Santo. Esse Espírito de Deus está sempre no meio da Igreja. Ele é a fonte de nossa unidade e a força de nossa santidade. leituras da semana
Segunda-feira (9): 1Rs 17, 1-6; Sl 120; Mt 5, 1-12a; Terça-feira (10): 1Rs 17, 7-16; Sl 4, 2-3. 4-5. 7-8; Mt 5, 13-16; Quarta-feira (11): At 11,21b-26; 13,1-3; Sl 97; Mt 10, 7-13; Quinta-feira (12): 1Rs 18, 41-46; Sl 64; Mt 5, 20-26; Sexta-feira (13): 1Rs 19, 9a.11-16; Sl 26; Mt 5, 27-32; Sábado (14): 1Rs 19, 19-21; Sl 15; Mt 5, 33-37;
SANTOS E HERóIS DO POVO 3 DE JUNHO Hoje celebra-se a morte do papa João XXIII [canonizado em 27 de abril de 2014 pelo papa Francisco], que aconteceu em 1963. Foi o Papa chamado por todos de “bom”. Apesar de ter sido tão curto o seu pontificado, conseguiu realizar o programa de abrir janelas e portas da Igreja ao vento do Espírito Santo, que “faz nova todas as coisas”. Em 25 de janeiro de 1959, João XXIII anunciou o Concílio Vaticano II. E vejam suas motivações: “Para o bem espiritual do povo de Deus e para a busca da unidade”. Filho de camponeses pobres, foi capaz de levantar uma onda de amor e de compreensão no mundo inteiro. O mesmo aconteceu com João de Zumar Raga (imagem), franciscano, bispo do México e protetor dos índios, celebrado hoje. Para tanto, enfrentou autoridades e senhores espanhóis, sem nunca pôr em segundo plano a evangelização. Um grande pastor! Fonte: “ Santos e Heróis do Povo” livro do cardeal Arns
Papa francisco
Transcrevemos a seguir as palavras do papa Francisco que precederam a oração do Regina Coeli, no domingo, dia 1º, na praça de São Pedro. Hoje, na Itália e em outros países, celebra-se a Ascensão de Jesus ao céu, ocorrida 40 dias após a Páscoa. O Ato dos Apóstolos conta esse episódio, a separação final do Senhor Jesus dos seus discípulos e deste mundo (Cfr At 1, 2.9). O Evangelho de Mateus, em vez disso, relata o mandato de Jesus aos discípulos: o convite a ir, partir para anunciar a todos os povos a sua mensagem de salvação (cf. Mt 28, 16-20). “Ir”, ou melhor, “partir” se torna a palavra-chave da festa de hoje: Jesus parte para o Pai e ordena a seus discípulos para partirem para o mundo. Jesus parte, sobe ao Céu, isso é, retorna ao Pai do qual tinha sido mandado ao mundo. Fez o seu trabalho, então, retorna ao Pai. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece sempre conosco, de uma forma nova. Com a sua ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos apóstolos – e também o nos-
so olhar – às alturas do Céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai. Ele mesmo havia dito que iria para lá nos preparar um lugar no Céu. Todavia, Jesus permanece presente e ativo nos acontecimentos da história humana com o poder e os dons do seu Espírito; está próximo a cada um de nós: mesmo se nós não o vemos com os olhos, ele está ali! Acompanha-nos, guia-nos, toma-nos pela mão e nos levanta quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo aos cristãos perseguidos e discriminados; está próximo a cada homem e a cada mulher que sofre. Está próximo a todos nós, também hoje está aqui conosco na praça; o Senhor está conosco! Vocês acreditam nisso? Então digamos juntos: o Senhor está conosco! Jesus, quando retorna ao Céu, leva ao Pai um presente. Qual é o presente? As suas chagas. O seu corpo está belíssimo, sem contusões, sem as feridas da flagelação, mas conserva as chagas. Quando retorna ao Pai, mostra-lhe as chagas e lhe diz: “Veja, Pai, este é o preço do perdão que tu dás”. Quando o Pai olha para as chagas de Jesus, perdoa-nos sempre, não porque somos bons, mas porque Jesus pagou por nós. Olhando para as chagas de Jesus, o Pai se torna mais misericordioso. Este é o grande trabalho de Jesus hoje no Céu: fazer ver ao Pai o preço do perdão, as suas chagas. É uma coisa bela esta que nos impele a não ter medo de pedir perdão; o
Pai sempre perdoa, porque olha as chagas de Jesus, olha o nosso pecado e o perdoa. Mas Jesus está presente também mediante a Igreja, que ele enviou para prolongar a sua missão. A última palavra de Jesus aos discípulos é um mandamento de partir: “Ide e fazei discípulos todos os povos” (Mt 28,19). É um mandato preciso, não é facultativo! A comunidade cristã é uma comunidade “em saída”, “em partida”. Mais que isso: a Igreja nasceu “em saída”. E vocês me dirão: mas e as comunidades de clausura? Sim, também aquelas, porque estão sempre “em saída” com a oração, com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus. E os idosos, os doentes? Também eles, com a oração e a união às chagas de Jesus. Aos seus discípulos missionários, Jesus diz: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (v.20). Sozinhos, sem Jesus, não podemos fazer nada! Na obra apostólica não bastam as nossas forças, os nossos recursos, as nossas estruturas, também são necessários. Sem a presença do Senhor e a força do seu Espírito o nosso trabalho, mesmo bem organizado, resulta ineficaz. E assim vamos dizer ao povo quem é Jesus. E junto com Jesus acompanha-nos Maria, nossa Mãe. Ela já está na casa do Pai, é Rainha do Céu e assim a invocamos neste tempo; mas como Jesus está conosco, caminha conosco, é a Mãe da nossa esperança.
você pergunta
Não divulgar certas orações faz a vida andar pra trás? Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação na Arquidiocese de São Paulo
Padre Cido Pereira
Jogaram na garagem da Rosenete uma oração dedicada a Nossa Senhora com o aviso para fazer 70 cópias em sete dias. Caso contrário, a vida andará para trás. E agora? O que fazer? Rosenete, fique tranquila e não perca seu tempo multiplicando essa ou qualquer outro tipo de oração. Não vale a pena, e eu explico por que. Veja minha querida: você acredita que Nossa Senhora, a mãe amada de Jesus e a mãe amada de todos nós, é tão mesquinha a
ponto de desgraçar a vida das pessoas que não façam cópias de oração? Quem faz esse tipo de pressão em cima da devoção a Nossa Senhora não merece atenção, porque revela uma falta de fé incrível. São pessoas que acreditam mais no ritual de fazer cópias do que na bondade do santo ou da santa, na casa de Nossa Senhora que é a mãe do divino amor. Em nossas Igrejas se deixam muitas dessas copias de orações “poderosas” entre aspas. Repare que nenhuma delas pede às pessoas que vivam uma vida de santidade, que se confessem, que comunguem, que se deixem guiar pela Palavra de Deus, que caminhem na justiça. Não! Isso elas não pedem. Pedem apenas que se façam cópias
dessas orações com casos inventados de desgraças que aconteceram a quem não obedeceu. Quer ver outra oração esquisitíssima? É aquela que começa assim: “Eu quero, eu posso, eu faço...” Ora bolas! Se você quer, você pode, você faz, por que, então, importunar a Deus? Está vendo, Rosenete? Escute então minha sugestão. Quando aparecer esses tipos de oração em seu quintal, em sua caixa de correio, jogue no lixo e não tenha medo de castigos. Porque nosso Deus é maravilhoso e quer a nossa felicidade e não a nossa desgraça. Outra sugestão: pessoalmente ou com suas amigas, faça a leitura orante da Sagrada Escritura. Você vai crescer na fé, eu garanto!
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fé e cidadania
bioética
Do protesto às propostas
O futuro da vida no planeta em perigo (4)
Padre Alfredo José Gonçalves
No processo recente sobre as eleições ao novo Parlamento Europeu, o confronto italiano entre Matteo Renzi, pelo Partido Democrático (PD), e Beppe Grillo, pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), deixou claro que, numa democracia sólida e madura, é preciso saber o momento exato de avançar do protesto às propostas. Numa linguagem profética, o primeiro vale como denúncia, mas deixa a desejar quando não vem acompanhado do anúncio. Enquanto Beppe Grillo, na mídia, nas praças e demais espaços e oportunidades, fez uma campanha recheada de gritos, insultos e agressões, Matteo Renzi concentrou-se nas mudanças urgentes e necessárias, tanto em nível de Itália quanto em termos de União Europeia. Na qualidade de Primeiro Ministro, suas propostas frente à crise tinham em vista um crescimento consistente e uma solução ao problema do desemprego.
O resultado não poderia ser estridentes e de uma linguagem de mais taxativo e surpreendente: baixo calão. À medida que o prouma diferença de quase 20 pontos cesso democrático amadurece, evipercentuais entre ambos (40,8% dencia-se que, a exemplo da terra, para o PD e 21,2% para o M5S). a população nutre-se de chuva fina Mais surpreendente ainda porque, e perseverante, não de tormentas nos dias que pecederam o pleito, rumurosos e eventuais. As tormenvários analistas e sondagens pro- tas, em lugar de irrigar, varrem e fetizavam um corpo a corpo entre devastam o solo. ambos. Nas urnas, prevaleceu a Duas lições para o processo vontade popular de ver realizadas eleitoral brasileiro deste ano: prias reformas, contra um protesto estéril, quando O processo eleitoral europeu e, não infundado e histérimais particularmente o embate co. italiano, mostra que os eleitores Esse salto qualitativo – do protesto às propostas estão cansados não apenas de – torna-se conditio sine promessas, mas também de gritos qua non de qualquer políestridentes e de uma linguagem tico ou partido que mantenha o mínimo comprode baixo calão misso e responsabilidade com os cidadãos e a cidadania. Em meiro, as críticas devem assentarpolítica, de fato, não basta atirar se sobre fundamentos políticos e pedras sobre a vida, a trajetória ou não pessoais e menos ainda famio programa dos adversários e opo- liares; depois, somente serão legísitores, pois, como diz uma canção timas se acompanhadas de proposportuguesa, “quem tem telhado de tas concretas, as quais possam ser vidro não deve andar à pedrada”. controladas pela população, por O processo eleitoral europeu meio, por exemplo, dos Conselhos e, mais particularmente o emba- Populares. Fora disso, o exercício te italiano, mostra que os eleito- da cidadania não passa de vã retóres estão cansados não apenas de rica. promessas, mas também de gritos Email: vicariogenerale@scalabrini.org
Espaço aberto
Enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes Luane Natalle e Douglas Moreira
A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma das mais graves violações de direitos humanos e está presente em todas as realidades, em todos os países. Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, estima-se que cerca de 12 milhões de crianças e adolescentes sofreram alguma forma de violência sexual, seja na forma de abuso ou de exploração comercial, em todo o mundo. No Brasil, a violência sexual é reconhecida como um problema de saúde pública segundo o Ministério da Saúde, o qual indica que, menos de 10% dos casos ocorridos no país, chegam a ser registrados. O Brasil tem um Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, que foi atualizado no último ano, estabelecendo as estratégias pelo poder público e pela sociedade civil até 2020. As ações estão divididas nos eixos de prevenção; atenção à criança e ao adolescente, suas famílias e à pessoa que comete violência sexual; defesa e responsabilização; participação e protagonismo; es-
tudos e pesquisas; e comunicação panhas são realizadas ao longo do e mobilização social. A Secretaria ano, especialmente em torno do de Direitos Humanos da Presidên- dia 18 de maio, Dia Nacional de cia da República exerce um papel Combate ao Abuso e à Exploração fundamental nesta área, trabalhan- Sexual contra Crianças e Adolesdo em quatro frentes distintas: Dis- centes. Instituída por lei federal, a que 100, PAIR, Apoio a Comitês data marca a luta da sociedade brae Campanhas e Apoio a Projetos sileira contra essa problemática e a Inovadores. cada ano se identifica um número O PAIR é uma metodologia que maior de atividades sendo realizaobjetiva fortalecer redes municipais de enfrentaAs campanhas objetivam prevenir mento à violência sexual, a violação do direito e fomentar por meio da elaboração de a denúncia, que pode ser feita diagnósticos locais, fomento ao planejamento de ações por meio do Disque 100 ou do integradas e capacitação de Conselho Tutelar da cidade, bem profissionais. Em função do como pelo aplicativo de celular aumento dos índices de violência sexual em ocasiões “Proteja Brasil” específicas como a realização de grandes obras ou megaeventos, das para lembrar a responsabilidaa metodologia foi adaptada para tais de de todos na proteção das menicontextos e o chamado “PAIR Copa nas e dos meninos. do Mundo” está em implantação nas As campanhas objetivam precidades que sediarão os jogos. Em venir a violação do direito e foCuritiba (PR), o processo de capaci- mentar a denúncia, que pode ser tação da rede começou em dia 19 de feita por meio do Disque 100 ou maio, com o tema “A escuta no aten- do Conselho Tutelar da cidade, dimento à criança e adolescente víti- bem como pelo aplicativo de celumas de violência sexual”, e estende-se lar “Proteja Brasil”. Cabe ressaltar até 4 de junho. que para realização da denúncia, Como se trata de um tema in- basta a suspeita. visibilizado e cercado de tabus, o Luane Natalle é psicóloga e analista de monitorasucesso do enfrentamento à viomento do Centro Marista de Defesa da Infância. Douglas Monteiro é jornalista e articulador do lência sexual depende também do Centro Marista de Defesa da Infância e do Fórum esclarecimento e da mobilização Estadual de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fórum DCA/PR). de pessoas. Por isso, diversas cam-
padre leo pessini
Com este texto, finalizamos nossa reflexão em busca do resgate de uma perspectiva de esperança no sombrio cenário hodierno da questão do clima, ou mais precisamente do aquecimento global, que tem evidenciado uma relação errada do ser humano com a mãe Terra. Estamos diante de uma questão ecológica da qual depende nossa viver ou morrer. Com relação à Carta da Terra, esse importante documento que serve como um GPS para nosso pensar e compromissos na área, quando menciona desafios para o futuro afirma: “A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. (...) Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções includentes”. Aponta-se para uma responsabilidade universal “identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa comunidade local. (...) O espírito de solidariedade humana (...) é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade considerando em relação ao lugar que ocupa o ser humano na natureza. Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente”. Outro documento internacional importante, a Declaração do Parlamento Mundial das Religiões (Chicago, 1993) - “Princípios de uma Ética Global”, elaborado pelo conhecido teólogo católico, Hans Kung, nos provoca na linha de assumirmos uma perspectiva de esperança. Logo na introdução, faz-se uma constatação de que: “Dependemos uns dos outros (...). Por isso, respeitamos a comunidade dos seres viventes, seres humanos, animais e plantas, e nos preocupamos com a conservação da Terra, do ar, da água e do solo. Temos responsabilidade individual por tudo que fazemos. Todas as nossas decisões, ações e omissões têm consequências. Precisamos dar aos outros o tratamento que deles queremos receber. Obrigamo-nos a respeitar a vida e a dignidade, a individualidade e a diferença, de modo que cada pessoa seja tratada humanamente – e sem exceção”. Uma nova ética global somente será possível e se tornará realidade se levarmos em conta quatro preceitos fundamentais, a saber, nosso compromisso com uma cultura: 1) da não violência e do temor diante da vida; 2) da solidariedade e um ordem econômica justa; 3) tolerância e uma vida de veracidade; 4) da igualdade de direitos e do companheirismo entre homem e mulher. Para que isso seja possível é necessário mudança de consciência, individual e coletiva, em favor de um despertar de nossas forças espirituais para uma “conversão dos corações”. É aqui que nasce o compromisso “com uma maior compreensão mútua, e com formas de vida compatíveis com as dinâmicas sociais, promotores da paz e benéficas à natureza”. Uma nova ordem de coisas precisa ser criada a partir da implementação dos valores, desde o nível pessoal até o sócio-político mundial. Mera utopia? Mas a crise de hoje é exatamente por falta utopia que nos mergulha num pesadelo sem saída e nos impede ao menos de sonhar com esperança em nos comprometer na construção de um mundo novo!. E-mail: superintendenciausc@saocamilo.br
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PASTORAL DO POVO DA RUA
Futebol popular no Viaduto do Chá contra a eliminação do povo da rua vpovorua@terra.com.br
Todos os movimentos, coletivos, população de rua e trabalhadores foram convidados a ocupar o viaduto do Chá para um “rachão” popular na tarde-noite da sexta-feira, 30 de maio, contra a eliminação do povo de rua. Além do “rachão” houve batuques e protesto contra a “Copa das Remoções”. A atividade foi promovida pelo Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais e pela Pastoral do Povo da Rua. O povo da rua sempre sofreu com a exclusão e repressão da cidade por conta da situação de miséria na qual vivem. São taxados de forma moralista, sem levar em consideração o contexto ou sistema que os excluiu.
Como reflexo disso, a população de rua é constantemente expulsa da cidade, pela ação policial repressiva ou pelo fechamento de serviços e precarização dos mesmos. Houve a expulsão da Sé, com a precária abertura do Parque dom Pedro, higienização nas proximidades da Estação Bresser e nos arredores do viaduto do Glicério entre vários outros pontos, e atualmente o cerco na Cracolândia, que mais parece uma cadeia ao ar livre. Ressalta-se, também, a pressão a qual os trabalhadores sociais estão submetidos diante da higienização em curso. Muitos têm sido demitidos ao defenderem o povo de rua e proibidos de denunciarem ações de violência. A Copa do Mundo trouxe mais expulsões na cidade, afetando mais uma vez os mais pobres e entre es-
tes afetados estão o povo de rua, sendo este um dos primeiros eliminados da copa. As remoções e a repressão das áreas próximas à Fan Fest (Anhangabaú) têm se agudizado e o medo do povo da rua da região central só aumenta. Hoje, vive-se uma forte militarização na cidade. Há a Força Nacional, mais Polícia Militar e Guarda Civil Municipal e o clima está tenso. Com a aproximação da Copa e as zonas de exclusão da Fifa, a repressão ao povo da rua aumenta: querem esconder a realidade, fantasiando uma cidade que não existe, uma cidade para alguns. O “rapa” passa com policiais e um caminhão, roubando os poucos pertences que permitem a sobrevivência nas ruas. Por Assessoria de Imprensa
Luciney Martins/O SÃO PAULO
há 50 anos
Paulo VI aceita pedido de transferência do cardeal Motta para Aparecida (SP) “Chegando até nós, em data de 22 de março último, a vossa carta filial em que pedíeis de serdes exonerado dos pesados encargos da vasta e populosa Arquidiocese de São Paulo e de serdes transferido à Arquidiocese de Aparecida, pequena em extensão, mas notável e querida em todo o Brasil, por estar nela o Santuário Nacional, temos o desejo veemente de manifestarvos admiração e afeto que nos enchem a alma pela consciente decisão por vós tomada com tão profunda humildade”. Assim começa a carta do papa
Paulo VI ao cardeal Motta, pela qual aceitou o pedido de transferência do então arcebispo de São Paulo para a Arquidiocese de Aparecida, onde desde antes se empenhara para a construção do Santuário Nacional. A carta foi uma das manchetes da edição do O SÃO PAULO de 7 de junho de 1964, assim como o discurso do Papa aos participantes de um seminário das Nações Unidas sobre a liberdade de informação e a realização da celebração de Corpus Christi, na Catedral da Sé, com a participação de 6.500 Capa da edição de 7 de junho de 1964 integrantes das forças armadas.
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Pelo presente edital fica convocada o (a) SR. AMARO FERREIRA FRANCO (PARTE DEMANDADA), com endereço desconhecido para que compareça de terça à sexta feira, das 13:00 hs., às 15:00, ao Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação de São Paulo, à Av. Higienópolis, 901 – Higienópolis – São Paulo – SP, para tratar de assunto que lhe diz respeito.
Pelo presente edital fica convocada o (a) SR. SEVERINO JUSTO DA SILVA (PARTE DEMANDADA), com endereço desconhecido para que compareça de terça à sexta feira, das 13:00 hs., às 15:00, ao Tribunal Eclesiástico Regional e de Apelação de São Paulo, à Av. Higienópolis, 901 – Higienópolis – São Paulo – SP, para tratar de assunto que lhe diz respeito.
São Paulo, 28 de maio de 2014
São Paulo, 28 de maio de 2014
Côn. Dr. Martin Segu Girona Vigário Judicial
Côn. Dr. Martin Segu Girona Vigário Judicial
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ESPIRITUALIDADE
A Paixão de Cristo nas crianças doentes com câncer Frei Patrício Sciadini
Fui visitar o hospital das crianças com câncer aqui no Cairo. Um hospital que vive de doações e que atende a todas as crianças, sejam quais forem a religião e o lugar de onde vêm. Nós temos dois hospitais, mas na Quaresma, quisemos fazer um gesto de ajudar essas crianças e levarlhes a nossa pobre oferta, fruto de sacrifício de tantas pessoas. Visitando essas crianças, o coração se faz pequeno, os olhos se enchem de lágrimas. Muitas mães me pediram a bênção e me pediram para que rezasse para essas crianças. Como recusar a oração? É na oração que todos que sofrem se refugiam. Como é doloroso ver mães e pais que acompanham as crianças de braço e pequenas! Levamos alguns presentes e contemplando essas crianças vem no coração e na mente uma pergunta que sem dúvida é forte e dolorosa: por que o Senhor permite tudo isso em uma criança que se abre à vida? A resposta tarda a vir no coração, mas ela chega com uma força renovada. A paixão do Senhor não é mistério para velhos e nem para pobres, mas é mistério para todos e mistério que deve ser adorado e amado. Sem dúvida,
setor juventude
diante de Deus o sofrimento dessas crianças inocentes tem uma força toda especial de intercessão, de súplica para que o mal se afaste dos nossos corações. Diante da dor das crianças, todas as divisões religiosas são superadas, todas as diferenças de raças, de status social se fragmentam e são destruídas e permanece o ser humano na sua afetividade de pai e de mãe, que carrega no regaço crianças sofridas. Queria sair correndo no meio das crianças abraçá-las, beijá-las e dar a bênção que pudesse devolver a saúde, porém não tenho o dom dos milagres, mas Deus me deu o dom de rezar e de crer que a oração, unida ao sofrimento, nunca é inútil. Cada um de nós deve fazer o possível para que todos os doentes possam ser tratados como “corpo de Cristo”, com amor e respeito. Voltei para casa silencioso, preocupado, mas com o coração cheio de alegria, porque compreendi que minhas pequenas preocupações e algumas pequenas doenças são um nada diante de tantas doenças que sufocam a vida humana, mas abrem a porta para a vida eterna. Aos meus leitores, peço uma oração para todas as crianças doentes de câncer do mundo inteiro e que possam encontrar em nós um exemplo de solidariedade e de amor.
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CONCÍLIO VATICANO II
APOSTOLADO DA ORAÇÃO
O Vaticano II na América Latina
Padre Frédéric Fornos é o novo diretor geral do AO e do MEJ
PADRE AUGUSTO CÉSAR PEREIRA
A quarta das cinco conferências do episcopado latino-americano e caribenho teve lugar em Santo Domingo (1992) celebrando os 500 anos da descoberta da América. Além de estabelecer continuidade com as anteriores, debruçou-se sobre a questão da promoção humana e por uma evangelização inculturada nas diversas culturas da América Latina e do Caribe. Isto devido estar a nova tecnologia no início e ser ela, indiferente à cidadania e à dignidade humana, pois considerava o ser humano como peça de uma máquina, não lhe dar a importância com o “ser gente”. Conforme um relato de dom Aloísio Lorscheider, a comemoração dos 500 anos da descoberta do continente ficou um tanto perplexa entre o que comemorar: uma invasão e ocupação do território dos indígenas apelidada de descoberta ou os anos de evangelização dos povos nativos. A 5ª Conferência Geral foi realizada em Aparecida, em 2007 e considerou a evangélica opção preferencial pelos pobres - “uma das peculiaridades da fisionomia da Igreja latino-americana e caribenha” (DAp 392) -, decidiu “ratificar e potencializá-la” até ao martírio se for exigido (cf. DAp 396-399; cf. Medellín 14,4-11; DP 1134-1165; SD 178-181; DAp 396). A conferência de Aparecida ainda se caracteriza pelas propostas de conversão na ação pastoral e da renovação da sua estrutura para que a paróquia se torne comunidade de comunidades e o centro motivador e incentivador missionário. (cf. DAp 11-18; 365-370; 517e,k; 178-180). O processo para a conversão pastoral e a renovação paroquial segue quatro passos principais: a experiência pessoal de fé adquirida no encontro indispensável com Cristo; a vivência comunitária, a formação bíblico-teológico-pastoral-espiritual e a valorização dos leigos, que têm o mesmo direito e dever de evangelizar com seu protagonismo: “Homens da Igreja no coração do mundo e homens do mundo no coração da Igreja” (cf. DAp 209-215). Essas conferências tiveram sempre a bênção e a admiração dos papas das épocas em que se realizaram e foram distinguidas com atenções especiais. Tanto que três delas foram privilegiadas com a inauguração, pela ordem, dos papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI. Entre os memoráveis pronunciamentos que ficaram na história do continente está o discurso inaugural, com a introdução de João Paulo 2º, utilizando a expressão “às custas” ao texto do instrumento de trabalho de Puebla sobre a desigualdade social: “poucos têm muito enquanto muitos nada têm”. E ainda, acrescentou para indicar a causa da desigualdade, que a injustiça advém dos “ricos cada vez mais ricos, às custas de pobres cada vez mais pobres”. Email: peaugustocesar@yahoo.com.br
L’Osservatore Romano
vanessa@loyola.com.br
Foi nomeado o diretor-geral delegado do Apostolado da Oração (AO) e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), padre Frédéric Fornos, SJ. Ele assumiu oficialmente a missão durante o 4º Encontro Pan-africano do AO e do MEJ, em 14 de abril, na República dos Camarões. Padre Fornos nasceu em 1968, foi admitido na Companhia de Jesus em 1994 e ordenado sacerdote em 2004. “Quando minha nomeação oficial feita pelo Padre-geral se tornou pública, em 20 de setembro de 2013, perguntei a mim mesmo se não havia ocorrido um erro. Fazia quatro anos que trabalhava com o padre Claudio Barriga, diretor-geral delegado do AO e do MEJ, na época, em seu conselho internacional e, havia dois anos, como seu conselheiro principal no processo de recriação. Quando isso foi confirmado pelo Padre-geral, fui pego de surpresa. Deus vem quando você menos espera, mas já tinha preparado meu coração para me libertar e acolher o que o Senhor havia planejado para mim, e meu único desejo era ser dócil ao seu Espírito. Hoje, recebo com alegria essa missão”, disse padre Fornos em recente entrevista. Sobre o início do mandato, padre Fornos disse que foi com o padre Claudio ao Togo, ao Gabão e à República dos Camarões “encontrar as equipes locais do MEJ e participar do 4º Encontro Pan-africano do AO e do MEJ. Testemunhamos a fé profunda de muitos homens, mulheres e jovens. Um momento particularmente emocionante aconteceu na segunda-feira, 14 de abril, em Duala, quando recebi do padre Claudio minha nova missão”. Nascido em Toulouse, na França, cidade onde o AO surgiu há 170 anos,
Padres Claudio Barriga (ao centro) e Frédéric Fornos (à direita) cumprimentam o papa Francisco
padre Fornos lembra que “hoje, assim como ontem, Jesus, o Ressuscitado, continua convidando homens e mulheres a estar com ele em uma relação íntima e pessoal, o mais próximo possível de seu coração, para melhor encarar os desafios de nossa humanidade. O AO pode ajudar, como disse o papa Francisco, a ‘redescobrirmos nosso Batismo como fonte viva, tirarmos energia nova da raiz da nossa fé e de nossa experiência cristã... É dessa fagulha que posso acender o fogo para o dia de hoje, para cada dia, e levar calor e luz aos meus irmãos e às minhas irmãs’ (Vigília Pascal - 20 de abril de 2014)”, disse o padre.
Na mesma entrevista, padre Fornos comentou que “atualmente, o AO está presente em 84 países do mundo, em todos os continentes, com a participação de 40 milhões de pessoas. ‘No Brasil, o AO é muito ativo e difundido’, de acordo com as palavras do padre Claudio Barriga, SJ. ‘Em muitos países, o movimento está envelhecendo e não tem mais esse dinamismo missionário. É por isso que a recriação é necessária’, segundo Adolfo Nicolás, SJ, padre-geral da Companhia de Jesus, não podemos decretar o que depende do Espírito do Senhor, mas podemos ficar de prontidão”, comentou. por Vanessa Fonseca
COMIAR
Missão, envelhecimento e sofrimento Irmã Carolyn Moritz
Estou escrevendo do meu país, os Estados Unidos de América. Cheguei aqui no fim de março para fazer exames médicos e descobri que tinha que fazer cirurgias nos meus joelhos. Agora estou me recuperando na comunidade das idosas e enfermas na CasaMãe de minha Congregação. Essa experiência me ajudou a refletir no título deste artigo: Missão, envelhecimento e sofrimento. Vivendo a vocação missionária por causa de nosso Batismo, muitas vezes pensamos que ser missionário somente é fazer ações para ajudar outros, ou evangelizar diretamente com o povo. Durante a época de Páscoa, refletimos no livro dos Atos dos Apóstolos as ações missionárias da Igreja primitiva. Nós viajamos com Pedro, Paulo e
os Apóstolos entre os povos da região, vendo como eles levavam a Boa-Nova do Evangelho a todos os cantos com amor e entre muitas dificuldades. As experiências da missão são heróicas. E os missionários da época fazem muitas ações de amor e sacrifício. Até hoje, nós pensamos em missão desta maneira: pessoas que saíram de suas culturas e países para evangelizar diretamente com palavras e ações. Mas, há outro aspecto de missão. Aqui, na casa das idosas de minha Congregação, vejo minhas irmãs queridas, que gastavam suas vidas trabalhando na missão ad gentes. Agora elas não podem sair e evangelizar diretamente, todavia ainda são missionárias vivendo sua vocação de outra maneira. Nossa vocação missionária não para quando nós envelhecemos e não podemos sair ativamente para evangelizar. Idosos e doentes podem viver profundamente a vocação missionária. A missão está viva e rica também
na oração e no sofrimento das pessoas enfermas e deficientes que não podem mais evangelizar através de atividades. Nesta época de nossas vidas, podemos entrar na vocação missionária como vivido pela Santa Teresinha de Jesus. O tempo de enfermidade e sofrimento é
Nossa vocação missionária não para quando nós envelhecemos e não podemos sair ativamente para evangelizar. Idosos e doentes podem viver profundamente a vocação missionária um tempo de oferecer nossas orações e sofrimentos para a chegada do Reino e a evangelização de todos os povos. Tem uma riqueza formidável nesta missão de envelhecimento e sofrimento e que não é menos intensa que as ações missionárias e orações dos anos ativos. E-mail: cmoritzmm@gmail.com
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A Igreja
Pelo Mundo
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Destaques das Agências Internacionais Padre MICHELINO ROBERTO, Diretor do o São Paulo
áfrica
TERRA SANTA
Descoberta vacina contra a malária, graças à imunidade de crianças africanas
Inaugurado templo católico onde foi encontrada sinagoga em que Jesus teria pregado Magalla Center
Crianças africanas naturalmente imunes à malária podem ser a chave para o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a doença. Cientistas norte-americanos, num estudo publicado na revista Science, afirmam ter descoberto uma nova forma de combater o parasita que causa a malária. Na Tanzânia, onde a doença é predominante, os peritos encontraram um grupo de crianças imunes à malária. “Os testes revelaram que o seu sistema imunológico produz um anticorpo que ataca o parasita que causa a malária”, disse Rebecca Morelle, jornalista de saúde da BBC. A equipe de pesquisa descobriu que a injeção de uma forma deste anticorpo em ratos os protegia de contraírem a malária. – A Organização Mundial de Saúde estima que em 2012 mais de 660 mil pessoas morreram devido a esta doença. 90% dessas mortes ocorreram na África Sub-saariana. Fonte: La Cara Amable del Mundo
Na zona de escavações arqueológicas onde foi encontrada a sinagoga de Magdala, na costa do Mar da Galileia (Israel), que data da época de Cristo, edificou-se o Magdala Center, um complexo que inclui uma igreja católica e que permitirá a peregrinação à região. O tabernáculo desta igreja, denominada “Duc In Altum”, foi abençoado pelo papa Francisco durante sua peregrinação à Terra Santa. O Parque Arqueológico Magdala Center foi inaugurado em 28 de maio, com a presença de cerca de 600 pessoas, incluindo autoridades diversas, entre cristãos, judeus e muçulmanos. Durante a cerimônia, o prefeito Israel Ambrosi dirigiu-se aos presentes desejando uma continuada cooperação entre judeus e cristãos. – O templo foi consagrado pelo Patriarca Latino de Jerusalém, dom Fouad Twal, com quatro bispos e 40 sacerdotes. O padre Juan Solana, diretor do projeto, disse que “este centro, por suas descobertas arqueológicas, une cristãos e judeus”. Os promotores destacam o impacto espiritual que terá o conjunto, pois preservará “para a cristandade e para a humanidade um lugar onde Jesus viveu, pregou e realizou o seu Ministério Público”. Fonte: ACI
VATICANO Papa se reunirá com os presidentes de Israel e da Palestina no Vaticano em Pentecostes A Sala de Imprensa da Santa Sé informou que o papa Francisco se reunirá com o presidente de Israel, Shimon Peres, e o da Palestina, Mahmoud Abbas, no próximo dia 8 de junho, no Vaticano. No comunicado, destaca-se que este “encontro de oração pela paz” será no Domingo de Pentecostes, e que “a data foi aceita pelas partes”. Durante sua viagem à Terra Santa, o Papa convidou ambos os mandatários a rezar com ele pela paz, e, para isso, ofereceu a sua casa no Vaticano. O convite foi aceito rapidamente pelos dois presidentes. Fonte: ACI
Brasileiras vão estudar as galáxias no Observatório Astronômico Vaticano Neste mês de junho, o Observatório Astronômico do Vaticano, nos Jardins de Castel Gandolfo, abre suas portas para o 14º Curso de Verão. O tema escolhido, de duração de quatro semanas, é “Galáxias, próximas e distantes, jovens e antigas”. Vinte e cinco estudantes universitários e de pós-graduação, vindos de 22 países, participarão do curso. Entre eles, duas estudantes brasileiras: Amanda Lopes e Jessica Reis Kitamura. A atividade especial de verão da Specola Vaticana teve início em 1986, com a finalidade de oferecer a um grupo de jo-
vens recém formados uma ocasião privilegiada para aprofundar seus estudos, e também fazer novas amizades profissionais com professores e estudantes em âmbito internacional. A seleção dos participantes tende a favorecer estudantes oriundos de países em desenvolvimento e garantir uma distribuição geográfica equilibrada das nações de proveniência. Desde que o primeiro Curso de Verão foi realizado, já participaram cerca de 325 estudantes. A direção do Observatório Astronômico do Vaticano é do sacerdote jesuíta Padre José Funes. Fonte: Radio Vaticano
oriente médio
Patriarca Bartolomeu I revela encontro ecumênico em Niceia em 2015 No retorno de Jerusalém, após o encontro com o papa Francisco no Santo Sepulcro, o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, revelou um importante
acontecimento para a unidade entre católicos e ortodoxos: um encontro em 2025 em Niceia, onde foi celebrado o primeiro verdadeiro concílio ecumênico da Igreja indivisa.
Falando à Asia News, Bartolomeu disse que junto ao Papa Francisco “concordamos em deixar como herança a nós mesmos e aos nossos sucessores de encontrar-se
em Niceia, em 2025, para celebrar todos juntos, após 17 séculos, o primeiro Sínodo verdadeiramente ecumênico, de onde saiu o Creio”. Fonte: Asia News
10 | Editais |
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OBRAS SOCIAIS NOSSA SENHORA AQUIROPITA CNPJ: 62.798.699/0001-34
BALANÇO PATRIMONIAL Encerrado em 31/12/2013 ATIVO ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL BENS NUMERÁRIOS CAIXA BENS NUMERÁRIOS
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ATIVO NÃO CIRCULANTE INVESTIMENTOS PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS
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PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO CONTAS A PAGAR VALORES A REGULARIZAR CONTAS A PAGAR
38.217,34 C 38.217,34 C
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568,79 C 27,98 C 2.760,71 C 6.553,80 C 9.911,28 C
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS/PREVIDENCIÁRIAS INSS A RECOLHER FGTS A RECOLHER CONTR. E MENSALIDADE SINDICAL A RECOLHER CONTR ASSISTENCIAL A RECOLHER PIS S FOLHA A RECOLHER OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS/PREVIDENCIÁRIAS
12.586,44 C 14.696,99 C 129,74 C 4.250,38 C 1.618,36 C 33.281,91 C
PATRIMÔNIO LÍQUIDO RESULTADOS ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS SUPERAVITS ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS
6.298.930,44 C 6.298.930,44 C
Total do PASSIVO E PATRIMÔNIO
6.380.340,97 C
Reconhecemos a exatidão do presente balanço encerrado em 31 de Dezembro de 2012 conforme documentação apresentada.
demonstração do resultado do exercício 3 RECEITAS 3.1 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.1.1 RECEITA BRUTA 3.1.1.03 RECEITAS DE ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVO 3.1.1.03.0003 RECEITAS POR DOACOES P.FISICA 83.671,20 C 3.1.1.03.0005 RECEITAS COM PROMOCOES E EVENTOS 2.336.281,20 C 3.1.1.03.0006 RECEITAS PROJETO MENOR APRENDIZ 1.009.859,84 C 3.1.1.03.0007 RECEITAS PROJETO MORADORES DE RUA 467.860,53 C 3.1.1.03.0008 RECEITAS PROJETO TERCEIRA IDADE 99.375,41 C 3.1.1.03.0009 RECEITAS PROJETO NSE/CCA 688.605,48 C 3.1.1.03.0010 RECEITAS PROJETO MOVA 60.840,00 C 3.1.1.03.0011 RECEITAS PROJETO CRECHE 961.757,88 C 3.1.1.03.0012 RECEITAS CONVENIO DEFENSORIA 319.980,00 C 3.1.1.03.0013 RECEITAS POR DOACOES P.JURIDICA 218.772,87 C RECEITAS DE ENTIDADES SEM FINS 6.247.004,41 C 3.3 OUTRAS RECEITAS 3.3.1 RECEITAS OPERACIONAIS 3.3.1.01 RECEITAS FINANCEIRAS 3.3.1.01.0002 RENDIMENTO DE APLICAÇÕES FINANCEIR 351.240,97 C RECEITAS FINANCEIRAS 351.240,97 C Total de RECEITAS 6.598.245,38 C (=) RECEITA LÍQUIDA 4 - CUSTOS 4.1 - CUSTOS PROJETOS 4.1.1 - CUSTO DOS PROJETOS 4.1.1.03 - MENOR APRENDIZ 4.1.1.03.0002 ASSISTENCIA MEDICA 4.1.1.03.0004 COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTE 4.1.1.03.0007 CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 4.1.1.03.0010 DESPESA COM CONDUCAO 4.1.1.03.0014 DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 4.1.1.03.0015 HONORARIOS PROFISSIONAIS 4.1.1.03.0019 SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR MENOR APRENDIZ
6.598.245,38 C
22.194,26 D 159,25 D 2.206,40 D 5.977,28 D 1.994,02 D 5.568,00 D 491.068,99 D 529.168,20 D
4.1.1.04 MORADORES DE RUA 4.1.1.04.0001 AGUA E ESGOTO 4.1.1.04.0002 ASSISTENCIA MEDICA 4.1.1.04.0003 BENS DE NAT PERMANENTE DE PEQ VALO 4.1.1.04.0004 COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTE 4.1.1.04.0005 CONS. E MANUT. DE INSTALAÇOES 4.1.1.04.0006 CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 4.1.1.04.0007 COPA E COZINHA 4.1.1.04.0008 VESTUARIO E UNIFORMES 4.1.1.04.0009 DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 4.1.1.04.0010 HONORARIOS PROFISSIONAIS 4.1.1.04.0013 TELEFONE EM GERAL 4.1.1.04.0014 IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 4.1.1.04.0015 DESPESA COM GAS 4.1.1.04.0016 DESPESA COM HIGIENE PESSOAL 4.1.1.04.0017 MATERIAL DE CONSUMO 4.1.1.04.0018 DESPESA COM INTERNET 4.1.1.04.0019 DESPESA COM CONDUCAO 4.1.1.04.0020 MATERIAL DE LIMPEZA 4.1.1.04.0021 MATERIAL PEDAGOGICO MORADORES DE RUA 4.1.1.05 TERCEIRA IDADE 4.1.1.05.0001 AGUA E ESGOTO 4.1.1.05.0002 COPA E COZINHA 4.1.1.05.0003 DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 4.1.1.05.0004 HONORARIOS PROFISSIONAIS 4.1.1.05.0007 MATERIAL DE CONSUMO 4.1.1.05.0011 ASSISTENCIA MEDICA 4.1.1.05.0013 CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 4.1.1.05.0015 MATERIAL DE LIMPEZA 4.1.1.05.0019 MATERIAL PEDAGOGICO 4.1.1.05.0020 DESPESA COM RECREACAO TERCEIRA IDADE 4.1.1.06 4.1.1.06.0001 4.1.1.06.0002 4.1.1.06.0003 4.1.1.06.0004 4.1.1.06.0005 4.1.1.06.0007 4.1.1.06.0010 4.1.1.06.0011 4.1.1.06.0012 4.1.1.06.0013 4.1.1.06.0014 4.1.1.06.0015 4.1.1.06.0016 4.1.1.06.0017 4.1.1.06.0020 4.1.1.06.0021 4.1.1.06.2200 N S E/CCA
N S E/CCA AGUA E ESGOTO COPA E COZINHA DESPESA COM ENERGIA ELETRICA HONORARIOS PROFISSIONAIS IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO MATERIAL DE CONSUMO TELEFONE EM GERAL COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTES CONS. E MANUT. DE INSTALAÇOES ASSISTENCIA MEDICA CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS DESPESA COM GAS VESTUARIO E UNIFORNES MATERIAL DE LIMPEZA BENS DE MAT PERMANENTE DE PEQ VALO MATERIAL PEDAGOGICO DESPESA COM RECREACAO
4.1.1.07 MOVA 4.1.1.07.0001 AGUA E ESGOTO 4.1.1.07.0002 CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 4.1.1.07.0004 DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 4.1.1.07.0005 HONORARIOS PROFISSIONAIS 4.1.1.07.0009 ASSISTENCIA MEDICA MOVA 4.1.1.08 - CRECHE 4.1.1.08.0001 AGUA E ESGOTO 4.1.1.08.0003 ASSISTENCIA MEDICA 4.1.1.08.0004 BENS DE NAT PERMANENTE DE PEQ VALO 4.1.1.08.0005 COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTE 4.1.1.08.0006 CONS. E MANUT. DE INSTALACOES 4.1.1.08.0007 CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 4.1.1.08.0008 COPA E COZINHA 4.1.1.08.0009 VESTUARIO E UNIFORMES 4.1.1.08.0010 DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 4.1.1.08.0011 HONORARIOS PROFISSIONAIS 4.1.1.08.0012 IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 4.1.1.08.0013 MEDICAMENTOS EM GERAL 4.1.1.08.0014 MATERIAL DE CONSUMO 4.1.1.08.0016 TELEFONE EM GERAL 4.1.1.08.0017 DESPESA COM GAS 4.1.1.08.0018 DESPESA COM INTERNET 4.1.1.08.0019 DESPESA COM CONDUCAO 4.1.1.08.0020 MATERIAL DE LIMPEZA 4.1.1.08.0021 DESPESA COM RECREACAO 4.1.1.08.0022 MATERIAL PEDAGOGICO CRECHE
67.134,79 D 19.824,98 D 500,00 D 7.109,27 D 30.143,92 D 8.476,60 D 134.235,93 D 1.507,60 D 12.244,21 D 9.490,00 D 8.360,24 D 140,50 D 17.228,75 D 543,43 D 1.185,77 D 1.466,27 D 885,42 D 8.020,79 D 6.456,06 D 334.954,53 D
4.219,53 D 29.595,34 D 887,21 D 4.347,00 D 574,57 D 1.978,63 D 949,50 D 2.516,86 D 8.377,45 D 911,72 D 54.357,81 D
5.1.1.02 DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS 5.1.1.02.0001 SALARIOS E ORDENADOS 5.1.1.02.0002 FERIAS 5.1.1.02.0003 FGTS 5.1.1.02.0004 VALE REFEICAO 5.1.1.02.0005 VALE TRANSPORTE 5.1.1.02.0006 CONVENIO SAUDE 5.1.1.02.0007 INDENIZACOES 5.1.1.02.0009 13 SALARIO 5.1.1.02.0010 AVISO PREVIO 5.1.1.02.0011 D S R 5.1.1.02.0013 PIS SOBRE FOLHA 5.1.1.02.0014 MEDIAS VARIAVEIS 5.1.1.02.0016 HORAS EXTRAS 5.1.1.02.0018 FERIAS INDENIZADAS 5.1.1.02.0021 ADIC.ANUENIO/BIENIO/TRIENIO 5.1.1.02.0027 CURSOS PROFISSIONAIS 5.1.1.02.0028 FERIAS 1/3 DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS 5.1.1.03 DESPESAS FINANCEIRAS 5.1.1.03.0001 JUROS PAGOS 5.1.1.03.0003 MULTAS DIVERSAS 5.1.1.03.0004 DESPESAS BANCÁRIAS DESPESAS FINANCEIRAS
5.1.1.04 - DESPESAS TRIBUTARIAS 5.1.1.04.0001 CONTRIBUICAO SINDICAL 5.1.1.04.0002 TAXAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS 5.1.1.04.0003 I P T U 5.1.1.04.0004 I P V A DESPESAS TRIBUTARIAS Total de DESPESAS
33.133,67 D 280.909,98 D 10.475,78 D 9.950,00 D 3.904,63 D 762,13 D 2.405,57 D 1.071,41 D 28.438,95 D 25.086,75 D 9.907,79 D 11.753,03 D 631,40 D 27.684,51 D 450,00 D 21.649,60 D 9.361,50 D 477.576,70 D
7.078,26 D 700,00 D 2.265,81 D 2.200,00 D 6.095,29 D 18.339,36 D
9.970,42 D 39.342,50 D 2.235,00 D 7.079,70 D 28.343,39 D 10.894,47 D 59.683,89 D 3.709,00 D 6.684,23 D 12.831,00 D 2.300,40 D 10.622,32 D 15.474,84 D 6.639,60 D 4.812,86 D 2.707,59 D 205,00 D 15.027,38 D 15.392,55 D 89.953,27 D 343.909,41 D
Total de CUSTOS
1.758.306,01 D
(=) LUCRO BRUTO
4.839.939,37 C
5 - DESPESAS 5.1 DESPESAS OPERACIONAIS 5.1.1 DESPESAS OPERACIONAIS 5.1.1.01 DESPESAS COMERCIAIS/ADMINISTRATIVAS 5.1.1.01.0002 COPA E COZINHA 7.995,27 D 5.1.1.01.0003 CONS. E MANUT. DE VEICULOS 7.542,73 D 5.1.1.01.0005 DESPESA COM PEDAGIO 1.623,99 D 5.1.1.01.0006 SERVICO PRES. PESSOA JURIDICA 52.754,62 D 5.1.1.01.0008 SERVICO PRES. PESSOA FISICA 405.658,08 D 5.1.1.01.0009 ENTIDADES DE CLASSE 880,00 D 5.1.1.01.0010 ASSISTENCIA MEDICA 5.805,70 D 5.1.1.01.0012 DESPESA COM CARTORIO 990,11 D 5.1.1.01.0013 DESPESA COM ESTACIONAMENTO 214,00 D 5.1.1.01.0015 SEGUROS DIVERSOS 13.591,60 D 5.1.1.01.0016 DESPESA DE VIAGENS 5.832,49 D 5.1.1.01.0017 TELEFONE EM GERAL 22.948,32 D 5.1.1.01.0018 DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 3.175,28 D 5.1.1.01.0019 AGUA E ESGOTO 3.631,80 D 5.1.1.01.0020 DESPESA POSTAIS 138,85 D 5.1.1.01.0023 ALUGUEIS 1.018.068,48 D 5.1.1.01.0025 DESPESA COM INTERNET 4.416,00 D 5.1.1.01.0028 DESPESA COM FESTA E EVENTOS 1.019.157,75 D 5.1.1.01.2900 DESPESA COM XEROX 3.373,35 D DESPESAS COMERCIAIS/ADMINISTRATIVAS 2.577.798,42 D
1.162.752,27 D 119.811,51 D 133.218,44 D 152.532,66 D 121.583,78 D 6.288,80 D 420,00 D 149.818,06 D 2.889,77 D 532,37 D 20.626,53 D 5.559,57 D 2.107,58 D 48.091,32 D 56.644,73 D 294,00 D 7.626,58 D 1.990.797,97 D
30,78 D 350,22 D 5.813,04 D 6.194,04 D
3.122,99 D 2.069,21 D 4.200,02 D 773,56 D 10.165,78 D 4.584.956,21 D
(=) LUCRO OPERACIONAL Outras Receitas/Despesas:
254.983,16 C
(=) LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS, PARTICIP. E CONTRIBUIÇÕES Provisão de Impostos: Participações e Contribuições: Total do LUCRO do Período:
254.983,16 C
254.983,16 C
Reconhecemos a exatidão da presente demonstração encerrada em 31 de Dezembro de 2012 conforme documentação apresentada.
NOTAS EXPLICATIVAS ÁS DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS I - CONTEXTO OPERACIONAL NOTA 01 - A entidade OBRAS SOCIAS NOSSA SENHORA AQUIROPITA, é uma associação civil com personalidade juridica de direito privado, sem fins lucrativos, com caráter exclusivamente beneficente, assistencial , educacional e cultural, que tem por finalidade a promoção humana, devendo incentivar o espirito associativo da própria comunidade, tendo como prioridade: o amparo e promoção a infância, a promação de jovens e adolecentes, promoção a moradores em situação de rua, alfabetização de adultos e a promoção da familia. II - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES Nota 02 - As demonstrações contábeis e financeiras form elaboradas em conformidade com a lei 6404/76 e resolução CFC 877/2000 que aprovou a NBCT 10.19 III - RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS Nota 03 - O regime contábil adotado é o da competência. Nota 04 - Os direitos e obrigações da entidade estão em conformidade com seus efetivos valores reais. NoTa 05 - A conta de aplicações financeiras está demonstrada pelo valor de aplicação dos rendimentos correspondentes e diminuido pelos resgates, sendo apropriada até a data do Balanço com base no regime de competência. Nota 06 - O imobilizado se apresenta pelo custo de aquisição ou valor original, diminuido da depreciação visto que a entidade não procedeu a correção monetária de balanços em exercicios anteriores. Nota 07 - As receitas e despesas foram contabilizadas de acordo com os principios de competência dos exercicios. Nota 08 - A entidade recebeu doações de pessoas fisicas e juridicas a) Pessoas Fisica R$. 83.671,20 b) Pessoas Juridicas R$. 218.772,87 Nota 09 - No ano de 2012 a entidade recebeu os seguintes auxilios a) Poder Público Defensoria R$. 319.980,00 b) Pref. Muncipal de São Paulo R$. 2.278.439,30 Nota 10 - No ano de 2012 a entidade recebeu outros auxilios e receitas a) projeto menor aprendiz R$. 1.009.859,84 b) promoções e eventos R$. 2.336.281,20 Nota 11 - Os recursos obtidos foram aplicados em suas finalidades assistenciais, de acordo com o Estatuto Social, demonstratos pelas despesas e investimentos patrimoniais Nota 12 - As despesas da entidade são apuradas através de notas fiscais e recibos, em confirmidade com as exigências legais e fiscais Nota 13 - Todo o trabalho filantrópico é realizado gratuitamente, portanto não se aplicanco o regime de gratuidade, conforme no inciso VI do artigo 3º do decreto 2.536/98.
PE. PAULO SERGIO CORREIA FUNÇÃO: DIRETOR PRESIDENTE RG: 18.888.427- CPF: 675.520.050-68
ORLEI RODRIGUES CPF: 020.090.218-00 TC/CRC: 1SP/043086/O-7
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Após pressão da sociedade, Ministério da Saúde revogou portaria que regulamentaria, no SUS, a interrupção da vida Daniel Gomes Redação
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Em alerta contra as tentativas de legalizar o aborto
“É um escândalo, protagonizado pelas elites que comandam nosso país, essa portaria que destina verbas públicas para mais um ato agressivo contra a vida das crianças”. A indignação, expressa em um trecho do manifesto dos participantes da 6ª Peregrinação Nacional da Família, em Aparecida (SP), em maio, fez coro à de outros grupos contrários à Portaria nº 415, de 21 de maio, anunciada pelo Ministério da Saúde, e que incluía o “aborto legal” na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Após uma semana de pressões de deputados, partidos políticos, entidades e grupos religiosos, o Ministério revogou a portaria, na quinta-feira, 29, alegando que a União não acertou detalhes com os governos estaduais e municipais, e que havia erro no cálculo do valor de R$ 443,40 que seria pago aos hospitais pelo chamado procedimento de “interrupção da gestação/antecipação terapêutica do parto previstas em lei”. Para Lenise Garcia, 58, presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida - Brasil
Sem Aborto, a Portaria nº 415 era contraditória justamente por considerar o aborto como algo legalizado no País. “O aborto não é punido em determinados casos, mas não significa que ele seja legal. Na verdade, isso já é uma contradição que a gente vive há muito tempo com os ditos centros de referência de aborto legal, porque o Estado está sendo cúmplice de um crime, mesmo que o crime não seja punido”, avaliou ao O SÃO PAULO. Atualmente, não há punição para a prática do aborto quando a mulher é vítima de estupro, e ainda se há risco de vida para a mãe ou para o caso de feto anencéfalo. Ainda segundo Lenise, outra incoerência da Portaria nº 415 foi se referenciar na lei nº 12.845/2013, que trata do atendimento emergencial a pessoas em situação de violência sexual e não do aborto propriamente dito. Em nota, em 29 de maio, o Brasil Sem Aborto manifestou “alívio e alegria” com a revogação da Portaria, mas enfatizou a necessidade de uma regulamentação adequada para a lei nº
12.845/2013, com possível revogação ou reformulação ampla. Na avaliação de Lenise, a lei nº 12.845/2013 precisa ser revogada ou profundamente modificada, pois carece de regulamentações que abram, por exemplo, a possibilidade de que, por objeção de consciência, a vítima da violência não queira usar a pílula do dia seguinte, nem o médico ou a instituição de saúde prescrevê-la; e outro complicador é que tal legislação define de forma ampla o que seja violência sexual. A presidente do Brasil Sem Aborto afirmou que já há na Câmara dos Deputados projetos que pedem a revogação total da lei nº 12.845/2013, além do PL 6.022/2013, encaminhado ao legislativo pelo governo federal, que esclarece melhor na lei algumas questões como a definição do que é estupro e caracteriza a contracepção de emergência. Lenise comentou, ainda, sobre o PL 6061, proposto para tratar da mesma questão. “Com este seria um avanço bem maior, porque exclui, inclusive, o uso da pílula do dia seguinte”.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
1ª Conferência Nacional sobre migração e refúgio acontece em São Paulo Edcarlos Bispo
reportagem no centro
A cidade de São Paulo sediou, de 30 de maio a 1º de junho, a 1ª Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio (Comigrar). O evento é considerado um marco na construção da política nacional de imigrantes por dar visibilidade ao assunto e voz às pessoas que escolhem ou precisam recorrer ao Brasil para viver. Organizada pelo Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores e Ministério do Trabalho, a Conferência teve uma primeira etapa com quase 200 encontros regionais, e nesta fase de conclusão dos trabalhos e discussões, o encontro reuniu 650 representantes de todo o país, além de imigrantes de 27 países e um apátrida. A Conferência discutiu políticas públicas para o atendimento de imigrantes e refugiados. Os delegados foram eleitos entre migrantes, refugiados, estudiosos, servidores públicos e profissionais envolvidos na temática. Para o secretário nacional de justiça do Ministério da Justiça,
Paulo Abrão, os organizadores da Conferência têm a expectativa que ela possa apontar, em primeiro lugar, propostas e diretrizes de mudanças legislativas nas questões de migração. E em segundo momento, recomendações para que possa construir no Brasil “a primeira rede de serviço no atendimento e apoio a população migrante e refugiada”. Para Paulo, “o Brasil esta sendo interpelado por uma nova realidade na qual o País se tornou origem de
migração e ainda não tem uma estrutura organizada”, e, além disso, para ele, o direito das pessoas deve ser protegido, independentemente de onde elas estejam, “deve ser garantido o direito a migração e dignidade”. Presente na Comigrar, a equipe da Missão Paz conversou com a reportagem do O SÃO PAULO. Para a advogada Eliza Donda, a chegada dos haitianos mudou o tom da Conferência que, segundo ela, estava de-
sacreditada por todos, conseguindo enviado aos congressistas a propos“construir uma linha inicial da polí- ta de mudança na lei de migração. tica migratória brasileira”. O secretário nacional de justiça destacou que os técnicos estavam Mudança recolhendo as últimas sugestões para apresentar o projeto de lei ao na lei de migração Padre Paolo Parise destacou que a Ministro da Justiça, porém não preMissão Paz está firme na luta pela cisou quando ela será aprovada, ou revisão da lei de migração. Logo entregue ao Congresso, mas que o após a coletiva de imprensa reali- seu processo de elaboração segue zada na quarta-feira, 21 de maio, na em ritmo acelerado. sede da Missão Paz (reportagem do O SÃO PAULO, edição 3004), foi CAMI recebe premio O projeto “Visitas a Oficinas e MulLuciney Martins/O SÃO PAULO tiplicadores de Base” do Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (CAMI) recebeu o Prêmio Simone Borges Felipe em segundo lugar, pela implementação de boas práticas no enfrentamento ao tráfico de pessoas. O premio outorgado pelo Ministério de Justiça, foi recebido por dois agentes imigrantes multiplicadores de base que participarão com esta experiência durante a 1ª Feira Nacional de Práticas de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Experiências de Políticas Migratórias, junto a outros 15 projetos de iniciativas do poder público e de organizações da sociedade civil.
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Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, ente 1º e 8, promove o diálogo e o respeito às diferenças
‘O pecado maior das Igrejas é a sua divisão’ Imprensa CNBB
Nayá Fernandes Redação
A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC) com o tema “Acaso Cristo está dividido?” (1 Cor 1,1-17) acontece durante os dias 1º e 8 de junho, promovida mundialmente pelo Conselho Pontífice para Unidade dos Cristãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI). No Brasil o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) é um dos principais divulgadores da Semana, que inclusive disponibiliza em seu site www.conic.org.br o material para download gratuitamente. Confira a entrevista com dom Francisco Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB.
O SÃO PAULO - Há uma preocupação constante com a “perda de fiéis” em cada Igreja. Essa preocupação dificulta o diálogo ecumênico?
O SÃO PAULO - O tema da SOUC este ano é bastante provocador. Como ele está sendo aprofundado durante a Semana? Dom Francisco - Realmente, o tema da SOUC deste ano atinge de cheio o “escândalo” da divisão dos discípulos do Senhor pelos quais ele pediu ao Pai o dom da unidade naquela apaixonada Oração, que é chamada sacerdotal. O perigo da divisão sempre existiu na Igreja, desde a sua origem. O lema da Semana de oração deste ano é tirado da 1 Cor 1, 1-17 que relata as divisões na comunidade de Corinto que Paulo enfrenta com vários argumentos, resumidos na pergunta: “Acaso Cristo está dividido?”. Ele está sendo aprofundado durante a Semana com as celebrações ecumênicas, reflexões bíblicas e orações para momentos de espiritualidade em grupos de re-
meiro lugar às instituições eclesiásticas, mas às bases de outra forma: no mundo plural tem como objetivo a superação das divisões em que vivemos, na sociedade, nas famílias, entre os cristãos. nas escolas e universidades, nos mais diversos ambientes de trabalho, lazer encontramO SÃO PAULO - O diálogo ecumênico se pessoas de diversas Igrejas e também de chega às bases? Está presente nas ativida- outras religiões! É inevitável que aconteçam des paroquiais, por exemplo? diálogos para o recíproco conhecimento, confronto de ideias e posicionamentos difeDom Francisco - Infelizmente o diálogo rentes diante da vida, do seu sentido, diante ecumênico em poucas circunstâncias chega da organização da sociedade e dos valores a às bases e, quando chega, nem sempre é bem serem nela implantados. Aí, ninguém foge do diálogo e, desta forma, ele está presente, queiramos ou não, nas bases da sociedade e provocará uma resposta, que esperamos ser A “questão ecumênica” chega às bases no positiva e “pro-positiva”, das nossas Igrejas.
mundo plural, na sociedade, nas famílias, nas escolas, nos mais diversos ambientes de trabalho, encontram-se pessoas de diversas Igrejas e de outras religiões. É inevitável que aconteçam diálogos para o recíproco conhecimento
flexão e estudos direcionados à crianças, compreendido ou bem vivido. Estamos tão jovens e adultos. acostumados à divisão que não reparamos o escândalo que ela provoca diante da sociedade O SÃO PAULO - Quais as igrejas partici- e no mundo em que vivemos. Chegamos ao pam da SOUC? absurdo de ter que explicar e justificar diante dos fiéis de nossas Igrejas os esforços para reDom Francisco - Assumem em conjun- construir a unidade, quando deveríamos tentar to a SOUC as Igrejas que fazem parte do explicar e justificar, com constrangimento e CONIC, isto é: a Igreja Anglicana, a Igreja profundo sentimento de culpa, as divisões, a Evangélica de Confissão Luterana no Bra- indiferença e a intolerância que existem entre sil, a Igreja Católica Apostólica Romana, a nós, assim como as farpas e as ofensas que Igreja Presbiteriana Unida e a Igreja Sirian ainda hoje lançamos uns contra os outros, porOrtodoxa de Antioquia. Contudo, a Semana que o pecado maior das Igrejas é a sua divisão. está aberta à participação de todas as Igrejas Desta forma, o pecado se tornou normalidade Cristãs. Conhecemos comunidades eclesiais e o esforço para reconstruir a unidade uma exe pastores de várias Igrejas que se unem para ceção, quando não um incômodo! orar. Afinal, a oração não se dirige em priContudo, a “questão ecumênica” chega
dições! Celebração ecumênica é coisa séria! Envolve a fé de cada participante e o respeito devido a cada tradição! Em primeiro lugar não deve ser realizada em vista de um ato social, mas de um louvor a Deus em ação de graças! Temos muito caminho a percorrer!
O SÃO PAULO - E no que se refere às celebrações ecumênicas? O que é mais importante? Dom Francisco - Às vezes, nas celebrações ecumênicas assistimos a uma grande “confusão”! Cada ministro ou representante de outras experiências religiosas fala o que quer, procura convencer os participantes na base do grito, enfim procura palanque! Ao invés de ser uma celebração, pode tornar-se uma exibição do que de melhor uma Igreja ou um pregador tem para apresentar! Poucas vezes assisti a uma celebração ecumênica preparada com antecedência, escolhendo leituras bíblicas, cânticos ou textos de diferentes tra-
Dom Francisco – Infelizmente, pode surgir entre as Igrejas uma espécie de queda de braço para ver quem é a mais forte! Neste sentido o ecumenismo não é visto com bons olhos! Hoje a perda de fiéis é notada, sobretudo, na Igreja Católica e nas Igrejas Evangélicas Históricas. Estamos diante de um fenômeno que é objeto de estudos e de sérias reflexões de natureza sócio religiosa. Não creio que a perda de fiéis influencie de forma determinante a atitude ecumênica de bispos e padres. A preocupação é outra: como apresentar uma Igreja acolhedora e misericordiosa aos fiéis? Como humanizar as relações dentro da nossa Igreja? Como formar padres e bispos com coração de pastor e que assumam, de fato, a vida do rebanho que lhe é confiado? Como colocar no coração dos fiéis, a partir dos pastores, a busca da santidade como exigência do Batismo que todos recebemos? Aí, a Igreja receberá a adesão dos fiéis não pelo proselitismo, mas como dizia o papa Bento XVI, por atração e quem entrar numa Igreja assim não vai querer mais sair porque se encontrou com o Senhor vivo, presente e atuante na comunidade cristã! O SÃO PAULO - Como é possível conjugar diálogo e identidade? Dom Francisco - Ninguém dialoga diante do espelho! É necessário preservar a identidade para poder dialogar, assim como é necessário abrir-se a um interlocutor! O diálogo só é possível entre pessoas, culturas e tradições diferentes em que cada uma oferece a sua identidade, sem perdê-la, para enriquecer a vida, a visão e os valores da outra e vice-versa! Falando do diálogo ecumênico na Exortação Apostólica sobre a Alegria do Evangelho, papa Francisco afirma: “Devemos sempre lembrar-nos de que somos peregrinos e peregrinamos juntos. Para isso, devemos abrir o coração ao companheiro de estrada, sem medo nem desconfianças, e olhar primariamente para o que procuramos: a paz no rosto do único Deus. O abrir-se ao outro tem algo de artesanal, a paz é artesanal... Sob esta luz, o ecumenismo é uma contribuição para a unidade da família humana” (EG 244 e 245).
Não creio que a perda de fiéis influencie a atitude ecumênica. A preocupação é outra: como apresentar uma Igreja acolhedora e misericordiosa aos fiéis? Como humanizar as relações dentro da nossa Igreja?
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Pausar, silenciar, escutar; depois #postar #curtir #compartilhar O comportamento dos usuários e a promoção da “cultura do encontro” nas redes sociais e no ambiente virtual Edcarlos Bispo
redação
“É ilusão pensar que as redes sociais vão substituir a convivência entre as pessoas. Somos humanos, temos necessidades humanas. Claro, há quem prefira o bate papo virtual por suas facilidades e comodismo. Mas, na verdade, todos os artefatos virtuais não podem oferecer o que nos faz bem, seja um abraço, o carinho, o olhar e o cuidado que necessitamos. O encontro afetivo e efetivo ocorre no contato e na convivência humana. As redes sociais podem motivar para os encontros, intensificar a presença. Tudo que excede a essa regra são apenas motivações ou deveriam de ser, para que as pessoas se encontrem mais.” Essa é a opinião que Paulo Giraldi, jornalista, mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Estadual Paulista (Unesp/Bauru), especialista em Linguística e Educação e aluno do doutorado em Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), apresentou, em entrevista ao O SÃO PAULO, sobre o uso das redes sociais. O jornalista será um dos palestrantes do 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação, em julho, na cidade de Aparecida (SP), que tem como tema: “Comunicação, desafios e possibilidades para evangelizar na era da cultura digital”. A temática da “cultura digital” está presente na mensagem do papa Francisco para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais, “Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro”, celebrado no domingo 1º de junho, solenidade de Ascensão do Senhor. Sobre a mensagem do Pontífice para o Dia das Comunicações, Paulo destacou que “a comunicação para a cultura do encontro é passo necessário diante dos avanços das tecnologias digitais da informação e da comunicação, porém trata-se de um grande desafio quando aplicada para a convivência humana. O Papa deixa claro que essa nova cultura do encontro ultrapassa a condição teórica ou método de estudo, é algo prático que requer disposição de ir ao encontro do outro, é verdadeira atitude de acolhida, escuta, disposição para amar”. “Aposto nas possibilidades que o virtual pode oferecer a sociedade, independemente das redes sociais que são obsoletas e logo passam, são substituídas. O virtual não passa, pois é condição de vida. Somos movidos pela virtualidade que está em nós; uma força que motiva e anima. No atual contexto, as tais redes sociais podem motivar para que as pessoas se encontrem mais, se conheçam mais, se relacionem melhor. E, além disso, para que cada um de nós comece a se interessar mais pelo outro, por aquilo que ele é por suas diferenças e cultura.” Para Paulo, as pessoas de um modo geral, usuárias das redes sociais, ou não, precisam compreender que não são uma máquina, não funcionam como tal, por isso, quando fazem uso do computador e de suas ferramentas, devem comandar a máquina e não a máquina determinar o ritmo de suas atividades e de seu dia a dia. Hoje as redes sociais e o ambiente virtual colocam o usuário não mais como mero espectador e consumidor dos produtos da mídia, mas diante das novas realidades de comunicação, são “produtores e consumidores” de ideias, notícias e conteúdo. Com isso, a comunicação se torna mais instantânea e veloz, “aconteceu virou notícia”. Por isso, o
Papa pede que nesta rede haja mais momentos de “pausa, silêncio, escuta e calma”, para uma maior reflexão de tudo que é publicado, noticiado e compartilhado. “Não gosto de ‘demonizar’ as redes sociais atribuindo a elas a culpa pelos resultados ruins ou consequências do novo estilo da vida em sociedade motivada pelo consumo. Defendo a ideia do equilíbrio, ou seja, nossas atitudes e comportamentos e escolhas passam por nossa decisão. Eu não decido por você e nem você por mim. Ainda que você possa interferir na minha escolha, a resposta final cabe sempre a mim. Opiniões, ideias falsas, posturas descomprometidas com a ética e valores humanos, existem e sempre existirão com redes sociais ou sem elas.”
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O Divino pelas ruas da Freguesia do Ó Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
A 193ª Festa está sendo celebrada na zona norte da capital com atividades culturais que resgatam a tradição caipira Nayá Fernandes
Reportagem na zona norte
A pé, de carro, de ônibus ou a cavalo era possível ver a avenida Itaberaba, na zona norte, enfeitada com inúmeras bandeiras vermelhas, no domingo, 1º. O vermelho também estava nas roupas e fitas utilizadas pelas pessoas que iam e vinham da Paróquia Nossa Senhora do Ó. E a cor era ainda mais intensa nas vestimentas dos festeiros da 193ª Festa do Divino Espírito Santo. Nos dias que antecedem a celebração de Pentecostes, em todo o Brasil, se mantém uma tradição religiosa e cultural que envolve todas as gerações e cria momentos de alegria, dança, música e encontro, seja no interior ou na capital.
A convivência entre os “divineiros” na preparação da festa anual foi um dos aspectos mais citados pelos participantes, como enfatizou Maria Lúcia de Oliveira Lins, uma das paroquianas que trabalhou na preparação do evento. “A Festa do Divino está na tradição da minha família. Lá em casa, tudo é Divino EspíriLuciney Martins/O SÃO PAULO
to Santo e acredito que ele nos inspira sempre. Sou feliz porque hoje vivemos um momento bonito na nossa Paróquia”, contou Maria Lúcia. Este ano, aconteceu a primeira cavalgada do Divino, organizada pela Comitiva de Muares da Freguesia do Ó e, além do hasteamento do mastro da bandeira, as crianças também
carregaram o “mastrinho”, um mastro preparado para os pequenos. Maria Lúcia explicou que o “mastrinho” é uma maneira de incentivar as crianças a se interessarem por uma festa que já faz parte da vida do bairro. Após o levantamento do mastro, o “mastrinho” das crianças foi colocado
na porta da igreja e só então começou a Celebração Eucarística. Enoc José de Freitas nasceu em Pindamonhangaba (SP) é o fundador e atual presidente da Comitiva de Muares. Ele foi responsável pela cavalgada. “Cada um de nós representa 500 mil pessoas, e acreditamos que é importante mostrar para as pessoas da cidade que existe um modo diferente de ser, um modo caipira. Tenho muito orgulho e paixão por isso”, disse. A Festa do Divino tem alguns personagens que recebem tarefas específicas como o Imperador, responsável pela organização geral da festa e pelo Império do Divino, o Alferes da Bandeira e o Capitão do Mastro. Carlos Antônio de Aguiar foi, pela primeira vez, o imperador, e participou com a esposa, os filhos e os netos da celebração. Além do hasteamento do mastro da bandeira que aconteceu no Largo da Matriz, houve a novena e no domingo, 8, o encerramento da Festa se dará com missa às 18h, seguida da Procissão Luminosa, do sorteio dos festeiros do próximo ano, e da visitação ao Império do Divino”.
Igreja: comunidade de comunicadores Padre Michelino Roberto
Redação
O Dia Mundial das Comunicações Sociais foi celebrada com uma missa, presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, na Catedral da Sé, no domingo, dia 1º. Concelebraram a Santa Missa o cônego Antônio Aparecido Pereira, vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação, padre José Renato Ferreira, diretor da rádio 9 “Comunicação verdadeira é aquela que promove o encontro entre as pessoas no bem” de Julho, padre Michelino Ro-
berto, diretor do jornal O SÃO PAULO, entre outros. A missa contou ainda com a participação de profissionais e comunicadores que atuam nos meios de comunicação da Arquidiocese de São Paulo. Durante a homilia, após refletir sobre as leituras próprias da solenidade da Ascensão, dom Odilo acentuou o conteúdo da mensagem do papa Francisco para o Dia Mundial da Comunicação Social em que
o Santo Padre convida todos os profissionais da comunicação a promoverem a “cultura do encontro”. Ao final da missa, padre José Renato agradeceu o apoio dos mais de 4 mil “amigos da Rádio 9 de julho”, além dos ouvintes e anunciantes que, com seu apoio e doações, tornam possível a evangelização através da rádio. O cardeal Scherer lembrou que a Rádio 9 de Julho é a voz da Igreja na cidade de São Paulo.
principais trechos da homilia do Cardeal Scherer
“A Igreja, por sua própria natureza e missão, é comunicadora. Seguindo o mandamento de Cristo, “ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (Mt 28, 19-20), ela existe para comunicar. Nesse sentido, a Igreja é uma comunidade comunicadora do Evangelho, em que todos os batizados são chamados a serem comunicadores da Boa Nova, transmitida na vida da família, no âmbito do trabalho e da sociedade humana em geral”.
“Hoje, de modo particular, olhamos para os profissionais da comunicação que, como ensina o papa Francisco, devem promover o encontro entre a pessoas e das pessoas com Deus. Que os meios de comunicação não façam o contrário disso. E fazer o contrário disso é promover a briga, é promover a discórdia, a calúnia, a discriminação, a humilhação, a violência e a guerra. Que os meios de comunicação nunca sejam usados para esses fins. A comunicação verdadeira é aquela que promove o encontro entre as pessoas no bem” .
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Solidariedade entre dioceses ajuda na formação de seminaristas Em 2013, 45 dioceses e 274 seminaristas são beneficiados em seus estudos com o auxílio deste fundo, o valor arrecadado superou os 10 milhões Luciney Martins/O SÃO PAULO
Edcarlos Bispo
redação
“Quando fiz esse levantamento, encontrei uma diocese que passou sete anos sem por um jovem no seminário, pois não tinha como pagar os estudos da filosofia e da teologia”, afirmou o bispo de Parnaíba (PI) e coordenador da Comissão “Comunhão e Partilha”, dom Alfredo Schaffler. O levantamento ao qual o bispo se refere é o do projeto “Comunhão e Partilha”, criado em 2012, durante a 50º Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. O projeto prevê que cada diocese contribuirá com 1 % de suas receitas para formação deste fundo nacional comum para ajuda às dioceses com dificuldades. Durante a coletiva de imprensa da Assembleia deste ano, o Bispo apresentou os resultados do projeto em 2013,
Meses Total Repasse Janeiro 242.679,99 **** Fevereiro 249.243,13 **** Março 254.658,49 **** Abril 259.597,51 262.725,00 Maio 252.200,07 262.725,00 Junho 256.952,67 262.725,00 Julho 259.209,22 262.725,00 Agosto 267.088,51 262.725,00 Setembro 255.176,96 262.725,00 Outubro 204.204,83 262.725,00 Novembro 264.219,65 256.284,00 Dezembro 256.322,53 256.284,00 Total Geral 3.021.580,62 2.351.643,00 Saldo p/ 2014 669.937,62
no momento, 45 dioceses e 274 seminaristas são beneficiados em seus estudos com o auxílio deste fundo. No ano passado fo-
ram arrecadados pouco mais de 3 milhões de reais, repassados às dioceses distinguindo-se 2 grupos: com arrecadação menor
Na Sé, fiéis rezam diante da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima Luciney Martins/O SÃO PAULO
Diego Monteiro
Especial para O SÃO PAULO
Encerrando o mês dedicado a Maria, e no dia em que a Igreja celebra a festa litúrgica da visita de Nossa Senhora a sua prima Isabel, 31 de maio, centenas de fiéis foram à Catedral da Sé para acolher a imagem peregrina de Nossa de Fátima, que veio visitar a Igreja Mãe de São Paulo. A oração e penitência que Nossa Senhora pediu quando apareceu em Fátima - Portugal - em 1917, aos três pastorinhos (Lúcia, Francisco e Jacinta) foi constantemente atendida pelos fiéis na Catedral, que meditaram, louvaram e rezaram o terço durante todo o sábado. Às 12h, dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar de São Paulo, presidiu a missa. O cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, presidiu a celebração das 15h, destacando o reconhecimento que os apóstolos, desde o início, conforme as escrituras, tiveram por Maria. Ele falou sobre a relação estreita de Maria com Deus. “Nós nos alegramos em tê-la ao nosso meio. Onde está Maria, Deus também está. Maria não está longe de Deus. Pelo contrário, ela está sempre perto de Deus. Por tanto, se estamos perto de Maria estamos perto de Deus”. Dom Odilo ressaltou que Maria “enche de Deus a casa de Isabel e Zacarias ao visitá-los”. E, ao cantar o Magnificat (A minha alma engrandece o Senhor, e o
meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador... - Lc 1,39-56), ela canta as glórias de Deus, reconhecendo as maravilhas que o Salvador fez para ela. Segundo o Arcebispo, a humildade de Maria serve como exemplo a todos. “Humildade não é esconder os dons de Deus. É colocá-los em evidência para que todos reconheçam, louvem a Deus e o ame por causa da sua grandeza”.
muitos bispos disseram o que este gesto representa. Falaram que se não fosse essa solidariedade não teriam condições de manter os candidatos no seminário”, afirmou dom Schaffler. O bispo avalia que a partilha entre as dioceses é um gesto que dá “credibilidade na luta contra a desigualdade que está presente na sociedade. É uma prova de que somos capazes de mudar esta situação”. Para o bispo, este projeto é uma concretização da proposta de comunhão e solidariedade, prevista na Constituição Dogmática Lumem Gentium, do Concílio Vaticano II. “A desigualdade social que existe em nosso País, e que gera essa divisão no mundo em que vivemos, não para na porta de nossas igrejas. Mas com este fundo de que 10 mil reais e com arreca- solidariedade temos ajudado as dação menor que 20 mil reais, dioceses que têm uma situação mensais. econômica precária”, explicou “Apresentamos as contas e o coordenador da Comissão.
Anchieta é homenageado na Assembleia Legislativa Assembleia Legislativa de São Paulo
Diego Monteiro
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Ao recordar aspectos relevantes da vida missionária de Anchieta e dos demais jesuítas no Brasil, o cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, demonstrou na segundafeira, 26, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ser a favor da revisão das versões oficias da história. “Preconceitos históricos cristalizados e que precisam ser questionados para repor a verdade histórica em relação a Anchieta e a outros jesuítas que, de alguma forma, recebem a pecha de terem perseguido, escravizado e matado indígenas, quando tudo foi ao contrário. Eles defenderam os indígenas, protegendo-os contra a escravização dos projetos colonizadores, ajudando-os a preservar a sua cultura, em vez de destruí-la”. A sessão solene em homenagem a São José de Anchieta, proclamado santo pelo papa Francisco em 3 de abril, foi uma iniciativa do deputado Adriano Diogo, e contou com as presenças de religiosos e parlamentares. Padre Carlos Contiere, sj, diretor do Pátio do Colégio, destacou que Anchieta foi um homem da cidade e para a cidade e que sempre se preocupou com as pessoas. E foi, também, um ícone de resistência, pois quando veio para o Brasil não havia
esperança na recuperação do problema que tinha na perna. “Estando aqui, se ele não foi curado dos males do corpo, ele teve a fortaleza do espírito, por que, ao escrever aos seus amigos de Coimbra, companheiros do seu noviciado, Ele dizia que nestas terras (Brasil), como não tinha os mimos de Portugal e os trabalhos e desafios aqui eram tantos, não se lembrava do mal que lhe acometia e, às vezes, o impedia de caminhar”. Segundo dom Odilo, o papa Francisco, ao canonizar São José de Anchieta, realizou um anseio da comunidade católica brasileira, que, há muito tempo, vinha acalentando a esperança de ver reconhecidos os méritos e a santidade do Apóstolo do Brasil, que entregou a sua vida como missionário e homem de Deus ao povo brasileiro, realizando uma obra admirável de evangelização, educação e pacificação.
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dicas de cultura
literatura
Obras de Picasso, Dalí e Goya sobre touradas estão em exposição na FAAP
Coleção ‘Feito para mim’ ensina a lidar com sentimentos do dia a dia
Você sabia que o espetáculo das touradas já inspirou artistas plásticos de todo o mundo? Se não sabia, agora vai poder ver de perto. Pinturas de Picasso, Salvador Dalí e Goya integram a exposição “Tauromaquia”, que segue até 22 de junho na FAAP, podendo ser visitada de terça a
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sexta-feira, das 10h às 21h, e aos torno do tema, tão intrinsecasábados, domingos e feriados, mente ligado à cultura Ibérica. das 13h às 18h. A entrada é livre. A mostra reúne diversas obras Ficha Técnica e séries que totalizam 300 imaQUE: Tauromaquia gens, entre desenhos originais e O até 22 de junho, de terças gravuras das mais importantes QUANDO: a sexta-feira, das 10h às 21h, e aos personalidades da arte. sábados, domingos e feriados, das Os artistas evidenciaram o 13h às 18h. Gratuito fascínio pelo universo da cor- QUANTO: ONDE: FAAP (rua Alagoas, 903, rida de touros e desenvolve- Higienópolis, zona oeste). ram trabalho consistente em
A Paulus Editora apresenta novidades ao público infanto-juvenil. São quatro livros: “É triste quando alguém morre” (um livro sobre o pesar); “Como ser amigo” (um livro sobre a amizade); “Às vezes eu tenho medo” (um livro sobre o medo); e “Sentir-se furioso” (um livro sobre a raiva). Os temas abordados atraem não só crianças e adolescentes, mas também adultos que, de alguma forma, precisam lidar com essas situações e não sabem como. Além disso, a coleção ‘Feito pra mim’ tem alguns diferenciais: as ricas imagens dialogam com as crianças, e geram identificação. Aliadas a frases curtas, as imagens, ricamente ilustradas por Anne Fitz Gerald, são recursos utilizados pelos autores para incentivar a leitura. Em “É triste quando alguém morre”, o autor, Linus Mundy, oferece dicas práticas para ajudar os pequenos leitores a entender seus sentimentos de tristeza e reafirmar, de alguma maneira, que as coisas boas voltarão. “Como ser amigo”, de Molly Wigand, apresenta às crianças os valores que ajudam a construir boas amizades: lealdade, verdade e honestidade, e como as crianças
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podem se tornar boas amigas umas das outras. A autora Michaelene Mundy, na obra “Às vezes eu tenho medo”, ajuda os jovens leitores a compreender o que significa ter medo e como encontrar coragem e apoio dos amigos e das pessoas que amam. Por último, em “Sentir-se furioso”, a autora, Molly Wigand, ajuda a criança a entender, aceitar e expressar sua raiva de maneira saudável. Ficha Técnica Título: “É triste quando alguém morre”; “Como ser amigo”; “Às vezes eu tenho medo”; “Sentir-se furioso”. Autores: Linus Mundy, Molly Wigand, Michaelene Mundy Coleção: Feito pra mim. Páginas: 32 Área de interesse: infanto-juvenil
vamos cuidar da saúde!
direito do consumidor
Um exame às vésperas do parto
Pensão alimentícia: possibilidade de alterar o valor
Todos sabemos da importância de realizar um bom pré- natal. Mas quero chamar a atenção para um exame em particular: a pesquisa de estreptococo beta hemolítico. Esse exame é realizado no 9º mês de gravidez, entre 35 e 37 semanas de gestação, por meio de cultura de secreção vaginal e anal. Ao detectar essa bactéria, o resultado deve ser anexado ao cartão da gestante para que no início do trabalho de parto
seja administrada a medicação para minimizar os riscos do recém-nascido de desenvolver pneumonias, meningites e bacteriemias. O bebê se contamina por meio da aspiração do liquido amniótico ou mesmo pela passagem pelo canal do parto. Então, se quer que seu bebê tenha alta junto com você, sem complicações, faça todos os exames que seu médico solicitar. Assim ele poderá diagnosticar e tratar precocemente qualquer alteração que aparecer. Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família
A pensão alimentícia pode ser revista a qualquer momento, dependendo da situação em que se encontra uma das partes. Certifique-se, vendo o que dispõe a Lei nº 5.478/68, em seu artigo 15: “A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos interessados”. Saiba dos seus direitos. Procure um advogado. Ronald Queane é advogado
O SÃO PAULO: UMA EQUIPE TRABALHANDO POR VOCÊ
JOÃO CARLOS GO MES
Desde a Campanha da Fraternidade de 1989, que tratou da “Comunicação para a Verdade e a Paz”, o jornalista João Carlos Gomes, 48, escreve textos para O SÃO PAULO, algo que faz de maneira permanente desde 1996, como colaborador de comunicação na Região Belém. “Espero sempre que as experiências mencionadas em matérias sirvam de inspiração para o leitor, tanto para suas práticas religiosas quanto para sua vivencia em comunidades e na sociedade”. Para ele, colaborar com o Seminário Arquidiocesano é uma oportunidade de transmitir a Boa Nova e “dar voz a quem geralmente é esquecido pelos grandes meios de comunicação”.
S RENATA MORAE
Engajada na Pastoral da Comunicação da Brasilândia, a jornalista Renata Moraes, 32, é colaboradora do O SÃO PAULO desde maio de 2013. “Ser colaboradora regional é uma grande responsabilidade e, ao mesmo tempo, um grande prazer, pois, por meio desse espaço, podemos contar um pouco das nossas realidades, e evangelizar e anunciar Jesus Cristo a todos”. Sobre os textos que produz para o jornal, Renata tem uma expectativa: “que nossas reportagens e matérias possam ajudar nas formações pastorais e na formação de opinião sobre os mais diversos temas que retratamos em nosso Semanário Arquidiocesano”.
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copa do mundo
Tour do troféu Fifa World Cup é acompanhado por milhares de pessoas em SP; relação entre esporte mais popular do planeta e a Igreja também está em exposição
Futebol
Uma paixão mundial
seleções, escreverão a história da 20ª Copa do Mundo de Futebol. Na sexta-feira, 30, a reportagem do O SÃO PAULO visitou duas A partir de 12 de junho, 736 jogadores, de 32 exposições que recordam os Mundiais e a paiDaniel Gomes
Reportagem no centro e na zona leste
A ‘tabelinha’ da Igreja com o futebol “Você sabia o papa João Paulo II foi goleiro?” A indagação foi feita à reportagem por dom João Baptista (foto), monge beneditino que organiza a exposição “Copa do Mundo: A Igreja e o Mundo do Esporte”, no Mosteiro de São Bento, ao apontar para a foto do Pontífice junto aos jogadores do MSK Cracovia SSA, time da Polônia, em que o Papa atuou na juventude. Ao longo da exposição, o visitante encontra painéis com testemunhos de fé de jogadores e dirigentes, discursos dos papas sobre a Copa e outras competições, fotos de padres e religiosas jogando futebol, além de uma maquete da Arena Corinthians, uma réplica em gesso do troféu Fifa World Cup, e outros objetos, como a faixa de campeão paulista da Associação Atlética São Bento, de 1914, no time em que jogou Sylvio Lagreca, que naquele ano se tornaria o primeiro técnico da seleção brasileira. “A Igreja está presente no futebol desde o início. Já na Inglaterra, os colégios católicos introduziram esse esporte como uma das atividades e aqui no Brasil os padres Jesuítas, quando estavam em Itu, tinham o futebol como atividade física antes mesmo da chegada de Charles Miller, que é considerado como quem trouxe o futebol ao País”, comentou o Monge. De acordo com dom João, na exposição é possível descobrir outras curiosidades, como o fato de que da pedreira do Vicente Matheus (ex-presidente do Corinthians), na zona leste, vieram algumas
Luciney Martins/O SÃO PAULO
pedras usadas na fachada do Mosteiro de São Bento e da Catedral da Sé e hoje sobre esta pedreira está erguida parte da Arena Corinthians; e que alguns clubes, como no Vasco da Gama, oferecem formação de Catequese para jogadores das categorias de base. “Essa exposição é uma maneira de acolher e mostrar nosso trabalho pastoral. É uma evangelização, que mostra que Deus está presente também no futebol. O esporte traz a mensagem de fraternidade, de união e devemos utilizar essa mensagem mais fortemente”, avaliou dom João. A Exposição segue até 20 de julho, no Mosteiro de São Bento, com visitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h; e aos sábados, das 8h às 12h. Informações em (11) 3228-8799. (DG)
xão pelo futebol: o Tour da Taça da Copa, em Itaquera, e a exposição “Copa do Mundo: A Igreja e o Mundo do Esporte”, no Mosteiro de São Bento.
Em São Paulo, a taça mais cobiçada do mundo “Ah, quando ele tiver 18 anos, vai me agradecer pelo resto da vida por ter visto a taça da Copa e olhe lá se com essa idade ele já não estiver na seleção”. Fagner Macedo, 27, estava sorridente após a foto ao lado do troféu Fifa World Cup, a Taça do Mundo, junto à esposa, Clarissa Fernandes, 18, e o pequeno Cauã, de 5 meses. Assim como essa família (foto), milhares de pessoas foram ao Tour da Taça da Copa do Mundo, entre 29 de maio e 1º de junho, promovido em um shopping center, em Itaquera, na zona leste, pela empresa Coca-Cola, patrocinadora do Mundial de Futebol, que encerrou a viagem da taça por 90 países, desde setembro de 2013. No Brasil, mais de 450 mil pessoas tiraram foto ao lado do troféu, em 27 cidades, ao longo de 41 dias. “Meu maior sonho era ver a taça da Copa, por isso eu vim aqui, consegui! Estou muito feliz, pois só tinha visto pela tevê, nunca imaginei
que a taça viria para cá”, comentou, ao O SÃO PAULO, Cristiane da Silva, 19, que foi ao tour com a filha, Raysa, de dois meses de vida. Antes da foto ao lado da taça, os visitantes foram conduzidos por um túnel com projeções de imagens, passaram por uma sala de jogos, viram as bolas de todas as copas desde 1970, assistiram a vídeos sobre a história dos Mundiais e ingressaram em um corredor que simulava os corações pulsantes dos torcedores. “Eu nunca imaginei ver o troféu de perto. Foi um prazer. Se Deus quiser, o Brasil vai erguer essa taça”, disse, confiante, Antônio Antenor Martins, 75. A próxima aparição do troféu Fifa World Cup será no estádio do Maracanã, em 13 de julho, na final da Copa, quando a taça de 36,8 centímetros de altura, feita com 6,175 quilos de ouro maciço 18 quilates, será erguida pelo capitão da seleção campeã. (DG) Luciney Martins/O SÃO PAULO
A conquista do penta em uma campanha perfeita – 2002 Realizada simultaneamente na Coreia do Sul e no Japão, a Copa de 2002 foi a primeira disputada na Ásia e terminou com o surpreendente pentacampeonato do Brasil. A seleção, comandada por Felipão, chegou ao mundial desacreditada pela campanha irregular nas eliminatórias e a eliminação precoce na Copa América de 2001. O título foi alcançado após sete vitórias, a última na decisão contra a Alemanha, com dois gols de Ronaldo, que ao ser convocado para a Copa ainda se recuperava de uma grave lesão no joelho esquerdo.
Outras exposições sobre a Copa em SP “Bolas históricas da Copa do Mundo” Mostra de 12 réplicas das últimas bolas utilizadas nos Mundiais, com destaque para uma versão gigante da Brazuca, a bola da Copa de 2014. Serviço: até 13 de julho, no Shopping Ibirapuera (avenida Ibirapuera, 3.103, Moema), diariamente, das 10h às 22h. “Futebol Ilustrado” Apresenta ilustrações de Maurício Rito sobre as camisas usadas pelas seleções que venceram as Copas ao longo da história. Serviço: até 30 de junho, no Shopping SP Market (avenida das Nações Unidas, 22.540, Jurubatuba), de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h. “Camisas históricas das seleções” Cerca de 20 camisas usadas pelas seleções ao longo das Copas estão em exposição. Serviço: até 14 de junho, no Centro Cultural da Juventude (avenida Deputado Emílio Carlos, 3.641, na Cachoeirinha), de terça a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 10h às 18h).
Seleção faz primeiro amistoso com os convocados da Copa Da Redação
O primeiro teste da seleção brasileira antes da estreia na Copa, será nesta terça-feira, 3, em jogo amistoso contra o Panamá, em
Goiânia, às 16h. Para a partida, o técnico Luiz Felipe Scolari poupará o zagueiro Thiago Silva e o volante Paulinho, possíveis titulares na Copa. Eles serão substituídos por Dante e Ramires. O Brasil fará
outro amistoso na sexta-feira, 6, às de seus 23 convocados. A princi16h, contra a Sérvia, no Morumbi. pal surpresa foi o corte de Falcão Garcia, atacante da Colômbia, Listas finais que não se recuperou de uma Na segunda-feira, 2, as seleções lesão no joelho sofrida no coentregaram à Fifa a relação final meço do ano. Na Itália, o meio-
-campista Montolivo não jogará a Copa, por conta de uma fratura que sofreu em jogo contra a Irlanda, no último sábado. O brasileiro Rômulo também foi cortado pelo técnico Cesare Prandelli. (DG)
18 | Região Brasilândia |
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Bênção das Famílias abre Trezena de Santo Antônio A missa foi presidida pelo cardeal Scherer, na paróquia que completa 60 anos de fundação
A Paróquia teve seu altar e Igre- apresenta a sede matriz na rua Para- São João Batista, Santa Izabel e Sa- a importância desta paróquia em ja dedicados em 2012, em seus 60 puã e mais quatro comunidades em grado Coração de Jesus. completar 60 anos de evangelização anos de fundação. Em sua estrutura seu entorno: Nossa Senhora da Paz, Na homilia, o cardeal destacou e ação pastoral no bairro da Brasilândia, juntamente com outras 24 Renata Moraes paróquias da Arquidiocese de São Paulo, que em 2014 também celebram seu jubileu de fundação. No domingo da Ascensão do Senhor, dom Odilo também exortou os fiéis sobre a presença de Jesus Cristo, aquele que caminha com seu Renata Moraes povo, que elevado aos céus continua Colaboradora de Comunicação da Região ajudando e preparando o caminho, Na noite do docom a presença do Espírito Santo. mingo, 1º de junho, Ao final de celebração, motia Paróquia Santo vados pelo pároco padre Marcos Antônio, do setor BRASILÂNDIA Câmara, o povo foi convidado a se Nova Esperança, juntar próximo aos seus familiares, na Vila Brasilâne abraçados em pequenos grupos de dia, deu início a trepais, mães e filhos, as famílias foram zena 2014 em honra ao padroeiro. E Paroquianos e fiéis festejam os 60 anos de fundação da Paróquia Santo Antônio na Vila Brasilândia aspergidas e receberam a benção. iniciou também as comemorações de seu jubileu de diamante, 60 anos palavra do bispo de criação. A missa foi presidida pelo cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e concelebrada pelos auxiliar da padres Marcos Antônio Câmara e Bispo além de enveredarem pelo cami- ja’ e a perseverar na oração” (CIC sua vida de fé e na participação Arquidiocese na Elisandro Fiametti, pároco e vigário Região Brasilândia nho da oração deixaram pelos n. 2685); o testemunho dos mi- comunitária porque não foram paroquial respectivamente. seus escritos, um legado à Igreja nistros ordenados: “Servidores do “introduzidos” na vida de oração. Com o tema da Trezena “ Paque a anima, a perseverar na ora- Bom Pastor, ele são ordenados para Se, para muitos, falta uma formaDom Milton róquia Santo Antônio celebrando e ção e a recorrer à sua intercessão. guiar o povo de Deus às fontes vi- ção mais consistente na fé, é maior Kenan Júnior anunciando Jesus Cristo há 60 anos Diz o Catecismo: “Contemplam a vas da oração: a Palavra de Deus, a a carência no que diz respeito à com os dons do Espírito Santo”, a Deus, o louvam e não deixam de liturgia, a vida teologal, o ‘hoje’ de oração. Apresentamos muitas venoite de abertura teve a benção es- Há uma questão que não me deixa velar por aqueles que deixaram Deus nas situações concretas”(CIC zes as verdades do Evangelho, o pecial para todas as famílias. de incomodar: é de fato importan- na terra. Entrando ‘na alegria’ do n. 2686); e, o exemplo dos reli- conteúdo da fé, sem nos preocuA Paróquia que nasceu em 29 te para nós, levar as pessoas à vida mestre, eles foram postos ‘sobre giosos: “a vida consagrada não se par em ajudar a fazer disso elede maio de 1954, no bairro da Bra- de oração, capaz de sustentar seu muitos’” (CIC 2683). mantém e não se propaga sem a mento para o relacionamento com silândia, teve como grande incenti- compromisso pastoral e a animação Santos e santas, como é o caso oração, esta é uma das fontes vivas Deus e a união com Ele! vador da obra, o monsenhor Vitori- das muitas realidades eclesiais, nos de São Bento, São Francisco e da contemplação e da vida espirituOxalá nos convencêssemos que no Gandra Mendes, que na época mais diversos ambientes do mun- Santa Clara, Santa Teresa de Jesus al da Igreja” (CIC n. 2687). nas nossas iniciativas pastorais, nos era pároco da Paróquia de Santo do? Investimos o suficiente para e São João da Cruz, Santo Inácio, Grande importância, neste programas de formação em nossas Antônio, do bairro do Limão, e por que em nossas comunidades, as estão na origem de escolas de es- sentido, tem a catequese das crian- comunidades, além da atenção que isso a escolha do mesmo santo pa- pessoas aprendam e aprofundem o piritualidade, onde o carisma pes- ças, dos jovens e adultos quando é dada à Palavra, aos Sacramentos, droeiro das duas paróquias. A co- seu relacionamento com Deus, por soal de uma testemunha do amor procura “fazer com que a Palavra à Doutrina Social da Igreja; devemunidade nos seus primeiros anos uma vida de oração consistente e de Deus pelos homens vai sendo de Deus seja meditada na oração mos também nos ocupar e dedicar também teve o cuidado e apoio das profunda? Estamos convencidos de transmitido como o “espírito” de pessoal, atualizada na oração li- tempo e esforço para ajudar as pesirmãs Filipinas. que só sustentados pela oração, so- Elias a Eliseu e a João Batista; túrgica e interiorizada em todo soas a cultivar a vida de oração, de mos capazes de irradiar pelo mundo tornando-se “guias indispensáveis tempo, a fim de produzir seu fruto intimidade com Deus! a alegria do Evangelho? para os fiéis, refletindo em sua rica numa vida nova” (CIC n. 2688). A rica tradição da Igreja, o agenda regional Na vida da Igreja o testemunho diversidade, a pura e única luz do E, por fim, os grupos de oração testemunho dos santos e santas Domingo (8), 18h dos santos, creio eu, deve nos con- Espírito Santo” (CIC n. 2684). e as “escolas de oração” tornarem- de todos os tempos, as escolas de Missa da Solenidade de vencer de que somente alicerçados Mas além do testemunho dos -se “um dos sinais e estímulos da espiritualidade, o patrimônio de Pentecostes e encerramento da numa profunda vida de oração, santos, quem exerce uma missão renovação da oração na Igreja, con- ordens e congregações religiosas, Festa do Divino Espírito Santo, somos capazes de superar os obstá- importante no despertar e formar tanto que se beba nas fontes autênti- estão sempre à nossa disposição e, na Paróquia Nossa Senhora da culos sejam pessoais como dos am- para a vida de oração, são as fa- cas da oração cristã” (CIC n. 2689). podem servir de luz para o nosso Expectação (largo da Matriz bientes, num testemunho eloquente mílias. A família “ela é ‘a Igreja Deveríamos considerar o fato esforço em ajudar as novas gerade Nossa Senhora do Ó, s/ do Evangelho! doméstica’, na qual os filhos de de que muitos jovens e, mesmo ções a saciar a sua fome e sede de nº - Freguesia do Ó). Outras Muitos deles (santos e santas) Deus aprendem a orar ‘como Igre- adultos, hoje, não perseveram na Deus! informações (11) 3932-1702.
Investir na oração
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| Região Belém | 19
Paróquia São Pio X e Santa Luzia celebra jubileu Missa em ação de graças encerrou as comemorações dos 60 anos da igreja e de evangelização no bairro Vila Leme João Carlos Gomes
Colaborador de comunicação da Região
Numa celebração que reuniu cerca de 300 fiéis bELÉM na Paróquia São Pio X e Santa Luzia comemorou no domingo, 1º, seu 60º aniversário. A missa foi presidida pelo cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelo atual pároco, padre Ivan Roberto Danhoni, e padres que passaram pela administração da paróquia, além de padres do Setor Guarani, ao qual a Paróquia pertence. Na celebração foram lembrados os nomes dos párocos que administraram a Paróquia desde 1954, quando padre Pio Sandri a assumiu, de 30/5/1954 a 9/10/1955, passando pelos padres Pascoal Benjamin Lorenzati, até 12/2/1956, padre José Ricardo da Silva, até 21/1/2001, padre Marcelo Álvares Mathias Monge, até 23/07/2007 e padre Leandro José Leme Duarte até 14/9/2012.
Evangelização no bairro
Ainda que esteja à frente da Paróquia apenas há pouco menos de dois anos, padre Ivan se alegra em poder fazer parte de sua agenda regional
Sexta-feira (6), 20h Encontro com as Lideranças do RCC, na Paróquia São Benedito da Vitórias (praça Nossa Senhora das Vitórias, 137, Vila Formosa).
Sábado (7) Encontro de formação para Catequistas do Crisma no Centro Pastoral São José (avenida Álvaro Ramos, 366, Belém).
Segunda-feira (9), 19h30 Missa na Comunidade São José de Anchieta da Paróquia Santa Adélia, presidida por dom Odilo Pedro Scherer (rua Fernandes Tourinho, 182, Jardim Vera Cruz).
Quarta-feira (11), 8h30 Reunião do Clero da Região Episcopal Belém no Centro Pastoral São José (avenida Álvaro Ramos, 366, Belém).
João Carlos Gomes
história. “Participar desta festa significa relembrar o esforço de um povo que esteve aqui e criou uma comunidade para evangelizar este bairro”, disse. “É uma alegria para todos sabermos que somos um ponto onde se pode encontrar a comunhão e o amor de Deus que se vê presente em cada pessoa”. Dom Odilo valorizou a presença dos padres, religiosos e fiéis que participaram da história da Paróquia, mas ressaltou, sobretudo, a presença das crianças da Catequese na missa. “Fico muito feliz ao ver este bom grupo de crianças presentes na celebração; elas são os 60 anos que estão por vir. Vocês são o futuro da Igreja: firmes em seus testemunhos, serão os responsáveis pela transmissão da fé”, Missa de ação de graças pelo jubileu de Diamante, presidida por dom Odilo, reúne cerca de 300 pessoas, no dia 1º afirmou.
Cáritas Núcleo Belém divulga andamento de seus projetos da região Episcopal
A fim de prestar contas das atividades realizadas, a Cáritas Regional vem atualizar informações, divulgar novos eventos e apresentar sua nova coordenação. Campanha de Apadrinha-
mento do Haiti - Missão Belém – Com o início de nova Campanha, obteve cerca de 60 novos apadrinhamentos de crianças. Bazar Cáritas – Nos dias 7 e 8 de junho será promovido um MEGABAZAR envolvendo todos os Núcleos Cáritas de São Paulo. Local:
Centro Pastoral São José (avenida Álvaro Ramos, 366, Belém).
Composição da Equipe de Coordenação do Núcleo Belém:
Coordenador: diácono Celso S. Acuña
Vice-coordenador: diácono Nelson C.M. Almeida Tesoureiro: Irineu Uebara Vice-tesoureiro: José Messias de Oliveira Secretária: Maria Aparecida Barão Acuña Vice-secretária: Maria Terezinha Uebara
palavra do bispo
Espiritualidade pascal: ‘Conviver na terra com as realidades do alto’ Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém
Dom Edmar Peron
A Ascensão do Jesus Cristo aos Céus, celebrada no domingo, nos ajuda admiravelmente a viver uma espiritualidade pascal. As orações do Missal Romano para essa missa nos dão maior clareza de nossa vocação à glória dos Céus: a ascensão do Filho é já vitória daqueles que nele são filhos e filhos, é a nossa vitória, e nos faz exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois participamos, na esperança, da glória dele (Oração do Dia); pela comunhão de dons entre o céu e a terra, colocando pão e vinho sobre o altar e recebendo o Pão da vida e o Cálice da salvação, nos elevamos, pela graça de Deus, até a nossa pátria definitiva, o Paraíso (Sobre as Oferendas); enfim, a Oração Depois da Comunhão bendiz a Deus que nos dá a graça de “conviver na
terra com as realidades do céu”. Isto é possível porque somos cada um dos membros do Corpo de Cristo. Encontramos aqui a compreensão teológica segundo a qual a Cabeça e o Corpo, Cristo e a Igreja, estão de tal forma unidos que a glorificação da Cabeça é já, em esperança, a glorificação dos membros de seu Corpo. A segunda leitura da Solenidade da Ascensão, Ef 1,17-23, fala justamente que Cristo, “Cabeça da Igreja, que é seu corpo” (vv. 22-23), passando pela realidade do mistério pascal de sua morte, sepultura e ressurreição, foi exaltado junto de Deus, “à sua direita nos céus” (v. 20). Essa leitura é um convite para tomarmos consciência da esperança à qual fomos chamados: a vida plena de comunhão com Deus, o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Cristo, pelo mistério de sua Encarnação, vindo à terra, assumiu a nossa carne; agora, pelo mistério de sua ressurreição e ascensão aos céus, a nossa natureza humana, entrou no Paraíso:
“Em comunhão com toda a Igreja, celebramos o dia santo em que o vosso Filho único elevou à glória da vossa direita a fragilidade de nossa carne” (Oração Eucarística I). Essa foi pregada por Santo Agostinho: “Assim como ele, Cristo subiu sem se afastar de nós, também nós subimos com ele, embora não se tenha ainda realizado em nosso corpo que nos será prometido. [...] Cristo está no céu, mas também está conosco; e nós, permanecendo na terra, estamos também com ele. [...] Isso não quer dizer que a dignidade da cabeça se confunde com a do corpo, mas que a unidade do corpo não se separa da cabeça” (Liturgia das Horas, Ofício de Leituras, Sermão da Ascensão do Senhor). Contudo, caminhamos ao encontro desta “esperança”, não sozinhos, e sim unidos aos irmãos e irmãs, reconhecendo que somos todos membros do único corpo de Cristo, a Igreja. Caminhamos, pois, àquele que subiu aos Céus nos fez continuadores de sua missão; foi isso que ouvi-
mos na primeira leitura (At 1,111) e no Evangelho (Mt 28,1620). Vivemos o tempo da Igreja, o tempo da Missão, o tempo de dar testemunho de Jesus Cristo e de seu Reino: “O Espírito Santo descerá sobre vocês, e dele receberão força para serem as minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os extremos da terra” (At 1,8), fazendo discípulos de Cristo “todos os povos” (Mt 28,19). “Convivemos na terra com as realidades do alto”. Podemos dizer que vivemos com a cabeça na esperança da glória e com os dois pés pisando o chão da história, a nossa e a de nossos irmãos sofredores. “Cristo – continuou Santo Agostinho no mesmo sermão – já foi elevado ao mais alto dos céus; contudo, continua sofrendo na terra através das tribulações que nós experimentamos como seus membros. Deus testemunho desta verdade quando se fez ouvir lá do céu: Saulo, Saulo, por que me persegues (At 9,4)? E ainda: Eu estava com fome e me destes de comer (Mt 25,35)”.
20 | Região Santana |
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Clero se reúne quatro dias em retiro em Atibaia Diácono Francisco Gonçalves/Pascom
Monsenhor Antonio Luiz Catalan pregou o tema “A espiritualidade presbiteral a partir do documento Prebisterorum ordinis” Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
Entre os dias 26 e 29 de maio, padres e diáconos na Região Epis- SANTANA copal Santana estiveram reunidos na Casa de Retiros Schoenstatt – Tabor, em Atibaia (SP), para encontro de espiritualidade. Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, participou de todos os momentos do retiro que teve pregação de monsenhor Antonio Luiz Catalan, membro da comissão doutrinal da CNBB. Catalan iniciou sua pregação falando sobre a santidade no ministério, citando São Paulo: “Dizei a Arquipo: ‘Considera atentamente o ministério que recebeste no Senhor, a fim de o desempenhares bem’” (Cl 4,17). O pregador tomando a Prebisterorum ordinis, número 13, que diz: “Os presbíteros atingem a santidade pelo próprio exercício de seu ministério, realizado sincera e infatigavelmente no espírito de Cristo”, procurou evidenciar que é necessário cultivar/cuidar do dom da vocação. Mencionando o cardeal Van Thuan, Catalan orientou que se agenda regional
Quinta-feira (5), 20h Celebração Ecumênica - Paróquia Santana (rua Voluntários da Pátria – 2060).
Sábado (7) Às 9h, reunião do CRP na Cúria Regional (avenida Mal. Eurico Gaspa Dutra,1877). Às 19h, Confirmação - Paróquia Santíssima Trindade (Praça Santíssima Trindade, 2).
Domingo (8) Às 10h, Confirmação - Paróquia Sagrado Coração de Jesus (rua Murilo Furtado, 686). Às 19h, Confirmação - Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Setor Santana (Parque Domingos Luís, 273).
Clero reunido para dias de espiritualidade com assessoria de monsenhor Antonio Luiz Catalan, da CNBB
deve “escolher Deus e não as obras de Deus. Esta é a base da vida cristã, em qualquer época. E é, ao mesmo tempo, a mais autêntica resposta ao mundo de hoje. É o caminho a fim de que
se atuem os desígnios do Pai para cada um de nós, para a Igreja e para a humanidade de nosso tempo”. “De fato, todo pastor julga que escolheu Deus. Todos se de-
dicam com grande generosidade às obras de Deus. Todavia, penso que devo sempre me examinar sinceramente diante de Deus: na minha vida pastoral, quanto é para ele e quanto é para as suas
obras (que na prática são geralmente as minhas obras)? Ao me negar deixar um encargo ou querer assumir outro, estou realmente desapegado ou não?”, escreveu o cardeal Van Thuan. No penúltimo dia, os padres jubilandos da Região concelebraram missa em que foram homenageados. Eis a lista dos padres jubilandos com data e anos de ordenação: Hector Helías Betancur, 29 de julho, 25 anos; Mauricio Vieira de Souza, 29 de outubro, 25 anos; Luiz Cesar Bombonato, 15 de dezembro, 25 anos; Victor Santana Fernandes. 1º de dezembro, 50 anos; Jordão Maria Pessattí, 2 de dezembro, 60 anos; e Nadir Sergio Granzotto, 8 de dezembro, 60 anos.
Pascom comemora 48º Dia das Comunicações Sociais celebra os 50 anos Concílio Ecu- mingo, dia 1º de junho, se comênico Vaticano II, com a pro- memora o 48º Dia das ComuniDom Sergio de Deus Borges, bispo mulgação do Decreto Inter Miri- cações Sociais, cuja mensagem auxiliar da Arquidiocese na Região fica, sobre comunicação. do papa Francisco para este dia é Santana, reuniu, dia 30 de maio, na Tendo em vista que no do- “Comunicação a serviço de uma Cúria de Santana, a equipe que elaDiácono Francisco Gonçalves/Pascom bora o site da Região e os representantes da Pastoral da Comunicação (Pascom) paroquiais que participam do projeto de disponibilizar sites para paróquias que não possuem e os que são conjugados ao site da Região Santana. Inicialmente, dom Sergio fez um resumo do Diretório da Comunicação da Igreja no Brasil. Trata-se do Documento 99 da CNBB, recentemente aprovado. Para dom Sergio o Documento chega no instante em que a Igreja Equipe que elabora o site da Região e os representantes da Pascom da região episcopal
autêntica cultura do encontro”, dom Sergio, em homenagem a este dia, entregou a cada participante um exemplar do Diretório. Em seguida, foram sanadas dúvidas sobre os sites e solicitado que todas as paróquias da Região enviem para o diácono Francisco Gonçalves (diacono.francisco@ gmail.com) seus horários atualizados de secretaria, missas, encontros de preparação para batismos, datas de batismo, para serem inseridos no site. Segundo o coordenador da Pascom da Região Santana, José Henrique Monfré, o treinamento, em breve, será direcionado a outras paróquias não contempladas nesta fase.
palavra do bispo
Eu sou o pão da vida Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana
Dom Sergio de Deus Borges
O bom Jesus, certo dia, estava rodeado de uma multidão a quem ensinava. Ele aproveitou a ocasião para falar de um grande mistério de amor, a Eucaristia, e disse: ‘Eu sou o pão da vida’. Essa verdade não agradou à multidão, por isso houve muita murmuração contra Jesus, até entre os discípulos (Cf. Jo 6,41-44); mas Jesus não esmoreceu e reafirmou diante de todos a grande verdade e o grande presente de amor que estava nos doando, e continuou: ‘Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. O pão que eu darei é a minha carne
para a vida do mundo’ (Jo 6,51). A Igreja, desde o início, compreendeu a profundidade dessas palavras de Jesus, a grandeza do seu amor por nós, e, portanto, professa, solenemente, que o pão e o vinho, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. CIC 1333), o Pão Vivo descido do céu, que dá aos homens e mulheres a vida em abundância. Eis porque a Igreja, sem cansar, nos convida a olhar continuamente para o Senhor, presente no sacramento do altar, através da participação da santa missa e comunhão eucarística e, também, através da adoração eucarística fora da missa: “Ninguém coma esta carne, sem antes a adorar; (....) pecaríamos se não a adorássemos” (Santo Agostinho).
O papa Bento XVI disse que “A adoração eucarística é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja: receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos. Precisamente assim, e apenas assim, é que nos tornamos um só com Ele e, de algum modo, saboreamos, antecipadamente, a beleza da liturgia celeste” (SaC 66). Neste mês de junho, em preparação à Festa de Corpus Christi, vamos organizar nas comunidades uma Semana Eucarística, onde os fiéis terão tempo para se demorar em oração diante do sacramento do altar e onde as pastorais, movimentos e serviços poderão promover momentos de adoração comunitária. Sejamos generosos! Vamos
fazer uma semana e não apenas uma hora por dia de adoração, mesmo que haja murmurações e má vontade da parte de alguns. Queridos pastores e povo eleito, tenham fé, confiança e sejam ousados: Ele é o Pão Vivo e quer alimentar, dar vida aos que Lhe pertencem. Os frutos serão abundantes na vida da comunidade, porque a adoração fora da santa missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica. Com efeito, “somente na adoração pode maturar um acolhimento profundo e verdadeiro e amadurece também a missão social, que está encerrada na Eucaristia e deseja romper as barreiras não apenas entre o Senhor e nós mesmos, mas também, e, sobretudo, as barreiras que nos separam uns dos outros” (Bento XVI, SaC 67).
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| Região Sé | 21
Leigos Franciscanos reabrem igreja histórica Construído em 1726, templo da Ordem Terceira de São Francisco é restaurado e reaberto ao público no centro de São Paulo
lias, para os profissionais, para os leigos, de modo geral, e assim a permear a vida e o dia a dia no exercício das responsabilidades sociais, da cidadania, levando a inspiração bonita de
São Francisco de Assis”, disse o Cardeal. Maria Nascimento Silva, ministra da Fraternidade das Chagas, responsável direta pela igreja, reforçou que a missão da
Ordem Terceira de São Francisco, ou ordem secular, é justamente a presença no meio do mundo. “Estamos inseridos na sociedade. Não temos um apostolado específico, pois atuamos Fernando Geronazzo
Fernando Geronazzo
nas paróquias e comunidades, na ação social, nos meios de comunicação, nas universidades, principalmente no trabalho e na família”. A Fraternidade das Chagas tem 90 membros, Mas são aproximadamente 3 mil irmãos da Ordem em diferentes fraternidades no Estado de São Paulo. Os franciscanos terciários estão presentes em todo Brasil e em 105 países.
De volta à casa
Colaborador de comunicação da Região
Os membros da Ordem Terceira de São FrancisSÉ co, que reúne os leigos ligados ao carisma franciscano, participaram da celebração eucarística que marcou a reabertura da Igreja das Chagas do Seráphico Pai São Francisco, no centro de São Paulo, no domingo, 1º, após passar por restauro. A missa foi presidida pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, e concelebrada por frades da Província Franciscana Imaculada Conceição. Construída em 1726, no Largo São Francisco, a igreja estava fechada desde 2007 pelo Dom Odilo Pedro Scherer preside missa de reabertura da Igreja Ordem Terceira de São Francisco, após restauração Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), da Prefeitura, devido a risco que trazia aos frequentadores. O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, fechou Regional de Pastoral, abordou tiram sobre a importância de da região Episcopal convênio com a Ordem Terceio tema dos processos matrimo- um bom atendimento aos noira, que contou com o apoio da O segundo encontro semestral niais. vos que procuram as paróquias Mitra Arquidiocesana de São de secretarias paroquiais da Assessorado pelo vigário- em busca informações para caPaulo para administrar o pro- Região Episcopal Sé, realizado geral da Região, padre Apare- samentos, com destaque para jeto e indicou, para gerenciar na quinta-feira, 29, no Centro cido Silva, as secretárias refle- a necessidade de haver uma o convênio, a Formarte Projeto Produção e Assessoria, empresa especializada em gestão de projetos de restauro. Foi um inves- palavra do bispo timento total de R$ 14.067.500.
Aos 81 anos, Wilma Saraiva Satto, frequenta a igreja desde os 12 anos, e entrou na Ordem Terceira em 1952. Ela foi uma das que mais sofreu com a interdição do templo. “Considero essa igreja como se fosse a minha casa. Eu conheço cada centímetro quadrado daqui. Até a medida do forro eu fiz, com a ajuda de um irmão, para registrar no livro tombo.” Também o jovem Alex Bastos, 29, compartilha desse sentimento. Membro da Juventude Franciscana (JUFRA), ele cresceu na Igreja das Chagas. Ele é franciscano professo da Ordem terceira há sete anos. “Nós não imaginávamos que essa igreja poderia um dia fechar. Era como não ter casa. Agora estamos novamente no nosso lar”, afirmou.
Secretárias têm formação sobre processos matrimoniais
Sinal franciscano para cidade
Ao manifestar a alegria pela reabertura da Igreja por sua importância histórica e como sinal da presença franciscana na cidade, dom Odilo ressaltou a ligação do templo com a Ordem Terceira Franciscana e seu testemunho entre os leigos. “Que o carisma franciscano possa transbordar para as famí-
agenda regional
Sábado (7), 9h
Reunião dos Coordenadores Paroquiais de ministros extraordinários da Sagrada Comunhão na Paróquia Santa Generosa (avenida Bernardino de Campos, 360, Paraíso).
preparação humana e espiritual para lidar com as pessoas, tendo sempre a consciência de que as secretarias paroquiais em muitos casos, são a porta de acesso dos noivos à Igreja.
Caminhos da Iniciação Cristã (5)
Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé
Dom Tarcísio Scaramussa
O caminho de fé do cristão é resposta a um chamado de Deus. Discernindo os sinais de Deus em sua vida, e acolhendo o dom do Espírito, cada cristão consegue realizar a missão que Deus lhe confia. Desde Abraão, todos somos vocacionados! Trabalhar as vocações é um aspecto fundamental do processo de iniciação à vida cristã. Em várias partes da Exortação Apostólica “A Alegria do
Evangelho”, o papa Francisco fala do caminho vocacional, e cita também exemplos e modelos de resposta de fé ao chamado de Deus, tanto da Bíblia como da história da Igreja, destacando os santos de modo particular. Hoje comentarei um parágrafo no qual o papa Francisco destaca o caminho vocacional de especial consagração. O papa ressalta, primeiramente, como a Igreja tem cultivado esta realidade tão fundamental para a Igreja, e questiona sobre a fecundidade vocacional de nossas comunidades e paróquias: “Em muitos lugares, há escassez de vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. Frequentemente isso se fica a
dever à falta de ardor apostólico contagioso nas comunidades, pelo que estas não entusiasmam nem fascinam. Onde há vida, fervor, paixão de levar Cristo aos outros, surgem vocações genuínas. Mesmo em paróquias onde os sacerdotes não são muito disponíveis nem alegres, é a vida fraterna e fervorosa da comunidade que desperta o desejo de se consagrar inteiramente a Deus e à evangelização, especialmente se essa comunidade vivente reza insistentemente pelas vocações e tem a coragem de propor aos seus jovens um caminho de especial consagração” (EG, n. 107). Num segundo momento, o Papa fala da delicadeza do dis-
cernimento vocacional, que implica também a importante tarefa da seleção dos candidatos ao sacerdócio. Não se trata apenas de avaliar apenas com critérios de eficiência, mas é preciso tocar as motivações mais profundas, e discernir sua autenticidade evangélica: “Por outro lado, apesar da escassez vocacional, hoje temos noção mais clara da necessidade de uma melhor seleção dos candidatos ao sacerdócio. Não se podem encher os seminários com qualquer tipo de motivações, e menos ainda se estas estão relacionadas com insegurança afetiva, busca de formas de poder, glória humana ou bemestar econômico” (Idem).
22 | Região Ipiranga |
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Iniciação à Vida Cristã é tema de encontros Renata Quito
Com entusiasmo e alegria, adolescentes participaram de formação em que fortaleceram o compromisso cristão Padre Ricardo Pinto
Colaborador de Comunicação da Região
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Vila Arapuá, no Setor IPIRANGA Anchieta, realizou nos dias 16, 17 e 18 de maio, diversos encontros a partir das Sugestões Pastorais para implantação da Iniciação à Vida Cristã. Indicadas pela Comissão Arquidiocesana de Animação BíblicoCatequética, as sugestões foram trabalhadas para serem atuadas em toda a Paróquia. A assessoria foi da irmã Lúcia Araújo e irmã Patrícia Gomes, da Congregação de Nossa Senhora de Belém, do Rio de Janeiro. As Irmãzinhas de Belém, como são conhecidas, iniciaram os encontros na noite de 16 de maio falando aos membros do Conselho Paroquial de Pastoral. Ampliado com representantes de várias pastorais e movimentos, o CPP refletiu sobre a Iniciação Cristã como pedagogia da vida comunitária.
Irmãs Lúcia Araújo e Patrícia Gomes assessoram assembleia das pastorais que dá continuidade ao aprofundamento sobre a Iniciação à Vida Cristã
Com um jeito dinâmico, as Irmãzinhas ajudaram na revisão da caminhada pastoral da Paróquia, constatando vários passos que já estão sendo dados na Iniciação à Vida Cristã de casais, adultos, crianças e jovens. No sábado, 17 de maio, a programação foi todo o dia com a presença de Catequistas de todas as etapas, animadores da Pastoral do Batismo, da Pastoral da Acolhida e dos diversos movimentos e serviços da Paróquia. A Bíblia, o 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo
e o subsídio com as Sugestões Pastorais para implantação da Iniciação à Vida Cristã estavam sempre nas mãos dos participantes durante os estudos. O que é a Iniciação Cristã? O que é o Ritual de Iniciação Cristã de Adultos? E como desenvolver a Iniciação Cristã nas várias faixas etárias foram alguns dos conteúdos abordados. O ambiente de alegria e partilha revelava o interesse e a motivação de todos em desenvolver a proposta. Forte a presença de adolescentes e jovens que dinamizaram o dia
com músicas e muito interesse pelos conteúdos. Para a oração final, com uma dinâmica, os participantes trançaram uma grande rede simbolizando a decisão da comunidade de ir ao encontro dos batizados e dos distantes para acolhê-los com ternura e anúncio do Evangelho. À noite, foi a vez da Pastoral Familiar refletir sobre o tema “Família: lugar da Iniciação Cristã”. Presentes os participantes do Projeto “Casais Deus” idealizado pela Paróquia para colher e preparar casais para receberem o sa-
cramento do Matrimônio, dentro da proposta de Iniciação à Vida Cristã. No domingo houve a missa e o grande encontro com os jovens. Partindo das palavras do papa Francisco na JMJ Rio-2013, as Irmãzinhas de Belém movimentaram a reflexão com vídeos, muita música e o profundo momento de oração deixando em todos uma marca de entusiasmo e esperança. O administrador paroquial definiu que esses encontros são como um “divisor de águas” para a atividade pastoral e missionária na Paróquia.
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| Região Lapa | 23 Padre Antônio
Ao final do retiro, padres na Região Episcopal Lapa posam para foto ao lado de dom Julio Endi Akamine; encontro reflete sobre o “Padre um homem de oração”, de 26 a 30 de maio
Clero na Região Lapa faz retiro em Itapecerica Encontro teve como tema “Padre um homem de oração” e foi inspirado nos textos bíblicos dos Salmos
onde descobrimos nossa verda- a potência e a beleza da palavra deira identidade. Oração não é de Deus. Na parte da tarde falou algo que nós fazemos para Deus sobre a criação, obra das mãos de é sim o que Deus faz por nós”. Deus. No quarto dia a reflexão foi Na parte da tarde indicou o sobre a vida eterna e o salmo de salmo 122 e refletiu sobre a ora- referência foi o 135, demonstranção como respiração, indicando do que Deus age na história. pelos textos bíblicos como se deNo último dia do retiro falou senvolve. No terceiro dia, indicou sobre o salmo 19 e a vocação como referência de meditação o de Jeremias, relacionando com Padre Antonio Ribeiro salmo 118, dizendo que a oração a vocação dos padres. “Quando é uma resposta de agradecimento pensamos que a vida é eterna, Colaborador de comunicação da região a Deus, uma resposta de amor. E nossa visão é ampliada. A vida Aconteceu de 26 acrecentou que este salmo celebra eterna é o alicerce da felicidade a 30 de maio, em Itapecerica da palavra do bispo LAPA Serra (SP), na Casa de Encontros Mary Ward, retiro anual do auxiliar da clero da Lapa. Com o tema: Bispo sário. Ele chegará ao seu fimna “Padre um homem de oração”, Arquidiocese -finalidade a partir de decisões Região Lapa o pregador do retiro foi o bispo da liberdade. O sentido (o fim) auxiliar da Arquidiocese de São de tudo não será o resultado de Dom Julio Endi Paulo na região episcopal, dom um processo natural e sim da Akamine Julio Endi Akamine, que na sua responsabilidade baseada na liprimeira reflexão falou sobre berdade. Por isso a volta do Sea importância do retiro para o Querido leitor do jornal O SÃO nhor será a sua vinda como juiz padre e de algumas orientações PAULO, a fé no “fim do mun- dos vivos e dos mortos. práticas para aproveitar ao má- do” é, para o cristão, uma notícia Assim crer no fim do mundo ximo os momentos de oração. consoladora e de esperança, uma faz com que o cristão leve a séDom Julio fundamentou todas vez que a crença no fim do mun- rio o exercício de sua liberdade, as meditações nos Salmos, es- do e do retorno do Senhor para liberdade dada por Cristo, é vercolhidos especialmente para julgar consiste em acreditar que dade, mas verdadeira liberdade, este grande momento de encon- o mundo se move em direção a qual não é substituída pela gratro com Deus. a Jesus Cristo. No fim de tudo ça. O destino definitivo do munNo segundo dia, falou sobre acontecerá o triunfo da verdade, do e de cada ser humano não é o salmo 21 refletindo sobre a da liberdade e do amor. Não é, imposto por Deus. Conforme diz importância do silêncio, meio portanto, uma força qualquer Santo Agostinho: o Criador nos pelo qual os padres se uniram que destruirá tudo. Pelo contrá- fez sem nós, mas Ele não nos ao silêncio de Jesus, que fala rio, será uma pessoa que tudo salva sem nossa liberdade. A crença no fim do mundo não só por palavras, mas tam- levará à plenitude. Crer no fim do mundo, para e da vinda do Senhor como juiz bém pelo silêncio. “Quando entramos na Oração do Silêncio, o cristão, significa crer que o desperta a consciência da responcomeçamos a descobrir quem mundo não findará por um pro- sabilidade humana, opondo-a a somos e aprendemos a descan- cesso físico automático e neces- falsa confiança de quem acredita sar no amor de Deus”. Entrar nesta Oração do Silêncio, diante do Santíssimo Sacramento, supõe crer que a Eucaristia é uma agenda regional presença, isto é, supõe, firme e amorosamente crer que Jesus Quarta-feira (3), 14h está presente na Eucaristia. “A Reunião da Equipe ampliada para VIII Mostra Cultural, na Cúria da Oração no Silêncio é o lugar Lapa ( rua Afonso Sardinha, 62 Lapa).
nesta vida e torna a família unida na eternidade. É verdade que seguir a Jesus nem sempre é fácil e, assim como ele alertou, para alguns isso significou perder a vida no mundo atual. No entanto, assim como Jesus, seguimos vencendo as tentações do mundo, temos fé na garantia que ele deu aos seus seguidores ungidos do primeiro século. Cristo venceu o mundo e nos ajuda nesta caminhada rumo a eternidade”. Na missa de encerramento
do retiro os padres agradeceram dom Julio com um vaso de orquídea e uma mensagem feita pelo padre Celso Guedes, dizendo que a serenidade e a paz de espírito, tão peculiares em dom Julio, nos levaram a um tranquilo e verdadeiro encontro com Deus. A simplicidade favoreceu o “Espírito Santo” abrir espaço em nosso coração e dedicar tempo para oração é investir em um tesouro e o retiro proporcionou isto, pois é um tempo de “graça”.
ser suficiente dizer “Senhor, Senhor!” para entrar no Reino. Nesse sentido o Catecismo afirma tanto a radicalidade da graça quanto a responsabilidade do cristão. A salvação é dom e responsabilidade. Assim a vinda do Senhor como juiz incute tanto a alegria e a confiança do Evangelho da graça que nos arranca da própria impotência quanto a seriedade da responsabilidade que nos é exigida em nosso cotidiano. Uma vez que recitamos sempre o “Creio”, continuamente somos chamados a levar nossa vida a sério e é exatamente essa seriedade, que confere dignidade ao nosso viver. Professar que o Senhor virá para “julgar os vivos e os mortos” significa crer que o desfecho do mundo não depende de nós, mas está nas mãos de Deus, que a última palavra sobre este
nosso mundo não será dada pela injustiça. Temos a certeza fundada de que a última instância de apelação que garante a justiça e o amor é a do Senhor Jesus. Quem vem para julgar os vivos e os mortos não é um deus qualquer, indefinido, desconhecido. O julgamento foi confiado a Jesus que, como homem verdadeiro, é nosso irmão. Assim não é um estranho que nos julgará, mas aquele que nós conhecemos pela fé. Assim não seremos postos diante do tribunal de um desconhecido, mas d’Aquele que é um de nós, que conheceu e sofreu nossa existência humana em todos os seus aspectos. Por isso, o julgamento dos vivos e dos mortos não é apenas o “dia da ira”, será dia da volta do Senhor. Por isso o cristão, enquanto caminha nesta vida recita o “dies irae” mas sobretudo o Maranatá (vem Senhor Jesus)!
Crer ‘no fim do mundo’
Sábado (7), 14h Encontro de coordenadores paroquiais de catequese de adultos, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa (rua Nossa Senhora da Lapa, 298 Lapa).
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ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO ORIENTAÇÕES LITÚRGICO-PASTORAIS SEMANA EUCARÍSTICA, 12 - 18/06/2014 “ELES O RECONHECERAM AO PARTIR O PÃO” A celebração da solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, no dia 19 de junho próximo, será mais frutuosa se melhor for preparada. Para tal preparação indicamos algumas atividades, a título de exemplos, para instigar o empenho criativo do clero e demais lideranças de nossas comunidades. 1. Realizar todos os dias a adoração do Santíssimo Sacramento, concluída com a bênção eucarística (se estiverem presentes o padre ou o diácono); organizar horários diversificados e envolver todos os grupos das pastorais, movimentos, associações e novas comunidades, favorecendo a participação de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos; 2. Convidar as pessoas para levarem a Bíblia cada dia; 3. Celebrar a Eucaristia todos os dias; 4. Fazer pregação sobre temas ligados à eucaristia, especialmente tomados da Constituição do Concílio Vaticano II sobre a Sacrosanctum Concilium e de outros documentos do magistério: 1º Dia, quinta-feira – 12/06: Ano Litúrgico 2º Dia, sexta-feira – 13/06: Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja 3º Dia, sábado – 14/06: Maria, mulher eucarística 4º Dia, domingo – 15/06: O Domingo, dia do encontro com a Santíssima Trindade 5º Dia – 16/06: Liturgia, celebração do mistério pascal 6º Dia – 17/06: Participação ativa na liturgia 7º Dia – 18/06: Caridade 5. Organizar gestos concretos, expressão da caridade que brota da eucaristia, como coleta de roupas de frio e cobertores para a campanha do agasalho. Luciney Martins/O SÃO PAULO
Padres Vittorio Moregola e Zacarias José de Carvalho Paiva fazem profissão de fé em cerimônia de posse canônica realizada na tarde do dia 2 de junho. Padre Vittorio foi nomeado vice-chanceler e padre Zacarias coordenador da Cúria Metropolitana de São Paulo.