O que São Paulo ganha com o novo Plano Página 14
Executivo institui os conselhos participativos
Fifa pode ser pressionada por mudanças na Copa
A relação essencial entre Igreja e Sociedade
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Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 59 | Edição 3010 | 8 a 15 de julho de 2014
R$ 1,50
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Missão Minustah/ONU
Denúncias de repressão a manifestações e exploração de recursos naturais levam movimentos sociais a pedir retirada das tropas brasileiras do Haiti, a chamada Minustah, Missão de Paz da ONU
Haiti: a liberdade esquecida Enterrada embaixo do terremoto, ainda está a árvore da liberdade daquela que é a primeira república livre do novo mundo: o Haiti. Tendo conquistado sua independência em 1804, o País sofre
com a ocupação de tropas estrangeiras, principalmente brasileiras. É o que afirmou o sociólogo haitiano Franck Seguy, que defende a retirada imediata da chamada “Missão de Paz da Organização
das Nações Unidas”, a Minustah que tem impedido a soberania do Haiti em questões econômicas e sociais. As principais denúncias referem-se à repressão de movimentos sociais e à exploração
Arquivo pessoal
Dom Odilo Pedro Scherer com os coroinhas da Catedral de Óbidos (PA), em visita à Diocese
dos recursos naturais. No Brasil, há uma campanha de recolhimento de assinaturas até 15 de outubro, quando será votada a permanência da Minustah. Página 12 Arquivo pessoal
Missa de Domingo de Ramos lota novo templo, ainda em construção na Região Santana
Cardeal Odilo Scherer visita a Nova matriz é motivo de orgulho Igreja em Óbidos no Pará e união para a comunidade O arcebispo metropolitano de São Paulo fez um registro de sua visita às comunidades católicas da diocese de Óbidos. Espalhadas às margens do rio Amazonas, afligidas pelo rigor da natureza ao mes-
mo tempo que abençoadas com paisagens exuberantes, a igreja local é viva e prima por sua ação missionária, evangelizadora e por sua presença social. Página 3
O jornal O SÃO PAULO, com a reportagem sobre a Paróquia Natividade do Senhor, no Jardim Fontális, inicia uma série de reportagens sobre a presença da Igreja nas diferentes realidades da vida cotidiana e sobre os
trabalhos que são desenvolvidos pelas paróquias, comunidades, pastorais, movimentos e novas comunidades. “Uma Igreja em saída” como pede o papa Francisco. Página 15
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editorial
Felizes coincidências! Nesta quarta-feira, 9 de julho, os paulistas celebram o movimento constitucionalista de 1932, considerado um das mais importantes mobilizações populares da história de nosso país. Em todo o Estado de São Paulo a população atendeu à convocação contra a ditadura de Getúlio Vargas. Alianças e jóias foram oferecidas ao movimento. As mulheres paulistas e paulistanas fizeram mutirões costurando fardas. Intelectuais animavam o povo. Formou-se um pequeno exército com um armamento reduzido. Após 89 dias de lutas nas fronteiras do Estado, o movimento foi sufocado. Mas a vitória moral viria, dois anos depois, com uma Nova Constituição para o País.
A data ficou na memória do povo. E em 1954, quando a cidade de São Paulo completou seus quarto centenário, foi criada uma rádio para transmitir os festejos. E a data deu nome àquela emissora. Nasceu a rádio 9 de Julho que após a celebração do quarto centenário, a rádio foi oferecida à Igreja em São Paulo. O então cardeal arcebispo, dom Carlos de Vasconcelos Motta aceitou a oferta e, num gesto de respeito, manteve o nome da rádio, nome histórico, sinônimo de cidadania. Mais à frente, em 1964, novo ditadura se implantou no País. E a rádio cidadã, a rádio 9 de Julho foi declarada perempta. O regime militar negou-se a renovação da concessão. E
por quê? Porque a voz da Igreja disse não ao arbítrio. E longos anos se passaram até que a rádio 9 de Julho fosse devolvida à Igreja. Uma frase marcou o retorno da Rádio: “Não estamos fazendo um favor à Igreja. Estamos reparando uma injustiça”, disse o então presidente Fernando Henrique Cardoso. Coincidências bonitas, portanto, marcam a história da rádio da Arquidiocese. O dia 9 de julho que foi um não a uma ditadura, deu nome a uma rádio que foi silenciada por outra ditadura. E esta rádio tem, portanto, uma vocação cidadã. E é para concretizar esta vocação que um de seus programas diários se chama “Construindo Cidadania”. Mas há outra feliz coincidência a ser des-
tacada. No dia 9 de julho a Igreja celebra a primeira santa brasileira: Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Filha de imigrantes italianos, ela dedicou-se aos pequenos e pobres e fundou uma família religiosa com este carisma em Santa Catarina. E não é que esta santa veio para São Paulo cuidar dos filhos e órfãos de escravos e ex-escravos? A escravidão não pode ser aceita pelos discípulos de Jesus Cristo. E o Brasil celebra no dia 9 de julho, esta mulher maravilhosa. O feriado civil se torna, assim, também um dia santo, em que pedimos a Deus pela intercessão de Santa Paulina, que nos livre de tudo que escraviza e fere a dignidade humana. Salve o dia 9 de julho, portanto!
opinião
Braços Abertos para o recomeço gabriela prioli della vedova
No início de 2012, a região central de São Paulo conhecida como “Cracolândia” foi manchete em todos os meios de comunicação em virtude das violentas incursões militares empreendidas naquela região, pretendendo forçar os usuários de drogas, que ocupam o lugar a buscar, á força, o tratamento . O objetivo, na época do chamado “Plano de Ação Integrada Centro Legal”, tinha menos relação com a recuperação das pessoas do que com a real intenção da revitalização imobiliária daquele espaço. O método declarado era o da “dor e sofrimento” e chegou-se a defender uma política de internação compulsória em massa, num movimento intolerável de desrespeito aos direitos e garantias individuais, que foi alardeado pela crítica – com acerto – como
Sergio Ricciuto Conte
ineficaz e higienista. Passados pouco mais de dois anos, a sensação é de avanço. O crack, e as demais drogas, permanecem muito presentes na região central da cidade, mas as políticas públicas desenvolvidas e aplicadas, embora não estejam livres de algumas críticas, parecem ter objetivos e abordagem mais humanos. Olham para o indivíduo e não para o espaço que, com sua desgraça pessoal, eles escondem. O Governo do Estado de São Paulo criou o “Recomeço” , uma parceria entre as Secretarias Estaduais da Saúde, da Justiça e Defesa da Cidadania e do Desenvolvimento Social, que oferece acesso ao tratamento
médico e apoio social e, quando necessário, a internação dos dependentes. O Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas) conta ainda, com a participação Ministério
tória praticada nos familiares de pessoas presas, gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos: 1- Esse tipo de revista, que muitas vezes envolve a exposição de partes íntimas e sua manipulação por agentes do Estado, é procedimento que atenta contra a dignidade humana, e em regra configura crime de tortura ou estupro; 2- Não é verdade que não existem objetos ilícitos nas penitenciárias dos E.U.A, tampouco a entrada de celulares,
armas e drogas nos presídios brasileiros pode ser atribuída aos familiares de pessoas presas, sendo que apenas 0,03% das revistas realizadas resultam em apreensão desses objetos, conforme levantamento realizado em São Paulo; 3- A privação de contato físico entre o preso e seus entes queridos apenas torna a pena mais cruel, e muitas vezes acaba por dissolver completamente os vínculos familiares, agravando ainda mais
Público, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil, quando necessário. A Prefeitura do Município, por sua vez, lançou em janeiro deste ano o programa “De Braços Abertos”, que oferece moradias em hotéis, emprego, renda de R$ 15 por dia, além de três refeições e curso de capacitação para dependentes químicos da região da Cracolândia. Fortalecidos e contando com outras alternativas, podem abandonar as drogas ou travar com elas uma relação menos problemática. Por outro lado, como crítica, o programa Estadual ainda valoriza em demasia as modalidades de internação contrárias à von-
tade do paciente – involuntária e compulsória – que os afasta da droga, mas de forma abrupta e sem considerar seus desejos e aptidão para a reestruturação. A relação permanece vertical, impositiva. Parece-nos que uma política horizontalizada, que respeita o indivíduo e valoriza e fortalece sua autonomia individual, aproxima-se mais do ideal. É que, invariavelmente, chegará o momento em que nós precisaremos desentrelaçar as mãos e o indivíduo precisará estar pronto para caminhar sozinho. Se permanecer carregado, só terá trocado uma dependência por outra. Como diz o professor Dartiu Xavier da Silveira, “o contrário da dependência não é a abstinência, mas a liberdade”. A sensação, como já dissemos, é positiva. É de que estamos caminhando, embora distantes do fim, num bom caminho!
os efeitos “dessocializantes” do cárcere; 4- Há meios para substituir a revista vexatória sem ferir a dignidade humana, e o PL 480/2013 contempla essa possibilidade. Para saber mais acesse www.carceraria.org.br.
lho no jornal. A arte é uma maneira de manter acesa a luz feliz da infância, e é bonito ver que esta luz dá felicidade também aos adultos. Obrigado ao jornal O SÃO PAULO para ser cabo, interruptor e lâmpada. Grato!
E-mail: gabrieladellavedova@gmail.com
espaço do leitor
Esclarecimento da Pastoral Carcerária, acerca da manifestação da senhora Maria Gilka, na pág. 2, da edição 3008 (26 de junho a 2 julho de 2014), no Espaço do Leitor.
Desde já me coloco inteiramente à disposição e agradeço a atenção. Acerca da manifestação publicada no Espaço do Leitor, edição 3008, sobre a revista vexa-
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
Paulo Malvezzi, Assessor Jurídico
da Pastoral Carcerária Nacional
Agradecimento
Agradeço a gentileza do amigo leitor Renato Papis pelo que expressou em favor do meu traba-
Sergio Ricciuto Conte, artista
Redação do jornal O SÃO PAULO. Endereço: Avenida Higienópolis, 890, São Paulo (SP), CEP. 01238-000. E-mail: osaopaulo@uol.com.br Twitter: @JornalOSAOPAULO Facebook: Jornal O SÃO PAULO
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Em visita à Diocese de Óbidos, no oeste do Pará, o cardeal Scherer relata suas impressões ao O SÃO PAULO Cardeal Odilo Pedro Scherer
Capela ribeirinha, perto de Óbidos, no Rio Amazonas, meio submersa pela cheia
Visita à Igreja que está em Óbidos Arquivo pessoal
O rio Amazonas desce caudaloso e pachorrento até fazer curva à altura de Óbidos, no oeste do Pará; aí se estreita e se aperta contra uma falésia alta e escorre apressado e revolto, até alargar-se novamente e continuar o seu curso rumo à foz, no Atlântico. Óbidos fica no alto da falésia, bem vistosa, coisa pouco comum na imensa planície amazônica. Conserva ainda vários casarões de época, em estilo português, com suas sacadas e azulejos bem típicos. O pequeno porto é bem movimentado e serve de entreposto para os produtos trazidos do “interior” e o abastecimento de todo tipo de produtos. Fundada pelos portugueses já no século XVII, numa área dos índios Pauxis, Óbidos foi importante posto de defesa e proteção do território do médio Amazonas. Ali, no alto da colina, havia um forte bem guarnecido, hoje não mais existente. Com os portugueses, também chegaram os missionários, primeiro os jesuítas e, a seguir, os capuchinhos da piedade e os frades menores franciscanos; todos foram expulsos da Amazônia por Pombal e, em 1750, a missão foi entregue aos padres seculares. Os franciscanos voltaram à Óbidos em 1909 e desenvolveram intensa ação missionária, como parte da prelazia de Santarém, também
Com dom Bernardo e um grupo da Infância Missionária
entregue aos franciscanos. Em 1957, o papa Pio XII criou a prelazia de Óbidos, entregando-a aos cuidados dos franciscanos. Dom Floriano Löwenau, ofm, foi seu primeiro bispo, ainda recordado pelo povo com imenso reconhecimento pelo muito que fez pelo atendimento religioso, social e cultural da população. Depois veio dom Martinho Lammers, ofm, homem simples e dedicado ao povo, igualmente. Desde 2012, Óbidos é diocese; seu território, equivalente ao do estado do Paraná, estende-se pelas duas margens do rio Amazonas mas, sobretudo, pelo lado norte, alcançando as Guianas e o Suriname. Sua população, espalhada em 8 paróquias e centenas da comunidades ribeirinhas e de “terras altas”, não atinge 300 mil habitantes. Os traços indígenas são fortes, todavia as reservas indígenas são poucas, presentes sobretudo no norte da diocese.
Arquivo pessoal
Apresentação da banda
Dom Johannes Bahlmann, há 6 anos, é o bispo diocesano. Franciscano, nascido na Alemanha, tendo vindo ao Brasil ainda jovem, como leigo, trabalhou como frade no Convento São Francisco, no centro histórico de São Paulo. Dom Bernardo, como é conhecido pelo povo, é dinâmico e está sempre em movimento pela diocese, rio acima, rio abaixo, ou por estradas mal transitáveis, visitando as comunidades e animando a missão e a vida eclesial. Atento às necessidades e desafios da evangelização, cuida de formar os agentes de pastoral, de prover de estruturas pastorais as comunidades e de marcar presença na sociedade por meio de obras sociais e culturais. Uma semana com ele, no início de julho, permitiu-me conhecer um pouco das “alegrias e esperanças, angústias e sofrimentos” do Bispo e da Igreja que está inserida em sua história. As
Há algum tempo, as Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral e as Irmãos da Congregação de Santa Catarina de Alexandria iniciaram uma presença missionária em Óbidos. Ali existe muito espaço para a colaboração missionária. É interessante dar-se conta de como a preocupação com a “nova evangelização” permeia a vida eclesial, mesmo de dioceses que enfrentam mil dificuldades. Apesar de suas diferenças, isso tem muito em comum com o que acontece em regiões mais urbanas: o incentivo à vida cristã nas comunidades menores, a boa celebração da Liturgia, a pregação assídua, a formação de agentes de evangelização, a valorização da memória da fé e da vida eclesial, a presença social, o testemunho público da fé e o estímulo à religiosidade popular. A nova evangelização não é uma teoria, nem resulta de especulações acadêmicas: ela é fruto da “conversão pastoral” e de práticas de vida eclesial animadas por intenso zelo e pela “alegria do Evangelho”. E isso vale tanto para a Amazônia, como para as metrópoles, como São Paulo.
distâncias, o clima tropical e o ritmo severo da natureza fazem parte do dia-a-dia vivido pelo bispo e sua diocese na Amazônia. Mais missionários seriam necessários. Com dom Bernardo, celebramos a Eucaristia e numerosas crismas em duas comunidades distantes. O povo é lutador, fervoroso na sua fé e também orgulhoso da sua história, da qual fazem parte a presença e a ação dos missionários. A catedral diocesana está no alto da colina, de frente para o rio Amazonas, bem visível para quem chega de barco. Atualmente, está em reforma. A padroeira da diocese é Sant’Ana, desde a chegada dos primeiros missionários portugueses. A imagem já está enfeitada no seu andor, pronta para sair em procissão fluvial no chamado “círio de Sant’Ana”. A festa, no dia 26 de julho, é de longa tradição, muito Cardeal Odilo Pedro Scherer, apreciada pela população do arcebispo metropolitano de São Paulo médio Amazonas.
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liturgia e vida
palavra do papa
O “vinde a mim” de Jesus é para os dias atuais
15º DOMINGO DO TEMPO COMUM 13 DE JULHO
Ana Flora Anderson
Amor e contemplação A liturgia de hoje começa nos convidando a contemplar a face de Deus. O Evangelho ensina que o amor ao próximo é o caminho para amar e contemplar nosso Deus. A primeira leitura (Deuteronômio 30,10-14) mostra como Moisés ensinou o caminho da verdade ao povo no deserto do Sinai. O bom caminho se conhece quando abrimos os ouvidos para entender a voz de Deus. O escutar dessa Palavra é a porta da conversão. Ninguém pode dizer que não entendeu a voz divina, pois Deus fala ao coração de cada um. A segunda leitura (Colossenses 1, 15-29) apresenta Cristo, a imagem de Deus, como princípio de vida e cabeça da Igreja, que é seu corpo. Cristo nos leva à reconciliação e nele encontramos a paz. O Evangelho de São Lucas (10, 25-37) apresenta um teólogo que quer pôr Jesus à prova. Ele pergunta qual é o caminho para alcançar a vida eterna. Jesus devolve a pergunta querendo saber o que a lei ensina. Jesus responde narrando a parábola do Bom Samaritano. O sacerdote e o levita ignoram o sofrimento do homem assaltado na estrada. O samaritano, desprezado pelos judeus, para na estrada e oferece toda assistência. O teólogo compreende que quem mostra misericórdia é o verdadeiro próximo. Jesus, então, manda que ele e todos nós ajamos da mesma maneira, seguindo o seu exemplo. leituras da semana
Segunda-feira (14): Is 1,10-17; Sl 49; Mt 10,34-11,1 Terça-feira (15): Is 7,1-9; Sl 47; Mt 11,20-24 Quarta-feira (16): Zc 2,14-17; Lc 1; Mt 12,46-50 Quinta-feira (17): Is 26,7-9.12.16-19; Sl 101; Mt 11,28-30 Sexta-feira (18): Is 38,1-6.21-22.7-8; Is 38 ; Mt 12,1-8 Sábado (19): Mq 2,1-5; Sl 9; Mt 12,14-21
Santos e Heróis do Povo 9 de julho Amábile Lúcia nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, na província de Trento, norte da Itália. Ainda criança mudou-se para o Brasil com a família, indo residir na cidade de Nova Trento, Santa Catarina. Assim que recebeu a primeira comunhão, a menina passou a dedicar-se à caridade, consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, próximo à capela, para aí rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente chegou no dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro. Amábile recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus e foi nomeada Superiora, passando a ser chamada de Madre Paulina. Em 1903, madre Paulina transferiu-se para São Paulo, fixando-se no bairro do Ipiranga e iniciou a obra da “Sagrada Família” para abrigar os ex- escravos e seus filhos depois da abolição da escravidão. Ela foi beatificada pelo papa João Paulo II em 1991. O mesmo Pontífice a canonizou em 2002. Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus se tornou a primeira Santa do Brasil. Fonte: Site: a12.com
Papa francisco
Apresentamos as palavras do Papa pronunciadas aos fiéis reunidos no domingo, 6, na praça de São Pedro. No Evangelho deste domingo encontramos o convite de Jesus, que diz: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28). Quando Jesus diz isso, ele tem diante de seus olhos as pessoas que encontra todos os dias nas ruas da Galileia: pessoas simples, pobres, doentes, pecadores, marginalizados... essas pessoas sempre o procuravam para ouvir a sua palavra – palavra que dava esperança! As palavras de Jesus sempre dão esperança! E também para tocar a orla de seu manto. Jesus mesmo buscava essas multidões aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor (cf. Mt 9,35-36), e os buscava para anunciar o Reino de Deus e curar muitos no corpo e no espírito. Ele chama todos para si:
própria vida. Muitos carregam o peso de um sistema econômico que explora o homem, impõe um “jugo” insuportável, que os poucos privilegiados não querem levar. A cada um desses filhos do Pai que está nos céus, Jesus diz: “Vinde a mim, todos vós.” Mas também diz àqueles que possuem tudo, mas cujo coração está vazio e sem Deus. Também a eles, Jesus dirige este convite: “Vinde a mim”. O convite de Jesus é para todos. Mas de maneira especial para aqueles que sofrem mais. Às margens da sociedade Jesus promete dar descanso a todos, mas tamhá muitos homens e bém faz um convite, que mulheres provados pela é como um mandamento: indigência, mas também “Tomai sobre vós meu jugo e aprendei de mim, pela insatisfação da vida que sou manso e humilde e frustrações. Muitos são de coração” (Mt 11, 29). O forçados a emigrar da “jugo” do Senhor consiste própria pátria, arriscando no carregar o peso do outro com amor fraternal. Tendo a própria vida recebido o alívio e o conforto de Cristo, somos chaIndiferença: quão ruim é para mados a ser alívio e conforto os necessitados a indiferença para os irmãos, com atitude de humana! E pior, a indiferença mansidão e humildade, à imidos cristãos! Às margens da tação do Mestre. A mansidão sociedade há muitos homens e e a humildade de coração, não mulheres provados pela indi- só nos ajudam a tirar o peso do gência, mas também pela insa- outro, mas a não sobrecarregátisfação da vida e frustrações. los com nossos preconceitos, Muitos são forçados a emigrar nossos julgamentos, nossas da própria pátria, arriscando a críticas ou nossa indiferença. “Vinde a mim”, e promete-lhes alívio e refrigério. Este convite de Jesus se estende até os dias atuais, para chegar a muitos irmãos e irmãs oprimidos por condições de vida precária, por situações existenciais difíceis e, às vezes, sem pontos de referência. Nos países mais pobres, mas também nas periferias dos países mais ricos, há muitas pessoas aflitas e desamparadas sob o peso insuportável do abandono e da indiferença.
você pergunta
Padre, ajude-me a superar meus medos Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação na Arquidiocese de São Paulo
Padre Cido Pereira
Padre Cido, socorro! Eu vivo nervoso e ansioso. Estou com medo da vida, da morte, do escuro, do fim do mundo. Acordo de noite tremendo. Não tenho vontade de fazer nada. Vou à missa todos os finais de semana. Reze por mim. Como os meus amigos de O SÃO PAULO veem, o Luciano, lá de João Pessoa, na Paraíba, está todo complicado. Pare com isso, Luciano. Essas fobias todas que atormentam você
têm jeito, tem solução. Mas não espere que elas sumam por um toque de mágica. Vai ser necessário, de um lado, um grande esforço seu. De outro lado, você pode buscar a ajuda de um psicólogo. Sabe, meu amigo, a gente precisa tirar da cabeça a mania de pensar que tratamento psicológico é para louco. Não, todos nós temos nossas neuroses, nossas fobias, nossos medos. Luciano, primeiramente então, volto a repetir, você deve confiar em você mesmo e olhar a vida com outros olhos. Jesus ressuscitado gostava muito de dizer aos discípulos: “Não tenham medo!” Agora, Luciano, nossos medos – e você tem muitos – tantas vezes podem
ser consequência de nossa formação, de traumas que a gente viveu no passado, de coisas que não ficaram resolvidas na nossa caminhada de vida. O psicólogo pode nos ajudar neste sentido. A oração também ajuda? Claro que ajuda. Mas quando o medo está tão entranhado na gente, precisamos pedir ajuda para não vivermos eternamente angustiados e inseguros. Luciano, vá em frente! A vida precisa ser enfrentada. Confie na misericórdia, na bondade, na ternura de Deus. Procure a ajuda de um diretor espiritual se você for bastante religioso. E não dispense um psicólogo, viu? Ele vai colocar você no caminho certo. Um abraço fraterno a você.
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fé e cidadania
bioética
Pentecostes e migração
Bioética e cidadania
viva e dinâmica do tempo. Vemos isso no fluxo e refluxo dos migrantes Três coisas chamam a atenção na li- que, com teimosia e tenacidade, busturgia da Solenidade do Pentecostes: cam alternativas de vida? o próprio relato do Livro dos Atos dos Apóstolos (At 2,1-11), o paralelo com Torre de Babel e Pentecostes o episódio da Torre de Babel (Gn 1,1-9) Em nosso imaginário, torre remee a conexão com a imagem da Carta de te à riqueza, ao domínio e ao poder. São Paulo aos Romanos (Rm 8,22-27). No caso do Livro do Gênesis repreBarulho, vento forte e fogo. Em senta também a cidade em contraste várias partes das Sagradas Escrituras, com o campo, este sendo obrigado a a teofania (manifestação de Deus) manter aquela por meio de pesados vem associada às imagens do silêncio, impostos. A imagem nos diz que o da brisa suave ou da luz. No relato do egoísmo de uma minoria prevalece Livro dos Atos dos Apóstolos, porém, sobre a responsabilidade de buscar o o autor sublinha o fragor ou barulho, bem comum de toda a população. Daí o vento forte e as línguas de fogo. De que, embora falem a mesma língua, a fato, o grupo embrionário da Igreja, comunicação torna-se impossíapós o medo, o fracasso, a frustação e vel. Os interesses são diferena impotência diante do fim trágico na tes, opostos e até conraditórios. cruz, fecha-se hermeticamente sobre Quanto mais alta a torre, ou si mesmo. No episódio dos discípu- quanto maior a distância entre los de Emaús assistimos à tristeza e a base e o topo da pirâmide à fuga. Aqui vemos a “comunidade” social na sociedade moderna e cerrada a qualquer contato. O baru- urbanizada, mais difícil o enlho, o vento forte e o fogo parecem tendimento. É nítido o contrasindicar que o Espírito de Deus vem te com o relato do Pentecostes sacudir o torpor dos seguidores de nos Atos dos Apóstolos. Neste Jesus, restituir-lhes a coragem para caso, com a vinda do Espírito, que abram as portas e se ponham a respira-se o clima alegre e cacaminho. O mesmo faz o Espírito, loroso da Boa-Nova de Jesus por exemplo, no Concílio Ecumênico Cristo. Embora provenientes de regiVaticano 2º, na Assembleia dos bis- ões, povos e línguas distintas, todos pos da América Latina e Caribe, em os presentes entendem a comunicaAparecida. Em síntese, sempre que a ção dos Apóstolos, pois estes falam a sociedade e a Igreja ameaçam parar linguagem do amor. A essa fraternidano tempo, congelar-se em fórmulas e de ou cidadania universal nos conviinstituições rígidas e fixas, fossilizar- dam os migrantes, com seus desafios se – o Espírito de Deus irrompe para ao encontro e ao interculturalismo! A criação geme e sofre de dores quebrar as cadeias, as fortalezas, as alianças espúrias e resgatar a fluidez de parto. O Espírito de vida sobrepõePADRE ALFREDO José GONÇALVES
se ao espírito de morte. Cada pessoa, juntamente com toda a criação, é convidada a renascer. Nascimento e renascimento pressupõem dor, sofrimento, perda, renúncia – em vista de uma vida com horizontes infinitivamente mais amplos. Por isso é que “os sofrimentos do momento presente não se comparam com a glória futura, que deverá ser relelada em nós”, afirma o apóstolo Paulo. Aqui também a irrupção de Deus surpreende a história. Enquanto esta tende à inércia e a uma acomodação petrificada, o Espírito subverte seus alicerces para revelar o dinamismo de uma criação que continua a evoluir. O tempo de Deus
Cada pessoa, juntamente com toda a criação, é convidada a renascer; nascimento e renascimento pressupõem dor, sofrimento, perda, renúncia – em vista de uma vida com horizontes infinitivamente mais amplos (kairós) toma o lugar do tempo dos tiranos e tiranias. O curso da trajetória humano-divina ou divino-humana permanece aberto à alternativas inovadoras. Os migrantes em movimento reabrem fronteiras cerradas e põem em marcha a própria história! Roma, Itália, 8 de junho de 2014, Solenidade de Pentecostes E-mail: vicariogenerale@scalabrini.org
espaço aberto
O vazio da filosofia em nossas escolas Neide Coelho Boëchat
Falar da decadência do sistema educacional e das ameaças a alguns poucos nichos de produção de cultura que ainda despontam bravamente por aqui se tornou lugar comum. Mas, sobretudo, nós, professores, não podemos nos calar. Há poucos dias, o filósofo José Arthur Giannotti, emérito professor da USP, comentou sobre os manuais do ensino de filosofia no ensino médio: “Preferia que os alunos não estudassem o que estão estudando. Tais manuais foram elaborados de forma universalizada ‘pelos pedagogos de Brasília’ para todo o País, sem respeitar a individualidade de cada região.” E concluiu: “O que temos hoje é uma concepção vazia de ensino. Não estamos formando professores”. Esta é a grande questão. Recordo-me do nosso entusiasmo quando o Governo aprovou a inclusão do ensino de filosofia no currículo do ensino médio, oportunidade de levar aos adolescentes, não apenas, um pouco mais de cultura, mas de criar um espaço de discussão, de investigação, de reflexão. Um lugar onde aprenderiam a reconhecer o valor do
pensamento, aprenderiam a pensar por si mesmos, a enxergar o mundo em sua totalidade. Aliás, a filosofia é a única que pensa a totalidade das coisas e do mundo, que torna possível desenvolver um “terrível” senso crítico, digo “terrível” porque a crítica é sempre uma ameaça; há sempre o perigo de desestabilizar o que parece estável. O que estamos assistindo não é nada animador. Como bem disse professor Giannotti, os manuais não respeitam as necessidades, as diferenças e o universo particular da comunidade onde serão aplicados. Assim, o conteúdo deixa de fazer sentido, não tem qualquer significado para os alunos. A maioria dos professores que administram tais aulas é muito mal preparada. O resultado é uma enorme rejeição à disciplina. Os alunos nos perguntam: ‘Para que serve isso? O que vou fazer com isso?’ A filosofia se tornou apenas mais uma matéria que terão de “decorar pra passar de ano”. Estudar filosofia parece perda de tempo. Resta a pergunta: o que esperar de uma sociedade que vive na imediati-
cidade do instante, sem tempo para pensar, sem ter aprendido a pensar e que faz do próprio pensamento algo sem valor e com o qual não vale a pena perder tempo? É urgente fazer algo para evitar o surgimento de um
A filosofia se tornou apenas mais uma matéria que terão de “decorar pra passar de ano”. Estudar filosofia parece perda de tempo novo corpo social fraco e debilitado, incapaz de criar algo diferente, que se mantém na repetição de antigos modelos e repertórios já conhecidos, incapaz de oferecer a si mesmo novas estruturas reflexivas que promovam ações suficientemente criativas para operar uma mudança neste cenário, já, por demais desgastado. Como está, só temos a lamentar. Coordenadora do Curso de Filosofia do UNIFAI – Centro Universitário Assunção, doutora em Filosofia e bacharel em Psicologia, autora de História e escassez em Jean-Paul Sartre - indicado ao Prêmio Jabuti 2012 na área das ciências humanas.
Christian de Paul de Barchifontaine
Cidadania deve ser conceituada levando-se em consideração o contexto social do qual se está falando, e com isto, a mesma adquire características, que se diferenciam conforme o tempo, o lugar, e, sobretudo as condições socioeconômicas existentes. Assim, num contexto desenvolvido, a cidadania é vista com ênfase nos direitos políticos; num contexto terceiro-mundista, a cidadania envolve as questões da autonomia, da democracia e do desenvolvimento, pensadas como totalidade, as quais se relacionam dialeticamente entre si. Três relações importantes: Cidadania diz respeito à autonomia de uma sociedade, no sentido de a mesma ter condições de traçar suas políticas. Democracia, sob o viés político, é a capacidade em se organizar e participar ativamente; sob o viés sócio político-econômico, é a consagração dos direitos mínimos do homem (educação, saúde, habitação...); sob o viés sociocultural, é uma educação que propicia ao povo definir seus próprios valores; Cidadania é sinônimo de democracia, e como tal não existe jamais em uma sociedade cuja participação nas estruturas política-econômica-social e cultural, é permitida apenas a uma minoria, que para exercê-la tem como condição a exclusão e consequentemente a marginalização da maioria; Cidadania não é apenas crescimento, mas também desenvolvimento na dimensão propriamente social, o que significa, para nós, mudança na organização da desigualdade social. O mercado é anterior à sociedade moderna; ele está associado à formação das cidades, cujos suprimentos dependiam de relações comerciais com produtores externos, notadamente camponeses. A sociedade de mercado surge no Ocidente a partir do século 16. Agora, a produção não é mais regida pelas necessidades humanas, mas pelas necessidades do mercado. Hoje, o mercado está dando origem a uma forma moderna de religião, a religião da mercadoria, gerando uma imensa idolatria. O dogma central dessa religião é este: “O dinheiro tudo pode, move o céu e a terra”. E o mercado é a mão invisível que rege nossos destinos melhor que nossa consciência, pois toma sempre a decisão mais adequada. Existem os templos dessa religião que são os bancos, existe a romaria aos espaços mais carregados de significação que são os grandes shoppings e cidades de consumo como Manaus, Miami, Paris... Existem também os sacerdotes que são os banqueiros e os financistas que prestam o maior culto ao dinheiro. Precisamos resgatar o mercado como realidade humana. As relações de mercado são relações sociais que regem a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Tratando-se de relações sociais, o coletivo, e não o individual deveria ocupar a centralidade do mercado. Portanto, o mercado tem por finalidade atender às metas sociais, às necessidades básicas. Infelizmente, pela lei da oferta e demanda, o mercado produz o que se vai comprar (bens supérfluos) e se preocupa somente com as pessoas que têm dinheiro para fazê-lo, isto em função da ideologia vigente. Todo compromisso na área da saúde, na nossa realidade, é desafiado a favorecer o processo de conquista da cidadania do povo. E-mail: superintendenciausc@saocamilo.br
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ERRATA
NA EDIÇÃO 3005 DE 3 A 9 DE JUNHO, PG 10, FOI PUBLICADO O DEMONSTRATIVO DO RESULTATO DE EXERCICIO, NTS EXPLICATIVAS E BALANÇO PATRIMONIAL DA ENTIDADE OBRAS SOCIAIS N. SRA AQUIROPITA, ONDE SE LÊ BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/2013 O CORRETO É 31/12/2012.
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Pastoral do menor
espiritualidade
Jesus, a água viva para adolescentes e jovens
Ajudar o papa Francisco para ele ajudar outros irmãos e irmãs
Pastoral do Menor
pastoralmenor@gmail.com
No final de 2013, no Ano da Fé, a Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, lança o Projeto Arquidiocesano “Evangelizando a Casa”, que propõe levar os jovens, que cumprem medida de internação, na Fundação Casa, a fazer uma experiência de fé que venha contribuir com a superação de conflitos e proporcionar o resgate de valores para o retorno à sociedade, para uma vida digna e fraterna. O Projeto traz como meta orientadora o 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese de São Paulo em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. A medida socioeducativa de internação esta prevista no ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90, e é aplicada em decorrência da prática de certos atos infracionais, praticados por adolescentes, tipificados como crime ou contravenção. Ainda, segundo a Lei, a instituição de internação – Fundação Casa – teria como finalidade educar, preparar o adolescente para o convívio em sociedade, o que, infelizmente, ainda não ocorre. A proposta metodológica do projeto “Evangelizando a Casa” é ser Igreja presente na vida destes jovens; é transmitir a fé numa linguagem jovem, usar da criatividade, pra que as visitas sejam de fato atraentes aos jovens. Uma das peculiaridades é o uso do conteúdo do YOUCAT que possui a capacidade de atrair pelo que é belo, inovador e criativo. O Grupo é composto por leigos e leigas, catequistas, religiosos e religiosas, padres e, desde a sua implantação conta com a assessoria de dom Fernando José
FREI PATRÍCIO SCIADINI
Penteado e dom Milton Kenan Junior. Hoje vivenciamos os frutos na cidade de São Paulo, das 31 unidades, que estão na Arquidiocese de São Paulo estamos presentes em 14. As experiências relatadas pelos grupos destacam a importância de fortalecermos esse trabalho ainda mais. Na expectativa da evangelização temos a oportunidade de anunciar Jesus Cristo e denunciar tudo aquilo que é contraditório ao Plano de Deus. O grupo de missionários evangelizadores da Região Episcopal Santana caminha a todo vapor nas Unidades que acompanham. Eles já realizaram retiro, celebrações e estão com um grupo de jovens sendo preparados para a primeira Eucaristia. A região Episcopal Sé tem se empenhado no acompanhamento Unidade Feminina, com encontros de evangelização semanais e se tem observado que cresce o índice de meninas envolvidas com ato infracional. A Região Episcopal Lapa, após
um processo de articulação de jovens missionários tira do papel o projeto “Evangelizando a Casa” e leva-o aos corações dos jovens internados nas Unidades Raposo Tavares. São jovens da Paróquia São Francisco que dão seu testemunho por meio da música, dinâmicas, reflexão de textos bíblicos. Os jovens atendidos falam da mudança que o encontro com Jesus provoca na vida de cada um e de cada uma. Cada Região Episcopal tem um coordenador e seu grupo constituído, mas precisamos ampliar os nossos agentes. Fica o convite a todos os grupos, pastorais, movimentos, homens e mulheres de boa vontade e fé que tenham a disponibilidade generosa, na dedicação do seu tempo no anúncio do Evangelho, a vir fazer parte do projeto “Evangelizando a Casa” e anunciar Jesus Cristo como fonte de água viva na vida desses adolescentes e jovens. Por Sueli Camargo
palavras que não passam
O espírito do Vaticano II sopra de novo Padre Augusto César Pereira
A Bíblia compara o Espírito Santo com o sopro da primeira criação nas primeiras páginas. O mesmo sopro renova a criação, redimida do pecado, com a comunicação do Espírito no dia da ressurreição do Senhor (cf. Gn 2,6-7; Jo 20,19-23). Num salto na História, encontramos o Espírito que soprou no papa João XXIII a sugestão de um Concílio que se chamou Ecumênico Vaticano II. Conforme o mesmo Papa, o Concílio é “fruto de inesperada primavera”. Hoje, transparece a necessidade de linguagem que responda com clareza e simplicidade aos questionamentos do mundo moderno, que espera novo relacionamento com a Igreja. Ecoa insistente hoje também o clamor do homem de nossos dias. A Igreja passa a impressão de afastamento das questões prementes do mundo atual, quase como se se bastasse a si mesma em momentos
cruciais, que oprimem a vida da Humanidade de nossos dias. O sopro do Espírito é evidente na atitude do papa Francisco, preocupado com os problemas sérios da família. Essa preocupação concretiza-se no recente questionário de 39 perguntas, como que para mapear os pontos angustiantes da vida em família, que pedem a atenção e a resposta da Igreja. E o Espírito soprou sobre o Papa também sobre a decisão de pedir a manifestação da opinião pública do mundo católico para procurar o caminho mais acertado, segundo o plano de Deus visando uma ação solidária sobre as diversas questões vitais desafiadoras à sensibilidade da Igreja. Com relação ao questionário já citado, não é uma pesquisa estatística em que vale o peso da maioria. É questão de sentir a Igreja na sua fonte mais preciosa, o Povo de Deus. É gratificante verificar que a Igreja volta-se sobre si mesma e sobre o seu povo, sondando a opinião geral, para decidir o
rumo a tomar. Portanto, o destaque da próxima Assembleia extraordinária preparatória para o Sínodo definitivo marcado para o próximo ano, irá definir a posição da Igreja diante das questões que a provocam. Repete-se o sopro do Espírito: a Igreja reflete sobre si mesma para atender aos seus compromissos com o mundo. Que repercuta em nosso tempo a mensagem do Papa Paulo VI: “O encontro da Igreja com o mundo atual [...] leva de novo a Igreja ao meio da vida contemporânea, mas não para dominar a sociedade nem para dificultar o autônomo e honesto desenvolvimento de sua atividade, mas para iluminá-la, sustentála e consolá-la”. Nessa visão e na esteira do Concílio, o Sínodo assinala “o ponto de encontro entre Cristo e o homem moderno”. Nesse sentido pedimos: São João XXIII, intercedei por nós e pelo papa Francisco, para que sejamos dignos da missão que o Senhor nos confia! E-mail: peaugustocesar@yahoo.com.br
Na festa de São Pedro e São Paulo meditei a liturgia e senti no meu coração nascer um amor novo, forte e cheio de entusiasmo para os dois apóstolos que eram tão diferentes, mas os dois tinham no coração um grande amor para Jesus e os dois deram a vida e derramaram o próprio sangue pelo salvador de todos nós, Jesus de Nazaré. Sempre gostei da lenda que um dia Pedro, medroso, tentou fugir de Roma e tomando o caminho que levaria de novo longe do perigo, encontrou no caminho Jesus. Pedro levou um susto danado. Não foi um encontro de alegria, mas de vergonha e de medo. E perguntou para Jesus em latim: “quo vadis, domine?” “Aonde vai Senhor?” E Jesus olhando nos seus olhos, respondeu: “vou a Roma para morrer de novo porque tu estás fugindo.” E Pedro retornou para Roma e morreu crucificado. Porém não se sentindo digno de morrer como o mestre, pediu para que o crucificassem de cabeça para baixo. É claro que mais do que história é lenda, mas uma lenda cheia de mensagens para cada um de nós. Não devemos ter medo de nada e de ninguém. O cristão é missionário, queira ou não queira, e na sua missionaridade, é chamado a anunciar a verdade, a boa-nova. Paulo é corajoso, firme, desbravador, corre e anuncia sem medo o evangelho e quer chegar até o fim do mundo. Ele sabe que foi “conquistado por Cristo, seduzido”. Os olhos do cristão são fixos em Pedro e neste momento o Pedro se chama “Francisco”. É ele que, com seu exemplo, sua palavra, seus gestos, nos estimula a sair do nosso comodismo, de nossos nichos, e correr pela estrada do mundo a levar o apoio, a solidariedade, o consolo a todos os que sofrem. Amar os pobres não é uma escolha que o cristão possa fazer ou não fazer e continua a ser cristão. Não amar os pobres é não ser cristão. O nosso amor pelos pobres não é motivado pelo aspecto social, mas porque no pobre, como em todas as pessoas, vemos o Cristo Jesus. Toda pessoa é pobre porque necessita de tanto amor, tanto perdão e tanta ternura. Olhemos o papa Francisco e ajudemo-lo para que ele ajude, com a oração e com a nossa oferta. Um dia li não sei onde e nem quem foi que falou: “Ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar e ninguém é tão rico que não tenha nada para receber”. Mas Jesus disse: “Gratuitamente recebestes e gratuitamente deveis dar”.
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Logotipo e oração da JMJ 2016 são apresentados na Polônia JMJ Cracóvia 2016
Marca oficial da Jornada Mundial da Juventude da Cracóvia foi criada por duas jovens designers e destaca personagens e o tema do encontro
Pai Celestial, concedei que possamos dar testemunho de Vossa misericórdia. Ensinanos a transmitir a fé aos que estão em dúvida, a esperança aos que estão desanimados, o amor aos que se sentem indiferentes, o perdão aos que erraram e a alegria aos que estão descontentes. Permiti que a centelha do Vosso amor misericordioso acesa em nós torne-se fogo que transforma corações e renova a face da terra.
Fernando Geronazzo Especial para O SÃO PAULO
Próximo de celebrar um ano da realização da Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, os olhares dos jovens se voltaram para a cidade polonesa de Cracóvia, que anunciou na quinta-feira, 3, o logotipo e a oração oficiais para a 31ª JMJ 2016. Na conferência, o arcebispo de Cracóvia, Stanislaw Dziwisz, também apresentou a oração oficial do evento.
A oração
Consiste em três partes. A primeira é a entrega de toda a humanidade, especialmente dos jovens, à Divina Misericórdia, devoção muito forte na Polônia. A segunda parte é um apelo pela graça
Cardeal Stanislaw Dziwisz e jovens designers apresentam o logotipo oficial da Jornada Mundia da Juventude 2016
de ser misericordioso. A terceira parte é dedicada à intercessão de Nossa Senhora e de São João Paulo II, pontífice polonês e patrono do encontro.
O logo
De autoria da designer gráfica polonesa Monika Rybczyska, 28, a imagem combina três elementos: o lugar, os personagens e o tema do encontro que acontece de 26 a 31 de julho. A coautora é Emilia Pyza, 26, especialista em design gráfico e publicação de livros. No centro do desenho há uma cruz, simbolizando Cristo como a
essência das Jornadas Mundiais da Juventude. O círculo amarelo representa a localização de Cracóvia e simboliza os jovens. Da cruz vem a centelha da Divina Misericórdia, forma e cor, referindo-se à imagem de Jesus: “Eu confio em vós”, devoção muito forte na Polônia. O logotipo é uma ilustração das palavras “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7), escolhidas pelo papa Francisco como tema da JMJ. O contorno vermelho remete ao mapa da Polônia. As cores usadas no logo – azul,
vermelho e amarelo – referem-se também às cores oficiais de Cracóvia e seu brasão de armas.
A Jornada
A JMJ Cracóvia 2016 começará em 26 de julho, com a cerimônia de abertura e o Festival da Juventude. De quarta-feira, 27 a sextafeira, 29, acontecem as catequeses em vários idiomas nas igrejas da cidade. Na quinta-feira, dia 28, está prevista a acolhida do Papa, e na sexta-feira à noite, 29, haverá a Via-Sacra. No sábado, 30, é o dia da vigília, e domingo, 31 de julho, a missa de encerramento com o
há 50 anos
Maria, Mãe de misericórdia, rogai por nós. São João Paulo II, rogai por nós. envio e o anúncio da próxima edição internacional da JMJ. O site oficial do evento informa que, nos últimos dois dias da JMJ, a comissão está trabalhando com a presença de 2 milhões de jovens. De 20 a 25 de julho, 300 mil pessoas estão sendo esperadas para os “Dias das Dioceses”, que antecedem a Jornada, equivalente à Semana Missionária realizada na edição brasileira do encontro. (Com agências)
CAMI - CENTRO DE APOIO E PASTORAL DO MIG CNPJ: 19.122.009/0001-01
Novo governo na Arquidiocese de SP O SÃO PAULO comenta encíclica de Paulo VI. A encíclica do papa aponta o controle de natalidade como um problema a ser combatido. “É problema extremamente grave: toca nas fontes da vida humana; toca nos sentimentos e nos interesses mais próximos à experiência do homem e da mulher.” Outro tema em destaque na edição foi “o novo governo na Arquidiocese”. Sobre a Campanha Rosário em Família, o semanário comunicou que aconteceu um jantar com
“Deus, Pai misericordioso que revelastes o Vosso amor no Vosso Filho Jesus Cristo e o derramastes sobre nós no Espírito Santo Consolador, confiamos a Vós hoje o destino do mundo e de cada homem.”
a imprensa e um encontro em que participaram cerca de mil sacerdotes. O objetivo era preparar a Cruzada que desde 11 de fevereiro do mesmo ano já tinha atingido 940 estabelecimentos de ensino, 113 paróquias, 21.745 professores e 600.000 alunos. O tema abordado foi a necessidade de aproximar a doutrina católica às exigências da vida atual, que enfatiza novamente a Campanha do Rosário, com ações de visitas a domicílio até os encontros com o clero.
BALANÇO PATRIMONIAL - Encerrado em 31/12/2013
BALANÇO PATRIMONIAL Descrição ATIVO ATIVO CIRCULANTE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SUPERAVIT DO EXERCICIO
Em 31/12/2013
Saldo Atual Saldo Anterior 31/12/2013 03/10/2013 49.986,00 0,00 49.986,00 0,00 49.986,00 0,00 31/12/2013 03/10/2013 49.986,00 0,00 49.986,00 0,00 49.986,00 0,00
DEMOSTRACAO DO RESULTADO DO PERIODO RECEITAS CONTRIBUIÇÕES DESPESAS DESPESAS FINANCEIRAS SUPERAVIT DO EXERCICIO
Em 31/12/2013
50.040,00
50.040,00
(54,00)
(54,00) 49.986,00
SAO PAULO, 31 de Dezembro de 2013
Capa da edição de 12 de julho de 1964
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A Igreja
Pelo Mundo
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Destaques das Agências Internacionais REDAÇÃO
CIDADE DO VATICANO
Papa Francisco defende fim Reconhecida Associação Internacional de Exorcistas Congregação para o Clero estatuto de uma associação frequentemente induzidas a do trabalho aos domingos Areconheceu juridicamente, internacional. Com a aprova- procurar magos, cartomantes, O Papa lamentou o abandono da tradicional prática cristã de não se trabalhar aos domingos, chamando atenção para o impacto negativo que tal perda causou às famílias e à vida social. O Pontífice, que viajou no último dia 5 para Molise, sul da Itália, disse que o funcionamento de lojas e outros negócios aos domingos não é benéfico para a sociedade. O Papa disse que a prioridade deveria ser “não econômica, mas humana”, com
foco nas relações familiares e de amizade, não nas comerciais. Argumentou que o fim do trabalho aos domingos seria uma medida benéfica para todos, já que passar o domingo com a família e os amigos é um “código ético” tanto para fiéis como para os que não têm fé. “Gastem tempo com as crianças”, exortou o Papa, acrescentando que gostaria de perguntar aos pais se eles “brincam com seus filhos”. Fonte: News.va
por meio de decreto no dia 13 de junho de 2014, a Associação Internacional de Exorcistas. Com o decreto, a organização foi reconhecida como associação privada internacional de fiéis, segundo o código de direito canônico. A idéia original de reunir os exorcistas em uma associação surgiu com o padre Gabriele Amorth, na década de 1980. Em 1991 foi criada a Associação Italiana de Exorcistas. Após alguns simpósios internacionais, decidiu-se criar um esboço do
ção a associação passa a contar com um estatuto próprio reconhecido pela Santa Sé. Entre os objetivos da Associação estão a formação de exorcistas e a promoção de encontros entre eles para compartilhar experiências e informações. O padre Francesco Bamonte, exorcista da Diocese de Roma e presidente da associação, concedeu entrevista à Rádio Vaticano. Segundo o padre Bamonte, é fundamental a presença de sacerdotes exorcistas nas dioceses, sem a qual as pessoas se sentem
feiticeiros e seitas. Segundo o padre Bamonte, é infundado o medo de que se as pessoas souberem da atividade de um exorcista numa diocese, serão induzidas a acreditar serem vítimas de possessões: “a primeira preocupação de todo exorcista de bom senso é a de evitar criar ou manter ilusões de uma possessão, quando esta não existe”. Para o padre Bamonte, “o exorcismo é uma forma de caridade, em benefício de pessoas que sofrem”. Fontes: News.va, Observatório Romano
ORIENTE MÉDIO Karim Sahib/AFP
Êxodo de cristãos do Iraque A instabilidade política e a perseguição religiosa por parte de grupos extremistas islâmicos têm provocado um verdadeiro êxodo cristão do Iraque. A afirmação é do arcebispo de Kirkuk (norte do Iraque), dom Yousif Mirkis, em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre no dia 3 de julho. Segundo o arcebispo, até 2003 a população do Iraque era composta por 3% de cristãos, dos quais aproximadamente dois terços já deixaram o país. “A sociedade iraquiana, assim como boa parte do mundo islâmico, foi sequestrada por grupos de fanáticos extremistas”, afirmou Dom Mirkis. No Iraque, um dos prin-
cipais grupos extremistas é o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). Conhecido pela violência e crueldade com que trata os seus inimigos e prisioneiros, o grupo decretou o restabelecimento do califado – Estado islâmico regido por um líder político e religioso, considerado sucessor do profeta Maomé: Khalif em árabe significa sucessor. A declaração significa, portanto, que o EIIL se vê como líder de todo o mundo islâmico. Outro exemplo da situação crítica dos cristãos no Iraque está em Mossul, também no norte do país. Por causa dos combates entre o exército regular do
Iraque e os grupos extremistas que conquistaram a cidade, muitos tiveram que fugir às pressas. O arcebispo local, dom Amel Nona, está refugiado em Tilkef, localidade vizinha parcialmente cristã. A Igreja abriu as portas de seus estabelecimentos escolares, jardins de infância e outros espaços, para acolher refugiados, entre os quais cristãos e também muçulmanos. Em Tilkef cerca de 700 famílias foram acolhidas. Em Alqosh, a cerca de 20 quilômetros de distância, foram acolhidas 500 famílias cristãs e 150 famílias muçulmanas. Fontes: The Guardian, The Independent, Ajuda à Igreja que Sofre
NIGÉRIA
BRASIL-ESPANHA
60 mulheres e adolescentes nigerianas raptadas escapam do cativeiro
ONG espanhola denuncia a pobreza e as desigualdades do “país do futebol”
As forças de segurança nigerianas relataram neste domingo, 6, que mais de 60 mulheres e meninas que haviam sido raptadas pelo grupo radical islâmico Boko Haram conseguiram escapar de seus captores. As vítimas foram sequestradas no mês passado, perto da cidade de Damboa, Estado de Borno, no nordeste do País. O grupo fugiu quando os insurgentes saíram para atacar soldados e policiais, na sexta-feira à noite e na manhã do sábado,
Brasil: apesar de ter sido anfitriã da Copa da FIifa 2014 e de ser a sétima potência econômica do mundo, cerca de 18,6% de sua população vive na pobreza ou absoluta miséria. A Manos Unidas (‘Mãos Juntas’), ONG espanhola ligada à Igreja, denunciou a exclusão, injustiça e pobreza na qual vivem milhões de brasileiros. Em comunicado, a ONG reconhece alguns avanços, mas destaca: “Compreendemos as manifestações populares pacíficas que reivindicam, justamente, o respeito aos direitos
na cidade de Damboa. Segundo o exército nigeriano, mais de 50 militantes do Boko Haram foram abatidos naquela noite. – O Boko Haram ainda tem em seu poder mais de 200 jovens, das cerca de 300 que foram sequestradas em abril último, crime que deu início à campanha “Bring Our Girls Back” (‘Tragam Nossas Garotas de Volta’) nas redes sociais, da qual várias celebridades participaram. La Cara Amable del Mundo
dos mais vulneráveis e políticas públicas eficazes que eliminem a miséria e garantam vida com dignidade para todos”. Apesar da grande riqueza natural e cultural que possui o Brasil, além do potencial econômico e de liderança no continente, continua sendo um dos países mais desiguais do mundo, onde os 10% mais ricos monopolizam 44,5% dos lucros totais do país, enquanto os 10% mais pobres só obtêm 1,1% do total, segundo dados da ONU. ACI-DIGITAl
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de olho no Sínodo da família Publicado com o título “Um Sínodo para ver, à luz do Evangelho, a família hoje”, O SÃO PAULO, abriu o espaço necessário para que se pudesse acompanhar atentamente o que acontecerá de 5 a 19 de outubro em Roma, na 3ª Assembleia dos Bispos convocada pelo papa Francisco para refletir sobre o tema: “Os Desafios Pastorais para as Famílias no contexto da Evangelização” (p. 24 Geral) . A primeira leitura do documento Instrumentum Laboris (IL), elaborado após ampla consulta aos bispos do mundo inteiro por orientação do Santo Padre em 8 de outubro
de 2013, não pode deixar de nos recordar a memorável Humanae Vitae de Paulo VI, quando na década de 1960, ofereceu de modo profético, diante da realidade presente, o que hoje, passados 50 anos, constatamos aos olhos no cotidiano. Mais uma vez a Igreja, dinâmica na sua atitude de atualização diante das transformações dos tempos, mas sempre fiel aos ensinamentos da verdade de Cristo, apresenta-se as circunstâncias onde as diversidades e adversidades provocam questionamentos, que não podem ficar sem respostas para o povo de Deus. Na Humanae Vitae, o fato
localizava-se no limite da relação conjugal diante do crescimento de novos métodos de controle da natalidade oferecidos pelo avanço científico-tecnológico. Agora, diante da complexidade de propostas, e principalmente por uma modelo de sociedade chamada de “cultura do descarte” e do “provisório”, como nos recorda frequentemente o papa Francisco; o tema amplia-se num desafio a percepção e compreensão da existência natural da própria constituição familiar, como condição humana criada e preparada por Deus para a realização de seus fins, na convivência do amor verdadeiro
e, portanto da felicidade. Condição natural esta, que passa a ser contestada, mesmo entre aqueles bem formados, como caminho por ser seguido somente pelos olhos da fé, mas sem respaldo da ciência. Procurando colaborar no conhecimento da leitura (imprescindível) do documento – Instrumentus Laboris (Instrumento do Trabalho) “Os Desafios Pastorais da Família no Contexto da Evangelização”, iniciamos hoje uma série de reflexão sobre um dos temas centrais que diz respeito a “Dificuldade de compreensão da lei natural”. Luciney Martins/O SÃO PAULO
Família, lei natural e a fé Prof. Dr. Valdir Reginato*
O texto do documento deixa claro que o conceito de lei natural apresenta-se hoje, desde o pleno desconhecimento por parte da grande população, como também dividido por inúmeras contestações que levam a sua não aceitação. Isto pelo fato de se encontrar uma diversidade de costumes culturais distintos, e nas possibilidades mais recentes do homem transformar o seu comportamento e destino mediante os recursos da ciência e tecnologia, que não permitem mais aceitar o que seria “natural” ao ser humano. Este contexto acarreta consequências imediatas na constituição e dinâmica familiar, desde a “contestação prática da lei natural sobre a união entre homem e mulher” (IL 27); assim como no “reconhecimento do povo de Deus como (sendo a família) um bem inestimável, o ambiente natural de crescimento da vida, uma es-
cola de humanidade, de amor e de esperança para a sociedade”. (IL 31). Cabe, portanto, indagar a existência da Lei Natural, enquanto um ato de fé, distinto do conhecimento da ciência revelado em diferentes possibilidades? Tanto a fé como o conhecimento da ciência nos leva ao Criador, não podendo existir disparidade nestes caminhos. A Igreja tem se manifestado objetivamente a este respeito principalmente pelos últimos papas, onde a fé e a razão pareciam divergir. O conhecimento científico da natureza, alcançado pelo homem, é progressivo; por vezes de interpretação enganosa, levando a conclusões de “leis” que são posteriormente mudadas pelas descobertas mais recentes, gerando novas teorias, e assim por diante. Pela fé, contudo, que não deve bloquear o reto avanço da ciência, depositamos a nossa esperança na verdade revelada por Deus nas Sagradas
Escrituras, e não somente deduzida humanamente em seu conhecimento duvidoso e incompleto. Parece bastante evidente como criaturas, devamos admitir a existência de um Criador, que não realizou a sua obra universal pelo acaso, mas harmoniosamente construída dentro do espírito do amor verdadeiro, onde uma “Lei” rege a “Natureza” acima de tudo que existe. E as leis de Deus não ficam ao sabor de mudanças por novos conhecimentos, porque procedem dele, que é a própria Verdade. Do contrário, seria um caos. Neste cenário Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar (...), Deus criou o homem à sua imagem, criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.” (Gn1, 26-27) . Em seguida lemos: “Por isso, o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne.”(Gn 2, 24).
A orientação de Deus é clara, e nesta condição a humanidade, já constituída a partir da família, vive a plenitude da sua criação no amor de Deus. Assim, não é a “lei natural” uma obrigação insuperável a opção livre aos homens, mas uma manifestação do amor de Deus aos homens em lhes indicar qual o verdadeiro caminho para a felicidade. Agiu o homem, mediante o pecado, afastando-se de Deus, conduzindo-se a si próprio a comportamentos algumas vezes muito aberrantes. Fugiu da sua “lei natural”. Passa a buscar esta felicidade justificado pela interpretação científica em teorias que se alternam, diante da mesma natureza; influenciando na avaliação de costumes, tradições, comportamentos e na moral. É necessário percorrer corretamente este caminho, pela ciência, mas acompanhado da fé. Do contrário permanecerá na dúvida constante das “leis dos homens”,
tão “descartáveis” e transitórias nos nossos dias que levam a perder a esperança por se alcançar a verdadeira felicidade. Perdeu-se a referência da “lei natural”. Desta forma se desiste da eternidade e, para estes, as alegrias na vida passam a se manifestar nas frivolidades, onde o verdadeiro Amor perde a sua razão de existir. Não há sentido em compromissos, fidelidade, e na própria identidade de quem sou, enquanto colaborador na transmissão da vida. Conclui-se que pela “lei natural”, a família criada e querida por Deus, “é definida como ‘escola de amor’, ‘escola de comunhão’, um ‘ginásio de relações’, o lugar privilegiado no qual se aprende a construir relações significativas, que ajudem o desenvolvimento da pessoa até a capacidade da doação de si” (IL 38), a exemplo do que sempre se viveu no lar de Nazaré. * Médico e terapeuta familiar, é professor da Escola Paulista de Medicina
Com a palavra
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padre Thierry Linard
‘É essencial viver bem a relação Igreja e Sociedade, porque somos cristãos, mas ao mesmo tempo, cidadãos’ Arquidiocese de Mariana (MG)
Nayá Fernandes
conhecem sua própria identidade. Do contrário, não há diálogo, há confusão.
A Campanha da Fraternidade de 2015 terá como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). A Campanha será inserida nas comemorações do Concílio Vaticano 2º com base nos documentos Lumen Gentium e Gaudium et Spes, sobre a missão da Igreja no Mundo. Com a publicação do documento de Estudos 107 da CNBB, sobre “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, o tema tem sido refletido em todo o Brasil. O SÃO PAULO conversou com o padre Thierry Linard de Guertechin, jesuíta nascido na Bélgica e residente no Brasil desde 1975. Filósofo, teólogo, demógrafo e geógrafo, padre Thierry é especialista em temáticas sociais e, atualmente, diretor do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento.
O SÃO PAULO – Qual a diferença entre Estado Laico e secularismo?
Redação
Padre Thierry – Importante não confundir Estado Laico com secularismo. O secularismo é um sistema de valores que atinge até o próprio cristão. Por exemplo, na Europa, a Dinamarca ou a Suécia, há ainda uma religião de Estado, mas são países muito secularizados. Não podemos dizer que um Estado Laico é um Estado Secular. O SÃO PAULO – Há também aqueles que se incomodam com a frase “Em nome de Deus” na Constituição brasileira. O que o senhor diria?
O SÃO PAULO – Como se dá, hoje, a relação Igreja e Sociedade? Padre Thierry – A fé deve se traduzir em obras. Uma fé que fica só no ambiente eclesial, “na sacristia”, não produz nada. Obras sociais, outros tipos de obras, fazem parte de uma entonação da fé que vai ao encontro da realidade na qual se vive. É essencial viver bem a relação Igreja e Sociedade, porque somos cristãos, mas ao mesmo tempo, cidadãos. Por isso, é preciso assumir as duas identidades de igual maneira. Para que se possa viver essa realidade em todos os âmbitos, é importante que a hierarquia da Igreja viva num modelo teológico que favoreça esta interação entre Igreja e Sociedade, e, por isso, escolher bem a teologia na qual se baseia toda a ação eclesial. Assim, é preciso perguntar sempre sobre qual delas abre espaço para mais participação e automaticamente ajuda a valorizar a presença do leigo no mundo. O drama que se vive hoje é o divórcio entre Igreja e Sociedade, sem articulação. O SÃO PAULO – A partir de quando começaram as discussões sobre o Estado Laico no Brasil? Padre Thierry – A partir do Concílio Vaticano 2º, a Igreja, com documentos como a Lumen Gentium e Gaudium et Spes. Depois disso, a partir dos anos 1990, vai se aprofundando a questão do Estado Laico por outra parcela da sociedade. As
pessoas sem religião representem apenas 8% da população brasileira, mas esta minoria acredita que a política e o Estado devem estar livres de interferência direta das Igrejas. Durante muito tempo a Igreja teve um papel importante na formação da sociedade, sobretudo no que se refere à promoção dos valores humanos. Hoje, porém, com um governo dividido e a economia nas mãos dos banqueiros, a questão social está nas mãos de alguns partidos que insistem, principalmente, num estado anticlerical.
O SÃO PAULO – A Igreja
Católica encontra dificuldades práticas neste contexto? Padre Thierry – Então, está se reduzindo muito a presença pública da Igreja em questões sociais, até mesmo devido às mudanças nas leis. A dimensão social da fé é visível e há muitos trabalhos sociais em diversos âmbitos, principalmente nas periferias e favelas das grandes cidades. A sociedade laica tem sentido à medida que o laicismo é político, ou seja, está restrito à organização política. Um Estado precisa agir de maneira positiva, dialogar com todas as religiões. O problema é que, no Brasil, o Governo tem muita dificuldade em dialogar e, acaba criminalizando alguns movimentos. Não
só os religiosos. Quem governa deve estar totalmente aberto ao diferente e ao diálogo.
O SÃO PAULO – Quais as vantagens e desvantagens de um Estado Laico? Padre Thierry – O Catolicismo foi, durante muitos séculos, a religião oficial do Estado em muitos países do Ocidente. Isso se deu a partir da conversão do imperador romano Constantino. E, mesmo depois da separação Igreja e Estado, o Catolicismo teve sempre grande influência nas decisões. Essa influência tem diminuído gradativamente na sociedade pós-moderna. Então, para mim, as vantagens estão relacionadas à vivência de uma democracia plural que reconhece religiões diferentes e que o Catolicismo não tem mais monopólio. Assim, o papel do Estado é garantir que as religiões possam conviver em paz. Isso é o mais importante. Já em relação às desvantagens, num País religioso como o nosso, o povo tem uma multipertença. A partir de uma dificuldade pessoal, as pessoas transitam entre as religiões buscando solucionar seus problemas. Isso dificulta a concepção de Estado Laico, pois para que haja respeito mútuo, as pessoas precisam saber o que são e o que querem e não há Estado que assegure o diálogo quando as pessoas não
Padre Thierry – Sou europeu e, por isso, me refiro à Europa que não tinha “Em nome de Deus” na Constituição, mas negou qualquer referência à Tradição Cristã. Isso significa negar o passado, e quem não tem passado não tem futuro. Temos que assumir cada um como pessoa e um grupo, uma comunidade, qual foi o nosso passado, e se reconciliar com o passado. Se pensarmos no povo alemão que passou pelo nazismo, sofreu a guerra e está recomeçando a cada dia, tentando se reconciliar consigo mesmo. São os sistemas autoritários que apagam o passado. Os franceses quiseram também apagar o passado e mudar o calendário. Isso é uma visão funcionalista que não funciona. Você pode se converter e aprender a olhar o passado de outro jeito, mas o passado fica sempre. Por isso, retirar simplesmente o texto da Constituição, pode ser um passo perigoso. O SÃO PAULO – Como fica neste contexto, o acordo Brasil e Santa Sé? Padre Thierry – Esse acordo tem a vantagem de permitir que a Igreja tenha uma definição particular, porque muitas Igrejas vivem segundo o regime do Código Civil, mas isso também tem problemáticas, porque o Código Civil tem associações, presidentes etc. A Igreja, porém, não é uma associação. Por exemplo, quem nomeia os bispos é Roma. Não é uma assembleia geral que decide. Assim, há um modo de ser que ultrapassa as definições jurídicas estabelecidas. Este acordo é importante, portanto, para que a Igreja diga, perante do Estado, que tipo de instituição ela é e isso lhe assegura o direito de continuar a sua missão. E-mail: nayafernandes@gmail.com
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Dez anos: aniversário sem festa no Haiti Após 200 anos de independência, o País continua sofrendo com forças de ocupação estrangeiras Nayá Fernandes Redação
O que se conhece a respeito do Haiti no Brasil? Talvez uma grande referência seja a mídia, que divulgou exaustivamente a
chegada de imigrantes haitianos, principalmente na cidade de São Paulo. Sabe-se também que eles entram pelo norte do País e que passam por inúmeras dificuldades em relação à moradia, trabalho e, até mesmo alimentação.
Mas o que poucos sabem, por exemplo, é que o Haiti foi o primeiro País a se tornar independente na América. Mesmo com uma ocupação norte-americana que durou de 1915 a 1934 e uma ditadura de 26 anos, de 1957 a 1986, com o reino de Duvalier. O Haiti, com um feito impensável na época, tinha já declarado independência em 1804, em condições muito singulares em comparação com o restante da América Latina. Outro detalhe que faz entender a história do povo haitiano é o significado da palavra Haiti, quer dizer, “terra montanhosa”. Após a independência, não houve uma divisão justa das terras e os camponeses fugiram para as montanhas. Assim, a injustiça social não diminuiu, mesmo após todas as lutas por igualdade. Como aconteceu com muitos países latinoamericanos, a crise no Haiti agravou-se depois da Revolução Industrial, e, neste momento, a ocupação norte-americana pareceu ser a solução para os problemas econômicos. Ela, a crise, voltou após os anos 1950, pois o País não se modernizou, e a conse-
quência foi a ditadura em 1957. Em 1968, a esquerda haitiana, que estava dividida em vários partidos políticos, se unificou em um único, o Partido Unificado dos Comunistas Haitianos (PUCH). Eles começaram a canalizar as energias populares para as eleições. Assim, na primeira eleição democrática, o presidente eleito, em dezembro de 1990, foi Jean-Bertrand Aristide, um jovem padre de 35 anos. Aristides se elegeu, mas sofreu um golpe de Estado após sete meses de mandato. Ficou exilado por três anos e, quando voltou, começou a institucionalizar tudo o que tinha de luta no Haiti.
A Minustah
Para falar sobre a Minustah, a chamada Missão de Paz no Haiti, O SÃO PAULO entrou em contato com o sociólogo Franck Seguy, haitiano que fez doutorado na Unicamp, em São Paulo. Ele defendeu, na sua tese de doutorado, que a retirada imediata da Missão poderá gerar condições para a recuperação da autonomia político-econômica e para o enfrentamento dos problemas sociais no País. Franck explicou que, após voltar do exílio, Aristides dissolveu o exército haitiano, em 1994. O exército tinha as características de uma força de ocupação em um país ocupado. Então, desde 1º de junho de 2004, por decisão do Conselho de Segurança, da Organização das Nações Unidas, com inteligência dos EUA, da França e do Canadá, implantou-se o planejamento estratégico da Minustah. O Brasil está no comando das tropas que provém, a maior parte, da América: Argentina, Uruguai, Brasil, Chile, Peru, Guatemala, Bolívia, Equador, Paraguai, El Salvador e Honduras. “Sob o pretexto de estabilizar o País, o verdadeiro objetivo da Minustah é evitar que o povo haitiano exerça sua soberania e autodeterminação. Serve, além disso, para ensaiar novas formas de intervenção imperialista e de controle social, como as que depois se aplicaram com os golpes de estado contra Honduras e Para-
guai, por exemplo, ou nas favelas e contra as manifestações no Brasil”, afirmou Seguy. O próprio senado do Haiti pediu duas vezes a retirada das tropas. Pesquisas recentes indicam que 89% da população rejeita a presença da Minustah e a onda de mobilizações massivas, que seguem crescendo desde outubro de 2013. A principal denúncia é referente à repressão de protestos sociais. Mas há outras, como a violação de mulheres e jovens e a exploração de recursos naturais, principalmente do ouro, que é abundante no norte do País. É importante ressaltar que o Haiti, não é um país em guerra como muitos outros, para onde vão os corpos de paz. A nova presença dos latino-americanos deveria representar a possibilidade de uma cooperação solidária e não de uma tropa que aja com violência e dominação. Franck ressaltou ainda, em entrevista à Agência de Notícias para a América Latina (Adital), que o Haiti é um país muito pacífico. “Eu diria que muito se pensarmos em uma nação de 10 ou 11 milhões de habitantes, para os quais não há nada além de 8 mil policiais. Atualmente, há as forças da Minustah, tal como falamos, mas há regiões sem polícia, nas zonas rurais. Há a miséria. Uma grande miséria para muitos, com uma grande distância dos poucos que tem riqueza. Contudo, se nos referirmos à violência, há dois tipos de violência no Haiti. Uma é a violência dos mafiosos ligados às drogas porque, como se sabe, o Haiti é um intenso terreno de passagem da droga até os Estados Unidos, intenso. A outra é a tentação da violência e os governantes que sempre a usaram. O governo atual introduziu uma nuance: o uso do sistema judicial para a violência”, explicou.
Campanha no Brasil
Alguns grupos como a Rede Jubileu Sul Brasil, o Instituto São Paulo de Cidadania e Política, o Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo e instituições sul-americanas, como a Unidad Popular e Servicio Paz y Justicia, ambas da Argentina estão apoiando uma campanha de assinaturas para a retirada da Minustah. A campanha de assinaturas está sendo articulada pelos e-mails sandraq@ pacs.org.br e jubileusulbrasil@gmail.com e acontece de 1 de junho a 15 de outubro – data na qual o Conselho de Segurança votará novamente a continuidade, ou não, da Minustah do Haiti. E-mail: nayafernandes@gmail.com (Com agências)
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Um decreto que aproxima o executivo da sociedade civil Antonio Cruz/ABr
Assinado pela presidênte da república, a Política Nacional de Participação Social instituiu os conselhos participativos Edcarlos Bispo
Redação
Em maio, a presidência da república assinou o decreto 8.243, que instituiu a Politica Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Assim que publicado o decreto causou um mal estar entre o Poder Executivo e o Legislativo, além de ser visto por setores da sociedade e por parte da mídia como uma tentativa, por parte da presidente Dilma Rousseff, de transformar o país em uma “República Bolivariana”. “Conselho montado à imagem e semelhança da presidente da república ou de quem estiver no poder é evidente transformar o país uma democracia que a duras custas foi conseguida na constituição de 1988, em uma republiqueta bolivariana, como acontece na Venezuela, Bolívia e Equador”, afirmou em entrevista ao O SÃO PAULO o jurista Ives Gandra Martins. De uma forma completamente oposta pensa o militante dos movimentos sociais e um dos idealizadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Francisco Whitaker Ferreira, o Chico Whitaker. Também em entrevista ao O SÃO PAULO, Chico afirma que “é muito interessante ver a celeuma que esse projeto provocou, na verdade é uma celeuma marcada por uma conotação eleitoreira, porque o que se quer com isso é queimar o governo, dizer que ele está pretendendo fazer conspiração bolivariana e
essas loucuras todas. Existem já esses conselhos por aí afora e não têm caráter deliberativo e não terão com o decreto da presidente porque ela nem pode legislar dessa forma ela só pode regulamentar, não pode fazer lei sobre o assunto. O decreto só pode regulamentar uma lei”. Um grupo de juristas, professores e pesquisadores publicaram uma nota na qual declaram “apoio a esse diploma legal que instituiu a Política Nacional de Participação Social”, na declaração pública, assinada, entre outros, por nomes como Fábio Konder Comparato, Celso de Mello e Dalmo Dallari, há uma defesa ao decreto e sua manutenção. “Entendemos que o decreto representa um avanço para a democracia brasileira por estimular os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a considerarem espaços e mecanismos de participação social, que possam auxiliar o processo de formulação e gestão de suas políticas.”
Decreto eleitoreiro?
Nesse ponto, tanto Ives Gandra quanto Chico Whitaker afirmam que o decreto da presidente Dilma é apenas para uso eleitoral e causa estranheza pelo momento em que ele foi publicado. Para o jurista, “os conselhos são lançados agora
quando a presidente Dilma está com alto índice de rejeição, porque na eventualidade de ela ser reeleita ela vai continuar a fazer o que bem entende, mas se ela não for eleita, para o candidato que vier a ser eleito ela vai criar um problema sério”. Para Chico Whitaker a surpresa com o decreto se dá, porque segundo ele, o mesmo veio em um momento inoportuno “um pouco antes da Copa, antes das eleições, e principalmente porque o decreto não faz muita coisa se não regulamentar muito do que existe. Ele não cria nada de novo, está simplesmente dizendo como devem ser os conselhos que estão existindo por aí a fora e deveriam existir em maior número e em maior quantidade.” Chico ainda vai além, afirma que o decreto é pretencioso e insuficiente, pois dá o nome de Sistema Nacional de Participação Social, como se incluísse todos os tipos de participação social que podem existir e, por outro lado, aborda de uma maneira que engessa as coisas, “creio que deveria ser chamado de Processo Nacional de Participação Social e não sistema, mas porque digo isso, porque a Constituição já prevê um montão de conselhos paritários de organismos do executivo, inclusive conselhos com a participação de
governo, sociedade civil e etc.”.
Deliberativo ou consultivo?
Nesse ponto a opinião entre os dois entrevistados pelo O SÃO PAULO se dividem novamente. Ives Gandra afirma categoricamente ter a impressão que o decreto “objetiva reduzir o regime democrático, nada obstante de estarmos com a impressão de que isso está alargando o sistema democrático. O que legitima a democracia é o fato do povo eleger seus representantes.” Ainda continua Gandra: “Quando no caso da presidente Dilma em que ela não representa nem a maioria da nação, já que foi eleita em segundo turno, ela instala um concelho dizendo que quer o contato direto com o povo com votos que não são obrigatórios e serão aparelhados já que ela vai definir quais são os conselhos e como fará as eleições e são aqueles que estão preparados para votarem naqueles conselhos de acordo com a vontade de quem está no poder, nós estamos substituindo a representação popular de 140 milhões de habitantes por um grupo pequeno que será aquele que vinculado ao governo estará disposto a votar naqueles conselhos que serão os conselhos que definirão as políticas sociais e não os representantes do povo, que são 140 milhões de brasileiros, que votam obrigatoriamente por força
de nossa lei”, afirma o jurista. E prossegue Ives Gandra, “considero que o decreto lei 8.243 é uma forma de tornar a República Brasileira uma ‘República Bolivariana’ com os mesmos destinos e futuros que vemos na falência do sistema politico e econômico da Venezuela, nos problemas seríssimos que está tendo a liberdade, inclusive de imprensa, no Equador e na Bolívia, e o mesmo exemplo que a Argentina está seguindo”. Chico, porém tem o mesmo posicionamento que os juristas que assinam o manifesto em favor do decreto 8.243, para ele o mesmo é apenas consultivo e, como consultivo já existe em várias esferas do poder executivo, a lei surge apenas para regulamentá-lo – como a grosso modo é o papel de um decreto presidencial, regular leis e não criá-las – “ele [o decreto] está regulamentando determinações da constituição. Não tira nenhum poder do legislativo nem do executivo, não são deliberativos. Quem continua decidindo é o executivo, ou o legislativo nas suas coisas.” No manifesto assinado pelos juristas, fica claro a ideia de que os conselhos não irão substituir o papel do Legislativo. “Entendemos que o decreto não viola nem usurpa as atribuições do Poder Legislativo, mas tão somente organiza as instâncias de participação sociais já existentes no Governo Federal e estabelece diretrizes para o seu funcionamento, nos termos e nos limites das atribuições conferidas ao Poder Executivo pelo Art. 84, VI, ‘a’ da Constituição Federal.” A Carta Magna do país ao afirmar que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição” art. 1º. parágrafo único, da Constituição da República Federativa do Brasil, deixa sinais de que o sistema democrático precisa se aproximar ainda mais do povo, seja por meio dos parlamentares eleitos, seja pela ação direta do povo. Mesmo com imperfeições e falhas, o decreto tenta regulamentar essa ação. E-mail: edbsant@gmail.com
O jornal O SÃO PAULO está de cara nova 3666-9660 - 3660-3723 - 3660-3724
faça parte desta mudança
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O novo Plano Diretor e os desafios para São Paulo Após a aprovação do PDE um longo caminho ainda é preciso ser percorrido para que melhorias cheguem de fato à população mais carente Edcarlos Bispo
redação
Nove meses, esse foi o tempo que o projeto de revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) demorou em ficar pronto e ser aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo. O Plano Diretor é a lei que estabelece as diretrizes para o planejamento urbano da cidade nos próximos 16 anos. Nele, estão incluídos pontos como a altura de prédios, a determinação de áreas preferenciais para suas construções, as implementações para redução do déficit habitacional, a melhoria do transporte público e a preservação do meio ambiente. Em entrevista ao O SÃO PAULO, o relator da proposta, vereador Nabil Bonduki, destacou sua satisfação em ter conseguido a aprovação, com um número expressivo de votos favoráveis, 44 em um total de 55 parlamentares. “Sinto-me satisfeito, acho que ele avançou bastante em relação a muitos aspectos na cidade. Foram audiências públicas, oficinas, reuniões com os seguimentos da sociedade, transparência no processo.Todos os documentos foram publicados com antecedência”. O vereador salienta ainda que o Plano Diretor não é o fim de um o processo, mas, de certa forma, o início de um caminho para buscar melhorias para a cidade. “O PDE não é o fim de um processo, vamos ter ainda os seus desdobramentos com a Lei de Uso e Ocupação do Solo, planos regionais, os planos da operação urbana, uma longa trajetória que, para poder acontecer, precisaria ter o Plano Diretor aprovado”.
Analisando de forma positiva o PDE, o psicólogo, diretor da Escola de Governo e membro do colegiado da Rede Nossa São Paulo Maurício Jorge Piragino, destaca que finalmente a cidade conseguiu aprovar o Plano Diretor que abafou processos obscuros, e não teve a aprovação de emendas de última hora que “desvirtuassem este processo construído ao longo de meses com audiências públicas por toda a cidade”. Assim sinalizou: “Termos um rumo de desenvolvimento é fundamental para uma cidade que é maior que dezenas de países e que precisa de planejamento e foi uma grande vitória sobre a ideia de que o planejamento é preponderante sobre os interesses privados, afinal somos uma república. Juntamente com o Programa de Metas, o Plano Diretor pode mudar a cara da nossa cidade para uma cidade mais civilizada no sentido de termos uma cidade justa ambientalmente e socialmente em 2030”, afirmou Maurício. É importante salientar que o PDE não resolve todos os problemas da cidade e sua aplicação passa diretamente pela atuação do poder público municipal, por isso Maurício destaca que os cidadãos devem fazer o seu papel fiscalizador, e sugere, ainda, que através das redes sociais a população “observe o que ele [Plano] prevê para a área por onde cada um circula”. Com relação à população mais carente, o relator do Plano Diretor afirma que ele atenderá de forma especial essa população, pois prioriza o transporte coletivo e facilita a vida de quem utiliza deste meio de transporte, além das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) – tanto as ZEIS 1, voltadas para favelas e loteamentos clandestinos que poderão ser regularizados com maior facilidade como as ZEIS 2, 3 e 4 que são para a produção de unidades de moradias novas que poderão ser construídas de maneira mais fácil a custos mais baratos de terreno. Sobre as críticas que o projeto recebeu, Nabil Bonduki destacou que qualquer projeto com esse tamanho que tem o PDE, que trata da “cidade toda de assuntos ambientais, sociais, econômicos, culturais, de modo de vida, claro poderia ser
um pouco melhor do que é, mais o mais importante é que temos um instrumento que dá uma perspectiva para a cidade do ordenamento físico territorial”. O também vereador Toninho Vespoli votou contra a aprovação do PDE, apesar de reconhecer os avanços do projeto em relação ao plano em vigor, o parlamentar destaca que o “seu eixo geral é um retrocesso, deixando a capital paulista novamente à mercê da especulação imobiliária e aprofundando a desigualdade social. Também inviabiliza a cidade no futuro em termos de mobilidade e qualidade de vida. Tudo isso para atender aos interesses dos especuladores imobiliários, que há tempos vêm determinando a ocupação da nossa cidade”. De acordo com Toninho, o Plano não toca na questão da segregação social e espacial, a concentração maciça de ZEIS continua na periferia. O adensamento nos eixos estruturantes de mobilidade (próximo a linhas de metrô/trem e corredores de ônibus) é a principal marca do projeto do Plano Diretor e permite que se construa nessas áreas prédios com altura equivalente aos da avenida Paulista. Com isso as empreiteiras podem erguer edifícios até o máximo dos limites onde é mais interessante em termos de especulação, já que todo mundo prefere viver onde há alternativa de transporte. “Defensores do plano alegam que a ideia é trazer pessoas para perto do transporte público e estimular seu uso. Mas o sistema já está saturado nesses locais, e não há um estudo que diga qual será o impacto desse adensamento sobre o transporte coletivo. Também inexiste um planejamento que contemple equipamentos públicos para atender essa população, como escolas, postos de saúde, parques, etc.”, afirma Toninho. Para o vereador outra incoerência é dizer que o Arco do Futuro vai aproximar emprego e moradia. “Para quem?”, questiona “se no trecho demarcado para o projeto há pouquíssimas ZEIS? Novamente quem terá dinheiro para comprar esses imóveis serão as classes mais abastadas, que já vivem nas áreas mais centrais e que são minoria”, conclui. E-mail: edbsant@gmail.com
Algumas mudanças com o novo PDE
Garantir que a permissão das novas construções tenha como fator permitido o mesmo número de metros que o terreno tem é um avanço, pois se desejarem construir mais do que a metragem do terreno deverão pagar(outorga) e este dinheiro vai construir um fundo que será dirigido 30% para o transporte público e 30% para moradias populares, dois problemas básicos na cidade; A garantia de estimular o desenvolvimento em regiões como a Zona Leste que tem mais de 4 milhões de habitantes e que precisam ter empregos lá, na área, pois assim melhora-se a qualidade de vida por toda a cidade e de todos cidadãos da Zona Leste e das demais regiões; O desestímulo ao automóvel nas áreas bem servidas pelo transporte público inibindo o número de vagas de estacionamento nos prédios que forem construídos neste entorno (metrô e corredores de ônibus); O adensamento do Centro que é uma área rica em recursos e equipamentos públicos; A garantia de uma zona rural no extremo sul da cidade que é uma área de preservação ambiental e onde se encontram grandes represas que alimentam toda uma população diante de um problema que deve se tornar crônico em São Paulo que é a questão do abastecimento de água; A garantia de Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) para se derrubar os muros que separam a periferia e o centro expandido rico da cidade; A indicação de Territórios de Interesse da Cultura e da Paisagem (TICP) no Centro Histórico da cidade (garantindo que se preserve a história que é facilmente destruída pelas incorporadoras) e na região de Perus onde os movimentos lutam pela transformação da velha fábrica de cimento de Perus num polo cultural regional.
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uma igreja em saída
Na Belém paulistana, uma gruta para o Salvador Paróquia na periferia de São Paulo trabalha para erguer nova matriz que é motivo de crescimento e união entre as pastorais e a comunidade local Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Edcarlos Bispo
reportagem na zona norte
Na praça da Sé está o Marco Zero, um monumento que indica onde ficam as direções da cidade e dos estados vizinhos a São Paulo. Na Sé, região central, fica, também, a Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção, Igreja Mãe da Arquidiocese de São Paulo. É deste local, que a reportagem do O SÃO PAULO vai partir em direção a uma das paróquias da Arquidiocese para ver o trabalho que é realizado nela. A “viagem” dura em média, em um cenário otimista, uma hora e meia – metrô linha azul até o terminal Santana e depois um ônibus até o Jardim Fontalis. Por ser na periferia da cidade, extremo norte da zona norte, já divisa com o município de Guarulhos, a Paróquia, possui até um nome sugestivo, Natividade do Senhor, relembrando o nascimento de Jesus, a cidade de Belém e a gruta onde Maria encontrou abrigo para dar a luz ao Salvador. Voltando á Judeia, uma região grande e desenvolvida, que possuía uma pequena cidade, pobre e humilde, porém merecedora de grande graça, dela, cidade de Belém, nasceria o Messias, “E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um príncipe que será o pastor do meu povo, Israel” (Mt 2, 6). E aqui mais próxima, na Belém paulistana que uma nova gruta está sendo erguida para acolher Maria, José e o Menino Deus. A Paróquia Natividade do Senhor possuiu sete comunidades, porém três delas caminham para se tornar uma área pastoral. Abrange, aproximadamente, 10 bairros e milhares de famílias. A missa das 9h, aos domingos, é onde há mais participação na a atual matriz paroquial. A rua principal do bairro se torna estacionamento para os carros, as calçadas passam a fazer parte do pequeno templo e, os fiéis, atentos, mesmo que na rua, celebram com fé e piedade a Ceia do Senhor. Desde 2005 foi doado um terreno para a construção de uma nova Matriz, aos poucos e com dedicação, os fiéis trabalham para erguer uma nova casa para a comunidade, para as celebrações e para o Senhor.
Fotos: Edcarlos Bispo/O SÃO PAULO
maior, tem que ser “um lugar bonito, de referência” para que a Comunidade possa construir sua identidade e ter um sentimento de pertencimento. Para o casal Marcelo Joaquim da Silva Santos e Dalvaci Maria da Silva Santos, a construção da Comunidade se dá de maneira contínua, tanto no templo físico como no templo espiritual, que são os fiéis. Casados há 24 anos, pais de três filhos, e trabalhando na comunidade há 11 anos. O casal tem um trabalho junto ao Grupo de Oração, além de ajudar a organizar os eventos e atividades. Ambos acreditam que a comunidade tem conseguido ser um sinal para o bairro, além de ter unido, ainda mais, os paroquianos. “Nas novenas de Natal, por exemplo, vamos a muitas famílias que não vem à igreja”, comenta Marcelo, destacando a ação evangelizadora da Paróquia na comunidade local. Para Dalvaci é preciso que os fiéis leigos e agentes de pastoral se programem para, após a construção, se manterem unidos no trabalho de evangelização.
Próximos passos O trabalho da costrução da nova matriz, iniciado em 2005, já passou por diversas etapas, em reportagem de 25 de novembro de 2011, O SÃO PAULO já destacava a ação pastoral promovida no bairro; atualmente, com muito trabalho dos fiéis, a obra segue a todo vapor, ainda sem data para a inauguração do novo templo
Marengo. Na comunidade desde 2001, quando a mesma se tornou paróquia, em celebração presidida pelo então arcebispo metropolitano, dom Claudio Hummes, o Padre se divide em mil. Realiza as obrigações enquanto sacerdote – missas, confissões, orientações espirituais, condução das pastorais, visita aos doentes, celebrações nas comunidades, exéquias –, além de ter se tornado pedreiro e mestre de obras. No início da construção, o Padre era tímido na hora de pedir dinheiro, não tinha muito jeito e o sotaque espanhol – Andrés é argentino – não colaborava muito. Hoje em dia, ainda com certa timidez, o Sacerdote fala durante a homilia de como a construção tem avançado e o quanto é preciso que a comunidade se mantenha fiel em suas contribuições e em seu dízimo.
a Comunidade cresceu consideravelmente e realizou diversas atividades junto a comunidade local, atraindo ainda mais fiéis e conseguindo evangelizar e ser “sal e luz” junto aos moradores. Esses sinais se encontram nas mãos de alguns casais, que após fazerem o Encontro de Casais com Cristo (ECC), e que ainda não possuíam o sacramento do matrimônio, participaram do casamento comunitário e, diante da comunidade de fiéis, assumiram o compromisso de ser uma só carne e viverem como cristãos. Os jovens, por sua vez, vestem o sinal do crescimento pastoral na Paróquia, que há cinco anos realiza o encontro, Ruah – palavra hebraica que indica sopro de vida, vento, o movimento do ar, hálito, espírito –, para os crismandos que estão no último ano de preparação para receber o sacramento do Crisma. Na missa do domingo, O trabalho do pároco Templo físico e espiritual 6, o padre chamou todos à frenUm dos grandes idealizadores des- A construção, do templo físico, te, no altar, para dar uma bênção te projeto é o padre Andrés Gustavo não é tudo. Ao longo desses anos, especial, e com suas camisetas do
encontro e alegria foram enviados para evangelizar outros jovens. Além dos casais e dos jovens, a Comunidade acompanha com atenção as crianças, de acordo com o Pároco, a Pastoral da Criança atende, só na Matriz, aproximadamente 400 crianças; outra ação muito significativa, por sua vez a Pastoral Social desenvolve um trabalho de assistência junto a 50 famílias.
Um sinal na comunidade
Pode até parecer loucura, e algumas pessoas chegam a questionar o Padre se, de fato, não seria, ele, mesmo tão enlouquecido, porém, com alegria, comenta: “Sim, sou um doido”, e afirma que muitos acham que não precisa de uma obra tão grande na periferia, porém o Sacerdote destaca “a Comunidade precisa, temos carência de espaços. Espaços de encontro, de formação de espiritualidade”. “A periferia merece mais”, afirma Andrés. Para ele, não basta apenas construir um “salãozinho”
Ainda é difícil precisar quando a obra estará pronta. Se fosse pelo desejo do padre, das coordenações paroquias, e dos fiéis a mudança para o novo templo já teria acontecido, porém, diferente de grandes obras ou construções realizadas por quem tem dinheiro, a obra da Natividade do Senhor é feita com a colaboração de cada moedinha dos paroquianos. Atualmente a campanha “Colorindo nosso sonho” anima os fiéis a levarem mensalmente para casa um envelope colorido, cada mês é uma cor diferente, e o valor da contribuição é dado de acordo com a vontade e o desejo do coração do fiel. Em dezembro, mês que a comunidade celebra a festa de seu patrono, será feita uma árvore de Natal bem colorida, com todos os envelopes devolvidos. Isso animará, ainda mais, a animanda comunidade a manter-se fiel e a celebrar com alegria o nascimento do Menino Deus! E-mail: edbsant@gmail.com
Paróquia Natividade do Senhor Rua Augusto Rodrigues, 285, jardim Fontalis Fone: (11) 2995-7422 E-mail: paroquianatividadedo senhor@yahoo.com.br
16 | Viver Bem |
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dicas de cultura
literatura
Oficinas gratuitas de dança e teatro na zona sul Diálogos com a Escola da Ponte O Grupo Núcleo Doc de Teatro, realiza todas as segundas, das 16h às 18h, oficinas de dança e teatro no bairro de Santo Amaro. As duas próximas oficinas acontecerão ao mesmo tempo. A oficina de Dança, possibilita uma experimentação de movimentos corporais a partir de danças e poesias.
Os encontros objetivam vivenciar e estudar poesia sob uma metodologia, que mescla ritmos populares brasileiros e exercícios corporais, desenvolvidos no teatro. Isso resultará na composição do que denominamos “poema vivo” , não apenas na palavra. mas também por meio do corpo.
Reprodução
A oficina de Teatro busca, intermediada por jogos e dinâmicas, despertar a consciência corporal. Permitindo ao participante a liberdade para expressar-se e desinibir-se, baseada na metodologia especifica e nos estudos de Paulo Eiró. Assim o grupo vai experimentando o que é o fazer teatral. Reprodução
O QUE: Oficinas gratuitas de dança e teatro QUANDO: de 30/6 a 25/8 -Segundas das 16h às 18h QUANTO: Gratuito ONDE: - Paço Cultural Júlio Guerra (antiga Casa Amarela) Praça Floriano Peixoto, 131 - Santo Amaro – Sul São Paulo (11) 5523-6455 / (11) 5548-1115
Estação Largo Treze (Metrô – Linha 5 Lilás) http://pacojulioguerra.wordpress.com - Casa de Cultura de Santo Amaro Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434 Santo Amaro – zona sul -São Paulo Telefax: (11) 5522-8897 / Telecom: (11) 5691-0164 http://www.casadeculturasantoamaro.blogspot.com/
Escola da Ponte é uma instituição pública de ensino localizada em Portugal, e tem como objetivo oferecer um método de ensino que dá direitos de participação iguais para estudantes, professores e funcionários. Esses espaços de ensino colocam os jovens estudantes e as suas vozes como os atores centrais do processo educacional. Em 2006 foi criado o “Fazer a Ponte”, um curso a distância online com a participação de professores, pais e alunos da Escola da Ponte. Devido o sucesso do curso, os autores decidiram escrever este livro. Mas não queriam elaborar apenas um livro com a his-
tória da Escola da Ponte, e sim um livro que explicasse, em detalhes, como funciona o método de ensino da Escola se baseando nas dúvidas que surgiam durante os cursos online. Uns contribuíram com as perguntas, e muitas respostas foram dadas por alunos e pais da Escola da Ponte, mas, sobretudo por seus professores. Ficha Técnica PÁGINA: 216 PREÇO: R$ 34,00 AUTOR: José Pacheco e Maria de Fátima Pacheco PREÇO: R$ 34,00
vamos cuidar da saúde!
direito do consumidor
Micose no corpo
Quem pode ser presidente da República?
Tinea corporis é tecnicamente o nome da micose que acomete a pele de forma superficial e pode aparecer em qualquer parte do corpo. Sua lesão apresenta bordas elevadas que descamam, com um centro mais claro. Pode haver também perda de pelos no local acompanhado de coceira. Seu contagio pode acontecer através de contatos
diretos de pele com pessoas infectadas ou animais de estimação. É comum aparecer também em regiões de “dobras” (entre coxas, embaixo dos seios, na virilha, axila). Seu tratamento é simples mas dura semanas. Além de medicações e pomadas antifúngicas , após o tratamento medicamentoso você pode usar talcos ou amido de milho nas áreas de maior transpiração para evitar novas colonizações de fungos. Dra. Cássia Regina é medica atuante na Estratégia de Saúde da Família
Qualquer brasileiro nato o brasileiro naturalizado não poderá ser presidenta da República, ele poderá se candidatar até, no máximo, ao cargo de Senador. De acordo com a Constituição em vigor, ele não poderá chegar à Presidência da República, pode vir a tornar-se presidente da República Federativa do Brasil, preenchidos os requisitos que constam do
artigo 14, §3º, entre os quais possuir nacionalidade brasileira, ter pleno exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, domicilio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária e a idade mínima de 35 anos de idade, e ser alfabetizado. Você já pensou em ser Presidente da República ser o Chefe Político dessa Nação Brasileira? Saiba dos seus direitos, procure um advogado. E-mail: ronaldquene@gmail.com
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| Geral | 17
copa do mundo
Já vale vaga para a Copa de 2018 Desempenho das seleções em 2014 deve pressionar Fifa por mudança na distribuição de representantes continentais do próximo Mundial Daniel Gomes Redação
Independentemente de quem será o campeão da Copa do Mundo de 2014, na final do próximo domingo, no Maracanã, a chegada de Brasil e Argentina entre as quatro melhores seleções do torneio reduz o risco de que o futebol sulamericano perca uma vaga direta para a próxima Copa.
Atualmente, as eliminatórias da Conmenbol, que congrega as federações da América do Sul, classificam quatro seleções para a Copa e a quinta colocada disputa a respescagem Mundial. No entanto, nos bastidores da Fifa, desde o ano passado, se cogita retirar uma dessas vagas diretas e destiná-la para as eliminatórias da África, da Ásia ou da Oceania. Em uma declaração ao site da Fifa em outubro de 2013, Joseph Blatter, presidente da entidade, afirmou ser injusto que a América do Sul e a Europa tenham tantas vagas e que “gostaria de ver a globalização finalmente sendo levada a sério e as associações africanas e asiáticas terem o status que merecem na Copa do Mundo”. E em junho deste ano, Blatter prometeu um melhor mecanismo para o acesso das seleções da Oceania no Mundial de Futebol.
Enquanto a América do Sul sai da Copa 2014 com duas seleções entre as quatro melhores - algo que não acontecia desde 1978 (Argentina campeã e Brasil terceiro colocado) – o futebol asiático teve péssimo desempenho: Irã, Coreia do Sul, Japão e Austrália (que é da Oceania, mas se classificou pela Ásia) não venceram jogo algum. Já entre as seleções africanas, Nigéria e Argélia avançaram as Oitavas de Final, mas na Copa anterior, em 2010, o continente conseguiu ir além, com a seleção de Gana, eliminada nas Quartas de Final.
Concacaf: a mais fortalecida
A Concacaf, que reúne seleções das Américas Central e do Norte, deixa a Copa 2014 fortalecida. Com o desempenho de México e Estados Unidos – que pararam
nas Oitavas de Final – e da surpreendente Costa Rica – eliminada invicta, nos pênaltis, pela Holanda nas Quartas de Final – a Concacaf ganhou argumentos para pleitear uma quarta vaga direta para a Copa, algo que já foi tentado para o Mundial no Brasil, mas sem sucesso: costarriquenhos, norte-americanos e hondurenhos se classificaram de modo direto e os mexicanos precisaram nidade para a África e Ásia”, opinou, ao O SÃO PAULO, o jornajogar a repescagem mundial. lista esportivo William Douglas, Alternativas da TV Brasil. Uma possível solução para a reOutra alternativa é reduzir as distribuição de vagas é unificar atuais 13 vagas diretas destinadas as eliminatórias da Concacaf e da a seleções europeias, uma vez Conmembol. “Deveria ser pen- que a Rússia será sede da próxisando sobre a existência de uma ma Copa. E ainda se comenta a única confederação das Américas possibilidade de ampliar para 40 e que as vagas existentes fossem a quantidade de seleções particidisputadas juntas com a Con- pantes. Definições? A partir de membol e Concacaf. Elas têm 2015, ano de eleições para a presete vagas diretas. Penso que é sidência da Fifa. preciso continuar dando oportu(com agências)
Atrativos turísticos de SP recebem 20% a mais de turistas Luciney Martins/O SÃO PAULO
Daniel Gomes Redação
Fifa descarta punição a colombiano Zúñiga Daniel Gomes Redação
O Comitê Disciplinar da Fifa não irá punir o jogador colombiano Juan Camilo Zúñiga pelo lance que resultou na contusão de Neymar, na partida entre Brasil e Colômbia nas Quartas de Final da Copa do Mundo, em Fortaleza (CE), na sexta-feira, 4. O camisa 10 do Brasil fraturou uma vértebra e está fora do Mundial, já que precisará de ao menos 45 dias para se recuperar. Na decisão comunicada na segunda-feira, 7, o Comitê lamentou “profundamente o incidente e as graves consequências para a saúde de Neymar”, mas informou que não há requisitos básicos para punir o jogador colombiano. A decisão do Comitê teve por base dois princípios: o árbitro da partida, o espanhol Carlos Carballo, viu o lance e não marcou
falta; e Zúñiga só poderia ser punido após o jogo se houvesse um erro óbvio do juiz. “É importante observar que as condições nas quais o Comitê Disciplinar pode intervir em qualquer incidente têm de ser consideradas independentemente das consequências de tal incidente, como uma infeliz lesão sofrida por um jogador”, informou a Fifa. Ao tomar ciência da decisão do Comitê, a CBF comunicou que irá recorrer. Já o jogador Neymar, até a noite da segunda-feira, 7 (fechamento desta edição) não havia comentado o posicionamento da Fifa. No sábado, 5, por meio do site da Federação Colombiana de Futebol, Zúñiga lamentou a lesão sofrida por Neymar, mas enfatizou que “resultou de uma ação normal de jogo, na qual não houve má intenção, maldade ou imprudência de minha parte”
Juntos, o Museu do Futebol, o MASP e Museu da Língua Portuguesa receberam entre 12 de junho, data de abertura da Copa, e 3 de julho, 20% a mais de turistas do que o comum para este período do ano, conforme informações divulgadas pela Prefeitura de São Paulo na última semana. Segundo levantamento da SPTuris, empresa de turismo e eventos da cidade de São Paulo, aproximadamente 341 mil turistas passaram pela cidade durante a primeira fase da Copa, 121 mil dos quais estrangeiros (34,91%). A Argentina foi o país que mais enviou torcedores, seguida por Chile, Uruguai, Colômbia e Estados Unidos. No mesmo período, a ocupação média dos hotéis na capital paulista ficou em 64%, sendo que na véspera e durante os dias de jogos na cidade esse indicador chegou a 75%. Os gastos dos turistas, inicialmente estimados em R$ 1,8 mil por visitante, já foram superados: os brasileiros gastaram, em média, R$ 2,2 mil, e os estrangeiros, R$ 4,8 mil. Uma das possíveis razões é que os turistas têm ficado mais tempo na cidade do que o previsto: os turistas nacionais permanecem em média 4,4 dias e os internacionais, 8,2 dias. Com isso, a previsão é que o impacto da Copa no turismo em São Paulo supere a estimativa inicial de R$ 700 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão. Ainda de acordo com a SPTuris, 73,1% dos 5.332 turistas entrevistados deu nota entre 7 e 10 para o Mundial na cidade. Os itens mais bem avaliados foram hospedagem, vida noturna/bares e gastronomia. (com Ministério do Turismo e Prefeitura de São Paulo)
18 | Região Brasilândia |
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Paróquia dá início a Pastoral da Comunicação Renata Moraes
O encontro de formação foi assessorado pela Pascom regional, e marcou o início dos trabalhos pastorais no Setor Renata Moraes
Colaboradora de Comunicação da Região
Reunidos na manhã do sábado, 5, na Paróquia Santos Apóstolos, no BRASILÂNDIA Jardim Maracanã, jovens, leigos, padres e assessores do setor São José Operário refletiram sobre o que é a Pastoral da Comunicação, seus objetivos e como iniciar a pastoral nas paróquias e comunidades. A assessoria do encontro foi ministrada pela equipe regional da Pascom, representada pelo padre Cilto Jose Rosembach, assessor da pastoral na região e pela jornalista Juçara Terezinha Ziotis. Após oração inicial e acolhida dos participantes, o padre Cilto apresentou o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil (Documento 99 da CNBB), que foi lançado em maio de 2014, durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). O diretório será apresentado no 4º Encontro Nacional da Pastoral da Comunicação e no 2º Seminário Nacional de Jovens Comunicaagenda regional
Sábado (12), 9h Reunião da Equipe Regional da Pastoral Vocacional - Paróquia Santa Rita de Cássia (rua João Melo Câmara, 47 - Vila Progresso). Outras informações no telefone 11 3971-3717.
Padre Cilto Rosembach realiza, no sábado, 5, encontro de formação da Pascom na Paróquia Santos Apóstolos
dores, que acontecerá entre os dias 24 e 27 de julho, também no Santuário da Padroeira. O documento é composto por dez capítulos que apresentam diferentes reflexões sobre os aspectos da comunicação. O documento aponta também definições sobre o que é a Pastoral da Comunicação, sua atuação pastoral, a estrutura diocesana, regional e paroquial, assim como os passos básicos para iniciar essa ação missionária. Esses foram os principais aspectos
debatidos. Sempre com muita descontração, bom humor e com uma linguagem jovem, o padre Rosembach, conseguiu prender a atenção dos participantes, que em sua maioria eram jovens, e ouviam atentamente as explicações do assessor. A jovem Heloiza de Oliveira Trindade, 16, presente com seu grupo de jovens, da Paróquia Espírito Santo, expressou sua alegria e motivação por sua participação: “É a primeira vez que participo de uma formação sobre
a Pascom, e foi muito bom aprender sobre comunicação. Com certeza vamos levar essa experiência para a nossa paróquia. Nós jovens estamos aqui para revolucionar, vamos levantar a Igreja”. A comunicação e a evangelização por meio das mídias digitais, e o avanço das redes sociais foi também tema de debate. Os participantes sugeriram uma formação específica nesse tema, direcionado para as lideranças pastorais. Nas palavras do padre coor-
denador do setor, Jaime Estevão Gomes, o objetivo do encontro foi atingido, que era o de estudar a temática da comunicação na evangelização nos nossos dias, e a partir deste encontro iniciar a Pascom setorial. Ele assim se expressou “Ficamos felizes com a resposta das paróquias que enviaram seus representantes e também sentimos que há um interesse por parte da juventude de responder a esse apelo da Igreja. Quanto mais organizados e animados, maior será o vigor da evangelização, agora através da PASCOM na vida pastoral do nosso setor”. Em entrevista, padre Cilto Rosembach parabenizou a iniciativa da coordenação setorial, de entender necessidade da comunicação, de promover a articulação e formação dos seus membros, sobretudo dos jovens: “É muito importante pararmos para refletir sobre a comunicação, planejarmos e articularmos essa fundamental pastoral em nossas comunidades, sempre lembrando que o grande comunicador e inspirador é o próprio Jesus Cristo”.
Noite de estudos do documento Evangelii Gaudium Padre Jaime Estevão Gomes
da região episcopal
Na noite da quarta-feira, 2, o setor pastoral São José Operário esteve reunido também na Paróquia Santos Apóstolos, no Jardim Maracanã, para refletir e estudar a primeira exortação apostólica do papa Francisco, Evangelii Gaudium, A Alegria do Evangelho. O encontro foi assessorado pelo padre José Domingos Bragheto, pároco da área pastoral Nossa Senhora e Santana e reuniu os membros dos conselhos de pastorais deste setor e das cinco paróquias que o compõem . Inicialmente, o padre Bragheto apresentou a estrutura do
nária, a luz da reflexão sobre o documento Em entrevista, o padre Jaime Estevão Gomes, coordenador do setor pastoral São José Operário contou que o objetivo do encontro foi oferecer subsídios aos Conselhos de pastorais, para a criação do programa de pastoral das paróquias, para o ano de 2015. “Fomos surpreendidos por uma grande presença dos conselheiros, como também pelo grande interesse e participação deles A alegria do Evangelho é tema de reflexão do setor São José Operário nas discussões”. Ao todo mais de 100 pessoas participaram dessa documento como um todo, fri- leigos se reuniram em grupos e formação, e ao final celebraram sando os pontos mais centrais responderam as questões ligadas com a partilha de um lanche code cada capítulo, em seguida os aos desafios de ser Igreja Missio- munitário.
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| Região Belém | 19
Santa Isabel é celebrada com missa solene João Carlos Gomes
Tríduo e Missa em louvor a Santa Isabel aconteceu nos dias 1 a 4 de julho
Celebração no dia 4 de julho, com a presidência de dom Edmar Peron, marcou o dia da padroeira
início sua tradicional quermesse, e já no primeiro dia de julho, teve início o ‘Tríduo de Santa Isabel’, que lotou a Igreja com cerca de 300 pessoas por noite, para rezar e refletir sobre os temas família, caridade e vida em comunidade. No dia da padroeira, missas durante todo o dia foram celebradas, sendo que a principal foi João Carlos Gomes presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, dom Colaborador de comunicação da Região Edmar Peron, e concelebrada Desde o último pelo pároco da Santa Isabel, padre final de semana Eduardo Aparecido de Araújo. do mês de junho bELÉM a paróquia Santa Fé e Caridade Isabel Rainha, do Para o padre Eduardo, a celebração Setor Carrão/Forda padroeira é um momento de mosa, da Região muita fé e alegria para sua paróEpiscopal Belém, vinha se prepa- quia. Com as palavras:“Para nós é rando para celebrar o dia de sua uma alegria imensa celebrar a festa padroeira, ocorrido na sexta-feira, da padroeira, porque ela nos ensina 4. Nos dias 28 e 29 de junho teve a viver o exemplo de caridade aos
mais pobres, os mais simples e nos convida a viver na fé como expressão de vida em nosso caminhar”, ele se expressou. Valendo-se do exemplo da Rainha que se tornou Santa, a paróquia Santa Isabel promoveu, tanto nas noites do Tríduo, como em suas missas a coleta de alimentos para caridade às pessoas mais necessitadas. “Santa Isabel nos estimula no serviço aos irmãos e irmãs; ela que sempre buscou realizar isso em sua vida, mesmo sendo rainha, por várias vezes ela se inclinou para ajudar o doente, ajudar o pobre, porque via no rosto dessas pessoas o rosto do próprio Cristo. Que ela possa continuar nos ajudando a viver a nossa fé aqui em nossa paróquia, por meio da caridade e do amor aos nossos irmãos e irmãs”, completou padre Eduardo.
João Carlos Gomes
Canto que encanta – Nos dias 30 e 31 de agosto acontece o já tradicional Curso de Liturgia e Canto Pastoral da Região Episcopal Belém, com a coordenação das irmãs Míria T. Kolling e Idê Maria, com a colaboração de Giuliana Frozoni, Frei Telles Ramon e a Equipe da Região. O tema deste ano é A alegria do Evangelho enche o coração e a vida daquele que se encontra com Jesus. A taxa de R$ 25 é para a apostila com partitura, cifra e texto. Mais informações pelo telefone (11) 2693-0287.
20 | Região Santana |
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Pastoral Familiar reflete espiritualidade Encontro realizado no Centro de Formação Pastoral Frei Galvão, da Região Episcopal Santana, reuniu cerca de 60 participantes
missão de santidade do cristão, bem como as formas de expressão e comunicação com o divino. “A ação pastoral não pode ser pautada somente no ativismo, no fazer as coisas. O que nos diferencia das ONGs que fazem trabalhos sérios e competentes de assistência é justamente o componente espiritual de nossa mis-
são, ordenada para o serviço ao Reino”, assinala Luiz Fernando. Na continuidade da formação, as atividades serão retomadas no dia 5 de agosto, com o tema “Métodos de Análise e Solução de Problemas”. Continua o coordenador: “Formação sem espiritualidade é incompleta. De nada adianta o domí-
nio de técnicas e as próprias ações pastorais se não estiverem orientadas para o serviço do Reino. Consciente desta necessidade, a Pastoral Familiar dedica especial atenção ao desenvolvimento espiritual dos agentes em seus programas de formação”, diz Luiz Fernando. Em agosto acontece a Semana Nacional da Família, momenLuiz Fernando Garcia
Diácono Francisco Gonçalves Colaborador de comunicação da Região
No domingo, 29, a Pastoral Familiar da Região Episcopal San- SANTANA tana reuniu no Centro de Formação Pastoral Frei Galvão, agentes de pastoral para uma tarde de reflexão sobre espiritualidade. O objetivo do evento levava em conta a 3ª Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá no mês de outubro, no Vaticano, e buscava construir uma ação pastoral que fortalecesse a família e a sua evangelização. O encontro está dentro da programação que a Pastoral Familiar da Região vem realizando, desde março e com término previsto para novembro, de formação preconizada pelo Núcleo de Formação e Espiritualidade da Pastoral Familiar da Região Sul 1 (Nufesp), que alia a formação pastoral do agente ao seu crescimento espiritual. Mais de sessenta agentes de diversas paróquias da Região estão se preparando para implantar a Pastoral Familiar em suas comunidades ou, naquelas que já a tem, para dinamizar seus trabalhos. “Com esta formação, pretendemos renovar o entusiasmo dos agentes da Pastoral Familiar das paróquias onde ela se encontra implantada, bem como oferecer a oportunidade para pessoas de comunidades em que ela ainda não é realidade, tomarem conhecimento e serem os potenciais iniciadores da Pastoral Familiar local”, explica Luiz Fernando Garcia, coordenador da Pastoral Familiar na Região Santana. No encontro recordou-se a
Agentes se reúnem em tarde de espiritualidade promovida pela Pastoral Familiar de Santana na formação deste ano
to forte da Igreja no Brasil e integrante do calendário oficial da CNBB, que este ano tem como tema “A Espiritualidade Cristã na Família:
“Um casamento que dá certo”
Na Arquidiocese de São Paulo, a Semana da Família vai se iniciar com uma missa solene a ser celebrada por dom Sérgio de Deus Borges, bispo referencial da Pastoral Familiar na Arquidiocese, no dia 9 de agosto, ao meio dia, na Catedral da Sé. Diversas atividades estão sendo programadas pelas paróquias e regiões para reafirmar a importância da família para a igreja e para a sociedade. Na Região Santana foram distribuídos mais de dois mil exemplares do subsídio “Hora da Família”, com sugestões de encontros de reflexão, celebrações e orações que podem ser utilizados em eventos durante a Semana da Família.
palavra do bispo
O direito de expressão e representação Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana
Dom Sergio de Deus Borges
Tempos atrás tive a oportunidade de ler um artigo que falava sobre o silêncio da maioria diante das investidas do Estado e de ONGs em relação à família e aos valores fundamentais da sociedade. É um silêncio que está permitindo que ideologias contrárias à família sejam apresentadas nos meios de comunicação e nos ambientes educativos, como vontade da maioria e fundamento de um estado democrático e pluralista.
São ideologias que contam com o apoio explícito de agências da ONU, principalmente após as Conferências do Cairo e de Pequim, e visam limitar a autonomia da família no exercício de seus direitos fundamentais. Muitos países elaboraram políticas sociais, demográficas, fiscais e econômicas que estão desestabilizando a família e, por consequência, desestabilizando toda a ordem social. As consequências são devastadoras em todas as regiões: fortalecimento da violência, do individualismo, desrespeito aos mais frágeis e o uso de drogas. A sociedade não terá futuro se continuar propagando o enfra-
agenda regional
quecimento de sua estrutura básica: a família. Os participantes da plenária do Pontifício Conselho para a Família já alertaram, em 1996, que ‘A família é a base de uma sociedade forte e de sua economia. Se a família prospera, a sociedade é forte’. Caso queiramos realmente construir um estado democrático e participativo, precisamos fortalecer a família e os órgãos que a representam. A maioria silenciosa precisa levantar-se e, ‘através de processos democráticos de participação, fazer com que o estado reconheça a autonomia da família, os seus direitos e os seus valores como comunidade que constrói o futuro’ (A família e
a economia no futuro da sociedade: L’Osservatorio Romano, 16.3.1996, p. 4). Os cristãos e as pessoas de boa vontade, comprometidos com a defesa da vida e da família, devem estudar e denunciar os documentos e projetos contra a vida e a família, provenientes de organismos internacionais e nacionais, de organizações do estado e não governamentais. Não podemos mais aceitar silenciosamente que outros decidam o que deve ser nossa família, no que devem crer nossos filhos e que futuro os espera. Nós precisamos, com nossos filhos e as famílias do Brasil, decidir à luz da fé nosso presente e construir nosso futuro.
Quarta (16), 20h
Sábado (26)
Festa da padroeira na Paróquia Nossa Senhora do Carmo (avenida Antonelo da Messina, 772, Sítio do Piqueri), missa presidida por dom Sergio Borges.
Das 8h às 12h30, Formação Mesac para os Setores Jaçanã e Tremembé, na Paróquia São Benedito (rua Igarité, 338).
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Catequistas fazem retiro anual Encontro de oração e espiritualidade ressalta a necessidade de uma experiência de fé dos protagonistas da evangelização
dando uma nova abertura e acolhendo alguém que não poderia pertencer à comunidade. “Também nós, como catequistas, não podemos ver as diferenças, mas devemos, sim, acolher a todos”, destacou Ana Luíza José, 58, cate-
quista há mais de 20 anos na Paróquia Santa Cecília. As reflexões do retiro foram conduzidas por meio de uma experiência de Leitura Orante da Bíblia, contando também com uma dinâmica na qual cada catequista rece-
beu uma cruz simbólica que significava a adesão de cada um à cruz de Cristo. Para o coordenador da Animação Bíblico-catequética, da Região Sé, padre Marcelo Delcin, o retiro significou um momento de interioriFernando Geronazzo
Fernando Geronazzo
Colaborador de comunicação da Região
“Catequista: protagonista na caminhada para o SÉ Senhor” foi o tema do retiro anual de catequistas da Região Episcopal Sé, realizado no domingo, 6, no Colégio Notre Dame, zona oeste de São Paulo. O dia de oração e reflexão contou com a presença de catequistas das várias paróquias da Região e foi assessorado pelo padre Carlo Battistoni, do Centro Bíblico Regnum Dei, de Ponta Grossa (PR). A partir de dois trechos do livro dos Atos dos Apóstolos, das histórias de Cornélio e de Filipe, o assessor falou sobre a maneira com a qual o Evangelho penetra na cultura que, hoje, está “descristianizada”. “Dentro do ambiente pagão, os primeiros cristãos conseguiram, através de uma dinâmica profundamente humana e divina, fazer penetrar a força do Evangelho. Então, vimos juntos com os catequistas os procedimentos, como Deus prepara as coisas, como a resposta do homem é necessária, todos os elementos necessários para que haja uma iniciação à vida cristã entendida como penetração dentro de um mistério”. O capítulo 8 dos Atos dos Apóstolos relata o encontro de Filipe com o eunuco, que teve a alegria de conhecer o testemunho de Jesus e foi batizado. Filipe, ao batizá-lo, ultrapassa os limites,
Retiro espiritual destaca o protagonismo na caminhada evangelizadora dos agentes da Pastoral Catequética
zação de cada catequista no sentido de compreender qual é o seu chamado e seu papel, de fato, na comunidade cristã em relação à evangelização. “Foi um momento profundo de um olhar para dentro de si e de fortalecer-se em seu ‘sim’”. Padre Marcelo também ressaltou que a grande ênfase do retiro foi mostrar que a iniciação à vida cristã “não é feita só de um sacramento, nem só da formação intelectual, mas de toda uma experiência profunda de Deus, a qual somos chamados a transmitir aos outros”. “Esse retiro deu mais força para nós. Ajudou-nos a ver que muito mais que catequistas, somos aquela pessoa que dá a mão e fala para o catequisando, ‘venha’. Hoje sei que minha missão é essa. Trazer alguém ao encontro de Jesus”, completou Ana Luíza.
Escola de Catequese módulo deste ano começará no dia 9 de agosto. A equipe de Animação BíblicoO curso não é destinado so-catequética da Região Sé realiza mente a catequistas, mas a todos a escola de catequese. O segundo àqueles que se interessam ou esda região episcopal
tão envolvidos no processo de iniciação à vida cristã, que é urgência pastoral na Arquidiocese em 2014. Os encontros acontecem aos
sábados, das 8h30 às 11h30, na Igreja São Gonçalo (praça Dr. João Mendes, 108). Mais informações pelo telefone (11) 38264999.
palavra do bispo
Caminhos de Iniciação à Vida Cristã (9) Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé
Dom Tarcísio Scaramussa
O aprofundamento da consciência e do compromisso social como expressão da caridade cristã encontra uma referência fundamental na Doutrina Social da Igreja. O papa Francisco ressalta a importância desta orientação para a vivência do discípulo missionário. No processo de Iniciação à Vida Cristã não pode faltar a intro-
dução à Doutrina Social da Igreja. Naturalmente, não é necessário pensar numa explanação de todas as questões sociais, mas proporcionar o conhecimento básico que se encontra no Compêndio da Doutrina Social da Igreja, e contribuir para a formação da consciência, de atitudes e de comportamentos coerentes com a mesma, despertando também o desejo de aprofundála sempre, no discernimento das grandes questões de nosso tempo, em comunhão com a Igreja. Na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o papa Francisco recomenda vivamente o uso e estudo da Doutrina Social da Igre-
ja, não como depósito estático, mas como orientadora do espírito que deve acompanhar o dinamismo da história e das diferentes realidades socioculturais. A propósito, faz questão de citar o papa Paulo VI: “Perante situações, assim tão diversificadas, torna-se-nos difícil tanto o pronunciar uma palavra única, como o propor uma solução que tenha um valor universal. Mas, isso não é ambição nossa, nem mesmo a nossa missão. É às comunidades cristãs que cabe analisar, com objetividade, a situação própria do seu país” (E.G., n. 184). A seguir, faz uma explanação de quatro princípios que devem
orientar o desenvolvimento da convivência social e a construção de “um povo onde as diferenças se harmonizam dentro de um projeto comum”. São eles: “o tempo é superior ao espaço”; “a unidade prevalece sobre o conflito”; “a realidade é mais importante do que a ideia”; “o todo é superior à parte”. O papa afirma que tem “a convicção de que a sua aplicação pode ser um verdadeiro caminho para a paz dentro de cada nação e no mundo inteiro” (Cf. E.G. 221 a 237). Esse roteiro apresentado pelo papa Francisco é uma boa sugestão para trabalhar esse aspecto da Iniciação à Vida Cristã.
22 | Região Ipiranga |
8 a 15 de julho de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
‘Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e tua família’ Pascom Ipiranga
Cardeal presidiu missa pelos 20 anos de fundação da Comunidade Católica Sagrada Família Francisco David
Colaborador de Comunicação da Região
Aconteceu no último fim de semana, na sede da Comunidade IPIRANGA Católica Sagrada Família, a missa celebrada pelo cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, em ação de graças pelos 20 anos de fundação da Comunidade. A Comunidade Sagrada Família, faz parte do contexto de novas comunidades e foi fundada em 24 de junho de 1994 por Ítalo Juliani Passanezi Fasanella. A sua missão é: “Evangelizar e resgatar a família, vivendo e sendo instrumento da efusão do Espírito Santo para fecundar, gerar e fazer
Em missa celebrada na Comunidade Católica Sagrada Família, fiéis agradecem pelos 20 anos de evangelização
nascer Jesus Senhor e Salvador no seio das famílias para a construção da civilização do amor”. A sede fundacional da comunidade encontra-se na Arquidiocese de São Paulo, mais especificamente na Região Episcopal Ipiranga. Além da sede, a comunidade possui outras casas de missão em São José do Rio
Preto(SP), Palmas (TO), Santos (SP), bem como um núcleo de missão na cidade do Guarujá (SP). Durante a celebração, Ítalo, fundador e moderador geral da comunidade, acompanhado por sua esposa Rosana e os quatro filhos Regina, Paulo, Miriam e Natália, ofertou uma carta com o compromisso de sua família pela
evangelização e resgate da Família, como instituição, que será entregue ao papa Francisco pelas mãos de dom Odilo em sua próxima visita ao Vaticano. Em sua homilia, o Cardeal destacou a importância dos fiéis serem profetas com ousadia e sede do anúncio de Jesus Cristo como foram São Pedro e São
Paulo que doaram as suas vidas pela evangelização dos povos. Além disso, em relação aos 20 anos da Comunidade, destacou as obras realizadas por Deus por meio dessa Comunidade, bem como ressaltou a importância desta manter-se sempre unida e em comunhão com o Santo Padre, pois o sucesso de uma obra está em sua fidelidade à Igreja. Ao final da celebração foi realizada a solene consagração da comunidade Católica Sagrada Família ao Imaculado Coração de Maria que foi acolhido por dom Odilo. Deste modo a Comunidade Sagrada Família segue a sua missão de fazer cumprir no mundo o seu lema, que é a Palavra encontrada em Atos 16, 31 onde diz: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo tu e a tua família.” Para saber mais sobre a Comunidade Católica Sagrada Família, acesse o site: www.sagradafamilia.net.br ou entre em contato pelo telefone: 11 20831001. A Comunidade localiza-se na rua Rizieri Negrini, número 52, Vila Arapuá – São Paulo. Os grupos de oração acontecem aos sábados, às 18h.
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Santa Maria Goretti é testemunho de fé Bispo emérito de Jacarezinho (PR) com atuação na Região Lapa, presidiu missa em honra à padroeira da paróquia na Vila Gomes
Padre Antônio
aquele que se compromete a cada dia, desco- o padre Geraldo, os catequistas e os crismados São Paulo pelo papa João Paulo II, em Roma, bre o amor de Deus e as suas exigências, que pela caminhada na evangelização encerrando quando o então arcebispo de São Paulo era o nos faz irmãos uns dos outros. com a bênção final. cardeal dom Paulo Evaristo Arns. Como bispo Após a homilia padre Geraldo convidou auxiliar ficou por 10 anos em Campo Limpo os crismados a acenderem suas velas no Círio Dom Fernando festeja e nove anos na Região Episcopal da Lapa. No Pascal e junto com o bispo fizeram a renova- 80 anos de vida dia 5 de julho de 2.000, foi nomeado bispo da ção das promessas batismais. Segunda-feira, 7, seu octogésimo aniversário Diocese de Jacarezinho onde ficou por outros No final da celebração o pároco agradeceu é celebrado por dom Fernando. Em plena ati- dez anos. No dia 23 de junho de 2010 teve sua a presença de todos e de dom Fernando e con- vidade exerce desde 2011 o cargo de presiden- renúncia por limite de idade aceita pelo papa vidou todos para participarem de sua missa te da AGES - Região Lapa. Bento XVI. Nesta mesma data foi ordenado pelos 15 anos de vida sacerdotal no próximo A reportagem da pastoral da comunicação bispo Emérito de Jacarezinho. Atualmente BENIGNO NAVEIRA dia 15 de julho. da Região Episcopal Lapa parabeniza Dom presta serviço na Região Lapa, dentre eles, COLABORADOR DE COMUNICAÇÃO NA REGIÃO Dom Fernando recebeu um bolo pelo seu Fernando, pelo seu aniversário! Ele é bispo preside missas nas várias paróquias dessa reaniversário com grande alegria e satisfação, emérito de Jacarezinho (PR), com atuação na gião, especialmente na Paróquia São DominNa manhã de domingo, 7, em agradeceu a presença de todos, parabenizando Região Lapa. Foi ordenado bispo auxiliar de go Sávio. comemoração aos festejos da padroeira da Paróquia Santa Benigno Naveira LAPA Maria Goretti, Setor Butantã, a reportagem da Pastoral da Comunicação da Região Episcopal Lapa, acompanhou junto com a comunidade a missa da Crisma com 35 crismandos, que foi presidida por dom Fernando José Penteado, bispo Emérito de Jacarezinho (PR), concelebrada pelo padre Geraldo Pereira, pároco. Dom Fernando, em sua homilia, comentou que no Evangelho de hoje Jesus é manso e humilde de coração, ele não vem nos impor e nem nos escravizar, mas ele é aquele que vem nos libertar de toda maldade, é aquele que nos ama de um modo tão especial, que deu sua vida por nós. Dom Fernando disse ainda que era von- No domingo, 7, a Paróquia Santa Maria Goretti celebra sua padroeira com a presença de dom Fernando José Penteado e 35 crismandos tade do Pai mandar seu filho ao mundo para salvar o mundo do pecado. Por isso quem é palavra do bispo crismado descobre o amor de Deus, que não exclui ninguém. O bispo exaltou que Santa Maria Goretti é testemunho bonito da vivência do sacramenauxiliar da assuntos sérios. Quem o fizer devemos fazer logo, não nos E ele não se contentou em se to. Ressaltou que ela foi corajosa no martírio, Bispo na se torna um desmancha prazer. resta muito tempo. Jesus atingiu doar em parte ou durante certo não que ela desejasse morrer, mas porque o Arquidiocese Região Lapa Numa reunião de trabalho nin- o extremo do amor, chegou até tempo. Ele não coloca limites na Espírito Santo deu força a ela para testemuguém tolera uma pessoa que o fim de uma vida inteiramente doação. Então, ele quis se doar nhar o seu amor a Jesus e ao mundo, dando Dom Julio Endi só faz piadas. O momento de dedicada a amar. inteiramente e, para tornar defisua própria vida, e perdoando seu assassino, Akamine maior seriedade de nossa exisPor amor ele se fez servo, as- nitiva esta doação, instituiu um fez isto porque descobriu o amor de Deus. tência é o momento da morte. sumindo nossa condição huma- sacramento como memorial perDom Fernando refletiu que o crismando é Querido leitor do jornal O SÃO Quem já acompanhou uma pes- na na encarnação. Por amor ele pétuo de seu sacrifício na cruz. PAULO, nossa vida é uma soa prestes a morrer sabe que pregou o evangelho aos pobres Assim a doação total de Erramos mistura de seriedade e de jogo. diante da morte todos nós assu- dizendo serem eles os prediletos Jesus não se dá somente num A imagem publicada na edição 3009, na ma- Certas palavras e certos gestos mimos uma atitude de extrema de Deus. Por amor ele curou momento limitado de nossa histéria da Região Lapa, não é a correta. Abaixo são realizados e proferidos às seriedade. Todas as palavras, as inúmeros doentes, até o ponto de tória, mas se universaliza e se vezes com seriedade, às vezes promessas, as recomendações, não ter tempo sequer para comer. eterniza com a instituição desse reproduzimos a foto correta e sua legenda. por diversão. Digo mistura, po- os conselhos, os pedidos e os Por amor aos pecadores ele os sacramento. Na Eucaristia, Jesus Ângela Santos deria dizer mais corretamente gestos se revestem da mais ab- perdoou, sentou-se à mesa com continua se doando todo inteiro tensão, pois precisamos manter soluta gravidade. eles, entrou em suas casas. Jesus em todos os lugares e em todos esta tensão durante toda nossa Com a morte ninguém brin- não viveu para si, viveu para os os tempos. Jesus deseja que nos existência. Nossa vida está em ca: trata-se do momento em outros; não quis ser servido, foi o preocupemos com uma coisa permanente tensão entre o jogo que toda nossa caminhada neste servidor de todos. apenas: receber o seu amor para e a seriedade, o trabalho e o des- mundo se concentra; momento Toda a vida de Jesus pode a nossa alegria e para a glória de canso, o lúdico e o produtivo, a em que todos os gestos e pala- se definir como doação de si aos Deus, para o nosso bem e das gratuidade e a eficiência. vras deixam de ser provisórios outros. Jesus não teve nada para pessoas que nos são próximas. É Existem momentos em que e reformáveis, tudo se torna de- si: nem sua sabedoria, nem sua preciso reconhecer que Deus nos um destes dois polos predomina finitivo. A iminência da morte força, nem seu tempo, tampouco amou muito, amou até o fim, sesobre o outro. Numa festa, num torna nossas atitudes urgentes: sua vida. Sua vida foi consumi- não não seríamos capazes de nos Dom Julio Akamine preside missa no dia do jogo ninguém deseja tratar de se temos algo a dizer ou fazer da, foi gasta, foi dada aos outros. amar uns aos outros. Sagrado Coração de Jesus
Na Eucaristia Jesus se doa por inteiro
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