Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 59 | Edição 3015 | 20 a 26 de agosto de 2014
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Papa: pela paz e a união das Coreias O Papa Francisco encerrou na segunda-feira, 18, com a celebração de uma missa na Catedral de Myeong-dong, em Seul, a visita apostólica que realizou à Coreia do Sul, desde o dia 14. Francisco
exortou os fiéis a rezarem pela paz e pela reconciliação das Coreias. Ainda em sua passagem no País, o Santo Padre fez uma oração silenciosa diante das cruzes que representam crianças abortadas, beatifi-
cou 124 mártires e pediu aos jovens que se abram à esperança cristã. “Vocês não são apenas o futuro da Igreja, mas parte necessária e amada do presente da Igreja!” Para o Padre Daniel Hayang Lim Koo, que
pertence ao clero da Arquidiocese de São Paulo, mas mora no país asiático, a visita do Papa Francisco “já entrou para a história da Coreia e da Ásia”. Páginas 4 e 24
5 milhões de fiéis visitam Dom Odilo a coroinhas: ‘vocês dão alegria a Deus fazendo o bem que vocês fazem’ Aparecida no primeiro semestre A Catedral da Sé ficou lotada de coroinhas, acólitos e cerimoniários das paróquias e comunidades da Arquidiocese, no sábado, 16, para a celebração de seu padroeiro, São Tarcísio, em missa presidida pelo Cardeal Scherer, arcebispo de São Paulo, que ressaltou às crianças e jovens a beleza de servir o altar e lembrou: “Eu também um dia fui coroinha, e ajudando na missa, no altar, veio o desejo de ser padre”. Padre Messias de Moraes Ferreira, coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional, explicou que há um trabalho constante nas regiões para a formação dos grupos de coroinhas. Página 21
Luciney Martins/O SÃO PAULO
O Santuário Nacional de Aparecida recebeu no primeiro semestre deste ano 5 milhões de pessoas, que puderam manifestar a fé no maior templo do País, com 143 mil m2 de área construída, dimensões superio-
res aos 100 mil m2 do “Templo de Salomão”, que ao ser inaugurado, em julho, foi erroneamente considerado pela mídia como o de maior dimensão do País.
Indígenas lutam por demarcação de terra no Jaraguá
Amparo Maternal comemora 75 anos em São Paulo
700 guaranis, que ocupam a Terra Indígena Jaraguá, têm sido ameaçados de despejo. A Funai emitiu um laudo antropológico e considera a área como tradicional, mas particulares pedem à Justiça, reintegração de posse.
O Amparo Maternal, que completa 75 anos, mantém o Complexo Maternidade e o Centro de Acolhida para gestantes e bebês. Um show beneficente com Fafá de Belém e sua filha, Mariana, aconteceu na segunda-feira, 18.
Páginas 12 e 13
Página 14
Página 11
2 | Ponto de Vista |
20 a 26 de agosto de 2014 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br
editorial
O visual é novo, mas o compromisso é o mesmo O jornal O SÃO PAULO, ao longo de suas quase seis décadas de existência, acompanhou passo a passo a caminhada da Igreja em nossa Arquidiocese. Em suas páginas, o Semanário retratou também grandes momentos da história brasileira, iluminando os fatos com a luz da Boanova do Evangelho. Acreditamos que não basta simplesmente noticiar, mas anunciar os acontecimentos com dimensão profética, sobre os telhados desta grande cidade. Queremos continuar fiéis a essa
missão, publicando conteúdo de qualidade, mas sabendo que o formato que “embala” a notícia ajuda a despertar no leitor o interesse pela informação. A presente edição representa um marco nesse sentido. Estreamos um novo layout, com diagramação moderna e conceito visual em sintonia com o que há de mais atual em design para a mídia impressa. Esperamos que o novo “traje” do jornal agrade a você, leitor, que continuará contando com o nosso perene compromisso editorial.
O jornal O SÃO PAULO seguirá enxergando a realidade sob a lente do humanismo cristão, difundindo as verdades da fé em consonância com o Magistério. Seguiremos anunciando a Doutrina Social da Igreja como alternativa para nossa sociedade, que sofre com o egoísmo e com o hedonismo. Cientes do desafio que nossa realidade de metrópole impõe, queremos ser um polo catalisador que envolva todos os setores de nossa Arquidiocese. Nossas páginas querem ser um importante espaço para troca de ex-
periências pastorais e comunitárias, unindo forças em prol da nova evangelização. Como novo visual, mas com o mesmo compromisso, nosso jornal se sente revigorado para continuar com a missão de ser sal da terra e luz no mundo da comunicação social. As guerras, a intolerância religiosa, a corrupção, o avanço da criminalidade e tantas outras notícias que obscurecem a dignidade humana, reforçam a convicção de que a voz de Cristo precisa ressoar em meio a esses acontecimentos.
opinião
O católico e a atuação política Sergio Ricciuto Conte
Irineu Uebara A palavra “política” adquiriu significado de algo abjeto e abominável de funestas consequências. Dificulta sobremaneira a necessária conscientização sobre a relevância do tema. Afasta-nos do que deveria ser uma prática constante – do debate sobre as questões que afetam a nossa vida, que ferem os princípios cristãos, que se distanciam da ética, levam à cultura de morte. A dificuldade é notória. Fácil é concordar com a acepção pejorativa do termo “política”, considerá-lo sinônimo de sujeira, corrupção, bandalheira, embarcando com a maioria, reforçando o conceito que não é e jamais foi o pensamento da Igreja. Infelizmente, muitas vezes, de tão arraigado o pensamento contrário ao debate político, algumas lideranças e clérigos se calam. Não querem ser confundidos, não querem se indispor. Omitem-se deliberadamente para não se comprometerem. Reforçam a ideia de que assuntos políticos não devem ser confundidos com a formação espiritual. Na prática, vivencia-se o verdadeiro analfabetismo político condenado por Bertold Brecht, com as perversas consequências que atingem os que as apontam como justificativa para a alienação política. É um alento perceber que a atuação católica na política brasileira resultou bons frutos como a lei nº 9840/1999
contra a corrupção eleitoral e a LC nº 135/2010, que impôs a ficha limpa. Imperiosa a necessidade de encampar projetos de iniciativa popular que já mostraram eficácia, possibilitando participação ativa das comunidades católicas na coleta de assinaturas por todo o Brasil. Destaquemos em todas as circunstâncias que a fé autêntica não leva ao individualismo e ao comodismo. A fé busca transformar o mundo para melhor, desinstala-nos, instiga-nos a atuar não só com palavras, mas, sobretudo com o agir! O católico insere-se na sociedade. Tem
compromisso com a cidadania. É responsável por fazer acontecer, já, o Reino de Deus! A Igreja não abomina a Política, valoriza-a. Definia o Papa Paulo VI que Política é uma das mais altas expressões da caridade cristã. É preciso orar em todas as circunstâncias, porém não esperemos que anjos do céu, seres perfeitos, venham para nos governar. Cabe-nos eleger os representantes que façam da política a busca permanente do bem-comum, desenvolvam ações e decisões para a construção de
uma sociedade mais justa e solidária. Nas colocações feitas no âmbito da Igreja e em outros ambientes, destacamos o conceito de que tudo que é preciso para ser feliz Deus já nos deu. Só uma coisa deixou para nós - a atitude! A atitude certa exigida é a de valorizar o voto e não anulá-lo. Essencial conhecer bem o candidato (e o partido). Avaliar os valores cultuados, o que defende a respeito da vida, da família; o comprometimento com as causas sociais e, especialmente, em relação aos excluídos das políticas e despossuídos. Se a ficha é limpa mesmo! Não basta não ter sido condenado. Nem é imprescindível professar a nossa fé. Importa a atuação em favor de outrem e não de si, dos familiares e apaniguados. Sejamos instrumentos de conscientização sobre a importância das eleições. Construamos ações concretas a fim de preparar cristãos para a atuação política. Uma forma eficaz de organizar e limpar uma casa bagunçada e suja é adentrá-la e iniciar a obra a partir do seu interior. Portanto, não seja a preparação de fiéis ao exercício político motivo de escândalo. Que essa atitude seja incentivada cada vez mais. É dever e direito da Igreja cuidar de todas as realidades humanas e a política jamais poderá ser exceção! Irineu Uebara é advogado, postulante ao diaconato permanente e tesoureiro da Cáritas Arquidiocesana de São Paulo.
espaço do leitor Sobre o jornal “Quero parabenizar a equipe do Jornal O SÃO PAULO que tem feito com que esse nosso Semanário de torne fonte de
alegria e testemunho! E venho convidar vocês caríssimos irmãos a fazerem a sua assinatura e colaborarem para o crescimento da evangelização em
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
nossa amada Arquidiocese!” Padre José Roberto Pereira (pelo Facebook)
Papa jesuíta visita a Ásia
(edição 3014) “Muito legal o infográfico da viagem do Papa!” Gracielle Reis (pelo Facebook)
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| Encontro com o Pastor | 3 Helena Ueno
cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
De alguns anos para cá, tornaram-se sempre mais frequentes as notícias sobre violências praticadas contra cristãos em várias partes do mundo. Ataques contra igrejas cristãs, com numerosos mortos, aconteceram na Nigéria, no Egito e em outras partes da África; no Paquistão, na Índia e na Síria; mais recentemente, no Iraque, por conta dos jihadistas do pretendido “Estado Islâmico no Iraque e no Levante” (ISIL), estão acontecendo torturas, crucificações e decapitações em quantidade. Embora não sejam as únicas minorias religiosas perseguidas e vítimas de todo tipo de violência nesses países, os cristãos são hoje o grupo religioso que mais perseguição e martírio sofre no mundo. À exceção da Índia, onde cristãos e outros grupos religiosos minoritários sofrem a discriminação e perseguição dos hinduístas, nos demais países que registram esse desrespeito ao direito de crer conforme a consciência vem de grupos extremistas islâmicos. Recentemente, as atenções do mundo voltaram-se, sobretudo, para o conflito entre Israel e os Palestinos da Faixa de Gaza; enquanto isso, porém, um verdadeiro genocídio contra cristãos
Tempo de mártires da fé
e outros grupos religiosos vem sendo perpetrado no Iraque. Onde os combatentes do pretendido “Estado Islâmico no Iraque e no Oriente” tomam conta, eles também impõem uma única forma de religião a todos: a corrente islâmica sunita. Mossul, a segunda maior ciadade do Iraque, tinha muitos habitantes cristãos. Há cerca de um mês, ela foi tomada pelos jihadistas do ISIL, que marcaram com a inicial N, de “Nazareno”, as casas dos cristãos: estes foram postos diante de uma escolha entre quatro alternativas: a) deixar o Iraque em 24 horas; b) converter-se ao Islamismo à força; c) pagar um tributo especial, por não serem muçulmanos, ficando reduzidos a cidadãos discriminados e explorados; d) morrer pela espada. Muitíssimos cristãos foram mortos e são mártires; mais de meio milhão já fugiram do Iraque, em busca de lugar mais seguro e livre para praticar sua fé. No tempo de Saddam Hussein, havia no Iraque bem mais de um milhão de católicos; tinham direitos de cidadãos e liberdade para praticarem sua fé, assim como outras minorias religiosas. Geralmente, eram do rito caldeu. Quando iniciou a guerra contra o Iraque, para derrubar Saddam, conheci um bispo do Iraque, refugiado no Colégio Pio Brasileiro, em Roma, que previu o que hoje está acontecendo: serão os cristãos que vão pagar a conta dessa guerra... Atualmente,
continuam no País apenas dez por cento dos católicos que lá viviam há cerca de 20 anos. Com a atual perseguição e martírio, quantos ainda restarão? O Papa Francisco não tem deixado de levantar a voz em defesa dos perseguidos e martirizados, e isso parece ter, finalmente, despertado alguma ação em defesa dos perseguidos; no dia 18 de agosto, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, da Santa Sé, divulgou uma mensagem condenando as barbáries cometidas pelo ISIL contra cristãos e outras minorias religiosas no Iraque. Pouco se tem divulgado na opinião pública essa violência contra os cristãos e outras minorias religiosas. O jornal O Estado de São Paulo tem trazido algumas reportagens sobre o atual martírio dos cristãos no Iraque (cf ed. de 24 de julho de 2014, p. A11; e ed. de 17 de agosto, p. A21). Porém, a escassez de notícias sobre a violência perpetrada contra cristãos é intrigante! Igualmente estranha é a pouca importância dada a fatos tão tristes pelos governos e os líderes das nações. Apesar do reconhecimento da liberdade religiosa como um direito humano fundamental, a violência aberta e brutal contra grupos religiosos parece coisa sem importância nas preocupações dos senhores do mundo... Mas sem ver essa liberdade profundamente respeitada e valorizada, não haverá paz entre os povos.
Celebrações em louvor a Nossa Senhora da Assunção Em louvor a Nossa Senhora da Assunção, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, presidiu na sexta-feira, 15, duas celebrações nos campi Ipiranga e Santana da PUC-SP, com a participação de alunos, funcionários e professores. A Mãe de Jesus elevada ao céu, sinal de esperança para toda a humanidade, é patrona da Catedral Metropolitana de São Paulo, onde foi venerada no domingo, 17, em missa presidida às 11h por Dom Odilo (foto).
Posse do Conselho Consultivo do TJSP
Assessoria de Imprensa/TJSP
Em solenidade com a participação do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano; do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski; do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e de outras autoridades, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Desembargador José Renato Nalini, deu posse na segunda-feira, 18, aos integrantes do Conselho Consultivo Interinstitucional (CCI) da Corte, que, criado em março deste ano, tem o objetivo de ser um espaço institucional de comunicação do TJSP com as organizações responsáveis pela movimentação judiciária. O Conselho é presidido pelo presidente do Tribunal e tem 25 integrantes, entre titulares e suplentes. O mandato dos conselheiros vigorará até 31 de dezembro de 2015.
Discernimento vocacional No domingo, 17, o Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, participou do Encontro de Discernimento Vocacional promovido pela Pastoral Vocacional da Arquidiocese, no Seminário de Teologia Bom Pastor, na zona sul. A atividade também teve a assessoria dos padres João Bechara, Adriano Robson e Messias de Moraes Ferreira, este último animador da Pastoral Vocacional arquidiocesana, além de Dom Edmar Peron, bispo referencial da Pastoral. Dom Odilo conversou com os vocacionados, procurou saber quem era cada um e o que eles fazem nas paróquias de origem. O Cardeal os incentivou rezar e a ouvir o chamado de Deus. O encontro, que teve a participação de 42 pessoas, visou ajudar os vocacionados a discernir a vocação e tirarem dúvidas sobre o período formativo no seminário. A Pastoral Vocacional está disponível para orientações. Outras informações pelo e-mail cvasp@uol.com.br.
4 | Papa Francisco |
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‘O Perdão é a porta que conduz à reconciliação’
O
Papa Francisco convidou os coreanos a rezarem pela paz e reconciliação da Península Coreana, cuja população permanece dividida deste a guerra que separou a Coreia do Norte da Coreia do Sul, em 1953. O convite foi realizado durante a homilia da missa celebrada na segunda-feira, 18, em conclusão da sua visita à Coreia do Sul, na Catedral de Myeong-dong, em Seul. “A minha visita culmina nesta celebração da Santa Missa, na qual imploramos a Deus a graça da paz e da reconciliação. Tal oração tem uma particular ressonância na península coreana. A missa de hoje é, sobretudo e principalmente, uma oração pela reconciliação desta família coreana”, disse o Papa logo no início de seu sermão. Francisco apontou a necessidade de que os coreanos retornem a Deus e obedeçam com todo o seu coração a sua lei, como condição para que
alcancem a paz e a unidade: “O dom divino da reconciliação, da unidade e da paz está inseparavelmente ligado à graça da conversão: se trata de uma transformação do coração que pode mudar o curso da nossa vida e da nossa história, como indivíduos e como povo”, explicou o Papa. Ao refletir sobre o trecho do Evangelho Mt 18, 21-22, em que Pedro pergunta a Jesus quantas vezes se deve perdoar, Francisco enfatizou que Jesus pede para que todos acreditem que o perdão é a porta que conduz à reconciliação. Ao ordenar que se perdoe aos irmãos sem nenhuma restrição, Ele pede que se faça algo totalmente radical, ao mesmo tempo em que concede a sua graça para fazê-lo. “Quando em uma perspectiva humana parece ser impossível, impercorrível e até mesmo, repugnante, Jesus o torna possível e frutuoso através do infinito poder de sua cruz. A cruz de Cristo
revela o poder de Deus de superar todo tipo de divisão, de sanar toda ferida e restabelecer os laços originais de amor fraterno” afirmou o Sumo Pontífice. Francisco lembrou, ainda, que a verdadeira conversão chama os seguidores de Cristo na Coreia a examinar a qualidade de sua contribuição para a construção de uma sociedade justa e humana. Chama a cada um a refletir sobre o quanto, como indivíduos e comunidade, podem testemunhar o empenho evangélico em favor dos fracos, dos marginalizados, dos desempregados e excluídos da prosperidade. “Vos chama, como cristãos e como coreanos, a rejeitar com firmeza uma mentalidade fundada sobre a suspeita, sobre o contraste e sobre a competição, e a favorecer uma cultura plasmada no ensinamento do Evangelho e nos mais nobres e tradicionais valores coreanos”. (Por Padre Michelino Roberto)
Silenciosa declaração antiaborto Durante sua passagem por Kkottongnae, no sábado, 16, o Santo Padre deteve-se em oração silenciosa diante das cruzes que representam as crianças que jamais puderam ver a luz do mundo. O local faz parte da comunidade dedicada aos cuidados de pessoas com deficiências genéticas que, frequentemente, são utilizadas para justificar os abortos. O Papa também conversou com um ativista antiaborto, que não tem nem os braços e nem as pernas. L’Osservatore Romano
124 novos beatos Cerca de 800 mil fiéis participaram da missa em Gwanghwamun, lugar símbolo de Seul, na qual o Papa Francisco beatificou Paulo Yun Ji-chung e seus companheiros, representantes da primeira geração de mártires cristãos da Coreia. “O exemplo dos mártires tem muito a nos dizer. Nós que vivemos em uma sociedade na qual, ao lado de imensas riquezas, cresce de maneira silenciosa a mais abjeta pobreza; na qual raramente se escuta o grito dos pobres; na qual Cristo continua a chamar-nos a amá-lo e servir estendendo a mão aos nossos irmãos e irmãs mais necessitados”, disse o Pontífice na homilia.
Aos jovens: ‘vocês são o presente da Igreja!’ “Jovens asiáticos, deixem que Cristo transforme seu otimismo natural em esperança cristã; a sua energia em virtude moral; a sua boa vontade em amor genuíno! [...] Vocês não são apenas o futuro da Igreja, mas parte necessária e amada do presente da Igreja! Vocês são o presente da Igreja! Logo, permaneçam unidos e se aproximem mais de Deus; empreguem seus esforços para a edificação de uma Igreja mais santa, missionária e humilde, buscando servir os pobres, os excluídos, os enfermos e os marginalizados”. Essas foram as palavras do Bispo de Roma na missa de encerramento da VI Jornada Asiática da Juventude, na Coreia, com a participação de 70 mil fiéis, no domingo, 17.
Solidariedade a mulheres escravizadas na 2ª Guerra Mundial No início da missa pela paz e a reconciliação, o Papa Francisco cumprimentou sete mulheres que foram forçadas à escravidão sexual pelos militares japoneses durante a 2ª Guerra Mundial. O Santo Padre passou vários minutos segurando a mão de Kim Bok-dong, 89, em uma cadeira de rodas. Ela era uma das sete “escravas sexuais” que participaram da cerimônia. Kim, conhecida ativista pelos direitos desse grupo, entregou um broche com uma borboleta, símbolo do movimento, a Francisco, que o colocou em sua lapela.
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| Fé e Vida | 5
Espiritualidade
fé e cidadania
Iniciação à Vida Cristã: Mistagogia
Um Sínodo pastoral
Dom Julio Endi Akamine
Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa
Querido leitor do jornal O SÃO PAULO, na edição anterior, refletimos brevemente sobre a terceira etapa da Iniciação à Vida Cristã: o período da purificação e iluminação. Vimos que nesse período se realça o cultivo da vida interior em que se desenvolve a conversão pelo exame de consciência, da penitência e a iluminação por meio do conhecimento mais aprofundado de Cristo salvador. Hoje, gostaria de refletir sobre a quarta etapa da Iniciação Cristã, que chamamos de Mistagogia. A palavra Mistagogia é de origem grega e composta de duas partes: “mist”+ “agogia”. “Mist” vem de “mistério” e “agogia” significa “conduzir”, “guiar”. Podemos definir a palavra como: a ação de guiar, conduzir para dentro do mistério. O período da mistagogia começa depois da celebração dos sacramentos da Iniciação Cristã. Esse é o último tempo da Iniciação, no qual o catecúmeno obtém o conhecimento completo dos mistérios por meio das explicações e da experiência dos sacramentos recebidos. Na linguagem dos jovens, podemos dizer que mistagogia é o tempo em que a
“ficha cai”, ou seja, em que vamos toman- da Catequese de Iniciação Cristã, quedo consciência aprofundada e reflexa remos partilhar essa dádiva com outras daquilo que já é realidade na vida cristã. pessoas. O sentido e o valor desse tempo A mistagogia nos insere no misté- vêm da experiência, pessoal e nova, tanto rio de Deus, que é o mistério de nossa dos sacramentos como da comunidade. própria vida e da história. É necessário Devemos entender que ser cristão que sejamos “iniciados” no mistério, não é uma carga, mas um dom: Deus não somente com palavras, mas prin- Pai nos abençoou em Jesus Cristo. A alecipalmente pelas ações simbólicas, e gria do discípulo é antídoto frente a um através de ritos. No sentido original, são mundo atemorizado pelo futuro e oprias celebrações litúrgicas que têm essa mido pela violência e pelo ódio. A alefunção mistagógica de nos conduzir gria do discípulo não é um sentimento para dentro do mistério. Na cultura atual, cha- Na linguagem dos jovens, mada de pós-moderna, em podemos dizer que mistagogia que percebemos os limites é o tempo em que a ficha cai, ou da razão, abre-se uma nova possibilidade para a liturgia seja, em que vamos tomando como caminho mistagógi- consciência aprofundada co. Liturgia não é um tipo e reflexa daquilo que já é de execução de gestos mági- realidade na vida cristã cos ou puramente estéticos ou devocionais. Cada palavra, cada gesto, de bem-estar egoísta, mas uma certeza cada movimento, cada momento, con- que brota da fé, que serena o coração e tém o mistério e nos faz mergulhar nele: capacita para anunciar a boa-nova do no mistério de Deus, no mistério da vida, amor de Deus. Conhecer Jesus é o meno mistério da história, em nosso próprio lhor presente que qualquer pessoa pode mistério. A Iniciação à Vida Cristã tem receber e dar; tê-lo encontrado foi o mecomo objetivo apresentar às pessoas o que lhor que ocorreu em nossas vidas, e fazêé precioso e que transforma a nossa vida. -lo conhecido com nossa palavra e obras Deus nos deu algo muito bom, e, através é nossa alegria (DAp, 29).
eSPAÇO ABERTO
Pacto urbano contra mudanças climáticas Luiz Augusto Pereira de Almeida As cidades, embora ocupem menos de 2% da superfície do Planeta, consomem 78% da energia mundial e produzem mais de 60% de todo o Dióxido de Carbono espalhado pela atmosfera. Ademais, espalhado pela atmosfera volumes expressivos de outros gases de efeito estufa, principalmente como consequência da geração de energia, utilização de biomassa e das emissões dos veículos automotores e indústrias. Os dados são do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). O organismo tem-se preocupado em encontrar alternativas para mitigar a influência do meio urbano no fenômeno das mudanças climáticas, que tanto preocupa a humanidade. A boa notícia é que há soluções para que isso ocorra, considerando que o conceito de cidades sustentáveis é absolutamente factível, a começar pelo adequado planejamento urbano. Um dos pontos é a coleta seletiva dos resíduos sólidos. Com o devido tratamento, reaproveitamento/reciclagem do que for possível e correta deposição do restante em aterros sanitários adequados, já contribuiria bastante para reduzir a emissão de carbono. Outro aspecto é o saneamento básico universalizado, com garantia de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, item esse fundamen-
tal para o conceito de cidade sustentável. Outra medida igualmente importante é a qualidade e oferta dos transportes públicos, com a drástica redução do tráfego de automóveis particulares e o uso intensivo dos coletivos por parte da população. O peso e significado importante disso são atestados por estudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), empresa de economia mista ligada ao Governo do Estado de São Paulo. Realizado na capital paulista em 2008, o trabalho mantém-se atualizado quanto aos percentuais de poluentes de cada fonte: veículos leves, veículos pesados e processos industriais. A conclusão a que se chegou é a de que, dentre os gases tóxicos, como o monóxido de carbono (CO), os hidrocarbonetos (HC) e os óxidos de nitrogênio (NOx), os automóveis são os maiores poluidores, com 77% em média, contra 5% dos processos fabris. Fica claro, portanto, que a mobilidade é uma das questões mais decisivas quanto ao equacionamento da emissão de gases de efeito estufa no meio urbano. Além de transportes públicos de qualidade, há que se pensar no adensamento adequado da população, de modo que as pessoas tenham de se locomover em distâncias menores para ir ao trabalho, à escola, às compras, a consultórios, ambulatórios médicos e hospitais e aos cinemas, teatros, restaurantes, parques e
outros equipamentos de lazer e cultura. O melhor adensamento, reduzindo-se as distâncias e a excessiva capilaridade das edificações, também possibilitaria economia de energia elétrica com iluminação pública e do consumo das unidades residenciais e empresariais. Iniciativa interessante no sentido de se equacionar todas essas questões está sendo implementada pelo ONU-Habitat, que organiza um pacto de cidades de todo o mundo na luta contra as mudanças do clima. O acordo deverá ser assinado em reunião de cúpula prevista para setembro próximo, na sede das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos. A expectativa é que cerca de 10 mil cidades de numerosos países tornem-se signatárias do documento. Essa mobilização internacional pode representar um novo passo para se entender, de modo mais amplo, o significado correto do planejamento urbano, em especial no Brasil e na América Latina, onde dogmas anacrônicos, burocracia excessiva e legislação exageradamente restritiva ainda permeiam o conceito. A urbanização sustentável, como define o próprio Programa ONU-Habitat, coloca os municípios na vanguarda das novas iniciativas da humanidade para conter as mudanças climáticas. Luiz Augusto Pereira de Almeida é diretor da Fiabci/Brasil e diretor de Marketing da Sobloco Construtora.
PADRE AUGUSTO CÉSAR PEREIRA O próximo Sínodo dos Bispos tem a finalidade e a preocupação de propor orientações pastorais ao Povo de Deus sobre as situações – novas ou antigas - que exigem posturas da Igreja atual, para que os cristãos possam testemunhar suas convicções de vida no mundo e nas presentes circunstâncias. O que é uma postura pastoral? É imitar a maneira como o pastor trata suas ovelhas e como elas se comportam. Algumas das qualidades do Bom Pastor e das ovelhas que constam da Bíblia estão no Evangelho, conforme entendiam as comunidades de São João. O guia é o condutor que acompanha o caminho para aonde se quer chegar. Do caminho fazem parte o tempo e os trabalhos da empreitada que um grupo toma a peito. A voz do pastor se inspira no que Jesus dizia de si próprio, comparando-se ao Bom Pastor, que fala com as ovelhas. O pastor fala a linguagem das ovelhas e sobre suas necessidades. De tal forma que elas o entendem. Daí, que essa escuta das ovelhas é para se informar da orientação do Bom Pastor para permanecer no caminho certo. O conhecimento do pastor sobre suas ovelhas e das ovelhas sobre o seu pastor é fundamental para criar um relacionamento de confiança entre o que dirige e os que são dirigidos. Todos, afinal, querem o mesmo, têm o mesmo caminho, o pastor e as ovelhas. Dar a vida é o extremo a que chega o Bom Pastor. É a característica do amor dele pelas ovelhas. Em contrapartida, o mercenário – no seu contrato de trabalho assinado com o dono do rebanho – não tem obrigação de dar a vida pelas ovelhas. Pode abandoná-las à sua sorte e safar-se na hora do perigo. O pastor é o primeiro a enfrentar o perigo. O Sínodo inspira-se na postura do Bom Pastor para desenvolver o relacionamento pastoral com relação ao rebanho ampliado de Cristo, espalhado sobre a terra, naquilo que a humanidade tem de mais humano, a família. A atividade pastoral, às vezes, se choca com a lei. Mas ambas se completam. A pastoral está a serviço da vivência da lei. Essa ordena a vivência para todos igualmente em todas as condições. A pastoral está a serviço da pessoa humana para orientá-la no cumprimento da lei, em sua aplicação, numa situação concreta de cada ser e em suas necessidades particulares. Dentre as funções relacionadas à ação pastoral está a virtude do discernimento, que é a capacidade de distinguir com clareza o que convém do que não convém ao cristão (cf. Jo 10, 1-18.27-30). Com relação à família, a Igreja entende que sua colaboração está relacionada à sua defesa e promoção. Defender a família, posicionando-se contra os ataques ou tentativas de destruir seus valores; promover, no âmbito da difusão dos valores da vida em família com o objetivo da melhor convivência. E-mail: peaugustocesar@yahoo.com.br
6 | Fé e Vida |
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você pergunta
novos santos e beatos
Se Pedro foi casado, por que o celibato?
Joana Maria da Cruz
cônego Cido Pereira
Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação
“Padre, eu sou católica, mas tem uma pergunta que gostaria muito de saber a resposta. Pedro foi o primeiro papa, correto? Por que, então, os padres, bispos e papas não podem se casar, se Pedro era casado?” Esta pergunta é da Renata, e veio por e-mail, como tantas que me chegam frequentemente. Vamos conversar com ela. Renata, tem lógica a sua pergunta. De fato, Pedro era casado. Tinha esposa. Provavelmente tinha filhos. É verdade, os Evangelhos não falam nem da esposa nem dos filhos de Pedro. Certamente para os evangelistas, isso não foi importante, porque os Evangelhos foram escritos para falar de Jesus e não da vida pessoal de cada apóstolo. Agora, tendo sido Pedro um homem casado, por que o celibato dos padres? É a sua pergunta. E eu respondo lembrando a você que o celibato para os padres levou certo tempo para se tornar uma exigência da Igreja Romana. Tanto que nas Igrejas de rito oriental o casamento dos padres é permitido até hoje. Trata-se de uma lei disciplinar, portanto. Uma lei que a Igreja poderá no futuro rever ou não. E o que justifica o celibato? Uma frase de Jesus muito conhecida nos dá a dica da importância do celibato. Jesus diz que há eunucos (homens castrados) que nasceram eunucos. Há eunucos que foram feitos eunucos pelas mãos do homem. E eunucos que se fizeram eunucos por amor ao Reino de Deus. O celibato sacerdotal, portanto, se justifica em vista de uma dedicação total e exclusiva ao serviço de Deus. E que ninguém pense que é por incapacidade de amar que o padre abraça o celibato. Ao contrário, é por um amor maior que ele renuncia ao amor de uma mulher e de filhos. Seu coração deve estar aberto a amar todos aqueles aos quais Deus o enviou. E isso não é um peso para o sacerdote se, de fato, ele assume conscientemente sua vocação e a exigência do celibato. E nunca é demais lembrar que Jesus falou que toda renúncia por amor a ele será recompensada com o cêntuplo. E eu garanto a você que a imensa maioria dos nossos padres experimenta isso. Será que consegui responder à sua pergunta, Renata? Espero que sim. Fique com Deus e que ele abençoe você e sua família.
29 de Agosto
Joana nasceu numa aldeia de Cancale, na França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha. Aos 18 anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: “Deus me quer para ele”. Aos 25 anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por São João Eudes. Deixou o hospital em 1823 e foi residir com a senhorita Lecoq. Em 1841, deixaram o apartamento e alugaram uma pequena casa que lhes permitiu acolher 12 idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana iniciou sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumpriu até a morte. Mas logo sensibilizou uma rica comerciante e com essa ajuda conseguiu comprar um antigo convento. Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase 2.500, com 177 casas em dez países.
há
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Foi uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que “soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço”. Ela é festejada no dia de sua morte, como disse o Papa João Paulo II quando a beatificou em 1982. Fonte: www.paulinas.org.br
anos ‘Anhangabaú transformado em Vale de Oração’
LITURGIA E VIDA 21º DOMINGO DO TEMPO COMUM 24 DE AGOSTO DE 2014
A Sabedoria de Deus ANA FLORA ANDERSON A liturgia deste domingo começa com o Salmo 85. Rezamos para que Deus escute nossos clamores e tenha compaixão de nós. A oração deixa claro que, no meio das tensões do mundo, Deus quer que vivamos com amor e esperança. A primeira leitura (Isaías 22, 19-23) narra a história de Sobna, que não sabia governar o povo segundo a vontade de Deus. Isaías revela que o Senhor quer que seu povo seja governado por alguém que o trate como um pai, pois assim dará segurança ao povo de Deus e exercerá a autoridade segundo a orientação do Criador. Na segunda leitura (Romanos 11, 33-36), São Paulo escreve um hino de louvor à profundidade da sabedoria divina. O grande Apóstolo dos gentios afirma que ninguém pode conhecer o pensamento do Senhor. A vida do Povo de Deus deve ser uma busca constante para conhecer a vontade do Pai. O Evangelho de São Mateus (16, 13-20) narra a confissão de São Pedro. Jesus se dirige a todos os discípulos, perguntando como é que eles percebem a identidade dele. Simão Pedro responde que é o Salvador prometido, o Filho de Deus. Jesus afirma que somente o Pai revelou isso a Pedro e, assim, Deus confirma que quem deve unir a nova comunidade de fé deve ser ele, Pedro, o pescador da Galileia. Escolhido por Deus, Pedro deve governar segundo os conselhos de Isaías: Ser um pai para o povo de Deus.
Reprodução
Capa da edição de 23 de Agosto de 1964
“São Paulo viveu no domingo último, um dos momentos máximos da fé. Cerca de 2 milhões de pessoas se comprimiam no Vale do Anhangabaú para rezar unidas e ouvir a mensagem desse grande apóstolo do Rosário, o mundialmente conhecido Padre Patrick Peyton, da congregação de Santa Cruz e que já pregou a sua missão em 45 países e mais de 300 dioceses”. Essa foi a introdução da reportagem do O SÃO PAULO de 23 de agosto de 1964, que tratou da realização da “Cruzada do Rosário da Família” que aconteceu em 16 de agosto daquele ano. “Foi a participação popular das mais intensas, notando-se a presença compacta de delegações dos bairros e paróquias mais distantes, como dos extremos da Zona Leste e dos subúrbios, numa afirmação de espiritualidade que só teve paralelo nas concentrações do IV Congresso Eucarístico Nacional, em 1942”, apontava a reportagem. Segundo o Semanário Arquidiocesano, estiveram na atividade, entre outras autoridades civis e religiosas, o núncio apostólico do Brasil, Dom Sebastião Baggio, um representante da presidência da República e o governador de São Paulo Adhemar de Barros.
ATOS DA CÚRIA Decreto de nomeação de pároco Por mandato de Sua Eminência o Sr. Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, em 17 de agosto de 2014 , o Rev.mo Pe Geraldo Pedro dos Santos foi nomeado Pároco da Paróquia Santa Luzia , no bairro Vila Jaguari, setor pastoral Pirituba, na região episcopal
Lapa, , pelo período de 6 anos.
Dedicação do Altar da Igreja Cristo Rei No dia 10 de agosto de 2014 do ano O Emmo. Sr. Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo realizou a dedicação da Igreja e do Altar da Capela Cristo Rei, pertencente à Paróquia Santa Joana d’Arc, região episcopal
Sant’Ana. O ato litúrgico foi celebrado conforme as prescrições do Pontifical Romano. Ao término da celebração, o Cardeal Scherer agradeceu ao Pároco,o Rev.mo Pe José Roberto Abreu de Mattos e aos fiéis pelos trabalhos realizados na comunidade, bem como aos benfeitores que contribuíram para a reforma da Igreja e do Altar.
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Pastoral do Menor
Pastoral do Menor estabelece diretrizes para os próximos três anos Ivan Bezerra/Pastoral do Menor
A Pastoral do Menor em todas as dioceses está realizando encontros em preparação à assembleia nacional que ocorrerá de 18 a 23 de novembro deste ano, em Belo Horizonte (MG). Na Arquidiocese de São Paulo, a Pastoral realizou, na Cúria de Santana, no domingo, 16, sua VIII Assembleia, com objetivo de avaliar o trabalho que é realizado, deliberar as prioridades para o próximo triênio e escolher as coordenações. Participaram da Assembleia 60 pessoas, entre coordenadores das regiões episcopais, com suas equipes, lideranças e coordenadores de projetos, além de membros das novas comunidades Aliança da Misericórdia e Instrumento de Deus. No encontro foi refletido o tema: “Testemunhas de uma vida com o rosto de Deus” e o lema “quem me vê, vê o Pai (Jo 14,9)”. Com assessoria do Padre Marcelo Maróstica, os participantes tiveram a oportunidade de refletir o quanto o ser humano é desfigurado quando se afasta de Deus e, também, as situações que desfiguram crianças e adolescentes.
Pastorais Sociais, destacou a importância do trabalho desenvolvido pelos agentes da Pastoral do Menor e as diversas realidades as quais ficam expostos, além da importância do trabalho de evangelização realizado junto aos meninos e meninas que cumprem medida de internação na Fundação Casa e o quanto é necessário a continuidade desse trabalho.
Apostolado da Oração Enconro arquidiocesano no dia 23 Próximo triênio e diretrizes Com uma análise de conjuntura, os participantes debateram a realidade da criança e do adolescente na cidade de São Paulo. Sob o aspecto da transfiguração, a Assembleia propôs uma reflexão interna, para enxergar quem são os agentes da Pastoral do Menor e como estão no momento de revelar a identidade com o Cristo ressuscitado. Ao refletir a configuração, os agentes da Pastoral expressaram tudo aquilo que precisam ainda assumir para que a Pastoral possa
estar configurada com as feições de Jesus Cristo. Após a identificação das principais violações dos Direitos da Criança e do Adolescentes, a Assembleia votou as diretrizes que nortearão os trabalhos do triênio – 2015/2017 –, além de referendar as coordenações das regiões episcopais e da Arquidiocese e eleger os delegados que irão para a Assembleia do Regional Sul 1 de 12 a 14 de setembro. Algumas diretrizes de trabalho foram estabelecidas para os próximos anos, das quais destaca-se: a participação nos Con-
Pastoral Carcerária
Pastoral vê com cautela a aprovação da lei que acaba com as revistas vexatórias O Governo de São Paulo sancionou na quarta-feira, 13, a lei que proíbe a revista vexatória em visitantes nos estabelecimentos prisionais paulistas. Em nota, a Pastoral Carcerária destaca que “celebra a aprovação da lei, mas atenta para o fato de que essa prática abjeta sempre foi ilegal e de que é necessário, para além de apurar todas as violações já ocorridas, garantir que as visitas pessoais e íntimas sejam reali-
selhos de Direito na proposição de Políticas Públicas devidas; o diálogo com o Poder Público; a articulação com as pastorais sociais; a formação dos agentes e o acompanhamento do adolescente em conflito com a lei na evangelização e na defesa de direito e o acompanhamento das famílias. Na celebração de encerramento, Dom Milton Kenan Junior, bispo referencial para as
zadas sem constrangimentos”. A cerca do dispositivo que estabelece 180 dias para a “regulamentação” da lei, a Pastoral afirma ser “inadmissível que tal lapso sirva de permissão à continuação da prática da revista vexatória que, repetimos, é absolutamente ilegal e inconstitucional”. Na nota, a Pastoral afirma ainda que “a lei aprovada deve ser aplicada em todas as unidades de privação de liberdade,
o que inclui unidades da Fundação Casa, delegacias e casas de custódia”; além de destacar que “estará atenta para o efetivo cumprimento da lei e para que não sejam adotadas quaisquer medidas que restrinjam ou impeçam o contato físico e íntimo da pessoa presa com seus familiares, algo indispensável para uma mínima humanização do cárcere e para amenizar seu caráter essencialmente dessocializante”.
No sábado, 23, no Santuário São Judas Tadeu, acontecerá o encontro arquidiocesano do Apostolado da Oração. A atividade será das 8h30 às 12h, com missa pre-
sidida pelos Padres José Damião e Armênio Rodrigues. O Santuário São Judas está localizado na avenida Jabaquara, 2.682, próximo a estação do Metrô Jabaquara.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Na terça-feira, 19, Dom Tarcísio Scaramussa, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e nomeado bispo coadjutor de Santos, presidiu, na Catedral da Sé, a missa de 7º Dia das sete vítimas do acidente aéreo de 13 de agosto, na Baixada Santista. Um dos vitimados foi o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, até então candidato à Presidência da República.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Na terça-feira, 19, uma caminhada entre o Masp e o Anhangabaú, no centro de São Paulo, recordou os dez anos do massacre de sete moradores em situação de rua, no ano de 2004, na praça da Sé. Até hoje, os autores do crime não foram responsabilizados.
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Destaques das Agências Nacionais
PADRE MICHELINO ROBERTO
Novos bispos conhecem nunciatura apostólica e CNBB
Novos bispos brasileiros reuniram-se na sede da CNBB para um curso de uma semana, entre os dias 11 e 15. Participaram 12 bispos nomeados entre setembro de 2013 e julho deste ano. A finalidade principal do encontro foi apresentar-lhes os diversos departamentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e sua dinâmica de funcionamento. Os bispos também tiveram a oportunidade de fazer uma visita
à sede da Nunciatura Apostólica, onde encontraram-se com o Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d’Aniello, que lhes transmitiu uma mensagem de congratulação e encorajamento por parte do Papa Francisco. Além dos dois novos bispos auxiliares de São Paulo, Dom Carlos Lema Garcia, à frente do Vicariato para a Educação e Universidade: e Dom José Roberto Palau, vigário episcopal na Região Ipiranga, estiveram presentes
Dom Marcony Ferreira, bispo auxiliar de Brasília (DF); Dom Estevam dos Santos, auxiliar de Salvador (BA); Dom Ailton Menegussi, bispo de Crateús; Dom José Carlos, bispo de Divinópolis (MG); Dom Antônio Carlos, bispo de Caicó (RS); Dom João Inácio, bispo de Lorena (SP); Dom Irineu Roman, bispo auxiliar de Belém (PA); Dom Marcos Antonio, bispo de Bom Jesus do Gurgueia (PI); Monsenhor Fernando Barbosa, bispo eleito de Tefé (AM); e
Monsenhor Jan Kot, bispo eleito de Zé Doca (MA), no Maranhão. O encontro serviu também para que os novos bispos se conhecessem e fizessem trocas de experiências pastorais. Esse mesmo grupo se encontrará novamente em setembro, desta vez em Roma, onde participará do curso para novos bispos promovido pela Congregação para os Bispos e serão recebidos pelo Papa Francisco. Fonte: CNBB
Romaria atrai milhares de fiéis a Tocantins Realizou-se entre os dias 7 e 17, a romaria à Nosso Senhor do Bonfim, próximo à Natividade, Tocantins. A cada ano, entre 60 e 90 mil pessoas participam da romaria, uma das maiores festividades religiosas do País. Segundo a tradição local, em 1750 um vaqueiro encontrou a imagem do Senhor do Bonfim que, depois de ser levada ao município de Natividade, desapareceu e reapareceu milagrosamente no mesmo lugar em que havia sido encontrada. O fenômeno se repetiu algumas vezes até que se decidiu construir uma igreja no povoado do Bonfim. Com o
Diocese de Tocantins
passar do tempo, o afluxo de pessoas ao local aumentou e, em 1941, o Santuário do Senhor do Bonfim foi construído. A missa do Senhor do Bonfim, no dia 15, foi celebrada por Dom Romualdo, bispo da Diocese Porto Nacional, onde fica o Santuário. Participaram o ministro do Turismo, Vinicius Nobre Lages, junto com e a convite da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). Também estiveram presentes prefeitos de diversos municípios da região, vereadores e ex-prefeitos, bem como políticos candidatos nas eleições deste ano. Fontes: G1/ Conexão Tocantins/ Diocese Porto Nacional
Encontro para jornalistas que atuam em meios católicos
Estão abertas as inscrições para o 7º Encontro de Jornalistas das dioceses, regionais, pastorais e organismos da CNBB. O evento acontecerá de 12 a 14 de setembro, na Casa de Retiros Assunção, em Brasília (DF). Na ocasião, haverá partilha de experiências e palestras sobre “A vi-
sibilidade da Igreja na mídia a partir do pontificado de Francisco”, com o jornalista pernambucano Gerson Camarotti, e “Planejamento e estratégias em Assessoria de Imprensa”, com o professor e jornalista Jorge Duarte. O encontro visa ser um espaço de troca de experiências, debates so-
CNBB é premiada por MTC Brasil A CNBB recebeu, na quintafeira, 14, o Prêmio Nacional Irmã Dorothy, promovido pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo (MTC Brasil). O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência, Dom Leonardo Steiner, recebeu a homenagem das mãos de lideranças do grupo. O Prêmio Nacional Irmã Dorothy foi aprovado pela plenária do MTC Brasil, que aconteceu em maio, e tem o objetivo de reconhe-
cer as pessoas e organizações que “contribuem com a luta em defesa da permanência na terra e que ajudam no processo de construção do projeto de agricultura camponesa”, de acordo com a Secretaria Política Nacional do Movimento. Além da CNBB, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Cáritas Brasileira, o bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, e outras entidades também foram condecoradas. Fonte: CNBB
bre assuntos de interesses da área, bem como de fortalecimento dos laços entre esses colaboradores que se dedicam ao serviço de assessoria de imprensa nas dioceses, regionais, pastorais e organismos da Conferência. Destina-se a profissionais que atuam nas assessorias de imprensa de
diocese, regional, pastoral ou organismo. As vagas são limitadas. As inscrições vão até o dia 25 de agosto e podem ser feitas pelo Site da CNBB. Informações em imprensa@cnbb.org. br ou pelo telefone (61) 2103-8313. Fonte: CNBB
Nasce a Rede Eclesial Pan-Amazônia (Repam) Para fazer frente à difícil tarefa de evangelização da região amazônica e integrar os diversos grupos missionários que lá atuam, o Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) junto com o Conselho Episcopal para a Amazônia da CNBB e diversas entidades envolvidas em atividades missionárias na Amazônia estão propondo a criação da Rede Eclesial Pan-Amazônia (Repam). O projeto será apresentado em um encontro marcado para 9 a 12 de setembro, em Brasília, e reunirá entidades que incentivam o testemu-
nho e a presença da Igreja na região. Representantes de 11 países e mais 60 convidados pela organização do encontro já confirmaram presença. De acordo com os organizadores, a Rede Eclesial Pan-Amazônia possibilitará estabelecer diálogo com os envolvidos na Missão da Igreja na região. O projeto conta com o apoio do Secretariado da América Latina e do Caribe da Cáritas (Selacc), da Conferência Latino-Americana e Caribenha de Religiosos (Clar) e do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz do Vaticano. Fonte: CNBB
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Destaques das Agências Internacionais
| Igreja em Missão | 9 Filipe david
ÁFRICA
Ebola provoca 1.145 mortes na África ocidental Desde o início da atual epidemia de Ebola na África Ocidental, 1.145 pessoas já morreram por causa da doença e o número de infectados suspeitos ou confirmados já chega a 2.127. Os países mais afetados são a Guiné (519 casos e 380 mortos), a Libéria (786 casos e 413 mortos) e Serra Leoa (810 casos e 348 mortos). Além desses três países, o vírus também foi registrado na Nigéria, com 12 casos e 4 mortos. O vírus é uma das doenças
mais violentas do mundo, levando à morte na maioria dos casos. O contágio se dá pelo contato direto com o sangue e fluidos corporais, ou com tecidos de animais ou pessoas infectados. Por isso, quem está mais exposto ao vírus são os profissionais de saúde, os familiares e outras pessoas em contato direto com os doentes. Os sintomas da doença começam com febre, dores musculares, fraqueza, dor de cabeça e garganta irritada. Em se-
Continua a violência Combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) invadiram vilarejo, Kocho, no norte do Iraque, e mataram 82 homens na sexta-feira, 15. No sábado, 16, mais 312 foram assassinados. As execuções foram feitas após os homens se negarem a abandonar sua religião e a se converterem ao Islã. Além dos assassinatos, os combatentes sequestraram as mulheres e meninas da região. O porta-voz militar do exército iraquiano, Qassim al-Moussawi, afirmou que a represa conquistada pelos combatentes do EI, próxima a Mossul, há duas semanas foi reconquistada pelas forças Peshmerga (combatentes curdos) juntamente com o exército iraquiano, mas a parte sul do complexo permanece disputada. A reconquista foi favorecida pelos bombardeios americanos a posições do EI. Desde o início do conflito em junho, 1,5 milhão de pessoas já
guida, evoluem para vômito, diarreia, manchas na pele e mau funcionamento do fígado e dos rins. O vírus foi responsável pela morte da religiosa congolesa Pascaline Chantal, no sábado, 9, que trabalhava como enfermeira no hospital católico São José de Monróvia, na capital da Libéria. O padre espanhol Miguel Pajares também faleceu em Madrid, na terça-feira, 12, após ter sido levado à
Espanha para receber um tratamento experimental. No sábado, 16, um centro de tratamento a pacientes com o vírus foi atacado na Monróvia e muitos doentes fugiram. Na segundafeira, 18, depois do ataque, alguns pacientes já haviam retornado, mas outros ainda estavam sendo procurados. Autoridades disseram que a população local não queria o centro de tratamento ali. Fontes: OMS/ Fides/ CDC/ CNN
IRAQUE AP-Yonhap
tiveram que ser deslocadas. Além dos Yazidi, o EI tem perseguido, assassinado e sequestrado outras minorias, notadamente cristãos, mas também muçulmanos xiitas. O Cardeal Fernando Filoni, enviado pessoal do Papa, está em Irbil, capital do Curdistão, onde estão refugiadas mais de 20 mil pessoas. Muitos refugiados têm sido instalados, em Ankawa – cidade vizinha de Irbil, de população majoritariamente cristã – em torno e dentro da igreja local, nos espaços de catecismo e em outros centros. Ao todo, no Iraque, existem mais de 1,2 milhão de refugiados. O Cardeal ressaltou a necessidade de ajudar as famílias nessa situação e a carência de estrutura para recebê-los: “pensemos nos banheiros, chuveiros... aqui faz 48º C!”. Fonte: DailyMail/ The Independent/ News.va
Cardeal Filoni abençoa refugiado yazidi numa escola usada como abrigo para refugiados cristãos e yazidis, em Mangesh, norte do Iraque.
UCRÂNIA
Tensão aumenta A Ucrânia afirmou ter destruído tanques russos que entraram em seu território, e também que suas forças foram atacadas pela Rússia na sextafeira, 15. A Rússia negou o ocorrido, dizendo que as afirmações ucranianas são uma “peça de fantasia”. A Casa Branca disse não poder confirmar se
um comboio russo atravessou a fronteira ou não, assim como a ONU. Diversos líderes têm pedido pelo arrefecimento das tensões entre os dois países, mas o fato é que a Rússia tem dado apoio aos separatistas pró-russos da Ucrânia, colaborando para inflamar o conflito interno no País.
Na segunda-feira, 18, dezenas de pessoas morreram quando um comboio de refugiados foi atacado por um míssil. Os separatistas pró-russos e o governo ucraniano acusaram um ao outro pelo ocorrido. Fonte: The Guardian/ Reuters
REINO UNIDO
Operação inglesa prende 660 suspeitos de pedofilia Em operação de seis meses, a polícia britânica identificou e prendeu 660 suspeitos de crime de pedofilia, entre os quais estão médicos, professores, profissionais de saúde, chefes escoteiros e ex-policiais. Phil Gormley, diretor adjunto da Agência Nacional contra o Crime, explicou que “algumas pessoas começam por acessar imagens indecentes de crianças na internet, depois as agridem sexualmente. O objetivo dessa investigação também era de identificar
agressores sexuais potenciais”. Os números da Associação Nacional pela Prevenção de Crueldade às Crianças indicam que uma em cada vinte crianças na Grã-Bretanha foi vítima de abuso sexual, mas Peter Saunders, presidente da Associação Nacional pelas Vítimas de Abuso na Infância, afirma que esse dado está subestimado e que se pode dizer que o número real está mais próximo de uma em cada quatro. Fonte: Le Figaro
Lei poderá abrir as portas à engenharia genética humana
No mês passado, o governo da Inglaterra aprovou terapia em que um bebê pode ter três pais genéticos. A terapia é aplicada para impedir a transmissão de doenças genéticas que afetam a mitocôndria – a “bateria” da célula humana. O tratamento consiste em substituir o núcleo do óvulo de uma doadora pelo núcleo do óvulo da futura mãe. O resultado é que, após a concepção, o bebê teria o material genético do núcleo celular normal do pai e da mãe, mas o material genético das
mitocôndrias seria oriundo de uma terceira pessoa. Alguns especialistas têm criticado esse tratamento por abrir as portas à engenharia genética e à criação de bebês geneticamente modificados. O governo responde que o termo “geneticamente modificado” não possui uma definição precisa universalmente aceita. Para que o tratamento seja permitido, ainda precisará ser aprovada mudança legislativa nas duas casas do Parlamento inglês. Fonte: The Independent
Seus dados 24 horas à disposição nas ‘nuvens’
Luiz Otávio Ugolini Vianna
Certamente você possui um daqueles e-mails gratuitos e um perfil em uma rede social. Já parou para pensar onde ficam armazenadas todas essas informações? Por muito tempo, você guardou tudo em seu computador. Sem perceber, já se acostumou com outra forma de fazer as coisas: na nuvem. Sim. Eu, você e outros um bilhão de usuários da maior rede social estamos utilizando a “nuvem” há muitos anos, mas nunca paramos para pensar nisso. Com o uso do celular, todos queremos acessar informações a partir de qualquer lugar e em qualquer hora. As plataformas em nuvem vêm para permitir isso, oferecendo centros de computação com disponibilidade quase ininterrupta, onde podemos disponibilizar nossos dados. Mas como esse caminho sem volta vai modificar o seu dia a dia. Quais são os cuidados e riscos que estão em jogo aqui? Nos sistemas de uso público como e-mail ou redes sociais, não há muito com o que se preocupar, afinal são operações de risco baixo. Perder uma informação ali não terá impacto muito importante na sua vida. Para os sistemas corporativos já é diferente. Quando oferecem uma “solução em nuvem” procure se informar sobre onde seus dados serão armazenados. Afinal “nuvem” pode significar “qualquer lugar”. Certifique-se que estejam em servidores de empresas de renome. Se não conhecê-las, procure na internet a respeito delas. Verifique se as normas do seu negócio exigem que seus dados estejam armazenados no Brasil, Muitas soluções em nuvem utilizam servidores no exterior, o que não é um problema a menos haja essa exigência. Enfim, deixar seus dados com outro não é mais um problema, desde que você saiba o que estão fazendo com eles.
Direito do Consumidor
Engenheiro e Diretor de Tecnologia da Mult.Conect
Cláusula abusiva em plano de saúde O Supremo Tribunal de Justiça já decidiu que é abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do segurado, bem como que o é também a que exclui o tratamento de doenças infectocontagiosas, como no caso da Aids. Outra em que há abuso é a cláusula que restringe a cobertura de transplante de órgãos e igualmente a cláusula que suspende o atendimento em razão do atraso de pagamento de uma única parcela. Se houver essas disposições em seu contrato, fique atento. Saiba dos seus direitos, procure um advogado. Ronald Quene é bacharel em Direito
Comportamento
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Cuidar da saúde
Tecnologia
10 | Viver Bem |
A ditadura do querer Simone Fuzari Cabral Faz parte da natureza humana o desejo! Desde sempre presente na vida das pessoas, o “querer” foi ultimamente tomando um vulto desproporcional! Aquilo que anteriormente se fazia muito presente na boca de crianças pequenas (e, por isso mesmo, imaturas), e era muito bem medido e limitado pelos pais, hoje se encontra presente na vida de todos - adultos e crianças! Estamos imaturos! Queremos a satisfação, a facilidade, as alegrias, o sucesso. Enfim, vivemos em busca do prazer imediato! Todos querem ser os primeiros, ninguém abre mão de sua vez, de seus direitos e dos benefícios! Já não vemos quase pessoas capazes de lutar pelos bens árduos (sejam eles materiais, espirituais, morais), aqueles que conquistamos com sacrifício, esforço, dedicação e, por que não dizer, com
uma boa dose de desconforto ao longo do processo! Se torna difícil para os pais educarem os filhos porque os pequenos choram, gritam, e fazem o seu papel: expor seus desejos imaturos e resistir bravamente com choros e birras à frustração. Os pais, por sua vez, não aguentam o desprazer de frustrar os filhos, sentem culpa e acabam cedendo aos desejos deles, afinal, assim todos ficam imediatamente satisfeitos. Desastre certo a médio e longo prazo! Ninguém mais busca compreender a posição do outro, todos, porém, querem ser compreendidos e atendidos em todas as “necessidades” - porque não posso deixar meu filho na escola às 7h e buscá-lo às 19h30? O professor não pode ficar com ele? Preciso trabalhar! Minha mãe fica com ele durante a semana e minha sogra nos finais de semana à noite, afinal, trabalhamos muito e precisa-
mos conversar, nos divertir... Estamos imaturos, não “aguentamos” frustrações! Não “aguentamos” envelhecer, não “aguentamos” características físicas que não gostamos, não aguentamos o desconforto! No Brasil, temos um dos maiores índices de cirurgias plásticas em adolescentes - como “aguentar” um nariz maior ou um seio pequeno se ninguém nos ensinou a “aguentar” um “não suba na mesa”, ou “está na hora de dormir”? Não se funda a autoestima necessária quando não se tem referências adequadas! É preciso ficarmos atentos: somente vamos construir uma sociedade mais equilibrada, se nos dedicarmos a amadurecer, se nos dedicarmos a cuidar dos outros, cuidar dos filhos, cuidar de não nos deixarmos levar pela ditadura do querer! Temos desejos sim, porém, que não sejamos escravos deles! Coordenadora pedagógica da Escola Pedrita e fonoaudióloga com mestrado na PUC-SP
Saúde do Homem Entre os dias 18 a 22, será realizada a Semana do Homem. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) acontecerão atividades voltadas para os homens que geralmente só aparecem nas consultas quando já estão doentes ou quando são “arrastados” pelas mães e esposas. Em 2009, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem que tem como objetivo: “promover a melhoria das condições de saúde da população masculina do Brasil, contribuindo, de modo efetivo, para a redução da morbidade e mortalidade através do enfrentamento racional dos fatores de risco e mediante a facilitação
ao acesso, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde” (BRASIL, 2009). Desde então, anualmente, são realizadas campanhas para que os homens entendam que existem doenças silenciosas que muitas vezes deixam filhas, mães, netas e esposas em sofrimento por enfermidades que, com diagnóstico precoce, teriam tratamento. Então, você, homem, deixe o machismo e o orgulho de lado e se cuide. Assim estará cuidando não só de você, mas de toda sua família. Dra. Cassia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF)
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
| Reportagens e Atualidades | 11 Luciney Martins/O SÃO PAULO
Márcio Bruno de Oliveira/Amparo Maternal
Amparo Maternal é fonte de vida para Rafael Coradete, nascido no dia 19, e para Maria Tereza, no dia 17; ação de saúde pública e de solidariedade com mães e bebês tem reconhecimento de Fafá de Belém
Na primeira página do livro da vida Fundado em 1939, o Amparo Maternal comemora 75 anos de portas abertas para mães e bebês Nayá Fernandes
nayafernandes@gmail.com
Com 9 meses de gravidez, Lígia de Carvalho Fiochi chegou ao Amparo Maternal no dia 27 de junho. Lá, ela ganhou a Letícia, sua quarta filha. Aos 34 anos, a mãe foi transferida para o Amparo, após sair da rua, em situação de dependência química. “Minha mãe, da rua, me levou para o hospital. Eu tive uma recaída no último mês de gestação, pois não conseguia fazer abstinência do crack. Depois do parto, eles iriam levar minha filha para um abrigo e eu para uma clínica de recuperação. Mas, eu queria amamentar, porque senti que ela seria a força para sair da dependência”, contou Lígia. Muito agradecida, a mãe falou da equipe médica, dos diferentes tipos de assistência física, psicológica e social que recebe. “Agradeço por poder ficar com minha filha. E agradeço a Deus, porque mesmo tendo utilizado crack durante toda a gravidez, Letícia nasceu perfeita, sem nenhuma sequela. Está sendo um momento de encontro comigo
mesma e com minha filha”, disse emocinada. Lígia está com a filha no Centro de Acolhida que a Instituição mantém. “Fundado em 1939, por um grupo de pessoas lideradas pela franciscana Madre Marie Domineuc, pelo Doutor Álvaro Guimarães Filho e pelo então arcebispo de São Paulo Dom José Gaspar de Alfonseca e Silva, o Amparo Maternal nasceu para abrigar gestantes que não tinham lugar para dar à luz, muitas delas vivendo nas ruas, algumas rejeitadas pela família”, explicou Júnia Cordeiro, diretora executiva do Amparo. “Era um grande albergue e posteriormente foi construída a maternidade”, disse. Ela explicou ainda que, no início, não havia funcionários contratados. “Eram doações, destacando-se a contribuição de Dom Paulo Evaristo Arns, que captou muitos parceiros na Alemanha.” Com o tempo, o Amparo começou o convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS), e outras parcerias. A atual é com a Associação da Congregação de Santa Catarina (ACSC), que começou em 2008. “Em 1975, as Irmãs Vicentinas de Gysegem começam a coordenar as atividades voltadas à assistência social e hospitalar, contribuindo para o crescimento e permanente estruturação”, contou Júnia. No Hospital Amparo Ma-
ternal são realizados quase 8% dos partos SUS, sendo 25% deles feitos em adolescentes. Porém, a Diretora afirmou que o déficit da instituição, atualmente, é na ordem de R$ 1.300.000 (um milhão e trezentos mil reais mensais), coberto regularmente pela ACSC.
Trabalho humanitário Silvia Maia Holanda, coordenadora médica da neonatologia do Amparo Maternal, trabalha na instituição há cinco anos e desenvolve um trabalho que, para ela é apaixonante. “Tenho a oportunidade de oferecer um serviço de muita qualidade a um público que nem sempre está acostumado a ser atendido com dignidade, segurança e excelência. Estamos todos lutando pelo mesmo ideal, que é o atendimento humanizado para mães e bebês.” Silvia salientou que são 600 partos ao mês, sendo 76% de partos normais. “O parto normal permite que mãe e bebê fiquem juntos desde o primeiro momento. É nesse contato precoce, que eles se olham e se conhecem, que ocorre o ‘imprinting’, a paixão que nasce entre eles. Ali também se inicia a experiência única da amamentação precoce e exclusiva em seio materno”, disse. Ela afirmou que trabalhar no Amparo Maternal é um privilégio. “Já trabalhei em instituições públi-
cas e privadas reconhecidamente de excelência, mas, jamais, em nenhum outro lugar, tive a chance de fazer o que amo. Estou vivendo o meu sonho, desenvolvendo um trabalho amplo e humanizado, sem esquecer a excelência técnica”, enfatizou Silvia. Marlene Beatriz, supervisora do serviço de atendimento ao usuário, trabalha no Amparo há 23 anos. “Há um diferencial, que é a espiritualidade no atendimento. Mesmo tendo passado por dificuldades, atualmente, reformamos o Berçário, o Centro Cirúrgico, a UTI neonatal e outras obras que asseguram a qualidade do trabalho. O mais importante é a continuidade da missão e do ideal dos fundadores, a luta pela justiça social e respeito pela dignidade humana.”
Show com Fafá de Belém e sua filha, Mariana Na segunda-feira, 18, aconteceu um show beneficente com a cantora Fafá de Belém, em comemoração aos 75 anos do Amparo Maternal, no Bourbon Street Music Club, na capital paulista. “Tivemos como mestre de cerimônia a também cantora Mariana Belém, filha de Fafá e madrinha do Amparo Maternal. Todo o valor adquirido com a venda dos ingressos será revertido aos projetos sociais da instituição”, explicou Júnia Cordeiro.
Fafá de Belém afirmou que apoia o projeto “porque é sério e abraça com amor mulheres e crianças que necessitam de dignidade e cuidados profissionais decentes em um momento tão especial de suas vidas”. Ela enfatizou que “devemos estar atentos às necessidades do outro, estender a mão e o olhar para além do nosso ‘mundinho’ e de nosso umbigo”. Mariana contou que conheceu a Instituição quando visitou a UTI Neonatal. “Quando digo que sou madrinha dos bebês e que ajudo o Amparo no que posso, recebo mensagens de muitas pessoas que tiveram seus bebês lá e que são muito gratas e felizes pela experiência que tiveram. O lema do Amparo Maternal: ‘Não Recusar Ninguém’, diz tudo.” Questionada sobre a importância do Amparo para a sociedade, Mariana disse que “o momento da gestação e do parto são muito delicados para a mulher. É extremamente importante receber essa mulher com delicadeza e cuidar dela nesse momento tão especial da maneira como o Amparo Maternal faz. E os cuidados não terminam na sala de parto, seguem fortemente, e lindamente, com o Centro de Acolhida. Sou apaixonada pelo trabalho deles, do começo ao fim”. (Colaboraram Mariana Lins Cremonini e Marcelle Machado, assessoria de imprensa)
AMPARO MATERNAL
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Na terça-feira, 19, o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, presidiu missa no Amparo Maternal. Colaboradores, voluntários e amigos do Amparo se reuniram para celebrar os 75 anos da instituição.
A instituição mantém serviço com profissionais especializados e infraestrutura adequada nas áreas de: • Complexo Maternidade; Centro de Acolhida de Alta Complexidade para Gestantes Mães e Bebês em situação de vulnerabilidade e risco social; • Campos de estágios em diversas áreas da saúde e da assistência social; • Pesquisas em parcerias com universidades. Para colaborar com o Amparo Maternal Doações financeiras: Banco Itaú: 341- Agência: 0910 Conta Corrente: 00742-6 Entrega de doações (roupas, alimentos não-perecíveis, produtos de higiene pessoal, enxovais, entre outros) Rua Napoleão de Barros, 1.035, Vila Clementino
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A busca da terra na selva de pedra Sergio Ricciuto Conte
Após ter relatório aprovado pela Funai, indígenas reivindicam demarcação de 532 hectares no Jaraguá Nayá Fernandes
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Quem chega à Terra Indígena do Jaraguá (TI Jaraguá), a 16 km da praça da Sé, pode se surpreender por não encontrar um lugar tradicional, conforme imaginam os moradores de grandes centros urbanos. As casas são de madeira, há muito lixo espalhado e, além disso, um grande número de cães, pois as
pessoas abandonam ali os seus animais. Mas, sem dúvida, impressiona ver todas as crianças falando guarani em plena cidade de São Paulo, e a produção abundante de diferentes tipos de artesanato. Os serviços na aldeia são precários. Para ter acesso à saúde, mesmo com uma Unidade Básica de Saúde, os indígenas precisam sair e utilizar os hospitais públicos municipais. “Há falta de recurso, de equipe, de profissionais que queiram trabalhar aqui. Quando um sai, demora cerca de 3 a 4 meses para vir outro. Além disso, faltam os remédios naturais, porque não temos aqui plantas suficientes para fazê-los”, contou Pedro Luiz Macena, 50, uma das lideranças comunitárias. David Martim, que acompanhou a re-
A faixa no gramado nº 1775, para que aconteça o processo de demarcação. Conforme prevê a lei, as contestações poderiam ser apresentadas no período de 90 dias após a publicação, que aconteceu no dia 30 de abril de 2013. Três contestações foram arroladas ao processo e segundo informações dos indígenas, os supostos donos já foram até as aldeias ameaçá-los de despejo. A reportagem procurou os particulares que reivindicam a reintegração de posse e conseguiu contato com a defesa de Antonio Tito Costa, mas ele não quis dar entrevista. Os indígenas realizaram várias manifestações pedindo a demarcação da terra e esperam uma resolução do Ministro da Justiça. No dia 25 de julho, cerca de 200 membros realizaram um ato na avenida Paulista, em protesto contra a reintegração de posse. “O Jaraguá é Guarani: demarcação contra a reintegração de posse” foi a chamada da manifestação, na qual os indígenas fizeram suas danças, cantos e rezas tradicionais e levaram desenhos feitos pelas crianças para protocolar no Tribunal Regional Federal. “Nossos parentes já haviam reocupado o Sol Nascente em 2005, quando um não indígena entrou com mais um processo de reintegração contra nós e conseguiu naquela época nos retirar dali. Porém, resolvemos não mais esperar devido à decisão que deu o prazo de 27 de julho de 2014 para que todas as nossas crianças e adultos fossem expulsos do Tekoa Pyau, única área que nos restava e onde nos espremíamos até hoje esperando a Justiça dos brancos”, afirmaram em uma carta protesto distribuída na manifestação do dia 25 de julho. As reivindicações centrais apresentadas neste dia foram: a garantia pelo De-
Al em
sembargador André Nekatschalow da manutenção da posse dos mais de 500 parentes que habitam a aldeia Tekoa Pyau, na Terra Indígena Jaraguá; a garantia pela Justiça Federal da manutenção da posse dos que habitam a aldeia Tekoa Itakupe, Sol Nascente; a imediata assinatura das Portarias Declaratórias das Terras Indígenas Jaraguá e Tenondé Porã, pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o fim da paralisação das demarcações de terras indígenas em todo o País. (NF) Site da Campanha Resistência Guarani SP: http://campanhaguaranisp.yvyrupa.org.br
Arte: Jovenal Pereira sobre foto de Luciney Martins
Wera Jeguaka Mirim, 13, estendeu, na abertura da Copa do Mundo da Fifa, dia 12 de junho, no Itaquerão, uma faixa em que se lia “Demarcação já!”. O jovem indígena mora em uma das aldeias dos guarani na grande São Paulo. Sua mensagem não foi transmita pela tv oficial, mas ganhou as redes sociais nos dias que se seguiram. O jovem não está sozinho. O que muitos moradores de São Paulo não sabem é da grande quantidade de indígenas na capital. Só nas duas aldeias que ficam em frente ao Parque Estadual do Jaraguá, num espaço pequeno e muito próximo ao centro urbano, vivem 700. A metade, cerca de 350, são crianças, explicou Pedro Macena. Eles estão divididos nas aldeias Ytu e Pyau, conhecidas como TI Jaraguá. Em 1987, houve a demarcação de apenas 1,7 hectare, sendo hoje a menor terra indígena do País. Além das aldeias no Jaraguá, os guarani vivem no bairro de Parelheiros, extremo sul da capital. Distribuídos em sete aldeias, a população total é de aproximadamente 2 mil pessoas. Eles lutam pela demarcação de seus territórios, que estão em processo de regularização fundiária. Recentemente, os indígenas reocuparam também uma área um pouco mais afastada, que faz limite com o Parque do Jaraguá, o tekoa Itakupe, ou Sol Nascente. Somando-se às duas aldeias de baixo, a área total será de 532 hectares. Um laudo da Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou e publicou no Diário Oficial da União (Portaria FUNAI/ PRES nº 544) os resultados dos estudos técnicos que reconheceram a área indígena, e emitiram um laudo antropológico. Porém, ainda falta o Decreto Presidencial
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a, um drama contado em guarani portagem do O SÃO PAULO, é um jovem da família de dona Jandira Martim, uma das primeiras a habitar o Jaraguá. Ele enfatizou que algumas coisas são essenciais. “A Casa de Reza é a mais importante da aldeia. Este mês começaram os rituais que fazemos todas as noites. Assim, ainda conseguimos preservar a nossa cultura”. David explicou que, antes da construção do Parque Estadual do Jaraguá, em 1961, os indígenas já habitavam a região. “Após chegar a expedição de Afonso Sardinha para extração de ouro, houve massacre e exploração dos indígenas e, só depois disso, a área foi considerada reserva ambiental. Quando meus avós vieram para São Paulo, foram humilhados e escravizados, até con-
Sergio Ricciuto Conte
Jaraguá
Aldeia: Tekoa Pyau
Tamanho: 1,7 hectare Habitantes: 700 (411 por hectare) Reconhecido pela Funai: 532 hectares
Aldeia: Tekoa Tenondé krukutu
Tamanho: 25,9 hectare Habitantes: 500 (19 por hectares) Reconhecido pela Funai: 15.969 hectares Parelheiros
Aldeia: Tekoa Tenondé Porã
Tamanho: 26,3 hectare Habitantes: 900 (34 por hectares) Reconhecido pela Funai: 15.969 hectares
E quando a cidade invade? Pedro Luiz Macena veio do Paraná para São Paulo com os pais e os nove irmãos. O casal vivia entre a Argentina e o Paraguai, mas em 1966, chegou ao Brasil. “Era complicado, pois os guarani eram sempre muito perseguidos. Havia muita morte e escravidão. O próprio serviço de Proteção ao Índio favorecia tais fatos. Então, em 1989, eu vim pra cá, mas a aldeia já existia há muitos anos”, explicou. Segundo o líder, a comunidade cresceu após 1999, com a chegada do Cacique José Fernandes. Na quinta-feira, 14, José Fernandes transferiu-se para Sorocaba (SP) numa terra recém-demarcada. Para sobreviver, os membros da TI Jaraguá recebem a bolsa-família do Governo Federal, mas cada família se mantém trabalhando fora no comércio ou em empresas de logística e construção civil. Assim, a cidade força as fronteiras geográficas e sociais da aldeia, também em relação ao modo de vida dos indígenas. “Hoje, falta água, peixe, plantação. Então, temos dificuldade de manter nossos rituais, mas a gente continua lutando”, disse Pedro. Na aldeia, há o Centro de Educação e Cultura Indígena (Ceci), onde as crianças têm atividades próprias da cultura. Além disso, há um galpão para eventos e uma cozinha comunitária. “Eu acredito muito em Nhanderu, que é Deus. Ele cuida de nós. Faz nascer e crescer nossos filhos. Não sairemos daqui. Sentimos que o Jaraguá é guarani”, expressou Pedro. (NF)
ldeias guaranis m São Paulo
Parelheiros
Luciney Martins/O SÃO PAULO
seguirem chegar ao Jaraguá. Aqui, meu avô caçava, pescava, vivia em paz. Porém, com o crescimento da cidade, começou também a contaminação do lago, que piorou com a construção da rodovia”, contou David. Nascido em Santos (SP), o Cacique Ary Martim, 72, está morando num barraco de lona, enquanto não consegue construir as casas conforme a tradição indígena. “As pessoas nem imaginam que existem aldeias em São Paulo e, temos muitos problemas por estarmos infiltrados dentro da cidade. O índio precisa viver em contato direto com a natureza, conhecer as plantas, os nomes e os cantos dos passarinhos. O índio que tem sua verdadeira cultura é aquele que nasceu e cresceu com a natureza”, enfatizou.
Casinhas de sapé “Como guarani, nossa luta não é física, é espiritual. Ao tomar posse de uma região indígena, a primeira ação é construir uma Casa de Reza”, disse o Cacique Ary Martim, que foi encontrado pela reportagem retirando os entulhos deixados na área em que ele sonha construir uma aldeia tradicional. “Temos alguma madeira e barro também, mas falta sapé e, sem ele, não podemos fazer o telhado”, contou o Cacique. Ele e mais alguns indígenas iniciaram o processo de autodemarcação da terra, retomando uma área que forma a aldeia Tekoa Itakupe, do outro lado do Pico do Jaraguá, onde também solicitam à Justiça a garantia de manutenção de posse. O desejo do Cacique se intensifica diante dos problemas sociais e culturais das demais aldeias, que se agravam devido à proximidade do centro urbano e a total falta de espaço. Outro fator foi a construção da Rodovia dos Bandeirantes, em 1978, que dividiu as aldeias e suprimiu parte de suas áreas de ocupação. Além de retirar os restos das casas construídas, Ary já começou uma pequena plantação de milho e pretende reflorestar o que foi desmatado pelos moradores recentes. O próximo passo é a construção da Casa de Reza. “Eles cortaram uma árvore e foram multados pelo Ibama. Depois disso, houve uma divisão interna entre eles e o dono os mandou sair. Aí, nós entramos. A polícia até veio e quis nos retirar, mas mostramos o laudo antropológico”, contou. Os indígenas aguardam a decisão da Justiça Federal a respeito da manutenção nesta aldeia. (NF)
A missão do Conselho Indigenista em São Paulo Benedito Antonio Prezia, membro do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) da Arquidiocese de São Paulo e coordenador do Projeto Pindorama da PUC-SP, em entrevista à reportagem, contou que, desde 2000 há um acompanhamento dos guarani na capital. Entre outras ações, eles viabilizam a venda de artesanato e chegaram a contratar agentes para colaborar com aulas na aldeia. “Começamos há 14 anos, quando hou-
ve uma missa comemorativa dos 500 anos de Brasil no Campo de Marte e os indígenas reclamaram que as pessoas iam só em abril à aldeia e depois eles se sentiam esquecidos”. Benedito enfatizou que era um grupo muito pequeno que, desde 2003, após a Campanha da Fraternidade sobre a questão indígena, começou a atuar diretamente nas aldeias. “Ajudamos na reforma da Casa de Reza, depois conseguimos construir uma cozinha
comunitária. Mas, como éramos apenas duas pessoas e a Pastoral não recebe apoio financeiro, pois todo o trabalho é voluntário, sempre tivemos dificuldade em desenvolvêlo de forma mais intensa.” Outra questão citada por Benedito foi a não compreensão dos ambientalistas que dificultam a permanência dos indígenas no Parque Estadual do Jaraguá e, por isso, eles não tem acesso nem mesmo às plantas medicinais que utilizam diariamente, por exemplo. (NF)
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Santuário Nacional de Aparecida recebe 5 milhões de fiéis no primeiro semestre Daniel Gomes e Edcarlos Bispo osaopaulo@uol.com.br
tevê – a inauguração do “Templo de Salomão”, feita pelo fundador da igreja, Edir Macedo. Antes da abertura do templo, e nas notícias que se seguiram após o ato de inauguração, veículos de grande circulação nacional afirmaram categoricamente que o templo tem uma “área construída quatro vezes maior que a do Santuário de Aparecida”, informação essa que, após a análise dos dados de ambas as construções, não têm respaldo: a área construída do Santuário de Aparecida é de 143 mil m2 e a do templo de 100 mil m2. Assim, o chamado “Templo de Salomão”, somando todo o seu complexo, incluindo os pisos superiores com diversas instalações e a área de estacionamento é quatro vezes maior se comparado apenas com o pavimento térreo
da Basílica, de 25 mil m2, e não com todo o Santuário. De acordo com o professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia e Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Juciano Lacerda, para falar do “Templo de Salomão”, a imprensa “foi em busca de comparar com algo já conhecido, a Basílica de Aparecida do Norte. Como a maioria dos meios fez o mesmo raciocínio em termos de número, é possível que a informação tenha sido produzida pela assessoria de imprensa da Igreja Universal e acabou sendo publicada sem averiguações por parte de cada jornal ou revista”. As comparações geraram, de certa forma, segundo o Professor, uma ten-
tativa de criar uma “competição” religiosa. “Construir uma metáfora ou analogia de competição entre religiões gera curiosidade e audiência, mas não beneficia de modo algum o interesse público ou a cidadania, pois continua a explorar uma ideia de concorrência e competição entre religiões. Dessa forma, estabelecer a polêmica gera audiência, gera ‘noticiabilidade’ nos termos da mídia de massa e do entretenimento, pois não há interesse em informar claramente o cidadão, mas de entreter, de gerar curiosidade, de gerar polêmica”. Juciano afirma, ainda, que “da forma como disse Maxwell McCombs, pesquisador norte-americano do jornalismo: notícia boa não é boa notícia para o jornalismo. Infelizmente, essa é a lógica do jornalismo de mercado, que precisa vender notícias, pois é uma empresa/ indústria como qualquer outra, seu objetivo maior é lucrar, não importa sobre quem”.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Qual foi a última vez que você esteve no Santuário Nacional de Aparecida? Para os católicos, essa é uma pergunta de fácil resposta. Ao menos uma vez na vida, os fiéis do Brasil visitam o maior santuário mariano do mundo. Em Aparecida (SP), os milhares de romeiros e romeiras veneram a imagem de Nossa Senhora, encontrada em 1717 no Rio Paraíba. O Santuário acolheu, em 2013, quase 12 milhões de peregrinos, e somente no primeiro semestre deste ano, já foram mais de 5 milhões de pessoas, segundo a Arquidiocese de Aparecida. Informações sobre o Santuário, ainda dão conta que este possui o maior estacionamento da América Latina, com capacidade para 6 mil veículos e que a área
específica da Basílica Aparecida compreende quase 72 mil m², e inclui os pavimentos inferior e térreo, arcada e Tribuna sul, a Cúpula Central e as Capelas da Ressurreição e do Batismo, além da Torre Brasília. É no interior da Basílica, no pavimento térreo, que fica o Nicho da Imagem milagrosa da Padroeira do Brasil. Neste pavimento, de 25 mil m², são realizadas as celebrações eucarísticas que chegam a reunir 30 mil devotos em torno do Altar Central; nas celebrações externas, a capacidade é para 300 mil pessoas. Todas essas informações estão disponíveis desde o dia 31 de julho, no site da Arquidiocese de Aparecida. Nessa mesma data, uma quinta-feira, em São Paulo, os participantes da Igreja Universal do Reino de Deus acompanharam – presencialmente ou pela
O ‘Templo de Salomão’ não tem sentido para cristãos Fernando Geronazzo nem mesmo no tempo de Jesus haEspecial para O SÃO PAULO via um templo “de Salomão”, mas havia o Segundo Templo, construTanto do ponto de vista teológi- ído pelos judeus que voltaram do co quanto histórico, a construção do exílio de Babilônia (entre 537-515 templo da Igreja Universal do Reino a.C). Foi nesse Templo que Jesus de Deus não tem valor para os cris- pregou e afirmou tratar-se de uma tãos. É o que afirma Dom Henrique imagem dele próprio, morto e resSoares da Costa, bispo de Palmares suscitado, quando disse: “Destruí este templo e em três dias eu o edi(PE). De acordo com o Bispo, em arti- ficarei!” go publicado em sua página pessoal Dom Henrique chama atenção na internet, “não existe nem poderá para o fato de não fazer sentido alexistir ‘Templo de Salomão’ algum gum para os cristãos a construção desde 587 a.C, quando o Templo de um templo judeu. “Isto é negar construído pelo Rei Salomão, foi in- nosso Senhor Jesus Cristo, é voltar cendiado pelos babilônios. ao Antigo Testamento! O Segundo O Prelado explicou, ainda, que Templo era imagem do corpo do Se-
nhor. Ele mesmo o declarou”. Mesmo para os judeus, que ainda aguardam a vinda do messias prometido, o templo somente pode ser construído sobre o Monte do Templo, chamado Monte Moriá, em Jerusalém. “Os judeus nunca reconstruíram o seu templo por isso: porque ali já estão erguidas duas mesquitas muçulmanas”, acrescentou o Bispo. Concluindo, Dom Henrique salienta que além de não ter significado para os cristãos, o “Templo de Salomão” não poderia ser reconstruído, “pois já não seria o Templo ‘de Salomão’, mas de outra qualquer pessoa”.
Espaço inaugurado em julho ainda precisa de alvará definitivo
Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
Inaugurado em 31 de julho, com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito Fernando Haddad, o “Templo de Salomão”, da Igreja Universal do Reino de Deus, possui uma licença provisória que permite seu funcionamento até 18 de janeiro. Porém, o Ministério Público (MP) já aconselhou a Prefeitura a cancelar tal licença, pois seria apenas válida para eventos e não para um templo. Além disso, a obra de 100mil m2 de área construída foi inaugurada sem o laudo do Corpo de Bombeiros. O MP também apura denúncias de que terras contaminadas despejadas na USP Leste, entre 2010 e 2011, seriam provenientes do terreno onde se localiza o Templo, no bairro do Brás.
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Professor Elson Faxina
Os caminhos para o jornal impresso Marcos Beltramin/Signis
Edcarlos Bispo
Nosso olhar sobre as coisas, o mundo, as pessoas, a sociedade está “contaminado” pelo lugar em que pisamos. E esse é um momento importante, porque podemos usar as novas tecnologias não para ampliar a quantidade da mesma informação, e sim para melhorar sua qualidade. Deveríamos usar as novas tecnologias para libertar os jornalistas do cárcere das redações e empurrá-los a andar pelos bolsões onde vive a população, e ir lá de ônibus, e não de carro com motorista particular.
edbsant@gmail.com
Publicado em fevereiro deste ano, a pesquisa da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, “Hábitos de consumo de mídia pela população brasileira”, realizada em 848 municípios, com 18.312 brasileiros, revela que 75% dos entrevistados afirmaram que não leem jornal diariamente. A pesquisa, não fala de jornais segmentados. Porém, de qualquer maneira, representa um desafio para todas as redações de jornal impresso. Além disso, lança questionamentos sobre o futuro do jornalismo e a manutenção de publicações diárias, semanais, mensais ou bimestrais. Irá o impresso acabar? O jornalismo consegue se reinventar? Essas e outras perguntas são respondidas pelo professor Elson Faxina, Doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos e Mestre em Ciências da Comunicação, na área de Cinema, Rádio e Televisão, pela ECA/USP.
O SÃO PAULO - Como o senhor define o atual momento do jornalismo impresso no Brasil? Professor Elson Faxina - É um momento bastante singular, desafiador. O jornalismo impresso levou um pequeno golpe com o surgimento do rádio, começou a cambalear com a invenção e popularização da televisão e está aturdido com a pujança da internet. Na realidade, essas tecnologias da comunicação não são um problema tão sério para o jornalismo impresso. O problema é que ele até hoje não soube buscar o seu novo lugar no atual sistema informativo corporativo e social.
As novas tecnologias representam, de fato, um risco para o jornal impresso, assim como disseram que a invenção da tevê representava para o rádio? Do seu jeito, o rádio soube reencontrar o seu lugar no reordenamento informativo, deixando lugar para a tevê e ocupando um espaço que é só dele. Mas o jornalismo impresso é o mesmo de antes.
Para impulsionar a quantidade de leitores e atrair novos parceiros comerciais, que posturas diferentes a direção e os jornalistas de veículos impressos devem assumir? A saída dessa crise vai depender do modo como diretores e jornalistas encararem este momento. Se a
Para os veículos segmentados, como os jornais confessionais, que fatores seriam mais desafiadores para essa reinvenção?
decisão for insistir no tipo de jornalismo impresso que vem sendo feito, fazendo firulas gráficas e até pirotecnia informativa e chamando isso de mudança, essa crise vai se prolongar e ampliar as feridas já visíveis. Se aproveitarem essa crise para repensar o jornalismo que vem sendo feito, podemos ter ótimos resultados futuros. No entanto, as únicas novidades que o jornalismo impresso inventou são péssimas. Aponto três desses novos modos de fazer jornalismo hoje: 1) O jornalismo “declaratório”: alguém diz algo e o jornalista toma como verdade e o veicula, sem a preocupação de apurar, checar... Aí, quando o outro lado contradiz, ele repercute e acha que está fazendo jornalismo, quando, na realidade, entrou na mesma dinâmica da fofoca, com a diferença de ouvir a fofoca dos dois lados. 2) O jornalismo “panfletário”: produzem-se verdadeiros editoriais disfarçados de jornalismo. Na realidade, é um jornalismo preguiçoso, porque substitui a busca da informação pelo atalho da opinião; é rancoroso, tendencioso do pior naipe e fica o tempo todo reivindicando para si o direito à “liberdade de imprensa”, que é o que menos faz. 3) O jornalismo “Mãe Diná”: fica o tempo todo tentando adivinhar o futuro, baseando-se em falsas informações. Só para ficar em fatos bem recentes, a imprensa “previu” que o Brasil não conseguiria fazer a Copa do Mundo e que, caso houvesse, o time de Felipão seria campeão. Quase convenceu a sociedade, mas errou nas duas “previsões”. Hoje, a imprensa vem apostando o tempo todo que
a economia brasileira está combalida, mas a cada pouco tem que divulgar índices reais e se justificar dizendo que “as previsões falharam”. Claro, é um jornalismo que fica o tempo todo ouvindo apenas a oposição e os analistas de mercado. Ora, que seriedade esperar de quem visa só o poder e de quem vive da especulação?
Muito se fala que o jornalismo, no geral, tem que se reinventar. Como isso pode acontecer na prática? Essa reinvenção deve ser um trabalho árduo, lento e de muitas frentes e faces. O mais importante, no entanto, é que o jornalismo se vincule mais à própria sociedade e menos às corporações de poder e de mercado. Os jornalistas devem abandonar, e muito, os palácios e os carpetes dos detentores do mercado e passar a pisar no barro da periferia, a conhecer e conviver com novas lideranças sociais, culturais, aventurando-se pelas amplas avenidas da sociedade civil. Nosso jornalismo, especialmente o impresso, tenta interpretar a sociedade com um olho no poder e outro no mercado. A sociedade só aparece ali como número, estatística. Seu olhar não está nos jornais. No entanto, cada bairro, cada vila, cada comunidade é uma verdadeira cidade, com acontecimentos fantásticos diários de vida, de labuta, de tristezas e alegrias, de solidariedade... Mas sempre ausentes dos jornais. Ora, por que então a sociedade vai se motivar e ler o que não é seu espelho? Mas para fazer esse novo jornalismo é preciso, insisto, pisar no barro, para a partir dali olhar a sociedade.
De um modo geral, nossos jornais confessionais estão muito presos à hierarquia eclesial. São verdadeiros porta-vozes oficiais, cumprindo uma função de falar “para” as pessoas e não “das” pessoas, “com” as pessoas e muito menos de serem falados “pelas” pessoas. Ora, se o jornal não espelhar a vida comunitária, não contar as histórias de vida dos fiéis, não mostrar as obras oriundas da fé, não mostrar a Igreja de fato, permanecendo numa visão de que a Igreja é a hierarquia, só será lido pela hierarquia e seus achegados.
Um jornalismo mais humano, atento aos fatos locais e que dê voz àqueles que não têm voz, pode ser uma saída para o jornal impresso, sob a ótica da informação e da sustentabilidade financeira? Para mim é a única saída. Deus, na sua infinita sabedoria, transformou o Verbo em carne e o enviou para habitar entre nós. E ao estar entre nós, o Seu Filho, o Verbo feito carne, dedicou-se a traduzir os ensinamentos divinos em vida, em exemplos, em parábolas. Quando era interrogado para explicar algo muito sério, Jesus criava uma boa história e contava. Ele não fazia teoria; divulgava a prática. Nós fazemos o contrário, estamos o tempo todo teorizando, falando para poucos, para os entendidos, deixando de lado tantas histórias de vida que acontecem nas nossas comunidades, por obra de nossas pastorais, movimentos, serviços e demais instituições de Igreja, ou mesmo pela obra dos milhões de fiéis. Preferimos escrever verdadeiros discursos, teorizar, em vez de contar essas belas parábolas vivenciadas. Ficamos o tempo todo invertendo a sabedoria Divina: tentando transformar o que é carne em verbo. Leia a íntegra no site da Arquidiocese (www.arquidiocesedesaopaulo.org.br)
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Novo CD de Padre Zezinho convida para volta ao interior ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
No ano em que comemora cinco décadas e evangelização, o Padre José Fernandes de Oliveira, mais conhecido como Padre Zezinho, lançou seu novo CD “De volta para o meu interior”. Compositor de mais de 1.500 canções, com mais de 120 álbuns lançados, Padre Zezinho apresenta um trabalho que tem no tema um duplo sentido. A volta do ser humano a seu interior e também o retorno à vida do campo. “Valorizar a cidade sem esquecer que viemos do interior e temos que voltar a ele, não só do país, mas nosso próprio interior”, afirmou Padre Zezinho em um encontro com a imprensa no dia 9. O novo CD traz ao todo 14 faixas musicais, 11 delas interpretadas pelo próprio Padre. “Eu fiz músicas de família que parecem mexer com as pessoas. São quatro. Tem músicas de espiritualidade que também mexeram com muita gente”, explicou. “Eu escolhi ser comunicador
popular. Tenho formação acadêmica e poderia escrever livros bem profundos. Mas a vocação me chamou a dizer coisas, às vezes óbvias, mas claras, para atingir um público mais simples que não gosta ou não consegue ler, e pode não ter critério musical, mas gosta da melodia. Ele ouve e acha bonito, e aí passa a se perguntar ‘o que é que ele está dizendo?’ - é onde eu quero chegar”. Irmã Verônica Firmino, produtora da Gravadora Paulinas-Comep, afirmou que mesmo após o Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido pelo Padre Zezinho em setembro de 2013, ele surpreende a todos com cada projeto. “O mais difícil em uma produção do Padre Zezinho é a escolha do repertório porque além de ele trazer tudo pronto, nós temos que tirar algumas músicas porque não cabe tudo em um CD, ao contrário de outras produções”, comentou. “Sou muito criterioso nas letras, na Filosofia e na Teologia que estão por traz delas. Sou catequista e quero ser catequista. Eu me preocupo muito com a situação da fa-
Literatura
Ateus mudam de ônibus Em 2009, no vidro de trás de um ônibus de Londres, na Inglaerra, colara-se um letreiro que dizia: “Provavelmente Deus não existe. Pare de preocupar-se e aproveite a vida”. A ideia espalhou-se pelos ônibus de outras capitais da Europa. Mas Deus existe e é o criador e o sustentáculo e o fim de tudo o que se vê e apalpa. Esse Deus invisível existe como existe o pintor por trás de um quadro, o arquiteto por trás de uma construção, o compositor por trás de uma sinfonia, um filho por trás de seus pais. Este livro mostra como puderam encontrá-lo (Deus) cabeças pensantes, cientistas e escritores, homens e mulheres que sofrem sem saber o porquê, ou que se alegram com uma coincidência feliz e não sabem a quem agradecer. São homens e mulheres que se converteram nas situações mais diversas: uns depois de longas pesquisas dos textos evangélicos ou filosóficos, outros por uma rajada súbita que demolia preconceitos ou indiferenças, outros ainda pela leitura da autobiografia de uma santa ou pela repetição de um mantra (no caso, as primeiras palavras do Pai-nosso) aconselhada por uma clínica laica de recuperação...
Divulgação
Que dizer? Que Deus não só existe como vive! e tem os seus caminhos para não perder nenhum dos seus filhos bem-amados. Ele chega à vida dos homens de boa-vontade – honestos e íntegros – quando assim o dispõe, nem cedo nem
Sergio Ricciuto Conte
mília e com a moralidade pública, que atingem em cheio aos pobres e menos instruídos. Eu tento em uma canção sucinta, de três estrofes, contar uma história. Em oito canções, eu pus Filosofia, mas Filosofia que chega ao povo, não aquela mais profunda”, disse o Padre. Sacerdote da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus (dehonianos), Padre Zezinho começou seu trabalho de evangelização com a juventude pela música e a comunicação na década de 1960, na Paróquia São Judas Tadeu, na zona sul de São Paulo. É considerado um dos pioneiros da chamada canção de mensagem. Mas ele sempre fez questão de lembrar que antes de músico e escritor, é padre. “Eu fui chamado para pregar a Palavra de Deus. Não sou padre cantor e não quero ser. Se tiver que cantar eu canto, a Igreja pede, mas comigo é ser padre catequista. Desde o começo, eu não queria cantar, eu fiz músicas para os outros, quero mesmo é que os jovens cantem”, afirmou.
tarde, e, então, é preciso mudar de ônibus...
Ficha Técnica AUTOR: José Ramón Ayllón PÁGINAS: 112 EDITORA: Quadrante
Cultura
Fernando Geronazzo
II Café Teológico: Uma ponte entre Teologia e ciências modernas
Em 21 de agosto, o centro Unisal, Campus Pio XI, de São Paulo, será palco de mais um café teológico, evento que reúne jovens para, por meio do debate teológico, discutir a importância da Teologia na formação das consciências. Sob o tema “Lugares humanos, lugares sagrados – A antropologia da religião em diálogo com outros saberes”, o evento tem o intuito de fazer com que, por meio do debate teológico, seja compreendida a importância da Teologia na composição da formação das consciências. Além disso, promove o debate com as outras ciências e com as questões sociais. O tema sugerido nesse novo encontro mostra que a Teologia tem muito a colaborar para o desenvolvimento e a complementação da compreensão dessas outras ciências, bem como para uma melhor reflexão sobre os problemas que afligem a sociedade. O café teológico foi idealizado pelo seminarista da congregação dos Padres e Irmãos Paulinos, Mario Roberto. Ele conta que ficou muito sensibilizado com um
pronunciamento do Papa Francisco na JMJ Rio-2013, em que o Pontífice apontou que o verdadeiro campo da fé não está em um lugar geográfico, mas em cada pessoa. “Por isso, a partir da imagem do Campo da Fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras”, afirmou Francisco. Inspirado por essa reflexão do Papa e em contato com outros alunos do curso de Teologia da Faculdade de São Bento (Tiago Cadedo, Guilherme e Cristiano Bhering) e de outras instituições (Jadeilson Bezerra, Felipe Sarde e Emerson Lima), o seminarista enxergou o potencial evangelizador de um projeto que buscasse estabelecer uma ponte entre Teologia e ciências modernas, contando ainda com a orientação dos professores Domingos Zamagna e Alexandre Awi. Para se inscrever, acesse o site www.unisal.br/teologia.
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Invicto na temporada, Arthur Zanetti acredita em bi olímpico Luciney Martins/O SÃO PAULO
Medalhista de ouro em Londres 2012 falou ao O SÃO PAULO sobre os preparativos para os jogos Rio 2016 e o momento da ginástica brasileira Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
Arthur Zanetti, 24, já prepara as malas para mais uma competição internacional. No domingo, 24, o atleta embarca para o Canadá, junto com a seleção masculina de ginástica artística, para a disputa do Campeonato Pan-americano da modalidade, e espera manter a sequência vitoriosa que tem obtido desde a medalha de ouro, nas argolas, na Olimpíada de Londres 2012. “O ano de 2013 foi perfeito [venceu as oito competições que disputou] e neste ano, por enquanto, estou invicto e pretendo continuar assim. Tem agora o Pan-americano, depois o Mundial, em outubro, na China. Estamos dando esses passos, subindo degrau por degrau, para chegar à Olimpíada de 2016 na melhor forma”, afirmou o campeão olímpico em entrevista ao O SÃO PAULO, durante um evento na capital paulista no começo do mês. Zanetti chegará ao Canadá com a confiança em alta. No início de agosto, venceu o Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística nas argolas, defendendo seu clube, o Agith/SERC/Santa Maria, de São Caetano do Sul. Apesar de soberano no torneio, ele acredita que as disputas da modalidade no Brasil estão mais acirradas.
“O nível técnico no País está aumentando a cada ano. Esse espelho de ter uma medalha olímpica faz os atletas pensarem ‘se ele conseguiu, porque eu não consigo?’, então, o nível técnico aumentou. E eu estou muito satisfeito, es-
pero que tenha contribuído um pouquinho para a história da ginástica”.
Líder de mudanças Após o ouro em Londres 2012, Zanetti permaneceu treinando em precá-
MUNDO DOS ESPORTES
rias condições, com equipamentos ultrapassados. Em janeiro de 2013, reclamou de tais estruturas, que só foram modificadas em abril do mesmo ano, após o atleta ameaçar competir por outro País que lhe oferecesse melhores condições de treinamento. Na mesma semana em que aventou a hipótese, novos equipamentos chegaram ao centro de treinamento de São Caetano do Sul. “Se a gente tem um pouquinho de força pra ajudar a todos, com certeza vai brigar pelo nosso espaço. Os aparelhos que pedimos chegaram, o ginásio agora está impecável, e isso ajudou os atletas de São Caetano e com certeza vai ajudar o de outros clubes para que consigam novos aparelhos e uma melhor estrutura”, avaliou. Em julho deste ano, a Confederação Brasileira de Ginástica, por meio de um convênio com o Ministério do Esporte, importou da Alemanha novos aparelhos para equipar centros de treinamentos em diversas partes do País.
Metas para o Rio 2016 Zanetti está motivado para a próxima Olimpíada. “Temos o objetivo de competir com uma equipe completa no Rio 2016 e caso isso aconteça, os chineses e russos são nossos principais adversários, pelo menos nas argolas. Estou treinando muito para defender o título olímpico, principalmente em casa”, afirmou. O campeão espera amplo apoio da torcida para chegar ao bi olímpico. “O público brasileiro torce bastante, sabe torcer, e acho que estando do nosso lado, a gente consegue tirar aquela última força que faz a diferença”.
AGENDA ESPORTIVA Quinta-feira (21) 19h30 - Brasileirão de Futebol Corinthians x Goiás (Arena Corinthians)
Ginástica Artística • A ginástica artística remete ao Egito Antigo, quando artistas circenses praticavam acrobacias parecidas aos atuais movimentos desse esporte. Também na Grécia Antiga, foi bastante disseminada, assim como na Idade Média entre os militares europeus. • No início do século XIX, o alemão Friederich Ludwig Jahn estabeleceu as primeiras regras da modalidade. Em 1881, ginastas da Bélgica, Holanda e França fundaram a Federação Internacional de Ginástica. • Desde a primeira olimpíada da Era Moderna, Atenas 1896, a ginástica é dispu-
tada. Porém, a competição entre as mulheres só foi introduzida em Amsterdã 1928. • Em Olimpíadas, as provas de solo e de salto são realizadas por homens e mulheres. As de argolas, barra fixa, barras paralelas e cavalo com alças apenas no masculino; e as de barras assimétricas e trave de equilíbrio são exclusivamente femininas. • A avaliação dos ginastas é composta por duas notas: uma de partida, referente à dificuldade de execução do que foi estabelecido pelo atleta, e outra pela apresentação geral dos movimentos,
que desconta, ao final, erros de precisão e de postura. • A ginástica artística chegou ao Brasil no século XIX, com os imigrantes alemães, mas somente em 1951 surgiram as primeiras federações regionais dessa modalidade. Em 1978, foi fundada a Confederação Brasileira de Ginástica. • Em Moscou 1980, o Brasil teve os primeiros ginastas em Olimpíadas: Cláudia Magalhães e João Luiz Ribeiro. Em Londres 2012, Arthur Zanetti se tornou o primeiro ginasta brasileiro a conquistar uma medalha olímpica: ouro nas argolas. Fonte: CBG e FIG
20h – Paulista de Basquete Masculino Pinheiros x Paulistano (Ginásio Poliesportivo do Pinheiros – rua Hanz Nobiling, 132) Sábado (23) 18h - Paulista de Basquete Masculino Paulistano x Rio Claro (Ginásio do Paulistano – rua Colombia, 77, Jardim América); Pinheiros x L.S.B (Ginásio do Pinheiros) 21h - Brasileirão de Futebol Palmeiras x Coritiba (Pacaembu) Domingo (24) 8h – Corrida e caminhada contra o Câncer de Mama (largada em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo) 16h – Brasileirão de Futebol São Paulo x Santos (Morumbi)
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Brasilândia
Renata Moraes
Colaboradora de Comunicação da Região
Comissão Fé e Política debate plebiscito para uma constituinte exclusiva
Reunidos na Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, no sábado, 16, os leigos da comissão Fé e Política da Região Brasilândia realizaram encontro de formação e organização do plebiscito popular, e a coleta de assinaturas que visa implantar o projeto de Lei da Reforma Politica no País. Trata-se do plebiscito popular por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político, que ocorrerá de 1º a 7 de setembro. Assessorados por Kamila Gomes, da Pastoral de Fé e Política da Região Santana, cerca de 50 pessoas participaram do debate. Kamila explanou sobre a finalidade do plebiscito. “A reforma política só acontecerá quando desigualdades e preconceitos forem questionados, e para a mudança é preciso discutir na base o
Explicações sobre plebiscito chegarão às paróquias No enconro de formação e organização do plebiscito popular, no sábado, 16, os participantes assumiram o compromisso de articular as paróquias e comunidades que não enviaram representantes na formação. Padre José Domingos Bragheto, assessor regional da comissão de Fé e Política, solicitará ao bispo regional, Dom Milton Kenan Júnior, que envie uma carta aos padres, diáconos, secretarias, religiosas e lideranças, explicando como será o plesbicito popular. A Região Episcopal Santana apoiará a Região Brasilândia, providenciando as 12 mil cédulas e as listas de assinaturas. As urnas e o material de divulgação ficarão por conta da Região Brasilândia. A contagem dos votos será feita pelos jovens do Observatório da Juventude do Centro Cultural da Juventude (CCJ).
Pascom Brasilândia
projeto que queremos, para que a democracia possa acontecer em nosso País”. O encontro proporcionou espaço de diálogo sobre o atual sistema político brasileiro. Os participantes expressaram desejo de mudança urgente no cenário atual.
Marco Aurélio Cardoso, da Pastoral da Juventude, avaliou como importante a participação nas discussões. “Este é o sinal de que a Igreja está voltando a protagonizar o seu lugar histórico, de estar ao lado do povo lutando pelas mudanças que tanto
precisamos. A união de todos nessa luta é fundamental. Teremos muito trabalho pela frente, pois este é só o começo do caminho a ser trilhado, mas com o Povo de Deus guiado por Jesus libertador, seremos vencedores nessa luta”.
A dignidade humana na festa de Nossa Senhora do Retiro Terminou no domingo, 17, a festa da padroeira da Paróquia Nossa Senhora do Retiro, em Pirituba, a única no Brasil com esse título, devido ao nome do antigo bairro. A festa é comemorada no Dia da Assunção de Nossa Senhora. A igreja matriz é composta por mais quatro comunidades: São Francisco de Assis, Rainha da Paz, São Pedro Apóstolo e São Judas Tadeu. Na O tema da novena foi: “Nossa Senhora do Retiro, sustentai-nos na fé em busca da dignidade humana”. A cada noite, um padre foi convidado para refletir e rezar com os fiéis. No domingo, dia da padroeira, houve,
Renata Moraes
na parte da manhã, missa e carreata com a imagem de Nossa Senhora do Retiro pelas ruas do bairro e, à noite, outra procissão e a missa solene presidida pelo padre Natanael Pires, pároco. A celebração foi marcada pela pre-
sença das crianças da Catequese e do coral infantil Mensageiros. Também houve a apresentação e consagração dos novos ministros da Palavra e dos ministros extraordinários da comunhão.
Missa mensal no Hospital de Taipas Acontece na quinta-feira, 21, às 15h, a missa mensal da Pastoral da Saúde no Hospital Geral de Taipas (avenida Elísio Teixeira Leite, 7.000, Taipas). A celebra-
ção é aberta à participação de todos os interessados. Outras informações na secretaria da Paróquia Nossa Senhora das Dores (11) 3971-5386. Arquivo pessoal
Na manhã do domingo, 17, Dom Milton Kenan Júnior, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região, presidiu a celebração do Crisma de jovens e adultos da Paróquia Bom Jesus dos Passos, no setor pastoral Freguesia do Ó.
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João Carlos Gomes
Colaborador de Comunicação da Região
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Belém
165 batizados e visita de Dom Odilo na Paróquia São João Batista do Brás “Um dia em que sentimos um pouco do céu”. Assim definiu o Padre Marcelo Álvares Matias Monge, pároco da Paróquia São João Batista do Brás, sobre o domingo, 17, quando, em duas missas, 165 pessoas foram batizadas, e houve ainda, no fim do dia, a missa Solene da Assunção de Nossa Senhora, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo. Além do Padre Marcelo, concelebrou o vigário paroquial, Padre Edélcio Serafim Ottaviani. Segundo Padre Marcelo, a Paróquia São João Batista viveu momentos difíceis durante a semana, com a morte de dois paroquianos, entre estes, dona Edite, que cuidava da casa paroquial e do Pároco. “Durante a semana, sofremos dois duros golpes com a morte do marido de uma de nossas lideranças e da minha ‘segunda mãe’, dona Edite, mas tivemos hoje um dia cheio de bênçãos, que culminou com a sua vinda até nossa Paróquia, Dom
João Carlos Gomes
Odilo. Somos muito felizes por recebê-lo aqui”. O Cardeal agradeceu a presença dos padres, religiosas e, sobretudo, das crianças que acompanharam a
celebração. Em seguida, lembrando-se da data, falou: “Olhando para Nossa Senhora, e acolhendo as palavras que ela anunciou no Magnificat, também nós sejamos
‘Esperança para a Igreja que precisa dialogar com seu povo’ No final da Missa Solene da Assunção de Nossa Senhora, na Paróquia São João Batista do Brás, uma coroinha emocionou o Cardeal Odilo Scherer. Milena Dias Pires, 10, participante do Movimento Eucarístico Jovem, ainda que um pouco nervosa, como confessou mais tarde, tomou a palavra para dar boas vindas ao Cardeal e convidá-lo a voltar sempre, como bom pastor que cuida de seu rebanho. “É com alegria que, em nome dos coroinhas e de toda a nossa comunidade, que te dou boas-vindas em mais uma visita a nossa Paróquia. O bispo é aquele que vai ao encontro do
levados para esse horizonte iluminado, que nos faz caminhar. A vida da Igreja nos leva pelo caminho que nos faz chegar aonde Maria já chegou”. João Carlos Gomes
rebanho para que este seja reunido e forme um só povo, o povo de Deus. Assim, precisamos de alguém que nos traga uma mensagem de esperança. Esperança para as famílias que vivem dificuldades, esperança para os jovens desnorteados e sem ideais, esperança para o povo, muitas vezes desmotivado e abatido pelo peso dos anos, esperança para uma Igreja que precisa dialogar com seu povo. Eu disse muitas palavras, mas tudo isso para que o senhor soubesse da nossa alegria em tê-lo conosco. Desejamos que o Senhor volte muitas outras vezes para celebrar conosco a comunhão fraterna”.
Felicidade tem nome sim: Deus, Família e Amigos Na quarta-feira, 13, durante a Semana da Família, a Paróquia São Vicente Pallotti e São Pedro Apóstolo, no Setor Carrão Formosa, da Região Episcopal Belém, organizou o encontro “Felicidade tem nome sim: Deus, Família e Amigos”. Cerca de cem pessoas participaram da palestra “A Arte de ser Feliz”, do psicoterapeuta Padre Valdeci Antonio de Almeida. “Que tal criar um ambiente saudável, onde cada um se preocupa com o bem-estar do outro, para assim todos serem recompensados? Eis a arte de ser feliz”, indagou o Padre Valdeci.
Paróquia São Miguel Arcanjo
AGENDA REGIONAL Sábado (23) 14h - Assembleia da Pastoral da Criança, na Paróquia Sagrada Família (rua João Cordeiro, 772, Carrão). 17h - Posse do Cônego Walter Caldeira, na Paróquia São José do Maranhão (largo São José do Maranhão, 180, Tatuapé).
No sábado, 16, Dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, conferiu o sacramento da Confirmação e do Batismo a jovens da Paróquia São Miguel Arcanjo, no bairro Jardim Conquista, na zona leste da cidade. A missa foi concelebrada pelo Padre Marcos Antônio Dias, com a participação do diácono Valter Donizete.
Quarta-feira (27), 19h30 Missa memorial pelo falecimento de Dom Luciano Mendes, presidida por Dom Fernando Penteado, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima (rua José Antonio Fontes, 36, Sapopemba).
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Santana
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
‘Intervenção Católica’ mostra uma Igreja em saída
Passageiros que acessavam, na quinta-feira, 7, a estação Santana do Metrô se surpreenderam com jovens portando cartazes e cantando canções católicas. A surpresa ficou maior ao serem abordados pelos jovens sorridentes com abraços e partilha do Evangelho. Na verdade, tratava-se de mais um evento da “‘Intervenção’ Católica”, que é uma missão de evangelização permanente e itinerante na cidade de São Paulo, constituída por diversos movimentos e grupos de jovens da Arquidiocese. O objetivo da Intervenção Católica é levar o Evangelho às pessoas da grande cidade. “Por ‘‘intervenção’, entendemos – além da manifestação artística urbana que atua com a interação entre arte, ambiente e público – aquilo que pretendemos realizar: intervir na vida das pessoas no local e situação em que elas se encontram”, afirma Vanuza Velasco, que com seu marido, Regy, são fundadores da Comunidade Anjos da Vida e coordenadores da Intervenção. “Esperamos, com a graça de Deus, em união com todos quantos queiram abraçar este desafio, ser uma intervenção da Igreja e na Igreja: inter-
vir não somente naqueles que estão fora, mas deixar que o Espírito Santo intervenha em cada um de nós, que muitas vezes estamos adormecidos, redespertando, pela força da missão, o ardor daquele primeiro encontro com Cristo”, ressalta Regy. As primeiras “Intervenções” ocorreram durante a Copa do Mundo, em julho, na FIFA Fan Fest no Anhangabaú e nas proximidades do Estádio Itaquerão. Participaram e colaboraram diversos grupos da Arquidiocese: Grupo Jovens Sarados, Comunidade Anjos da Vida, Comunidade Aliança de Misericórdia, Comunidade Shalom, Banda Five Dons, Ministério de Artes Cristo Libertador, Ministério
Vanusa Velasco/Intervenção Católica
Jovem (RCC) e outros. A missão continuará a ocorrer durante todo o ano em locais de grande movimentação pública. Outras informações no site www.intervencaocatolica.com.br.
Uma paróquia e muitos acordes de violão
Osvaldo Araújo
AGENDA REGIONAL Quinta (21), 20h Reunião de Dom Sergio Borges com os diáconos, na Cúria de Santana (avenida Mal Eurico Gaspar Dutra, 1.877) Sábado (30), 8h às 12h30 Formação do Mesac para os Setores Santana, Tucuruvi e Mandaqui, Casa Verde e Imirim, na Paróquia Nossa Senhora da Salette (rua Doutor Zuquim, 1.746).
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA
Prezadas Senhoras, Em atenção ao Artigo 19 do Estatuto Social da entidade, convocamos Vª. Senhoria a comparecer a Assembleia geral Extraordinária, a realizar-se no dia 1º de setembro de 2014, às 10:00 horas (horário de Brasília), em primeira convocação, e às 11:00 horas, em segunda convocação, na sede da entidade, Alameda Barros n° 539, Santa Cecília, CEP 01232-001, para apresentação e deliberação da seguinte pauta: I) Alteração do Estatuto Social, conforme proposta disponível na sede da Associação; II) Aprovação da alienação de imóveis; III) Eleição do Conselho Fiscal; São Paulo, 14 de agosto de 2014 CARMEN THEREZINHA DE PAULA FERRANTE Presidente
É raro haver quem nunca quis tocar violão, seja para animar as celebrações na Igreja, para tocar com os amigos ou para uma satisfação pessoal. Quem deseja tocar ou ver um familiar tocando violão pode procurar a Paróquia Nossa Senhora da Salette (rua Doutor Zuquim, 1.746). Desde 2010, a Escola de Violões existente na Paróquia promove aulas para os alunos tocarem em conjunto nas missas. Um deles é o grupo que toca quinzenalmente na missa das 7h: “O Acorde Saletino”. Os alunos da escola têm tocado juntos em grandes eventos, tais como festa da padroeira, Natal e Páscoa. “Eu mesmo garanto que o curso é muito bom.
Eu aprendi a tocar sozinho, com muito pouca ajuda, mas com as aulas aprendi muito mais e aprimorei muita coisa, como teoria, que ignorava, e aprendi em seis meses a mudar tons de músicas, algumas escalas e entender algumas coisas que fazia sem entender”, diz Oswaldo dos Santos Araujo, 46, da Pascom da Salette. As aulas são dadas pelo maestro Enzo Bertolini, que possui uma gravadora, e faz isto tudo por fé. “Uma nova turma está começando no mês de agosto, toda segunda-feira, das 20h30 até às 22h, no Salão de Festas paroquial. Então, se você quer tocar violão, venha e participe trazendo seu violão. As vagas são limitadas e as inscrições vão somente até o dia 25 de agosto”, diz Oswaldo.
Arte e livro
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Vocação: o coração pulsante da pastoral Os coordenadores regionais de pastorais se reuniram com Dom Sergio Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, e com o Padre João Luiz Miqueletti, coordenador regional de Pastoral, dia 2, na Cúria de Santana, para refletir sobre as ações pastorais. Após reflexão espiritual, na qual Dom Sergio falou sobre a vocação que é o coração pulsante da pastoral, Padre João Luiz solicitou uma breve avaliação das propostas de ação feitas em 2013 para 2014, verificando quais foram realizadas, quais estão em andamento, quais não aconteceram e por quais motivos. Já para 2015, tendo como norma o 11º Plano Arquidiocesano de Pastoral, as pastorais foram instadas a realizarem planejamento com as seguintes urgências: Igreja em estado permanente de missão; e Igreja a serviço da vida plena para todos. O planejamento de 2015 deve ser enviado por e-mail ao Secretariado de Pastoral (cpresa@ uol.com.br), até 30 de agosto. Padre João Luiz informou que a assembleia regional será realizada em 20 de setembro, no Colégio Luiza de Marillac (rua Voluntários da Pátria, 1.653, Santana), das 8h30 às 12h. O retiro para as coordenações do Conselho Regional de Pastoral ocorrerá 22 de novembro, das 8h às 17h, no Recanto Consolata (rua Epaminondas Luiz Amorim, nº 288, altura do nº 700 da rua Ultramarino). É preciso confirmar presença até 16 de setembro. Padre João Luiz estabeleceu com as lideranças alguns prazos de envio de documentos para o Secretariado de Pastoral: Planilha orçamentária de 2015, até 20 de setembro; Agenda Pastoral 2015, até 30 de setembro; e Uso Pastoral 2015, até 30 de novembro.
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Fernando Geronazzo
Colaborador de comunicação na Região
Canto litúrgico é destaque em momento de formação A Região Episcopal Sé realizou nos dias 12 e 13, um Encontro de Formação Litúrgica, na Paróquia Nossa Senhora da Consolação. Os agentes de pastoral continuaram a reflexão sobre o canto litúrgico, tema proposto para as seis regiões episcopais pela Comissão Arquidiocesana de Liturgia. O encontro foi assessorado por Márcio de Almeida, professor, músico e liturgista, membro do Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard e da Equipe de Reflexão de Música Litúrgica da CNBB. O assessor apresentou algumas orientações práticas sobre partes da missa como o Salmo Responso-
rial, Aclamação ao Evangelho, cantos de Comunhão Apresentação das Oferendas. Segundo Márcio, o canto de Apresentação das Oferendas, por exemplo, acompanha o gesto de colocar os bens em comum, para suprir as necessidades da comunidade, juntamente com o pão e o vinho que serão consagrados e partilhados na Ceia do Senhor, além de servir de introdução à Liturgia Eucarística, à refeiçãomemorial do Senhor. Também de acordo com o músico, o canto de Comunhão visa, muito especialmente, fomentar o sentido de unidade. “É o canto que expressa o gozo e
pela unidade do Corpo de Cristo e pela realização do Mistério que está sendo celebrado. Por isso, a maior parte dos hinos eucarísticos utilizados tradicionalmente na Adoração ao Santíssimo Sacramento não é adequada para esse momento, pois ressaltam apenas a fé na Presença Real, carecendo das demais dimensões essenciais do Mistério da Fé”, salientou. Para o Padre Elmo César Faccioli, coordenador da Comissão Regional de Liturgia, esses encontros têm uma finalidade formativa e multiplicativa, uma vez que os participantes se preparam e, depois socializam o conhecimento em suas paróquias e comunidades.
Paróquia Santa Rosa de Lima em festa A Paróquia Santa Rosa de Lima (rua Apiacás, 250, Perdizes) se prepara para festejar sua padroeira, celebrada liturgicamente em 23 de agosto. Na quinta-feira, 21; sexta-feira, 22, às 19h; e no sábado, 23, às 18h30, acontece o tríduo preparatório da festa. No primeiro dia, será refletido o tema “Santa Rosa, respondendo ao convite de Deus”. No segundo dia, o tema será “Santa Rosa, serva do Senhor”, e no terceiro, “Quem dizeis que eu sou? Santa Rosa responde ao Senhor”. Também no sábado e no domingo, a partir das 18h, haverá a 45ª Festa das
Nações, com barracas típicas alemã, japonesa, portuguesa e brasileira. No domingo, será celebrada a festa com missas às 8h, 10h30 e 20h. Às 9h30, acontece uma procissão pelas ruas do bairro com a imagem da padroeira. Também no domingo, a partir das 12h30, haverá apresentações de grupos folclóricos. Mais informações pelo telefone (11) 3862-0369. Com o nome de Isabel Flores de Oliva, a primeira santa do Novo Mundo, nasceu em Lima, Peru, no ano de 1586. Seus pais eram espanhóis, que se mudaram da Europa, atraídos pela
Sé
Luciney Martins/O SÃO PAULO
riqueza da colônia, então sob o domínio da Espanha. O nome Rosa foi um apelido posto pela empregada índia, Mariana. A mulher, maravilhada pela extraordinária beleza da menina, teria exclamado, admirada: “Você é bonita como uma rosa!” e, desde então, começou a chamá-la de Rosa e não de Isabel. Ao entrar na Ordem Terceira Dominicana, Isabel quis se chamar de Rosa Santa Maria, e com esse nome fez também seu ingresso no rol dos santos. Ela morreu em 24 de agosto de 1617 e foi canonizada em 1671. É venerada como padroeira da América Latina.
Coroinhas: os servidores do altar lotam a Catedral da Sé Luciney Martins/O SÃO PAULO
Fernando Geronazzo
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
A Catedral da Sé ficou lotada de coroinhas, acólitos e cerimoniários das paróquias e comunidades da Arquidiocese para a missa presidida pelo arcebispo metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, na manhã do sábado, 16. A tradicional concentração das crianças e adolescentes servidores do altar marca a celebração da de seu padroeiro, São Tarcísio, cuja memória litúrgica é lembrada em 15 de agosto. Logo no início da missa, Dom Odilo convidou a assembleia a rezar pelos coroinhas de todo mundo e especialmente pelas crianças cristãs que, a exemplo de São Tarcísio, sofrem perseguições por causa de sua fé. São Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição do imperador Valeriano, em Roma, Itália. O garoto, que ajudava o Papa Xisto II nas missas, foi apedrejado quando levava o Santíssimo Sacramento. Na homilia, o Cardeal falou sobre a beleza que é servir o altar e contou que sua vocação nasceu exercendo essa função. “Eu também um dia fui
coroinha, e ajudando na missa, no altar, veio o desejo de ser padre [...]. Quem sabe se Deus não coloca no coração de muitos de vocês esse desejo”. “Vocês dão alegria a Deus fazendo o bem que vocês fazem. Façam isso com muita alegria e com muita dignidade”, também disse o Arcebispo,
recordando que quando os coroinhas exercem bem sua função na celebração, ajudam as pessoas a rezar melhor. Padre Messias de Moraes Ferreira, coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional, explicou que além desse encontro anual, há um trabalho constante nas regiões episcopais e pa-
róquias para a formação e acompanhamento dos grupos de coroinhas. “Nós os ajudamos a refletir sobre o que Deus lhes pede, seus projetos de vida e até mesmo como ser Igreja”, afirmou Padre Messias, que ainda ressaltou ser frequente, após essas celebrações, jovens o procurem para manifestar o desejo de discernir a vocação. José Carlos Campos dos Santos, 12, é coroinha há cinco anos na Paróquia São João Batista, na Vila Mangalot. Ele contou ao O SÃO PAULO que já pensou em ser padre. “Eu gosto muito de ajudar nas celebrações, pois estou servindo a Deus. Já pensei em ser padre, mas ainda não decidi”, disse o garoto, que está na 7ª série do ensino fundamental. Aos 14 anos, Karina Bertolucci é coroinha na Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários, na Mooca, há sete anos. Ela afirmou que nunca pensou em uma vocação específica, mas garante que ser coroinha ajuda a ser uma pessoa cristã melhor. “Quando estamos no altar, há uma conexão muito próxima com Deus. Como lembrou Dom Odilo, temos a responsabilidade de ajudar as pessoas a viverem melhor a celebração”.
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Ipiranga
Francisco David e Renata Quito
Colaboradores de Comunicação da Região
Um seminário para refletir as políticas públicas de Saúde
O Movimento Saúde realizou no sábado, 16, na Região Ipiranga, um seminário para discutir o Sistema Único de Saúde (SUS) na sua integralidade, e também a conjuntura nacional de políticas públicas para aproximação dos movimentos populares sociais dos conselhos populares e gestores de Saúde. O vigário episcopal da Região Ipiranga, Dom José Roberto Fortes Palau, deu a benção para o início dos trabalhos e deixou uma mensagem
de motivação aos participantes. Adão do Carmo, responsável pelo seminário, falou, em entrevista, sobre a parceria da Igreja com os movimentos populares: “A Igreja Católica foi um dos principais caminhos para o Movimento Saúde, por meio do Cardeal Paulo Evaristo Arns. Foi fundamental o apoio da Igreja desde o início desse Movimento”. O encontro contou com a participação do médico sanitarista, Jorge
Kayano, um dos idealizadores do SUS, que comentou sobre a importância do Movimento Saúde na cidade. “É uma história de luta para que a população tivesse acesso aos profissionais de saúde, aos medicamentos e aos exames principais. O Movimento conquistou vários equipamentos para os hospitais, sobretudo na época do governo Covas. Depois disso, conseguiu avançar ainda mais com o então secretário estadual de Saúde, Adib Jatene, que em respos-
ta à pressão dos Movimentos, criou um plano metropolitano de saúde, conseguindo financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que tornou possível a construção de vários hospitais e unidades básicas”, afirmou. “Hoje os trabalhos do Movimento se dirigem muito mais à fiscalização do dia a dia para que a unidades funcionem, como também a humanização dos atendimentos”, complementou.
Dom José Roberto participa da novena de Santa Edwiges Gustavo Rosendo
No bairro do Sacomã, próximo à comunidade de Heliópolis, os fiéis da Paróquia-santuário Santa Edwiges festejaram a novena de sua padroeira, com o tema “saber lutar”. Na tarde do sábado, 16, o vigário episcopal da Região Ipiranga, Dom José Roberto Fortes Palau, presidiu uma das missas da novena, concelebrada pelo Padre Paulo Siebeneichler, pároco e reitor da Paróquia/Santuário. Em sua homilia, Dom José Roberto ressaltou a importância da bênção que as pessoas pedem a Deus, pois, segundo o Bispo, é através dessa bênção que vem a força para vencer os obstáculos enfrentados diariamente. “Às vezes, achamos que tudo está perdido, mas nossa fé e a benevolência de Deus sobre nós nos surpreende.” Ele também falou sobre a fidelidade de Deus à fé que nos motiva: “Deus nunca nos abandona, sempre está do nosso lado”.
Equipe de liturgia realiza Terço meditado em paróquia da Vila Arapuá Todos os anos, no mês de agosto, quando se celebra a Assunção de Maria, a equipe de liturgia da Região Ipiranga escolhe uma paróquia mariana para a reza do Terço. Este ano, foi a vez da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Arapuá. No domingo, 17, a comunidade acolheu com alegria os participantes de outras paróquias da Região. Marcos Antonio Mendes, da equipe de liturgia
regional, elogiou a acolhida. “Nos últimos anos, este Terço foi o melhor que nós tivemos, em relação aos cantos, aos mistérios e a acolhida. Estamos muito felizes com a participação da comunidade e das paróquias vizinhas. Foi muito bem organizado. Parabéns ao Padre Ricardo Pinto, que soube motivar sua comunidade e a equipe que preparou e nos acolheu”. Silvana Pereira, paroquiana da Vila
Arquivo pessoal
35 pessoas participaram no domingo, 17, do Pedala Voc #PartiuPedalarComCristo, a pedalada vocacional com a juventude de Região Ipiranga. A pedalada aconteceu das 10h30 às 13h30, partindo da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do bairro de Moema, com parada no Santuário São Judas Tadeu, terminando na Paróquia Nossa Senhora da Saúde, na Vila Mariana.
Arapuã, avaliou positivamente o evento. “Gostei muito da animação e da forma das pessoas ao rezarem a Ave-Maria. Elas ofereciam em suas orações, não só pedidos particulares, mas diversas causas, como os conflitos no Oriente Médio, as vocações, as famílias e os jovens”.
Ao final, Padre Ricardo, administrador paroquial, agradeceu à escolha da Paróquia para receber o Terço. “Agora esse Terço está aceso em cada coração”, acrescentou, fazendo referência ao painel com um Terço que acendia as contas a cada Ave-Maria rezada. Renata Quito
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Benigno Naveira e Padre Antonio Ribeiro Colaboradores de Comunicação da Região Lapa
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Lapa
8ª Mostra Cultural mobiliza crianças e jovens Na manhã de sábado 16, no Colégio Santa Cruz, foi realizado a 8ª Mostra Cultural, organizada pela Região Episcopal Lapa, com assessoria do Padre Geraldo Pereira. A Mostra Cultural, que contou com a participação de 31 entidades, tem como objetivo motivar a Campanha da Fraternidade e dessa vez ressaltou a temática da fraternidade e tráfico humano, dando continuidade à sensibilização e conscientização da CF-2014, para incentivar crianças e jovens das escolas, paróquias e entidades da Região a criar trabalhos que expressem sentimentos e conhecimentos a respeito do tema. A abertura foi realizada pelo bispo auxiliar na Região, Dom Julio Endi Akamine, que demostrou sua alegria e satisfação com a realização do evento, que reuniu cerca de 300 convidados. O Bispo cumprimentou a todos e desejou uma ótima apresentação aos participantes. Em seguida, uma oração foi feita por Izabel Maria Ladeira,
Benigno Naveira
da Paróquia São João Maria Vianney, e começaram as apresentações dos grupos: ginástica olímpica (Colégio Miranda), poesia (Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora), dança (Associação Brasilitalia), dramatização (CCA Bom Jesus), dança (Paróquia Santa
Maria Goretti), canto (Paróquia Santo Antonio de Pádua), dança (CCA Santa Cruz), dança e canto indígena (Pastoral do Menor indígena) e capoeira (Associação Nossa Turma). A responsável pela CF na Região, Rosa dos Santos Ramicelli, convidou
todos arenovarem o espirito e o coração, ressaltando a dignidade humana e o amor ao outro, para um mundo de paz. Além disso, defendeu ações para prevenção do tráfico humano, por meio de multiplicadores e de politicas públicas mais eficazes.
Cardeal apresenta a padres cartilha da CNBB com orientações sobre as eleições Aconteceu na terça, 12, na sede da cúria regional, a reunião mensal do clero atuante na Região Lapa. O Cardeal Odilo Pedro Scherer participou da atividade, em que também falou sobre a beatificação da Madre Assunta, cuja celebração acontecerá na Catedral da Sé, no dia 25 de outubro, presidida pelo prefeito da Congrega-
ção para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato. O Arcebispo ressaltou a importância desse acontecimento para Arquidiocese e pediu aos padres que falem dos santos de São Paulo e valorizem as celebrações litúrgicas dos santos. Aproveitou a oportunidade também para tratar sobre a Cartilha de Orientação Política produzida pela
CNBB Regional Sul 1, com o tema: “A Igreja e as Eleições 2014, somos corresponsáveis pelo futuro do nosso País”. A comunidade cristã é solidária com os interesses das pessoas de boa vontade que desejam uma sociedade justa e fraterna, e a Igreja se esforça para que os fiéis tenham plena
Toma posse primeiro pároco da Paróquia Santa Luzia Em celebração eucarística presidida por Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, a comunidade da Paróquia Santa Luzia, no Setor Pirituba, participou da missa de posse do primeiro pároco, Padre Geraldo dos Santos. Dom Julio manifestou sua alegria com a instalação da Paróquia Santa Luiza, que foi criada, enquanto área paroquial, por um decreto do Cardeal Dom Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo até o ano de 2006. Após o Padre Amado Lopes de Carvalho leu o decreto de nomeação da Paróquia e o diácono Gleidson Luis de Sousa Novaes leu o decreto de nomeação e provisão de pároco. Na sequência, Padre Geraldo fez sua profissão de fé. Na homilia, o Bispo ressaltou: “Padre Geraldo fez a profissão de fé, dizendo creio na mesma fé que professamos,
Padre Geraldo
AGENDA REGIONAL Sexta-feira (22), 10h Reunião de padres atuantes no Setor Lapa, na Capela Santo Aníbal Maria Di Francia (avenida Santa Marina, 534, na Água Branca).
VENHA ESPALHAR A PAZ E O BEM! SENDO FRANCISCANA DA AÇÃO PASTORAL NOSSO CARISMA FRATERNIDADE E PASTOREIO
que assimilamos e colocamos em prática, é nossa vida, não é só uma teoria. É algo que vai nos conduzir à vida eterna, é o alimento que nos garante a salvação”. Dom Julio comentou, ainda, que na Paróquia os fiéis recebem, conser-
vam e transmitem a fé, pois a Paróquia está em união com o pároco, com o bispo, com todos os bispos do mundo e com o Papa. Após a homilia, Padre Geraldo Pedro realizou a renovação das promessas sacerdotais.
Cenáculo da Renovação Carismática Católica na Região Lapa “Fazei o que ele vos disser” Jo 2,5, é o lema do Cenáculo da Renovação Carismática Católica (RCC), que aconte-
consciência de seus deveres como sociedade, defendendo os valores da fé no universo político, contribuindo para uma política ética e voltada para os reais interesses da população, lembrou o Cardeal. A cartilha é um subsídio que ajuda na reflexão sobre fé e política sobre papel do cristão na sociedade.
cerá em 31 de agosto, das 8h às 17h, no Centro Esportivo Edson Arantes do Nascimento – Pelezão (rua Belmonte,
957, na Vila Leopoldina). Haverá momentos de louvor, adoração, pregações e celebrações.
Vem e segue-me
Venha nos conhecer Ir. Magda de Assis Ramalho Rua: Iperana, 137 Altos da Mooca (4ª.parada) CEP: 03177-090 - São Paulo - SP Tel.(11) 2268-4966
facebook.com/Franciscanas DaAcaoPastoral
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Vida Consagrada, testemunho do valor supremo do Reino de Deus Luciney Martins/O SÃO PAULO
Rafael Alberto
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Focados no tema “Vida religiosa: identidade e mística”, os núcleos arquidiocesanos da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) realizaram no sábado, 16, assembleia seguida de procissão e missa, para celebrar o Dia dos Religiosos e das Religiosas. A assembleia, no auditório do Mosteiro de São Bento, contou com a participação de Dom Julio Endi Akamine, bispo referencial da Coordenação Pastoral para a Vida Consagrada da Arquidiocese de São Paulo. Na carta que enviou aos consagrados da Arquidiocese, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, pediu às congregações e ordens que promovam a divulgação dos carismas próprios. “O ‘dom de Deus’ precisa ser colocado em evidência, para que seja conhecido, apreciado e valorizado pela comunidade dos fiéis”, disse. Irmã Gelza Freitas Ribeiro, das servas da Santíssima Trindade, assessorou a Assembleia. Em conversa com O SÃO PAULO, ela explicou que a vida religiosa está em busca de encontrar meios para responder, de maneira re-
novada, às interpelações que a cidade grande faz. “Não estamos alheios, por exemplo, aos problemas sociais das cidades em que estamos presentes. Por isso, precisamos encontrar a forma de responder aos questionamentos do mundo com a sempre Boa nova que é a mensagem de Jesus Cristo”, disse.
Ano da Vida Consagrada Ainda na carta enviada aos religiosos, Dom Odilo recordou que o Papa Francisco quer que o ano de 2015 seja especialmente dedicado à reflexão sobre a Vida Consagrada na Igreja, tendo em vista o cinquentenário da publicação do decreto Perfectae caritatis, sobre a Vida Consagrada,
do Concílio Vaticano II; “e convida as comunidades de Vida Consagrada a um renovado esforço de ‘conversão pastoral’, em vista da mais fundamental e urgente missão da Igreja, que é a evangelização”. “A Vida Consagrada Religiosa tem uma parte importante nesta missão!”, afirma o Car-
deal no texto. “Alegrai-vos! Assim convida a Carta Circular da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica”, segue o documento. E assim completa: “A alegria vem da certeza de ter encontrado a ‘pérola preciosa’, ou o ‘grande tesouro’, pelo qual vale a pena apostar tudo, para ter esse tesouro... A Vida Consagrada é testemunho do valor supremo e da absoluta prioridade do Reino de Deus”.
Dom para a Igreja Após a realização da Assembleia, os religiosos e religiosas fizeram uma peregrinação simbólica até a Catedral da Sé, onde participaram de missa presidida pelo Cardeal Scherer, que na homilia destacou a importância da presença dos religiosos na vida da Igreja como dom a serviço de todos. O Arcebispo recordou que a Arquidiocese tem o testemunho de dois “belos frutos da Vida Consagrada”, referindo-se a São José de Anchieta – jesuíta canonizado em abril deste ano -, e à Madre Assunta, cofundadora das Irmãs Scalabrinianas (Carlistas), que será beatificada em 25 de outubro, na Catedral da Sé.
Na Coreia, padre da Arquidiocese fala da visita do Papa Fernando Geronazzo
Especial para o SÃO PAULO
Em entrevista ao O SÃO PAULO, o Padre Daniel Hayang Lim Koo, pertencente ao clero da Arquidiocese de São Paulo, mas morando na Coreia desde março, falou sobre o impacto da visita do Papa, que segundo ele, “já entrou para a história da Coreia e da Ásia”. Filho de coreanos, Padre Daniel foi ordenado em 2009 e, desde então, exerceu a função de vigário paroquial na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Aclimação, onde começou um trabalho pastoral com a comunidade coreana, em sintonia com os missionários e fiéis da Paróquia Pessoal Coreana São Degun Kin, no Bom Retiro. “Vim para a Coreia para aprender a língua de meus pais. Apesar de falar desde criança em casa e não ter grandes problemas, mas senti dificuldade quando fui exercer o trabalho pastoral com o povo coreano em São Paulo”, explicou. Padre Daniel concelebrou a missa na qual o Papa beatificou 12 mártires corea-
nos, no dia 16, momento que ele considerou de renovação e unidade. Nesta missa, ele testemunhou a cena que mais o impactou na viagem pontifícia. “O Papa resolveu descer do seu papamóvel para ir conversar com o pai de uma criança que morreu no desastre do navio Sewol [em abril], que estava em greve de fome [...]. Senti que houve uma grande conexão do Papa com as dores mais profundas do povo coreano e o coração da Igreja”.
Reconciliação das Coreias Segundo o relato do Sacerdote, os coreanos vivem com a realidade da separação todos os dias. “O sul tem uma grande preocupação com o norte, e o norte tem grandes problemas para se relacionar com outros países, o que gera sempre uma inquietação e a falta dessa paz”. Nesse sentido, o testemunho do Papa é considerado como um passo significativo no caminho da reconciliação. “A presença do Papa aqui foi um grande momento para o renascimento deste movimento em direção à unificação das Coreias, pois deixa de ser apenas um fato político, para se tornar
um elemento humano e universal agindo na a história”.
Luz para as novas gerações Padre Daniel testemunhou que o catolicismo na Coreia é vivido de forma autêntica e fervorosa. “Apesar de ser minoria, tem uma grande influência em todo o povo, pois a figura do padre e dos religiosos aqui é muito respeitada, e isto deve-se ao fato da Igreja ter estado sempre presente em todos os momentos históricos e críticos da sociedade coreana”. Na avaliação do Padre, a mensagem de Francisco, sobretudo aos jovens, chamou a atenção para valores por vezes esquecidos na atualidade. “O Papa nos trouxe a lembrança de que nem tudo gira em torno do dinheiro e do poder, e não há verdadeira vocação sem a presença do amor e da busca do que realmente vale a pena para sacrificar a sua vida”. O Sacerdote acrescentou que os jovens receberam o maior benefício que o Papa poderia lhes dar: “um modelo a ser seguido, uma refrescante dose de amor e de solidariedade humana, de reforço e lembrança espiritual”.
Arquivo pessoal