O SÃO PAULO - 3047

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Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 60 | Edição 3047 | 15 a 22 de abril de 2015

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PUC-SP tem superávit financeiro e investe em atuação social A Pontíficia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) concluiu o balancete financeiro do ano de 2014, que indica que a instituição apresentou superávit de 1 milhão de reais. Segundo o Padre Rodolpho Perazzolo, secretário executivo da Fundação São Paulo, mantenedora da Universidade, o resultado positivo é fruto da racionalização das atividades acadêmicas e das despesas, que permitem que a

Luciney Martins/O SÃO PAULO

instituição honre todos os seus compromissos financeiros e mantenha investimentos no aperfeiçoamento da excelência acadêmica e das atividades filantrópicas nas áreas de saúde, educação e assistência social. Além disso, somente no ano passado, foram concedidas 2.299 bolsas de estudos, 100% gratuitas, por meio do PROUNI e da própria Fundação São Paulo. Página 11

Papa recorda o massacre de armênios e proclama Ano Santo da Misericórdia Durante missa no Vaticano, no domingo, 12, o Papa Francisco fez memória aos cem anos do massacre de mais de 1 milhão de armênios pelo Império Otomano. No dia anterior, o Sumo Pontífice proclamou o Ano Santo Extraordinário da Misericór-

dia, que começará na festa da Imaculada Conceição, em 8 de dezembro, e terminará na festa de Cristo Rei de 2016. “Este não é tempo para distração, mas para permanecer vigilantes!”, ressaltou Francisco. Página 9 L’Osservatore Romano

PUC-SP encerra ano de 2014 com superávit de 1 milhão de reais, conforme balancete financeiro concluído este mês

Terceirizações: sem limites PL 4330/04 será prejudicial? O texto principal do PL 4330/04, que visa regulamentar os contratos de terceirizações, já está em análise no Congresso Nacional. O projeto é criticado por centrais sindicais e defendido por empresários. Para a Confederação Nacional da Indústria,

Papa Francisco cumprimenta Patriarca de Cilicia dos Armênios Católicos

o PL não viola a Consolidação das Leis do Trabalho. Opinião diferente têm a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho e a Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo, para as quais o PL precarizará as condições trabalhistas no País.

Também a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho considera que terceirizações irrestritas prejudicarão os trabalhadores e aumentarão custos de serviços ao consumidor final. Página 14

Em Aparecida, começa Assembleia eletiva da CNBB

A poesia da vida de

Entre os dias 15 e 24, em Aparecida (SP), os bispos atualizarão as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil e elegerão a nova presidência da CNBB. Na terça-feira, 14, o Cardeal Raymundo Damasceno Assis elencou os momentos mais importantes dos últimos quatro anos.

O “Poema do Milho” é o mais conhecido de Cora Coralina. A vida inteira, Cora guardou cadernos, folhas e pedaços de papel, na esperança que um dia outros pudessem lê-los. Em 10 de abril, recorda-se 30 anos de sua morte. Nesta edição, a filha, Vicência, reconta histórias da mãe.

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Páginas 12 e 13

Rosângela Manteigas apresenta projeto Viva a Vida Página 15

Dom Odilo analisa frutos do Concílio Vaticano II Página 3


2 | Ponto de Vista |

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Editorial Terceirização sem fim

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PL 4330/04, que regulamenta o trabalho terceirizado, aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada e em trâmite no Senado, preocupa. Ninguém discute que a regulamentação de uma prática de relação de trabalho que já existe é necessária e pode ser um bem para patrões e empregados, na medida em que deixa as regras do jogo mais claras para ambos. Por outro lado, é preciso considerar que o PL está sendo pensado e legislado com o País imerso em uma crise econômica e com uma taxa crescente de desemprego, que ficou em 7,4% no trimestre entre dezembro de 2014 a fevereiro de 2015, ante 6,5% do trimestre anterior, encerrado em novembro, con-

forme dados do IBGE. Assim, não seria prematuro aliviar o ônus do empregador e gerar mais empregos pontuais neste momento a partir de uma medida permanente, que se aprovada dificilmente será revertida, mesmo que no futuro haja um contexto econômico favorável? Uma coisa é terceirizar um trabalho que exige um treinamento e supervisão especializados e que uma determinada empresa, por sua natureza e fim, não teria condições de realizá-lo sem prejudicar sua atividade principal. Assim, parece legítimo e natural que uma escola, por exemplo, terceirize os serviços de manutenção ou de informática de outras empresas especializadas nesses setores. Porém, abrir a possibilidade para que essa mesma es-

cola terceirize seus professores parece antinatural e forçado. Além do risco da precarização dos direitos trabalhistas, de multiplicar indefinidamente as intermediações entre empregador e empregados, enfraquecendo a unidade interna das empresas tão necessária para o seu sucesso, comporta outros riscos, como, no caso de nosso exemplo tomado, a precarização da qualidade de ensino dessa instituição. A longo prazo, a expansão da terceirização será ruim para todos, o que inclui o mercado, já que trabalhador ganhando menos consome menos. Segundo um estudo elaborado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), atualmente os terceirizados trabalham, em média, três horas a mais por dia e recebem 25% a

menos de remuneração que os contratados diretamente. A intervenção do Governo no projeto de lei garantiu que as empresas contratantes retenham as contribuições previdenciárias e demais tributos federais no pagamento ao trabalhador terceirizado, assim, a União não terá prejuízos de arrecadação. As centrais sindicais também se mobilizam para que não haja redução dos valores destinados ao imposto sindical, e os empresários se veem satisfeitos com uma evidente redução de custos operacionais e de produção, o que pode sim, neste momento, evitar maiores taxas de desemprego. Mas fica a questão: com as terceirizações restará algum benefício permanente ao trabalhador?

Opinião Maioridade penal: olhando para além da grande neblina...

O

Sergio Ricciuto Conte

Jair Militão da Silva

tema da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos é objeto de discussão que divide a sociedade brasileira. Fundamentando a lógica da defesa está a hipótese de que a punição dos crimes, que leva à prisão, seria a solução para a diminuição da violência e para maior proteção da sociedade. Isso nos pede um olhar sobre o sistema de segurança brasileiro que se sustenta nos organismos policiais ostensivos e investigativos; na Justiça, incluindo aquela especializada na infância e juventude; no sistema penitenciário, que apresenta comprovadamente uma alta taxa de reincidência. Podemos dizer que, à luz da consideração da dignidade humana, esse sistema opera com eficiência, eficácia e efetividade? Certamente há necessidade de aperfeiçoamento de muitas dimensões da segurança pública no Brasil. Buscando olhar para além das aparências que se apresentam como uma grande neblina, podemos colocar em pauta o tema das políticas públicas para a infância e juventude brasileiras. Uma sociedade diz sobre seu futuro, ou seja, como pretende ser nas próximas décadas, quando mostra como trata sua infância e juventude. Olharmos com os olhos da educação o tema da redução da maioridade penal sempre nos faz propor ações a serem feitas, pois é da natureza do trabalho edu-

cativo a intervenção na realidade. A criança e o jovem distinguemse do adulto entre outras coisas pela sua plasticidade, ou seja, pela sua potencialidade maior de mudança, uma vez que se encontra em plena fase de formação e amadurecimento. Evidentemente, o adulto sempre manterá essa possibilidade de mudança e aperfeiçoamento. Todavia, é na infância e juventude que reside

a grande possibilidade de construção do caráter. Cumpre lembrar que essa formação da criança e do jovem ocorre em ambientes formativos que se constituem por uma relação com outras pessoas que se tornam referência para a criança e o jovem e um ambiente físico concreto. Hoje, encontramos como ambientes educativos a família, a Igreja, o Estado, a escola, o mundo do

trabalho, o clube, os partidos, a televisão, as redes sociais, o cinema, a rua, o crime organizado e muitos outros ambientes dos quais ainda nem nos damos conta como sociedade. Em todos esses ambientes, há sujeitos educativos que comunicam uma mensagem formativa de valores para a criança e para o jovem. A disputa pela hegemonia na formação do jovem e da criança ocorre em torno do que seja uma vida boa e uma boa morte, mesmo que isso nem sempre esteja explícito e consciente. A nós educadores cristãos, está aberta uma grande missão: anunciar que a vida boa e a boa morte são possíveis, com a ajuda de Deus, que se manifestou em Jesus Cristo, seja em nosso ambiente próprio de trabalho – a escola – seja na família. O dom da Paz dado por Cristo Ressuscitado pode criar, e cria, a comunhão entre as pessoas, fortalecendo as famílias e as comunidades que lhes dão apoio. O amor e o perdão são as bases de uma nova sociedade capaz de superar o individualismo e o confronto. Os conflitos podem resolver-se pelo diálogo. Utopia ou Fé? Penso que a Fé, como disse Jesus, pode transpor montanhas. Cumpre oferecer às nossas crianças e jovens a oportunidade de receber a Fé. Passar a Fé aos filhos é, sem dúvida, contribuir para melhorar nossa sociedade. Jair Militão da Silva é pedagogo, Mestre em Filosofia da Educação pela PUC-SP, Doutor e Livre Docente pela USP, Membro da Academia Paulista de Educação - Cadeira nº 38, Conselheiro do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP.

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Semanário da Arquidiocese de São Paulo

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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo

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urante a Assembleia Geral da CNBB deste ano, aberta em Aparecida no dia 15 de abril, haverá uma sessão comemorativa dos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. Será para destacar os frutos mais relevantes do Concílio na vida e na missão da Igreja, nestes 50 anos, e para dar graças a Deus pelo bem que o Concílio já trouxe. Primeiro fruto foi, sem dúvida, o clima novo de interesse, entusiasmo e confiança despertado na Igreja, o entrosamento do episcopado e sua comunhão com o Sucessor de Pedro. Fruto amadurecido os 16 preciosos documentos conciliares: quatro Constituições, nove Decretos e três Declarações, que representam um trabalho imenso da Igreja e o esforço dos seus Pastores para dar orientações para a Igreja, conforme as circunstâncias novas. Fruto importante foi o Sínodo dos Bispos, organismo instituído pelo Beato Paulo VI já em 1965, no final do Concílio. O Sínodo é expressão da colegialidade e da comunhão com o Papa, do episcopado inteiro e da sua solicitude por todas as Igrejas, como quis o Concílio. Nas suas 13 assembleias ordinárias, três extraordinárias e numerosas assembleias regionais ou continentais, o Sínodo vem retomando os grandes temas do Concílio, atualizando sua reflexão e dando novas orientações à Igreja. As Exortações Apostólicas póssinodais são a explicitação das orientações do Concílio. É inegável que o sopro renovador do Espírito Santo levou a uma grande movimentação para renovar e atualizar a vida da Igreja, em

Frutos do Concílio Vaticano II todos os seus aspectos: na liturgia, na teologia, na organização pastoral, na catequese, na formação dos ministros da Igreja e do povo de Deus, nas diversas formas de fomentar o diálogo com o mundo. Os efeitos dessa renovação foram mais perceptíveis nas dioceses. Mas as Conferências Episcopais também se fortaleceram e muitas novas foram instituídas; da mesma forma, os Conselhos Continentais do Episcopado. Na América Latina, em especial, o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) teve um novo dinamismo a partir do Concílio, como testemunham as Conferências Gerais Continentais do Episcopado de Medellin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida. Cada Documento do Concílio produziu apreciáveis frutos na vida da Igreja: A Dei Verbum, sobre a Divina Revelação, levou a uma renovação bíblica; a Lumen Gentium foi trazendo uma nova impostação da vida eclesial, onde aparece melhor que ela é testemunha e servidora do Reino de Deus; é o povo de Deus, povo de batizados, com dignidade comum e vocação universal à santidade; povo de discípulos missionários, com dons e carismas diversos, a serviço do Evangelho. Belo fruto da eclesiologia do Vaticano II é a participação mais expressiva dos leigos na vida e na missão da Igreja. A renovação litúrgica suscitada pela Sacrosanctum Concilium ajudou a participação, com mais fruto, do povo na celebração dos divinos mistérios. Foram enormes os esforços para formar o clero para os novos tempos da Igreja; quanta transformação nos Seminários! Quantas mudanças no modo de os padres exercerem sua missão pastoral! Também o rosto da Vida Consagrada foi profundamente transformado. Não foram poucos os frutos suscitados pela Constituição Pas-

toral Gaudium et Spes, na busca de uma nova relação da Igreja com o mundo, para ser presença profética e solidária nas alegrias e esperanças, nos sofrimentos e angústias dos homens e mulheres do nosso tempo. As diversas encíclicas sociais publicadas no pósConcílio trazem sempre a marca da Gaudium et Spes. O Concílio também já suscitou muitos frutos no ecumenismo; era este um dos propósitos do início do Concílio. Muito já se avançou nesses 50 anos, embora ainda reste um longo caminho a percorrer. Houve igualmente um esforço significativo no diálogo com as religiões não cristãs. São frutos expressivos do Concílio o novo Código de Direito Canônico, o Catecismo da Igreja Católica e a renovação dos Rituais dos Sacramentos, do Missal, do Lecionário e da Liturgia das Horas. Frutos do Concílio também são os grandes Papas de Concílio e do pós-Concílio e a nova forma de exercer a missão do Sucessor de Pedro, dando à Igreja um rosto sempre mais universal. A Igreja de Cristo permanece a mesma na sua essência, antes e depois do Concílio. Mas é inegável que, 50 anos após o Concílio, ela se apresenta com um rosto mudado e renovado. Na hermenêutica da continuidade, e não da ruptura, a recepção e aplicação do Concílio continuam dando vitalidade nova à Igreja e uma nova presença no mundo. As árvores mudam de aspecto ao longo das estações do ano, sem deixarem de ser elas mesmas. Assim também acontece com a Igreja de Cristo: o Concílio trouxe uma nova primavera: alguns frutos já amadureceram; outros ainda são esperados e vão aparecer com o passar do tempo, contando com a graça de Deus, nosso cultivo perseverante e com a paciência da fé e da esperança.

| Encontro com o Pastor | 3

Admissão de candidatos ao diaconato permanente Diácono Francisco Gonçalves

No sábado, 11, na Capela São José, na Cúria da Região Santana, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu a celebração de admissão de nove candidatos ao diaconato permanente. Após a homilia do Arcebispo de São Paulo, o diretor da Escola Diaconal São José, Padre Fernando José Carneiro Cardoso, apresentou cada candidato: Claudio Bernardo da Silva (Região Lapa), Eduardo Migliorini (Região Belém), Elias Julio da Silva (Região Belém), Feliciano Bonitatibus (Região Ipiranga), João Aparecido Botura (Região Belém), Marcos Adriano de Sousa (Região Lapa), Raimundo Alves Ferreira (Região Ipiranga), Reinaldo Bonatti (Região Santana) e Valter Perandré (Região Belém) (Com informações da Região Episcopal Santana)

Tweets do Cardeal @DomOdiloScherer 13 - Ap 1,17c-18 “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre”. 12 – “Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças”.


4 | Papa Francisco |

O

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Papa Francisco, às 12h do domingo, 12, o segundo do tempo Páscoa, rezou com os peregrinos a oração mariana do tempo Pascal, Regina Coeli. Antes da oração, ele refletiu sobre o Evangelho do dia, em que João relata as aparições de Jesus aos discípulos reunidos no Cenáculo, a primeira, sem a presença de Tomé, e a segunda, com a presença de Tomé. Na primeira aparição, Ele mostra os sinais de sua paixão e sopra sobre os discípulos e os envia “transmitindo-lhe a própria missão, com o poder do Espírito Santo”. Tomé ao chegar, à noite, não acredita no testemunho de seus companheiros. Jesus volta numa segunda aparição, oito dias depois. Ele “se dirige a Tomé, convidando-o a tocar nas chagas de suas mãos e de seu lado. Vai ao encontro de sua descrença, para que através dos sinais da paixão possa alcançar a plenitude da fé pascal, a fé na ressurreição de Jesus”. Francisco lembra que Tomé quis ter uma experiência pessoal. Suas resistências se acabam e ele, enfim, acredita. Jesus o espera com paciência e diante do ato de fé de Tomé proclama:

Jesus Cristo é o rosto da misericórdia

Vocação: experiência de êxodo

“bem-aventurados aqueles que Francisco afirma que também acreditam sem ver”. As primei- todos nós “somos convidados ras a crerem foram as mulheres. a contemplar nas chagas do E o Papa reflete que “ao contato Ressuscitado, a Divina Miserisalvífico com as chagas do Res- córdia, que supera todas as lisuscitado, Tomé manifesta as mitações humanas e brilha na próprias feridas, as próprias la- escuridão do mal e do pecado”. E cerações, a própria humilhação; o Papa lembra do Jubileu extrano sinal dos pregos, encontra a ordinário da Misericórdia que prova decisiva de que era ama- ele proclamou, um dia antes, do, esperado, entendido”. Tomé com a bula Misericordiae vultus está diante do “Messias pleno de (O rosto da misericórdia). doçura, misericórdia, ternura. “O rosto da misericórdia é JeEra Ele o Senhor que buscava sus Cristo”, acentua Francisco, e nas profundezas secretas do pró- Francisco lembra que Tomé quis prio ser, porque ter uma experiência pessoal. sempre soube que Suas resistências se acabam era assim”. e ele, enfim, acredita. Jesus o Francisco ob- espera com paciência e diante serva, então, que do ato de fé de Tomé proclama: muitos de nós “bem-aventurados aqueles que “buscamos nas acreditam sem ver”. As primeiras a profundezas do crerem foram as mulheres coração encontrar Jesus, assim como ele é: doce, mi- exorta: “Tenhamos o olhar volsericordioso, terno! Porque sabe- tado para Ele, que sempre nos mos que, no fundo, Ele é assim”. procura, nos espera, nos perTomé compreendeu o significado doa; tão misericordioso, não se da ressurreição, “interiormente espanta com as nossas misérias. reformado”, ao exclamar: “Meu Em suas chagas, nos cura e perdoa todos os nossos pecados. E Senhor e meu Deus” (V. 28). Como Tomé que tocou o que a Virgem Mãe nos ajude a mistério Pascal “que manifes- sermos misericordiosos com os ta plenamente o amor salvífico outros como Jesus é conosco”. (Por Padre Cido Pereira) de Deus, rico de misericórdia”,

Foi publicada na terça-feira, 14, a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado no 4º Domingo de Páscoa, 26. “O êxodo, experiência fundamental da vocação” é o tema escolhido por Francisco, que dedica todo o conteúdo da mensagem a um dos conceitos mais reiterados em seu pontificado: o de sair-se de si mesmo para centrar a nossa vida em Jesus Cristo. “A vocação cristã só pode nascer dentro duma experiência de missão”, escreve o Papa, acrescentando que o “êxodo” é o caminho da alma cristã e de toda a Igreja. “Na raiz de cada vocação cristã, afirma, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a nossa vida em Jesus Cristo.”

L’Osservatore Romano

Rumo à Bósnia A capital da Bósnia Herzegovina será o destino da próxima viagem do Papa, em 6 de junho, cujo programa foi divulgado esta semana. A chegada do Pontífice está prevista para as 9h locais. A cerimônia de boas-vindas acontecerá no Palácio Presidencial, com uma visita ao presidente da República. A seguir, está previsto um encontro com as autoridades durante o qual o Papa fará seu primeiro discurso. Francisco celebrará a Santa Missa no Estádio Koševo. Ao final, encontrará os Bispos do País. À tarde, estão previstos mais três discursos do Papa. O primeiro será no encontro com os sacerdotes, religiosos e religiosas na Catedral, o segundo será proferido durante o encontro Ecumênico e Inter-religioso, no Centro Internacional de Estudos Franciscano. Por fim, o Papa falará aos jovens no Centrio “João Paulo II”.

Colômbia à espera do Papa Os colombianos estão animados com o anúncio da visita do Papa Francisco ao país no próximo ano. Em uma carta recente de duas páginas ao povo colombiano, o Santo Padre fala sobre o conflito armado colombiano e sobre a necessidade de que se atenda às vítimas. O arcebispo de Tunja e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Luis Augusto Castro Quiroga, já anunciou que no mês de maio os bispos que fazem parte da comissão permanente se reunirão para definir os detalhes da visita do Papa. Ao se referir à “politização” da visita de Francisco, Dom Quiroga assegura que todos os colombianos estão polarizados em torno dos instrumentos para conquistar a paz, mas adverte que o Papa Francisco não deve tomar parte para ver quem quer ou não a paz, mas estimular sua conquista na Colômbia. (Por Fernando Geronazzo)


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| Fé e Vida | 5

Espiritualidade

Fé e cidadania

As aparições do Ressuscitado

Os fantasmas e a economia real

Dom Julio Endi Akamine

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Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa

uerido leitor do jornal O SÃO PAULO, a perícope do Evangelho de São Marcos (Mc 16, 9-15) proclamada no sábado dentro das Oitavas de Páscoa é um resumo das aparições de Jesus aos discípulos e da reação deles. A reação dos discípulos se repete depois de cada aparição: eles não quiseram acreditar. Maria Madalena diz a eles que viu o Senhor ressuscitado, mas eles não quiseram acreditar. Os dois discípulos voltaram de Emaús e disseram-lhes que Jesus tinha caminhado com eles, mas estes não quiseram acreditar. Por fim, Jesus aparece aos 11 e lhes reprova a incredulidade e a dureza de coração porque não acreditaram naqueles que o haviam visto ressuscitado. A ressurreição é um mistério de fé. Nos apóstolos e também em nós, há sempre resistência à fé. Parece estranho: a ressurreição é mistério de alegria verdadeira, de alegria divina, de alegria plena, por que não crer? Preferimos ficar com nossa tristeza humana e resistimos à alegria de Deus. No fundo, a razão de nossa resistência é nosso amor próprio que nos fecha em nossas tristezas, nossas preocupações, nossos interesses. Em vez de acolher com coração aberto a alegria divina, preferimos procurar em nós e nos outros os motivos de aflição e de preocupação. Dizemos que queremos a felicidade, mas na prática, por amor próprio, nos agarramos às nossas tristezas. “Desapega-te de ti mesmo, renuncia à tristeza porque a tristeza é a mãe da dúvida e do erro”, diz um autor cristão do século II. Sob o efeito da tristeza, vemos as coisas na obscuridade do amor próprio, da nossa ilusão, em vez de vê-las à luz divina, à luz da ressurreição. Renuncia à tristeza, acolhe a alegria divina, acolhe a fé.

Padre Alfredo J. Gonçalves, CS

Comecemos com os dois pólos opostos que, no pêndulo da administração pública, hoje estão em voga na conjuntura do País. De um lado, persiste o temor dos extratos mais conservadores da sociedade brasileira, localizados na extrema direita. Convém não esquecer que tais extratos, talvez em grau maior que em muitos países ocidentais, seguem sendo extremamente retrógrados, obtusos e avessos a qualquer tipo de mudança. Comportam-se, ainda, como reféns seja do fantasma do comunismo, seja da idelogia da segurança nacional, vigente durante o regime de exceção. Tais extratos temem ceder os anéis para não perder os dedos. Quem sabe a história os surpreenda, um dia, de mãos vazias, como reza o canto evangélico do Magnificat. De outro lado, nos extratos mais à esquerda do pêndulo, persiste a “teoria da conspiração”. Também aqui não seria exagero falar de um fantasma culpado de todos os males que se abatem sobre os pobres e dependentes brasileiros. Como se as tempestades sociais, econômicas e políticas que assolam a nação tivessem origem numa espécie de maquiavelismo orquestrado pelas ditas classes dominantes, para impedir que o Partido dos Trabalhadores continue no poder. Nesse caso, o cenário da política não passaria de um xadrez diabólico, jogado através

de “maracutaias” nos corredores de noites escuras. Nem uma coisa nem outra. À parte os fantasmas apontados – o comunismo de um lado, e a teoria da conspiração de outro – faz-se necessário avaliar a conjuntura política atual a partir dos mecanismos regulares e normais do sistema capitalista neoliberal em que estamos inseridos. Dizer “regulares e normais” equivale a reconhecê-los como parte integrante de uma lógica férrea, mas racional, do mercado total e globalizado. O mercado não costuma respeitar bandeiras, línguas, culturas, moedas, credos, partidos; tampouco leva em conta sentimentos patrióticos, cor da pele, origem, berço, sangue, nascimento... Na sua voracidade frenética de tudo comprar e vender – pois tudo (e todos) se pode transformar em mercadoria – mais do que vontades pessoais ou maquinações conspiratórias e diabólicas, prevalece a lei da oferta e da procura. Segue válida a noção de “mão invisível”, cunhada pelo filósofo economista escocês Adam Smith (1723-1790). De acordo com o autor de “A riqueza das nações”, a lógica do mercado regularia de forma automática os interesses pessoais e sociais. Uma espécie de fórmula mágica que, do ponto de vista iluminista e materialista, substitui a referência divina medieval. Mas o economista escocês não previu (e nem o poderia) o desenvolvmen-

to posterior da economia capitalista liberal. Esta navega numa contradição permanente, que depende menos das vontades pessoais e mais da lógica do acúmulo sistemático de capital. De fato, se em tempos de vacas gordas, tal economia dispensa a interveção do Estado, porque os lucros vão de vento em popa, ao contráro, em tempo de vacas magras, quando diminuem os rendimentos, costuma apelar para o punho de ferro da polícia, do exército e das forças de repressão em geral para conter o avanço das reivindicações trabalhistas. São estes, os trabalhadores, que sempre devem “pagar a conta”. A lei é conhecida e notória: privatizam-se os ganhos, socializam-se as perdas. Ou melhor, sobrecarregam-se os ombros dos trabalhadores com tais perdas para salvar a “fé no acúmulo constante”. Uma vez mais, a corda arrebenta do lado mais fraco. Expressões como flexibilização, terceirização, ajuste fiscal, desemprego e subemprego, migrações em massa, etc., são sintomas da lógica implacável. Nisso, qualquer governo que esteja no poder, independentemente da boa ou má vontade de seus integrantes, torna-se refém daqueles que comandam os interesses dos grandes conglomerados empresariais (ligados, sobretudo, ao capital financeiro virtual, volátil e especulativo), sejam estes de nível nacional, regional ou internacional. Menos mal quando não lhe são cúmplices!


6 | Fé e Vida |

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Liturgia e Vida

Você pergunta

3º DOMINGO DA PÁSCOA 19 de abril de 2015

A renovação espiritual ANA FLORA ANDERSON

Neste tempo pascal, os cristãos celebram com alegria e procuram se converter mais profundamente ao Senhor Jesus. A antífona só canta glória e louvor ao Ressuscitado. A oração agradece a Deus, que nos deu a graça pela renovação espiritual de podermos recuperar a condição de filhos de Deus. A primeira leitura (Atos dos Apóstolos 3, 13-15.17-19) narra um discurso de São Pedro. Ele faz o povo lembrar que Pilatos quis soltar Jesus, mas eles gritaram contra. Deus, porém, o ressuscitou e abriu o caminho da graça para todos os povos do mundo. São Pedro quer nos convencer de que é pelo amor que os pecados são perdoados. A segunda leitura (1 João 2,

1-5) aprofunda o sentido espiritual do perdão dos pecados. Jesus Cristo, o justo, é o nosso defensor diante do Pai. Deus nos pede que levemos a sério os seus mandamentos e, assim, seu amor será plenamente realizado em nós. O Evangelho de São Lucas (24, 35-48) apresenta a volta dos dois discípulos que iam fugir para Emaús antes de encontrar-se com Jesus no caminho. O próprio Ressuscitado aparece no meio de todos os discípulos reunidos em Jerusalém e oferece o dom da sua Paz. Estes, assustados e alegres ao mesmo tempo, custam a entender o sentido da presença de Jesus, morto e ressuscitado em seu meio. Jesus abriu-lhes a mente iluminando o sentido das Escrituras. A fé vem pela graça!

Fiz um juramento a Deus e não cumpri. O que devo fazer? padre Cido Pereira osaopaulo@uol.com.br

O Miguel Jordão, de Ribeirão Preto (SP) afirma que fez um juramento a Deus e não cumpriu. É pouca a informação que você me dá, Miguel. Que juramento foi esse? Foi, por exemplo, o juramento que se faz no sacramento do Matrimônio? Foi um juramento ligado a uma atividade que você deveria fazer e não fez? Foi um compromisso de evitar algum pecado que você não assumiu? Teria sido muito mais simples você dizer: “Jurei, prometi, ou me comprometi com Deus a fazer ou a não fazer isso ou

aquilo e não cumpri...”. Por falta de informação, não vou dizer nada a você. Só dar umas dicas. Vamos lá. Se se trata de algo não muito comprometedor, uma boa confissão pode resolver isso. Se você prometeu abandonar um vício e não conseguiu, é só começar de novo a luta. Se você fez uma promessa e se esqueceu dela, procure reparar isso, cumprindo-a. Sabe, meu irmão, eu penso que não devemos jurar por Deus. A Igreja ensina isso e ela se baseia no ensinamento de Jesus que nos diz que, seja no relacionamento com Deus, seja no relacionamento com o próximo, jamais juremos.

Jesus diz: “Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não”. Simples, não é mesmo? Muita gente para testemunhar seu desejo de uma vida nova multiplica juramentos e promessas. Vamos com calma. Vamos pedir ao Senhor que nos ilumine para que saiamos de uma situação que nos incomoda, que ofende a Deus, que prejudica o irmão... Esta deve ser a atitude de um cristão que quer de verdade viver a sua fé. Será que ajudei você, Miguel? Espero que sim. Se não entendi bem sua pergunta, escreva de novo. Vamos conversar. Fique com Deus.


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| Pastorais | 7

Infância e Adolescência Missionária

Encontro define nova coordenação estadual Henrique Sebastião Especial para O SÃO PAULO

Aconteceu na Paróquia Santuário Santa Edwiges, entre os dias 10 e 12, o Encontro de Formação de Coordenadores Diocesanos da Infância e Adolescência Missionária (IAM), que reuniu representantes de 14 (arqui) dioceses do Regional Sul 1 da CNBB. O sábado, 11, foi dedicado à formação e partilha de experiências. O secretário nacional da IAM, Padre André Luiz de Negreiros, falou sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes, e apresentou a 3ª Jornada Nacional da IAM, que acontecerá no último domingo de maio, e a Jornada do Jovem Missionário, a qual envolverá

todos os grupos da Juventude Missionária (JM) em comemoração aos 10 anos de JM no Brasil. Depois, os participantes partilharam os trabalhos realizados junto às crianças e adolescentes. No domingo, 12, foi definida a nova coordenação estadual da Obra. A diretoria é composta por Maria das Graças Mendes, da Diocese de Guarulhos, coordenadora; Emílio Buzatti, da Diocese de Santos, vice-coordenadora; Geize Costa dos Santos, da Arquidiocese de São Paulo, secretária; Fátima Lopes, da Diocese de Limeira, e José Laércio, da Diocese de Santo Amaro, responsáveis pela tesouraria. Assessora a equipe um grupo de religiosos: Frei Carlos Frederico Peres, Oblatos de São José; Irmã

IAM

Participantes do Encontro de Formação da IAM junto ao Padre Padre André Luiz de Negreiros

Luciana Mattos, da Congregação Missionárias de Cristo; e Irmã Augusta Culpo, Filhas de Maria Missionária. A nova equipe assumirá as ativida-

des no próximo ano, mas acompanhará a agenda já assumida junto às dioceses para 2015. (Colaborou Rodrigo Piatezzi)

Comissão Justiça e Paz ‘A redução da maioridade penal é uma falácia’ Em nota pública nesta semana, a Comissão Justiça e Paz de São Paulo (CJP-SP) lamenta que diante do aumento da criminalidade no Brasil a resposta apresentada por políticos e parte da opinião pública seja a diminuição da maioridade penal de 18 para 16 anos. A CJP-SP questiona se é justo atribuir a responsabilidade pelo aumento da violência aos adolescentes e apresenta dados. Segundo a Secretaria Nacional de Segurança Pública, os menores de idade são responsáveis por 0,9% do total de crimes praticados no Brasil. Já um estudo do Unicef aponta que no Brasil ocorrem, por dia, 129 casos de violência psicológica e física contra crianças e adolescentes. A cada hora, cinco

casos são registrados. Outro argumento é o de que a redução da idade penal não evitará que adolescentes sejam usados para cometer e assumir crimes. “Os criminosos passariam a utilizar os menores de 16. Isto levaria a uma sucessão de novas leis de redução de maioridade até chegarmos ao absurdo da ‘maioridade penal infantil”, consta em um dos trechos da nota. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não apenas estabelece direitos, mas especifica os responsáveis por garanti-los: “É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,

à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária” (Art. 4º). Segundo a CJP-SP, nem a família, nem a comunidade, nem a sociedade civil, nem o poder público têm evitado que grande das crianças e adolescentes sejam parte abandonadas. “Às crianças e adolescentes não têm sido garantindo o direito à convivência familiar e comunitária, fundamentais para a formação do caráter do futuro cidadão digno, que respeite e se faça respeitar. Nem mesmo garantimos às nossas crianças e jovens efetivação do direto à saúde, alimentação, educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização e à cultura”, consta em outro trecho da nota.

A CJP-SP conclui que é preciso cuidado para que a diminuição da maioridade penal não seja posta como uma espécie de “cortina de fumaça” que esconda a responsabilidade que a lei atribui a todos. Parece bem mais fácil reduzir o número, de 18 para 16, do que fazer valer o ECA, que determina que crianças e adolescentes tenham ainda: primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; e destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas. (HS) (Com informações da Comissão Justiça e Paz)

MEJ e Apostolado da Oração

Atos da Cúria

Tarde de formação incentiva ação nas paróquias

INCARDINAÇÃO NO CLERO DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO Em 13 de abril de 2015, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, aceitou o pedido de incardinação ao clero da Arquidiocese de São Paulo do Revmo. Pe. Jairo dos Santos Bezerra, após ter recebido o indulto da excardinação deste da Arquidiocese de Manaus, enviado por Dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus.

A cada dois meses, há uma tarde de formação do Apostolado da Oração (AO) no Santuário de Nossa Senhora de Fátima (Sumaré), com o Padre Armênio Nogueira, diretor espiritual arquidiocesano do AO e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ).

No último encontro, no dia 7, Everson Lima, coordenador nacional do MEJ, e Ana Carolina Cruz, coordenadora arquidiocesana do Movimento, conduziram a tarde de formação, incentivando os trabalhos dos grupos do AO e do MEJ nas paróquias, tendo em vista que 2015 é o

ano do centenário do MEJ. No diálogo com os participantes, surgiu a proposta de incentivar as crianças que concluem a Catequese a perseverarem na fé da Igreja. “Nós, membros do MEJ e do AO, não queremos deixar nossas crianças e adolescentes fora da Igreja. Nosso intuito é

apoiar as paróquias que têm essa dificuldade de viver a espiritualidade eucarística após a catequização. Assim, apoiamos os catequistas para que sejam a base da continuidade da juventude na Igreja”, disse Ana Carolina Cruz. (HS) (Com informações do Apostolado da Oração)


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Destaques das Agências Nacionais

Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com

Eletiva, 53ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil começa em Aparecida (SP) Começa nesta quarta-feira, 15, e vai até a sexta-feira, 24, em Aparecida (SP), a 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Neste ano, a Assembleia é eletiva e atualizará as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). As orientações pastorais aprovadas em 2011 serão revisadas a partir da exortação apostólica Evangelii Gaudium e do pronunciamento do Papa Francisco aos bispos, ocorrido no Rio de Janeiro (RJ), em julho de 2013. As Diretrizes Gerais estão ligadas à natureza da CNBB, definida em Estatuto Canônico ratificado pela Congregação para os Bispos do Vaticano. Cabe à Conferência colaborar com os bispos na dinamização da missão evangelizadora, “para melhor promover a vida eclesial, responder mais eficaz-

mente aos desafios contemporâneos, por formas de apostolado adequadas às circunstâncias, e realizar evangelicamente seu serviço de amor, na edificação de uma sociedade justa, fraterna e solidária, a caminho do Reino definitivo”, diz o texto. As atuais DGAE contêm cinco urgências para a ação evangelizadora: Igreja em estado permanente de missão; Igreja: casa da iniciação à vida cristã; Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral; Igreja: comunidade de comunidades; e Igreja a serviço da vida plena para todos.

Eleições

Neste ano, os bispos também terão a missão de eleger a nova presidência da CNBB, – composta pelo presidente, vice e secretário geral; os presidentes das 12 comissões episcopais pastorais; além de delegados da

CNBB para o Conselho Episcopal Latino Americano (Celam) e para a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro deste ano, no Vaticano. Em sistema inédito, os bispos escolherão a nova mesa diretora por meio de voto eletrônico, semelhante ao sistema de votação das eleições para governantes no Brasil. O bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, avalia a Assembleia Geral como momento de comunhão, de encontro, de alegria e de celebração da Igreja no Brasil. “A Assembleia é um momento extraordinário para nós bispos. Essa troca de ideias, essa troca de afeto colegial. Imagina todos nós podermos celebrar juntos a Eucaristia? Todas as Igrejas particulares ali presentes na figura do bispo. Isso é extraordinário!”, sugere.

Portal A12

Dom Damasceno avalia quatro anos à frente da CNBB

Documento sobre os leigos estará em pauta

Em coletiva de imprensa, últimos quatro anos da CNBB são avaliados

Na grade de atividades da 53ª Assembleia Geral, está previsto o debate sobre o novo texto que trata dos cristãos leigos e leigas, preparado após recebimento de sugestões e emendas pela comissão responsável. Aprovado em 2014, o texto de Estudos 107, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade – Sal da Terra e Luz do mundo”, volta à pauta da reunião episcopal para nova avaliação.

Na manhã da terça-feira, 14, o arcebispo de Aparecida e atual presidente da CNBB, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, encontrou-se com jornalistas para uma avaliação do trabalho da presidência no último quadriênio. Segundo ele, muitos foram os pontos positivos das ações desenvolvidas, em especial a visita do Papa Francisco a Aparecida, e a realização da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013.

Fonte: CNBB

O Cardeal ainda citou o trabalho desenvolvido nos sínodos dos bispos, em 2012, cujo tema foi “Nova Evangelização para a transmissão da Fé”, e em 2014, com o tema “Vocação e Missão da Família”. Dom Damasceno destacou as reflexões acerca dos temas das quatro últimas Campanhas da Fraternidade, e a ação junto à presidência da República, bem como com ministros, quando foram tratados assuntos concernentes à Igreja e à sociedade. Fonte: CNBB

Proibir amamentação em público dá multa Lei que garante o aleitamento materno em qualquer estabelecimento de São Paulo foi sancionada na terça-feira, 14, pelo prefeito Fernando Haddad (PT). Quem proibir a mãe de amamentar seu filho em público pagará multa de R$ 500. Em caso de

reincidência, o valor dobra. A Prefeitura tem 90 dias para regulamentar o que for necessário na legislação. A lei detalha que o estabelecimento não precisa ter “área segregada” para amamentação. “Todo estabelecimento localizado no

Município de São Paulo deve permitir o aleitamento materno em seu interior, independentemente da existência de áreas segregadas para tal fim. Para fins desta lei, estabelecimento é um local, que pode ser fechado ou aberto, destinado à

atividade de comércio, cultural, recreativa ou prestação de serviço público ou privado”, consta no texto, elaborado a partir do projeto de lei proposto pelo vereador Aurélio Nomura (PSDB). Fonte: G1

Manifestações em cidades do País pedem o impeachment da Presidente Dilma

Sindicatos e movimentos fazem ato por direitos sociais

No domingo, 12, em ao menos 224 cidades no Brasil, de 24 estados e do Distrito Federal, houve protestos contra o governo da presidente Dilma Rousseff e contra a corrupção. Os números de manifestantes – 701 mil, segundo a polícia, ou 1,5 milhão, segundo os organizado-

Na quarta-feira, 15, movimentos sociais, sindicatos e partidos de esquerda realizam o ato “Contra a direita por mais direitos”. Segundo os organizadores, as pautas contemplam a defesa dos direitos sociais. “Não ao PL 4330 da terceirização e ao ajuste antipopular dos Governos. Pela taxação das grandes

res – foram menores do que nos atos de 15 de março. As palavras de ordem da manifestação foram às mesmas do último grande protesto: contra a corrupção, o governo e o PT. Mas desta vez todos os principais movimentos, entre eles o Vem Pra Rua, pediram a saída da

presidente Dilma Rousseff. O Movimento Brasil Livre informou que fará uma marcha, na sexta-feira, 17, saindo de São Paulo e em direção a Brasília, para pressionar o Congresso a respeito do impeachment da Presidente. Fonte: G1

fortunas, dos lucros e da especulação financeira; Combate à corrupção, com o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais; Não às pautas conservadoras, à redução da maioridade penal e ao golpismo. Contra o genocídio da juventude negra”. Fonte: www.juntos.org.br


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Filipe domingues

Especial para O SÃO PAULO, em Roma

Centenário do genocídio contra armênios serve de alerta à humanidade, afirma Papa Sem usar meias palavras durante missa na Basílica de São Pedro, no domingo, 12, o Papa Francisco recordou o centenário do massacre de armênios pelo Império Otomano durante e depois da Primeira Guerra Mundial. Chamando o assassinato de mais de 1 milhão de pessoas de “genocídio”, expressão rejeitada pelo governo da Turquia, o Pontífice afirmou que “fazer memória do que aconteceu é um dever não só para o povo armênio e para a Igreja universal, mas para a inteira família humana, para que o alarme que vem dessa tragédia nos livre de recair em horrores parecidos, que ofendem a Deus e à dignidade humana”. A rigor, a celebração recordou o “martírio” armênio e, durante a missa, o Papa proclamou “doutor da Igreja” São Gregorio di Na-

rek. A Igreja armênia tem sua origem ligada às viagens dos apóstolos Judas Tadeu e Bartolomeu, e surgiu oficialmente em 301, antes mesmo que o Império Romano se tornasse oficialmente cristão, mais de dez anos depois. “Não existe uma família armênia ainda hoje que não tenha perdido naquele evento algum dos seus caros. Realmente aquele foi o ‘Metz Yeghern’, o ‘Grande Mal’, como chamaram aquela tragédia”, afirmou o Papa em mensagem ao povo armênio.

almente de origem otomana. A nação chamou de volta o embaixador junto à Santa Sé para “consultas”, um gesto que em relações internacionais é a manifestação de constrangimento. O embaixador, Kenan Gursoy, afirmou à rede de TV norte-americana CNN

que a Turquia ainda mantém relações diplomáticas com o Vaticano, mas a decisão do Papa de repetir a palavra “genocídio” foi unilateral. Para os turcos, o número de 1 a 1,5 milhão de mortos em 1915 e 1916 é exagerado e muitas mortes se deveram aos conflitos em guerra, e não a um

assassinato massivo com o objetivo de exterminar uma etnia. Oficialmente, o genocídio armênio foi reconhecido por 22 países, entre eles Itália, França, Alemanha, Rússia, Canadá e Argentina. Alguns países, como Estados Unidos e Israel, não utilizam a expressão. L’Osservatore Romano

Impasse diplomático

Citando o Papa João Paulo II, Francisco declarou que “geralmente, esse trágico evento é definido como o primeiro genocídio do século XX”. A utilização da palavra “genocídio” pelo Pontífice causou grande insatisfação no governo da Turquia, atu-

Patriarca de Cilicia dos Armênios Católicos, Nerses Bedros XIX Tarmouni, concelebra com o Papa

Francisco proclama o Ano Santo da Misericórdia O pontificado do Papa Francisco tem sido marcado pela frequente denúncia de problemas sociais, mas o tema da misericórdia é provavelmente sua principal mensagem teológica. Não é à toa que ele, no chamado “Domingo da Misericórdia”, o segundo domingo do tempo litúrgico da Páscoa, proclamou para toda a Igreja o Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. O ano santo, ou jubilar, é marcado por muitas peregrinações e orações especiais. Uma tradição que vem já do Judaísmo: a de dedicar um inteiro ano a pedidos e graças mais urgentes. Na Igreja Católica,

normalmente o ano jubilar ocorre a cada 25 anos e reflete um tema pontual. Já o ano santo “extraordinário” ocorre somente quando o papa decide antecipá-lo por algum motivo. “Uma pergunta está presente do coração de muitos: por que hoje um Jubileu da Misericórdia?”, questionouse o Papa na homilia da oração das Vésperas (oração da tarde), no sábado, 11, na qual convocou o novo ano jubilar, que começará na festa da Imaculada Conceição de 2015 e terminará com a festa de Cristo Rei do ano que vem. “Simplesmente porque a Igreja,

neste momento de grandes mudanças de época, é chamada a oferecer mais fortemente os sinais da presença e da proximidade de Deus”, respondeu. “Este não é o tempo para a distração, mas, ao contrário, para permanecer vigilantes e despertar novamente em nós a capacidade e olhar para o essencial.” Para o Pontífice, este é o tempo para “oferecer a todos, a todos, o caminho do perdão e da reconciliação”. O Papa Francisco tem insistido na misericórdia desde os primeiros dias de seu pontificado. Na primeira oração do Ângelus (oração do meio-dia)

que rezou na praça de São Pedro, ele comentou o livro Misericórdia do cardeal alemão Walter Kasper. “O cardeal dizia que essa palavra muda tudo. Muda o mundo. Um pouco de misericórdia torna o mundo menos frio e mais justo”, declarou, em março de 2013. “Deus nunca se cansa de perdoar. Nunca. Mas nós, às vezes, esquecemos-nos de pedir perdão”. A íntegra da Bula de Proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia pode ser vista no Site da Arquidiocese de São Paulo, www.arquidiocesedesaopaulo.org.br.

França

Nicarágua

Eutanásia disfarçada

Nova legislação defende a família

Filipe David

Correspondente do O SÃO PAULO na Europa

A Assembleia Nacional aprovou no mês passado uma lei que permitirá a certos pacientes que sofrem de “doença grave e incurável” pedirem uma sedação profunda e contínua até a morte, suprimindo todos os tratamentos, incluindo até mesmo a alimentação. Segundo um dos autores da lei, Jean Leonetti, ela permitirá aos pacientes “dormir antes de morrer para não sofrer”. A nova

legislação, embora tenha alto índice de aprovação da população, tem sido objeto de crítica tanto por defensores da eutanásia quanto pelos opositores próvida. Esses denunciam na nova lei uma espécie de eutanásia disfarçada, aqueles se dizem decepcionados com o texto aprovado, pois queriam a aprovação explícita do “direito” ao suicídio assistido. Afinal, a morte por sedação profunda pode demorar até três semanas. “A sedação profunda é uma ajuda a morrer”, afirmou Alain

Claeys, o outro coautor da nova lei. A diferença entre a sedação profunda e o que ele chama de “eutanásia” é que a morte seria ativamente provocada na eutanásia, enquanto que a sedação profunda não a causa diretamente. Num mundo em que se evita a todo custo dar nome às coisas, a questão que se coloca é: sedar um paciente até a sua morte, privando-o de todo cuidado e até mesmo de alimento não é uma forma de matá-lo? Fontes: Famille Chrétienne/ L’express

Entrou em vigor na quarta-feira, 8, nova legislação – apelidada de “o código da família” – que define o casamento como uma união exclusiva entre um homem e uma mulher, e determina que apenas esses casais podem adotar, proibindo também a fertilização artificial para “casais” homossexuais buscando engravidar.

O deputado Carlos Emilio Lopez explica que “o novo código da família unifica em um corpo – com seus próprios príncipios diretivos – todas as leis de família. Ele revoga as leis que estejam em contradição com os seus princípios, ao mesmo tempo em que conserva medidas positivas e acrescenta novos aspectos”. (FD) Fonte: LifeSiteNews


10 | Viver Bem |

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Comportamento Reflexões sobre o cotidiano: quantidade, qualidade, afeto Simone Fuzaro

Muito embora seja muito comum e confortável, o famoso jargão: “o que importa é a qualidade e não a quantidade”, a experiência e alguns estudos vêm mostrando que a verdade não é bem essa quando se trata do assunto: filhos. Evidentemente, a qualidade é importante sempre, em tudo o que fazemos tanto pessoal como profissionalmente. Acontece, porém, que na relação com os filhos, a boa qualidade não abre precedente para que se dedique a ela pouco tempo. Aliás, nem mesmo no trabalho profissional podemos oferecer qualidade no lugar de quantidade - alcançaríamos os mesmos resultados se dedicássemos ao nosso trabalho somente uma hora por dia? Apesar das muitas realidades que mudam rapidamente em nosso cotidiano, das muitas situações novas que se apresentam do ponto de vista profissional, muitas “necessidades” criadas na sociedade pós-moderna, existem algumas coisas que persistem, permanecem como características da espécie - uma delas é a necessidade que os animais em geral, especialmente os mamíferos, têm de serem acolhidos, nutridos e cuidados pelo seu progenitor. Sim, pelo progenitor e, num primeiro momento, aquele que o trouxe no seio, que tem o alimento que o nutre, que

Por isso é muito importem a frequência cardíaca que ele conhece, que tem a voz já tante estarmos absolutamente conhecida desde os tempos conscientes antes de decidirda barriga - a mãe. O víncu- mos ser pais: ter filhos exige lo afetivo com quem gerou é mudanças, disponibilidade de fundamental para a saúde fí- tempo maior (especialmente sica e emocional do bebê. A nos dois primeiros anos de ausência desse cuidador por vida), exige usarmos a criatiespaços muito grandes de vidade para driblarmos as netempo gera angústia, é nociva cessidades financeiras/profispara os pequenos, podendo, sionais tendo em vista o que é inclusive, trazer prejuízos de mais importante. Sim, é trabalhoso, é exicrescimento físico. O afeto, o vínculo, o cui- gente, muitas vezes cansatidado, exigem tempo de con- vo, porém, vale a pena! Neste vívio. Não podemos conhecer mundo consumista, muitas alguém com profundidade e vezes, nos vemos seduzidos a nos afetarmos por ele, se con- sacrifícios imensos para convivemos pouco. Não apren- quistarmos coisas tão menos demos a acalmar, a estimu- importantes como um cargo, lar, a perceber as necessidades, O vínculo afetivo com a sentir onde e quem gerou é fundamental quando devem para a saúde física e ser colocados os emocional do bebê. A limites, se o tempo que oferece- ausência desse cuidador mos à relação é por espaços muito grandes pequeno. Cul- de tempo gera angústia, tivar vínculos é é nociva para os pequenos, tarefa exigente podendo, inclusive, que demanda trazer prejuízos de sair de nós mescrescimento físico mos, abrir mão de algumas coisas, para apre- um benefício, uma certa “visiender o outro e amá-lo. Essa bilidade”. tarefa exige especial dedicaVamos nos deixar seduzir ção quando o outro é o filho por essa que é a maior e mais - aquele que por amor esco- importante conquista: criar lhemos gerar. Temos a res- filhos verdadeiramente equiponsabilidade de educar, for- librados e felizes! mar e o oferecer ao convívio Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudisocial como alguém capaz de óloga e educadora, Mestre em Distúrbios da Comunicação pela PUC-SP, especialista em se relacionar com equilíbrio e linguagem e coordenadora pedagógica da Escola de Educação Infantil Pedrita. contribuir com o meio.

Cuidar da Saúde Aplicativo identifica unidades do SUS Cássia Regina

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da Prodam, lançou o aplicativo “Busca Saúde”. Trata-se de um sistema de localização de estabelecimentos ou serviços de saúde da rede pública do SUS no município de São Paulo.

Os usuários, por meio do acesso à internet, podem consultar unidades de saúde aplicando diversos filtros: nas proximidades do endereço informado, por tipo de unidade e serviços, permitindo livre navegação pelo mapa, além de oferecer a opção de geração de rotas para chegar ao local consultado.

O “Busca Saúde” é de fácil utilização e bastante intuitivo. A interface lembra a do Google Maps, a fim de facilitar a navegação do usuário. O aplicativo já pode ser acessado por meio do site da Secretaria Municipal de Saúde, em http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br. Dra. Cássia Regina é médica na Estratégia de Saúde da Família (PSF).


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PUC-SP fecha 2014 com superávit ACI/PUC-SP

Em dia com os pagamentos das parcelas de empréstimos e com caixa positivo, Universidade Católica mantém garantias para investimentos sociais Padre Michelino Roberto osaopaulo@uol.com.br

Rafael Alberto e Fernando Geronazzo Especiais para O SÃO PAULO

“A crise vem sendo superada a cada ano, desde 2005, e está absolutamente controlada no aspecto financeiro”, afirmou o Padre Rodolpho Perazzolo, secretário executivo da Fundação São Paulo (Fundasp), mantenedora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). De acordo com o balancete aprovado na segundafeira, 13, a instituição apresentou superávit de 1 milhão de reais. Não é a primeira vez que a PUC-SP apresenta resultados positivos desde 2005, quando enfrentou a maior crise de sua história. Na ocasião, a Universidade fechou o ano com um déficit de 79,8 milhões de reais. Em 2006, quando a Arquidiocese de São Paulo assumiu a administração da Fundasp, com a nomeação de dois padres como secretários executivos – até então, o reitor da Universidade acumulava essa função –, a dívida caiu para 26 milhões de reais. “Em 2008, deixamos a dívida em 18 milhões de reais e aí começamos a ter resultados positivos”, explicou Padre Rodolpho. Hoje, a PUC-SP consegue honrar todos os seus compromissos financeiros, incluindo as parcelas mensais dos empréstimos bancários. O Secretário Executivo explicou ao O SÃO PAULO que o resultado financeiro positivo é o fruto da racionalização das atividades acadêmicas e das despesas. Paralelamente, a Fundasp conseguiu um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2007 (já quitado), e agora pleiteia um novo. Segundo Padre Rodolpho, “a ideia é colocar a dívida restante dos bancos comerciais no BNDES”. Além disso, com o novo empréstimo, a Fundação pretende investir 30 milhões de reais em reformas físicas dos campi da Universidade. “Nós sempre recebemos notas boas nas avaliações do Ministério da Educação e Cultura (MEC), mas no aspecto de in-

Mantendo identidade católica, PUC-SP têm finanças equilibradas e privilegia atuação social e excelência acadêmica

fraestrutura, as notas são baixas. Sabemos que há carência nisso”.

Excelência acadêmica

O fato de a Universidade ter tido superávit de 1 milhão de reais em 2014 não significa que haverá divisão de lucros. “A Fundação reinveste os resultados positivos dentro da própria Universidade, diferentemente de outras instituições de ensino administradas por grandes conglomerados – muitos estrangeiros –, cujo lucro vai direto para os acionistas”, explicou Maria Amá-

lia Pie Abib Andery, pró-reitora de pós-graduação da PUC-SP. “Não existe lucro. Existe resultado positivo. O dinheiro vem para a Fundação e volta para a própria comunidade. A PUC tem uma natureza diferente de outras universidades privadas”, completou Padre Rodolpho.

Universidade privilegia investimentos sociais

A racionalização das despesas não prejudicou a qualidade acadêmica oferecida, garante a professora Maria Amália. “Teria

sido fácil vender o patrimônio da universidade, demitir mais funcionários e professores e impedir o crescimento no plano de carreira. Nunca tivemos, nem no pior momento da crise, pressão por parte da Fundasp para fechar a pós-graduação, por exemplo. Foram anos difíceis no âmbito administrativo, mas muito bem sucedidos no desempenho acadêmico da universidade”, acredita a pró-reitora. A crise também não prejudicou a atuação social. “A Fundasp é uma entidade filantrópica misLuciney Martins/O SÃO PAULO

Advogada Ana Paula Grillo, Padre Rodolpho e professora Maria Amália falam da situação econômica da PUC-SP

ta qualificada em três áreas: saúde, educação e assistência social. Embora sua preponderância esteja na área da educação, sua certificação passa pelas três áreas, porque ela atua nestas efetivamente”, explicou Ana Paula de Albuquerque Grillo, consultora jurídica da Fundação. Entre as atividades sociais desenvolvidas pela PUC-SP estão o Hospital Santa Lucinda, em Sorocaba (SP); a Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic), em São Paulo, que atua na educação de surdos e no atendimento clínico a pessoas com alterações de audição, voz e linguagem; além de uma clínica psicológica e assessoria jurídica. “A Fundasp poderia ser uma entidade filantrópica somente em uma área, mas ela opta por ser nas três áreas. Essa característica é a mais marcante da Universidade, sua atuação em prol da comunidade”, ressaltou Ana Paula Grillo. O Hospital atende gratuitamente mais dos 60% destinados para o Sistema Único de Saúde (SUS), chegando a 7.500 internações e 43.450 atendimentos ambulatoriais. No escritório de consultoria jurídica, foram 30 mil atendimentos coletivos para a população de risco, em 62 comunidades assistidas, como por exemplo a Favela do Moinho, na região central de São Paulo, e 18.624 atendimentos individuais. “Tudo isso tem um custo para a Fundação. Em 2014, cerca de 24 milhões de reais foram investidos na assistência social”, informou a Consultora Jurídica. No campo da educação, só no ano passado, foram concedidas 2.299 bolsas, 100% gratuitas, entre o Programa Universidade para todos (PROUNI), do Governo Federal, e bolsas filantrópicas da Fundasp, além das 448 bolsas parciais de 50%, no universo de 14.700 alunos da graduação. “Para ser filantrópica na área da educação, por exemplo, não seria preciso esse número de bolsas que hoje a Universidade concede, não haveria necessidade de ter uma assistência social com o porte que há hoje”, afirmou Ana Paula Grillo. Outra iniciativa de inclusão já tradicional na PUC-SP é o Projeto Pindorama, junto com Pastoral Indigenista, por meio do qual os indígenas de diferentes etnias têm acesso à graduação e pós-graduação. Padre Rodolpho ressaltou que esse projeto é inteiramente da PUC-SP, sem incentivo governamental.


12 | Reportagem |

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Da vida, de

Nayá Fernandes

nayafernandes@gmail.com

“Minha mãe aprendeu a cozinhar como qualquer mulher do seu tempo e, naquela época, tudo o que a esposa podia fazer era cuidar da casa, dos filhos e servir ao senhor seu marido”, conta Vicência Bretas Tahan, com certa indignação e, ao mesmo tempo, admiração. Para qualquer filho, contar as memórias da mãe é uma tarefa cheia de beleza e emoção, mas para Vicência é como entrar num recital de poesias. A filha mais nova de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Cora Coralina, mora atualmente no bairro do Paraíso, em São Paulo, num apartamento cheio de plantas e obras de arte que foi adquirindo pelos mais de 50 países por onde já passou. Conversamos por mais de três horas entre aquelas paredes repletas de quadros até que, subitamente, Vicência se levantou decidida a me levar à salinha onde estão guardadas e bem organizadas as pastas com textos ainda não publicados da goiana Cora Coralina. Ter nas mãos folhas com poesias, discursos, mensagens, fotografias assinadas, versos escritos em pedaços de papel amarelado e muita vida de uma mulher que guardou por mais de 60 anos seus escritos é como sentir o prazer que nos causa a poesia sem chegar a lê-la, como se pessoa e palavra estivessem ali, vivas. Lemos juntas alguns trechos, desvendando uma ou outra palavra mais difícil. “Ela escrevia sempre e em qualquer papel que estivesse à mão, vindo a publicar o primeiro livro somente quando chegou aos 76 anos”, contou a filha, que também escreveu um romance, intitulado “Cora coragem, Cora Poesia”, publicado pela editora

Global. “Os fatos do livro que escrevi são reais, mas a narrativa de como eles se deram, eu inventei, pois seria impossível saber fatos da infância de minha mãe que aconteceram em outro século.” Anna, Aninha como se descreve em algum de seus poemas, ou Anita, para a família, nasceu no dia 20 de agosto de 1889, na Cidade de Goiás (GO). Filha de um paraibano e de uma goiana, teve uma infância difícil, mas frequentou a escola e aprendeu a ler, coisa incomum para a sua época. “Desde então, lia tudo o que encontrasse pela frente. Antigamente havia um almanaque anual, com receitas, dicas sobre lavoura, fases da lua e este foi um dos primeiros livros que minha mãe leu”, recorda Vicência. Quando visitei a casa no bairro do Paraíso, faltavam apenas alguns dias para a recordação dos 30 anos da morte de Cora e, ao falar sobre isso Vicência, interrompeu: “Já?”, com a intimidade única de alguém que vive imersa às lembranças e palavras de uma mulher a quem a vida deu seus versos mais preciosos. “Você me pede uma poesia. Por quê? Você é a própria

poesia inicial e cântico primeiro. Você é a estrofe, o resto é a rima”, lemos em uma daquelas folhas amareladas, trecho de uma poesia inédita, ainda não publicada.

Com livros na sacola e mil palavras no coração Cora deixou Goiás jovem, aos 22 anos, quando saiu com Cantídio, seu esposo, para viver no interior de São Paulo. A mãe de Jacinta, Paraguassu, Cantídio, Vicência e Guajajarina teve dois outros filhos que morreram ainda na primeira infância. Logo a família se mudou para a Capital paulista, pois os filhos mais velhos precisavam continuar os estudos e a pequena Vicência foi junto. Pouco tempo depois, Cora ficou viúva e, para se virar, começou a vender livros de casa em casa. “Cada livro novo de história que a editora lançava, mamãe comprava e me dava de presente, o presente dela era sempre livro. Por isso, eu cresci lendo e meus filhos também, sobretudo as meninas”, contou a paulista que nasceu em Jaboticabal. Aos sete anos, Vicência se mudou com a mãe e a irmã, Jacinta, do bairro da Aclimação, onde moravam em São Paulo, novamente para o interior do Estado. Cora Coralina continuou a luta para cuidar dos filhos e, além do ofício constante da escrita, trabalhou como dona de

pensão, de uma loja de retalhos que se chamava “Casa de Retalhos” e antes de voltar para Goiás, comprou um sítio e vendia porcos e os produtos da lavoura, no ano em que a colheita era boa. Depois de 45 anos em São Paulo, única filha viva de seus pais, Cora voltou a Goiás, em 1956, para não perder os direitos da velha Casa da Ponte, que hoje abriga o “Museu Casa de Cora Coralina”. Em Goiás, viveu sempre na casa em que nasceu, onde havia um grande e bonito quintal, com árvores e uma horta, na qual inclusive nasceram os “meninos verdes”, uma das histórias infantis escritas por ela. O nome Cora, ela mesma escolheu, contou a filha: “não queria assinar o nome, porque dizia haver muitas Ana’s na cidade, devido à padroeira Sant’ana. Escolheu Cora Coralina porque tem um som bonito e significa coração vermelho”. Quando o esposo ainda vivia, Cora mostrava somente a ele e a mais ninguém os seus poemas e, esporadicamente, escrevia textos para os jornais locais ou textos que interessavam à Igreja, sobretudo em momentos festivos. “Quando faleceu, minha mãe tinha três livros editados no Estado de Goiás. Hoje ela tem 11 livros publicados e acredito que muitos outros virão”, disse, guardando no armário as pastas cheias de versos ávidos por ocuparem seus lugares pelo mundo.

Tão forte quanto a terra Cora mesma dizia que ela não procurou a poesia, a poesia nasceu com ela. Mas aos 14 anos, achavam que a brincadeira da moça de escrever versos era perda de tempo. Para moças daquela época, o dever era aprender a cuidar da casa, cozinhar, costurar. Ela sempre fez isso. E, justamente por esse motivo, seus escritos eram baseados na realidade. “O homem da terra, o homem preso, o menino abandonado. A poesia dela é terra. Não tem estrelas, céus, lua, não é abstrata. É uma poesia forte. Mamãe nunca foi mulher de se entregar. Se precisava falar alguma coisa, falava diretamente. Foi perseverante, persistente, guardou os seus escritos dos 14 aos 76 anos” – explica – “sim, era também uma mãe brava. Ninguém podia ficar em cima do muro, tinha que tomar uma posição” disse a filha, ao ser perguntada sobre Cora Coralina em suas características maternas. Depois dos três livros publicados em Goiás, Cora veio para São Paulo e aqui recebeu homenagens. Foi, em seguida, para o Rio de Janeiro, onde alguém pegou um de seus livros e deu ao poeta Carlos Drummond de Andrade. Ele gostou muito e mandou uma carta para Goiás, dizendo ser ela a pessoa mais importante do Es-


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ebulhou poesia

tado. Eles nunca se conheceram pessoalmente, mas, desde então, 1980, o Brasil inteiro se despertou para os escritos de Cora. Quando novamente voltou a São Paulo, participou de muitos programas de televisão e teve o nome apresentado na União Brasileira de Escritores para concorrer ao prêmio Juca Pato. Foi a primeira mulher a receber o prêmio, em 1984. “Antes da minha mãe publicar o primeiro livro, a gente achava bonitas as coisas que ela escrevia, mas ficava nisso mesmo. Não imaginávamos que seus contos, histórias e poesias seriam tão conhecidos”, disse Vicência, que gosta muito do “Poema do Milho”, um dos mais conhecidos de Cora. “É longo pra caramba. Mas se você conhece uma lavoura de milho, vai ver a lavoura nascer, crescer, os passarinhos virem bicar.” Vicência morou com a família por um período em Anápolis (GO) e ia visitar a mãe aos fins de semana. “Cada vez que os meus filhos chegavam na casa, ela contava um pedacinho de uma historinha que se chamava ‘Os meninos verdes’, baseada na horta do seu quintal. Eram meninos gelatinosos que nasceram na horta. Certa vez, em São Paulo, sentados todos à mesa, pedi para ela contar a história dos meninos verdes. E no fim, o meu irmão, que não conhecia a história, perguntou:

Meu Epitáfio

Ao voltar para Goiás, Cora começou a fazer doces para vender. Certa vez, enviou uma caixa de doces para o Papa, à época Pio XII, por meio do bispo que era seu amigo. Recebeu uma carta do Papa agradecendo a gentileza. Religiosa, Cora nunca hesitou em falar sobre Deus e a fé em seus poemas, até com bom humor. Vicência recordou, entre risadas, do texto que a mãe escreveu sobre as pessoas que, por desconhecimento, colocavam flores sobre o busto de um presidente pensando que fosse de um santo. O busto fica em frente à igreja na rua da casa de Cora, na Cidade de Goiás. Depois de receber, em 1984, o Juca Pato, Cora voltou a Goiás acompanhada da neta, Maria

ça, contou que estava juntando dinheiro para comprar uma geladeira. E minha filha, que gostava muito dela e tinha um cofrinho, deu à avó o dinheiro para ajudá-la a comprar a geladeira. Mamãe ficou muito tocada com a atitude e escreveu uma história que chama: “A menina, o cofrinho e a vovó”, explicou Vicência. Cora escreveu até os últimos dias de vida e recebia muitas visitas na Casa Velha da Ponte de Goiás. Foi amiga de muitas personalidades, como Jorge Amado. Aos 70 anos, aprendeu a usar a máquina de datilografar e, como ela mesmo escreveu em um de seus poemas, recomeçou sempre. “Recria tua vida sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça”. Com uma energia contagiante, Vicência caminha todos os dias no Parque do Ibirapuera, diz amar São Paulo e que morreria de tédio se mudasse para o interior. Como a mãe, hesitou em dizer a idade, talvez porque carregue em si muitas gerações. Aqui, história de mãe e filha se confundem, como se fundem as palavras no verso e perdem o sentido se forem separadas. A Casa Velha da Ponte, que acolheu Cora, continua lá, mantendo viva a memória de uma poetisa que, assim como o lavrador debulha os grãos da espiga de milho, debulhou poesia de uma vida comum e muito especial como é a vida de qualquer um de nós. É dela, Cora Coralina, os versos escolhidos para nossa despedida: “Venho de longe e carrego comigo todas as idades, mas do que as idades, sou a portadora frágil de mensagens humanas lançadas talvez fora do tempo adequado e sua inserção na realidade do presente.”

, Morta... serei árvororende serei tronco, serei f e minhas raízes s de meu berço enlaçadas às pedra rotam de uma lira. são as cordas que b

‘E agora, onde os meninos estão?’, com uma real preocupação. Todos caímos na risada. Ela era também uma ótima contadora de histórias.”

Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça

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Luísa. Teve uma gripe muito forte, que se tornou pneumonia. Então, a levaram cedo de ambulância para Goiânia e, no mesmo dia, 10 de abril de 1985, às 23h, morreu. Todos os filhos foram a Goiás e após o funeral ficaram organizando as coisas e procurando os papéis espalhados pela casa. “Havia escritos no meio dos livros, nas gavetas da cozinha, entre jornais velhos. Encontramos também dinheiro sem valor. Ela ficava sentadinha ali na sala e chegavam as pessoas para comprar livros ou doces. Ela pegava o dinheiro, colocava dentro do jornal e esquecia”, lembrou a filha. A neta, Célia Bretas Tahan, que hoje é jornalista e mora em Palmas (TO) teve a alegria de ser inspiradora de uma das histórias da vovó. “Uma vez, ela foi à minha casa em Anápolis e viu a Célia brincar com terra. Então, minha mãe, conversando com a crian-

rdes Enfeitei de folhas ulveo a pedra de meu túm num simbolismo de vida vegetal. Não morre aquele que deixou na terra ntico a melodia de seu câ rsos. na música de seus ve

Cora Coralina, publicado em ‘Meu livro de cordel’


14 | Reportagem | Projeto de lei está em análise no Congresso Nacional e divide opiniões de magistrados, sindicalistas e empresários

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PL 4330/04: terceirizações sem limites é o problema Agência Senado

Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com

Mais um capítulo no desenrolar do projeto de lei sobre as terceirizações – PL 4330/04. Na quartafeira, 8, por 324 votos a favor, 137 contrários e duas abstenções, foi aprovado o texto principal do PL que regulamenta os contratos de terceirização. Na edição 3045 – de 1ª a 7 de abril –, O SÃO PAULO apresentou uma reportagem sobre o tema das terceirizações, mostrando o olhar jurídico sobre a matéria, além das visões do autor do projeto - o empresário Sandro Mabel - e das centrais sindicais. Com a manobra da Câmara dos Deputados de aprovar o texto em caráter de urgência – proposta votada na terça-feira, 7 – o projeto não precisou passar pelas comissões e pôde ser votado no dia seguinte, sendo aprovado. Propostas de destaques (alterações do texto) puderam ser apresentadas e votadas na terça-feira, 14. Agora, o texto segue para a análise do Senado e depois para a presidente Dilma Rousseff. Criticada por centrais sindicais e defendida por empresários, a proposta permite que empresas terceirizem a mão de obra para exercer qualquer função. Atualmente, esse tipo de contratação é permitida apenas para a chamada atividade-meio, e não atividade-fim da empresa. Ou seja, uma universidade particular, por exemplo, pode terceirizar serviços de limpeza e segurança, mas não contratar professores terceirizados. Na esteira das manifestações após aprovação do PL, diversas entidades expressaram repúdio ou apoio ao projeto. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em seu site, apresenta nove motivos pelos quais defende a tercei-

Após votação do PL 4330/04, diversos grupos da sociedade civil se unem para amenizar efeitos da terceirização

rização. “O texto do PL 4330 não rasga a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Pelo contrário, a proposta oferece regras claras para regular o que já existe no Brasil e no mundo. Precário é como está hoje, sem uma lei que equilibre o estímulo ao desenvolvimento da economia com a devida proteção ao trabalhador”, afirma a entidade. Já para Guilherme Feliciano, diretor de prerrogativas e assuntos jurídicos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a aprovação dessa lei abrirá um preceden-

te para que uma escola não tenha mais professor e um hospital não tenha mais médicos e enfermeiros. Na visão da Anamatra, entre os problemas que tem o PL, um dos principais são as terceirizações irrestritas, que podem gerar quarteirizações. Na visão de Guilherme, o entendimento judicial que existe há cerca de 20 anos no Brasil – com a súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho – já trazia entendimento jurídico sobre o assunto. “Substituir um paradigma de legalidade, que bem ou mal estava

construído pela jurisprudência da Justiça do Trabalho já a partir de decisões que se consolidaram há 20 anos - que é mais ou menos o tempo da súmula 331 -, por um outro que o projeto de lei introduz e que o Brasil desconhece, é um risco. Nunca foi da nossa tradição jurídica [esse entendimento] que está sendo importado de alguns modelos europeus, particularmente do italiano, e na Itália esse modelo recebe crítica e agora, no Brasil, teremos que construir uma jurisprudência em torno desse paradigma começando do zero”,

afirmou o representante da Anamatra. Guilherme destaca que o PL, tal qual como está, não será bom para ninguém e até mesmo aos mais desatentos, que acreditam não serem afetados pelo projeto. Ele alerta que a sociedade “pagará mais caro por isso, quem consome serviço vai pagar mais caro por isso. Daqui há uns anos, vamos pegar um avião e não saberemos se o piloto que está na cabine é um empregado da companhia que escolhemos, da empresa prestadora de serviço contratada por essa companhia ou se é empregado de uma terceira ou quarta empresa contratada pela empresa de prestação de serviço contratada pela companhia”. Com essa mesma visão, o presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Carlos Eduardo de Azevedo Lima, destacou que mesmo não sendo declarado, o PL 4330 representa “uma reforma trabalhista”, sendo que a “terceirização sem limite” é o seu maior problema. “O trabalhador terceirizado tem condições mais precárias em todos os aspectos, ele se acidenta mais, ele morre mais, ele trabalha mais, ele ganha menos, tem uma rotatividade maior, é tratado como descartável e com esse projeto ele vai se generalizar”, destacou.

Pastoral Operária se manifesta contra PL 4330 Em moção enviada à redação do O SÃO PAULO, a Pastoral Operária (PO) da Arquidiocese de São Paulo se manifestou contrária à aprovação do projeto de lei, que na visão da PO é um “ataque aos históricos direitos conquistados e, muitos deles, reconhecidos pela Constituição Brasileira e pela CLT”. Leia a íntegra:

“Nenhum Trabalhador sem Direitos – Papa Francisco”

A Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo vem a público manifestar seu repúdio às ações orquestradas, inclusive, dentro do poder legislativo, de ataques aos históricos direitos conquistados e, muitos deles, reconhecidos pela Constituição Brasileira e pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Por isso, apoiamos as iniciativas dos

movimentos sindical e popular na organização de uma jornada para barrar tais ataques, inclusive com paralisações e manifestações pelo país inteiro. Incentivamos que todos os cristãos e cristãs, em sintonia com o sagrado direito à vida, onde o trabalho é “a chave da questão social”, como afirmou o Papa João Paulo II”, manifestem e se solidarizem com este árduo momento da classe trabalhadora brasileira.


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| Entrevista | 15

Com a Palavra Rosângela Dobre Manteigas

‘O pior que ainda persiste é o fatalismo, o pensamento que acompanha a palavra câncer’ Arquivo pessoal

Henrique Sebastião Especial para O SÃO PAULO

Casada e mãe de dois filhos, Rosângela Dobre Manteigas, 50, é voluntária da Ação Solidária Contra o Câncer Infantil e idealizadora do projeto Viva a Vida, criado para apoiar e ouvir pacientes internados e acompanhantes, promovendo atividades de lazer e entretenimento nas enfermarias. Nesta entrevista ao O SÃO PAULO, Rosângela detalha como é estruturado o projeto e comenta sobre os avanços no tratamento do câncer infantil no Brasil. “O nosso País detém todo o domínio técnico para o tratamento do câncer e, em muitas áreas, situa-se na vanguarda das pesquisas. Nosso grande desafio não é de ordem qualitativa, e sim quantitativa, isto é, tornar acessível a toda nossa população essas grandes conquistas”.

Existem medidas ou hábitos preventivos para prevenção do câncer infantil?

O que aprendi durante todos esses anos é que temos que estar atentos a sintomas simples. A criança ou adolescente não quer ficar doente, assim não vai ficar reclamando da mesma coisa sempre; então, se algum sintoma persistir, é procurar um médico e pedir avaliação. Sobretudo, não se deve ter medo de reconhecer o câncer e acreditar na cura. O diagnóstico precoce é a melhor maneira de enfrentar e resolver tudo. E como diria nosso querido Dr. Vicente Odone, especialista em câncer infantil diretor do ITACI, não ter, jamais, medo de enfrentar essa possibilidade.

O SÃO PAULO – Como se iniciou o projeto Viva a Vida?

Rosângela Manteigas - Para falar do Viva a Vida, primeiro tenho que falar da Ação Solidária Contra o Câncer Infantil (ASCCI), entidade filantrópica e sem fins lucrativos que tem por objetivo principal humanizar o tratamento do câncer infantil. A ASCCI foi criada por um grupo de pais que viam a necessidade de outras famílias, vindas de várias localidades do País, que não possuíam recursos financeiros. Sensibilizados, uniram-se por meio da dor, e assim nasceu a ASCCI, em meados de 1984. Todos os atendimentos, produtos e serviços prestados pela Associação são oferecidos a custo zero, desde os medicamentos quimioterápicos – principalmente os importados e de alto custo, encaminhamento para alojamentos, alimentação nutricional, cestas básicas, vestuário, transporte aéreo e terrestre, óbitos, transporte de exames laboratoriais e materiais médico-perecíveis e outros. Mas além do apoio material, há outro tipo de necessidade que precisa ser atendida. A ASCCI dá o seu carinho e sua solidariedade também na realização de atividades recreativas diárias, lazer e eventos especiais para os pacientes, com orientação, apoio psicológico, disponibilização da infraestrutura da sede para pacientes e acompanhantes. São 2.680 usuários cadastrados, entre crianças, adolescentes e adultos, provenientes de todo o Brasil e também da Argentina, Paraguai, Chile, Bolívia e da Guiana Inglesa. O projeto Viva a Vida é um grupo da Ação Solidária. O objetivo é a humanização hospitalar. Durante 2014, acompanhei um jovem chamado Gabriel Yudi, que ficou internado durante oito longos meses no ITACI (Instituto de Tratamento do

vanguarda das pesquisas. Nosso grande desafio não é de ordem qualitativa, e sim quantitativa, isto é, tornar acessível a toda nossa população essas grandes conquistas.

Quais as principais dificuldades no tratamento?

Câncer Infantil), onde trabalhamos mais efetivamente. Conversávamos com esse menino sobre qual seria a melhor forma de atendermos os pacientes e acompanhantes. Desse diálogo, o grupo foi projetado. Esse jovem dizia que o trabalho dos grupos voluntários se concentrava nas crianças, e que à noite e aos finais de semana o hospital não tinha vida nem cor. Assim, o projeto foi elaborado por ele, planejado por mim e autorizado por Darcy Carvalho e Lídia Freitas, que são a diretora e a presidente da Ação.

Quais as principais linhas de ação do projeto?

O principal é apoiar, ouvir e acalantar pacientes internados e acompanhantes, além de oferecer apoio, na escuta dos problemas e dos sentimentos. Os voluntários estão sempre atentos às necessidades dos usuários do Instituto, promovendo atividades de lazer nas enfermarias, para proporcionar momentos de entretenimento. Nossa meta é atender, sem a interferência de computadores e celulares. Assim, o voluntário é exaustivamente orientado a manter a conversa, o olhar, o acalanto.

Como é feito esse trabalho solidário? Quantas pessoas estão envolvidas?

O trabalho é dividido em três frentes: na brinquedoteca (atendimento recreativo, jogos interativos, roda da conversa etc); na área comum, com os familiares (ouvir, ouvir e ouvir) e nos quartos e isolamentos,

com atendimentos individuais (acompanhar, estar junto). Também somos responsáveis pela campanha de doação de sangue e medula óssea da Ação, que acontece sempre no mês de setembro. Este ano, será no dia 26. Algumas vezes, promovemos a realização de pequenos desejos dos pacientes em fases especiais. Somos um grupo que prima por envolver sem aparecer. Um grupo que através do silêncio atua a ampara. Temos 25 pessoas, e os atendimentos são sempre à noite e aos finais de semana. Costumo dizer que somos guiados por Deus para aqueles que precisam de maior apoio e atenção.

Qual o panorama atual do câncer infantil no Brasil?

O tratamento do câncer infantil é uma grande história de sucesso. Em sua imensa maioria, as formas de câncer infantil são disseminadas, isto é, acometem o organismo como um todo. Isso explica porque essa história de êxito começou junto com a da moderna era da quimioterapia, marcada pelas primeiras publicações do Dr. Farber, em 1948, que relatou as primeiras remissões. Passamos de uma perspectiva quase que inexoravelmente fatal a possibilidades que superam os 70%, com uma qualidade de vida que, muitas vezes, torna o sobrevivente do câncer infantil indistinguível daqueles que não passaram por essa vicissitude. O nosso País detém todo o domínio técnico para o tratamento do câncer e, em muitas áreas, situa-se na

Embora essa questão seja mais apropriada a um especialista, o pior que ainda persiste, em minha opinião, é o fatalismo, o pensamento fatalista que acompanha a palavra “câncer”. Isso vem acompanhado de tanto medo que não nos deixar entender que podemos vencê-lo. Acreditar é a melhor maneira de enfrentar, e a luta vale a pena.

Como a família e a sociedade podem colaborar no combate e tratamento ao câncer infantil?

São várias as maneiras, uma das mais importantes é a doação de sangue e medula óssea, fundamentais para quem tem câncer, e são itens que não se compra... Só o amor ao próximo é responsável por essa doação. No caso da Ação Solidária Contra o Câncer Infantil, todos podem ajudar através de doações de itens para cesta básica, leite, no geral alimentos não perecíveis. Temos um bazar permanente na rua Oscar Freire e aceitamos roupas, sapatos, bijuterias, apoio em nossas campanhas e divulgação do nosso trabalho. O mais importante, porém, é a divulgação de que o câncer tem cura, e viva a vida! Todos os dias, acredite que nada é por acaso, nem mesmo essa leitura, que você está tendo a oportunidade de fazer agora, é por acaso... Nem uma folha cai sem o sublime olhar de Deus! Ação Solidária Contra o Câncer Infantil – ASCCI Rua Oscar Freire, 1990 05409-011 - Pinheiros - SP Fone: (011) 3083-7034 Site: www.acaosolidaria.org.br E-mail: acao.solidaria@terra.com.br


16 | Fé e Cultura |

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Filipe David

osaopaulo@uol.com.br Divulgação

Dica de leitura

Bernadette Soubirous Bernadette Soubirous conta duas histórias: a da aparição da Virgem Maria em Lourdes, na França, em 1858, e a da garota camponesa de apenas 14 anos – criada na pobreza e analfabeta – para a qual Nossa Senhora apareceu. É também a história da vida oculta de Bernadette como uma freira comum no seu convento em Nevers, onde ela alcançou o ápice da santidade. Sua infância e vida familiar, bem como seu caráter – honesta, inteligente e direta – são descritos com maestria. O livro conta em detalhes sua descrição de Nossa Senhora, os eventos em torno das 18 aparições, a oposição das autoridades civis e os milagres de Lourdes. Santa Bernadette padeceu muito no corpo e na alma em sua vida como freira. A Virgem Maria lhe disse aos 14 anos: “Não te prometo a felicidade neste mundo, mas no próximo”. A promessa seria

cumprida 20 anos depois, quando a Santa morreu, com apenas 35 anos. Na morte, ela parecia jovem e bela, apesar de todo o tormento da doença que sofreu e, quando seu corpo foi exumado, 30 anos depois, permanecia incorrupto. A partir de uma grande riqueza de informações, compiladas durante a vida da Santa, e citando suas próprias palavras, bem como de seus familiares e amigos, de suas irmãs no convento e dos sacerdotes e bispos de Lourdes, o Padre Trochu apresenta não apenas um relato autêntico, mas também apaixonante. Seu trabalho é uma obra-prima em matéria de biografia de santos, com uma qualidade raramente superada. Ler este livro é testemunhar o desenrolar glorioso da história de Lourdes – com a declaração de Nossa Senhora: “Eu sou a Imaculada Conceição”, seguida de inúmeras curas miraculosas na famosa gruta, Massabielle, que con-

Teatro Morre a maior especialista brasileira em Shakespeare

tinuam até hoje. É também assistir à vida de Santa Bernadette quando criança na época das aparições, aos seus anos ocultos de luta e fidelidade, e à magnífica glória de sua santidade que culminou com sua canonização. Sem dúvida, este é o melhor livro escrito sobre Lourdes e Santa Bernadette! Ficha técnica: Autor: Francis Trochu Páginas: 512 Editora: Cultor de Livros

Faleceu na sexta-feira, 10, aos 91 anos, Barbara Heliodora, a maior autoridade brasileira em Shakespeare. Tradutora, pesquisadora e uma temível crítica teatral, Barbara era apaixonada pela obra de William Shakespeare (1564-1616), considerado por muitos o maior dramaturgo de todos os tempos e o maior escritor de língua inglesa da história. Autora de “Por que ler Shakespeare” (2007, Editora Globo) e “Falando de Shakespeare” (2004, Editora Perspectiva), Barbara afirmou em uma entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, em 2012: “A variedade de temas e gêneros abrangida pela obra dramática de Shakespeare é tão grande que surpreende que ela tenha sido realizada por um só homem”. A notícia entristeceu o meio artístico. Barbara deixa três filhas. Muitos amigos e atores compareceram ao seu velório no sábado, 11. Para mais informações sobre Barbara Heliodora, há um artigo escrito em 2005 por Bruno Garschagen disponível na internet: www.brunogarschagen. com/2005/06/o-critico-enquanto-pensador-ou-barbara.html.


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Por um lugar nas piscinas do mundo Satiro Sodré/Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos

Troféu Maria Lenk, encerrado no sábado, 11, definiu parte dos representantes brasileiros em competições internacionais

Esperanças na natação feminina

Daniel Gomes

danielgomes.jornalista@gmail.com

Pan de Toronto, em julho; Mundial de Desportos Aquáticos, em Kazan, em agosto; e Mundial Júnior de Natação, em Cingapura, em setembro. A agenda para a natação brasileira será intensa no segundo semestre e os nomes dos representantes do País para essas competições começaram a ser definidos no Campeonato Brasileiro de Natação – Troféu Maria Lenk, encerrado no sábado, 11, no Rio de Janeiro. Com limite de dois nadadores por prova nos dois mundiais, 21 atletas estão garantidos para irem a Kazan e 13 para Cingapura. Para o Pan de Toronto, não há marcas estabelecidas e a delegação brasileira deve ser formada pelos que têm os melhores índices técnicos em cada prova.

Hegemonias e surpresas

No Troféu Maria Lenk alguns nadadores confirmaram a boa fase. Leonardo de Deus estabeleceu o novo recorde sul-americano dos 400 metros livre - 3min49s62 – e fez o melhor tempo do ano nos 200 metros borboleta – 1min55s19; enquanto Thiago Pereira, medalhista de prata em Londres 2012, assegurou lugar nas provas de 200 metros peito, 100 metros borboleta, 200 metros medley e 400 metros medley no Mundial e garantiu que estará no Pan, competição

dial de Kazan, então faz parte que tenham nadado um pouco acima do tempo que haviam alcançado. Nessa época de treinamento, o trabalho é de muita intensidade, o corpo fica cansado e eles não conseguem chegar ao melhor resultado”.

No Troféu Maria Lenk, 21 nadadores, entre os quais Brandonn, garantem vaga para o Mundial

que já lhe rendeu 12 medalhas de ouro. Aos 18 anos, Brandonn Almeida foi a revelação do campeonato. Além de assegurar lugar para quatro provas do Mundial Júnior, o atleta alcançou índices para o Mundial Adulto nos 1.500 metros livre e nos 400 metros medley. “Agora é treinar, treinar, treinar e representar muito bem o Brasil. Vou sentar com o meu técnico pra traçar as metas, mas a minha vontade é ir para os dois mundiais”, declarou Brandonn. O nadador também tem chances de participar do Pan de Toronto, mas a decisão será da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Pan sem Cesar Cielo?

O desempenho do campeão olímpico Cesar Cielo no Maria Lenk foi abaixo do esperado. Ele foi superado por Matheus Santana, nos 100 metros livre, por Nicholas Santos, nos 50 metros borboleta, e por Bruno Fratus, nos 50 metros livre, que ao nadar

em 21s74 fez o segundo melhor tempo do mundo em 2015, inferior aos 21s40 que alcançou em dezembro. “Tem bastante coisa que preciso melhorar. É terminar esta competição e ver o que preciso fazer pra voltar a forma em que estava no ano passado. Eu provavelmente vou só para o Mundial”, disse Cielo durante o campeonato. Para Ricardo de Moura, 63, superintendente executivo da CBDA, a possível ausência de Cielo no Pan não deve prejudicar o desempenho do Brasil. “Todo bom nadador faz falta a uma delegação, e com o Cielo não seria diferente. O Brasil possui hoje grandes nadadores nas mesmas provas, que podem perfeitamente preencher a lacuna”, garantiu ao O SÃO PAULO. Na avaliação de Thiago Ferreira, 35, supervisor técnico do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa de São Paulo, o desempenho inferior de Fratus e Cielo em relação ao alcançado em dezembro é compreensível. “Eles estão se focando no Mun-

O Pinheiros, campeão geral do Troféu Maria Lenk, estabeleceu o novo recorde sul-americano do revezamento 4x200 metros livre feminino: Joanna Maranhão, Manuella Lyrio, Gabriele Roncatto e Larissa Oliveira nadaram em 8min03s22. Larissa Oliveira, nos 200 metros livre, fixou o novo recorde sul-americano - 1min58s53 - e Etiene Medeiros, nos 50 metros costa, alcançou o melhor tempo do mundo em 2015, com 27s38. Ela nadará os 50 metros livre e os 50 metros costa em Kazan. “Temos muita expectativa com a Etiene nos 50 metros costa”, disse Ricardo de Moura sobre as chances da nadadora no Mundial. “A Etiene deve alcançar medalhas no Pan, mas no Mundial está um pouco longe ainda”, considerou Thiago Ferreira.

AGENDA ESPORTIVA QUINTA-FEIRA (16) Libertadores da América de Futebol 22h – Corinthians x San Lorenzo (Arena Corinthians) DOMINGO (19) Circuito Popular de Corrida de Rua 7h – Etapa da Cidade Tiradentes (Parque do Rodeio - rua Igarapé da Bela Aurora, s/nº). Paulistão de Futebol - Semifinal 16h – Corinthians x Palmeiras (Arena Corinthians)


18 | Regiões Episcopais |

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Brasilândia

Padre Cilto Rosembach e Juçara Terezinha Colaboração especial para a Região

Para dinamizar e animar a ação das CEBs As Comunidades Eclesiais de Base da Região Episcopal Brasilândia realizaram no sábado, 11, na Paróquia Santos Apóstolos, no Jardim Maracanã, a Assembleia Regional, com a presença de aproximadamente 30 lideranças das comunidades e de grupos de rua, para um momento de reflexão, estudo e apontamentos de

propostas para o trabalho das CEBs. O objetivo foi o de fazer memória das lutas e conquistas em 2014, com destaque para celebrações, eventos regionais e a presença no 13º Intereclesial das CEBs, que aconteceu em Juazeiro do Norte (CE). A Assembleia teve como roteiro metodológico o Oficio Divino das

Comunidades. Durante toda a tarde, a partir da religiosidade, foram apontados novos encaminhamentos com o propósito de dinamizar, animar e fortalecer a caminhada das comunidades e lideranças. Os temas apontados pelos grupos de trabalho contemplam os seguintes eixos: Formação, Revitalizar e Rejuve-

Como a Igreja entende a comunicação? No sábado, 18, das 9h às 12h, a Pastoral da Comunicação da Região Brasilândia realizará um momento de estudo sobre o Diretório de Comunicação da Igreja do Brasil, Documento 99 da CNBB, na Paróquia São José, de Perus (rua João Jacinto de Mendonça 134, Vila Operária). O Diretório de Comunicação da Igreja do Brasil, Documento 99 da CNBB, desafia os agentes de pastoral para uma atualização diante da realidade do mundo em mudanças e das novas mídias. Esse documento apresenta de forma objetiva os princípios norteadores para a comunicação na Igreja, bem como algumas sugestões para uma possível prática comunicacional. Daí a necessidade de conhecê-lo, porque é urgente colocar em prática uma comunicação com a metodologia princípios da Igreja.

AGENDA REGIONAL Sexta-feira (17), 20h

Reunião da Pastoral Operária, na Comunidade Sant’Ana - Área Pastoral Nossa Senhora e Sant´Ana (rua Herman Rechter, 26, na Vila Penteado).

Sábado (18)

9h - Reunião do Comidi, na Comunidade Santo Antônio de Taipas (estrada de Taipas, 4.070, Jardim Rincão). 9h - Reunião da Equipe Regional da Pastoral Vocacional, na Paróquia Santa Rita de Cássia (rua João Melo Câmara, 47, na Vila Progresso).

O Documento 99 tem como base quatro eixos: Formação, Articulação, Produção e Espiritualidade. Também aborda a situação da comunicação e a Igreja no mundo em mudanças. “A comunicação tem como objetivo primordial criar comunhão, estabelecer vínculo de relações, promover o bem comum, o serviço e o diálogo na comunidade” (DC, nº. 13). O Diretório é destinado aos responsáveis que atuam na comunicação eclesial e nas relações com a sociedade. O texto oferece ainda conteúdos com referenciais comunicacionais, sociológicos, éticos, políticos, teológicos e pastorais. O Documento está organizado em dez capítulos, que tratam dos diferentes conteúdos da comunicação, são eles: Comunicação e Igreja no mundo em mudanças; Teologia da Comunicação; Comunicação e vivência da fé; Ética e Comunicação; O protagonismo dos leigos na comunicação evangelizadora; A Igreja e mídia; Igreja e mídias digitais; Políticas de comunicação; Educar para comunicação; Comunicação na Igreja: a atuação da Pascom. Em cada capítulo, além das reflexões apresentadas, são oferecidas pistas de ação para a formação, articulação, produção e espiritualidade da comunicação. Saiba mais detalhes sobre o dia de estudos do Documento 99, através do e-mail pascombrasilandia@uol.com.br ou pelo telefone 3924-0020.

nescer; Grupos de Rua e Espiritualidade: Mística e Religiosidade Popular. Também foi reafirmado que durante este ano será construído de maneira coletiva um processo para indicação de novas lideranças ou a confirmação da representação da Brasilândia nas instâncias da qual as CEBs fazem parte.

Jornada Regional da Juventude 2015

Divulgação

Uma tarde para celebrar as alegrias, as angústias, os desafios, as vitórias e preocupações da juventude. Assim será a Jornada Regional da Juventude, no domingo, 26, às 14h, na Missão Mensagem de Paz (avenida

Belém

Paula Ferreira, 3.715, ao lado da estação Pirituba da CPTM e próximo ao terminal de ônibus). A iluminação bíblica do encontro será “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).

Tiago Dias Alves dos Santos

Colaboração especial para a Região

Ano da Vida Consagrada deve ser vivido por toda a Igreja O bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, Dom Edmar Peron, participou no domingo, 12, no Centro Pastoral São José, do encontro regular dos religiosos (as) consagrados (as) que atuam na Região. Dom Edmar falou sobre a carta que o Papa Francisco escreveu pelo Ano da Vida Consagrada, que deve ser vivenciado não só pelos consagrados, mas por toda Igreja, a fim de que o povo de Deus

entenda melhor sobre o dom da vida religiosa consagrada. O documento, segundo o Bispo, convida a partilhar esperanças por meio de um processo de reestruturação para melhor responder à vida e missão na Congregação; a partir de eventos como o Congresso da Vida Religiosa, em Aparecida; e também através de ações, uma vez que todos podem ser missionários, e as irmãs jovens têm condições de assumir os trabalhos, dando

vida aos seus carismas. Também foi recordado o envio de uma religiosa para missão no Haiti e a presença dos missionários na periferia. Dom Edmar refletiu, ainda, que na juventude alguns consagrados acham que vão mudar tudo na Congregação. Depois de alguns anos, reconsideram que juntos à comunidade poderão fazer todas as mudanças, e somente depois veem que é Deus quem muda tudo.

Fábio Gomes

Dom Edmar conduz encontro com religiosos consagrados no Belém


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| Regiões Episcopais | 19

Lapa

Benigno Naveira

Colaborador de comunicação da Região

30 anos depois, órgão de tubos volta a ressoar na Paróquia São João Maria Vianney

Fotos: AR Produções e Fotografias

Na Paróquia São João Maria Vianney, Dom Julio Endi Akamine abençoa altar e reinaugura órgão de tubos, em solenidade com apresentação do maestro José Darulhes

Com a bênção de Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, os fiéis da Paróquia São João Maria Vianney, no Setor Lapa, acompanharam, na Quinta-feira Santa, 2, a entrega oficial do órgão de tubos, restaurado após ficar 30 anos inoperante.

Na oportunidade, o Bispo também fez a bênção dos altares laterais e do novo altar central, feito em cedro e folhado a ouro, esculpido em estilo barroco mineiro, combinando com o conjunto de madeira do presbitério. Houve também a bênção do novo ambão, feito em ateliê mineiro.

Após proferir as bênçãos, Dom Julio presidiu a missa, concelebrada pelo Padre Raimundo Rosimar Vieira da Silva, pároco. O Bispo, lembrando o tema da CF deste ano e no contexto da Semana Santa, lavou os pés de leigos que servem à comunidade nos serviços pastorais.

Ao término da celebração, o maestro José Darulhes tocou a música composta por ele em homenagem ao lema de ordenação episcopal de Dom Julio, “Não vos cansei de fazer o bem”. O Padre Raimundo lembrou que aquele era um momento de júbilo para a comunidade.

Oração e iniciação à vida cristã são temas de Semana Catequética A equipe da Animação Bíblico-catequética da Região Episcopal Lapa e o Padre José Pedro Batista, coordenador do Setor Pirituba, organizaram mais uma edição da Semana Catequética setorial, com assessoria de Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região. A primeira Semana Catequética aconteceu de 10 a

13 de março, na Paróquia Nossa Senhora dos Pobres, reunindo os setores Butantã e Rio Pequeno. Entre os dias 7 e 10 de abril, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, aconteceu a segunda edição da Semana, somente com o Setor Pirituba, reunindo mais de 130 fiéis. Na sexta-feira, 10, a reportagem da Pastoral da Comunicação regional acompanhou o encon-

tro. Dom Julio fez uma retrospectiva dos dias anteriores e refletiu sobre o tema escolhido para o estudo “A oração e a iniciação à vida cristã”. O próximo encontro da semana catequética setorial acontecerá entre 5 e 8 de maio, na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, reunindo os setores Lapa e Leopoldina.

CF 2015 inspira retiro regional da Pastoral da Saúde No sábado, 11, 140 agentes da Pastoral da Saúde da Região Lapa participaram de um retiro espiritual, realizado na Congregação das Irmãs de Jesus Bom Pastor (Pastorinhas), à luz do tema CF 2015, “Fraternidade Igreja e Sociedade” e o lema “Eu vim para servir”. Na abertura das atividades, na Igreja Maria do Bom Pastor, a coordenadora

regional da Pastoral, Maria Izabel da Silva Guimarães, cumprimentou a todos e apresentou o Padre João Carlos Borges como novo coordenador regional da Pastoral da Saúde, que manifestou sua alegria com a presença de todos. Em seguida, no auditório da Congregação, foram realizadas palestras com o Padre João Inácio Mildner,

coordenador arquidiocesano da Pastoral da Saúde, que refletiu sobre o Evangelho de João; e com Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região, que fez uma reflexão sobre o livro de Jó. O Bispo presidiu, ainda, a missa de encerramento do retiro, concelebrada pelos padres João Carlos Borges e Jorge Rocha Pierozan, vigário geral regional.

Dom Julio preside missa durante retiro da Pastoral da Saúde, dia 11

Para recordar, ouvir e dançar músicas dos anos dourados Benigno Naveira

Jantar dançante anima paroquianos

Na noite de sábado, 11, na Paróquia São João Batista aconteceu um jantar beneficente, com música ao vivo do conjunto “Anonimatos”, composto por paroquianos. O jantar teve início com a bênção dos alimentos, feita pelo Padre Donizete Fiel Rolim de Oliveira, pároco. Depois, todos os convidados puderam recordar na pista de dança as músicas que fizeram sucesso nos anos dourados – décadas de 60, 70 e 80. Conforme apurou a reportagem da Pastoral da Comunicação regional, a festa surgiu em 2010, quando o

Padre Donizete ficou sabendo que no início da década de 1940 existia um baile de “Aleluia” na Paróquia. Era um festejo dos paroquianos depois de

celebrarem a Páscoa. O Padre, então, resgatou tal tradição, fazendo que a festa aconteça anualmente no sábado seguinte à Páscoa.

Errata Diferentemente do publicado na edição 3044, na reportagem “São José: modelo a ser imitado pelos pais”, a celebração mencionada no texto referia-se aos 65 anos da Fundação da Sociedade Joseleitos de Cristo e não “Joselitos de Cristo” como foi escrito.

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20 | Regiões Episcopais |

Santana

15 a 22 de abril de 2015 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

Diácono Francisco Gonçalves e Alisson Alves Colaboradores de comunicação da Região

Vida em abundância para todas as crianças Diácono Francisco Gonçalves

A cada mês, Pastoral da Criança reúne coordenadores para planejar ações na Região Santana

Todos os meses, no segundo sábado, a Pastoral da Criança da Região Episcopal Santana reúne os coordenadores e coordenadoras das 36 paróquias onde atua para avaliar e refletir as suas ações. “Procuramos juntos, sempre focados na missão da Pastoral da Criança, à luz

do Evangelho de Jesus, ‘levar vida em abundância a todas as crianças’, animar a caminhada da Pastoral, quer nas visitas mensais às famílias pelo líder; quer na celebração da vida, dia em que nas comunidades pesam-se as crianças, observa-se o desenvolvimento delas com base no cartão da criança

que contém o gráfico de seu crescimento. O foco é a obesidade, a orientação vai para as mães, que são orientadas para que ofereçam alimentos saudáveis para os filhos. É muito importante acompanhar as crianças até os 2 anos de idade, fase em que acontece um maior número de mortalidade infantil”, diz

Arlete Della Coletta Agostinho, coordenadora da Pastoral da Criança da Região Santana. Outra tarefa da pastoral é acompanhar as gestantes para que façam pré-natal, tenham altura uterina medida - o que não acontece com frequência no serviço de saúde pública - e que se alimentem saudavelmente. O líder deve buscar as gestantes da sua comunidade e cadastrá-las para fornecer mensalmente os “Laços de Amor”, que são cartelas de orientação para a gestante dentro do mês de gestação. “Estamos também capacitando os membros da Pastoral para serem articuladores de saúde, cuja função é visitar as Unidades Básicas de Saúde (UBS), Conselhos de Saúde do Município, AMA (Assistência Médica Ambulatorial), e Conselho Estadual de Saúde. Os articuladores estudam as mortes

Um dia para refletir a espiritualidade da família No domingo, 12, na Cúria de Santana, as lideranças da Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Paulo tiveram um dia de espiritualidade, com assessoria do Padre Denilson Geraldo, professor Doutor da PUC-SP, campus Santana. O encontro abordou os temas “família na Bíblia” e “Sínodo da família”. “O dia de espiritualidade, além das palestras e reflexões, teve momentos de adoração ao Santíssimo,

Liturgia das horas com a hora média, e a reza do terço”, informaram Sivio e Ester Santos, casal coordenador da Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Paulo, que cuidaram da organização do evento. No encerramento da atividade, os membros da Pastoral Familiar se reuniram na Capela de São José, da Cúria de Santana, para a missa, presidida por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana.

de crianças, gestantes, idosos ou natimortos e promovem discussões. Na nossa Região, temos um articulador na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e São Matias, do Setor Mandaqui, e um na Paróquia São Benedito, do Setor Jaçanã. O ideal é que se tenha um articulador por ramo [paróquia]”, expressa Arlete. Duas capacitações para formação de novos líderes estão acontecendo na Região Santana: uma na Cúria Regional e outra na Paróquia Nossa Senhora da Penha, no Jardim Peri, com a participação de 30 pessoas. Nos dias 18 e 19, na Comunidade São Judas (rua das Andorinhas Migratórias, 66), da Paróquia Natividade do Senhor, ocorrerá a oficina “Hortas Caseiras e Alimentação”, ministrada por Irene Piva de Lima. As líderes que participarem irão, depois, repassar o conteúdo aprendido e incentivar as mães. Pastoral Familiar

Dom Sergio com participantes do encontro de espiritualidade da Pastoral Familiar

Paroquianos do Parque Edu Chaves encenam a Paixão de Cristo Bruno Macedo

Como acontece tradicionalmente às sextas-feiras santas, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Setor Medeiros, realizou, no dia 3, a encenação da Paixão de Cristo, na praça Comandante Eduardo de Oliveira, no Parque Edu Chaves.

Vida

Saudável

AJUDA PSICOTERAPÊUTICA

Você pode viver bem, ter vida saudável melhorando seu modo de ver a si mesmo, os outros e o mundo. É isso que os médicos, Dr. Bruno e Dr. José, se propõem a fazer com você. Os interessados devem comparecer todas as quartas-feiras, às 14h30, nas instalações das paróquias:

Nossa Senhora da Assunção e São Paulo Pessoal Nipo-Brasileira de São Gonçalo Praça João Mendes 108, Tels. 3106-8110 e 3106-8119

Jovens encenam a Paixão de Cristo no bairro Parque Edu Chaves, no dia 3

O projeto, conduzido por Alisson Alves, recebeu direção musical de Ademário Mascarenhas, direção

de elenco de Bruno César, assistência de produção de Bruno Motta, supervisão técnica de Rogério

e Rafael Emerenciano e apoio da Cia. IndustriArte de Teatro. Mais de 60 voluntários estiveram envolvidos entre atores, músicos, corpo de baile, equipe técnica, montagem cenografia e figurinos. Toda a estrutura - palco, tenda de sonoplastia e iluminação, camarins, tela de projeção de sombras e a cruz – foi montada na noite da Quinta-feira Santa. Os momentos finais da vida de Cristo foram levados ao palco em 50 minutos, antes da procissão do Senhor morto. A agonia no deserto, a chegada em Jerusalém, a última ceia e o julgamento do Messias ganharam vida após intensa preparação desde o começo do ano.


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| Regiões Episcopais | 21

Fernando Geronazzo

Colaborador de Comunicação na Região

Divina Misericórdia: da Polônia ao Brasil A comunidade católica polonesa de São Paulo e demais devotos celebraram a Festa da Divina Misericórdia no domingo, 12, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no Bom Retiro. A missa foi presidida por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Sé. Local onde mensalmente os fiéis da Capelania Polonesa se reúnem para missas no seu idioma materno, a Paróquia acolheu os devotos da Divina Misericórdia para a festa instituída em 2000 pelo também polonês São João Paulo II, e comemorada sempre no 2º Domingo da Páscoa. A Divina Misericórdia tem sua origem na Polônia e se deve a Santa Faustina Kowalska, religiosa que, em seu diário, relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao mundo a sua misericórdia. Segundo a devoção, Jesus, em suas aparições, mandou que pintassem um quadro que retratasse sua misericórdia, que deu origem à imagem mundialmente conhecida. Também faz parte dessa devoção o Terço de Misericórdia, pelo

Fernando Geronazzo

qual se invoca a misericórdia Divina por intermédio da Paixão de Cristo, recitado geralmente às 15h, horário da morte de Jesus na cruz.

‘Estamos dispostos a viver em só coração é uma só alma?’

Na homilia da missa, Dom Eduardo chamou a atenção para o fato de que a Divina Misericórdia deve ir além de uma devoção, mas que deve transformar o coração humano. “O amor do coração de Deus, se derramando por todos nós, nos convida a entregar também nossa vida por amor”, disse. Partindo do gesto supremo de Jesus ao entregar sua vida por amor, o Bispo indagou: “Estamos preparados para viver esse amor? Queremos viver esse amor?”. Ao citar a primeira leitura proclamada na missa, do Livro dos Atos dos Apóstolos, que narra que a comunidade dos primeiros cristãos “era um só coração, é uma só alma”, Dom Eduardo salientou que essa comunidade não ressaltava as diferenças existentes em seus membros, mas que muitas vezes são colocadas em destaque pelos cristãos

Dom Eduardo preside missa na Festa da Divina Misericórdia na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora

da atualidade. “Essas diferenças que nós ressaltamos muitas vezes nos impedem de viver a misericórdia. Deus ama o ser humano e pronto. Estamos dispostos a viver em só coração é uma só alma?” Ainda de acordo com o Bispo, celebrar a misericórdia do coração de Jesus é celebrar a disposição de cada um ir ao encontro daqueles que sofrem e pelos quais Cristo deu a vida.

Devoção no Brasil

A empresária aposentada Sulamit Pedrassoli, 66, foi quem começou a organizar essas missas anuais da Festa da Divina Misericórdia

há mais de 15 anos. “Recebi muitas graças de Jesus Misericordioso e por isso senti a necessidade de propagar essa devoção”, explicou, contando que, no início, as missas aconteciam em outras paróquias até se fixar no Bom Retiro por ser onde a comunidade polonesa se reúne. Sulamit relatou que no Diário de Santa Faustina, o próprio Jesus afirma sua afeição pelo povo polonês e diz: “Dela [Polônia] sairá a centelha que prepara o mundo para minha vinda derradeira”. “Nossa missão é desempenhada em sintonia com o Santuário de Divina Misericórdia de Curitiba (PR), onde há uma comunidade

polonesa forte, para que o conteúdo original da devoção não se perca”, explicou a empresária. Para a polonesa Gertruda Bak Ciesieslski, 65, a espiritualidade da Divina Misericórdia é muito profunda. “Eu sempre procuro tornar a devoção conhecida, principalmente depois de conhecermos o trabalho da Sulamit”, conta. “Na Polônia, a devoção é muito forte, ainda mais depois que o Papa João Paulo II a propagou para o mundo”, contou a polonesa que mora há 47 anos no Brasil, lembrando que essa é a primeira festa da Divina Misericórdia depois da canonização do Pontífice polaco, orgulho do país.

Ipiranga

Francisco David

Colaborador de comunicação da Região

Dom José Roberto: A vida é um presente que brota de Deus Fotos: Renata Quito

Missa na Paróquia Imaculada Conceição marca aniversário de 50 anos de Dom José Roberto, dia 9

Na quinta-feira, 9, Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a missa em comemoração aos seus 50 anos de vida, que foi concelebrada por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé. A missa aconteceu na Pa-

róquia Imaculada Conceição e contou com a presença de padres, diáconos e grande número de fiéis. Na homilia, Dom José Roberto ressaltou a importância da fé, citando Padre Leonel Franca, jesuíta, um dos fundadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), que

em sua tese de doutorado fala sobre as dimensões psicológicas da fé. “Para entender a dimensão intelectual da fé é preciso escutar o que a Igreja diz sobre ela, para se ter uma fé madura, sensata, equilibrada. Além disso, é necessário estudar e conhecer a doutrina. A fé envolve toda a nossa vida

e o nosso ser. Com a emoção e o carinho de Deus por nós, se dá a dimensão afetiva da fé e a dimensão comportamental da fé, que é, sobretudo, o nosso testemunho de vida”, afirmou o Bispo, que também exortou os fiéis para que não se percam no pecado da fofoca: “A Igreja não pode ser definida como ‘antro de fofoca’ e sim como lugar da vida fraterna e comunitária.” Agradecendo a Deus pelos 50 anos de vida, Dom José Roberto relembrou seus pais, irmãos e amigos. “Deus é vivente e a vida é um presente que brota do coração dele”. Ele ressaltou a importância do dom que é a vida: “Não existe vida inútil! Toda forma de vida é dom de Deus. O ser humano é fruto da ação criadora de Deus”; e termi-

nou dizendo: “É impossível ser verdadeiramente feliz fugindo de Deus. A imagem de Deus está expressa em todo o nosso ser”. Na ação de graças, Dom Eduardo, em nome do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, e dos outros bispos auxiliares, saudou Dom José Roberto pelo aniversário e agradeceu pela doação ao trabalho pastoral na Arquidiocese de São Paulo. Padre Pedro Luiz Amorim, coordenador de pastoral da Região Ipiranga, também deixou uma saudação do Bispo, e expressou agradecimentos aos antigos paroquianos de Dom José Roberto em São José dos Campos (SP), que foram à missa, após a qual houve uma recepção aos convidados.


22 | Balanço |

15 a 22 de abril de 2015 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE CNPJ 11.861.086/0001-63 – São Paulo - SP

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO

ATIVO

NOTA

2.014

CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa 4 DIREITOS REALIZÁVEIS Adiantamento a funcionários Adiantamento a fornecedores Convênios e subvenções 5 Outros direitos realizáveis

870.741

2.013 365.888

788.390

310.570

10.723 12.677 56.922 2.029

21.163 33.003 0 1.152

127.923 NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Poupança s./aluguéis 5.700 IMOBILIZADO 6 122.223

175.688 175.688

TOTAL DO ATIVO

541.576

82.351

998.664

55.318

PASSIVO

(240.504) PATRIMÔNIO LÍQUIDO Patrimônio Social (127.192) (Déficit) do período (113.312)

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

998.664

PERÍODO DE 01/JAN./2013 A 31/DEZ./2014 (Em Reais R$ 1)

CONTAS ESPECIFICAÇÕES

PATRIMÔNIO SOCIAL

SUPERÁVIT/ (DÉFICIT)

Incorporação ao Patrimônio Social

(45.573)

45.573

Incorporação ao Patrimônio Social

(100.723)

SALDOS EM 01/ JAN./2013

(Déficit) do Período SALDOS EM 31/ DEZ./2013 (Déficit) do Período SALDOS EM 31/ DEZ./2014

2.013

668.768

30.260 5.716 157.387 101.116 271.236 94.701 8.352 (127.192)

(26.469) (100.723) 541.576

DO PERÍODO 19.104 (45.573)

TOTAL GERAL (26.469)

0

0 (26.469)

(100.723) (100.723)

(100.723) (127.192)

0 (127.192)

(113.312) (113.312)

(113.312) (240.504)

100.723

0

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

0

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

NOTA 2.014 1.239.168 CIRCULANTE Fornecedores 8 71.406 Tributos a recolher 15.637 Obrigações com pessoal 9 183.961 Contribuições sociais a recolher 10 119.354 Direito de férias adquirido e encargos sociais 283.037 Parcerias e convênios 11 533.624 Outras obrigações 32.149

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(Em Reais R$ 1)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO (Em Reais R$ 1)

PERÍODO 01/JAN./2014 a 01/JAN./2013 a NOTA 31/DEZ./2014 31/DEZ./2013 RECEITA BRUTA 13 3.877.008 2.535.929 CUSTOS ASSISTENCIAIS (3.152.239) (2.391.154) Custo com projetos sociais e assistenciais 15 (3.152.239) (2.391.154) SUPERÁVIT BRUTO 724.769 144.775 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS

(838.081)

(245.498)

Despesas gerais e administrativas Receitas financeiras Despesas financeiras Outras receitas operacionais

(896.936)

(232.616)

(DÉFICIT) DO PERÍODO

(113.312)

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

4.645 (22.551) 76.761

3.832 (22.478) 5.764

(100.723)

(Em Reais R$ 1)

PERÍODO 01/JAN./2014 a 01/JAN./2013 a 31/DEZ./2014 31/DEZ./2013 FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (Déficit) do Período (113.312) (100.723) Ajustes: Baixa de bens do ativo imobilizado 47.399 0 Depreciação 41.502 37.442 Resultado líquido ajustado (24.411) (63.281) Variações: Adiantamentos a funcionários 10.440 7.265 Adiantamentos a fornecedores 20.326 (33.003) Convênios e subvenções (56.922) 0 Poupança s./aluguéis (5.700) 0 Outras variações ativas (877) 2.358 Fornecedores 41.146 (13.146) Tributos 9.921 1.865 Obrigações com pessoal 26.574 150.781 Encargos sociais 18.238 (48.502) Convênios 438.923 87.162 Direito de férias adquirido e encargos sociais 11.801 41.479 Outras variações passivas 23.797 (3.040) Caixa líquido proveniente das atividades operacionais

513.256 129.938

FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aplicações no ativo imobilizado (35.436) Caixa líquido usado nas atividades de investimento (35.436) VARIAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA No início do período No fim do período

477.820 477.820

310.570 788.390

(36.298) (36.298) 93.640 93.640

216.930 310.570

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis

do período findo em 31 de Dezembro de 2014

NOTA 1. CONTEXTO OPERACIONAL

calculadas pelo método linear, a taxas estabelecidas em função do tempo de vida útil, por espécie de bens. Conforme segue:

NOTA 9. OBRIGAÇÕES COM PESSOAL

A Associação Franciscana de Solidariedade foi constituída juridicamente no período de 2.010. É uma entidade beneficente de assistência social, de direito privado, de natureza associativa, de fins socioassistencial, sem fins lucrativos, constituída por número ilimitado de associados e com duração por tempo indeterminado. Tem como missão promover ações e atitudes de solidariedade com os empobrecidos e marginalizados, contribuindo para o exercício da cidadania e inclusão social, no modo franciscano de viver e anunciar o Evangelho.

Instalações em Geral Móveis e Utensílios Aparelhos e Instrumentos Musicais Máquinas e Equipamentos Computadores, Impressoras e Monitores

Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte:

Tem como finalidade: I – Executar serviços de Assistência Social, no horizonte da defesa dos direitos humanos e do exercício da cidadania, tendo como público usuário, pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade e riscos sociais e econômicos. II – Sob o entendimento de que a Assistência Social tem como função dialogar com outras políticas, no sentido de promover a defesa, o acesso e a garantia aos direitos humanos e sociais, a Associação Franciscana poderá executar serviços e projetos, integrados a outras políticas setoriais, especialmente àquelas relacionadas à defesa de direitos humanos, à promoção da igualdade e superação das violências de gênero, etnias e geracional, o direito à cultura, bem como à defesa e proteção do meio ambiente. Parágrafo Primeiro: A visão que a Associação Franciscana persegue para o cumprimento de sua finalidade é a de ser um Serviço social fundamentado nos direitos humanos e ecológicos, a partir dos princípios cristãos e franciscanos, voltado para a busca da equidade social, articulando atendimento imediato e construção de políticas públicas que assegurem os direitos da população. Parágrafo Segundo: A prestação de serviço ou as ações assistenciais serão realizadas de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários e a quem deles necessitar, sem qualquer discriminação. Para auxiliar no cumprimento dos objetivos sociais, a Associação mantem as seguintes filiais: • Centro Franciscano de Acolhida para Crianças e Adolescentes, CNPJ 11.861.086/0002-44, Pinhão Tanguá/RJ; • Centro Franciscano de Convivência e Proteção à Criança e ao Adolescente Andorinha, CNPJ 11.861.086/0003-25, São Sebastião/SP; • Centro Franciscano de Convivência da Criança e do Adolescente Gente Viva, CNPJ 11.861.086/0004-06, Petrópolis/RJ; • Centro Franciscano de Acolhida do Largo da Carioca, CNPJ 11.861.086/0005-97, Rio de Janeiro/RJ; • Sefras Porciuncula, CNPJ 11.861.086/0006-78, Niterói/RJ; e • Centro Franciscano de Proteção e Acolhida de Curitiba, CNPJ 11.861.086/0007-59, Curitiba/PR. A Associação está inscrita nos seguintes conselhos e possui: • COMAS - sob n° 27, aprovada pela Resolução COMAS-SP n° 560 de 01/12/2011, publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 03/12/2011; • Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente sob o n° CMDCA/1650/11, de acordo com a Lei Federal n° 8.069 de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), conforme Resolução n° 059/CMDCA/01; • Certificado de Utilidade Pública Municipal de São Paulo, através do Decreto 52.842/2011 de 09 de dezembro de 2011; • Grande Conselho Municipal do Idoso da Prefeitura de São Paulo, registro n°. GCMI/0003/12 de 22/11/2012 de acordo com a Lei Federal n° 10.741 de 1 de outubro de 2003; • Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Tanguá sob o n° 021/2012 de 15/05/2012; • Certificado de matrícula de organização de Assistência Social do município de São Paulo sob o nº 16.89 de 29/08/2012; e • Certificado de Regularidade Cadastral de Entidades – CRCE do Governo do Estado de São Paulo sob o nº CRCE 2012/2012 de 10/09/2012 de acordo com o Decreto nº 57.501 de 08 de novembro de 2011. NOTA 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, que abrangem, além das disposições da legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. As alterações trazidas pela Lei número 11.638/07 e pela Lei número 11.941/09 à Lei número 6.404/76 estão sendo observadas integralmente e adotadas quando aplicável. Foi adotada, também, a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 1.409/2.012, que se refere à ITG 2002 – Entidade sem finalidade de Lucros, a qual trata em específico dos aspectos contábeis das entidades sem fins lucrativos. NOTA 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS Dentre as principais políticas contábeis adotadas para a elaboração das demonstrações contábeis ressaltamos: a) RECEITAS E DESPESAS As receitas com contribuições e donativos foram reconhecidas por seus valores originais e de acordo com sua realização financeira, as demais receitas contratuais foram reconhecidas por seus valores originais e de acordo com a sua competência. As despesas foram reconhecidas por seus valores originais e de acordo com sua competência. b) APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA Estão demonstradas pelos valores aplicados, atualizadas com os respectivos rendimentos até a data de encerramento do balanço patrimonial. c) IMOBILIZADO Está demonstrado pelo custo de aquisição, ajustado por depreciações acumuladas,

Veículos

10% a.a. 10% a.a. 10% a.a. 10% a.a. 20% a.a.

20% a.a.

d) DIREITO DE FÉRIAS ADQUIRIDO E ENCARGOS SOCIAIS Foram constituídos com base no regime de competência, observando as férias transcorridas e ainda não gozadas, num montante julgado suficiente para cobertura das obrigações com férias dos seus funcionários, apropriadas até a data de encerramento do balanço. Foram calculadas partindo do número de dias de férias, convertidos para valor em moeda pelo salário atual de cada funcionário, acrescido dos encargos mais um terço constitucional, conforme legislação trabalhista em vigor. e) DOAÇÕES As doações, subvenções e contribuições espontâneas captadas da comunidade são contabilizadas em contas de receita, de acordo com seu recebimento. NOTA 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Caixa 3.977 2.820 Bancos - conta movimento 225.375 56.866 Aplicações financeiras 559.038 250.884 Total 788.390 310.570 As aplicações financeiras correspondem a investimentos em fundos, poupança e CDB. NOTA 5. CONVÊNIOS A RECEBER Valores que serão recebidos no próximo período, dos projetos mantidos pela entidade, listados no quadro abaixo: Projeto Movimentação em 2014 Recebidos Aplicados Valor a Receber RECIFRAN 245.723 269.534 23.811 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV/Peri 228.470 261.581 33.111 Total 474.193 531.115 56.922 NOTA 6. IMOBILIZADO Está representado pelos valores originais, deduzidos das depreciações acumuladas, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Instalações em Geral 30.005 19.399 Móveis e utensílios 22.059 20.922 Aparelhos e Instrumentos Musicais 2.152 2.152 Máquinas e equipamentos 49.908 32.787 Equipamentos de informática 92.179 85.606 Veículos 0 79.000 (-) Depreciação acumulada (74.080) (64.178) Total 122.223 175.688 NOTA 7 SEGUROS Para atender medidas preventivas, a Entidade, a seu critério, procede à contratação de seguros dos veículos cedidos através de comodato, em valores considerados suficientes para a cobertura de eventuais sinistros. Modalidades Responsabilidade Civil Danos materiais, corporais, morais, invalidez e morte de passageiros. Veículos Veículos

Limite de Cobertura 1.920.000 100% Fipe

NOTA 8. FORNECEDORES Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Fornecedores de materiais diversos 57.616 8.168 Fornecedores de serviços 13.790 22.092 Total 71.406 30.260

Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Ordenados a pagar 176.400 149.833 RCT a pagar 6.605 6.606 Pensão alimentícia a pagar 956 948 Total 183.961 157.387 NOTA 10. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS A RECOLHER Estão representadas pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 INSS s./folha de pagamento 87.888 74.743 PIS s./folha de pagamento 3.926 3.659 CSL/PIS/COFINS s./nf.de fornecedores 260 0 Contribuições Sindicais 1152 439 FGTS a recolher 24.651 22.275 INSS 11% s./nf.de fornecedores 1.477 0 Total 119.354 101.116 NOTA 11. PARCERIAS E CONVÊNIOS 1) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Sebastião, firmado em 01 de março de 2.014, com vigência de 01/mar./2014 a 31/dez./2014, através do Convênio de Cooperação Assistencial, cujo objeto é o atendimento gratuito à população carente, em conformidade com as diretrizes de ação social, na área do atendimento ao adolescente, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Saldo Anterior 3.948 0 ( - ) Devolução da verba (3.948) 0 Valores liberados 264.313 140.814 ( - ) Valores aplicados (224.878) (136.866) Saldo Final * 39.435 3.948 * Do saldo final apresentado em 31/dez./2014, R$ 39.107, será devolvido para a Prefeitura em 2015, e R$ 328 será aplicado. 2) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Sebastião, firmado em 01 de novembro de 2.014, com vigência de 01/nov./2014 a 31/jan./2015, através do Convênio de Cooperação Assistencial, cujo objeto é o atendimento gratuito à população carente, em conformidade com as diretrizes de ação social, na área do atendimento ao adolescente, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Saldo Anterior 15.879 0 Valores liberados 20.144 18.000 ( - ) Valores aplicados (362) (2.121) Saldo a Aplicar 35.661 15.879 3) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde/Fundo Municipal da Saúde, firmado em 02 de julho de 2.013, com vigência de 02/jul./2013 a 01/jul./2015, através do Termo de Convênio n° 025/2013-SMS-G, cujo objeto é a realização do projeto “Informar e Multiplicar para Prevenir”, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Saldo Anterior 66.497 0 Valores liberados 63.105 94.657 Rendimento do valor aplicado 4.694 2.939 ( - ) Valores aplicados (59.840) (31.099) Saldo a Aplicar 74.456 66.497 4) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmada em 02 de julho de 2.013, com vigência de 02/jul./2013 a 01/jul./2015, através do Termo de Convênio n° 025/2013-SMS-G, cujo objeto é a prestação de serviço denominado de “Informar e Multiplicar para Prevenir”, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Saldo Anterior 8.377 0 Valores liberados 237.345 238.713 ( - ) Valores aplicados (269.533) (236.687) Valor a receber no próximo período 23.811 0 Saldo a Aplicar 0 8.377 5) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmada em 29 de agosto de 2.014, com vigência de 29/ago./2014 a 28/ago./2016, através do Termo de Convênio n° 127/ SMADS/2014, cujo objeto é Centro de acolhida para adultos por 24h, 190 vagas para ambos os sexos, sendo 110 vagas a noite e 80 vagas para o dia, conforme demonstrado abaixo:


www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 15 a 22 de abril de 2015

| Balanço | 23

ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE Descrição Saldo em 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 Valores liberados 26.078 ( - ) Valores aplicados (10.685) Saldo Final * 15.393

curso de roteiro de costura, conforme demonstrado abaixo:

* Do saldo final apresentado em 31/dez./2014, R$ 11.714, será compensado pela Prefeitura em 2015, e R$ 3.679 será aplicado.

Descrição Saldo em 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 Valores liberados 3.791 Rendimento do valor aplicado 33 ( - ) Valores aplicados (51) Saldo a Aplicar 3.773

6) Convênio com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, firmada em 01 de novembro de 2014, com vigência de 01/nov./2014 a 01/mai./2016, através do Termo de Convênio nº 61/SMDHC/2014. O objeto é promover o acesso a direitos e inclusão social, cultural e econômica da população migrante na cidade de SP no “Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (CRAI), conforme demonstrado abaixo:

9) Estão representados pelos valores originais e referem-se ao “Termo de Parceria Assistencial”, acordado entre a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e a Associação Franciscana de Solidariedade, em 17 de março de 2.010, o qual vigorará por prazo indeterminado, conforme demonstrado no quadro seguinte:

Descrição Saldo em 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 Valores liberados 379.200 Rendimento do valor aplicado 3.076 ( - ) Valores aplicados (19.129) Saldo a Aplicar 363.147

Descrição Saldo em 31/dez./2014 31/dez./2013 Valores liberados 1.810.034 2.098.539 ( - ) Valores aplicados ( - ) Captação Telemarketing (1.212.971) (1.223.065) ( - ) Gestão Sefras (597.063) (875.474) Saldo a Aplicar 0 0

7) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmada em 03 de abril de 2.014, com vigência de 03/abr./2014 a 02/abr./2016, através do Termo de Convênio n° 69/SMADS/2014, cujo objeto é oferecer proteção social à criança e adolescente, em situação de vulnerabilidade e risco, por meio do desenvolvimento de suas potencialidades, bem como favorecer aquisições para a conquista da autonomia, protagonismo e cidadania, mediante o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, conforme demonstrado abaixo:

Resumo das parcerias e convênios:

Descrição Saldo em 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 Valores liberados 228.470 ( - ) Valores aplicados (261.581) Valor a receber 33.111 Repasse Majoração 9.272 ( - ) Valores aplicados Majoração (7.513) Saldo a Aplicar 1.759 8) Convênio com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, firmado em 28 de outubro de 2.014, com vigência de 28/out./2014 a 28/03/2018, cujo objeto é a transferência de recursos materiais e financeiros para implantação e execução da 2ª fase do Projeto “Escola de Moda”, com a realização do

Convênio/Parceria

1) Prefeitura de São Sebastião firmado

39.435

3.948

em 01/mai./2013

35.661

15.879

em 02/jul./2013

74.456

66.497

em 27/abr./2012

0

8.377

em 29/ago./2014

15.393

0

e Cidadania firmado em 01/nov./2014

363.147

0

em 03/abr./2014

1.759

0

de São Paulo firmado em 2014 TOTAL

3.773 533.624

0 94.701

2) Prefeitura de São Sebastião firmado 3) Prefeitura de São Paulo firmado 4) Prefeitura de São Paulo firmado 5) Prefeitura de São Paulo firmado 6) Secretaria Municipal Direitos Humanos 7) Prefeitura de São Paulo firmado

8) Fundo Social Solidariedade do Estado

A Entidade mantém projetos de assistência social para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres, sem distinção de raça, cor, escolaridade, crença religiosa, opção política ou condição social, na formação humana, social e cultural, na área de assistência social, visando promover a dignidade humana. Os projetos de assistência social estão dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei 12.101/2009, regulamentada pelos Decretos 7.237/2010 e 7.300/2010 e pela Lei 12.868/2013. No quadro seguinte está resumida a abrangência dos projetos e os valores aplicados durante o período de 2014: Número Valor Aplicado em 2014 Tipificação na de AtendiAssis-tência mentos/ Social Próprios Convênio Total Ano SÃO PAULO/SP

Sefras Peri – Espaço de convivência com objetivo de oferecer proteção social à crianças e adolescentes na faixa etária de 06 Serviço de a 14 anos e 11 meses, em situação de vulnerabilidade e risco, Convivência e por meio do desenvolvimento de suas potencialidades; bem fortalecimento como favorecer aquisições para a conquista da autonomia, de Vínculos do protagonismo e da cidadania, mediante o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

9.601

57.606

269.093

326.699

9.055

Centro Franciscano de Atendimento e Proteção à População de Rua “Chá do Padre” - Serviço especializado de atendimento e defesa de direitos, que possui como objetivo contribuir para a efetivação dos direitos da população de rua na cidade de São Paulo.

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

66.035

Centro Franciscano de Apoio à Reciclagem – Recifran – Serviço de inclusão produtiva que visa a saída das ruas por meio da concretização de um projeto de vida que possibilite a inserção no mundo do trabalho e contribua para o processo de autonomia e inserção social.

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

12.885

Centro Franciscano de Luta contra a AIDS – Cefran – Serviço que tem como objetivo contribuir na diminuição dos casos Serviço de de contágio do vírus HIV, como também, com o preconceito e Convivência e a discriminação estimulando a convivência social, a cidadania, fortalecimento a qualidade de vida, o protagonismo e a prevenção das DST/ de Vínculos HIV/AIDS.

13.690

Centro Franciscano de Atendimento à Pessoa em Conflito com a Lei e familiares – Serviço que visa contribuir no enfren- Serviço de Astamento da criminalização da pobreza e do encarceramento sessora-mena partir da defesa de direitos e do conhecimento da realidade to e Defesa de Direitos dos cárceres.

3.065

73.410

0

73.410

Centro de Acolhida do Imigrante – Serviço de acolhimento que possui como objetivo garantir proteção integral aos migrantes, contribuindo para a reinserção social.

Serviço de Acolhimento Institucional

11.515

100.287

413.673

513.960

Centro de Referência do Imigrante – Serviço de defesa de direitos com o objetivo de promover o acesso a direitos e a inclusão social, cultural e econômica da população migrante na cidade de São Paulo.

Serviço de Assessoramento e Defesa de Direitos

787

NOTA 13. RECEITA BRUTA Está representada pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição

Saldo em

Saldo em

Pessoas físicas Pessoas jurídicas Contribuições em espécie Telemarketing Doação de Ativo Imobilizado Fundo Brasil de Direitos Humanos

294.175 212.459 0 2.050.768 0 20.000

196.970 41.532 12.848 2.072.308 13.767 0

Pessoas jurídicas

37.499

198.504

P.M.S.P.- RECIFRAN P.M.S.P.- Centro de Acolhida P.M.S.P.- Projeto SCFV/Peri P.M.S.S.- Projeto Andorinha/DRADS P.M.S.P.- Projeto CEFRAN P.M.S.P.- Projeto CRAI P.M.S.P.- Casa de Clara (Proj. Escola de Moda)

275.765 413.673 269.093 225.240 59.840 18.445 51

0 0 0 0 0 0 0

31/dez./2014 31/dez./2013 a) Contribuições e donativos 2.577.402 2.337.425

b) Doações do Exterior 37.499 198.504 c) Convênios 1.262.107 0

Total (a + b + c) 3.877.008 2.535.929

NOTA 14. BENEFÍCIOS FISCAIS A Associação, na condição de entidade sem fins lucrativos, nos termos da legislação vigente, se beneficiou do não recolhimento de tributos e contribuições. O quadro a seguir apresenta os principais benefícios: Descrição COFINS – Contribuição social sobre o faturamento 3%

Serviço Franciscano de Justiça, Paz e Integridade da Criação – Serviço de articulação no campo da defesa de direitos nas temáticas da justiça, da paz e da integridade da criação.

Serviço de Assessoramento e Defesa de Direitos

210

35.127

Valores Estimados 2014 2013 118.752

0

79.472

35.127

Renovação da Inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo/SP – Nº 1650 até 06/10/2017 (06/10/2014); •Inscrição no Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo/SP – nº GCMI/0003/12 com validade até 22/11/2014 (22/11/2012) – solicitado renovação em outubro/2014; •Certificado de Matrícula de Organização de Assistência Social perante a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo – nº 16.89 com validade até 30/06/2015 (29/08/2012); •Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social sob nº 27, com prazo de validade por tempo indeterminado (08/12/2011); •Declaração de Utilidade Pública Municipal conforme decreto 52.842/2011 (09/12/2011); e • Certificado de Regularidade junto ao Cadastro Municipal, Único das Entidades Parceiras do Terceiro Setor da Prefeitura do Município de São Paulo com validade até 21/10/2015 (15/12/2014). PETRÓPOLIS/RJ Centro Franciscano de Acolhida à Criança e ao Adolescente Gente Viva – Serviço de convivência com o objetivo de Serviço de promover ações educativas que favoreçam o fortalecimento Convivência e das crianças, adolescentes, suas famílias e a comunidade fortalecimento na perspectiva de uma convivência familiar e comunitária de de Vínculos qualidade.

15.362

124.020

0

124.020

277.831

166.008

51

0

277.882

166.008

TANGUÁ/RJ Centro Franciscano de Acolhida para Crianças e Adolescentes Santo Antônio – serviço de acolhimento institucional de crianças e adolescentes que visa colaborar para a construção e efetivação da política pública de atenção e proteção à criança e ao adolescente em situação de vulnerabilidade no município de Tanguá e região.

Serviço de Acolhimento Institucional

2599

502.836

0

502.836

•Inscrição perante o Conselho Municipal de Assistência Social de Tanguá/RJ, sob nº 11 (18/10/2012) •Inscrição perante o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Tanguá/RJ, sob nº 021/2012 (15/05/2012) 137.990

270.099

275.765

59.840

413.755

329.939

SÃO SEBASTIÃO/SP Sefras São Sebastião – Espaço de convivência com o objetivo de oferecer proteção social aos adolescentes em situação Serviço de de vulnerabilidade e risco, por meio do desenvolvimento de Convivência e suas competências, bem como favorecer aquisições para a fortalecimento conquista da autonomia e inserção social, estimulando a parti- de Vínculos cipação na vida pública da comunidade.

713

18.022

225.240

243.262

- Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social de São Sebastião, sob nº 017 com validade por tempo indeterminado (10/07/2013). - Inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Sebastião sob nº 050/2013 com validade até 11/10/2016 (11/10/2013). - Declaração de Utilidade Pública Municipal de 03/05/2012. CURITIBA/PR

NOTA 16. INFORMAÇÕES ADICIONAIS Durante o período de 2014, a Entidade cumpriu sua obrigação perante o INSS – Cota Patronal, SAT, Terceiros, FGTS e PIS conforme demonstrado abaixo: Descrição Valor INSS Cota Patronal 544.393 SAT 55.216 INSS-Terceiros 151.089 FGTS 298.396 PIS 27.804 Total Encargos 1.076.898 A Entidade aguarda o resultado, referente ao pedido de concessão de Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social, junto ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, sob protocolo nº 71000.059751/2012-22. NOTA 17. AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A diretoria da Entidade, autorizou a conclusão das presentes demonstrações financeiras em 09/mar./2015.

FREI JOSÉ FRANCISCO DE CÁSSIA DOS SANTOS CPF 009.174.536-54 PRESIDENTE

A Associação não remunera os membros componentes de sua diretoria, conselheiros, associados ou equivalentes e não distribui ou concede vantagens sob nenhuma forma.

•Inscrição perante o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente nº 006 com validade até novembro de 2014. (11/2012) – solicitação de renovação em outubro/2014.

Centro de Convivência e Apoio ao Idoso “Casa de Clara”Serviço de Espaço que tem como objetivo proporcionar convivência saudável e de forma integral à pessoa idosa, levando em conta Convivência e as várias dimensões humanas: física, biológica, psicológica, fortalecimento espiritual, cultural, social e política, contribuindo para o prota- de Vínculos gonismo na busca de seus direitos e seu espaço social.

LEONEL ANTONIO BARBOSA TC CRC 1SP128591/O-2 CONTADOR

Saldo em

em 12/abr./2013

NOTA 15. ASSISTÊNCIA SOCIAL

Serviços

Saldo em

31/dez./2014 31/dez./2013

NOTA 12. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

27.933

18.445

Sefras Curitiba – Serviço de convivência para população de rua que visa contribuir na garantia dos direitos de pessoas e segmentos em vulnerabilidade na região central de Curitiba.

46.378

Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua

14.566

160.083

TOTAL

98.963

0

1.890.132 1.262.107

98.963

3.152.239

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ilmos. Srs. Administradores e Associados da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE São Paulo - SP Examinamos as demonstrações contábeis da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE, que compreendem o balanço patrimonial na data de 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado do período, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa na data referida, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração da Entidade sobre as demonstrações contábeis A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE para planejar os procedi-

mentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião sem ressalva Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o período findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Ênfase A Entidade encontra-se com Patrimônio Líquido devedor (negativo), em R$ 240.504. A melhoria de resultado, está condicionada a performance de arrecadações e parcerias com entidades, inclusive ligadas. Outros assuntos As demonstrações contábeis da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE referente ao período findo em 31 de dezembro de 2013, apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas, onde emitimos o Relatório dos Auditores Independentes com data de 26 de fevereiro de 2014, sem ressalva. CURITIBA, 09 de março de 2015. AUDIACTO AUDITORES INDEPENDENTES SS CRC-PR – 04.618/0-9-S-SP GILSON TAKAYAMA CONTADOR CRC – SP – 254344/O


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15 a 22 de abril de 2015 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br


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