O SÃO PAULO - 3055

Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 60 | Edição 3055 | 10 a 16 de junho de 2015

R$ 1,50 Luciney Martins/O SÃO PAULO

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corpus christi ‘Isto é o meu corpo’

“A Eucaristia nos faz Igreja, comunidade de amor”.

A frase, cantada em paróquias e comunidades, descreve bem o clima da Solenidade de Corpus Christi, realizada na quinta-feira, 4. Na Arquidiocese de São Paulo, bispos, padres e leigos se reuniram em frente

à Catedral da Sé, onde aconteceu a missa presidida pelo Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano.

Após a missa, a procissão seguiu pelo Pátio do Colégio, Mosteiro de São Bento, chegando à Igreja de Santa Ifigênia. O tapete na praça da Sé foi confec-

cionado pelo Vicariato do Povo da Rua e teve moldura cobertores, que depois foram doados aos moradores em situação de rua. Celebrações também aconteceram nas regiões episcopais.

Páginas 12, 13, 18, 19 e 22 Luciney Martins/O SÃO PAULO

Rito de Dedicação expressa a vida da Igreja Páginas 14 e 15

Paróquia testemunha a história na Vila Buarque Página 21

Júlia Manglano: pais, os principais educadores Página 11

Ideologia de gênero preocupa Papa e Cardeal Páginas 2 e 23

2 | Ponto de Vista |

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Editorial

O Papa Francisco e a ideologia de gênero

O

Papa Francisco em um recente discurso dirigido aos bispos de Porto Rico, durante visita ad limina, em Roma, chamou a atenção dos mesmos quanto à necessidade de se repropor e tutelar o tesouro da aliança entre homem e mulher, instituído por Deus já no ato da criação e reafirmado com a instituição do Matrimônio cristão.

Entre os diversos “problemas sociais” citados no discurso e que, na visão do Papa, afligem atualmente a família – “as difíceis situações econômicas”, “a imigração”, “a violência doméstica”, “o desemprego”, “o narcotráfico” e “a corrupção” - está a “assim chamada ideologia de gênero” que, ao negar a existência de uma

diferença natural e necessária entre os sexos masculino e feminino, “coloca em dúvida a complementariedade existente entre homem e mulher”.

O problema da ideologia de gênero é sério e está na pauta do dia. Impulsionado, sobretudo, por militantes LGBT e “bem embalado” pela mídia, propõe a implosão ideológica e legal da instituição familiar entendida como pai, mãe e filhos, e leis que, uma vez aprovadas, implicam em uma intervenção indevida do estado na intimidade do lar, chegando ao ponto de um impedimento dos pais educarem seus filhos conforme dita suas consciências.

No Brasil, todos os municípios deverão ter aprovado o seu Plano Municipal

e Educação até o fim de junho. A CNBB, por meio de seu secretário geral, Dom Leonardo Steiner, alertou recentemente todos os bispos brasileiros sobre as tentativas de inclusão da ideologia de gênero no PME de diversos municípios brasileiros, inclusive São Paulo. Se aprovada tal inclusão, nossas crianças do ensino fundamental serão obrigadas a ouvir na sala de aula, pelos próximos dez anos, coisas como: “Não importa se vocês são meninos ou meninas”, ou “Não tem essa de ser homem ou mulher, nós somos pessoas” ou pior, “vocês precisam descobrir a partir da diversidade das experiências sexuais, a qual gênero vocês pertencem”, incentivando dessa forma a sexualização precoce e irresponsável das crianças, dis-

seminando confusão e crises de identidade. E tudo isso à revelia dos pais.

Falando sobre as diferenças entre homem e a mulher, o Papa Francisco, em catequese durante a Audiência Geral do dia 15 de abril, afirmou que “a negação dessas diferenças é o problema e não a solução” e bem lembrou que a cultura moderna e contemporânea abriu novos espaços, novas liberdades e novos aprofundamentos para o enriquecimento da compreensão dessas diferenças, mas introduziu, também, muitas dúvidas e ceticismo. E se pergunta: “não será a teoria do gênero uma expressão da frustração e resignação, que visa cancelar a diferença sexual porque não sabe mais confrontarse com ela?

Opinião

Quando a democracia perde a alma Sergio Ricciuto Conte

Ricardo Gaiotti Silva Extraordinariamente, há uma unanimidade política no Brasil: estamos em crise!

Como consequência, existe um anseio em encontrar rapidamente o culpado, mas enquanto o “Judas” não aparece, todos nós ficamos inseguros com o futuro do nosso País. Um exemplo é o fato de que, poucos meses após as eleições, um número expressivo de brasileiros desejam o impeachment da Presidente. Essa instabilidade respinga em todos os setores, quer sejam políticos, econômicos e sociais, sobrando até mesmo para a democracia, tal dolorosamente conquistada pelos brasileiros.

Um fator positivo disso tudo é que a consciência política/social da população está amadurecendo, pois desde aqueles que precisam dos programas sociais do governo para alimentar os seus filhos até os que possuem capital na bolsa de valores, todos têm refletido, buscando encontrar o foco dos problemas.

Alguns acham que se trata de um problema moral, tendo como ponto central a canalhice dos agentes públicos. Outros atribuem a uma questão cultural, justificando que desde a colonização somos a pátria do jeitinho.

Há quem crê que a raiz dos problemas seja a educação, pois grande parcela da população brasileira possui baixa formação intelectual, ocasionando que, seduzidos por programas sociais e midiáticos, acabam elegendo mal seus repre-

sentantes. Existem ainda aqueles que estão convencidos que se trata de um problema político, no qual a solução seria uma verdadeira reforma política, que afetaria diretamente a maneira na qual hoje é exercida a democracia.

Uma coisa é certa: A maioria pode errar! A democracia pode ser injusta!

Sem dúvida, a democracia “é o

instrumento histórico mais válido, se for usado bem, para dispor responsavelmente do próprio futuro de maneira digna do homem”, já afirmava o Papa Bento XVI. Porém, ela deve ser exercida com responsabilidade e ancorada em valores que estão além da vontade da maioria.

A responsabilidade do exercício

da democracia pode ser vista no curso da história, quando se evidencia tanto a sua eficiência como a ineficiência. Há casos absurdos como a legitimação de regimes totalitários, aprovações de leis que restringem direitos fundamentais, tudo isso, aprovados por meio da maioria. Por outro lado, há exemplos positivos, onde a voz da maioria foi uma verdadeira sinfonia, como se destaca as solidificações jurídicas dos direitos humanos.

Sem dúvida, os graves problemas vividos nas democracias são motivados pelo afastamento progressivo das sociedades das verdades fundamentais, essas que devem nortear todo o agir humano e social, pois “num mundo sem verdade, a liberdade perde o seu fundamento, a democracia desprovida de valores pode perder a própria alma”, como ensinou São João Paulo II. Portanto, se queremos um país melhor, se não queremos uma democracia sem alma, é preciso termos a plena consciência de que “a democracia só poderá florescer se os líderes políticos e as pessoas por eles representadas forem orientados pela verdade e recorrerem à sabedoria derivada de um princípio moral firme nas decisões relativas à vida e ao futuro da nação” (Discurso do Papa Bento XVI na Casa Branca em visita aos Estados Unidos).

Ricardo Gaiotti Silva é advogado, juiz eclesiástico no Tribunal Interdiocesano de Aparecida (SP), mestrando em Filosofia do Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, e mestrando em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade de Salamanca, na Espanha

As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.

Semanário da Arquidiocese de São Paulo

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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo

O

Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização foi encarregado pelo papa Francisco para organizar as iniciativas do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia de Deus. Em breve, esse Dicastério dará instruções a todos os episcopados da Igreja sobre a preparação do Jubileu da Misericórdia.

Como de costume, serão incentivadas as iniciativas já tradicionais em todas as celebrações de Anos Santos: a Porta Santa, as peregrinações, as indulgências, as pregações e reflexões temáticas relacionadas com o tema do Jubileu.

Mas o Papa deseja que isso aconteça em todas as Igrejas Particulares do mundo, e não apenas em Roma.

A celebração do Jubileu da Misericórdia de Deus, de fato, está profundamente relacionada com a proposta da “nova evangelização”. A misericórdia é da essência de Deus e da BoaNova da salvação, anunciada pela Igreja à humanidade.

Por isso, a “redescoberta” da misericórdia ajudará a Igreja e a humanidade a se reencontrarem com Deus de forma verdadeira e a se relacionarem com o próximo igualmente de forma verdadeira. Onde faltasse a misericórdia na vivência religiosa e humana, estaria

Mundo carente de misericórdia faltando uma dimensão fundamental da vida e da convivência.

O Ano Santo da Misericórdia poderá ajudar a recuperar a relação correta do homem com Deus: o homem, desde Adão e Eva, tende a ser soberbo e a prescindir de Deus; foi essa a grande tentação de nossos primeiros pais no paraíso e que se repete ainda hoje: “sereis como deuses”. O homem esquece facilmente a sua condição de criatura frágil e dependente do Criador e que sua existência é fruto do amor misericordioso de Deus. E quando isso acontece, sua vida se desorienta.

Aceitar humildemente que é filho da misericórdia de Deus: isso deixa o homem em paz e confiante na vida.

Outro aspecto da vida cristã que o Ano Santo da Misericórdia poderá ajudar a recuperar é a acolhida da misericórdia de Deus através do perdão e da reconciliação. Jesus Cristo deixou à Igreja o ministério da reconciliação dos pecadores.

Mas esse serviço essencial da Igreja anda meio esquecido.

O Sacramento do perdão e da reconciliação não pode ficar descuidado na nova evangelização. Aliás, o anúncio do Evangelho tem um primeiro fruto, após a acolhida do querigma: o arrependimento e o pedido de perdão. Sem isso, o anúncio fica a meio caminho e não alcança o seu objetivo. Fazer a experiência do perdão e da misericórdia de Deus é das coisas mais salutares na vida humana e cristã.

Enfim, seria muito desejável que o Ano Santo da Misericórdia ajudasse todos os filhos da Igreja a retomarem a prática das “obras de misericórdia”.

Elas são a expressão concreta da caridade e da misericórdia vividas por nós. Sem elas, nossos discursos sobre caridade, justiça e vida cristã poderiam ficar em estéreis considerações intelectuais. A caridade é concreta e a misericórdia, também. A Igreja continua aconselhando a prática das obras de misericórdia “corporais” e “espirituais” (cf Catecismo, § 2.247). A prática da misericórdia concreta é recomendada por Jesus, para sermos dignos filhos de Deus: “sede misericordiosos, porque vosso Pai é misericordioso” (cf Lc 6,36).

O Sagrado Coração de Jesus é a imagem humana do amor misericordioso de Deus: “tanto Deus amou o mundo, que lhe entregou seu Filho único, para que não morra quem nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”. A misericórdia de Deus é bem explicada por Jesus nas parábolas da misericórdia: do bom samaritano, do filho pródigo, da ovelha perdida e da dracma perdida (cf Lc 10, 25-37; Lc 15).

O papa Francisco tem dito diversas vezes que a Igreja é desejosa de anunciar a misericórdia de Deus ao mundo e de convidar todos a viverem a misericórdia. O mundo está carente de misericórdia!

| Encontro com o Pastor | 3

Missa por São José de Anchieta Diego Monteiro

“Sejam evangelizadores na imensa cidade de São Paulo, igual São José de Anchieta”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, às centenas de fiéis que lotaram a Paróquia São Luís Gonzaga, na avenida Paulista, na segunda-feira, 8. Dom Odilo presidiu a missa festiva de São José de Anchieta (que é celebrado em 9 de junho), a primeira após a canonização pelo Papa Francisco, em 2014.

Convidado pelos Jovens por um Mundo Unido, do Movimento dos Focolares, Dom Odilo alegrou-se pela presença expressiva da juventude na celebração.

Após a missa, e como é feito toda segundafeira à noite desde 2007, os jovens realizaram um momento de reflexão conhecido como “Segunda na Paulista”, no qual discutiram sobre o Evangelho e partilharam experiências sobre como colocá-lo em prática no dia a dia.

Tendo em vista que a região da avenida Paulista possui intenso movimento de pessoas, os jovens que participam dos encontros são de diversos estados do Brasil e de alguns países, que estão na cidade de São Paulo para estudar.

(Colaborou Diego Monteiro)

Sobre crucificação na Parada Gay Muitas pessoas questionaram Dom Odilo sobre a imagem de um transexual na cruz durante a Parada Gay. Pelas redes sociais, o Cardeal explicou que entende “que quem sofre se sente como Jesus na cruz”.

No entanto, o Arcebispo ponderou que “é preciso cuidar para não banalizar ou usar de maneira irreverente símbolos religiosos, em respeito à sensibilidade religiosa das pessoas”.

O texto de Dom Odilo lembra, ainda, que “se queremos respeito, devemos respeitar”.

(Por Rafael Alberto)

4 | Papa Francisco |

D

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iferentemente do Brasil, a festa de Corpus Christi é celebrada no domingo após a festa da Santíssima Trindade. Assim foi na Itália, e o Papa Francisco se referiu a esta festa na meditação costumeira mensagem antes oração do Ângelus, no domingo, 7.

Francisco lembrou a instituição da Eucaristia na última ceia. Na véspera de se entregar à morte na cruz, “Jesus realizou o que tinha predito”. Afirmou o Papa: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é minha carne para a salvação do mundo... quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 51-56). Dizendo “Tomai, isto é o meu corpo” (Mc 14,22), Jesus “atribuiu ao pão uma função que não a de simples alimento físico, mas torna a sua Pessoa presente em meio à comunidade dos fiéis”.

A Última Ceia representa o cume da vida de Cristo”, continuou Francisco. Mais do que a “antecipação do seu sacrifício”, ela é a “síntese de uma existência ofertada pela salvação da humanidade”. Então, não basta afirmar que Jesus está na Eucaristia. É preciso ver nela “a presença de uma vida doada, e participar dela”.

E o Papa insiste: “Quando pegamos e comemos aquele Pão, nós nos associamos à vida de Jesus, entramos em comunhão com Ele, nos comprometemos a realizar a comunhão entre

A Eucaristia é escola de amor e solidariedade símbolo. Durante séculos foi local de nós, a transformar a nossa vida em convivência entre povos e religiões, ao dom, especialmente aos mais pobres”. ponto de ser chamada “Jerusalém do A festa de Corpus Christi, portanOcidente”. Depois, se tornou símbolo to, “evoca esta mensagem de solidarieda destruição e da guerra. Atualmendade e nos encoraja a acolher o convite à conversão e ao serviço, ao amor e te, está acontecendo um belo processo ao perdão. Encoraja-nos a imitarmos, de reconciliação e principalmente por com a vida, aquilo que celebramos na isso eu fui lá: para encorajar este camiliturgia”. nho de convivência pacífica entre os O mesmo Cristo que recebemos na diferentes povos; um caminho árduo, Eucaristia, continua a mensagem, é o difícil, mas possível! E eles estão fazenmesmo que vem ao nosso encontro no do isso bem”. pobre, no sofredor, no que precisa de Lembrou, também, que na sextanós e conta com nosso acolhimento e feira, 12, se celebra a Solenidade do Sana criança que desconhece Jesus. Crisgado Coração de Jesus. “Pensemos no to está “em todo ser humano, inclusive no Quando pegamos e comemos menor e indefeso”. aquele Pão, nós nos associamos Fonte de amor à vida de Jesus, entramos para a vida da Igreja, em comunhão com Ele, nos a Eucaristia é “escola comprometemos a realizar de caridade e de so- a comunhão entre nós, a lidariedade” e quem transformar a nossa vida em come do Pão que é dom, especialmente aos mais Jesus não pode ser in- pobres” diferente com os que não têm pão, “um problema crescenamor do Coração de Jesus, em quanto nos amou”. Também na sexta-feira se te, hoje. Portanto, “que a festa de Corcelebra o Dia Mundial de luta contra pus Christi inspire e alimente sempre o Trabalho Infantil. “Muitas crianças mais, em cada um de nós, o desejo e o no mundo não têm a liberdade para compromisso por uma sociedade acojogar, para ir à escola, e acabam sendo lhedora. exploradas como mão de obra barata.

Após a oração do Ângelus, o Papa Espero o compromisso solicito e consse referiu à sua viagem apostólica a Saravejo, onde ele foi como “um petante da comunidade internacional para promover o reconhecimento dos regrino da paz e da esperança”. Ele direitos das crianças.” agradeceu a acolhida do povo e das autoridades. “Sarajevo é uma cidade(Por Fernando Geronazzo)

Reunião do C9 L’Osservatore Romano

O grupo dos nove cardeais conselheiros do Papa para a reforma da Cúria romana está reunido desde segunda-feira, 8, no Vaticano para seu 10º encontro. Conhecido como C9, o Conselho está discutindo sobre a eventual criação de duas novas congregações, uma delas deve absorver atuais conselhos para os Leigos, Família e Vida; um outro, reuniria os conselhos para Justiça, Paz, Caridade e Ecologia.

Deve ser tratada, também, a reforma da mídia vaticana (L’Osservatore Romano, Rádio Vaticano, Centro Televisivo Vaticano, Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais e Sala de Imprensa da Santa Sé). Outros temas na mesa serão o trabalho da Comissão Pontifícia para a tutela dos menores e os estatutos dos novos organismos econômicos do Vaticano, como a Secretaria para a Economia, o Conselho de Economia e a Auditoria geral, recém -aprovada.

Beleza do Matrimônio Durante a audiência com a Conferência Episcopal de Porto Rico, em visita ad Limina, na segunda-feira, 8, o Papa Francisco chamou a atenção dos bispos para o valor e a beleza do Matrimônio.

“A complementaridade entre o homem e a mulher está sendo questionada pela ideologia do gênero, em prol de uma sociedade mais livre e mais justa.

As diferenças entre homem e mulher não são para a contraposição ou subordinação, mas para a comunhão e geração. O sacramento do Matrimônio é sinal do amor de Deus pela humanidade e da entrega de Cristo por sua Esposa, a Igreja. Cuidem desse tesouro, um dos mais preciosos dos povos da América Latina e Caribe”, frisou Francisco.

Dormitório para os sem-teto Depois dos chuveiros, dos barbeiros, das refeições quentes na estação de trem e dos guarda-chuvas gratuitos, os moradores de rua de Roma ganham mais um presente do Papa: um dormitório.

Depois de uma longa procura e avaliação, foi identificada uma estrutura na Via dei Penitenzieri, próximo da praça São Pedro. O local, onde havia uma agência de viagens, será reformado e adaptado como dormitório para 30 leitos. Ficará aberto apenas nas horas noturnas e terá voluntários trabalhando. Ainda não foi estabelecida a data de inauguração, pois as obras estão em curso.

(Por Fernando Geronazzo)

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Espiritualidade

Espiritualidade Eucarística Dom Edmar Peron

O

Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém

Concílio Vaticano II, na Sacrosanctum Concilium, nº 10, afirmou que da Liturgia em geral, e especialmente da celebração eucarística, “corre sobre nós, como de sua fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras da Igreja”. Dessa maneira, na escola da Liturgia, quero destacar alguns elementos da celebração eucarística que, a meu ver, nos ajudam a viver da liturgia que celebramos, formando em nossos corações uma autêntica espiritualidade eucarística.

“Tomai, comei. Isto é o meu corpo que será entregue por vós. Tomai, bebei. Este é o cálice do meu sangue que será derramado por vós”. Essa ação de Jesus, colocada no centro de cada oração eucarística do rito romano, atinge seu ponto alto na “comunhão sacramental”. Disse Jesus em seu Discurso sobre o Pão da Vida que a pessoa que dele se alimentasse, dele viveria (Jo 6,57). A pessoa, pois, que “comer” Jesus Ressuscitado, presente

no sacramento eucarístico, entra em que escutais na liturgia, voltai a lê-lo comunhão com Ele. “Esta comunhão, pessoalmente, em silêncio, e aplicai-o este ato de ‘comer’ - afirmou Bento à vossa própria vida; e, com o amor XVI - é realmente um encontro entre de Cristo, recebido na sagrada Comuduas pessoas, é deixar-se penetrar pela nhão, podereis pô-lo em prática” (Disvida d’Aquele que é o Senhor”. E con- cursos, 05/08/2014). tinuou: “A finalidade dessa comunhão, “Bendito seja Deus que nos reuniu desse comer, é a assimilação da minha no amor de Cristo”. Reconhecemos que vida à sua, a minha transformação e Deus nos reúne todos, sem distinção, conformação com Aquele que é Amor em seu Filho, Jesus Cristo. É comuvivo” (Homilias, 26/05/2005). Assim, nhão de irmãos e irmãs! Assim, vamos pela Eucaristia, a nossa vida vai pouco assimilando aquela certeza eclesial de a pouco sendo transformada e confor- que “a forma eucarística da vida cristã mada à vida de Jesus, e nós vamos vivendo sempre melhor como “Tomai, comei. Isto é o meu corpo ele viveu, doando-nos que será entregue por vós. Tomai, e nos entregando pelos bebei. Este é o cálice do meu irmãos (Mt 25, 31-40). sangue que será derramado por É a experiência exis- vós”. Essa ação de Jesus, colocada tencial de ser “corpo no centro de cada oração entregue e sangue dereucarística do rito romano, ramado” em favor dos atinge seu ponto alto muitos irmãos e irmãs, especialmente os mais na “comunhão sacramental” necessitados (cf. Mt 25, 31-40). é, sem dúvida, eclesial e comunitária”.

“Palavra do Senhor. Palavra da Sal“Ide em paz, e o Senhor vos acomvação”. Contudo, esse caminhar exige panhe”. A espiritualidade eucarística de nós continua conversão, a qual nos é também missionária; celebração e é apresentada pelo anúncio da Palavra missão se relacionam profundamente. de Deus. O Senhor Jesus, referindo-se Assim, nós que participamos da ceaos judeus, disse-lhes: “Se vocês guar- lebração eucarística, devemos, como darem a minha palavra, vocês, de fato, nos ensinou o querido Papa Francisserão meus discípulos; conhecerão a co, “nos tornar cristãos corajosos e verdade, e a verdade libertará vocês” ir em busca daqueles que são a car(Jo 8, 31-32). “Dou-vos um conselho, – ne de Cristo” (Vigília de Pentecostes, disse o Papa Francisco –: o Evangelho 19/05/2013).

| Fé e Vida | 5

Fé e Cidadania Romero da América, rogai por nós Cônego Antônio Manzatto

Em uma tarde de sol quente, milhares de pessoas se reuniram, em 23 de maio, na praça do Salvador do Mundo para a celebração da beatificação de Monsenhor Oscar Romero. O vermelho vestido naquela celebração não era por causa de Pentecostes, mas do sangue do martírio do pastor que deu a vida por seu rebanho. Afinal, é a isso que o Espírito conduz os pastores da Igreja. E o rebanho ali estava para celebrar seu defensor e protetor, aquele que deu a vida pelos pobres de seu país.

Sim, foi em 1980 que Oscar Romero foi assassinado. Seu processo de beatificação foi acelerado pelo Papa Francisco que reconheceu o martírio do Arcebispo, já que ele foi morto em ódio à fé. Quer dizer, aqueles que decidiram pela sua morte o fizeram porque enxergaram em seu comportamento o testemunho cristão, e não quiseram aceitá-lo. Assim como aconteceu com Jesus e com tantos outros mártires ao longo da história.

Francisco é claro ao reconhecer que Romero foi “bispo e mártir, pastor segundo o coração de Cristo, evangelizador e pai dos pobres, testemunha heroica do Reino de Deus, Reino de justiça, fraternidade e paz”.

Aí se encontra sua santidade e nisso ele é modelo para toda a Igreja latino-americana.

O agora Beato sofreu oposição no interior e no exterior da Igreja, tanto durante seu ministério quanto depois de sua morte. Sempre houve alertas quanto à não motivação ideológica de suas opções pastorais, como se a mesma coisa não devesse ser dita de todas as pessoas e como se a vivência do Evangelho de Jesus não precisasse ser contextualizada.

Muitos obstáculos foram superados e agora se pode cultuar Romero sobre os altares. Se é bom tê-lo como intercessor, muito ainda resta a fazer na atualização de seu exemplo. A defesa dos fracos, a clara tomada de posição diante de um conflito político que nunca foi imaginário e a decidida opção pelos pobres, fatos que estão na raiz de sua santidade, ainda hoje têm sua validade questionada em não poucos setores eclesiais. Ainda há quem pense a espiritualidade separada da história e a relação com Deus prescindindo da encarnação, do Verbo e da Igreja. Ainda há quem rotule de comunista a Igreja que defende os direitos dos mais fracos e quer o estabelecimento da justiça, para além de toda tentativa de dominação. Existe mesmo quem brade gritos de excomunhão contra a Igreja e contra os santos que ela reconhece. Tudo por ideologia que nem sempre é denunciada ou desmascarada.

Os caminhos da Igreja para os próximos anos estão traçados na Evangelii Gaudium, e o sangue dos mártires continua sendo semente de Igreja nesse nosso continente.

Um e outro são possíveis e estão na história, como comprova a vida e a beatificação de Romero. O papa latino-americano nos deu um modelo de santidade, para toda a Igreja latino-americana, e nos impulsiona para, efetivamente, sermos Igreja em saída de si e de suas preocupações, para alcançar as periferias onde os pobres sofrem e tentam continuar suas vidas. Pedimos a Romero da América que reze por nós.

6 | Fé e Vida |

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Liturgia e Vida

Você Pergunta Religião para quê?

O importante não é fazer o bem?

11º Domingo do Tempo Comum 14 de junho de 2015

O Poder do Reino são clara, mas cheios de esperança.

O Evangelho de São Marcos (4, 2634) narra duas parábolas de Jesus sobre o Reino de Deus. Na parábola da Semente que cresce por si só, a terra reflete a própria vida de Deus que faz a semente de nossa fé crescer.

A segunda parábola mostra que a pequena semente de mostarda faz crescer uma grande árvore. No meio do mundo, o Reino pode aparecer invisível, mas encerra um poder que a todos acolhe. A riqueza total do Reino é futuro, mas a sua força já está no meio de nós.

ANA FLORA ANDERSON

A liturgia deste domingo reflete sobre a fraqueza humana e a força da graça de Deus. Seu amor é nosso sustento.

A primeira leitura (Ezequiel 17, 22-24) usa a imagem da natureza para descrever a ação de Deus entre nós.

Ao plantar um broto no alto da montanha, Ele garante proteção para todo seu povo.

Na segunda leitura (2 Coríntios 5, 6-10), São Paulo mostra que somos sempre peregrinos nesta vida.

Caminhamos na fé, sem uma vi-

COMUNICADO

A Venerável Irmandade de São Pedro dos Clérigos comunica que fará realizar a exumação de irmãos sepultados em seu jazigo, no Cemitério do Santíssimo Sacramento.

As exumações serão divididas em dois dias.

Dia 16 de junho, às 10 horas, após a missa de Réquiem celebrada por Dom Eduardo Vieira dos Santos, na Capela do Cemitério do Santíssimo Sacramento, à Av. Dr. Arnaldo nº 1.200, serão exumados: • Monsenhor Arnaldo Beltrami • Cônego Antonio Munari dos Santos • Padre Joseph Allen Black • Padre Pedro Javier Saez Ibarra Ruiz de Azua • Padre Hermínio Sebenello • Monsenhor Lino dos Santos Brito Dia 17 de junho, às 10 horas, após a missa de Réquiem celebrada por Dom Julio Endi Akemini, na Capela do Cemitério do Santíssimo Sacramento, à Av. Dr. Arnaldo nº 1.200, serão exumados: • Monsenhor Victor Ribeiro Nickelsburg • Monsenhor Roberto Mascarenhas Roxo • Monsenhor Esperidião Nilo de Gois • Padre Tommaso Leporale • Padre José das Dores Meirelles • Monsenhor Ugo Munari • Padre Antonio Gorjon Vallejo • Cônego Antonio Macedo da Silva • Pe. Dalto Caram A Diretoria da Irmandade de São Pedro convida a todos os familiares, paroquianos e amigos dos referidos sacerdotes a comparecerem a esta cerimônia.

São Paulo, 21 de maio de 2015.

osaopaulo@uol.com.br

viver em comunhão com Deus e com o próximo. Lembre-se de Jesus, que valorizou a oração em comum, ao dizer que quando dois ou mais se põem de acordo para pedir alguma coisa a Deus, eles conseguirão o que desejam; lembre-se que o Pai Nosso é oração comunitária, e que Cristo ao ensiná-lo começou a invocar o Pai não como Pai meu, mas como Pai nosso.

Já vivemos um mundo egoísta demais, Rodrigo, o mundo do “cada um por si”, o mundo do “quem pode mais chora menos”, o mundo do “farinha

O Rodrigo (que não disse seu sobrenome) não frequenta muito a Igreja e justifica-se dizendo que para ele o mais importante é o que a pessoa é, se faz o bem, se não prejudica os outros.

De nada adianta ir à Igreja e depois maltratar os outros. Religião não é importante, diz ele. Além disso, Jesus deu a sua vida por nós por livre e espontânea vontade e não para a gente ficar agradecendo a vida inteira. Mas ele afirma-se católico e não vai continuar sendo.

Deus nos criou com amor, por Rodrigo, eu acho amor e para o amor. Deus nos curioso o seu posicio- criou necessitados uns dos namento em relação à outros. Se cada um faz de sua vida religião. Pense em nossa espiritual o que entende ser o religião. Ela nos ensina a amar a Deus e ao pró- certo, sem enfrentar o desafio de ximo, ela nos diz que conviver, de partilhar experiências, Deus nos quer como de orar juntos, de testemunhar irmãos, como família. Cristo e seu Evangelho, essa Mas você quer vivê-la fé não leva a nada segundo o seu modo de pensar, quer vivê-la do seu jeito, criando para você um Deus à pouca, meu pirão primeiro...” Então, sua imagem e semelhança. Meu irmão, por que não remar contra essa correnDeus nos criou à sua imagem e seme- te de egoísmo? A felicidade consiste lhança. na plena comunhão com Deus e com Deus nos criou com amor, por amor o nosso próximo... Religião verdadeira e para o amor. Deus nos criou necessi- é essa, meu irmão. Pense nisso e colotados uns dos outros. Se cada um faz que a serviço dos irmãos os dons que de sua vida espiritual o que entende você recebeu de Deus. Enfim, Rodrigo, ser o certo, sem enfrentar o desafio de mesmo que haja quem faça mau uso da conviver, de partilhar experiências, de religião, faça você um bom uso. Assuorar juntos, de testemunhar Cristo e ma o desafio de construir juntamente seu Evangelho, essa fé não leva a nada. com os que estão com você, em sintoLembre-se dos mandamentos que são nia com a mesma fé, um mundo mais como que marcos, que nos permitem fraterno, mais justo, mais solidário.

Seguidores incansáveis, pregadores amorosos, ensinamentos eternos.

Compreenda e estude os pensamentos dos dois maiores apóstolos de Jesus Cristo: Pedro e Paulo.

Exemplos de dedicação e fé para o Povo de Deus.

Introdução a Paulo e suas cartas José Bortolini

Nos passos de Pedro

88 páginas

Luiz Alexandre Solano Rossi 112 páginas

Criação PAULUS / A PAULUS se reserva o direito de alterar ou retirar o produto do catálogo sem prévio aviso. Imagens meramente ilustrativas.

Venerável Irmandade de São Pedro dos Clérigos Pe. Márcio Leitão – Provedor

padre Cido Pereira

VENDAS: 11 3789-4000 | 0800-164011 vendas@paulus.com.br

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 10 a 16 de junho de 2015

| Balanço | 7

OBRAS SOCIAIS NOSSA SENHORA AQUIROPITA CNPJ: 62.798.699/0001-34

BALANÇO PATRIMONIAL encerrado em 31/12/2014

ATIVO

ATIVO CIRCULANTE

DISPONÍVEL

BENS NUMERÁRIOS

CAIXA BENS NUMERÁRIOS

3.744,94 D 3.744,94 D

DEPOSITOS BANCÁRIOS

BANCO BRASILEIRO DE DESCONTOS

BANCO ITAU

BANCO DO BRASIL C/C 1.092-8

BANCO SANTANDER

BANCO HSBC DEPOSITOS BANCÁRIOS

1,00 D 3.160,33 D 34.548,90 D 10,00 D 104,61 D 37.824,84 D

APLICAÇÕES FINANCEIRAS

BANCO DO BRASIL

BANCO ITAU

BANCO SANTANDER RENDA FIXA

BANCO DO BRASIL CDB RDB

BANCO BRASILEIRO DE DESCONTOS CDI/CDB

BANCO BRASILEITO DE DESCONTOS POP.FACIL

BANCO DO BRASIL C/C 1.092-8

BANCO HSBC 409376-8

BANCO HSBC POUPANCA 413449-9 APLICAÇÕES FINANCEIRAS

VALORES A RECEBER

ADIANTAMENTOS DIVERSOS

ADIANTAMENTO DE FERIAS ADIANTAMENTOS DIVERSOS

2.516.922,79 D 1.385.630,25 D 481.482,87 D 814.397,28 D 266.260,77 D 731.863,65 D 57.316,26 D 439.519,09 D 72.446,61 D 6.765.839,57 D

7.885,24 C 7.885,24 C

ATIVO NÃO CIRCULANTE

INVESTIMENTOS

PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS

PARTICIPAÇÕES SOCIETARIAS PARTICIPAÇÕES EM OUTRAS EMPRESAS

204,29 D 204,29 D

IMOBILIZADO

BENS

INSTALAÇÕES

MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS

EQUIPAMENTOS DE PROC ELETR DADOS

DIREITO DE USO DE LINHAS TELEFONICAS

MÓVEIS E UTENSÍLIOS

VEÍCULOS

EDIFICIOS E CONSTRUCOES

EQUIPAMENTOS DE TELECOMUNICAÇÕES

TERRENOS BENS

45.310,08 D 89.623,70 D 172.291,63 D 1.900,00 D 262.079,18 D 346.050,30 D 120.000,89 D 4.082,68 D 190.000,00 D 1.231.338,46 D

Total do ATIVO

8.031.066,86 D

PASSIVO

PASSIVO CIRCULANTE

OBRIGAÇÕES A CURTO PRAZO

CONTAS A PAGAR

VALORES A REGULARIZAR CONTAS A PAGAR

74.523,65 C 74.523,65 C

OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

ISS RETIDO A RECOLHER

IRF SALARIOS A RECOLHER

INSS RETIDO A RECOLHER OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

678,50 C 3.629,69 C 9.151,86 C 13.460,05 C

OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS/PREVIDENCIÁRIAS

INSS A RECOLHER

FGTS A RECOLHER

CONTR. E MENSALIDADE SINDICAL A RECOLHER

PIS S FOLHA A RECOLHER OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS/PREVIDENCIÁRIAS

12.918,90 C 17.338,02 C 48,26 C 3.143,65 C 33.448,83 C

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

RESULTADOS ACUMULADOS

RESULTADOS ACUMULADOS

SUPERAVITS ACUMULADOS RESULTADOS ACUMULADOS

7.909.634,33 C 7.909.634,33 C

Total do PASSIVO E PATRIMÔNIO…

8.031.066,86 C

Reconhecemos a exatidão do presente balanço encerrado em 31 de Dezembro de 2014 conforme documentação apresentada.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO encerrado em 31/12/2014

3 - RECEITAS

3.1 - RECEITA OPERACIONAL BRUTA

3.1.1 - RECEITA BRUTA

3.1.1.03 - RECEITAS DE ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVO

3.1.1.03.0003 - RECEITAS POR DOACOES P.FISICA 26.444,76 C

3.1.1.03.0005 - RECEITAS COM PROMOCOES E EVENTOS 2.958.268,30 C

3.1.1.03.0006 - RECEITAS PROJETO MENOR APRENDIZ 385.275,61 C

3.1.1.03.0007 - RECEITAS PROJETO MORADORES DE RUA 537.337,44 C

3.1.1.03.0008 - RECEITAS PROJETO TERCEIRA IDADE 215.174,56 C

3.1.1.03.0009 - RECEITAS PROJETO NSE/CCA 775.919,88 C

3.1.1.03.0010 - RECEITAS PROJETO MOVA 67.061,70 C

3.1.1.03.0011 - RECEITAS PROJETO CRECHE 1.109.384,68 C

3.1.1.03.0012 - RECEITAS CONVENIO DEFENSORIA 517.118,47 C

3.1.1.03.0013 - RECEITAS POR DOACOES P.JURIDICA 161.191,05 C RECEITAS DE ENTIDADES SEM FINS… 6.753.176,45 C

3.3 - OUTRAS RECEITAS

3.3.1 - RECEITAS OPERACIONAIS

3.3.1.01 - RECEITAS FINANCEIRAS

3.3.1.01.0002 - RENDIMENTO DE APLICAÇÕES FINANCEIR RECEITAS FINANCEIRAS Total de RECEITAS

522.685,35 C 522.685,35 C 7.275.861,80 C

(=) RECEITA… 7.275.861,80 C 4 - CUSTOS

4.1 - CUSTOS PROJETOS

4.1.1 - CUSTO DOS PROJETOS

4.1.1.03 - MENOR APRENDIZ

4.1.1.03.0002 - ASSISTENCIA MEDICA 25.407,46 D

4.1.1.03.0006 - CONS. E MANUT. DE INSTALACOES 1.580,03 D

4.1.1.03.0007 - CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 1.077,00 D

4.1.1.03.0010 - DESPESA COM CONDUCAO 2.547,52 D

4.1.1.03.0015 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 5.740,00 D

4.1.1.03.0019 - SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR 192.657,26 D MENOR APRENDIZ 229.009,27 D

4.1.1.04 - MORADORES DE RUA

4.1.1.04.0001 - AGUA E ESGOTO 52.258,43 D

4.1.1.04.0002 - ASSISTENCIA MEDICA 25.121,33 D

4.1.1.04.0003 - BENS DE NAT PERMANENTE DE PEQ VALO 1.298,00 D

4.1.1.04.0004 - COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTE 8.220,20 D

4.1.1.04.0005 - CONS. E MANUT. DE INSTALAÇOES 197.374,88 D

4.1.1.04.0006 - CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 10.394,85 D

4.1.1.04.0007 - COPA E COZINHA 181.440,98 D

4.1.1.04.0008 - VESTUARIO E UNIFORMES 5.829,72 D

4.1.1.04.0009 - DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 14.816,65 D

4.1.1.04.0010 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 11.912,00 D

4.1.1.04.0012 - REFEICOES E LANCHES 806,40 D

4.1.1.04.0013 - TELEFONE EM GERAL 10.595,06 D

4.1.1.04.0014 - IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 1.116,80 D

4.1.1.04.0015 - DESPESA COM GAS 14.742,03 D

4.1.1.04.0016 - DESPESA COM HIGIENE PESSOAL 4.934,70 D

4.1.1.04.0018 - DESPESA COM INTERNET 1.474,28 D

4.1.1.04.0019 - DESPESA COM CONDUCAO 396,80 D

4.1.1.04.0020 - MATERIAL DE LIMPEZA 7.923,01 D

4.1.1.04.0021 - MATERIAL PEDAGOGICO 4.668,27 D

4.1.1.04.0022 - SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR 242.820,19 D

4.1.1.04.0026 - SERVICO PRES. PESSOA JURIDICA 20.793,19 D MORADORES DE RUA 818.937,77 D

4.1.1.05 - TERCEIRA IDADE

4.1.1.05.0001 - AGUA E ESGOTO 2.175,64 D

4.1.1.05.0002 - COPA E COZINHA 49.464,45 D

4.1.1.05.0003 - DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 3.504,26 D

4.1.1.05.0004 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 5.170,00 D

4.1.1.05.0006 - REFEICOES E LANCHES 1.201,20 D

4.1.1.05.0009 - IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 1.289,35 D

4.1.1.05.0010 - CONS. E MANUT. DE INSTALACOES 70.104,66 D

4.1.1.05.0011 - ASSISTENCIA MEDICA 3.056,16 D

4.1.1.05.0013 - CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 5.953,38 D

4.1.1.05.0015 - MATERIAL DE LIMPEZA 9.350,96 D

4.1.1.05.0016 - DESPESA COM GAS 436,10 D

4.1.1.05.0017 - DESPESA COM CONDUCAO 121,00 D

4.1.1.05.0018 - VESTUARIO E UNIFORMES 316,70 D

4.1.1.05.0019 - MATERIAL PEDAGOGICO 15.196,54 D

4.1.1.05.0020 - DESPESA COM RECREACAO 2.786,89 D

4.1.1.05.0021 - SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR 57.967,24 D

4.1.1.05.0026 - BENS DE NAT PERMANENTE DE PEQ VALO 1.150,00 D

4.1.1.05.0027 - DESPESA COM INTERNET 594,71 D

4.1.1.05.0028 - SERVICO PRES. PESSOA JURIDICA 1.620,21 D TERCEIRA IDADE 231.459,45 D

4.1.1.06 - N S E/CCA

4.1.1.06.0001 - AGUA E ESGOTO 20.670,81 D

4.1.1.06.0002 - COPA E COZINHA 375.610,74 D

4.1.1.06.0003 - DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 10.640,14 D

4.1.1.06.0004 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 12.115,00 D

4.1.1.06.0005 - IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 3.984,50 D

4.1.1.06.0010 - TELEFONE EM GERAL 7.115,22 D

4.1.1.06.0011 - COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTES 9.548,60 D

4.1.1.06.0012 - CONS. E MANUT. DE INSTALAÇOES 55.905,16 D

4.1.1.06.0013 - ASSISTENCIA MEDICA 25.906,44 D

4.1.1.06.0014 - CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 11.361,21 D

4.1.1.06.0015 - DESPESA COM GAS 10.856,52 D

4.1.1.06.0016 - VESTUARIO E UNIFORNES 5.690,70 D

4.1.1.06.0017 - MATERIAL DE LIMPEZA 43.068,24 D

4.1.1.06.0018 - DESPESA COM CONDUCAO 503,00 D

4.1.1.06.0019 - LOCACAO DIVERSAS 2.257,30 D

4.1.1.06.0020 - BENS DE MAT PERMANENTE DE PEQ VALO 2.872,90 D

4.1.1.06.0021 - MATERIAL PEDAGOGICO 26.070,25 D

4.1.1.06.0022 - SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR 301.153,85 D

4.1.1.06.0025 - SERVICO PRES. PESSOA JURIDICA 13.045,17 D

4.1.1.06.2200 - DESPESA COM RECREACAO 9.366,46 D N S E/CCA 947.742,21 D

4.1.1.07 - MOVA

4.1.1.07.0001 - AGUA E ESGOTO

4.1.1.07.0002 - CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS

4.1.1.07.0003 - COPA E COZINHA

4.1.1.07.0004 - DESPESA COM ENERGIA ELETRICA

4.1.1.07.0005 - HONORARIOS PROFISSIONAIS

4.1.1.07.0009 - ASSISTENCIA MEDICA

4.1.1.07.0010 - SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR MOVA

7.669,57 D 650,00 D 540,00 D 2.793,43 D 3.960,00 D 4.164,36 D 54.003,42 D 73.780,78 D

4.1.1.09 - CASA RAINHA DA PAZ

4.1.1.09.0001 - CONS . E MANUT. DE INSTALAÇOES 80.584,07 D

4.1.1.09.0004 - IPTU 8.484,33 D

4.1.1.09.0005 - DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 12.270,60 D

4.1.1.09.0006 - COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTE 13.752,48 D

4.1.1.09.0007 - COPA E COZINHA 28.675,41 D

4.1.1.09.0008 - IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 553,66 D

4.1.1.09.0009 - BENS DE NAT PERMANENTE DE PEQ VALO 9.158,01 D

4.1.1.09.0010 - DESPESA COM GAS 6.650,00 D

4.1.1.09.0011 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 5.518,00 D

4.1.1.09.0012 - VESTUARIO E UNIFORMES 3.916,80 D

4.1.1.09.0013 - TELEFONE EM GERAL 335,76 D

4.1.1.09.0014 - DESPESA COM INTERNET 821,25 D

4.1.1.09.0016 - DESPESA COM RECREACAO 2.000,00 D CASA RAINHA DA PAZ 172.720,37 D

4.1.1.11 - CASA SAO JOSE

4.1.1.11.0001 - CONS. E MANUT. DE INTALACOES CASA SAO JOSE Total de CUSTOS

5.1.1.01.0005 - DESPESA COM PEDAGIO 2.674,29 D

5.1.1.01.0006 - SERVICO PRES. PESSOA JURIDICA 21.037,89 D

5.1.1.01.0008 - SERVICO PRES. PESSOA FISICA 5.000,00 D

5.1.1.01.0009 - ENTIDADES DE CLASSE 383,64 D

5.1.1.01.0010 - ASSISTENCIA MEDICA 9.372,46 D

5.1.1.01.0011 - BENS DE NAT PERMANENTE DE PEQ VALO 3.336,00 D

5.1.1.01.0012 - DESPESA COM CARTORIO 1.676,35 D

5.1.1.01.0013 - DESPESA COM ESTACIONAMENTO 133,00 D

5.1.1.01.0015 - SEGUROS DIVERSOS 18.925,68 D

5.1.1.01.0020 - DESPESA POSTAIS 357,85 D

5.1.1.01.0021 - IMPRESSOS E MATERIAIS DE ESCRITÓRI 2.400,00 D

5.1.1.01.0023 - ALUGUEIS 164.129,97 D

5.1.1.01.0024 - CONS. E MANUT. DE INSTALACOES 38.888,93 D

5.1.1.01.0025 - DESPESA COM INTERNET 2.908,97 D

5.1.1.01.0026 - CONS. MANUT. DE EQUIPAMENTOS 1.868,48 D

5.1.1.01.0028 - DESPESA COM FESTA E EVENTOS 1.211.823,07 D

5.1.1.01.0030 - SERVICO PRES. AUTONOMOS 544.463,49 D

5.1.1.01.0031 - LOCACAO DIVERSAS 8.406,16 D DESPESAS COMERCIAIS/ADMINISTRATIVAS 2.083.738,66 D

5.1.1.02 - DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS

5.1.1.02.0001 - SALARIOS E ORDENADOS

5.1.1.02.0002 - FERIAS

5.1.1.02.0003 - FGTS

5.1.1.02.0004 - VALE REFEICAO

5.1.1.02.0005 - VALE TRANSPORTE

5.1.1.02.0008 - ABONO DE FERIAS

5.1.1.02.0009 - 13 SALARIO

5.1.1.02.0010 - AVISO PREVIO

5.1.1.02.0011 - D S R

5.1.1.02.0012 - ADICIONAL NOTURNO

5.1.1.02.0013 - PIS SOBRE FOLHA

5.1.1.02.0014 - MEDIAS VARIAVEIS

5.1.1.02.0016 - HORAS EXTRAS

5.1.1.02.0018 - FERIAS INDENIZADAS

5.1.1.02.0021 - ADIC.ANUENIO/BIENIO/TRIENIO

5.1.1.02.0028 - FERIAS 1/3

5.1.1.02.0029 - BOLSA ESTAGIO

5.1.1.02.0030 - RECLAMACOES TRABALHISTAS DESPESAS COM PESSOAL E ENCARGOS

269.806,62 D 132.978,44 D 168.279,75 D 28.430,76 D 57.320,36 D 552,83 D 147.723,44 D 1.759,09 D 426,14 D 216,25 D 20.379,28 D 4.104,30 D 1.856,93 D 11.758,10 D 53.231,87 D 42.018,32 D 79.335,00 D 10.000,00 D 1.030.177,48 D

5.1.1.03 - DESPESAS FINANCEIRAS

5.1.1.03.0003 - MULTAS DIVERSAS

5.1.1.03.0004 - DESPESAS BANCÁRIAS

5.1.1.03.0005 - IR SOB.APLIC. FINAN. DESPESAS FINANCEIRAS

1.583,42 D 3.289,12 D 1.504,48 D 6.377,02 D

5.1.1.04 - DESPESAS TRIBUTARIAS

5.1.1.04.0001 - CONTRIBUICAO SINDICAL

5.1.1.04.0002 - TAXAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS

5.1.1.04.0003 - I P T U

5.1.1.04.0004 - I P V A

5.1.1.04.0005 - IMPOSTOS E TAXAS DIVERSAS DESPESAS TRIBUTARIAS

5.483,41 D 295,01 D 459,34 D 1.668,16 D 548,81 D 8.454,73 D

Total de DESPESAS

3.128.747,89 D

(=) LUCRO OPERACIONAL Outras Receitas/Despesas: (=) LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS, PARTICIP. E CONTRIBUIÇÕES

Provisão de Impostos: Participações e Contribuições: Total do LUCRO do Período:

650.814,45 C 650.814,45 C

650.814,45 C

Reconhecemos a exatidão da presente demonstração encerrada em 31 de Dezembro de 2014 conforme documentação apresentada.

4.1.1.08 - CRECHE

4.1.1.08.0001 - AGUA E ESGOTO 17.853,05 D

4.1.1.08.0003 - ASSISTENCIA MEDICA 34.034,96 D

4.1.1.08.0005 - COMBUSTIVEL E LUBRIFICANTE 2.455,37 D

4.1.1.08.0006 - CONS. E MANUT. DE INSTALACOES 100.653,32 D

4.1.1.08.0007 - CONS. E MANUT. DE EQUIPAMENTOS 4.904,46 D

4.1.1.08.0008 - COPA E COZINHA 101.943,32 D

4.1.1.08.0009 - VESTUARIO E UNIFORMES 16.383,89 D

4.1.1.08.0010 - DESPESA COM ENERGIA ELETRICA 7.500,21 D

4.1.1.08.0011 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 16.865,00 D

4.1.1.08.0012 - IMPRESOS E MATERIAL DE ESCRITORIO 24.029,39 D

4.1.1.08.0013 - MEDICAMENTOS EM GERAL 10.094,46 D

4.1.1.08.0016 - TELEFONE EM GERAL 21.871,10 D

4.1.1.08.0017 - DESPESA COM GAS 7.480,42 D

4.1.1.08.0018 - DESPESA COM INTERNET 3.723,65 D

4.1.1.08.0019 - DESPESA COM CONDUCAO 1.336,90 D

4.1.1.08.0020 - MATERIAL DE LIMPEZA 23.375,28 D

4.1.1.08.0021 - DESPESA COM RECREACAO 22.269,10 D

4.1.1.08.0022 - MATERIAL PEDAGOGICO 58.103,12 D

4.1.1.08.0023 - SALARIOS E ORDENADOS A PAGAR 507.002,95 D

4.1.1.08.0027 - DESPESA COM ESTACIONAENTO 485,00 D CRECHE 982.364,95 D

4.1.1.10 - FE E FESTA

4.1.1.10.0005 - SERVICO PRES. PESSOA JURIDICA FE E FESTA

(=) LUCRO BRUTO 3.779.562,34 C 5 - DESPESAS

5.1 - DESPESAS OPERACIONAIS

5.1.1 - DESPESAS OPERACIONAIS

5.1.1.01 - DESPESAS COMERCIAIS/ADMINISTRATIVAS

5.1.1.01.0001 - HONORARIOS PROFISSIONAIS 15.440,00 D

5.1.1.01.0002 - COPA E COZINHA 12.908,47 D

5.1.1.01.0003 - CONS. E MANUT. DE VEICULOS 17.603,96 D

1.118,55 D 1.118,55 D 39.166,11 D 39.166,11 D 3.496.299,46 D

NOTAS EXPLICATIVAS ÁS DEMOSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2014

I - CONTEXTO OPERACIONAL

NOTA 01 - A entidade OBRAS SOCIAS NOSSA SENHORA AQUIROPITA, é uma associação civil com personalidade juridica de direito privado, sem fins lucrativos, com caráter exclusivamente beneficente, assistencial , educacional e cultural, que tem por finalidade a promoção humana devendo incentivar o espirito associativo da própria comunidade, tendo como prioridade: o amparo e promoção a infância, a promação de jovens e adolecentes, promoção a moradores em situação de rua, alfabetização de adultos e a promoção da familia.

II - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES

Nota 02 - As demonstrações contábeis e financeiras form elaboradas em conformidade com a lei 6404/76 e resolução CFC 877/2000 que aprovou a NBCT 10.19

III - RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS

Nota 03 - O regime contábil adotado é o da competência.

Nota 04 - Os direitos e obrigações da entidade estão em conformidade com seus efetivos valores reais.

Nora 05 - A conta de aplicações financeiras está demonstrada pelo valor de aplicação dos rendimentos correspondentes e diminuido pelos resgates, sendo apropriada até a data do Balanço com base no regime de competência.

Nota 06 - O imobilizado se apresenta pelo custo de aquisição ou valor original, diminuido da depreciação visto que a entidade não procedeu a correção monetária de balanços em exercicios anteriores.

Nota 07 - As receitas e despesas foram contabilizadas de acordo com os principios de competência dos exercicios.

Nota 08 - No ano 2014 a entidade recebeu doações de pessoas fisicas e juridicas

a) Pessoas Fisica

R$. 26.444,76

b) Pessoas Juridicas R$. 161.191,05

Nota 09 - No ano de 2014 a entidade recebeu os seguintes auxilios

a) Poder Público Defensoria

R$. 5 17.118,47

b) Pref. Muncipal de São Paulo

R$. 2.704.878,26

Nota 10 - No ano de 2014 a entidade recebeu outros auxilios e receitas

a) projeto menor aprendiz

R$. 385.275,61

b) promoções e eventos

R$. 2.958.268,30

Nota 11 - Os recursos obtidos foram aplicados em suas finalidades assistenciais, de acordo com o Estatuto Social, demonstratos pelas despesas e investimentos patrimoniais

Nota 12 - As despesas da entidade são apuradas através de notas fiscais e recibos, em confirmidade com as exigências legais e fiscais

Nota 13 - Todo o trabalho filantrópico é realizado gratuitamente, portanto não se aplicanco o regime de gratuidade, conforme no inciso VI do artigo 3º do decreto 2.536/98.

PE. PAULO SERGIO CORREIA DIRETOR PRESIDENTE RG: 18.888.427- CPF: 675.520.050-68

JOSE VANDERLEI LUCCHETTA CPF: 628.508.738-53 TC/CRC: 1SP294391/O-1

8 | Igreja em Missão |

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Edcarlos Bispo

Destaques das Agências Nacionais

edbsant@gmail.com

Dom Paulo Evaristo Arns deixa a UTI O Hospital Santa Catarina divulgou na segunda-feira, 8, que o Cardeal Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, no sábado, 6, foi trans-

ferido da UTI para unidade de internação e seu estado de saúde é estável.

Aos 93 anos, o Cardeal foi internado na manhã de segunda-feira,

DIA 1º, após sentir um mal-estar em sua residência, em Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo.

Ainda de acordo com o boletim do

hospital, Dom Paulo está sob os cuidados do Dr. Humberto Benedetti e não há previsão de alta.

Fonte: Portal da Arquidiocese de São Paulo

Cáritas no Ceará problematiza uso da água como mercadoria A Rede Cáritas Ceará lança a “Campanha Água Nossa de Cada Dia” para chamar a atenção sobre o direito à água. A iniciativa quer problematizar o uso da água como mercadoria em detrimento do uso como bem público, dentro do modelo de desenvolvimento econômico em que vivemos, e os caminhos possíveis do uso sustentável da água a partir da compreensão e da relação de convivência com o clima Semiárido.

Para quem vive no Semiárido, a

falta da água é uma pauta antiga e persistente. Mas a pluviosidade irregular no tempo e no espaço é característica própria do clima da região.

Este ano é emblemático para a região semiárida do País. Em 2015, completa-se 100 anos de uma das maiores estiagens que o Nordeste já viveu, a co-

nhecida Seca dos Quinze. Um século se fecha e ainda é possível se deparar com situações extremas, como pessoas sem água de qualidade para beber.

Diante dessa realidade, a campanha se destina a compartilhar experiências e saberes, desfazer estigmas e sensibilizar olhares para compreensão dos reais problemas que nos cercam sobre o uso consciente da água. Mais informações sobre a campanha em: ce.caritas.org.br Fonte: Cáritas Ceará

Governo Federal e Alckmin discutirão redução da idade penal O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou na segunda-feira, 8, que o Governo Federal quer dialogar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre a proposta apresentada por ele de alternativa à redução

da maioridade. Alckmin defende o aumento de três para oito anos do tempo de internação para adolescentes que praticarem crimes hediondos.

Edinho Silva disse que o governo está disposto a conversar com Alckmin e outros líderes que queiram

apresentar uma proposta alternativa à que prevalece no Congresso Nacional, capitaneada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB -RJ), de redução da maioridade de 18 para 16 anos.

Fonte: Agencia Brasil

Beatificação de Padre Victor fica mais próxima

Inscrições para o Prouni começam no dia 16

Na sexta-feira, 5, o Papa Francisco autorizou a promulgação do decreto que reconhece o milagre atribuído à intercessão do Padre Francisco de Paula Victor, brasileiro conhecido como Padre Victor.

Na terça-feira, 2, os cardeais já haviam anunciado o reconhecimento de uma cura inexplicável, analisada por uma junta médica do Vaticano e

Começam em 16 as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni), referente ao segundo semestre deste ano. Os estudantes interessados em obter bolsa de estudos em instituições privadas de ensino superior podem se inscrever até o dia 18 na página do programa na internet.

Estão habilitados para o Prouni estudantes brasileiros que ainda não

por uma comissão de teólogos.

O processo de Beatificação de Padre Victor teve início em 13 de julho de 1993 e foi complementado em agosto de 1998. A Congregação das Causas dos Santos o aceitou em 2002. Bento XVI reconheceu a prática das suas virtudes heroicas, em 12 de maio de 2011.

Fonte: A.12

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tenham diploma de curso superior e que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio de 2014, desde que não tenham tirado zero na redação, e que tenham obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas. Professores do quadro permanente da rede pública de ensino podem participar, concorrendo a cursos de licenciatura.

Fonte: Agência Brasil

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Destaques das Agências Internacionais

| Igreja em Missão | 9 Filipe david

correspondente de O SÃO PAULO na europa

Em Sarajevo, Papa estimula a construção de um futuro de paz e fraternidade Com a participação de 65 mil pessoas, o Papa Francisco presidiu, no sábado, 6, missa no estádio olímpico de Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina, durante a visita que realizou ao País, quanto também encontrou-se com autoridades locais.

O Papa afirmou que o País pode se tornar um símbolo da paz. “Num mundo infelizmente dilacerado por conflitos, esta terra pode se transformar numa mensagem, mostrando que é possível viver lado a lado, juntos na diversidade, enraizados em uma mesma humanidade, construindo um futuro de paz e fraternidade”.

Houve, também, um encontro inter-religioso com os líderes locais das principais religiões na região: muçulmanos, judeus, ortodoxos e católicos.

O Papa chamou a atenção para a importância do diálogo: “uma escola de humanidade e um fator de unidade”.

O Papa Francisco também teve um encontro ao ar livre com um grupo de jovens. Em vez de fazer um discurso

preparado de antemão, o Papa preferiu um formato com perguntas e respostas, e disse: “Vocês, flores da primavera pós-guerra, façam a paz, trabalhem pela paz, todos juntos, para que este seja um país de paz. Este é o dever de casa que vos deixo: façam a paz juntos”.

Durante a tarde, o Papa Francisco visitou a Catedral de Sarajevo, onde se encontrou com 200 pessoas consagradas e ouviu o testemunho de três sobreviventes da guerra: o Frei Zvonimir Matijevic – que foi torturado várias vezes, tendo sofrido uma distrofia muscular como consequência; o Frei Jozo Puškaric – que, apesar de ter sido torturado e desejado a morte, perdoou seus algozes; e a Irmã Ljubica Šekerija, que se recusou a converter-se ao Islã, mesmo com uma arma apontada para a sua cabeça.

Um caldeirão étnico e religioso

Após a desintegração da Iugoslávia, no início da década de 90, a Bós-

nia e Herzegovina se declarou independente. O novo País se revelou um caldeirão étnico e religioso composto por uma grande população bósnia (de maioria muçulmana), seguida de sérvios (na maioria ortodoxos) e croatas (maioria católica).

Em 1992, começou o conflito entre os sérvios, que queriam permanecer unidos à Iugoslávia, e os bósnios e croatas, que desejavam a independência. Também houve um conflito menor no interior da guerra entre bósnios e croatas. A guerra duraria três anos, matando 150 mil pessoas e desalojando metade da população do País, além de destruir sua infraestrutura econômica.

Com a escalada da violência, o País foi palco de crimes de guerra, de uma “limpeza étnica”, termo que foi inventado por causa do conflito, que só terminou com a intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em 1995. Ainda hoje, a Bósnia e Herzegovina está sob admi-

L’Osservatore Romano

Papa tem contato com marcas da guerra

nistração internacional, embora seja considerada um País independente.

Fontes: Catholic Herald/ CNA/ BBC/ CNN/ News.va

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10 | Viver Bem |

10 a 16 de junho de 2015 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

Comportamento A revolução social possível Simone Ribeiro Cabral Fuzaro

Estamos vivendo um momento social bastante conturbado. Sentimo-nos enganados o tempo todo: o governo não cumpre com os compromissos assumidos, as estatísticas são manipuladas, os patrões são injustos, os empregados descomprometidos, os clientes aproveitadores, os fornecedores ambiciosos... Vivemos um ambiente de desconfianças, “deslealdades”, de um materialismo excessivo - valemos mais pelo que temos do que pelo que somos. E, então, para “ter” vale quase tudo. Impera o egoísmo - busco aquilo que me convém.

Esse é o resultado de uma sociedade que se acomodou na busca pelas facilidades, por um prazer egoísta e que se descomprometeu com o bem comum.

Fomos nos habituando à busca de um prazer sensível imediato, e fomos lutando contra qualquer tipo de frustração, afinal, como conciliar prazer e frustração? Equação impossível!

Nessa busca irrefletida pelo prazer, deixamos de formar pessoas para serem “homens de bem” e passamos a formálos para serem “felizes”. Cabe uma reflexão importante: o que é ser feliz? É ter prazer no que fazemos, somente? Que tipo de prazer é possível neste mundo egoísta e selvagem que estamos construindo? Somos vítimas ou sujeitos da violência e da desonestidade, uma vez que nos deixamos levar por esse hedonismo desenfreado?

Sim, nosso mundo tem jei-

to. O importante é começarmos to. Essa é a força revolucionária por nós mesmos. A grande re- do exemplo.

Como é bom convivermos volução social começa dentro de cada um! Precisamos nos com alguém bem-humorado, conscientizar da importância de honesto, generoso, pontual. revermos nossos valores e res- Que conforto encontramos gatarmos a busca pelo bem co- quando alguém nos aconselha mum - bem dos filhos, familia- com sabedoria e prudência. res, amigos, colegas de trabalho. Que bom quando percebemos Não devemos esperar trans- encontrar no trabalho um coformações mágicas, nem tão lega fiel, sincero, justo. pouco iniciativas governamenCom certeza, não é fácil tais por uma sociedade mais adquirirmos as virtudes, é um justa e mais humana. Cabe a trabalho árduo, cotidiano, que cada um de nós construir essa sociedade a par- Com certeza, cada um tir de uma mu- de nós tem facilidade na dança interior, prática de algumas virtudes uma mudança e dificuldade em outras, de objetivos, um porém, podemos aprendêestabelecimento de valores mais las, exercitando, vivendo e, sólidos e uma como efeito desse esforço, vida assentada estaremos criando um na busca de vi- ambiente melhor ao nosso ver as virtudes. redor e ensinado outros a As virtudes, que fazerem o mesmo movimento foram por um período tomadas como “piegas e ultrapassadas”, exige empenho e determinatêm como uma das definições ção. Mas garanto: excelente a seguinte: “disposição adqui- caminho para quem quer exrida de praticar o bem e evi- perimentar a felicidade verdatar o mal” (Aristóteles). É im- deira, fruto de um processo de portante notarmos que é uma crescimento pessoal pelo qual disposição adquirida, ou seja, nos transformamos em alguém aprendida. Com certeza, cada melhor para podermos fazer um de nós tem facilidade na um bem maior aos que estão prática de algumas virtudes e no nosso entorno.

Vamos iniciar nossa revoludificuldade em outras, porém, podemos aprendê-las, exerci- ção? Vale a pena! tando, vivendo e, como efeito Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudióloga e educadora; desse esforço, estaremos crianMestre em Educação e Distúrbios do um ambiente melhor ao da Comunicação pela PUC-SP, especialista em linguagem; e coordenadora da Escola nosso redor e ensinado outros de Educação Infantil Pedrita. a fazerem o mesmo movimen-

Cuidar da Saúde

Gastrite

Dra. Cássia Regina

Gastrite é a inflamação da mucosa interna do estômago.

No início, você pode sentir dor na “boca” do estômago, queimação noturna ou náuseas após ingerir grande quantidade de comida. O tratamento é simples e por via oral. Se não for tratada, pode evoluir para úlcera. A gastrite pode aconte-

cer por diversos fatores. Entre eles, existem alguns principais: Alimentação (comidas muito condimentadas, gordurosas, cafeína e ficar sem comer por longos períodos provocam gastrite); automedicação (anti-inflamatórios, ácido acetilsalicílico e álcool podem provocar ou piorar muito essa doença); estresse (pode aumentar a secreção gástrica

e intensificar os sintomas da gastrite) e bactéria (a bactéria H. Pylori pode piorar os sintomas).

A automedicação pode ser muito prejudicial.

Comer de forma adequada a cada três horas e ter lazer para liberar o estresse não é luxo, é necessidade, é saúde.

Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF)

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 10 a 16 de junho de 2015

| Entrevista | 11

Com a Palavra Júlia Manglano

Como educar seus filhos para a felicidade Roberto Zanin

ligentes e de caráter são felizes porque descobrem cada vez mais o valor das pessoas e do amor. Educar para a felicidade significa educar para o amor inteligente.

Roberto Zanin

Especial para O SÃO PAULO

A professora Júlia Manglano sempre teve fascínio pela Educação. Pós-graduada em Estimulação e Educação Infantil pela Escola Europeia de Educação, dirige uma escola em São Paulo que oferece cursos para pais e mães que querem educar seus filhos “para a felicidade”, segundo ela mesma diz. Nesta entrevista, Júlia explica como os pais podem desempenhar melhor sua missão de principais educadores das crianças.

Uma das maiores dificuldades dos pais é como impor limites aos filhos, sem serem tiranos. Como fazer isso?

Os pais devem aprender a exigir dos filhos com carinho. Não ter medo de falar “não”, de colocar limites. As crianças gostam quando têm pais firmes e que lhes dizem o que devem fazer ou o que é o melhor para elas. Exigir com carinho é uma manifestação de amor. Sem autoridade, fica difícil os pais conseguirem educar para a felicidade. Quando os filhos respeitam os pais, porque estes têm autoridade, eles aprendem que obedecer é um bem e depois também saberão obedecer a Deus Pai. Para isso, mães e pais devem gastar tempo com seus filhos.

Com tempo e amor conquistam a obediência deles. Para não perder autoridade, os pais devem evitar: gritar, repetir as ordens, castigar sem avisar antes, ameaçar e não cumprir. Para que obedeçam é melhor elogiá-los, avaliar porque os filhos não estão obedecendo, conhecer os motivos e, a partir daí, atuar de acordo.

O SÃO PAULO - Qual é a missão dos

pais?

Júlia Manglano - Os pais têm em mãos a essencial e rica missão de educar os filhos para a felicidade terrena e eterna. A família deve ser uma comunidade de vida e amor. Para isso, os pais recebem de Deus uma graça especial, a graça de estado de pai e mãe. Os pais são os primeiros e principais educadores e não devem delegar este papel a ninguém pela unidade de amor entre pais e filhos, que é insubstituível.

Qual deve ser o papel da família?

O papel da família é de primeira comunidade de amor, onde os membros são aceitos e amados por si mesmos, ou seja, de forma incondicional. É a primeira escola de desenvolvimento das faculdades superiores do ser humano: inteligência e vontade. É uma comunidade de crescimento nas virtudes e na excelência humana natural e também na sobrenatural. É a base da sociedade e da construção de um mundo mais justo e humano.

Como os pais podem dar conta do recado, já que também têm seus defeitos e limitações?

Em primeiro lugar, os pais têm a ajuda de Deus para suprir as suas lacunas e fraquezas. Por isso, em primeiro lugar, devem rezar pelos filhos todos os dias. Depois, devem conhecer suas limitações e possibilidades. Precisam estabelecer objetivos educativos gerais e também para cada filho, traçando um pequeno plano de ação. Os pais também devem tratar o tempo para os filhos como prioridade e o “trabalho de educação” como o mais importante. Estudar, adquirir conhecimentos para educar cada vez melhor e tornar-se pai ou mãe “profissional”.

Você organiza cursos para formação dos pais. Por que é importante que os pais se “profissionalizem” nessa missão de educar os filhos?

Educar hoje está mais difícil, devido aos inúmeros estímulos e apelos que as crianças recebem desde cedo. Nesse sentido, é importante os pais conhecerem as novidades em educação e novas tecnologias que facilitam muito a tarefa educativa. Dessa forma, podem aliar seu amor incondicional aos conhecimentos em educação.

Qual o método e o conteúdo desses cursos?

Através de cursos para pais que trazem novas tecnologias em educação. Educar hoje ficou mais difícil. Por isso, os pais também precisam de ferramentas mais eficazes e que facilitem sua tarefa educativa. A Escola AeD, que eu dirijo, trouxe um curso para pais com filhos de 0 a 6 anos de idade, de estimulação e educação infantil.

O curso transmite princípios e técnicas de como os pais podem multiplicar a inteligência de seus filhos na fase em que o cérebro cresce 85%, até os 6 anos de idade. Pais que fizeram o curso relatam que seus filhos começaram a desenvolver habilidades e gosto em todas as áreas: física, de leitura, musical, de artes, matemática, e outras, independentemente da herança genética.

Assim como existe essa janela de oportunidade para o desenvolvimento

da inteligência de 0 a 6 anos, também existe a janela do desenvolvimento da vontade, de hábitos bons, que deixam marcas a nível emocional no cérebro.

Esses hábitos bons são a base para a posterior aquisição de virtudes. Os hábitos básicos de 0 a 3 anos são: ordem, higiene, alimentação e sono. Se as crianças até os 3 anos estiverem comendo de tudo e sozinhas; escovando os dentes e tendo outros hábitos de higiene; dormindo a noite inteira em sua própria cama, com rotinas e ordem material, estarão muito bem preparadas em termos de desenvolvimento da vontade (do caráter) para a fase seguinte dos 4 aos 8 anos. Nessa fase, é importante os pais ajudarem as crianças para que sejam sinceras, obedientes e generosas.

Você acredita que os pais devem educar os filhos para a felicidade.

Você tem até um blog, no Portal Estadão, com esse título. O que significa isso?

Educar para a felicidade significa desenvolver todas as potencialidades dos filhos por meio de estímulos, oportunidades e, principalmente, de modelos adequados. O desenvolvimento da inteligência torna a criança cada vez mais apta a conhecer a verdade e tomar decisões que levem ao bem. Crianças inte-

A escola que você dirige tem o foco voltado para a estimulação da inteligência, desde os primeiros anos de vida da criança. Por quê?

A Neurociência demonstra que se as crianças forem devidamente estimuladas podem desenvolver facilidade e gosto em todas as áreas independentemente da herança genética. Acabam desenvolvendo habilidades nos esportes, leitura, matemática, artes, língua estrangeira, música e ciências, porque receberam estímulos desde cedo. Não serão um Mozart ou um Cesar Cielo, porque aí precisam também da parte genética, mas vão gostar de música e de praticar esportes.

Qual mensagem você deixa para os pais e mães “de primeira viagem”?

Uma grande educadora e fundadora do Instituto de Inteligência no Brasil, Conceição Veras, sempre diz: Mãe e bebê formam a dupla mais dinâmica do mundo! E eu acrescentaria: Pais, filhos e Deus formam a comunidade mais feliz do mundo! Isso porque o amor dos pais que é incondicional, unido ao amor a Deus, que os ajuda em sua missão, é garantia de que a criança será educada para a felicidade.

(Informações sobre os cursos para pais: www.escolaaed.com.br ou pelo tel: 5531-8672)

12 | Reportagem |

10 a 16 de junho de 2015 | www.arquidiocesedesaopaulo.org.br

‘Queremos dizer a todos que Nayá Fernandes

nayafernandes@gmail.com

Fernando Geronazzo Especial para O SÃO PAULO

A

Arquidiocese de São Paulo celebrou a solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Jesus Cristo com uma missa campal que reuniu aproximadamente 3.500 pessoas na praça da Sé, na manhã da quinta-feira, 4. A celebração de Corpus Christi foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelos bispos auxiliares e inúmeros padres.

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a Eucaristia enquanto dom de Deus não somente à Igreja, mas para toda a humanidade. “A Igreja é guardiã deste dom e recebe agradecida, celebra, compartilha, distribui, convida para que todos também participem desse dom, pois Jesus quer que todos tenham vida e se beneficiem da sua doação pela humanidade. ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância’, disse o Senhor”.

“Jesus faz dom de si mesmo na Eucaristia e nós, sempre de novo, recordamos o significado desse dom e o proclamamos publicamente não só dentro das nossas igrejas, mas nas praças, nas ruas, nas procissões.

Queremos dizer a todos que Ele está no meio de nós, que é dom para toda a humanidade, é bênção para a nossa cidade e quer estar conosco todos os dias e em todas as situações”, afirmou o Cardeal.

Outro aspecto do mistério eucarístico ressaltado por Dom Odilo é o conceito de aliança apresentado nas leituras proclamadas na missa. “Na primeira leitura, Deus faz aliança com seu povo e o sinal desse pacto é o sangue de animais sacrificados, aspergido sobre o povo. Depois, ouvimos na segunda leitura que esses sacrifícios eram uma profecia daquilo que viria, pois não é o sangue de animais que nos purifica, mas a verdadeira aliança é a que Jesus realizou entre o Pai e a humanidade no seu próprio sangue derramado por nós voluntariamente na nova e eterna aliança. Tudo isso nós celebramos na Eucaristia, fazendo o que Jesus nos disse: ‘Fazei isto em minha memória’”, explicou.

O Arcebispo, ainda, salientou que o pacto realizado em Jesus é uma “aliança de amor, de salvação, de misericórdia, de perdão, de manifestação da glória de Deus em seu Filho humanamente”, pacto da presença divina no meio do povo, como afirmou o próprio Cristo, “Eu estarei com você todos os dias”, disse. “Nós não seriamos capazes de fazer esse pacto por nossa iniciativa, mas ele parte do amor de Deus”.

Eucaristia: ‘sustento da família’ Neste ano, a celebração arquidiocesana de Corpus Christi teve como tema “Eucaristia, sustendo da família”, inspirada no Sínodo dos Bispos, que desde a Assembleia Extraordinária do ano passado tem refletido sobre o tema e na próxima Assembleia Ordinária, em outubro, abordará “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

“A Família é importante para a humanidade, é importante para a Igreja”, afirmou Dom Odilo, recordando, ainda, que a família é a chamada “igreja doméstica”.

O Cardeal salientou a importância da relação das famílias com a Eucaristia.

“Se a família permanece relacionada com a Eucaristia, fé da Igreja está salva. A evangelização está realizada”, disse, reforçando o compromisso dos pais e avós de educar as novas gerações para uma fé eucarística. “Levem seus filhos à Igreja desde pequenos, eduquem para a Eucaristia”.

Maria Zeza caminhava com o filho João Pedro de 3 anos nos braços. À frente ia o pai, Carlos Zeza, e os outros dois filhos, Anelise, 15, e Mikael, 10.

A família estava entre tantas outras que foram participar da celebração de Corpus Christi na praça da Sé. Da Comunidade Nossa Senhora da Alegria, que pertence à Paróquia Santa Rita de Cássia, na Região Brasilândia, foi a primeira vez que família inteira veio participar da celebração arquidiocesana. “Foi uma experiência bonita de ver todas as regiões juntas”, disse a mãe.

Maria Zeza afirmou que a participação na comunidade é essencial para eles na educação dos filhos. “Procuramos participar sempre, ir à missa juntos aos domingos. A Eucaristia e a Igreja nos ajudam muito, pois a educação dos filhos é uma tarefa difícil hoje e os pais precisam de muita ajuda.”

Após a missa, houve uma procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas do centro da capital paulista, passando pelo Pátio do Colégio, local da fundação da cidade, pelo Mosteiro de São Bento, onde os monges beneditinos entoaram um hino eucarístico, e, por fim, diante da Igreja Santa Ifigênia, onde todos receberam a bênção com o Santíssimo Sacramento.

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 10 a 16 de junho de 2015

| Reportagem | 13 Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO

Ele está no meio de nós’

Após missa na praça da Sé, Cardeal Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, conduz procissão com o Santíssimo pelas ruas do centro da cidade até a Igreja de Santa Ifigênia, dia 4

Eucaristia é caridade Corpus Christi, a Solenidade do Corpo e Sangue de Jesus, celebrada na quinta-feira, 4, foi também o dia de fazer um gesto concreto pelos corpos sofridos pelo frio nas ruas da cidade. Afinal, enquanto católicos, em todo o mundo, se reúnem para rezar e agradecer a Deus por tê-los deixado a Eucaristia, “alimento para o corpo e para a alma”, muitos ainda não têm o que comer, onde dormir ou como se agasalhar no inverno.

Assim, a Arquidiocese de São Paulo quis que a celebração de Corpus Christi deste ano fosse acompanhada pelo gesto de recolher e doar cobertores às pessoas em situação de rua.

Os que têm a praça da Sé por

casa, puderam acompanhar uma movimentação diferente na madrugada da quinta-feira.

O Vicariato Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua ficou responsável pela confecção do tapete, e envolveu membros da fraternidade O Caminho, Aliança de Misericórdia e Pastoral da Juventude, que começaram a montagem do tapete, em frente à Catedral da Sé, por volta de 0h30 e terminaram após às 5h.

Os desenhos do tapete foram feitos com quase 2 toneladas de sal grosso tingido e na moldura estavam simbolicamente alguns cobertores, que logo mais também seriam doados.

Jair Gleidson Leal da Silva, 35, e está em São Paulo há apenas 2 meses. Ele veio de Belém, no Pará, como filho da fraternidade O Caminho. Ele permanecerá

na cidade por 9 meses, tempo de recomeçar a vida e, como ele mesmo disse, “tentar reparar alguns erros do passado”. Jair foi um dos que passou a fria madrugada de quinta-feira trabalhando na confecção do tapete para a Solenidade de Corpus Christi.

“Fui prestigiado em fazer parte deste trabalho que é também um momento de encontro com Deus, fazendo parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Pra mim, foi uma grande graça e a vivo como se não tivesse terminado”, disse. Ao contar sua história e como foi importante a acolhida da comunidade, Jair sente-se membro de uma nova família. “A gente perde algo para ganhar mais. A perda da minha integridade física e até moral me fez perceber que Deus sempre

nos dá uma nova oportunidade, mesmo quando a sociedade exclui. Deus é sempre Deus, independentemente de classe, raça, ele não faz acepção de ninguém e eu sou prova disso.”

Outro a salgar as mãos para ajudar na confecção do tapete foi o Irmão Tarcísio da Santíssima Virgem Maria, que é paranaense e está na fraternidade O Caminho desde 2007. “Estava frio, mas todos estávamos muito empolgados. Para mim, ajudar mesmo na simplicidade e a partir da nossa pobreza é muito gratificante. Foi um momento de experimentar aquilo que viveu Francisco de Assis, onde Jesus revelava a ele o pedido de ‘vai e reconstrói’. Também nós queremos ser esses reconstrutores das vidas das pessoas, dos pobres, dos que mais necessitam.”

Unidos, eles iriam continuar a pastoral junto ao povo da rua durante toda a tarde da quinta-feira. “Vamos dormir na rua, para compartilhar a vida com esses irmãos e continuar a distribuição dos cobertores.

Corpus Christi é um momento para caminharmos juntos como Igreja, seja na vivência de fé, da comunhão da oração, mas também na caridade.” (NF)

Seja solidário!

O Vicariato para o Povo da Rua está com uma campanha de agasalhos, por ocasião do início do inverno, e já arrecadou mais de mil cobertores. Para fazer uma doação, entre em contato pelo telefone (11) 3228-6223, na Casa de Oração do Povo da Rua.

14 | Reportagem |

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Fotos: Flávio Cavalcanti/Paróquia São Benedito

Na Paróquia São Benedito, na Região Episcopal Santana, Dom Odilo asperge o templo, acompanha deposição de relíquias e unge altar com o óleo do Crisma, em celebração no sábado, 6

Cardeal Scherer dedica templo e altar de Paróquia no Jaçanã ajudou na reforma do templo, ressaltando a sensibilidade dos fiéis com o dízimo e com a atuação social da Paróquia.

Com trabalho e contribuição de toda a comunidade paroquial de São Benedito, após sete meses de reforma, igreja foi entregue no sábado, 6

Igreja em Saída e a evangelização em células

Renata Moraes

jornalismorenata@gmail.com

Centenas de fiéis lotaram a Paróquia São Benedito, no Jaçanã, na Região Episcopal Santana, na noite do sábado, 6, para a dedicação do templo e do altar, em celebração presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano.

Concelebraram os padres da Congregação de São José, também conhecida por Josefinos de Murialdo, que foi fundada em 1873 por São Leonardo Murialdo, e que se fazem presentes nesta paróquia: Padre Marcelino Modelski, pároco; Padre Eugênio Marini, vigário paroquial; Padre Antônio Lauri de Souza, provincial da Congregação de São José; e o padre Benedito Hércules Daniel, pároco da São Luiz Gonzaga, também do Setor Jaçanã.

A Paróquia de São Benedito foi fundada em 16 de outubro de 1966, por Dom Paulo Evaristo Arns, então bispo auxiliar do arcebispo de São Paulo, Cardeal Agnelo Rossi.

‘Como pedras vivas que somos nós, dedicamos essa Igreja’, diz Cardeal Scherer aos fiéis da Paróquia São Benedito

A reforma iniciada em novembro de 2014, teve o projeto desenvolvido pelas Irmãs da Congregação Pias Discípulas do Divino Mestre, do Serviço do Apostolado Litúrgico. Alterações estruturais foram realizadas: colocação de vitrais nas janelas, reforma do altar e do piso. O templo também ganhou uma nova iluminação e inclusão de um painel com a imagem de Cristo Ressuscitado sob uma videira e seus ramos.

Nas palavras iniciais do Cardeal, dedicar o templo e o altar é entregá-los a Deus. Dom Odilo ressaltou que a dedicação da igreja é um gesto de fé, que marca para sempre a história daquela Paróquia, e que acompanhar a sequência do rito e todo seu

simbolismo ajuda o povo a compreender melhor a fé.

O rito da dedicação iniciouse com a aspersão da água sobre o altar, sobre as paredes do templo e sobre o povo. Em seguida, os leitores entregaram o Lecionário a Dom Odilo, que o depositou sobre o ambão.

Na homília, o Arcebispo ressaltou a importância de construir igrejas para o acolhimento de Deus, local onde o povo viverá os santos mistérios, dando o seu testemunho público de fé.

Durante a reflexão sobre o Evangelho (Jo 2, 13-22), na passagem em que Jesus afirma a comerciantes que reedificaria o templo três dias após sua destruição, Dom Odilo recordou que Jesus não estava falando do

templo de Salomão, um templo de pedras, mas, sim, Dele próprio, do templo que é o seu corpo.

Após a Profissão de Fé e a Ladainha de Todos os Santos, foram depositadas sob o altar as relíquias de São Leonardo Murialdo, Santa Paulina e da Beata Madre Assunta Marchetti.

Dom Odilo proferiu a prece de dedicação da igreja e do altar, ungiu o templo e o altar com óleo da Crisma, incensando-os posteriormente. O rito teve sequência com o revestimento do altar e acendimento das velas. (veja detalhes dos ritos na página 15) Padre Marcelino, ao final da celebração, agradeceu a toda comunidade que trabalhou e

Com a missão de conduzir as pessoas ao encontro de Cristo, consolidá-las na fé, torná-las discípulas e enviá-las a servir, a Paróquia São Benedito possui um trabalho de evangelização em células. Cerca de 300 fiéis se reúnem em grupos de até 12 pessoas, em diferentes casas do bairro, uma vez por semana, para realizar o estudo bíblico. A prática acontece há mais de oito anos e tem sido referência para as demais paróquias da Região.

Obra Social de São Benedito

Além dos trabalhos de evangelização, a ação social também é presente na vida dessa comunidade. A Obra Social de São Benedito oferece atendimento e alimentação diária para 240 crianças e adolescentes, de 6 a 15 anos de idade. Proporciona, também, cursos técnicos profissionalizantes nas categorias de Auxiliar Administrativo, Hotelaria e Turismo, Operação em Supermercados e Eventos. Destinado para jovens e adultos, de 15 a 59 anos, soma ao todo mais de 500 pessoas atendidas.

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| Reportagem | 15

Na dedicação do templo, a liturgia da vida da Igreja Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com

“A Igreja é formada pelos tijolos vivos, os membros vivos que fazem parte dela.

Por isso, podemos nos reunir em qualquer lugar, mas obviamente existe o espaço reservado para esse encontro que é o edifício, o templo. E para deixar marcado que esse templo está destinado ao culto se faz a celebração de ‘Dedicação do Templo’”.

Dessa forma, o Padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo, descreve a importância da celebração de Dedicação do Templo, que, para ele, depois da missa da Vigília Pascal, é “a celebração mais bonita em termos de sinais”.

Por falar em Catedral da Sé e em Dedicação, essa celebração é tão importante para a vida da Igreja que em toda

a Arquidiocese a data é comemorada liturgicamente como festa, enquanto na própria Catedral da Sé é celebrada como solenidade, sempre no dia 5 de setembro.

Não há precisão de quando essa celebração começou na Igreja, mas ela remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, sendo o testemunho mais antigo a dedicação da Igreja da Ressureição e do Martírio em Jerusalém no dia 13 de setembro, por volta do ano 400. Além de não ser uma prática unicamente cristã, sendo encontrada em outras tradições religiosas como a judaica, por exemplo, como explica o “Dicionário de Liturgia Pastoral” (editora Loyola, 2011).

Ao ser dedicado, o templo “não terá outra função a não ser a adoração e o louvor a Deus”, afirma o Padre Baronto. Para o mestre de cerimônias da Arquidiocese de São Paulo, Padre Helmo Faccioli, a

celebração de Dedicação do Templo dá “visibilidade externa do mistério interno”.

“O templo é a expressão da fé de um povo. Por isso, ele só tem sentido se for a expressão daquilo que é interno. O que dá sentido ao templo, em primeiro lugar, é a participação dos que são batizados”, destacou.

O templo

“Como pede sua natureza, a igreja terá de ser adequada às celebrações sacras, bela, resplandecente de nobre formosura e não de mera suntuosidade e verdadeiramente sinal e símbolo das realidades celestes”, descreve o Pontifical Romano.

Da mesma forma pensa o Padre Helmo sobre o templo e o material do qual é feito a mesa fixa do altar. “A preparação arquitetônica deve ser de material nobre e durável, principalmente o altar. É previsto no rito que ele seja fixo, de pedra”.

Os símbolos

A celebração de Dedicação é repleta de sinais e símbolos, todos dizem muito da vida da Igreja e de sua dignidade. O Padre Helmo destaca, por exemplo, algo que muitas vezes passa despercebido da maioria dos fiéis. Quando da unção do altar (veja os principais momentos do rito de dedicação no box a baixo), o bispo unge as cruzes colocadas nas paredes.

Os números dessas cruzes revelam a beleza e a unidade da Igreja. Quando são 12, representam os doze apóstolos, as colunas que sustentam a Igreja. Mas podem ser quatro – no caso de templos menores, por exemplo – e simbolizam os quatro pontos cardeais.

“A dedicação de um templo se destina à santificação de todo universo, é muito significativo. Não é um ritual por um ritual”, afirma Padre Helmo.

momentos do rito de dedicação Aspersão

04.ago.2012

Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO - 04.abr.2013

O bispo benze a água e com ela asperge o povo, em sinal de penitência e em lembrança do Batismo. As paredes e o altar da nova igreja, também são aspergidos para purificá-los.

O incenso é queimado sobre o altar, em um fogareiro, simbolizando nossa oração que sobe até Deus.

Os acólitos ou cerimoniários usam o turíbulo passando por todo o espaço da igreja, incensam o povo e as paredes.

Liturgia da Palavra

Antes de entregar o Lecionário para quem vai fazer a leitura, o bispo diz: “A palavra de Deus ressoe sempre nesse templo, que ela vos revele o mistério de Cristo e opere na igreja a vossa salvação”.

04.ago.2012

Ladainha

Nas grandes circunstâncias da vida da Igreja, se canta a Ladainha de Todos os Santos para invocar deles a proteção. A Ladainha representa a comunhão dos santos do céu com a igreja da terra que caminha rumo à santidade.

11.dez.2011

Lembram a Igreja do tempo dos mártires, pois era sobre o túmulo dos mártires que se celebrava a Eucaristia. São depositadas sob o altar e devem ter comprovação de autenticidade, como prescreve o próprio rito.

25.ago.2013

Prece de Dedicação

Unção do altar e da igreja

Feita com o óleo do Santo Crisma, pois o altar significa o Corpo de Cristo. Por isso que no final da celebração quem preside beija o altar pois ele está beijando o corpo de Cristo. É colocado sobre a mesa uma quantidade de óleo que se torne visível.

As cruzes que estão dispostas na nave da igreja também são ungidas.

25.ago.2013

Luzes do altar e da igreja

Após a incensação, o excesso do óleo é retirado da mesa do altar que é coberto com as toalhas.

Em seguida, o diácono se apresenta e recebe uma vela acessa do bispo, com ela ascende os castiçais do altar e as velas da nave da igreja, que, na maioria das vezes, estão dispostas nos mesmos lugares que as cruzes.

As relíquias

A prece de dedicação é feita de forma solene. É uma prece invocatória para que aquela pedra seja altar para o culto divino.

Incensação do altar e da igreja

• Se houver inauguração da Capela do Santíssimo, após a comunhão as âmbulas ficam no altar, o bispo faz a oração pós-comunhão, depois incensa o Santíssimo Sacramento, e segue em procissão até a capela.

Lá, coloca as âmbulas no sacrário, incensa novamente, faz uma breve adoração, fecha a porta do mesmo e se acende a luz que indica a presença do Cristo Eucarístico.

16 | Fé e Cultura |

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Filipe David

osaopaulo@uol.com.br

Dica de Leitura

Evento

O milagre da Igreja Dentre os padres pregadores de Santo Domingos, Sertillanges é considerado um dos mais ativos e influentes filósofos neotomistas do século XX. Conhecido pela forma clara de exposição, e também pela elegância na escrita, tratou de questões concernentes aos grandes problemas teológicos e morais de seu tempo. Foi professor de Filosofia do Instituto Católico de Paris (1900) e de Teologia na Escola Bíblia de Jerusalém (1923), além de ter lecionado nas escolas dos dominicanos na Holanda e na Bélgica (1924-1928).

“A história de toda instituição é como uma página branca tarjada de preto; precede-a o nada de si e outro nada segue-a; porque tudo morre. Só a Igreja não somente não morre, mas, em certo sentido, não nasceu; porquanto, se ela é uma realidade temporal, tendo uma história, é também uma realidade extratem-

Divulgação

poral, em razão de não passar a sua história de uma espécie de símbolo.

Símbolo real, símbolo que é uma parte da sua realidade, mas que se acha transcendido por uma realidade mais alta, pertencente ao mundo do espírito e roçando pelo tempo

O canto das sereias

apenas com a ponta das asas.

Aliás, essas asas são tão largas de envergadura que envolvem todo o tempo, à feição do Espírito criador, de quem a Igreja é uma emanação direta.

Tal é a primeira noção a penetrar quando se quer falar corretamente dos antecedentes da Igreja. É que, para o católico, a Igreja não é uma instituição particular, como haveria outras ao lado, antes ou depois: é uma instituição universal, que chama a si e que a si subordina realmente toda a raça, no intuito de, por Cristo, Homem universal, uni-la a Deus que habita em Cristo e que se fez homem n’Ele, a fim de que por Ele o homem suba e tenha acesso a Deus”, consta na sinopse do livro.

FICHA TÉCNICA Autor: A.D. Sertillanges, O. P. Páginas: 196 Editora: Ecclesiae

O Bloomsday 2015, inspirado pela natureza paródica do Ulysses de Joyce e particularmente pelo capítulo correspondente ao episódio das Sereias da Odisseia de Homero, focalizará o tema desde sua origem, evocando sua presença no mundo mítico da Grécia Antiga, na própria literatura e música brasileiras – incluindo correspondentes indígenas e afro-brasileiros do mito, como a Uiara do Macunaíma, de Mário de Andrade – para chegar ao romance de Joyce, com as garçonetes-sereias do Hotel Ormond, em Dublin: compondo um coro universal, trechos do episódio serão lidos em diversos idiomas, do hebraico ao português.

A música terá forte participação no evento, que contará com apresentação de gaita de foles, de música instrumental irlandesa – por duas bandas com repertório diverso – e de canções voltadas ao tema das sereias, além de uma “jam session” de encerramento, que evocará a já longa tradição do Bloomsday em São Paulo, iniciada em 1988, no Finnegan’s Pub, pelo poeta Haroldo de Campos.

Quando: Terça-feira, 16, às 19h.

Local: Finnegan’s Pub (rua Cristiano Viana, 358, Pinheiros).

Informações: (11) 3673-1883 ou casaguilherme dealmeida.org.br

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| Esporte | 17

Chile, Copa América e ‘un apasionado por el fútbol’ Chileno Manuel Varas recorda o amor de seu povo pelo futebol e a expectativa para a competição continental Daniel Gomes

danielgomes.jornalista@gmail.com

Após 24 anos, o Chile vai sediar, a partir de quinta-feira, 11, a Copa América de futebol.

O jogo de abertura será entre chilenos e equatorianos. O Brasil estreia no domingo, 14, às 18h30, contra o Peru.

Por seis vezes, o torneio continental aconteceu no Chile - 1920, 1926, 1941, 1945, 1955, 1991 -, mas nunca foi vencido pelos anfitriões. O melhor desempenho dos chilenos em casa aconteceu em 1955, com o vice-campeonato.

Após a boa performance na Copa do Mundo de 2014, quando foi eliminada nos pênaltis nas oitavas de final pelo Brasil, a seleção chilena alimenta a esperança dos torcedores pela inédita conquista da Copa América.

“Estou torcendo pelo título. Espero que na Copa América o Chile jogue bem como no Mundial de 2014, porque tem jogadores atuando na Europa, além de caras que estão no Brasil, como o Valdívia, no Palmeiras, e o Aránguiz, no Internacional”, avalia, ao O SÃO PAULO, Manuel Varas, 76, chileno que vive no Brasil desde 1972.

Rafael Ribeiro/CBF - 28.jun.2014

Paixão sem violência

“Para o chileno, a principal diversão é o futebol. Então, quando há uma oportunidade como agora com a Copa América, o pessoal vai acompanhar”, explica Manuel.

Ele garante que a paixão dos chilenos por esse esporte é igual a dos brasileiros, e lembra que muitas pessoas jogam bola nos campos pelas cidades e que há o hábito de a torcida por um clube ser transmitida de pai para filho.

“A paixão do chileno pelo futebol é a mesma coisa que se encontra aqui. As pessoas se vestem com a camisa dos clubes pelas ruas e nos estádios, mas lá não é tão perigoso sair com a camisa pelas ruas, e nos estádios do Chile nunca aconteceu nada muito grave, como acontece aqui e na Argentina”, comentou.

1962 inesquecível

Em 1962, quando o Chile sediou a

Arquivo pessoal

No Brasil desde 1972, chileno Manuel Varas torce por sua seleção e aprecia talento brasileiro

Copa do Mundo, Manuel Varas vivia em Arica, uma das cidades sedes do Mundial.

“Naquela época, eu era jovem, jogava futebol, ia aos campos. Em Arica, se construiu um estádio para 25 mil pessoas. Lá, na Copa, a torcida pôde ver a seleção da Rússia, da Colômbia, do Chile. Como a cidade ficava perto do Peru e da Bolívia, não era só o chileno que ia para as partidas, mas

Federação Internacional de Tênis

HISTÓRICO

O tenista brasileiro Marcelo Melo, na companhia do croata Ivan Dodig, conquistou no sábado, 6, em Paris, o inédito título nas duplas masculinas em Roland Garros, um dos quatro principais torneios do tênis mundial. A dupla derrotou na final os gêmeos norteamericanos Bob e Mike Bryan, atuais campeões olímpicos, por 2 sets a 1.

também muitos bolivianos e peruanos. O estádio ficava lotado”, recorda.

No Mundial, vencido pelo Brasil, a seleção chilena terminou em terceiro lugar.

“Depois daquela Copa, o Chile se manteve do meio para baixo no futebol do continente, nunca foi do meio para cima, mas nos últimos anos, a seleção está melhor e os chilenos estão mais vibrantes em acompanhá-la”.

AGENDA ESPORTIVA SÁBADO (13) Brasileirão de Futebol 16h30 – Corinthians x Internacional (Arena Corinthians) DOMINGO (14) Circuito Popular de Corrida de Rua de São Paulo 7h – Etapa de Santana (Rua Viri, 425, Santana – próximo ao Parque Domingos Luis).

Brasileirão de Futebol 16h – Palmeiras x Fluminense (Allianz Parque)

18 | Regiões Episcopais |

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Brasilândia 2 mil conclamam: ‘Eucaristia e paz!’

Juçara Terezinha Zottis

Colaboração especial para a Região

No coração do bairro de Perus, na praça do Samba, 2 mil pessoas, vindas em caravanas das paróquias que compõem o Setor Pastoral Perus da Região Brasilândia, participaram da Solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 4.

No chão da quadra da praça, tape-

tes que expressam os clamores de justiça e paz das comunidades, foram feitos com serragem colorida, areia, flores, borra de café, sal e frutos. Eram desenhos alusivos ao tema da Eucaristia e Paz, que transformaram o local em um espaço de meditação e reflexão sobre o Juçara Terezinha Zottis

Fiéis lotam a praça do Samba, em Perus, na Solenidade de Corpus Christi, dia 4

contexto social, político e econômico atual.

Entre as muitas pessoas em pé e as outras acomodadas nas arquibancadas de cimento da praça, o olhar e o silencio era a expressão de fé era visível. Às 15h, teve início a celebração eucarística, em clima de devoção e adoração, presidida pelo Padre Cilto José Rosembach, pároco da Paróquia São José, que motivou a assembleia a refletir sobre o cenário de injustiças atuais, como o assassinato da juventude pobre e negra, a violência que assola as famílias, carentes de amor, compreensão e cuidado.

“A Ceia do Senhor não suporta as injustiças. O cristão se torna conhecido enquanto cristão na hora que reparte, ajuda quem precisa, é solidário, participa na vida da comunidade. Eucaristia e paz, a gente faz!

A paz é fundamental, indispensável, mas que a paz implica lutar por ela.

A paz se cria, se constrói pela supe-

ração de realidades sociais perversas.

A paz é fruto da justiça. Justiça e paz se abraçarão”, afirmou o Padre Cilto.

“Corpo de Cristo é sagrado divino, assim também o corpo humano é sagrado, deve ser respeitado, não deve ser machucado”, apontou o Sacerdote.

“Felizes os que promovem a paz. Você quer ser feliz? Então promova a paz”, concluiu.

Após a comunhão, jovens crismandos entregaram para cada participante uma lembrança do setor contendo o lema da celebração “Eucaristia e Paz”.

Outro destaque da missa foi a expressiva coleta em favor do povo desabrigado do Nepal (país afetado por terremotos nos meses de abril e maio), que totalizou R$ 3.527,00. O valor será depositado na conta da Cáritas Brasileira.

A procissão com o Santíssimo seguiu até a Paróquia São José, onde ocorreu a bênção aos fiéis.

‘Santo Antônio, rogai por nós’ A matriz da Paróquia Santo Antônio (rua Parapuã, 1903, Itaberaba), no Setor Nova Esperança, está em festa até o sábado, 13, com a trezena em louvor ao padroeiro, que este ano tem como tema “Santo Antônio, rogai por nós”.

Todos os padres que presidirão missas na trezena são franciscanos ou antonianos. Durante a semana, as missas acontecem às 20h. No sábado, 13, dia do padroeiro, haverá apresentação da Banda da Polícia Militar às 16h, além de missas às 7h,

9h, 15h às 17h, está última seguida de procissão. Segundo o Padre José Renato Ferreira, pároco, também serão confeccionados 30 bolos de Santo Antônio.

Os festejos do padroeiro dão continuidade às comemorações

Lapa

dos 61 anos da Paróquia. Em 29 de maio, houve a coroação de Nossa Senhora e no dia 30, o hasteamento da bandeira de Santo Antônio. Saiba mais detalhes pelo telefone (11) 3921-6046.

(Colaborou Rúbya Beranger)

Benigno Naveira

Colaborador de comunicação da Região

‘Celebrar Corpus Christi é testemunhar a fé’ Benigno Naveira

padre que celebra na pessoa de Cristo, em nome de Cristo, em nome de Deus.

Cristo está, sobretudo, presente no pão e vinho consagrado. Comungar em Jesus é comungar na vida do irmão, sendo solidário e preocupando-se com o bem-comum. Então, celebrar essa grande festa e sair pelas ruas em pro-

cissão é testemunhar a nossa fé”.

Convidados pelo Padre Cristiano de Souza Costa, pároco, que concelebrou a missa, os cerca de 200 fiéis que foram à celebração sairão em procissão pelas ruas do bairro, e, depois, receberam a bênção de Dom Julio com o Santíssimo.

Paróquia São José Operário

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Procissão com o Santíssimo Sacramento passa em tapete feito com tecidos na Paróquia São José Operário, na Solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 4.

Pelas ruas da Vila Anglo-Brasileira, na quinta-feira, 4, fiéis da Paróquia Nossa Senhora Aparecida participam da procissão com o Santíssimo.

Dom Julio conduz procissão com o Santíssimo pelas ruas do Parque São Domingos

“A Eucaristia é Jesus, que nós recebemos do autor das graças. Não só recebemos as graças divinas, recebemos a fonte de todas as graças, que é o próprio Jesus”, afirmou Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, durante a celebração da solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 4, na Paróquia Santa Domitila, no Setor Pirituba.

O Bispo, na homilia, lembrou que a Solenidade de Corpus Christi é a festa da Eucaristia, mas que o dia próprio da

Eucaristia é na Quinta-feira Santa, mas como esta desemboca imediatamente na Sexta-feira Santa, o calendário litúrgico prevê a festa de Corpus Christi para depois.

Dom Julio refletiu, ainda, sobre o mistério da Eucaristia: “Primeiramente, a presença real de Cristo que está realmente presente na palavra quando se proclama a Palavra de Deus, é Cristo que fala conosco. Cristo está realmente presente na pessoa dos mais sofredores, dos irmãos, dos ministros, do

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| Regiões Episcopais | 19

Peterson Prates

Colaborador de comunicação da Região

‘A espiritualidade eucarística é eclesial e comunitária’ “A espiritualidade eucarística é também missionária e deve ser vivida perto do irmão”. Assim refletiu Dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, na homilia da Solenidade de Corpus Christi, em celebração por ele presidida na quinta-feira, 4, na Paróquia Imaculada Conceição, no Setor Sapopemba, concelebrada pelo Padre Gilberto Orácio, pároco.

O Bispo falou sobre a espiritualidade eucarística, recordando a exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis (O Sacramento da Caridade), do Papa Bento XVI, que lembra que “a espiritualidade eucarística é eclesial e comunitária”.

O Bispo lembrou, ainda, que os

fiéis recordassem que todos “fomos reunidos por Jesus Cristo”, e alimentados por Cristo, o pão da vida, que se faz presente na mesa da Palavra e da Eucaristia.

Na nave da matriz paroquial, os jovens da comunidade prepararam um tapete, com imagens que faziam referência à Eucaristia, utilizado para que o Santíssimo passasse solenemente entre os fiéis.

Pelas ruas do entorno, após a missa, aconteceu a procissão com o Santíssimo Sacramento, durante a qual os fiéis, em uma demonstração pública de fé, rezaram e cantaram em louvor a Jesus Eucarístico.

A celebração de Corpus Christi se encerrou com a bênção do Santíssimo Sacramento.

Belém Fotos: Peterson Prates

Fiéis participam da procissão de Corpus Christi junto a Dom Edmar Peron, dia 4

CORPUS CHRISTI NAS PARÓQUIAS Paróquia Santa Isabel Rainha

Paróquia São João Batista

Paróquia São Carlos Borromeu

Paróquia Divino Espírito Santo

Na quinta-feira, 4, o Padre José Carlos presidiu a Solenidade de Corpus Christi na Paróquia Santa Isabel Rainha, do Setor Carrão-Formosa.

Padre Marcelo Monge presidiu a Solenidade de Corpus Christi na Paróquia São João Batista, no Brás, na quinta-feira, 4.

Tapete confeccionado por fiéis na Paróquia São Carlos Borromeu, onde o Padre Fausto Marinho, conduziu a Solenidade de Corpus Christi, no dia 4.

Fiéis diante do Santíssimo, na Solenidade de Corpus Christi, presidida pelo Padre Carlos Mariano, no dia 4, na Paróquia Divino Espírito Santo.

Peterson Prates

Dom Edmar em celebração na Comunidade São Felipe Apóstolo

Confirmados na fé, 15 adultos recebem o sacramento da Crisma “Começamos a ser cristãos pelo Batismo, pela Crisma e Eucaristia”, expressou Dom Edmar Peron, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, no início da celebração do sacramento da Crisma na Comunidade São Felipe Apóstolo, uma das dez comunidades da Paróquia Santo André Apóstolo, do Setor

Conquista, no sábado, 6.

Os 15 adultos que receberam o Sacramento, preparados por quase um ano, foram apresentados ao Bispo pela catequista Irene Pereira, após a proclamação do Evangelho.

Dom Edmar, na homilia, expressou sua alegria por aquela celebração e enfatizou que os padrinhos também são

chamados a ser apóstolos de seus afilhados.

Após a renovação das promessas do Batismo, e a imposição das mãos sobre os crismandos, o Bispo ministrou o sacramento da Confirmação, um momento especial para a catequista Irene. “Já crismados, eles têm uma consciência de ação na comunidade”, afirmou.

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Santana

Diácono Francisco Gonçalves

Colaborador de comunicação da Região

Ousadia e criatividade para uma nova ação pastoral e evangelizadora Sob a luz da exortação apostólica Evangelli Gaudium, do Papa Francisco, que discorre sobre “A pastoral em chave missionária”, Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, reuniu-se com os candidatos ao diaconato permanente e suas esposas, em 30 de maio, na Cúria de Santana, para uma manhã de formação. Os candidatos

estão cursando a graduação em Teologia na PUC-SP. O Bispo exortou os candidatos sobre a necessidade de uma nova postura na ação pastoral e evangelizadora, conforme aponta a Evangelli Gaudium (33): “A pastoral em chave missionária exige o abandono deste cômodo critério pastoral: ‘fez-se sempre assim’. Convido todos a serem

ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objetivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades”.

Tomando as palavras do Papa Francisco, Dom Sergio afirmou que é necessário ousadia e criatividade para repensar os objetivos e as ações evangelizadoras das comunidades.

“Na vida e na ação de milhares de

Com Dom Sergio, Paróquia Nossa Senhora das Neves inicia festejos pelos 50 anos Diácono Francisco Gonçalves

Dom Sergio de Deus Borges preside missa em paróquia na Vila Gustavo, dia 3

cristãos leigos e leigas, de catequistas, de padres, de diáconos, de religiosos e religiosas, de consagrados e consagradas, de bispos, o Espírito de Deus alimenta a fé, desperta a esperança e faz frutificar a caridade. Eles tornamse, na grande cidade, sinais luminosos de Cristo que, por amor, continua a entregar sua vida por todos”, expressou Dom Sergio.

‘3º Adorai’ na Paróquia Sant´Ana

Fundada em 4 de junho de 1966, a Paróquia Nossa Senhora das Neves, na Vila Gustavo, iniciou os festejos comemorativos do seu cinquentenário.

No dia 3, houve missa presidida por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, concelebrada pelo Padre Claudinei de Arruda Lucio, pároco, com a participação dos diáconos José Nilton Alfredo Oliveira e João Henrique Prado, este último vocacionado da Paróquia.

Durante o ano, serão realizados outros eventos, em que toda a comunidade estará envolvida para festejar o cinquentenário da Paróquia.

Em 30 de maio, a Comunidade Canto de Maria, em conjunto com a Paróquia Sant´Ana, realizou o ‘3º Adorai’, com o tema “Mas vem a hora e é agora em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade” (Jo 4,23).

A atividade consistiu numa Hora Santa de Adoração ao Santíssimo Sacramento, conduzida pelo Padre Maércio Pissinati Filho, vigário paroquial. Diante do Santíssimo, os participantes realizaram o ato penitencial, um momento de louvor com orações e cânticos, e também adornaram o altar com flores.

Diácono Francisco Gonçalves

Pastoral da Pessoa Idosa

Diácono Francisco Gonçalves

Dom Sergio de Deus Borges ministrou o sacramento da Crisma para 44 jovens e adultos na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Parque Edu Chaves, em 30 de maio, sendo acolhido pelo administrador paroquial, Padre Edgardo Zagada.

A Pastoral da Pessoal Idosa da Região Santana esteve reunida, em 30 de maio, na Paróquia Sant’Ana, ocasião em que Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese, fez visita de incentivo e orientação para as lideranças da Pastoral.

Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, ministrou o sacramento do Crisma para 58 jovens e adultos na Paróquia Nossa Senhora da Salette, no Jardim São Paulo, no domingo, 7.

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Fernando Geronazzo

Colaborador de Comunicação da Região

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Sé

Aos 50 anos, Paróquia Imaculado Coração de Maria é testemunha da história paulistana Luciney Martins/O SÃO PAULO

Paróquia Imaculado Coração de Maria

Na Vila Buarque, igreja centenária Imaculado Coração de Maria é sede paroquial há 50 anos, comemorados em missa presisida por Dom Eduardo Vieira dos Santos, dia 31

A Paróquia Imaculado Coração de Maria (rua Jaguaribe, 735, Vila Buarque), que celebra a festa de sua padroeira no sábado, 13, também comemora em 2015 os 50 anos de sua instituição como paróquia. Porém, sua história tem mais de 100 anos e está fortemente ligada às origens da cidade de São Paulo.

Localizada na Vila Buarque, na região central, a igreja começou a ser construída em 1897, em função da demolição da Igreja do Pátio do Colégio que, em 13 de março de 1896, havia sofrido um desabamento em decorrência de uma forte chuva, sendo inteiramente demolida dias depois. Parte da verba utilizada na construção da Igreja Imaculado Coração de Maria, veio da indenização que o Estado pagou à então Diocese de São Paulo, pela demolição do templo erguido no local da fundação da cidade.

Do santuário à paróquia

Junto com o apoio do governo, foi feita uma campanha intensa para a construção da igreja, coordenada pelos Filhos do Imaculado Coração de Maria (Claretianos), que atuam na Paróquia até hoje. “Muitos dos colaboradores da época hoje dão nome a ruas do bairro, como Marquesa de Itu, Baronesa de Tatuí, Baronesa do Jaraguá, Dona Veridiana Prado, Dr. José Nogueira Jaguaribe (que dá nome à

rua da igreja e foi quem fez tribo que habitava a região Presentes de a doação do terreno para a da Vila de São Paulo, e se aniversário: restauro construção). Tanto que sur- converteu ao Cristianismo. das obras de arte e do preende o fato de o templo Seu Batismo está retratado órgão de tubos A Paróquia está celeter sido construído em ape- em uma das pinturas do nas dois anos, sendo aberto teto da igreja. “São um con- brando o jubileu de ouro para o público em 1899”, ex- junto de detalhes que hoje de diferentes maneiras. plicou o Padre Brás Loren- parecem desconexos, mas, Uma delas é conclusão do zetti, atual pároco. na verdade, têm ligação restauro das obras de arte O lançamento da pe- com o começo da história do interior da igreja, considra fundamental do templo da cidade de São Paulo”, derada uma das mais belas aconteceu em 13 de da cidade, cheganLuciney Martins/O SÃO PAULO do a descobrir, em março de 1897, pelo alguns pontos, a então bispo diocesano, Dom Joaquim pintura original do Arcoverde, durante templo. Também as comemorações foi restaurado o órgão de 1.170 tubos, do terceiro centenário de morte de São pesando cerca de 5 José de Anchieta. toneladas, fabricado O projeto arquitena França, em 1881, tônico foi desenhae trazido ao Brasil, do pelo professor em 1906.

Tiziano Zuchetta, “O órgão já havia passado por escultor e arquiteto. uma grande reO mestre de obras forma em 1954, foi o italiano João quando sofreu uma Pugliese e o engenheiro-chefe e fistransformação, recalizador das obras, ceb endo a lguns Francisco Carlos da acrés cimos. Mas Silva. agora, está totalmente restaurado, uma De 1899, quando foi aberta oficialvez que foi conmente ao público, sumido quase que até 1965, quando foi 50% de sua estruinstituída paróquia, Teto da igreja retrata cenas da origem de São Paulo tura pelos cupins”, contou o Pároco. a Igreja Imaculado Coração de Maria tinha o disse o Pároco, que apro- Para marcar o restauro do título somente de santuário. veitou para desmentir uma órgão e da igreja, na semana Até 1970, a igreja abrigou, informação que se popula- que antecedeu o aniversário na capela do Santíssimo, rizou de que a Igreja Ima- da Paróquia, houve uma séuma parte do altar-mor da culado Coração de Maria rie de apresentações artístiIgreja do Pátio do Colégio, teria sido construída para cas, que continuam com as bem como os restos mor- substituir a antiga Igreja “Quintas musicais”, às quintais do índio Tibiriçá, que da Sé no centro da cidade. tas-feiras. depois foram transladados “Essa informação não proNo dia 31, Dom Eduarpara a cripta da Catedral da cede. Esta igreja tem liga- do Vieira dos Santos, bispo ção, sim, com o Pátio do auxiliar da Arquidiocese na Sé.

Região Sé, presidiu a missa Tibiriça era cacique da Colégio”.

solene. A festa da padroeira será celebrada no dia 13, com missas às 8h e às 16h.

‘Que o templo seja uma casa de todos’

Ao longo dos 116 anos de história e do cinquentenário de atividades paroquiais, a Paróquia acompanhou as transformações da cidade, especialmente dos bairros de Santa Cecília e Higienópolis.

Atualmente, enfrenta vários desafios pastorais. “Nosso maior desafio é fazer com que este templo seja uma casa de todos, não de um grupo, de uma classe social específica. Mas que seja, de fato, um espaço para todas as pessoas”, afirmou o Padre Brás, que conta com a ajuda de dois vigários paroquiais, além da colaboração dos muitos sacerdotes claretianos que residem nas proximidades da igreja.

A Paróquia desenvolve, ainda, atividades de âmbito social, por meio do Centro Social e Promocional Paulo VI. No campo cultural e catequético, oferece oficina de música para crianças, adolescentes e famílias, além de atividades relacionadas com estudos bíblicos. “Buscamos desenvolver atividades diversificadas, além daquelas mais tradicionais, para que as pessoas possam vir aqui, se sentir em casa e participar”, explicou o Pároco, lembrando que é por isso que na porta da igreja há a inscrição “Refúgio dos pecadores”. “A igreja é refúgio de todos nós.

Essa é a inspiração pastoral que nos move”, concluiu.

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Ipiranga

Padre Ricardo Antonio Pinto e Caroline Dupim Colaboradores de comunicação da Região

Síndrome do esgotamento profissional: um risco também para o clero A “síndrome de burnout”, mundialmente conhecida como a síndrome do esgotamento profissional, foi o tema de reflexão da reunião do clero atuante na Região Ipiranga, no dia 2, na Cúria regional, assessorada pelo Padre Cícero Alves França, reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor, da Arquidiocese de São Paulo.

A principal característica da síndrome é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por condições desgastantes de trabalho físico, emocional e psicológico. A síndrome manifesta-se especialmente em pessoas cuja atuação exige envolvimento interpessoal direto e intenso. O termo

“burnout” significa, na tradução do inglês, burn, quer dizer queima, e out, exterior.

Padre Cícero associou algumas características do burnout à vida sacerdotal, partindo de uma pesquisa intitulada “Ser ardoroso para não se queimar”, realizada com o clero da Diocese de Padova, na Itália. O Sacerdote alertou que a síndrome está também atingindo os padres e diáconos, tornando-os desiludidos e desanimados na missão que lhes é confiada.

Nesse contexto, o fenômeno está sendo também chamado de “síndrome do Bom Samaritano”, pois diminui a capacidade de compaixão.

O decreto conciliar Presbyterorum Ordinis, que trata sobre o ministério e a vida dos presbíteros, serviu de base para a reflexão, reiterando a caridade pastoral realizada com os mesmos sentimentos de Cristo, como o resultado do equilíbrio humano-espiritual do padre e do diácono. O Sacerdote sinalizou também alguns aspectos como a fragmentação da personalidade, a ausência de compromissos definitivos e o surgimento de expectativas vazias como parte da extensa lista de sintomas da presença da síndrome.

Como medida de redução ao crescimento da síndrome no clero, foram elencadas algumas pistas: o indispen-

sável conhecimento de si mesmo em todos os níveis, um “banho” de humildade sobre a realidade da própria vida e uma conversão autêntica foram apontados como solução. Sobretudo, foi indicada a comunhão fraterna com outros padres e diáconos como estilo de vida a ser buscado e experimentado. “Essas são formas decisivas para escapar do burnout”, concluiu o reitor.

Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, agradeceu pela assessoria do Padre Cícero e orientou os padres e diáconos a cuidarem da saúde, do repouso semanal e, principalmente, da vida fraterna no clero.

Unifai apresenta opções de parcerias com paróquias Caroline Dupim

Dom José Roberto junto com membros da Pastoral Universitária do Unifai, dia 2

Membros da Pastoral Universitária do Centro Universitário Assunção - Unifai, acompanhados do Padre Edélcio Serafim Ottaviani,

atual reitor da instituição, participaram da reunião do clero atuante da Região Ipiranga, no dia 2, e apresentaram os serviços que a

universidade pode prestar às paróquias.

Durante a palestra, Padre Edélcio explicou sobre os trabalhos que o Unifai ofere-

ce. “Incluir pessoas e agregar ações” faz parte do projeto Unifai +Social, que vai ao encontro das diversas necessidades das paróquias. Os serviços prestados com atividades de extensão vão desde assessorias na área de Administração e Direito até a realização de eventos culturais.

Pedagogia, Serviço Social e Universidade da Maturidade também integram a proposta.

No campo universitário, o Unifai oferece bolsas de estudo para estudantes provenientes das paróquias e também desenvolve atividades comunitárias, como campa-

nhas de vacinação, campanha do agasalho, medida certa, coleta seletiva e projetos com a comunidade próxima ao campus Vila Mariana da instituição.

Além das atividades já propostas pela faculdade, estão sendo elaborados projetos no sentido da formação de agentes de pastoral, formação de voluntários e de agentes de pastoral e formação on-line para os sacramentos da iniciação à vida cristã.

Outros detalhes sobre a iniciativa podem ser obtidos no site unifai.edu.br ou em (11) 5058-0199.

‘Expressamos hoje publicamente nossa fé na presença real de Cristo’ Na Solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 4, Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a missa na Paróquia Santa Ângela e São Serapião, com a participação dos paroquianos. Os jovens da Paróquia confeccionaram o tapete dentro da igreja, utilizando tecidos e papel picado.

“Expressamos hoje publi-

camente nossa fé na presença real de Cristo na Santíssima Eucaristia. Cristo passa por ruas de mais de mil anos; Cristo passa por ruas recém -abertas; Cristo passa pelo centro de vilas rurais; Cristo passa pela avenida das grandes cidades. Cristo ontem, hoje e sempre, no meio da geografia e da história humana: ‘Estarei convosco até o fim dos tempos’ (Mt 28,20),

afirmou o Bispo, na homilia.

Dom José Roberto acrescentou que o objetivo preciso da Solenidade é: “nós católicos acreditamos firmemente que Jesus Cristo Ressuscitado está presente, com seu Corpo e Sangue, no pão e vinho”, e concluiu a homilia enaltecendo que Eucaristia é um chamado à santidade e à doação aos irmãos, “porque ‘a vocação de cada um de nós

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Os interessados devem comparecer todas as quartas-feiras, às 14h30, nas instalações das paróquias:

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é ser, juntamente com Jesus, pão partido para a vida do mundo’”.

Ao final da celebração

foi realizada a procissão pelo quarteirão, em seguida um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento.

Festividade de Santo Antônio estimula reflexão bíblica A Paróquia Santo Antônio, da Vila Independência, realiza a trezena em louvor ao padroeiro. No sábado, 13, dia da memória litúrgica do santo, haverá quermesse a partir das 11h, com a participação da dupla de forró Raí Rodrigues e Zezinho Moura.

A missa solene será presidida às 18h, e na sequência será retomada a quermesse com a apresentação da cantora Islani, com sucessos de rock e MPB.

Segundo o Padre Renato Júnior Braga de Souza, pároco, a trezena permitiu aproximar as famílias da Paróquia e obter uma reflexão mais profunda da bíblia, com o trabalho de um grupo de oração que existe há mais de dez anos.

A Paróquia fica localizada na rua Álvaro Fragoso, 674, na Vila Independência. Saiba mais detalhes sobre a festa pelo telefone (11) 2063-6283.

(Colaborou Rúbya Beranger)

www.arquidiocesedesaopaulo.org.br | 10 a 16 de junho de 2015

Cardeal Scherer alerta para ‘questões de gênero’ no Plano Municipal de Educação Luciney Martins/O SÃO PAULO

Redação

osaopaulo@uol.com.br

Cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo

Até o próximo dia 24, todos os 5.570 municípios brasileiros devem aprovar seus Planos Municipais de Educação (PME), conforme estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE).

O PNE 2014-2024 foi instituído pela Lei 13.005/2014 e tem 20 metas, alicerçadas em mais de 250 estratégias.

Os planos estaduais e municipais de educação deverão conter diretrizes e metas a serem alcançadas também até 2024, na mesma vigência do PNE. Na cidade de São Paulo, a Arquidiocese tem acompanhado a tramitação do PME, atenta especialmente à questão da

ideologia de gênero, que postula que toda pessoa pode “construir” uma identidade de gênero, libertando-se de sua identidade sexual biológica.

“Segundo a ideologia de gênero, o indivíduo precisa libertar-se de sua identidade sexual e biológica e ‘construir’ uma identidade de gênero inteiramente subjetiva. Isto não nos deixa de suscitar perplexidade e preocupação. As consequências de tal distorção antropológica na educação poderão ser graves”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, em nota divulgada na segunda-feira, 8 (leia a íntegra abaixo), na qual também enfatiza que “ os legisladores têm o dever de buscar em tudo o bem comum”.

NOTA SOBRE A QUESTÃO DA IDEOLOGIA DE GÊNERO NO PME DE SÃO PAULO São Paulo, 08 de junho de 2015 De acordo com o prazo estabelecido pela lei 13.005/2014, que sanciona o Plano Nacional de Educação (PNE), todos os municípios do Brasil devem aprovar seus Planos Municipais de Educação (PME) até o próximo dia 24 de junho.

A arquidiocese de São Paulo

acompanha atentamente a tramitação do PME de São Paulo, no qual se faz menção a “questões de gênero”. Segundo a ideologia de gênero, o indivíduo precisa libertar-se de sua identidade sexual biológica e “construir” uma identidade de gênero inteiramente subjetiva. Isto não nos deixa de suscitar perplexidade e preocupação. As consequências de tal distorção antropológica na educação poderão ser graves.

Os legisladores têm o dever de buscar em tudo o bem comum, de acordo com critérios de verdade e respeito pela natureza e dignidade da pessoa humana, evitando a indevida ingerência do Estado no direito e dever dos pais e das famílias de escolherem o tipo de educação dos filhos, segundo sua consciência.

Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo Metropolitano de São Paulo

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Assembleia eletiva do Regional Sul 1 segue até quinta-feira Redação

osaopaulo@uol.com.br

A Assembleia dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, iniciada na terça-feira, 9, segue até quinta-feira, 11, em Aparecida (SP).

Este ano, a edição de número 78 da Assembleia é eletiva e tem como tema central “As Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para 2015-2019, aprovadas pela Assembleia Geral da CNBB, e suas implicações para o Regional”.

A pauta da Assembleia prevê, entre outros assuntos, o Relatório das Comissões Episcopais de Pastoral; Relatório do Presidente; Eleições para Presidência do Regional para o próximo quadriênio (20152019); Escolha de Delegados para o Conselho Permanente da CNBB; Escolha de presidentes das sub-regiões pastorais e das comissões episcopais.

Atualmente, o Regional Sul 1 da CNBB - composto por seis arquidioceses, 35 dioceses e pelas seis regiões episcopais da Arquidiocese de São Paulo - tem como presidente o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo.

(Com informações do Regional Sul 1 da CNBB)

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