Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 60 | Edição 3083 | 6 a 12 de janeiro de 2016
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Ano para a intensa vivência da fé Começa 2016, que será especial para o testemunho da fé católica. Na Arquidiocese de São Paulo, as Portas da Misericórdia estarão abertas para as peregrinações dos fiéis neste Jubileu extraordinário. A partir de
maio, imagens peregrinas de Nossa Senhora Aparecida passarão pelas paróquias, iniciando as comemorações do tricentenário da aparição da imagem da Padroeira do Brasil. Em julho, a JMJ Cracóvia 2016 deverá reunir mais
de 2 milhões de pessoas, incluindo jovens da Arquidiocese; e em agosto, as atenções da Igreja no Brasil estarão no Congresso Eucarístico Nacional, em Belém (PA).
Páginas 3, 11 e 14 Arte: Jovenal Pereira/O SÃO PAULO
Missão Thalita Kum: uma evangelização de esperança Página 7
Imagem de Nossa Senhora é atacada no sul do País Página 10
Desafio aos pais: educar os filhos sem superproteção Página 6
Ano pré-olímpico mostra que Brasil precisa evoluir Página 17
Natal reforça a certeza da misericórdia de Deus
A brasilidade dos sabores na cozinha da chef Morena Leite
Na Arquidiocese, o Natal foi marcado por celebrações em paróquias, ruas, hospitais, prisões e casas, e também por ações de solidariedade, como o almoço oferecido por Dom Odilo aos moradores em situação de rua.
Chef de cozinha e autora de livros de gastronomia, Morena Leite abriu as portas de seu restaurante ao O SÃO PAULO para mostrar as riquezas das histórias que envolvem as cores e os sabores da culinária brasileira.
Páginas 7, 18, 21, 22 e 23
Página 15 Arte: Sergio Ricciuto Conte
Com os animais de estimação, cuidados, não exageros Nos lares brasileiros já existem mais cachorros do que crianças, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. O alerta é feito em reportagem desta edição, na qual se destaca, também, os impactos negativos para o ser humano e para os animais de companhia dos cuidados excessivos com os “bichinhos de estimação”. Páginas 12 e 13
2 | Ponto de Vista |
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Editorial
Indiferença, não! Misericórdia, sim!
“V
ence a indiferença e conquista a paz!” Esta é a convicção e a lição do Papa Francisco na mensagem para o Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro. E ele parte de duas constatações. A primeira é que “Deus não é indiferente, importa-lhe a humanidade. Deus não a abandona.” Francisco está convencido que misericórdia não combina com indiferença e que num ano em que celebramos a misericórdia de Deus para conosco e a misericórdia que devemos ter uns para com os outros, é preciso perceber que o mundo de hoje globalizou a indiferença. Há uma questão de fundo. Há razões de esperança para este mundo que globalizou a indiferença e vive sacudido por guerras, pelo terro-
rismo, por sequestros, por perseguições religiosas? Francisco está convencido que sim e vê esperanças nos encontros dos líderes mundiais, nos ecos do Vaticano II, que querem uma Igreja solidária com o mundo, e até no Ano da Misericórdia, em que a Igreja é convidada “a rezar e a trabalhar para que cada cristão possa maturar um coração humilde e compassivo, capaz de anunciar e testemunhar a misericórdia, de ‘perdoar e dar’, de abrir-se ‘àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais...”. Francisco cita algumas formas de indiferença: a indiferença para com Deus, em que o homem “pensa que é o autor de si mesmo, da sua vida e da sociedade”. E Francisco concorda com Bento XVI: “não há verdadeiro humanismo senão o aberto ao ab-
soluto”. Indiferente para com Deus, o homem se torna indiferente para com o próximo. Perdemos toda sensibilidade para com os sofrimentos do outro. Ficamos entorpecidos diante da dor do próximo, a ponto de afirmar que os pobres são os culpados pelos próprios sofrimentos e tenta-se domesticar os pobres com uma “educação” que os anestesia. Francisco critica duramente a corrupção, uma indiferença entendida por ele como um câncer. Enfim, há a indiferença em relação à nossa casa comum, razão da encíclica Laudato si’. Essa indiferença globalizada ameaça a paz. Urge uma conversão da indiferença à misericórdia. Deus se revela a nós interessado pelo destino comum dos homens, como foi no drama de Caim e Abel e na liber-
tação de Israel do jugo do Egito. E nos enviou Jesus Cristo, que se fez solidário conosco e nos ensinou a ser solidários. Que tal criar uma cultura de solidariedade e misericórdia para vencer essa indiferença globalizada? É o convite do Papa às famílias, aos educadores e formadores, aos agentes culturais e da mídia em geral. É preciso concluir. O mundo contemporâneo especializou-se em milhares de tecnologias assombrosas que favorecem a comunicação, a produção de bens de consumo, o transporte, a medicina etc, mas não consegue a paz que todos sonham, porque esta vem do abrir-se para Deus, para o próximo, para o cuidado com a casa comum. Indiferença, não! Misericórdia, sim! Grita Francisco. Façamos coro com ele.
Opinião
Subsidiariedade: das palavras aos fatos Arte: Sergio Ricciuto Conte
Thais Novaes Cavalcanti Subsidiariedade é uma palavra pouco conhecida e aplicada no Brasil. Na maioria dos dicionários da língua portuguesa há apenas menções aos verbetes “subsidiário, subsídio, subsidiar, subsidiado”. Todas essas fazem referência ao conceito de “ajuda, auxílio, reforço, socorro, algo que se realiza por meio de auxílio ou subscrição”. Mas essa ideia de ‘ajuda’ não basta para compreender o conteúdo da subsidiariedade e do princípio social que dela decorre. Trata-se de um princípio fundamental para a Doutrina Social da Igreja e que tem sido aplicado com várias consequências positivas em muitos países. Não se trata apenas de ajudar, mas se trata de dar autonomia, de respeitar a liberdade, de valorizar as capacidades das pessoas. Essa ideia de subsidiariedade, portanto, necessita ser utilizada juntamente com alguns pontos básicos: a) a pessoa livre e ativa; b) a reciprocidade nas relações; c) a sociedade civil valorizada e estimulada; d) a educação da liberdade. Assim, a subsidiariedade transformase, no tempo, de uma análise filosófica sobre a pessoa e o Estado (Aristóteles, Tomás de Aquino, Genovesi, Vico, Tocqueville) para um princípio jurídico e social (Papa Pio XI, Adenauer, De Gasperi, Schumann) formado em 1931 com
o objetivo de confrontar os regimes totalitários que surgiam na Europa. O princípio da subsidiariedade consiste na ideia de que as sociedades maiores, especialmente o Estado, devem ajudar e complementar as atividades dos indivíduos e dos grupos sociais nos diversos setores da vida (econômico, social, individual, familiar). É importante que se diga que hoje esse princípio é a base da formação da União Europeia, bem como está positivado nas constituições de diversos países como: Alemanha,
Itália, Espanha, Portugal, Áustria, Suécia, França. A proposta da subsidiariedade para a relação entre Estado e sociedade é muito importante, pois a função do Estado deve ser de auxiliar entes menores e até mesmo as pessoas a realizarem suas atividades com suas próprias mãos. Por isso, o princípio da subsidiariedade implica em uma postura do Estado, em uma série de políticas públicas estabelecidas com a finalidade de estimular o pequeno, os grupos, a sociedade,
as famílias, a pessoa a terem iniciativas e contribuírem para o desenvolvimento delas mesmas e do próprio Estado. Seria o Estado subsidiário uma proposta para a reorganização que o Brasil necessita? A Constituição brasileira de 1988 não estabelece o princípio da subsidiariedade, no entanto, estamos pautados na dignidade humana, no princípio da solidariedade e no direito ao desenvolvimento, tanto econômico como da pessoa. O Estado brasileiro pode e deve ser mais subsidiário. Várias propostas podem ser feitas e estudadas: participação da família e adolescentes na gestão do ensino, estímulo econômico à formação de associações, organizações sociais e cooperativas, políticas de fortalecimento de pequenos e médios empresários, incentivos fiscais para que o privado colabore solidariamente com o público, regras de colaboração entre o público e o privado que respeitem a autonomia etc. Importante é restabelecer a vida criativa que há na sociedade, de forma que não seja o Estado a propor, a financiar, a planejar, a trabalhar em tudo. Em resumo, a subsidiariedade propõe mais sociedade e menos Estado. Thais Novaes Cavalcanti é advogada, doutora em Direito do Estado pela PUC-SP, professora do programa de Mestrado do UNIFIEO, autora do livro “Direitos Fundamentais e o Princípio da Subsidiariedade” (São Paulo: EDIFIEO, 2015).
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Padre Michelino Roberto • Redator chefe: Daniel Gomes • Reportagem: Cônego Antônio Aparecido Pereira, Edcarlos Bispo, Filipe David, Nayá Fernandes e Renata Moraes • Institucional: Rafael Alberto e Fernando Geronazzo • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Secretaria de Redação: Djeny Amanda • Assinaturas: Ariane Vital • Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Edição Gráfica: Ana Lúcia Comolatti • Revisão: Maria Aparecida Ferreira • Impressão: S.A. O ESTADO DE S. PAULO • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 3666-9660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinaturas) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail • A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.
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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
O
ano de 2016 apenas começou e já se anuncia turbulento. Temos em andamento um processo de impedimento da Presidente da República, que ainda fará falar muito; o Congresso Nacional está com várias frentes de crise e o Judiciário parece que vai ter muito protagonismo político. A economia não promete vida fácil aos brasileiros; aumento de impostos, contas apertadas, inflação em crescimento, desvalorização do Real, desemprego à vista e prováveis agitações sociais por causa da vida dura generalizada. Haverá novos investimentos no Brasil ou o sistema produtivo será posto em leilão, com empresas estrangeiras sendo vendidas a preços de oportunidade? Teremos um ano eleitoral, com as eleições municipais, e veremos como o quadro político vai se recompor em meio à crise atual. Pode haver muitas surpresas. Mas teremos as olimpíadas no Rio e será festa por um mês... Tomara que sim; e que os atletas brasileiros deem alegrias ao povo. A Igreja Católica está em pleno Ano Santo extraordinário da Misericórdia, convidando todos a acolherem o perdão de Deus e seu amor misericordioso; ao mesmo tempo, estimula a praticar as obras de misericórdia, seguindo a reco-
O que nos espera em 2016? mendação de Jesus: “sede misericordiosos como o Pai celeste é misericordioso.” O mundo anda tenso e cheio de conflitos: é preciso falar mais em perdão e reconciliação. Antes, porém, é preciso reconhecer que todos temos necessidade do perdão e da misericórdia de Deus. Não se perdoa, nem se é misericordioso pra valer, sem ter feito antes a experiência profunda do perdão recebido e da misericórdia infinita de Deus. Neste ano, a Igreja no Brasil também convida a participar do Congresso Eucarístico Nacional de Belém, de 14 a 21 de agosto; a Eucaristia é o grande tesouro da Igreja, pois é o Sacramento do próprio Jesus Cristo, que continua a estar junto com a sua Igreja e se oferece por ela a Deus Pai, em sacrifício de perdão e de santificação. A Igreja faz a Eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja. De 26 a 31 de julho, será realizada a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, na Polônia. Será um grande momento para a juventude e para toda a Igreja. As condições econômicas, talvez, impedirão a participação de muitos que gostariam de ir à Polônia e será uma pena. Mas dá-se um jeito e será possível participar também à distância. É só se organizar, montar o telão e convidar a turma para viver juntos os momentos mais importantes da Jornada. Na Arquidiocese de São Paulo, ao mesmo tempo em que procuraremos viver intensamente o Ano Santo da Mise-
ricórdia, teremos a preparação do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A partir do primeiro domingo de maio, quando faremos a peregrinação arquidiocesana anual para o Santuário de Aparecida, várias “imagens peregrinas” da Padroeira do Brasil estarão passando de paróquia em paróquia para visitar o povo, confirmar na fé e confortar os filhos que lhe foram confiados pelo próprio Jesus, quando morria na cruz: “filho, eis a tua mãe; mulher, eis o teu filho”. Será um ano difícil? Sob vários pontos de vista, parece que sim. Mas também poderá ser um ano de crescimento e amadurecimento para todos nós brasileiros. Procuraremos fazer o melhor que estiver ao nosso alcance e, em vez de exigir apenas que os outros cumpram bem o seu dever, também nós façamos o mesmo. Os tempos de crise podem revelar-se ocasiões para o crescimento, a criatividade e a busca de soluções. Talvez também sirvam para que caiamos na conta do muito que gastamos com coisas supérfluas... E vamos confiando em Deus, que não nos abandona jamais. Pelo contrário: maiores são o sofrimento e a angústia, maior ainda é a certeza de que Deus está por perto. E o Ano Santo da Misericórdia nos ajudará a ser humildes e atentos às necessidades do próximo, que precisa ainda mais que nós. Feliz 2016 para todos os leitores!
| Encontro com o Pastor | 3
Visita de Natal a Dom Paulo Arquivo pessoal
Na manhã de 22 de dezembro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, visitou o Cardeal Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, especialmente para desejar-lhe feliz Natal.
Cumprimentos na cúria metropolitana O Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, recebeu em 22 de dezembro, na Cúria metropolitana, os cumprimentos natalinos dos fiéis da Arquidiocese e de autoridades civis e religiosas. No dia seguinte, o Cardeal reuniuse com os funcionários da Cúria para saudá-los por conta do Natal, em atividade que também contou com a participação de Dom Eduardo Vieira dos Santos e Dom Carlos Lema Garcia, bispos auxiliares da Arquidiocese.
Renovação dos votos na Missão Belém Irma Chiara Carraro
Em 24 de dezembro, na Paróquia São João Batista do Brás, o Cardeal Scherer presidiu a missa na qual houve a renovação dos votos dos consagrados da Missão Belém, que há dez anos atua na atenção à população em situação de rua, no auxílio para a recuperação de pessoas com dependências químicas e também em missões permanentes em outros países como no Haiti.
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4 | Fé e Vida |
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Liturgia e Vida BATISMO DO SENHOR 10 DE JANEIRO DE 2016
O filho muito amado ANA FLORA ANDERSON Ao celebrar a festa do Batismo de Jesus, a Igreja faz uma meditação sobre a Trindade. O Pai revela que Jesus é seu Filho amado, o Espírito o unge com o poder divino e Jesus se revela como o Centro da Aliança. Na primeira leitura (Isaías 42, 1-4.6-7), Isaías anuncia uma profecia que influenciou nossa compreensão do ministério de Jesus. Ele é o Servo de Deus que promove o julgamento das nações com compaixão e com tranquilidade. Ele, a Luz das Nações, curará as doenças, libertará os presos e trará sua luz para todos que só conhecem as trevas. Na segunda leitura (Atos dos Apóstolos 10, 34-38), São Pedro anuncia que a salvação é universal, pois Deus não faz distinção de pessoas. Jesus anunciou o evangelho da paz depois de ser batizado e ser ungido com o Espírito Santo. O Evangelho de São Lucas (3, 15-16.2122) define mais uma vez o papel de João Batista. Ele veio para anunciar e preparar o povo para os tempos finais. Não é o Messias e anuncia que depois dele virá um que é mais poderoso. É este que será a fonte da salvação definitiva, pois haverá de batizar no Espírito. A cena do Batismo é, antes de tudo, a revelação do Filho de Deus. Ela termina a preparação do povo e inaugura a presença ativa do Espírito e do Reino de Deus. Jesus se manifesta como o filho encarnado, e sua missão será o princípio da vida nova em união com o Pai.
Você Pergunta É bom acender velas pelas almas dos entes queridos? padre Cido Pereira osaopaulo@uol.com.br
Há certas perguntas que sempre voltam. Desta vez, é Josefina do Amaral Gouveia, de Vinhedo (SP), quem quer saber a origem das celebrações pelos mortos e se é bom acender velas pelas almas dos entes queridos. Essas missas em sufrágio das almas dos fiéis defuntos começaram a ser celebradas no século 5º ou 6º. Faz tempo, não é? O porquê exato de serem no 3º, 7º e no 30º dia pouco se sabe. Há estudiosos que afirmam que desde o início do Cristianismo se acha que nesses dias Deus
é mais propício à clemência. Afinal de contas, no 3º dia, Jesus ressuscitou. No sétimo, Deus descansou da obra da criação do mundo. No 30º porque 30 dias durou o luto do povo de Israel pela morte de Moisés. Eu penso que hoje, o mais importante é a gente orar pelos mortos independentemente do dia. Em algumas comunidades se celebram missas pelos mortos num único dia da semana, reunindo várias famílias em torno do altar para proclamar a fé na vida eterna e na ressurreição, além de pedir ao Senhor que tenha misericórdia para com os que partiram, e para manifestar o amor por eles, e
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a esperança de revê-los junto do Pai. Acender velas nas intenções dos mortos faz parte da religiosidade popular. Eu penso, porém, que o ato de acender velas deve ser acompanhado de oração e súplicas pelo descanso eterno da pessoa por quem rezamos. Se não a gente acaba atribuindo à vela uma força que ela não tem. A vela significa a luz que desejamos para os nossos mortos na oração que fazemos. Se você tem o costume de acender velas na Igreja continue. Se for acender velas em sua casa, porém, muito cuidado, para que não aconteça algum incêndio por conta de uma distração qualquer.
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Espiritualidade ‘Homem e mulher, os criou’ Dom Julio Endi Akamine
Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa
O
livro do Gênesis sublinha que tanto o homem quanto a mulher foram criados à imagem de Deus. Com essa afirmação fundamental se evidencia que os dois foram igualmente desejados por Deus e que a dignidade deles de imagem e de pessoa humana é, nos indivíduos de ambos os sexos, a mesma. Dado que Deus a quis, essa distinção é boa. O ser é humano necessariamente sendo homem ou sendo mulher. Deus não é, evidentemente, nem homem nem mulher. Dele, porém, provêm as qualidades e as perfeições que caracterizam tanto o homem quanto a mulher. Uma vez que o masculino e o feminino são, em sua distinção e igual dignidade, participação no ser perfeitíssimo de Deus, não há nada de estranho, portanto, que, na Bíblia, Deus apareça com traços masculinos e femininos, de mãe, de esposo, de pai. Na Virgem Maria, temos um ícone dessa “maternidade”,
e, portanto, desses traços femininos conotação. Em virtude dessa união, podem transmitir a vida humana e de Deus. O homem e a mulher não foram cooperam de maneira única com a criados somente juntos, mas também obra do Criador. Com efeito, não há um para o outro. O livro do Gênesis maior cooperação na obra criadora nos mostra essa verdade. O homem, do que aquela que se realiza na proreconhecendo a mulher como carne criação. da sua carne, descobre-a como um Na criação do homem e da muser com o qual está unido por um lher, encontramos o núcleo essencial vínculo que depende do próprio de- e uma expressão altamente qualificasígnio divino. da da sociabilidade humana. Por isso, o homem e a mulher são O homem e a mulher receberam feitos um para o outro. Entendamos bem: Uma vez que o masculino e o o homem e a mulher, feminino são, em sua distinção considerados em si e igual dignidade, participação mesmos, não são incompletos. No seu ser no ser perfeitíssimo de Deus, não pessoal, inteligente e há nada de estranho, portanto, livre, cada um deles que, na Bíblia, Deus apareça com tem uma vocação irre- traços masculinos e femininos, de mãe, de esposo, de pai missível. Somente se os considerarmos como pessoas no senso o encargo de dominar a terra e o de pleno da palavra (na sua autoposses- crescer e de se multiplicar. Naturalsão e na sua capacidade de se doar) mente esse domínio não pode ser tem sentido o dom de si mesmos que feito sem a referência ao Criador. o homem e a mulher se fazem reci- Esse domínio deve levar em conta as procamente no Matrimônio. Com outras criaturas, que servem certaessa união, eles formam “uma só car- mente o homem segundo o desígnio ne”, não no senso de que o ser pessoal de Deus, mas das quais o homem não deles desapareça e seja absorvido em é patrão. Não há somente a preocuuma unidade superior, mas no senso pação pelos outros seres. O homem de que a personalidade de cada um deve também zelar pelas gerações fudeles recebe dessa união uma nova turas.
| Fé e Vida | 5
Fé e Cidadania O ano da graça do Senhor Cônego Antonio Manzatto O Ano Santo da Misericórdia nos convida a recolocarmo-nos em perspectiva de ano jubilar. Ano Santo sempre remete ao Ano do Jubileu, que é sua base teológica. Os especialistas também estão de acordo em identificar o Ano do Jubileu como aquele tempo proposto por Jesus logo no início de seu ministério, em sua pregação na sinagoga de Nazaré (Lc 4, 18-19). Daí que este ano não é igual aos outros, é especial. Sua proposta é de ser um novo recomeço da história da humanidade, agora em perspectiva de misericórdia. O Ano do Jubileu, cuja origem é véterotestamentária, era proposta de recomeço da história. Celebrado a cada 50 anos, ele apresentava quatro práticas que o faziam diferente de todos os outros anos: não se plantava ou colhia, se libertavam os escravos, as dívidas eram perdoadas e as propriedades voltavam aos seus primeiros donos. O tempo de esbanjamento dos ricos e de sofrimento dos pobres tinha prazo de validade definido, 50 anos. A partir daí, a história começava outra vez, todos reconduzidos àquela mesma situação inicial de igualdade fundamental que reinava quando Israel ocupou a terra e esta foi dividida entre as tribos. Começar de novo em ritmo de igualdade é a proposta do Ano do Jubileu e, por isso, a perspectiva fundamental quando se fala em Ano Santo. Ele é proclamado em benefício dos mais pobres, que são os favorecidos quando a história começa outra vez. Por isso, o anúncio do Reino de Deus realizado por Jesus é boa notícia para os pobres e por isso também esse anúncio, assim como o convite a viver o Ano Jubilar, é recusado pelos poderosos, aqueles que não querem, de maneira nenhuma, que a história comece de novo. Em perspectiva de misericórdia, o novo início da história se propõe a ser marcado pela interdição de desigualdades. O mundo no qual vivemos, marcado pelo pecado da dominação, produz pobres, escravos, sofredores de todos os matizes; produz migração forçada, violência, ódio, guerra. Será preciso recomeçar a história para que haja possibilidade de ser diferente. Sim, será preciso um mundo novo, e a isso chamamos de mundo de Deus. No entanto, enquanto ele não vem e enquanto estivermos mergulhados na história, será preciso endireitar comportamentos para que a injustiça não seja a palavra de ordem. Será como que necessário recomeçar a escrever a história da humanidade, deixando de lado as desigualdades construídas durante tantos séculos para construir uma alternativa. Sim, o Ano Santo é boa notícia para os pobres se, para além do perdão dos pecados individuais, alcançar as estruturas da convivência humana e suscitar um novo paradigma para as relações humanas, o paradigma da misericórdia. Ele diz da compaixão necessária para com os pobres e sofredores e, mais concretamente, em reorganizar a estrutura do mundo para que a convivência humana seja baseada em fraternidade.
6 | Viver Bem |
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Comportamento
Resistindo à superproteção Simone Fuzaro padaria, mesmo que queiram a
Início de ano, tempo propício para reflexões, avaliações e propósitos. Diante do maior bem que temos, a família, é importante avaliarmos com coragem como estamos conduzindo a educação de nossos filhos: estamos educando pessoas aptas e maduras para enfrentarem a vida? Mais ainda: estamos maduros e aptos para enfrentarmos a tarefa de educar? Essa tarefa exige renúncias, escolhas, atitudes firmes. Exige “aguentarmos” choros e birras, sem nos abalarmos e nem nos sentirmos culpados. Ao contrário, segundo Rosely Sayão, “educar pressupõe sempre desagradar a criança” e, por isso, precisamos estar preparados para desagradar, confiantes de que isso é um bem, um presente que podemos dar a eles. Estamos vivendo uma época em que valorizamos muito o prazer, a satisfação. Tudo o que fazemos precisa ser prazeiroso, proporcionar “felicidade” e conforto. O que não estamos conseguindo distinguir com clareza é a diferença entre satisfação e felicidade. A maioria dos pais, devido a um movimento neurótico em busca da segurança dos filhos, acaba superprotegendoos. Essa superproteção aparece em diversas circunstâncias: não podem “perder” em jogos e brincadeiras, não podem se machucar, não podem ser “estimulados” a beijar alguém que não tenham vontade. Quando maiores, mesmo que queiram um pão fresco, não podem ir à
coração, deixo que experimentem situações adversas e até mesmo pequenas injustiças infantis, tendo em vista que precisam se preparar para a vida e terão que lidar com situações certamente mais difíceis? Como propósito de início de ano, podemos colocar como meta resistir à tentação da superproteção com pequenas determinações: não mudar o combinado porque a criança ficou triste, não mudar a regra do jogo porque ela vai perder, atribuir pequenas e constantes responsabilidades (arrumar a cama, os brinquedos, secar talheres...) independentemente da vontade de realizar, permitir que sofram consequências
figurinha, não vão ao jornaleiro, não podem ficar longe das vistas dos pais por poucos momentos. Tudo é perigoso e, por isso, alguém corre os riscos por eles. Também são superprotegidos contra os sentimentos adversos: não podem ser contrariados em suas vontades, podem dizer o que querem do modo que acharem melhor, quase sem nenhuma censura. Censura, aliás, vista como um mal, como algo que tira a liberdade de expressão dos filhos. Tudo traz um perigo: seja emocional (traumatiza), seja físico. A superproteção, além de ser uma ilusão, retarda o processo de amadurecimento das crianças. Elas crescem Estamos vivendo uma época imaginando que em que valorizamos muito tudo se resolve de o prazer, a satisfação. modo mágico, sem Tudo o que fazemos esforço. Sempre há precisa ser prazeiroso, alguém para resol- proporcionar “felicidade” ver as situações e e conforto. O que não dificuldades que estamos conseguindo aparecem. Como não estão habitu- distinguir com clareza é a ados a lidar com diferença entre satisfação sentimentos e si- e felicidade tuações adversas, sentem-se incapazes quando de seus atos: ficar sem algo que eles aparecem e, cedo ou tarde, quebrou ou perdeu, ficar com aparecerão. fome ou encontrar uma saída Seria riquíssimo, ao início quando esquecem o lanche deste ano, nos perguntarmos: etc. Sejamos valentes nessa taestou superprotegendo meus filhos? Deixo que corram pe- refa de preparar os filhos para quenos riscos e assumam pe- o mundo. Ela é nossa e se não quenas responsabilidades com a fizermos ninguém fará por constância? Estimulo-os a en- nós. Simone Ribeiro Cabral Fuzaro carar com otimismo os erros, é Fonoaudióloga e Educadora; levantando-se e tentando noMestre em Educação/Distúrbios da Comunicação pela PUC-SP; especialista vamente a cada pequena “derem linguagem; e coordenadora da rota”? Mesmo que doa em meu Escola de Educação Infantil Pedrita.
Cuidar da Saúde
Hipertensão arterial na gravidez requer cuidados Cássia Regina Hipertensão gestacional é quando uma mulher apresenta pressão arterial acima do normal após estar grávida. É algo importante de ser diagnosticado porque
a partir daí a gravidez se torna de risco. Porém, se tratada corretamente com medicamentos via oral e com baixa ingestão de sal, é possível levar uma gravidez praticamente normal. É igualmente importante que após o parto a mulher
continue o tratamento, pois a doença pode desaparecer ou não. A consulta pós-parto é essencial para se preservar a saúde da mãe. Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF) E-mail: dracassiaregina@gmail.com
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| Geral/Pastorais | 7
Thalita Kum 2015: a missão que gera vida Aliança da Misericórdia
Vanderléia Pereira
ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Seis dias de evangelização pelas ruas do centro de São Paulo, presídios, hospitais, unidades da Fundação Casa, ônibus, favelas, cortiços e, pela primeira vez, com os imigrantes. Assim foi a Missão Thalita Kum 2015, que terminou em 20 de dezembro. Com arte (música, dança e teatro), um sorriso, um abraço, um olhar, um aperto de mão ou um simples gesto de amor, muitas pessoas receberam a BoaNova do nascimento de Jesus. Esse anúncio da salvação não se limitou à proclamação, mas, principalmente, em ser sinal da própria presença do amor por onde os jovens passavam. A Missão contou com a participação de aproximadamente 500 jovens evangelizadores vindos de 13 cidades do Brasil, sem contar os missionários da comunidade de vida Aliança de Misericórdia e mais voluntários, que ajudaram na organização e orientação das evangelizações. Depois de alguns anos, essa foi a edição com maior número de evangelizadores, que não pouparam esforços para proporcionar um Natal diferente a tantos
Jovens de 13 cidades do Brasil realizaram ações de evangelização nas ruas de São Paulo às vésperas do Natal na Missão Thalita Kum
que já se esqueceram do real sentido deste momento ou nunca souberam. Quanto ao número daqueles que foram favorecidos com a iniciativa, os organizadores têm a estimativa de cerca de 8 mil pessoas alcançadas nas praças, dez moradores em situação de rua encaminhados para casas de assistência de comunidades de vida, cem famílias visitadas nos cortiços, isso sem contar as famílias da favela do Moinho, onde a Aliança de Miseri-
Vicariato do Povo da Rua
córdia mantém um trabalho contínuo. No final de semana, dois dias 19 e 20, nem mesmo a chuva tirou a animação dos evangelizadores. No dia 19, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu missa na praça da Sé, junto aos padres da Comunidade, com a participação dos jovens do Thalita Kum 2015 e os demais que ali estavam. Já no outro dia, foram os jovens que subiram as escadarias da Sé e participaram da missa com o Padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Catedral,
que demarcou o encerramento da Missão. Houve, ainda, shows com a Comunidade Colo de Deus, Arkanjos, Anjos da Vida, Cristo Libertador, Herdeiros da Palavra e Ana Gabriela, da Comunidade Shalom. “Louvamos a Deus por cada jovem que se doou nesses dias de Missão e ainda mais por todas as pessoas que puderam fazer uma experiência com o amor verdadeiro de Deus”, expressou a Irmã Talita Teresa, uma das organizadoras da Missão Thalita Kum 2015.
Pastoral Afro Reprodução de Imternet
Em 25 de dezembro, movimentos, novas comunidades e pastorais que atuam na atenção às pessoas em situação de rua realizaram uma missa de Natal na Cracolândia, presidida pelo Padre Julio Lancellotti, vigário episcopal para a Pastoral do Povo da Rua, e concelebrada pelo Padre Giampietro Carraro, fundador da Missão Belém.
75 anos da Irmandade de São Benedito da Casa Verde No domingo, 10, na missa das 10h na Paróquia Nossa Senhora das Dores (rua Lucila, 160, Vila Baruel), será celebrado os 75 anos de fundação da Irmandade de São Benedito da Casa Verde. A missa também será parte da Festa de São Benedito deste ano, que tem como tema “Com São Benedito, damos graças a Deus porque eterna é a sua misericórdia”. Criada em 1941, a Irmandade é fruto da devoção de pessoas de diferentes partes da cidade que no início dos anos 1940 se mudaram para o bairro localizado na zona Norte da cidade. (Com informações de Guilherme Botelho Junior, da Pastoral Afro)
Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Destaques das Agências Internacionais
Filipe David
Correspondente do O SÃO PAULO na Europa
Oriente Médio Arábia Saudita e Irã rompem relações diplomáticas Reprodução da Internet
Manifestantes iranianos protestam com cartazes do clérigo xiita executado, Nimr al-Nimr
Após a execução de um clérigo xiita pelo reino saudita, uma onda de protestos acabou com a invasão da embaixada saudita no Irã e o rompimento das relações diplomáticas entre os Países. No sábado, 2, foram executadas 47 pessoas – incluindo radicais sunitas ligados à Al-Qaeda e quatro dignitários xiitas por crimes de “terrorismo”. A execuação dos líderes xiitas, sobretudo a do clérigo Nimr al-Nimr, provocou uma onda de protestos nas comunidades xiitas por todos os países da região. No Irã, principal país de maioria xiita e maior adversário do reino saudita, o Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do
Cáritas lança campanha pela paz na Síria A Cáritas Internacional lança no início deste ano uma campanha para 12 meses pela paz na Síria. A intenção é “mobilizar milhões de pessoas em todo o mundo para pedir o fim da guerra de cinco anos que destruiu a Síria, desestabilizando a região e causando uma das maiores crises de refugiados de todos os tempos modernos”. De modo especial, a Cáritas Internacional pede para que as negociações recomecem, envolvendo todas as partes. “O primeiro passo deve ser um significativo cessar-fogo, com compromissos concretos de todos os lados. A paz deve
País, condenou duramente a execução, chamando al-Nimr de “mártir”. Em Teerã, os protestos contra o Estado saudita acabaram com a invasão do prédio por manifestantes que começaram a pôr fogo no local antes de serem expulsos pela polícia. Em resposta, o governo saudita expulsou os membros da representação diplomática iraniana. O conflito entre a Arábia Saudita e o Irã é pano de fundo de diferentes tensões na região, como no Iêmen, no Iraque, na Síria e no Líbano, e dificulta o enfrentamento do grupo Estado Islâmico, inimigo comum dos dois países. Fontes: Le Figaro/ BBC
270 mil fiéis visitam a Terra Santa
vir de dentro da região e não pode ser imposta de fora”. De acordo com o bispo de Aleppo e presidente da Cáritas síria, Dom Antoine Audo, “os líderes mundiais devem admitir que não existe uma solução militar para a Síria, mas só uma solução política. A comunidade internacional deve apoiar as conversações de paz para a construção de um governo de unidade nacional que provenha de dentro da nação” e, ao mesmo tempo, “cessar o fornecimento de armas”.
Um relatório da Custódia Franciscana indica que em 2015 mais de 270 mil pessoas, provenientes de 96 países, visitaram os santuários cristãos na Terra Santa. Foram contabilizados apenas os peregrinos que fizeram reservas online dos serviços nos santuários, o que indica que a quantidade total de visitantes deve ter sido ainda maior. No ranking de 96 países de origem dos peregrinos, o Brasil apareceu na 5ª posição, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Polônia, Itália e Indonésia. Segundo o relatório, o número de grupos visitantes começou a sofrer uma redução significativa em 2014 por conta das tensões na região e nos últimos meses as notícias sobre os conflitos entre árabes e israelenses também afastaram peregrinos receosos da violência.
Fonte: Rádio Vaticano (Redação: Daniel Gomes)
Fonte: Canção Nova (Redação: Daniel Gomes)
Estados Unidos Aumenta o número de usuários de maconha após a legalização Com a legalização da maconha no Estado de Colorado, no final de 2012, o trabalho dos psiquiatras tem aumentado continuamente. Christopher Thurstone, psiquiatra infantil, notou um grande aumento do número de pacientes, da quantidade de maconha presente em seus corpos e do número de casos de dependência en-
tre os jovens pacientes: “O tratamento é muito mais difícil do que era antes, porque as atitudes em relação ao uso da droga são mais relaxadas e ela está muito mais disseminada e fácil de encontrar”, afirmou. Além do Colorado, três outros estados já legalizaram a droga: Washington, Alasca e Oregon. À medida que a per-
cepção dos malefícios da droga diminui e ela se torna socialmente mais aceitável, o seu consumo aumenta. Uma pesquisa recente mostrou que o uso diário da maconha entre estudantes do ensino médio já é maior que o de cigarro. Segundo os psiquiatras, o maior problema do uso da maconha é seu efeito sobre o cérebro, principalmente entre os
jovens – já que este órgão continua o seu desenvolvimento até depois dos 20 anos. O principal componente químico da maconha, o THC, atua nos receptores cerebrais e pode reduzir significativamente o QI do usuário ao longo do tempo. O uso da droga também aumenta quatro vezes o risco de esquizofrenia. Fonte: CNA
França / Nações Unidas Países concordam em lutar contra o aumento da temperatura Ao fim de duas semanas, a conferência sobre as mudanças climáticas das Nações Unidas terminou com a publicação de um acordo entre os 195 países participantes, que concordaram em trabalhar para que o aumento da temperatura média do planeta fique “bem abaixo de 2%” em comparação com os níveis pré-industriais. Segundo a teoria do aquecimento global, a industrialização e o consequente uso de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo, têm elevado a temperatura terrestre devido, entre outras coisas, ao aumento de gás carbônico na atmosfera.
Por isso, seria preciso reduzir o uso de combustíveis desse tipo, substituindo-os por fontes de energia renováveis, como o etanol, a energia eólica e solar. Há um consenso político sobre o tema e os que ousam discordar abertamente têm sido chamados de “negadores” – em referência às pessoas que negam a existência do holocausto judeu. No entanto, muitos cientistas têm criticado a tese do aquecimento global ou, como tem sido chamado mais recentemente, das “mudanças climáticas”. Tim Ball, que foi professor de clima-
tologia na Universidade de Winnipeg, nos Estados Unidos, questiona as estatísticas que medem o nível de carbono na atmosfera, que não levam em conta o gás carbônico absorvido pela atividade humana, mas apenas o emitido. Outros argumentam que o efeito da atividade humana sobre a temperatura global é mínimo em comparação com outros fatores que não estão sob o nosso controle, como os ciclos solares, e que dados mais recentes mostram que a temperatura global, na verdade, já começou a diminuir. Segundo esses estudiosos, o alarmismo quanto ao
aquecimento global tem objetivos políticos, para os quais a teoria é apenas um pretexto. No plano político, três países têm liderado o ceticismo quanto à tese do aquecimento global: a Rússia, a Índia e a China. O presidente russo, Vladimir Putin, chegou a afirmar publicamente que a suposta ciência do aquecimento global é uma fraude. Já o Papa Francisco, em sua encíclica Laudato Si’, menciona os gases do efeito estufa como responsáveis pelo aquecimento global (§23). Fontes: UNFCCC/ WND/ Vaticano
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Maria, mãe de misericórdia No dia 1º, na solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, o Papa Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, por ocasião do Jubileu extraordinário da Misericórdia. Em seguida, o Pontífice presidiu uma missa naquele que é o primeiro templo dedicado a Nossa Senhora no Ocidente. A partir da saudação tradicional “Salve Maria, Mãe de Misericórdia”, Francisco destacou, na homilia, que aquele era um
dia mais do que apropriado para invocar a Virgem Maria, antes de tudo como a Mãe da misericórdia. “A Porta Santa que acabamos de abrir é, realmente, uma Porta da Misericórdia. Todas as pessoas que cruzarem esse limiar são chamadas a deixar-se mergulhar no amor misericordioso do Pai, com plena confiança e sem qualquer temor, na certeza de sair daqui na companhia de Maria, a Mãe da misericórdia”, afirmou o Santo Padre.
Tecnologia a serviço da oração
No ‘berço’ do presépio
L’Osservatore Romano
A partir deste mês, o Papa Francisco apresentará as tradicionais intenções de oração através do Apostolado da Oração por meio de vídeo-mensagem. Nas mensagens, a serem divulgadas uma vez por mês também nas redes sociais, o Pontífice falará em espanhol, com subtítulos em diversas línguas. A idealização dos vídeos, realizados em colaboração com o Centro Televisivo Vaticano, é da agência de comunicação “La Machi”. L’Osservatore Romano
Diálogo entre as religiões Na primeira vídeo-mensagem de 2016, publicada no dia 6, o Papa Francisco pede pelo diálogo inter-religioso. “A maior parte dos habitantes do planeta se declara crente, e isto deveria provocar um diálogo entre as religiões”.
Além da participação de sacerdotes budistas, muçulmanos, hebreus e católicos, o vídeo também intercala imagens marcantes do pontificado de Francisco em que o Papa promove gestos concretos para o diálogo inter-religioso.
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L’Osservatore Romano
O Papa Francisco fez uma visita surpresa, na segunda-feira, 4, ao lugar no qual São Francisco de Assis instituiu o presépio, em Greccio, na região italiana do Lácio. O Santo Padre foi acolhido por aproximadamente 70 jovens participantes de um encontro em andamento no Santuário desde sábado, 2. O Pontífice se deteve por alguns minutos em oração pessoal na capela do santuário erguido no local onde o “Pobre de Assis” instituiu a representação do nascimento de Jesus na noite de Natal de 1223.
México à espera do Papa Reprodução
Acordo com Estado da Palestina Entrou em vigor no sábado, 2, o acordo global entre a Santa Sé e o Estado da Palestina, assinado em 26 de junho de 2015. Efetivamente, ambos notificaram reciprocamente o cumprimento dos
procedimentos exigidos para sua entrada em vigor. Constituído de um Preâmbulo e 32 artigos, o Acordo trata de aspectos essenciais da vida e da atividade da Igreja
na Palestina, reafirmando, ao mesmo tempo, o apoio por uma solução negociada e pacífica do conflito na região. Fonte das notícias: Rádio Vaticano (por Fernando Geronazzo)
Os mexicanos aguardam ansiosamente a visita que o Papa Francisco fará ao País em fevereiro. Em comunicado da Conferência Episcopal Mexicana (CEM), os bispos ressaltaram que o Santo Padre chega como “missionário da misericórdia e da paz”. O Papa embarcará para o México, segundo país mais católico da América latina, no dia 12 de fevereiro e celebrará a primeira missa na tarde do dia 13, na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe. No mesmo dia, está prevista a visita do Papa à capela em que está a imagem milagrosa da Virgem de Guadalupe. Desde o século XVI, peregrinos de todo o território mexicano e de várias partes do mundo se dirigem ao local para venerar a imagem. Essa será a sétima visita de um papa ao México: São João Paulo II esteve no País em 1978, 1990, 1993, 1999 e 2002; e Bento XVI em 2012.
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Daniel Gomes e Filipe David osaopaulo@uol.com.br
Imagem de Nossa Senhora é atacada no Rio Grande do Sul Na madrugada do domingo, 3, dois vândalos depredaram e atearam fogo à nova imagem de Nossa Senhora instalada desde 12 de dezembro na esplanada do Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio, em Farroupilha, no Rio Grande do Sul. No mesmo dia, os padres responsáveis pelo santuário emitiram nota em repúdio ao ocorrido. “Estamos perplexos diante de tal atitude. Toda a forma de intolerância e de fundamentalismo religioso não edificam. O nosso tempo exige respeito, diálogo entre as culturas e as religiões. A estátua de Nossa Senhora de Caravaggio é sempre a recordação de que Ela é Mãe de Deus e nossa
Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio
mãe. Rogamos por estas pessoas para que possam mudar a sua mentalidade e suas atitudes. Esse fato fere o nosso sentimento religioso, mas a nossa devoção e fé em Nossa Senhora não serão abalados”. Até a tarde da segunda-feira, 4, a Polícia em Farroupilha ainda estava à procura dos vândalos, com base nas imagens das câmeras do Santuário. No mesmo fim de semana, imagens de Nossa Senhora Aparecida, Santo Antônio e São Cristóvão, na região de Farroupilha, foram depredadas e não se descarta que haja correlação entre os fatos. Fontes: Zero Hora e Rádio Vaticano (Redação: Daniel Gomes)
Imagem danificada no Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio
Governo de SP afirma que vandalismo em escolas ocupadas causa dano de R$ 1 milhão Com a ocupação das escolas em protesto contra a reorganização da rede pública de ensino de São Paulo, 72 unidades foram vandalizadas, segundo informações do governo do Estado de São Paulo. O prejuízo estimado pelo governo paulista é de R$ 1 milhão. Esse valor não inclui as perdas com as merendas que, segundo o Executivo paulista, foram roubadas, consumidas ou mesmo destruídas durante o período.
Em comunicado publicado em 29 de dezembro, a Secretaria informou que em Guarulhos, por exemplo, além da destruição de objetos de uma escola, foram roubados oito computadores, três notebooks e seis radiocomunicadores. Em Campinas, em outra escola, foram levados dois televisores e a sala de informática foi revirada. Fonte: Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Redação: Filipe David)
Destaques das Agências Nacionais
Redução de pressão da água será mantida em SP O Sistema Cantareira já saiu do volume morto, mas o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que será mantida a pressão reduzida da distribuição de água. Segundo o Governador, a redução da pressão evita perdas, sobretudo em um período de calor em que o consumo é elevado. No entanto, a pressão reduzida é apontada como a principal causa para a falta de água em regiões mais elevadas. Segundo o governador Geraldo Alckmin, o risco de desabastecimento no futuro, embora reduzido, ainda não foi totalmente afastado: “É importante que a população continue economizando água, por isso o sistema de ônus e bônus continua”, afirmou. Fontes: Veja/ Estadão (Redação: Filipe David)
Vila Velha (ES) está em situação de emergência após deslizamento de pedra O prefeito de Vila Velha (ES), Rodney Miranda, decretou situação de emergência no bairro de São Torquato, onde uma pedra gigante deslizou e atingiu quatro casas, ferindo 15 pessoas, na sexta-feira, dia 1º. Uma área de 80 metros foi isolada por risco de novos deslizamentos, prin-
cipalmente no atual período de chuvas. Ao todo, 108 famílias – 392 pessoas – ficaram desabrigadas. Destas, sete foram abrigadas em uma escola e as demais estão nas casas de familiares. Fonte: G1 (Redação: Filipe David)
Consumo de energia elétrica cai 4,4% em novembro A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, divulgou na segunda-feira, 4, que o consumo de energia elétrica no Brasil caiu 4,4% em novembro de 2015, na comparação com igual período de 2014. Entre os setores avaliados pela
EPE, a maior queda foi observada na indústria (-8,9%), o principal consumidor de energia elétrica no País. O consumo caiu de 15,3 mil Gwh, em novembro de 2014, para 13,9 mil Gwh, em novembro do ano passado. De acordo com a EPE, a queda de 8,9% foi a maior para um mês de no-
vembro em 12 anos. Entre os motivos estão o desastre ambiental em Mariana (MG), que paralisou a produção de algumas unidades de extração de minerais metálicos e deixou o mercado consumidor enfraquecido para as indústrias metalúrgicas. O consumo residencial caiu 2,2%,
fechando novembro com média de 11,1 mil GWh. A queda do consumo comercial, por sua vez, chegou a 2,6%. Em todos os setores, o consumo de energia elétrica acumula perdas de 2,1% no ano e de 1,7% no período de 12 meses. Fonte: Agência Brasil (Redação: Daniel Gomes)
147 mortes são registradas em rodovias federais na virada do ano
PL propõe atendimento prioritário a quem tem doenças raras ou graves
Os acidentes em rodovias federais resultaram na morte de 147 pessoas durante as festas de fim de ano, conforme balanço preliminar divulgado na segunda-feira, 4, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), com a contagem das ocorrências entre 28 de dezembro de 2015 e 3 de janeiro deste ano. Outras 2.073 pessoas ficaram feridas em 1.248 acidentes com vítimas. A principal causa dos acidentes foi a imprudência dos motoristas. Segundo a PRF, um terço das mortes nas rodovias
O projeto de lei nº 134/15, em tramitação na Câmara dos Deputados, prevê que pessoas com doenças raras ou graves poderão receber atendimento prioritário em bancos e repartições públicas. Esse atendimento prioritário já assegurado às pessoas com deficiência, aos idosos, às gestantes, às mães que amamentam e às pessoas acompanhadas de crianças de colo também passaria a ser garantido às pessoas com doenças como esclerose múltipla, câncer, Aids e doença de Parkinson, por
federais foi consequência de colisões frontais que, na maioria das vezes, foram causadas por excesso de velocidade ou ultrapassagens indevidas. Embora os registros preliminares indiquem diminuição de acidentes graves, número quase 36% inferior aos da semana do ano novo de 2014/2015, houve o aumento de mortos e feridos resultantes dos acidentes. Nas rodovias federais de todo o País foram registradas 14,8% mais mortes do que em 2014/2015. Fonte: Agência Brasil (Redação: Daniel Gomes)
exemplo. A proposta também obriga as concessionárias e as empresas públicas de transporte coletivo a reservarem assentos devidamente identificados para essas pessoas. O PL, que reúne propostas de vários deputados, já foi aprovado na Comissão de Viação e Transportes da Câmara. A proposta ainda precisa de aprovação nas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça e Cidadania, antes de ser enviada ao Senado. Fonte: Rádio Câmara (Redação: Daniel Gomes)
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Contagem regressiva para a JMJ Cracóvia 2016 JMJ Cracóvia 2016
Jovens da Arquidiocese de São Paulo se mobilizam para participar da 31ª Jornada Mundial da Juventude, entre 25 e 31 de julho na Polônia Renata Moraes
jornalismorenata@gmail.com
Faltando seis meses para o maior evento jovem católico do mundo, a Arquidiocese de São Paulo já está se organizando para participar da Jornada Mundial da Juventude. A viagem completa por pessoa tem custo aproximado de R$ 7 mil (valores que incluem o pacote aéreo para Varsóvia, capital da Polônia, taxas de embarque, inscrição da JMJ e hospedagem oferecida pela organização). Desde a venda de sobremesas no final das missas à promoção de festas e jantares, diversos grupos de jovens estão promovendo ações para arrecadar dinheiro para ir à Jornada. É o caso do grupo de jovens da Paróquia Nossa Senhora das Graças, no bairro do Jabaquara, na Região Ipiranga, que desde setembro de 2013 está trabalhando em prol da JMJ Cracóvia 2016. “Por ocasião da JMJ Rio 2013, a nossa Paróquia acolheu um grupo de 83 italianos, que participou da Semana Missionária. Eles nos contaram que venderam doces, fizeram rifas e festas em suas comunidades para custear a viagem. Após esse relato e a nossa vivência na JMJ, ficamos animados, entusiasmados, e começamos a nos movimentar”, expressou Leonardo Ramos da Silva Teixeira, 18, participante do grupo de jovens. Com apoio do Padre Ubaldo Steri, pároco, o grupo tem se organizado para arrecadar recursos financeiros para o encontro dos jovens com o Papa Francisco em Cracóvia. Além da venda dos doces e a participação nas festas da Paróquia, os jovens realizaram em dezembro a “Noite da Pizza”, com intensa participação da comunidade. Segundo Leonardo, a meta inicial era de levar 15 jovens, mas devido à crise financeira do País, é quase certo que conseguirão custear apenas a viagem de um jovem, que será escolhido por sorteio entre aqueles que estão se empenhando nas ações de arrecadação.
‘Sentir-se parte da Igreja de Cristo’
Para o grupo Cruz Jovem, da Paróquia Divino Salvador, na Vila Olímpia, na Região Sé, participar da JMJ Cracóvia 2016 será um momento especial e os jovens já estão na expectativa de representar a comunidade paroquial em outro continente. “Muitos jovens do nosso grupo puderam participar da última edição do evento no Rio de Janeiro em 2013. Por isso, nós sabemos o quão intenso é esse momento de comunhão com toda a Igreja. Acreditamos que conseguiremos trazer muitos frutos e semeá-los em nossa comunidade”, expressou Marcelo Nery Simões Martins, 22, um dos coordenadores do grupo. Além das tradicionais macarronadas realizadas pelos jovens, a renda das duas últimas festas julinas da Paróquia foi revertida para ajudar a custear a ida de cinco jovens à Jornada. Eles contam com o apoio do Padre Sidney José Barone, pároco, e de toda a comunidade, não só no aspecto financeiro, mas na preparação espiritual, que é parte da rotina dos peregrinos. “Em outubro de 2015, realizamos um momento de espiritualidade chamado de #momentoJMJ, em que podemos contar um pouco da história da Jornada e partilhamos o quanto é maravilhoso sentir-se parte da Igreja de Cristo”, recordou Marcelo.
Viver a misericórdia de Deus no Ano Santo
Com uma juventude viva e atuante nas atividades da comunidade, a Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, na Região
Brasilândia, pretende levar 15 jovens à JMJ Cracóvia 2016. A preparação começou em maio de 2015. De rifas às festas de música católica chamadas ‘Cristodance’, de barracas de salgados à entrega de cofrinhos personalizados sobre a JMJ Cracóvia 2016, os jovens da Santa Cruz estão se preparando. “Na JMJ 2013, no Rio de Janeiro, não existiam diferenças de países, línguas ou costumes. O que predominava era o amor e a fé em um Cristo misericordioso, e esperamos vivenciar tudo isso novamente na Polônia, principalmente neste Ano Santo da Misericórdia”, expressou Diego Brigatto, 23, coordenador do grupo. Os jovens ainda pretendem realizar sessões de cinema ao ar livre, baile sertanejo, peças de teatro, assim como almoços e jantares típicos para melhorar a arrecadação.
Mobilização arquidiocesana
A Arquidiocese de São Paulo, por meio do Setor Juventude, está em campanha para realizar inscrições de jovens e adultos que queiram participar da JMJ Cracóvia 2016. Além de organizar os grupos que estão se inscrevendo, a meta é promover encontros e retiros em preparação para a JMJ. “A expectativa é que consigamos chegar a uma delegação oficial com cerca de cem pessoas, que será composta pelo bispo auxiliar da Arquidiocese e referencial para o Setor Juventude, Dom Carlos Lema Garcia, por membros da coordenação do Setor Juventude da Arquidiocese, pelos padres assessores da juventude nas regiões episcopais, por
Arquivo pessoal
paróquia nossa senhora das graças - região ipiranga
Arquivo pessoal
Paróquia divino salvador- região sé
jovens lideranças indicadas pelas paróquias e adultos que também pretendam participar da JMJ”, expressou Nei Márcio Oliveira de Sá, coordenador do Setor Juventude da Arquidiocese. Dom Carlos Lema Garcia enviou em outubro de 2015 uma carta para a todas as paróquias e colégios católicos descrevendo a mobilização da Arquidiocese para o evento e motivando a participação. “Com a JMJ realizada no Brasil, muitos foram os frutos para a evangelização dos nossos jovens. A JMJ é um forte momento de encontro pessoal com Jesus Cristo, através das celebrações, catequeses e missões realizadas, além do importante intercâmbio cultural realizado entre os participantes. Os depoimentos dos jovens mostram que essa é uma experiência inesquecível”, escreveu o Bispo. A campanha de divulgação da proposta assumida pelo Setor Juventude será intensificada a partir da segunda quinzena de janeiro, assim como o envio de cartazes e folders explicativos para toda a Arquidiocese de São Paulo. As inscrições e informações poderão ser obtidas no e-mail setordejuventude@ uol.com.br; na fanpage facebook.com/ setorjuventudesp; e ainda pelo telefone (11) 3660-3700.
Meio milhão de peregrinos já inscritos
Com o lema “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão a misericórdia” (Mt 5,7), a 31ª edição da Jornada Mundial da Juventude, até dezembro de 2015, registrou 532.792 pessoas inscritas, de 150 países, organizadas em 2.568 grupos, dentre esses 9.056 brasileiros, em 226 grupos, conforme informações do Comitê Organizador Local. Segundo os organizadores da Jornada, a escolha de Cracóvia como lugar de celebração do próximo encontro dos jovens remete-se a “à centelha da Misericórdia desde que Jesus Misericordioso revelou-se à Santa Irmã Faustina, em Łagiewniki, um dos bairros de Cracóvia”. A cidade é conhecida no mundo como o centro da devoção à Divina Misericórdia. O anúncio foi feito pelo Papa Francisco em julho de 2013, ao final da JMJ no Rio de Janeiro, na missa de envio da Jornada, evento que reuniu 3,7 milhões de pessoas. A expectativa é que Cracóvia acolha 2 milhões de pessoas durante o encontro mundial dos jovens. Arquivo pessoal
paróquia santa cruz de itaberaba - região brasilândia
Jovens da Arquidiocese de São Paulo já estão mobilizados para se encontrarem com o Papa Francisco, em Cracóvia, na Polônia, em mais uma edição da Jornada Mundial da Juventude
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NAYÁ FERNANDES
nayafernandes@gmail.com
Gargantilha de pérolas por R$ 39,90; óculos escuros por R$ 124 ou uma botinha cor de rosa por R$ 75. Esses acessórios, que parecem ser parte da lista de compras de uma adolescente, são alguns dos itens disponíveis nos muitos pet-shops espalhados pela capital paulista, sem falar nos que estão à venda pela internet. E não é preciso andar muito para encontrá-los, pois a população de animais de companhia no Brasil aumentou nos últimos anos e a oferta de produtos também. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em junho de 2015, estimou a população de cachorros em domicílios brasileiros em 52,2 milhões, o que dá uma média de 1,8 cachorro por domicílio. Os dados se referem a 2013 e mostram que existem, no País, mais cachorros do que crianças, se comparados à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que aponta 44,9 milhões de crianças de até 14 anos no Brasil, também em 2013. Para além dos números, como são tratados os animais? Até que ponto alguns acessórios ou hábitos realizados pelos donos em relação aos animais são saudáveis para estes e para os próprios donos? É claro que esses questionamentos não excluem o cuidado e o respeito para com os animais e toda a criação.
O melhor amigo do homem?
Pode-se pensar numa preferência histórica do ser humano por cães e gatos ou outros animais também se adaptariam aos mesmos ambientes e rotinas com a mesma facilidade? A professora Paula Papa, doutora do departamento de cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo (USP) explicou que há mais de 30 mil anos o ser humano convive com os cães, descendentes diretos do lobo europeu. “Historicamente, os lobos acompanhavam grupos de caçadores e coletores e se alimentavam dos restos das carcaças das caças. Com o tempo, os lobos passaram a auxiliar o ser humano nas caçadas e a proteger o grupo contra outros predadores. Por sua vez, o ser humano iniciou o processo de seleção dos lobos, tomando para companhia os mais dóceis. Dessa maneira, em perfeita simbiose, cães e seres humanos convivem a mais tempo do que seres humanos e qualquer outro animal doméstico.” A Professora fez também uma distinção entre animais domésticos e de companhia. “Os domésticos não necessariamente escolheriam a companhia dos seres humanos se estivessem em seu ambiente natural. Animais de companhia são os cães e os gatos, exclusivamente. A docilidade deles foi selecionada pelos humanos ao longo dos muitos mil anos de convivência dessas espécies em seu ambiente natural. Cães e gatos não deixaram as florestas, mares ou desertos de
maneira forçada, mas acercaramse do ser humano, pois essa espécie também lhes beneficiava de alguma maneira. Pode-se dizer que foi um processo natural que transformou os cães e os gatos nos melhores amigos e companheiros do ser humano. Qualquer outra espécie, nas condições atuais de vida dos humanos, não teria a oportunidade de passar por este processo natural de aproximação”, explicou Paula. Monike Soares tem cinco gatos, todos resgatados da rua. “Um deles é uma gata abandonada na clínica após ter sofrido traumatismos devido à queda de um prédio de nove andares”, contou a médica veterinária formada pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Monike falou sobre a mudança sofrida ao longo do tempo no relacionamento entre cães, gatos e o ser humano. “Os cães eram usados para proteger a casa de possíveis invasores e, além de proteção, eram também companhia. No ambiente rural, trabalhavam no pastoreio de animais de produção. Hoje, eles não precisam mais proteger seus donos, mas sim fazer companhia. Nesse sentido, os felinos têm conseguido abarcar uma grande massa de pessoas que preferem um animal mais calmo. Gatos não latem e necessitam de menos cuidados com banhos e passeios na rua”, considerou Monike. Já Juliana Laurito Summa, bióloga, enfatizou que aconteceram modificações na constituição dos animais, ou seja, “quando os dividiram em raças, cruzaram aqueles dóceis ou bravos,
Nos lares brasileiros cães do que crianç de companhia em mas exageros de atenção são q e assim, aconteceu uma seleção para que alguns existissem exclusivamente para serem cães de companhia ou de guarda etc”.
É hora de ter um ‘cãozinho’!
Muitos podem ser os motivos que levam um casal, uma família ou uma pessoa qualquer a ter um animal de companhia. Thais Sisti Schultheisz, psicóloga e professora, afirmou que não se pode dizer que exista um perfil específico de pessoas que têm animais em casa. “Eles estão mais incluídos nos espaços de solteiros, casais sem filhos, famílias, idosos e em outras situações. Talvez porque o ser humano está cada vez mais voltado para o trabalho e menos tempo com os amigos. O nível de confiança e de trocas afetivas têm diminuído e quase ninguém se volta mais para as necessidades sociais e do outro. Thais atribui essas mudanças a uma disponibilidade cada vez menor das pessoas para abrir mão de algo ou flexibilizar satisfações pessoais e assim viver um relacionamento conjugal ou qualquer outro tipo de
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brasileiros já há mais ças; ter um animal em casa é benéfico, de gastos e de questionáveis relação. “Nesse sentido, um ‘pet’ é incorporado à vida das pessoas como aquele que aceita o dono de forma incondicional, com seus defeitos e qualidades, sempre retornando quando solicitado”. Outra realidade, apontada por Monike, é de as famílias serem compostas por casais que priorizam o trabalho: são as pessoas que não abandonam seu núcleo familiar inicial ou que optam por se manterem solteiras. “Cães e gatos não passam pelas transformações que as crianças passam. Bebês viram crianças, que viram adolescentes e, por fim, adultos. Ou seja, não nos fazem perder noites de sono e nem tão pouco nos respondem mal e nos fazem sofrer pelas suas escolhas de vida”. E completa: “É mais fácil cuidar de um bichinho do que de um bebê. Pode-se deixá-lo em casa por algum tempo, apenas com suprimento de ração e água. É claro que se deve também estar consciente de encontrar, na volta a casa, o lixo revirado, o sofá destruído, até como uma forma de demonstrar seu desagrado com a ausência dos donos. Porém, a presença de um animal em casa não é prejudicial, mas a maneira que se esta-
belece relações afetivas com ele pode chegar a ser. Estar em contato com a família acaba sendo mais difícil do que estar em casa ou a passeio com o animal, que aceita o dono como é. Há que se adequar as relações e pensar o quanto o meio sociocultural está nos afastando de contatos sociais”, continuou Thais.
Cuidado, sim! exagero, não!
Mas, e quando se atribui ao cachorrinho ou ao gato características humanas? Hotéis de luxo, quartos com televisão, chocolates finos, grama sintética, brincos, perfumes e outros acessórios? Thais foi firme ao dizer que “amar o animal é saudável e esperado na medida em que este foi escolhido, mas descaracterizá-lo e querer transformá-lo em humano pode ser um sinal de patologia que deve ser tratada. A solidão não pode escravizar ninguém”, salientou a psicóloga. Paula Papa disse ainda que incutir hábitos de seres humanos nos animais é uma expressão de antropomorfismo, ou seja, transformá-los em algo que não são. “Nenhum animal em seu ambiente natural desenvolveu algum tipo de roupas ou sapatos para se proteger do frio, do calor, da chuva ou da neve. Alguns cães e gatos demonstram claramente que aquilo os incomoda a ponto de ficarem imóveis quando calçam sapatos ou vestem roupas. Como guardiões responsáveis, devemos cuidar para se sintam perfeitamente à vontade e felizes e tratá-los como seres humanos pode significar induzir estresse e
desconforto desnecessários à vida de nossos animais de companhia”, insistiu a professora da USP. Monike salientou que “o uso prolongado de roupas pode causar um emaranhado nos pêlos no animal e ele irá sofrer bastante para que seja retirado. Sapatos também devem ser evitados, já que o cão não possui glândulas sudoríparas no corpo. O único lugar em que estão presentes, em pequena quantidade, é juntamente nas patinhas. Brincos, nem pensar. Considero uma mutilação”. É importante lembrar, ainda, que esses acessórios não foram pensados do ponto de vista do conforto dos animais, mas do lucro mercadológico. “Para o ‘mercado pet’, infelizmente, quanto mais antropomorfizado o animal for tanto melhor, pois eles podem empurrar todo tipo de bugiganga. É um apelo cada vez maior para que o pet seja o filho peludo e a pessoa se cobre sempre mais por não fazer o suficiente. E esses exageros podem ter efeitos deletérios para a saúde dos animais”, continuou a veterinária.
Sim, vamos adotar um animal!
A realidade dos animais abandonados faz com que as pessoas se mobilizem nas redes sociais, sites e grupos que incentivam a adoção, reprovando a atitude de criadores que vendem os animais por preços exorbitantes, tratando-os como mercadorias. Afinal, se o animal foi o escolhido para ser companhia, comprá-lo como se escolhe um item qualquer
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no supermercado pode não ser a atitude mais coerente. Juliana Summa tem dois cães e sempre teve cachorro em casa, desde criança. “Já tive gatos de raça, sem raça, abandonados e em situação de abandono. Atualmente, tenho uma shitzu, que foi abandonada em um parque ainda filhote, provavelmente porque estava com giárdia, uma espécie de protozoário que parasita o intestino, comum nos animais, e que pode hospedar-se também no ser humano. Foram necessários três meses de tratamento. Ela come ração específica, toma banho a cada 15 dias no pet-shop e não é todo mundo que está preparado ou tem condições financeiras para tudo isso. Então, abandona mesmo”, disse a bióloga. Há muitos benefícios em ter um animal. Correntes da psicologia os recomendam em casos de tratamento de distúrbios psicológicos, a chamada “Pet Terapia”. Isso sem falar nos cães-guias, que são treinados para acompanhar pessoas com deficiências visuais. Thais explicou que, além disso, um cão ou um gatinho pode auxiliar na melhora dos vínculos familiares, na formação e integração da identidade das crianças ou na preparação para a maternidade ou a paternidade, por exemplo. “Quanto a casais sem filhos, preenche o espaço muitas vezes destinado a um bebê ou na elaboração da ansiedade para engravidar, já que um animal precisa de cuidados com alimentação, saúde e afeto constantes. É um ‘abrir espaço’ na vida do casal para um novo membro”, completou a psicóloga. Arte: Sergio Ricciuto Conte
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Um Ano Santo para peregrinações Luciney Martins/O SÃO PAULO - 13.dez.2015
No Jubileu extraordinário da Misericórdia, clero, religiosos e integrantes de pastorais, grupos e movimentos irão peregrinar à Catedral da Sé Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com
O Ano Santo extraordinário da Misericórdia será marcado por vários gestos simbólicos e concretos, entre os quais as peregrinações. Na Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo – “Misericordiosos como o Pai”, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, explica que as peregrinações fazem parte de quase todas as tradições religiosas do mundo. “Na Bíblia, conhecemos as peregrinações anuais para o templo de Jerusalém, que também Jesus fazia. No Cristianismo, os lugares relacionados com as origens da nossa fé e ligados a Jesus Cristo e aos apóstolos tornaram-se metas de peregrinação bem cedo e continuam sendo até hoje. Muitos outros ‘lugares santos’ e santuários, especialmente significativos para a fé, como os lugares das aparições de Nossa Senhora ou o túmulo dos santos e dos mártires,
passaram a fazer parte da piedade popular e metas de peregrinação. A Igreja põe grande valor nas peregrinações e estimula a pastoral dos santuários e lugares santos”. Ao longo de 2016, o clero, as religiosas e religiosos, as pastorais, grupos e movimentos são convidados a realizarem peregrinações à Catedral da Sé, Igreja mãe da Arquidiocese de São Paulo (veja programação abaixo). “Cada Paróquia, organização eclesial e pastoral deverá organizar a sua peregrinação e reservar a data no calendário da programação do Ano Santo na igreja onde a peregrinação será feita. Geralmente, que as peregrinações sejam feitas no sábado à tarde e no domingo ou em dias feriados, para dar maior possibilidade de participação ao povo. As datas das peregrinações das comunidades sejam amplamente divulgadas, com o convite à participação”, destaca o Arcebispo na Carta Pastoral. Ainda na Carta, Dom Odilo aconselha que as peregrinações sejam acompanhadas de um gesto concreto comunitário de caridade e misericórdia “mediante uma coleta em dinheiro ou em gêneros não perecíveis, a serem destinados conforme decisão da comunidade peregrinante”. Os peregrinos devem observar, ainda, a preparação pessoal e do grupo que esse momento de peregrinação necessita. Deve haver, então, pregações sobre a misericórdia, celebrações penitenciais e confissões.
Primeira peregrinação será da Pastoral da Saúde Catedral da Sé e outras cinco igrejas da Arquidiocese recebem peregrinações no Ano Santo
Peregrinações na Arquidiocese - Ano Santo extraordinário da Misericórdia Todas, a princípio, programadas para a Catedral da Sé
Pastoral da Saúde (Dia do Enfermo) 11/2, quinta-feira, às 15h
Clero 3/6, sexta-feira, às 9h
Leigos 3/4, domingo, às 11h
Coroinhas, Acólitos e Cerimoniários 13/8, sábado, às 10h
Vocacionados e vocacionadas 16/4, sábado, às 11h
Consagradas e Consagrados 13/8, sábado, às 15h
Vicentinos 23/4, sábado, às 15h
Catequistas 27/8, sábado, às 15h
Comunicadores (50º Dia Mundial das Comunicações Sociais) 7/5, sábado, às 15h
Juventude 16/10, domingo, às 15h
Jovens crismandos (Pentecostes) 15/5, domingo, às 15h
Pastoral Afro 19/11, sábado, às 9h Fonte: Secretariado Arquidiocesano de Pastoral
Primeiro grupo a peregrinar à Catedral, a Pastoral da Saúde se unirá em oração pelo Dia Mundial do Enfermo, em 11 de fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes. O assistente eclesiástico da Pastoral, Padre João Inácio Mildner, em artigo escrito no folheto litúrgico Povo de Deus em São Paulo destaca que “Deus Pai, também hoje, nos convida para a grande festa da vida. Deseja que seus filhos e filhas vivam a experiência de uma intensa alegria, fruto de seu amor misericordioso pela humanidade. Mas todos fazemos experiência de que a vida não é só festa. Nossa vida é cercada de dores, sofrimentos e enfermidades. Então, quais os ensinamentos que podemos tirar deste texto evangélico?” O artigo do Padre segue a mensagem do Papa Francisco para a ocasião - “Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: Fazei o que Ele vos disser”.
“A vida é um grande dom de Deus. Ela precisa ser acolhida e festejada. Isto deve acontecer na família e na Comunidade-Igreja. É na comunidade que encontramos forças para vivermos a cada instante esse maravilhoso dom. E quando surgir a dor, o sofrimento e a enfermidade, precisamos ser como Maria, atentos às necessidades das pessoas. Não nos contentemos em ver as situações, mas sejamos agentes de transformação, promotores da vida e da esperança: visitando os enfermos em suas casas ou internados nos hospitais, de braços abertos e coração acolhedor, apontando para o Cristo Ressuscitado. Pois o sofrimento assumido com amor é fonte de vida; é ajudar educar a população na prevenção as enfermidades e lutar por uma saúde pública de qualidade, que é um direito de todos garantido pela Constituição”, prossegue o Padre João Mildner. (EB)
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Com a Palavra: Morena Leite
A brasilidade contada na cozinha Arquivo pessoal
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“Parece-me importante cozinhar empregando todos os nossos sentidos: a visão, matizando as cores; o olfato, combinando os aromas; o gosto, aliando os diferentes sabores; e a audição, ouvindo ‘os sons que sensibilizam e alegram as nossas almas’, os ritmos que fazem dançar nossos corações, liberando nossas criações, que vêm do nosso sexto sentido, da nossa intuição. Os alimentos nutrem nosso corpo e a música alimenta nossa alma”. A citação acima é do livro “Brasil ritmos e receitas”, da chef Morena Leite. Em dezembro, ela recebeu a reportagem do O SÃO PAULO em seu restaurante, o Capim Santo, para relembrar o início da carreira e detalhar os projetos que o Instituto, que leva o mesmo nome que o restaurante, desenvolve. Formada pela Le Cordon Bleu Paris, como chef de cozinha e confeitaria, Morena lançará mais cinco livros neste ano, um deles “Altar”, que vai falar de casamento e comida. O SÃO PAULO – Como surgiu
essa vocação para a culinária?
Chef Morena Leite - Minha vida sempre foi ligada à cozinha, com meus avós mexendo com farinha e ovo, minha mãe com o restaurante. Eles vêm do interior com uma culinária mais simples, e vão pra Trancoso, no litoral da Bahia, que é um local tropical. Mais do que os sabores, o cheiro e o aroma, a minha vontade de cozinhar me instigava. Minha mãe quando mudou de São Paulo para Trancoso, na década de 1970 - ela era arquiteta - encontrou o local que era uma vila de pescadores, bem pequenininha, e para ela trabalhar, a cozinha fazia muito mais sentido do que a arquitetura. Daí, ela se apaixonou e virou uma cozinheira intuitiva. Minha mãe tinha uma cozinha muito saudável. Ela já foi macrobiótica, vegetariana, sempre entendeu que a gente é o que a gente come, que é muito importante a consciência para dentro da gente: essa consciência espiritual, essa consciência nutricional ou essa consciência afetiva, essa consciência cultural, porque a hora que você come uma comida libanesa, você aprende sobre aquela cultura, ou quando você come uma comida italiana, você também aprende um pouco
crianças, a gente vai em um orfanato. Temos também um instituto chamado Capim Santo, que é um centro de capacitação de jovens, com quatro sedes, que formam 160 jovens por ano, no litoral de São Paulo, 40 jovens por ano na Bahia e em 2015 a gente formou mais 40 aqui, na cidade de São Paulo.
Como esses jovens têm acesso aos cursos?
São jovens de 17 a 30 anos e nós temos uma parceria com uma escola chamada André Franco, que é uma ONG na Rodovia Raposo Tavares. As pessoas da região vão lá, marcam, se inscrevem e depois são escolhidas e entram para fazer o curso. A gente tem outra parceria com a escola Celso Leite, na Bela Vista; e lá em Trancoso (BA), temos outra parceria com uma escola pública. No litoral, temos o Instituto Verde Escola.
E por que este nome, Capim Santo?
daquela cultura. Então, a comida te nutre ou te desgasta, porque tudo em excesso é maléfico. Acho que o consumo consciente e o equilíbrio sempre pautaram a nossa limitação.
E como é administrar um restaurante?
É a vontade de acarinhar, de nutrir, essa coisa de mãe que é cuidar de cada pessoa. Hoje, tenho uma equipe de 250 pessoas. Eu sei o nome e o celular de cada uma, o nome do filho de cada uma, além disso, a gente reza antes de cozinhar todos os dias às 8h, fazendo uma corrente. Cada um tem a sua religião, mas temos alguns mandamentos a seguir aqui: ética, integridade e honestidade. A gente não começa nenhuma relação sem isso. Para manter uma boa relação, temos que ter respeito com os outros e tomar cuidado nas palavras que se vai falar, porque se você escolher uma palavra errada pode ferir cruelmente alguém, pode humilhar e desrespeitar. Viver coletivamente é um exercício. É mais fácil enxergar o erro dos outros do que o nosso. Para mim, uma grande busca é manter um ambiente harmonioso, com o intuito de manter uma relação boa com as pessoas, pois não dá para acolher um cliente se os meus colaboradores não se sentirem acolhidos. A gente tem relações de parcerias, pessoas que são fiéis. Estar junto é muito importante e nada na vida a gente constrói sem esforço. Uma frase que marcou a minha vida foi dita por um atleta no gelo que estava perdendo
a unha. Ele disse: “A dor é passageira, desistir é para sempre”. Toda vez que tenho um momento difícil, eu penso nisso. Então, persistir, superar, é muito importante. É a palavra sacro ofício quando a gente ama o que a gente faz, o sacrifício vira sacro ofício, que é algo sagrado, e é gratificante ver pessoas que trabalham comigo há anos comprando uma casa, comprando um carro, botando na prática as leis de Deus.
É uma rotina que exige sacrifícios?
Conseguir prosperar no mundo do trabalho exige sacrifícios pessoais. Você tem que deixar sua família, às vezes não dou tanta atenção que minha filha de 6 anos merece, mas eu a trago comigo e nós duas temos que abdicar de algumas coisas para termos mais tempos juntas. É importante saber que a vida é como uma onda, um dia você pode estar lá embaixo pois não sabe como se comportar, tudo é uma ilusão, tudo o que temos é emprestado, tudo o que temos é presente de Deus, por isso, temos que agradecer a Ele pela comida que a gente come, agradecer a nossa saúde, pois tem gente que tem duas pernas, dois braços e reclama da vida e não tem consciência da dádiva que é isso, e que a gente tem obrigação de lutar pelo próximo, tentar fazer um mundo melhor. Hoje, todos meus funcionários e colaboradores são imbuídos disso, pois todos os dias das mães a gente visita asilos e vai cozinhar para aqueles que estão distantes da família. No dia das
Capim Santo é a erva cidreira. É uma erva que quando chegamos em Trancoso tinha bastante, por conta da erva chamar “Capim Santo”, que é muito usada para fazer pão, creme de leite, petit gateau. Temos até um livro sobre essa erva.
Como é abrir um restaurante e se concentrar na culinária brasileira?
É uma missão, pois quando morei na Inglaterra, eu falava e as pessoas perguntavam de onde eu era, e eu respondia Brasil. Então, elas diziam que eu não parecia uma brasileira, e isso acontece por conta de exportarmos muitos filmes de violência, nosso cinema foi muito agressivo e eu queria muito mostrar para o mundo um Brasil alegre, colorido, correto, responsável, e a minha maneira de demonstrar isso foi por meio da minha cozinha, pelos sabores da cozinha brasileira. Para mim, cada casa que eu abro é como se fosse uma embaixada do Brasil. As músicas que tocam, os móveis que escolho e toda a coerência que eu trabalho na identidade dessa casa, desse restaurante, é como se fosse um templo cultural.
As pessoas conseguem se envolver com essa brasilidade?
Eu acredito que sim. Comecei a fazer livros, o primeiro foi de comida com música, o segundo foi do Capim Santo, o terceiro foi sobre bolos e doces. Agora, tenho cinco livros para lançar em 2016. Um vai se chamar “Altar” e vai falar sobre comida e casamento. Uma vontade minha é abordar sobre as religiões como o candomblé, o judaísmo, o catolicismo. Se você pegar os pratos, você começa a contar a história das religiões por meio deles, contar como e por que as pessoas comem daquela maneira.
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Filipe David
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Dica de Leitura
Curso
Crítica, literatura e narratofobia Terceiro livro do perspicaz e cada vez mais aclamado crítico literário Rodrigo Gurgel – e talvez aquele que melhor revela seu perfil e o modo como vê o próprio trabalho –, esta obra reúne uma coletânea de críticas do autor sobre diversos livros que lhe marcaram a vida, além de apontamentos sobre a grande literatura e o fenômeno que ele chama de “narratofobia” – o pavor de narrar, do qual diz sofrer boa parte dos escritores brasileiros de hoje. O livro também traz alguns comentários contundentes quanto à débil situação atual da crítica literária brasileira e outros textos nos quais o crítico expõe as memórias e as reflexões pessoais que de certa forma compuseram seu modo de se relacionar com a literatura e sua crítica. Ficha técnica: Autor: Rodrigo Gurgel Páginas: 444 Editora: Vide Editorial
Divulgação
Edgar Allan Poe e Alfred Hitchcock
O modo pelo qual Edgar Allan Poe analisou seu poema “O Corvo” no ensaio “A Filosofia da Composição” (1845) apresenta importantes pressupostos para se entender a forma de imbricação poética dos elementos que compõem as tramas de suas estórias. Dado que as narrativas são concebidas do fim para o princípio, todos os elementos anteriores ao desfecho devem prenunciar o término da estória. Nesse sentido, o leitor passa a ser um aspirante a detetive para deduzir a autoria de “Os crimes da Rua Morgue” (1841), por exemplo. Os filmes “A tortura do silêncio” (1953), “Psicose” (1960) e “Festim diabólico” (1948), de Alfred Hitchcock, também fazem do espectador um investigador potencial, de modo a se estabelecer um diálogo rente – e contraditório – entre o princípio de montagem cinematográfica e a composição poética dos contos de Poe. Esse curso analisará o modo pelo qual Poe e Hitchcock conduzem leitor e espectador em meio a tramas que se articulam com vistas a um desfecho previamente determinado e potencialmente dedutível (Poe) ou a partir de dilemas iniciais que ensejam o curso narrativo subsequente (Hitchcock). O curso será no sábado, 16, às 14h, na Casa Guilherme de Almeida (rua Macapá, 187, Perdizes). Para outras informações: (11) 3673-1883 ou casaguilhermedealmeida.org.br.
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Brasil no ‘top 10’ da olimpíada? Comitê Olímpico do Brasil
Em 2015, brasileiros alcançaram 16 medalhas de provas olímpicas em campeonatos mundiais; objetivo são 30 pódios nos Jogos Rio 2016 Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem como meta para os Jogos Rio 2016 a conquista de 27 a 30 medalhas, para que o País esteja entre os dez primeiros colocados da olimpíada. Mas tendo em conta a performance nos mundiais de 2015, há muito trabalho a ser feito: os brasileiros alcançaram 16 medalhas (veja tabela ao lado), desempenho inferior a 2014 (24 medalhas) e a 2013 (27 medalhas). O aparente retrocesso é relativizado pelo COB, que em artigo publicado em seu site, em fins de dezembro, destacou que nos últimos três anos o Brasil conquistou 67 medalhas em mundiais ante 40 entre 2009 e 2011. Para o Comitê, chegar a 16 pódios em provas olímpicas nos mundiais de 2015 foi positivo, “levando em conta que importantes candidatos a medalhas se contundiram e que algumas modalidades estabeleceram estratégias diferenciadas no ano pré-olímpico por já estarem classificadas para os Jogos”. Para chegar ao “top 10” dos Jogos Rio 2016, o COB considera a quantidade total de pódios, mas o ranking olímpico é determinado pelas medalhas de ouro. Em Londres 2012, com três ouros e 17 medalhas ao todo, o Brasil ficou na 22ª posição. O país 10º colocado, a Austrália, alcançou sete ouros, com 35 medalhas.
Canoísta Isaquias Queiroz é um dos favoritos à conquista de medalhas nos Jogos Rio 2016
O Cazaquistão, que faturou 13 pódios, terminou em 12º lugar, também com sete ouros. Na prática, com base no ranking da última olimpíada, o Brasil precisará de oito ouros para ficar entre os dez primeiros. Em 2015, em mundiais, o País chegou a três ouros, com Isaquias Queiroz e Erlon Souza, na canoagem, e com as duplas de vôlei de praia Alison e Bruno Schmidt e Ágatha e Bárbara Seixas.
Maiores chances
É possível que o Brasil alcance de 27 a 30 medalhas nos Jogos Rio 2016? O SÃO PAULO fez algumas análises e indica que sim. Num cenário hipotético, com os medalhistas dos mundiais de 2015 repetindo o feito na olimpíada, inicialmente se poderia acrescer outras seis conquistas ao Brasil, fazendo a conta saltar de 16 para 22 pódios: a prata da seleção masculina de futebol no Mundial Sub-20 (na olimpíada o torneio será Sub-23); o
bronze da seleção feminina de vôlei no grand prix; além de quatro medalhas em mundiais em categorias não olímpicas os bronzes no taekwondo de Iris Sing (já classificada para a olimpíada) e Venilton Teixeira; a prata da natação, com Etiene Medeiros, e o bronze do nadador Nicholas Santos (ambos já conseguiram índices olímpicos). Para o restante das medalhas há boas perspectivas. A seleção masculina de vôlei, vice-campeã mundial em 2014, é cotada ao pódio olímpico, assim como a seleção feminina de handebol, campeã mundial de 2013. Na ginástica artística, Arthur Zanetti, campeão olímpico em Londres 2012, não se classificou para as finais do Mundial de 2015, mas está entre os favoritos. No judô, no ano passado, o País teve sua pior participação em mundiais desde 2009, com apenas dois bronzes, e isso não deve se repetir na olimpíada, dada a experiência internacional dos judocas brasileiros. Outras chances de medalhas estão
nas duplas do tênis, sendo Marcelo Melo um dos atletas (ele é líder do ranking mundial das duplas); com Ana Sátila (finalista do mundial de canoagem slalom de 2015); Arthur Nory (4º na barra fixa no Mundial de ginástica artística); Aline Silva (5ª colocada no mundial de luta livre de 2015 e vice-campeã em 2014); César Cielo (campeão olímpico na natação em 2008; ele se contundiu no Mundial de 2015); Mauro Vinicius da Silva (bicampeão mundial indoor de salto em distância no atletismo); Marcus Vinicius (campeão mundial júnior do tiro com arco em 2015); Robert Scheidt (medalhista olímpico na vela desde Atlanta 1996) e Jorge Zarif (5º no Mundial 2015 da classe finn da vela).
MEDALHAS DO BRASIL EM MUNDIAIS EM 2015
(Considerando apenas provas que constam no programa olímpico)
Ouro (3) Isaquias Queiroz e Erlon Souza – canoagem velocidade Alison e Bruno Schmidt – vôlei de praia Ágatha e Bárbara Seixas - vôlei de praia
Prata (4) Fabiana Murer – Atletismo Thiago Pereira – natação Martine Grael e Kahena Kunze – vela *Fernanda Berti e Taiana – vôlei de praia (não estão classificadas para a olimpíada)
Bronze (9) Robson Conceição - boxe Isaquias Queiroz – canoagem velocidade Érica Miranda - judô Victor Penalber - judô Ana Marcela Cunha – maratonas aquáticas Bruno Fratus – natação Yane Marques – pentatlo moderno Pedro Solberg e Evandro – vôlei de praia ** Juliana e Maria Elisa – vôlei de praia (não estão classificadas para a olimpíada).
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Brasilândia Sagrada Família é inspiração para jovens em Pirituba
Renata Pereira e Larissa Fernandes Colaboração especial para a Região
Carolina Leandro
é preciso seguir o exemplo de José e Maria. “Precisamos ser muito mais como José, que preparou a família; ser como Maria, que foi ao encontro do projeto de Deus, e como Jesus, que desde o primeiro momento neste mundo se tornou luz”, avaliou Arthur Corrêa, coordenador do encontro Escalada de 2016. No primeiro dia dos encontros, os jovens comentaram sobre a importância de José e como amou, incondicionalmente, a Jesus e a Maria. Houve, ainda, o depoimento de um pai, que usa o exemplo de José para a construção de sua família. Maria foi destacada no segundo dia do encontro. Em formato de teatro, a equipe mostrou como o mundo está cheio de “Marias” atuais, que mesmo diante das dificuldades dizem sim ao projeto de Deus. Na ocasião, uma adolescente contou sua experiência em ser mãe tão jovem e
Participantes do tríduo de Natal do Movimento Escalada Pirituba posam para foto
Quando São Mateus escreveu sobre o nascimento de Jesus, provavelmente já imaginava a importância de tal relato, mas talvez não pensasse que séculos depois cada momento da vida de José, Maria e do nascimento do Salvador pudesse ser recordado em encontros de jovens. Foi isso o que aconteceu no tríduo em preparação para o Natal,
Solidariedade a famílias desabrigadas Após as fortes chuvas na região noroeste de São Paulo nos dois primeiros dias de 2016, aproximadamente 250 famílias do Jardim Rincão tiveram seus lares afetados. Elas foram acolhidas inicialmente no salão paroquial da Paróquia São Luis Maria Grignion de Montfort, onde estão sendo recebidas doações de alimentos, roupas e outros itens para as famílias. Os interessados em colaborar podem se informar na Paróquia pelo telefone (11) 3941-1868.
realizado entre 17 e 19 de dezembro pelo Movimento Escalada Pirituba, em comunidades da Paróquia Nossa Senhora do Retiro, no Setor Pereira Barreto. Em todos os encontros, a mensagem principal passada pelos jovens é que Jesus deve nascer no coração das pessoas e para isso
as diversidades encontradas para assumir seu filho. Para encerrar, no terceiro dia, houve um musical sobre o nascimento de Jesus. “Como o tema foi a Sagrada Família, os jovens participaram e levaram também suas famílias, o que foi muito marcante. As pessoas se entregaram bastante nesses dias. A sensação foi de que agora eu sei como devo fazer para que o Natal aconteça todos os dias”, ressaltou Isabella Camaor, integrante do Movimento. A mãe de um dos jovens, Luciane Fátima Ferreira, que participou pela primeira vez do tríduo, sentiuse emocionada. “A lição que ficou é que a família é a base e o pilar de tudo. Não somos nada sem nossos pais. Percebi que os jovens ali reunidos preservam suas famílias e sabem que a jornada da vida não é fácil, mas têm a certeza de que não estão sozinhos”, comentou.
Em Perus, 510 sorrisos de Natal Manoel Luz
O Natal da Pastoral do Menor da Paróquia São José, no Setor Perus, foi com festa em 20 de dezembro, quando 510 crianças carentes da região receberam roupas, calçados, brinquedos e doces de padrinhos solidários. Segundo Rosilda Rossi, responsável pela Pastoral, o trabalho é desenvolvido desde 1999, quando o apadrinhamento foi criado na Paróquia. “Em 2015, além das crianças presenteadas, conseguimos também enxovais para bebês e cerca de 60 cestas básicas para as famílias”, comemorou. O jovem Vinicius Gonçalves entrou na Pastoral aos 6 anos de idade e hoje é um dos voluntários e educaPadre Jaime Estevão Gomes
Crianças e adolescentes posam para foto com voluntários vestidos de Papai Noel
dores das crianças, além de ser responsável por encontrar padrinhos no Natal, inclusive seus amigos. “O sentimento é inexplicável quando
a gente vê o olhar da criança ao receber um presente. É muito gratificante. Já passei por isso e sei como é”, afirmou.
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Em 27 de dezembro, Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, deu posse ao Padre Aldenor Alves de Lima (Padre Aldo), como pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Setor Pastoral São José Operário.
Você pode viver bem, ter vida saudável melhorando seu modo de ver a si mesmo, os outros e o mundo. O Dr. Bruno e o Dr. José darão a você ajuda continuada, indicando o caminho a seguir Os interessados devem comparecer às quartas-feiras, às 14h30, nas instalações das paróquias:
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Belém Dom Edmar: ‘Deus me colocou aqui para juntos formarmos Igreja’ Peterson Prates
Colaborador de comunicação da Região
Depois de quase seis anos de serviço como bispo auxiliar de São Paulo e vigário episcopal para Região Belém, Dom Edmar Peron tomou posse do ofício de bispo diocesano de Paranaguá (PR), em 17 de dezembro. Nomeado pelo Papa Francisco, em 25 de novembro de 2015, como o quarto bispo da Diocese de Paranaguá, Dom Edmar tomou posse canônica em celebração na Catedral Nossa Senhora do Rosário, exatamente uma semana após sua despedida da Arquidiocese de São Paulo, em missa na Região Belém, no dia 10 de dezembro. Cerca de 30 bispos participaram da celebração eucarística em Paranaguá, assim como todo clero diocesano e os fiéis dos 13 municípios que compõem a Diocese. Padres e leigos da Região Belém marcaram presença na posse, como sinal de agradecimento pelos anos de ministério episcopal de Dom Edmar na Arquidiocese de São Paulo. Entres os bispos presentes esteve o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, que saudou Dom Edmar, ressaltando sua “bagagem de experiência de bispo” que adquiriu na Arquidiocese de São
Peterson Prates
Diocese de Paranaguá
Cardeal Odilo Pedro Scherer saúda Dom Edmar Peron durante posse do Bispo na Diocese de Paranaguá, em 17 de dezembro
Paulo. “Dom Edmar é um grande bispo, muito amigo do povo, amigo dos padres e dos outros bispos”, expressou Dom Odilo. Dom Francisco Bach, bispo de São José dos Pinhais (PR), esteve como administrador apostólico da Diocese de Paranaguá desde a morte de Dom Frei João Alves dos Santos, em abril de 2015. “O senhor estava sendo muito aguardado e desde o início muito amado por este querido povo de Deus, da Diocese de Paranaguá”, recordou Dom Francisco,
em sua fala de boas-vindas ao novo Bispo. Dom Edmar, na homilia, fez questão de recordar-se dos fiéis da Diocese de Maringá, também no Estado do Paraná, onde trabalhou como padre, e fez menção, ainda, aos católicos da Arquidiocese de São Paulo, especialmente da Região Belém. O novo Bispo de Paranaguá foi enfático em dizer que quer cuidar “dos religiosos e religiosas, leigos e leigas, de quem sofre e de quem está
nos asilos”, e ressaltou: “Deus me colocou aqui para juntos formarmos Igreja. Somos a Igreja do Senhor”. Dom Edmar Peron foi nomeado bispo pelo Papa Bento XVI, hoje emérito, em 30 de dezembro de 2009, como bispo titular de Mattiana e auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, onde permaneceu até dezembro de 2015, antes da posse em Paranaguá. O lema episcopal do Bispo é “Ut faciam voluntatem tuam” (Eis que venho para fazer a tua vontade).
Duas vidas consagradas ao Sagrado Coração Paróquia- santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração
Sandro Rogério e José Eduardo fazem profissão perpétua diante do Padre Manoel
No primeiro domingo de 2016, dia 3, festa da Epifania do Senhor, foi celebrada na Paróquia- santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Vila Formosa, o rito de profissão perpétua de dois religiosos da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração (MSC). O pernambucano Sandro Rogério dos Santos e o potiguar José Eduardo da Silva Paixão professaram na Congregação os votos perpétuos de obediência, castidade e pobreza. A celebração eucarística foi presidida pelo provincial da Congregação, Padre Manoel Ferreira dos Santos Junior, MSC, e concelebrada pelo Padre Valdecir Soares Santos,
MSC, reitor e pároco, e por outros confrades. Sandro Rogério agradeceu à Congregação religiosa pela acolhida e à comunidade paroquial Nossa Senhora do Sagrado Coração. Lembrou, ainda, que é “graças à oração do povo de Deus que surge minha vocação. Que essa consagração seja um serviço ao povo de Deus, especialmente aos mais simples”. “Nós somos pequenos demais diante de tamanha graça que recebemos”, lembrou José Eduardo. “A todos aqueles que rezam, eu peço: continuem rezando. Somente na oração Deus chama vocações”, disse. “Rezem com carinho, acreditem”, finalizou.
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Santana
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
Padre Pita: gratidão pelos 80 anos de vida e pelo jubileu sacerdotal Diácono Francisco Gonçalves
Diácono Francisco Gonçalves
Com missa presidida por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, a Paróquia Nossa Senhora de Loreto festejou sua padroeira que é também dos aviadores, em 10 de Dezembro. Concelebraram os padres Fernando Batistute, OSJ, pároco, e Euripes Alves de Oliveira, assistidos pelos diáconos Mário José Rodrigues e Felipe Ribeiro. Marilene Braga
Padre Pita na missa em que comemora 50 anos de sacerdócio e 80 anos de nascimento
“O que eu fiz nestes 50 anos? Nem tudo fiz de acordo com as obras de misericórdia aprendidas com meu pai, que foi meu primeiro catequista. É possível que tenha feito algo de bem, mas, como Maria disse no Magnificat, o que deixa tudo pelo Reino de Deus e faz de bem, foi pela graça de Deus que gera maravilhas. Eu agradeço os colegas e a todos. A comunidade sabe as virtudes do Padre e reza. Assim, é possível que eu me converta. É obra de misericórdia. Eu queria dizer, como São Paulo, que combati o bom combate”. A reflexão é do Padre José de Coito Pita, pároco da Paróquia
Santo Antonio do Tucuruvi, onde em 12 de dezembro, o Presbítero festejou 80 anos de vida e 50 anos de sacerdócio, em missa com a participação de seus familiares, dos fiéis da Paróquia e das comunidades onde atuou, além dos padres Djalma Barreto e Luiz Antônio Matias, seus colegas de seminário, que foram ordenados em uma turma de 11 sacerdotes. Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, enalteceu, ao final da missa, o trabalho do aniversariante e o motivou a continuar a missão sacerdotal naquela Paróquia.
A equipe de novos dirigentes do Encontro de Jovens com Cristo, do Setor Pastoral Medeiros, foi apresentada durante missa na Paróquia Nossa Senhora da Livração, em 6 de dezembro, presidida pelo Padre Silvano Alves, diretor espiritual do Encontro. Os novos dirigentes atuarão pelos próximos dois anos. Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio de Deus Borges presidiu missa na Capela São José, da Cúria Regional de Santana, em 20 de dezembro, na qual houve a renovação dos votos e vínculos dos membros do caminho vocacional da Comunidade Anjos da Vida, e o ingresso de 22 vocacionados. Concelebraram os padres Silvano Alves e Antonio Laureano, assessor eclesiástico da Comunidade.
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Benigno Naveira
Colaborador de comunicação da Região
Natal em família e na misericórdia de Deus A Capela São Francisco de Assis, pertencente à Paróquia São Francisco de Assis, no Setor Pastoral Butantã, ficou completamente lotada para a missa da noite de Natal, em 24 de dezembro, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. Dom Odilo destacou, na homilia, que o Natal é uma festa em família, pois Deus entrou em uma família humana e se fez irmão de todas as pessoas. Em 2015, a Igreja, segundo Arcebispo, convida a dois olhares para o mistério do Natal: um olhar a partir da realidade da família, outro sob a ótica da misericórdia de Deus, sendo esta manifestada pela vinda ao mundo do filho de Deus feito homem.
O Cardeal lembrou que o Papa Francisco enfatiza que Jesus é o rosto da misericórdia de Deus. Assim, conforme Dom Odilo, o Natal também é mistério da misericórdia de um Deus que ama, que se torna próximo, que não abandona ninguém, que se encontra com os últimos. Nesse sentido, prosseguiu o Arcebispo, o Natal é festa da solidariedade, da fraternidade, do perdão e da reconciliação. Ao concluir a homilia da missa concelebrada pelo Padre Flávio Heliton da Silva, pároco, Dom Odilo desejou que no Natal haja sempre lugar para Jesus nas casas, e que Ele faça parte das famílias, para que todos sintam como pode ser bonita a vida familiar com a presença de Cristo.
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Lapa Benigno Naveira
Cardeal Scherer preside missa da noite de Natal na Capela São Francisco de Assis
O Filho de Deus também nasce junto aos encarcerados Pastoral Carcerária
Detentos acompanham a homilia de Dom Julio Endi Akamine em missa de Natal
Pessoas presas, agentes penitenciários e diretores do Centro de Detenção Provisória (CDP II) de Pinheiros, na zona oeste da capital,
participaram em 22 de dezembro da missa de Natal presidida por Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa.
Dom Julio, na homilia, lembrou que no Natal se celebra o nascimento do Filho de Deus, que veio ao encontro da humanidade como uma criança, tendo um pai e uma mãe. O Bispo recordou que Maria pôs toda a confiança em Deus, aceitando ser a mãe do Cristo, e destacou, ainda, que os merecimentos de cada pessoa diante de Deus não são medidos pelas qualidades que possua, mas pelo amor dedicado e pelo esforço para seguir Jesus. Para Guilherme Silveira Rodrigues, atual diretor do CDP II, a ação da Igreja nas unidades prisionais proporciona a integração entre família, trabalho e religião, o que colabora para a disciplina e a ressocialização dos detentos. Ele citou a fé dos presos que construíram a gruta de oração Santa Bárbara e Nossa Se-
nhora Aparecida. Eliane de Souza, diretora técnica de saúde do CDP II, ressaltou que as celebrações religiosas na unidade prisional permitem que cada detento reflita e tenha um encontro com Deus. A celebração de Natal do CDP II de Pinheiros foi articulada pela Pastoral Carcerária e pela Região Lapa. Entre os participantes da celebração estiveram os agentes da Pastoral Pedro Rivellino Lourenzo, da Diocese de Santo Amaro, e Anderson José da Silva, da cidade de Diadema; o diácono André Iasz Filho; além dos padres concelebrantes Valdir João Silveira, coordenador nacional da Pastoral Carcerária; Jorge Pierozan (Rocha), Antonio Francisco Ribeiro e Daniel Koo, os três últimos do clero atuante na Região Lapa.
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Cracóvia Visita ao Santuário da Divina Misericórdia
Wadowice Visita ao Santuário Kalwaria
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REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br
O Menino Jesus nasce nas igrejas, nos hospitais e nas ruas Às vésperas do Natal e no dia do nascimento de Cristo, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu celebrações de Natal na Catedral da Sé, em mosteiros, no Instituto
de Infectologia Emílio Ribas e se encontrou com moradores em situação de rua. Nos textos a seguir (páginas 22 e 23), O SÃO PAULO registra alguns desses momentos.
‘Hoje, também para nós, nasceu o Salvador’ “Hoje é um dia de guarda, que deve ser honrado com louvores e adoração, com nossos hinos e cânticos, e, além disso, com nossa solidariedade fraterna, convivendo como irmãos e irmãs”. Em 25 de dezembro, os fiéis que foram à Catedral da Sé para participar da missa das 11h vivenciaram esse sentido do Natal explicado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, no começo da missa de Natal por ele presidida. Dom Odilo, na homilia, falou que hoje o significado mundano do Natal talvez seja o mais aparente – o Natal dos presentes, das lojas, do comércio -, mas é o sentido religioso, o do nascimento de Cristo, que deve estar em evidência. “Quero falar do Natal do Senhor, que é o celebrado pela Igreja e diz respeito ao nascimento de Jesus Cristo, reconhecido por nós como o Menino-Deus, nosso Salvador, e que veio ao mundo através da Virgem Maria que, sem interferência humana, engravidou e deu à luz ao seu filho”, afirmou. Ao comentar sobre a dimensão histórica do Natal, o Cardeal lembrou que a Igreja, nesse dia comemora o nascimento de Jesus acontecido há cerca de 2 mil anos. Em seguida, animou os fiéis a crescerem na alegria dessa festividade. “Portanto, em Jesus, reconhecemos Aquele que Deus enviou a este mundo
Helena Ueno
Dia de indulgência
Após missa de Natal na Catedral da Sé, Dom Odilo reza diante do presépio, em 25 de dezembro
para nos salvar, e se assim nós cremos, temos muitos motivos para fazer festa e nos alegrar”. Citando a fala do anjo aos pastores “Hoje nasceu para vós um Salvador!” – Dom Odilo ressaltou: “O que Deus faz é um perene ‘hoje’, as ações de Deus não são de um passado, mas de um eterno presente: hoje, também para nós, nasceu um salvador! O nascimento do Filho de Deus, sua vinda ao mundo e o que Ele fez não ficou no passado, mas perdura
Natal no Santuário São Judas Tadeu
para sempre! Por isso, hoje nos pomos na sua divina presença e acolhemos essa Boa-Nova, essa boa notícia”, disse, estimulando que os fiéis deixassem se tocar pela realidade de Deus que vem a todos por meio de Cristo. No encerramento da celebração, Dom Odilo desejou um feliz e santo Natal a todos, em família, e voltou a destacar que o Natal, mais que um feriado civil é um dia santo de guarda em que se recorda o nascimento do Salvador. Após
Ainda na missa de Natal, no começo da celebração, o Cardeal recordou que “esse dia Santo é, dentro do Ano Santo, um dia de indulgência”. Dom Odilo explicou sobre a graça das indulgências. “Quando nos arrependemos sinceramente e nos confessamos com fé, nossos pecados são perdoados, mas devemos fazer penitência para reparar de alguma forma o mal que cometemos; mediante a graça especial da indulgência, Deus nos concede a reparação e a remissão de nossas penas temporais. As indulgências podem ser acolhidas para si ou para pessoas já falecidas. As condições estabelecidas pela Igreja para receber as indulgências durante o Ano Santo da Misericórdia são: o arrependimento dos pecados, participação de alguma celebração do Ano Santo, confissão sacramental, participação da santa missa, comunhão eucarística, a recitação do Creio e oração pela pessoa e intenções do Santo Padre, além de alguma obra de caridade corporal ou espiritual” (Colaborou Daniel Gomes e Igor de Andrade)
Almoço com moradores em situação de rua Priscila Tomé Nuzzi
Na manhã de 25 de dezembro, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, presidiu
a bênção final, o Arcebispo se dirigiu ao presépio para um momento de oração e recebeu os cumprimentos de Natal no átrio da Catedral, perto da porta principal.
missa de Natal no Santuário São Judas Tadeu, na Região Episcopal Ipiranga, zona Sul da cidade.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Durante as comemorações natalícias, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, ofereceu
um almoço de Natal aos moradores em situação de rua que vivem nas proximidades da Catedral da Sé.
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Fotos: Helena Ueno
Missa da noite de Natal na Cateral da Sé, presidida por Dom Odilo Pedro Scherer, nas primeiras horas de 25 de dezembro, é antecedida de um concerto natalino dos Arautos do Evangelho
Natal: expressão máxima da misericórdia de Deus Diante de uma Catedral da Sé lotada, o Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa da Noite do Natal do Senhor, iniciada nos primeiros minutos de 25 de dezembro, na Catedral da Sé. A centralidade da família na festa do Natal foi destacada pelo Cardeal na homilia da missa, durante a qual exortou os fiéis a viverem a misericórdia. “O Natal é a expressão máxima da misericórdia de Deus”, afirmou. Dom Odilo recordou que em 2015 houve especial atenção à família na Igreja com a realização do Sínodo sobre a Família e o Encontro Mundial das Famílias com Papa Francisco, em Filadélfia, nos
Estados Unidos. O Arcebispo ressaltou que a temática familiar está no cerne da festa natalina. “O anúncio do nascimento, casamento, noivado, a gravidez, a espera do filho, o nascimento do filho, alegrias. Ao mesmo tempo, preocupações: a criança que é apresentada no templo a Deus, os pais que têm que fugir para o exílio porque alguém quer matar a criança. Jesus que nasce! E nós o reconhecemos na fé como filho de Deus, que se fez homem, Deus que por meio dele quis estar no meio de nós, dentro do mundo numa família. Por meio de uma família, participa da trama toda das relações familiares, das preocupações familiares”,
É Natal no Mosteiro de Santa Tereza
O Salvador nasce entre os doentes
O Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, visitou, por ocasião do Natal, à comunidade das irmãs carmelitas no Mosteiro de Santa Tereza, em 21 de dezembro, quando presidiu missa. Após a celebração, Dom Odilo entrou na clausura acompanhado dos padres Pedro Ciola e Vittório Morégola, capelão do Mosteiro. No dia seguinte, Dom Odilo também presidiu missa no Mosteiro da Visitação, na Vila Mariana.
Funcionários, pacientes e seus familiares participaram em 21 de dezembro da missa de Natal no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, presidida pelo Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, e concelebrada pelos padres Pedro Ciola e João Inácio Mildner, capelão do Instituto. O Cardeal lembrou a importância da prática da misericórdia no dia a dia, seguindo a proclamação do Ano Santo extraordinário da Misericórdia.
Mosteiro de Santa Tereza
Padre João Mildner
disse, destacando, ainda, que Deus valorizou a família, convidando-a a colaborar com seu plano de salvação em favor da humanidade. “Também as nossas famílias hoje são lugares onde Deus está, onde Deus se manifesta. O filho de Deus se tornou ‘Emanuel’, Deus conosco, de maneira toda expressiva na vida da família”, afirmou Dom Odilo, recordando que é preciso reforçar a proximidade da Igreja com a família. “A família, disse o Concílio Vaticano II há 50 anos, é uma igreja doméstica, é uma igreja que se estende para dentro do lar, nas casas. Deus valorizou a família. Por meio do
Natal, Deus valoriza nossas famílias, por isso, desejo a vocês uma feliz festa do Natal, em família”. O Arcebispo concluiu a homilia pedindo “que a grande misericórdia de Deus, que se manifestou em Jesus de Nazaré no seu nascimento para toda a humanidade, seja acolhida e exercida também em todas as famílias e em todos os lares. Que o nascimento de Jesus traga hoje bênção, paz e misericórdia para todos nós”. No final da celebração, a imagem do Menino Jesus foi levada em procissão e colocada no presépio da Catedral. (Colaborou Rafael Alberto e Vitor Alves Loscalzo)
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Comunidade islâmica deseja feliz Natal a Dom Odilo Em 22 de dezembro, o sheikh Houssam El Boustani, consultor religioso do Instituto Futuro do Brasil, e outros integrantes da comunidade islâmica no País realizaram uma visita fraterna ao Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, para desejar-lhe feliz Natal. No encontro, foi ressaltada a impor-
tância da união das religiões monoteístas para a construção da paz e destacou-se que o islã não é uma religião de guerra. Ao agradecer a visita, Dom Odilo falou sobre o Ano Santo extraordinário da Misericórdia e propôs um encontro inter-religioso no espírito do Jubileu da Misericórdia.
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