Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 61 | Edição 3093 | 17 a 22 de março de 2016
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Monsenhor Luiz Carlos Dias é nomeado bispo auxiliar Imprensa CNBB
Monsenhor Luiz Carlos será ordenado em 7 de maio
O Papa Francisco nomeou na quarta-feira, 16, o Monsenhor Luiz Carlos Dias, 52, como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. “Com muita alegria que digo meu sim. Contando com a graça de Deus e com a oração de todos”, afirmou em entrevista à rádio 9 de Julho o Monsenhor, que entre 2010 e 2015 foi secretário executivo das Campanhas da Fraternidade e da Evangelização da CNBB. Em mensagem ao nomeado, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, afirmou que a Arquidiocese “alegra-se e agradece ao Papa Francisco pela nomeação do senhor para servir ao povo de Deus desta imensa Igreja Particular, que ama seus pastores e está sedento de receber deles o carinho de Deus e o alimento espiritual”.
CNBB recomenda intenso diálogo diante da crise no Brasil Em nota, no dia 10, a CNBB pontuou que o País vive “uma profunda crise política, econômica e institucional, que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais” e destacou que o momento “não é de acirrar ânimos. A
situação exige o exercício do diálogo à exaustão”. No domingo, 13, manifestações contra o governo Dilma e em apoio à operação Lava Jato aconteceram em todos os estados e no Distrito Federal. Páginas 10 e 11 Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Cardeal apresenta a lideranças pastorais proposta de Sínodo Arquidiocesano “Não teria chegado o momento de uma grande avaliação e, quem sabe, para novas opções, organizações e práticas na evangelização e na animação pastoral?”, perguntou o Cardeal Scherer, no sábado,
Dom Odilo fala dos 3 anos do pontificado do Papa Francisco Página 3
Saneamento não se resolve no gabinete, diz especialista Página 2
Padre Alfredo José Gonçalves: ‘Cruz e Ressurreição’ Página 5
12, aos membros das coordenações pastorais, vicariatos, movimentos, associações e novas comunidades, aos quais falou da proposta de um Sínodo Arquidiocesano. Página 13
Editorial: Sim à justa indignação, não ao ressentimento Página 2
Dom Julio: é obra de misericórdia dar pão a quem tem fome Página 5
Mestre em Geografia analisa gestão de saneamento básico Página 15
Manifestação na avenida Paulista, no domingo, 13, é a maior já registrada na história do País
Em SP, Missão Paz é sinal da misericórdia de Deus com acolhida a imigrantes No Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Papa Francisco exorta à prática das obras de misericórdia. Uma dessas é a acolhida ao estrangeiro, algo que a Missão Paz, mantida pelos Missionários de São Carlos Borromeu, proporciona aos imigrantes na Arquidiocese. Nesta edição, O SÃO PAULO mostra detalhes desse trabalho e ressalta que tal iniciativa segue o preceito bíblico e doutrinal de que acolher os que estão em terras estrangeiras é manifestar o amor de Cristo aos irmãos. Página 14
2 | Ponto de Vista |
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Editorial
Sim à indignação, não ao ressentimento
E
xiste uma santa e justa indignação, testemunhada por Cristo no episódio dos vendilhões do templo (Jo 2, 14-17). Essa indignação faz a pessoa levantar a cabeça diante do poder, enfrentar tiranias, superar o comodismo e até sacrificar a própria vida em nome da justiça e do bem comum. Mas existe também um reles ressentimento que nasce diante da experiência da injustiça. Ao contrário da justa indignação, este ressentimento provoca raiva e ódio, cega para a verdade e alimenta um ciclo vicioso de injustiça, em que os ingênuos e os fracos acabam sempre ficando por baixo e os maldosos e os fortes por cima. Em uma crise generalizada como esta que o Brasil vive, tanto a indigna-
ção quanto o ressentimento tendem a preencher nossos corações. Somos seres contraditórios, que com espantosa frequência “não fazemos o bem que queremos, mas o mal que não queremos” (cf. Rm 7,15). Em nossa contradição, podemos abraçar tanto os mais nobres como os mais vis sentimentos – e muitas vezes ambos se misturam em nossos atos. Esse misto de indignação e ressentimento é compreensível diante de políticos que, apesar de serem de um partido que sempre defendeu a ética na vida pública, de repente se revelam tão ou mais corruptos que os outros que criticavam. Mas também é compreensível que os membros desse partido tenham essa mesma reação sentindo que todos os ganhos sociais conquistados e os casos
de corrupção dos demais partidos sejam aparentemente esquecidos neste momento e todos, culpados ou inocentes, caíam na vala comum dos corruptos. Por mais compreensíveis que sejam esses sentimentos, precisamos purificá -los, se queremos realmente colaborar com o bem comum. De um lado e de outro, o ressentimento tem que dar espaço à justa indignação diante dos erros – e o diálogo deve ser a tônica entre os que buscam a justiça e a verdade. Se olharmos as manifestações recentes, veremos que a violência cresce na exata medida em que se cultiva o ressentimento. Ela se manifesta tanto no confronto físico entre grupos com diferentes posicionamentos, como também, nas redes sociais, através de
xingamentos. Cresce, também, quando uma das partes se sente mais fragilizada, em minoria, sem a força dos argumentos e sem um rumo a seguir. Por isso, o diálogo e a busca de saídas justas, que constroem o bem comum, são fundamentais neste momento. Em nota divulgada no dia 10 de março, a CNBB considera que o momento exige a recusa sistemática de toda e qualquer corrupção, o incremento do desenvolvimento sustentável e o diálogo. Exorta os cristãos ao testemunho, simples e vital, do diálogo e da unidade que constroem o bem comum: “trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende o mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2 Cor 13,11).
Opinião
O sonho de ter um banheiro Arte: Sergio Ricciuto Conte
Gilmar Altamirano Desde 1963, as Campanhas da Fraternidade têm sido importantes instrumentos de evangelização e cidadania. A Campanha da Fraternidade de 1979 foi a primeira a abordar a questão ambiental e a água, principal agente da vida e do saneamento básico, com o tema “Preserve o que é de todos”. Posteriormente, em 2004, a água é abordada mais diretamente numa das campanhas que mais mobilizaram as comunidades com o tema “Água. Fonte de Vida”. Este ano, a Campanha toca num dos principais problemas brasileiros: a falta de saneamento básico, com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. Com um tempo curto de articulação e veiculação da Campanha, 40 dias da Quaresma, o grande desafio é conseguir o pleno entendimento da mensagem, gerar consciência e, principalmente, provocar a ação. Infelizmente, boa parte das pessoas se move na vida com o “piloto automático” e apenas uma pequena parte se engaja realmente nas causas sociais e está propensa a mudar o comportamento e agir efetivamente. A maioria não quer ou não sabe o que fazer para mudar a situação. E como cita a própria CNBB, trata-se de “um problema específico que exige a participação de todos na sua solução”. A mobilização não pode ser pontual, mas coletiva. Uma mobilização coletiva pressupõe: identificação das barreiras para mudança, ouvindo a comunidade-alvo e qual a percepção dessa comunidade sobre o
problema e as possibilidades de mudar a situação. Se fizermos uma pesquisa, nos surpreenderemos com quantas pessoas sabem de alguma coisa sobre o problema da falta de saneamento ambiental, mas não sabem o que fazer a respeito. A questão estruturante: o investimento em obras de saneamento não acompanhou o crescimento da população. A questão não estruturante: gestores públicos não ensinam a importância e como usar a obra de forma sustentável. Mesmo onde há rede de esgoto, muitos não ligam suas moradias a es-
sas redes. Às vezes, por não darem o devido valor, por desconhecerem, em parte, que esgotos a céu aberto são as principais causas de epidemias. Como diz o rap “Castelo de Madeira” (composto pelo grupo “A família”, em 2004):
“Coisa de louco, abrir a janela e ver no esgoto Cachorro morto, sentir o mau cheiro e o desconforto E junto com a lama, o drama, a sujeira ‘Brasilite’ no calor é um inferno, mó canseira [...]
Sonhei com tudo isso a vida inteira Realizei meu sonho, meu castelo de madeira. E é treta todo dia, todo dia, o dia inteiro Só falta construir um banheiro.” O “Castelo de Madeira” é o barraco na comunidade e a música trata bem a falta de saneamento e dignidade humana que prevalece principalmente na periferia das cidades brasileiras. Entretanto, uma coisa é termos consciência que “fumar pode provocar câncer”, outra coisa é “agirmos para parar de fumar”. É necessário identificar as barreiras para a ação. A partir daí, desenvolver a campanha para ajudar a população a enfrentar o problema com orientações do que pode ser feito. Não cabem soluções impostas por decisões de gabinete. A Igreja já ensina: é fundamental ouvir as pessoas. Antigamente, nas pequenas comunidades, por meio dos diálogos nos confessionários, os párocos podiam ter uma ideia mais clara de quais eram os conflitos mais frequentes enfrentados pelos fiéis e assim podiam dirigir melhor a mensagem do sermão. Por isso, não basta a consciência, temos que encontrar o que dizer e o que fazer para mudar. Gilmar Altamirano, publicitário, especialista em meio ambiente e sociedade, diretor presidente da ONG Uniagua (Universidade da Água).Gilmar Altamirano, publicitário, especialista em meio ambiente e sociedade, diretor presidente da ONG Uniagua (Universidade da Água).
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
N
o domingo, 13 de março, foi recordado o 3º aniversário da eleição do Papa Francisco como Bispo de Roma e, como tal, Sucessor do apóstolo Pedro, ao qual Jesus confiou a missão de estar à frente da Igreja e de mantê-la unida, firme na fé e dedicada ao testemunho do Evangelho. Francisco tornou-se o primeiro papa latino-americano, jesuíta e também o primeiro a adotar o nome de Francisco. Dia 19 de março, festa solene de São José, Patrono universal da Igreja, lembram-se três anos de início do pontificado de Francisco. Na homilia do início de sua missão, em 2013, ele lembrou São José, homem simples e cheio de fé, sintonizado com a vontade de Deus e inteiramente dedicado à sua missão. O Papa parecia dizer: “semelhante é também a minha missão”. Sem a pretensão de fazer um balanço completo desse pontificado, ainda breve, é possível perceber algumas linhas orientadoras básicas da atuação do Papa Francisco. Desde logo, apareceu a simplicidade no seu modo de ser e de viver a sua missão; dispensou muitos protocolos e formalidades, buscou o encontro direto com as pessoas nas palavras e nos gestos, sem esquecer também a escolha de
Papa Francisco: 3 anos fixar residência na Casa Santa Marta, uma hospedaria usada também por outros moradores fixos e hóspedes de passagem pelo Vaticano. O Papa deseja a proximidade das pessoas e valoriza muito os contatos pessoais, as palavras simples, as comparações e imagens fortes nos seus discursos; gosta de usar uma linguagem direta e com expressões de efeito, como “pastores com cheiro de ovelhas”, a Igreja precisa ser “como um hospital em campo de batalha”, “Igreja em saída”... Ama comunicar por meio de gestos simples, mas eloquentes, como telefonar pessoalmente a algumas pessoas, jantar com os moradores de rua em Roma, ir ao confessionário e confessar-se durante uma celebração penitencial na basílica de São Pedro. Os exemplos poderiam multiplicar-se. Algumas preocupações do seu pontificado são salientes e claras: a família e o casamento, sobre os quais convocou duas assembleias gerais do Sínodo dos Bispos; a preocupação missionária, para que a Igreja não fique fechada sobre si mesma, mas se coloque no meio da comunidade humana para servi-la e compartilhar com ela as riquezas do Evangelho. Sua preocupação com a nova evangelização aparece evidente na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (“A Alegria do Evangelho”). Francisco trouxe de novo para o centro da experiência religiosa a misericórdia de Deus e a
certeza de que “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”. Francisco conseguiu trazer para um novo enfoque a reflexão ecológica, a partir da percepção solidária e ética: somos todos responsáveis por cuidar bem de nossa “casa comum”. Não podemos viver e agir como se fôssemos os últimos ocupantes dessa casa, mas devemos pensar nas gerações que a ocuparão depois de nós. Como seus predecessores, Francisco é um batalhador pela paz; mas não com declarações e acordos solenes, que depois não são respeitados: a busca da paz passa pelo diálogo desarmado, pelo respeito à pessoa e pela boa vontade. Francisco também abre novos caminhos para o ecumenismo, buscando o encontro com os irmãos de outras Igrejas cristãs, mesmo que seja em Cuba, a caminho do México... Francisco estende à Igreja inteira sua experiência eclesial vivida na América Latina. Enfim, nesses breves três anos com o Papa Francisco, conhecemos muito do líder espiritual, que é amado pelo povo e não somente entre os católicos. Francisco tem a graça de falar ao coração e à consciência das pessoas e usa dessa capacidade para atraí-las a Cristo. Francisco está convidando as pessoas para uma religiosidade autêntica e essencial, a viver uma vida honesta e alegre. Que Deus dê vida longa e um pontificado cheio de frutos ao Papa Francisco!
| Encontro com o Pastor | 3
Semana Santa e Páscoa No domingo, 20, às 11h, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidirá missa na Catedral da Sé, que será antecedida da procissão de Domingo de Ramos. Ao longo da Semana Santa, o Arcebispo presidirá outras celebrações na Catedral, assim como a Vigília Pascal, no Sábado Santo, 26, às 19h, e a Páscoa da Ressurreição do Senhor, no domingo, 27, às 11h. Luciney Martins/O SÃO PAULO
Encontro com padres novos da Arquidiocese Na terça-feira, 15, no Centro Universitário Assunção (Unifai), 60 padres recém-ordenados ou recém-chegados na Arquidiocese de São Paulo participaram de um encontro onde lhes foram apresentadas questões pertinentes às suas atividades nas paróquias da Arquidiocese: administrava jurídica, pastoral e de chancelaria. O Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, saudou os participantes, que também acompanharam as explanações de Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese, sobre as atividades realizadas pelo Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade. Também Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, dissertou sobre o Direito Canônico. (Colaborou Diego Monteiro)
Tweets do Cardeal @DomOdiloScherer
09 - Hoje foi assassinado, num assalto, Frei Antônio Moser, franciscano, teólogo. Muito lamentável! 09 - Ez 18, 30b-32 “Arrependei-vos, convertei-vos de todas as vossas transgressões, a fim de não cair em pecado. Criai para vós um espírito e um coração novo”. 06 - Rm 12,1-2 Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para distinguir o que é da vontade de Deus
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Varsóvia Visita panorâmica à cidade
Czestochowa Santuário de Jasna Gora
Cracóvia Transporte para os eventos oficiais da JMJ
Cracóvia Visita ao Santuário da Divina Misericórdia
Wadowice Visita ao Santuário Kalwaria
4 | Fé e Vida |
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Liturgia e Vida
Você Pergunta
DOMINGO DE RAMOS 20 DE MARÇO DE 2016
O caminho do Cristo pobre
Por que Deus não interfere diante dos atentados terroristas? padre Cido Pereira osaopaulo@uol.com.br
ANA FLORA ANDERSON Neste domingo, a segunda leitura (Filipenses 2, 6-11) revela o sentido mais profundo entre a paixão e a ressurreição. É o grande hino de São Paulo sobre a encarnação redentora. Jesus, Filho de Deus, por amor, assume a condição humana e comunica aos fracos e aos oprimidos a força do próprio Deus. A primeira leitura (Isaías 50, 4-7) mostra que a ação de Deus penetra em todos os níveis da vida humana, que se transforma numa fonte de salvação. Deus dá ao profeta uma língua que saiba oferecer conforto aos ouvintes e os ajuda a se tornarem discípulos. A graça de Deus nos dá ânimo para enfrentar os conflitos deste mundo. O Evangelho de São Lucas (23, 1-49) descreve a fraqueza humana de Cristo, que sofre a morte na cruz. Ele é desprezado pelas autoridades romanas e traído pela multidão que o seguia durante todo seu ministério. O texto diz que Pilatos quer que Jesus seja solto, mas cede à gritaria da multidão. O Calvário é a revelação da suprema humilhação e esvaziamento do Filho de Deus, que é crucificado entre dois bandidos. Não existe outro gesto mais significativo do que a morte humilhante na cruz para revelar o amor do Pai por toda a humanidade.
Esta pergunta vem de longe, do Japão, e foi escrita por Felipe de Luca. Ele me escreve uma longa carta que tentarei resumir. O Felipe mora em Tóquio, capital daquele país. Ele afirma ter feito Catequese, e ter sido crismado. Tornou-se adulto e afastou-se da Igreja, embora garanta que nunca se distanciou de Deus. Acontece que diante dos fatos de terrorismo lá na Franca, no ano passado, a noiva dele o questionou: “Por que Deus não interfere para evitar esses episódios de crueldade? Por que não faz um milagre? Se milagres acontecem é porque alguns têm mais fé que outros?” E o Felipe entra no tema do livre arbítrio. Vamos conversar com ele. Felipe, que liberdade teríamos nós se Deus interviesse a todo instante para nos impedir
de fazer besteira? Uma das histórias que mais me fez pensar é a seguinte parábola: alguém ao ver uma criança sofrendo, reclamou de Deus e questionou a Deus porque Ele não intervinha para minimizar o sofrimento daquela criança. E Deus respondeu: “Eu já fiz isso. Já tratei de ajudar essa menina e todos os que sofrem: Eu criei você”. Então, Felipe, é tempo da humanidade repensar seu relacionamento com Deus. Deus transforma o mundo pela mediação daqueles que nele acreditam e se deixam guiar por Ele. O que temos visto hoje é a omissão dos bons. Nós, os crentes, estamos presentes em todos os ambientes. Estamos presentes nos governos, estamos presentes nas indústrias, estamos presentes em toda a sociedade. E o que fazemos? Por acaso nos perguntamos qual é a nossa missão?
Orar? Importantíssimo! Mas não basta. É preciso orar com o coração, com as mãos, com intervenções efetivas que neutralizem o egoísmo, os interesses particulares, a ganância humana, o coração humano ferido pelo pecado, o uso da violência para se conseguir o que se quer, a pobreza que mina as forças, que enfraquece, que mata os pequenos. Jogar a culpa em cima de Deus é desconhecer que Ele nos criou e nos ama e não desiste de nós: criou-nos e encheu-nos de dons; nos ama a ponto de nos dar seu filho, o modelo perfeito da humanidade. Não desiste de nós, a ponto de aturar nossa cabeça dura com uma paciência infinita. Então, Felipe, somos livres? Somos, mas não fazemos bom uso dessa liberdade. E viemos ao mundo com uma missão: testemunhar o amor misericordioso de Deus. Então... mãos à obra!
Atos da Cúria NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE PÁROCO Em 8 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Pároco da Paróquia São Francisco de Assis, na Região Episcopal Sé, Setor Pastoral Catedral, o Revmo. Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM, pelo período de 6 (seis) anos. Em 8 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Pároco da Paróquia Santo Antônio, na Região Episcopal Sé, Setor Pastoral Bom Retiro, o Revmo. Frei Germano Guesser, OFM, pelo período de 6 (seis) anos. Em 6 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, na Região Episcopal Sant´Ana, Setor Pastoral Jaçanã, o Revmo. Pe. Alfredo Celestrino dos Santos, MS, pelo período de 6 (seis) anos. NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ADMINISTRADOR PAROQUIAL Em 5 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Administrador Paroquial da Paróquia Santo Antônio, na Região Epis-
copal Sant’Ana, Setor Pastoral Jaçanã, o Revmo. Pe. Maércio Ângelo Pissinatti Filho. NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL Em 8 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial da Paróquia São Francisco de Assis, na Região Episcopal Sé, Setor Pastoral Catedral, o Revmo. Frei Guido Moacir Scheidt, OFM. Em 3 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora Mãe de Jesus, na Região Episcopal Ipiranga, Setor Pastoral Cursino, o Revmo. Pe. Mariano Rodrigo da Silva, SJS, pelo período de 2 (dois) anos. Em 2 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial da Paróquia São João Bosco, na Região Episcopal Lapa, Setor Pastoral Leopoldina, o Revmo. Pe. Assis Moser, SDB. NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE DIÁCONO PERMANENTE COMO ASSISTENTE PASTORAL Em 1º de março de 2016, foi nomeado e
provisionado Assistente Pastoral na Paróquia Santa Rosa de Lima, na Região Episcopal Sant´Ana, Setor Pastoral Tremembé, o Diácono Permanente José Jindarlei Santos da Silva, pelo período de 3 (três) anos.
tana, o Diácono Transitório Giovane de Souza, SDB.
Em 1º de março de 2016, foi nomeado e provisionado Assistente Pastoral na Paróquia Santa Rita de Cássia, na Região Episcopal Sant´Ana, Setor Pastoral Vila Maria, o Diácono Permanente Reinaldo Bonatti, pelo período de 3 (três) anos.
Em 10 de março de 2016, foi prorrogada a nomeação de Coordenador Regional de Pastoral da Região Episcopal Sant´Ana, do Revmo. Pe. Andrés Gustavo Marengo, pelo período de 2 (dois) anos.
NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE DIÁCONO TRANSITÓRIO COMO ASSISTENTE PASTORAL Em 1º de março de 2016, foi nomeado e provisionado Assistente Pastoral na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, na Região Episcopal Sant’Ana, Setor Pastoral Vila Maria, o Diácono Transitório Orisvaldo da Silva Carvalho. Em 1º de março de 2016, foi nomeado e provisionado Assistente Pastoral na Paróquia Santa Teresinha, na Região Episcopal Sant’Ana, Setor Pastoral San-
PRORROGAÇÃO DA NOMEAÇÃO DE COORDENADOR REGIONAL DE PASTORAL
NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE CAPELÃO Em 9 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Capelão da comunidade de fiéis da Capela Nossa Senhora Auxiliadora, na Região Episcopal Ipiranga, Setor Pastoral Ipiranga, o Revmo. Pe. Israel Mendes Pereira, pelo período de 1 (um) ano. Em 9 de março de 2016, foi nomeado e provisionado Capelão da comunidade de fiéis da Capela Sagrada Família e Santa Paulina, na Região Episcopal Ipiranga, Setor Pastoral Ipiranga, o Revmo. Pe. João Júlio Farias Júnior, pelo período de 2 (dois) anos.
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Espiritualidade
Dar pão a quem tem fome Dom Julio Endi Akamine
D
Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa
urante o Jubileu extraordinário da Misericórdia, somos convidados a praticar mais intensa e conscientemente as obras de misericórdia. Convido você a aprofundar a obra de misericórdia corporal: dar pão a quem tem fome. A primeira coisa que temos que ter clara é que fome não deve ser confundida com apetite. Antes de tomar a refeição, temos apetite. Fome é quando temos vontade de comer, mas não temos o que comer. Fome é a experiência antecipada da morte. Não há como não sermos afetados por essa dolorosa chaga da fome no mundo: hoje vão morrer de fome aproximadamente 40 mil pessoas! Tomar consciência dessa tragédia humana, mesmo que não resolva o problema na sua totalidade e na sua gravidade, ao menos pode aliviá-lo um pouco. Nesse sentido, vejamos o que o Papa Bento XVI, na Encíclica Caritas in Veritate, 27, escreveu em 2009. Notem como é atual e urgente o que ele diz: “A fome ceifa ainda inúmeras vítimas
Os direitos à alimentação e à água entre os muitos Lázaros, a quem não é permitido sentar-se à mesa do rico ava- revestem um papel importante para a rento. Dar de comer aos famintos (cf. consecução de outros direitos, a comeMt 25, 35.37.42) é um imperativo ético çar pelo direito primário à vida. Por para toda a Igreja, que é resposta aos en- isso, é necessária a maturação de uma sinamentos de solidariedade e partilha consciência solidária que considere a do Senhor Jesus. Além disso, eliminar a alimentação e o acesso à água como fome no mundo tornou-se também um direitos universais de todos os seres objetivo a alcançar para preservar a paz humanos, sem distinções nem discriminações”. e a subsistência da terra. É preciso que cresça, entre as pesA causa principal da fome no mundo não é tanto a escassez material, mas, soas, a vontade de ajudar os que passobretudo, a escassez de recursos sociais sam fome. Não desperdiçar alimentos, e de natureza institucional; isto é, falta um fome não deve ser confundida sistema de instituições com apetite. Antes de tomar a econômicas que seja carefeição, temos apetite. Fome paz de garantir um acesso regular e adequado à é quando temos vontade de comer, mas não temos o que alimentação e à água. As piores crises comer. Fome é a experiência alimentares são pro- antecipada da morte. vocadas mais pela irresponsabilidade da política nacio- viver de maneira austera, combater o nal e internacional do que por causas consumismo, multiplicar as ações de naturais. O problema da insegurança solidariedade são gotas de amor no alimentar precisa ser enfrentado, eli- mar imenso da falta de pão no mundo. minando as causas estruturais que o Os “pobres Lázaros” estão diante de provocam e promovendo o desenvolvi- nossas portas. Não sejamos nós “ricos mento agrícola dos países mais pobres, banqueteiros”, indiferentes e insensípor meio de investimentos em infraes- veis. Enquanto estamos em vida, potruturas rurais, sistemas de irrigação, demos transpor os “abismos” que nos transportes, organização dos merca- separam dos que passam fome. dos, formação e difusão de técnicas Precisamos de uma misericórdia agrícolas apropriadas. Tudo isso deve criativa. Ajudemos os abrigos que serser realizado, envolvendo as comuni- vem refeições aos moradores de rua, dades locais na opções e nas decisões participemos das coletas de nossas paróquias para ajudar as famílias pobres. relativas ao uso da terra cultivável.
| Fé e Vida | 5
Fé e Cidadania Cruz e Ressurreição Padre Alfredo José Gonçalves, CS Faz-se escuro sobre os céus do Brasil. Densas nuvens cobrem os horizontes da política e da economia, ameaçando tempestade. O termômetro dos indicadores sociais marca temperaturas preocupantes. Timidez, inércia, certa paralisia e interesses corporativistas predominam sobre a necessidade de decisões corajosas e urgentes. É notória a escassez de potícicas públicas que defendam os direitos da população mais carente. Enquanto se prolonga a noite escura da crise, cresce na contramão o lucro dos bancos, dos grandes conglomerados empresariais e do capital financeiro. Aprofunda-se o fosso entre a minoria rica e a maioria empobrecida, a distância entre o pico e a base da pirâmide. Além disso, o vírus da corrupção parece difícil de combater e mais difícil ainda de extirpar. Tempos de Quaresma? Proximidade da Semana Santa? Repete-se aqui (e em outras nações) o drama da agonia, sofrimento e morte de Jesus? Sua pesada cruz multiplica-se em outras cruzes pelo Brasil afora, vitimando pessoas e famílias aos milhares e milhões? Como se explica que um país de tanta riqueza natural e de tantas potencialidades exponha tamanha pobreza? O que fazer? Se é verdade que o sofrimento e a morte constituem o caminho para a ressurreição, de onde nascerá a manhã tão esperada e renovadora? Não faltam indícios de que “os róseos dedos da aurora” (Homero) já estão dissipando as trevas e anunciando um novo dia. Em primeiro lugar, a política dos últimos anos, apesar de uma série de contrastes e contratempos, não deixou de apontar a meta de uma nova redistribuição de renda. Depois, as forças vivas da sociedade brasileira, embora sofrendo de certo desencanto, desinteresse e apatia, não estão mortas. Ao contrário, revelam-se conscientes e ativas em manisfestações de todo tipo – que vão da crítica construtiva e responsável ao canto alegre e sadio, passando por fases de forte organização. Há brasas debaixo das cinzas. Vale sublinhar, enfim, as numerosas iniciativas populares: o Grito dos Excluídos, voz de tantos gritos ocultos; a Campanha Jubileu Sul, acompanhada do debate em torno do débito público; a defesa e preservação do meio ambiente; os movimentos de luta pelos direitos humanos: terra, trabalho, moradia etc; o apoio de Igrejas, entidades e organizações... Em tudo isso, há a luz de uma estrela que brilha mais forte onde a noite é mais escura. Indica o mistério da encarnação, mas também a luz da ressurreição e do Reino de Deus, cujas raízes mergulham na história humana.
6 | Viver Bem |
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Comportamento
A força da palavra dos pais (2)
Simone Fuzaro vido um esvaziamento do con- do mostram com gestos que estar vívio familiar. As crianças ficam, em família é importante. No último artigo, falávamos frequentemente, aos cuidados de Quando os vínculos familiasobre a importância dos pais se avós, escolas, babás e etc. Veem os res enfraquecem acontece um apropriarem do valor formativo pais alguns minutos pela manhã e fenômeno chamado pelo médico e fundamental que tem suas pa- outros à noite. Esses, por sua vez, Gabor Maté e o psicólogo Gorlavras e sua conduta na vida dos apressados ou mesmo já cansados, don Nelfeld de “educação por filhos. acabam não conseguindo se entre- pares”, ou seja, as influências de Os filhos, ao nascerem, têm gar e se envolver verdadeiramente colegas, ícones jovens e primos na mãe uma fonte de seguran- com elas - brincar, ouvir, mostrar se tornam mais determinantes ça e nutrição física e psíquica. com atitudes o valor e importância do que os modelos oferecidos Aliás, na verdade, são como que que têm. Às vezes, culpados pelo pelos adultos. Isso é um grande prolongamentos da mãe, não per- pouco convívio, cedem a tudo que “fantasma” que assombra os pais cebendo ainda onde terminam os filhos querem, mimando-os e - temem o que as companhias e e ela começa. Vão aos poucos se agradando-os, o que, porém, não influências podem causar. Mas, diferenciando e se constituindo reflete cuidado, encomo sujeitos. Sendo assim, o volvimento e amor. vínculo de dependência/confian- No turbilhão de ati- Para que a palavra ça é enorme. Após os primeiros vidades e compro- dos pais continue sendo meses, com o convívio, o pai vai missos, os cuidados referência para os filhos ganhando também um lugar pri- com a criança ficam vilegiado na relação com o bebê. delegados a outros, por muito tempo, há que O pequeno reconhece sua voz, que, por vezes, vão se cultivar o vínculo, acalma-se também em sua com- tomando lugar pre- há que se conquistar o panhia e, junto com a mãe, torna- ferencial na relação coração do filho e estar se o porto seguro da criança. com os pequenos. no coração dele Nesse lugar, os pais são refePara que a palarência forte para os pequenos. vra dos pais contiEles choram, manifestam raiva, nue sendo referência para os fi- não esqueçam: está nas mãos de resistem, transgridem os limites lhos por muito tempo, há que se vocês ser a referência fundamenestabelecidos - até mesmo porque cultivar o vínculo, há que se con- tal de seus filhos. Basta cuidar e é assim que reage a criança à frus- quistar o coração do filho e estar fortalecer o vínculo, conquistar o tração, uma vez que ainda encon- no coração dele. Essa conquista é coração deles e transmitir valores tra-se imatura do ponto de vista exigente: não acontece com pou- no convívio. Esses valores estarão neurológico e psíquico. Porém, cos minutos de convívio diário e impressos no coração dos peindependentemente da reação, nem com agrados e permissivida- quenos e, mesmo durante a fase sentem-se amados e percebem na de. Para amar é preciso conhecer, turbulenta da adolescência, sabegastar tempo, perceber as neces- rão de onde vieram e para aonde atitude dos pais o “bem”. O que vem acontecendo com sidades, cuidar. O filho se sente sempre podem voltar com os cobastante frequência, na verdade, é amado quando os pais dedicam rações abertos - os pais, a família. que nós, pais, temos descuidado tempo e atenção a ele, quando estabelecem limites, quando são Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é Fonoaudióloga do vínculo com os pequenos. e Educadora; Mestre em Educação/Distúrbios As circunstâncias da vida - exigentes, quando preparam uma da Comunicação pela PUC-SP; Especialista trabalho, cursos, compromissos comida gostosa, quando se dediem linguagem, coordenadora da Escola de Educação Infantil Pedrita. sociais, academia - têm promo- cam ao convívio familiar - quan-
Cuidar da Saúde
Tenho uma tosse que não melhora com nada, o que faço? Cássia Regina A tosse é um reflexo natural do organismo para livrar o aparelho respiratório de substâncias estranhas, de muco ou de partículas absorvidas com a respiração. Mas nem toda tosse é do pulmão. A tosse pode ser seca e produtiva. Entre os casos de tosse seca, 40% são provocados pela sinusite e 30% pelo refluxo gastroesofágico. A sinusite acumula secreção nos senos paranasais que passam por trás da garganta e ficam gotejando na glote, provocando a tosse.
O refluxo pode ser pelo aumento da produção de ácido pelo estômago e pela incapacidade da junção gastroesofágica de fechar direito, o que permite a volta do conteúdo do estômago para o esôfago, que provoca uma reação inflamatória e ativa o reflexo da tosse. Nesses casos, xarope não vai dar resultado. É preciso tratar a causa. A tosse é consequência. Mais da metade dos casos de tosse prolongada acontecem fora do pulmão. É importante identificar a causa de tosse que dure mais de 15 dias. Tosse por tempo prolon-
gado exige investigação, porque nem sempre é gripe ou resfriado. Como dica, primeiro, é importante beber muita água. Segundo, observar se existe algum ambiente da casa onde a tosse fica mais intensa, porque existem processos alérgicos, principalmente a asma, que são desencadeados por fungos, mofo ou poeira, por exemplo. Notar se isso acontece ajuda não só no resultado do tratamento como a descobrir a causa do problema. Dra. Cássia Regina é medica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF) E-mail: dracassiaregina@gmail.com
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Vicariato para a Educação e a Universidade
Pastoral Familiar
Dom Carlos visita escolas estaduais na zona Sul Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal para a Educação e a Universidade, visitou, no dia 7, três escolas estaduais nas proximidades da Paróquia Santo Afonso de Ligório, na Região Episcopal Ipiranga: E.E. Professora Martha Figueira Netto da Silva, E.E. Júlio Ribeiro e E.E. Valentim Furtado. O Bispo, na companhia de dois leigos da Paróquia, conversou com os estudantes do ensino fundamental e médio, e também com os diretores das escolas, que receberam com alegria a visita e se dispuseram a afixar cartazes com os avisos sobre as atividades paroquiais: catequeses, cursos de violão e eletricidade básica, entre outros. Dom Carlos disse a todos que o Papa deseja uma Igreja mais próxima dos jovens. Em algumas salas, o Bispo falou sobre o sentido da vida, a necessidade de estar perto de Deus, o valor do estudo para a vida profissional e o crescimento no serviço à sociedade. Para as crianças menores, explicou sobre a Catequese de
Arquivo pessoal
Paroquianos da Santo Afonso de Ligório acompanham Dom Carlos em escolas na zona Sul
preparação para a Primeira Comunhão. Na Escola Valentim Furtado, o Bispo esteve por alguns minutos na sala dos professores e conversou com as professoras sobre a sua missão de educadoras e da necessidade de ajudarem os pais na educação dos filhos, sobre os quais os professores também têm autoridade.
Conferindo a bênção por onde passou, entregou como lembrança uma foto do Papa Francisco, com uma oração pelas vocações. Dom Carlos deixou nas bibliotecas das escolas exemplares dos Evangelhos, da Encíclica Laudato Si’ e da carta do Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, para o Ano Santo extraordinário da Misericórdia.
Cami Começa a temporada de formações para os imigrantes O sorriso foi a marca do reinício das atividades com imigrantes em São Paulo do Centro de Apoio e Pastoral do Migrante (Cami), no dia 6. Participaram pessoas de diferentes países, como Bolívia, Colômbia, Haiti e Paraguai. Na ocasião, houve uma reflexão sobre o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 “Casa comum, nossa responsabilidade” e de como o agir cotidiano pode afetar as mudanças do planeta, para melhor ou pior. Outro assunto tratado foi como todos podem colaborar para erradicar o mosquito Aedes aegypti, causador de doenças diversas, como a dengue e o zika vírus. Houve, ainda, distribuição de guias de bolso dos Direitos do Trabalhador Imigrante e homenagem às mulheres, explicando as origens da comemoração do Dia
Cami
Evento tem reflexões sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica e o direito dos migrantes
Internacional da Mulher, em 8 de março. Cada mulher que esteve na atividade ganhou uma rosa, como forma simbólica de celebrar o valor das mulheres na sociedade. Na parte final do encontro, cada pro-
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fessor detalhou o conteúdo, metodologia e duração do curso que ministrará aos migrantes: eletricidade, empreendedorismo, informática, modelagem, música e língua portuguesa.
Casais coordenadores diocesanos organizam atividades para 2016 Com a participação de aproximadamente 110 pessoas, aconteceu, no dia 5, no Centro Diocesano de Pastoral Padre Jean Roche Forgette, na Diocese de Guarulhos (SP), a assembleia anual da Pastoral Familiar do Regional Sul 1 da CNBB, com a presença de coordenadores diocesanos da Pastoral. Pela Arquidiocese de São Paulo, participaram o casal coordenador arquidiocesano, Luiz Fernando e Ana Filomena, e os coordenadores da Pastoral nas regiões episcopais Brasilândia, Belém, Ipiranga e Santana. Na Assembleia, houve a avaliação das atividades realizadas em 2015 e foram definidas as prioridades de ação para este ano. Segundo Luiz Fernando, a prioridade da Pastoral Familiar continua sendo a preparação para a vida matrimonial, dirigida aos noivos. Os integrantes da Pastoral também manifestaram estar ansiosos pela exortação apostólica do Papa Francisco, que será feita a partir das discussões e conclusões dos dois últimos Sínodos dos Bispos, que trataram sobre a família. O documento deve trazer orientações para a ação da Pastoral. Ainda durante a Assembleia, o casal Osmarina e Antonio Baldon, de Santo André (SP), foi reconduzido ao cargo de coordenador regional da Pastoral Familiar. Como assessor eclesiástico, foi nomeado o Padre Pedro Rúbio, de Piracicaba (SP). O bispo referencial continua sendo Dom Emílio Pignoli, bispo emérito de Campo Limpo (SP). Houve ainda alguns informes: o livreto “Hora da Família” deste ano, em fase final de produção, estará disponível provavelmente em abril, tratando do tema “A misericórdia na família: dom e missão!”; e já há uma programação preliminar para o 19º Congresso da Pastoral Familiar do Regional Sul 1, com destaque para a presença do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, entre 8 e 10 de julho, em Ribeirão Preto (SP), com o tema “Transmissão da Fé e Acolhimento Familiar”.
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Destaques das Agências Internacionais
Filipe David
Correspondente do O SÃO PAULO na Europa
Espanha
Cáritas atenta às vítimas do tráfico humano e da prostituição Em coletiva de imprensa, na sexta-feira, 11, a Cáritas da Espanha apresentou seu relatório sobre a situação da prostituição no País. As mulheres que caem nessa condição, têm, em geral, um perfil parecido: são jovens com menos
de 25 anos, com baixo nível de escolarização e têm filhos pequenos; mais 80% são estrangeiras. A entrada na prostituição se deve, na maior parte dos casos, à situação de pobreza e/ou às redes de tráfico de pessoas.
O trabalho com as vítimas de tráfico humano é especialmente complexo, por diversas razões: a falta de consciência das mulheres de sua condição e de seus direitos, as consequências psicológicas da escravidão sexual, o autodesprezo e
Estados Unidos Procissão eucarística em torno da Planned Parenthood, a gigante do aborto O arcebispo de Denver, Dom Samuel Aquila, conduziu, no dia 10, uma procissão eucarística com 1,8 mil fiéis ao redor de uma unidade da Planned Parenthood, a maior organização abortista do mundo, conhecida nos meios pró-vida como a “multinacional da morte”. “Foi realmente um momento de graça, de bênção, um momento de oração a nosso Senhor, para que os corações sejam transformados”, disse o Arcebispo. Na multidão, havia famílias com crianças, o clero local, seminaristas, bem como freiras. Tudo foi feito para se preservar a reverência ao Santíssimo Sacramento ao longo da procissão: “nada de gritos de protesto ou de discussões”, explicou o site da Arquidiocese a respeito do evento, “apenas o testemunho de oração do amor e misericórdia de Deus”. O Padre Scott Bailey disse aos fiéis, pouco antes da procissão começar, que “o silêncio é uma parte essencial da procissão, na medida em que unimos nossas vozes com aqueles que foram silenciados pelo aborto”.
a vergonha que sentem, o medo por si mesmas e por seus familiares, a desintegração de suas identidades e a sensação de não serem mais capazes de decidir o rumo de suas vidas. Fontes: ACI/ Cáritas
França Andrew Wright/Denver Catholic
Católicos realizam procissão em frente a organização abortista, dia 10
Fórum em Paris reúne 1,3 mil pró-vidas Aproximadamente 1,3 mil líderes pró-vida de toda a Europa se reuniram no sábado, 12, em Paris, para o 1º Foro One of Us (Um de nós), que tem como finalidade a defesa da vida humana no Continente. O evento contou com a participação do parlamentar francês Jean-Frédéric Poisson, do Partido Cristão Democrata, do ex-ministro da justiça espanhola, Alberto Ruiz Gallardón, da diretora da Fundação espanhola RedMadre, entre outros. Fonte: ACI
A questão migratória pensada a partir da vida da Beata Assunta Marchetti FILIPE DOMINGUES
Filipe Domingues
to período da história. Não são mitos”, disse. “Enfrentaram problemas do seu tempo, serviram a Deus e à humanidade. Jovens, homens e mulheres, Madre Assunta é um exemplo famílias inteiras que deixam sua de caridade e da Igreja que é terra em busca de uma vida memissionária por natureza.” lhor em um outro país distante O embaixador do Brae desconhecido. Poderia ser sil junto à Santa Sé, Denis de hoje, mas trata-se da Itália do Souza Pinto, destacou o modefim do século XIX e início do lo da Beata Assunta Marchetséculo XX. Entre 1869 e 1913, ti para a questão migratória, aproximadamente 13 milhões Cardeal Odilo Pedro Scherer participa de evento sobre a questão migratória e a vida da Beata Assunta Marchetti tão importante atualmente. de italianos abandonaram o Ele observou que o mundo se transformou muito, a população triplido Brasil junto à Santa Sé. O evento foi grantes e de ex-escravos, em São Paulo, País, abatido pela pobreza e por grandes cou, há os efeitos negativos da globalizauma tarde de estudos sobre a questão criado por seu irmão, Padre Giuseppe incertezas políticas, e partiram para alguma outra parte do mundo. Provenienção, como o crime organizado, o tráfico migratória a partir da memória de MaMarchetti (1869-1896). Quando ela chetes primeiro do Norte da Itália, depois do dre Assunta, beatificada em 2014, na Cagou ao Brasil, aproximadamente 800 mil de seres humanos, “formas deploráveis tedral da Sé. Sul, 3 milhões chegaram ao Brasil, entre italianos viviam ali e trabalhavam em de escravidão”, crianças de rua, mas o Preocupado com a emigração de os quais Madre Assunta Maria Marchetmais de 2 mil fazendas. exemplo de amor aos pobres da Madre ti (1871-1948), cofundadora das Irmãs tantos italianos, o Padre Giovanni Bat“Realizaram uma imensa atividade “é particularmente estimulante”. tista Scalabrini (1839-1905) fundou duas Missionárias de São Carlos Borromeu, caritativa aos imigrantes, aos órfãos, aos “Manifesto a preocupação do governo brasileiro com a questão migratória e congregações missionárias, em 1887 e as scalabrinianas. pobres”, recordou o cardeal arcebispo de reconheço o exemplo de Madre Assunta. 1895, para acompanhar e dar-lhes assisA memória da Madre foi o tema de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, tência. Madre Assunta partiu para o BraReconhecemos a importância da presenum simpósio realizado no Vaticano em 8 um dos participantes do simpósio. “São sil no primeiro grupo de quatro irmãs, ça das irmãs scalabrinianas na vida da de março, Dia Internacional da Mulher, Paulo é uma cidade complexa, mas também de tantos santos! Eram pessoas huem 27 de outubro de 1895, para tomar sociedade brasileira”, declarou o embaiorganizado pela congregação das scalabrinianas em parceria com a Embaixada manas, como nós, que viveram num cerxador. conta de um orfanato para filhos de imiEspecial para O SÃO PAULO, na Cidade do Vaticano
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Jesus é a graça que salva do pecado e da morte Na oração mariana do Ângelus, no domingo, 13, quando se comemorou os três anos da eleição de Francisco como Papa, o Pontífice destacou que “o evangelista São João apresenta o episódio da mulher adúltera, evidenciando o tema
da misericórdia de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”. O Pontífice destacou que “aquela mulher representa todos nós que somos pecadores, ou seja, adúlteros diante
de Deus, traidores de sua fidelidade. A sua experiência representa a vontade de Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salvação por meio de Jesus. Ele é a graça que salva do pecado e da morte. Ele escreveu no
chão, no pó do qual é formado todo ser humano, a sentença de Deus: Não quero que morra, mas que tenha vida”, disse o Santo Padre. Fonte das notícias: Rádio Vaticano (redação: Fernando Geronazzo)
Educadores: artesãos de humanidade “Artesãos de humanidade, construtores da paz e do encontro.” Assim o Papa Francisco definiu os educadores numa video-mensagem ao 4º Fórum Global sobre a Educação, que se concluiu no domingo, 13, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O evento foi promovido pela Fundação Varkey, organização sem fins lucrativos com sede em Londres, criada para melhorar o padrão educacional de menores carentes no mundo. O Pontífice agradeceu a fundação e pediu ao organismo para que incentive os professores do mundo em seu esforço de “criar uma sociedade global sustentável”, também por meio da colaboração com a Scholas Occurrentes, rede internacional de escolas que surgiu na Argentina e trabalha “em prol da integração e da paz no mundo”. “Juntos, será possível dar aos professores o merecido reconhecimento pelo grande impacto que eles têm em nossas vidas”, afirmou o Pontífice, e, segundo ele, restituir à sua profissão a posição justa, como “a mais respeitada pela sociedade”.
Fotos: L’Osservatore Romano
4 de setembro: canonização de Madre Teresa de Calcutá
Canonização de Madre Teresa de Calcutá é anunciada pelo Papa Francisco durante consistório com cardeais no Vaticano, na terça-feira, dia 15
Evangelho da misericórdia Após o Ângelus,no domingo, 13, o Santo Padre renovou o gesto de doar um exemplar do Evangelho de bolso para os fiéis reunidos na praça de São Pedro. “Trata-se do Evangelho de Lucas que lemos nos domingos deste ano litúrgico. O livrinho é intitulado: ‘O Evangelho da Misericórdia de São Lucas’. De fato, o evangelista traz as palavras de Jesus: ‘Sejam misericordiosos, como também o Pai de vocês é misericordioso’, de onde foi extraído o tema deste Ano Jubilar”, explicou.
O Papa Francisco anunciou, terçafeira, 15, que Madre Teresa de Calcutá será canonizada em 4 de setembro. O anúncio foi feito durante Consistório realizado no Vaticano. O Santo Padre também informou as datas para a canonização de outros quatro beatos. Em 5 de junho: Estanislau de Jesus Maria (João Papczyński) e Maria Elisabeth Hesselblad. Em 16 de outubro: José Sánchez Del Río e José Gabriel Del Rosario Brochero. O milagre que abriu caminho para a canonização de Madre Teresa de Calcutá – atestado pela Congregação das Causas dos Santos – é atribuído à intercessão da Beata no caso de um homem brasileiro de 35 anos, afetado por uma grave doença no cérebro, que se curou de uma forma inexplicável em 2008.
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Edcarlos Bispo
Destaques das Agências Nacionais
edbsant@gmail.com
‘A superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção’ Ao final da reunião do Conselho Permanente da CNBB, realizada entre os dias 8 a 10, em Brasília, e que teve como
NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO ATUAL DO BRASIL “O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz” (Tg 3,18) Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 8 a 10 de março de 2016, manifestamos preocupações diante do grave momento pelo qual passa o país e, por isso, queremos dizer uma palavra de discernimento. Como afirma o Papa Francisco, “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183). Vivemos uma profunda crise políti-
pauta principal a preparação da 54ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá de 6 a 15 de abril, em Aparecida (SP), ca, econômica e institucional, que tem como pano de fundo a ausência de referenciais éticos e morais, pilares para a vida e organização de toda a sociedade. A busca de respostas pede discernimento, com serenidade e responsabilidade. Importante se faz reafirmar que qualquer solução que atenda à lógica do mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e se desvia do caminho da justiça. A superação da crise passa pela recusa sistemática de toda e qualquer corrupção, pelo incremento do desenvolvimento sustentável e pelo diálogo que resulte num compromisso entre os responsáveis pela administração dos poderes do Estado e a sociedade. É inadmissível alimentar a crise econômica com a atual crise política. O Congresso Nacional e os partidos políticos têm o dever ético de favorecer e fortificar a governabilidade. As suspeitas de corrupção devem ser
cujo tema central será “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade”, a presidência da entidade divulgou, em coletiva rigorosamente apuradas e julgadas pelas instâncias competentes. Isso garante a transparência e retoma o clima de credibilidade nacional. Reconhecemos a importância das investigações e seus desdobramentos. Também as instituições formadoras de opinião da sociedade têm papel importante na retomada do desenvolvimento, da justiça e da paz social. O momento atual não é de acirrar ânimos. A situação exige o exercício do diálogo à exaustão. As manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. Devem ser pacíficas, com o respeito às pessoas e instituições. É fundamental garantir o Estado democrático de direito. Conclamamos a todos que zelem pela paz em suas atividades e em seus pronunciamentos. Cada pessoa é convocada a buscar soluções para as dificuldades que enfrentamos. Somos chamados ao diálogo para construir um país justo e fraterno.
de imprensa, nota sobre o momento atual do Brasil. Abaixo segue a íntegra do texto. Fonte: CNBB
Inspirem-nos, nesta hora, as palavras do Apóstolo Paulo: “trabalhai no vosso aperfeiçoamento, encorajai-vos, tende o mesmo sentir e pensar, vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco” (2 Cor 13,11). Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, continue intercedendo pela nossa nação! Brasília, 10 de março de 2016. Dom Sergio da Rocha Arcebispo de Brasília (DF) Presidente da CNBB Dom Murilo S. R. Krieger Arcebispo de S. Salvador da Bahia (BA) Vice-presidente da CNBB Dom Leonardo Ulrich Steiner Bispo auxiliar de Brasília (DF) Secretário-geral da CNBB
Centro Cultural Brasil-Turquia realiza conferência sobre terrorismo Thiago Capodanno
Dom Julio (2º à esq.) representa Igreja Católica em conferência sobre terrorismo, no dia 9
Com o objetivo de promover um debate sobre as causas e consequências do terrorismo ao redor do mundo, focando no papel das mídias, das religiões e dos intelectuais diante desse fenômeno, o Centro Cultural Brasil-Turquia e a Faculdade Cásper Líbero realizaram, nos dias 8 e 9, na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, a conferência internacional “Religiões, intelectuais e mídia: posições diante do terrorismo”. Líderes religiosos afirmaram que o terrorismo é uma violência à vida. “Trata-se de uma prática cruel, desnecessária e degradante”, afirmou Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, que na ocasião representou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. Para Dom Julio, o terrorismo atinge a dignidade e os povos
como um todo. “As diferenças não podem constituir uma causa de conflito e as religiões devem ser uma questão para a paz mundial”, completou. Estiveram entre os palestrantes da Conferência, mediada por Fernando Altemeyer Jr, professor da PUC-SP, o Reverendo Dick Ficca, o Rabino Michel Schlesinger, o Sheickh Samir Boudinar; e o teólogo Suleyman Eris. Para eles, a importância do encontro está em permitir um diálogo que motive a todos, fortifique a fé do ser humano, independente da religião, e dê luz para um novo mundo. A busca pela paz, enfatizaram, precisa ser completa e capaz de ser vivida por uma sociedade inteira, apesar das diversas crenças. Fonte: Assessoria de imprensa da Conferência sobre o Terrorismo
Homologada delação premiada do senador Delcídio do Amaral A delação premiada do senador Delcídio do Amaral (afastado do PT) foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgada na terça-feira, 15. O documento tem 21 termos que citam políticos e crimes praticados no âmbito do Palácio do Planalto, Senado, Câmara, Ministério de Minas e Energia e Petrobras. O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciado pela
presidente Dilma Rousseff (PT), na quarta-feira, 16, como novo ministro da Casa Civil, é um dos citados na delação premiada, assim como a própria Presidente e outras figuras públicas como o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o senador Aécio Neves (PSDB-MG), os presidentes do STF, do Senado e da Câmara dos Deputados, respectivamente, Ricardo Lewandowski, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), o dono do banco BTG, André Esteves, e o exministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci. A homologação confere validade jurídica ao acordo, atestando que ele cumpre regras estabelecidas em lei. A partir desse ato, a Procuradoria Geral da República (PGR) poderá separar os fatos narrados por Delcídio em depoimentos
já prestados, que levantam suspeitas sobre crimes e pessoas neles supostamente envolvidas. A decisão também retirou o segredo de Justiça das declarações do Senador à PGR. Atualmente, são ao menos 40 parlamentares e ministros investigados na Corte, junto com outras 32 pessoas sem prerrogativa de foro, também alvos de diligências. Fonte: G1
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Manifestação pelo impeachment de Dilma, na avenida Paulista, é a maior da história Luciney Martins/O SÃO PAULO
Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
Pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em apoio à continuidade da operação Lava Jato, pelo fim da corrupção na política, e com críticas ao PT e pedidos para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja preso, a avenida Paulista esteve lotada de manifestantes na tarde do domingo, 13. Alguns organizadores contabilizaram mais de 2 milhões de participantes, a Polícia Militar estimou a presença de 1,4 milhão de pessoas e o Instituto Datafolha, de 500 mil [veja detalhes abaixo]. Por qualquer indicador, foi a maior manifestação política da história do País, superando o comício pelas Diretas-Já (pelo fim da ditadura militar), realizado no vale do Anhangabaú em 1984. Atos similares ao da Paulista aconteceram em todos os estados e no Distrito Federal, reunindo pelo Brasil, segundo dados das policias locais, aproximadamente 3 milhões de pessoas. Protestos também foram registrados em 30 cidades no exterior. Na multidão vestida em sua maioria de verde e amarelo na avenida Paulista, muitos carregavam cartazes e faixas, em meio a canções de protesto, apitos e cornetas, e ao som das músicas e dos discursos que ressoavam dos 11 carros de som e palanques levados à Avenida pelos articuladores da manifestação. Tudo ocorreu em clima pacífico, reunindo famílias, grupo de amigos e pessoas que foram sozinhas, como Geraldo Romito, 54. “É a primeira vez que venho a uma manifestação de rua. Senti que este é um momento de mudança. Temos que apoiar a Polícia Federal e o Ministério Público. A gente se manifestando pode fazer a diferença para nossos filhos e netos”. Patrícia Pires, 35, juntou-se às amigas para protestar contra a Presidente, algo que faz desde a reeleição de Dilma em outubro de 2014. “A manifestação está maior porque tem muitas pessoas indignadas e revoltadas com o governo. Todo mundo está buscando um País melhor”, afirmou.
Critica a políticos e apoio ao Judiciário
A maioria dos articuladores das manifestações optou por não permitir discursos de políticos nos carros de som ou palanques, à exceção do Movimento Brasil Livre (MBL) e do partido Solidariedade, conforme apurou a reportagem do O SÃO PAULO, que percorreu toda a avenida Paulista ao longo de quatro horas. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) – candidato derrotado na última eleição presidencial – e Marta Suplicy (PMDB-SP) – que desligou-se do PT recentemente – foram hostilizados enquanto participavam da manifestação.
“O Vem Pra Rua tem uma máxima: não somos um movimento anti-PT, antiDilma, somos um movimento contra a corrupção, a favor do desinchaço da máquina pública. Cada vez mais, fica claro que houve crime de responsabilidade fiscal e isso se deu com pedaladas fiscais do governo. Hoje aqui, quem subiu no trio [palanque] foram os cidadãos e não os políticos”, enfatizou, à reportagem, Julio Lins, 18, um dos articuladores do Vem Pra Rua, que em seu palanque deu voz ao jurista Hélio Bicudo, um dos redatores do pedido de impeachment da presidente Dilma, que tramita na Câmara dos Deputados. “Que os usurpadores do povo brasileiro respondam pelo crime. O Brasil não aguenta mais ser saqueado, roubado. O povo não aguenta mais a incompetência, a mentira, a corrupção”, discursou Bicudo. Muitos manifestantes também expressaram apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo operação Lava Jato, que apura possíveis crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro oriundos de desvios da Petrobras. “Temos que dar todo o apoio ao Judiciário neste momento para que siga adiante e faça cumprir as leis. O Lula (investigado na Lava Jato) é ex-presidente, não deve ter foro privilegiado, é um
cidadão como outro qualquer”, opinou Renato Tamaio, 49, articulador do Movimento Pátria Amada. Nos carros de som e palanques, especialmente do MBL, Ação Popular, Vem Pra Rua e Revoltados Online, os manifestantes cobraram que os deputados e senadores façam tramitar mais rápido no Congresso o processo de impeachment contra Dilma. “Com essa quantidade de pessoas na Paulista, os parlamentares serão pressionados a seguir adiante com o impeachment. O descontentamento é tamanho que a situação tornou-se irreversível”, avaliou Marcos Saraiva, 22, do Ação Popular, grupo que já tinha participado das manifestações anteriores, mas que pela primeira vez levou um carro de som. “Quando o Congresso acatou o pedido de impeachment, a gente entendeu que existe realmente a possibilidade de a Dilma ser deposta e aumentamos o movimento”, detalhou.
E o Brasil sem Dilma?
Entre os líderes dos grupos que organizaram os atos na avenida Paulista não há um consenso sobre a melhor alternativa a ser adotada para a saída de Dilma da Presidência. O Vem Pra Rua defende que seja pelo processo de impeachment, que já trami-
Diferenças nos números, por quê? A Polícia Militar chegou ao número de 1,4 milhão de pessoas por meio de um programa de georreferenciamento de área, que contabiliza a concentração de pessoas agrupando fotos aéreas e terrestres, sem considerar a rotatividade do público presente. O Instituto Datafolha dividiu a concentração de pessoas em setores. A cada hora, pesquisadores caminhavam pela multidão e registravam o número médio de participantes por metro quadrado. Após a contagem, cada pesquisador voltava pelo mesmo caminho e perguntava há quanto tempo as pessoas estavam na manifestação, indicando quantos entraram e saíram do protesto em um intervalo de tempo. Assim chegou ao número de 500 mil participantes. Alguns organizadores das manifestações estimaram a presença de mais de 2 milhões de pessoas. O MBL utilizou uma tecnologia israelense que calculou a quantidade de participantes pelo número de celulares com o Wi-Fi ligado na avenida Paulista e ruas adjacentes.
ta na Câmara dos Deputados. Já Renato Tamaio, do Movimento Pátria Amada, acredita que o correto seria o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) impugnar a reeleição da presidente Dilma e convocar novas eleições. “Depois disso, deve haver a construção de um governo de consenso, que busque mais agentes políticos, administradores competentes e com histórico comprovado”, comentou. Poucas pessoas, em alguns cartazes, defendiam a volta do regime militar. Um grupo de manifestantes do movimento Federalista, que busca homologação para se tornar um partido político, posicionouse favorável a mudanças na Constituição para dar maior autonomia aos estados e municípios. “Não basta derrubar o governo. É preciso mudar o modelo de Estado que é muito concentrado em Brasília, com 75% dos impostos indo para o governo central, deixando estados e municípios à mingua, fazendo com que seus governantes precisem ‘se vender’ e se aliar com o governo central para receber dinheiro. Precisamos derrubar o modelo, para que daqui quatro anos, a gente não esteja aqui gritando impeachment pelo próximo governante”, analisou Thomas Korantai, presidente do movimento Federalista.
Reações do governo e ato pró-Dilma e Lula
Em nota na noite do domingo, 13, o governo federal enalteceu que as manifestações tenham acontecido de forma pacífica. “A liberdade de manifestação é própria das democracias e por todos deve ser respeitada”. Na sexta-feira, 18, o PT, alguns partidos de esquerda, sindicatos e movimentos sociais realizarão um ato nacional “contra o golpe jurídico-midiático em curso, em defesa da democracia e do presidente Lula e por mudanças na política econômica que deem novo impulso ao governo Dilma”, conforme consta na divulgação da manifestação no site da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em São Paulo, o ato será na avenida Paulista, a partir das 16h, no vão livre do Masp.
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Arsenal da Esperança: há 20 anos, lugar de acolhimento e misericórdia Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Renata Moraes
jornalismorenata@gmail.com
Vinte anos atrás, em São Paulo, no local que abrigava a antiga hospedaria que acolhia imigrantes no bairro da Mooca, começava a história do Arsenal da Esperança Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida. Fundado em São Paulo em 1996, por iniciativa de Ernesto Olivero e de Dom Luciano Almeida, à época bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, o Arsenal é uma casa que acolhe diariamente 1,2 mil homens em situação de rua. Ao longo de 20 anos de atuação, o Arsenal ofereceu assistência a 51 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos que sofrem pela falta de trabalho, moradia, saúde, alimentação e família. Foram 20.618.770 refeições, 2.504.500 atendimentos pelo serviço social interno e 195.630 consultas médicas. O Arsenal é mantido pelo Sermig Fraternidade da Esperança, a comunidade de casais e consagrados fundada em 1964, em Turim, na Itália, pelo próprio Ernesto Olivero e por sua esposa, Maria Cerrato. O grupo nasceu com o desejo de eliminar a fome e as injustiças sociais no mundo. Para comemorar a data, o Sermig - Fraternidade da Esperança iniciou uma série de eventos. No sábado,12, houve uma missa em agradecimento pelos 20 anos de existência do Arsenal
Acolhidos, voluntários, funcionários, amigos e colaboradores participam de missa em comemoração aos 20 anos do Arsenal da Esperança
da Esperança, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, tendo entre os concelebrantes os padres Lorenzo Nacheli, Simone Bernardi e Andrea Bianchi, os primeiros sacerdotes ordenados do Arsenal. Ernesto Olivero, o fundador do Ser-
mig, e alguns membros do Arsenal da Paz, de Turim, na Itália, também estiveram presentes. Na abertura, Olivero tomou a palavra para agradecer a todos os funcionários, colaboradores e voluntários do Arsenal da Esperança. Agradeceu tam-
bém ao Cardeal Odilo Pedro Scherer pelo seu contínuo apoio e testemunhou a santidade de Dom Luciano. “Que esta casa, com sua oração incessante, possa levar esperança para a cidade de São Paulo, Cidade que amamos muito”, encerrou.
Conselho Tutelar reclama por políticas públicas voltadas para a criança e o adolescente Renata Moraes
Luciney Martins/O SÃO PAULO
O Desembargador Antônio Carlos Malheiros, coordenador da Infância e da Juventude Você sabia que os Conselhos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, defendeu que Tutelares existem há mais de 25 os conselheiros tutelares lutem anos? Eles foram criados junto por políticas públicas adequacom o Estatuto da Criança e das para as crianças e adolesdo Adolescente (ECA) e zelam centes, além de cuidarem dos pelo cumprimento dos direitos casos individuais. Combater a da criança e do adolescente nos falta de creches e de saneamenmunícipios brasileiros. to básico adequado foram listaNo dia 9, os 260 conselheiros eleitos em fevereiro para o dos por ele à reportagem como mandato de 2016-2020 partiprioridades. ciparam de um encontro proSueli Camargo, da Equimovido pela Equipe em Defesa pe Criad, lamentou que o dos Direitos da Criança e do número de candidatos eleitos apoiados pela Igreja CaAdolescente da Cidade de São Novos conselheiros tutelares do Município de São Paulo são acolhidos pela Equipe Criad, em reunião no dia 9 tólica diminuiu em relação Paulo (Equipe CRIAD), no Colégio Arquidiocesano Marista, a 2011. “Passamos por mona Vila Mariana, com a participação de guera, Sacomã Tremembé e Vila Curuçá. ta ao O SÃO PAULO, manifestou preomentos difíceis que contribuíram cupação com o agravo da quantidade de Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo A última eleição para os Conselhos com a desarticulação, dentre eles a menores nas ruas da região. “Já passamos auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Tutelares foi marcada por mudanças na alteração da data da eleição por duas de 250 famílias nas ruas. Já existem faAté 2015, São Paulo contava com 44 data da votação, seguida de um pleito vezes”. A Equipe Criad promove reumílias na segunda e na terceira gerações, niões mensais e encontros ampliados Conselhos Tutelares. Foram criados mais cancelado devido a falhas apresentadas que estão tendo seus filhos em situação de a cada dois meses, com conteúdo oito que passaram a funcionar neste ano no processo eleitoral. rua. Faltam propostas de políticas públicas programático voltado para todos os nos bairros de Capão Redondo, Cidade Fernando Prata, reeleito para o Conselho Tutelar da Vila Mariana, em entrevispara realizar o atendimento”, lamentou. conselheiros. Líder, Cidade Tiradentes, Jaraguá, Anhanjornalismorenata@gmail.com
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Cardeal Scherer apresenta ideia de Sínodo Arquidiocesano a lideranças pastorais Luciney Martins/O SÃO PAULO
Arcebispo falou da proposta em encontro com coordenações de pastorais e organismos da Arquidiocese, no sábado, 12, na Fapcom Fernando Geronazzo
Especial para O SÃO PAULO
“Não teria chegado o momento de uma grande avaliação e, quem sabe, para novas opções, organizações e práticas na evangelização e na animação pastoral?”, indagou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, no encontro arquidiocesano com as coordenações pastorais das regiões episcopais, setores, vicariatos, pastorais, movimentos, associações, novas comunidades e demais organismos, realizado no sábado, 12, na Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (Fapcom), na Vila Mariana. A questão foi feita durante a exposição da reflexão de Dom Odilo sobre a proposta de realização de um Sínodo Arquidiocesano, como foi apresentada por ele próprio na coluna “Encontro com o Pastor”, publicada na edição 3091 do O SÃO PAULO. “O Sínodo não é algo já feito, mas é um caminho a fazer. Por isso que também requer etapas. Essa é uma primeira etapa, a tomada de consciência da necessidade de um Sínodo, da possibilidade do que o Sínodo possa fazer”, reiterou o Cardeal, que após lançar suas ideias e questões, convidou os participantes do encontro a discutirem sobre a proposta e manifestarem suas impressões. “Pode ser que estejamos indo em
Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, conduz encontro com lideranças pastorais na Fapcom, no sábado, dia 12
frente, repetindo os mesmos passos todos os anos, talvez apostando em mecanismos e estruturas que já não estão se revelando eficazes na ação pastoral, quase por inércia, levados por um invisível piloto automático...”, acrescentou o Arcebispo.
Ano pastoral
O encontro também se inseriu no contexto do início do ano pastoral, por isso também foram abordadas as principais atividades da Arquidiocese para 2016. Nesse sentido, Dom Odilo chamou a atenção para que se tenha sempre em mente o 11º Plano de Pastoral, levando em conta a urgência prevista para este ano – “Igreja, lugar da animação bíblica da vida e da pastoral”. Também foram destacados o Ano Santo extraordinário da Misericórdia e a 115ª Romaria Arquidiocesana a Aparecida, em 1º de maio, quando a Arquidiocese receberá as imagens peregrinas da
Padroeira do Brasil que percorrerão toda as regiões episcopais na preparação das comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, em 2017. O Cardeal lembrou, ainda, a Jornada Mundial da Juventude, em julho, na Polônia, e o Congresso Eucarístico Nacional, em agosto, em Belém (PA).
Avaliações
As lideranças pastorais avaliaram positivamente a proposta do Sínodo e, depois de discutirem em grupos, juntamente com outras questões propostas pelo Secretariado Arquidiocesano de Pastoral, manifestaram em plenário suas principais ponderações. “A realização de um Sínodo Arquidiocesano é muito oportuna. Todavia, deve-se assumir com responsabilidade, compromisso e muita reflexão. O Sínodo deve partir de uma avaliação honesta de como a Igreja conversa com a cidade”, avaliou o estudante Peterson Prates, da
Região Belém. “A ideia é positiva, mas será que nós estamos abertos a mudanças, renúncias de manias e vícios na nossa ação?”, ponderou Leia Castro, da Região Lapa. Um dos grupos chegou a sugerir que antes do Sínodo seja elaborada uma ampla pesquisa junto aos fiéis, paróquias, setores e regiões. “Dessa forma, conseguiremos encontrar os mecanismos que irão auxiliar-nos na superação da letargia na qual muitas vezes nos encontramos e que dificulta para sermos uma resposta viva aos questionamentos do mundo atual”, manifestou Antônio Monge de Carvalho, da Região Sé. “Acreditamos que para atender a necessidade de uma profunda conversão pastoral na Igreja, que o Sínodo seja um caminho feito em comum. Para tanto, temos que ter a clareza de onde estamos e aonde queremos chegar. Somente assim, conseguiremos identificar nossas deficiências e lacunas a serem superadas”, completou Antônio.
Unidos na fé na Província Eclesiástica de São Paulo REDAÇÃO
Arquivo pessoal
dos seminaristas nos cursos de Teologia e Filosofia foram apresentados. Também se faReunidos na Catedral Malou sobre como os jovens das ronita Nossa Senhora do Lídioceses estão se preparando bano, no bairro da Liberdade, para vivenciar a JMJ de 2016. na segunda-feira,14, os bispos Dom Odilo, ao final, comunicou a todos sobre a coda região metropolitana de memoração do jubileu de São Paulo realizaram um encontro da Província Eclesiástiouro episcopal de Dom Paulo ca de São Paulo. Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, que será Na oportunidade, foram celebrado em 2 de julho, na tratados os temas pertinentes Catedral da Sé. Na Diocese de da vida pastoral da Província Santo André será festejado o Eclesiástica que compreende Bispos integrantes da Província Eclesiástica de São Paulo posam para foto após reunião, na segunda-feira, dia 14 jubileu de prata de Dom Nelo conjunto de dioceses próximas territorialmente e que tem son Westrupp, em 30 de julho, na Catedral de Santo André. das Cruzes e Guarulhos; além do Eparca como sede a Arquidiocese Metropolitana. Os bispos avaliaram as ações da Em almoço final de confraternizaDom Joseph Gébara, da Eparquia GrecoAlém do Cardeal Scherer, arcebispo Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 e foram tratados os encamição, também estiveram Dom DamaskiMelquita Nossa Senhora do Paraíso; do metropolitano de São Paulo, participaram os bispos auxiliares da Arquidionhamentos relacionados à questão do nos Mansour, arcebispo metropolitano Eparca Dom Edgard Madi, da Eparquia cese, os bispos titulares e eméritos das saneamento básico, junto às autoridades da Igreja Ortodoxa Antioquina de São Maronita Nossa Senhora do Líbano; e do dioceses de Campo Limpo, Santo André, municipais. A reforma do processo caPaulo, e de Dom Romanós Daoud, bispo Exarca Dom Vartan Waldir Boghossian, nônico para as causas de declaração de São Miguel Paulista, Santo Amaro e Sanauxiliar. do Exarcado Apostólico para os fiéis de tos; os bispos titulares de Osasco, Mogi (Colaborou Dom Devair Araújo da Fonseca) nulidade do Matrimônio e a formação Rito Armênio. osaopaulo@uol.com.br
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‘A revelação bíblica encoraja a recepção do estrangeiro’ Luciney Martins/O SÃO PAULO
Para falar da obra de misericórdia, “acolher o estrangeiro”, O SÃO PAULO apresenta o trabalho da Missão Paz junto aos imigrantes
Obras de misericórdia corporais (materiais) Dar de comer aos que têm fome Dar de beber a quem tem sede Prover os que não têm o que vestir Acolher o estrangeiro Assistir os doentes Visitar os presos Sepultar os mortos
edbsant@gmail.com
O relato de Mateus, sobre fuga para o Egito, mostra que a família de Nazaré também foi estrangeira. Assim como muitas famílias ainda hoje o são. Por isso, a Igreja estabelece como obra de misericórdia “acolher o estrangeiro”. “As nações mais favorecidas devem acolher, na medida do possível, o estrangeiro em busca da segurança e dos recursos vitais que não pode encontrar no seu país de origem. Os poderes públicos zelarão pelo respeito do direito natural que põe o hóspede sob a proteção daqueles que o recebem”, consta no Catecismo da Igreja Católica (CIC 2241). O Papa Francisco, na mensagem para Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2016, escreve que a “revelação bíblica encoraja a recepção do estrangeiro, motivando-a com a certeza de que, assim fazendo, abrem-se as portas a Deus e, no rosto do outro, manifestam-se os traços de Jesus Cristo”.
“A prática da misericórdia deve ser uma das marcas da vida cristã; sem ela, não seremos reconhecidos como ‘filhos do Pai celeste’, nem alcançaremos misericórdia junto de Deus (cf. Mt 18,33); nunca devemos esquecer que, antes de todos, nós mesmos precisamos da misericórdia do Pai” (Cardeal Odilo Pedro Scherer, Carta Pastoral “Misericordiosos como o Pai”, página 12).
Edcarlos Bispo
“Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: ‘Levanta-te, pegue o menino e a mãe dele, e fuja para o Egito! Fique lá até que eu avise, porque Herodes vai procurar o menino para mata-lo.’ José levantou-se de noite, pegou o menino e a mãe dele, e partiu para o Egito” (Mt 2, 13-14).
PRATIQUE AS OBRAS DE MISERICÓRDIA
Obras de misericórdia espirituais
Missão Paz e Cáritas na acolhida aos imigrantes
Ainda na mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o Papa Francisco acrescenta que “muitas instituições, associações, movimentos, grupos comprometidos, organismos diocesanos, nacionais e internacionais experimentam o encanto e a alegria da festa do encontro, do intercâmbio e da solidariedade”. Na Arquidiocese de São Paulo, das muitas entidades que trabalham no amparo aos estrangeiros - migrantes e refugiados – duas se destacam: a Cáritas e a Missão Paz. A Missão Paz é uma obra mantida pelos Missionários de São Carlos Borromeu, scalabrinianos, que tem o traço específico de atuar a serviço dos imigrantes e refugiados. “A Missão Paz foi mudando, se renovando, reestruturando-se a partir dos desafios apresentados pelos diferentes fluxos migratórios. Assim, chegou à sua estrutura atual formada por quatro realidades intercomunicantes: a Casa do Migrante, o Centro Pastoral e de Mediação dos Migrantes, o Centro de Estudos
Migratórios e a Igreja Nossa Senhora da Paz”, afirmou Padre Paolo Parise, coordenador da Missão Paz. A Casa do Migrante tem capacidade para acolher 110 imigrantes ou refugiados. Nesse espaço são oferecidos alimentação, material de higiene pessoal, roupas, aulas de português, acompanhamento com assistentes sociais e apoio psicológico. A Casa disponibiliza uma sala de TV, biblioteca, brinquedoteca e lavanderia. Já o Centro de Estudos Migratórios possui uma biblioteca especializada em migração, publica a revista Travessia, oferece cursos a distância, organiza seminários e assessora momentos de formação. A Paróquia Nossa Senhora da Paz, no bairro do Glicério, reúne fiéis italianos, hispano-americanos e possui uma missa em francês destinada aos haitianos. Há, ainda, o Centro Pastoral e de Mediação dos Migrantes que oferece assistência jurídica, orientação para obtenção de vistos e carteira de trabalho, além de assistência médica. Já a Cáritas é uma organização da Igreja Católica vinculada à CNBB. Tem
Ajudar os que têm dúvidas Ensinar os que não sabem Aconselhar os pecadores Consolar os aflitos Perdoar as ofensas Suportar com paciência as injustiças Rezar a Deus pelos vivos e mortos
por finalidade contribuir para um mundo mais digno e mais justo, principalmente para as pessoas excluídas da sociedade. Mantém o Centro de Referência para Refugiados, que desenvolve programas de integração, saúde, segurança, proteção e bem-estar do refugiado na sociedade. Em entrevista ao O SÃO PAULO, falando do seu trabalho na Missão Paz, Padre Paolo destacou que a acolhida ao estrangeiro se faz de forma simples e direta: “olhar, cumprimentar, conversar e incluir”. O Sacerdote recordou com carinho das muitas histórias que viu e ouviu no trabalho de atendimento aos migrantes e refugiados, como no caso de algumas crianças que, acolhidas na Casa do Migrante, ficaram admiradas pelo fato de o local não ter soldados, mostrando a diferença do tratamento que possuíam em seu país de origem.
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Com a Palavra: Gustavo de Oliveira Coelho de Souza
A nefasta tradição de que obras enterradas não trazem votos ACI/PUC-SP
Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com
A Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 - com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24) – integra diversas denominações cristãs que fazem parte do Conselho Nacional da Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) em torno de objetivos comuns: propor aos brasileiros atitudes responsáveis que garantam e integridade do meio ambiente e o futuro do planeta, e chamar a atenção dos poderes públicos para a necessidade de avançar no desenvolvimento de ações que assegurem o direito ao saneamento básico para todos. Com o fim de contribuir na reflexão sobre as questões ligadas ao saneamento básico, O SÃO PAULO entrevista o professor doutor Gustavo de Oliveira Coelho de Souza, coordenador do Curso de Geografia da PUC-SP e chefe de divisão da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados, com experiência nas áreas de políticas públicas, meio ambiente e geoprocessamento. O SÃO PAULO – Como a falta de sa-
neamento básico afeta a vida do brasileiro?
Gustavo de Oliveira de Souza - A principal consequência da falta de saneamento básico vincula-se à saúde da população. É bom lembrar que quando falamos de saneamento básico, estamos nos referindo à água tratada que chega às casas e ao esgoto coletado e tratado. Então, a falta de saneamento vincula-se à inexistência de água tratada ou esgoto coletado e tratado nas casas das pessoas. Também temos que lembrar que o Brasil não é mais um país de população agrária, pois hoje mais 80% da população vive em cidades (em 1940 eram apenas 31% e em 1970 já chegava a 56%), o que significa a necessidade da implantação de um grande sistema de abastecimento de água e esgoto.
Quais implicações que, de fato, a
tana de São Paulo, quando os gestores públicos se depararam com razoáveis reservas hídricas totalmente comprometidas pela poluição, como é o caso da represa Billings.
Quem mora na periferia sofre mais por problemas com a falta de saneamento básico?
falta de saneamento básico pode trazer ao cidadão?
Quando falamos sobre as condições de saúde da população, nos referimos ao fato de que muitas doenças são causadas pela falta da qualidade da água e a presença de esgoto nas ruas. As águas poluídas são vetores de doenças. Como exemplo, podemos citar a mortalidade infantil, que é alta em localidades com baixos níveis de saneamento. Boa parte dessas mortes tem como causa a diarreia. Outro exemplo é a presença de vetores de doenças que são transmitidas por insetos, como estamos vendo hoje com a dengue, zika vírus e chikungunya.
Qual a relação entre saneamento básico e preservação do meio ambiente?
Há uma relação muito próxima entre o saneamento básico e o meio ambiente, pois todo o esgoto produzido pela população que não é tratado termina nos rios, lagos, lagoas e no mar. O esgoto doméstico é rico em matéria orgânica e precisa de muito oxigênio para ser decomposto. Uma vez que chega nos rios, mares, lagos e lagoas, o esgoto tira o oxigênio desses meios matando toda a vida aquática. Essa é a situação de praticamente todo o ambiente aquático existente nas cidades e em suas proximidades. Outra grave implicação da poluição dos rios e lagos é que muitas dessas águas são, também, mananciais para o abastecimento das casas. Assim, a poluição não somente prejudica os seres naturais que
vivem nesse meio aquático, mas também o próprio homem.
A melhoria do saneamento básico também é questão de saúde pública? Por quê?
Sim, não há dúvida. Como citamos antes, muitas doenças são causadas pela veiculação hídrica, ou seja, o meio de sua propagação é a água, como é o caso das doenças diarreicas, ou em que a água parada é o meio de propagação de vetores de doenças, como os mosquitos.
Há relação entre a falta de água e problemas de saneamento básico?
Sim, há. Primeiro, porque o conceito de saneamento básico envolve tanto a distribuição de água potável como a coleta e tratamento do esgoto, e faltando um deles, temos um problema no sistema de saneamento básico. Segundo, porque a água potável fornecida pelos sistemas públicos de saneamento básico passa por vários processos que garantem a sua qualidade, como filtragem, cloratação e fluoretação. Quando falta essa água, os usuários têm que buscar alternativas para seu abastecimento, como água de poço, de rios, de lagos que não sendo tratadas, possuem má qualidade e podem causar doenças. Mesmo as águas fornecidas por caminhões pipas, às vezes, não possuem controle de qualidade. Podemos também lembrar da recente escassez de água nos mananciais hídricos da região metropoli-
Sim. Isto ocorre basicamente por dois motivos que estão interligados: primeiro, devido à intensa dinâmica de crescimento das cidades que, associada à falta de capacidade do Estado de produzir as infraestruturas urbanas necessárias (pavimentação, guias e sarjetas, calçadas, iluminação e saneamento básico) para abrigar o imenso contingente populacional que chegava nas cidades, resultou na proliferação de extensas áreas periféricas. Segundo, os custos para a implantação da infraestrutura de saneamento são muito caros e os municípios não possuíam capacidade financeira para tanto (digo no passado, pois hoje existem linhas de financiamento baratas oferecidas por políticas públicas nessa área), o que implicou na proliferação de periferias urbanas sem saneamento básico. Outro aspecto vinculado a esse é que existiu uma nefasta tradição nas políticas municipais que dizia que “obras enterradas não trazem votos”, ou seja, que não valia a pena politicamente fazer obras de saneamento básico porque ninguém as via e que, portanto, elas não renderiam votos. Esse quadro mudou com a ação do Ministério Público que passou a punir os agentes públicos (as empresas de saneamento) que não providenciassem, pelo menos, o fornecimento de água potável, que é praticamente universal nas cidades brasileiras (96% dos domicílios brasileiros possuem água encanada). Assim, o grande problema hoje está na coleta e tratamento de esgoto, pois no Estado de São Paulo aproximadamente 85% dos domicílios têm coleta de esgoto e apenas 63% disso é tratado, ou seja, o restante é despejado no meio ambiente.
Como equacionar e melhorar, em longo prazo, os problemas com o saneamento básico?
Trata-se de alocar grande quantidade de recursos a baixo custo, para que os concessionários e empresas de saneamento básico estaduais e municipais tenham condição de universalizar a coleta e tratamento do esgoto. Lembro que os esgotos tratados são classificados por níveis de depuração, sendo que tal universalização deve prever níveis que permitam o esgoto tratado retornar à natureza sem causar impactos e que possam ser reaproveitados para o consumo humano, como ocorre em países ricos.
As opiniões expressas na seção “Com a Palavra” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do jornal O SÃO PAULO.
16 | Fé e Cultura |
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Filipe David
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Dica de Leitura
Entrarei no Altar de Deus A celebração da liturgia deve manifestar a majestade de Deus na simplicidade da verdade. Deve falar por si só, expressando sua nobre singeleza, com fidelidade às normas da Igreja. A série “Entrarei no Altar de Deus” é subsídio de formação para pastorais litúrgicas, cerimoniários, sacerdotes e católicos interessados em conhecer e bem celebrar a liturgia no rito romano. O primeiro volume, “Santa Missa e Liturgia das Horas”, apresentado em sua segunda edição, dedica-se a comentar algumas interpretações da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, à luz do Magistério e da Tradição, fomentar o estudo das normas aliado à profunda vida interior, e descrever os ritos da missa e da liturgia das horas, baseado nos documentos autorizados pela Igreja.
Luciney Martin
s/O SÃO PAUL O
Ficha técnica: Autor: Michel Pagiossi Páginas: 416 Editora: Cultor de Livros
Para refletir
‘Caros cristãos, trabalhar duro e criar seus filhos não é suficiente’
“Eis uma reclamação constante nos grupos pró-vida: por que é tão difícil envolver as Igrejas em causas sociais? (...) A apatia é uma razão. A falta de consciência da situação é outra. Mas a verdadeira razão, de longe mais importante, é uma certa atitude muito enraizada (nessas pessoas). (...) As pessoas que costumam ir à Igreja são frequentemente tradicionais e conservadoras. (...) Eu quero dizer com isso simplesmente que elas são pessoas que querem apenas trabalhar duro, criar seus filhos e ser deixadas em paz. (...) As pessoas conservadoras e tradicionais não querem mudar o mundo. Elas querem apenas viver nele e não serem incomodadas (...) Isso nos traz à presente e desagradável constatação de que, do ponto de vista cultural, os tradicionais e conservadores têm sido duramente vencidos na guerra pela cultura. Na maior parte do tempo, nós nem mesmos aparecemos para lutar. Nós criamos nossas famílias, trabalhamos nossas fazendas e negócios e participamos nas celebraçãos da Igreja. Enquanto isso, revolucionários seculares conquistavam a indústria do
entretenimento, a mídia, as universidades – e, finalmente, o sistema de educação pública, que agora serve fielmente como transmissor dos “valores” seculares. A oração está em baixa, a ideologia de gênero está em alta e muitos conservadores de meia idade recentemente começaram a se surpreender ao ler os jornais: ‘Como as coisas mudaram tão rápido?’. Na verdade, elas não mudaram assim tão rápido. A revolução sexual tem se desenvolvido durante os últimos 60 anos. Mas agora, pela primeira vez, as pessoas começam a acordar e a perceber que o que está acontecendo não é algo que elas possam ignorar, porque muito rapidamente isso está acontecendo conosco. (...) Agora é em nosso próprio interesse que devemos agir. Não são apenas os filhos dos outros que devem nos preocupar, mas os nossos próprios filhos. Nós não teremos o luxo de educar nossos filhos da mesma maneira que fizeram nossos pais e avós. A hora de defender a verdade contra o poder é agora.” (Jonathon van Maren, o texto completo pode ser lido em inglês em LifeSiteNews.com).
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Papa Francisco inspira nome de time e de estádio na Argentina Club Deportivo Papa Francisco
Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
“Jesus nos pede que ‘joguemos no seu time’... o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim a nossa vida de discípulos do Senhor... Joguem no ataque! Chutem para diante, construam um mundo melhor”. Os trechos acima são do discurso do Papa Francisco na vigília de oração com os jovens, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em 27 de julho de 2013, na Jornada Mundial da Juventude. Inspirado na Jornada e na paixão do Pontífice pelo futebol, um grupo de argentinos fundou em setembro daquele ano o Club Deportivo Papa Francisco (CDPF). “Estava em casa olhando o Papa no Rio quando percebi que deveria colocar o seu nome no clube, pois ele representa tudo que vamos fazer, tudo que lutaremos”, explicou, em entrevista ao portal Noti Express, Jorge Ramírez, um dos fundadores do clube instalado na cidade de San Francisco Solano, na Província de Buenos Aires. O CDPF disputa uma das ligas semiprofissionais do futebol argentino e tem especial atuação na revelação de novos atletas, como indicam as postagens no Twitter do clube (https://twitter.com/ CAPapaFrancisco) com chamadas para as peneiras de novos jogadores. A camisa em amarelo, branco e preto é inspirada nas cores do Vaticano. Segundo os diretores do clube, não há vínculo oficial com o Papa ou com a Santa
Fundado em setembro do ano de 2013, Club Deportivo Papa Francisco tem atuação nas categorias de base do futebol da Argentina
Sé, mas “pelo nome que levamos, temos uma responsabilidade em dobro em respeitar as regras, os árbitros e o público”, disse Fernando Ramos, vice-presidente do CDPF em entrevista a revista argentina Viva. “Não arruaceiros, sem violência e sem insultos” é o lema do clube, que tem como princípios denunciar a violência e vandalismo no futebol argentino e atuar para a integração social dos jovens. “Saudamos todos que nos apoiaram a concretizar este sonho. Obrigado. Seguimos trabalhando por um mundo melhor”, postou o clube em sua página no Twitter ao comemorar dois anos de fundação, em setembro de 2015.
O estádio do Papa
No domingo, 13, completaram-se três anos da eleição de Francisco ao pon-
tificado. Tão logo o Cardeal Jorge Mario Bergoglio tornou-se o líder mundial da Igreja Católica, sua paixão pelo futebol virou notícia em todo mundo, com especial atenção para o fato de ele ser torcedor de carteirinha - literalmente, com carteira de filiação inclusive – do Club Atlético San Lorenzo de Almagro, time argentino que em 2014 conquistou a Copa Libertadores da América. O torcedor ilustre ajudou com que o clube se tornasse conhecido mundialmente e agora será homenageado: em dezembro de 2015, o San Lorenzo anunciou que seu novo estádio receberá o nome de Papa Francisco. O estádio será erguido no terreno onde o San Lorenzo teve seu primeiro campo, o Gasómetro. Inaugurado em 1916, aquele estádio foi tomado pelos ditadores militares argentinos em 1979
e repassado a uma rede francesa de supermercados. Até o fim de 2017, o San Lorenzo estará de volta ao local, agora em um estádio novo, que homenageará o Sumo Pontífice.
AGENDA ESPORTIVA SÁBADO (19) Paulistão – Série A2 15h – Juventus x Taubaté (estádio da Rua Javari)
Paulistão Série A1 16h – Corinthians x Linense (Arena Corinthians) DOMINGO (20) 7h – corrida e Caminhada pela Inclusão (praça Charles Miller, Pacaembu)
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Brasilândia
Matheus Maciel e Renata Moraes
Colaboradores de Comunicação da Região
Paróquia Santa Cruz de Itaberaba inicia grupo de Pastoral dos Migrantes Dorialva Linge
Integrantes da Pastoral dos Migrantes são apresentados na Paróquia Santa Cruz, dia 6
Um novo espaço de acolhida, celebração e encontros para atender os migrantes foi inaugurado no dia 6, na Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, no Setor Pastoral Freguesia
do Ó. Ali foi instalada a Pastoral dos Migrantes na Região Episcopal Brasilândia. Acolhidos pelo Padre Airton Bueno, pároco, e pelos membros
da nova equipe, os migrantes latinos-americanos presentes receberam do Pároco apoio ao trabalho iniciado. Padre Airton destacou a importância da ação da Pastoral dos Migrantes, que juntamente com as outras pastorais já atuantes na Paróquia, dará testemunho de uma comunidade que sai de si mesma para ir ao encontro do outro. Padre Antenor João Dalla Vechia, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Paz e assistente eclesiástico da Pastoral dos Migrantes na Arquidiocese de São Paulo, esteve na atividade com sete integrantes do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM) de diferentes comunidades. O encontro foi marcado pela leitura de textos bíblicos, relatos da
história de vida dos migrantes e músicas regionais. Há 45 anos em São Paulo, a maranhense Darialva da Graça Linge, coordenadora da Pastoral dos Migrantes na Paróquia Santa Cruz, informou que haverá atendimento diário aos migrantes e imigrantes, com orientações, aulas de português e assessoria jurídica. “A Pastoral dos Migrantes da Paróquia Santa Cruz não se reduzirá ao aspecto assistencial, mas promoverá cursos, encontros de migrantes, celebrações, visitas. A comunidade é muito dinâmica no bairro com forte atuação da juventude”, expressou. A nova pastoral já planeja organizar a celebração de Lava-pés da Semana Santa, com a participação de pessoas imigrantes, como sinal de serviço. (Colaborou Roberval Freire)
Dia de celebrar a vida do Beato Oscar Romero Os membros das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Arquidiocese de São Paulo estiveram reunidos no sábado, 12, para celebrar a vida e o martírio do Beato Oscar Romero (1917-1980), na CEB São João Batista, no bairro de Perus. Com a oração do ofício divino, os participantes fizeram memória do Beato, relacionando seu martírio às causas de morte e violência que ainda são frequentes e assolam a população da América Latina. Durante o momento da recordação da vida, todos foram con-
vidados a lembrar dos nomes das pessoas que foram mortas e perseguidas por causa do compromisso com as causas do Evangelho. As meditações tiveram por base a reflexão da Palavra de Deus e as homilias do Beato. No encerramento do encontro, as mulheres matriarcas das comunidades foram chamadas para a bênção final, e todos renovaram o compromisso com a paz e a justiça. Oscar Anulfo Romero foi arcebispo de San Salvador, em El Salvador. Após o assassinato do padre
jesuíta Rutílio Grande, colocou-se ao lado dos pobres e denunciou as injustiças do governo salvadorenho por meio de suas homilias e da rádio católica local. Seu compromisso com as causas do povo levou Dom
Oscar a ser assassinado por atiradores em 24 março de 1980, enquanto celebrava a eucaristia na capela do Hospital da Divina Providência. Em 23 de maio de 2015, ele foi beatificado pelo Papa Francisco. Lindolfo Figueiredo
Emerson Sbardelotti
Os seminaristas do Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Assunção junto ao Padre Adeildo Machado, reitor, peregrinaram à Porta Santa da Igreja Nossa Senhora da Expectação, na terça-feira, 8. O grupo caminhou por 90 minutos a pé do Seminário, no bairro da Cachoeirinha, até a igreja, na Freguesia do Ó. Em seguida, Padre Adeildo presidiu missa, concelebrada pelo Padre Carlos Ribeiro, pároco. Ricardo Souza
Leigos celebram a vida do Beato Oscar Romero na CEB São João Batista, em Perus Divulgação
Em peregrinação conjunta, os integrantes da Pastoral Familiar, do Encontro de Casais com Cristo (ECC), do Curso de Noivos e os diáconos permanentes atuantes na Região Brasilândia passaram pela Porta Santa da Igreja Nossa Senhora da Expectação, no sábado, 12. Em seguida, todos participaram da missa presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia.
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Ipiranga
Caroline Dupim, Matheus Pereira da Silva e Priscila Tomé Colaboradores de comunicação da Região
‘Nada melhor que jovem para evangelizar jovem’ O Setor Juventude da Região Ipiranga realizou no sábado, 12, a ViaSacra da Juventude, em celebração ao Dia Mundial da Juventude. Mais de 200 jovens caminharam pelas ruas do bairro do Heliópolis, na zona Sul. O Ano Santo extraordinário da Misericórdia norteou o tema do encontro. “Ao passarmos pelo Hospital Heliópolis, um jovem se aproximou e partilhou conosco as carências do bairro e o desafio de ser morador do Heliópolis. Ali senti que a Via-Sacra cumpriu sua intenção”, afirmou Karen Eufrosino, assessora do Setor Juventude. Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na
Região Ipiranga, presidiu missa na Paróquia-santuário Santa Edwiges. O Bispo enfatizou a importância de a juventude ir ao encontro dos pecadores. “Deus abomina o pecado e ama o pecador, vocês são os responsáveis por irem ao encontro desses jovens que caíram no pecado. Nada melhor que jovem para evangelizar jovem!” Dando testemunho público de fé, os jovens saíram em Via-Sacra pelas ruas, acompanhados do Bispo, de alguns padres atuantes na Região e das Irmãs Franciscanas, que realizam trabalhos na área de educação. Ao final da caminhada, os jovens depositaram as cruzes que levaram na Priscila Tomé
Fiéis da Paróquia São José vão à Porta Santa, dia 6
Pedro Luiz amorim
Jovens peregrinam pela zona Sul da cidade durante Via-Sacra da Juventude, dia 12
procissão, aos pés de Cristo e receberam a bênção de Dom José Roberto. Jovens do Ministério de Música da
Paróquia-santuário Santa Edwiges encerraram o Dia Mundial da Juventude com uma apresentação.
Leigos da Paróquia São José peregrinam no Jubileu extraordinário da Misericórdia Os fiéis da Paróquia São José, do bairro Ipiranga, peregrinaram à Porta Santa do Santuário São Judas Tadeu, no dia 6. Foi o primeiro grupo de leigos que organizou uma peregrinação na Região, por ocasião do Ano Santo extraordinário da Misericórdia.
Ao chegarem a pé ao Santuário, os leigos foram acolhidos pelos padres Sérgio José Hemkemeier, SCJ, pároco, e André Marana, SCJ, vigário paroquial. Os peregrinos passaram pela porta santa e rezaram juntos para obter as indulgências plenárias.
Eliana Galvan, da Paróquia São José, declarou: “A experiência deste dia foi maravilhosa. Com uma celebração espiritualizada, foi possível sentir a união, a fraternidade e a misericórdia de todos que ali estavam”.
Belém
Peterson Prates
Colaborador de comunicação da Região
‘A vida de oração deve inspirar nossas ações’ “Cada um aqui é um sinal de Deus para sua comunidade paroquial”, expressou o Padre José Antonio Cruz Nunes, popularmente conhecido como Padre Neco, vigário da Paróquia São Carlos Borromeu e diretor espiritual do Movimento Encontro de Casais com Cristo (ECC), aos mais de 60 casais que participaram da primeira reunião do ano do ECC, no dia 8, na Paróquia Santo Emídio, no Setor Pastoral Vila Prudente. Padre Neco falou sobre a espiritualidade no Matrimônio. “A vida de oração deve inspirar nossas ações e
devemos crescer na espiritualidade de comunhão”. Ele alertou os cônjuges de que a espiritualidade não deve se resumir apenas ao ato de rezar, mas deve impulsionar as ações. O ECC na Região Episcopal Belém se divide em nove setores pastorais e mais de 40 núcleos, que compreendem as três etapas do encontro de casais. Em 2016, algumas paróquias realizarão o encontro a fim de criar novos núcleos, como as paróquias Nossa Senhora da Glória e São Miguel Arcanjo, no Setor Pastoral Conquista. Para este ano está prevista uma
Peterson Prates
Padre Neco fala a participantes do ECC regional na Paróquia Santo Emídio, no dia 8
peregrinação dos casais à Aparecida, como parte do evento “ECC mostra sua cara”. Outras atividades são realizadas para ajudar na execução dos encontros, como um baile em 2 de abril,
na Paróquia São Felipe Neri, no Parque São Lucas. Ao final do encontro, as mulheres foram homenageadas, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, festejado em 8 de março.
‘O presbítero, homem da misericórdia de Deus’ Mais de 90 padres e diáconos da Região Belém participaram no dia 9 da reunião do clero, no Centro Pastoral São José, sendo acolhidos pelo Cônego José Miguel de Oliveira, vigário geral da Região Belém. Essa reunião foi parte do primeiro de cinco encontros de formação permanente ao clero atuante na Região, com o tema “O presbítero, homem da misericórdia de Deus”,
assessorado pelo Padre Edênio Valle, SVD, da Congregação do Verbo Divino e professor de Psicologia da Religião no Programa de Pós-Graduação de Ciências da Religião, da PUC-SP. “Se entendo o que é a Igreja, entendo o que é o clero”, disse o Sacerdote verbita, ao falar sobre um período de crise do clero no Brasil. Ele também apresentou
trechos de sua pesquisa que resultou no livro “Padre, você é feliz? – Uma sondagem psicossocial sobre a realização pessoal dos presbíteros do Brasil”, destacando as principais dificuldades enfrentadas pelos sacerdotes. Reunidos em pequenos grupos, os padres e diáconos debateram os aspectos que podem ser refletidos nos próximos encontros.
Peterson Prates
Padre Edênio Valle conduz formação
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Santana Padre Antonio Pedro assume Área Pastoral São José
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio entrega as chaves da Área Pastoral São José ao Padre Antonio Pedro
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, deu posse ao Padre Antonio Pedro dos Santos, na sexta-feira, 11, como vigário paroquial da Paróquia Natividade do Senhor e responsável pela Área Pastoral São José, onde terá como colaboradores o Padre Lourenço Lemay e o diácono Sebastião Augusto. Padre Antonio foi ordenado sacerdote em 6 de dezembro de 2014, com o lema “Felizes os mi-
sericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5,7) e estava atuando como vigário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim. O Padre disse que quer ser sempre misericordioso, pois experimentou a misericórdia de Deus e assim quer ser instrumento divino na vida de quem dele se aproximar. Dom Sergio, na homilia, disse ter esperança que a área Pastoral se torne uma paróquia em breve.
Misericórdia e missão no coração do discípulo missionário de Jesus “Misericórdia e Missão na vida e no coração do discípulo missionário de Jesus Cristo” foi o tema do primeiro encontro de formação da equipe ampliada do Conselho Missionário Arquidiocesano (Comiar), realizada no sábado, 12, na Cúria de Santana, com assessoria da Irmã Melania Lessa, missionária da Consolata. A Irmã estimulou os participantes a refletirem sobre o que é, na prática, a relação entre misericórdia e missão. “Como Comiar, somos responsáBete Simiole Costa
Dom Sergio e Padre Maércio na missa
veis pela ação e animação missionária em todas as seis regiões da Arquidiocese. Que em todas elas existem ações e serviços missionários, não temos a menor dúvida, mas o que precisamos fazer com urgência é conhecer e contatar essas forças missionárias para uma caminhada conjunta de formação, espiritualidade e ação”, expressou a Irmã Rosa Clara Franzoi, MC, coordenadora do Comiar. O grupo estabeleceu metas para que cada membro em sua Região busque informações sobre pessoas
Diácono Francisco Gonçalves
Responsáveis pela ação e animação missionária em formação na Cúria de Santana
que são missionárias em paróquias ou movimentos, para a partir disso estabelecer diálogos com elas com
o objetivo de formar um grupo significativo de missionários e missionárias.
Fiéis da Vila Mazzei acolhem Padre Maércio Pissinatti Filho Os fiéis da Paróquia Santo Antonio, na Vila Mazzei, acolheram no dia 5 o novo administrador paroquial, o Padre Maércio Angelo Pissinatti Filho, em missa que também marcou a despedida do antigo pároco, Padre Hermenegildo Ziero, que será vigário na Paróquia Nos-
sa Senhora de Fátima do Imirim. A missa de posse foi presidida por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana. Ordenado sacerdote em 6 de dezembro de 2014, com o lema “o Bom Pastor dá a sua vida pe-
las suas ovelhas” (Jo 10,11), Padre Maércio estava como vigário da Paróquia Sant´Ana. “Precisamos fazer um caminho de comunhão como paróquia que nos conduza a ser discípulo missionário de Jesus Cristo”, expressou o Sacerdote aos paroquianos.
Padre Hércules Daniel
Padre Gabriel Esteves
Os fiéis do Setor Jaçanã participaram da jornada de oração “24 Horas para Senhor”, entre os dias 4 e 5, na Paróquia São Luiz Gonzaga. Houve adoração ao Santíssimo, meditação, oração nos lares, via-sacra meditada, Terço meditado, missa com o tema “Ano da Misericórdia” e apresentação de músicas católicas.
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, presidiu missa de abertura do ano letivo do Centro de Formação Frei Galvão, no dia 1º, na Capela São José da Cúria de Santana, com a presença de professores e alunos.
Religioso com atuação na Região Santana é ordenado diácono Luciano Barbosa, da Congregação de Santo Inácio de Antioquia, que atuou durante alguns
anos na Região Episcopal Santana, foi ordenado diácono pela imposição das mãos de Dom
Caetano Ferrari, OFM, bispo de Bauru, na Paróquia Santa Luzia, em Bauru (SP), em 27 de feve-
reiro, com a presença de frades, irmãos e oblatos de sua congregação.
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Padre Luiz Claudio Braga e Diego Monteiro Colaboração especial para a Região
Gesto concreto pela Casa comum e no combate ao Aedes aegypti Padre Luiz Claudio Braga
Participantes da ação em frente à Paróquia Santo Antônio
Motivados pela Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, os fiéis da Paróquia Santo Antônio, no Setor Pastoral Bom Retiro, realizaram um dia de conscientização e luta contra os possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, zika vírus, febre amarela e febre chikungunya, no sábado,12. “Este é um ato social e religioso que queremos fazer em comunhão com a CNBB, que este ano lançou a Campanha da Fraternidade Ecumênica, tendo como tema ‘Casa Comum, nossa responsabilidade’”, afirmou o Padre Luiz Claudio Braga, pároco da Paróquia Santo Antônio e idealizador do projeto. Segundo o Sacerdote, foi feito um pedido antecipado à Subprefeitura da Sé, solicitando apoio com a colocação de lixeiras, equipe de varredores e caminhão de água para limpeza das ruas. Mesmo recebendo resposta afirmativa do órgão, via e-mail, não houve participação e nem ajuda do poder público. “Ainda assim, enfrentamos o desafio e fizemos a nossa parte”, destacou o Padre. A divulgação do evento no bairro foi feita durante mais de um mês, motivando católicos e não católicos para a importância de cuidar do bem-estar e saúde de todos, unindo-se aos órgãos civis na luta contra o mosquito Aedes aegypti. “Apesar de achar importante essas iniciativas, a população local ainda foi tímida no abraço dessa causa. No entanto, foi importante contribuir para a dissipação dos focos desse mosquito tão nocivo à nossa sociedade”, afirmou Angelina Maria Mazini, paroquiana e moradora do bairro há mais de 50 anos. Crianças, jovens e adultos que participaram da atividade percorreram aproximadamente 2,7 quilômetros no entorno da Paróquia, recolhendo aproximadamente sete sacos de lixo somente com resíduos que poderiam conter focos do mosquito.
Luciney Martins/O SÃO PAULO
PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA NA CATEDRAL DA SÉ Domingo (20)
Celebração eucarística com a bênção dos Ramos, às 9h; Bênção e procissão dos Ramos, no Marco Zero da Cidade, às 10h45, seguida de missa; Celebração eucarística com a bênção dos Ramos, às 17h.
Segunda-feira (21)
Celebração eucarística às 9h, 12h e 17h; além de atendimento de confissões, leitura orante da Palavra e Terço meditado.
Terça-feira (22)
Celebração eucarística às 12h e 17h; Via-Sacra da Fraternidade, às 15h; além de atendimento de confissões e leitura orante da Palavra.
Focolares ressaltam o testemunho de vida de Chiara Lubich e Ginetta Calliari O Movimento dos Focolares realizou na segunda-feira, 14, na Paróquia São Luis Gonzaga, no Setor Pastoral Santa Cecília, missa em ação de graças pelo testemunho de vida de Chiara Lubich (1920-2008), fundadora do Movimento dos Focolares, e Ginetta Calliari (1918-2001), cofundadora do Movimento no Brasil. A celebração foi presidida pelo Padre Dionisio de Foltran Zamuner, CSRR, e concelebrada pelo Padre Lucemir Alves Ribeiro, MSC. Padre Dionísio falou sobre a graça da unidade, dom de Deus a Chiara Lubich, que norteia a espiritualidade do Movimento dos Focolares. “Esse dom da unidade se consegue por meio da nossa doação. Que esse carisma da unidade seja um dom para todos nós. Que possamos ter o coração aberto para acolhê-lo com os sinais dos nossos tempos, em que se exige mais união, mais compreensão, misericórdia e perdão”. Everton Albuquerque morou por 15 anos na cidade de Vargem Grande Paulista (SP), onde está localizado o centro de formação Mariápolis Ginetta, do Movimento dos Focolares. Em preparação para o sacerdócio, ele recordou as vezes em que esteve perto de Ginetta Calliari. “A lembrança Gi-
Sé
Diego Monteiro
Quarta-feira (23)
Celebração eucarística às 12h e 17h; Momento mariano, às 15h; e atendimento de confissões.
Quinta-feira (24)
Missa em ação de graças pela vida de Chiara Lubich e Ginetta Calliari, no dia 14
netta falando sobre o recomeçar me levava a recomeçar a amar o irmão novamente, a levantar nas vezes que eu caia. E também a lembrança de uma frase marcante dela que dizia que ‘sem derramamento de sangue não há redenção’”. Padre Lucemir salientou que a experiência da unidade e da comunhão, semeadas por Chiara e Ginetta, podem ser resumidas na construção de uma sociedade, a partir da experiência da unidade gerada com Jesus. “A experiência da comunhão e da unidade que elas deixaram para nós como herança, é a construção dessa fraternidade universal alicerçada nos valores do Evangelho e vivida muito concretamente nas diversas
situações que a gente se encontra”. Marcela Pankowski, 24, revelou como foi seu aprendizado diário com Chiara e Ginetta. “Olhando para elas, enxergo esse encontro com Deus Amor, que todos nós somos chamados e que no momento que isso acontece e nós decidimos ser instrumento desse amor, a nossa vida muda para sempre e aí conseguimos nos realizar como pessoas”. Após a celebração, como acontece todas as segundas-feiras à noite, os Jovens por Um Mundo Unido, do Movimento dos Focolares, se encontraram para refletir sobre o Evangelho e as formas de colocá-lo em prática no dia a dia. (Colaborou Carla Cotignoli)
Missa do Crisma, presidida pelo Cardeal Scherer, às 9h; celebração do Ofício Divino, às 11h30, seguido da oração do meio-dia; e atendimento de confissões, das 14h às 16h30. Celebração solene da Ceia do Senhor, às 19h, com o Cardeal Scherer; seguida de adoração ao Santíssimo Sacramento.
Sexta-feira da Paixão (25)
Via-Sacra com o Povo de Rua, às 9h; Ação litúrgica solene, às 15h, presidida pelo Cardeal Scherer, seguida de procissão e sermão das sete palavras, proferido pelo Padre Zezinho.
Sábado Santo (26)
Ofício da Sepultura do Senhor, às 9h; Concerto musical com meditação da Paixão do Divino Redentor, às 11h; Vigília Pascal, às 19h, presidida pelo Cardeal Scherer.
Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor (27)
Celebração eucarística, às 9h; Celebração eucarística, presidida pelo Cardeal Scherer, com a participação da orquestra do Senai, às 11h; Vésperas, às 16h30, seguida de celebração eucarística, às 17h.
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Lapa
17 a 22 de março de 2016 | www.arquisp.org.br
Padre Antonio Francisco Ribeiro e Benigno Naveira Colaborador de comunicação da Região
Com grafitagem, Paróquia no Jaguaré desperta a atenção para a CFE 2016 Benigno Naveira
Padre Roberto Grandmaison junto aos artistas que grafitam muro da Paróquia São José
O tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, “Casa comum, nossa responsabilidade”, é a inspiração para a arte de rua nas proximidades da matriz da Paróquia
São José do Jaguaré, no Setor Pastoral Butantã. No último fim de semana, dias 12 e 13, a Pastoral da Comunicação regional acompanhou os
trabalhos de 34 grafiteiros, que coordenados por Alessandro Rodrigues Santos e Rui Amaral, grafitaram os 200 metros dos muros da igreja com base na temática da Campanha. A iniciativa foi organizada pelo Padre Roberto Grandmaison, pároco, com assessoria do Professor Claudio Rondello, que falou da importância do evento, articulado pelo Programa Jaguaré Caminhos, da Congregação de Santa Cruz. O objetivo foi a sensibilização de todos para o tema da CFE 2016, que tem com foco a questão do saneamento básico, a defesa da vida e da justiça socioambiental e o cuidado com o meio ambiente. Durante a grafitagem, acontece-
ram atividades de desenhos com as crianças no salão paroquial, com a meta de sensibilizá-las para o tema da Campanha. Alessandro, que trabalha como grafiteiro há mais de 20 anos, contou que aos 15 anos começou a pichar muros, até que foi detido pela Polícia. Julgado, recebeu como pena a prestação de serviço de pintar muros de escolas públicas, e assim sentiu o despertar pelo trabalho de grafiteiro. Já Rui Amaral, com mais de 40 anos de trabalhos nessa área, foi o primeiro grafiteiro a trabalhar com spray, e hoje coordena o trabalho dos grafiteiros que são apresentados no telão do programa “Encontro”, da TV Globo, apresentado por Fátima Bernardes.
Atividades pastorais na pauta das secretárias paroquiais As atividades pastorais que serão realizadas este ano estiveram em destaque na primeira reunião de 2016 dos secretários e secretárias de paróquias da Região Lapa, realizada na quinta-feira, 10, na cúria regional, com a participação do Padre João Carlos Borges, coordenador regional da Pastoral das(os) secretárias(os), e de Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa. Ao detalhar as atividades pastorais que serão realizadas este ano, Dom Julio recordou os destaques do 11º Plano de Pastoral da Arquidiocese que serão enfatizados em 2016: “A fé que vivemos”; “Igreja – lugar da animação bíblica da vida e da pastoral”; “Igreja em
estado permanente estado de missão”, além do estudo da constituição dogmática Dei Verbum. Dom Julio indicou, ainda, as práticas que marcam a vivência do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, entre as quais a meditação dos salmos da misericórdia e das parábolas da misericórdia, as peregrinações às portas santas, a prática das obras de misericórdia, a vivência da Quaresma, a realização da jornada de oração “24 Horas para o Senhor”, a busca do sacramento da Reconciliação e das indulgências. O Bispo pediu aos secretários e secretárias que ajudem na divulgação da romaria arquidiocesana a Aparecida, que acontecerá em 1º de
Padre João Carlos Borges
Dom Julio em foto com secretárias e secretários paroquiais, na cúria regional, dia 10
maio, e lembrou que a peregrinação regional da imagem de Nossa Senhora Aparecida terá início neste mesmo dia, pela Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Anglo, e encerramento em janeiro de 2017,
na Paróquia São Francisco de Assis. Por fim, Dom Julio recordou a todos que a JMJ em Cracóvia acontecerá entre 26 e 31 de julho e falou sobre as transferências de padres nas paróquias instaladas na Região.
Também os padres necessitam do sacramento da Penitência Todos os anos, os sacerdotes atuantes na Região Episcopal Lapa, juntamente a Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região, participam de uma celebração penitencial em preparação para a Semana Santa e a Páscoa. Este ano, a celebração penitencial
foi na Paróquia São Domingos Sávio, em Pirituba. Dom Julio falou aos sacerdotes sobre o sentido penitencial neste tempo de graça e conversão e também durante o Ano Santo extraordinário da Misericórdia. Os padres realizaram um momento de exame de consciência, após o
qual houve a confissão de uns com os outros, indicando que todos – padres, bispos e até o Papa – precisam se confessar. Conforme consta no Catecismo da Igreja Católica, 1465, “ao celebrar o sacramento da Penitência, o sacerdote exerce o ministério do bom Pastor, que procura a ovelha perdida; do bom
Samaritano, que cura as feridas; do Pai, que espera pelo filho pródigo e o acolhe no seu regresso; do justo juiz, que não faz acepção de pessoas e cujo juízo é, ao mesmo tempo, justo e misericordioso. Em resumo, o sacerdote é sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador”.
Benigno Naveira
Benigno Naveira
No domingo, 13, o Cardeal Scherer, arcebispo de São Paulo, presidiu missa na festa do padroeiro da Paróquia São Patrício, no Setor Rio Pequeno. O encerramento das festividades será na quinta-feira, 17, em missa com Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese.
Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, proferiu, no dia 5, palestra sobre as obras de misericórdia, no retiro da Pastoral da Saúde regional, realizado na sede das Pastorinhas, nas proximidades da rodovia Raposo Tavares.
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| Geral | 23 Imprensa CNBB
‘Eu vim para servir’ Nomeado pelo Papa Francisco como bispo auxiliar de São Paulo, Monsenhor Luiz Carlos Dias será ordenado bispo em 7 de maio Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com
O Papa Francisco nomeou na quarta-feira, 16, o Monsenhor Luiz Carlos Dias, 52, como bispo titular de “Tunes” e auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. A nomeação foi feita após o pedido do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, para poder contar com a colaboração de mais um bispo auxiliar, depois da nomeação de Dom Edmar Peron para a Diocese de Paranaguá (PR), em novembro de 2015. A ordenação episcopal de Monsenhor Luiz Carlos Dias será em 7 de maio, às 10h, na cidade de Caconde (SP). Em entrevista à rádio 9 de Julho, o Monsenhor contou que seu lema episcopal será inspirado no da Campanha da Fraternidade de 2015 “Eu vim para servir” (Mc 10, 45). “O lema da CF 2015, para mim, de maneira especial, foi marcante, ajudou a impulsionar a Campanha. É algo que faz me identificar com o Cristo Servo, com o Cristo que está perto aos pequenos”. Entre 2010 e 2015, o Monsenhor Luiz Carlos exerceu o cargo de secretário executivo das Campanhas da Fraternidade e da Evangelização, na CNBB, em Brasília. Atualmente, integra o Secretariado Geral da Conferência. O Monsenhor afirmou assumir com “muita alegria o chamado de Deus para este serviço tão importante e ao mesmo tempo desafiador na Arquidiocese de São Paulo. Com muita alegria que digo meu sim. Contando com a graça de Deus e com a oração de todos”. Sobre sua experiência pastoral e o trabalho que exerceu como secretário da CF, Monsenhor Luiz afirmou que trabalhar com a Campanha foi algo empolgante, com o qual pode perceber a importância desse projeto, e da Campanha de Evangelização, para a Igreja do Brasil. “Uma grande escola para minha vida. Daqui de Brasília, em contato com os bispos e líderes das muitas pastorais, foi onde pude conhecer melhor as diversas facetas do Brasil. Na CF, há um período de capacitação no qual eu pude viajar pelo Brasil e conhecer quase o País todo e isso me ajudou a ver essa di-
versidade tão bela da Igreja que é algo tão rico que temos”, afirmou. Em mensagem ao Monsenhor, o Cardeal Scherer afirmou que a Arquidiocese “alegra-se e agradece ao Papa Francisco pela nomeação do senhor para servir ao povo de Deus desta imensa Igreja Particular, que ama seus pastores e está sedento de receber deles o carinho de Deus e o alimento espiritual. Que o Espírito de Cristo, Bom Pastor, o ilumine, conforte e oriente para o exercício da missão que lhe foi confiada” (leia íntegra ao lado). A CNBB também manifestou alegria pela nomeação do Monsenhor Luiz e agradeceu o seu trabalho junto a Conferência. “Agradecemos a Deus a oportunidade de ter contado com a generosidade do Monsenhor Luiz, manifestada pelos serviços prestados à CNBB, primeiro, como secretário executivo da Campanha da Fraternidade e da Campanha para a Evangelização e, ultimamente, acompanhando a construção do edifício destinado às grandes reuniões e cursos de formação promovidos pela CNBB”, consta na nota.
Nomeado bispo auxiliar de São Paulo, Monsenhor Luiz Carlos Dias atua na CNBB desde 2010 Reprodução
Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo
Vida dedicada à Igreja
O Monsenhor Luiz Carlos Dias foi ordenado diácono em 1989, e sacerdote, em 5 de abril de 1991.Cursou Filosofia e Teologia no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto. É mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, com formação em Ética Social na Adveniat, na Alemanha. Na trajetória sacerdotal, atuou como reitor do Propedêutico Casa São Paulo (1992 a 2002); vigário na Paróquia Imaculada Conceição, em Caconde (1991 a 2002); pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em São João da Boa Vista (SP), em 2005; diretor do Instituto de Filosofia da Diocese de São João da Boa Vista; reitor do Seminário Diocesano de Teologia São João Maria Vianney (2005 a 2010); e vigário da Paróquia São Judas Tadeu, em Mogi Guaçu (2005 e 2010). Também exerceu docência em Teologia Moral, no Instituto de Teologia de São João da Boa Vista (1992 a 2001); Antropologia Cultural e História da Filosofia, no Instituto de Filosofia da Diocese de Guaxupé; História da Filosofia, Metafísica e Seminários, no Instituto de Filosofia de São João da Boa Vista; História da Ética, no Instituto de Filosofia da Arquidiocese de Brasília. Na Diocese de São João da Boa Vista, coordenou a Pastoral Missionária diocesana e foi membro do Conselho de Presbíteros.
São Paulo, 16 de março de 2016
Mons. Luiz Carlos Dias Bispo Auxiliar Nomeado para a Arquidiocese de São Paulo
Estimado Mons. Luiz Carlos Dias Hoje, o Papa Francisco nomeou o senhor como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Graças sejam dadas a Deus! Alegro-me com sua nomeação e acolho de braços abertos a sua vinda a São Paulo para colaborar no serviço à Igreja nesta grande e querida Arquidiocese! A Igreja, em São Paulo, tem a agradecer a Deus muitas bênçãos e graças ao longo de sua história, desde seu início em 1554, com a chegada dos missionários jesuítas, entre os quais São José de Anchieta. Ela contou com muitos sacerdotes e pastores dedicados e com o testemunho de santos: além de S. José de Anchieta, também S. Antônio de Sant’Ana Galvão, Santa Paulina, os Beatos Pe. Mariano de la Mata e Madre Assunta Marchetti. A Arquidiocese alegra-se e agradece ao Papa Francisco pela nomeação do senhor para servir ao povo de Deus desta imensa Igreja Particular, que ama seus pastores e está sedento de receber deles o carinho de Deus e o alimento espiritual. Que o Espírito de Cristo, Bom Pastor, o ilumine, conforte e oriente para o exercício da missão que lhe foi confiada.
Cardeal Odilo Pedro Scherer Arcebispo de São Paulo
(Com informações do Portal Arquisp - http://arquisp.org.br)
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