Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 61 | Edição 3104 | 1º a 7 de junho de 2016
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‘Vamos às ruas para dizer que Ele permanece no meio de nós’ Na Solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 26, fiéis, padres, bispos auxiliares e o Cardeal Odilo Scherer, arcebispo metropolitano, uniram-se na mesa da Eucaristia em missa na praça da Sé e deram testemunho público de fé com a procissão
eucarística pelo centro de São Paulo. “Vamos às ruas para dizer ao mundo essa fé que nós temos e essa certeza de que Ele permanece no meio de nós”, ressaltou Dom Odilo. Páginas 12 e 13 Luciney Martins/O SÃO PAULO
Encontro com o Pastor Situação do País favorece amadurecimento da consciência política, diz Dom Odilo Scherer Para o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Brasil tem um futuro promissor, “à medida que os cidadãos se interessam pela vida política, vigiam o exercício do poder e se envolvem na busca de soluções”. Página 3
Editorial Democracia em risco com messianismos políticos e desilusão com as instituições
Página 2
Espiritualidade Dom Carlos: ‘Na Eucaristia também está o nosso remédio’ Página 5
Fé e Cidadania
Após missa na praça da Sé, Cardeal Scherer e fiéis realizam procissão com o Santíssimo pelo centro de São Paulo, na festa de Corpus Christi
Liga Solidária é uma mão amiga a 10 mil pessoas
foro privilegiado contribui para a impunidade?
Fundada em 1923, pelo arcebispo Dom Duarte Leopoldo e Silva, a Liga Solidária realiza ações socioeducativas em prol de crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade social.
O SÃO PAULO analisa o foro por prerrogativa de função de algumas autoridades no País. A demora no julgamento de processos contra quem tenha esse foro privilegiado é visto pela sociedade como um sinal de impunidade.
Página 23
Página 11 Luciney Martins/O SÃO PAULO
Fortalecidos na fé, africanos resistem ao terrorismo, diz arcebispo nigeriano As ações de terror do grupo Boko Haram estão em expansão no continente africano, algumas delas contra os cristãos, que mesmo assim têm persistido na fé, como lembra Dom Ignatius Ayau Kaigama, arcebispo de Jos, na Nigéria. Página 15
Padre Sancley: o homem é a imagem da Santíssima Trindade Página 5
O SÃO PAULO traz a programação de festas juninas em paróquias Página 14 Luciney Martins/O SÃO PAULO
2 | Ponto de Vista |
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Editorial
Novo risco para a democracia
A
crise econômica e política do Brasil tem sido destaque contínuo na imprensa brasileira nos últimos meses e a cada semana ganha novos contornos, à medida que novas denúncias e revelações são feitas pela operação Lava Jato. Dessa vez, as atenções voltaram-se para autogravações feitas no mês de março pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, de conversas que teve com José Sarney e Renan Calheiros, visando obter material para delação premiada e que revelaram uma possível conspiração envolvendo personagens graúdos da vida política para frear a operação Lava Jato. Como parte desse plano, estaria o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Tal revelação dá munição à oposição ao governo do presidente interino Michel Temer, uma vez que reforça o slogan petista do “golpe brando” e con-
sequentemente do “governo ilegítimo”. As gravações feitas por Sérgio Machado, amplamente divulgadas nos meios de comunicação, trazem afirmações que também reforçam o que todos já suspeitam: que quase todos os políticos estão de alguma forma envolvidos em casos de corrupção e, portanto, que quase ninguém se salva, incluindo os governadores de estado. Somam-se às especulações dos efeitos de uma possível delação do empresário Marcelo Odebrecht que “vem como uma metralhadora 100”, e o resultado é a impressão que paira em todos, de que realmente ninguém se salva e que o País está sem saída para a atual crise política e econômica. O cenário de insegurança quanto ao futuro, em que não se sabe em quem se pode confiar, e que, segundo quanto notícia a imprensa, a crise econômica
dá mostras de agravamento com índices de desemprego sempre maiores, rebaixamento da classe média e empobrecimento da população, oferece um novo risco para a democracia brasileira: é um ambiente perfeito para o surgimento de messianismos políticos com propostas populistas, lideranças autocentradas que se vendem como salvadoras da pátria e desilusões em relação às instituições democráticas, que podem resultar no aparecimento de regimes totalitários. Nesta edição do jornal O SÃO PAULO, o Cardeal Scherer, em seu artigo semanal, chama a atenção para esses riscos e com total lucidez e nos recorda: “Por mais que seja defeituoso o funcionamento das instituições do Estado democrático de direito, essas sempre são preferíveis ao Estado autoritário e limitador dos direitos individuais e das liberdades de-
mocráticas. Neste momento, mais do que nunca, é necessária a vigilância atenta do povo para monitorar e acompanhar os passos e decisões das instituições do Estado e o exercício da política. A crise política que vivemos decorre de uma profunda crise ética, refletida no desvio de finalidade do poder conferido, mesmo democraticamente: poder que deveria ser sempre exercido em vista do bem comum e não para o benefício privado, ou de grupos de poder e influência”. E contra toda e qualquer falta de esperança, o Cardeal mostra que o Brasil tem jeito sim: “...não se deve perder a esperança: a situação que vivemos também é favorável a um amadurecimento da consciência política do povo brasileiro. À medida que os cidadãos se interessam pela vida política, vigiam o exercício do poder e se envolvem na busca de soluções, o futuro do Brasil continua promissor”.
Opinião
A misericórdia, a justiça e a jovem estuprada Arte: Sergio Ricciuto Conte
Francisco Borba Ribeiro Neto Na semana de Corpus Christi, outro corpo ocupou, de forma dramática, as atenções da mídia e da opinião pública: o de uma jovem do Rio de Janeiro, estuprada ao que se sabe por aproximadamente 30 homens. Uma barbárie que “clama aos céus” e às nossas consciências, ainda que um estupro sempre seja uma selvageria inaceitável, não importa quantos o pratiquem. A justiça tem que ser feita num caso como esse, e de forma exemplar. Deve ser feita como exemplo que demonstre a todos o quanto essa conduta é inaceitável – em quaisquer condições. Mas, diante de um mal assim, nossa justiça humana, ainda que necessária, ainda que cumprida, tem o sabor amargo da impotência. Ela pode ser punitiva, condenando os culpados, pode até ser parcialmente restaurativa, recuperando os criminosos para a vida social. Contudo, para a vítima, nenhuma justiça humana pode reparar plenamente o mal sofrido. Num filme dos anos 1980 (Um Hotel Muito Louco, de Tony Richardson), o irmão pergunta a uma jovem vítima de estupro: “o que você quer?” E ela responde mais ou menos o seguinte: “que o dia de ontem nunca tivesse existido”. Porém, nenhum poder humano pode realmente mudar o tempo, fazer com que ontem deixe de existir. O es-
quecimento, mesmo que consolador, não deixa de ser um simulacro da realidade. A vingança parece saciar a indignação, mas não preenche o vazio. Existirá no mundo alguma força capaz de fazer o bem nascer do mal mais ignominioso, como uma maravilhosa flor que nasça sobre cadáveres em decomposição? Só o amor, que se manifesta como misericórdia. Não é só perdão, mas também é esse amor impensável, que nos mostra um horizonte de sentido e de acolhida onde mesmo o pior mal não dá a última palavra, porque se torna ocasião de encontro de um bem maior ainda.
Não há evidência tão maravilhosa da existência de um Deus de amor quanto o bem que nasce no próprio mal. Nenhuma fé é tão inquebrantável como a de quem viu, em sua própria vida, a beleza do amor florescer – insuspeita e inesperada – em meio à desolação do mal. E não há razão mais forte para a descrença e para a desumanização da pessoa do que um grande mal que permanece sem redenção. O Estado, que deve garantir a segurança do cidadão e aplicar a justiça humana, deve fazer a sua parte. Mas também é impotente, assim como cada um de nós em nossa limitada
humanidade, para redimir os grandes males sofridos. Aqui, nossa condição humana clama pela misericórdia, capaz de vir como chuva que lava toda impureza e fertiliza a terra. Aqui, o “corpo místico de Cristo”, que ao mesmo tempo habita e transcende nossa comunidade humana, se torna indispensável. O que podemos fazer nós que aparentemente estamos longe do sofrimento dessa jovem? A mentalidade progressista exige, com razão, que o Estado tome as providências necessárias. A mentalidade conservadora, com igual razão, aponta os limites de uma sociedade que perde a consciência do valor da pessoa. Apoiando as duas posições, cada cristão é chamado a verificar e testemunhar a força dessa misericórdia em sua vida, propondo-a como pequeno milagre passível de ser vivido por todo ser humano. Podemos não conhecer a jovem que foi vítima dessa barbárie, mas – em nossa sociedade interconectada – conhecemos alguém que conhece alguém, que conhece alguém que a conhece. A misericórdia se comunica por essa rede de pessoas que comunicam uns aos outros não só a obrigatoriedade da justiça humana ou os valores necessários à vida social, mas a força que se esconde na aparente fragilidade de um amor capaz de gerar o bem em meio ao pior mal. Francisco Borba Ribeiro Neto é coordenador do Núcleo Fé e Cultura da PUC-SP.
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
N
estas últimas semanas, estamos sendo bombardeados com regularidade por notícias sobre fatos de corrupção na vida política brasileira, envolvendo os mais altos escalões. O afastamento temporário da Presidente da República não acalmou os ânimos: pelo contrário, mais e mais vai se aprofundando a impressão de que vivemos uma crise política, econômica e ética sem precedentes em nosso país. As delações premiadas de personagens ilustres sobre escândalos de corrupção na administração da Petrobras envolvem lideranças dos mais variados partidos, que também atuam nos mais altos cargos das instituições da República. Ministros do governo interino da República, Presidente da Câmara e o do Senado, lideranças partidárias, parlamentares, gestores da administração pública: sobram suspeitas para todos. Resta ver se a Justiça vai dar conta de investigar e elucidar tudo devidamente. O estrago, no entanto, já é muito grande; o pior é o desencanto dos cidadãos com a política e os políticos. Perplexas, as pessoas se perguntam: em quem ainda se pode confiar? A tentação, sempre insinuante, é a invocação de “homens fortes”, ou “salvadores da pátria”, que venham resolver de maneira autocrática e voluntarista os problemas pendentes do país. Os discursos inflamados e acusatórios, as propostas populistas e privadas de realismo conseguem fácil adesão; o clima de frustração e desmoralização no
Brasil: fatos que fazem pensar exercício da política pode favorecer o surgimento de ditadores e de totalitarismos. E não é isso que falta ao Brasil. Por mais que seja defeituoso o funcionamento das instituições do Estado democrático de direito, estas sempre são preferíveis ao Estado autoritário e limitador dos direitos individuais e das liberdades democráticas. Neste momento, mais do que nunca, é necessária a vigilância atenta do povo para monitorar e acompanhar os passos e decisões das instituições do Estado e o exercício da política. A crise política que vivemos decorre de uma profunda crise ética, refletida no desvio de finalidade do poder conferido, mesmo democraticamente: poder que deveria ser sempre exercido em vista do bem comum e não para o benefício privado ou de grupos de poder e influência. Mas não se deve perder a esperança: a situação que vivemos também é favorável a um amadurecimento da consciência política do povo brasileiro. À medida que os cidadãos se interessam pela vida política, vigiam o exercício do poder e se envolvem na busca de soluções, o futuro do Brasil continua promissor; a própria investigação dos desvios e dos fatos de corrupção na política e na administração pública ajuda a conscientizar sobre a necessidade de mudanças e de superação de padrões arcaicos e corruptos na vida política brasileira. Também faz pensar, e muito, a chocante notícia do estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, no Rio de Janeiro, na semana que passou. Autores da barbárie repugnante ainda se gloriaram, a ponto de postar imagens e gravações de sua ação depravada nas mídias sociais. A condenação foi
geral, ainda bem! É de se esperar que os fatos sejam devidamente elucidados e os autores, confrontados com suas responsabilidades. O fato merece uma reflexão sobre o nível de corrupção dos costumes a que se chegou, envolvendo o tráfico de drogas, o uso de armas, a violência, o desrespeito à pessoa, levando a práticas sexuais depravadas (dá para chamar diversamente?!), e à “coisificação” da mulher, feita objeto de uso e de abuso... Foi um fato isolado? As manifestações vindas de vários lados referem-se a certa “cultura do estupro”, que estaria ligada à persistência de uma cultura machista. É bom que se façam todas as avaliações pertinentes, e que se passe às consequências, não apenas com leis repressivas mais severas. É preciso também refletir sobre a educação dada nas famílias, instituições de educação e mecanismos de formação da cultura e dos costumes. Não posso deixar de aludir à necessidade de uma adequada educação para as implicações morais das nossas decisões e ações pessoais. O Papa Francisco trata disso na Exortação “Amoris laetitia, sobre o amor na família”. No mesmo documento, Francisco trata da correta educação sexual a ser dada às crianças e aos adolescentes (cf AL 280-286). “Quem ainda fala disso?” – questiona o Papa. É possível que a educação da consciência moral seja absolutamente inadequada ou até, inexistente; e que a educação sexual seja deixada por conta do material pornográfico, amplamente comercializado com grandes lucros para seus autores e imensos danos para os costumes. Isso também é parte de um sistema corrupto. Vale a pena pensar sobre isso?
| Encontro com o Pastor | 3 Visitas no Setor Pastoral Perus Padre Pedro Augusto
No domingo, 29, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, visitou Setor Pastoral Perus, na Região Brasilândia. Ele presidiu missa na Paróquia Cristo Rei e esteve, na companhia do Padre Neil Charles Crombie, vigário geral da Região, em algumas comunidades do Setor, entre as quais a Dom Oscar Romero (foto).
Portas Santas Por ocasião do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, presidirá missas em igrejas com portas santas nos próximos dias: na sexta-feira, 3, na Catedral da Sé, na peregrinação do clero, que será iniciada às 9h no Pátio do Colégio; no mesmo dia, às 15h, também na Catedral, na peregrinação do Apostolado da Oração; No sábado, 4, às 15h, Dom Odilo presidirá missa na Igreja Nossa Senhora da Lapa; e no domingo, 5, às 15h, na Igreja Sant´Ana, na peregrinação do Setor Pastoral Jaçanã.
Tweets do Cardeal @DomOdiloScherer
31 – Sl 118,1s: “Feliz o homem que na lei do Senhor Deus vai progredindo! Feliz o homem que observa seus preceitos e de todo o coração procura a Deus!” 27 – “Vamos todos louvar juntos o mistério do amor, pois o preço deste mundo foi o sangue redentor, recebido de Maria, que nos deu o Salvador” 26 – Tiago 4, 7-8.10 “Obedecei a Deus, mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximai-vos de Deus, e ele se aproximará de vós” 25 – Santo Agostinho: “Estavas comigo, contigo eu não estava. As criaturas retinham-me longe de ti, aquelas que não existiriam se não estivessem em ti...”
4 | Fé e Vida |
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Liturgia e Vida 10º DOMINGO DO TEMPO COMUM 5 DE JUNHO DE 2016
O baluarte da nossa vida
Você Pergunta O compadre pode se casar com a comadre? padre Cido Pereira osaopaulo@uol.com.br
ANA FLORA ANDERSON As leituras deste domingo são de grande esperança. Dois mortos voltam à vida pela presença e o poder de Deus, e um jovem zeloso pelas leis dos seus antepassados encontra o Deus da vida e do amor. Na primeira leitura (1 Reis 17, 17-24), Elias é o escolhido para nos ajudar a compreender o ser de nosso Deus. O grande profeta se hospedou na casa de uma viúva com um filho único. Quando o filho fica doente e morre, a mãe conclui que é um castigo de Deus para pagar os seus pecados. O profeta clamou a Deus e suplicou que o menino voltasse a viver. O Senhor escutou o clamor de Elias e o menino se recuperou. Diante desse gesto de amor divino, a mãe fez um ato de fé. A segunda leitura (Gálatas 4, 11-19) é uma confissão de São Paulo. Ele era um jovem estudioso da Lei e, num certo momento de sua vida, Deus o chamou para uma grande revelação. Paulo conheceu Jesus e recebeu a vocação de pregá-lo entre os pagãos. O Evangelho de São Lucas (7, 11-17) narra a ida de Jesus e seus discípulos à cidade de Naim. No caminho, eles encontram uma viúva levando o corpo de seu filho para o enterro. Mais uma vez, a compaixão divina vai ao encontro do sofrimento humano e Jesus ressuscita o morto. A multidão que os acompanhava só pode exclamar que o Deus de amor visitou o seu povo!
Atos da Cúria NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE ADMINISTRADOR PAROQUIAL Em 20 de maio de 2016, foi nomeado e provisionado Administrador Paroquial “ad nutum episcopi” da Paróquia Bom Pastor, na Região Episcopal Brasilândia, Setor Pastoral Cântaros, o Revmo. Pe. Jaime Izidoro de Sena. Em 15 de abril de 2016, foi nomeado e provisionado Administrador Paroquial da Paróquia São José, na
Região Episcopal Lapa, Setor Pastoral Pirituba, o Revmo. Pe. Jaidan Gomes Freire. NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL Em 23 de maio de 2016, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial da Paróquia Santo Alberto Magno, para assumir o cuidado pastoral da Comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, na Região Episcopal Lapa, Setor Pastoral Butantã, o Revmo. Pe. Vittorio Moregola.
O Mailson, que não disse seu sobrenome, mora em Muriaé (MG). Diz ele que uma amiga lhe perguntou se um compadre pode se casar com a comadre. Pois é, Mailson, aqui vai a resposta à sua dúvida. Para esclarecer bem a você, eu fiz sua pergunta a um especialista, nosso querido bispo auxiliar de São Paulo na Região Episcopal Santana, Dom Sergio de Deus Borges. Sua pergunta tem razão de ser, porque no Código do Direito Canônico anterior havia o impedimento de “parentesco espiritual”. Sim, porque
compadres e comadres são de uma certa forma parentes no sentido de que dividem a paternidade espiritual. Chamar alguém de compadre ou de comadre, significa dizer “você é pai comigo”, isto é, “compadre”, ou “Você é mãe comigo”, isto é, “comadre”. No fundo, porém, se não há nenhum laço familiar entre eles, nem laços de sangue, nada impede que os dois, desimpedidos de qualquer vínculo, se casem. O Código de Direito Canônico atual suprimiu o impedimento de parentesco espiritual. Até porque, o amor é que conta nesses casos, não é mesmo? Então, compadres e comadres, padrinhos e afilhados, se acontecer o amor, podem se
Para assinar O SÃO PAULO: Escolha uma das opções e a forma de pagamento. Envie esse cupom para: FUNDAÇÃO METROPOLITANA PAULISTA, Avenida Higienópolis, 890 São Paulo - SP - CEP 01238-000 - Tel: (011) 3666-9660/3660-3724
casar na Igreja sem nenhum problema. Insisto, o importante é que compadre e comadre não tenham nenhum vínculo com outra pessoa, sejam livres, sejam viúvos. Diga portanto a sua amiga que, caso os dois sejam totalmente livres, podem casar-se sim, e que sejam felizes. O que eu acho importante em toda relação é o amor, o respeito, a fidelidade entre os dois. Conforme nos ensina a Igreja, o amor tem que ser fiel, responsável, respeitoso. Que homem e mulher se reconheçam um ao outro como um dom de Deus. Pense nisso, Mailson. E que Deus abençoe a todas as famílias.
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AJUDA PSICOTERAPÊUTICA Você pode viver bem, ter vida saudável melhorando seu modo de ver a si mesmo, os outros e o mundo. O Dr. Bruno e o Dr. José darão a você ajuda continuada, indicando o caminho a seguir Os interessados devem comparecer às quartas-feiras, às 14h30, nas instalações das paróquias:
Nossa Senhora da Assunção e São Paulo Pessoal Nipo-Brasileira de São Gonçalo Praça João Mendes 108, Tels. 3106-8110 e 3106-8119
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Nos termos do Estatuto, convoco os senhores associados da Sociedade das Comunidades Catequéticas Setor Masculino, para a reunião da Assembleia GeralExtraordinária a realizar-se em sua sede, na Rua Guaipá, 1605, Vila Leopoldina, nesta cidade de São Paulo, no dia 26 de junho de 2016, com 2/3 dos associados, com inicio às 9:00 h, havendo quórum em primeira convocação, ou, ou às 10:00h, do mesmo dia em segunda convocação, com 1/3 da totalidade dos membros, e, com qualquer número de pessoas presentes, (Art. 4º, do Estatuto), para o fim de deliberarem sobre a seguinte pauta: 1. Unificação das Sociedades do Setor Masculino e do Setor Feminino; 2. Eleição da Nova Diretoria; 3. Outros assuntos inerentes e necessários. São Paulo, 30 de maio de 2016. JOÃO CLEMENTE DE SOUZA NETO Presidente
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Espiritualidade Aqui está o seu remédio Dom Carlos Lema Garcia
N
Bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal para a Educação e a Universidade
o dia 15 de agosto de 1975, festa da Assunção de Maria ao céu, na cidade de Ho Chin Minh (Vietnã), o arcebispo de Saigon, Dom François-Xavier Van Thuan, foi convidado a comparecer no Palácio da Presidência. Foi declarado sumariamente preso. Saiu de casa vestindo a batina e levando o Terço no bolso. Era o primeiro dia do longo período de 13 anos em que esteve preso no seu País. Quando me encarceraram em 1975 – rememorou o Bispo vietnamita - veiome uma pergunta angustiosa: “Poderei celebrar a Eucaristia?” Somente um homem de Deus reage dessa forma. No momento em que é preso, não pensa em chamar seus advogados (talvez nem tivesse), nem em avisar alguém para mobilizar a opinião pública internacional sobre um abuso de autoridade etc. Não pensou nisso. Preocupou-se se teria condições de celebrar a missa. O Prelado explicou que, ao ser detido, não lhe permitiram levar nenhum dos seus objetos pessoais. No dia seguinte, autorizaram-no a escrever à sua família para pedir um pijama, objetos de higiene pessoal etc: “Por favor, enviem-
me o remédio para a dor de estômago”. Os familiares entenderam muito bem o que queria e lhe mandaram uma garrafa pequena de vinho com uma etiqueta: ‘Remédio para a dor de estômago’. No meio da roupa, esconderam também algumas hóstias. O policial perguntou-lhe: “O Senhor tem problema de dor no estômago?”. “Sim”, respondeu o Monsenhor Van Thuan. “Aqui está o seu remédio”. Aquele funcionário da prisão não percebeu o alcance profundo das suas palavras. Aqui está o seu remédio! Com aquele vinho, ele poderia ter presente Jesus, com o seu Corpo, o seu Sangue, a sua Alma e a sua Divindade. Aqui está o Pão da vida eterna e o Cálice da salvação. Na Eucaristia está o nosso remédio também. É o alimento que nos revigora as energias. Está o remédio para todas as nossas carências, fraquezas, debilidades, porque Jesus é médico das almas e dos corpos e pode curar as nossas enfermidades espirituais. A festa de Corpus Christi comemora a presença de Jesus na Eucaristia. Ele permanece entre nós e se interessa pelas nossas coisas. Ele nos pergunta: como você está? O que o preocupa? O que você precisa? Como eu posso ajudá-lo? Nunca agradeceremos bastante a presença de Jesus na Eucaristia, na Santa Missa e no Sacrário. Uma forma prática de fazê-lo é entrar numa igreja e fazer uma visita ao Santíssimo. Assim fazem os apaixonados: anseiam pelo momento de se encontrar. Não basta falar pelo telefone. Nada substitui a presença da pessoa amada. Por que
| Fé e Vida | 5
Fé e Cidadania havia de ser diferente com Deus? Como nos preparamos? Qual a nossa expectativa para a hora da missa e da comunhão? Assistir à Santa Missa com frequência e fazer uma Comunhão bem feita, estando devidamente preparados. A Igreja recomenda que os fiéis comunguem quando participam da Eucaristia, desde que se encontrem nas devidas disposições. E, se a consciência os acusar de pecados graves, tenham antes recebido o perdão de Deus no sacramento da Reconciliação, lembrando aquilo que São Paulo recordava à comunidade de Corinto: “Todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será réu do corpo e do sangue do Senhor. Que cada um se examine a si mesmo, e assim coma desse Pão e beba desse Cálice. Aquele que o come e o bebe sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a sua própria condenação” (1 Cor 11, 27-29). Assim, a primeira condição para comungar é o estado de graça. Não basta um propósito genérico de se confessar logo que possível. Não nos enganemos pensando que basta o desejo de ser perdoados, mas é preciso receber a absolvição dos pecados no sacramento da Confissão. Além do estado de graça, deve-se guardar jejum de uma hora e aproximarse da Comunhão com a devoção e a fé de receber o próprio Deus. Vamos procurar o nosso remédio na Eucaristia. Vamos renovar o nosso desejo de nos preparar bem para receber Jesus na Comunhão.
Pessoa humana: imagem da Trindade Padre Sancley Lopes Gondim Ao celebrar a Santíssima Trindade, a Igreja não somente propõe uma espécie de “teorema teológico”, como dizia o filósofo Kant (1724-1804), mas afirma sua fé no Deus revelado por Cristo, e a antropologia subjacente. Ao perguntarse sobre “quem é Deus?”, indaga igualmente “quem é o Homem?” – ser humano, homem e mulher. Deus os criou à “sua imagem e semelhança” (Gn 2,32) e neles deixou os vestígios da Trindade. Assim, “a doutrina social da Igreja se detém, antes de tudo, sobre as principais e incindíveis dimensões da pessoa humana, de seu mistério e da sua dignidade” (Compêndio da DSI, 124). Por ser Deus ao mesmo tempo “Uno e Trino”, Pai, Filho e Espírito Santo, “a pessoa não pode jamais ser pensada unicamente como absoluta individualidade, como se não dependesse senão de si mesma. Também não pode ser considerada simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social” (DSI, 125). Em suas diferentes dimensões, o homem exige ser abordado “na plena verdade da sua existência, do seu ser pessoal e, ao mesmo tempo, do seu ser comunitário e social” (São João Paulo II, DSI, 126). Tendo sua origem em Deus, a pessoa humana “é um ser material, ligado a este mundo mediante o seu corpo, e um ser espiritual, aberto à transcendência. Nem o espiritualismo, que despreza a realidade do corpo, nem o materialismo, que considera o espírito mera manifestação da matéria, dão conta da natureza complexa, da totalidade e da unidade do ser humano” (Idem, 129). Como Deus Trindade, o homem existe para a comunhão. “O homem é aberto ao infinito e a todos os seres criados. É aberto, antes de tudo, ao infinito, isto é, a Deus, porque com a sua inteligência e a sua vontade se eleva acima de toda a criação e de si mesmo, torna-se independente das criaturas, é livre perante todas as coisas criadas e tende à verdade e ao bem - absolutos. É aberto, também, ao outro, aos outros homens e ao mundo, porque somente enquanto se compreende em referência a um ‘tu’ pode dizer ‘eu’. Sai de si, da conservação egoística da própria vida, para entrar numa relação de diálogo e de comunhão com o outro. A pessoa é aberta à totalidade do ser, ao horizonte ilimitado do ser. Tem em si a capacidade de transcender cada objeto particular que conhece, efetivamente, graças a essa sua abertura ao ser sem confins” (DSI, 130). À imagem de Deus Uno e Trino, o ser humano é capaz de conhecer – pela sua inteligência, tomar decisões –, pois é livre, e de amar – criar laços construtivos. As opiniões da seção “Fé e Cidadania” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do O SÃO PAULO.
6 | Viver Bem |
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Comportamento
Estupro, pornografia e desconstrução da sexualidade Valdir Reginato
Com imensa tristeza, temos acompanhado nas manchetes as denúncias que se repetem de modo cada vez mais frequente e de forma mais brutal sobre esse tema. Não faz tempo que o noticiário falava das estudantes universitárias estupradas em “festas” na faculdade. Casos que apontavam para a Universidade de São Paulo, mas sabe-se que o escândalo alcança outros locais. Mais recentemente, nos deparamos com a situação barbárie no Rio de Janeiro, que aguarda “detalhes jurídicos” para confirmação! Desnecessário se falar sobre a atrocidade deste ato covarde que envergonha o comportamento do homem na história da humanidade, desde todos os tempos, que é o estupro. É preciso estudar as novas “versões” que se apresentam no comportamento da sociedade. O que via de regra se atribuía a homens com distúrbios graves de personalidade, doentes mentais agressivos e tão perigosos quanto a selvageria possa chegar, agora se apresenta em rapazes dos diferentes segmentos da sociedade. Inclui-se nesse universo a “nata universitária” brasileira, com jovens considerados dotados de uma inteligência privilegiada, que lhes permitiu ocupar uma vaga dentro de uma das universidades mais concorridas do País, portanto, não é possível alegar qualquer tipo de falta de conhecimento sobre a responsabilidade dos atos desses estudantes. Com as mesmas atitudes, encontraremos jovens, abandonados a sorte pela vida, porém instruídos o suficiente para saber
dos. Não se esquece da omissão o que significa a invasão dolorosa de muitos pais que só se alertam e criminosa da intimidade de alguém contra a sua vontade. Não quando afetados pela “fatalidade” é possível assistir esses episódios de uma DST (doença sexualmente transmissível), uma graque aviltam o comportamento videz inesperada ou mesmo por humano, como algo inexplicável! Assim também, não se pode abusos no namoro. apontar para o “coletivo”, pulveriTempera esse ambiente as zando o que sempre é um ato de drogas que são consumidas responsabilidade individual! como refrigerantes, criando-se Não é de hoje que temos asum clima favorável a liberar as sistido a vulgarização do sexo, manifestações das fraquezas humanas para alcançar a criminalicomo se esse fosse um espetáculo dade. Mais do que pensar em pude diversão ou uma atividade esportiva “saudável”, desvinculado da orientação da se- Desnecessário se falar xualidade para a sobre a atrocidade deste educação de uma ato covarde que envergonha pessoa humana. Espalham-se pela o comportamento do homem internet infinida- na história da humanidade, des de sites nos desde todos os tempos, quais, mediante a que é o estupro. É preciso hipocrisia da advertência “para estudar as novas maiores de 18 “versões” que se apresentam anos”, qualquer no comportamento criança ou adoles- da sociedade cente passa a ter acesso a uma programação perniciosa, apresennições - que são necessárias, sim tada pelo vandalismo humano. - é preciso atuar na prevenção. E Não é preciso sequer esforço pela a esse respeito, o caminho está procura desses locais, quando em não considerar que o sexo é na primeira página de grandes um direito a satisfação pessoal e portais para uso de trabalho “onegoísta do instinto animalesco line”, se oferecem oportunidades presente nos homens, que esqueceram que nesta espécie - homo escancaradas para a infidelidade sapiens - deve ser acompanhado com “produtos” para todos os de responsabilidade compar“gostos” e “necessidades”. Além tilhada por um homem e uma da internet, há o fato da “educação sexual” nas escolas de nível mulher unidos livremente pelo fundamental, totalmente provoamor, conforme foram criados à cativa e extemporânea para os imagem e semelhança de Deus. estudantes, que são alimentados Dr. Valdir Reginato é médico como se o sexo fosse uma “gulode família, professor da Escola Paulista dice” a ser experimentada por tode Medicina e terapeuta familiar.
Cuidar da Saúde
Alimentação saudável evita o beribéri Cássia Regina O paciente pode apresentar dificuldade de respirar, aumento no O beribéri é uma doença pro- tamanho do coração, líquido nas vocada pela falta de vitamina B1 bases pulmonares, frequência car(tiamina) no organismo. Ele é ca- díaca acelerada, inchaço nas perracterizado por alterações nervo- nas, e, nos casos mais graves, consas, cerebrais e cardíacas. De um fusão mental, perda de memória, modo geral, as deficiências de B1 delírios e perda de sensibilidade. se dão por dieta carente de fontes O exame neurológico pode mosdessa vitamina, baixa absorção trar alterações no caminhar, incodesta pelo intestino, diarreias pro- ordenação motora e diminuição longadas ou por hipotireoidismo. dos reflexos. O tratamento con-
siste em uma alimentação rica em fontes de vitamina B1, como leveduras, carnes de porco, leite, ovos, legumes e cereais integrais, além de suplementação de vitamina B1, por via venosa (em alguns casos) e depois por via oral. Tenha uma alimentação saudável e variada e evite o beribéri. Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF) E-mail: dracassiaregina@gmail.com
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8 | Pelo Mundo |
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Destaques das Agências Internacionais
Filipe David
Correspondente do O SÃO PAULO na Europa
Estados Unidos
Pedofilia em Hollywood Uma declaração de Elijah Wood – que interpretou a personagem Frodo em “Senhor dos Anéis” – provocou grande polêmica: ele chamou a atenção da sociedade para o problema da pedofilia em Hollywood. Embora Elijah não tenha sido testemunha direta desse tipo de crime, os casos de abuso sexual de crianças e adoles-
centes não são raros. O documentário “An open secret” (“Um segredo aberto”), lançado em junho do ano passado, conta a história de diversas crianças que, trabalhando no mundo do cinema e do entretenimento, tornaram-se vítimas de predadores que tinham o futuro das carreiras delas nas mãos.
Já o ator Corey Feldman – que atuou em “Os Goonies” – pôde confirmar, em entrevista ao The Hollywood Reporter, os comentários de Elijah, pois foi ele mesmo vítima de abuso sexual, assim como seu melhor amigo, Corey Haim, falecido em 2010, que foi estuprado aos 11 anos de idade. Em uma entrevista ante-
rior, Feldman já havia mencionado o problema da pedofilia na indústria de cinema: “Posso te dizer que o problema número 1 em Hollywood era, é e sempre será a pedofilia. Esse é o maior problema para as crianças nessa indústria... É o grande segredo”. Fontes: ABC News/ The Hollywood Reporter/ The New York Times
Mais crianças educadas em casa que em escolas particulares O número de crianças educadas em casa – o chamado “homeschooling” – ultrapassou o número de alunos de escolas particulares no Estado da Carolina do Norte. No País inteiro, o número de crianças educadas em
casa aumentou de 13 mil, em 1973, para quase 2 milhões nos últimos anos. Apenas na Carolina do Norte, esse número cresceu 27% nos últimos dois anos. Segundo uma pesquisa feita pelo
Departamento de Educação norte-americano, entre as razões que levam muitos pais a optarem pela educação em casa está a preocupação com o ambiente da escola, incluindo uso de drogas, segurança e a influência negativa
dos colegas. Outras razões alegadas pelos pais são o desejo de oferecer uma formação religiosa e moral aos filhos e a insatisfação com a qualidade do ensino acadêmico nas escolas. Fonte: Life Site News
Nigéria
Saldo da perseguição: 1,3 milhão de cristãos obrigados a fugir de casa Reprodução da internet
Casas e templos são destruídos na Nigéria por ataques do Boko Haram, grupo que coloca em risco a liberdade religiosa
O bispo de Kafanchan, Dom Joseph Bagobiri, apresentou a situação dos cristãos do norte da Nigéria em uma conferência na sede geral das Nações Unidas: entre 2006 e 2014, 11,5 mil cristãos foram assassinados, 1,3 milhão foram obrigados a fugir de suas casas e 13 mil igrejas foram destruídas ou abandonadas. No norte, a perseguição da organização islamista Boko Haram afetou principalmente os estados de Adamawa, Borno, Kano e Yobe. Muitos cristãos se transferiram a estados de maioria cristã em busca de refúgio. Mas mesmo essas regiões têm sido alvo de violência por parte dos ataques e invasões dos chamados “pastores Fulani”, que, como o Estado Islâmico, se apresentam como um “califado”, ou seja, um governo dirigido por um “califa”, suposto sucessor do profeta Maomé e chefe de todos os muçulmanos. Em alguns casos, os ataques dos pastores Fulani se aproximam de um verdadeiro genocídio, como quando foram mortas entre 150 e 300 pessoas em apenas uma noite em Agatu, Gwanu e Manchok. Dom Bagobiri pediu à comunidade internacional para que pressione o governo da Nigéria a garantir a segurança e a liberdade religiosa da comunidade cristã no País e preste o auxílio necessário à comunidade deslocada. Fonte: Fides
Cuba Preso por denunciar aborto e assassinato de recém-nascidos O doutor Óscar Elías Biscet – médico, ativista de direitos humanos e próvida – foi preso durante 12 anos por ter denunciado os crimes que ocorriam nos hospitais cubanos: o assassinato de bebês recém-nascidos. Durante o tempo em que trabalhava no Hospital Hijas de Galícia, o doutor tomou conhecimento da quantidade de abortos que se praticavam no local. No entanto, muitos bebês nasciam vivos e
eram em seguida afogados em baldes de água ou cortavam-lhes a medula. Pouco a pouco, percebeu que isso ocorria também em outros hospitais do País. Em crise de consciência, começou a denunciar esses crimes às autoridades cubanas, mas não obteve resposta: “Sabia que não iam me dar atenção, porque nesse momento já era consciente de que vivia em um sistema totalitário. Como ninguém respondeu, me dirigi
aos escritórios de Fidel Castro e deixei um vídeo com um estudo bibliográfico (...), onde demonstrava o assassinato das pessoas que nasciam vivas e que isso violava a lei”, disse em entrevisa ao grupo ACI. Foi assim que o doutor Óscar não apenas perdeu seu emprego e sua casa, mas também foi preso: “o governo tomou a medida de me colocar na prisão por ser ‘uma ameaça ao Estado’ e de
me torturar a fim de que mudasse meu pensamento e não acusasse o sistema de saúde de praticar esse tipo de aborto, mas sim os médicos de maneira individual”, afirmou. No entanto, o doutor Óscar permaneceu firme na sua luta: “Graças à minha fé em Deus, pude resistir e agora posso estar aqui, mais forte do que nunca para lutar pelas liberdades do povo cubano”. Fonte: ACI
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Solidariedade com as crianças migrantes e refugiadas No sábado, 28, o Santo Padre encontrou, no átrio da Sala Paulo VI, no Vaticano, numerosas crianças que participam da iniciativa “O trem das crianças”, promovida, pelo segundo ano consecutivo, pelo Pátio dos Gentios, uma estrutura do Pontifício Conselho da Cultura, que tem como lema “Trazidos pelas ondas”. “O trem das crianças”, que partiu da Calábria, no sul da Itália, levou ao Vaticano aproximadamente 400 crianças, que vivem em centros de acolhida de migrantes. Antes do pronunciamento do Pontífice, o Cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, explicou sobre o objetivo da ida das crianças ao Vaticano: encontrarem-se com o Papa e entregarem a ele uma carta. Depois, algumas das crianças dirigiram breves saudações ao Papa Francisco, em nome das demais: um
menino nigeriano, um do Sri Lanka, além de uma professora e o responsável do Centro Esportivo “Sem Fronteiras”. Francisco dialogou com as crianças sobre a carta que lhe entregaram, com um desenho feito por elas, que representa as ondas, o pôrdo-sol, a indiferença e a fraternidade. “Todos nós, todos, somos diferentes, diversos, mas também todos somos iguais, porque somos irmãos. Mas, há um perigo: as crianças são obrigadas a fugir da sua terra, com seus pais e famílias, por causa da guerra, da fome... pegam grandes barcos e correm tantos perigos, sobretudo o de não chegar ao destino devido aos naufrágios”, disse. O Papa recordou outro grande perigo: aquelas pessoas que fazem de tudo para que as embarcações não cheguem à meta final, a Europa.
Fotos: L’Osservatore Romano
Fonte: Rádio Vaticano Redação de todas as notícias: Renata Moraes
Pergunte ao Papa: respostas virão em livro Após a conclusão do Congresso Mundial de Scholas Occurrentes, realizado no domingo, 29, no Vaticano, a Fundação Pontifícia convida os jovens a escreverem perguntas ao Papa: a promessa é que as respostas de Francisco serão publicadas em um livro.
“Nascerá, assim, um verdadeiro ‘livro social’, que usa os novos meios de comunicação social para colocar o Papa em contato com as pessoas de qualquer lugar do planeta”, lê-se no site da iniciativa, onde é possível “escrever ao Papa”. O projeto é realizado em parceria en-
tre Scholas Occurrentes por meio de uma nova plataforma tecnológica e editorial. Scholas Occurrentes é uma rede internacional de escolas que nasceu há 20 anos em Buenos Aires, na Argentina, por vontade do então arcebispo, o Cardeal Bergoglio, hoje Papa Francisco. Em agosto de 2013, o
Pontífice aprovou-a como organização internacional de direito pontifício. Trata-se de uma organização dedicada aos jovens, no intuito de promover a educação para a integração social e a cultura do encontro em prol da paz. Fonte: Rádio Vaticano e Site Canção Nova
‘Youtubers’ têm encontro com o Papa
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No domingo, 29, o Papa Francisco reuniu-se com ‘youtubers’, expressão que se refere a todos que postam conteúdos em canais do YouTube. O encontro fez parte da agenda do Congresso Mundial Scholas Occurrentes, que se realizou no Vaticano, entre os dias 27 e 29. Da reunião saiu o compromisso de cada um dos jovens produzir pequenos “clips”, refletindo aquilo que aprenderam no encontro. Essa foi a primeira vez que um Papa se reuniu com criadores de conteúdo para essa plataforma de vídeos. No blog oficial do YouTube pode ler-se que os jovens presentes na reunião são oriundos de dez países diferentes e juntos somam mais de 27 milhões de subscritores.
De acordo com o Google, durante a conversa com o Papa, os criadores levantaram temas que sobre os quais se posicionam como modelos para seus milhares de seguidores, incluindo direitos dos imigrantes, igualdade entre homens e mulheres, solidão e autoestima. Fonte: Site Jovens Conectados
Francisco lembra que diáconos têm a missão de servir “Disponíveis na vida, mansos de coração e em diálogo constante com Jesus, não tereis medo de ser servos de Cristo, de encontrar e acariciar a carne do Senhor nos pobres de hoje”. Com essas palavras, na missa do domingo, 29, na praça de São Pedro, o Papa Francisco celebrou, no contexto do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, o “Jubileu dos Diáconos Permanentes”, exortando-os aos exercícios de seu “ministério do serviço” na Igreja. Francisco iniciou a homilia destacando a inseparabilidade dos termos “apóstolo” e “servo”. Segundo o Pontífice, “os dois termos, apóstolo e servo, andam juntos e jamais podem ser separados; são como que as duas faces duma mesma medalha: quem anuncia Jesus é chamado a servir, e quem serve anuncia Jesus”, frisou o Papa, observando que o primeiro a mostrar isso foi o próprio Senhor “que não veio para ser servido, mas para servir” (Lc 4,18). Fonte: Rádio Vaticano
10 | Pelo Brasil |
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Daniel Gomes e Fernando Geronazzo
Destaques das Agências Nacionais
osaopaulo@uol.com.br
Focolores realizam ‘Mariápolis 2016’ Gabriela Fernandes
Cardeal Odilo Scherer preside missa na ‘Mariápolis 2016’, em Vargem Grande Paulista (SP)
Tramita na Câmara projeto para reduzir o desperdício de alimentos A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou, na segunda-feira, 30, a proposta que estabelece regras para a destinação de resíduos alimentares, com o objetivo de combater o desperdício de alimentos. Conforme o projeto, geradores desses resíduos, como os produtores rurais e comerciantes, serão obrigados a adotar práticas de manejo e conservação. Os materiais deverão ser destinados, dependendo do caso, à alimentação humana, à alimentação animal, à compostagem, à produção de energia e à disposição final. O texto aprovado, que levará à alteração da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10), obriga o Estado a fornecer estrutura para recebimento e redistribuição próprios para o consumo humano dos alimentos que sobram, reduzindo, assim, o desperdício. Também determina aos governos incentivar a implantação de mercados para a comercialização de alimentos aptos ao consumo humano, mas próximos das datas de vencimento ou suscetíveis de descarte devido à aparência. A proposta ainda será analisada pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário da Câmara. Fonte: Agência Câmara (Redação: Daniel Gomes)
O Movimento dos Focolares, fundado por Chiara Lubich (1920-2008), realizou, entre os dias 26 e 29, em Vargem Grande Paulista (SP), a ‘Mariápolis 2016’, com o tema “Unidade: Dádiva, Empenho e Meta”. Participaram 420 pessoas, de 33 cidades paulistas, a maioria de dioceses da Província Eclesiástica de São Paulo. A ‘Mariápolis’ se tornou o encontro anual do Movimento dos Focolares e acontece em todo planeta. As primeiras Mariápolis surgiram de uma experiência de Chiara, que nas férias ia com as amigas para as regiões montanhosas ao norte da Itália para descansar e continuar vivendo o Evangelho. “Esse fogo se irradiou e o amor foi contagiando ano a ano as outras pessoas que estavam lá passando férias. Esse número aumentou e começou a ter uma representatividade de pessoas de outros países, outros continentes”, explicou a focolarina Virginia Tesini. Em todo mundo existem 34 Mariápolis permanentes, três destas no Brasil: nas cidades de Vargem Grande Paulista
(SP), Igarassu (PE) e Benevides (PA). Na manhã da sexta-feira, 27, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, falou aos participantes sobre a família, com base nas reflexões das assembleias do Sínodo dos Bispos, de 2014 e 2015. Ele comentou sobre a falta de relacionamento interpessoal e do uso excessivo das mídias sociais. “O que vocês fazem no Movimento dos Focolares é muito importante para ajudar a valorizar a questão da relação de pessoa a pessoa. De saber ouvir, falar, colocar-se em comunhão, sentir com, sofrer com, alegrarse com, caminhar com”, afirmou, lembrando que cada vez menos a sociedade dá atenção e apoio estrutural à família. Dom Odilo também presidiu missa, na qual lembrou, na homilia, que os frutos da vida cristã se traduzem, sobretudo, nas obras de misericórdia corporais e espirituais, que expressam a disposição dos cristãos de em ir ao encontro de quem está sofrendo. Redação: Daniel Gomes (com informações de Diego Monteiro)
Remédios para o corpo e para a alma O empresário Sidney Oliveira, presidente da rede Ultrafarma, falou ao O SÃO PAULO sobre seu encontro com o Papa Francisco na audiência geral de 4 de maio, no Vaticano. “Foi uma experiência única, um momento inexplicável, um sonho realizado. Olhei nos olhos do Papa Francisco e disse que tinha sido eu que tinha enviado a ele o livro dos pássaros brasileiros, e ele sorriu e disse: ‘Foi você? Muito obrigado!’”, relatou. O apoio à evangelização é uma marca conhecida da rede de farmácias que também conta com uma emissora de TV com uma extensa programação religiosa, como a missa diária da Catedral da Sé. “Quando falamos em vender medicamentos, muitas famílias que vem até a Ultrafarma estão precisando não só de tratamentos médicos, mas também de outro tipo de apoio, o apoio espiritual, até mesmo pelas doenças e situações desesperadoras que muitas vezes existem nessas famílias que passam por problemas tão sérios de saúde. Acredito que se pudermos divulgar e
L’Osservatore Romano
Empresário Sidney Oliveira durante encontro com o Papa no Vaticano, no dia 4 de maio
incentivar o amor e paz entre as pessoas por meio do apoio à evangelização, isso trará um benefício natural, independente de crença ou religião. Eu vivo o catolicismo na prática e sei da força positiva que a fé nos traz nos desafios do nosso dia a dia”, disse. Sidney também comentou sobre o atual momento nacional que afeta diretamente o meio empresarial. “Penso
que o momento pede uma união maior entre todos os setores. A crise se vence com trabalho e soma de esforços. Acho que além de cortar o supérfluo, devemos apostar na criatividade que sempre foi um ponto forte dos brasileiros e buscar alternativas para fazer o mesmo com menos e porque não fazermos ainda melhor que antes?”, concluiu. Redação: Fernando Geronazzo
Brasil tem maior índice de desemprego desde 2012 O desemprego no Brasil voltou a subir no “trimestre móvel” encerrado em abril, atingindo 11,2% da população economicamente ativa. O resultado é 1,7 ponto percentual maior que o do “trimestre móvel” encerrado em janeiro (9,5%). Trata-se do maior percentual de desempregados desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua), em janeiro
de 2012, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Conforme os dados divulgados na terça-feira, 31, em abril havia 11,4 milhões de trabalhadores desempregados. Os dados da Pnad Contínua indicam que a população ocupada do País, que fechou o trimestre móvel encerrado em abril em 90,6 milhões de pessoas, recuou 1,1% em relação ao trimestre en-
cerrado em janeiro de 2015 e 1,7% - ou menos 1,5 milhão de pessoas trabalhando - quando comparada a igual período de 2015. Os setores da indústria geral, construção e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foram os que mais puxaram a taxa de desemprego no período. Fonte: Agência Brasil (Redação: Daniel Gomes)
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Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com
Nelson Jr./SCO/STF
Caiu mais um
O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, pediu demissão do cargo na segunda-feira, 30. A situação de Fabiano na Pasta ficou fragilizada após virem à tona conversas gravadas em que ele aparece criticando a operação Lava Jato e dando orientações para a defesa de investigados em esquema de desvios de recursos na Petrobras, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
E no Conselho de Ética da Câmara...
Ainda que o processo passe por duas instâncias, haverá um trâmite muito mais rápido do que um trâmite processual no STF
O foro privilegiado ‘contribui para a impunidade nos crimes contra a administração e o patrimônio públicos’ O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu o fim do foro privilegiado. Para ele, “é preciso acabar ou reduzir o foro privilegiado, ou reservá-lo apenas a um número pequeno de autoridades. É uma herança aristocrática”. A fala do ministro foi feita durante um evento em São Paulo, no dia 23, e reacendeu um debate há muito tempo travado no País. Em entrevista ao O SÃO PAULO, o juiz federal Fernando Mendes, vice-presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), e a doutora Hadja Rayanne Alencar, presidente em exercício da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), afirmaram que ambas entidades são a favor do fim da prerrogativa de foro privilegiado. “O instituto jurídico [do foro privilegiado] contribui para a impunidade nos crimes contra a administração e o patrimônio públicos”, destacaram. O foro por prerrogativa de função, popularmente chamado de foro privilegiado, é inerente ao cargo que determinadas autoridades ocupam no Brasil. A análise de processos que envolvem essas pessoas é, então, feita por órgãos como tribunais, o Supremo Tribunal Federal, o Senado ou as câmaras legislativas. Segundo a lei, o objetivo do foro privilegiado é garantir isenção no julgamento. Seu objetivo é evitar pressões sobre o órgão julgador. Há, entretanto, pouca estrutura dos tribunais superiores para instruir e julgar os processos de corrupção. A demora acaba ensejando na população a sensação de impunidade. “No Brasil, entre as autoridades que têm o foro por prerrogativa de função, estão o presidente da República, os ministros (civis e militares), todos os parlamentares, prefeitos, integrantes do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas da União (TCU) e todos os membros do Ministério Público Federal (MPF). Atualmente, de acordo com o MPF, estima-se que 22 mil autoridades têm o direito a foro privilegiado no País” afirmou Hadja. A Ajufe tem uma proposta que vai na linha do que disse o ministro Barroso: se não for possível o fim do foro privilegiado, que ao menos se limite a prerrogati-
va ao mesmo somente aos chefes dos poderes. “Dentro do sistema republicano, não há justificativa para a atual situação; uma pessoa que ocupa uma função pública, uma vez processada, sempre exercerá o pleno direito de defesa que a Constituição garante. Além disso, defendemos que ao menos aconteça uma redução drástica do número de pessoas que têm essa prerrogativa, somente os mais altos cargos da República que justifique o uso da prerrogativa”, afirmou Fernando.
Os processos demorariam mais?
De acordo com AMB, não. “O prazo médio para o STF receber uma denúncia é de quase dois anos, sendo que em um juízo de 1º grau, uma denúncia é recebida em uma semana, em média. O julgamento colegiado por parte do Supremo dificulta a pronúncia de um veredicto, o que poderia ser facilitado caso os atos cometidos por políticos fossem julgados por juízes criminais. Analisar denúncias contra políticos faz com que o Supremo atrase a resolução de outras questões relevantes ao País”, destacou Hadja. Um exemplo de processo que julgado em uma vara civil seria mais rápido é a Ação Penal 470, popularmente conhecida como “Mensalão”. De acordo com Fernando, o processo ficou quase um ano sendo discutido no plenário do STF, quando na verdade se tratava de um “caso pragmático dentro da Justiça brasileira”, um processo penal que não é típico de uma corte que possui o aspecto constitucional como o Supremo. Fernando destaca que a preocupação com a demora do julgamento de um processo no fórum civil é pertinente, mas passou a ter um caráter secundário depois que o STF definiu que a partir da condenação em 2ª Instância já é passível de execução a sentença penal condenatória, mesmo que não transitado em julgado. Para o Juiz Federal, “ainda que o processo passe por duas instâncias, ele vai ter um trâmite muito mais rápido do que um trâmite processual no âmbito do STF, um órgão colegiado que decide as principais questões do País, e dentro desse contexto está lá com diversas ações penais tratando de fatos individuais”.
O relatório do caso do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) será lido no Conselho de Ética na quartafeira, dia 1º. A discussão e a votação devem ocorrer na próxima terça-feira, 7. Ao fazer a entrega do documento no Conselho, o relator, deputado Marcos Rogério (PDTRO) evitou falar sobre o teor do voto, pois teme novos questionamentos e adiamentos deste que é o mais longo processo do Conselho - já dura sete meses. O Deputado ressaltou que o relatório obedece à decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de restringir as acusações de que Cunha mentiu à CPI da Petrobras quando disse não ter contas no exterior.
Odebrecht na delação premiada
Considerada uma “metralhadora de [calibre] ponto 100” pelo ex-presidente José Sarney, Marcelo Odebrecht decidiu fazer um acordo de delação premiada e de leniência com o Ministério Público Federal no âmbito da operação Lava Jato. O documento que formaliza a negociação já teria sido assinado, informou a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. “A empreiteira se comprometeu oficialmente a detalhar o financiamento de todas as campanhas majoritárias de anos recentes com as quais colaborou – como as de Dilma Rousseff a presidente da República, e Michel Temer a vice, e a de Aécio Neves a presidente, em 2014. Ou seja, nenhum dos grandes partidos (PT, PSDB e PMDB) deve ser poupado”, diz a jornalista.
Sabatina adiada
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) resolveu adiar para a terça-feira, 7, às 10h, a sabatina do economista Ilan Goldfajn, indicado pelo presidente interino Michel Temer para assumir o comando do Banco Central. Com a leitura do parecer do relator da indicação, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), realizada na sessão da terça-feira, 31, a sabatina estava prevista para ocorrer na quarta-feira, dia 1º. No entanto, a presidente da comissão, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), decidiu conceder o prazo de cinco dias úteis para sanar todas as dúvidas acerca da indicação de Goldfajn antes da arguição.
Casa do povo, sem povo
A Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo discutiu neste mês a ideia de apresentar um estudo para instalar na portaria um sistema de identificação de visitantes, que atualmente podem ingressar no prédio sem apresentar nenhuma identificação. A preocupação é com os moradores em situação de rua, que usam as pias dos banheiros da Câmara Municipal para tomar banho e fazer higiene pessoal.
Auditoria da merenda
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) realizou na terça-feira, 31, uma fiscalização surpresa em 200 escolas de 180 municípios do Estado de São Paulo para auditar a situação da merenda escolar. A operação fiscalizou unidades estaduais e municipais que mantêm convênio com o Estado e escolas técnicas (Etecs). O objetivo foi verificar a situação da merenda entregue aos alunos, se as merendas estão sendo terceirizadas ou “quarteirizadas”, qual a situação dos fornecedores e se o cardápio está fixado nas escolas. Fontes: Congresso em Foco, Folha de S.Paulo, G1 e EBC
12 | Reportagem |
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‘Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar’ Igor Andrade
Especial para O SÃO PAULO
Mais que um feriadão para ir à praia ou para promover um churrasco com familiares e amigos, o dia de Corpus Christi é uma solenidade religiosa, dedicada ao Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, e que foi instituída para recordar aos fiéis um aspecto acerca da fé cristã: a presença real de Jesus na Eucaristia. São Paulo, na carta aos Coríntios, dá testemunho da fé da comunidade primitiva em uma presença de fato, e não meramente simbólica, de Cristo na Eucaristia “Eu recebi do Senhor o que vos transmiti: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão e, depois de ter dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é entregue por vós; fazei isto em memória de mim. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Esse cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim” (1 Cor 11, 23-25). Não há registros na história da Igreja da presença de grandes controvérsias sobre a Eucaristia na antiguidade. De quanto se sabe, as primeiras objeções que ganharam difusão ocorreram no fim da alta Idade Média. Um exemplo foram as ideias do teólogo Berengário de Tours (1000-1088), professor na Escola Catedral de Chartres, na França, que se notabilizou por pregar o uso da razão e da lógica nos domínios da fé. Influenciado pelo racionalismo nascente, Berengário chegou a negar a possibilidade do milagre da transubstanciação (segundo a doutrina católica, é quando o sacerdote pronuncia as palavras da consagração e o pão e o vinho mantêm sua aparência, gosto e matéria, mas se tornam Corpo e Sangue de Jesus) e a dizer que a Eucaristia não passava de um pão bento simbólico. Contudo, tal pensamento não adentrou o coração da monja Juliana, priora da Abadia de Cornillon, na Bélgica, no século XIII. A religiosa – proclamada santa em 1599 – de gigantesca fé no Santíssimo Sacramento, foi a responsável pela difusão da festa em honra ao Corpo e Sangue de Cristo, primeiro em sua diocese, e depois no mundo. Desde os 16 anos, Juliana tinha visões nas quais o Senhor lhe dizia querer uma festa anual dedicada ao seu Corpo e Sangue. Quando não conseguia mais conter tamanho amor a Jesus sacramentado, a Santa comunicou uma de suas visões a Dom Roberto de Thorete, bispo de Liège – a primeira diocese a iniciar os festejos em honra ao sacramento da Eucaristia – e a Jacques Pantaleón, que mais tarde se tornaria o Papa Urbano IV. No verão de 1264, o Papa Urbano IV estava de passagem em Orvieto quando recebeu a notícia de que durante a celebração de uma missa na Igreja de Santa Cristina, localizada a uma pequena distância dali, na cidade de Bolsena, o Sacerdote — que passava por provações na fé quanto
à presença real de Cristo na Eucaristia — vira transformar-se nas próprias mãos a Sagrada Hóstia em um pedaço de carne, que derramava abundante sangue sobre o corporal (pano quadrado que fica sobre a toalha do altar e onde ficam os objetos litúrgicos). Depois desse sinal, e atendendo ao pedido feito por Jesus a Santa Juliana, Urbano IV emitiu a bula “Transiturus de hoc mundo” (Passando deste Mundo), pela qual determinava que a Solenidade de Corpus Christi fosse celebrada em toda a Igreja. Porém, a morte do Papa, dois meses depois, dificultou a rápida propagação da festa. Conta a história que o Papa encarregou a São Boaventura e a Santo Tomás de Aquino de escreverem um ofício – o texto da liturgia. Quando o Pontífice começou a ler em voz alta o ofício feito por Santo Tomás, São Boaventura achou o canto tão lindo e preciso que, em lágrimas, rasgou em pedaços aquele que fizera, para não concorrer com este. Essa festa só não foi esquecida depois da morte de Urbano IV porque Clemente V tomou o assunto em mãos e, no concílio geral de Viena, em 1311, ordenou mais uma vez a adoção dos festejos. Em 1317, João XXII promulgou uma recompilação das leis, estendendo a festa a toda a Igreja, fazendo-a existir até hoje.
As procissões
As procissões com o Santíssimo Sacramento datam já do século XIII, quando as devoções ao Corpo de Cristo começaram, mas aconteciam somente dentro da igreja. Em 1247, houve a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa diocesana. O costume de se realizar as procissões foi aumentando em todo o mundo cristão na medida em que a festa vinha sendo adotada nas dioceses, mas o grande divisor de águas veio depois que os papas Martinho V e Eugênio IV concederam indulgências a quem participasse dessas procissões, que se fizeram bastante comuns a partir do século XIV. Finalmente, o Concílio de Trento declarou que, muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume de, em todos os anos, o Santíssimo Sacramento ser levado em procissão pelas ruas e lugares públicos.
Tapetes de Corpus Christi
O hábito de confeccionar os tradicionais tapetes – tão populares por todo o Brasil – onde ocorrem as procissões chegou aqui pela colonização portuguesa, sobretudo por parte dos açorianos. “Por este tapete passa a procissão, o sacerdote vai à frente carregando o ostensório e em seguida pelas pessoas que participam da festa. Tudo isso tem muito sentido e deve ser preservado”, afirmou o professor Felipe Aquino, em seu artigo intitulado “História da Festa de Corpus Christi”. Fontes: sites editora Cleofas, Presbíteros.com.br, O Fiel Católico e Blog Arautos do Evangelho
A Eucaristia
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conduz às obras de misericórdia Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
Missa e procissão no centro de São Paulo marcaram a festa de Corpus Christi na Arquidiocese Fernando Geronazzo osaopaulo@uol.com.br
“A Eucaristia é um dom grandioso da misericórdia do Pai”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, na missa campal da Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi, na quinta-feira, 26. Milhares de fiéis lotaram a praça da Sé para a celebração, que contou com a presença dos bispos auxiliares e inúmeros padres da Arquidiocese. “Na Eucaristia, é Cristo que se doa por nós, que se faz o bom samaritano, que vem ao nosso lado, que nos levanta de nossas quedas e fragilidades. E, por isso, da Eucaristia também brota para nós a lição da misericórdia, o convite a praticá-la, a sermos misericordiosos todos os dias”, disse Dom Odilo, na homilia, recordando o Ano Santo extraordinário da Misericórdia. O Arcebispo enfatizou que não dá para celebrar a Eucaristia e sair da Igreja com o coração fechado, “mas deve-se abrir necessariamente às necessidades do próximo, às situações de dor, de angústia, sofrimento diante do qual não podemos passar indiferentes depois de termos participado da mesa da Eucaristia”. Ele convidou todos a renovarem a consciência de que a Eucaristia leva à caridade, à partilha e à prática das obras de misericórdia. Como gesto concreto, os participantes da missa doaram cobertores e agasalhos para as pessoas em situação de rua. Dom Odilo fez menção ao grande serviço de caridade que os muitos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão realizam para com os doentes. “Eles ajudam na distribuição da Eucaristia nas missas, mas também levam a comunhão aos doentes, zelam para que os doentes sejam cuidados, acompanhados, visitados. É um grande trabalho. Uma grande obra de misericórdia, grande serviço prestado a Jesus eucarístico que quer justamente ser presença, ser o pão daqueles que precisam ainda mais quando se encontram em situação de doença e fragilidade ou, eventualmente, preparando-se para a morte”.
Testemunho público da fé
“Essa manifestação que fazemos hoje, ao contrário de outros
dias, fazemos publicamente, na praça, vamos às ruas para dizer ao mundo essa fé que nós temos e essa certeza de que Ele permanece no meio de nós”, destacou o Cardeal. “Nossa fé católica nos lembra que no sacramento da Eucaristia nós, de fato, reconhecemos Jesus Cristo como presença constante entre nós... No sacramento da Eucaristia, nós também reconhecemos o sacramento da Igreja. A Igreja é Jesus Cristo com os seus discípulos... Ele conosco e nós com ele. Ele que veio para ficar conosco e nunca mais se separar de nós”, continuou. O Arcebispo explicou, ainda, que a Eucaristia recorda Jesus que se doou em sacrifício, que na cruz se entregou, “derramou seu sangue para que nós tivéssemos vida e fôssemos purificados de nossos pecados”. “Em toda celebração da Eucaristia, tornamos presente esse único e grande sacrifício que nos une a Deus e nos salva. Na Eucaristia, nós reconhecemos a ceia fraterna. Por isso, a celebração sempre acontece em torno da mesa do altar, que recorda a mesa a última ceia. Lembra o cordeiro pascal que Jesus Cristo agora, imolado por nós sobre a cruz, mas que nos sinais do pão e do vinho que consagramos é significado na Eucaristia. Reunidos em torno da ceia fraterna, nós aprendemos a ser povo de Deus, comunidade de irmãos, família de Deus, que o Pai reúne e constantemente alimenta”, disse.
Anúncio da esperança
Por fim, Dom Odilo lembrou que a Eucaristia é, ainda, anúncio da esperança dos cristãos. “Toda vez que nos reunimos para celebrar a Eucaristia, nós anunciamos aquilo que ainda virá, que Deus nos prepara. ‘Anunciamos a vossa morte a proclamamos a vossa ressureição. Vinde, Senhor Jesus’, dizemos na missa. A Eucaristia plena se realizará na casa do Pai, onde todos aqueles que receberem a graça da salvação estarão reunidos”. Após a missa, aconteceu a tradicional procissão eucarística pelas ruas do centro da Capital paulista, passando pelo Pátio do Colégio, local da fundação da Cidade, pelo Mosteiro de São Bento. À frente da procissão, os membros do Vicariato Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua distribuíam alimentos aos moradores em situação de rua. A procissão foi encerrada diante da Igreja Santa Ifigênia, onde Dom Odilo deu a bênção do Santíssimo Sacramento.
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Na cidade grande também tem ‘arraiá’ Fernando Geronazzo osaopaulo@uol.com.br
O mês de junho traz para a Capital paulista as cores e sabores de uma tradição bastante viva em todo o Brasil: as festas juninas. Fogueira, quentão, vinho quente, pi-
REGIÃO BELÉM Paróquia São João Batista
nhão, pipoca, doces, brincadeiras, correio elegante, quadrilhas e a devoção aos populares “santos juninos” – Santo Antônio, São João e São Pedro – são marcas registradas nas quermesses paroquiais. Essa tradição vinda com a colonização portuguesa também ganhou a contribuição das colônias italianas e a criatividade
das grandes festas do Nordeste brasileiro. Essas festas também são uma forma de arrecadar fundos para obras sociais e a manutenção das comunidades paroquiais. O SÃO PAULO traz nesta edição a programação de algumas das festas juninas realizadas na Arquidiocese e Luciney Martins/O SÃO PAULO
convida o leitor a colaborar conosco, compartilhando as programações das festas das paróquias e comunidades por meio das redes sociais: facebook.com. br/jornalOSAOPAULO e twitter.com/ jornalosaopaulo, com a palavra-chave #FestaJuninaArquiSP. Abaixo confira as programações:
REGIÃO IPIRANGA Paróquia São João Batista
(Largo Senador Morais Barros, s/nº, Brás) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 24, 25, 26 de junho e 2 e 3 de julho Horário: A partir das 17h
(Avenida do Café, 688, Vila Guarani) Datas: 18, 19, 25 e 26 de junho Horário: A partir das 17h
Paróquia São Pedro Apóstolo
(Largo São João Clímaco, 4) Datas: 11, 12, 18, 19, 24, 25, 26 de junho e 2 e 3 de julho Horário: Sábados, das 6h às 11h, e domingos, das 12h às 22h
(Avenida Alberto Ramos, 614, Jardim Independência) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 24, 25, 26 de junho e 2 e 3 de julho Horário: A partir das 19h
Paróquia São João Batista (Avenida José Velho Barreto, 281, Parque Colonial) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 24 e 25 de junho Horário: Das 19h às 22h
Paróquia São Pedro Apóstolo
Paróquia São João Clímaco
Instituto Meninos de São Judas Tadeu (Avenida Itacira, 2.801, Planalto Paulista) Datas: 5, 12, 19 e 26 de junho e 3 de julho Horário: Das 10h às 21h
REGIÃO SANTANA
(Avenida do Oratório, 6.276, Vila Industrial) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 24, 25 e 26 de junho Horário: Não informado
(Rua Salvador Tolezano, 164, Mandaqui) Datas: 4, 5, 11 e 12 de junho Horário: A partir das 17h
Paróquia Santo Antônio de Lisboa
Paróquia Santo Antônio de Lisboa
(Rua Euclides Pacheco, 1.980, Vila Gomes Cardim) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 24, 25 e 26 de junho Horário: Não informado
REGIÃO BRASILÂNDIA Paróquia Nossa Senhora das Dores (Avenida Elísio Teixeira Leite, 7.400, Taipas) Datas: 18, 19, 24, 25 e 26 de junho e 2, 3, 9 e 10 de julho Horário: A partir das 19h
Comunidade São Pedro Apóstolo, da Paróquia Nossa Senhora do Retiro (Rua Manuel Ribeiro Rosa, 53, Jardim Cidade Pirituba) Datas: 2 e 3 de julho Horário: Após a missa das 17h
REGIÃO LAPA Paróquia São João Batista de Vila Ipojuca (Rua Tonelero, 967, Vila Ipojuca) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 25 e 26 de junho Horário: A partir das 19h
Paróquia São João Batista de Vila Mangalot (Rua Rubens de Souza Araújo, 495, Vila Mangalot) Datas: 4, 5, 11, 12, 18 e 19 de junho Horário: A partir das 19h
Paróquia Santo Antônio Mandaqui
(Rua Santo Antônio de Lisboa, 200, Vila Ede) Datas: 4, 5, 11, 12 e 13 de junho Horário: A partir da 19h
Paróquia Santo Pedro Apóstolo Tremembé (Rua Maria Amália Lopes Azevedo, 222 A, Vila Albertina) Datas: 4, 5, 11, 12 ,18, 19, 25, 26 de junho e 2 e 3 de julho Horário: A partir das 18h
Paróquia Nossa Senhora da Candelária (Praça Nossa Senhora da Candelária, 01, Vila Maria) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 25 e 26 de junho Horário: A partir das 17h
REGIÃO SÉ Paróquia São Vitor Mártir (Rua Polignano A’Mare, 51, Brás) Datas: 4, 5, 11, 12, 18, 19, 24, 25 e 26 de junho Horário: A partir das 18h
Paróquia Santo Antônio do Pari (Praça Padre Bento, s/nº, Pari) Datas: 4, 5, 11, 12, 13, 18, 19, 25 e 26 de junho Horário: A partir das 17h
Paróquia Santo Antônio da Barra Funda (Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 421, Barra Funda) Datas: 4, 5, 11, 12, 18 e 19 de junho Horário: A partir das 19h (Colaboraram Fábio Augusto e Milena Guimarães)
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Com a Palavra: Dom Ignatius Ayau Kaigama
‘O terrorismo é como um câncer, quanto mais se espalha, mais perigoso fica’ Luciney Martins/O SÃO PAULO
Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com
Na semana passada, o site da ONU Brasil divulgou que o número de crianças usadas pelo grupo nigeriano Boko Haram como terroristas suicidas aumentou em dez vezes em 2015. Homens armados do grupo continuam realizando ataques contra alvos civis e militares, apesar das operações na região do Lago Chade, no continente africano. Entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2016, Camarões, país mais atacado pelo grupo terrorista, registrou o maior número de ataques suicidas envolvendo crianças, 21, seguido pela Nigéria, 17, e Chade, 2. Ao visitar o Brasil, em abril deste ano, Dom Ignatius Ayau Kaigama, arcebispo de Jos, na Nigéria, falou aos bispos brasileiros, reunidos na 54ª Assembleia Geral da CNBB, sobre as dificuldades e a violência que os cristãos têm sofrido no país africano. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Kaigama fala do terrorismo do Boko Haram e do aumento de cristãos na África: “é uma característica das pessoas, quanto mais elas passam por um determinado sofrimento, mais forte elas ficam, ainda mais quando nisso se relaciona com sua fé”, afirmou.
O SÃO PAULO – Quando houve o
atentado na França, em novembro de 2015, o senhor se manifestou pedindo que também não se esquecessem da África, dos atentados que o Boko Haram faz à Nigéria e em outros países do continente. Como está a situação da Igreja e essa questão do Boko Haram?
Dom Ignatius Ayau Kaigama - Quando o ataque ocorreu em Paris, todo o mundo voltou sua atenção para lá. Duas semanas antes, houve um ataque terrorista no nordeste da Nigéria em que 2 mil pessoas foram assassinadas. O que nós [Igreja na África] esperamos é que se tenha uma atenção similar ao que ocorreu na França. O terrorismo é como um câncer, ele vai se espalhando e quanto mais se espalha, mais perigoso fica. O Boko Haram não está só na Nigéria, ele tem se espalhado pela Nigéria, Mali, entre outros. Houve ataques na Europa, na Bélgica recentemente. Tudo isso é muito triste. É importante prestar atenção em todos os lugares, não importa o quão pequeno, o quão insignificante, o quão pobre é um país. A atenção deve ser equivalente aos países ricos, justamente para evitar que o terrorismo se espalhe.
O senhor tem uma estimativa de
elas ficam, e mais ainda quando o que está envolvido é a fé. Acredito que seja por isso que, mesmo nessa situação difícil, mantenha-se o crescimento no número de cristãos na África. Além disso, continuamos mantendo as atividades litúrgicas: celebramos a Páscoa, o Natal.... Tomamos os devidos cuidados: por exemplo, fizemos uma barreira com um detector de metais, as mulheres não podem levar sacolas para a igreja, até mesmo os carros não chegam muito próximo das igrejas. Mas o importante mesmo é que as atividades eclesiais continuam ocorrendo para que, mesmo nas dificuldades, as pessoas tenham para onde recorrer.
Há envio de missionários de outros países para a região da Nigéria?
quantos cristãos que já foram mortos pelo Boko Haram?
É difícil ter esses números de modo preciso, porque esses ataques terroristas vêm ocorrendo desde 2009.
O senhor teme por sua vida?
Temo pela minha vida, pela vida dos meus, pelo meu País. Quanto maior o grau de popularidade da pessoa [quanto mais famosa é], mais ela estará na mira do Boko Haram, pois é mais atrativa para esses terroristas. Devido ao cargo de líder religioso, acabo me tornando uma dessas personalidades visadas pelos terroristas.
Qual o intuito de sua visita ao Brasil? Chamar atenção para as dificuldades da Igreja na Nigéria?
Fui convidado a vir ao Brasil pelo escritório da Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), que ajuda os cristãos nos países onde há perseguição religiosa. Meu objetivo é, com esse convite, compartilhar com os bispos [da CNBB] minha experiência e a vida dos cristãos na Nigéria. Os fatos não são conhecidos pelas pessoas: ou chegam distorcidos ou simplesmente não chegam, são esquecidos.
Lendo sobre o Boko Haram, descobrimos que ele tem como prática não somente o assassinato, mas sequestro, tortura, entre outros. Como combater esse câncer, como minar as forças desse grupo terrorista que tanto faz mal à sociedade?
É uma questão difícil de se responder, porque vai além de minha área. Sou um líder religioso, e a questão do Boko Ha-
ram envolve política local e internacional. Porém, eu vejo o que esses ataques do Boko Haram causam: destroem casas, as pessoas não têm alimentos, são obrigadas a fugir da região onde estão para outras localidades e vão até mim e sou eu quem tem que socorrer essas pessoas, mas nem sempre há condições para se fazer isso.
Então o papel da Igreja na Nigéria tem sido não somente espiritual, mas também de acolhida a essas pessoas?
A Igreja na África não está só rezando, mas ajudando essas pessoas também com recursos materiais. Alguns desses refugiados não ficaram na Nigéria, foram para Camarões. Durante a assembleia dos bispos em Camarões, bispos da Nigéria que foram para lá levaram dinheiro arrecadado para atender às necessidades desses refugiados nigerianos que estavam em Camarões. Outros padres e leigos voluntários nas paróquias onde o Boko Haram ataca acabam indo para outras dioceses que os recebem e passam a viver lá. Então, acabam prestando um serviço social também agregando essas pessoas na própria diocese.
Mesmo diante desse cenário de ataques do Boko Haram, o número de cristãos na África tem aumentado. Como o senhor vê esse fenômeno?
Se você ler a história da Igreja, perceberá que tivemos períodos difíceis e que o catolicismo continuou crescendo mesmo na dificuldade. Então, é uma característica das pessoas: quanto mais elas passam por um determinado sofrimento, mais forte
Antes recebíamos muitos missionários do exterior, sobretudo da Irlanda, mas agora, por incrível que pareça, as vocações estão cessando no mundo, mas crescendo na igreja perseguida. Temos 15 seminários com mais de 4 mil seminaristas na Nigéria.
Como a Igreja Católica no Brasil pode ajudar a Igreja na Nigéria?
O primeiro passo para ajudar a melhorar a Nigéria é conhecer a situação, entender a extensão da situação. Por exemplo, a divulgação dessa entrevista na mídia brasileira já é uma ajuda importantíssima, porque vai levar o conhecimento sobre isso. Estive com o movimento dos Focolares, com quem presidi uma missa e falei sobre a situação da Igreja na Nigéria. Apresentei o problema na Assembleia dos Bispos da CNBB e falei da situação do povo. Uma vez que se conhece o problema, fica muito mais fácil a união para poder auxiliar.
Muitas pessoas olham para África e enxergam somente a pobreza financeira. Isso contribui para o surgimento de grupos radicais?
A África, de fato, é pobre, mas não por escolha. Muitos países têm chuva apenas três ou quatro meses por ano. Além dessa situação, muitos dos líderes têm privilégios em demasia, às custas da população: têm grandes casas, grandes carros na Europa, em outros países etc. Então, é necessário que os líderes parem de ter uma vida absurdamente luxuosa às custas do povo e comecem a trabalhar mais a serviço da população. Por causa disso, não há investimento nos países, não há turismo, nem nada do tipo. Como essa difícil situação econômica afeta setores como a saúde e a educação, é fácil que esses grupos cheguem e consigam adeptos, porque eles oferecem alguma expectativa para essas pessoas.
As opiniões expressas na seção “Com a Palavra” são de responsabilidade do entrevistado e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do jornal O SÃO PAULO.
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Filipe David
osaopaulo@uol.com.br
Dica de Leitura Para refletir confissão As melhores coisas da vida Uma da intolerância
Nem mesmo a morte foi capaz de mudar Sócrates; seu filosofar era, de fato, o que sempre almejara: “um ensaio para a morte”. Quantos de nós têm um emprego tão estável, mesmo após a morte? Em sua apologia, Sócrates expressou o desejo de seguir examinando as pessoas mesmo depois de morto. E ei-lo aqui, realizando seu desejo. Ei-lo aí; esse maravilhoso encrenqueiro, esse ateniense incoveniente que cria dificuldades onde quer que esteja, sobretudo ali onde a vida é demasiado fácil para o exercício do pensar, ou o pensar demasiado fácil para que haja honestidade. Cá está ele, o filósofo sem sistema, o esgrimista auscultador de
espíritos, infectado pelo enigma do oráculo e disseminando essa saudável infecção; questionando, convicto de que “uma vida não examidada não vale a pena ser vivida”, diz Peter Kreeft. Esse volume reúne os diálogos do protagonista preferido de Peter Kreeft, Sócrates, com os alunos da Universidade do Estado de Desespero, Peter Pragma e Felícia Flake. Dentre os temas abordados, estão as questões de educação, da tecnologia, das ideologias políticas e, por que não, do sexo-drogas-e-rock and roll? FICHA TÉCNICA Autor: Peter Kreeft Páginas: 244 Editora: Ecclesiae
Divulgação
progressista
“Nós, progressistas, acreditamos na diversidade e queremos mulheres, negros, latinos, gays e muçulmanos à mesa, isto é, desde que eles não sejam conservadores. As universidades são os bastiões dos valores progressistas, mas o único tipo de diversidade que elas menosprezam é a ideológica e religiosa. Nós aceitamos bem as pessoas que não se parecem conosco, desde que elas pensem como nós. (...) Considerem o caso de George Yancey, um sociólogo negro e evangélico: ‘Fora do mundo acadêmico, eu enfrento mais problemas por ser negro’, disse-me, ‘mas dentro dele, eu enfrento muito mais problemas por ser cristão, não chega nem perto’. (...) Conservadores podem ser encontrados nas ciências naturais ou em economia, mas eles são praticamente espécies ameaçadas de extinção em áreas como antropologia, sociologia, história e literatura.” (Nicholas Kristof, o texto integral pode ser lido em inglês no site do New York Times –http://nytimes.com).
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O torneio festivo hoje é continental Asociación Uruguaya de Fútbol (AUF)
Copa América de Futebol completa 100 anos; competição começou em 1916 para comemorar o centenário da independência da Argentina Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
O campeonato entre seleções mais antigo do mundo completa em 2016 cem anos de história e terá uma edição festiva a partir da sexta-feira, 3, nos Estados Unidos, com a participação de 16 seleções, que disputarão 32 jogos, em dez estádios. Há um século, na primeira edição, tudo era bem diferente: apenas quatro seleções – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai – estiveram na disputa do 1º Campeonato Sul-americano de Futebol (apenas em 1975 o torneio passaria a ser chamado de Copa América). Foram seis partidas, quase todas realizadas no Club Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires, na Argentina.
Início diplomático
“Era o ano de 1916, quando [a Copa América] foi organizada em Buenos Aires. A Associação Argentina de Futebol remeteu às associações vizinhas que então estavam criadas (Chile, Uruguai e Brasil) a regulamentação de um torneio que organizaria em homenagem a uma histórica comemoração: no dia 9 de julho cumpriam-se os 100 anos da Independência da República Argentina. As quatro associações responderam afirmativamente e deram início aos preparativos”, descreve em seu site a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) sobre as ori-
Gradín (centro), do Uruguai, na primeira partida da Copa América de 1916 contra o Chile
gens do torneio. A própria Conmebol seria fundada durante a competição, em 9 de julho daquele ano. Nas primeiras edições, a competição foi apresentada como um torneio de integração entre os países. No livro “Sul-Americano de 1919 – Quando o Brasil descobriu o futebol” (Maquinária editora, 2009), o jornalista e escritor Roberto Sander apresenta um exemplo desse caráter diplomático do torneio, recordando um episódio da terceira edição, disputada no Rio de Janeiro e vencida pelo Brasil. “Uma nota da Confederação Uruguaia de Futebol dizia que o Sul-Americano seria uma ótima oportunidade para reforçar os ‘abnegados propósitos comuns, fundindo o sentimento de confraternidade e Justiça que darão força e alento à cruzada de união, de paz e de grandeza continental
Reprodução
que aspiram todos os povos da América Latina’”.
A rivalidade ‘pegou fogo’
Realizada entre 2 e 17 de julho de 1916, com confronto direto entre todas as equipes em seis jogos, a 1ª Copa América teve 18 gols marcados. O artilheiro da competição foi o negro uruguaio Isabelino Gradín, com três gols. Após vencerem o Chile e o Brasil, os uruguaios chegaram à última partida contra a Argentina podendo empatar para serem campeões. Os argentinos também haviam derrotado o Chile, mas tinham empatado com o Brasil. Em 16 de julho de 1916, um domingo, a cidade de Buenos Aires estava agitada por conta da final. Conforme relatos do jornal argentino La Nación, ainda antes do meio-dia, as portas do Club Gimna-
sia y Esgrima de Buenos Aires estavam tomadas de torcedores para o jogo que começaria às 14h30. Resultado: não havia ingressos para todos e muitos forçaram a entrada no estádio, invadindo áreas reservadas nas arquibancadas e até o gramado. A final atrasou em uma hora até que o gramado fosse esvaziado. Porém, muitos torcedores ainda estavam próximos do campo. Com pouco mais de 2 minutos de jogo, quando o Uruguai foi cobrar um arremesso lateral, iniciou-se uma confusão generalizada, que fez o árbitro chileno Carlos Fanta paralisar o jogo. Revoltados, alguns torcedores arrancaram as traves, puseram fogo nas redes e queimaram as arquibancadas. Por sorte, não houve vítimas fatais. A decisão foi remarcada para o dia seguinte, 17 de julho, no antigo estádio do Racing Club de Avellaneda. Dessa vez, com rigoroso controle na entrada de torcedores, não houve incidentes. Com o placar final de zero a zero, o Uruguai conquistou o primeiro de seus 15 títulos na Copa América. Também já venceram o torneio a Argentina (14 vezes), Brasil (8), Paraguai (2), Peru (2), Bolívia (1), Colômbia (1) e Chile (1).
AGENDA ESPORTIVA Brasileirão de Futebol – Série A QUARTA-FEIRA (1º) 21h – Corinthians x Santos (Arena Corinthians) QUINTA-FEIRA (2) 21h – Palmeiras x Grêmio (Pacaembu) SÁBADO (4) 20h30 – Corinthians x Coritiba (Arena Corinthians) DOMINGO (5) 11h – Santos x Botafogo (Pacaembu)
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Brasilândia A tradição volta às ruas Carolina Leandro
Padre Natanael em procissão com o Santíssimo próximo à Paróquia Nossa Senhora do Retiro
Os fiéis da Paróquia Nossa Senhora do Retiro, no Setor Pastoral Pereira Barreto, participaram na quinta-feira, 26, da missa da Solenidade de Corpus Christi, após terem confeccionado o tapete para essa ocasião especial, com a mobilização de leigos de todas as idades, que também coletaram materiais para a confecção, como borra de café, serragem, casca de ovos e sal. Este ano marcou a retomada da tradição de confeccionar o tapete,
Flavio Rogério Lopes e Natali félix Colaboradores de comunicação da Região
que foi montado com 77 metros de extensão na rua Hermínia Fidélis, com imagens alusivas à devoção ao Corpo e Sangue de Cristo. “A Eucaristia é o ápice da fé católica”, afirmou o Padre Natanael Pires, pároco, durante a missa em que também enfatizou ser a comunhão o centro da vida do cristão católico. Após a missa, houve procissão eucarística com o Santíssimo Sacramento, seguida da bênção, em um momento de especial devoção e fé dos fiéis.
Compromissos dos cerimoniários não mudam, dentro e fora da Igreja Reunidos na Paróquia Bom Jesus dos Passos, no Setor Pastoral Freguesia do Ó, no sábado, 28, os cerimoniários da Região Brasilândia participaram de uma formação, assessorados pelo diácono transitório Aílton Amorim, que atualmente exerce trabalho pastoral na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Setor Pereira Barreto. A partir do tema “Função e Espiritualidade do Cerimoniário”, o diácono Aílton falou aos jovens sobre a importância do trabalho pastoral, sobretudo na organização das celebrações
eucarísticas e diversos ritos litúrgicos. Sobre a espiritualidade de quem exerce o ministério, o Diácono destacou a importância da oração, como base em qualquer atividade pastoral, e exortou-os ao testemunho cristão. “A espiritualidade do cerimoniário acontece dentro da Igreja, mas também, na nossa vida lá fora”, destacou. O encontro foi organizado pela equipe de cerimoniários da Paróquia e pelo pároco, Padre Roberto Carlos Moura, que também é coordenador regional dos cerimoniários.
Isadora Felix
Cerimoniários posam para foto com o diácono transitório Aílton Amorim, no sábado, dia 28
Lindolfo Figueiredo
Isadora Felix
O Cardeal Scherer realizou visita pastoral à Paróquia Nossa Senhora da Expectação, na Freguesia do Ó, no domingo, 29, onde presidiu a missa das 11h, sendo acolhido pelo Padre Carlos Ribeiro, pároco. Na matriz paroquial está a Porta Santa para as peregrinações que acontecem na Região Brasilândia neste Jubileu da Misericórdia.
No sábado, 28, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão e os Ministros da Palavra da Região Brasilândia peregrinaram à Porta Santa da Igreja Nossa Senhora da Expectação, na Freguesia do Ó, onde participaram de missa presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia.
Viviane Prado
Geraldo Bento dos Santos
Na quinta-feira, 26, na Paróquia São José, Dom Devair Araújo da Fonseca presidiu missa na Solenidade de Corpus Christi, com os fiéis das paróquias do Setor Perus.
Na noite do domingo, 29, o Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, realizou visita pastoral à Paróquia Cristo Rei, no Setor Perus, onde presidiu missa.
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Peterson Prates
Colaborador de comunicação da Região
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Belém
Dom Luiz Carlos Dias ‘Eis me aqui, venho para servir’ “Chego com o propósito de me inserir na vossa caminhada. Quero entrar nesse trem que se move em certa velocidade, já”, expressou Dom Luiz Carlos Dias, 52, bispo auxiliar da Arquidiocese, na missa em que foi acolhido como vigário episcopal da Região Belém, no sábado, 28, na Paróquia-santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração. Dom Luiz Carlos foi nomeado pelo Papa Francisco, em 16 de março, bispo titular Tunes e auxiliar da Arquidiocese, sendo ordenado em Caconde (SP), sua cidade natal, em 7 de maio. Em um rápido encontro com o clero, antes da missa de acolhida, o Bispo manifestou sua alegria em ser nomeado vigário para a Região Belém. “Vim aqui para servir”, afirmou, fazendo alusão a seu lema episcopal. “Eu vim aqui para aprender a ser bispo. Isso dá uma certa responsabilidade a vocês”, complementou. O Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, saudou Dom Luiz Carlos no início da celebração, lembrando-o que não estará sozinho e que poderá contar com a colaboração do próprio Arcebispo, dos outros bispos auxiliares, do clero e de “todo o povo disposto a colaborar para que a Igreja seja viva, atuante, e seja um belo testemunho de parte da cidade de São Paulo”. Dom Odilo lembrou-se que pela Região Belém “passaram grandes bispos”, como Dom Luciano Mendes de Almeida, cujo processo de beatificação está aberto. Anteriormente, na quinta-feira, 26, na Solenidade de Corpus Christi, na praça da Sé, Dom Odilo acolheu a Dom Luiz Carlos, quando este tomou posse do ofício de bispo auxiliar de São Paulo e foi nomeado vigário episcopal para a Região Belém, com mandato especial para nomear, transferir e provisionar párocos, administradores e vigários paroquiais na Região.
40 anos de história
Na missa de apresentação, no sábado, o coordenador de pastoral da Região
Fotos: Peterson Prates
Dom Luiz Carlos Dias é saudado por fiéis e fala ao clero atuante na Região Belém, no dia 28
Belém, Padre Marcelo Maróstica, relatou o histórico da Região Episcopal, que em maio completou 40 anos de existência, contando atualmente com 65 paróquias, seis áreas pastorais, 147 comunidades eclesiais, nove novas comunidades, três institutos de vida, divididos em dez setores pastorais. “Neste chão da Região Belém nasceram a Pastoral do Menor, a Pastoral do Povo da Rua, a Pastoral da Criança, a Pastoral Fé e Política. Sementes que foram plantadas aqui na Região Belém, e seus frutos se espalharam pela Arquidiocese e até pelo Brasil”, contou Padre Marcelo, que falou também da missão per-
manente, como “forte marca” da Região, destacando o protagonismo dos leigos e a dimensão social da fé. “Desde já, Dom Luiz Carlos, o senhor faz parte dessa história”, disse o Padre. “Eu me alegro muito por hoje já estar inserido nesta história que é belíssima”, expressou o Bispo.
‘Vim para servir’
“Eu vim aqui para servir, e contribuir exercendo meu ministério, cuja melhor tradução se encontra na palavra Pai”, afirmou Dom Luiz Carlos, que parafraseou o Papa Francisco, dizendo: “Peço-lhe licença para entrar na vida de
vocês, para ser como um de vocês - ‘esse é meu desejo, com essa intenção eu chego aqui’”. Durante a homilia, o Bispo contou um pouco sobre sua trajetória presbiteral, incluindo a função de secretário executivo da Campanha da Fraternidade e da Evangelização, na CNBB, entre 2010 e 2015. Dom Luiz Carlos também apresentou algumas referências para sua ação pastoral na Região Belém, como as Diretrizes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. “Nós somos discípulos missionários de Jesus Cristo, chamados a sermos uma Igreja em saída, uma Igreja Missionária”, afirmou. “Nós o acolhemos como bispo para nós, mas também como irmão”, disse o Cônego José Miguel, que ficou responsável pela Região durante os seis meses em que o Belém esteve sem um bispo auxiliar, desde a transferência de Dom Edmar Peron para a Diocese de Paranaguá (PR). Aproximadamente 1.200 fiéis lotaram a Paróquia-santuário para acolher o novo Bispo. Os pais de Dom Luiz Carlos, Onofre Ferreira Dias e Maria José Marques Dias, participaram da celebração, que contou com a presença de familiares e amigos das cidades de Campinas (SP) e Caconde (SP). Desta última também vieram os membros da 2ª Comunidade do Caminho Neocatecumenal.
‘Rezem por mim’
No seu primeiro dia de ministério episcopal, depois da acolhida como vigário da Região Belém, Dom Luiz Carlos presidiu duas missas, no domingo, 29. A primeira na Paróquia São Mateus Apóstolo, no Setor São Mateus, onde ministrou o sacramento da Crisma a mais de 150 jovens; e a segunda na Paróquia Imaculada Conceição, no Setor Sapopemba. “Rezem por mim para que, de fato, seja um autêntico pastor”, pediu o Bispo antes da bênção final.
Paróquia Santa Cruz
Padre Pedro almeida
Depois de sete meses fechada para reforma, a Comunidade São João Batista, da Paróquia Santa Cruz reabriu na sexta-feira, 27, com missa presidida pelo Cardeal Odilo Scherer, arcebispo metropolitano, que realizou os ritos de bênção do altar, do sacrário e das paredes do templo.
Na noite do sábado, 28, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, presidiu missa na Paróquia Menino Deus, no Setor Pastoral Vila Antonieta.
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Santana Dom Sergio é o novo bispo referencial dos diáconos do Regional Sul 1
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio de Deus Borges durante reunião com diáconos da Região Santana, dia 24
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, foi escolhido bispo referencial
da Comissão Regional dos Diáconos (CRD) do Regional Sul 1 da CNBB, que envolve os diáconos permanentes
das dioceses do Estado de São Paulo. A notícia foi transmitida por Dom Sergio na reunião com os diáconos da Região no dia 24, na Cúria de Santana, durante a formação que proferiu sobre a Exortação Apostólica Pós-sinodal Amoris laetitia, do Papa Francisco. O Bispo explicou que com a transferência do antigo referencial, Dom Edmar Peron, para a Diocese de Paranaguá (PR), ele foi convidado a ser o novo bispo referencial. Dom Sergio informou que já teve uma reunião, na Cúria de Santana, no dia 3, com os membros da CRD, os diáconos José Getúlio do Nascimento, da Diocese de Lorena, presidente da Comissão; José Silva, de São José dos Campos, vice- pre-
sidente; e João Lázaro da Silva, de Santo André, tesoureiro. Outra reunião já está marcada para julho. Durante a formação, o Bispo explicou que na Amoris laetitia podem ser extraídas três palavras-chaves: amor, discernimento e acompanhamento. Com base nessas chaves de leitura, Dom Sergio orientou os diáconos a aplicarem a misericórdia no trato com as famílias.
AGENDA REGIONAL Sábado, 4, das 9h às 12h
Reunião do Conselho Regional de Pastoral, na Cúria de Santana (Av. Mal. Eurico Gaspar Dutra, 1.877, Santana).
Diácono Francisco Gonçalves
Elias fotografias
Os fiéis da Paróquia Santa Joana D’Arc junto com o pároco, Padre José Roberto Abreu de Mattos, acolheram no dia 23 Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, que presidiu missa no tríduo em honra à padroeira, cuja festa ocorreu na segunda-feira, 30. A tradicional quermesse se estenderá até dia 12 de junho.
Padre Edgardo Manuel Zagada, pároco da Paróquia de Nossa Senhora Aparecida do Edu Chaves, e o diácono permanente Jorge Fernandes Albuquerque Vides acolheram, no dia 28, Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, que ministrou o sacramento da Confirmação a 57 jovens.
Ipiranga
Caroline Dupim
Colaboradora de comunicação da Região
Solenidade de Corpus Christi une fiéis de paróquias do Setor Cursino As paróquias Santa Ângela e São Serapião e Sagrada Família, no Setor Pastoral Cursino, celebraram juntas na quintafeira, 26, a Solenidade de Corpus Christi. Segundo Frei Marcelo Alves, OP, pároco da Paróquia Sagrada Família, há tempos havia a ideia de promover algo integrado entre as duas paróquias e com a recente reforma da Comunidade Santíssimo Sacramento - que também é a Residência Nossa Senhora da Estrada dos Padres Jesuítas, pertencente a Paróquia Santa Ângela e São Serapião – tornou-se significativo celebrar a solenidade de Corpus Christi nessa Comunidade. A festa teve início no dia 23, com a abertura do tríduo. As atividades contaram com confissões, reza do Terço, bênção do Santíssimo e palestras sobre o “Ano da Misericórdia”. Na quinta-feira, pela manhã, 118 fiéis das duas paróquias se uniram para a confecção do tradicional tapete, com 350 metros de materiais artesanais e 300 metros de TNT. Os desenhos escolhidos representavam a simbologia do mistério
do Corpo e Sangue de Cristo e as logotipos das pastorais atuantes nas Paróquias. Uma parte do tapete homenageava a senhora Maria Isabel, falecida em maio, que foi Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão na Paróquia Santa Ângela e São Serapião. A procissão com o Santíssimo pelas ruas do bairro teve início às 17h, saindo da Paróquia Sagrada Família em direção à Comunidade Santíssimo Sacramento, com a participação de 500 pessoas. Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a missa na Comunidade. No início da celebração, o Bispo acolheu os padres jesuítas residentes na Comunidade e os frades dominicanos da Paróquia Sagrada Família, de modo especial o Frei Bruno da Silva Moreira, OP, ordenado há oito dias. O Bispo, na homilia, ressaltou que a Solenidade de Corpus Christi surgiu para reafirmar a fé dos cristãos em Jesus Cristo na Eucaristia, em que Ele se faz presente em corpo, alma e divindade. “Adorar o corpo de Cristo é acreditar que
Caroline Dupim
Fiéis das paróquias Santa Ângela e São Serapião e Sagrada Família em procissão com o Santíssimo
ali está Jesus, o filho de Deus que nos fortalece e nos dá coragem diante de nossas dificuldades, que não são poucas”, afirmou, destacando que “Cristo passa pelas ruas das cidades há anos e se faz constantemente presente em nossas vidas”. No término da celebração, o ministério de música “Louvor Eucarístico”, ganhador do prêmio “Louvemos ao Senhor” como o melhor álbum litúrgico
de 2015, realizou o show de lançamento do “CD Misericordioso Coração”, com a participação da cantora Jake Trevisan. O grupo voltou a apresentar-se na sexta-feira, 27, quando também aconteceu o show do ministério “Chagas de Amor”. No sábado, 28, houve oração com a Comunidade Taizé e a Vigília de 12 horas, com o Santíssimo Sacramento exposto, terminando no dia 29, com missa.
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Lapa Eucaristia, a grandeza do amor de Deus Benigno Naveira
Colaborador de comunicação da Região
Na Solenidade de Corpus Christi, na quinta-feira, 26, centenas de fiéis participaram da missa das 15h na Paróquia Nossa Senhora da Lapa, no Setor Pastoral Lapa, presidida pelo Padre Adalton Pereira de Castro, pároco. O Sacerdote, na homilia, destacou que Jesus, por meio dos sacramentos, em especial da Eucaristia, no pão e vinho consagrados, se faz presente na
humanidade, revelando a grandeza do amor de Deus. Lembrou, ainda, que a Eucaristia é o pão de Deus para a vida de todo seu povo, a quem Ele não abandona. Ao final da celebração, houve a adoração ao Santíssimo Sacramento e em seguida aconteceu a procissão pelas ruas do bairro, com a posterior bênção com o Santíssimo.
Benigno Naveira
Padre Adalton e fiéis em procissão com o Santíssimo Sacramento nas ruas da Lapa, dia 26
Com Maria, jovens vão ao encontro de Cristo Benigno Naveira
Participantes de retiro posam para foto com Padre Heliton na Paróquia São Francisco de Assis
Por iniciativa do grupo de jovens da Paróquia São Francisco de Assis, no Setor Pastoral Butantã, aconteceu en-
tre os dias 28 e 29, na Emef Professor Max Zendron, em Osasco (SP), o retiro “Encontro de jovens com Cristo”, com o
tema “Pelas mãos de Maria, realiza um milagre em mim, Senhor”. No retiro, foram refletidos assuntos relacionados a drogas, sexualidade, família, conversão e perdão, conforme informou Leandro Valeriano, que coordenou o encontro com Nicoli Diniz, Jonata Gonçalves e Daniela Martines No início da atividade, Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, expressou sua satisfação pela participação de cem jovens no retiro e enfatizou que eles devem ser protagonistas da missão evangeliza-
dora. O Bispo refletiu sobre as obras de misericórdia e lembrou que Maria “é a Mãe da Misericórdia”. O encerramento do retiro foi com missa no domingo, 29, na Paróquia São Francisco de Assis, presidida pelo Padre Flávio Heliton da Silva, pároco. Em entrevista à Pastoral da Comunicação da Lapa, o Sacerdote parabenizou os jovens pelo retiro. Um dos participantes, Alexandre Perrella, disse que desde quando começou a frequentar o Encontro de Jovens com Cristo (EJC), em 2015, se sente mais próximo de Jesus Cristo.
Irineu Faleiros Magro
Tony Donomai
No dia 22, Dom Julio presidiu missa na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no Setor Pirituba, na qual fez o envio dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão.
Dom Julio Endi Akamine conferiu no sábado, 28, o sacramento da Crisma a sete pessoas na Comunidade Santo Elias, da Paróquia São João Batista, no Setor Pastoral Pirituba.
REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br
Dawid Carvalho de Souza
Os fiéis da Paróquia Santo Antônio da Barra Funda, no Setor Pastoral Bom Retiro, mobilizaram-se para a montagem do tapete de Corpus Christi no interior da matriz paroquial, sobre o qual passou a procissão com o Santíssimo Sacramento, com o Padre Luiz Claudio, pároco, na quinta-feira, dia 26.
Sé
Paróquia Nossa Senhora de Casaluce
Terminou no domingo, 29, a 116ª festa da Paróquia Nossa Senhora de Casaluce, no Setor Pastoral Brás. Na missa solene de encerramento, presidida pelo Padre Lorenzo Nacheli, administrador paroquial, houve a coroação do quadro de Nossa Senhora. A tradicional festa, com barracas de comida italiana e música ao vivo, teve início no dia 7.
22 | Geral |
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Cardeal Scherer participa da Semana Teológica da PUC-SP Luciney Martins/O SÃO PAULO
Renata Moraes
Especial para O SÃO PAULO
Em sintonia com o Jubileu extraordinário da Misericórdia, a PUC-SP realiza até sexta-feira, 3, a Semana Teológica 2016, com o tema “Mística, Espiritualidade e Misericórdia. Centenário da morte do bem-aventurado Charles de Foucauld”. O evento ocorre nos campi Ipiranga (avenida Nazaré, 993) e Santana (rua Voluntários da Pátria, 1.653). Na manhã da segunda-feira, 30, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo e Grão Chanceler da PUC-SP, fez a abertura do evento no campus Ipiranga. Dom Odilo parabenizou o Padre Valeriano da Costa, diretor da Faculdade de Teologia da PUC-SP, assim como os professores, organizadores e os alunos pela realização do evento. “O tema é muito pertinente dentro do Ano da Misericórdia, e também a relação com o bem aventurado Charles de Foucauld”. Sobre o Jubileu extraordinário da Misericórdia, o Cardeal lembrou que o Papa propõe duas grandes metas para
‘Dom Paulo por São Paulo: ajude a contar essa história’ Luciney Martins/O SÃO PAULO
Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, palestra na abertura da Semana Teológica da PUC-SP, no campus Ipiranga, dia 30
este ano: o encontro com a misericórdia e a redescoberta e prática das obras de misericórdia. Sobre Charles de Foucauld (18581916), Dom Odilo recordou que o sacerdote francês foi alguém que experimentou a misericórdia de Deus. “Após seu profundo encontro com a misericórdia de Deus, ele também assumiu atitudes
de misericórdia, como a opção de ir ao encontro dos mulçumanos e viver no meio deles, por meio de uma presença amorosa, revelando a eles o rosto misericordioso de Deus”. Charles de Foucauld foi beatificado em 13 de novembro de 2005, na Basílica de São Pedro, em Roma, pelo hoje papa emérito Bento XVI.
Durante toda a Semana Teológica, em ambos os campi, os estudantes de Teologia poderão refletir e aprender mais sobre a vida, missão e obra de Foucauld, por meio das assessorias e conferências com especialistas, teólogos, religiosos, padres e bispos. A programação completa pode ser consultada em http://www. pucsp.br.
Versão digital de cartilha sobre saneamento básico é lançada em SP Sabesp
Diego Monteiro
Especial para O SÃO PAULO
REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br
Para celebrar os 50 anos da ordenação episcopal do Cardeal Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, a Arquidiocese irá promover, de 6 a 16 de junho, a campanha “Dom Paulo por São Paulo: ajude a contar essa história”. A iniciativa, que convida as pessoas a compartilharem relatos e fotos de experiências marcantes com Dom Paulo, irá envolver todos meios de comunicação da Arquidiocese – jornal O SÃO PAULO, rádio 9 de Julho, portal ArquiSP. As contribuições podem ser compartilhadas na página oficial da Arquidiocese no Facebook (facebook.com/arquiSP) ou pelo WhatsApp (11) 98371-9681.
As crianças ficaram encantadas assim que avistaram a Mônica e o Cebolinha subirem no palco montado no pátio do Colégio Santa Cruz (foto), na zona Oeste, no dia 25, para o lançamento da versão digital do gibi sobre o Uso Racional da Água e Saneamento Básico, que já pode ser acessada em http://turmadamonica.uol.com.br/revistasabesp. O evento teve a participação de Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal do Vicariato para a Educação e a Universidade, do Padre Vandro Pisaneschi, coordenador do Vicariato, e do Padre Manoel Quinta, coordenador arquidiocesano da Campanha da Fraternidade. Dom Carlos motivou as crianças para que economizem água no momento em que escovam os dentes, deixando a torneira fechada e não aberta. Na historinha em quadrinhos, os personagens da Turma da Mônica Cebolinha, Cascão, Magali e Mônica - participam de uma visita à nascente do “Rio Limoeiro”. De lá, todos acompanham as mudanças que o rio sofre até a estação de tratamento de esgoto. Além disso, são tratados outros assuntos, como a importância do uso racional da água, o descarte correto do lixo produzido pelas cidades e os impactos da falta de água potável no meio am-
Personagens da Turma da Mônica ilustram história em quadrinhos sobre a economia de água
biente, que, inclusive, podem provocar doenças. A versão impressa do gibi já foi lançada, em 22 de março, no Dia Mundial da Água, em uma parceria da Sabesp, da Maurício de Sousa Produções e do Instituto Trata Brasil. As paróquias e colégios católicos da Arquidiocese já receberam exemplares do gibi.
Visita Pastoral
Na visita ao Colégio Santa Cruz, Dom Carlos aproveitou para conversar com um grupo de estudantes do 3º
ao 5º ano do Ensino Fundamental I. Ele comentou que se alegrou ao passar pela capela e encontrar um grupo de alunos, acompanhados por duas professoras, rezando diante do Santíssimo Sacramento, e recomendou-lhes que se habituassem a fazer uma visita a Jesus na capela para agradecer pelo dia, para pedir ajuda para os pais e irmãos e também para não se sentirem muito nervosos nas ocasiões de prova. Além disso, motivou que os alunos rezem diariamente o Pai Nosso, a Ave Maria e a oração do Santo Anjo.
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Há 93 anos, Liga Solidária transforma vidas por meio da educação Divulgação/Liga Solidária
A ONG conhecida como Liga das Senhoras Católicas atende mensalmente 10 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social Renata Moraes
Especial para O SÃO PAULO
Fundada em 1923 por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, a Liga Solidária, popularmente conhecida como Liga das Senhoras Católicas, é uma organização sem fins lucrativos que conta atualmente com dez programas socioeducativos que atendem 10 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, de diferentes idades. “A Liga nasceu por um grupo de senhoras católicas convidadas pelo arcebispo da época, Dom Duarte Leopoldo, a criarem uma entidade que pudesse ajudar nas demandas sociais daquele tempo, na região do Butantã, local onde ganharam um terreno de doação, no KM 14 do Distrito de Raposo Tavares, onde hoje está localizado o Educandário Dom Duarte”, afirmou, em entrevista ao O SÃO PAULO, Ana Carolina Monteiro Barros Matarazzo, 49, mais conhecida como Carola, presidente da Liga Solidária desde 2012. A ONG, que em 2008 foi considerada uma das dez mais eficientes de São Paulo pela revista Veja São Paulo, tem 90% de seus programas realizados no Complexo Educacional Educandário Dom Duarte (EDD), na região do Butantã, onde o nível de vulnerabilidade social é alto. O distrito é formado por uma população de 100,7 mil moradores de 28 bairros (conforme dados do relatório de 2015 da Instituição). Desse total, 26,5 mil são jovens de 15 a 30 anos. A taxa de mortalidade dessa faixa etária da população é de 96,26 por 100 mil habitantes. “Quando incluímos um jovem de 15 anos, por exemplo, em um curso de capacitação profissional e proporcionamos uma rotina produtiva, dimi-
Programa ‘Primeira Infância’ atende 1.300 crianças de 0 a 3 anos em período integral, divididas em nove centros de educação infantil
nuímos as chances de que ele participe das situações de risco presentes na comunidade em que atuamos”, comentou Carola, lembrando, ainda, que há ações em algumas creches no Rio Pequeno e no Jardim Rosa Maria, na zona Oeste, e na Cidade Monções e Saúde, na zona Sul.
Solidariedade com todas as idades
A missão da Liga Solidária é contribuir com as ações socioeducativas para conscientizar crianças, jovens e adultos de sua dignidade e do seu potencial transformador. A Instituição mantém um abrigo que acolhe crianças e jovens de 0 a 18 anos em situação de risco social, como órfãos e vítimas de violência ou crianças e adolescentes que por algum motivo necessitam ficar temporariamente longe da família, e que são encaminhadas pela Vara da Infância e da Juventude. “Atendemos 480 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos no contraturno escolar, manhã e tarde, que participam de oficinas e atividades de cultura, leitura, esporte, culinária, informática, teatro, ateliê de artes visuais, dança e música”, afirmou Carola. Também são oferecidas aulas de alfabetização para adultos, qualificação profissional para maiores de 15 anos, com cursos de Assistente Administrativo,
Cabelereiro e Manicure, Gastronomia e Suporte Técnico em Informática. Para os idosos, há um centro de convivência e inclusão social da 3ª idade, com oficinas de ginástica, fisioterapia preventiva, artesanato e eventos culturais. A Liga também oferece programa de prevenção à violência doméstica e violência sexual, programa nutricional e o programa de atendimento psicossocial, além de orientação jurídica às famílias. Há, ainda, o programa “Primeira Infância”, que atende 1.300 crianças (de 0 a 3 anos de idade em período integral), divididas em nove centros de educação infantil; e ações de práticas esportivas, que beneficiam 192 crianças.
Uma obra de misericórdia
Para proporcionar tantas ações a quem mais precisa, a Liga Solidária conta com 1.139 funcionários (entre as entidades mantenedoras e assistidas) e mais de 300 voluntários. “Somos um grande transatlântico que está em direção do trabalho de amar o próximo, diminuir a desigualdade social da cidade, trabalho de ajudar na qualidade de vida das pessoas, alinhado aos princípios e propósitos de nossas fundadoras”, comentou Carola. Todos os membros da diretoria, do conselho executivo e do conselho fiscal são voluntários. Carola, por exemplo, está há 17 anos engajada na Instituição.
No começo, ela fazia a gestão de um projeto social no Educandário e foi se apaixonando pela causa. “Eu já tinha dentro de mim um propósito muito forte em trabalhar pelo bem do próximo. Faz parte da minha espiritualidade e da minha formação religiosa”, afirmou Carola, que é administradora de empresas, casada e mãe de três filhos. Para manter as atividades, a Liga Solidária conta com diferentes frentes de captação de recursos, por meio de doações, convênios com a Prefeitura de São Paulo e o Governo do Estado, parcerias com empresas privadas e unidades mantenedoras. “As unidades mantenedoras constituem uma estrutura interna geradora de receitas próprias, sendo dois lares de idosos, dois colégios particulares, uma academia para idosos, uma casa de hospedagem para mulheres, além de aluguéis de imóveis e salas”, detalhou Carola. Ainda segundo a Presidente da Liga Solidária, a sustentabilidade dos trabalhos nestes 93 anos deve-se ao profissionalismo, à busca de modernidade e eficiência, à transparência e ao sistema de governança profissional. “Pessoas altamente indignadas pela desigualdade social, que se sentem motivadas em fazer o bem ao próximo e em transformar a vida do outro. Nossa missão é despertar as pessoas para o que elas têm de melhor”, encerrou.
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