Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 61 | Edição 3111 | 20 a 26 de julho de 2016
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Dom Odilo: A família é chamada a colaborar com a vida da Igreja Na abertura do Curso de Atualização para Sacerdotes, no dia 19, o Cardeal Scherer recordou as assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a família e falou da atenção da Igreja aos desafios da família e a colaboração que esta é chamada a dar à vida eclesial. Página 7
Encontro com o Pastor Cardeal Scherer: Não está em andamento nenhuma ‘reforma da reforma da Liturgia’ Página 3
Editorial Dom Odilo com o Monsenhor Ancona e Dom Carlos no curso para sacerdotes
Apadrinhamento afetivo em SP, uma alternativa à adoção e Juventude de Santo Amaro e o Unifai criaram o projeto “Abraço: ampliando horizontes, construindo laços”, que viabiliza o apadrinhamento afetivo de crianças a partir dos 7 anos de idade. Páginas 12 e 13
Arquivo pessoal
Muitas crianças e adolescentes que permanecem em abrigos não podem ser reinseridos em suas famílias biológicas, nem adotados. Diante disso, a Vara da Infância
Tardiamente, mundo acorda para o problema do terrorismo Página 2
Espiritualidade Dom Devair: Vida eucarística exige uma espiritualidade ecológica de todos Página 5
Opinião Maria Luiza Marcílio: 2 missionários do Sertão Nordestino Página 2
Comportamento
Poucas crianças têm a sorte de Alisson, na foto ao lado de Marli, que o adotou aos 7 anos, com o apoio do esposo Ubiratan e do filho Paulo
Também pela Cracolândia peregrina a Mãe Aparecida Página 22
Maria Madalena: a santa anunciadora da Ressurreição Página 14 Leandra Benjamin/MPIX/CPB
Antonio Leme prestes a concretizar o sonho da medalha paralímpica Nascido com paralisia cerebral severa, Antonio Leme, em cadeira de rodas, vendia salgadinhos pelas ruas de Jacareí (SP) até que seu caminho se cruzou com o da bocha adaptada, modalidade na qual ele representará o Brasil na paralimpíada, em setembro. Mais uma vez, ele está pronto para “vencer limites e transpor barreiras”. Página 11
Valdir Reginato analisa novos ‘namoros’ dos adolescentes Página 6
Medalha São Paulo Apóstolo: indicações prorrogadas até 15/08 A Arquidiocese prorrogou até 15 de agosto o prazo para indicações à Medalha São Paulo Apóstolo, diz Dom Devair Araújo da Fonseca, presidente da comissão julgadora. Página 23
Jovens estão prontos para a JMJ Cracóvia 2016 Começa na terça-feira, 26, a Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, na Polônia. O SÃO PAULO apresenta programação da JMJ e mobilização dos jovens para o evento. Páginas 9, 21 e 23
2 | Ponto de Vista |
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Editorial
Opinião pública mundial acordou tarde para o problema do terrorismo
O
fantasma do terrorismo, cujos alvos preferenciais eram os Estados Unidos, a Europa e o Oriente Médio, passa a assustar também o Brasil. Estamos às portas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e há o temor de que a cidade seja alvo de algum atentado, já que o mundo estará com os olhos voltados para o evento. O receio aumenta à medida em que os atos terroristas se repetem e se diversificam. Assistimos à multiplicação dos “lobos solitários”, indivíduos que se misturam à multidão sem provocar suspeitas e que estão dispostos ao suicídio em nome da religião. A opinião pública mundial desper-
tou tardiamente para o problema, há cerca de um ano e meio, com o massacre ocorrido na redação da revista Charlie Hebdo. Uma semana antes, o Boko Haram, grupo nigeriano que quer implantar o califado islâmico, atacou o vilarejo de Baga, em seu país. A ação resultou em 2 mil mortos. Em 2014, o mesmo grupo sequestrou 273 meninas de uma escola nigeriana. “A educação ocidental é pecaminosa”, alegaram os sequestradores. Algumas vítimas conseguiram fugir, mas até hoje cerca de 200 vivem sob o domínio da organização, a maioria delas como escravas travestidas de esposas dos terroristas. Essas notícias não despertaram a comoção mundial. O mesmo ocorreu com os muitos mas-
sacres de cristãos, apesar dos apelos e exortações do Papa. Em julho de 2014, Francisco afirmou: “É verdade que muitos cristãos foram perseguidos na época de Nero, mas hoje em dia não são menos, porque hoje há muitos mártires na Igreja, muitos cristãos perseguidos. Penso no Oriente Médio, nos cristãos que têm que fugir da perseguição, nos cristãos assassinados pelos seus perseguidores”. Há mais de dois anos, Francisco exortava os líderes muçulmanos para que condenassem publicamente o uso da violência. Ainda hoje, o apelo é plenamente válido. Não basta que políticos ou chefes de outras religiões condenem o terror. É fundamental que a luta contra
os extremistas seja travada internamente. Para que o Islamismo não seja confundido com o terrorismo é importante que seus clérigos, em todas as partes do mundo, manifestem seu repúdio aos atos cometidos por quem desvirtuou os ensinamentos de Maomé. Enquanto isso, rezemos para que as medidas preventivas impeçam atos terroristas durante os Jogos Olímpicos. O Brasil é um exemplo de convivência pacífica entre as religiões. Além disso, o próprio espírito olímpico, que prega a harmonia dos povos em torno do esporte, é uma demonstração silenciosa de que é possível conviver em paz, apesar das diferenças em matéria de fé, de política e de cultura.
Opinião
Dois grandes missionários no Sertão Nordestino Maria Luiza Marcílio A santidade e o ardor missionário são muito mais comuns entre nós do que normalmente se pensa. Estamos acostumados a evotar admiração a figuras conhecidas, como Padre Cícero, no Nordeste. Mas existem muitas figuras santas e dignas de admiração que levaram e mantiveram a fé naquela região. Dom Antônio Maria Malan, bispo de Petrolina (PE), de 1924 a 1931, e Padre Alfredo Hassler, monge austríaco que chegou em Jacobina (BA) no ano de 1938, são dois bons exemplos. Dom Malan, homem sonhador, empreendedor, lutador e visionário, foi logo dotando a capital de sua diocese, Petrolina, de infraestrutura mínima, naquele povoado então primitivo e pequeno. Inaugurou o Colégio Dom Bosco, com grande e completa instalação e um dos primeiros da região sertaneja. Construiu imponente catedral em estilo neogótico, ensinando os sertanejos a lapidar as pedras brancas da região, trazendo da Europa apenas os vitrais coloridos e instalando o grande relógio que ganhou do Padre Cícero, em 1927. Fez ainda construir Hospital de Nossa Senhora da Piedade, o primeiro da região, com modelo das santas casas de misericórdia. Essas obras atraíram populações de longe para a realização de casamentos,
participação em missas e festas religiosas, e para a educação dos filhos. Muitos decidiram mudar de vez para Petrolina, que conhecia seu primeiro grande surto de desenvolvimento. A cidade ergueu-se como município e não parou de crescer.
Outro “santo” do sertão foi o Padre Alfredo Bernardo Maria Hassler. Ele foi enviado em 1938 para Jacobina, no sertão da Bahia, quando da implantação do projeto religioso missionário da Ordem Cisterciense no Brasil. Antes de sua chegada, a Igreja havia criado condições propícias para a implan-
de Nossa Senhora, fundou sua primeira escola paroquial, no povoado de Tabuia, a 84 quilômetros da cidade de Jacobina, gratuita para todas as crianças. Mandou vir de Salvador professoras formadas na Escola Normal, pagando salário condizente e oferecendo local digno para aloArte: Sergio Ricciuto Conte jamento. Para muitas delas, as escolas paroquiais foram uma via de ascensão social, de prestígio, trabalhando fora das cidades onde moravam suas famílias. Rigoroso, Padre Alfredo orientava as professoras na arte difícil de alfabetizar e de ensinar o catecismo às crianças. Até sua morte, o Monge criou 48 escolas paroquiais gratuitas em toda a vasta extensão de sua paróquia. A todas as crianças eram fornecidos uniformes, sapatos, livros e material escolar e, se possível, assistência médica, dentária e outros benefícios, fato desconhecido por lá, até então. Supervisionava cada escola que criou, atravessando constantemente a dura e quente caatinga, em seu hábito de monge e no lombo de jegue. Apesar de fora do claustro, paroquiais, Padre Alfredo sentiu o o Padre Alfredo nunca deixou suas primeiro choque ao deparar-se com obrigações monásticas, seguindo a uma vasta paróquia sem escola priRegra de São Bento. maria elementar, sem professores e Dom Antônio e Padre Alfredo são com forte taxa de analfabetismo. Pôsdois grandes exemplos de fé e de ação se imediatamente a dotar essa região da Igreja Católica que não podem deixar de ser conhecidos e valorizados. de escolas paroquiais. Em 1939, criou a Associação das Escolas Paroquiais Maria Luiza Marcílio é professora titular de História da USP de Jacobina. Na festa da Assunção tação da ordem monástica em terras do sertão. A Paróquia de Santo Antônio da Jacobina foi entregue aos cistercienses, e Padre Alfredo designado seu pároco. Vindo da Áustria inteiramente alfabetizada e com suas escolas
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
D
ias atrás, falou-se na imprensa e em alguns ambientes eclesiais de uma eventual nova reforma da Liturgia na Igreja. Propagou-se que os sacerdotes deveriam celebrar novamente a Missa voltados “ad Orientem” (para o Oriente), que significa que deveriam celebrar voltados para a parede, em vez de voltados para o povo, como se fazia antes da reforma do Concílio Vaticano II. Além disso, a santa Comunhão deveria ser recebida ajoelhados e diretamente sobre a língua. A questão surgiu depois de uma recomendação, aos sacerdotes, do cardeal Roberto Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, na abertura de um encontro sobre Liturgia, em Londres. Não se tratou de um ato oficial da Santa Sé, mas de um desejo do Cardeal, preocupado com o significado da liturgia do Advento; por ser ele o encarregado do Papa para a Liturgia em toda a Igreja, sua palavra foi tomada por alguns como se já fosse uma decisão da Santa Sé, com o aval do Papa. Sem demora, acaloradas discussões sobre uma suposta “reforma da reforma litúrgica” tomaram conta de alguns setores eclesiais; para alguns, seria necessário rever a reforma litúrgica promovida pelo Concílio, nas diretrizes da Constituição Sacrosanctum Concilium (1963). Isso significaria, na prática, voltar à maneira de celebrar a Liturgia antes do Concílio
Reforma da Liturgia. De novo? Vaticano II; motivos para tal revisão seriam a “intocabilidade” das normas litúrgicas anteriores ao Concílio, os abusos e a “dessacralização” das celebrações litúrgicas, supostamente causados pelas reformas conciliares. Depressa, porém, a questão foi esclarecida durante uma audiência do cardeal Sarah com o Papa Francisco; e, no dia 11 de julho, o Padre Lombardi, porta-voz da Santa Sé, emitiu um Comunicado oficial, com “alguns esclarecimentos sobre a celebração da Missa”. Com suas palavras, o cardeal Sarah não estava anunciando orientações diversas daquelas atualmente vigentes nas normas litúrgicas e nas palavras do próprio Papa sobre a celebração “de frente para o povo” e sobre o rito ordinário da Missa. O Comunicado recorda as normas da Instrução Geral do Missal Romano, relativas à celebração eucarística: “O altar-mor seja erigido separado da parede, para ser facilmente circundável e para que nele se possa celebrar de frente para o povo, como convém fazer em toda parte onde isso for possível. O altar ocupe um lugar que seja, de fato, o centro para onde se volte espontaneamente a atenção de toda a assembleia dos fiéis. Normalmente, seja fixo e dedicado” (nº 299). No Comunicado, ficou claro que não está em andamento nenhuma “reforma da reforma da Liturgia”. E até se recomendou que seja evitado o emprego da expressão “reforma da reforma litúrgica”, que pode induzir a equívocos so-
bre a validade da disciplina litúrgica vigente na Igreja. Resolvida a questão, vale lembrar, no entanto, que a reforma promovida pelo Concílio não autoriza nem avaliza cometer abusos na Liturgia. A disciplina litúrgica é regulada pelo Magistério da Igreja; e, sem prejuízo da criatividade, das liberdades e alternativas previstas nos ritos, ninguém está autorizado, por iniciativa própria, a mudar a forma das celebrações e as normas litúrgicas prescritas. Mas a reforma do Concílio também supõe e requer uma contínua e adequada formação litúrgica do povo de Deus. O critério fundamental da reforma litúrgica do Concílio é que “todos os fiéis sejam levados àquela plena, cônscia e ativa participação das celebrações litúrgicas, que a própria natureza da Liturgia exige e à qual, por força do Batismo, o povo cristão (...) tem direito e obrigação” (SC 14). A atenção e fidelidade criteriosa às normas litúrgicas deve sempre ter em vista essa “participação plena, consciente e ativa” dos fiéis nas celebrações da Liturgia, para que possam receber os abundantes frutos dos sagrados Mistérios celebrados. Quanto à maneira de comungar, os fiéis têm a liberdade de receber a sagrada Comunhão na mão ou, diretamente, na boca; também podem recebê-la de joelhos, ou em pé. O que importa, mais que tudo, é que a recebam com fé, a fé da Igreja no Sacramento da Eucaristia, e com aquela dignidade interior e devoção exterior que convém à Eucaristia.
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Dia de oração pelos cristãos no Oriente Médio Por ocasião do Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio, recordado em 6 de agosto, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, presidirá missa na Catedral da Sé na sexta-feira, 5 de agosto, às 12h. A iniciativa do Dia Internacional é da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, que em todo mundo atua no auxílio aos cristãos que não conseguem viver a sua fé por serem perseguidos ou por estarem em condição de extrema carência. A Fundação Pontíficia convida todos os cristãos a rezarem em famílias, com os amigos e nas igrejas em intenção dos irmãos perseguidos no Oriente Médio.
No Mosteiro de Santa Teresa Arquivo pessoal
No domingo, 17, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu missa no Mosteiro de Santa Teresa, no bairro do Jabaquara, por ocasião da festa de Nossa Senhora do Carmo. Participaram da celebração as Irmãs Carmelitas Descalças.
Ordem Terceira do Carmo Arquivo pessoal
Na memória litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, no sábado, 16, o Cardeal Scherer presidiu missa na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, no centro da cidade.
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4 | Fé e Vida |
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Liturgia e Vida
Você Pergunta
17º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 24 DE JULHO DE 2016
O testemunho do Mestre Padre Boris Nef Ulloa “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos...” As Escrituras Sagradas nos descrevem as múltiplas faces da experiência de amor entre o Senhor e seu povo eleito, a qual culmina com o testemunho de Jesus, o Filho, que nos revela a paternidade divina. E não somente nos descreve o Pai, mas, sobretudo, nos ensina o caminho de comunhão com Ele. O seu testemunho, enquanto Mestre, nos instrui a vivermos um crescimento permanente de nossa experiência filial. Neste domingo, desde a primeira leitura, por meio de Abraão, somos estimulados a viver, com humildade e liberdade, nossa experiência de comunhão com Deus. O texto de Gênesis, por meio de um diálogo orante, nos revela um Deus longânime e generoso, que se importa com a vida humana, e que por isso se aproxima e se envolve conosco. Assim, tudo aquilo que é humano é também objeto da preocupação divina. Por esse motivo, o salmista pode afirmar: “naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor!” De fato, seu louvor é alimentado pelo olhar
divino que se volta para o pobre, o humilde, o fraco e que, ao mesmo tempo, resiste ao soberbo e arrogante. No texto lucano, por sua vez, a oração de Jesus, respondendo ao pedido de seus discípulos, nos coloca numa condição privilegiada diante do Deus, que é Pai. Sua oração revela o que há de mais íntimo no ser e no agir do Pai. Sua confiança inquebrantável na providência divina reafirma de forma inequívoca que o Pai, cujo nome é santo, sabe oferecer aos seus filhos e filhas aquilo que mais precisamos: o pão de cada dia e o perdão de seus pecados. E ainda, ao longo do caminho, podemos viver na convicção de fé de que recebemos a assistência do Espírito Santo, aquele que nos fortalece e confirma na Vida e Palavra do Filho, fazendo-nos crescer no amor filial e fraterno. Por isso, podemos firmemente crer e confiar como canta o salmista: o Senhor completará em nós sua obra já começada (segundo o texto paulino: pela graça do Batismo). Por meio de sua providência paterna, ao longo do caminho, o Senhor nos alimenta, sustenta e impulsiona a seguir em frente, afinal, Ele não deixará inacabada a obra de suas mãos!
Não dá para encurtar a celebração do Sábado Santo? padre Cido Pereira
osaopaulo@uol.com.br
A Aparecida não me disse seu sobrenome. Ela ouve minhas respostas às dúvidas de fé todos os dias na rádio 9 de Julho. E me pergunta por que a celebração da Vigília Pascal tem tantas leituras. Na última Semana Santa, diz ela, a celebração começou às 20h e terminou às 23h30. E acrescentou: “Teve gente que foi embora antes de terminar a missa”. Aparecida, para mim, a celebração da Vigília Pascal é o ponto alto das celebrações da Semana Santa. O povo de Deus se reúne, abençoa o fogo tirado da pedra, nele acende o Círio Pascal, símbolo de Jesus, a Luz do Mundo, Coluna Luminosa que guia o povo de Deus hoje como aquela que guiou Israel pelo deserto. Entramos na Igreja com nossas velas acesas no Círio Pascal, proclamamos num belo hino que cremos no Cristo ressuscitado. Depois, mergulhamos na Sagrada Escritura para ler a história de nossa Salvação: a criação do
mundo, o pecado de nossos primeiros pais, a salvação prometida, a formação do povo de Israel, a libertação do Cativeiro do Egito, a salvação anunciada pelos profetas e a Ressurreição de Jesus. Depois dessas leituras lindas, vem a bênção da água batismal e a missa. No passado, essa Vigília Pascal durava a noite inteira, Aparecida. E na madrugada, a alegria explodia com o anúncio da Ressurreição. Quem vai a essa celebração já pensando na volta para casa, perde todo o sentido da festa da Pascoa, da vitória de Jesus sobre a morte. Não dá para ser diferente. O que se pode fazer é começar mais cedo a celebração. Eu sei, minha irmã, que por conta da insegurança de nossa cidade, muitas vezes devemos voltar cedo para casa, mas eu penso, também, que se as famílias se organizarem ninguém precisa ir e voltar sozinho. Quanto mais gente reunida para celebrar a Páscoa de Jesus e a nossa, melhor, porque é uma festa para se celebrar em comunhão com Deus e com os irmãos. Pense nisso.
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Espiritualidade Por uma espiritualidade ecológica Dom Devair Araújo da Fonseca
P
Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia e vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação
assado um ano da publicação da Encíclica Laudato Si’, devemos nos perguntar pelas reações a esse documento pontifício. A segunda encíclica do Papa Francisco teve uma grande aceitação em todo mundo, mesmo fora do âmbito eclesial, seja entre as pessoas de outras confissões de fé ou entre os não crentes. Alcançar as transformações, se elas já aconteceram, seria algo muito difícil, mas podemos refletir sobre um ponto basilar desse documento, que é a espiritualidade ecológica. O Papa Francisco chama a atenção para uma questão que, a princípio, pode parecer estranha, que é a conversão ecológica. Diz o Papa: “Desejo propor aos cristãos algumas linhas de espiritualidade ecológica que nascem das convicções da nossa fé, pois aquilo que o Evangelho nos ensina tem consequências no nosso modo de pensar, sentir e viver.” (Laudato Si’, 216). Conversão significa mudança de rumo, uma virada na direção, e essa é uma exigência e uma urgência para que a ecologia se torne realmente uma preocupação, para “ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que acontece ao mundo” (Laudato Si’, 19). Assim, além de falar em ecologia, é preciso considerar a centralidade da pessoa em todo esse processo. Recorrendo à Sagrada Escritura, encontramos um exemplo e um testemunho, o de Jonas. O profeta Jonas foi um homem inquieto e inconformado. Ele recebeu de Deus a incumbência de ir a Nínive para anunciar a sua des-
truição. Jonas resistiu a essa ordem divina, rejeitando a missão. Enquanto fugia, ele passou por muitas dificuldades, inclusive o risco de naufrágio e morte, foi engolido por um peixe e depois de ser “vomitado” na praia, Jonas se deu por vencido e foi a Nínive. Logo após o primeiro anúncio, o rei e toda a cidade fizeram um grande jejum, como sinal e desejo de verdadeira conversão. Por causa disso, Deus não destruiu a cidade (cf. Jn 3,10). Mas o perdão e misericórdia de Deus despertaram em Jonas um sentimento de amargura e de irritação. Por isso, ele saiu e foi sentar-se fora da cidade, sob a sombra de uma “mamoneira”, e ali ficou na sua amargura. Durante a noite, um verme consumiu a mamoneira e no dia seguinte o sol e um calor escaldante castigaram a cabeça do profeta, que lamentou a destruição da mamoneira. Diante desses acontecimentos, Deus falou ao profeta, questionando-o: “Tiveste compaixão de um arbusto - replicou-lhe o Senhor - que não custou o teu trabalho, que não fizeste crescer, que nasceu numa noite e numa noite morreu. E, então, não hei de ter compaixão da grande cidade de Nínive, onde há mais de 120 mil seres humanos, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e uma inumerável multidão de animais?...” (Jn 4, 10-11). A conversão e a espiritualidade ecológica não são uma ideologia e nem um conjunto de conceitos intelectuais, defendidos por alguns grupos. Jonas lamentou pela destruição da mamoneira, mas não se comoveu diante do sofrimento das pessoas que habitavam a grande cidade de Nínive. Uma espiritualidade cristã e ecológica não pode fazer a separação entre a natureza e o homem, mas deve tomar consciência de que as duas realidades fazem parte da única obra da criação. Se a natureza sofre com a ex-
ploração irracional dos recursos e das riquezas, também as pessoas sofrem com as mudanças climáticas e com a poluição das águas e do ar. Por isso, é preciso uma conversão que mude os hábitos de consumo e equilibre a exploração e uso dos recursos naturais. São as pessoas que precisam da conversão para que a natureza seja beneficiada com a mudança. Mas a conversão não pode ser superficial e nem ocasional. O entusiasmo não produz mudanças duradouras. A espiritualidade diz respeito à vida interior, à forma de relacionamento com Deus e com próximo e é o caminho para uma mudança efetiva no relacionamento com a natureza. Foi pela escuta da palavra que Jonas ampliou a sua compreensão da misericórdia de Deus. A mudança de Jonas foi, de certa forma, uma conversão ecológica, na medida em que compreendeu e aceitou a vontade de Deus sobre a pessoa humana e sobre as criaturas. Uma autêntica espiritualidade ecológica, fruto da relação com Deus, com os irmãos e com a natureza, tem como modelo São Francisco. Assim diz o Papa: “Acho que Francisco é o exemplo por excelência do cuidado pelo que é frágil e por uma ecologia integral, vivida com alegria e autenticidade” (Laudato Si’, 10). Assim se reza na terceira oração eucarística: “Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito”. Por isso, a vida eucarística exige de todos nós uma espiritualidade ecológica que respeite a pessoa humana e cuide das criaturas.
cargo e em conformidade com as normas do Diretório para a Vida e o Ministério dos Diáconos Permanentes desta mesma Arquidiocese.
da Silva, que desde a referida data desempenha a função “ad nutum episcopi”, com as atribuições próprias do seu cargo e em conformidade com as normas do Diretório para a Vida e o Ministério dos Diáconos Permanentes desta mesma Arquidiocese.
Atos da Cúria NOMEAÇÃO DE VICE -REITOR DA ESCOLA DIACONAL SÃO JOSÉ PARA O DIACONATO PERMANENTE DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO Em 11 de julho de 2016, o Emmo. senhor Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, nomeou como Vice-reitor da Escola Diaconal São José para o Diaconato Permanente da Arquidiocese de São Paulo, o Rev.do Diácono Ailton Machado Mendes, que desde a referida data desempenha a função “ad nutum episcopi”, com as atribuições próprias do seu
NOMEAÇÃO DE SECRETÁRIO DA ESCOLA DIACONAL SÃO JOSÉ PARA O DIACONATO PERMANENTE DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO Em 11 de julho de 2016, o Emmo. senhor Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, nomeou como Secretário da Escola Diaconal São José para o Diaconato Permanente da Arquidiocese de São Paulo, o Rev.do Diácono Elias Júlio
NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE COORDENADOR REGIONAL DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO Em 9 de julho de 2016, foi nomeado e provisionado Coordenador da Pastoral da Comunicação da Região Episcopal Sé, o Revmo. Pe. Manoel Conceição Quinta, SSP, por um período de 03 (três) anos.
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6 | Viver Bem |
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Comportamento
Namoro na adolescência. O que faço? Valdir Reginato Quem acompanha há anos cursos de noivos verifica que os casais se apresentam mais “idosos”. Quem deixa os filhos nas portas do colégio observa os adolescentes namorando mais precocemente. Ou seja, o percurso entre começar um relacionamento a dois e a sua decisão de união está atravessando um caminho mais longo... Esse caminho denominado namoro passou a ter novas “traduções” e “interpretações” mais recentemente. O namorar, que significava o período em que dois jovens, um rapaz e uma garota, passavam para se conhecer melhor e verificar se realmente assumiriam um compromisso definitivo, tornou-se um “ficar”, “uma química”, “um clima” instantâneo, sem compromisso, e frequentemente com data de validade curtíssima. Deixando Romeu e Julieta e falando dos tempos atuais, vemos as crianças já muito precocemente incentivadas aos seus “namoricos”, que antes eram brincadeiras, mas que agora contam com lições em sala de aula de como usar preservativos aos 10 anos de idade para não engravidar ou “pegar” uma DST (Doenças Sexualmente Transmissível). Conclui-se que o “namorico” está vinculado à possibilidade de “experiências” sexuais muito precoces, orientadas na escola! Parece-me, sem exagero, substituir os revólveres de plástico, que tínhamos
quando criança para brincar, por armas de verdade que podem matar. Mas tudo com orientação escolar e aceita por muitos pais, que serão também vítimas dessas ações. Temos comentado o ambiente permissivo e hedonista da cultura atual, que está levando os adolescentes, como por um tsunami, a circunstâncias de desastres que preenchem páginas da mídia como as histórias de gravidez precoce, mães solteiras, crianças abandonadas, avós que se tornam mães de adoção, e famílias que permitem o namoro na cama de casal em casa, além do estupro hediondo. Contudo, não se procura fazer qualquer correspondência desses fatos com a maneira como os adolescentes estão levando os seus namoros, ou o “ficar”. É triste, e lamentável, ouvir as palavras que um jovem comentava-me no consultório: “Mas doutor, hoje isto é normal (sair e ficar). E vou dizer: elas estão piores(sic) do que nós”. As estatísticas mais recentes revelam que no mundo inteiro os adolescentes estão iniciando seus relacionamentos sexuais entre 13 e 17 anos, sendo que aos 15, metade já tem vida sexual ativa. O resultado disso é que, na grande maioria, esses relacionamentos são efêmeros, quando não ocasionais, sem qualquer interesse de permanência. Em outras palavras: foi decretada a morte do namoro. Não é mais preciso conhecer com quem se está entregando a intimidade do cor-
po e da alma, ou seja, a própria pessoa é totalmente tão descartável quanto um copinho de café. Inacreditável! O que fazer diante desse cenário que arrasta os adolescentes? Proibir de namorar? Mas namorar é mal? Pelo contrário, no namoro a pessoa se inicia pelo encantamento de um primeiro encontro visual num processo progressivo para o conhecimento a respeito do que o outro pensa e de como se comporta, diante dos valores que acredita e das virtudes em que se esforça em viver. Isso é um acontecimento fantástico para o amadurecimento pessoal, se conduzido com responsabilidade. Tudo isso poderá ou não conduzir a um amor verdadeiro, no qual a entrega da intimidade, comprometida com valores permanentes, se faz no Matrimônio. Conduzir uma educação desde a infância que leve os filhos à valorização da dignidade da pessoa, ao desenvolvimento de virtudes, é um caminho exigente, porém necessário, para que se volte a colocar o namoro no seu devido lugar. Promover ambientes familiares acolhedores e alegres, onde se cuide do vestuário, evitem-se programas inadequados, horários sem limites, e a permanência sozinhos em casa, isso oferece critérios para conhecer e verificar se, de fato, a pessoa envolvida é aquela com quem se deseja viver o verdadeiro amor. Dr. Valdir Reginato é médico de família, professor da Escola Paulista de Medicina e terapeuta familiar.
Cuidar da Saúde O uso contínuo do omeprazol pode provocar danos Cássia Regina O Omeprazol é da classe dos inibidores da bomba de prótons, sendo indicado para pessoas que sofrem de problemas do estômago, como má digestão, refluxo, azia, hérnia de hiato ou úlceras pépticas benignas, tanto gástrica como duodenal. É o segundo medicamento mais consumido no mundo. Apareceu como uma autêntica revolução no tratamento de inúmeros males que atingem o estômago. No entanto, seu uso contínuo e prolongado pode provocar alguns problemas, entre eles a demência, de acordo com artigos publicados em jornais médicos, incluindo o Journal of the American Medical Association. Isso acontece por que o omeprazol diminui a absorção da vitamina B12 e o déficit dessa vitamina pode causar demência, dano nos nervos e anemia. Outros problemas como osteoporose e aumento de risco de pneumonia também podem acontecer em pacientes que fazem uso contínuo. Foram relatados alguns casos de câncer de estômago provocados pelo uso do omeprazol, mas ainda estão em estudo. Quando o médico prescreve omeprazol é por que existe um motivo plausível, mas seu uso deve ser realizado exatamente da forma que for prescrito. A maioria dos pacientes faz uso da medicação por conta própria de forma preventiva, mas a minoria tem essa indicação. Não se deve tomar omeprazol somente porque se faz uso de muitos comprimidos. Se você o utiliza com indicação médica, vale a pena conversar com seu médico sobre a real necessidade de uso contínuo. Se você faz uso por conta própria, procure mudar de hábito, inicialmente tomando em dias alternados e também vá ao médico para que ele auxilie nos cuidados da sua saúde. Muitos pacientes pensam que a solução está na medicação, entretanto, em muitos casos, os hábitos são tão importantes ou mais do que isso. Muitos se alimentam de fast-food, vivem estressados, têm vícios como o tabagismo e fazem uso indiscriminado de anti-inflamatórios. Esses são fatores que provocam graves problemas digestivos. Uma alimentação saudável, com horários regulares, abandono dos vícios como fumar e tomar bebida alcoólica e evitar a automedicação, melhoram muito os sintomas gástricos. Em resumo: em alguns casos, é necessário o uso contínuo de omeprazol, mas em outros, o uso é temporário. Somente o médico vai poder dizer qual o tempo necessário do uso para resolver um problema sem provocar danos. Dra. Cássia Regina é médica atuante na Estratégia de Saúde da Família (PSF) E-mail: dracassiaregina@gmail.com
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Destaques das Agências Nacionais
Daniel Gomes, Fábio Augusto, Filipe David, Igor Andrade e Milena Guimarães osaopaulo@uol.com.br
Cardeal Scherer: ‘É pela restauração da família que se melhora também a sociedade’ Cerca de 170 sacerdotes de 60 dioceses do Brasil estão no curso de atualização para sacerdotes, realizado no Instituto Internacional de Ciências Sociais até sexta-feira, 22. O curso acontece anualmente desde 2008. Neste ano, o tema escolhido foi “Uma Pastoral da Família à luz da Exortação Apostólica Amoris laetitia. As manhãs são dedicadas a conferências, com sessão de perguntas em seguida, enquanto as tardes são reservadas para laboratórios e troca de experiências. O evento foi aberto pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, na terça-feira, 19. Após compartilhar sua experiência como membro do Sínodo dos Bispos e participante das duas últimas assembleias, ele explicou o motivo da atenção da Igreja ao tema da família nos últimos anos. Segundo o Cardeal, o ideal da família cristã sempre esteve presente no ensinamento da Igreja, mas já há alguns anos tem sido objeto de uma atenção especial. O sínodo de 2012 sobre a evangelização – que foi utilizado pelo Papa Francisco em sua Exortação Apostólica Evangelii Gaudium – já havia ressaltado a importância da família para a transmissão da fé. Mas hoje está claro que a família passa por uma profunda crise, cujas raízes são culturais e antropológicas, e da qual um dos princi-
Luciney Martins/O SÃO PAULO
Participantes do curso anual de atualização dos sacerdotes, durante conferência do Cardeal Scherer na sessão de abertura, na terça-feira, 19
pais sintomas é a desvalorização da dignidade da pessoa humana. A crise da família é concomitante à erosão dos valores da cultura cristã. Ela afeta o mundo inteiro, principalmente a Europa e a América do Norte. Na Ucrânia, que é um país cristão, as estatísticas indicam que 80% dos casamentos se desfazem após alguns anos. Constata-se que se perdeu o apreço pela família, sobretudo pela família tradicional, selada pelo sacramento do Matrimônio entre um homem e uma mulher, em uma união aberta à vida. A consequência é o aumento do número de divórcios, das uniões informais e a queda do número de casamentos nas paróquias. Segundo Dom Odilo, tudo na Igreja pode ser reformado e melhorado, mas se
não houver cuidado com a família, que é a base de tudo, nada fará muita diferença. Por isso é preciso atentar-se para a relação entre a Igreja e a família. Esta deve colaborar para a vida eclesial. O conceito de pastoral da família é algo a ser repensado, porque não deve ser como um departamento, mas deve integrar todo o resto, deve ser transversal, presente em todas as pastorais. O Arcebispo lembrou, ainda, que é na família que é encontrada a pessoa e o evangelho deve ser transmitido no encontro com cada pessoa. Isso se faz acolhendo, acompanhando e formando os jovens e as famílias. É pela restauração da família que se melhora também a sociedade. Basta pensar nas pessoas que estão morando nas ruas ou que entraram no mundo do crime
e foram presas ou mortas. Na maior parte, senão na totalidade dos casos, são pessoas que vêm de famílias desintegradas ou desestruturadas. Por isso, segundo o Cardeal, o Papa Francisco escolheu o tema da vocação e missão da família. A Igreja traz um ensinamento que não é seu, mas que lhe foi confiado por Deus por meio da Revelação. Segundo esse ensinamento, a família é obra de Deus, é um dom. Por isso, o evangelho da família deve ser redescoberto, traduzido à linguagem atual. Esse trabalho se torna mais importante no contexto atual, em que a família encontra mais obstáculos do que ajuda nas demais instituições sociais, sendo muitas vezes alvo de ataques. (Reportagem: Filipe David)
Apostolado da Oração lança versão em português do ‘Click To Pray’ “Click To Pray. Juntos cada dia é diferente” é uma plataforma que foi lançada em novembro de 2014, em Portugal, pelo Apostolado da Oração (AO), em conjunto com a agencia La Machi, nas versões em espanhol, inglês e francês. Agora o aplicativo também está em português e essa novidade foi apresentada na quintafeira, 14, no salão da Igreja do Pátio do Colégio, em São Paulo. O aplicativo envia notificações de orações diárias, em três momentos: com Jesus pela manhã, durante o dia e à noite; e também permite que o usuário coloque intenções pessoais. Presente no lançamento em São Paulo, o Padre Frédéric Fornos, diretor Internacional do Apostolado e do Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), explicou que a
Giovanna Silva
Integrantes do MEJ e do Apostolado da Oração durante lançamento da plataforma em SP, dia 14
iniciativa ajuda os jovens a rezarem, em particular pelas intenções das orações do Papa. “Vendo a alta qualidade do aplicativo, decidimos transformá-lo em uma plataforma internacional para a rede mundial da oração do Papa. É aberto a
57,5 mil vagas a menos na indústria paulista No primeiro semestre de 2016, a indústria paulista perdeu 57,5 mil postos de trabalho. Em junho a queda foi de 0,73% em relação ao mês anterior. Os números foram divulgados na sexta-feira, 15, na pesquisa de Nível de Emprego feita pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon)
da Fiesp e do Ciesp. O Depecon informou, ainda, que a projeção para este ano é de 165 mil vagas de trabalho a menos. Apesar disso, segundo projeções do Departamento de Pesquisas, há sinais de que o ritmo de queda tende a diminuir nos próximos meses. Fonte: Fiesp (edição: Igor Andrade)
todos os públicos, porém é mais dirigido aos católicos, especialmente neste Ano Santo da Misericórdia para uma oração com todos os desafios da humanidade e na missão da igreja”, comentou. Padre Eliomar Ribeiro, diretor nacio-
nal do AO, analisou a nova ferramenta de oração. “A missão do Apostolado e do MEJ aqui no Brasil é manter viva na Igreja a chama da oração. Nesse sentido, ‘Click To Pray’ vem somar ainda mais ”, afirmou. Para Ana Carolina Cruz, coordenadora do MEJ na Arquidiocese de São Paulo, o aplicativo “é uma ferramenta muito rica para todos do Movimento Eucarístico Jovem e para os jovens que queiram rezar juntos. O aplicativo é uma rede, que pode contar com membros do MEJ e também de fora, então, vai crescer cada vez mais”, avaliou. Outras informações sobre a plataforma podem ser obtidas em www.clicktopray.org/pt. (Reportagem: Fábio Augusto e Milena Guimarães/ Portal ArquiSP)
Romaria dos Mártires da Caminhada acontece em Mato Grosso Integrantes de comunidades eclesiais de base, pastorais sociais, movimentos populares e organizações sociais participaram no último fim de semana, dias 16 e 17, em Ribeirão Cascalheira (MT), da Romaria dos Mártires da Caminhada 2016, organizada pela Prelazia de São Félix do Araguaia. A atividade, realizada a cada cinco anos, teve por tema “Testemunhas do Reino”. Entre as ativi-
dades, com a participação de 5 mil pessoas, houve a caminhada martirial e a celebração eucarística em memória dos mártires da caminhada. Nesta edição, a Romaria recordou os 40 anos do martírio do Padre João Bosco Penido Burnier, do Padre Rodolfo Lunkenbein e do índio Simão Bororo Fontes: Prelazia de São Félix do Araguaia e Pastoral da Juventude (edição: Daniel Gomes)
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Destaques das Agências Internacionais
Filipe David
Correspondente do O SÃO PAULO na Europa
Rússia
Nova legislação reduz liberdade religiosa O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um novo pacote de leis antiterrorismo que, na prática, reduzirá a liberdade religiosa no País. A partir de quarta-feira, 20, será proibido compartilhar a fé ou evangelizar em qualquer local que não seja oficial e declaradamente um local de culto. Isso implica a proibição de evangelizar em casas, na internet, na escola ou em todo e qualquer outro local que não seja uma igreja oficialmente declarada e registrada junto ao governo russo. Toda iniciativa de pregar, ensinar ou atrair alguém para começar
a participar de alguma atividade religiosa será, portanto, proibida. As comunidades protestantes pentecostais e outras pequenas minorias religiosas, que costumam se encontrar em casas, serão as mais afetadas pela nova legislação. Segundo um sacerdote missionário católico – que pediu para permanecer anônimo por razões evidentes – informou à CNA, a situação religiosa no País é preocupante. Antes do período comunista, a maior parte da população era ortodoxa. Durante o regime comunista, o governo tentou des-
truir a Igreja Ortodoxa, demolindo templos e assassinando padres e religiosos. No entanto, quando o governo conseguiu adquirir o controle da Igreja Ortodoxa, em vez de destruí-la, começou a colocar seus próprios agentes na hierarquia eclesiástica. Os laços entre a Igreja Ortodoxa e o governo permanecem até hoje, conforme explicou o Sacerdote. Os principais alvos da nova legislação são, portanto, os da minoria religiosa que não pertence à Igreja Ortodoxa e que são vistos como uma ameaça à sua atividade. Fonte: CNA/ Christianity Today
Argentina
Na Rússia, manifestação da fé está restrita aos templos religiosos
Turquia
‘Padre gaúcho’ deve ser canonizado O Papa Francisco vai canonizar o padre argentino José Brochero em 16 de outubro. O Sacerdote era conhecido como “padre gaúcho” por viajar com frequência de mula com um poncho e um chapéu – uma espécie de “sombreiro” – à imagem dos boiadeiros argentinos, chamados “gaúchos”. Padre José Brochero entrou no seminário aos 16 anos e foi ordenado sacerdote aos 26, na Arquidiocese de Córdoba. Após ensinar Filosofia no seminário por alguns anos, foi alocado para uma paróquia de San Alberto, com
Dorli Photography
Tentativa de golpe militar fracassa
uma enorme área rural à grande altitude em que estavam espalhados cerca de 10 mil paroquianos. Sem se importar com a distância, a altitude ou o mau tempo, o Padre estava sempre pronto para visitar seus paroquianos, levando-lhes os sacramentos e o Evangelho: “Ai de mim se o demônio me roubar uma alma!”, costumava dizer. O Sacerdote foi beatificado pelo Papa Francisco em 2013. Para o Pontífice, Padre José Brochero foi um sacerdote que “tinha o cheiro de suas ovelhas”. Fonte: CNA
A tentativa de golpe por parte de uma ala das forças armadas terminou em fracasso na Turquia. Conforme disse o Padre Paolo Pugliese, OFMCap, à agência Fides, o governo de Erdogan conta com o apoio dos imãs, os líderes religiosos muçulmanos: “Hoje, durante a noite inteira nos altofalantes das mesquitas, além de orações, os imãs em intervalos curtos faziam apelos convidando todos a tomarem as ruas para mostrarem seu apoio ao governo e ao presidente Recep Tayyip Erdogan”. A tentativa de golpe provocou a morte de 290 pessoas e deixou mais de 1,4 mil
feridos. Durante esse período, a ponte que liga os dois lados da capital, Ancara, foi bloqueada, caças e helicópteros foram vistos voando sobre a cidade e tiros foram ouvidos. Os militares envolvidos disseram estar realizando o golpe para proteger a democracia, segundo eles ameaçada por Erdogan. O Presidente, que é visto como um simpatizante de alas mais radicais do Islamismo, tem atacado a liberdade de imprensa e é considerado um líder autoritário por muitos. Aproximadamente 6 mil pessoas foram presas após o golpe fracassado. Fontes: Fides/ BBC
França Bispo: ‘A morte não terá a última palavra’ Após o atentado em Nice, que deixou ao menos 84 mortos e centenas de feridos, o bispo de Nice, Dom André Marceau, publicou um comunicado em que lamenta o ocorrido e pede aos fiéis que não cedam ao medo nem ao
ódio: “Nosso departamento foi, mais uma vez, profundamente atingido e ferido. A violência cega, o ódio ao outro e a barbárie trouxeram a morte. (...) Que estes momentos trágicos não nos fechem em nós mesmos, não façam de
nós o que esse homem (o terrorista) quis fazer. Portemos uma mensagem que diga a força do coração do ser humano. A morte não terá a última palavra”. No dia seguinte ao atentado, foi ce-
lebrada missa pelas vítimas. Estiveram presentes entre as 600 pessoas, políticos importantes, como o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, além de diversos jornalistas. Fontes: Diocese de Nice/ The Telegraph/ Le Parisien
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Programação da JMJ 2016 e da visita do Papa à Polônia das as catequeses serão concluídas com a celebração eucarística. 16h – Chegada do Papa no Aeroporto Internacional João Paulo II Kraków -Balice Cerimônia de Boas Vindas. 17h – Wawel - Encontro com as autoridades e com o corpo diplomático. Nesta edição, O SÃO PAULO apresenta a programação completa da Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em Cracóvia, na Polônia, de 26 a 31 deste mês, bem como de outros momentos da visita do Papa ao País. IMPORTANTE: os horários a seguir são de Cracóvia, cinco horas à frente dos de Brasília. Assim, por exemplo, se algo está agendado para as 16h local, corresponde às 11h no Brasil.
Terça-feira, 26 17h30 - Parque de Blonia Cerimônia de Abertura – Missa de abertura da JMJ, presidida pelo bispo local, o Cardeal Stanisław Dziwisz, que por muitos anos foi secretário pessoal de São João Paulo II.
Quarta-feira, 27 9h – Catequeses As catequeses acontecerão em diferentes idiomas, com os bispos de todo o mundo. Levarão aos peregrinos a mensagem “Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5), escolhida pelo Papa para a 31º Jornada Mundial da Juventude. Elas acontecerão por toda a cidade, nas igrejas e em outros lugares escolhidos, de modo a garantir que todos os jovens possam participar. Durante as catequeses, os padres prepararão os jovens para compreender o significado do sacramento da Penitência e da Reconciliação, para que os jovens possam receber o Sacramento antes do meio-dia. To-
17h40 – Visita de cortesia ao presidente da República da Polônia 18h30 – Catedral de Wawel Encontro com os bispos poloneses, seguido de oração silenciosa junto ao túmulo de São Stanislaw, onde estão expostas também as relíquias de São João Paulo II; veneração ao Santíssimo Sacramento na capela atrás do altar. À noite: Palácio Episcopal de Cracóvia Após o jantar, o Papa aparecerá na janela papal para saudar os fiéis reunidos na praça em frente ao Palácio Episcopal de Cracóvia.
Quinta-feira, 28 9h – Catequeses
10h30 – Częstochowa Missa por ocasião do 1.050° aniversário do batismo da Polônia, com a perspectiva que a área do Santuário receba cerca de 300 mil fiéis. Bispos e sacerdotes poloneses concelebrarão, na presença do Presidente da República da Polônia e autoridades do País. 17h – Entrega das chaves da cidade e viagem de trem ao Parque de Błonia Na praça em frente ao Palácio Episcopal, o prefeito de Cracóvia entregará as chaves da cidade ao Papa. Jovens com deficiência acompanharão Francisco rumo ao Parque de Blonia. 17h15 – Chegada ao Parque de Błonia Volta no papamóvel entre os fiéis.
17h30 – Błonia Cerimônia de Boas Vindas À noite: Palácio Episcopal de Cracóvia Após o jantar, o Papa aparecerá na janela papal para saudar os fiéis reunidos na praça em frente ao Palácio Episcopal de Cracóvia.
Sexta-feira, 29
9h30 – Visita em Auschwitz Este ano recorda-se o 75º aniversário do martírio de São Maximiliano Kolbe. O Papa caminhará no campo de concentração, passando pelo portão de entrada sozinho. Ele se encontrará individualmente com 15 sobreviventes do Campo. Oração particular na cela onde aconteceu o martírio do Padre Kolbe. 10h30 – Visita ao Campo de Concentração de Birkenau O Papa chegará de carro ao portão principal do Campo, ao lado da linha ferroviária, até a praça em frente ao Monumento Internacional às Vítimas do Campo, onde serão acolhidos cerca de mil visistantes. O Papa parará para uma oração silenciosa em frente ao Monumento; Encontro individual com 25 “Justos entre as nações”. 16h30 – Visita ao Hospital Pediátrico Universitário de Cracóvia Este hospital trata a cada ano de 30 mil crianças em recuperação hospitalar e outros 200 mil no ambulatório. O Papa discursará e fará visita privada a algumas áreas do pronto-socorro do hospital no piso térreo, acompanhado de diretores e pais. Haverá oração na capela do hospital. 18h – Błonia Via-Sacra com os jovens no Parque de Błonia. No fim, o Papa fará um breve discurso. À noite: Palácio Episcopal de Cracóvia
Após o jantar, o Papa aparecerá na janela papal para saudar os fiéis reunidos na praça em frente ao Palácio Episcopal de Cracóvia.
Sábado, 30
8h30 – Visita ao Santuário da Divina Misericórdia di Lagiewniki As religiosas da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia estarão presentes, junto às meninas que estão aos seus cuidados. Oração na capela em frente ao túmulo de Santa Faustina. 8h45 – Transferência de papamóvel ao Santuário da Divina Misericórdia 9h – Passagem através da Porta Santa da Misericórdia 9h15 – Liturgia da Reconciliação com participação dos jovens O Papa escutará em confissão cinco jovens dos seguintes idiomas: italiano, espanhol e francês. Francisco é o terceiro papa – depois de João Paulo Il e Bento XVI – a visitar o Santuário da Divina Misericórdia, mas o primeiro a escutar confissões no Santuário. 10h30 – Missa no Santuário de João Paulo II com sacerdotes, pessoas consagradas e seminaristas da Polônia 13h – Almoço com os jovens: com o Arcebispo de Cracóvia, um tradutor e 12 jovens representantes de diversos países, sendo um menino e uma menina de cada continente, assim como um menino e uma menina da Polônia. 19h – Chegada ao Campus Misericordiae Passagem pela porta da Misericórdia com os cinco jovens representantes. 19h30 – Vigília de oração com os jovens
Domingo, 31
8h45 – Chegada ao Campus Misericordiae Bênção de dois edifícios da Cáritas: Casa da Misericórdia para os pobres e idosos e Casa do Pão – uma refeição alimentar para os necessitados. 10h – Missa final da Jornada Mundial da Juventude O envio dos jovens como testemunhas da Divina Misericórdia. Anúncio do lugar e ano da próxima Jornada Mundial da Juventude. 17h– Chegada na Arena Tauron Encontro com os Voluntários da JMJ, a ComissãoOrganizadoraLocaleosbenfeitores. 18h15 – Chegada a Balice Cerimônia de despedida do Papa Francisco Fonte: Vaticano (tradução livre: Nayá Fernandes)
10 | Política |
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Edcarlos Bispo edbsant@gmail.com
Com eleição de novo presidente da Câmara, governo perde, mas leva J. Batista/Câmara dos Deputados
De olho na Prefeitura de SP
Após o Partido Progressista (PP) anunciar apoio ao candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) exonerou a secretária do Meio Ambiente, Patrícia Iglecias, e nomeou um integrante do partido para o cargo. Ricardo Salles, do PP, é do movimento Endireita Brasil e também foi secretário particular de Alckmin. No dia 7, Doria anunciou o apoio do PP à sua campanha. Na ocasião, o Partido Progressista disse que esperava assumir uma secretaria no governo Alckmin. O PP foi o sexto partido a entrar na coligação que sustenta Doria. O tucano tem apoio também do PV, PSB, PHS, PMB, PPS e DEM. Com os oito partidos, Doria diz que deve acumular mais de 20 minutos no programa eleitoral.
Operação da Polícia Federal
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram na manhã da segunda-feira, 18, a operação Dopamina, para desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos públicos na compra de equipamentos médicos para pacientes que sofrem de doença de Mal de Parkinson. A PF estima um prejuízo de quase R$ 18 milhões aos cofres públicos. Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, é cumprimentado por Michel Temer, presidente interino da República
A Câmara dos Deputados tem novo presidente. Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi escolhido na madrugada da quinta-feira, 14, por 285 deputados par a ocupar um dos cargos mais importantes da República. Para se ter ideia, se o impeachment da presidente Dilma Rousseff se consumar, ele passa a ser o segundo na linha sucessória da Presidência da República. Maia presidirá a Câmara até 31 de janeiro do próximo ano. No discurso de posse, o novo Presidente assumiu um tom conciliador: “Vamos, a partir de amanhã, governar com simplicidade. [...] Nós temos que pacificar esse plenário, temos que dialogar com a maioria e com a minoria”. No mesmo discurso, Maia deixou claro quais serão suas prioridades enquanto presidente da casa. “Temos pontos determinantes: a PEC do teto de gastos [públicos] está aqui [na Câmara]. O projeto de lei da renegociação da dívida dos estados está pronta para o plenário. A PEC dos precatórios voltou do Senado. Depois, tem a reforma da Previdência, que precisa ser discutida com calma”, declarou. Todos esses pontos são convergentes com as pautas do governo interino de Michel Temer, apesar de o governo ter apoiado Rogério Rosso (PSD-DF) representante do “centrão” e ligado ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Porém, o Democratas, partido de Maia, defendeu o impeachment de Dilma e está na base do governo Temer – vide o Ministro da Educação, Mendonça Filho, um dos grandes quadros do Partido. No blog Legis-Ativo, no site do jornal Estadão, Vítor Sandes e Valter Rodrigues de Carvalho afirmam que Temer “sai vitorioso neste processo ao menos por duas razões. Primeiro, a eleição de Rodrigo Maia normaliza as atividades legislativas da Câmara, paralisadas desde o afastamento de Eduardo Cunha (PMDBRJ) e sob à presidência interina e instável de Waldir Maranhão (PP-MA). Em segundo lugar, o governo terá na Câmara dos Deputados um presidente com posições políticas alinhadas à sua agenda de reformas, o que constitui uma vantagem estratégica, dada a urgência com que o País aguarda uma saída política e econômica para a crise prolongada. Finalizado o
processo de impeachment no Senado, e confirmada a provável presença de Temer no poder, a vitória de Maia cimenta o ambiente necessário à volta da lógica do presidencialismo de coalizão”. Já Sérgio Abranches, no site Ecopolítica, afirma que, diferentemente da relação de Eduardo Cunha com Dilma, a relação do atual governo com a Câmara dos Deputados “passa a ser cooperativa e negociada, não competitiva e atritosa”. Para Abranches, isso “faz muita diferença. Destrava a pauta. Mas, também, a condiciona aos limites do possível e do negociável. Temer dividirá com o Congresso o poder de agenda. Não será uma divisão igualitária. O Executivo manterá sua posição dominante na formulação da agenda parlamentar, mas os parlamentares terão mais espaço para exercer sua própria agenda. É isso, aliás, que representa a eleição de Rodrigo Maia para a Presidência da Câmara e o próprio segundo turno com dois candidatos governistas, cujas candidaturas nasceram de articulações nas quais o plenário teve papel importante”.
Presidente, o dono da pauta
Não só o fato de estar na linha sucessória da Presidência da República torna o presidente da Câmara dos Deputados alguém importante no cenário político nacional. Ao presidente cabe a palavra final sobre a viabilidade de alguns procedimentos importantes, como a votação pela abertura de um processo de impeachment ou a instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI’s). Outro poder chave do presidente da Câmara é a definição da lista de projetos a serem votados em plenário, conhecida como ordem do dia, uma prerrogativa unilateral da parte dele. Assim, ele tem condições de trazer para debate os assuntos que entender que são mais pertinentes para o País. Por outro lado, com esse poder, o presidente da Casa também pode impedir que outros assuntos entrem em pauta, se assim preferir. Muitas vezes, projetos de lei ficam anos a fio esperando para serem votados na Câmara, porque um ou mais presidentes dessa casa não quiseram colocá-los na pauta. (Com informações do site Politize)
Mobilidade
A gestão Fernando Haddad (PT) planeja recompensar financeiramente o paulistano que trocar o carro ou o ônibus pela bicicleta, por meio da criação do bilhete mobilidade, que substituirá o atual bilhete único. Segundo a Prefeitura, quem fizer parte do percurso diário de bike passará a acumular créditos. Eles serão calculados de acordo com a distância, o local e o horário percorridos, e poderão ser resgatados em dinheiro ou consumidos em uma rede credenciada de serviços.
Propaganda enganosa
O conselho superior do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) condenou a gestão Fernando Haddad (PT) por propaganda enganosa. Em reunião realizada na quinta-feira, 14, o órgão privado recomendou à Prefeitura a retirada do termo Ecofrota das laterais dos ônibus que rodam na cidade utilizando apenas o diesel comum como combustível.
CPI do Carf
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), revogou a prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Esse foi um dos seus primeiros atos, logo após ter sido eleito na semana passada. Agora a CPI terá pouco mais de 20 dias para concluir os trabalhos. A prorrogação por 60 dias havia sido aprovada por comissão especial e assinada pelo ex-presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), três dias antes de Maia ser eleito. A CPI do Carf investiga denúncias de favorecimento a empresas em julgamentos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão do Ministério da Fazenda que é a última instância recursal contra cobranças tributárias.
Eduardo Cunha
O Congresso está de recesso, mas os partidos continuam na expectativa com relação a pelo menos um assunto: Eduardo Cunha. É que depois de rejeitado o recurso por ele apresentado na Comissão de Constituição e Justiça para anular a votação que aprovou a cassação de seu mandato, o processo todo precisa ser votado em plenário. Fontes: EBC, Folha de São Paulo, G1, UOL
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Leandra Benjamin/MPIX/CPB
| Esporte | 11
nos jogos ri o 2 o 16 Maior preocupação com a segurança
Após o ataque terrorista em Nice, na França, na quinta-feira, 14, que resultou na morte de 84 pessoas, o governo brasileiro anunciou que vai rever os planos de segurança para os Jogos Rio 2016. “Temos o dever, a partir do que aconteceu [atentado na França], de revisar todos os nossos procedimentos para checar se há lacunas”, disse o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Sergio Etchegoyen. No domingo, 17, foi realizado o terceiro simulado do alinhamento das operações de segurança para a cerimônia de abertura dos Jogos, em 5 de agosto, no Maracanã. Aproximadamente 2 mil profissionais atuaram no treinamento que testou os detalhes da operação integrada, envolvendo os aspectos de deslocamento das autoridades, atletas, voluntários e organizadores que participarão do evento.
Atletismo com 67 representantes
Um homem de ilimitadas conquistas Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
Quando a tocha olímpica estiver na cidade de Jacareí (SP), no próximo dia 26, uma das cenas que certamente vai chamar a atenção será a de um cadeirante a conduzi-la. Antonio Leme, 47, conhece bem as ruas de sua cidade natal, afinal, por muitos anos as percorreu em sua cadeira de rodas para vender salgadinhos. “Nunca aceitei ficar trancado em casa, tenho prazer de viver cada segundo”, enfatizou. Em uma dessas “andanças” por Jacareí, Antonio recebeu uma proposta que, inicialmente, parecia ser brincadeira: Carlos Eduardo, o Dudi, professor de Educação Física, convidou o vendedor de salgadinhos para praticar bocha adaptada na associação Criança Especiais de Pais Companheiros (Cepac). De lá, ganhou projeção com títulos estaduais e nacionais e conquistas internacionais, como as duas medalhas de bronze no Parapan de Toronto 2015 e ouro no Sul-americano de 2014, no Chile.
Determinação maior que os desafios
Antonio nasceu com paralisia cerebral severa. Por isso, não movimenta braços, pernas, mãos e pés, e tem dificuldades para falar. “Já passei por muitos momentos constrangedores, mas sempre tirei de letra. Sempre estou mais preocupado em superar meus limites, dia a dia, hora a hora”, comentou em entrevista ao O SÃO PAULO, por e-mail, após um domin-
go de treinamentos às vésperas de representar o Brasil na Paralimpíada do Rio, em setembro. O atleta contou que sempre recebeu o apoio da família. “Cresci de uma forma muito tranquila, pois meus pais me incentivavam a me socializar muito, me incentivaram a andar sozinho nas ruas para me integrar com o mundo. Aprendi a ler e a escrever com a ajuda da minha irmã Rose. Tudo que ela aprendia na escola, me ensinava em casa. Com 8 anos, eu já sabia ler”, recordou. Também foi com o apoio da família que Antonio passou a vender salgadinhos na rua. “Os salgados ficavam pendurados na minha cadeira. Conheci muita gente. Tinha muitos fregueses fixos, fui bom vendedor. Locomovia-me com cadeira motorizada, guiada pelos pés”, recordou, destacando que sempre ignorou os olhares de quem o via como alguém inferior. “O preconceito é algo desprezível, é fruto da ignorância das pessoas, da falta de informação. Já fiquei triste com algumas situações, mas me recuperei rapidamente”, garantiu. “Vencer limites, transpor barreiras” é o que motiva Antonio a cada dia. E de onde ele tira tanta vontade de superação? “De Deus, dos meus pais e de toda minha família. Sou cristão. Sem Deus não sou nada”, enfatizou. “Na vida, tive ajuda de muita gente, como o técnico Dudi e meus amigos Tânia, Kalazans e Rafael. E tudo foi possível pela indescritível ajuda da Cepac, associação que me dá espaço até hoje pra treinar”, comentou.
‘A ansiedade está muito grande’
Nesta fase final de preparação para a Paralimpíada, Antonio tem ido além das quatro horas diárias de treinos que realiza regularmente. “A ansiedade está muito grande. Mas tento me distrair treinando muito, até cansar. Jogar em casa traz uma responsabilidade ainda maior, e uma alegria também. Quanto a resultados, tenho ciência das dificuldades, mas minha cara, mostrarei, com certeza”, garantiu. Antonio compete na classe BC3 da bocha adaptada, voltada para jogadores com deficiências severas. Ele tem o auxílio do irmão, Fernando Leme, que posiciona a calha para que Antonio, com uma vara presa entre a cabeça, empurre a bola. Os dois não podem se falar durante as disputas. “Meu irmão exerce a função de guia. Nossa intimidade vem desde a infância. Em relação ao jogo, tudo é definido com muito treino. Nossa relação é muito abençoada”, explicou o esportista que atualmente é o 5º colocado no ranking mundial de sua categoria. Além do sonho de uma medalha nos Jogos Rio 2016, Antonio deseja que a paralimpíada mude a percepção de boa parte da sociedade em relação às pessoas com deficiência. “Que saibam que somos pessoas com dificuldades físicas, nada mais. Que temos limites sim, mas sonhos também. Que temos comprometimento motores, mas não de caráter, não de alma, não de espírito. Nunca quis privilégios. Sempre quis mostrar que ser diferente é normal”. (Colaborou Nayá Fernandes)
A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) confirmou na quinta-feira, 14, a classificação da paulistana Vanessa Spinola, 26, para os Jogos Rio 2016. Ela competirá no heptatlo. Vanessa detém o recorde brasileiro desta categoria, 6.188 pontos, alcançado no Troféu Brasil de Atletismo, no dia 1º. Na Olimpíada, 67 atletas representarão o País no atletismo.
Tocha olímpica em SP
A tocha olímpica, que já percorreu mais de 21 mil km em todo o País, passará pela cidade de São Paulo no domingo, 24. A largada será no Parque da Independência, no Museu do Ipiranga, passando por localidades como a avenida Paulista, estádio do Pacaembu, Mercado Municipal, parque do Ibirapuera e Memorial da América Latina. Fontes: Ministério do Esporte, COB e Folha de S.Paulo
BOCHA ADAPTADA
Estreia na Paralimpíada: Jogos de 1984 Nos Jogos Rio 2016: de 10 a 16/09, no Parque Olímpico da Barra Brasileiros na disputa: José Carlos Chagas de Oliveira e Guilherme Germano Moraes (classe BC1); Maciel de Souza Santos e Lucas Ferreira de Araújo (BC2); Antonio Leme, Evelyn de Oliveira e Evani Calado (BC3); Dirceu José Pinto, Elizeu dos Santos e Marcelo dos Santos (BC4) Forma de disputa: Homens e mulheres, em cadeira de rodas, com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas, competem na mesma prova seja no individual, duplas ou por equipes. O objetivo é lançar bolas coloridas o mais perto possível da bola-alvo. Conforme a categoria, os participantes podem ter o auxílio de um ajudante para estabilizar a cadeira ou entregar a bola, os chamados calheiros, e utilizar instrumentos como uma calha e uma vara entre os dentes ou presa à cabeça para lançar a bola. Fontes: Comitê Paralímpico Brasileiro e Rio206.org.
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Unifai dará curso gratuito para apadrinhamento de crianças, em parceria com a Vara da Infância e da Juventude de Santo Amaro
Mais que um ab
Nayá Fernandes
nayafernandes@gmail.com
Eles estavam se preparando para uma semana de férias no litoral norte de São Paulo, a mãe, o filho de 15 anos e alguns amigos dele, quando a reportagem do O SÃO PAULO conheceu a história de Marli e Ubiratan Pizzorelli Silva. O casal já tinha um filho com 20 anos de idade e não pensava em ter mais um, mas um telefonema mudou repentinamente a vida da família. Era o ano de 2009 e uma amiga de Marli que morava e trabalhava num abrigo em Belo Horizonte (MG) ligou para ela, perguntando se não conhecia ninguém com desejo de realizar uma adoção. Enquanto isso, Alisson, que à época tinha 7 anos, se levantava durante a noite e rezava aos pés da imagem de Nossa Senhora pedindo que ela o ajudasse a encontrar uma família que o acolhesse. Devido à idade e esgotadas as possibilidades de adoção por uma família brasileira, o garotinho estava prestes a ser encaminhado para adoção internacional. O processo de reinserção familiar tinha sido feito sem sucesso e também por isso ele estava no abrigo. Além disso, Alisson havia passado por uma experiência em outra família, que chegou a devolvê-lo ao abrigo. Naquela noite, as preces de Alisson foram ouvidas e Marli e Ubiratan decidiram acolher o pequeno mineirinho em São Paulo. Mas, para muitas crianças, a história é um pouco diferente e a permanência em abrigos pode acabar sendo prolongada. “Esta situação acontece porque muitas pessoas, ao apontarem características que gostariam de encontrar na criança a ser adotada, optam por bebês, do sexo feminino e de cor branca, e a realidade das crianças aptas à adoção não é exatamente essa”, explicou Monica Natale, que participou da fundação do Grupo de Apoio à Adoção de São Paulo (Gaasp). Pensando na situação dessas crianças que permanecem nos abrigos e não têm condições de uma reinserção familiar ou de serem adotadas, foi que a Vara da Infância e Juventude do Foro Regional de Santo Amaro e o Unifai se uniram para a realização do projeto “Abraço: ampliando horizontes, construindo laços”. O lançamento do projeto aconteceu no Unifai no dia 28 de maio. A Vara da Infância e Juventude do Foro Regional de Santo Amaro definiu
uma série de procedimentos para uma prática que já existia, a fim de tornar viável e oficial o apadrinhamento dessas crianças. Os interessados deverão participar de um curso de capacitação dado por uma instituição de ensino superior parceira. O Unifai irá promover essa formação gratuitamente com envolvimento dos profissionais de seus cursos de Serviço Social, Pedagogia e Direito.
Expectativas X perfil das crianças disponíveis para adoção A permanência de muitas crianças e adolescentes em abrigos acontece porque elas não estão, segundo a lei, aptas para a adoção por diferentes motivos. Uma pesquisa publicada pelo Senado Federal em 2013, disponível no site da Instituição, apontou que três em cada quatro desses jovens brasileiros possuem irmãos e 36,82% deles têm pelo menos um irmão que também aguarda na fila nacional de adoção. Muito provavelmente essas crianças sofrerão uma segunda separação, além daquela dos genitores, pois a maioria dos pretendentes à adoção não quer mais que uma criança. Outro motivo, e talvez o mais significativo, é a idade. “Enquanto 92,7% dos pretendentes deseja uma criança com idade entre 0 e 5 anos, o Cadastro Nacional de Adoção informa que apenas 8,8% das crianças e adolescentes aptos à adoção têm essa idade. Os indicadores sugerem que a idade pode ser um entrave significativo que dificulta a adoção de adolescentes”, diz o relatório do Conselho Nacional de Justiça. Isso acontece porque a Justiça entende que, ao destituir do pátrio poder, ou seja, da família biológica, uma criança de 8 anos, por exemplo, dificilmente conseguirá ser adotada por outra família. Por isso, os pretendentes podem ter muitos entraves até conseguir a guarda definitiva de uma criança. Isso aconteceu com Marli e Ubiratan. “O processo do Alisson demorou cinco anos. Durante todo
esse tempo, ele não tinha sobrenome e lógica. O Juiz ressalta, no entanto, que nós tínhamos sempre aquela sensação a destituição do pátrio poder também de que tudo poderia voltar à estaca zero. não pode ser feita de forma arbitrária. Chegou um momento, porém, que ele “Os pais têm direito à defesa, produção por conta própria começou a usar nosso de provas e recursos, que muitas vezes sobrenome”, contou Marli. demoram anos para serem julgados. O juiz Sérgio Kreuz, de Cascavel Enquanto isso, as crianças crescem nas (PR) – cidade que tem como caracterísunidades de acolhimento. Os processos tica ser sede de uma comarca com nújudiciais, embora imprescindíveis, não mero elevado de adoções de crianças e podem se arrastar por anos, sem qualquer solução”, comentou. adolescentes, sendo, por muitos anos, a que mais realizou esse procedimento em todo o Paraná, só em 2015, foram 30 –, afirma que a questão do prazo é um dos grandes dilemas da Justiça da Infância e da Juventude. Quando o juiz decide com muita rapidez, pode estar impedindo que a criança seja reinserida na família natural e, quando demora a decidir, poderá estar inviabilizando uma futura adoção. “A lei exige que o juiz esgote as possibilidades de reintegração na família natural ou extensiva. Mas por quanto tempo se deve tentar a reintegração? É uma questão de difícil avaliação”, ponderou. Segundo ele, muitas vezes perde-se um tempo precioso para a criança na tentativa de reintegrá-la à família bio- Ubiratan e Marli, com os filhos Paulo e Alisson, que aos 7 anos f
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abraço apertado
Assessoria de Imprensa TJ-SP
Quem pode ser padrinho ou madrinha?
Apadrinhamento afetivo não é adoção
ferramenta útil para proporcionar convivência familiar a crianças e adolescentes com reduzidas perspectivas de retorno à Preocupadas com a realidade dessas família de origem ou adoção. crianças que permanecem nos abrigos “E se eu conseguir um padrinho ou por mais de dois anos, situação considemadrinha para vocês?”, disse a juíza Marada inconstitucional, as juízas Maria Silria Silvia a duas meninas que pediram via Gomes Sterman e Sirley Claus Prado para que conseguisse pais que as acolhessem. Assim foi lançada a semente do Tonello publicaram no dia 28 de junho a projeto “Abraço: ampliando horizontes, Portaria Nº 02/2016, que dispõe sobre a construindo laços”. Para ela, “a iniciatiprática do apadrinhamento afetivo como va é de importância vital, é a Arquivo pessoal oportunidade de uma convivência familiar para as crianças das quais foi retirada essa oportunidade”. Sirley, por sua vez, disse que o Judiciário, muitas vezes, não tem respostas para algumas crianças e adolescentes que desejam ser adotadas. “Nós queremos dar respostas à angústia dessas crianças”, comentou. Ela disse ainda que o apadrinhamento afetivo é uma prática antiga que surgiu da própria comunidade. “Assim, nosso trabalho foi sistematizar e organizar essa prática”, continuou. A juíza Sirley explicou que a presença de um padrinho ou uma madrinha foi adotado pela família, no limite do prazo estabelecido pela lei pode mudar muito o com-
portamento das crianças e sua inserção na sociedade. “Precisamos ampliar essa iniciativa, pois os benefícios são comprovados”, explicou. Por parte do Unifai, a parceria prevê cursos de capacitação para as pessoas que desejam apadrinhar e trabalhará os seguintes temas: função de acolhimento institucional e os prejuízos no desenvolvimento de crianças e adolescentes institucionalizados quando estes não dispõem de contato familiar; peculiaridades da infância e adolescência; concepção de família, vínculos (consanguíneos, por afinidade e afetividade); conflitos de convivência; diferenças entre apadrinhamento, guarda e adoção; atribuições dos padrinhos afetivos e importância da convivência familiar e comunitária. “Para nós é uma alegria dar andamento à parceria, pois assim esta instituição de ensino cumpre uma de suas principais tarefas: a de primar pelo tripé da educação – o ensino, a pesquisa e a extensão. E os projetos de extensão são aqueles que rompem os muros da instituição de ensino e vão ao encontro das necessidades sociais”, afirmou o reitor do Unifai, Padre Edelcio Ottaviani. Ele salientou também ser essencial que a sociedade tome para si a responsabilidade de educação da infância e da juventude, pois essa é uma tarefa de todos. “Os últimos acontecimentos de assassinatos de crianças têm mostrado uma certa falência dessa responsabilidade”, lembrou o Padre. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, afirmou que “num projeto como este, temos que trabalhar com o coração, com a emoção. Temos um objetivo transformador e um pensamento positivo. Não devemos nos abater com dificuldades materiais. Tem muita gente que quer contribuir e não sabe o caminho. Esse projeto vai ampliar nossos horizontes, pois às vezes lamentamos as misérias sociais que vivemos e não vemos quais os passos podemos dar para contribuir”. (Colaborou: Joana Fátima Gonçalves/Unifai)
Podem ser padrinhos os maiores de 21 anos sem antecedentes criminais e que tenham comprovada idoneidade. Além do curso de capacitação com temas relacionados com à infância e juventude, família, diferença entre adoção e apadrinhamento, dentre outros, os interessados passarão por avaliação social e psicológica. Os afilhados são crianças a partir de 7 anos de idade, cuja reintegração familiar tenha sido inviabilizada e para os quais não tenham sido localizados pretendentes à adoção. Além de visitas, os padrinhos podem estar próximos dos afilhados por meio de redes sociais, e-mail e contato telefônico, participando de momentos de suas vidas como provas escolares e de outras atividades do cotidiano. Mas é importante, que o padrinho ou a madrinha não criem expectativas de adoção nos afilhados e deixem bem claro qual é o seu papel na vida da criança ou do adolescente. O curso de capacitação para o apadrinhamento afetivo será oferecido pelo Unifai a partir de agosto. Os interessados podem se inscrever pelo site www.unifai.edu.br.
Como acontecerá o Curso no unifai? O curso terá duração de cinco horas e acontecerá num único dia, dividido em três etapas. Na primeira parte, os professores do curso de Serviço Social irão explicar o que é uma criança institucionalizada e quais as diferentes configurações familiares atuais por exemplo. Depois, os cursistas irão passar pelos professores da Pedagogia, que falarão sobre as especificidades da infância e da adolescência e, por último, os professores de Direito falarão sobre questões como a diferença entre guarda, adoção e o que seria um apadrinhamento, do ponto de vista legal. Na sequência, a pessoa que decidir prosseguir com o processo de apadrinhamento, irá ser entrevistada pessoalmente por profissionais do Serviço Social e da Psicologia, para verificar se ela tem a disponibilidade afetiva para participar do projeto, conforme explicou a professora Alessandra Medeiros, coordenadora do Curso de Pedagogia do Unifai.
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Santa Maria Madalena
‘Testemunha da misericórdia divina’ as celebrações dos apóstolos no Calendário Romano Geral, revelando a especial missão dessa mulher, que é exemplo e modelo para cada mulher na Igreja”, acrescenta o secretário do Culto Divino.
Papa eleva memória da primeira a encontrar o Ressuscitado ao grau de festa litúrgica Fernando Geronazzo
Lendas e tradições
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Embora não haja precisão histórica sobre passos dessa “apóstola” após a ascensão de Jesus, existem duas versões bastante difundidas entre os cristãos. Um dos relatos populares é que durante a segunda grande perseguição aos cristãos de Jerusalém, após o ano 45, os discípulos de Jesus se dispersaram pelo mundo. Os cristãos gregos afirmam que Maria Madalena teria acompanhado a Virgem Maria e São João Evangelista para Éfeso, tendo morrido e sido enterrada naquela cidade. Outra tradição igualmente popular acredita que ela e outros cristãos teriam sido presos em Jerusalém e lançados ao mar num barco sem remo, velas ou leme, a fim de perecerem num naufrágio. Entretanto, o barco dirigiu-se milagrosamente para a Sicília, e de lá para a França, chegando finalmente a Marselha, que era então um dos principais portos das Gálias, no sul da França. Depois de ter trabalhado na conversão dos marselheses, Madalena retirou-se para viver na solidão em uma montanha entre Aix, Marselha e Toulon, onde permaneceu aproximadamente por 30 anos, levando vida contemplativa e penitencial até sua morte. No século VIII, suas relíquias foram trasladadas para um lugar seguro, tendo ficado esquecidas até que Carlos II, rei da Sicília e conde da Provença, as encontrou em 1272. Entretanto, a urna de Santa Maria Madalena desapareceu no século XVI, durante as guerras de religião entre católicos e protestantes.
Em 22 de julho, os católicos de todo o mundo irão celebrar pela primeira vez o Dia de Santa Maria Madalena como festa litúrgica. Por “decisão expressa” do Papa Francisco, a data até então celebrada como memória foi elevada ao grau festa no Calendário Romano Geral, em decreto da Congregação pelo Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, no dia 3 de junho. Chamada por São Tomás de Aquino como a “apóstola dos apóstolos”, Maria Madalena foi a primeira a ver Jesus Ressuscitado e a dar o testemunho da Ressurreição aos apóstolos. O secretário da Congregação para o Culto Divino, Dom Artur Roche, explicou que Francisco tomou essa decisão exatamente no contexto do Jubileu extraordinário da Misericórdia, para significar a importância dessa mulher, que mostrou um grande amor a Cristo e Cristo por ela, chamada por São Gregório Magno de “testemunha da misericórdia”. Santa Maria Madalena é venerada pelos cristãos do século I pela sua fidelidade e adesão a Jesus Cristo, como manifestou São João Paulo II na carta apostólica Mulieris dignitatem: “Santa Maria Madalena é o exemplo de verdadeira e autêntica evangelizadora, isto é, de uma ‘evangelista’ que anuncia a mensagem alegre e central da Páscoa”.
Pecadora Arrependida?
A tradição da Igreja no Ocidente, sobretudo depois de São Gregório Magno, identifica na mesma pessoa Maria Madalena, a pecadora arrependida que derramou perfume na casa do fariseu Simão, como narra o capítulo 7º do Evangelho de Lucas, e a irmã de Lázaro e Marta. Numa homilia proferida no ano 591, o Papa Gregório associa Madalena como uma pecadora pública, o que posteriormente se popularizou como sendo uma prostituta. Isso se deve ao fato de o relato da mulher pecadora vir imediatamente antes da passagem em que Maria Madalena é citada nominalmente no capítulo 8º. Outro fator que pode ter contribuído para essa associação era a má fama que sua cidade natal, Magdala, tinha por causa da imoralidade. A única coisa concreta que a Sagrada Escritura diz sobre o passado dessa Santa é que dela tinham saído sete demônios (Lc 8,2). A interpretação de que Madalena e Maria, irmã de Lázaro, eram a mesma pessoa manteve-se e teve influência nos autores eclesiásticos ocidentais, assim como na arte cristã e nos textos litúrgicos relativos a ela. Embora não existam
Ovo vermelho
nos Evangelhos objeções à opinião de que Maria Madalena era uma prostituta, também não há provas bíblicas concretas que permitam afirmá-lo. Esse pode ser o motivo pelo qual, em 1969, com a reforma litúrgica proposta pelo Concílio Vaticano II, as leituras da Bíblia empregadas na missa foram revistas e decidiu-se não continuar a usar o relato da pecadora arrependida como leitura na memória da Santa.
Anunciadora da Ressurreição
“De fato, Maria Madalena fez parte do grupo dos discípulos de Jesus, seguindo-o até aos pés da cruz e, no jardim onde se encontrava o sepulcro, foi
a primeira ‘testemunha da misericórdia divina’. O Evangelho de João conta que Maria Madalena chorava, pois não tinha encontrado o corpo do Senhor (cf. Jo 20,11), e Jesus teve misericórdia dela fazendo-se reconhecer como Mestre, transformando as suas lágrimas em alegria pascal”, afirma Dom Roche. Ao ver o Senhor ressuscitado, Madalena cumpriu o mandato dado por Ele e foi ao encontro dos discípulos para anunciar: “‘Vi o Senhor’. E contou o que Ele lhe tinha dito” (Jo 20, 17-18). “Ela é testemunha de Cristo Ressuscitado e anuncia a mensagem da Ressurreição do Senhor, como os outros apóstolos. Por isso, é mais apropriado que a celebração litúrgica dessa mulher tenha o mesmo grau de festa que
A iconografia ao longo da história retrata Santa Maria Madalena segurando um ovo vermelho nas mãos. Diz uma tradição que, após partir para a Europa, Maria Madalena conseguiu uma audiência em Roma com o imperador Tibério César. Sua intenção era denunciar o crime cometido pela negligência de Pilatos, e para isso contou-lhe a vida do Cristo, sua morte e Ressurreição. Ao terminar seu relato, ela pegou sobre a mesa de jantar um ovo branco para ilustrar seu ponto de vista sobre a Ressurreição. Ao ver isso, César replicou que era mais fácil um ovo branco se tornar vermelho do que existir alguém que retornou dos mortos. No mesmo instante, o ovo nas mãos de Maria se tornou vermelho como sangue. Embora seja fruto de uma tradição popular, esse símbolo perpetua o principal aspecto da vida dessa seguidora de Cristo: o testemunho da Ressurreição. (Com informações do site Vatican.va)
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Encontro Nacional da Pascom debate comunicação e liturgia Conexão Pascom
Padre Luiz Claudio Braga
Especial para O SÃO PAULO, em Aparecida (SP)
O 5º Encontro Nacional da Pascom, promovido pela Comissão de Pastoral da Comunicação da CNBB, em associação com a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia, aconteceu entre os dias 14 e 17 no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP). Na abertura do evento, Dom Darci José Nicioli, arcebispo de Diamantina (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação, comentou que “a comunicação tem o poder de criar pontes, favorecer o encontro e a inclusão, enriquecendo, assim, a sociedade. Como é bom ver pessoas esforçandose por escolher cuidadosamente palavras e gestos para superar as incompreensões, curar a memória ferida e construir a paz e harmonia. As palavras podem construir pontes entre as pessoas, as famílias, os grupos sociais, os povos. Isso é obra da força do Espírito Santo”, afirmou o Bispo. Nas quatro conferências principais e nos seis seminários oferecidos, estiveram presentes grandes nomes da comunicação e da liturgia na Igreja do Brasil. Dentre eles o Padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Catedral da Sé e redator do folheto litúrgico Povo de Deus em São Paulo, da Arquidiocese de São Paulo, que falou sobre o tema, “Comunicação e Anúncio da Palavra”. “Já estava na hora de encontrarmos um tempo para conversar sobre a nossa relação de comunicadores da fé e nosso papel na liturgia. Tanta coisa mudou para nós e precisamos de um tempo para refletir e amadurecer essa relação. Foi muito bom ver tanta gente do Brasil inteiro disposta a tentar compreender a natureza da liturgia e o verdadeiro significado da comunicação na liturgia”, afirmou, ao O SÃO PAULO, o Padre Baronto.
Com as bênçãos da Mãe Aparecida, 800 integrantes da Pastoral da Comunicação participam do 5º Encontro Nacional da Pascom, de 14 a 17
Outros temas tratados no encontro foram “Comunicação e Celebração da Liturgia”, com o Frei José Ariovaldo da Silva, OFM; “As Novas Tecnologias e a Liturgia”, com Moisés Sbordelotto; e “Comunicação e Linguagem Visual”, com o Padre Thiago Faccini Paro, mestre em Liturgia. “O encontro com sua temática foi uma ótima oportunidade para que todos compreendessem que liturgia é, em sua essência, comunicação”, disse à reportagem Padre Thiago. A organização do evento promoveu a integração dos integrantes da Pastoral da Comunicação de todo o Brasil, fazendo com que partilhassem avanços e dificuldades. “O encontro foi bem articulado e as conferências fizeram seu papel, atingido o público de maneira direta. Todos saímos muito ricos em conhecimento e animados para a nossa missão. Agora é importante passar adiante toda a riqueza que adquirimos nestes dias”, comentou o Padre Francisco Aderlane, assessor eclesiástico da Pascom da
Arquidiocese de Fortaleza, no Ceará. Além de leigos e padres assessores da Pascom, participaram do encontro alguns bispos, como Dom Darci, Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo e vigário episcopal para a Pastoral da Comunicação, e Dom Vilson Dias de Oliveira, bispo da Diocese de Limeira (SP) e referencial do Regional Sul 1 da CNBB. “O encontro propiciou a reflexão do tema, mergulhando todos no universo da comunicação e no quanto ela pode propiciar o encontro com Jesus Cristo na Palavra e na Eucaristia. Saúdo e cumprimento a todos do nosso Regional (quase metade dos participantes) pela presença e engajamento” comentou Dom Vilson. Além de Dom Devair, a Arquidiocese de São Paulo esteve representada pelo Padre Luiz Claudio Braga, assessor eclesiástico arquidiocesano da Pascom; Rafael Alberto, secretário-executivo do Vicariato Episcopal para a Pastoral da Comunicação; e padres e leigos que in-
tegram a Pastoral nas regiões episcopais. “O encontro foi muito bom, um momento em que conseguimos olhar horizontes diferentes no trabalho pastoral, inúmeras realidades pastorais, perspectivas de melhorias no trabalho com comunicação, principalmente com visão de projetos em longo, médio e curto prazo. Temos um grande potencial de trabalho, desde que seja feito com um projeto estruturado”, expressou Jorge Vicente Barros, da Pascom Brasilândia. “Foi maravilhosa a troca de informações. Sinto que nós da Arquidiocese precisamos trabalhar muito mais e com muita persistência. Estamos aquém dos nossos objetivos”, avaliou Júlia Cleto, da Pascom Lapa. A comissão organizadora, ao final do encontro, anunciou que o próximo evento nacional da Pastoral será o 10º Mutirão de Comunicação (Muticom), que acontecerá em Joinville (SC), de 16 e 20 de agosto de 2017, com o tema “Educar para a comunicação”. (Com informações complementares do Portal ArquiSP)
Arquivo pessoal
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Entre os dias 15 e 17, no Santuário da Mãe Rainha, em Atibaia (SP), aconteceu o 11º Retiro dos Diáconos da Arquidiocese de São Paulo. O pregador foi o Padre Rodrigo Thomaz, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, da Região Belém. Ele apresentou reflexões sobre os 7 Pecados Capitais, na visão de São Tomás de Aquino.
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Filipe David
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Dica de Leitura
A Tragicomédia Acadêmica “A Tragicomédia Acadêmica” é o livro de estreia do escritor paulistano Yuri Vieira. Trata-se de uma reunião de contos ambientados no mundo universitário brasileiro, povoados por tipos e conflitos familiares àqueles que já se aventuraram a passar alguns anos em alguma faculdade do país (especialmente nas públicas). Yuri Vieira recorre ao humor, ao fantástico, ao nonsense e à paródia para abordar situações reais vividas nesse meio, e o faz de tal modo que consegue articular as experiências dos universitários brasileiros de hoje com figuras, mitos e passagens marcantes da cultura ocidental – pop e erudita.
Divulgação
FICHA TÉCNICA Autor: Yuri Vieira Páginas: 236 Editora: Vide Editorial
Para refletir
Revolução sexual e cultura
A escritora alemã Gabriele Kuby é autora do livro “A revolução sexual global – Destruição da liberdade em nome da liberdade”. Ela explica, em uma entrevista à Life Site News, os efeitos da revolução estudantil de 1968 e da revolução sexual sobre a alta cultura e a sociedade. “Quando se corrompe o sexo, a família também é corrompida. Quando a família se corrompe, a sociedade também é corrompida. As normas sexuais têm uma influência decisiva sobre todo o edifício cultural. O antropólogo J. D. Unwin, um intelectual de Oxford, na Inglaterra, dos anos 1930, mostrou em seu livro ‘Sexo e cultura’ que a alta cultura só pode existir se há normas sexuais estritas. A cultura cristã europeia depende do ideal da monogamia. Nós estamos agora em uma revolução cultural que subverte a moralidade sexual. As graves consequências disso são óbvias: a destruição da família e a crise demográfica. Mas os poderes deste mundo continuam a impor a revolução sexual a todas as nações. (...). Muitas mentes reverenciadas contribuíram com ideias filosóficas e psicológicas, bem como com sua expertise revolucioná-
ria. Todas simpatizam com o movimento comunista ou progressista. Para dar apenas alguns nomes: Karl Marx e Friedrich Engels, Sigmund Freud, Simone de Beauvoir, Alfred Kinsey, Wilhelm Reich – um revolucionário sexual muito radical – e os filósofos Adorno, Horkheimer e Marcuse, conhecidos como representantes da ‘Escola de Frankfurt’ (...). Esses ataques sobre as fundações de uma sociedade saudável e viável criam uma multidão de pessoas desenraizadas que podem ser facilmente manipuladas. Não é apenas a estratégia da ONU (Organização das Nações Unidas) e da União Europeia, mas de uma rede de agências ligadas à ONU – como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Unicef, organizações globais como a International Planned Parenthood Federation (IPPF) e a International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association (ILGA), corporações multinacionais como Apple, Microsoft, Google e Facebook, e fundações bilionárias como a Fundação Rockefeller e a Fundação Gates, apoiadas pela grande mídia”. (A íntegra da entrevista pode ser lida em inglês no site da Life Site News)
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Padre Antonio Francisco Ribeiro e Benigno Naveira Colaboradores de comunicação da Região
Padre antônio Francisco Ribeiro
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Lapa
São João Gualberto é exemplo para a prática do perdão Com missa presidida por Dom Julio Endi Akamine, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Lapa, e concelebrada pelo Padre Geraldo Pereira, pároco, foi concluída no dia 12 a festa do padroeiro da Paróquia São João Gualberto, no Setor Pastoral Pirituba. Dom Julio, na homilia, ressaltou que perdoar é expressão de amor. O Bispo recordou que São João Gualberto revoltou-se com o assassinato do próprio irmão, a ponto de jurar de morte o causador. Porém, ao encontrá-lo, foi tocado pela misericórdia de Deus e perdoou o assassino. Dom Julio lembrou que Jesus quer a conversão de todos, e que perdoar é sentir a paz no coração, a graça de Deus que muda a cólera e o sofrimento. A missa solene do dia 12 foi prece-
Angela Santos
Dom Julio preside missa solene na festa do padroeiro da Paróquia São João Gualberto, dia 12
dida por um tríduo entre os dias 9 e 11, com missas presididas por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da
Arquidiocese na Região Sé, e pelos padres Júlio Cesar de Mello Almo e João Carlos Deschamps.
Pastoral Familiar fará retiro para casais de 2ª união
Na quinta-feira, 14, a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi levada ao Lar das Mercês, na área de abrangência da Paróquia Nossa Senhora da Paz.
A Pastoral Familiar da Região Lapa realizará nos dias 22 e 23 de outubro um encontro destinado aos casais de segunda união. Os detalhes da iniciativa foram apresentados na reunião do clero atuante na Região, no dia 12, pelo Padre Raimundo Rosimar, assistente eclesiástico, e por outros integrantes da Pastoral. O encontro terá por finalidade a acolhida dos casais que vivem em segunda união, proporcionando um momento de oração e um acompanhamento para que não se sintam excluídos e possam refletir sobre o papel que têm na Igreja. A propos-
ta vai ao encontro do apelo da Exortação Apostólica Familiares consortio, que no número 84 indica que a Igreja, instituída para conduzir à salvação de todos os homens e sobretudo os batizados, é convocada a não abandonar aqueles que, unidos pelo vínculo matrimonial sacramental, procuram novas núpcias, para oferecerlhes os meios de salvação. O Papa Francisco na Exortação Apostólica Amoris laetitia reforça o apelo de acolhida e acompanhamento desses casais. A proposta foi acolhida pelos padres, que se comprometeram a convidar pesso-
almente os casais conhecidos em segunda união, motivando a participação com o devido cuidado de não expor publicamente a situação em que se encontram. As inscrições já podem ser feitas nas paróquias. Segundo o Padre Raimundo Rosimar, o trabalho pastoral com esses casais requer muito cuidado e atenção, pois ninguém deseja ter a vida particular exposta em público e muitos sentem vergonha de participar da comunidade por temer serem rejeitados. Por isso, segundo ele, o convite não pode ser feito com simples avisos nas celebrações, mas sim de forma personalizada.
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Brasilândia
Ana Carolina Cruz e Larissa Alves Colaboração especial para a região
Jovens em oração e em sintonia com o Papa Muitos dos 30 jovens e adultos que foram à Paróquia Santa Rosa de Lima, no Setor Perus, no dia 2, ainda não conheciam o Movimento Eucarístico Jovem (MEJ), o ramo juvenil do Apostolado da Oração (AO), mas passaram a compreendê-lo após o encontro ministrado por Ana Carolina Cruz, coordenadora do Movimento na Arquidiocese Ana Carolina comentou que a espiritualidade do MEJ “é exprimida em missão, Evangelho, oração e Eucaristia”. A Assessora recordou a experiência de ter conversado com o Papa Francisco, em agosto de 2015, no Vaticano, durante o encontro comemorativo dos 100 anos do MEJ no mundo. Ana Carolina destacou a proximidade do Papa Francisco com o Apostolado, a rede de oração do Papa. Mensalmente, o AO apresenta os vídeos do Papa com a intenção de cada mês e recentemente lançou, em São Paulo, o aplicativo “Click To Pray”, que disponibiliza orações três vezes ao dia (leia mais na página 7). “Gostei muito da explicação sobre o MEJ, destacando a importância da oração para os jovens, e também da oração pelas intenções do Papa, bem como em saber que o MEJ é o 13º discípulo”, comentou a paroquiana Tânia Mandri, que participou do encontro.
Arquivo pessoal
Participantes do encontro sobre Movimento Eucarístico Jovem em foto na Paróquia Santa Rosa de Lima, no Setor Pastoral Perus, dia 2 Isadora Félix
Pela expressão corporal também se evangeliza Tomaz Lourenço
A Imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida chegou à Paróquia Nossa Senhora da Paz, no Setor Pastoral Jaraguá, no domingo, 17, onde permanecerá esta semana. Orlando Figueiredo
No sábado,16, o Cardeal Scherer presidiu missa na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Setor Nova Esperança, na solenidade da festa da Padroeira. Ele foi acolhido pelo Padre Eduardo Bina, pároco, e pelos paroquianos que lotaram a igreja. Juçara Terezinha Zottis
No domingo, 17, as lideranças pastorais do Setor Cântaros estiveram em retiro no Colégio Santa Lúcia Fillippini, no bairro Itaberaba, com assessoria de Juscelino Neves, da cidade de Franca (SP). Os leigos rezaram e refletiram sobre as ações que realizam.
Oficina de expressão corporal mobiliza jovens participantes do Movimento Escalada Pirituba
Arte e evangelização andam lado a lado nas atividades do Movimento Escalada Pirituba, da Paróquia Nossa Senhora do Retiro, no Setor Pereira Barreto. E isso foi atestado mais uma vez nos dias 11, 13 e 15, com a realização de uma oficina de expressão corporal, com foco em práticas de teatro musical. “Uma das características do nosso Movimento é a utilização do teatro como ferramenta para transmitir o Evangelho aos jovens. Esse trabalho com certeza contribuiu para melhorar o desenvolvimento de cada participante para atuar e expressar o sentimento de cada personagem”, comentou Tomaz Lourenço, 27, coordenador do Movimento Escalada em São Paulo.
Os encontros, que tiveram em média três horas de duração cada, foram ministrados por Estenio Azevedo, diretor artístico, dançarino e produtor multimídia, que integra o Movimento desde 2007. Foram apresentadas e praticadas técnicas básicas; além de ser feita a experimentação de um número musical. Valores como união e persistência por um objetivo comum foram trabalhados ao longo da formação. “Não se limitem! A nossa vida é repleta de ‘nãos’. Coloquem o pé para fora da cama para fazerem as coisas valerem a pena”, encorajava Estenio, quando os jovens se deparavam com as dificuldades das atividades sugeridas.
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Belém CEBs reafirmam compromisso de disseminar a misericórdia Peterson Prates
Colaborador de comunicação da Região
“A Terra clama por misericórdia” foi o tema central da XXIII Semana das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) dos setores pastorais Sapopemba e São Mateus, entre os dias 13 e 15, na Paróquia São Sebastião, no Conjunto Habitacional Mascarenhas de Moraes, em Sapopemba. A temática teve inspiração na Campanha da Fraternidade 2016 “Casa comum, nossa responsabilidade”, que foi também o lema da Semana. Dois terços de todas as comunidades de base da Região Belém estão nestes dois setores pastorais. No primeiro dia, foi realizado o envio de agentes de pastoral para a Romaria dos Mártires, em Ribeirão Cascalheiras (MT), na Prelazia de São Felix do Araguaia, que aconteceu entre os dias 16 e 17. Ainda na quarta feira, 13, Dom Luiz Carlos Dias, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, foi o assessor da noite, com o tema “CEBs e o compromisso com a cidade”. Dom Luiz aproveitou o encon-
Maria Rosineide Silva
Dom Luiz Carlos profere bênção a participantes da Semana das Comunidades Eclesiais de Base
tro para se apresentar às comunidades. Ele tratou sobre a problemática da água em São Paulo, destacando a necessidade de novas formas de energia, como a eólica, e comentou sobre o consumismo e o saneamento básico. “Quero contribuir para que esse trem fique cada vez mais firme”, afirmou o Bispo, em referência ao trem das CEBs, marca da vida das comunidades eclesiais de base. “CEBs, oásis de misericórdia” foi o
Encontro de liturgia e canto pastoral acontecerá nos dias 30 e 31 A Região Episcopal Belém realizará nos dias 30, das 8h às 18h, e 31, das 8h às 17h, no Centro Pastoral São José (rua Álvaro Ramos, 366, próximo ao metrô Belém), o Encontro de Liturgia e Canto Pastoral 2016, com o tema “Misericordiosos como o Pai! Misericordiosos como Jesus!”. A coordenação da atividade é da Irmã Míria Kolling, com a colaboração da Irmã
Idê Maria e agentes da Região Belém. Dom Luiz Carlos Dias, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, estará no encontro. A taxa de participação é de R$ 25. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (11) 2693-0287, com Iracema; (11) 2293-0128, com Hideli; ou ainda pelo e-mail regiaobelem@ uol.com.br. Divulgação
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tema do segundo dia encontro, com assessoria do Padre Tarcísio Mesquita, coordenador de pastoral da Arquidiocese de São Paulo. “A comunidade é Oásis da igualdade, onde a justiça corre pra que um dia a paz se abrace com ela”, disse, comentando, ainda, que as comunidades são lugares de esperança, da reconciliação e refúgio dos pecadores. O Frei José Longarez, capuchinho, vigário da Paróquia Nossa Senhora de
Fátima e São Roque, no Setor Pastoral Sapopemba, assessorou a última noite da atividade, falando do tema “Terra de Deus, Terra de Todos”. O Frei realizou um encontro celebrativo, no qual interagiu com os participantes, usando símbolos, cantos e vídeos. O Frei recordou quatro Campanhas da Fraternidade que tratavam da questão da terra: CF 1979 – Por um mundo mais humano, com o lema “Preserve o que é de todos”; CF 1986 – Fraternidade e terra, “Terra de Deus, terra de irmãos”; CF 2002 – Fraternidade e povos indígenas, “Por uma terra sem males!”; e CF 2007 – Fraternidade e Amazônia, “Vida e missão neste chão”. Durante a atividade, houve o resgate dos mártires da Caminhada, como Santo Dias, Irmã Dorothy Stang, Padre Ezequiel Ramin, Padre Josimo Tavares, o Beato Oscar Romero, entre tantos outros, referenciais para a caminhada das comunidades eclesiais de base.
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Santana Família deve estar no centro da pastoral da Igreja Com missa presidida por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, foi aberto o Retiro Anual de Catequistas, realizado no sábado, 16, na Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, no Setor Pastoral Tucuruvi. Concelebraram os padres Paulo Cesar Gil, coordenador arquidiocesano da Animação Bíblico Catequética, João Paulo Tabarelli, Pietro Plona, e Hugo Pereira de Souza. “Recolocar a família no centro da Pastoral da Igreja” foi o tema da palestra de abertura do evento proferido pelo Bispo, que alicerçou sua apresentação na Exortação Amoris laetitia, do Papa Francisco. Os catequistas também tiveram a palestra do casal coordenador da Pastoral Familiar da Arquidiocese, Ana e Luiz Fernando Garcia, que abordou a missão do catequista junto à família do catequizando. Houve, ainda, dinâmica de grupo, que refletiu sobre os desafios da interação família e Catequese. O retiro foi concluído com palestra do Padre Paulo Gil.
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese, profere palestra no retiro de catequistas da Região Santana, no sábado, 16 Diácono Francisco Gonçalves
Imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida é acolhida no CTN Valdeir Dede
Dom Sergio de Deus Borges presidiu na sexta-feira, 15, missa na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no Setor Jaçanã, por ocasião da festa da Padroeira, celebrada no sábado, 16. Ele foi acolhido pelo Padre Alfredo Celestino dos Santos, MS, pároco. Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio ministrou, no domingo, 17, o sacramento da Crisma a 18 jovens da Comunidade Nossa Senhora Aparecida, pertencente à Paróquia São Pedro Apóstolo. Ele foi acolhido pelo Padre Edmilson da Silva, pároco, e pelo diácono permanente Carlaile Torneli. Pascom da Paróquia Nossa Senhora da Livração
No dia 6, na Paróquia Nossa Senhora da Livração foram comemorados os 25 anos da ordenação presbiteral do Padre Edilson Paes Landim de Farias, MSJ, pároco, e do Padre Carlos Enrique Santos Silva, MSJ. Esteve presente o Padre Ronaldo José de Castro Neto, superior geral do Instituto Missionários de São José (MSJ).
Fiéis com chapéus na bênção final rememoram tradição das celebrações em Juazeiro do Norte
A Capela Imaculada do Centro de Tradições Nordestinas (CTN) recebeu, no dia 10, a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida que percorre a Região Santana. Na ocasião, foram recordados os 82 anos da morte do Padre Cícero Romão Batista (1844-1934), com a inauguração de uma estátua que representa o Padre Cícero abençoando o rio Tietê. Uma comitiva da cidade de Juazeiro do Norte (CE) esteve no CTN, incluindo o Padre Cícero José, pároco do Santuário Nossa Senhora das Dores, localizado na-
quela cidade, que presidiu a missa, concelebrada pelo Padre João Evangelista de Sousa, capelão. A Capela Imaculada, localizada na rua Jacofer, 615, terá outras festividades para demarcar a data de falecimento do Padre Cícero Romão Batista, entre as quais as missas a serem presididas por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, no dia 24, às 11h, e por Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC), no dia 31, às 11h.
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Ipiranga
Caroline Dupim, Karina Oliveira e Valdeci Oliveira Colaboradores de comunicação da Região
De festas a rifas, jovens unem esforços para ida à JMJ A chance de participar da Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, na Polônia, neste mês, mobilizou os integrantes do grupo Jovens Unidos Por um Amanhã Melhor (Jupam), da Paróquia Santo Afonso Maria Ligório, no Setor Pastoral Cursino. Iniciado em janeiro de 2015, o grupo começou, em julho do ano passado, a arrecadar recursos para ida de dois ou mais jovens à JMJ. Com o total apoio do pároco, Padre Benedito Vicente de Abreu, e da comunidade, os jovens fizeram, para arrecadar fundos, festas no salão paroquial, montaram barracas na festa junina e na festa de Santo Afonso e se empenharam na venda de bolos, sucos e achocolatado ao final das mis-
sas dominicais. Também conseguiram patrocínio da empresa Nestlé, que forneceu produtos que foram usados em bingos e rifas. Ao final de toda mobilização, foram sorteados os dois jovens que vão representar a Paróquia na JMJ em Cracóvia: Matheus Matos e Beatriz Varjao Oliveira. “Espero vivenciar algo único, no qual terei a oportunidade de conhecer a terra de São João Paulo II, no Jubileu extraordinário da Misericórdia, e com o Papa Francisco. Vivenciar este momento com a juventude é algo único e acredito que mesmo que não falemos a mesma língua, mesmo que não tenhamos a mesma cultura, não haverá empecilhos para a nossa interação, pois existe algo maior
Arquivo Paroquial
Jovens Matheus Matos e Beatriz Oliveira em foto com paroquianas e o Padre Benedito
que nos guia e conecta, que é o amor de Deus”, afirmou Matheus. Os dois jovens serão acompanhados pelas paroquianas Rosemary Oliveira Chaya Rodrigues e Hosana Benvinda Vilar Feitosa.
Além da Santo Afonso Maria Ligório, enviarão jovens à JMJ as paróquias São Bernardo de Claraval (4 jovens), Nossa Senhora das Dores (1) e Nossa Senhora das Graças (1).
Ano Santo da Misericórdia é destaque em Semana de Espiritualidade Karina Oliveira
Devoção a Nossa Senhora Aparecida é expressa em Semana de Espiritualidade, dos dias 11 a 15
A Paróquia-santuário Santa Edwiges, no Setor Pastoral Anchieta, realizou entre os dias 11 e 15 a Semana de Espiritualidade, com enfoque para o Ano Santo extraordinário da Misericórdia. A Exortação Amoris laetitia, do Papa
Francisco, foi o tema do primeiro dia de formação, conduzido por Dom Celso Queirós, bispo emérito de Catanduva (SP). Para o Bispo, todas as famílias deveriam ter um exemplar da Exortação em casa para orientações diversas, inclusive
nos momentos de dificuldades familiares. No segundo dia, Padre Pedro Luiz Amorim, pároco da Paróquia Santa Paulina, falou sobre a Bula da Misericórdia, que faz parte do documento com orientações para a vivência deste Jubileu. O Padre pediu aos participantes que não deixem de viver este momento e citou a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10, 25-37), que inspira não só o agir misericordioso com o próximo, mas a manifestação da graça em ações concretas. O Sacerdote convidou os participantes a passarem pela Porta Santa do Santuário São Judas Tadeu. Frei Edson Ikeda, dos Oblatos de São José, palestrou no terceiro dia. Ele comentou que a palavra “misericórdia” aparece no Antigo Testamento (AT) 451 vezes e no Novo Testamento (NT), 125. Já a palavra “misericordioso” aparece 1.944 vezes no
Padre Simone Bernardi
Colaboração especial para a Região
Unidos pela caridade e pela diversão Quem fosse aos fundos da rua Dr. Almeida Lima, nas proximidades da estação Bresser-Mooca, no dia 9, encontrava um grupo unido por um objetivo comum: fazer com que todos sentissem que podem contar com um amigo. Lá estavam os participantes de “A Praça”, uma iniciativa que brota da convicção de que “os pequenos podem fazer coisas grandes” realizando gestos e ações que estimulam em todos a vontade de fazer mais pelo bairro, pela cidade e pelo mundo. Fruto da parceria entre o SERMIG - Fraternidade da Esperança e a Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários, na Região Sé, a iniciativa busca transformar esse local em um
espaço de encontro da juventude, aberto a todos, para a realização de atividades de promoção da vida e de fortalecimento da comunidade. Também estiveram na iniciativa integrantes do Colégio São Luís, do Colégio Espirito Santo, da Comunidade 21 de Abril e das paróquias Nossa Senhora de Casaluce, San Gennaro e São Rafael. A atividade foi planejada com antecedência, tanto nos detalhes de acolhida dos participantes quanto da gincana que aconteceu naquele sábado. Jovens dos colégios São Luís e Espírito Santo pintaram a quadra do fundo da rua, com latas de tinta doadas por moradores do bairro. Em mutirão, os voluntários organizaram
AT e no NT, 780. Ele sintetizou tudo em duas expressões do amor de Deus: “graça” - ação a ser feita ao próximo; e “misericórdia” - amor com o próximo. Irmã Ivinete Fragata dos Santos, das Irmãs Pallotinas, falou no quarto dia sobre a importância do sacramento da Confissão para todo o cristão. Citou, também, algo que ouviu certa vez: as pessoas atuantes em igrejas devem exalar o odor de Deus. “Será que nós cristãos estamos exalando o odor de Deus?”, indagou. Para finalizar a Semana de Espiritualidade, o Padre Bennelson da Silva Babosa, psicólogo, explanou sobre a vivência da misericórdia, em uma espiritualidade com a exposição do Santíssimo Sacramento, e convidou todos à experiência da penitência, para que recebam a misericórdia de Deus e sejam misericordiosos como o Pai.
Sé Arsenal da Esperança
Dia festivo e de solidariedade na região Bresser-Mooca é encerrado com oração conjunta
as crianças para as brincadeiras, entre as quais os jogos cooperativos, e prepararam lanches para todos. Houve ainda uma
homenagem aos organizadores feita por crianças que cantaram e dançaram uma música que falava da presença de Jesus.
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
‘Incomparável Mãe, guardai-me, defendei-me’ Imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi levada à Cracolândia, na sextafeira, 15, após missa presidida por Dom Eduardo Edcarlos Bispo
edbsant@gmail.com
Com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Dom Eduardo Vieira visita região da Cracolândia
A Paróquia-santuário Sagrado Coração de Jesus, no bairro Campos Elíseos, estava lotada na manhã da sexta-feira, 15, quando a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida foi acolhida pela comunidade paroquial, durante missa presidida por Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Sé. Da celebração participaram cerca de cem acolhidos pelas obras sociais da Irmã Rosina, religiosa da Congregação de São Vicente de Paulo de Gysegem (Serva dos Pobres), que é responsável pelo Centro de Convivência São Vicente de Paulo, cuja missão é ser expressão da misericórdia de Jesus Cristo ao atender pessoas em total vulnerabilidade, como idosos, doentes, desamparados e em situação de rua. No local são atendidas diariamente, de segunda-feira a sábado, mais de 600 pessoas, para as quais é oferecido café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Irmã Rosina comentou que foi uma grande alegria e bênção participar da celebração com a imagem peregrina de
Nossa Senhora Aparecida. Muitas vezes, contou ela, os assistidos do Centro de Convivência pedem para fazer uma romaria até o Santuário de Aparecida, mas devido aos altos valores das despesas não é possível. “Nossa Senhora veio a nós”, comemorou. “Isso é de uma importância bárbara, porque eles vieram contentes, rezaram e cantaram”. Irmã Rosina acrescentou que Maria é “um exemplo de acolhida e de ajuda. Se não fosse ela, não estaria aqui. É um exemplo de vida, de doação pessoal, de entrega pessoal a Deus, e é isso que procuramos fazer, nos entregar ao irmão que está à nossa frente, que é o próprio Cristo”. Dom Eduardo e os fiéis, ao final da celebração, deram uma volta no quarteirão com a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, passando também pela chamada região da Cracolândia. Muitos que ali estavam, ajoelharam-se diante da imagem, beijaram-na, procuraram tocá-la, se abraçaram e suplicaram as bênçãos da Mãe Aparecida. O Bispo, categoricamente, afirmou que é preciso “ser luz no meio da escuridão”, pois, em seu entender, “a Cracolândia é um lugar de desafio, um lugar muito sofrido. São dezenas ou centenas de pessoas que vivem jogadas, estão ali como lixo e não têm dignidade alguma. Para nós, é um grande compromisso. Não há alegria, nem satisfação em ver o povo nessa situação. O que podemos é ser solidários, seja com a oração, com a presença e com aquilo que podemos realizar junto a eles”, afirmou.
Há 10 anos, Missão Belém é sinal da misericórdia Helena Ueno
REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br
Participantes da Missão Belém em foto com o Cardeal Scherer após missa na Catedral, dia 16
Ao criarem a Missão Belém, em outubro de 2015, o Padre Gianpietro Carraro e a Irmã Cacilda da Silva Leste desejavam auxiliar homens e mulheres em situação de rua, especialmente os dependentes químicos, a partir de práticas de misericórdia com missionários consagrados e leigos voluntários. Passada uma década, já são mais de 40 mil vidas resgatadas nas casas da Missão na capital paulista e também no interior do Estado. Além disso, desde 2010, os missionários estão no Haiti, sendo um sinal de esperança e misericórdia à população mais pobre do País que foi devastado por um terremoto naquele ano. Por esses e outros motivos, 1,7 mil pessoas lotaram a Catedral da Sé, no sábado, 16, para a missa em ação de graças pelos dez anos da Missão Belém, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer,
arcebispo de São Paulo, durante a qual houve a confirmação das constituições da Missão. Entre os concelebrantes estiveram os padres Gianpietro e Julio Lancellotti, este último vigário episcopal para a Pastoral do Povo da Rua. Também participou o diácono transitório Gilson Frank dos Reis, consagrado da Missão. Dom Odilo, que conhece de perto o trabalho da Missão Belém na Arquidiocese, realizado de modo especial junto aos que estão na Cracolândia, e também no Haiti, onde o Cardeal esteve em 2013, enalteceu a atuação dos missionários. Reconhecimento também feito pelo Papa Francisco, que enviou sua bênção apostólica ao Padre Gianpietro e à Irmã Cacilda, lida durante a celebração. Na assembleia, as muitas faixas empunhadas pelos assistidos pela Missão Belém demonstraram a capilaridade dos trabalhos realizados nestes dez anos em favor dos que estão nas diferentes dimensões das periferias existenciais.
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Reprodução
Arquidiocese prorroga prazo de indicações para a Medalha São Paulo Apóstolo REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br
Em decreto de 19 de julho (leia a íntegra ao lado), o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, nomeou como novo presidente da Comissão Julgadora da “Medalha São Paulo Apóstolo”, Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese. Em razão do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, a edição de 2016 da concessão da Medalha tem um caráter especial, que enfatiza a indicação de pessoas ou instituições que se destacam na realização de obras de misericórdia espirituais e corporais, em sua atuação no âmbito da Arquidiocese de São Paulo. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Dom Devair informou que a proposta de novos candidatos a receber a medalha foi prorrogada para 15 de agosto. Até essa data, poderão ser enviadas as fichas com as propostas, de acordo com as orientações que estão no portal da
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Arquidiocese de São Paulo (www.arquisp. org.br). A divulgação dos homenageados acontecerá no dia 25 de agosto e a cerimônia de entrega das medalhas será realizada no dia 1º de setembro, uma quinta-feira, às 20h, no teatro do Mosteiro de São Bento (largo São Bento, s/nº, centro).
Em Cracóvia e em São Paulo é tempo de JMJ Luciney Martins/O SÃO PAULO
REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br
Entre os dias 26 e 31, acontece a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia, na Polônia, que já conta com mais de 300 mil jovens inscritos, conforme informou, no início do mês, o Padre Andrzej Wołpiuk, coordenador do Departamento de Inscrições do Comitê Organizador Local da JMJ Cracóvia 2016. De acordo com o Setor Juventude arquidiocesano, estarão em Cracóvia mais de 40 jovens de paróquias da Arquidiocese de São Paulo, sem contar os grupos de peregrinos ligados às novas comunidades e movimentos, que também se articulam para participar desta edição da JMJ. Em entrevista à rádio Vaticano, no dia 12, o Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, destacou que de São Paulo irá um bom número de jovens, fato que o surpreendeu e deixou contente, pois apesar “da crise econômica e das dificuldades gerais, os jovens se organizaram e estão indo para Cracóvia”, aproximadamente 400 jovens, segundo o Cardeal. Além disso, estão sendo ensaiadas atividades locais para os que não forem, mas que acompanharão a Jornada pela televisão e internet. Dom Odilo antecipou que dará catequeses na Jornada, todas elas com a temática em torno da misericórdia, “aquilo que já estamos falando e vivendo no Ano da Misericórdia”, e as obras da misericórdia
Jovens da Paróquia Santa Bernadete, da Região Belém, estão entre os peregrinos da JMJ 2016
como forma constante de viver a fé (leia a programação completa da JMJ Cracóvia 2016 na página 9). “As jornadas são grandes ocasiões de testemunho público da fé”, afirmou Dom Odilo. Para o Arcebispo, tratam-se de especiais momentos motivadores. “Os jovens gostam de se encontrar, de grandes eventos, basta ver os festivais que reúnem muitos jovens. Com os jovens da Igreja é igual. As JMJs são uma grande oportunidade para os jovens se encontrarem”, comentou.
JMJ nas ondas do rádio
Peregrinos de aproximadamente 200 países irão para Cracóvia. Um time de tradutores ajudará a juventude a entender as homilias e os discursos durante as cerimônias e os encontros. “As traduções simultâneas serão conduzidas em todos os idiomas oficiais da JMJ: polonês, inglês,
espanhol, francês, italiano, ucraniano, alemão, português e russo. A Conferência Episcopal da República Tcheca também irá providenciar as traduções em tcheco”, afirmou Anna Chmura, coordenadora do Departamento de Comunicação da JMJ Cracóvia 2016. Os peregrinos deverão levar um rádio com fones de ouvidos e baterias reservas. Os organizadores aconselham que não ouçam as traduções em telefones celulares. “A bateria do celular pode descarregar. Não esqueçam os fones de ouvidos, que servem como antena. Sem eles, será impossível captar o sinal no smartphone”, acrescentou Mateusz Zimny, que também integra o Comitê da Jornada.
Para quem fica
Algumas atividades serão realizadas na Arquidiocese de São Paulo para os jo-
vens que não poderão ir para Cracóvia. Uma iniciativa do Arsenal da Esperança e das paróquias Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários, Nossa Senhora de Casaluce e San Gennaro promete animar os jovens que quiserem participar a distância da JMJ. A “Mini JMJ 2016”, entre os dias 27 e 31, será feita em sintonia com o Ano Jubilar e com o tema da JMJ – “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7). Uma oportunidade para um tempo pessoal e comunitário de preparação à escuta das palavras que o Papa Francisco dirá aos jovens que querem ser o futuro do mundo; a possibilidade de fazer obras de misericórdia, junto com outros jovens de diferentes realidades, para entrar cada vez mais no coração do Evangelho. A atividade prevê momentos de oração, catequeses sobre a misericórdia, celebrações eucarísticas, ações misericordiosas. Para participar da atividade, que é paga, é necessário inscrever-se no site www.sermig.org/br/arsenaldaesperanca. Outras informações pelo e-mail arsenaldaesperanca@sermig.org.br. Acompanhe a JMJ pelas redes sociais Facebook: @jornadamundialdajuventude Twitter: @jmj_pt Instagram: wydkrakow2016 Youtube: Krakow2016 Site: www.krakow2016.com/pt
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