Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 61 | Edição 3124 | 19 a 25 de outubro de 2016
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Sob o olhar misericordioso da Mãe Aparecida
Página 3
Editorial É preciso atenção à Guerra Mundial contra as famílias Página 2
Espiritualidade Dom Luiz Carlos Dias: ‘O mês missionário e a misericórdia’ Página 5
Projeto Vida Nova é o marco da misericórdia na Arquidiocese
Páginas 12,16,17,18,19 e 20
A missionariedade nas famílias com as células de evangelização
Página 24
Dom Odilo participa de Romaria de Nazaré no interior do Pará
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Dom Odilo: Anunciar a misericórdia de Deus e empenhar-se no agir misericordioso
Luciney Martins/O SÃO PAULO
A Arquidiocese de São Paulo uniu-se em testemunho público de fé, no dia 12, na Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, com uma procissão pelas ruas do centro da cidade e missa no vale do Anhangabaú, presidida pelo Cardeal Scherer, que ressaltou que Maria é a Mãe da Misericórdia. Muitas também foram as expressões de devoção nas paróquias pela cidade, na data que demarcou o início do Ano Nacional Mariano, em comemoração aos 300 anos da aparição da imagem da Padroeira do Brasil.
Na favela, uma capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida
Encontro com o Pastor
Página 13
Imagem de Nossa Senhora Aparecida, em procissão no vale do Anhangabaú, é venerada por fiéis
CNBB e Cáritas mobilizam Redução dos limites de brasileiros para ajuda ao Haiti velocidade divide opiniões Lançada no dia 13, a campanha “SOS Haiti Furacão”, articulada pela CNBB e a Cáritas Brasileira, irá arrecadar recursos para ações urgentes de solidariedade às vítimas do furacão no Haiti.
Aproxima-se o dia de festejar São Frei Galvão: 25 de outubro Luciney Martins/O SÃO PAULO
Após prometer que aumentará os limites de velocidade nas vias marginais, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), já considera manter a redução em algumas pistas. Entenda o porquê.
Página 7
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Luciney Martins/O SÃO PAULO
As realidades da migração e do refúgio são desafio e oportunidade Cardeal Vegliò, presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, fala sobre a acolhida a imigrantes e refugiados. No Brasil, um projeto de lei sobre o tema tem o apoio da Cáritas e da Missão Paz. Páginas 8 e 9
Frei Galvão, primeiro santo brasileiro, viveu em São Paulo, e sendo alguém de intensa oração, fatos místicos foram testemunhados sobre ele. Sua festa litúrgica é na terça-feira, 25 Página 15
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Editorial
Guerra Mundial contra a família
M
ais uma vez, o Papa Francisco veio trazer ao mundo a sua preocupação com a propagação da ideologia de gênero - por um processo de “colonização ideológica, provocando muita confusão” -, reforçando as palavras de Bento XVI, que alertava quanto à “profunda falsidade” dessa ideologia e a “revolução antropológica contida nela”. Uma revolução que, segundo Francisco, “ataca a família de modo terrível”. “A defesa da família tem a ver com o próprio homem. E fica claro que quando se nega a Deus, a dignidade humana também desaparece”, conclui Bento XVI. Torna-se necessário, segundo os de-
fensores da chamada ideologia de gênero, defender com todos os recursos disponíveis na mídia, nas instituições governamentais, nas instâncias legislativas, nas escolas e comemorações festivas, o que as pessoas ainda não perceberam desde o início dos tempos. Em civilizações distintas nas suas culturas, ficou oculta e desconhecida uma “verdade”: a criança deve ser educada numa neutralidade sexual democrática, sem discriminação e preconceitos, para que possa depois escolher livremente, dentre tantas possibilidades, a condição que deseja ser, e não em definitivo, mas conforme as circunstâncias do momento. Pode parecer inacreditável, mas, na essência, é isso. E assim estão se posicionando nas escolas, com a introdu-
ção de leituras que abrem para a “luz da democratização da sexualidade”. Esse projeto declara uma Guerra Mundial para a destruição das famílias. Tudo sob a maquiagem de respeitos humanos, compatíveis com a dita sociedade laica. É imprescindível que os pais responsáveis estejam atentos ao que se oferece para leitura aos seus filhos nas escolas, aos jogos de diversão para recreio, às novidades para a formação sexual. Alerta-nos o Papa Francisco que não é possível assistir a tudo isso em silêncio passivo, no papel de quem cala consente, que pode ser confundido com a aceitação dos que ditam as “novas regras” do comportamento sexual. Que não se permaneça atolado no pessimismo. Que não se perca o ânimo
por continuar anunciando, com alegria, os princípios fundamentais que regem aqueles que dão exemplo pelo testemunho do Matrimônio, como caminho de felicidade em seu compromisso com o amor fecundo, que procede da união de um homem com uma mulher. Que a reação a essa ideologia resulte dos anseios desse amor que nasce e se desenvolve em cada família, pois a história revela que a espera passiva para a demonstração da verdade que, necessariamente, se faz no tempo, pode custar o sacrifício de muitos. Portanto, urge uma atitude pessoal, pois a nossa omissão não nos poupará das nefastas consequências, nem das lágrimas pelo remorso de nada ter feito pelas nossas crianças.
Opinião
Eleições e política: de onde recomeçar? Arte: Sergio Ricciuto Conte
Marco Montrasi Cada circunstância, cada acontecimento, é sempre um novo desafio, se estamos minimamente abertos e disponíveis a nos deixar provocar sem medo pela realidade. Por isso, também essas eleições podem ser uma grande ocasião. Por que uma ocasião? Porque nascem inevitavelmente perguntas que nos recolocam em movimento: Qual é a minha contribuição neste momento de tão grande confusão? É possível recomeçar? Em que deposito a minha esperança? Tenho ainda esperança ou o meu alívio é um simples “amanhã vai melhorar”? Qual é a minha responsabilidade? A primeira responsabilidade que temos é a de nos educarmos para descobrir o que é o nosso “eu”. A origem dos valores (da vida, da pessoa, do bem comum...) está na descoberta daquilo que eu sou, do desejo de infinito que constitui o meu coração. Esse processo, que não é óbvio, é como juntar os cacos de um homem despedaçado que assim pode começar a dar valor às coisas: a uma garrafa, a um livro, até chegar à forma de tratar o dinheiro e a coisa pública. Essa é a crise profunda da qual estamos vendo as consequências: perdemos o valor das coisas porque perdemos a consciência do nosso “eu”. “Nada é tão fascinante quanto a descoberta das reais dimensões do próprio eu, nada é tão rico de surpresas quanto a descoberta do próprio rosto huma-
no. É uma aventura apaixonante. Mas, para lançar-se nessa aventura e vencer aquela estranheza em relação a nós mesmos, é preciso alguém com quem olhar o humano que há em nós, alguém que não se assuste diante dele” (J. Carron, “A beleza desarmada”. São Paulo: Companhia Ilimitada, 2016, p.136). O Papa Francisco é testemunha viva desse olhar. Vê-se a sua esperança e como esta gera uma pre-
sença que não deixa ninguém indiferente. Um “eu” vivo que não se lamenta diante das dificuldades do mundo, mas se move servindo o homem. Por que ele é assim? Estamos num momento crucial em que cada um de nós pode se deixar levar pelo pessimismo e pela acusação a um mundo corrupto e sem esperança, ou pode começar a desejar aprender esse processo de construção lenta e árdua, mas real,
possível, que desenvolve uma cultura nova. Com humildade, precisamos aprender a aprender, como dizia Zygmunt Bauman, o mais importante estudioso da sociedade pós-moderna: “Ensinar a aprender. O oposto das conversas comuns que dividem as pessoas: umas certas, outras erradas. Entrar em diálogo significa superar o limiar do espelho, ensinar a aprender a se enriquecer com a diversidade do outro. Ao contrário dos seminários acadêmicos, dos debates públicos ou das discussões partidárias, no diálogo não há perdedores, mas apenas vencedores. Trata-se de uma revolução cultural em relação ao mundo em que se envelhece e se morre antes de crescer. É a verdadeira revolução cultural em relação àquilo que estamos acostumados a fazer e é o que permite repensar a nossa época. A aquisição dessa cultura não permite receitas ou escapatórias fáceis. Ela exige e passa pela educação, que requer investimentos de longo prazo. Nós devemos nos concentrar nos objetivos de longo prazo. E esse é o pensamento do Papa Francisco. O diálogo não é um café instantâneo, não dá efeitos imediatos, porque se baseia na paciência, na perseverança, na profundidade. Ao caminho que ele indica, eu acrescentaria uma única palavra: ‘assim seja, amém’” (Entrevista a Stefania Falasca, publicada no jornal italiano Avvenire, em 20/09/2016). Marco Montrasi é autor, economista e responsável de Comunhão e Libertação no Brasil.
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
Mantido pela Fundação Metropolitana Paulista • Publicação Semanal • www.osaopaulo.org.br • Diretor Responsável e Editor: Padre Michelino Roberto • Redator chefe: Daniel Gomes • Reportagem: Cônego Antônio Aparecido Pereira, Edcarlos Bispo, Filipe David, Nayá Fernandes e Fernando Geronazzo • Institucional: Rafael Alberto e Renata Moraes • Fotografia: Luciney Martins • Administração: Maria das Graças Silva (Cássia) • Secretaria de Redação: Djeny Amanda • Assinaturas: Ariane Vital • Diagramação: Jovenal Alves Pereira • Edição Gráfica: Ana Lúcia Comolatti • Revisão: Sueli S. Dal Belo • Impressão: S.A. O ESTADO DE S. PAULO • Redação e Administração: Av. Higienópolis, 890 - Higienópolis - 01238-000 • São Paulo - SP - Brasil • Fones: (11) 3660-3700 e 3760-3723 - Telefax: (11) 3666-9660 • Internet: www.osaopaulo.org.br • Correio eletrônico: redacao@osaopaulo.org.br • adm@osaopaulo.org.br (administração) • assinaturas@osaopaulo.org.br (assinaturas) • Números atrasados: R$ 1,50 • Assinaturas: R$ 45 (semestral) • R$ 78 (anual) • As cartas devem ser enviadas para a avenida Higienópolis, 890 - sala 19. Ou por e-mail • A Redação se reserva o direito de condensar e de não publicar as cartas sem assinatura • O conteúdo das reportagens, artigos e agendas publicados nas páginas das regiões episcopais é de responsabilidade de seus autores e das equipes de comunicação regionais.
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cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
O
Dia Mundial das Missões é celebrado na Igreja Católica do mundo inteiro no próximo domingo, 23 de outubro, para manifestar e aprofundar a consciência de que, como discípulos de Cristo, somos um povo missionário. Assim quis Jesus ao enviar os discípulos a todos os povos para anunciarem e testemunharem o Evangelho “a todas as criaturas”. A Igreja de Cristo é, pois, missionária por sua natureza e nunca poderá deixar de ser isso na sua prática cotidiana. A obra missionária da Igreja, “longe de estar concluída, está apenas no seu início”, escreveu o Papa São João Paulo II na Carta Apostólica “No Início do Novo Milênio” (2001). A Igreja de Cristo nunca poderá considerar concluída a sua missão, antes do “fim dos tempos”. E, mesmo nos lugares onde o Cristianismo já foi florescente no passado, é preciso continuar a realizar o trabalho missionário; do contrário, em poucas gerações, o Cristianismo desapareceria ali e seu lugar seria assumido por outras formas de religião ou pela forma pagã de viver. Também conhecido como “Jornada Missionária Mundial”, esse Dia das Missões é uma ocasião boa para falar do trabalho missionário realizado no mundo e das iniciativas de apoio aos missionários em cada comunidade da Igreja; mas também tem o objetivo de rezar mais intensa-
Igreja missionária, testemunha da misericórdia mente pelos missionários e pelo bom fruto de seu trabalho, bem como para lhes dar o apoio concreto por meio da coleta para as missões. A coleta é feita em todas as comunidades católicas do mundo e o fruto desse gesto concreto é repassado à Congregação para a Evangelização dos Povos, pela qual o Papa incentiva e sustenta as obras missionárias da Igreja em várias partes do mundo; nos países da África, Ásia e Oceania, em geral, a Igreja ainda é jovem ou está pouco presente e não possui condições para se sustentar. A nossa generosidade fraterna ajudará os missionários a realizarem ali o seu trabalho. Todos os anos, o Papa faz uma mensagem para a Jornada Missionária Mundial. Neste ano, o tema da mensagem é “Igreja missionária, testemunha de misericórdia”. Estamos no Ano Santo extraordinário da Misericórdia e o Papa Francisco nos recorda que o trabalho missionário é uma grande e bela obra de misericórdia. Levar aos outros a Boa-Nova da salvação e ajudá-los a se encontrarem com o Deus da misericórdia e com Aquele que é o “caminho, a verdade e a vida” é a máxima obra de misericórdia. A misericórdia de Deus, que é “desde sempre e para sempre”, tem sua expressão máxima na encarnação do Filho de Deus, que se fez homem e veio habitar no meio de nós. O Evangelho anunciado pelos missionários não fala de um Deus distante e inalcançável, mas do Deus-amor,
que se fez próximo dos homens e manifestou humanamente que os ama com amor infinito. O anúncio da misericórdia de Deus está no centro do Evangelho. O trabalho dos missionários em meio aos povos e nas comunidades locais realiza-se, em grande parte, por meio do “testemunho da misericórdia”, de maneira especial, nas obras voltadas para a educação, saúde e assistência aos pobres e os mais necessitados da sociedade. O anúncio da misericórdia de Deus, que quer a vida e a salvação de todos, precisa ser acompanhado pelo testemunho concreto das nossas obras de misericórdia. E, para tornar possível esse testemunho do Evangelho, os missionários precisam do nosso apoio solidário. O mandato missionário de Jesus não acabou e, hoje, envolve a cada um de nós, desafiando-nos a fazer a nossa parte. Somos todos convocados a fazer render os talentos que nos foram confiados pelo Batismo e pela participação na vida da Igreja. O Papa Francisco tem repetido esse apelo missionário de muitas formas; pede-nos uma verdadeira “conversão pastoral e missionária”, para sermos uma Igreja “em estado permanente de missão”, uma “Igreja em saída”, que não se ocupe apenas com as suas questões internas; pede-nos para sermos corajosos em testemunhar nossa fé, mesmo nas adversidades que a cultura atual contrapõe ao testemunho missionário da Igreja.
| Encontro com o Pastor | 3
Padres novos Padre Pedro Almeida
Termina na quarta-feira, 19, o encontro de três dias que o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, realiza na cidade de Campos do Jordão (SP) com os padres novos, que são os sacerdotes recém-chegados à Arquidiocese ou que foram ordenados há no máximo oito anos.
Missas pela cidade No próximo fim de semana, o Cardeal Scherer presidirá missas em diferentes regiões da cidade. No sábado, 22, às 10h, a celebração será na sede da Escola São José, no bairro da Vila Matilde, na zona Leste, por ocasião dos 85 anos de fundação da instituição. No mesmo dia, às 19h, o Arcebispo estará na Comunidade Nossa Senhora de Fátima, na Vila Penteado, na zona Noroeste. No domingo, 23, além da tradicional celebração das 11h na Catedral da Sé, o Cardeal presidirá missa na Capela de Frei Galvão, no Mosteiro da Luz.
Tweets do Cardeal @DomOdiloScherer 13 – “Senhor, dai trabalho aos desempregados, alimento aos famintos, alegria aos tristes e a toda a humanidade graça e salvação.”
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Liturgia e Vida 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM 23 de outubro de 2016
A oração do humilde é acolhida pelo justo juiz Cônego Celso Pedro A oração do publicano chegou até o coração de Deus. Com humildade, ele suplicava: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador”. Ao contrário, a oração do fariseu ficou nele mesmo e não subiu a lugar algum. “Eu não sou como os outros, eu não sou como esse cobrador de impostos, eu jejuo duas vezes por semana, eu pago o dízimo dos meus rendimentos”. Enquanto ele afirmava o seu “eu”, o cobrador de impostos suplicava a misericórdia de Deus. Duas figuras na quais posso me espelhar. Com qual delas eu me assemelho? O Senhor é um juiz justo. A Escritura o retrata como quem não faz discriminação de pessoas, não prejudica o pobre, ouve o órfão e a viúva. Assim, reproduzimos a imagem de um juiz justo. Por que juntar a palavra juiz com a palavra justo? Não é próprio do juiz a busca da justiça? Ou existe juiz que faz discriminação de pessoas, prejudica os pobres, não ouve a súplica de quem não sabe se defender? Diz o salmista que Deus está perto do coração atribulado e conforta os de espírito abatido. Não deveriam ser assim todos os que julgam? Como entender que uma menina de 15 anos seja sentenciada e presa numa cela com 30 homens e nove anos depois a juíza responsável pelo caso seja sentenciada a “férias” remuneradas?! Também o apóstolo, ao escrever a Timóteo, afirma que o Senhor é um justo juiz que dará a coroa da justiça a ele, Paulo, e a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa. Paulo sabe que seu fim se aproxima, e diz com firmeza o que gostaríamos de dizer na hora da nossa morte: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. O combate foi bom enquanto combate, porque a luta foi real. Levado ao tribunal, ficou sozinho, abandonado pelos companheiros, à semelhança do Mestre por todos abandonado. Houve até quem deu provas de muita maldade para com o apóstolo. Lucas foi uma exceção. Ele permaneceu junto de Paulo. Histórias da vida nossa de cada dia, que será julgada pelo justo juiz. No entanto, que diferença há entre a oração do fariseu e as afirmações de Paulo? “Eu jejuo, eu pago o dízimo, eu combati, eu completei a corrida, eu guardei a fé!” O mesmo Paulo nos responde na Carta aos Gálatas: “Cada um examine sua própria conduta, e, então, terá o de que se gloriar por si e não por referência ao outro” (6,4). “Não sou como os outros”, dizia o fariseu. O problema não é ser fariseu. O problema é o enfoque religioso de sua vida. Ele estava certo em jejuar, em pagar o dízimo, em não ser ladrão desonesto, mas não estava certo ao pensar que Deus lhe devia alguma coisa por isso.
Atos da Cúria NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE CAPELÃO Em 11 de outubro de 2016, foi nomeado e provisionado Capelão da comunidade de fiéis que frequenta o Hospital do Heliópolis, na Região Episcopal Ipiranga, Setor Pastoral Anchieta, o Revmo. Pe. José Lino Mota Freire, pelo período de 1 (um) ano. CONVÊNIOS PARA CUIDADO PASTORAL Em 13 de outubro de 2016, foi assinado na Cúria Metropolitana de São Paulo o Convênio entre a Arquidiocese de São Paulo e a seguinte Congregação Religiosa: - Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, para a Cura Pastoral da Paróquia São Rafael, na Região Episcopal Belém.
Você Pergunta Por que um Ano da Misericórdia? padre Cido Pereira
osaopaulo@uol.com.br
A Ana Paulo, do Tatuapé, quer entender por que o Papa convocou o Ano Santo extraordinário da Misericórdia. Pois é, o Papa Francisco quis que celebrássemos um jubileu da misericórdia de Deus. Este ano começou no dia 8 de dezembro de 2015 e vai terminar no próximo dia 20 de novembro. O que Francisco deseja é que a Igreja olhe o mundo com misericórdia, tenha compaixão das fraquezas humanas que nos afastam de Deus e nos afastam uns dos outros. E quer que a experiência da misericórdia divina nos leve a ser misericordiosos. Francisco, ao proclamar o
Ano Santo extraordinário da Misericórdia, tinha e tem no coração os 50 anos do Concílio Vaticano II e entende que é hora de tomarmos consciência da imensa ternura de Deus por nós, revelada em Jesus. Celebrar um jubileu é uma prática que vem do Judaísmo. A cada 50 anos, os escravos eram libertados, quem tinha perdido uma propriedade a recuperava, as terras cultivadas descansavam. Enfim, era um ano de reconciliação com Deus e com os irmãos. A Igreja celebra de 50 em 50 anos um jubileu, mas o Papa pode decretar jubileus extraordinários, como é este Ano da Misericórdia. Temos, então, agora, um jubileu extraordinário. É um tempo de
alegria, um tempo de reconciliação, um tempo de mais fervor na fé. Para significar um caminho especial de salvação, o Papa abriu uma porta especial e pelo mundo afora se abrem também portas que indicam que Jesus é a porta de salvação, pela qual todos devemos entrar. O que fazer no Ano Santo? Vejam quantas belas sugestões: realizar peregrinações; praticar as obras de misericórdia; intensificar a oração; passar pela Porta Santa em Roma ou na sua diocese; perdoar a todos; buscar o sacramento da Reconciliação; superar a corrupção; receber a indulgência; participar da Eucaristia; fortalecer o ecumenismo; converter-se.
Prestação de Contas da Coleta Arquidiocesana de 2016 para a Rádio 9 de Julho São Paulo, 03 de outubro de 2016 Prezado Irmão no sacerdócio, Paz e alegria! Venho através desta informá-lo sobre resultado obtido pela coleta realizada por nossa Arquidiocese, no Dia Mundial das Comunicações, Festa da Ascensão do Senhor, em prol da Rádio 9 de Julho. O resultado nós conseguimos fechar só recentemente, porque dependemos do fluxo de entradas de nossas Regiões Episcopais. Ao mesmo tempo, aproveito a oportunidade para agradecer a você e sua comunidade pelo empenho, no sentido de apoiar a nossa Emissora, o que nos permitiu chegarmos aos resultados que explicitamos a seguir: Região Episcopal Belém..................................................................... R$ 60.599,85 Região Episcopal Brasilândia............................................................ R$ 28.504,35 Região Episcopal Ipiranga.................................................................. R$ 40.394,70 Região Episcopal Lapa........................................................................ R$ 12.948,00 Região Episcopal Santana.................................................................. R$ 50.060,25 Região Episcopal Sé............................................................................. R$ 82.709,89 Doações................................................................................................. R$ 1.032,45 TOTAL DA COLETA DE 2016....................................................... R$ 276.249,49 Creio ser necessário destacar que o valor acima atingido é inferior ao da coleta do ano passado, quando alcançamos o resultado de R$ 289.176,78. No momento, estamos tratando da Migração do AM para o FM a partir das disposições legais do governo, porém, este processo, na realidade, se converteu num longo caminho que temos a percorrer. Aproveitamos a oportunidade para informar que segundo o IBOPE, nossa Emissora ocupa o 7º lugar entre as AMs mais ouvidas de São Paulo. Finalmente, renovamos nossa disponibilidade de estar a serviço das paróquias e comunidades, pastorais e movimentos de nossa Arquidiocese; ao mesmo tempo em que contamos com a colaboração dos senhores para divulgarem nossa programação. Agradecendo todo apoio e informações recebidas, enviamos o abraço fraterno de toda equipe 9 de Julho. Unidos na busca do Reino de Deus,
Pe. José Renato Ferreira Diretor
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Espiritualidade O mês missionário e a misericórdia Dom Luiz Carlos Dias
O
Bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém
calendário litúrgicopastoral da Igreja Católica reserva para outubro a comemoração do Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária, alçando a temática da missão ao centro das atividades eclesiais do período. Isso ocorre mesmo na Igreja do Brasil, que se jubila com a celebração de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, dia da Rainha e Padroeira do povo destas terras, no dia 12, e com a memória de Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, o Frei Galvão, no dia 25, primeiro santo nascido em nosso país. A temática das missões conta com materiais preparados pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), em sintonia com o tema da Campanha da Fraternidade de 2016, “Cuidar da Casa Comum é Nossa Missão”. Com estes, as comunidades podem promover reflexões, celebrações, assim como experiências missionárias, e, no Dia das Missões, realizar a coleta solidária para a manutenção de projetos e dos missionários em várias partes do mundo. A celebração do Dia das Missões é oportunidade para as comunidades perceberem que “a cooperação e a animação missionária são obras da Igreja local (RMi, 83), por-
que a missão ad gentes é dever fundamental de todo o povo de Deus no seu conjunto (AG, 35)”; e para levar todo o corpo eclesial à “viva consciência das próprias responsabilidades na difusão do Evangelho e para que assumam a parte que lhes compete na obra missionária junto dos povos” (POM. 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, Memórias e Perspectivas. p.25). O Dia das Missões será celebrado próximo do encerramento do Ano Santo extraordinário da Misericórdia, no qual os discípulos e discípulas missionários estão sendo conduzidos pela Igreja a redescobrirem o coração misericordioso do Pai, fonte inesgotável de vida, expresso no rosto de Jesus Cristo, que diz: ‘Ide’. Quem faz essa experiência “vive um desejo inesgotável de oferecer misericórdia” e não temerá a “saída missionária”, mesmo tendo presente os “desafios sempre novos da missão” (CNBB. DGAE 2015-2019, n.13). Por isso, não se pode deixar de auscultar os ecos da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, programática para a vida da Igreja na atualidade. Com ela, o Papa Francisco explicitou seu intento de renovação da Igreja por meio de um movimento/atitude de “saída”. “Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à autoconservação” (EG, 27). A autoconservação pode transfor-
mar as comunidades em lugares de “refúgio” e/ou da “boa consciência”. Diante disso, a “saída” salva da insensibilidade, que anestesia perante o sofrimento alheio e as injustiças e explorações institucionalizadas na sociedade. Mas é necessário perceber também que quando o Papa Francisco fala em “Igreja em saída” ou “missionária”, pensa em uma Igreja que se envolva com a vida concreta e singular das pessoas, como com os dinamismos presentes na sociedade, e coopere no discernimento. Segundo ele, algumas realidades desafiadoras, caso não sejam enfrentadas, podem desencadear processos de desumanização de difícil solução (EG, 51). A trajetória da Igreja no Ano Santo, prestes a findar, ao encontrar-se, uma vez mais, com a força do mandato missionário, deve suscitar transformações nas comunidades e no modo de proceder dos discípulos e discípulas. Que as obras de misericórdia se tornem uma constante e sejam assumidas de modo orgânico, é imperioso para que os discípulos missionários permaneçam sensibilizados perante o outro que sofre. É também fruto da misericórdia, o movimento de “saída” reproposto pelo mês missionário para os seguidores de Jesus Cristo testemunhá-lo na sociedade e edificarem o Reino de Deus. Especialmente acerca da inserção da Igreja na caminhada da sociedade e no diálogo nas suas importantes questões, é preciso avançar, pela fidelidade àquele, em cuja face contemplamos a misericórdia do Pai.
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Fé e Cidadania Um louvor de glória à Santíssima Trindade Frei Patrício Sciadini, OCD
No domingo, 16 de outubro, o Papa Francisco canonizou a carmelita francesa Elisabeth da Trindade. Como anunciamos em artigo anterior [publicado na edição 3120], hoje apresentamos aos leitores sua famosa elevação à Santíssima Trindade: Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para fixar-me em vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar-me a paz nem me fazer sair de vós, ó meu Imutável, mas que em cada minuto eu me adentre mais na profundidade de vosso mistério. Pacificai minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada preferida e o lugar de vosso repouso. Que eu jamais vos deixe só, mas que aí esteja toda inteira, totalmente desperta em minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à vossa ação criadora. Ó meu Cristo amado, crucificado por amor; quisera ser uma esposa para vosso coração, quisera cobrir-vos de glória, amar-vos… até morrer de amor! Sinto, porém, minha impotência e peço-vos revestir-me de vós mesmo, identificar a minha alma com todos os movimentos da vossa, submergir-me, invadir-me, substituir-vos a mim, para que minha vida seja uma verdadeira irradiação da vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador. Ó Verbo Eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-vos, quero ser de uma docilidade absoluta para tudo aprender de vós. Depois, por meio de todas as noites, de todos os vazios, de todas as impotências, quero ter sempre os olhos fixos em vós e ficar sob vossa grande luz; ó meu Astro Amado, fascinai-me a fim de que não me seja possível sair de vossa irradiação. Ó Fogo Devorador, Espírito de Amor, “vinde a mim”, para que se opere em minha alma como que uma encarnação do Verbo: que eu seja para ele uma humanidade de acréscimo na qual ele renove todo o seu mistério. E vós, ó Pai, inclinai-vos sobre vossa pobre e pequena criatura, cobri-a com vossa sombra, vendo nela só o Bem-Amado, no qual pusestes todas as vossas complacências. Ó meu Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão Infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a vós qual uma presa. Sepultai-vos em mim para que eu me sepulte em vós, até que vá contemplar em vossa luz o abismo de vossas grandezas. As opiniões da seção “Fé e Cidadania” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do O SÃO PAULO.
Errata Na edição 3123, na página 22, na notícia “Imagem peregrina é levada à casa da Mãe Aparecida”, informamos erroneamente o nome do pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Zatt: trata-se do Padre Juarez Dirceu Passos e não “Juarez Dirceu de Castro”, como publicado. Na mesma notícia, a informação correta é que a transmissão da missa foi feita pelo Facebook e não pelo YouTube.
6 | Viver Bem |
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Cuidar da Saúde Teste do Pezinho deve ser feito até o 5º dia de vida dos bebês REDAÇÃO osaopaulo@uol.com.br É essencial que todos os recém-nascidos façam o Teste do Pezinho entre o 3º e o 5º dia de vida. A realização do teste neste período é capaz de identificar seis doenças genéticas ou congênitas passíveis de tratamento, mas que não apresentam evidências clínicas ao nascimento. Quanto mais cedo elas forem identificadas e tratadas, maior a possibilidade de evitar sequelas nas crianças, como deficiência mental, microcefalia, convulsões, comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epiléticas, entre outras complicações e que podem levar à morte. No ano passado, cerca de 2,5 milhões de recémnascidos passaram pelos testes em todo o país, que conta com 21.446 postos de coleta cadastrados. Destes, 53% fizeram os testes até o 5º dia de vida. Realizar o Teste do Pezinho é apenas o primeiro passo para salvar a vida dos que acabaram de nascer. Apesar da busca ativa pela família, realizada pela unidade de saúde em caso de resultado positivo para uma das doenças investigadas na triagem neonatal, os pais devem acompanhar os resultados laboratoriais e o início imediato do tratamento indicado pelo médico. Além da realização do Teste do Pezinho, o SUS garante atendimento com médicos especialistas a todos os pacientes triados positivamente para as seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. O SUS também garante tratamento adequado gratuitamente e o acompanhamento para a criança com a doença por toda a vida nos serviços de referência em triagem neonatal existentes em todos os estados brasileiros. Fonte: Ministério da Saúde
Comportamento
Vínculo, afeto e desenvolvimento saudável Simone Cabral Fuzaro A primeira infância é um período muito importante na vida das pessoas. Nem sempre valorizamos os primeiros anos de vida, por não entendermos bem a grandeza de tudo que está acontecendo com aquele pequeno ser que temos à nossa frente. Hoje, graças às pesquisas e estudos desenvolvidos em diferentes áreas do conhecimento, sabemos que nos primeiros anos de vida muitas conexões cerebrais estão sendo construídas, muitas percepções, experiências e estímulos estão marcando a vida psíquica e o organismo dos pequenos, e sendo determinantes para o seu futuro. As crianças pequenas estão sedentas por explorar, conhecer, experimentar, e tudo vai se transformando em potencial neurológico e subjetivo. Podemos dizer que a primeira infância, especialmente os três primeiros anos de vida, será a base, a fundação de tudo o que poderá ser construído posteriormente. Se as experiências forem ricas nesse momento, certamente teremos muito mais e melhores possibilidades no futuro. É preciso sabermos, porém, que tipo de estímulos são importantes nessa fase, que experiências são fundamentais para que
possamos construir uma base sólida. Segundo Flávio Cunha, economista e professor da Rice University, nos Estados Unidos, “estudos realizados com crianças, nos anos 1960, hoje adultos com mais de 50 anos, mostraram que o vínculo, o amor e o diálogo experimentados por uma parte do grupo pesquisado contribuíram para que essas pessoas adquirissem mais educação, melhor renda na vida profissional com participação qualificada no mercado de trabalho, tivessem casamentos duradouros, adquirissem a casa própria e se envolvessem menos em delitos. Tudo porque receberam intervenções positivas na primeira infância e seus cérebros se desenvolveram sadiamente, as conexões neuronais foram preservadas e fortalecidas pelo afeto”. Podemos dizer, então, que a base mais importante a ser construída é o vínculo - conviver e interagir com o bebê, procurando identificar suas necessidades e supri-las com afeto; e atribuir sentidos às suas manifestações, criando um “diálogo” com ele, que, com o tempo, vai sendo habitado por palavras dos dois lados à medida em que o pequeno começa a reproduzir
os sons e utilizá-los mesmo sem saber o que diz. Trata-se de investir afetiva e simbolicamente na criança pequena - esse investimento promove os diálogos, as brincadeiras e os estímulos necessários para um crescimento psíquico e neurológico saudável. Brincar de “tutu, achou”, cantar e embalar o pequeno, estimular seu corpo com o toque, o carinho, massagens, abraços; permitir que entre em contato com diferentes materiais, tocando-os quando for possível; pisar descalço no chão, na terra, na areia, acompanhado por um adulto “de confiança”; mexer na água, no barro, enfim, conviver com as pessoas e o ambiente, de modo a vincular-se positivamente com eles. Trata-se de estar com a criança na dinâmica da interação e não simplesmente estar no mesmo espaço. Quando o vínculo se estabelece de forma saudável, torna-se mais fácil estabelecer os limites, mostrar o adequado, cuidar para que não se coloquem em risco. Investir na primeira infância é prevenir dificuldades futuras e criar possibilidades de uma vida melhor e de uma sociedade mais saudável. Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudióloga e educadora. Mantém o Blog educandonacao.com.br
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Destaques das Agências Nacionais
Daniel Gomes e Vitor Loscalzo osaopaulo@uol.com.br
Atenção às famílias deve estar entre as prioridades das dioceses do Regional Sul 1 “Nova Pastoral Familiar à luz da Exortação Apostólica Póssinodal Amoris Laetitia” foi o tema tratado na 38ª Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 da CNBB, realizada em Itaici, no município de Indaiatuba (SP), de 14 a 16. O objetivo central do encontro foi refletir sobre formas para a aplicação pastoral dessa exortação apostólica nas dioceses e arquidioceses do Regional Sul 1, e para tal participaram da atividade padres, leigos e leigas que integram pastorais e organismos da Igreja no Estado de São Paulo, além de bispos, entre os quais o Cardeal Scherer e os sete auxiliares da Arquidiocese de São Paulo – Dom Carlos Lema Garcia, Dom Devair Araújo da Fonseca, Dom Eduardo Vieira dos Santos, Dom José Roberto Fortes Paulau, Dom Julio Akamine, Dom Luiz Carlos Dias e Dom Sergio Borges. A missa de abertura da Assembleia foi presidida por Dom Airton José dos Santos, arcebis-
po de Campinas (SP) e presidente do Regional Sul 1, e entre os assessores estiveram o casal Pedro e Ketty, que participou do Sínodo dos Bispos, e Dom João Bosco Barbosa de Souza, bispo de Osasco (SP) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB. Segundo Dom João, “o encontro entre a fé e a vida” norteia a Amoris Laetitia e será preciso um longo processo para colocar em prática o que é proposto no documento, que, segundo ele, tem como preocupação central a família no contexto da nova evangelização. O Bispo enfatizou, ainda, que na Amoris Laetitia “a Igreja faz uma opção: escolhemos todas as famílias e não rejeitaremos nenhuma”, sendo fundamental a postura da Igreja em saída que vai ao encontro das famílias em especial das mais acidentadas. A atividade foi encerrada com missa no domingo, 16. Fonte: Regional Sul 1 (Edição: Daniel Gomes)
Maior atenção às fraudes fiscais O combate à fraude, à cobrança administrativa e à execução fiscal ganhou maior importância nesta semana. A Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, por meio de portaria conjunta, criaram o Grupo de Atuação Especial para estas atividades (Gaefis). Publicada na terça feira, 18, no Diário Oficial da União, a portaria conjunta matiza que as superintendências regionais da Receita Federal e as procuradorias-gerais da Fazenda Nacional devem indicar, em 90 dias, os representantes para compor o grupo. Segundo o texto, “a poten-
cialidade lesiva da fraude; o risco de ineficácia da cobrança ou da execução fiscal; e a necessidade de adoção de medidas judiciais urgentes para assegurar a efetividade da cobrança” competem ao Gaefis. Entre outras medidas, o Gaefis poderá solicitar monitoramento patrimonial de indivíduos passivos ou de terceiros envolvidos com fraude à cobrança e/ou à execução fiscal. Além disso, poderá determinar ações de busca e apreensão e quebra de sigilo de dados, entre outras medidas necessárias à produção de provas. Fonte: Agência Brasil (Edição: Vitor Loscalzo)
Luciney Martins/O SÃO PAULO
A Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo realizou no sábado, 15, na Faculdade Zumbi dos Palmares, na região central, um encontro com o objetivo de articular a sociedade civil na fiscalização da gestão pública de saúde. O evento, com integrantes da Pastoral e representantes de sindicatos, conselhos estadual e municipal de saúde e fóruns populares de saúde, teve Dom Angélico Sândalo Bernardino como um dos assessores. Mais detalhes na próxima edição.
Assessoria de Imprensa do Regional Sul 1 da CNBB
Bispos da presidência do Regional Sul 1 da CNBB conduzem a 38ª Assembleia das Igrejas, em Itaici, entre os dias 14 e 16
CNBB e Cáritas lançam campanha em solidariedade ao Haiti Por conta do furacão que devastou o Haiti, no dia 4, a CNBB e a Cáritas Brasileira
lançam uma campanha de solidariedade às mais de 1 milhão de pessoas que foram afe-
tadas. Os detalhes estão abaixo na carta divulgada na quintafeira, dia 13. Reprodução
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Por uma nova e bem-vinda lei de migração
Luciney Martins/O SÃO PAULO
jeito de direitos. O único momento em que o Estatuto fala em direitos é para dizer os direitos que o estrangeiro não tem. Por exemplo, o direito de expressão ou de manifestação”, afirmou. “O Projeto de Lei traz a possibilidade de tudo isso ser superado e o texto que foi aprovado na comissão da Câmara dos Deputados contém muitas normas positivas, garantindo direitos, explicitando o princípio constitucional da igualdade. É um projeto que precisaria ser aprimorado e poderia avançar mais, tanto em procedimentos quanto em requisitos que vão garantir a proteção dos direitos dos migrantes, mas ele em si, pelo fato de superar o paradigma do Estatuto do Estrangeiro antigo, é bem-vindo”, continuou Larissa.
O que vai mudar?
Movimentos e grupos ligados aos imigrantes pedem a substituição do Estatuto do Estrangeiro, que é de 1980 NAYÁ FERNANDES
nayafernandes@gmail.com
A migração tem sido um tema recorrente na mídia, em debates acadêmicos e manifestações populares. E é cada vez mais comum ouvir pessoas pelas ruas comentando que os estrangeiros vêm para o país “roubar o emprego” dos brasileiros ou que estão invadindo determinados espaços urbanos. Pelo mundo todo, sobretudo na Europa, o tema da imigração tem ganhado tonalidades de denúncia e preocupação. Na mensagem para o Dia Mundial da Paz, publicada em 15 de dezembro de 2015, o Papa Francisco pediu que “com respeito aos imigrantes, a legislação sobre a imigração seja revisada, de forma que, enquanto respeita direitos e responsabilidades recíprocos, possa refletir uma prontidão para dar as boas-vindas aos imigrantes e facilitar sua integração”. No Brasil, por sua vez, o Congresso está prestes a aprovar um marco legal para a migração – a Nova Lei de Migração – que revogará o atual Estatuto do Estrangeiro, substituirá a lógica da segurança nacional pela dos direitos humanos e irá simplificar a obtenção de documentos, permitindo que os estrangeiros se integrem mais rapidamente à sociedade. Trata-se do Projeto de Lei (PL) do Senado 288/2013, atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados como Projeto de Lei 2.516/2015, em regime de prioridade. O PL é uma oportunidade de eliminar uma lei da época da ditadura militar e favorecer a entrada dos imigrantes no país. Ao mesmo tempo, possibilita que a migração seja vista de maneira positiva e
não uma invasão, como tende a ser considerada. Além disso, questões como trabalho escravo, criminalização sem justa causa ou humilhações por problemas com documentação podem ser evitadas se houver uma lei mais atualizada e condizente com os novos fluxos e realidades migratórias. A mudança é urgente diante de dados como os do Ministério da Justiça reveladores de que o número de imigrantes que solicitam o visto de permanência no Brasil dobrou em quatro anos, chegando a 30 mil pedidos anuais – contra 15 mil em 2010. Segundo a agência da ONU para refugiados, também entre 2010 e 2014, o número de novos refugiados no país cresceu 1.255%.
Propostas e perspectivas
Em São Paulo, a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo e a Missão Paz são instituições que estão à frente das dis-
cussões e debatem com a sociedade para que o Projeto de Lei seja aprovado e signifique melhorias não só para a população diretamente afetada, os imigrantes, mas também para todos os cidadãos. Um dos principais objetivos é o de que esses novos projetos permitam, por um lado, combater qualquer tipo de xenofobia, intolerância e preconceito, e, por outro, favoreçam as trocas de conhecimento, a criatividade e o desenvolvimento no país. Em entrevista ao O SÃO PAULO, Larissa Leite, coordenadora de proteção do Centro de Referência para Refugiados, mantido pela Cáritas, explicou que o Estatuto do Estrangeiro foi escrito antes de todos os princípios democráticos e de proteção dos direitos humanos serem enunciados. “Ele tem muitas incongruências e uma visão do estrangeiro como alguém que não é titular de direitos e o entende como uma pessoa que não é su-
Como participar?
• Fazer contato com o deputado para o qual você votou ou com os deputados que conhece; • Envolver-se e participar das petições (há uma petição eletrônica que se destina exatamente aos deputados federais para que possam aprovar uma lei de migração que supere todos os aspectos ruins do Estatuto do Estrangeiro – o link para assinar a petição é www.change.org/p/ assine-para-dar-um-basta-na-discriminacao).
Quais as principais diferenças entre o Estatuto do Estrangeiro e o projeto de Lei de Migrações? Lei vigente PL 2.516/2015 Considera os migrantes um tema de direitos Considera o estrangeiro um tema de humanos. segurança nacional. Dificulta e burocratiza a regularização migratória.
Encoraja a regularização migratória. O migrante regular fica menos vulnerável, tem oportunidade de inclusão social e deixa de ser invisível.
É incompatível com a Constituição Federal e os tratados internacionais de direitos humanos.
Propõe uma das mais avançadas leis migratórias do mundo contemporâneo em matéria de direitos.
Trata de estrangeiros.
Trata de migrantes: imigrantes (inclusive o transitório) e emigrantes.
Dá ao Estado a possibilidade de decidir ao seu bel-prazer quem pode entrar e permanecer no Brasil.
Dá direito à residência mediante o atendimento das condições da lei, permitindo inclusive a reunião familiar.
Vincula a regularização migratória ao emprego formal.
Possibilita a entrada regular de quem busca um emprego no Brasil.
Fragmenta atendimento a migrante em órgãos estatais diversos.
Estabelece órgão estatal especializado para atendimento dos migrantes. Fonte: www.justica.gov.br
Mas, o que mudaria realmente? Como a nova lei pode afetar o trabalho da Cáritas, da Missão Paz e de outras instituições que atuam na acolhida dos imigrantes? “Por exemplo, são previstas mais hipóteses de visto e mais hipóteses de residência”, comentou Larissa. “Claro que os requisitos disso tudo devem ser tratados numa regulamentação que vai ser feita a posteriori. Há também a previsão do visto humanitário, que hoje é aplicado somente para os sírios e para os haitianos, a partir de decisões muito específicas no âmbito do governo. Então, quando a lei prevê uma hipótese de visto humanitário, isso já é um avanço que vai permitir que o Brasil continue olhando para essas grandes crises humanitárias e possa garantir que as pessoas façam viagens em segurança e que não tenham que se submeter às travessias do Mediterrâneo para sair de um lugar onde suas vidas estão em risco.” Outra mudança seria a residência por razões humanitárias. “Hoje nós temos só a possibilidade do refúgio, que é uma proteção específica para a situação de perseguição e de conflito armado, ou as situações migratórias. Não existe uma previsão para outras circunstâncias humanitárias que podem não ser o refúgio. O Projeto de Lei prevê a possibilidade de regularização migratória no território nacional, o que pode fazer com que as pessoas usem ferramentas jurídicas mais adequadas às situações delas”, argumentou Larissa (veja mais mudanças no box ao lado). E, outro aspecto fundamental a ser considerado, conforme opinou Fabiana Galera Severo, defensora pública federal, é que “com a redação atual do Projeto de Lei, estamos prestes a perder a grande oportunidade de dissociar, no Brasil, a autoridade migratória – que deveria ser uma autoridade cível – da autoridade policial, já que a proposta conta com previsão expressa no artigo 38 de que o controle migratório continua sendo realizado pela Polícia Federal, revelando resquícios de uma abordagem criminal das questões migratórias em detrimento da primazia da proteção de direitos humanos”. Fabiana tem atuação na área de direitos humanos, tutela coletiva e migrações da Defensoria Pública da União em São Paulo e o trecho acima faz parte de um artigo publicado no site www. conjur.com.br.
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‘É hipócrita dizer-se cristão e expulsar um refugiado’, diz Papa Francisco L’Osservatore Romano
Em Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e Refugiado, Pontífice pede cuidados a menores vulneráveis e exige políticas de longo prazo FILIPE DOMINGUES
Especial para O SÃO PAULO Na Cidade do Vaticano
“A hipocrisia é o pecado que Jesus mais condena”, afirmou o Papa Francisco em audiência com um grupo de luteranos, na quinta-feira, 13. “Não é possível ser cristão sem viver como cristão”, acrescentou. “É um comportamento hipócrita dizer-se cristão e expulsar um refugiado, ou aquele que precisa da minha ajuda.” O comentário, com a forte linguagem característica de seu pontificado, foi feito na mesma data em que o Vaticano divulgou a mensagem do Papa para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. No documento, intitulado “Migrantes menores de idade, vulneráveis e sem voz”, o Papa Francisco chama a atenção, primeiro, para a gravidade da questão migratória em todo o mundo. Afirma que acolher quem foge de conflitos e perseguição é “uma dinâmica necessária”. Segundo, pede um cuidado especial aos menores de idade, “principalmente àqueles sozinhos”. O Pontífice diz que as crianças e adolescentes são “três vezes vulneráveis, porque menores, porque estrangeiros e porque indefesos”. Para o Papa, que considera a questão migratória uma emergência dos tempos de hoje, “entre os migrantes, os menores são o grupo mais vulnerável, porque são invisíveis e sem voz”. São eles as maiores vítimas do tráfico de pessoas, da prostituição e do trabalho forçado. “A
L’Osservatore Romano
Papa Francisco enfatiza que as crianças e adolescentes são ‘três vezes vulneráveis, porque menores, porque estrangeiros e porque indefesos’
precariedade os priva dos documentos, escondendo-os dos olhos do mundo; a ausência de adultos que os acompanhem impede que a sua voz se faça ouvir”, escreveu. “Os menores migrantes acabam facilmente nos níveis mais baixos da degradação humana.”
Como responder ao problema?
Na Mensagem, o Pontífice aponta para três necessidades: a proteção dos migrantes e refugiados, a sua integração no país que os acolhe e a adoção de soluções de longo prazo que possam garantir uma vida de qualidade onde quer que se estabeleçam. “O baixo nível de alfabetização, o desconhecimento das leis, da cultura e, frequentemente, da língua dos países que os acolhem” tornam os menores ainda mais suscetíveis à manipulação. Para
o Papa, é preciso mais “rigor e eficácia” no combate às redes de exploração, contando, inclusive, com a colaboração dos próprios migrantes. A integração dos estrangeiros, afirma o Pontífice, não pode prescindir de políticas adequadas de acolhimento, assistência e inclusão. Sem isso, “em vez de favorecer o inserimento social dos menores migrantes, ou programas de repatriação seguros e assistidos, procura-se somente impedir a entrada dos migrantes, favorecendo, assim, o recurso a redes ilegais”.
Acordos de longo prazo
Dado o aspecto global do problema, a implantação de soluções duradouras para a questão migratória exige “procedimentos nacionais e planos de cooperação entre os países de origem e aqueles que os recebem”. Para o Papa Francisco, é preciso eliminar as causas que levam os
menores a emigrar de maneira forçada, como guerras, a violação dos direitos humanos, a corrupção, a pobreza, e os desequilíbrios e desastres ambientais. “Isso requer, como primeiro passo, o esforço de toda a comunidade internacional para extinguir os conflitos e as violências que constringem as pessoas a fugir”, exortou. Um dos grandes desafios é, justamente, encontrar um equilíbrio entre os interesses de cada país e o direito dos migrantes de serem acolhidos de forma humana. “O direito de os Estados gerirem os fluxos migratórios e salvaguardarem o bem comum nacional deve se conjugar com o dever de resolver e regularizar a posição dos migrantes menores de idade, no pleno respeito da sua dignidade e procurando ir ao encontro das suas exigências, quando estão sozinhos, mas também das exigências de seus pais, para o bem de todo o núcleo familiar”.
Cardeal Vegliò: ‘É preciso lutar contra o egoísmo’ Em meio à crescente hostilidade contra os migrantes em muitas partes do mundo, “a Igreja procura sensibilizar” as pessoas. “Não é cristão ser xenófobo”, afirmou o cardeal italiano Antonio Maria Vegliò, presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, em resposta ao O SÃO PAULO. Ele conversou com a imprensa internacional, na quinta-feira, 13, sobre a mensagem do Papa Francisco. “Não quero dar a ideia que o migrante chega e faz aquilo o que quer, e que será protegido pela Igreja. Não é isso”, ponderou. “O migrante deve reconhecer o país que o acolhe, mas também deve respeitar as tradições, a identidade do país.” Segundo o Arce-
bispo, cujo departamento será unificado no novo dicastério do Vaticano para o Desenvolvimento Humano Integral, o migrante e o país que o acolhe devem seguir uma lógica de direitos e deveres. “O país deve respeitar a identidade do migrante. Não podemos obrigar o migrante a ser como nós.” Para o Cardeal, é preciso buscar um equilíbrio entre “integração e assimilação”. Perguntado pela reportagem sobre a agressividade no discurso de muitos grupos políticos no mundo, o Cardeal respondeu que “infelizmente, o egoísmo é um fenômeno que se reflete na política”. “Vemos na Europa, um pouco nos Estados Unidos. Para mim, cada um quer o seu tostão, quer ficar na sua
torre de marfim, na sua jaula de ouro, e não quer incômodo”, declarou. “É o egoísmo da natureza humana. Cada um deve vencer o egoísmo. Não se pode ser cristão se considerarmos que os outros não são filhos de Deus, como nós”, complementou. Assim como o Papa, o Cardeal avalia que a chave de leitura para o problema da migração é o equilíbrio entre o bem do migrante e a soberania da nação que o acolhe. “O migrante é uma pessoa com direitos inalienáveis. Mas o Estado tem o dever de defender seus próprios cidadãos. É uma escolha delicada entre o respeito da própria identidade e o acolhimento dos outros. É esse o princípio fundamental.” (FD)
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Destaques das Agências Internacionais
Filipe David
Correspondente do O SÃO PAULO na Europa
França
Franceses vão às ruas em defesa da família Manif Pour Tous
Cerca de 200 mil pessoas – segundo os organizadores – compareceram à uma nova manifestação pela família em Paris, no domingo, 16. O protesto foi organizado pela “Manif pour tous”, que há poucos anos levou mais de 1 milhão de pessoas às ruas para protestar contra o “casamento” entre pessoas do mesmo sexo. Desta vez, o objeto primordial da manifestação é o direito de as crianças terem um pai e uma mãe, 200 mil pessoas participam de manifestação em favor da família pelas ruas de Paris, no domingo, dia 16 ameaçado pelo projeto a participar foi a difusão da ideologia de de ampliar o acesso à Procriação Medicampo estrondosa pela família. Nós sogênero nas escolas. calmente Assistida (PMA) e à Gestação mos a maior força militante na França. O número de manifestantes surpara Outra Pessoa (GPA), na sigla em Nenhum partido e nenhum candidato preendeu. Para muitos, a “Manif pour francês, ou “barriga de aluguel”, como conseguem mobilizar tantas pessoas”, tous” já estava morta. Ludovine de la é conhecida em português, permitindo, disse. A manifestação durou pouco Rochère, principal responsável pelo por exemplo, que duplas de homossemais de três horas e foi ordenada e paxuais possam engravidar. Outro assuncífica. grupo, comemorou o sucesso. “Nosso to que motivou diversos manifestantes Fonte: Manif pour tous/ Le Figaro movimento social fez uma entrada em
Estados Unidos ‘As sementes de uma revolução na Igreja Católica’ Em uma nova série de e-mails hackeados e divulgados pelo portal WikiLeaks, John Podesta, chefe da campanha da candidata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, aparece discutindo como fomentar uma revolução na Igreja Católica, feita pelos fiéis contra os bispos. A correspondência foi entre ele e Sandy Newman, chefe de uma ONG progressista, a Voices for Progress: “É preciso que haja uma primavera católica, na qual os próprios católicos exijam o fim de uma ditadura medie-
val e o começo de um pouco de democracia e respeito à igualdade de gênero na Igreja Católica”, disse Newman, admitindo, no entanto, não saber como “plantar as sementes da revolução” na Igreja. A resposta de Podesta deixa claro seu compromisso com a ideia: “Nós criamos [a organização] Católicos Aliados pelo Bem Comum, para nos organizarmos para um momento como esse, mas acho que ela ainda não tem liderança suficiente para fazer isso agora”. A própria candidata à presidência, Hillary Clinton, já disse publicamente
que “códigos culturais profundamente enraízados, crenças religiosas e preconceitos estruturais precisam ser mudados [para favorecer um maior acesso ao aborto]”, admitindo seu desejo de influir na esfera mais íntima da vida das pessoas. A Igreja Católica e sua doutrina imutável são atualmente a maior força contrária ao aborto, à ideologia de gênero e a outras mudanças sociais pelas quais Hillary e seus apoiadores trabalham nos Estados Unidos e no mundo. Fonte: CNA
Sudão do Sul Milhões de pessoas podem morrer de fome A crise humanitária no Sudão do Sul chega a níveis alarmantes. Entre 4 e 5 milhões de pessoas correm o risco de morrer se não receberem ajuda alimentar rapidamente. No entanto, as organizações de ajuda não conseguem intervir, porque o país está em guerra civil e é difícil passar a barreira dos agentes do governo, da oposição e das milícias regionais. O preço local dos alimentos disparou, e milhares de pessoas têm fugido para os países vizinhos em busca de melhores condições de vida. Fonte: Fides
Iraque Começa a batalha pela liberação de Mossul O exército iraquiano, juntamente com forças curdas, milícias xiitas e o apoio aéreo dos Estados Unidos e aliados, iniciou a batalha pela liberação de Mossul, segunda maior cidade iraquiana, que está desde 2014 sob o poder do grupo Estado Islâmico. Ao todo, são mais de 30 mil homens que lutarão pela cidade, contra um número estimado entre 4 e 8 mil homens do grupo terrorista. A batalha terá diversas fases e pode se estender por semanas, talvez meses. A etapa decisiva deve acontecer ao longo dos meses de novembro e dezembro. O fator mais crítico é o número de civis inocentes vivendo em Mossul: são cerca de 1,5 milhão de pessoas, que poderão ser usadas como escudo humano pelos terroristas. Uma das prioridades das tropas iraquianas será criar um corredor humanitário para evacuação dos civis em segurança, tanto quanto possível. Fontes: Fides/ Telegraph/ BBC/ The Guardian
China Perseguição religiosa: Para o governo, cidadãos devem denunciar os vizinhos O governo comunista chinês publicou uma nova série de regras educacionais, segundo as quais os cidadãos devem espionar os vizinhos e denunciar aqueles que transmitem uma religião aos seus filhos. Os pais estão proibidos de atrair seus filhos para atividades religiosas ou de vesti-los com símbolos religiosos. Eles também não podem permitir que seus filhos frequentem grupos de estudos bíblicos clandestinos. A lei chinesa proíbe que menores de 18 anos recebam qualquer tipo de educação religiosa. O governo chinês procura, assim, apertar o cerco às religiões fora de seu controle, principalmente o Cristianismo, que tem crescido exponencialmente nos últimos anos no país. Fonte: Breitbart
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Uma discussão sem limites sobre a velocidade Edcarlos Bispo, Fernando Geronazzo e Vitor Loscalzo
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Logo após sua vitória nas eleições do dia 2, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), garantiu que nos primeiros dias de seu mandato cumpriria uma de suas principais promessas de campanha: o aumento do limite de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros. Dias depois, o tucano ponderou que essa medida poderia ser reconsiderada em alguns trechos dessas vias, principalmente depois da divulgação de recentes dados mostrar que o número de mortes em acidentes caiu pela metade após a redução da velocidade. De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes, até junho de 2016. Isso representa uma queda de 52%. A redução do limite de velocidade nas marginais foi adotada pela gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) em 20 de julho de 2015. Nas pistas expressas, o limite caiu de 90km/h para 70km/h, enquanto nas pistas centrais a redução foi de 70km/h para 60km/h, e nas pistas locais, de 60km/h para 50km/h. Em entrevista à rádio Jovem Pan, no dia 12, o prefeito eleito afirmou que, diante de algumas manifestações que ele considera “sensatas e bem amparadas”, sua gestão poderá manter o limite de 50km/h em alguns trechos da pista local, onde há “pontos flagrantes de acidentes, principalmente de atropelamentos”, nas vias de acesso aos bairros, mas reafirma que o aumento da velocidade nas demais pistas se tratava de uma decisão madura, estudada e avaliada tecnicamente.
Motorista
A redução da velocidade nas marginais não teve boa recepção por parte dos motoristas em geral. Edson Aparecido dos Santos, 54, há 25 anos trabalha como taxista. Para ele, a redução da velocidade mais atrapalha do que melhora a situação do caótico trânsito em São Paulo. O taxista acredita que a velocidade nas vias expressas deveria ser um pouco maior e opina que não há uma relação direta entre a redução dos acidentes e a diminuição da velocidade. Edson critica, ainda, os “radares pegadinha”. “A fiscalização sempre existiu, tanto a 90, 80, 50 e 40km/h. Porém, a forma como vem sendo feita é injusta, pois são preparadas situações para que os condutores errem, como um tipo de pegadinha, o que não funciona para o bom funcionamento do trânsito. Por
exemplo, radares atrás de árvores e postes. Acredito que não é por aí, pois, sim, é importante a fiscalização, mas ela deve ser algo funcional e não simplesmente com a ideia de arrecadar”, afirma.
Especialistas
Se o olhar do usuário e a sua reclamação é pelo aumento da velocidade nas vias, pesquisas e estudiosos do assunto pensam parcialmente diferente. O engenheiro Carlos Alberto Bandeira Guimarães, professor da Unicamp, na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, que tem pesquisa nas áreas de Engenharia Civil, Transporte, Tráfego, Transporte Público e Aplicações de Combustíveis, afirma que a relação entre redução de velocidade e diminuição de acidentes é “clara e inegável”.
anda em alta velocidade é a de 18 a 30 anos, e é justamente nessa faixa etária que estamos perdendo a maior taxa de nossos jovens, que deveriam estar produtivos, em condições laborais excelentes, mas muitos vão a óbito ou ficam incapacitados para o trabalho”, afirmou.
Multas
O médico foi além e criticou o que nas campanhas eleitorais para a Prefeitura foi chamado de indústria da multa. “Vimos na eleição candidatos falarem da indústria da multa. A indústria da multa não existe. Ela só existe para os infratores, aqueles que desrespeitam a lei, as regras de trânsito. É uma falácia falar em indústria da multa. Isso não existe.” As multas por excesso de velocidade variam de R$ 85 a R$ 574. Segundo
chegadas e saídas para o resto do sistema viário, além dos acessos aos lotes e a presença do sistema de transporte coletivo por ônibus.” Para os técnicos da CET, o limite de 50km/h, “além de reduzir significativamente o espaço necessário para parar o veículo em caso de necessidade, diminuindo a chance de acontecerem acidentes, teve sua escolha embasada pelos estudos que tratam da relação entre velocidades e ferimentos em ocupantes de veículos e pedestres”. O relatório também explica que se um dia as marginais já foram vias que bordeavam o aglomerado urbano, hoje essa realidade mudou. “A via corta o tecido urbano, é utilizada por seus cidadãos em deslocamentos diários e é preciso que a Autoridade Municipal tome medidas para proteger seus cidadãos”. Reprodução
O Professor elogia, ainda, a diminuição dos limites da velocidade nas vias urbanas da cidade. “Eu concordo com a diminuição. São vias totalmente urbanas, têm preferência, têm pedestres, têm ponto de ônibus e é o que está se fazendo no mundo hoje em dia. A decisão foi ao encontro da tendência que existe na maioria das cidades do mundo, que é a de acalmar o tráfego. Mais da metade das mortes se dá por atropelamento. Se você baixa para 50km/h, a chance de o atropelado sobreviver é maior. Nas vias urbanas acho que está correto.” Da mesma forma pensa o Doutor Dirceu Rodrigues Alves Júnior, chefe do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional e Diretor de Comunicação na Abramet. De acordo com ele, perde-se um grande número de jovens, de 18 a 30 anos, que após receberem suas carteiras de habilitação querem andar em alta velocidade pelas vias. “Precisamos manter velocidades baixas e não fazer aquilo que um adolescente que acaba de adquirir a carta de motorista quer fazer, andar em alta velocidade, pois a faixa etária que mais
a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), no primeiro trimestre deste ano, essas multas mais que triplicaram nas duas marginais em comparação com o primeiro trimestre de 2015. A quantidade de multas por infrações de velocidade nesse período ultrapassou 544 mil em relação às 171 mil do ano passado.
Argumento da CET
Um relatório técnico da CET justifica que a decisão sobre os limites de velocidade não é questão de senso comum, mas de apurado senso técnico. “Esse senso técnico é construído a partir do conhecimento acumulado e disponível na área de Engenharia de Tráfego e da própria Física, que estabelece relações claras entre velocidades praticadas e acidentes viários, numa relação proporcional direta.” A Companhia argumenta, ainda, que as novas velocidades adotadas nas marginais continuam a considerar a classificação viária e, por esse motivo, são diferenciadas para as três pistas. “As pistas locais, classificadas como arteriais, têm maior número de interferências, como os acessos às pontes,
Mais estudos
Por mais que concorde com a diminuição da velocidade nas vias urbanas da cidade, o professor Carlos critica a redução na pista expressa das marginais. Para ele, era preciso haver um estudo mais elaborado sobre a questão, tendo em destaque os principais acidentes ocorridos nessas vias e quais as velocidades que estavam os veículos. O engenheiro destaca que as marginais já são vias engarrafadas e só é possível trafegar em alta velocidade por elas em períodos fora do horário de pico. Ele não defende que a velocidade seja alterada de imediato com a posse do novo prefeito, como dito durante campanha eleitoral, mas que seja feito ou refeito um novo estudo pela CET. Neste caso, a velocidade não precisa voltar aos 90km/h, mas sofrer altas gradativas, sempre averiguando se há ou não aumento de acidentes. Além disso, ele defende que só reduzir a velocidade não basta, é preciso manter outras ações que ajudem a educar o condutor e a manter a queda do número de mortes nas vias.
12 | Reportagem |
19 a 25 de outubro de 2016 | www.arquisp.org.br
Cardeal Scherer e bispos auxiliares de São Paulo abençoam imagens peregrinas de Nossa Senhora Aparecida que estão sendo levadas às paróquias da Arquidiocese e outros locais da cidade
Mãe da Misericórdia, Aparecida, roga por nós! com Procissão e missa, Solenidade da Padroeira do Brasil levou milhares de fiéis ao centro de São Paulo no dia 12 Nayá Fernandes
nayafernandes@gmail.com
Aparecida Abreu estava com o esposo distribuindo folhetos durante a missa campal da Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12, na Arquidiocese de São Paulo. A missa foi celebrada no vale do Anhangabaú após uma procissão que começou no largo Santa Ifigênia. Ali, em frente à igreja, milhares de fiéis das seis regiões episcopais da Arquidiocese acolheram as imagens peregrinas da Padroeira do Brasil. Junto às demais imagens foi recebida também aquela do projeto “Tietê Esperança Aparecida”, que foi trazida em uma procissão fluvial pelo rio Tietê, com objetivo de chamar atenção acerca da preservação da natureza e, no caso, especificamente, para a questão da poluição do rio que corta a capital paulista. O projeto completou 12 anos e começou na Campanha da Fraternidade de 2004, cujo tema era “Fraternidade e Água – Água fonte de vida”. Em seguida, todos saíram pelas ruas do centro da cidade, cantando e agradecendo a Deus pela vida de Maria, Mãe de Jesus. Ela, aclamada pela Igreja Católica como sede da sabedoria, foi essencial no plano de salvação, e, acolhida pelos fiéis
com diferentes títulos, é uma presença materna e próxima de cada povo e cultura. Ali, no vale do Anhangabaú, a missa foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, concelebrada pelos bispos auxiliares e padres da Arquidiocese e acompanhada por muitas pessoas em situação de rua. Na homilia, Dom Odilo lembrou que Nossa Senhora Aparecida escolheu manifestarse aos humildes e pobres, pois foi encon-
trada por pescadores no rio Paraíba do Sul, na cidade de Guaratinguetá (SP), na área onde hoje está o município de Aparecida (SP). Dom Odilo lembrou também que é preciso invocar Maria como Mãe da Misericórdia, especialmente neste ano em que toda a Igreja vive o Jubileu extraordinário da Misericórdia. “Maria, Mãe de Jesus, Maria nossa Mãe, Mãe de Misericórdia, volta para nós o teu olhar misericordioso, olha para nossas fragilidades, Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
olha para nossa miséria, para nossas necessidades”, recitou o Cardeal, que lembrou, também, das crianças que estavam comemorando o dia a elas dedicado. Bandeirinhas coloridas, levadas pelos fiéis, sobretudo pelos membros da Legião de Maria, Terço dos Homens e comunidades e congregações marianas, fizeram da celebração um momento de grande festa e ação de graças. Os jovens que trabalharam como voluntários e chegaram ao local bem cedo também orientaram o povo e ajudaram para que a celebração ocorresse da maneira mais tranquila possível. No fim da celebração, o Cardeal abençoou as réplicas das imagens peregrinas e fez o envio de cada uma delas às regiões episcopais e ao Vicariato Episcopal para a Educação e a Universidade. As imagens continuarão, durante todo o ano, a ser levadas em peregrinação por todas as paróquias e comunidades da Arquidiocese e em outros locais da cidade.
“Aparecida’s”
Não é possível calcular quantas dessas crianças ou adultos que estavam ali, rezando juntos no Dia de Nossa Senhora Aparecida no centro da cidade, têm graças alcançadas pela intercessão dela. Muitos inclusive carregam o nome em homenagem à Mãe Negra, Padroeira do Brasil. É o caso de Aparecida Abreu. Ela contou à reportagem que a mãe tinha diabetes e só descobriu quando a gestação da filha já estava bem adiantada. “Minha mãe teve medo de que ela mesma e eu não sobrevivêssemos e por isso fez uma promessa a Nossa Senhora Aparecida. Então, eu nasci bem e minha mãe também não teve nenhuma complicação no parto. Hoje, para mim, é um dia de agradecer a Deus pelo dom da vida, pela fé da minha mãe, essa mesma fé que me trouxe até aqui”, disse Aparecida, que é mãe de dois filhos e membro da Pastoral Familiar no Santuário São Judas Tadeu, na Região Episcopal Ipiranga.
Ano Nacional Mariano O dia 12 de outubro marcou também a abertura do Ano Nacional Mariano em todo o Brasil, uma iniciativa promovida pela CNBB por ocasião da comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. O ano jubilar será marcado por atividades comemorativas e celebrações e terminará no dia 11 de outubro de 2017. Na imagem de Nossa Senhora Aparecida “há algo de perene para se
aprender”, disse o Papa Francisco na frase que foi citada pela CNBB no início da mensagem publicada por ocasião dos 300 anos. “Como no episódio da pesca milagrosa narrada pelos evangelhos, também os nossos pescadores passaram pela experiência do insucesso. Mas, também eles, perseverando em seu trabalho, receberam um dom muito maior do que poderiam esperar: ‘Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe’. Tendo acolhido o sinal que Deus lhes
tinha dado, os pescadores tornam-se missionários, partilhando com os vizinhos a graça recebida. Trata-se de uma lição sobre a missão da Igreja no mundo”, afirmam os bispos em um trecho da mensagem, que pode ser lida na íntegra em www.cnbb.org.br. Durante todo o ano, as dioceses do Brasil receberão a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida, que percorre cidades e periferias, lembrando aos pobres e abandonados que eles são os prediletos de Deus.
Todas as famílias e comunidades são convidadas a participar intensamente deste Ano Mariano. Um monumento à Nossa Senhora Aparecida, do artista Claudio Pastro, foi inaugurado no jardim do Vaticano, no dia 4 de setembro, com a presença do Papa Francisco, do Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo da Aparecida (SP), e de fiéis brasileiros em Roma. O monumento também faz parte das comemorações dos 300 anos. Fonte: CNBB
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Cardeal Scherer junta-se a devotos de Nossa Senhora de Nazaré no interior do Pará Arquimimo Cardoso/Pascom Diocese de Castanhal
Fernando Geronazzo
osaopaulo@uol.com.br
Cerca de 350 mil pessoas participaram da 18ª Romaria de Nossa Senhora de Nazaré, na Diocese de Castanhal (PA), a 70 quilômetros de Belém, no domingo, 16. Realizada uma semana após o tradicional Círio de Nazaré, na capital paraense, a Romaria contou com a presença do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, que presidiu uma missa campal, celebrada na frente da Catedral Diocesana. Os fiéis percorreram os oito quilômetros do trajeto da Igreja de São José até o Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, na Vila do Apeú. Dom Odilo, na homilia, falou a partir do tema da festa deste ano “Salve Rainha, Mãe de Misericórdia”. “Maria é nossa intercessora incansável e que conhece todas as nossas necessidades. Ela nos mostra Jesus continuamente. Ela é a mãe misericordiosa que nos leva àquele que é o coração e a fonte de toda misericórdia”, disse o Cardeal. O Arcebispo enfatizou, ainda, a alegria de ver no interior do estado uma devoção tão grande a Nossa Senhora. “É muito bonito o amor fervoroso do povo pela mãe Maria. Ela que é a Mãe da Misericórdia, que intercede por nós sem nunca nos abandonar”, disse.
História
Considerada a maior do interior do Pará, a Romaria de Castanhal teve início em 1998, após a propagação da história popular de que a imagem de Nossa Senhora, que pertencia a uma família da Vila do Apeú, teria vertido “lágrimas de sangue”, em 1996. Esse fato nunca foi confirmado oficialmente pela Igreja local, mas atraiu muitos devotos em torno da imagem. Na época, devotos de toda a região passaram a frequentar a Capela Santuário construída em Apeú, onde atualmente a imagem permanece o ano inteiro.
Manifestação de fé
Pelo trajeto, a pequena imagem recebeu inúmeras homenagens com fogos de artifício, altares enfeitados nas fachadas das casas. Entre os fiéis, estavam muitas crianças vestidas de anjo e “promesseiros”, que carregavam objetos como casas de isopor, velas, terços e pequenas imagens, que simbolizam graças alcançadas. Muitos romeiros fazem a caminhada descalços. Uma curiosidade da Romaria em Castanhal é que o andor com a imagem é levado sobre uma réplica da Maria Fumaça que era usada na estrada de ferro Belém-Bragança, que deu origem ao desenvolvimento de toda a região.
Fiéis da Diocese de Castanhal tomam as ruas do interior do Pará na Romaria de Nossa Senhora de Nazaré, com a participação do Cardeal Scherer
Diferentemente da celebração do Círio de Nazaré, em Belém, a Romaria de Castanhal não possui uma corda como a do Círio de Nazaré.
Manto
Todos os anos, a pequena imagem também ganha um manto novo que é colocado solenemente durante a Romaria. Este ano, a peça, bordada pela artesã Célia Leal, reproduz a imagem do Cristo Glorioso na Cruz, representado no mosaico da Catedral de Castanhal, feito pelo renomado artista esloveno Marko Ivan Rupnik.
Dia de festa
Os festejos da Romaria começaram em agosto, quando centenas de famílias iniciaram as peregrinações em toda a Diocese, que atualmente tem 34 paróquias distribuídas nos 25 municípios. Durante toda a semana, uma extensa programação é realizada na Catedral, com missas, confissões, atividades culturais e comidas típicas. Além da procissão do domingo, a festa conta com a caminhada feita por idosos, crianças
Visita a Igarapé-açu Depois de participar da 18ª Romaria de Nossa Senhora de Nazaré em Castanhal, no domingo, 16, o Cardeal Odilo Pedro Scherer visitou a Paróquia de São Sebastião, em Igarapé-Açu, onde atua, desde 2014, o missionário da Arquidiocese de São Paulo, Padre Fabiano de Souza Pereira. Dom Odilo presidiu a missa, concelebrada por Dom Carlos Verzeletti.
e ciclistas. A programação da Romaria terminará no domingo, 23, com uma procissão luminosa na qual os fiéis rezam o Terço. O bispo diocesano de Castanhal, Dom Carlos Verzeletti, enfatizou que a Romaria é dia de festa, mas também uma celebração em que a diferença está na presença de Maria e de Jesus nas casas. “Fique junto de sua família, experimente a beleza do encontro ao redor da mesa, o pai ou a mãe abençoem o almoço de hoje, façam uma prece, uns dando as mãos aos outros, pedindo à Mãe de Jesus que acompanhe e sustente o amor e a fé em seu lar”, aconselhou Dom Carlos.
Rainha da Amazônia
Padroeira do Pará e Rainha da Amazônia, Nossa Senhora de Nazaré é comemorada em várias cidades da Região Norte. Em algumas localidades, a Romaria é fluvial, nos rios e igarapés. O Círio da cidade de Vigia de Nazaré, a 77 quilômetros da capital, é considerado tão antigo quanto o de Belém. A devoção a Nossa Senhora de Na-
zaré teve início em Portugal. A imagem original da Virgem pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde, por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Somente em 1119, a imagem foi encontrada. No Pará, uma pequena imagem de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada em 1700, às margens do igarapé Murutucú (onde hoje fica a Basílica Santuário), pelo caboclo Plácido José de Souza. Em 1792, a Santa Sé autorizou a realização de uma procissão em homenagem à Virgem de Nazaré, na capital paraense. O primeiro Círio foi realizado no dia 8 de setembro de 1793. No início, não havia data fixa para o Círio, que poderia ocorrer nos meses de setembro, outubro ou novembro. Mas, a partir de 1901, a procissão passou a ser realizada sempre no segundo domingo de outubro. (Colaboraram Heloisa Alves e Mateus Cabral)
Everardo Freitas
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MÊS DAS MISSÕES
Células: a Igreja doméstica, comunidades da comunidade Luciney Martins/O SÃO PAULO
Edcarlos Bispo
edbsant@gmail.com
Na formação das Células Paroquiais de Evangelização, uma metáfora é usada para explicar esse novo método de evangelização e catequese. Os membros do grupo que participam da formação são convidados a imaginar um grande avião, com asas gigantes. Esse avião é a Igreja. As asas representam a vida na comunidade paroquial e a vivência de cada membro em sua comunidade familiar. Para que o avião não fique em círculos, sem sair do lugar, as duas asas precisam ter o mesmo tamanho e a mesma força. Uma não elimina a outra. Ambas devem caminhar juntas. As Células Paroquiais de Evangelização querem resgatar a convivência nas famílias: oração, louvor e partilha da Palavra, tudo vivido em pequenos grupos familiares de no máximo 15 pessoas. Esses pequenos grupos relembram o que foi feito por Moisés no livro do Êxodo, capítulo 19, quando dividiu a comunidade dos filhos de Israel em pequenos grupos de 10, 50, cem e mil, pois isso facilitava o pastoreio e dava oportunidade para outras pessoas expressarem o potencial divino da liderança. Assim acontece na Paróquia Natividade do Senhor, na Região Episcopal Santana. Em 2012, o pároco, Padre Andrés Gustavo Marengo, iniciou os encontros de formação com um pequeno grupo de agentes de pastoral da comunidade. À época, algumas resistências surgiram, mas o Padre deixava claro que a ideia não era sobrecarregar os membros da Paróquia, que, na sua grande maioria,
Sempre lotada de jovens e famílias, Paróquia Natividade do Senhor está em processo de implantação das Células Paroquiais de Evangelização
já coordenavam e participavam de outras pastorais. A ideia do Padre era justamente levar a igreja a sair de dentro do templo, ir às casas e, assim, conseguir mais pessoas para a animação da comunidade. Atualmente, quatro anos depois, a Paróquia possui 19 grupos de células, dos quais participam, em média, 200 pessoas por semana. Fábio Barbosa Ferreira é o principal líder das células. Ele é responsável por preparar encontros e enviar o conteúdo para os demais grupos, além de motivar e articular a participação da comunidade nas células e das células na comunidade. Fábio começou o trabalho com as células em 2011, na Paróquia São Benedito, também na Região Santana, a primeira a
dar início as Células Paroquiais de Evangelização, mas depois de um ano e meio foi convidado pelo Padre Andrés para dar início ao trabalho na Natividade do Senhor. “O que mais me motiva nesse trabalho é a forma de viver a fé. Criam-se vínculos, laços de amizade muito fortes, por conta de semanalmente nos encontrarmos. Uma verdadeira família. Isso me motiva a sair do bairro do Jaçanã para ir até o Jardim Fontalis. Vislumbro uma enorme comunidade em células, onde possamos realmente viver como as primeiras comunidades, fazer de cada célula uma pequena igreja”, afirmou. O processo das células é um eterno multiplicar-se. Sempre quando a célula está crescendo, ela passa pelo processo
Secretariado de Pastoral da Região Sé
Por ocasião do Jubileu extraordinário da Misericórdia, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (Mesac) da Região Sé peregrinaram à Porta Santa da Catedral da Sé, no sábado, 15, onde realizaram todo o itinerário da peregrinação e participaram da missa presidida pelo Padre Helmo Cesar Faccioli, que reforçou que o Ministro deve ser sinal de misericórdia e, na essência de sua missão, sempre visitar os doentes e enfermos, uma vez que isso é uma obra de misericórdia. (Colaborou Padre Manoel Quinta)
de multiplicação, ou seja, dá origem a outra que irá caminhar paralelamente àquela que lhe deu origem. Para Marcia Molinari Bertolino, supervisora das células na Paróquia São Benedito, a evangelização em células consegue dar “boas respostas às urgências pastorais assumidas pela Igreja”, garante. “A célula é uma porta de entrada para a participação na comunidade, no sentimento de pertença, de pequena comunidade”, afirma. A Paróquia São Benedito possui oito anos de trabalho com as células de evangelização. São 30 células e 350 pessoas envolvidas. Márcia revela que já houve um número maior de células, 40, mas estas propõem um processo de discipulado e “ao longo do caminho, muitos não querem se comprometer, alguns desistem, se afastam. Mas somos livres e o seguimento de Jesus Cristo é um caminho exigente, mas livre”. Há uma preocupação com os que se afastam, por isso que as células desenvolvem o discipulado, a formação de liderança e a multiplicação. A célula baseia-se em um tripé: encontro nas casas, celebração no templo e o serviço. Ela não substitui as pastorais, mas é um celeiro de serviços, no momento em que cresce no discipulado e entendem que precisam se oferecer para o serviço. O encontro é mais que uma reunião semanal, é um grupo de irmãos que estão ligados e vinculados entre si pelos mesmos propósitos, visão e missão. Não deve durar mais que uma hora e 45 minutos e se baseia em cinco “Es”: Encontro (Acolhida), Exaltação (Louvor e Adoração), Edificação (Ensino), Evangelização (Planejamento da ação missionária) e Entrega (Intercessão).
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| Fé e Cultura | 15
Filipe David
osaopaulo@uol.com.br
Dica de Leitura Marxismo desmascarado
Divulgação
Este volume se compõe de transcrições das conferências de Ludwig von Mises na biblioteca pública de São Francisco, nos Estados Unidos, em meados de 1952. Mises, mais do que os muitos críticos do socialismo e do marxismo que haviam surgido desde o começo do século XX – Eugen von Böhm -Bawerk e Paul Leroy-Beaulieu, por exemplo –, conseguiu demonstrar profundamente a inviabilidade inerente ao sistema econômico socialista. Entretanto, Mises sabia que uma crítica séria ao socialismo deveria lidar com muito mais do que a sua mera inviabilidade econômica: era preciso refutar também os fundamentos filosóficos e políticos das concepções socialistas e marxistas do homem e da sociedade. A isso, precisamente, ele se propõe nessas conferências. Ficha técnica: Autor: Ludwig von Mises Páginas: 160 Editora: Vide Editorial
Para Refletir A estética e os argumentos “O problema de tentar argumentar contra o consenso moral dominante sobre sexo, sexualidade e identidade, é que ele não tem como base um argumento que possa ser discutido racionalmente, mas sim uma estética. Questões de gosto são o que realmente dominam o individualismo expressivo e a ética da autenticidade de nossa época. (...). É verdade que a causa pró-vida é hoje mais forte do que talvez jamais tenha sido (...). Nessa causa, há argumentos baseados na ciência médica. Há argumentos excelentes sobre a lei natural em assuntos relacionados à vida, à pessoa humana e à sua potencialidade, mas eu suspeito que esses tenham uma importância secundária na mudança significativa da opinião pública. A utilização da estética tem sido um fator chave para o sucesso pró-vida. As histórias de mulheres que abortaram e depois se arrependeram, bem como a história de quem quase foi abortado, mas nasceu e viveu plenamente sua vida, tiveram um impacto. Imagens de corpos desmembrados de bebês abortados tocam certamente todos os corações, exceto os mais duros. E, sobretudo, o advento da ultrassonografia foi crucial, pois trouxe consigo a capacidade de ver dentro do útero, de ver o formato de uma pessoa humana, de perceber um coração batendo e uma mão se movendo. Isso tudo transformou a imaginação popular no que se refere ao bebê nascituro.” (Carl R. Trueman) (A íntegra do artigo pode ser lida, em inglês, no site firstthings.com).
Santos São Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro Júlia Cabral
Especial para O SÃO PAULO
Antônio de Sant’Ana Galvão, conhecido também como Frei Galvão ou São Frei Galvão, foi um frade da ordem dos franciscanos e o primeiro santo nascido no Brasil. Antônio nasceu em Guaratinguetá (SP), onde passou importantes momentos de sua vida religiosa. Ao completar 13 anos, seu pai sentiu a necessidade de dar-lhe uma formação humana e cultural. Desse modo, o enviou para o seminário jesuíta Colégio de Belém, na Bahia, onde, por quatro anos, o garoto fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã. De volta à casa, nutria o desejo de tornar-se jesuíta. Porém, por conta da perseguição do Marquês de Pombal contra as congregações religiosas e, principalmente, à ordem escolhida, seu pai o aconselhou a juntar-se aos franciscanos, no noviciado em Macacu, no Estado do Rio de Janeiro, e no ano seguinte já fez a profissão religiosa. Na sequência, foi destinado ao Convento de São Francisco na cidade de São Paulo, para estudar Filosofia e Teologia, ser ordenado sacerdote e ajudar no apostolado. Frei Galvão, no convento em São Paulo, consagrou-se a Maria, como seu “filho e escravo perpétuo”. O Frade era um homem de muita e intensa oração. Alguns fenômenos místicos em sua vida foram presenciados por testemunhas, tais como o dom da cura, da ciência, bilocação, levitação, sempre em vista do bem de doentes, moribundos e necessitados. E embora escondesse seus atos de caridade, grande parte era anunciado pelas pessoas beneficiadas por ele. Um exemplo são as esmolas que ele recebia de pessoas ricas e usava para pagar dívidas de pessoas presas nas mãos de agiotas, sem que elas soubessem. Em todos os estudos e textos sobre o Santo, ele é sempre enaltecido “...por suas raras virtudes, que o fizeram ser tido como santo... e falecido em santidade... sendo
a sua memória venerada até hoje como a de um santo”. Já pelo ano de sua morte, em 1822, a fama de sua santidade havia se espalhado por todo o Brasil. E os fiéis compareceram em massa ao velório, ansiosos por guardar uma relíquia sua. Assim, cortavam pedacinhos de seu hábito, fazendo com que ficasse na altura dos joelhos, tanto que precisou ser trocado e o outro ficou igualmente muito curto. O povo não parou por aí e a primeira lápide do seu túmulo teve o mesmo destino: foi, pouco a pouco, sendo levada pelos devotos. Em 1998, durante o processo de beatificação, o Vaticano reconheceu as suas virtudes. Um ano depois, um duplo milagre fez com que o Beato fosse conhecido por todo o mundo. Os personagens desse milagre foram a paulistana Sandra Grossi de Almeida Gallafassi e seu filho Enzo. Sandra não conseguia levar uma gravidez até o final. Mas, depois de dois abortos espontâneos, engravidou uma terceira vez e, apesar de advertências médicas sobre uma gravidez de alto risco para ambos, estava decidida a ter o bebê. Com o conselho de parentes, também passou a tomar as “pílulas de Frei Galvão” e fez uma novena ao frade. A gestação evoluiu normalmente até oitavo mês, quando aconteceu a cesárea. O menino nasceu pequeno e com o problema respiratório grave. Pedindo novamente a intercessão de Frei Galvão, o garoto teve rápida melhora, e logo deixou o hospital. Os peritos médicos da Congregação para as Causas dos Santos aprovaram a cura como “cientificamente inexplicável no seu conjunto, segundo os atuais conhecimentos científicos”. Desse modo, Frei Galvão foi canonizado por Bento XVI em 11 de maio de 2007, durante visita apostólica ao Brasil, e passou a ser comemorada sua memória litúrgica no dia 25 de outubro. Fontes: Sites Casa de Frei Galvão, Cruz Terra Santa, São Frei Galvão e Santuário Frei Galvão
Luciney Martins/O SÃO PAULO
16 | Regiões Episcopais |
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Santana 2.400 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão prontos à missão
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
Após participarem de formação anual ministrada pela Pastoral para a Liturgia, sob a coordenação dos padres Everaldo Ribeiro, coordenador regional, e Roberto Lacerda, os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão participaram da missa de mandatação, no domingo, 16, no ginásio do Colégio Salesiano, no Imirim. Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, presidiu a missa solene, com grande participação de padres, diáconos e coroinhas. Na homilia, Dom Sergio salientou a função que tem o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão de levar a Eucaristia aos doentes, mas, para tanto, é preciso a ida até cada doente, com alegria. O Bispo também apontou que sempre se encontram desculpas para não se dedicar com zelo à missão, sendo, por isso, fundamental uma vida alicerçada na oração, principalmente quando se busca uma Igreja missionária e acolhedora.
Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio preside missa de mandatação dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão no Colégio Salesiano Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Santana, presidiu missa campal na igreja-matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Jardim São Paulo, no dia 12, por ocasião da festa da padroeira, concelebrada pelo Padre Antonio Moura, pároco.
Diácono Francisco Gonçalves
Em missa presidida por Dom Sergio de Deus Borges, no dia 8, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Setor Pastoral Mandaqui, e concelebrada pelo Padre José Brebal Hespaña, pároco, 70 jovens receberam o sacramento da Crisma. Diácono Francisco Gonçalves
Fábia Nascimento
Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, ministrou o sacramento da Crisma, no dia 9, na Paróquia São Camilo de Lellis, a 13 jovens, em missa concelebrada pelo Padre Raimundo Edmilson Rodrigues, pároco. As Irmãs Servas da Caridade e os responsáveis pela Catequese da Paróquia Nossa Senhora da Consolata promoveram, no dia 9, um encontro de crismandos com música, dinâmicas, palestras com peregrinos que relataram suas vivências em edições da Jornada Mundial da Juventude, e missa presidida pelo Padre Moisés Facchini, pároco.
Fernando Amado
Em missa na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no dia 9, concelebrada pelo Padre Alfredo dos Santos, pároco, Dom Sergio de Deus Borges ministrou o sacramento da Crisma a um grupo de 79 jovens e adultos.
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Benigno Naveira
Colaborador de comunicação da Região
| Regiões Episcopais | 17
Lapa
Obras de misericórdia em destaque na reunião do clero Aconteceu no dia 11, na sede da cúria regional, a reunião do clero atuante na Região Episcopal Lapa, com a participação do Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano. O Cardeal explicou sobre a necessidade de se realizar em conjunto algumas obras de misericórdia e foi informado por Dom Julio Endi Akamine que a Região Lapa já tomou a iniciativa de promover uma campanha de doação de bíblias aos encarcerados. Serão distribuídas 5 mil bíblias. Também em 2 de novembro, no dia dos fiéis defuntos, acontecerão cinco missas no cemitério da Lapa, dando oportuni-
dade a todos que visitarem o local de rezar pelos vivos e falecidos. Dom Odilo elogiou as iniciativas da Região Lapa e apresentou a proposta que vai envolver toda a Arquidiocese de São Paulo na reforma de um prédio na praça da Sé para se tornar um centro de acolhida e de cuidados aos moradores em situação de rua (leia mais na página 24). Por fim, Dom Julio informou que já está sendo organizada a 18ª edição do “Natal Comunitário”, que acontecerá em dezembro com momentos litúrgicos e culturais, visando a arrecadação de leite a ser doado às entidades assistenciais da Região.
Padre Antônio Francisco Ribeiro
Cardeal Scherer fala sobre obras de misericórdia ao clero atuante na Região Lapa, dia 11
Encontro sobre organização pastoral e administrativa da Arquidiocese Arquivo pessoal
Participantes do estudo sobre organização pastoral e administrativa da Arquidiocese, dia 15
Reunidos na Cúria da Lapa, no sábado, 15, aproximadamente 20 secretárias e secretários, orientados pelo Padre Antonio Francisco Ribeiro, coordenador regional de pastoral, estudaram a organização pastoral e administrativa da Arquidiocese. Padre Antonio explicou que a Arquidiocese é formada por seis regiões episcopais e três vicariatos episcopais, e que o arcebispo metropolitano, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, conta com sete bispos auxiliares. Também detalhou que a cúria arquidiocesana e as cúrias regio-
nais, em conjunto, administram e coordenam toda a pastoral da Arquidiocese. O Sacerdote falou ainda sobre a função do Secretariado de Pastoral, dos coordenadores, das assembleias e conselhos de pastorais. “São serviços com o objetivo de atender às necessidades de toda a Arquidiocese nas diversas realidades, com o compromisso de realizar uma ação evangelizadora que acolha toda pessoa humana onde ela se encontra, promovendo a dignidade e a plena comunhão com Cristo”, afirmou.
Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição Aparecida
Paróquia São João Batista
No dia 12, os fiéis da Paróquia Nossa Senhora Imaculada Conceição Aparecida, no Jardim Esther, no Setor Pastoral Rio Pequeno, festejaram a festa da padroeira, em missa presidida pelo Padre Geraldo Evaristo da Silva, pároco.
Os fiéis da Paróquia São João Batista, na Vila Ipojuca, no Setor Pastoral Lapa, celebraram a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, no dia 12, com missa presidida pelo Padre José Donizete Fiel Rolim de Oliveira, pároco.
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Brasilândia ‘Mãe Aparecida, mulher fiel a Deus, intercedei por nós’
Padre Jaime Izidoro de Sena e Ernesto Dias Souza Colaboradores de comunicação da Região
Entre os dias 3 e 11, a Comunidade Nossa Senhora Aparecida, da Paróquia Santa Rita de Cássia, do Setor Pastoral Nova Esperança, realizou a novena de sua padroeira com grande presença de fiéis e devotos, animados pelo tema “Mãe Aparecida, mulher fiel a Deus, intercedei por nós.” A fidelidade de Maria a Deus foi abordada sob vários aspectos, ela foi anunciada como mulher consagrada ao serviço do Senhor; sacrário do Espírito Santo; aquela que intercede pelos necessitados; obediente à Palavra e discípula de Jesus no Evangelho; missionária e peregrina da fé; eucarística; e rosto fiel e orante. No dia 12, a festa da padroeira teve início com a missa da manhã, também em ação de graças às crianças, presidida pelo Padre Adriano Robson Rodrigues,
Ernesto Dias Souza
Padre Jaime Estevão Gomes e devotos de Nossa Senhora Aparecida em procissão pelas ruas do Morro Grande, no Setor Pastoral Nova Esperança
vigário da Paróquia Nossa Senhora da Expectação. À tarde, um momento mariano com a reza do Terço e depoimentos de fiéis pelas graças alcançadas, antecedeu a procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida pelas ruas do Julio César dos Santos
No Dia de Nossa Senhora Aparecida, 12, Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, presidiu missa na Paróquia São José de Vila Palmeira, concelebrada pelos padres atuantes nas paróquias do Setor Freguesia do Ó. Na ocasião, houve a investidura de 280 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, e o Bispo abençoou de modo especial as crianças. Antonio Dominici Filho
No domingo, 16, a imagem peregrina da Padroeira do Brasil foi levada em carreata da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Setor Pereira Barreto, até a comunidade-matriz da Área Pastoral Nossa Senhora e Sant’Ana, no Setor São José Operário, sendo acolhida pelo Padre José Domingos Bragheto, pároco, onde permanecerá até o domingo, 23. Margaret Gazzola
Na quinta-feira, 13, aconteceu na Paróquia Nossa Senhora Mãe de Deus, no Setor Freguesia do Ó, missa em louvor a Nossa Senhora de Fátima, presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia, e concelebrada pelo Cônego José Adriano, pároco, e os padres Armênio Nogueira Rodrigues e Frank Almeida.
Morro Grande e a missa solene de encerramento das festividades, presidida pelo Padre Jaime Estevão Gomes, pároco, na matriz-paroquial. “Tudo o que falamos e celebramos em Maria nos direciona a um encontro
com seu Filho. (…) Maria é o indicativo melhor que possuímos para viver em nós, construirmos uma espiritualidade pessoal, familiar, comunitária, em vista de um processo de cristificação do nosso ser”, disse o Pároco na homilia.
‘Com São Judas Tadeu, somos testemunhas da misericórdia’ No contexto do Jubileu extraordinário da Misericórdia, os fiéis da Paróquia São Judas Tadeu, no Setor Pastoral Nova Esperança, festejam seu padroeiro, entre os dias 19 e 28 de outubro. Com o tema “Com São Judas Tadeu, somos testemunhas da misericórdia!”, a festividade terá missas, orações apropriadas, celebrações e procissões, na matriz-paroquial (rua João Alves Pimenta, 152, Vila Miriam). “Iremos reavivar em nós o exemplo
de nosso padroeiro, que nos inspira a sermos testemunhas da misericórdia; vigilantes na fé, enfrentando os conflitos, propagando a paz, buscando constantemente a conversão, vivendo com humildade, socorrendo os necessitados, construindo o Reino de Deus, entrando pela porta estreita, sendo fiéis ao projeto divino e saindo em missão como apóstolos de Jesus Cristo”, afirmou o Padre Jaime Izidoro de Sena, pároco. Divulgação
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Neusa Floter, Renata Quito, Karina Oliveira e Waldeia Silva Colaboração especial para a Região
Nos passos da fé com Nossa Senhora Aparecida
Ipiranga
Neuza Floter
Cardeal Scherer em missa campal na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Moema; no Setor Ipiranga, Dom José Roberto participa de procissão mariana com a comunidade de fiéis
Aparecida, após representarem o achado da imagem no rio Paraíba do Sul, em 1717. “A festa foi um sinal da união dos povos em louvor a Mãe Santíssima. Foi organizada com amor e dedicação por muitos fiéis que doaram seu tempo e seus dons para fazer dessa festa algo marcante em glória à Virgem Maria”, afirmou o Padre João Paulo Rizek, administrador paroquial. Também na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, do Setor Pastoral Ipiranga, muitos devotos foram ao encontro da Padroeira do Brasil para pedir sua Karina Oliveira
Dom José Roberto Fortes Palau durante missa na festa de Santa Edwiges, no domingo, dia 16
intercessão e agradecer as graças alcançadas, durante a novena que precedeu o dia da padroeira e no dia 12, quando houve dez celebrações, dentre elas uma missa campal, às 18h, após a procissão realizada pelas ruas do bairro do Ipiranga, presidida por Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Ipiranga, e concelebrada pelos padres Anísio Hilário, pároco, e Antônio Messias Gomes Fernandes, vigário paroquial, com a participação do Diácono Feliciano Bonitatibus Neto.
Festa de Santa Edwiges mobiliza fiéis em Heliópolis Romeiros, paroquianos e devotos de Santa Edwiges estiveram na Paróquiasantuário dedicada à Santa, no domingo, 16, para a celebração da padroeira, no bairro de Heliópolis, na zona Sul. Foram realizadas sete missas, uma das quais presidida por Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga. Houve,
Paróquia Nossa Senhora das Dores realiza Congresso da Divina Misericórdia Com o tema “Misericórdia, palavra e missão para uma nova primavera na Igreja”, aconteceu no último fim de semana, dias 15 e 16, o Congresso da Divina Misericórdia, na Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Setor Pastoral Ipiranga. O evento teve as participações do Padre Antônio Aguiar e de Marlo Andrade, da Comunidade Anunciadores da Divina Misericórdia, de São Gonçalo (RJ); das Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo; do casal Diógenes e Madalena, da Paróquia São José; e do Frei Fabio Luis, OMS, pároco. O congresso foi organizado por Waldeia Silva com o intuito de propagar a devoção à Divina Misericórdia, ressaltando que esta é a última “tábua de salvação”
Facebook da Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Todas as paróquias da Região Ipiranga festejaram a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida no dia 12, e houve programações especiais nas três paróquias dedicadas à Padroeira do Brasil na Região. Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Setor Pastoral Vila Mariana, o encerramento solene da festa da padroeira foi com missa campal, próxima à matrizparoquial, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, precedida de procissão pelas ruas do bairro de Moema. Na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Setor Pastoral Anchieta, na primeira missa do dia, presidida pelo Padre Ricardo Pinto, senhoras idosas coroaram a imagem da padroeira. Na missa das 10h, o mesmo gesto de devoção foi feito pelas crianças, com flores e bexigas, antes da carreata que percorreu as ruas do bairro, passando em frente a casas onde famílias reunidas saudaram Nossa Senhora Aparecida. A última missa do dia foi presidida por Dom Carlos Lema Garcia, bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal para a Educação e a Universidade, que falou à juventude sobre a reza do Terço e a força intercessora de Maria. Também os jovens realizaram a coroação de Nossa Senhora
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que Jesus deixou à humanidade e que deve ser praticada, começando na família. Durante o evento, foi ressaltada a importância do Terço da misericórdia, do anúncio e testemunho da misericórdia em obras corporais e espirituais; e as Irmãs Carmelitas Mensageiras do Espírito Santo falaram sobre a intimidade com Nossa Senhora. “Devemos divulgar cada vez mais a misericórdia do coração de Jesus a todos os nossos fiéis para que possam se sentir acolhidos não somente neste Ano Santo extraordinário da Misericórdia, mas em todos os dias de suas vidas, pois a misericórdia não se estende apenas a um ano comemorativo, mas em todos os momentos”, afirmou Frei Fabio Luis.
ainda, plantão de confissões na Capela da Reconciliação e quermesse. Ao longo do dia, os colaboradores da Casa da Criança Santa Ângela estavam em campanha com as “Sacolinhas de Natal” para as crianças que a Obra Social Santa Edwiges atende. Os interessados em participar da iniciativa podem se informar pelo telefone (11) 2060-9160. Valdeia Souza
Irmã carmelita em evento na Paróquia Nossa Senhora das Dores
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Belém
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Peterson Prates
Colaborador de comunicação da Região
Capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida é inaugurada na ‘favela do Peu’ O Dia da Padroeira do Brasil foi de festa na favela do Jacaraípe, também conhecida como “favela do Peu”, na Vila Prudente, com a inauguração da capela da Comunidade Nossa Senhora Aparecida. A Comunidade pertence à Área Pastoral São José Operário e é atendida pelos missionários espiritanos e por uma comunidade religiosa intercongregacional. Antes da missa, presidida pelo Padre Miguel Fuldy, CSSp, e concelebrada pelo Padre Assis Tavares, CSSp, os fiéis caminharam em procissão pelos becos e vielas da favela. Na celebração de inauguração, houve a bênção do novo altar com o óleo do Crisma, e sob ele foi depositada uma relíquia do Beato Daniel Brottier, missionário espiritano. Houve, ainda, a investidura de seis Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. A Comunidade Nossa Senhora Aparecida surgiu há quase uma década, fruto de um trabalho missionário de evangelização. A primeira capela da Comunidade ficava em um barraco num beco apertado da favela, sem qualquer ventilação. Há quase três anos, foi comprado um espaço
na rua que dá nome à favela, para que a comunidade pudesse celebrar, mas foi somente há três meses que o espaço começou a ser utilizado. Com a colaboração de parentes e amigos da Irmã Augusta Culpo, da Congregação das Filhas de Maria Missionária – que também foi homenageada na missa por seus 50 anos de vida religiosa – e de confrades do Padre Miguel, da Irlanda, a Comunidade conseguiu organizar o novo espaço. Padre Miguel, na homilia, recordou-se de integrantes da Comunidade e do espaço da antiga Capela. “Foi lá que eu conheci a Comunidade. Era simples, mas muito bem cuidada”, disse. “A gente pode ter uma catedral bonita e não ter gente, não ter uma comunidade”, afirmou, destacando “a dedicação, o carinho e a luta” de todos. Erivaldo Tenório Santos, mais conhecido como “Amigão”, é uma liderança da Comunidade e foi um dos ministros investidos. Para ele, a “Comunidade está crescendo”, e por isso foi preciso um espaço um pouco maior que o anterior. “Gosto da Comunidade do jeito que ela é”, disse, recordando que por lá já existem
Peterson Prates
Padre Miguel Fuldy preside missa na inauguração da Capela Nossa Senhora Aparecida, dia 12
um curso de bijuteria e o estudo bíblico. Para Irmã Augusta, celebrar 50 anos de vida religiosa naquela ocasião foi “uma gratidão a Ele, um compromisso de ser fiel a esse chamado de ser, na gratuidade, o amor misericordioso de Deus, por meio de Jesus Cristo. E o compromisso também de imitar Nossa Senhora. Ela foi a representante da feminilidade de Deus no meio do povo”. Nas paredes da Capela estão duas obras de arte do artista sacro Guto Godoy,
que presenteou a Comunidade com uma pintura do Cristo Pantocrator e com um nicho para Nossa Senhora. Na entrada, há uma placa “para perpétua memória”, em agradecimento aos missionários e aos seminaristas espiritanos, às irmãs Augusta Culpo, Marialda Cardoso e Ana Melo, e ao missionário redentorista Frater Maurício de Oliveira, que doou uma imagem fac-símile da Padroeira do Brasil e da Comunidade.
Vila Ema sob a proteção de Nossa Senhora do Pilar Peterson Prates
Fiéis conduzem imagem de Nossa Senhora do Pilar durante missa presidida por Dom Luiz Carlos
Na única paróquia da Arquidiocese de São Paulo dedicada a Nossa Senhora do Pilar, no Setor Pastoral Vila Prudente, o dia 12 foi destinado às comemorações
Sé
da padroeira, após a realização de uma novena com o tema “No coração de Maria, a família é graça e amor de Deus”. Na missa presidida por Dom Luiz
Carlos Dias, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, e concelebrada pelo Padre Nedson de Oliveira, pároco, foi ministrado o sacramento da Confirmação a um grupo de jovens e adultos. Dom Luiz Carlos, na homilia, após se apresentar aos fiéis, expressou que Deus “nos reanima, reabastece, para sermos uma Igreja viva, alegre, que testemunha Jesus Cristo com espírito e inspiração de nossa Mãe Santíssima”, disse. “No mundo atual, estamos nos esquecendo de olhar para Deus. O homem confia muito em si, em suas forças, na sua capacidade de transformação, de produção, de planejamento”, afirmou, complementando que
o atual modo de produção individualiza as pessoas, formando uma sociedade de indivíduos que olham apenas para si. A comunidade paroquial aproveitou as festividades da padroeira para reinaugurar, na véspera da festa, a cruz luminosa da torre da igreja, que há anos estava apagada. No dia 12, antes da missa solene, houve a celebração mariana, pela manhã, e a reza do Terço, ao meio-dia. Em 29 de outubro, ainda na programação do mês da padroeira, a Paróquia irá realizar a “Noite Espanhola”, com dança flamenca e paella com frutos do mar, de fideuá e de cacau com frutas frescas. A matriz-paroquial fica à rua Salvador Mastropietro, 153, na Vila Ema.
REDAÇÃO
osaopaulo@uol.com.br Arquivo pessoal
Helena Ueno
“Ministérios litúrgicos - um serviço à Assembleia Celebrante” foi o tema dos três encontros de formação litúrgica da Região Sé neste ano, o último entre os dias 4 e 5, com assessoria do Padre Helmo Cesar Faccioli, aconteceu no auditório da Paulinas Livraria. As formações se destinaram principalmente aos membros das equipes de Liturgia.
Em missa na Catedral da Sé, no domingo, 16, presidida pelo Padre Luiz Eduardo Pinheiro Baronto, cura da Catedral, a comunidade peruana de fiéis festejou o Senhor dos Milagres, padroeiro da cidade de Lima, capital do Peru. Outras missas festivas serão celebradas este mês. Saiba mais detalhes em (11) 3256-5356.
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ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE CNPJ 11.861.086/0001-63
A T I V O NOTA 2.015 2.014 CIRCULANTE 1.088.848 870.741 Caixa e equivalentes de caixa 4 998.167 788.390 DIREITOS REALIZÁVEIS 90.681 82.351 Adiantamento a funcionários 27.975 10.723 Adiantamento a fornecedores 22.178 12.677 Convênios e subvenções 5 38.876 56.922 Outros direitos realizáveis 1.652 2.029 NÃO CIRCULANTE 145.384 127.923 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Poupança s./aluguéis 6.900 5.700 IMOBILIZADO 6 138.484 122.223 TOTAL DO ATIVO 1.234.232 998.664 P A S S I V O NOTA 2.015 2.014 CIRCULANTE 1.211.784 1.239.168 Fornecedores 8 155.365 71.406 Tributos a recolher 20.259 15.637 Obrigações com pessoal 9 206.941 183.961 Contribuições sociais a recolher 10 80.367 119.354 Direito de férias adquirido e encargos sociais 306.559 283.037 Parcerias e convênios 11 402.903 533.624 Outras obrigações 39.390 32.149 NÃO CIRCULANTE 30.000 Provisões para contingências 12 30.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (7.552) (240.504) Patrimônio Social (240.504) (127.192) Superávit/(Déficit) do período 232.952 (113.312) TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.234.232 998.664 (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO (Em Reais R$ 1) PERÍODO 01/JAN./2015 01/JAN./2014 NOTA A A 31/DEZ./2015 31/DEZ./2014 RECEITA BRUTA 14 7.878.945 5.687.042 CUSTOS ASSISTENCIAIS (4.599.296) (3.152.239) Custo com projetos sociais e assistenciais 16 (4.599.296) (3.152.239) SUPERÁVIT BRUTO 3.279.649 2.534.803 RECEITAS (DESPESAS) OPERACONAIS (3.046.697) (2.648.115) Despesas gerais e administrativas (3.045.233) (2.701.913) Receitas financeiras 6.027 4.645 Despesas financeiras (48.730) (27.608) Outras receitas operacionais 41.239 76.761 SUPERÁVIT (DÉFICIT) DO PERÍODO 232.952 (113.312) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PERÍODO DE 01/JAN./2014 A 31/DEZ./2015 (Em Reais R$ 1) CONTAS PATRIMÔNIO SUPERÁVIT/ ESPECIFICAÇÕES SOCIAL (DÉFICIT) TOTAL DO PERÍODO GERAL SALDOS EM 01/ JAN./2014 (26.469) (100.723) (127.192) Incorporação ao Patrimônio Social (100.723) 100.723 0 (Déficit) do Período 0 (113.312) (113.312) SALDOS EM 31/ DEZ./2014 (127.192) (113.312) (240.504) Incorporação ao Patrimônio Social (113.312) 113.312 0 Superávit do Período 0 232.952 232.952 SALDOS EM 31/ DEZ./2015 (240.504) 232.952 (7.552) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (Em Reais R$ 1) PERÍODO 01/JAN./2.015 01/JAN./2.014 a a 31/DEZ./2.015 31/DEZ./2.014 FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Superávit/(Déficit) do Período 232.952 (113.312) Ajustes: Baixa de bens do ativo imobilizado - 47.399 Depreciação 31.394 41.502 Provisões parra contingências 30.000 Resultado líquido ajustado 294.346 (24.411) Variações: Adiantamentos a funcionários (17.252) 10.440 Adiantamentos a fornecedores (9.501) 20.326 Convênios e subvenções 18.046 (56.922) Poupança s./aluguéis (1.200) (5.700) Outras variações ativas 377 (877) Fornecedores 83.959 41.146 Tributos 4.622 9.921 Obrigações com pessoal 22.980 26.574 Encargos sociais (38.987) 18.238 Convênios (130.721) 438.923 Direito de férias adquirido e encargos sociais 23.522 11.801 Outras variações passivas 7.241 23.797 Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 257.432 513.256 FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aplicações no ativo imobilizado (47.655) (35.436) Caixa líquido usado nas atividades de investimento (47.655) (35.436) VARIAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 209.777 477.820 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 209.777 477.820 No início do período 788.390 310.570 No fim do período 998.167 788.390 (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis do período findo em 31 de Dezembro de 2015 NOTA 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Associação Franciscana de Solidariedade foi constituída juridicamente no período de 2.010. É uma entidade beneficente de assistência social, de direito privado, de natureza associativa, de fins socioassistencial, sem fins lucrativos, constituída por número ilimitado de associados e com duração por tempo indeterminado. Tem como missão promover ações e atitudes de solidariedade com os empobrecidos e marginalizados, contribuindo para o exercício da cidadania e inclusão social, no modo franciscano de viver e anunciar o Evangelho. Tem como finalidade: I – Executar serviços de Assistência Social, no horizonte da defesa dos direitos humanos e do exercício da cidadania, tendo como público usuário, pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade e riscos sociais e econômicos. II – Sob o entendimento de que a Assistência Social tem como função dialogar com outras políticas, no sentido de promover a defesa, o acesso e a garantia aos direitos humanos e sociais, a Associação Franciscana poderá executar serviços e projetos, integrados a outras políticas setoriais, especialmente àquelas relacionadas à defesa de direitos humanos, à promoção da igualdade e superação das violências de gênero, etnias e geracional, o direito à cultura, bem como à defesa e proteção do meio ambiente. Parágrafo Primeiro: A visão que a Associação Franciscana persegue para o cumprimento de sua finalidade é a de ser um serviço social fundamentado nos direitos humanos e ecológicos, a partir dos princípios cristãos e franciscanos, voltado para a busca da equidade social, articulando atendimento imediato e construção de políticas públicas que assegurem os direitos da população. Parágrafo Segundo: A prestação de serviço ou as ações assistenciais serão realizadas de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários e a quem deles necessitar, sem qualquer discriminação. Para auxiliar no cumprimento dos objetivos sociais, a Associação mantem as seguintes filiais: • Centro Franciscano de Acolhida para Crianças e Adolescentes, CNPJ 11.861.086/0002-44, Pinhão Tanguá/RJ; • Centro Franciscano de Convivência e Proteção à Criança e ao Adolescente Andorinha, CNPJ 11.861.086/0003-25, São Sebastião/SP; • Centro Franciscano de Convivência da Criança e do Adolescente Gente Viva, CNPJ 11.861.086/0004-06, Petrópolis/RJ; • Centro Franciscano de Acolhida do Largo da Carioca, CNPJ 11.861.086/0005-97, Rio de Janeiro/RJ;
• Sefras Porciuncula, CNPJ 11.861.086/0006-78, Niterói/RJ; e • Centro Franciscano de Proteção e Acolhida de Curitiba, CNPJ 11.861.086/0007-59, Curitiba/PR. A Associação está inscrita nos seguintes conselhos e possui: • COMAS - sob n° 27, aprovada pela Resolução COMAS-SP n° 560 de 01/12/2011, publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo de 03/12/2011; • Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente sob o n° CMDCA/1650/11, de acordo com a Lei Federal n° 8.069 de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), conforme Resolução n° 059/CMDCA/01; • Certificado de Utilidade Pública Municipal de São Paulo, através do Decreto 52.842/2011 de 09 de dezembro de 2011; • Grande Conselho Municipal do Idoso da Prefeitura de São Paulo, de acordo com a Lei Federal n° 10.741 de 1 de outubro de 2003, registro n°. GCMI/0003/12 de 22/11/2012; • Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Tanguá sob o n° 021/2012 de 15/05/2012; • Certificado de matrícula de organização de Assistência Social do município de São Paulo sob o nº 16.89 de 29/08/2012; • Certificado de Regularidade Cadastral de Entidades – CRCE do Governo do Estado de São Paulo, de acordo com o Decreto nº 57.501 de 08 de novembro de 2011, sob o nº CRCE 2012/2012 de 10/09/2012; • Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social de Tanguá n° 11 de 18/10/2012; • Inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Petrópolis, 06 de novembro de 2012; • Certificado de Cadastro junto à Secretaria Estadual de Desenvolvimento de São Paulo – SEDS conforme Resolução SEDS 002 de 23/01/2013; • Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social de São Sebastião, n° 17 de 01/07/2013; • Inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Sebastião 004/2013 de 11/09/2013; • Título de Utilidade Pública Estadual de São Paulo conforme Lei n°. 15.802 de 16/04/2015; e • Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) conforme Resolução 43 de 31/03/2015 da Secretaria Nacional de Assistência Social, publicado no Diário Oficial da União de 01/04/2015. NOTA 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil, que abrangem, além das disposições da legislação societária brasileira, os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. As alterações trazidas pela Lei número 11.638/07 e pela Lei número 11.941/09 à Lei número 6.404/76 estão sendo observadas integralmente e adotadas quando aplicável. Foi adotada, também, a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade 1.409/2.012, que se refere à ITG 2002 (R1) – Entidade sem finalidade de Lucros, a qual trata em específico dos aspectos contábeis das entidades sem fins lucrativos. Para fins de comparabilidade, foram realizadas algumas reclassificações nas demonstrações do período de 2.014, não alterando os efeitos apresentados anteriormente. NOTA 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS Dentre as principais políticas contábeis adotadas para a elaboração das demonstrações contábeis ressaltamos: a) RECEITAS E DESPESAS As receitas com contribuições e donativos foram reconhecidas por seus valores originais e de acordo com sua realização financeira, as demais receitas contratuais foram reconhecidas por seus valores originais e de acordo com a sua competência. As despesas foram reconhecidas por seus valores originais e de acordo com sua competência. b) APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LIQUIDEZ IMEDIATA Estão demonstradas pelos valores aplicados, atualizadas com os respectivos rendimentos até a data de encerramento do balanço patrimonial. c) IMOBILIZADO Está demonstrado pelo custo de aquisição, ajustado por depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear, a taxas estabelecidas em função do tempo de vida útil, por espécie de bens. Conforme segue: Instalações em Geral 10% a.a. Móveis e Utensílios 10% a.a. Aparelhos e Instrumentos Musicais 10% a.a. Máquinas e Equipamentos 10% a.a. Equipamentos de Informática 20% a.a. d) DIREITO DE FÉRIAS ADQUIRIDO E ENCARGOS SOCIAIS Foram constituídos com base no regime de competência, observando as férias transcorridas e ainda não gozadas, num montante julgado suficiente para cobertura das obrigações com férias dos seus funcionários, apropriadas até a data de encerramento do balanço. Foram calculadas partindo do número de dias de férias, convertidos para valor em moeda pelo salário atual de cada funcionário, acrescido dos encargos mais um terço constitucional, conforme legislação trabalhista em vigor. e) DOAÇÕES As doações, subvenções e contribuições espontâneas captadas da comunidade são contabilizadas em contas de receita, de acordo com seu recebimento. NOTA 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Caixa 5.710 3.977 Bancos - conta movimento 505.215 225.375 Aplicações financeiras 487.242 559.038 Total 998.167 788.390 As aplicações financeiras correspondem a investimentos em fundos, poupança e CDB. NOTA 5. CONVÊNIOS A RECEBER Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), denominado “MSE Jaçanã”, firmado em 10 de setembro de 2.015, com vigência de 01/set./2015 a 31/ago./2017, através do Termo de Convênio n° 181/SMADS/2015, cujo objeto é a prestação de serviço denominado: “Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto”, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 0 (-) Valores liberados (108.829) 0 Valores aplicados 147.705 0 Saldo a receber 38.876 0 Resumo de Convênios e Subvenções: Descrição Saldo em Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 MSE Jaçanã 38.876 0 Recifran* 0 23.811 SCFV/Peri** 0 33.111 Saldo a receber 38.876 56.922 * Convênio descrito na nota 11-b ** Convênio descrito na nota 11-f NOTA 6. IMOBILIZADO Está representado pelos valores originais, deduzidos das depreciações acumuladas, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Instalações em Geral 36.504 30.005 Móveis e utensílios 38.358 22.059 Aparelhos e Instrumentos Musicais 2.152 2.152 Máquinas e equipamentos 52.548 49.908 Equipamentos de informática 114.396 92.179 (-) Depreciação acumulada (105.474) (74.080) Total 138.484 122.223 NOTA 7. SEGUROS Para atender medidas preventivas, a Entidade, a seu critério, procede à contratação de seguros dos veículos cedidos através de comodato, em valores considerados suficientes para a cobertura de eventuais sinistros. Modalidades Limite de Cobertura Responsabilidade Civil Danos materiais, corporais, morais, invalidez e morte de passageiros. 1.440.000 Veículos Veículos 100% Fipe NOTA 8. FORNECEDORES Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Fornecedores de materiais diversos 90.050 57.616 Fornecedores de serviços 65.315 13.790 Total 155.365 71.406
NOTA 9. OBRIGAÇÕES COM PESSOAL Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Ordenados a pagar 199.578 176.400 RCT a pagar 6.605 6.605 Pensão alimentícia a pagar 758 956 Total 206.941 183.961 NOTA 10. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS A RECOLHER Estão representadas pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 INSS s./folha de pagamento 30.435 87.888 PIS s./folha de pagamento 5.047 3.926 CSL/PIS/COFINS s./nf.de fornecedores 370 260 Contribuições Sindicais 876 1152 FGTS a recolher 31.175 24.651 INSS 11% s./nf.de fornecedores 12.464 1.477 Total 80.367 119.354 NOTA 11. PARCERIAS E CONVÊNIOS a) Convênio de cooperação assistencial com a Prefeitura Municipal de São Sebastião, firmado em 13 de janeiro de 2.015, com vigência de 13/jan./2015 a 31/dez./2015, cujo objeto é o atendimento gratuito à população carente, em conformidade com as diretrizes de ação social, na área do atendimento ao adolescente; e Convênio de cooperação assistencial com a Prefeitura Municipal de São Sebastião, referente repasse financeiro provenientes do Fundo Estadual de Assistência Social, por intermédio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, conforme processo DRADS: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 75.096 19.827 (-) Devolução da verba (39.107) (3.948) Valores liberados 368.561 284.457 (-) Valores aplicados (312.221) (225.240) Saldo a Aplicar 92.329 75.096 b) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmado em 27/abr./2012 e aditado em 30/abr./2014, com vigência de 01/mai./2012 a 30/abr./2017, através do Termo de Aditamento 001/2014 ao Termo de Convênio 066/SMADS/2012, para o serviço de inclusão social e produtiva, conforme demonstramos abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 0 Valor a receber período anterior (23.811) 0 Valores liberados 291.669 245.723 (-) Valores aplicados (262.201) (269.534) Saldo a receber 0 23.811 Saldo a Aplicar 5.657 0 c) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde/Fundo Municipal da Saúde, firmado em 02 de julho de 2.013, com vigência de 02/jul./2013 a 01/jul./2015, através do Termo de Convênio n° 025/2013-SMS-G, cujo objeto é a realização do projeto “Informar e Multiplicar para Prevenir”; Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde/Fundo Municipal da Saúde, com vigência de 17/09/2015 a 16/09/2017, através do Termo de Convênio n° 017/2015-SMS-G, cujo objeto é a realização do projeto “Formando Multiplicadores Locais para Prevenção e Inclusão”, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 74.456 66.497 (-) Devolução da verba (183) (3.948) Valores liberados 95.875 63.105 Rendimento do valor aplicado 4.040 4.694 (-) Valores aplicados (77.247) (59.840) Saldo a Aplicar 96.941 74.456 d) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmada em 29 de agosto de 2.014, com vigência de 29/ago./2014 a 28/ago./2016, através do Termo de Convênio n° 127/SMADS/2014, cujo objeto é Centro de acolhida para adultos por 24h, 190 vagas para ambos os sexos, sendo 110 vagas a noite e 80 vagas para o dia, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 15.393 0 Valores liberados 1.210.446 26.078 (-) Valores aplicados (1.200.565) (10.685) Valor a receber no próximo período 0 0 Saldo a Aplicar 25.274 15.393 e) Convênio com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, firmada em 01 de novembro de 2014, com vigência de 01/nov./2014 a 01/mai./2016, através do Termo de Convênio nº 61/SMDHC/2014. O objeto é promover o acesso a direitos e inclusão social, cultural e econômica da população migrante na cidade de SP no “Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes (CRAI), conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 363.147 0 Valores liberados 75.200 379.200 Rendimento do valor aplicado 22.399 3.076 (-) Valores aplicados (343.301) (19.129) Saldo a Aplicar 117.445 363.147 f) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmada em 03 de abril de 2.014, com vigência de 03/abr./2014 a 02/abr./2016, através do Termo de Convênio n° 69/ SMADS/2014, cujo objeto é oferecer proteção social à criança e adolescente, em situação de vulnerabilidade e risco, por meio do desenvolvimento de suas potencialidades, bem como favorecer aquisições para a conquista da autonomia, protagonismo e cidadania, mediante o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 1.759 0 Valores liberados 454.956 228.470 (-) Valores aplicados (412.300) (261.581) Valor a receber 0 33.111 Valor recebido período anterior (33.111) 0 Repasse Majoração 0 9.272 (-) Valores aplicados Majoração 0 (7.513) Saldo a Aplicar 11.304 1.759 g) Convênio com o Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo, firmado em 28 de outubro de 2.014, com vigência de 28/out./2014 a 28/03/2018, cujo objeto é a transferência de recursos materiais e financeiros para implantação e execução da 2ª fase do Projeto “Escola de Moda”, com a realização do curso de roteiro de costura, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 3.773 0 Valores liberados 0 3.791 Rendimento do valor aplicado 157 33 (-) Valores aplicados (3.930) (51) Saldo a Aplicar 0 3.773 h) Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, firmado em 21 de julho de 2.015, com vigência de 21/jul./2015 a 20/jul./2017, através do Termo de Convênio n° 157/ SMADS/2015, cujo objeto é a prestação de serviço denominado “Núcleo de Convivência para Adultos em Situação de Rua”, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 0 Valores liberados 32.256 0 (-) Valores aplicados 0 0 Saldo a Aplicar 32.256 0 i) Convênio com a Prefeitura Municipal de Petrópolis-RJ, por meio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Petrópolis, firmado em 29 de abril de 2.015, com vigência de 29/abr./2015 a 28/abr./2016 através do termo de convênio nº 04/2015, para o projeto “Vem pra Roda de Capoeira, vem dançar. Conhecendo a cultura da África”, conforme demonstrado abaixo: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Saldo Anterior 0 0 Valores liberados 39.984 0 Rendimento 1.198 0 (-) Valores aplicados (19.485) 0 Saldo a Aplicar 21.697 0
Continua
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em Reais R$ 1)
22 | Balanço | Continuação
REPUBLICAÇÃO
19 a 25 de outubro de 2016 | www.arquisp.org.br
ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE - CNPJ 11.861.086/0001-63
j) Estão representados pelos valores originais e referem-se ao “Termo de Parceria Assistencial”, acordado entre a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e a Associação Franciscana de Solidariedade, em 17 de março de 2.010, o qual vigorará por prazo indeterminado, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 Valores liberados 2.545.854 1.810.034 (-) Valores aplicados (-) Captação Telemarketing (1.272.616) (1.212.971) (-) Gestão Sefras (1.273.238) (597.063) Saldo a Aplicar 0 0 Resumo das parcerias e convênios: Convênio/Parceria Saldo em Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 a) Prefeitura de São Sebastião firmado em 13/jan./2015 92.329 75.096 b) Prefeitura de São Paulo firmado em 30/abr./2014 5.657 0 c) Prefeitura de São Paulo firmado em 02/jul./2013 96.941 74.456 d) Prefeitura de São Paulo firmado em 29/ago./2014 25.274 15.393 e) Secretaria Municipal Direitos Humanos e Cidadania firmado em 01/nov./2014 117.445 363.147 f) Prefeitura de São Paulo firmado em 03/abr./2014 11.304 1.759 g) Fundo Social Solidariedade do Estado de São Paulo firmado em 28/out./2014 0 3.773 h) Prefeitura de São Paulo firmado em 21/jul./2015 32.256 0 i) Prefeitura de Petrópolis - Projeto “Vem pra Roda de Capoeira, vem dançar.” 21.697 0 TOTAL 402.903 533.624 NOTA 12. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS Constituída com base em informações obtidas pela consultora jurídica, suficientes para cobrir eventuais perdas com as ações que a Associação está discutindo judicialmente. Descrição Valores 2.015 2.014 Contingências Trabalhistas 30.000 0 Total 30.000 0 NOTA 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO A Associação não remunera os membros componentes de sua diretoria, conselheiros, associados ou equivalentes e não distribui ou concede vantagens sob nenhuma forma. NOTA 14. RECEITA BRUTA Está representada pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro seguinte: Descrição Saldo em Saldo em 31/dez./2015 31/dez./2014 a) Contribuições e donativos 2.499.839 2.577.402 Pessoas físicas 382.938 294.175 Pessoas jurídicas 304.411 212.459 Telemarketing 1.792.490 2.050.768 Fundo Brasil de Direitos Humanos 20.000 20.000 b) Doações do Exterior 30.495 37.499 Pessoas jurídicas 30.495 37.499 c) Convênios Privados e Públicos s./restrição 2.569.655 1.810.034 Província Franciscana 2.545.854 1.810.034 P.M.S.P. – Centro de Acolhida * 23.801 0 d) Convênios c./restrição 2.778.956 1.262.107 P.M.S.P.- RECIFRAN 262.201 275.765 P.M.S.P.- Centro de Acolhida 1.200.565 413.673 P.M.S.P.- Projeto SCFV/Peri 412.300 269.093 P.M.S.S.- Projeto Andorinha/DRADS 312.221 225.240 P.M.S.P.- Projeto CEFRAN 77.247 59.840 P.M.S.P.- Projeto CRAI 343.301 18.445 FUSSESP - Casa de Clara (Proj. Escola de Moda) 3.930 51 P.M.S.P. - MSE Jaçanã 147.705 0 P.M.P. – (Funcria) Vem pra roda capoeira 19.486 0 Total (a + b + c + d) 7.878.945 5.687.042 * Aditamento de convênio conforme Ordem Interna n° 1/2015 – SMADS, publicado no Diário Oficial de São Paulo em 16/05/2015, referente ao “Plano de Contingência para Situações de Baixas Temperaturas”. NOTA 15. BENEFÍCIOS FISCAIS A entidade através da Resolução 43 de 31/03/2015 da Secretaria Nacional de Assistência Social, publicado no Diário Oficial da União de 01/04/2015, obteve o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS). Portanto, a partir de 2015, nos termos da legislação vigente, a Associação, se beneficiou do não recolhimento de tributos e contribuições. A seguir, estão estimados os principais benefícios obtidos: Descrição Valores 2.015 Cota patronal da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS 556.798 Terceiros 155.873 SAT 29.609
NOTA 16. ASSISTÊNCIA SOCIAL A Entidade mantém serviços de assistência social para crianças, adolescentes, jovens, idosos, pessoas em situação de rua, imigrantes, pessoas vivendo e convivendo com HIV/ Aids, catadores, pessoas em conflito com a lei, sem distinção de raça, cor, escolaridade, crença religiosa, opção política ou condição social, na formação humana, social e cultural, na área de assistência social, visando promover a dignidade humana. Os projetos de assistência social estão dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei 12.101/2009, regulamentada pelo Decreto 8.242/2014 e pela Lei 12.868/2013. No quadro seguinte está resumida a abrangência dos projetos e os valores aplicados durante o período de 2015:
Número de Atendimentos / Ano
Tipificação na Assistência Social
Serviços
Valor Aplicado em 2015 Próprios
Convênio
Total
SÃO PAULO/SP Sefras Peri – Serviço que oferece proteção social à criança e ao adolescente em situação de vulnerabilidade e risco, por meio do desenvolvimento de suas potencialidades, bem como, favorecer aquisições para a conquista da autonomia, do protagonismo e da cidadania, mediante o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.
Serviço de Convivência e fortalecimento de 21.271 Vínculos
Sefras Idoso - Espaço que tem como objetivo, proporcionar à pessoa idosa uma convivência saudável visando à melhoria na qualidade de vida e o fortalecimento do seu protagonismo.
Serviço de Convivência 7.819 89.519 3.930 93.449 e fortalecimento de Vínculos
Sefras População de Rua SP – Serviço que busca contribuir para a proteção e efetivação dos direitos da população em situação de rua na cidade de São Paulo.
Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua
Sefras Reciclagem – Serviço de inclusão produtiva que visa possibilitar a saída das ruas por meio da concretização de um projeto de vida que possibilite a inserção no mundo do trabalho e contribua para o processo de autonomia e inserção social.
Serviço Especializado para Pessoas em 11.783 Situação de Rua
286.628 262.201 548.829
Sefras Prevenção HIV/AIDS – Serviço que tem como objetivo lutar para conter o avanço da epidemia, como também, do preconceito e da discriminação às pessoas vivendo e convivendo com HIV/AIDS (PVCHIV/AIDS) através de parcerias e ações de prevenção.
Serviço de Convivência e fortalecimento 5.357 de Vínculos
321.368 77.247 398.615
125.543 0 125.543
Sefras Defesa e Justiça Penal – Serviço que visa contribuir com as lutas de enfrentamento contra a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais e do encarceramento em massa.
Serviço de Assessoramento e Defesa de Direitos
Sefras Defesa e Justiça Penal – Serviço que visa contribuir com as lutas de enfrentamento contra a criminalização da pobreza, dos movimentos sociais e do encarceramento em massa. (MSE Jaçanã – a partir de set./2015)
51.290
62.776
368.960
412.300 475.076
0
368.960
1.083
Sefras Imigrantes – Serviço de acolhimento que possui como objetivo acolher e garantir proteção integral às pessoas em situação de rua, contribuindo para a reinserção social.
Serviço de Acolhimento 42.833 Institucional
Centro de Referência e Atenção ao Imigrante – Serviço de defesa de direitos com o objetivo de promover o acesso a direitos e a inclusão social, cultural e econômica da população migrante na cidade de São Paulo.
Serviço de Assessoramento e Defesa de Direitos
2.741
12.969 147.705 160.674 214.324 1.200.565 1.414.889
77.431 343.301 420.732
- Renovação da Inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Paulo/SP – Nº 1650 até 06/10/2017 (06/10/2014); - Inscrição no Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo/SP – nº GCMI/0003/12 com validade até 22/11/2014 (22/11/2012) – solicitado renovação em outubro/2014; - Certificado de Matrícula de Organização de Assistência Social perante a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo – nº 16.89 com validade até 30/06/2016 (29/08/2012); - Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social sob nº 27, com prazo de validade por tempo indeterminado (08/12/2011); - Declaração de Utilidade Pública Municipal conforme decreto 52.842/2011 (09/12/2011); e - Certificado de Regularidade junto ao Cadastro Municipal, único das Entidades Parceiras do Terceiro Setor da Prefeitura do Município de São Paulo com validade até 21/10/2016 (15/12/2014).
PETRÓPOLIS/RJ Sefras Criança Petrópolis – Serviço de convivência com o objetivo de promover ações educativas que favoreçam o fortalecimento de crianças, adolescentes e suas famílias em condição de vulnerabilidade social e pessoal, na perspectiva de uma convivência familiar e comunitária de qualidade.
Serviço de Convivência e fortalecimento 22.538 116.640 19.486 136.126 de Vínculos
- Inscrição perante o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente nº 006 com validade até novembro de 2016. (11/2012).
SÃO SEBASTIÃO/SP Sefras Juventude – Espaço de convivência com o objetivo de oferecer proteção social aos adolescentes em situação de vulnerabilidade e risco, por meio do desenvolvimento de suas competências, bem como favorecer aquisições para a conquista da autonomia e inserção social, estimulando a participação na vida pública da comunidade.
Serviço de Convivência e fortalecimento 892 de Vínculos
24.771 312.221 336.992
- Inscrição no Conselho Municipal de Assistência Social de São Sebastião, sob nº 017 com validade por tempo indeterminado (10/07/2013). - Inscrição no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de São Sebastião sob nº 050/2013 com validade até 11/10/2016 (11/10/2013). - Declaração de Utilidade Pública Municipal de 03/05/2012.
CURITIBA/PR Sefras Curitiba – Serviço de convivência para população de rua que visa contribuir na garantia dos direitos de pessoas e segmentos em vulnerabilidade na região central de Curitiba.
Serviço Especializado para Pessoas em 18.475 Situação de Rua
TOTAL
119.411
0
119.411
164.822 1.820.340 2.778.956 4.599.296
NOTA 17. AUTORIZAÇÃO PARA CONCLUSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Após exame das demonstrações contábeis da Associação Franciscana de Solidariedade, referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2015, bem como o relatório sem ressalvas emitido pela Audiacto Auditores Independentes SS, a Diretoria aprovou a emissão e apresentação das demonstrações contábeis em 11 de abril de 2016. JOSE FRANCISCO DE CÁSSIA DOS SANTOS CPF 009.174.536-54 PRESIDENTE
LEONEL ANTONIO BARBOSA TC CRC 1SP128.591/O-2
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
São Paulo - SP DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ilmos. Srs. Administradores e Associados da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE São Paulo - SP Examinamos as demonstrações contábeis da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE, que compreendem o balanço patrimonial na data de 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado do período, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa na data referida, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração da Entidade sobre as demonstrações contábeis A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Opinião sem ressalva
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o período findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
A Entidade encontra-se com Patrimônio Líquido devedor (negativo), em R$ 7.552. A melhoria de resultado, está condicionada a performance de arrecadações e parcerias com entidades, inclusive ligadas.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
PEDRO ARMANDO DE LIMA FUNES CONTADOR CRC–PR 033.119/O-8
Ênfase
Outros assuntos As demonstrações contábeis da ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE SOLIDARIEDADE referente ao período findo em 31 de dezembro de 2014, apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas, onde emitimos o Relatório dos Auditores Independentes com data de 09 de março de 2015, sem ressalva. CURITIBA, 13 de abril de 2016. AUDIACTO AUDITORES INDEPENDENTES SS CRC-PR – 04.618/0-9-S-SP
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Marco da misericórdia dará Vida Nova para pessoas em situação de rua Luciney Martins/O SÃO PAULO
Edcarlos Bispo
edbsant@gmail.com
Praça da Sé por volta do meio-dia, sol forte em São Paulo. Centenas de pessoas - algumas em situação de rua, outras vendendo relógios, óculos e correntes - se aglomeram entre o Marco Zero, a imagem de São Paulo Apóstolo e a de São José de Anchieta, apóstolo do Brasil. Atravessando a rua, poucos metros à frente, uma silenciosa obra começa a acontecer. O Edifício Nazareth é símbolo da realidade do centro histórico de São Paulo. Prédios e residências que lembram uma época glamourosa da cidade, mas que hoje em dia sofrem com o abandono, com a degeneração das regiões centrais e com o descaso. O Nazareth já foi ocupado algumas vezes. Na última, em 2014, angolanos, peruanos, bolivianos, guineenses e nigerianos formavam a maior parte dos moradores do edifício. Subindo os 11 andares, são visíveis as marcas dessa última ocupação. Pichações nas portas e paredes deixam o registro das famílias que ali moraram, pedaços de paredes de alvenaria, ainda sem reboco, revelam as tentativas de divisão dos cômodos originais da construção. Uma nova ocupação é planejada para 2017, mas essa será diferente. O Edifício Nazareth voltará a ser “um prédio residencial”, como afirma Eduardo Xavier. Eduardo e Rafael de Jesus são missionários da Missão Belém e serão os responsáveis por cuidar do Projeto Vida Nova. Uma iniciativa da Arquidiocese de São Paulo em atenção ao apelo do Papa Francisco para que cada diocese ao redor do mundo tenha um marco da misericórdia. Rafael há seis meses já mora no prédio. Lá, guarda alguns cobertores e dá assistência a outros missionários que fazem trabalho na região central. Ambos estão na Missão Belém há quatro anos. Com histórias parecidas, viram suas vidas mudarem quando foram acolhidos pela Comunidade, decidiram abandonar as drogas e as ruas e agora tentam fazer a diferença para outras pessoas. Intitulam-se a “razão e a emoção”. Eduardo será o responsável pela administração, conta e doações para manter o Projeto. A Rafael caberá a acolhida a cada irmão de rua e a tentativa de convencê-los a ter uma vida nova e se tratarem em algum dos sítios da Comunidade. O Projeto Vida Nova não é um albergue, nem uma clínica. A ideia é abrigar famílias e devolver ao prédio o seu caráter residencial. Em cinco andares de acolhida – quatro masculinos e um feminino –,
O Projeto Vida Nova, da Missão Belém, não é um albergue nem uma clínica; a ideia é abrigar famílias e devolver ao prédio seu caráter residencial
pequenos grupos de voluntários da Missão Belém “formarão famílias” que serão responsáveis por acolher até 18 pessoas. Os acolhidos morarão no prédio por até três dias, conviverão com os missionários da Missão Belém e farão parte da rotina deles. Participarão das missas, dos momentos de oração, leitura da Palavra e, também, das horas de lazer em um dos andares que será transformado em biblioteca e sala de terapia ocupacional. Em cada andar, os missionários cuidarão para que os acolhidos não entrem com nenhum tipo de substância ilícita, ou até mesmo lícita, mas que serão proibidas no local, tais como álcool e tabaco. Cada pessoa que for acolhida pelo Projeto Vida Nova deverá seguir as regras do local, os horários para comer, além da questão de não poder sair. No terceiro dia, o acolhido receberá o convite para ir a um dos sítios que a Comunidade Missão Belém possui. Caso decida ir embora, será comunicado que poderá passar pela Comunidade apenas cinco vezes. Mais uma vez é reforçado o caráter de que o Projeto não é um albergue nem uma clínica, mas uma porta de acolhida para que aqueles que queiram sair das ruas e do vício das drogas e do álcool para um primeiro contato com a Comunidade e com uma vida nova, onde se é tratado com dignidade. Por terem vivido nas ruas, Rafael e Eduardo afirmam já conhecerem certas práticas e desculpas das pessoas que es-
tão em situação de rua ou sofrendo pela abstinência da droga e do álcool e, com isso, os dois acreditam que poderão equacionar problemas de convivência e resgatar um número maior de pessoas. A grande tarefa agora é conseguir R$ 1,5 milhão para a reforma do prédio. As paróquias, pastorais, associações privadas de fiéis da Arquidiocese estarão empenhadas nos próximos meses na “Ação entre Amigos” que tem por objetivo arrecadar esse valor para a reforma. Os missionários salientam que a Comunidade está sempre aberta para receber doações e, para além da ação entre amigos, acreditam que muitos benfeitores aparecerão ao longo do processo de restauração para darem a sua contribuição pessoal e financeira para que o Projeto Vida Nova se estabeleça no centro de São Paulo como um grande marco da misericórdia.
Comércio da região
O local onde o Edifício Nazareth está localizado é cercado de lojas, bares e lanchonetes. Quando questionados sobre a possibilidade de uma reação negativa dos comerciantes, Eduardo relata a experiência de outra casa da Missão Belém, a Casa Guadalupe, que fica no bairro do Belenzinho, próximo ao Metrô, uma região nobre da cidade. No começo, relata, houve uma certa resistência de moradores e comerciantes, mas ao perceberem que a Comunidade, com o atendimento que realizava na casa, ajudava com que os irmãos de rua não ficassem perambulando pelo
bairro, jogados nas calçadas passando dificuldades, os moradores e comerciantes passaram a apoiar o trabalho e atualmente até ajudam com doações. Eduardo espera que no trabalho do Projeto Vida Nova aconteça a mesma coisa. Para ele, os comerciantes perceberão que a ajuda que é dada às pessoas em situação de rua melhorará a vida de todos, por isso o projeto deve ser apoiado e incentivado.
Uma grande casa de famílias
Além dos cindo andares de acolhida, e do andar de lazer e recreação, o prédio terá uma capela, salas de estar, lanchonete e lavanderia. Os missionários voluntários da Missão Belém também residirão no prédio. Nos andares superiores serão instaladas as chamadas escolas de formação. Espaços voltados para que os missionários se aprofundem no carisma da comunidade e no atendimento misericordioso às pessoas em situação de rua. Para tentar diminuir os valores das contas de energia elétrica, Eduardo e Rafael contam que o Projeto prevê a instalação de placas de energia solar para a geração de energia própria.
Ajude
Associação Missão Belém CNPJ 07.719.794/0001-97 Banco Bradesco - Agência 1749-3 Conta Corrente: 11.373-5 www.ruavidanova.org E-mail: projetovidanovamb@gmail.com