Semanário da Arquidiocese de São Paulo ano 62 | Edição 3151 | 17 a 23 de maio de 2017
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Oração, penitência e conversão: a mensagem de Fátima segue atual
Encontro com o Pastor Dom Odilo Scherer: 10 anos da Conferência de Aparecida Página 3
L’Osservatore Romano
Editorial Diferenciar o pluralismo do relativismo Página 2
Espiritualidade Dom Carlos Lema: Continua a valer a mensagem de Fátima Página 5
Comportamento Dr. Valdir Reginato: Agradecimento à força da maternidade Página 7
Em Portugal, Papa celebra o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e canoniza os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto /Pág.9
Procissão luminosa nas ruas do centro de São Paulo
Devoção em diferentes paróquias da Arquidiocese
Lucas, curado pela intercessão dos pastorinhos
Com Dom Odilo Scherer, fiéis manifestaram fé e devoção a Nossa Senhora de Fátima e participaram de missa na Praça da Sé, no sábado, 13
O 13 de maio foi celebrado por toda a cidade, de modo especial na Paróquiasantuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Sumaré.
Conheça a história do garoto brasileiro que foi curado pela intercessão milagrosa de Jacinta e Francisco Marto, canonizados pelo Papa.
Página 24
Páginas 18, 20, 21 e 22
Página 10
Cozinhar é para todos e pode transformar a vida em família Páginas 11 a 13 Luciney Martins/O SÃO PAULO
Luciney Martins/O SÃO PAULO
10 anos da canonização de Frei Galvão, incansável apóstolo em SP Na quinta-feira, 11, comemorou-se os dez anos da canonização de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, celebrada pelo Papa Bento XVI, em São Paulo, em 2007. Para recordar a data, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, presidiu missa no Mosteiro da Luz, onde estão sepultados os restos mortais do Santo. Intrépido pastor,
Frei Galvão viveu a santidade na cidade de São Paulo em uma época na qual a liberdade religiosa era restringida pelo Marquês de Pombal. O Franciscano transpôs obstáculos, reunindo, por exemplo, um grupo de mulheres que desejavam se consagrar a Deus e fundando com elas a casa que deu origem ao atual Mosteiro. Página 23
2 | Ponto de Vista |
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Editorial
Democracia, pluralismo e relativismo
O
filósofo espanhol José Ramón Ayllón escreveu, em um texto em que trata do relativismo e da democracia, que o ser humano, “enquanto animal racional, procura a verdade. Como animal preguiçoso, cansa-se de indagar e decide que as coisas são o que cada um acha” (“Mitologia Moderna”, 2011, editora Quadrante). Segundo esse filósofo, os estereótipos ideológicos que se impõem como formas politicamente corretas de pensar costumam ser frutos naturais, por um lado, da complexidade do mundo e, por outro, da preguiça de pensar. Entre esses paradigmas estão aqueles que, baseados no “dogma” relativista do pensamento moderno de que o bem universal e absoluto não existe, pregam que em uma sociedade “democrática” não é possível estabelecer valores éticos que sirvam para todos, já
que são próprios da democracia a liberdade e o pluralismo, entendidos como o direito de pensar e de se viver como cada qual quiser. Tais paradigmas fundam-se na crença arbitrária e idealista de que o homem possui autonomia sobre a realidade e de que a verdade, enquanto absoluta, não existe. Ocorre, porém, que pluralismo e relativismo não são a mesma coisa. O pluralismo é bom e necessário. É manifestação positiva do direito à liberdade, procede do reconhecimento prático da liberdade humana e consagra a convivência de pontos de vista e de condutas diferentes. Em outras palavras, o pluralismo reconhece que é perfeitamente possível que questões políticas, econômicas e sociais tenham soluções diferentes e que, ao mesmo tempo, todas podem estar de acordo com a ética geral e a justiça em particular.
Já o relativismo constitui um abuso da liberdade que, ao negar a possibilidade da verdade, nega também a possibilidade do bem e da constituição de uma ética sólida que se converta em valores comuns, base necessária para a garantia dos direitos humanos e para a existência da própria democracia. Enquanto o pluralismo se orienta pela ética e pela justiça, o relativismo torna impossível a existência da própria ética e, por isso, impede que exista justiça. Ayllón expressa com clareza o dano cognitivo que o relativismo traz: “Por não admitir o peso específico do real, deixa a inteligência abandonada ao seu próprio capricho e, por isso, vem a ser um vírus que invade a estrutura psicológica do ser humano e o impede de reconhecer que as coisas são como são e têm consistência própria”. Manifesta-se, portanto, a necessida-
de de trabalharmos fraternalmente por uma sociedade plural, sim, mas jamais relativista, o que minaria seu próprio fundamento de coesão e solidariedade. As tensões e conflitos sociais tão patentes que temos presenciado não vêm justamente comprovar tais ideias? Nesse sentido, a Igreja, em sua profunda sabedoria, sempre respeitou, dentro dos justos limites, o direito que as diversas comunidades políticas têm de estabelecer seus sistemas ou modelos de organização social, pois “a missão própria que Cristo lhe confiou não é de ordem política, econômica e social, (...) mas de ordem religiosa” (Doutrina Social da Igreja 68). Não obstante, “desta mesma missão religiosa decorrem benefícios, luzes e forças que podem auxiliar a organização e o fortalecimento da comunidade humana” (ibidem) – justamente os fundamentos do bem comum.
Opinião
A Igreja e as crises sociais contemporâneas Ivanaldo Santos Recentemente, o Brasil vivenciou uma onda de ataques e de rebeliões de facções criminosas em presídios espalhados pelo País. Apesar de os ataques e as rebeliões terem diminuído nas últimas semanas, seus efeitos e principalmente as suas causas estão bem vivas e presentes na realidade nacional. Por detrás desses terríveis ataques existe uma série de crises e problemas que angustiam a sociedade contemporânea. Crises que extrapolam os clássicos níveis da análise política. É bom frisar que por “clássico nível da análise política” está se falando do papel do Estado na sociedade, do protagonismo de organizações sociais dentro do cenário cultural. Entre essas organizações pode-se citar, por exemplo, os sindicatos, os partidos políticos e a família. As crises sociais contemporâneas estão, ao mesmo tempo, fora e perto do Estado, da família e de outras organizações sociais. São crises perpetradas, por exemplo, pela crise da família – é preciso ver que atualmente grande parte das crianças com menos de 10 anos não são criadas por uma família tradicional, com um pai e uma mãe –, uma crise que gera outras crises; pela crise do aumento do consumo de drogas; pela crise do sistema penitenciário que, em grande medida, não consegue
ressocializar os detentos; pela crise do esgotamento do modelo de cidadania; pela crise dos partidos políticos; pela crise existencial da classe média que, muitas vezes, apesar de ter um razoável patrão de vida material, não vê sentido na vida e, por isso, recorre às drogas, antidepressivos e até mesmo ao suicídio. O conjunto dessas crises gera o atual modelo social. Um modelo marcado, muitas vezes, pelo indivíduo desmotivado, que não vê interesse em
O fato de atualmente milhares de jovens se sentirem atraídos por facções criminosas, e até mesmo entrarem em suas fileiras, demostra que a sociedade vive uma crise profunda. A sociedade não está conseguindo educar essa juventude, não está conseguindo repassar os nobres e mais elevados valores da vida, da família e da humanidade. Diante dessa crise tão profunda, qual o papel da Igreja? Trata-se de uma pergunta muito complexa para ser respondida em um Arte: Sergio Ricciuto Conte
participar da comunidade religiosa e da política; um modelo em que a família lentamente perde seu valor de proteção emocional e social; um modelo no qual as referências aos nobres valores da vida ou não existem – e, com isso, conduz o indivíduo às drogas ou ao suicídio – ou estão em redutos sociais que possuem uma visão limitada e até mesmo deturpada da vida, como é o caso das facções criminosas.
artigo tão pequeno. No entanto, apontam-se três caminhos para a ação pastoral em tempos de crises profundas. O primeiro caminho é repensar e revalorizar a família. O fato de grande parte das crianças com menos de 10 anos não estar vivendo em um lar com o pai e a mãe demostra, de alguma forma, que a Igreja está falhando em sua missão de promover, acolher e proteger a família. Não se trata de aceitar,
de forma apressada, novos modelos familiares, mas sim de valorizar e acolher a família, cujo modelo é a Sagrada Família de Nazaré, formada, em sua essência, por pai, mãe e filho. O segundo caminho é a intensificação do trabalho com a juventude. A juventude é o alvo central das drogas, das facções criminosas, da mídia alienante, das estruturas de poder e da burocracia. Por isso, é necessário que a Igreja, que é mãe, seja capaz de acolher a juventude, seja capaz de ir em busca dos jovens que, como ovelhas perdidas, estão fora do caminho do Senhor e, por isso, encontram tantos caminhos de morte e dor. O terceiro e último caminho é a intensificação da ação pastoral da Igreja para o resgate da dignidade humana. Nesse campo, cita-se principalmente as fazendas da esperança. O sistema das Fazendas da Esperança tem sido um ótimo e necessário caminho para que muitos jovens possam sair do mundo das drogas, da criminalidade e das mãos de facções criminosas. É necessário que a Igreja, como voz profética, possa multiplicar, em todo o território nacional, a presença desse sistema. O Brasil necessita de mais fazendas da esperança. Ivanaldo Santos é doutor em Filosofia e professor do Departamento de Filosofia do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERN.
As opiniões expressas na seção “Opinião” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editorais do jornal O SÃO PAULO.
Semanário da Arquidiocese de São Paulo
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www.arquisp.org.br | 17 a 23 de maio de 2017
cardeal odilo pedro scherer Arcebispo metropolitano de São Paulo
N
o dia 13 de maio de 2017, foi recordado o 10º aniversário da abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e o Caribe, em Aparecida (SP), conhecida simplesmente como Conferência de Aparecida. Foi um evento extraordinário, que continua a ter desdobramentos na Igreja do continente e do mundo inteiro. Muita coisa mudou em dez anos na Igreja, incluindo a renúncia do papa Bento XVI e a sua sucessão pelo papa Francisco, que participou daquela Conferência enquanto era ainda o arcebispo de Buenos Aires. Quem podia imaginar que sua participação e atuação, como coordenador da comissão de redação do documento final da Conferência, lhe daria a oportunidade de estender para a Igreja inteira as reflexões de Aparecida? De fato, a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), primeiro grande documento do papa Francisco, estende para a universalidade da Igreja as intuições e indicações da Conferência de Aparecida para a nova evangelização. Neste artigo, desejo deter-me no discurso do papa Bento XVI, na abertura da V Conferência Geral, pronunciado diante dos participantes na tarde do dia 13 de maio de 2007. Esse discurso memorável ofereceu as grandes linhas de reflexão para a Conferência, e foi retomado com frequência durante as três semanas de trabalho do evento. O texto foi publicado como apêndice no Documento de Aparecida.
Conferência de Aparecida: dez anos depois Após avaliar de forma positiva o encontro dos povos originários da América Latina e do Caribe com Jesus Cristo e com a fé cristã, o Papa se referiu à situação nova em que se encontram também os povos da América, devida sobretudo ao fenômeno da globalização. A Conferência dirá, depois, que atravessamos uma “mudança de época”. “Diante da nova encruzilhada, os fiéis esperam desta V Conferência uma renovação e revitalização de sua fé em Cristo (...), que nos revelou a experiência única do amor infinito de Deus Pai aos homens” (n.2). O tema da Conferência, “discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida”, já havia sido escolhido ainda por São João Paulo II. Bento XVI acrescentou apenas o pronome “nele”: que nossos povos tenham vida em Cristo. No discurso, o Papa pergunta: “O que Cristo nos dá realmente? Por que queremos ser discípulos de Cristo? Por que esperamos encontrar, na comunhão com ele, a verdadeira vida, a vida digna deste nome? Por que queremos dá-lo a conhecer aos demais, comunicar-lhes o dom que encontramos nele? Estamos realmente convencidos de que Cristo é o caminho, a verdade e a vida?” (n.3). O Papa faz eco a alguns questionamentos, por vezes levantados, se o anúncio de Jesus Cristo é, de fato, importante para a vida dos povos? Se isso não seria uma fuga da realidade e o refúgio numa religiosidade alienante e intimista? Sua resposta é densa e lúcida: “Mas o que é a realida-
de? O que é o real? São ‘realidades’ apenas os bens materiais, os problemas sociais, econômicos e políticos?” E, qualificando essa redução do conceito de realidade como “erro grave das tendências dominantes do último século”, ele afirma: “quem exclui Deus do seu horizonte falsifica o conceito de ‘realidade’ e, como consequência, só pode indicar caminhos equivocados e receitas destrutivas” (n.3). Uma compreensão equivocada da “realidade humana” levaria a consequências desastrosas na vida social, política e econômica... O conhecer de Deus dá-nos a possibilidade de uma compreensão melhor da “realidade”. E Deus dá-se a conhecer à humanidade por Jesus Cristo, “rosto humano de Deus”. Mas quem seria capaz de conhecer Deus? Só o discípulo de Jesus Cristo é capaz de conhecer Deus, fazendo a experiência do encontro profundo e constante com Jesus Cristo. Bento XVI reflete sobre o “realismo da fé”, que não significa alienação das realidades culturais, sociais, econômicas e políticas; o realismo da fé capacita a ser missionário do Evangelho. Daí a necessidade de proporcionar sempre de novo o encontro com Cristo aos povos da América Latina e do Caribe. Com sua reflexão, Bento XVI ofereceu uma sólida fundamentação para a nova evangelização, que será, então, marcada por esses dois focos: proporcionar o encontro pessoal e profundo com Cristo para despertar discípulos; e formar bem os discípulos, para que sejam missionários e levem a alegria do Evangelho a todos.
| Encontro com o Pastor | 3
Ordenação no Mosteiro de São Bento Irmão Pedro Paulo de Oliveira Nascimento, osb
Pela imposição das mãos do Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano, o monge Dom Rafael Arcanjo dos Santos, OSB, foi ordenado sacerdote, no sábado, 13, no Mosteiro de São Bento. A basílica beneditina ficou completamente lotada durante a celebração que durou aproximadamente duas horas. O Cardeal falou da importância do pastor na Igreja e no caso beneditino, no mosteiro, local de acolhida de muitas ovelhas que se dirigem em busca de paz e conforto espiritual. Na parte final da celebração, o neossacerdote, visivelmente emocionado, agradeceu aos presentes, à sua família e à comunidade monástica, em especial ao abade do Mosteiro, Dom Matthias Tolentino Braga, OSB. (Com informações de Dom João Baptista Barbosa, OSB)
Evento com os comunicadores Na quarta-feira, 17, às 19h30, o Cardeal Scherer participará do encontro “Retratos de Esperança”, promovido pelo Sepac, em parceria com a Arquidiocese de São Paulo, a Pastoral da Comunicação, a revista Família Cristã e a PaulinasCOMEP, por ocasião do 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que neste ano será celebrado em 28 de maio, com o tema “‘Não tenhas medo, que Eu estou contigo’ (Is 43,5). Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. A atividade será no Auditório Paulo Apóstolo (rua Dona Inácia Uchoa, 62, Vila Mariana). Saiba mais detalhes pelo telefone (11) 2125-3540 ou pelo e-mail sepac@paulinas.com.br.
4 | Fé e Vida |
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Liturgia e Vida 6º DOMINGO DA PÁSCOA 21 de maio de 2017
Se me amais, guardareis os meus mandamentos Cônego Celso Pedro Neste 6º Domingo da Páscoa, o Senhor nos dirige sua Palavra por meio do evangelista São João (14, 15-21), que lemos juntamente com a primeira carta de São Pedro (3, 15-18), continuando a catequese pascal na meditação dos Atos dos Apóstolos (8, 5-8.14-17) e do Salmo 65/66. O Tempo Pascal tem a duração de sete semanas. Nas três primeiras, vemos Jesus Ressuscitado. O verbo “ver” desempenha um papel importante nas narrativas da ressurreição do Senhor. Apóstolos e discípulos dirão: “Vi o Senhor”, e os escritores escreverão que o Senhor foi visto ou deixou-se ver. Agradecemos ao Senhor pela graça da visão, que começa com a fé e se realiza plenamente na glória. No centro do Tempo Pascal, na quarta semana, nós nos encontramos com Jesus Ressuscitado e o vimos como o Bom Pastor. É o título que lhe damos, porque Ele mesmo se chamou de Bom Pastor, e assim o retrataram os primeiros cristãos nas catacumbas de Roma. As três semanas seguintes são as semanas da despedida. Jesus dá suas últimas recomendações, anuncia sua partida, sobe ao céu e envia o Espírito Santo. Ascensão e Pentecostes formam uma única semana. Jesus nos recomendou que não tivéssemos medo, garantindo-nos o fim e os meios para atingirmos o fim. Hoje Ele nos recomenda guardar os seus mandamentos como sinal do amor que temos por Ele. A passagem que hoje lemos começa dizendo: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”, e termina com a afirmação: “Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama, será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. Dentro desta moldura de amor, Jesus fala do Espírito Santo, o Defensor, Espírito da Verdade, que está junto de nós e dentro de nós. Emoldurado por afirmações sobre o amor, o Espírito Santo aparece como a manifestação do Amor do Pai pelo Filho e do Filho pelo Pai, na Santíssima Trindade; e nós somos chamados a viver desde já essa realidade de vida que o mundo não é capaz de ver nem de conhecer. Jesus abre os horizontes da nossa existência e a enche com as dimensões do amor. É o que Pedro está dizendo quando escreve em sua carta: “Santificai em vossos corações o Senhor Jesus Cristo, e estai sempre prontos a dar razão da vossa esperança”. Há em nós algo que nos ultrapassa e que é a razão da nossa esperança. O ponto de partida é o seu mandamento: “Amai-vos uns aos outros”. O amor fraterno mostra o Espírito da Verdade que está em nós. Começamos com a solidariedade e despertamos no mistério amoroso da Trindade. Amando, santificamos o Senhor Jesus em nós.
Você Pergunta Separada legalmente, mas não divorciada pode comungar? padre Cido Pereira
osaopaulo@uol.com.br
Cida Santos, de São Paulo (SP), me diz que é separada legalmente, mas não é divorciada. E pergunta se pode comungar. Cida, falta um pouco de clareza na sua pergunta. Diz você que é separada “legalmente”, mas não é divorciada. E quer saber se pode comungar. Espero que eu consiga responder à sua pergunta, imaginando algumas situações. Se o que vou dizer não bater com a sua situação, escreva novamente, está bem?
1) Cida, se você foi casada na Igreja e no civil, e se separou, sendo que quem provocou a separação foi seu marido, e se você não tem relação alguma com outro homem, faça um boa confissão e comungue. Você vai precisar da graça da Santa Comunhão para tocar a vida e educar os filhos dessa união que foi rompida. 2) Se, porém, Cida, você foi casada na Igreja e no civil, e está vivendo com outro homem, não poderá comungar enquanto não abrir um processo no Tribunal Eclesiástico chamado de verificação de nulidade. Se
houver algum motivo pelo qual foi nula a sua primeira união, você poderá se casar novamente na Igreja e ter a sua vida cristã plena. 3) Se você foi casada só no civil e se separou, e não vive com outro companheiro, procure um sacerdote, explique sua situação, faça uma boa confissão e comungue. Será que você se enquadra em alguma dessas três situações? Se não, repito, volte a escrever. Mas, o mais correto é você procurar o seu pároco e explicar para ele direitinho a sua situação, viu? E que Deus a abençoe!
Atos da Cúria NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE VIGÁRIO PAROQUIAL Em 27 de abril de 2017, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial “ad nutum episcopi” da Paróquia São Filipe Neri, na Região Episcopal Belém, Setor Pastoral Vila Alpina, o Revmo. Pe. Norival da Silva, C.O.
NOMEAÇÃO DE ASSISTENTE ECLESIÁSTICO DA PASTORAL CARCERÁRIA Em 01 de maio de 2017, foi nomeado Assistente Eclesiástico da Pastoral Carcerária da Região Episcopal Lapa, o Revmo. Pe. Antônio Ferreira Naves, SAC, pelo período de 02 (dois) anos.
NOMEAÇÃO E PROVISÃO DE DIÁCONO PERMANENTE COMO ASSISTENTE PASTORAL Em 01 de maio de 2017, foi nomeado Assistente Pastoral “ad nutum episcopi” da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na Região Episcopal Lapa, Setor Pastoral Butantã, o Diácono Permanente Cláudio Bernardo da Silva.
Em 03 de maio de 2017, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial da Paróquia Santa Teresa de Jesus, na Região Episcopal Sé, Setor Pastoral Jardins, o Revmo. Fr. Paulo Gollarte, O. Carm, pelo período de 02 (dois) anos. Em 03 de maio de 2017, foi nomeado e provisionado Vigário Paroquial da Paróquia Santa Teresa de Jesus, na Região Episcopal Sé, Setor Pastoral Jardins, o Revmo. Fr. Márcio Silvan Carvalho, O.Carm, pelo período de 02 (dois) anos.
TRIBUNAL ECLESIÁSTICO INTERDIOCESANO DE SÃO PAULO
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
TRIBUNAL ECLESIÁSTICO INTERDIOCESANO DE SÃO PAULO
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
TRIBUNAL ECLESIÁSTICO INTERDIOCESANO DE SÃO PAULO
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
Pelo presente edital convoca-se o Revmo. PADRE EDSON JORGE FELTRIN, para que compareça no dia 30 de maio de 2017 às 15h, no Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de São Paulo, cito à Av. Nazaré, 993 - Ipiranga – São Paulo – SP, para tratar de assunto que lhe diz respeito.
Pelo presente edital convoca-se o Revmo. PADRE FÁBIO BERTOLDO LIRA, para que compareça no dia 30 de maio de 2017 às 16h, no Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de São Paulo, cito à Av. Nazaré, 993 - Ipiranga – São Paulo – SP, para tratar de assunto que lhe diz respeito
Pelo presente edital convoca-se o Revmo. Padre Maurício Fernandes, para que compareça no dia 2 de junho de 2017 às 8h30, no Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de São Paulo, cito à Av. Nazaré, 993 - Ipiranga – São Paulo – SP, para tratar de assunto que lhe diz respeito.
São Paulo, 12 de maio de 2017
São Paulo, 12 de maio de 2017
São Paulo, 12 de maio de 2017
Mons. Sérgio Tani Vigário Judicial
Mons. Sérgio Tani Vigário Judicial
Mons. Sérgio Tani Vigário Judicial
Sr. Gery Adriano dos Santos Notário
Sr. Gery Adriano dos Santos Notário
Sr. Gery Adriano dos Santos Notário
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Espiritualidade
Fé e Cidadania
A mensagem de Fátima Dom Carlos Lema Garcia
Bispo auxiliar da Arquidiocese e vigário episcopal para a Educação e a Universidade
Corria o ano de 1917: a Europa estava em guerra. No dia 13 de maio, três crianças saem com seus rebanhos depois da missa. Dirigem-se aos pastos da Cova da Iria. Lúcia, a mais velha, contava com 10 anos. Seus primos, Jacinta e Francisco, tinham 7 e 8 anos, respectivamente. Começaram a brincar de pedreiros: levantar uma cerca protetora, ao redor de uma pequena mata. Meio dia. De repente, sobre uma azinheira, no centro de uma grande auréola de luz que os envolveu, viram uma formosa senhora, mais resplandecente que o sol. - De onde sois, Senhora? - Sou do Céu. Assim começou a primeira conversa entre Nossa Senhora e Lúcia. Entre maio e outubro, houve seis aparições de Nossa Senhora. Pediu-lhes que rezassem o Terço todos os dias, e que fizessem penitência. Eles procuraram modos de fazê-la: começaram a deixar seu lanche para o rebanho comer, a amarrar uma corda fortemente na cintura etc. Na terceira aparição, Nossa Senhora pediu a consagração da Rússia a seu Imaculado Coração – os pastorzinhos ignoravam o significado da palavra Rússia – e a Comunhão reparadora dos primeiros sábados. “Se não se fizer isso, a Rússia propagará os seus erros pelo mundo (...), algumas nações serão aniquiladas. No entanto, Portugal conservará sempre a fé”. Nessa aparição, também recomen-
dou: Quando rezarem o Terço, no final de cada dezena, digam: “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno; levai todas as almas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.” Na última aparição, a 13 de outubro, Nossa Senhora disse-lhes: “Eu sou a Virgem do Rosário. Desejo que neste lugar se levante uma capela em minha honra”. Como havia anunciado, neste dia teve lugar o milagre do sol, presenciado por cerca de 70 mil pessoas, que se haviam dirigido à Cova da Iria, e foi publicado com detalhe na imprensa. “Chovia torrencialmente. De repente, a chuva cessou e as nuvens, escuras desde cedo, se dissiparam. O sol apareceu no zênite como um disco de prata que se podia olhar sem se ofuscar. De improviso, começou a tremer, a sacudir-se com movimentos bruscos, projetando, em todas direções, feixes de luz cuja cor mudava muitas vezes”. A mensagem de Fátima contém um importante aspecto de exigência cristã: é necessário desagravar a Deus por todos os pecados cometidos, fazer penitência, rezar o Rosário, difundir a devoção ao Imaculado Coração de Maria, e rezar muito pelo Papa. Jacinta e Francisco, tal como Nossa Senhora anunciou, morreram pouco depois das aparições. Lúcia aprendeu a ler e a escrever e, em 1926, ingressou na Congregação das Doroteias na cidade do Porto. Mais tarde, entraria no Carmelo de Coimbra. Como Nossa Senhora havia previsto, começou a 2º Guerra Mundial, muito mais violenta que a primeira. Portugal, por graça dela, ficou à margem do conflito. No dia 13 de maio de 1981, o Papa São João Paulo II sofreu um grave atentado na Praça de São Pedro. Um assas-
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sino profissional de nacionalidade turca atirou no Papa a uma pequena distância. E, por pouco, uma das balas não atingiu a artéria aorta, que produziria uma hemorragia instantânea e lhe impediria de chegar com vida ao hospital. Um ano depois, nesta mesma data, foi a Portugal para agradecer a proteção de Nossa Senhora de Fátima e renovar a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. O Papa ofereceu ao santuário a bala que lhe haviam extraído durante a cirurgia sofrida após o atentado, que foi colocada na coroa da imagem. Alguns anos depois, no dia 13 de maio de 2000, São João Paulo II beatificou em Fátima Jacinta e Francisco e, no final da cerimônia, se tornou público o terceiro segredo revelado por Nossa Senhora aos videntes, durante a aparição de 13 de julho de 1917. “Um bispo vestido de branco subindo em direção à Cruz...” O então Cardeal Ratzinger explicou “que uma ‘mão materna’ tenha desviado a bala mortal mostra uma vez mais que não existe um destino imutável, que a fé e a oração são poderosas, que podem influir na história e que, no final, a oração é mais forte que as balas, a fé mais potente que as divisões [de um exército]”. Irmã Lúcia faleceu em 13 de fevereiro de 2005 no Carmelo de Coimbra. Seu corpo repousa na Basílica do Santuário junto com os de Francisco e Jacinta, que foram canonizados pelo Papa Francisco no passado dia 13 de maio de 2017, centenário da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima. Não esqueçamos que continua atual a mensagem de Fátima: fazer penitência, rezar o Terço, difundir a devoção ao Imaculado Coração de Maria e rezar muito pelo Papa.
Reformas trabalhista e previdenciária sem maniqueísmos Padre Sancley Gondim Alunos do Colégio Santa Cruz, criticando a adesão de seus professores à greve geral que, a seu ver, apelam a noções generalistas de justiça social e pautam-se em um maniqueísmo exacerbado, explicam como a invocação ritual de direitos sociais oculta a defesa de privilégios corporativos: regime especial do funcionalismo, aposentadorias fidalgais do Judiciário etc. Um truque clássico do discurso político.... Um direito ser garantido por lei não garante o orçamento necessário para cumpri-lo. Atrás do sistema de privilégios previdenciários, encontram-se os desastres no saneamento básico, na educação e na saúde públicas... Luta-se por formas de aposentadorias precoces, pensões especiais, bolsas, multas rescisórias, passes livres, cestas básicas, uniformes escolares, faltas abonadas, cotas raciais, meia-entrada. Desprezamos os direitos sociais universais. Queremos nossa parte em dinheiro – e já! A nossa parte em dinheiro depende da qualidade da conexão política de nossa corporação (Demétrio Magnoli, Folha de S.Paulo, B7, 29/04/2017). A propósito, São João Paulo II ressalta: “as riquezas da verdade cristã do ‘evangelho do trabalho’, como critérios do novo modo de pensar, de julgar e de agir [...]. A interação do homem do trabalho e do conjunto dos instrumentos e dos meios de produção deu azo a desenvolverem-se diversas formas de capitalismo – paralelamente a diversas formas de coletivismo – [...], da ação das associações de trabalhadores e dos poderes públicos, e da aparição de grandes empresas transnacionais. Apesar disso, [continua a existir] o perigo de tratar o trabalho como uma ‘mercadoria sui generis’ ou como uma ‘força’ anônima necessária para a produção, [...] na qual se dá importância primeiro que tudo à dimensão objetiva do trabalho, enquanto a dimensão subjetiva – tudo aquilo que está em relação indireta ou direta com o próprio sujeito – fica num plano secundário [...]. “É preciso acentuar e pôr em relevo o primado do homem no processo de produção, o primado do homem em relação às coisas” (Laboris Exercens, 7). “Ao lado do salário, entram em jogo aqui neste ponto ainda outras subvenções sociais que têm como finalidade assegurar a vida e a saúde dos trabalhadores e das suas famílias. As despesas com os cuidados da saúde, especialmente em caso de acidentes no trabalho, exigem que o trabalhador tenha facilmente acesso à assistência sanitária [...]. Um outro setor respeitante às subvenções é o daquilo que anda ligado ao direito ao repouso [...]. E tratase, ainda, do direito à pensão de aposentadoria ou reforma, ao seguro para a velhice e ao seguro para os casos de acidentes de trabalho” (Laboris Exercens, 19). As opiniões da seção “Fé e Cidadania” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do O SÃO PAULO.
6 | Balanço |
17 a 23 de maio de 2017 | www.arquisp.org.br
PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL CNPJ/MF 62.340.203/0001-84 Rua Borges Lagoa, 1.209 - Vila Clementino - CEP 04038-033 - São Paulo/SP.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO PERÍODO - (Em Reais 1)
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - (Em Reais 1)
PASSIVO ATIVO PERÍODO ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ _________________________ Nota Nota Nota 01/JAN./2016 01/JAN./2015 Explicativa 2016 2015 Explicativa 2016 2015 ExpliA A __________ __________ __________ __________ __________ __________ cativa 31/DEZ./2016 ______ ___________ 31/DEZ./2015 ___________ 9.589.042 9.218.417 CIRCULANTE ....................................... 36.284.688 32.969.363 CIRCULANTE ....................................... __________ __________ 31.131.633 28.998.390 ___________ ___________ Caixa e equivalentes de caixa ........... 4 34.278.026 31.081.230 Fornecedores....................................... 527.846 233.552 RECEITA BRUTA ........................................... Contribuições e donativos ............................ 14.353.597 13.801.946 DIREITOS REALIZÁVEIS .................... 1.941.497 1.852.602 Obrigações sociais e trabalhistas ........ 9 318.108 328.734 Receitas patrimoniais ................................... 13.458.915 12.521.532 Aplicações financeiras de liquidez Tributos, impostos e encargos a Contribuições dos membros religiosos ......... 2.178.399 1.634.483 não imediata ..................................... 240.024 269.121 recolher .............................................. 50.692 31.951 Espórtulas recebidas .................................... 865.826 852.455 Valores a receber ............................... 5 1.068.030 1.106.400 Direito de férias adquirido e encargos __________ __________ Receitas educacionais .................................. 177.847 187.974 sociais ................................................ 3-g 727.401 657.115 Adiantamentos a fornecedores .......... 225.088 168.713 Outras ........................................................... 97.049 Adiantamentos de clientes................... 10 7.614.981 7.593.710 Adiantamentos diversos ..................... 70.119 73.025 DEDUÇÕES ................................................. (870.520) ___________ (435.360) ___________ Outras obrigações ............................... 350.014 373.355 Outros direitos realizáveis .................. 338.236 235.343 Descontos concedidos................................. (870.520) (435.360) 45.208.545 45.267.045 DESPESAS ANTECIPADAS................ 65.165 35.531 NÃO CIRCULANTE .............................. __________ __________ __________ __________ RECEITA LÍQUIDA ........................................ 30.261.113 28.563.030 ___________ ___________ Doações para investimentos ............... 11 27.400.045 27.400.045 NÃO CIRCULANTE .............................. 284.657.571 288.003.721 __________ __________ CUSTOS......................................................... (3.525.149) ___________ (2.545.854) ___________ Provisão para ações cíveis, REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ......... 1.619.660 4.002.201 __________ __________ Custo com projetos sociais e assistenciais .. 14 (3.525.149) (2.545.854) trabalhistas e administrativas ............. 12 17.808.500 17.867.000 Depósitos judiciais ............................. 342.160 322.201 SUPERÁVIT BRUTO ..................................... 26.735.964 26.017.176 ___________ ___________ 13 266.144.672 266.487.622 __________ __________ Direitos realizáveis ............................. 1.277.500 3.680.000 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ........................ RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS .. (27.590.961) ___________ (23.627.694) ___________ Patrimônio social ................................. 266.487.622 263.117.983 INVESTIMENTOS................................ 6 143.664.460 141.443.553 Despesas gerais e administrativas ............... (31.334.522) (26.402.326) Superávit/(Déficit) do Período.............. (342.950) 3.369.639 __________ __________ IMOBILIZADO...................................... 7 139.246.327 142.430.843 Despesas financeiras ................................... (513.805) (414.062) INTANGÍVEL ........................................ 8 127.124 127.124 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO Receitas financeiras ..................................... 4.257.366 3.188.694 LÍQUIDO .............................................. 320.942.259 320.973.084 TOTAL DO ATIVO ................................. 320.942.259 320.973.084 __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ RESULTADO OPERACIONAL ...................... (854.997) ___________ 2.389.482 ___________ (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) Outras receitas ............................................. 899.182 1.532.552 Outras despesas........................................... (387.135) (552.395) DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PERÍODO DE 01/JAN./2015 A 31/DEZ./2016 - (Em reais 1) SUPERÁVIT/(DÉFICIT) DO PERÍODO.......... (342.950) ___________ 3.369.639 ___________ SUPERÁVIT/ (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) PATRIMÔNIO (DÉFICIT) ESPECIFICAÇÕES CONTAS ___________ SOCIAL ________________________________________________________________ SALDOS EM 01 DE JANEIRO DE 2015 ............................................................... ___________ 279.514.239 Incorporação do resultado do exercício Anterior - 2014 ........................................................................................................ (16.396.256) Superávit do período .............................................................................................. SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015........................................................... ___________ 263.117.983
DO PERÍODO ____________ (16.396.256) ____________
TOTAL __________ 263.117.983 __________
16.396.256 3.369.639 3.369.639 ____________
3.369.639 266.487.622 __________
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - (Em reais 1)
PERÍODO ____________________ 01/JAN./ 01/JAN./ 2016 A 2015 A 31/DEZ./ 31/DEZ./ 2016 2015 _________ _________
FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Superávit/Déficit do Período .............................................. (342.950) 3.369.639 Ajustes: Depreciação e amortização ............................................ 4.004.794 4.092.906 (342.950) Baixa de bens do ativo imobilizado, intangível e 266.144.672 __________ investimentos ................................................................. 1.164.275 552.395 Receita na alienação de bens do ativo imobilizado ........ (768.133) (1.417.660) NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 Provisão para contingências .......................................... (58.500) (461.000) PERÍODO DE 01 DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2016 - (VALORES EXPRESSOS EM R$ 1) Resultado líquido ajustado ............................................. _________ 3.999.486 _________ 6.136.280 NOTA 1. CONTEXTO OPERACIONAL NOTA 6. INVESTIMENTOS A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, constituída em A administração da entidade definiu como propriedades para investimentos, os Variação nas aplicações financeiras de liquidez não 15 de julho de 1675, estabelecida na cidade de São Paulo-SP, é uma organização imóveis que serão utilizados para a obtenção de renda por meio de locação. imediata............................................................................ 29.097 (66.351) Descrição 2016 __________ 2015 __________ religiosa, com personalidade jurídica de direito privado e sem fins lucrativos, composta _____________________________________________ Variação nos valores a receber ......................................... 38.370 (57.118) Imóveis ............................................................................. 143.457.446 141.236.539 de pessoas físicas do sexo masculino e com duração por tempo indeterminado. Variação nos adiantamentos a fornecedores .................... (56.375) 109.399 207.014 __________ 207.014 As atividades da Província estendem-se pelos Estados do Espírito Santo, Outros investimentos ........................................................ __________ Variação nos direitos realizáveis pela venda de Totais ............................................................................... __________ 143.664.460 __________ 141.443.553 __________ __________ Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, tendo por finalidade: imobilizado ....................................................................... 2.402.500 (3.680.000) a) Viver o Evangelho de Jesus Cristo segundo a forma revelada por Deus a NOTA 7. IMOBILIZADO São Francisco de Assis; Está representado pelos valores originais. Quando cabível, deduzidos da depreciação Outras variações ativas ..................................................... (149.580) (66.775) b) Evangelizar pela forma de vida e ação segundo o carisma da Ordem dos Frades acumulada, conforme demonstrado no quadro seguinte: Variação nas contas a pagar com fornecedores ............... 294.294 (227.259) Taxas de Menores, como fraternidade de menores em missão; (10.626) 15.836 Variação nas obrigações sociais e trabalhistas ................. Descrição Depreciação __________ 2016 2015 ___________ __________ c) Exercer a espiritualidade cristã por intermédio de atividades religiosas, formação _______________________________ Variação nos tributos, impostos e encargos a recolher ..... 18.741 (4.109) 87.568.063 88.129.267 teológica, filosófica e humana, propagando os valores propostos pelo fundador Terrenos................................................ 4% 70.891.420 70.792.420 Variação nas obrigações com férias e encargos ............... 70.286 35.407 da Ordem Franciscana, a saber, a misericórdia, a compaixão, a simplicidade, Edificações ........................................... 10% 3.574.116 3.469.113 o acolhimento, o cuidado, a cortesia, a cordialidade, a paciência, a fraternidade, Móveis e utensílios ............................... Variação nos adiantamentos recebidos de clientes ........... 21.271 5.887.077 10% 960.183 960.183 a alteridade, a qualidade das relações; a integração entre feminino e masculino, Instalações ........................................... Outras variações passivas................................................. (23.341) (837) Máquinas e equipamentos ................... 10% 2.007.513 1.922.588 a criatividade, a beleza e a bondade, a sabedoria, a ternura, a alegria e a consciência Caixa líquido proveniente das atividades operacionais _________ 6.634.123 _________ 8.081.550 Equipamentos de informática ............... 20% 1.351.073 1.239.447 ecológica; 20% 5.472.204 5.114.614 FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO d) Ser uma fraternidade com qualidade de vida evangélico-evangelizadora, atuando Veículos ................................................ Imobilizações em andamento ............... 29.380.891 29.379.410 Aplicações no ativo imobilizado e intangível ..................... (1.922.421) (1.081.605) em rede, solidária para com os pobres e excluídos, e comprometida com os valores Outras imobilizações ............................ 10% 396.296 293.830 da Reconciliação, Justiça, Paz e Integridade da Criação. (-) Depreciação acumulada .................. (62.355.432) (58.870.029) Aplicações em investimentos permanentes ...................... (2.283.040) (1.128.229) __________ __________ NOTA 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Recursos recebidos da venda de bens do ativo e Totais ................................................... 139.246.327 142.430.843 __________ __________ __________ __________ As demonstrações contábeis foram elaboradas segundo as práticas contábeis investimentos ................................................................... 768.134 1.417.660 adotadas no Brasil, que abrangem, além das disposições da legislação societária NOTA 8. INTANGÍVEL (3.437.327) _________ (792.174) brasileira, os Pronunciamentos, Orientações e Interpretações emitidas pelo Comitê Está representado pelos valores originais, deduzidos da amortização acumulada, Caixa líquido usado nas atividades de investimento... _________ conforme demonstrado no quadro seguinte: VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ..... _________ 3.196.796 _________ 7.289.376 de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Descrição 2016 2015 _____________________________________________ _______ _______ As alterações trazidas pela Lei número 11.638/07, pela Lei número 11.941/09 à 3.196.796 _________ 7.289.376 12.712 12.712 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA ............................... _________ Lei número 6.404/76 estão sendo observadas integralmente e adotadas quando Sistemas aplicativos ......................................................... No início do exercício ........................................................ 31.081.230 23.791.854 Direitos de uso e patentes ................................................ 127.124 127.124 aplicável. (-) Amortização acumulada............................................... (12.712) (12.712) No fim do exercício ............................................................ 34.278.026 31.081.230 _______ _______ Foi adotada, também, a Resolução do Conselho Federal de Contabilidade Totais ............................................................................... 127.124 127.124 _______ _______ (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) _______ _______ 1.409/2.012, que se refere à ITG 2002 (R1) - Entidade sem finalidade de lucros, a NOTA 9. OBRIGAÇÕES SOCIAIS E TRABALHISTAS qual trata em específico dos aspectos contábeis das entidades sem fins lucrativos. NOTA 10. ADIANTAMENTOS DE CLIENTES Estão representados pelos valores originais, conforme demonstrado no quadro Para fins de comparabilidade, foi realizada a reclassificação do valor das doações Os adiantamentos de clientes correspondem, preponderantemente, a recebimentos provenientes dos religiosos na Demonstração do Período de 2015, registrada na linha seguinte: oriundos de compromissos de venda de imóveis da entidade, os quais permanecem Descrição 2016 2015 _____________________________________________ _______ _______ “Contribuições e donativos”, não alterando os efeitos apresentados anteriormente. em aberto aguardando a respectiva escritura pública de compra e venda. Salários a pagar ............................................................... 58.108 89.557 NOTA 3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS NOTA 11. DOAÇÕES PARA INVESTIMENTOS Contribuição previdenciária .............................................. 174.454 155.272 Dentre as principais políticas contábeis adotadas para a preparação das Trata-se de recursos obtidos para obras de restauração de imóveis da Província que FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ............ 47.251 43.392 demonstrações contábeis ressaltamos: foram tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional. A partir do exercício de 2008, PIS - Programa de Integração Social ............................... 8.209 8.016 os valores recebidos passaram a ser registrados no Passivo Não-Circulante, como a) Apuração do resultado IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte ...................... 16.749 13.679 Doações para Investimento, e os valores estão sendo aplicados nos respectivos As receitas contratuais e financeiras estão reconhecidas pelo princípio da Autônomos a pagar .......................................................... 9.655 9.983 projetos. Os valores recebidos em 2007 foram contabilizados como Receita Não competência. As doações e contribuições para custeio são contabilizadas em contas IRRF s/ autônomos........................................................... 601 569 Operacional e somam R$ 1.650.000. de receita pela sua realização financeira. Outros valores e contribuições ......................................... 3.081 8.266 _______ _______ No quadro a seguir estão demonstrados os valores recebidos durante o exercício de Os custos e as despesas estão registrados pelos seus valores originais, e de acordo Totais ............................................................................... 318.108 328.734 _______ _______ _______ _______ 2014 e os respectivos Projetos de Restauração: com a sua competência, e referem-se a gastos necessários à manutenção das Incorporação do resultado do exercício Anterior - 2015 ........................................................................................................ 3.369.639 (3.369.639) Déficit do período ................................................................................................... (342.950) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016........................................................... ___________ 266.487.622 (342.950) ____________ (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
atividades mantidas pela entidade. b) Caixa e equivalentes de caixa O caixa e equivalentes de caixa incluem os saldos em caixa e bancos contas movimento e aplicações financeiras, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço, as quais não superam os respectivos valores de mercado. c) Aplicações de liquidez não imediata Estão demonstradas pelos valores aplicados, atualizadas com os respectivos rendimentos até a data de encerramento do balanço patrimonial. d) Investimentos São imóveis definidos formalmente pela administração da entidade como propriedades para investimentos, cujo objetivo final é a obtenção de renda por meio de locação. e) Imobilizado Está demonstrado pelo custo de aquisição, acrescido de reavaliação espontânea, deduzido das suas depreciações e amortizações correspondentes. f) Intangível Está demonstrado pelo custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas, calculadas pela expectativa de vida útil ou o prazo contratual do direito de uso. g) Direito de férias adquirido e encargos sociais Foram constituídas com base no regime de competência, observando as férias transcorridas e ainda não gozadas, apropriadas até a data de encerramento do balanço. Foram calculadas partindo do número de dias de férias, convertidos para valor em moeda pelo salário atual de cada funcionário, acrescidas de um terço constitucional e os respectivos encargos sociais, conforme legislação trabalhista em vigor. NOTA 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Correspondem ao caixa, depósitos bancários e investimentos de curto prazo compostos por títulos de renda fixa com liquidez imediata. Descrição 2016 2015 _____________________________________________ _________ _________ Caixa ................................................................................ 255.716 174.197 Bancos.............................................................................. 308.030 725.161 Aplicações de liquidez imediata ....................................... _________ 33.714.280 30.181.872 _________ Totais ............................................................................... _________ 34.278.026 31.081.230 _________ _________ _________ NOTA 5. VALORES A RECEBER Estão apresentados pelos valores originais e correspondem ao informado no quadro a seguir: Descrição 2016 2015 _____________________________________________ ________ ________ Clientes de aluguel ........................................................... 946.929 829.748 Títulos a receber............................................................... 189.972 321.042 Outros valores a receber .................................................. 5.610 Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa (a) ................................................................... ________ (68.871) (50.000) ________ Totais ............................................................................... ________ 1.068.030 1.106.400 ________ ________ ________
(a) Movimentação das Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa: Descrição 2016 2015 _____________________________________________ ______ ______ Saldo anterior ................................................................... (50.000) Diminuição/reversão ......................................................... 50.000 Complemento de provisão................................................ (68.871) (50.000) ______ ______ Saldo final ....................................................................... (68.871) (50.000) ______ ______ ______ ______
11.a) Valores lançados no Passivo Não Circulante:
Inscrição Saldo em Recebido Baixado Saldo em Projeto Cidade Estado no PRONAC 31/12/2015 em 2016 em 2016 31/12/ 2015 _________________________________________________ ____________ ______ ___________ __________ _________ ________ ___________ Restauração e revitalização do Complexo Arquitetônico do Convento Santo Antônio - Largo da Carioca Rio de Janeiro RJ 067408 27.400.045 27.400.045 __________ _________ ________ ___________ Total ......................................................................................................................................................................... __________ 27.400.045 27.400.045 _________ ________ ___________ __________ _________ ________ ___________ 11.b) Valores lançados em Receita Não Operacional no ano de 2007: Descrição Valor administrativo (processo PRONAC 01400.007485/2006-16 - 067408), da prestação __________________________________________________________ ________ BNDES - 27/11/2007 ................................................................................... 600.000 de contas ao Ministério da Cultura, relativa a obras para restauro e revitalização do Convento de Santo Antônio, localizado na Cidade do Rio de Janeiro/RJ. Petróleo Brasileiro S/A - 13/08/2007 ........................................................... 600.000 A empresa contratada responsável pelo gerenciamento, fiscalização e prestação de Petróleo Brasileiro S/A - 22/11/2007............................................................ ________ 450.000 contas deste projeto (PRONAC 067408), já foi citada através do processo judicial Total ............................................................................................................ ________ 1.650.000 N° 0478137-35.2014.8.19.0001 - 13° Vara Cível do Rio de Janeiro - RJ - a prestar ________ NOTA 12. PROVISÃO PARA AÇÕES CÍVEIS, TRABALHISTAS E ADMINIS- esclarecimentos e responder judicialmente sobre o descumprimento contratual. Cabe ainda ressaltar que está em andamento o processo de produção antecipada de TRATIVAS provas onde será realizada a perícia física no imóvel a fim de apurar o que de fato foi A Entidade possui ações trabalhistas, cíveis e administrativas tramitando em juízo, executado no local, processo judicial Nº 0125661-93.2014.8.19.0001 - 15º Vara Cível na qualidade de requerida, cujos valores e riscos associados foram determinados do Rio de Janeiro - RJ. mediante a análise dos processos por parte do departamento jurídico. NOTA 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Descrição 2016 2015 O Patrimônio Social está composto pelos superávits acumulados ao longo dos _____________________________________________ _________ _________ Contingências trabalhistas ............................................... 616.000 716.000 períodos anteriores, cujos valores foram reinvestidos na ampliação e manutenção dos Contingências cíveis......................................................... 182.500 141.000 objetivos sociais da entidade, seja na ampliação e manutenção de suas instalações Contingências administrativas .......................................... _________ 17.010.000 17.010.000 ou na prestação de seus serviços. _________ A Entidade não remunera os membros componentes de sua diretoria, conselheiros, Totais ............................................................................... _________ 17.808.500 17.867.000 associados ou equivalentes e não distribui ou concede vantagens sob nenhuma _________ _________ _________ A contingência administrativa de R$ 17.010.000 refere-se à discussão em âmbito forma. NOTA 14. CUSTO COM PROJETOS SOCIAIS E ASSISTENCIAIS As aplicações de recursos em programas sociais resumem-se da seguinte forma: 2016 _________________________________________________________________________________________________________________________________________ Recursos aplicados __________________________________________ Investimento Unidades com recursos Total Serviços Nome do Centro de Custo Cidade / Estado próprios Convênios Investido __________________________________________ _______________________ ______________ ____________ _________ _________ Apoio à Projetos Sociais da Associação Franciscana Associação Franciscana de de Solidariedade Solidariedade - SEFRAS São Paulo, SP 3.525.149 3.525.149 ____________ _________ _________ Total do Projeto SEFRAS ................................................................................................................................................. ____________ 3.525.149 3.525.149 ____________ _________ _________ _________ _________ 2015 _________________________________________________________________________________________________________________________________________ Recursos aplicados __________________________________________ Investimento Unidades com recursos Total Serviços Nome do Centro de Custo Cidade / Estado próprios Convênios Investido __________________________________________ _______________________ ______________ ____________ _________ _________ Apoio à Projetos Sociais da Associação Franciscana Associação Franciscana de de Solidariedade Solidariedade - SEFRAS São Paulo, SP 2.545.854 2.545.854 ____________ _________ _________ Total do Projeto SEFRAS ................................................................................................................................................. ____________ 2.545.854 2.545.854 _________ _________ ____________ _________ _________ O Apoio a Projetos Sociais é uma iniciativa fundamentada nos princípios estatutários da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, e se dá através de Termo de Parceria com a Associação Franciscana de Solidariedade - SEFRAS, assinado em 17 de março de 2010 e aditivado semestralmente. continua...
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continuação
| Balanço/Viver Bem | 7
PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL CNPJ/MF 62.340.203/0001-84 Rua Borges Lagoa, 1209 - Vila Clementino - CEP 04038-033 - São Paulo/SP.
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 PERÍODO DE 01 DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2016 - (VALORES EXPRESSOS EM R$ 1) NOTA 15. RECOLHIMENTO DA COTA PATRONAL A partir de 01 de janeiro de 2010, a Entidade passou a recolher a cota patronal do INSS juntamente com as contribuições para com terceiros, bem como o seguro de acidentes de trabalho. No decorrer do ano de 2016 seus recolhimentos somaram R$ 1.146.448. NOTA 16. COBERTURA DE SEGUROS A administração da Entidade adota a política de contratar cobertura de seguros, para bens sujeitos a riscos, por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais perdas.
NOTA 17. BENEFÍCIOS FISCAIS A Instituição na condição de entidade sem fins lucrativos, nos termos da legislação vigente, se beneficiou do não recolhimento de tributos e contribuições. A seguir, estão estimados os principais benefícios: Valores estimados ___________________ Descrição 2016 2015 ______________________________________________ _______ _______ Imposto de Renda - IRPJ .................................................... 842.386 Contribuição Social - CSLL ................................................. 303.268 Contribuição Social sobre o faturamento - COFINS............ 960.924 915.928 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN .... 8.892 9.399
FIDÊNCIO VANBOEMMEL Diretor Presidente - CPF/MF 521.424.777-04
MÁRIO LUIZ TAGLIARI Diretor Financeiro - CPF/MF 167.911.859-53
NOTA 18. TRANSFORMAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO PARA ORGANIZAÇÃO RELIGIOSA No dia 28 de setembro de 2015, a Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil alterou seu Estatuto Social, especificamente quanto à sua natureza, ou seja, de “Associação” para “Organização Religiosa”, onde, a partir daí, se enquadra e se tipifica essencialmente à sua condição de instituto religioso e ao conteúdo do acordo havido entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil, em 13 de novembro de 2008. NOTA 19. AUTORIZAÇÃO PARA EMISSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS A diretoria da Entidade, autorizou a emissão das presentes demonstrações contábeis em 29/mar./2017.
DIRETORIA
CONTADOR ADRIEL DE MOURA CABRAL CRC/SP 219.179/O-0 - CPF/MF 855.179.336-53
PARECER DO CONSELHO FISCAL DA PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL Aos 06 dias do mês de abril, do ano de dois mil e dezessete, reuniu-se na sede da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil - PFICB, na Rua Borges Lagoa n° 1.209, Bairro de Vila Clementino, cidade de São Paulo/SP, o Conselho Fiscal da PFICB, para analisar as Demonstrações Contábeis, encerradas em 31 de dezembro de 2016, complementadas por Notas Explicativas. Após verificação e exame dos relatórios e dos documentos contábeis apresentados pelo Responsável Técnico, Contador Adriel de Moura Cabral (CRC-SP n° 1SP 219.179/O-0), no exercício da competência que lhe é atribuída, o Conselho Fiscal é de Parecer que estas peças sejam aprovadas pela Assembléia Geral. São Paulo, 06 de abril de 2017. Frei Volney José Berkenbrock - Presidente do Conselho Fiscal Frei Carlos José Körber - Conselheiro Frei Luiz Colossi - Conselheiro CPF 005.465.907-80 CPF 929.360.598-87 CPF 445.532.349-04
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Ilmos. Srs. Membros e Diretores da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL São Paulo - SP Opinião Examinamos as demonstrações contábeis da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2016 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da PROVÍNCIA FRANCISCANA DA IMACULADA CONCEIÇÃO DO BRASIL em 31 de dezembro de 2016, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades sem finalidade de Lucro. Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Entidade, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das
Obrigado, mãe Dr. Valdir Reginato É impossível passar o mês de maio sem escrever sobre as mães numa coluna de comportamento. No entanto, o que dizer que já não tenha sido dito? A resposta está em que, à semelhança do Amor, que não se esgota na manifestação entre dois amados, falar sobre a mãe não termina, ainda que preenchidas páginas, aos milhares, em prosa e verso, histórias e contos, cartões e bilhetes, e-mails e mensagens em WhatsApp... A Mãe faz parte da própria eternidade. Entre querer fugir do que se repete, e com a enorme dificuldade para falar algo original, o melhor é ser simples, espontâneo, autêntico. Ainda que as fórmulas se repitam, as pessoas envolvidas jamais o serão. Cada filho tem uma mãe. E para uma mãe de muitos filhos, cada um é único. Não quero adentrar nos conceitos de mãe biológica, mãe adotiva, mãe de coração, ou de criação, se a tia foi uma mãe ou até mesmo a avó, ou a vizinha. As histórias são muitas, e todas têm o seu valor. As circunstâncias da vida fazem com que cada uma dessas situações se torne uma realidade onde o sentimento da maternidade diante da filiação se con-
demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a Entidade continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Entidade ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Entidade são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião.
O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da Entidade. • Avaliação a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da Entidade. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Entidade a não mais se manter em continuidade operacional. • Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Curitiba, 31 de março de 2.017.
Audiacto Auditores Independentes SS CRC-PR - 04.618/0-9-S-SP CVM 12.181
Sandro Gabriel da Silva Kaiber Contador CRC - PR - 045891/O-1 CNAI 3603
Comportamento
cretize no comportamento de ser mãe. A maternidade natural, e mais comum, onde a mulher abriga a concepção de uma nova vida que nasce ao mundo é, em si mesmo, um mistério, algo até mágico. Hoje, sabemos pela ciência, nos estudos da embriologia, ser este também um fenômeno biológico, no qual hormônios atuam harmoniosamente no desenvolvimento do corpo, dotado de uma carta de hereditariedade no seu DNA, formado pela participação dos pais para orientar o crescimento de uma nova pessoa. Todo o ser feminino está constituído para acolher esse desafio nas suas entranhas e no seu coração. Porém, olhar apenas sob essa ótica é minimizar, exageradamente, numa visão míope, o que acontece com uma mulher que se torna o berço vivo de alguém que não existia, e que sem conhecimento de quem será já recebe um amor incondicional: fato milagroso, que fica distante do olhar da ciência. A maternidade, mais do que uma explicação científica, aproxima-se do divino pela criação e pelo amor. Pouco há que se identifique tanto com o divino como a concepção, gestação, nascimento e educação de uma criança por sua mãe.
Uma educação que não é simples escola pedagógica, de aquisição de conhecimentos. É a construção de um caminho para o desenvolvimento de uma pessoa, sem exigir reconhecimentos, sem cobrar contas, sem medir esforços, perdoando sempre, valorizando a pessoa do filho por existir, e não pelo que possa realizar. Uma educação para a liberdade, em que o cordão umbilical deve se romper interrompendo o fluxo sanguíneo; mas o vínculo espiritual permanece para eternidade. Isso não é poesia, mas a visão de quem se esforça em compreender o comportamento materno. Maio é um mês de exaltação e louvor às mulheres que souberam e sabem ir ao encontro desse desafio. De cada mulher que na superação das dificuldades abraçou, generosamente, a maternidade. E aqui, com certeza, se apresentam muitas mulheres que, sem ter concebido, identificaram-se e assumiram a maternidade quando a natureza furtou aos filhos a presença de suas mães biológicas. São sempre histórias de início conturbado, por motivos muitos difíceis, em que o laço feito com a força da maternidade não resistiu por diferentes motivos que não cabe julgar. Fica no lugar o agra-
decimento de quem, sem substituir, esforçou-se o melhor possível para que à criança não faltasse em sua vida a presença de uma mãe. A mãe não pode faltar a uma pessoa. É coluna mestra para a continuidade da humanidade. Deixemos hoje, sem esquecê-las, as estatísticas das tristes violências registradas contra este nome: mãe. Nós as conhecemos e sabemos que muito deve ainda ser feito em auxílio e proteção das mulheres nessas circunstâncias. Um auxílio desde a valorização da maternidade responsável na educação sexual das meninas até o apoio constitucional quando da reconciliação com as suas atividades profissionais, e até a segurança de sua integridade pessoal. Muito a agradecer! Muito a agradecer à força da maternidade, a esse comportamento que supera a compreensão dos homens e nos constrói uma ponte para olhar a Deus. Assim o fez Maria, a Mãe de todas as mães, numa singela palavra que recolheu sob sua filiação e proteção toda a humanidade: “Fiat” (Lc 1,37). E Cristo o confirmou: “Eis aí tua mãe” (Jo 19,27). Dr. Valdir Reginato é médico de Família, professor da Escola Paulista de Medicina e terapeuta familiar. E-mail: vreginato@uol.com.br
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Destaques das Agências Internacionais
Filipe David
Correspondente do O SÃO PAULO na Europa
Chile
Gêmeos que sobreviveram após consagração são hoje padre e religiosa
prisioneiros políticos, onde são tratados com extrema crueldade”. De acordo com o grupo britânico Open Doors, a Coreia do Norte é “o pior lugar do mundo para os cristãos” devido à perseguição estatal. Com uma população de 25 milhões de pessoas, a Coreia do Norte possui cerca de 300 mil cristãos, dos quais entre 50 e 75 mil vivem em campos de trabalho forçado. “Eles fazem de tudo para impedir a difusão do Evangelho na Coreia do Norte. Mas como se pode ver, não é possível tapar o sol com a peneira”, disse Kim. Fonte: CNA
Fonte: CNA/ Santuário de Fátima
Sandra Valenzuela
Estados Unidos/ Coreia do Norte Cristianismo se espalha apesar da perseguição e o Evangelho dizem a verdade. Uma vez que a luz brilha em um quarto escuro, o quarto é iluminado”, disse Kim. Ele contou que o governo usa uma associação cristã de fachada para identificar os cristãos e difundir informações falsas sobre a liberdade religiosa no país. Segundo uma comissão norte-americana que investiga a liberdade religiosa no mundo, “o governo norte-coreano persegue implacavelmente e pune os fiéis religiosos com prisão, tortura e até mesmo execução. Uma vez presos, os fiéis são tipicamente enviados a campos de
As cinco orações reveladas em Fátima No centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima têm circulado em alguns sites as cinco orações que foram reveladas aos pastorinhos: “Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam” – ensinada pelo Anjo aos pastorinhos durante sua primeira aparição, em 1916. “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores” – ensinada pelo Anjo aos pastorinhos durante sua terceira aparição, em 1916. “Ó Santíssima Trindade, eu vos adoro. Meu Deus, meu Deus, eu Vos amo no Santíssimo Sacramento” – oração que os pastorinhos foram interiormente inspirados a rezar durante a primeira aparição de Nossa Senhora, no dia 13 de maio de 1917. “Ó Jesus, é por Vosso amor, pela conversão dos pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria” – ensinada por Nossa Senhora aos pastorinhos durante a sua terceira aparição, no dia 13 de julho de 1917, para que dissessem toda vez que quisessem oferecer um pequeno sacrifício a Deus. “Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu, principalmente aquelas que mais precisarem” – ensinada por Nossa Senhora aos pastorinhos também durante a sua terceira aparição, no dia 13 de julho de 1917, para ser rezada depois de cada mistério.
Mónica e Cristian Moya são irmãos gêmeos, nascidos no dia 15 de janeiro de 1974 na região de Valparaíso, no Chile. Apenas alguns meses após o nascimento, os dois contraíram uma forte pneumonia e foram internados em estado grave no hospital. Os médicos disseram a seus pais que fariam uma transfusão de sangue como “última tentativa” para salvá Padre Cristian Moya e a Irmã Mónica Moya consagram-se à vida religiosa após superarem doença na infância -los. Sua mãe, que já havia perdido um filho de um ano por causa de uma doença é religiosa; ela acaba de fazer sua profisuma coincidência, mas agora um de são perpétua na Congregação Filhas de cardíaca, decidiu consagrar os dois gêseus filhos é sacerdote e a outra é relimeos à Virgem Maria. “Depois disso, giosa. é como se a Virgem Maria tivesSanta Maria da Providência, fundada se levado a sério a sua palavra”. nos recuperamos”, contou Mónica. por São Luis Guanella. Segundo Mónica, alguns poderiam “ver isso como Fonte: ACI Hoje, Cristian é sacerdote e Mónica
Kim Chung-seong é um missionário cristão que falou durante uma conferência anual em prol dos cristãos perseguidos no mundo em Washington D.C., nos Estados Unidos. Ele contou como é a situação dos cristãos na Coreia do Norte. Segundo Kim, após entrar no país para evangelizar, boa parte dos missionários são presos e enviados a campos de trabalho forçado. Apesar disso, o número de cristãos não pára de aumentar e sua fé é fortalecida pela perseguição: “O que o regime norte-coreano mais teme é a difusão do Evangelho, porque a Bíblia
Portugal
Suécia Estudo mostra que pílula é prejudicial à saúde Um novo estudo revelou os efeitos negativos das pílulas anticoncepcionais sobre a saúde das mulheres. Entre esses efeitos, estão mudanças de humor, menos energia qualidade de vida significativamente menor. O estudo foi feito com 340 mulheres com idades entre 18 e 35 anos. Uma parte das mulheres tomava uma pílula placebo e outra parte tomava uma verdadeira pílula anticoncepcional, sem que ninguém soubesse quem estava tomando placebo e quem estava recebendo a pílula verdadeira, para que os dois grupos pudessem ser comparados depois. O resultado foi que as mulheres que
tomavam pílulas anticoncepcionais disseram que seu autocontrole, humor e vitalidade foram prejudicados e que sua qualidade de vida diminuiu significativamente. No ano passado, um estudo dinamarquês indicou uma relação entre o uso de anticoncepcionais e o posterior uso de antidepressivos. Segundo a pesquisadora, Doutora Angelica Linden Hirschberg, os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional ainda são mal conhecidos: “A base científica é muito limitada em relação ao efeito da pílula anticoncepcional sobre a qualidade de vida e a depressão”. Fonte: ACI
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O Papa em Fátima: peregrino com os peregrinos L’Osservatore Romano
Bruno Muta Vivas
osaopaulo@uol.com.br
No primeiro centenário das aparições de Nossa Senhora do Rosário aos três pastorinhos em Fátima, a viagem do Papa ao Santuário, para canonizar Francisco e Jacinta Marto, foi descrita como uma “peregrinação apostólica”. Tal descrição justificou-se pelo tom de oração e recolhimento que a viagem apresentou. Segundo relatos dos que estavam presentes, “chegando aqui uma coisa que me tocou imensamente foi o silêncio. No início, a gente de modo espontâneo procurava saudar o Papa, mas como viram que começou a rezar, todos se acalmaram. Havia um grande silêncio; um silêncio de oração, de reflexão”. De fato, ao chegar em Fátima, ao final da tarde da sexta-feira, 12, o primeiro compromisso do Pontífice foi se recolher em oração na Capelinha das Aparições, onde depositou uma Rosa de Ouro, a terceira do Santuário, frente à imagem da Virgem. Nessa oração, o Papa se identificou com o “bispo vestido de branco”, referido nos segredos de Nossa Senhora confiados aos pastorinhos. Já na viagem de volta para Roma, na entrevista com os jornalistas no avião, explicou tal alusão: “Há uma relação entre o bispo de branco, a Virgem vestida de branco, o branco das crianças inocentes pelo Batismo. Creio que, literalmente, tratarão de expressar com o branco esse desejo de paz, de inocência, de não fazer guerra ao outro”. Ao regressar ao Santuário pela noite, para a recitação do Terço luminoso, prática tradicional que retoma o pedido que Nossa Senhora fez as pastorinhos de rezar cotidianamente o Terço, juntamente com mais de 300 mil fiéis, o Papa focou sua prédica na figura de Maria, primeira seguidora de Cristo: “Se queremos ser cristãos, temos de ser marianos - citan-
do Paulo VI -, temos de reconhecer a essencial, vital e providencial relação que une Nossa Senhora a Jesus, uma relação que nos abre o caminho para segui-lo”. E acrescentou: “Quando olhamos para Maria, nós voltamos a crer na natureza revolucionária do amor e da ternura. Nela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes de fracos, mas sim dos fortes, […] um sinal e sacramento da misericórdia de Deus, que perdoa sempre e perdoa tudo”.
Santa Missa em comemoração ao Centenário das Aparições Já no sábado, 13, cerca de 500 mil fiéis lotaram o átrio do Santuário de Nossa Senhora do Rosário, para comemorar o centenário da aparição da Virgem Maria aos pastorinhos em Portugal, e para assistir a cerimônia de canonização dos irmãos Francisco e Jacinta Marto, dois dos videntes. Eles são, até hoje, os santos não mártires mais jovens da história da Igreja. Na sua homilia, o Romano Pontí-
fice retomou as leituras da missa para aludir ao fato de que, juntamente aos pastorinhos, Nossa Senhora se faz mãe de todos os cristãos: “Apareceu no Céu uma mulher revestida de sol: atesta o vidente de Patmos no Apocalipse, anotando ainda que ela estava para ser mãe. Depois, ouvimos, no Evangelho, Jesus dizer ao discípulo: Eis a tua Mãe. Temos Mãe! Uma Senhora tão bonita: comentavam entre si os videntes de Fátima a caminho de casa, naquele abençoado dia 13 de maio de 1917, há cem anos. E, à noite, Jacinta não se conteve e desvendou o segredo à mãe: ‘Hoje, vi Nossa Senhora’. Tinham visto a Mãe do Céu. Queridos peregrinos, temos Mãe. Agarrados a Ela como filhos, vivamos da esperança que assenta em Jesus, pois, como ouvíamos na 2ª Leitura, aqueles que recebem com abundância a graça e o dom da justiça reinarão na vida por meio de um só, Jesus Cristo”. O Papa relembrou, ainda, as memórias da Irmã Lúcia, prima dos pastorinhos canonizados, já em processo
de beatificação, quando escreveu acerca do fundamento da esperança cristã: “Pois Ele criou-nos como uma esperança para os outros, uma esperança real e realizável segundo o estado de vida de cada um. Ao pedir e exigir o cumprimento dos nossos deveres de estado, como consta na carta da Irmã Lúcia de 1943, o Céu desencadeia aqui uma verdadeira mobilização geral contra essa indiferença que nos gela o coração e agrava a miopia do olhar. Não queiramos ser uma esperança abortada!” Por fim, o Pontífice recomendou todos os presentes à intercessão de Nossa Senhora: “Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada, que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor”.
Canonização dos Videntes Antes da cerimônia de Canonização e da celebração da Santa Missa, o Papa Francisco visitou, de forma privada, o túmulo dos pastorinhos, dentro do Santuário, perante os quais rezou e depositou uma rosa branca. Momento significativo e tocante, dado o quanto Jacinta se propôs a sofrer pelos pontífices, para sustentar-lhes na sua missão apostólica. O Vaticano divulgou, ainda, mais detalhes sobre o milagre que levou os pastorinhos às honras dos altares: a criança miraculada, um brasileiro de 5 anos, residente no Paraná (leia mais na página 10), foi curado milagrosamente, sem explicações médicas, de um grave traumatismo craniano que sofrera ao cair de uma altura de mais de 6 metros. Seus pais relataram a imensa alegria por ser este o milagre que levou Francisco e Jacinta à canonização. (Com informações da rádio Vaticano)
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Destaques das Agências Nacionais
Redação
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Lucas Yurie, o garoto curado pela intercessão dos pastorinhos de Fátima A cura considerada inexplicável do paranaense Lucas Yurie, 9, foi o milagre atribuído à intercessão dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, canonizados pelo Papa Francisco no sábado, 13, em Fátima, Portugal (leia mais na página 9). A identidade da criança foi divulgada na quinta-feira, 11, em uma coletiva de imprensa realizada no Santuário de Fátima, com a presença do garoto e seus pais, João Batista e Lucila Yurie. O caso ocorreu em Cascavel (PR), em 3 de março de 2013, quando Lucas, à época com 5 anos, caiu de uma janela, de uma altura de quase 7 metros. Três dias após, recebeu alta, não sendo constatado nenhum dano neurológico ou cognitivo. Segundo a rádio Vaticano, o garoto deu entrada no hospital em coma, com um grave traumatismo crânio encefálico e com a perda de material cerebral. Lucas passou por uma cirurgia e os médicos disseram que, “caso sobrevivesse, viveria em estado vegetativo ou, no máximo, com graves deficiências cognitivas”. No entanto, dias depois, uma equipe médica deu um “parecer positivo unânime sobre o caso, como ‘cura inexplicável do ponto de vista científico’”. Na coletiva de imprensa, o pai de Lucas contou que logo após o acidente, a família entrou em contato com o Carmelo da cidade pedindo orações. Junto às relíquias dos pastorinhos, as monjas pediram: “Pastorinhos, salvem este me-
dicos, Lucas não ficou com nenhuma sequela. O Papa Francisco reconheceu oficialmente o milagre, a partir do parecer dos especialistas, em 23 de março deste ano.
Em evento realizado no Senado Federal, no dia 9, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou a campanha “50 For Freedom”, para incentivar que se reforce no Brasil o combate ao trabalho forçado. Segundo a organização, aproximadamente 21 milhões de pessoas ainda são vítimas da escravidão moderna. Trata-se da segunda atividade ilícita mais rentável no mundo, gerando anualmente 150 bilhões de dólares em lucros ilegais. A campanha pede que o governo brasileiro ratifique o Protocolo da OIT sobre trabalho forçado para ajudar a transformar essa realidade. Até agora, 13 países já fizeram a ratificação. O Brasil foi um dos primeiros a reconhecer oficialmente diante da ONU, em 1995, a existência de formas contemporâneas de escravidão em seu território. Desde então, medidas concretas foram estabelecidas pelo governo brasileiro, resultando no resgate de quase 50 mil trabalhadores entre 1995 e 2015. O tratado complementa a Convenção nº 29 da OIT sobre Trabalho Forçado e fornece orientações específicas sobre medidas efetivas que devem ser tomadas para eliminar as novas formas de escravidão moderna, incluindo o desenvolvimento de ações de prevenção e assistência a vítimas que são fundamentais para reforçar o combate a este crime. Além disso, o Protocolo identifica a necessidade de ações específicas para combater o tráfico humano, que alicia pessoas para a exploração sexual e para o trabalho forçado. A população pode apoiar a campanha pelas redes sociais, postando mensagens com as hashtags #50FF, #50ForFreedom e #AssinaBrasil.
Fontes: CNBB e Rádio Vaticano
Fonte: ONU Brasil
L’Osservatore Romano
Lucas Yurie com o Papa Francisco durante a canonização de Jacinta e Francisco Marto, dia 13
nino, que é uma criança como vocês”. De igual modo, a família começou a pedir a intercessão dos beatos. “No dia 11, ele saiu da UTI, e no dia 15 teve alta”, disse o pai. De acordo com o parecer dos mé-
Campanha incentiva combate ao trabalho escravo
1º Congresso Continental da Misericórdia nas Américas Com o tema “Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que o temem” (Lc 1,50), acontecerá entre 22 e 25 de junho, em Aparecida (SP), o 1º Congresso Continental da Misericórdia nas Américas, que deve reunir aproximadamente 5 mil pessoas.
O evento em âmbito mundial foi realizado pela primeira vez em 2008, em Roma, na Itália. O Congresso Continental terá como conferencistas o Padre Dante Alejandro Agüero, sacerdote argentino, que falará sobre “O Pai das Misericórdias”; Pa-
dre Zezinho, dehoniano, autor de mais de 300 livros publicados e com mais de 1.500 composições gravadas, que palestrará sobre “Jesus: O rosto da misericórdia”; Padre Wagner Ferreira da Silva, da Canção Nova, que palestrará sobre “Espírito Santo: A efusão da misericórdia”; e
Irmã Lina Boff, religiosa Serva de Maria do Brasil, que destacará o tema “Maria: A Mãe de/da misericórdia”. Informações e inscrições podem ser obtidos pelo site www.accom2017. org/br ou pelo e-mail inscricoes@accom2017.org.
Atividade econômica cresce 1,12% no primeiro trimestre
Mutações inéditas são detectadas no vírus da febre amarela
Comparado aos três primeiros meses de 2016, a atividade econômica do primeiro trimestre de 2017 cresceu 1,12%, conforme o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado em Brasília, na segunda-feira, 15. Além de acusar o crescimento, o indicador mostra que o País saiu da maior recessão econômica, que registrava retração nos últimos dois anos maior que a dos anos 1930; evidenciada, também, pelo encolhimento do Produto Interno
O vírus responsável pelo atual surto de febre amarela no Brasil tem mutação genética inédita, segundo pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Após análise do sequenciamento completo do genoma do vírus, verificou-se que não há registros anteriores dessas mutações na literatura científica mundial. De acordo com os pesquisadores, as consequências da descoberta para a saúde pública ainda precisam ser investigadas. Desse modo, é importante que mais amostras – provenientes de outros lugares
Bruto (PIB). Em 2015 e em 2016, houve queda do PIB brasileiro, de 3,8 e 3,6, respectivamente, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, em março deste ano, o índice apresentou queda de 0,44% em relação ao mês anterior, registrando a única queda mensal até o momento. Com relação a janeiro, houve expansão de 0,37% e no comparativo com fevereiro o crescimento foi de 1,37%. Fonte: Agência Brasil
do Brasil e com coletas em humanos, macacos e mosquitos – sejam sequenciadas para se ter um relatório mais preciso. Sobre possíveis impactos das novas mutações para a vacina disponível no Brasil, a equipe de cientistas afirma que o atual imunizante protege contra diferentes genótipos do vírus. Ademais, as alterações detectadas não afetam as proteínas do envelope do vírus, que são primordiais para o funcionamento da vacina. Fonte: Portal UOL
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Carol Fiorentino
Cozinhar não precisa ser, necessariamente, algo sofisticado Luciney Martins/O SÃO PAULO
Nayá Fernandes
nayafernandes@gmail.com
Carolina Fiorentino é a última entre seis irmãos e escolheu a Gastronomia porque desde sempre a cozinha foi um de seus lugares preferidos no mundo. Ela formou-se na Universidade Anhembi Morumbi, depois de escolher o curso entre outras áreas como Cinema ou Filosofia. “Acabei fazendo Gastronomia porque eu sempre gostei de cozinhar e, em casa, a gente sempre cozinhou”, disse, em entrevista ao O SÃO PAULO, que ela concedeu no apartamento onde mora com a mãe, no bairro Jardins. Ali, na cozinha da sua casa, ela grava os programas para o canal que mantém no YouTube e no qual ensina receitas fáceis e, como ela mesma disse, “que todos podem fazer”. Carol é chefe de cozinha, jurada no programa “Bake Off Brasil”, no SBT, que começará sua terceira temporada em agosto e, como autora, está prestes a lançar seu primeiro livro pela Editora Planeta. “Com o livro, pretendo ajudar as pessoas a fazerem diferentes massas, recheios e coberturas de bolos e não somente copiar as receitas, mas elaborar suas próprias combinações”, explicou.
O SÃO PAULO – Como surgiu seu interesse pela culinária? Carol Fiorentino – O gosto pela cozinha e minhas primeiras lições culinárias vieram da minha avó e da minha mãe. A primeira coisa que eu aprendi a fazer, provavelmente, foi o básico arroz. Minha avó cozinhava muito bem, minha mãe cozinha igualmente. E, cozinham não somente em datas especiais, mas todos os dias, com frequência. Na minha família, cozinhar não é um evento, é algo cotidiano. Por isso você escolheu a faculdade de gastronomia? Eu tinha dúvidas sobre a faculdade, pois embora tivesse, entre as minhas opções, áreas que têm relação com as ciências humanas, sempre fui muito exata. Nas escola, as matérias em que eu tinha melhor aproveitamento eram Química, Física e Matemática. Com o curso de Gastronomia, consegui compreender melhor como funciona a cozinha e hoje entendo a matemática da comida e o porquê de determinadas combinações. E, quais são suas inspirações? Eu gosto muito da culinária brasileira e acho que, muitas vezes, temos uma tendência de valorizar excessivamente cozinhas como a francesa ou a italiana. Amo risoto, mas acredito que precisamos nos apropriar mais do que é nosso, dos
nossos ingredientes, dos nossos grãos, das nossas frutas, do modo de cozinhar específico de um estado ou região e da grande diversidade de receitas que existem no Brasil. Pouco se fala, por exemplo, da cozinha caiçara, que é riquíssima, mas pouquíssimo conhecida pelos brasileiros. Somos muito generalistas quando o assunto é comida. Quando você começou a cozinhar profissionalmente? Quando saí da faculdade, minha coordenadora me convidou para trabalhar com ela numa confeitaria a ali trabalhei por dez anos. Foi muito importante, pois a faculdade me deu o conhecimento da técnica, da parte teórica, mas você só aprende mesmo quando está na cozinha, com erros e acertos. Todo mundo me pergunta: ‘Carol, devo fazer um curso?’ E eu respondo sempre: ‘Depende da sua necessidade. Se você quer somente fazer bolos, deve fazer um curso técnico de bolos; se quer compreender a fundo a questão alimentar, faça Nutrição; tudo depende do que você pretende atuar’. Você tem grande envolvimento com projetos sociais. poderia falar um pouco mais sobre isso? O trabalho social é o que eu gosto, é o que realmente me alimenta como pessoa. Ao sair da confeitaria e me dedicar mais intensamente ao trabalho social, descobri o quanto eu sou feliz realizando esse tipo de trabalho. Atuei em diferentes instituições e, principalmente, em projetos com crianças, como a “Movere” [institutomoreve.org.br], instituição de prevenção à obesidade infantil. Como é a experiência de ser jura-
da em um programa de culinária em TV aberta? Ser jurada no “Bake off Brasil” foi um convite que eu resisti um pouco para aceitar no início, pois sempre fui muito tímida. Mas, tem sido uma experiência muito boa, porque eu não preciso atuar em um papel que não é o meu. Ali sou eu, Carol, que devo aplicar os conhecimentos que eu tenho e julgar a partir da minha experiência. E o Canal “Carol Fiorentino”, no YouTube, como surgiu? O canal no YouTube surgiu como uma tentativa de ajudar as pessoas a se aproximarem da cozinha e perceberem que elas podem cozinhar com o que têm em casa. O objetivo é desmistificar a cozinha. Isso porque percebo que essa tendência de sofisticação acaba por afastar as pessoas da cozinha, porque elas acham que, se não tiverem um faca específica ou uma tábua “x” ou “y”, não vão conseguir. O público adorou o canal e eu tenho tido retornos fantásticos como o de pessoas que disseram que meu canal e o exercício de cozinhar as ajudaram a, por exemplo, vencerem quadros de depressão. Qual sua opinião sobre uma espécie de obsessão moderna pela comida saudável? Um dia fui num supermercado orgânico com uma amiga e lá encontrei uma sopa em pó orgânica. Confesso que fiquei muito surpresa, pois se a proposta é consumir alimentos orgânicos, precisamos aprender de onde eles vêm, como são. Penso que seja preferível uma sopa com legumes comuns a uma sopa em pó orgânica. Acho que tudo em excesso faz mal. Há pouco tempo, o ovo
era praticamente proibido, hoje o ovo já é considerado saudável; o doce também é frequentemente visto como um vilão, mas acredito que deve haver equilíbrio, não proibição. Por outro lado, é óbvio que embutidos e bebidas como refrigerantes não fazem bem para a saúde. O mais importante é que as pessoas tenham consciência do que estão consumindo, que se informem e saibam o que estão colocando na boca. Com o avanço da tecnologia, às vezes, a gente nem mesmo vê o que está comendo, pois estamos constantemente ligadas na televisão ou no celular. Precisamos nos informar e, para isso, é essencial ouvirmos nossos pais e nossos avós.
Bolo da vovó 3 xícaras de farinha de trigo; 2 xícaras de açúcar; 1 xícara de chocolate em pó; 1 colher de sopa rasa de fermento em pó; 1 colher de sopa rasa de bicabornato 3 ovos; ¾ de xícara de óleo; 1 xícara e meia de água morna. Para a cobertura 2 claras; 6 colheres de açúcar. Modo de fazer Peneire todos os ingredientes secos em um recipiente (farinha de trigo, açúcar, chocolate em pó, bicabornato e fermento). Misture bem. (Misture bem mesmo!) Depois, acrescente os ovos e o óleo e mexa um pouco, acrescentando, em seguida, a água morna. Misture até obter uma massa homogênea – não é necessário mexer muito – e despeje em forminhas individuais de papel (aquelas utilizadas em receitas de cupcake) ou em uma forma individual untada e coloque no forno pré-aquecido a 180 ºC, por cerca de 20 minutos. Para a cobertura, separe a clara da gema, junte o açúcar e leve ao fogo mexendo sempre até derreter o açúcar. Em seguida, bata na batedeira até obter uma mistura consistente. Dicas da Carol: • Os ingredientes devem estar em temperatura ambiente; • Não abra o forno antes de 20 minutos de cozimento do bolo; • Misture bem os ingredientes; • Utilize duas formas de papel para os bolinhos, pois uma delas, provavelmente, vai soltar-se do bolo.
As opiniões expressas na seção “Com a Palavra” são de responsabilidade do entrevistado e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do jornal O SÃO PAULO.
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Quando a vida é O ato de comer com companhia é uma experiência que vai além de saciar a fome; envolve convivência, partilha e descontração Nayá Fernandes
É
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domingo e, um a um, filhos, netos, primos, cunhados e amigos vão chegando. O cheirinho, vindo da cozinha, desperta atenção, olhares e estômagos. O almoço em família foi e continua sendo um dos momentos marcantes e esperados para muitos, principalmente para as crianças. Para Fernando Tadeu Marco Teixeira, 36, e Carolina Fiorientino, 35 (confira a entrevista na página 11), por exemplo, o interesse pela cozinha começou a partir das experiências vividas em casa, com seus pais e avós. Tadeu, que trabalha como analista na Reitoria de Cultura e Relações Comunitárias da PUC-SP, lembra-se ainda hoje quando, aos 8 anos, com o caderno de receitas da sua mãe e acompanhado por ela, fez uma receita de pizza, que “ficou horrível”, disse ele, rindo da própria trapalhada. Mais velho entre dois irmãos, Tadeu esquentava a comida que a mãe deixava para os dois quando ela ia para o trabalho, mas não se contentava com isso. “Eu sempre incrementava o que ela deixava, com algum molho ou acrescentando algo que meu irmão e eu gostávamos de comer, e assim, percebi o quanto era bom criar receitas diferentes na cozinha”. Ele e a esposa, Noelle Lali Marco de Teixeira, dividem em casa a tarefa de cozinhar, mas é ela quem acaba fazendo “a comida que sustenta a família durante a semana”, enquanto Tadeu gosta de preparar pratos mais elaborados e ter liberdade para inventar novas combinações, até mesmo para ensiná-las depois no “Rango”, canal no YouTube que inaugurou em setembro de 2013, depois que deixou o trabalho que tinha como disc-jóquei (DJ). Tadeu também gosta de cozinhar com a filha e, para ele, é sempre oportunidade de descontração e convivência. “É bonito quando a família participa de todo o processo, desde a preparação do alimento, até o comer à mesa, e todos desligam o celular ou a televisão e engatam uma boa conversa”, afirmou o youtuber, que tem mais de 120 mil seguidores.
Na panela, nossa humanidade
“Ao lado dos afetos, nada melhor do que a comida para revelar a nossa humanidade”. A afirmação é de Oscar Maldonado, 46, graduado em Filosofia e mestre em Teologia, que mora atualmente no Paraguai. Ao O SÃO PAULO, ele explicou que o alimento, o ato de cozinhar e o de comer, tornaram-se objetos de estudo de várias ciências e resultaram atrativos para a Antropologia, pois “a comida como símbolo é riquíssima, uma vez que expressa a criatividade humana de significar a realidade”. Nesse sentido, pode-se afirmar que há no alimento elementos que ultrapassam a dimensão do saciar-se, e que o comer vai além da necessidade humana de sobrevivência. É comum as pessoas sentirem saudade da comida da avó ou da mãe, por exemplo. Isso acontece não simplesmente porque aquela determinada comida não pode ser encontrada em um restaurante ou mesmo refeita com os mesmos ingredientes, mas porque na família a descoberta dos sabores e dos gostos preferidos de cada um, ou mesmo a recorrência de determinado alimento, acaba-se por tornar-se uma demonstração de
carinho e um caminho realizado em conjunto. Ali acontece a partilha de experiências que deram certo ou errado, de segredos, medos e decisões importantes, como um pedido de casamento ou a chegada de um novo membro. A mesa é, ao mesmo tempo, guardiã de alegrias e dores, e é isso que a torna tão preciosa para a trajetória humana. “Sem o alimento, o ser humano morre, de modo que a princípio ele se alimenta para sobreviver, mas acontece que somos criaturas que não se contentam apenas com a saciedade. Nós humanizamos os nossos atos, procuramos significar o que fazemos. O simples saciar-se exige algo mais, isto é, um significado que ultrapasse o ato de comer. Somos seres rituais, de modo que a mesa ganhou um simbolismo afetivo de extraordinária riqueza. Eis a comensalidade, cujo significado provém justamente do estar à mesa, não apenas em vista da nutrição, mas da alegria do encontro que a mesa propicia. Assim, a cozinha e a mesa passam a ser lugares de relações afetivas”, comentou Oscar. E é também por isso que há, na cozinha, segredos que são guardados ‘a sete chaves’ e que, em geral, não pertencem a quem teve mais oportunidade de estudar ou cursar uma faculdade. Quando o assunto é cozinha, quem dita as regras é a experiência, é o suceder dos anos e, como diz o ditado popular, ‘a barriga de quem se esquenta a beira do fogão’, que pode, com mais propriedade, ensinar uma receita e os caminhos para que ela dê bons resultados, seja na comida em si, seja em outras questões do dia a dia. Tadeu, por exemplo, disse que mudou sua relação com a cozinha depois do canal no YouTube e percebeu que seu comprometimento com a receita aumentou significativamente. “Hoje me preocupo com as pessoas que querem aprender comigo, me preocupo se os ingredientes indicados são de fácil acesso em todo o país e também em manter uma linguagem simples”, contou ele, que começou a gravar os vídeos de maneira muito espontânea e só depois, a partir do retorno do público, percebeu que podia ampliar o projeto.
Cozinhar é fácil
No YouTube, Carol Fiorentino começou um canal há cerca de dois anos, ao mesmo tempo em que foi convidada para ser jurada no programa
“Bake Off Brasil”, do SBT, que começará sua terceira temporada em agosto. Para ela, o canal foi também uma tentativa de aproximar a cozinha das pessoas e mostrar que cozinhar não é uma tarefa só para chefes renomaFernando Tadeu/Rango
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colocada à mesa que formou-se em gastronomia na Universidade Anhembi Morumbi. Essa tendência de tornar a cozinha “gourmet”, ou seja, de apostar na alta culinária, tem ganhado cada vez mais adeptos e, se por um lado, pode despertar as pessoas para o ato de cozinhar, por outro, pode também afastá-las. Oscar recordou que, historicamente, as mudanças acompanharam os diferentes estágios evolutivos da humanidade. “Os nossos antepassados, antes da domesticação das sementes ou da revolução da agricultura, eram essencialmente caçadores. A caça exigia o fogo, e o fogo sempre foi excelente aliado do ser humano, pois ao redor dele aconteciam as grandes festas e eram narradas extraordinárias histórias sobre a vida, a morte, Deus e as origens. Mais tarde, o agricultor procurará transferir esse espaço simbólico para a cozinha, onde assará os pães e os demais produtos do seu esforço. Com o advento da vida urbana, é impossível ter um fogão à lenha dentro de um apartamento. A vida moderna nos obriga à adequação, e desse modo surgem as comidas rápidas, enlatadas, instantâneas. Infelizmente, fomos perdendo cada vez mais o significado da mesa partilhada.”
Cultivar, conhecer e comer
dos. “Os chefes são essenciais quando se trata da cozinha profissional, mas é importante que as pessoas compreendam que é possível cozinhar com o que se tem em casa, sem utensílios especiais ou sofisticados”, disse Carol,
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Existe hoje a preocupação de que as pessoas tenham consciência do que estão consumindo e invistam em uma alimentação o mais saudável possível. Multiplicam-se instituições, blogs e páginas nas redes sociais que incentivam o cultivo de hortas em casa e ensinam como plantar e colher legumes e verduras em pequenos espaços. Tais atividades podem colaborar para que se mantenha uma dieta equilibrada, bem como as propriedades nutritivas dos alimentos. “Sempre que posso, cozinho, pois para mim tanto a cozinha quanto a mesa são um ritual, um modo de humanização. O lado bom da moda gastronômica que estamos vendo é a possibilidade de resgatar a importância da cozinha como espaVeja a receita ço familiar e da mesa como lugar de encontro. deste bolinho Contudo, a comida não pode passar por um da vovó, processo de glamourização, pois tudo o que é de Carol glamour acaba por ser fonte de lucro desmediFiorentino, na do”, lamentou Oscar. página 11 Outra característica interessante é a diversidade de receitas e diferentes tipos de frutas e verduras que dependem do clima e que mudam em cada região. No Brasil, por exemplo, o alimento oferece identidade. São Paulo é conhecido pelo pastel, Minas Gerais pelo pão de queijo e a Bahia pelo acarajé, enquanto o chimarrão é típico do Rio Grande Sul. Mas, existem ainda culturas desconhecidas e um vasto campo a ser estudado e divulgado no que se refere à culinária brasileira. Fernando Tadeu/Rango
As receitas da coxinha e do sushi burger (hambúrguer de sushi) podem ser vistas no canal do YouTube “Rango” do Tadeu (novas receitas são colocadas às quintas-feiras, às 19h)
Uma ceia mais que especial “Quem já teve que comer só, sabe que a comida perde o gosto, mesmo que tenha sido preparada com cuidado e o sabor seja muito bom. Sem alguém para partilhar, a refeição resulta insossa e sem graça. Mas, poder compartilhar o alimento com um ser amado, por mais simples que seja, torna o momento extraordinário. A mesa é uma experiência maravilhosa”, disse Oscar na entrevista à reportagem. Ele explicou que, além disso, a comida tem relação direta com as religiões: “Para o Cristianismo, a mesa é essencial. Não esqueçamos que Jesus Cristo quis nos deixar a sua maior herança numa ceia. Chama a atenção que o Senhor tenha desejado celebrá-la numa casa e não na sinagoga ou outro recinto religioso. Ele privilegiou uma casa com uma cozinha e um refeitório. E alguém deve ter preparado o banquete, pães, cordeiro assado, saladas, frutas secas e vinho. Não é muito comum pensarmos nas mãos que prepararam tais iguarias. E a comunhão foi completa. O Senhor disse ‘comam, bebam, sirvam uns aos outros, e amem, assim como eu vos amo’. Tudo isso aconteceu durante uma ceia. Até hoje, fazemos memória daquele gesto, e ainda nos alimentamos daquele espírito, ao afirmarmos com fé que comungamos o Corpo e o Sangue de Cristo. A mesa é sagrada, merece reverência. Comer em companhia é certamente uma experiência de comunhão. Quanta alegria numa mesa partilhada num domingo qualquer, espaço de encontro, diálogo, partilha e amor fraternal”.
Comida invisível
Um grande desafio quando o assunto é comida é a distribuição dos alimentos de maneira justa – há hoje no mundo quase 800 milhões de pessoas que ainda passam fome. Por outro lado, estima-se que haja um desperdício de mais de 40 mil toneladas de alimentos por ano no Brasil. Uma possível solução seria, portanto, distribuir os alimentos ainda bons para consumo, porém inaptos para comercialização. Na prática, entretanto, isso pode ser um problema para hortifrútis ou restaurantes. Pensando nessa realidade, e após uma experiência que fez com o filho adolescente numa visita até a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), foi que Daniela Leite começou o projeto “Comida Invisível”, que pretende ajudar as pessoas e negócios a se conscientizarem sobre o desperdício de comida no Brasil. Entre os focos do “Comida Invisível” está o de conectar possíveis doadores de alimentos a organizações não governamentais e instituições que precisam de doações para projetos sociais, bem como ajudar as pessoas a mudarem seus hábitos no dia a dia, como o de utilizar também as cascas de determinadas frutas e dos legumes.
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Acesso à justiça ao alcance de todos Arquivo pessoal
Serviço de paróquia da Arquidiocese de São Paulo oferece orientação jurídica gratuita à população Fernando Geronazzo
osaopaulo@uol.com.br
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mt 5,6). Na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Mirandópolis, na zona Sul de São Paulo, esse versículo bíblico é colocado em prática por meio de um serviço que oferece esperança para as pessoas que buscam a Justiça. Sensível à necessidade de moradores do bairro, em 2006, um grupo de advogados se reuniu para oferecer um serviço gratuito de orientação jurídica à população. No início, as principais procuras eram relacionadas a questões previdenciárias, uma vez que o bairro é habitado por muitas pessoas idosas que buscavam informações sobre a aposentadoria. Com o tempo, começaram a surgir demandas por outras áreas. O alcance do público também se expandiu para outros bairros. “Hoje atendemos pessoas que residem em até 30 quilômetros daqui”, explicou a advogada Patrícia Milittão, coordenadora do serviço. Os plantões de atendimento acontecem aos sábados, das 9h às 12h. Ao chegar na Paróquia, a pessoa preenche uma ficha em uma espécie de triagem, que irá direcioná-la para o profissional mais adequado para sua situação. “Todo mundo é atendido. Não há recusa de atendimento em hipótese alguma”, destacou Patrícia. A partir da ficha, a equipe cria um histórico de cada atendimento, que facilita a continuidade das orientações, já que nem sempre as dúvidas são resolvidas em um único atendimento. “Algumas situações necessitam de um estudo mais aprofundado do caso para uma correta orientação. Nosso maior cuidado é que cada pessoa que nos procure saia daqui sabendo o que deve fazer”, disse a coordenadora. O atendimento prioriza pessoas que não tenham condições de contratar um serviço de advogado. E, se for necessário, orienta para que ela saiba procurar o auxílio de um profissional, com o máximo possível de informação sobre seu caso. A advogada também explicou que os voluntários da Paróquia não podem atuar em defesa das pessoas que os procuram. “Nosso código de ética da Ordem dos Advogados (OAB) não nos permite atuar voluntariamente. Isso seria considerado uma captação de clientela. Então, nós proporcionamos somente a orientação jurídica. Daí o nosso cuidado para que a orientação seja a mais completa possível. Em alguns casos, a pessoa consegue resolver o problema sem precisar contratar um advogado”.
Advogadas voluntárias oferecem serivço de orientação jurídica gratuito à população na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Mirandópolis
Especialistas O serviço conta com 12 advogados e cinco pessoas de apoio (com organização, acolhida e preenchimento de ficha). Dentre os advogados, há especialistas nas áreas de família, cível, tributária, penal, sanitarista, previdenciário, propriedade intelectual, consumidor e direito digital. Ao todo, a Paróquia já atendeu mais de mil pessoas. No ano passado, a maioria dos casos foi na área do direito previdenciário. Por conta dos projetos de mudança na legislação, muitas pessoas procuraram informações sobre como dar entrada na aposentadoria. Também houve muitos casos de pessoas que, por causa da crise econômica pela qual passa o país, não conseguiam mais pagar seus planos de saúde. No serviço paroquial, elas são orientadas a buscar uma negociação de dívida junto às operadoras para não ficarem inadimplentes. “Outro passo é orientálas sobre como administrar sua vida sem aquele plano de saúde e a pensar em alternativas”, explicou a advogada. A orientação também agiliza o atendimento na Defensoria Pública, uma vez que as pessoas para lá se dirigem com certo conhecimento de seu caso e com a documentação necessária, o que adianta a etapa da orientação inicial que receberiam do órgão. “O simples fato de a pessoa saber a documentação pertinente para começar a resolver o seu problema já é meio caminho andado”, garante Patrícia. Superar medos A aposentada Denise Pedro Nishihashi, 62, já contou com a orientação jurídica da Paróquia Santa Rita de Cássia em várias situações. A primeira vez que ela procurou o serviço foi para obter a curatela, isto é, para ser respon-
sável legal por uma pessoa incapacitada; no caso, seu marido, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) há 13 anos. Em um primeiro momento, Denise procurou o atendimento jurídico gratuito de uma faculdade, que chegou a reunir a documentação necessária, mas após sete meses de espera, ela não obteve retorno. Por indicação de uma amiga, encontrou o serviço paroquial. Com as orientações da Paróquia, Denise conseguiu resolver tudo sozinha. “Eu fui orientada passo a passo de como eu deveria ir ao fórum e à Defensoria Pública e, graças a eles, eu já consegui a curatela para fazer tudo o que precisava para meu marido”, contou. Denise também obteve sua aposentadoria graças às orientações do serviço paroquial. Ela relatou que antes não acreditava que seria capaz de resolver essas questões sozinha. “Meu marido infelizmente ficou com sequelas graves do AVC, e eu tive que tomar a frente de tudo. Se eu não tivesse a orientação desses voluntários, eu não superaria o medo de resolver tudo isso, pois eu não sabia nem qual era o primeiro passo a dar”, relatou a aposentada, que indica o serviço para outras pessoas.
Compartilhar dons Para a coordenadora, esse serviço voluntário é um compromisso. “É uma forma de agradecer tudo o que eu consegui por meio desse trabalho, é poder partilhar de alguma maneira o meu conhecimento com o próximo. Eu só tenho a agradecer. Nos plantões, eu sempre aprendo alguma coisa. Venho para me doar, mas volto mais completa”, afirmou. Outra preocupação dos voluntários é oferecer um atendimento humanizado. “Além de estarmos aqui nos doan-
do, transmitindo um pouco do nosso conhecimento, sentimos a necessidade das pessoas que nos procuram. Em alguns casos, a questão não é jurídica, mas a pessoa precisa simplesmente conversar”, acrescentou Patrícia, informando que, em algumas situações, as pessoas são encaminhadas para outros serviços, como a Pastoral da Escuta, por exemplo.
Inclusão Padre Jorge Bernardes, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, afirmou ao O SÃO PAULO que serviços de orientação jurídica como esses precisam ser mais divulgados. O Sacerdote destacou ainda que uma sociedade marcada pela exclusão social e pela desigualdade econômica impede que grande parte da população tenha condições de consultar um advogado e muito menos de arcar com as custas de um processo. “Ser orientado neste quase sempre emaranhado caminho de leis pode significar a sobrevivência física e moral de muitos. Por onde começar a busca pela Justiça para o seu caso? Que caminho seguir? O Serviço de Orientação Jurídica está aqui para ajudar”, disse Padre Jorge, que reforçou seu agradecimento aos profissionais que dão generosamente sua parcela de contribuição para que cresça e se estabeleça na sociedade “um projeto de cidadania, onde o acesso ao Poder Judiciário esteja ao alcance de todos”. Informações Serviço de Orientação Jurídica Paróquia Santa Rita de Cássia (praça Santa Rita de Cássia, 133, Mirandópolis) Aos sábados, das 9h às 12h Contato: (11) 2275-6801
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Em busca de aprovação, governo modifica pontos da reforma da Previdência Daniel Gomes
danielgomes.jornalista@gmail.com
Deve ir à votação no plenário da Câmara ainda neste mês ou na primeira quinzena de junho, o projeto da reforma da Previdência (PEC 287/16), após a aprovação do substitutivo do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), no dia 9, pela Comissão Especial da Reforma na Câmara. O substitutivo tem modificações em relação ao texto original enviado pelo Executivo em dezembro de 2016. A seguir, O SÃO PAULO apresenta as principais mudanças propostas para a aposentadoria dos trabalhadores em geral pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Aposentadorias especiais Original: Não havia diferenciação para professores, trabalhadores rurais, pessoas com deficiência e policiais em relação aos demais. Substitutivo: Professores (as) com dedicação exclusiva ao ensino infantil, fundamental ou médio se aposentarão aos 60 anos de idade, tendo 25 anos de contribuição. Trabalhadores rurais deverão contribuir por 15 anos, sendo que as mulheres podem se aposentar aos 57 anos e aos homens aos 60. No caso de atividades prejudiciais à saúde (haverá detalhamento posterior em lei), a aposentadoria poderá acontecer aos 55 anos, tendo 15 anos de contribuição. Essa mesma idade valerá para as pessoas com deficiência, mas essas deverão contribuir por 20 anos. Para o caso de policiais federais, rodoviários federais, ferroviários, civis e legislativos, a aposentadoria poderá acontecer aos 55 anos, com um tempo mínimo Artes: Câmara Notícias de contribuição: 30 anos (homens) ou 25 (mulheres). Benefício de Prestação Continuada Original: Previa aumentar dos atuais 65 para 70 anos a idade para que um idoso de baixa renda que não tenha contribuído com o INSS ou uma pessoa com deficiência que não possa participar de modo pleno e efetivo da sociedade tivesse direito ao BCP – garantia de um salário mínimo de aposentadoria. Substitutivo: O acesso ao BCP será permitido a partir dos 68 anos de idade.
Idade mínima Original: Aposentadoria para homens e mulheres aos 65 anos de idade, desde que tenham contribuído ao menos durante 25 anos com a Previdência. Substitutivo: Homens se aposentarão aos 65 anos e as mulheres aos 62. Ambos devem ter o tempo mínimo de contribuição de 25 anos e receberão o piso de 70% da média de todos os salários de contribuição. A cada ano que o trabalhador adiar sua aposentadoria, terá um acréscimo nesse percentual mínimo (veja detalhes no gráfico acima). Tempo de contribuição Original: Automaticamente todos teriam que contribuir com a Previdência por 25 anos. Substitutivo: Gradualmente se passará dos atuais 15 anos de contribuição para 25 anos, até 2040. Quem já está no mercado de trabalho terá que cumprir um pedágio de 30% sobre o período que faltar para completar os tempos de contribuição atuais: de 35 anos, para homens, e de 30, para mulheres. Valor integral da aposentadoria Original: Após 49 anos de contribuição. Substitutivo: Após 40 anos de contribuição. Acúmulo de pensão e aposentadoria Original: Acabava com a possibilidade de acumular os dois benefícios no mesmo regime de Previdência e os desvinculava do valor do salário mínimo. Substitutivo: Mantém-se o vínculo com o salário mínimo, podendo haver o acúmulo dos benefícios até o limite de dois salários mínimos. Acima disso, poderá haver a opção pelo benefício de maior valor. Destaca-se, ainda, a mudança na base de cálculo da pensão: 50% é garantido por uma cota familiar e será acrescido 10% a cada dependente do falecido. Quando uma das pessoas deixar de ser dependente (por exemplo, por atingir maioridade civil), cessa o pagamento da cota de 10% referente a ela.
Regra de transição Original: Mulheres poderiam se aposentar a partir dos 45 anos e homens a partir dos 50 anos, com 50% de pedágio sobre o que faltar para cumprir o tempo de contribuição vigente (35 anos para homens e 30 anos para mulheres). Substitutivo: Até o fim de 2019, mulheres poderão pedir aposentadoria a partir dos 53 anos de idade, enquanto os homens a partir dos 55 anos. Em 2020, essas idades seriam respectivamente, de 54 e 56 anos, e a partir de então, a cada dois anos ao longo do tempo, até 2038, se acrescentaria um ano a mais de trabalho para poder se aposentar (veja detalhes nos gráficos abaixo). (Com informações da Câmara Notícias, Agência Brasil e G1)
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Parcelamento de dívidas Em encontro com prefeitos, o presidente Michel Temer assinou na terça-feira, 16, em Brasília, uma medida provisória (MP) que prevê o parcelamento de débitos relativos a contribuições previdenciárias dos estados, Distrito Federal e municípios. Agora, esses débitos poderão ser parcelados em até 200 meses, com 25% a menos de encargos e multas, além da redução de 80% dos juros. Nos bastidores da política, a medida foi interpretada como uma estratégia do governo Temer para acelerar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, dada a proximidade de deputados e senadores com os prefeitos. Ainda na terça-feira, o Presidente da República participou da abertura da 20ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Após Temer ter assinado a MP, Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, afirmou que a entidade vai apoiar a realização da reforma da Previdência, por entender que as novas regras para a aposentadoria vão aliviar as contas dos municípios. 1 a cada 5 homicídios resulta em prisão em SP A cada cinco inquéritos policiais abertos pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do governo do Estado de São Paulo, somente um resulta em prisão. É o que revelou recente reportagem da Folha de S. Paulo, com dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. Em 2016, o DHPP abriu 1.994 investigações e destas 372 (19% do total) levaram a prisões dos envolvidos. Em nota à imprensa, a Secretaria da Segurança Pública afirmou que o DHPP resolveu 40% dos homicídios no ano passado. Lagos do Ibirapuera A Prefeitura de São Paulo anunciou na sexta-feira, 12, que a empresa francesa Phytorestore irá despoluir, de graça e sem contrapartidas, os dois lagos do Parque Ibirapuera, na zona Sul. A companhia já atuou com sucesso na despoluição do rio Sena, em Paris, na França. A limpeza, que ocorrerá ao longo de dois anos, usará plantas nativas, em um processo sem agentes químicos e que não gera lodo ou odor. Fontes: Portal Uol, Agência Brasil, Folha de S. Paulo e Prefeitura de São Paulo
16 | Fé, Cultura e Ciência |
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Dica de Leitura Manual politicamente correto da ciência Filipe David
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Teoria da Evolução e Cristianismo Reprodução da obra “A criação de Adão”, de Michelangelo, na Capela Sistina, no Vaticano
Este livro trata da tentativa de instituições científicas, grupos organizados de cientistas ou mesmo de cientistas individuais, em conluio com a imprensa em geral, de estabelecer uma agenda não científica, com matizes ideológicos, financeiros e religiosos, em nome da ciência. Tom Bethell desmascara sistemicamente toda uma mitologia científica que povoa o imaginário da contemporaneidade com ares de verdade inabalável, mas que logo se mostra fruto não da descoberta científica, mas sim de acordos políticos, financeiros e, às vezes mesmo, governamentais — que não têm quase nada de científico. Divulgação
Bruno Muta Vivas
osaopaulo@uol.com.br
Ficha técnica: Autor: Tom Bethell Páginas: 304 Editora: Vide Editorial
Cinema Antes que eu vá Estreia na quinta-feira, 18, o filme “Antes que eu vá”, que conta história de Samantha, que se encontra revivendo o seu último dia de vida de novo e de novo. O filme lembra “O feitiço do tempo” (1993), com Bill Murray, mas com algumas diferenças: em vez de uma comédia, “Antes que eu vá” tem uma tonalidade de drama e suspense; e embora as duas histórias tenham muito em comum, o final é completamente diferente. Ao reviver o mesmo dia diversas vezes, Samantha toma consciência de quanto tem vivido centrada em si mesma, enquanto outras pessoas à sua volta sofrem e são agredidas sob o seu olhar cúmplice, de como ela tem agido mal com sua família e de como ela deveria mudar. Pouco a pouco, começa a entender o que está vivendo e o que precisa fazer para pôr fim ao ciclo. “Antes que eu vá” não é apenas um bom filme para adolescentes (apesar de algumas cenas questionáveis e do conteúdo politicamente correto em dois ou três momentos: não é um filme para crianças), mas um belo filme sobre o conhecimento de si e a transformação pessoal, que valoriza a bondade e o sacrifício pelos outros como caminho de salvação.
A relação entre fé e ciência tem seus momentos de turbulência, não tanto por causa de uma suposta contradição entre as duas - algo que não há -, mas, principalmente, por conta de guerra cultural entre uma mentalidade secularista que tenta a todo custo excluir a religião, e, junto dela, o próprio Deus, da vida cotidiana, e uma mentalidade fundamentalista, que busca fazer oposição a tudo o que surja como consequência desse secularismo. Um dos grandes frontes de batalha nessa guerra cultural se dá na concepção de como surge a vida, de como desenrolou-se a magnifica história do surgimento das espécies. Essa questão, não raro, apresenta-se como uma disputa dualista entre a crença num Deus criador, capaz de fazer todas as formas de seres vivos, e uma evolução guiada somente por meios naturais. É uma falsa dicotomia entre Deus e evolução das espécies. Em diversas partes do mundo, essa falsa dicotomia é colocada, no debate público, como uma oposição entre Criacionismo e Evolucionismo, esta última sendo a explicação mais consolidada no cenário cientifico atual, enquanto que a primeira, uma teoria fundamentalista proposta sem muitas bases científicas que faz uma leitura literal do livro do Gênesis e o propõe como um livro de ciências. Aqui no Brasil, infelizmente, essa batalha já chegou: na semana passada, a Universidade Mackenzie anunciou a criação de um núcleo de estudos sobre o Design Inteligente, uma espécie de meio termo entre o Criacionismo e a Teoria da Evolução, que tenta fazer uma conciliação entre um Deus que cria e um mundo que se descortina em uma exuberância de espécies de forma natural. O grande problema dessa corrente de pensamento é tentar provar, cientificamente, que Deus criou o universo. Isso não é possível, uma vez que o método da ciência natural não consegue ter como objeto o próprio Deus, mas somente o que se circunscreve dentro da Criação. O que pouca gente sabe é que a Igreja Católica não vê oposição nenhuma entre a crença num Deus criador e a evolução das espécies por meios naturais; e, mais ainda, ela não precisou desenvolver uma doutrina para
conciliar ambas, pois já são, na sua própria natureza, conciliáveis: as duas afirmações dizem respeito à mesma realidade sob aspectos diferentes. Padre Guy Consolmagno, diretor do Observatório Vaticano, pôs essa questão de forma muito simples e clara: “nós cristãos acreditamos num Deus sobrenatural que é responsável pela existência do Universo, enquanto a ciência nos diz como Ele fez isso”. De fato, toda essa polêmica já foi resolvida de forma magisterial pelo Papa Pio XII, na encíclica Humani Generis, em que o Pontífice até mesmo encoraja uma séria e profunda discussão sobre o tema da evolução, sempre respeitando o dogma da fé, mas sem negar as descobertas do campo científico. Em termos práticos, isso significa que os cristãos têm toda a liberdade de aprofundar seus estudos, apoiar a teoria da evolução, sem negar em nada a crença no Deus criador, justamente porque tratam da mesma realidade. Nosso Deus pode, já que Ele é onipotente, criar todas as coisas por meio da evolução das espécies, sem problema algum. E, pelo que se descobriu através das ciências naturais até hoje, foi provavelmente assim mesmo que Ele fez. Não é necessário para um católico aderir ao Criacionismo, achando que a Teoria da Evolução é ateia, ou nega a criação realizada por Deus. Aliás, o Criacionismo acaba por reduzir a criação divina a algo passado, realizada há milhões de anos atrás, e já concluída. Limita o poder de Deus e, principalmente, a sua providência, que continua a sustentar sua Criação e se interessar por ela. Pensar de outro modo é colocar Deus no mesmo patamar de ídolos pagãos, que depois de fazerem algo se ausentavam totalmente da vida daquilo que havia criado. É também interessante notar que o próprio Charles Darwin, propositor da Teoria da Evolução, concluiu sua obra “A Origem das Espécies” com o seguinte texto: “Há uma grandeza nessa visão da vida, com seus vários poderes, tendo ela sido lançada como o sopro da vida originalmente pelo Criador em poucas formas ou em uma; e que, enquanto este planeta vinha orbitando de acordo com a lei da gravidade estabelecida, a partir de um início tão simples, inúmeras formas, cada vez mais belas e maravilhosas foram, e continuam, evoluindo”.
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| Esporte | 17
Basquete e solidariedade: 2 pontos para o Club Paulistano João Neto/NBB
Vítor Alves Loscalzo ESPECIAL PARA O SÃO PAULO
Se assistir aos jogos do Club Athletico Paulistano (CAP), tradicional time de basquete da cidade de São Paulo, sempre foi motivo de alegria para seus torcedores, agora eles podem somar um ato de generosidade à ida ao jogo. Para as partidas disputadas pelo Paulistano, equipe que está na final do Novo Basquete Brasil (NBB) – principal competição nacional da modalidade –, a diretoria do clube decidiu realizar uma arrecadação de alimentos não perecíveis, produtos de higiene e fraudas geriátricas como ingresso às partidas para os não sócios.
Ações sociais Essa é mais uma das iniciativas criadas pela Diretoria de Sustentabilidade do Club Athletico Paulistano. As ações têm o objetivo de gerar impacto social. “Somos uma organização sem fins lucrativos. Portanto, faz todo sentido arrecadar esses produtos em vez de dinheiro, podendo ajudar àqueles que precisam. A iniciativa faz parte do movimento CAP do Bem”, afirma a supervisora de esporte do clube, Kátia Alves, ao O SÃO PAULO. O movimento CAP do Bem, composto por associados e coordenado pela diretoria do clube, busca concretizar iniciativas sociais e trabalhos voluntários. Em três dias seguidos, em outubro do ano passado, foram arrecadados 939 quilos de alimentos, além de sabonetes, pastas e escovas de dente. As doações foram destinadas ao grupo Chave do Coração e a outras instituições. Em 2010, teve início a arrecadação de lacres de alumínio. A campanha proporciona a troca de lacres por cadeiras de rodas, as quais são doadas a funcionários,
Além de vibrar com as atuações do Paulistano em quadra nos jogos do NBB, torcida pode colaborar com ações sociais do clube a cada jogo
seus parentes e às associações beneficentes. Para participar, o interessado deve deixar o lacre em um dos coletores de acrílico, que ficam situados nas portarias das ruas Honduras e Estados Unidos, e na garagem do clube, no Jardim Paulista. Durante este mês de maio e também em junho, acontecerá a campanha do agasalho. As doações, que variam de cobertores, agasalhos, calçados, luvas, gorro e cachecol – em bom estado de conservação –, são destinadas a instituições de caridade. As urnas de coleta estão localizadas nos mesmos endereços em que se arrecadam os lacres de alumínio. Outras informações sob a iniciativa podem ser consultadas pelo telefone (11) 3065-2000 ou por meio do site www.paulistano.org.br.
O esporte e a solidariedade sob a ótica da fé Em 2011, após uma audiência geral com representantes da seleção italiana de futebol, o Papa Bento XVI ressaltou a importância da atividade esportiva, enfatizando que favorece os valores da amizade, do respeito e da solidariedade. Recentemente, em audiência com os integrantes do programa de treinamento esportivo para pessoas com deficiência mental, o Papa Francisco afirmou que o esporte pode difundir a cultura do encontro e solidariedade. Segundo o Santo Padre, “na base de qualquer atividade esportiva está a alegria: de se movimentar e de estar juntos; a alegria pela vida e os
dons que o Criador nos oferece, todo dia”. E, ainda no século XX, o Papa Pio XII também reconheceu as virtudes cristãs presentes no esporte: a lealdade, a docilidade, a obediência, o espírito de renúncia ao próprio eu em favor da equipe, a fidelidade aos compromissos, a modéstia nos triunfos, a generosidade para com os vencidos, a serenidade na derrota, a paciência com o público, a justiça e a temperança. Iniciativas como a do Club Athletico Paulistano revelam que o esporte não é um fim em si, mas pode ser meio para fazer o bem, alcançando resultados também do lado de fora das quadras.
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18 | Regiões Episcopais |
Belém
17 a 23 de maio de 2017 | www.arquisp.org.br
Peterson Prates
Colaborador de comunicação da Região Peterson Prates
Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Os fiéis da Paróquia-Santuário Nossa Senhora de Fátima e São Roque, no Setor Sapopemba, festejaram o dia da padroeira com sete missas e uma procissão. O Ministro Provincial da Província dos Capuchinhos de São Paulo, Frei Carlos Silva, presidiu uma das missas, na Paróquia atendida há anos pelos franciscanos. Até o primeiro final de semana de junho, haverá a quermesse no salão paroquial (rua José Antônio Fontes, 36), a partir das 18h. Peterson Prates
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Setor Pastoral Carrão-Vila Formosa, celebrou no sábado, 13, o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e a canonização dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, realizada naquele dia pelo Papa Francisco. Peterson Prates
O Fórum das Pastorais Sociais da Região Belém promoveu no sábado, 6, a Animação Regional da Campanha da Fraternidade 2017, com o foco no ‘agir’, reunindo iniciativas relacionadas ao tema da Campanha. Houve um momento de espiritualidade a partir da Laudato Si’. O grupo elegeu como prioridade para Região o trabalho para a recuperação dos córregos no território regional e o apoio a iniciativas de despoluição do Rio Tietê.
AGENDA REGIONAL Segunda-feira, 22 - Encerramento da festa da padroeira da Paróquia Santa Rita de Cássia (rua Santa Rita, 799, Pari), com missas às 8h, 10h, 12, 17, 15h e 19h (com procissão). Sábado, 27, das 8h30 às 13h
Formação Litúrgica, com o tema “A Mãe do Senhor no Ano Litúrgico”. A atividade será no Centro Pastoral São José (avenida Álvaro Ramos, 366). Informações e inscrições pelo telefone (11) 3338-1478 ou pelo e-mail euriferreira@gmail.com.
Brasilândia
Tem início a Festa de Santa Rita de Cássia
A Paróquia Santa Rita de Cássia, no Setor Dom Paulo Evaristo, deu início no domingo, 14, à novena em louvor à padroeira, cujo tema é “Sede santos como Santo é o Vosso Pai”. A missa de abertura foi presidida pelo Padre Fabrício Mendes de Moraes, vigário da Paróquia Nossa Senhora Mãe Rainha, e concelebrada pelo Padre Jaime Estevão Gomes, pároco. A festa da padroeira segue até o dia 22, quando haverá a missa de encerramento, às 20h. Saiba mais detalhes pelo telefone (11) 3971-3717.
Na quinta-feira, 11, aconteceu na Paróquia São José do Belém a missa de 7º Dia da Irmã Miria Therezinha Kolling, que faleceu no dia 5, vítima de um infarto. A celebração foi presidida pelo Padre Atanásio Enchioglo, vigário paroquial, com a participação das religiosas da Congregação do Imaculado Coração de Maria, à qual a Irmã Miria pertencia. Na imagem estão algumas das produções da Irmã recordadas na missa.
Jorge Vicente, Eliana Lubianco e Ernesto Dias Colaboração especial para a Região
Aparecida Rosa Franco
Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha
No sábado, 13, aconteceu a reza do Terço de Nossa Senhora de Fátima, organizado pela Comunidade São Francisco, da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, no Setor Freguesia do Ó. A atividade foi conduzida pelo Cônego José Adriano, vigário paroquial. A representação de um Terço foi preparada em uma mesa que ia sendo preenchida com pequenos vasos de flores a cada Ave Maria rezada.
Os fiéis da Comunidade Nossa Senhora de Fátima, pertencente à Paróquia Nossa Senhora Mãe e Rainha, no Setor Jaraguá, festejaram, no sábado, 13, a festa da padroeira e o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, com missa presidida pelo Padre Alécio Ferreira da Silva. “Oração, perdão e crer no ser humano. A mensagem de Fátima é clara até os dias de hoje. Foi revelada há tantos anos e se mantêm atual os segredos”, disse o Pároco, na homilia.
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Lapa Cardeal Scherer dedica templo e altar de paróquia no Butantã Padre Antonio Francisco Ribeiro e Benigno Naveira Colaboradores de comunicação da Região
Centenas de fiéis lotaram a igreja-matriz da Paróquia Santa Maria Goretti, no Setor Pastoral Butantã, na noite do domingo, 14, para a celebração de dedicação do templo e do altar, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano, e concelebrada pelos padres Amado Lopes de Carvalho, pároco, e Antonio Francisco Ribeiro, coordenador regional de pastoral. Dom Odilo recordou, no início da missa, que dedicar o templo e o altar é entregá-los a Deus; e ressaltou que a dedicação da igreja é um gesto de fé, que marca para sempre a história daquela Paróquia, e que o acompanhamento da sequência do rito e de todo seu simbolismo ajuda o povo a compreender melhor a fé. O rito da dedicação começou com a aspersão da água sobre o altar, as paredes do templo e a assembleia de fiéis. Em seguida, os leitores entregaram o lecionário a Dom Odilo, que o depositou sobre o ambão. O Arcebispo, na homilia, após parabenizar as mulheres pelo Dia das Mães, lembrou que é nas igrejas que o povo vive os santos mistérios, dando testemunho de fé; e afirmou que para chegar à morada do Senhor é preciso que se siga o caminho da fé em Cristo. Após a profissão de fé e a Ladainha de Todos os Santos, foram depositados
Benigno Naveira
Cardeal Odilo Pedro Scherer unge o altar da igreja-matriz da Paróquia Santa Maria Goretti com o óleo da Crisma, no domingo, dia 14
sob o altar as relíquias de Santo Antônio de Sant´Anna Galvão, Santa Madre Paulina, São José de Anchieta, Beato Mariano de La Mata e Beata Madre Assunta Marchetti, que significam que todos os batizados na morte de Cristo e os que derramaram seu sangue pelo
Senhor participam de sua Paixão. Depois, Dom Odilo proferiu a prece de dedicação da igreja e do altar, ungiu o templo e o altar com óleo da Crisma, incensando-o posteriormente. O rito teve sequência com o revestimento do altar e o acendimento das velas.
Na parte final da missa, Padre Amado agradeceu a Dom Odilo pela presença, rendeu graças a Deus por aquele momento e pediu a intercessão dos santos cujas relíquias foram depositadas sob o altar e da padroeira, Santa Maria Goretti.
Carta aos Filipenses é tema do retiro do clero Aconteceu entre os dias 8 a 12 na Casa de Encontro das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, em São Roque (SP), o retiro anual do clero atuante na Região Episcopal Lapa, com pregação de Dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira (AM). Ele tratou do tema “A caridade pastoral a partir da Carta aos Filipenses”. O retiro foi iniciado na segunda-fei-
ra, 8, com missa presidida pelo Cardeal Scherer, arcebispo de São Paulo. Ao longo dos dias, houve outras missas, orações marianas e vários momentos de adoração eucarística. Dom Edson, em suas meditações, falou também de sua experiência como bispo de uma diocese cujo território de 286.866 km² é maior que o Estado de São Paulo (248.209 km²), de modo que para Arquivo pessoal
Clero atuante na Região Episcopal Lapa durante retiro realizado na cidade de São Roque (SP)
visitar as paróquias mais distantes só consegue chegar de barco e às vezes somente a pé, após três ou quatro dias de viagem. A Diocese de São Gabriel da Cachoeira abrange 100 mil pessoas, das quais 95% são indígenas que pertencem a 23 etnias, nas quais ainda hoje são faladas 18 línguas.
No final do retiro, Padre Raimundo Rosimar fez uma homenagem a Dom Edson em nome do clero e o Padre Jorge Pierozan, mais conhecido como Padre Rocha, vigário episcopal da Região Lapa, agradeceu a disponibilidade do Bispo em pregar o retiro.
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Santana
Diácono Francisco Gonçalves
Colaborador de comunicação da Região
4 paróquias comemoram centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima A Região Episcopal Santana possui quatro paróquias dedicadas a Nossa Senhora de Fátima, distribuídas pelos setores pastorais Imirim, Mandaqui, Medeiros e Tremembé. Todas, assim como as diversas comunidades a ela dedicadas na Região, estiveram em festa no sábado, 13, nas comemorações do centenário das aparições de Nossa Senhora, em Fátima, Portugal. Na paróquia localizada no Tremembé, além da novena, o Padre Eduardo Higashi, pároco, promoveu quermesse, seis missas no dia da padroeira, uma delas presidida por Dom Sergio de Deus Borges, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Santana, e uma carreata com a imagem da padroeira pelas ruas do bairro. O Bispo também presidiu no sábado, às 10h, a missa na Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim. Na paróquia no Setor Medeiros, uma novena entre os dias 4 e 12 antecedeu o dia da padroeira (veja detalhes nas foto-legendas abaixo).
Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio de Deus preside missa solene na igreja-matriz da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Setor Pastoral Tremembé, no sábado, 13
Na paróquia localizada no Mandaqui, no dia da padroeira, com grande participação de fiéis, o pároco, Padre José Brebal Hespaña, mais conhecido
como Padre Zezé, conduziu esta oração: “Tendo recebido o penhor da redenção e da vida, nós vos pedimos, Senhor, que a vossa Igreja, pela materna
intercessão da Virgem Maria, instrua todas as nações pelo anúncio do Evangelho e encha a terra toda com a efusão do Espírito Santo”.
Diácono Francisco Gonçalves
Diácono Francisco Gonçalves
Dom Sergio de Deus Borges presidiu missa, no sábado, 13, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima do Imirim, nas festividades da padroeira. Concelebraram os padres Dalmir dos Anjos, pároco, e Hermenegildo Ziero, vigário.
Dom Sergio Borges esteve reunido, no dia 10, na Cúria de Santana, com os diáconos permanentes para um momento de formação. Na ocasião, ele fez uma apresentação sobre a Assembleia dos Bispos, realizada em abril, em Aparecida (SP).
Marilene Braga
Diácono Francisco Gonçalves
Padre Michele Piscopo, superior geral da Congregação dos Oblatos de São José, presidiu missa, no sábado, 13, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima da Vila Sabrina, concelebrada pelo Padre Paulo Sérgio Rodrigues, pároco. As comemorações da padroeira terminarão com o Cerco de Jericó, que acontecerá entre os dias 15 e 21.
Padres e diáconos participaram na Cúria da Região Episcopal Santana, no dia 9, de uma reunião geral, com a presidência de Dom Sergio de Deus Borges, para tratar de temas pertinentes às atividades pastorais. O encontro teve assessoria do Padre José Eduardo de Oliveira, do clero da Diocese de Osasco (SP).
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Lucas Santos e Frei José Carlos Correia Paz,TOR Colaboração especial para a Região
Uma multidão de devotos de Nossa Senhora de Fátima A imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, vinda do Santuário de Fátima, em Portugal, foi conduzida pelos fiéis pelas ruas do bairro do Sumaré, no sábado, 13, data em que se celebrou o centenário das aparições de Nossa Senhora na Gruta da Iria. Desde o dia 12, a Paróquia-santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no Setor Pastoral Perdizes, realiza os festejos da padroeira, que seguem até o dia 21. O dia 13 foi especial, pela intensa presença de peregrinos na procissão e nas diversas missas celebradas ao longo do dia. O Cardeal Odilo Pedro Scherer presidiu a missa solene. Em sua homilia, destacou que a mensagem evangélica de oração e penitência anunciada por Nossa Senhora aos pastorinhos coloca cada católico em sintonia com o compromis-
so de assumir, como batizado, uma vida de oração mais profunda e uma busca constante pela conversão. Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, também tomou parte das comemorações e presidiu uma das missas. Na mesma linha do Arcebispo, Dom Eduardo chamou a atenção dos fiéis para a atualidade das mensagens de Nossa Senhora em Fátima: “são um chamado a uma vida cristã plena”. Em outras paróquias da Região Sé também houve missas em ação de graças pelo centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, como na capela do campus Perdizes da PUC-SP, onde na sexta-feira, 12, a celebração teve a participação de jovens da Pastoral Universitária (leia detalhes em www.osaopaulo.org. br/noticias/sao-paulo).
Sé
Frei José Carlos Correia Paz
Fiéis lotam Paróquia-santuário Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no dia da festa da padroeira
Clero reflete sobre o tricentenário de Nossa Senhora Aparecida Centro Pastoral da Região Sé
Dom Eduardo Vieira dos Santos fala ao clero atuante na Região Episcopal Sé, no dia 10
O clero atuante na Região Sé esteve reunido no dia 10 na Paróquia São Paulo da Cruz – Igreja do Calvário, no Setor Pastoral Pinheiros. O encontro foi iniciado com a recitação da Hora Média e a saudação de Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Sé. Na sequência, o pároco, Padre Amilton Manoel da Silva, fez uma breve apresentação do histórico da Paróquia e também da Congregação da Paixão de Jesus Cristo, à qual ele pertence. A parte temática do encontro foi assessorada pelo Frei Guilherme Pereira Anselmo Junior, que falou sobre os 300 anos
48ª Festa de Santa Rita de Cássia
Festa do Divino Espírito Santo
Segue até o dia 22, com celebrações e quermesse, a Festa de Santa Rita de Cássia, na paróquia dedicada à Santa no Setor Pastoral Paraíso. Um tríduo em louvor à Padroeira acontecerá dos dias 19 a 21, com missa às 18h. As missas solenes no dia de Santa Rita de Cássia, 22, serão às 7h, 9h, 11h e 20h.
Entre 26 de maio e 4 de junho, acontecerá a Festa do Divino Espírito Santo, com a celebração da novena e do dia do padroeiro, na Paróquia Divino Espírito Santo, no Setor Pastoral Santa Cecília (rua Frei Caneca, 1.047, Consolação). A novena seguirá até 3 de junho, com missas durante a semana, às 20h, e aos
Haverá, ainda, missa com bênção aos doentes, às 15h, e a procissão pelas ruas do bairro, às 19h. Dom Eduardo Vieira dos Santos presidirá a missa solene, às 18h. Saiba outros detalhes pelo telefone (11) 5573-9205 ou na secretaria paroquial: rua Dona Inácia Uchoa, 106, na Vila Mariana.
da aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no contexto do Ano Mariano Nacional, e também sobre a carta pastoral “Viva a Mãe de Deus e nossa!”, escrita pelo Cardeal Scherer, arcebispo metropolitano. Outros assuntos foram apresentados, dentre eles, o Sínodo dos Jovens, convocado pelo Papa Francisco, e o Sínodo Arquidiocesano. Dom Eduardo apresentou o Padre José Enes de Jesus como novo assessor eclesiástico para as Pastorais Sociais, e o Padre José Roberto Pereira como novo coordenador regional de pastoral. A reunião foi encerrada com a bênção, seguida de almoço preparado pela comunidade.
finais de semana, às 18h. No primeiro dia da novena, às 19h45, haverá solene hasteamento da bandeira. No dia 4 de junho, Solenidade de Pentecostes, acontecerá missa festiva às 18h. Outras informações sobre a festa podem ser consultadas pelo telefone (11) 3285-4483.
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo
Marcos de Aquino
De 26 a 28 de abril, foi celebrado o tríduo em louvor a São Benedito, promovido pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo, na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Setor Catedral. A comemoração foi encerrada com a festa solene de São Benedito, em 30 de abril.
Nos dias 10 e 11, os novos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão atuantes no Setor Pastoral Aclimação tiveram formação, assessorada pelo Padre Helmo César Faccioli, coordenador regional dos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. O encontro aconteceu na Paróquia Nossa Senhora do Carmo.
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Ipiranga CF 2017 é destaque em mostra cultural no Educandário Sagrada Família
Renata Quito e André Bezerra
Colaboração especial para a Região
O Educandário Sagrada Família, mantido pela Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição para a acolhida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, realizou no sábado, 13, uma mostra cultural, com o tema da Campanha da Fraternidade de 2017, “Fraternidade: Biomas brasileiros e a defesa da vida”. Irmã Maria dos Anjos Bezerra, diretora, iniciou o dia com um momento de oração, reflexão e acolhida a todos. “Esta é uma oportunidade para celebrarmos o Dia da Família, criarmos vínculos, nos confraternizarmos e prestigiarmos o trabalho que as crianças e adolescentes fizeram com tanto carinho”, afirmou. O evento contou com oficina de culinária, teatro, capoeira, dança e recital de poemas. Além das apresentações, os participantes visitaram as salas que foram decoradas de acordo com cada bioma. Também ficaram expostos os trabalhos realizados pelos educandos nas oficinas de horticultura e artesanato reciclado. Segundo Andréa Rodrigues, coordenadora técnico-pedagógica, o objetivo da mostra é fazer com que os biomas sejam conhecidos e preservados. “É uma possibilidade de novos conhecimentos para as famílias e integração com as crianças, pois os educandos comentaram sobre o tema em casa e esse diálogo possibilitou um momento de aproximação e vínculo”, explicou. O painel do palco das apresentações foi idealizado pelo educando João Vitor Vieira, que usou a técnica do grafite, com a orientação de educadores sociais. “Desenhei, escrevi palavras de ordem, como fé e esperança, depois pintei. É muito legal poder ajudar. Com isso, aprimorei minhas técnicas de de-
Renata Quito
Crianças e adolescentes participam de mostra cultural no Educandário Sagrada Família, na zona Sul, refletindo sobre a temática da CF 2017
senho e aprendi a ser mais responsável”, afirmou. Outro educando que se envolveu com o tema foi João Pedro Ribeiro Marques de Oliveira, que recitou dois poemas, um sobre desigualdade social e outro sobre a natureza. “Precisamos nos conscientizar e preservar o meio ambiente para não deixar o mundo feio”, comentou. Na oficina de culinária, a educadora social Jamile Scalambrini fez brigadeiros usando casca de banana. “Escolhi essa receita porque possibilita um melhor aproveitamento do alimento, além da casca da banana ter um poder nutritivo muito grande”, falou. Elizandra Cavalcante, mãe da educanda Juliana
Amaral, ficou encantada com a oficina. “Nem parece que o brigadeiro é feito com casca de banana. É muito saboroso”, disse. “Minha filha chegou ao Educandário há 11 dias e já estamos encantados”, continuou. A educadora Marly Tadeo montou, junto com 43 crianças e adolescentes, uma peça de teatro intitulada “Roda de fogo”. Educandos, representando os biomas, passaram mensagens sobre a importância da preservação do meio ambiente. “Com a apresentação, mostramos que é preciso aprender a amar e respeitar a natureza, cuidando da criação”, explicou. Responsável pela oficina de artesa-
nato reciclado na instituição, Solange Gomes ficou admirada com o interesse das pessoas nas peças construídas com rolo de papel higiênico, garrafa plástica e caixa de leite. “Fiquei muito feliz em poder explicar como se faz porta-celular, cofre, porta-caneta, entre outras peças, com materiais que normalmente vão para o lixo”, disse. Após um dia de intensa programação, o evento terminou com uma apresentação de Maracatu, ritmo musical com origem no Estado de Pernambuco. Como lembrança da mostra cultural, as famílias receberam uma muda de rúcula, plantada pelos educandos na oficina de horticultura.
2 mil pessoas em devoção a Nossa Senhora de Fátima André Bezerra
Dom José Roberto preside missa na festa da padroeira da Paróquia Nossa Senhora de Fátima
No sábado 13, a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Setor Pastoral Anchieta, celebrou a festa da padroeira, preparada desde o início do ano de modo especial por ocasião do centenário das aparições da Virgem Maria, em Fátima, há cem anos, em 1917. Antes da data solene, houve os dias de novena, com celebrações com temas marianos, presididas por padres atuantes no Setor. Seguindo a tradição paroquial, no último dia de novena e no dia da padroeira, os antigos párocos presidiram as celebrações. No dia da padroeira, houve missas, reza do Terço e outras atividades desde cedo, com a participação de mais de 2 mil fiéis. Além da alegria pelo centenário das aparições e pela canonização
dos pastorinhos Jacinta e Francisco Marto, a Paróquia foi presenteada com uma bênção apostólica enviada pelo Papa Francisco e trazida do Vaticano pelo Padre William Day Tombini, pároco, num pergaminho que ficou exposto e foi lido em todas as missas. Dom José Roberto Fortes Palau, bispo auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, presidiu a última celebração, iniciada com uma procissão luminosa em volta do templo. Na homilia, o Bispo destacou os pontos importantes encontrados na mensagem de Nossa Senhora em Fátima, dizendo que “ainda hoje são muito atuais e precisamos seguir rezando todos os dias, conforme Maria pediu às crianças, sobretudo pela paz e pelo fortalecimento de nossa fé”.
www.arquisp.org.br | 17 a 23 de maio de 2017
| Reportagem | 23
Frei Galvão Defensor da liberdade religiosa Luciney Martins/O SÃO PAULO
Fernando Geronazzo
osaopaulo@uol.com.br
Há 10 anos, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão foi canonizado pelo Papa Bento XVI, na histórica missa celebrada no Campo de Marte, em 11 de maio de 2007. Na quinta-feira, 11, o arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu uma missa no altar – recentemente restaurado – da capela privada onde Frei Galvão celebrava diariamente com as monjas concepcionistas do Mosteiro da Luz, no centro da capital. Esse mosteiro, onde estão sepultados seus restos mortais, foi fundado e construído pelo próprio Santo. Na homilia, Dom Odilo destacou que Frei Galvão viveu a santidade em São Paulo, e que para a Igreja declará-lo santo foi preciso que sua santidade fosse antes reconhecida nos locais onde ele viveu e atuou. “Muitas vezes, nós dizemos que alguém é santo porque fez muitos milagres em vida. Mas, mesmo quando o santo não fez milagres, mas viveu a vida santa, conforme os mandamentos de Deus e a dignidade da vocação cristã, isso é santidade”, afirmou. Nascido em Guaratinguetá (SP), em 1739, filho de Antônio Galvão de França e Izabel Leite de Barros, Frei Galvão cresceu num ambiente profundamente religioso. Aos 13 anos, foi enviado para estudar no Seminário da Companhia de Jesus, dos Padres Jesuítas, na cidade de Belém de Cachoeira (BA). Aos 21 anos, ingressou no noviciado da Ordem dos Frades Menores, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, fez a profissão solene dos votos religiosos, sendo ordenado sacerdote em 11 de julho de 1762.
Intrépido pastor Depois de ordenado, Frei Galvão foi enviado para o Convento de São Francisco, em São Paulo, para aperfeiçoar os estudos e praticar o apostolado. E foi no apostolado que o franciscano começou a destacar-se por suas virtudes e empenho pastoral, em um período em que a liberdade religiosa era muito ameaçada pelo Império. “Essa época era fortemente demarcada pela presença do Marquês de Pombal, cuja filosofia política era profundamente marcada pelo iluminismo. Nada podia se multiplicar na Igreja sem o aval do governo, como nomeações de bispos, abertura de vagas nos seminários para a formação de novos padres. Tudo era controlado pela Coroa”, explicou, ao O SÃO PAULO, o Padre José Arnaldo Juliano, historiador e capelão do Mosteiro da Luz. Foi o Marquês de Pombal que, em 1759, expulsou os jesuítas do Brasil. Segundo Padre José Arnaldo, Frei Galvão reagiu a essa restrição da liberdade religiosa como um bom frade franciscano, ou seja, visitando as famílias e participando da vida da cidade também
No Mosteiro da Luz, fiéis veneram Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, canonizado há 10 anos
no âmbito social e político. “Ele chegou a ser, inclusive, membro da Academia Paulista de Letras”, recordou o Capelão. “Frei Galvão proclamava o Evangelho não apenas na palavra, mas na prática. Ele era totalmente à frente de seu tempo”, acrescentou o Padre.
Recolhimento da Luz Designado confessor do Recolhimento Santa Teresa, em 1770, o franciscano conheceu Irmã Helena Maria do Espírito Santo, religiosa de profunda oração e grande penitência, que afirmava ter visões pelas quais Jesus lhe pedia para fundar um novo Recolhimento, isto é, uma casa onde mulheres viviam de maneira comunitária, dedicando-se à oração, sem, no entanto, professarem os votos religiosos, uma vez que o Marquês de Pombal não permitia fundações de casas religiosas. Após estudar tais mensagens e discerni-las com o auxílio de pessoas sábias e esclarecidas, Frei Galvão fundou um recolhimento em 2 de fevereiro de 1774, dedicando-o a Nossa Senhora da
Conceição da Divina Providência. “Frei Galvão era sensível ao fato de que havia vocações e que o governo não podia obstruir seu florescimento”, explicou Padre José Arnaldo. Esse Recolhimento se tornou um mosteiro apenas em 1929, sendo incorporado à Ordem da Imaculada Conceição (concepcionistas).
Perseguições No ano seguinte, Irmã Helena, tendo adoecido gravemente, morreu. Frei Galvão tornou-se, então, o único apoio para a comunidade. Nesse mesmo período, o novo capitão-general da Capitania de São Paulo, Martim Lopes Saldanha, obrigou o fechamento do Recolhimento. O Santo obedeceu a decisão. Porém, as recolhidas, que não tinham aonde ir, permaneceram escondidas na casa, confiantes na providência divina. Um mês depois, graças à pressão do povo e do bispo local, o Recolhimento foi reaberto. Durante 14 anos (1774-1788), Frei Galvão se empenhou pessoalmente na ampliação das instalações do Recolhimento, cujas vocações não paravam de
crescer. Por outros 14 anos (1788-1802), dedicou-se à construção da igreja, inaugurada em 1802. Em 1781, após defender um soldado que havia sido condenado à morte por uma pequena ofensa ao filho do Capitão-General, Frei Galvão foi transferido para o Rio de Janeiro por pressão das autoridades. A população, no entanto, se levantou contra a ordem, que acabou sendo revogada.
Defensor da Imaculada Como bom franciscano, Frei Galvão era grande devoto de Nossa Senhora e propagador de sua imaculada conceição, que ainda não havia sido proclamada como dogma de fé, mas por séculos era difundida pelos frades. Tanto que os frades, ao professarem os votos, faziam um juramento de se empenharem na defesa da imaculada conceição da Virgem Maria. De acordo com a biografia documentada que integra seu processo de canonização, a maturidade espiritual “franciscano-mariana” de Frei Galvão foi expressa por meio de sua consagração a Nossa Senhora como o seu “filho e escravo perpétuo”, feita em 9 de novembro de 1766. Defensor da virgindade da Mãe de Jesus antes, durante e depois do parto, Frei Galvão difundiu essa convicção especialmente nas famosas pílulas confeccionadas e distribuídas pelas monjas do Mosteiro da Luz. Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de morte. O Frade escreveu em três papeizinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem – Pos partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós) – e entregou ao homem. Após a esposa dele ingerir as pílulas, o parto ocorreu normalmente. Caso idêntico aconteceu com um jovem que sentia fortes dores provocadas por cálculos na vesícula. Morte O fim de sua vida foi no Recolhimento da Luz, depois de obter autorização de seus superiores, devido ao fato de não ter mais forças físicas para se deslocar diariamente do Convento Franciscano para atender às religiosas. Ele passou a morar em um cômodo no fundo da igreja, atrás do sacrário até sua morte, em 23 de dezembro de 1822. Na homilia da canonização de Frei Galvão, o Papa Bento XVI afirmou que a fama da sua imensa caridade não tinha limites: “Pessoas de toda a geografia nacional iam ver Frei Galvão, que a todos acolhia paternalmente. Eram pobres, doentes no corpo e no espírito que lhe imploravam ajuda”. (Com informações da Ordem dos Frades Menores)
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Fotos: Luciney Martins/O SÃO PAULO
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Pelas ruas da cidade, católicos homenageiam a Virgem de Fátima Procissão luminosa realizada pela Arquidiocese recordou os 100 anos das aparições de nossa Senhora em Fátima Fernando Geronazzo
osaopaulo@uol.com.br
Quem passou pelas ruas do centro de São Paulo na noite do sábado, 13, viu uma manifestação diferente das muitas que acontecem na cidade. Com velas acessas, cerca de 10 mil pessoas caminharam em oração, manifestando publicamente sua devoção à Virgem Maria, na celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal. A procissão luminosa, organizada pela Arquidiocese de São Paulo, saiu da Paróquia Nossa Senhora da Consolação e seguiu até a Praça da Sé, onde houve uma missa campal, presidida pelo arcebispo metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer. Durante a missa, Dom Odilo também agradeceu o empenho dos muitos voluntários da Arquidiocese que trabalharam na organização da procissão. Na homilia, Dom Odilo afirmou que o evento, realizado pela primeira vez na Arquidiocese, recordou uma prática tradicional no Santuário de Fátima. “Essa procissão tem um significado todo particular no coração da cidade. Estamos aqui para manifestar nossa homenagem, nosso momento de recordação daquilo que Nossa Senhora quis trazer para toda a humanidade”, disse, referindo-se à mensagem transmitida pela Virgem Maria aos pastorinhos Francisco, Jacinta e Lúcia, em 1917. No evento, também foi celebrada a ação de graças pela canonização dos irmãos Francisco e Jacinta Marto, realizada também no sábado pelo Papa Francisco, durante sua peregrinação a Fátima (leia mais na página 9). O Cardeal Scherer destacou ain-
da que, um século depois, a mensagem da Virgem de Fátima permanece atual e pode ser resumida em três palavras: oração, penitência e conversão. “Nossa Senhora pediu que rezassem o Rosário, e rezassem muito pela conversão dos pecadores... Penitência para conseguir de Deus a graça da conversão para muitos que andam longe de Deus e não estão ouvindo a sua voz, e para conseguir a paz para o mundo em um momento de muito sofrimento”, disse o Arcebispo, recordando que 1917 foi um ano em que se viveu a Primeira Guerra Mundial (19141918) e muitas convulsões sociais, como o início da revolução russa e de regimes totalitários, em especial o comunismo. Sobre o Rosário, Dom Odilo explicou que essa maneira simples de rezar, bastante difundida pela Igreja, aproxima os cristãos de Deus. “Como São João Paulo II escreveu, meditando os mistérios do Rosário, nós estamos, de fato, entrando na escola do Evangelho, tendo como mestra Maria, a mãe de Jesus”, disse.
“Cem anos depois de Fátima, a Igreja continua a recomendar que se reze o Rosário, em família, individualmente, nas comunidades”, acrescentou.
Maria leva a Jesus “Talvez alguém se pergunte: ‘Será que os católicos não têm devoção demais a Nossa Senhora?’ ou ficar na dúvida: ‘não estaria ela ocupando o lugar de Jesus na nossa fé e vida cristã?’ Não tenhamos medo. Nossa Senhora sabe que o lugar dela não é na frente de Jesus. Ela sempre aponta para Jesus – ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’ –, sempre nos mostra Jesus para que voltemos para Ele, sempre nos recomenda novamente aquilo que o Senhor já anunciou”, afirmou o Purpurado, acrescentando que, inclusive, o convite à oração, penitência e conversão, são palavras de Jesus recordadas por sua Mãe em Fátima. Dom Odilo usou a própria procissão luminosa como exemplo para explicar que a Virgem Maria sempre conduz o cristão a seu Filho: “Nós viemos em
procissão, cantando louvores a Nossa Senhora, mas, ao mesmo tempo, nos dirigindo para Deus. E aqui vindo, não nos levou Maria justamente ao altar, para a Eucaristia? Para ouvir mais uma vez a Palavra de Deus?”
Ano Mariano Dom Odilo recordou que no Brasil a Igreja celebra o Ano Mariano Nacional em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. E que, embora seja um título diferente, a mensagem da Mãe de Jesus é sempre a mesma: conduzir os fiéis para Cristo. “Quem vai a Aparecida, vai para a missa, para confessar, ouvir a Palavra de Deus e ter seu encontro com o Senhor”, afirmou . “Como Maria, renovemos a nossa adesão a Jesus Cristo, à fé da Igreja, dos santos que nos precederam dando o testemunho da fé recebida dos apóstolos”, exortou o Cardeal. O Arcebispo também destacou que naquele sábado, durante sua peregrinação ao Santuário de Fátima, o Papa Francisco canonizou os irmãos Francisco e Jacinta. Partindo do Evangelho proclamado na missa, que narra a visita da Virgem Maria a sua parenta Isabel, o Cardeal Scherer convidou os fiéis a seguir o exemplo de Nossa Senhora. “Com Maria, renovemos a nossa adesão a Jesus Cristo. Aprendamos com ela a sermos missionários, testemunhas de Jesus ao nos dirigirmos às pessoas”. Sínodo Arquidiocesano Por fim, Dom Odilo pediu ao povo que reze pela realização do Sínodo Arquidiocesano, que será convocado oficialmente em 9 de junho e, segundo o Arcebispo, será a oportunidade de fazer uma grande avaliação da vida de toda a Arquidiocese. “Sínodo é busca de fazermos um caminho juntos para sermos fiéis a Jesus Cristo, à Igreja e à missão dele recebida, e para podermos ser mais eficazes também na nossa missão”, afirmou.