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Sudão do Sul Jovens peregrinos atravessam o país a pé para encontrar o Papa

JOSÉ FERREIRA FILHO osaopaulo@uol.com.br

Cristãos da Diocese de Rumbek e da Igreja Episcopal no Sudão do Sul começaram, no dia 25 de janeiro, uma caminhada de mais de 400 quilômetros, partindo de Rumbek, cidade na região central do país, até Juba, a capital, localizada no Sul, numa peregrinação de nove dias para receber o Papa Francisco e outros líderes religiosos que visitarão a nação africana de 3 a 5 de fevereiro.

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Das centenas de grupos de peregrinos que trilham o longo percurso, um deles é conduzido pela Irmã Orla Tracy, religiosa e professora irlandesa que dirige uma escola sul-sudanesa e cujo trabalho é lutar pela educação das crianças e jovens e evitar casamentos precoces – que os façam abandonar os estudos.

Há quatro anos, quando surgiram rumores de que Francisco poderia visitar o país, ela estava reunida com um grupo de estudantes e lhes perguntou o que poderiam fazer para ver o Papa. Todos se mostraram muito interessados em conhecê-lo, porém estavam cientes das di culdades materiais para isso. Alguns deles, contudo, tiveram a ideia de ir caminhando até o Pontí ce, e imediatamente todos concordaram.

O tempo passou e o entusiasmo com a con rmação da visita papal somente se fez aumentar. Ciente de seu papel frente ao grupo, Irmã Orla explica que, para que tudo se concretize, quatro são os pilares da peregrinação: caminhada, oração, paz e comunidade.

O grupo caminha de aldeia a aldeia e mantém o espírito de oração. Eles contam com a hospitalidade das pessoas que encontram ao longo do caminho e dormem nas salas de aula e em qualquer lugar em que sejam bem-vindos.

“Não há nada para nós em muitos desses lugares. Então, temos que carregar nossa comida, nossas pane-

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