Plural jan-16

POLÍTICA: CIENTISTA POLÍTICO ANALISA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEF. ENTREVISTA. PÁGINA 12 ÔNIX:

BLITZ DA ACESSIBILIDADE

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POÁ, JANEIRO DE 2016 EDIÇÃO Nº 11

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CLASSI. PÁGINA 15

ACONTECE. PÁGINA 9

ENCHENTES

Essa é a pergunta que todo poaense faz depois de ser, mais uma vez, vítima dos alagamentos.

Nove de janeiro de 2016 entra para a história como o dia da maior enchente da cidade. Plural pesquisou e descobriu algumas falhas que, se evitadas, poderiam ter minimizado o impacto e o prejuízo causado pelas chuvas. P2 Creusa Leibante

Juliana Andrade Pereira

Fotos: Delcimar Ferreira

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POÁ, JANEIRO DE 2016

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CAPA CHUVAS

TRISTEZA

POÁ ENFRENTA A PIOR ENCHENTE DA HISTÓRIA

NOVE ANIMAIS MORREM DENTRO DE PET SHOP MAGNO OLIVEIRA

Alagamento superou o de 1987, marcado pela invasão das águas no prédio do antigo banco Banespa

E

ntra ano e sai ano e o problema mais crônico da cidade não é resolvido. Mais uma vez, a população de Poá sofreu no último dia 9 com os alagamentos na região central e em mais 14 bairros como o Jardim Nova Poá, Calmon Viana, Cidade Kemel, entre outros. Já é certo que esta pode ser considerada a pior enchente da história já registrada, segundo comerciantes e jornalistas mais antigos da cidade.

No total foram 86,2 milímetros de chuva em 50 minutos. É pouco mais que um terço do esperado para todas as represas da região em janeiro.

O nível da água em alguns pontos chegou a 1,70 metro de altura. O jornalista Silvio de Carvalho Filho lembra que a pior enchente registrada na cidade foi em 1987, marcada pela invasão das águas no prédio antigo do Banespa, na Praça do Relógio. “Nesta de 2016 deu para ver que acumulou a chuva do Itaim com a chuva de Poá e foi a que o nível da água subiu mais”, diz.

Mas a culpa certamente não é de São Pedro e sim do crescimento desordenado da cidade, que não respeitou o curso natural de seus rios e córregos

Nove animais, sendo dois cachorros, um Pitbull e outro Yorkshire Terrier, quatro gatos Persa e três coelhos da raça Lion morreram com a enchente. Eles pertenciam a um pet shop localizado na Avenida Anchieta. Além dos animais, as águas, que castigaram o município poaense, levaram o sonho do casal Ismael Almeida e Jenifer Gavazzio de abrirem uma clínica veterinária, que estava prestes a ser inaugurada.

Eles lembram os momen-

Um era Pitbull, um York, quatro gatos Persa e três coelhos da raça Lion

Sem dinheiro

Se a obra não anda é por falta de mais recursos. Levantamento feito pelo Jornal Plural junto ao Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal mostra que cerca de R$ 16 milhões já foram repassados desde maio de 2013, sendo que o total do investimento é de R$ 56,4 milhões, ou seja, exatamente os 30% executados. Sinal que o governo federal contingenciou mais este recurso, em ano de crise econômica. A Prefeitura já solicitou a liberação de, pelo menos, mais R$ 2 milhões para retomar os trabalhos. Enquanto isso, o local

Moradores e comerciantes contabilizam prejuízos Horas depois do temporal que alagou Poá, o cenário era de destruição e desolação. Na Vila Romana, os moradores que vivem ao lado do córrego Itaim sabem, infelizmente, que enchente naquele bairro é algo bem recorrente. Mas nada como a que presenciaram em 9 de janeiro.

“Esta com certeza foi a pior enchente de todos esses anos.

Moro aqui há 20 anos e nem mesmo a minha comporta e

Creusa Leibante

Magno Oliveira (2)

DELCIMAR FERREIRA

no passado. O fato é que quase nada foi feito nos anos que se seguem para minimizar os impactos das fortes chuvas. A grande obra, que se apresentou como a solução para este problema, o piscinão sequer foi concluído. Indenizações e mudanças no projeto atrasaram a entrega. Mais de cinco anos se passaram para que apenas pouco mais de 30% ter sido entregue. O prefeito Marcos Borges (PPS), o Marcos da Gráfica agora fala em “endurecer” com a empreiteira responsável, a MWE. Ele ameaçou, inclusive, romper o contrato se os serviços não acelerarem.

Colaboração para o Plural

os muros de contenção que construí foram suficientes. A água arrebentou com tudo”, contou o comerciante Sebastião Diniz, de 68 anos, que tem nos fundos de casa, um depósito de embalagens descartáveis.

Outra queixa de quem vive lá é sobre o piscinão. Segundo eles, o local já estava cheio de água, antes da chuva, o que pode ter aumentado o nível da água que extravasou de

CÓRREGO Itaim transbordou na Avenida Leonor Bolsoni; abaixo, Galeria Poá está interditada

quase não tem movimentação de máquinas, e o pior, começa a precisar de manutenção.

Prevenção

Mas priorizar somente o piscinão não é suficiente. Nesses momentos, é necessário rios e córregos. “Esse piscinão está piorando a situação.

Eles abandonaram a obra. E quando não está chovendo, o cheiro forte que vem de lá é grande”, disse o autônomo Anderson Fábio Lopes, 36.

Centro

Na região central, vários lojistas contabilizavam os prejuízos e verificam o que ainda seria possível recuperar. Infelizmente, para alguns, o que resta será recomeçar. “Tenho este açougue aqui desde 2014. A água, desta vez, estourou minha comporta. Ela subiu 1,5 metro de altura e eu perdi tudo.

Tinha carne minha que en-

adotar medidas de prevenção.

Os pluviômetros instalados na cidade serviriam como alerta para colocar em prática um plano de evacuação das áreas mais críticas. O sistema de alarmes, instalado na gestão passada não funcionou. Quescontrei boiando em outra loja”, relatou o proprietário Antonio José de Barros, que contabiliza um prejuízo da ordem de R$ 150 mil em mercadorias e equipamentos.

Desde o último dia 13, a Defesa Civil junto a Secretaria de Obras interditaram por tempo indeterminado a Galeria Poá, localizada na Avenida Nove de Julho, no Centro. Os proprietários serão responsáveis pela reforma básica do prédio, além da parte elétrica e do telhado. Já os boxes ficam por conta dos lojistas.

Todos os inquilinos ficarão isentos do aluguel por três meses.

(D.F. e M.O.)

tionado, o prefeito justificou que a previsão meteorológica previa apenas dez milímetros de chuva. Não foi o que se viu nos sistemas de alerta pesquisados pela reportagem (veja infográfico).

tos de aflição. “A loja estava fechada, levei minha funcionária para casa. Falei: ‘Lidiane você fica aqui e eu resolvo lá embaixo, mas quando cheguei já tinha enchido, foi tudo muito rápido. Deixei meu carro na rua e nadei contra a corrente. Quase duas vezes fui levado pela correnteza, mas continuei. Quando cheguei meu estabelecimento estava destruído, quando o muro da CPTM cedeu toda a correnteza danificou as portas e nisso meus bichinhos morreram”. O casal estuda entrar com ação contra a Prefeitura.

O QUE ACONTECEU

CHOVEU MUITO?

SIM

Em 50 min foram É 33% do previsto para chover nas represas do Alto Tietê em janeiro

TAIAÇUPEBA

JUNDIAÍ

PONTE NOVA

BIRITIBA

PARAITINGA

ANÁLISE

MARIA HENRIQUETA RAYMUNDO

PISCINÃO CHEIO PODE TER CAUSADO MAIOR ALAGAMENTO, DIZ ESPECIALISTA

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LEANDRO DE JESUS Colaboração para o Plural

O

desenvolvimento urbano desordenado está estabelecido e são necessárias medidas que minimizem danos aos cidadãos e até mesmo à infraestrutura pública, como ocorreu em Poá. A educadora ambiental e pesquisadora colaboradora da Oca/Esalq/USP, Maria Henriqueta Raymundo, explica que diante de alagamentos, a população é imediatamente responsabilizada, mas lembra que drenagem urbana é de responsabilidade do Poder Público. A pesquisadora cita o problema da educação ambiental e os danos relacionados à falta de manutenção de um piscinão.

Plural: Quais atos da população podem contribuir para alagamentos?

Maria Henriqueta Raymundo: É importante lembrar que os alagamentos são provocados, normalmente, por problemas de drenagem urbana, que é de responsabilidade do Poder Público. Depois das cidades construídas em locais inadequados, é preciso “remediar”. É urgente desenvolver políticas socioambientais. É responsabilidade e dever das prefeituras desenvolver políticas de saneamento, que envolvem sistemas e obras de drenagem; políticas habitacionais; resíduos sólidos; educação ambiental, entre outras.

Os municípios atuam com precariedade técnica e financeira, investindo apenas em ações pontuais, sem a participação da população, o que faz com a que mesma não assuma compromissos com o local em que vive.

A população tem um papel fundamental. Primeiro, descartando seu lixo de forma correta, em lugares apropriados e indica-

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dos. Além disso, a população pode contribuir para evitar os alagamentos, cultivando jardins e hortas em suas casas, pois, isto facilita a água da chuva infiltrar no solo. Outra ação que a população pode ter é a captação da água da chuva para usos domiciliares.

Gostaria de ressaltar que diante dos alagamentos, sempre ouvimos alguém responsabilizando a população. E, é muito mais fácil, já que sabemos que ela joga lixo nas ruas, mas, quero destacar aqui que a responsabilidade mesmo é do Poder Público, que precisa convidar o povo para dialogar e decidir juntos os caminhos.

“É PRECISO REMEDIAR” Maria Henriqueta Raymundo explica que ações como políticas de saneamento, habitacionais, de resíduos sólidos e educação ambiental são necessárias

Diante dos alagamentos, é fácil alguém responsabilizar a população. Mas, a Plural: De que forma a po- responsabilidade mesmo é do Poder Público, pulação pode ajudar fisca- que precisa convidar o povo para dialogar e decidir juntos os caminhos.” lizando o meio ambiente?

Maria Henriqueta: O papel de fiscalização ambiental é do Poder Público, que poderia criar algum canal de comunicação para que a população contribua, com denúncias, por exemplo.

Plural: A água sem drenagem num piscinão pode le-

Maria Henriqueta Raymundo, Educadora ambiental

var doenças às famílias da região?

Maria Henriqueta: Além dos piscinões cumprirem seu papel de evitar alagamentos, eles precisam, também, não pro-

vocar novos problemas para a população. O governo deve fazer periodicamente, a manutenção e limpeza, pois, podem atrair roedores e insetos, que transmitem doenças.

A falta de drenagem das águas na obra do piscinão é um dos motivos que pode ter contribuído para o aumento do nível do rio em toda a região central de Poá e ter piorado o cenário de destruição. É o que afirma o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Evandro Albiach Branco. “Se ele estiver obstruído, pode sim influenciar na diminuição da vazão até o (rio) Tietê. O centro de Poá é muito baixo e a drenagem é bem difícil. Se tiver obstrução à jusante (no sentido do curso do rio), complica ainda mais”, garante.

Após a chuva do dia 9, diversas pessoas postaram nas redes sociais, fotos que demonstravam não haver drenagem das águas na área do piscinão. Em entrevista, o prefeito Marcos Borges (PPS),

o Marcos da Gráfica, no entanto, negou que o reservatório estivesse cheio antes da chuva. Borges disse ainda que as duas bombas do local estavam desligadas. Questionado se não havia alguém para ligá-las no temporal, afirmou que quando foram colocá-las em funcionamento “já era tarde demais”.

A impermeabilização é outro fator que contribui para a chegada mais rápida das águas nas áreas mais baixas. Como a ocupação do solo em áreas mananciais é cada mais agressiva, Branco conclui ao afirmar que o cenário é desanimador. “A tendência é esse processo se intensificar cada vez mais, na medida em que a bacia for sendo transformada, A coisa ali está bem feia e deve piorar muito ainda”. (L.J.)

QUEM PROCURAR

COMO PODE AGIR O PODER PÚBLICO EMERGENCIALMENTE PARA MINIMIZAR PERDAS QUANDO A CHUVA FORTE CHEGOU OU ESTÁ CHEGANDO? É preciso ter monitoramento permanente, principalmente em épocas de chuvas, identificando áreas de riscos, índices pluviométricos e os principais motivos de alagamentos; Acionar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para avaliar riscos e socorrer a população afetada; Acionar a Assistência Social para atender a população afetada; Acionar equipes de obras e limpeza para varrição de ruas, bueiros, galerias, canais, retiradas de resíduos, desobstrução de canais de escoamento da água.

Saulo Souza/Reprodução Facebook (23-12-2015)

Era previsível?

09/01/2016

SIM

HORÁRIO STATUS 14h48 Chuva forte na Região Central da Capital 17h42 Chuva forte na Região Leste da Capital 18h17 Rio Aricanduva - Av. Itaquera entrou em estado

de ATENÇÃO às 18h10 18h28 Rio Aricanduva - Av. Itaquera entrou em estado de ALERTA às 18h20 18h36 Chuva forte no leste da Região Metropolitana de SP

Sistema de Alerta a Inundações de São Paulo (Saisp)* monitorou a chegada da chuva na região leste e apontou transbordamento de rios

18h41

18h47

Rio Aricanduva - Av. Itaquera entrou em estado de EMERGÊNCIA às 18h30 Rio Aricanduva - Av. Itaquera entrou em estado de EXTRAVASAMENTO às 18h40

*Nenhuma cidade da região tem pontos monitorados integrados ao Saisp; os mais próximos são o Aricanduva, o Lajeado e o Jardim Pantanal, na capital

Fontes: Defesa Civil de Poá e Saisp/DAEE

FOTO TIRADA em 22 de dezembro de 2015 e postada no perfil de Saulo Souza no dia seguinte mostra que o reservatório não tinha sido drenado

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CIDADANIA BLITZ

Locais públicos ainda estão bem longe de ser acessíveis na cidade DELCIMAR FERREIRA

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ada melhor para conhecer as dificuldades enfrentadas nas questões de acessibilidade do que contar com a percepção de quem precisa que os equipamentos funcionem. O Jornal Plural percorreu a cidade de Poá, acompanhado do professor da rede municipal de São Paulo Alexandre Pereira de Paula, que tem artrogripose múltipla congênita - uma deficiência nos membros superiores e inferiores - para identificar em diferentes locais públicos onde ainda são necessárias melhorias e também onde já é possível se deslocar com mais facilidade.

Alexandre também é ex-presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e conhece bem as leis e normas que regem as questões de acessibilidade no País.

Vários pontos foram visitados na companhia de quem vivencia o problema Os pontos escolhidos foram: o Cemitério da Paz, no Jardim Itamaraty, a estação de trem Calmon Viana, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o Paço Municipal e a agência da EDP Bandeirante, no Centro. Em cada um destes endereços foi possível identificar o quão difícil é se locomover com autonomia, como qualquer cidadão.

A blitz do Plural escolheu com Alexandre estes espaços e ele apresentou pontos de vista interessantes e peculiares, que só mesmo uma pessoa com deficiência, que precisa se locomover diariamente, conseguiria identificar. Em todos os locais, a reportagem fez fotos e, depois, mostrou a um engenheiro para que ele avaliasse, segundo o que diz as normas técnicas. Acompanhe as reportagens a seguir.

Fotos: Delcimar Ferreira

Plural vistoriar espaços com o ex-presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Poá

NA ENTRADA, rampas ainda contêm degraus; corredor do banheiro tem que ter 1,50 metro de largura para atender às normas; veja abaixo as metragens mínimas de um sanitário

NO CEMITÉRIO, MP PEDE ADEQUAÇÕES Ao chegar no Cemitério da Paz, a surpresa. O local passava por obras, justamente para conferir ao espaço mais acessibilidade. O Ministério Público (MP) local determinou as melhorias em novembro do ano passado. Segundo a chefe de seção do cemitério, Andreia Goulart Miranda, a reforma tem que estar pronta em abril, embora a assessoria da Prefeitura tenha dito que não há prazo para término, devido às chuvas do início deste mês.

Entre as mudanças previstas estão a demarcação de mais uma vaga para pessoas com deficiência, mais duas vagas para idosos, implantação de faixa de pedestre elevada na entrada do cemitério (lombofaixa), adequação das calçadas, entre outros (veja quadro).

Enquanto as mudanças estão em andamento a blitz do Plural identificou uma série de obstáculos a quem pretende se locomover dentro do cemitério. A começar pela via principal, íngreme e que somente com a ajuda de terceiros, um

que impede a circulação. Os corredores estreitos também são um impeditivo. Em resumo, o local muito antigo não foi projetado para este tipo de público.

cadeirante, por exemplo, teria condições de percorrer o interior do local.

Outro problema observado Velório são as calçadas que dão acesNo Velório, que também passa so às sepulturas. Poucas pos- por obras, Alexandre de Pausuem rampas e muitas estão la observou a necessidade de danificadas. Sobre isso, Andreia instalar circuitos de locomoção disse que mais rampas serão para deficientes visuais e taminstaladas. “Estamos cimen- bém alargar a entrada para os tando as calçadas e onde for banheiros, que serão adaptados. possível vamos deixar as ruas “Muitas vezes, pensa-se muimais largas”, acrescentou. Além to no cadeirante, mas esquedisso, às árvores tomam conta cem das outras deficiências”, de boa parte do calçamento, o lembrou. Andreia afirmou que O QUE O MP QUER

ESTACIONAMENTO • Demarcação de mais uma vaga para pessoas com deficiência • Criação de mais duas vagas para idosos • Criação de faixa de pedestre elevada na entrada do cemitério (lombofaixa) • Adequação do pavimento do passeio público, rebaixamento de guias e rampas de acesso • Troca das grelhas existentes • Instalação de telefone público (altura: 1,20m)

CEMITÉRIO E VELÓRIO • Fim dos degraus nas capelas • Extensão do balcão de atendimento • Instalação de banheiros adaptados • Piso tátil de alerta e corrimãos • Ossário com sinalização tátil e placas em Braille Fonte: Cemitério da Paz – Prefeitura de Poá

vai verificar a possibilidade de incluir as sugestões.

Análise

Na avaliação do engenheiro civil Gérsio Ignácio, de acordo com a norma 9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o corredor de banheiro público tem que ter uma largura mínima de 1,50 metro. “Esta medida é porque se prevê um fluxo de pessoas no corredor e também espaço para o cadeirante poder manobrar a cadeira. E as portas precisam abrir para o lado de fora a uma largura de 80 centímetros”, explicou.

Já sobre as rampas, o engenheiro destacou que não pode haver qualquer degrau (D.F.)

ENTENDA

PARA CONHECER AS LEIS QUE FALAM SOBRE A ACESSIBILIDADE O Crea-SC lançou uma cartilha bem didática sobre o assunto: http://bit.ly/cartilha-crea O governo federal publicou a ABNT 9050/04: http://bit.ly/ABNT9050

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DIFÍCIL ACESSO

VAGA DE ESTACIONAMENTO para cadeirante só permite o embarque e desembarque do lado do passageiro

PRÉDIO HISTÓRICO possui muitas escadas, o que dificulta o acesso às salas e até ao gabinete do prefeito

PAÇO MUNICIPAL RECEBE “NOTA ZERO” EM ACESSIBILIDADE

Por ser um local público de maior frequência e por pessoas com diferentes necessidades na cidade, espaço carece de melhorias DELCIMAR FERREIRA

O

Paço Municipal de Poá foi o terceiro local visitado pela blitz do Plural nas questões de acessibilidade. O prédio que data do século passado precisa de uma reforma estrutural.

As diversas escadarias existentes para acessar os vários departamentos da Prefeitura e, até mesmo, o gabinete do prefeito, impossibilitam qualquer pessoa com deficiência de adentrar nas salas sozinho.

Ao chegar no Paço e estacionar o carro na vaga reservada, Alexandre aponta que a faixa zebrada destinada ao embarque e desembarque de pessoas está pintada apenas para o lado direito de quem estaciona de frente, ou seja, para o lado do passageiro. “O motorista aqui nunca conseguiria sair do carro sozinho, até porque as vagas são estreitas e não dá para entrar de ré com outros carros nas demais vagas”, disse.

Na avaliação do engenheiro civil, Gérsio Ignácio, a vaga para pessoas com deficiência pode ser adaptada. “Ao meu ver, isso teria que estar do outro lado, desta forma, cria-se duas vagas para portadores de necessidades especiais”.

A Secretaria de Transportes,

por outro lado, informou que fará um estudo, mas ressaltou o pouco espaço existente no local.

Depoimento

Prédio histórico

Por se tratar de um prédio histórico, existe a preocupação de evitar a descaracterização da arquitetura e demais características particulares do imóvel. Porém, Ignácio fez questão de afirmar que isso não pode ser um impeditivo para não oferecer acessibilidade a todos. “Em caso de ser um prédio tombado pelo Condephaat ou órgão correlato, é ele que tem que estudar. Mas o decreto 5.296 é claro. Não se excetua nada.

Tudo tem que ser adaptado. É o direito de ir e vir que está em questão”, disse.

Outro lado

A Prefeitura declarou que reconhece que alguns prédios municipais estão em desconformidade porque foram construídos no século passado. A orientação é para que na impossibilidade do cidadão acessar os departamentos, os servidores podem até irir até o cidadão.

Alexandre classifica o Paço como um dos piores locais públicos. “Por se ser um local muito frequentado e por pessoas diversas, considero o pior”.

DISTÂNCIA entre o trem e a plataforma, em alguns casos, ainda preocupa

Estação Calmon é acessível, mas embarque é penoso Em outro ponto da cidade, a reportagem convidou Alexandre de Paula para um passeio de trem. A intenção era analisar todos os recursos de acessibilidade disponíveis na estação Calmon Viana, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O local reformado em 2010, contém diversos equipamentos, desde rampas, elevadores, pisos táteis, banheiros adaptados, placas em braille, entre outros.

Mas, diferentemente do acesso à estação ferroviária, o acesso às composições ainda é um desafio. O trem que veio sentido Guaianazes era o

moderno Expresso Leste. Neste caso, não houve problemas no embarque e desembarque, uma vez que a altura e o vão entre o trem e a plataforma estão nivelados. Na volta, em Antônio Gianetti Neto, a composição que veio de São Paulo era de frota antiga. Alexandre teve dificuldades para entrar e só conseguiu com o apoio do repórter. “Se você verificar, no final da plataforma a altura e o vão são maiores do que quem pega o trem no meio”, observou o professor. Os agentes ferroviários se mostraram prestativos e ofereceram auxílio a todo instante.

Na viagem, a reportagem encontrou Antonio Donizete Gonçalves, de 41 anos, deficiente visual. Em uma conversa de 15 minutos, ele lamentou as condições de acessibilidade e comparou São Paulo a terra natal, Canoas-RS. “Eu mesmo não quero ficar aqui porque não me acostumei. Os motoristas não respeitam. As vagas não são respeitadas. Lá eu ando tudo na Região Metropolitana. Aprendi a andar sozinho e não encontrei a dificuldade que encontrei para andar aqui”.

Outro lado

A CPTM esclarece que nas obras de modernização da estação Calmon Viana, as plataformas foram ajustadas, com regularização e elevação do seu nível em concreto. Novos pisos antiderrapante para alto tráfego substituíram os antigos, de cimento. Já a estação Poá, que passa por obras, também terá as plataformas ajustadas.

A companhia informa que a distância entre os trens e a plataforma é devido aos trens de carga, mais largos. A frota de passageiros está equipada com estribos e os usuários são alertados por avisos sonoros nos trens e estações. (D.F.)

POSTO DA BANDEIRANTE TEM RAMPA EM INCLINAÇÃO ELEVADA Na agência da EDP Bandeirante, localizada na Avenida Nove de Julho, no Centro.

Alexandre relata que no ano passado teve que reivindicar o direito de ser atendido dentro do prédio. “A entrada não tinha rampa de acesso. Eu disse que queria ser atendido, mas como não consigo dobrar minhas pernas era impossível. Um funcionário afirmou que iria me atender do lado de fora. Recusei. Tiveram que me carregar para eu entrar e ser atendido”, lembra.

Após quase um ano do episódio constrangedor, Alexandre se alegrou ao ver que agora há um elevado da própria calçada que dá acesso a agência da EDP. Mas, o engenheiro civil Gérsio Ignácio observou: “As rampas têm que ter uma inclinação mínima e o que está se criando é mais um obstáculo”.

A EDP informou que investe em melhorias das agências e que a loja de Poá passará por reformas e obras de adequação em sua estrutura. (D.F.)

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CIDADANIA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

ESTATÍSTICA

Conselho sofre com falta de quórum para decisões

REGIÃO TEM 658 CASOS DE VIOLÊNCIA EM 15 MESES DELCIMAR FERREIRA

Na última reunião de 2015, apenas três pessoas participaram do encontro na Casa dos Conselhos; participação é fundamental para discutir propostas de políticas públicas destinadas a atender este segmento Delcimar Ferreira

LEANDRO DE JESUS Colaboração para o Plural

A

nova gestão do Conselho Municipal de Pessoas com Deficiência e Mobilizada Reduzida de Poá aposta no potencial do órgão, mas vê reduzida sua capacidade de atuação diante da falta de participação dos membros da sociedade civil e os do Poder Público. Este é o principal desafio do colegiado, que é responsável pela formulação e acompanhamento de políticas públicas para o segmento, mas que só registrou a presença de apenas três pessoas na última reunião, em dezembro.

As ações poderiam ser mais efetivas, aponta a presidente do Conselho, a assistente social Denise Teixeira Santos.

“Esta gestão assumiu em outubro de 2015, mas eu já era conselheira da gestão anterior. Poderia ser muito mais atuante. Em muitas reuniões não tinha quórum. As pessoas não vêm e não justificam, principalmente, as vinculadas à sociedade civil. Já há muito tempo, a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), por exemplo, que é diretamente interessada no tema, não participa. A gente manda ofício, pede a participação, mas

DENISE E VANESSA também se queixam da ausência de pessoas portadoras de necessidades especiais dentro do órgão consultivo

“As pessoas precisam participar e não só ficar criticando o governo.” não comparecem”, detalhou.

A presidente explica ainda que, sem quórum, as ações ficam limitadas, pois não se pode tomar decisões. Para mudar o regimento interno, por exemplo, é necessária a solicitação de

Grupo pretende identificar deficiência predominante Ideias não faltam ao Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de Poa. O órgão pretende neste ano promover um mapeamento dos deficientes da cidade, de modo a juntar os dados, identificar qual a deficiência mais expressiva para que o conselho possa atuar com base em números reais, inclusive para atuar junto aos vereadores na proposição de leis.

O grupo já pediu dados aos órgãos municipais, como a Secretaria de Educação, Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social, bem como as entidades civis da sociedade e, já em fevereiro, deve começar a tabular as informações, como local de residência, idade e tipo de deficiência. “A ideia é ter um parâmetro para conseguir trabalhar. O mais importante é fazer sentido, se não, a gente

2/3 dos membros. “Deu para contar nos dedos quantas reuniões teve este número. Em dezembro, a gente fez uma reunião e tinha apenas três participantes, sendo dois do governo e um da sociedade civil. Nem a conferência municipal a gente conseguiu organizar. Fica muito difícil atuar”, desabafou.

Outro detalhe chama a atenção na composição do

órgão. Nenhum dos membros indicados pelo Poder Público ou pelas instituições tem algum tipo de deficiência. É o que explica a fonoaudióloga Vanessa Falbo Simões Mariano, segunda secretária do órgão. “A gente gostaria muito que as próprias pessoas com deficiência participassem.

Não tem nenhum deficiente no conselho. Na gestão anterior tinha o presidente. Na

nossa primeira reunião, teve uma ouvinte mas nunca mais voltou”, informou. É um espaço que deveria ser melhor aproveitado, explica a presidente. O conselho tem um potencial muito grande, mas está sendo subestimado e pouco utilizado. “As pessoas precisam participar e não só ficar em casa criticando o governo.

Tem de participar dos espaços de controle social”, concluiu.

não consegue efetivar a ação, se não tiver dados concisos com a realidade”, explicou a presidente.

O conselho deve retomar algumas das atividades que foram realizadas em 2015, como um encontro realizado no Reino da Garotada, no qual foi debatido a superação de problemas para o estudo e outro, realizado em novembro, no qual uma representante do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) falou sobre o PL 142/2013, que trata da aposentadoria da pessoa com deficiência.

As conselheiras explicaram ainda que um dos trabalhos

já realizados foi fiscalizar as é um caminho para denúncias unidades do programa Minha de violência contra deficientes.

Casa Minha Vida e visitar órgãos “A denúncia a gente encaminha municipais. Elas comentaram para os órgãos competentes também que uma proposta do e, se for o caso, para o Miniscolegiado, repassada ao então tério Público”, salientou. (L.J.) prefeito Francisco Pereira de Sousa (SD), o Testinha, busCONSELHO MUNICIPAL DA cava a criação de um deparPESSOA COM DEFICIÊNCIA E MOBILIDADE REDUZIDA tamento na Prefeitura com o objetivo de pensar as políticas Reuniões: Toda 2ª do segmento, mas até hoje quinta-feira de cada mês não foi implementado.

Próxima reunião: 11 de fevereiro A presidente do órgão inforLocal: Casa dos Conselhos mou também que o grupo deve trabalhar em parceria com o Horário: 9h recém-criado Conselho MuniPúblico: Qualquer pessoa pode participar como ouvinte cipal da Mobilidade Urbana e lembrou que a entidade também

Um beliscão, um tapa, uma queda proposital. A realidade de quem tem algum tipo de deficiência e se encontra incapaz dentro de casa, muitas vezes, é silenciosa. Mas dados inéditos da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência expõem estes casos em números. No Alto Tietê, por exemplo, 658 ocorrências de violência contra estas pessoas foram registradas em 15 meses nas delegacias da região.

Isso dá uma média de 40 casos por mês. Em mais de 72% das situações, o agressor é alguém da família e 65% das vítimas tem mais de 40 anos. Entre os tipos de crimes, quase um terço é classificado de crimes contra a pessoa, entre eles, a ameaça, o que corresponde a 9,4% dos registros policiais.

Poá aparece no levantamento com 36 casos. Recentemente, imagens de câmeras de segurança flagraram em Jundiaí, um rapaz que aparentemente oferecia ajuda a um cadeirante, mas na verdade, ele se aproveitou da situação para furtá-lo. O caso repercutiu em nível nacional.

O mais impactante é saber que esta é uma violência diretamente relacionada à família. “Dizer que 72% dos agressores são membros da própria família, não sei nem dizer se surpreendeu ou não. A gente desconhecia isso. É um número alto”, analisa o coordenador de Desenvolvimento de Programas da Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência, Luiz Carlos Lopes.

CONFIRA NÚMERO DE CASOS POR CIDADE MUNICÍPIO Nº CASOS Mogi 226 Suzano 126 Itaquá 111 Ferraz 82 Poá 36 Arujá 31 Guararema 15 Santa Isabel 14 Biritiba Mirim 13 Salesópolis 4 TOTAL 658 Fonte: Secretaria de Estado de Segurança Pública

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Incluir não é favor, mas troca. Quem sai ganhando nesta troca somos todos nós em igual medida. Conviver com as diferenças humanas é direito do pequeno cidadão, deficiente ou não.”

ANTENADOS CURSO: LIBRAS EAD O grupo de Mídias Digitais da USP criou um site exclusivo com um curso gratuito a distância para quem deseja aprender a língua dos sinais. Por meio da plataforma Stoa, o usuário terá acesso a dezenas de vídeo aulas, material didático e atividades livremente.

SITE: http://disciplinas.stoa.usp.br/

Marcelo Correa

EDUCOM

Claudia Werneck,

jornalista e escritora

SUPORTE

Rede estadual aperfeiçoa ações para alunos especiais

Atendimento personalizado e suporte na rotina escolar ajudam a aumentar a inclusão social no ambiente A2 Fotografia

SUÉLLER COSTA Colaboração para o Plural

A CURSO: BRAILLE ON-LINE Os interessados em aprender o sistema de leitura para cegos podem acessar o curso Braille Virtual, organizado pela Faculdade de Educação (FE), da USP. Gratuito e on-line, ele se baseia em animações gráficas e é destinado à difusão e ensino desse código a pessoas que veem.

SITE: www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/

VOCÊ SABIA? DIA MUNDIAL DO BRAILLE O Dia do Braille é celebrado em 4 de janeiro e presta uma homenagem ao criador dessa linguagem, que nasceu nesta data. Ele se chama Louis Braille, um francês que perdeu a visão ainda criança, aos 3 anos, após brincar com ferramentas de seu pai. A partir de então, ele criou um sistema de pontos em relevo utilizados por militares para comunicação secreta e que simplificou e aprimorou o código.

Esse sistema de leituras para cegos, que levou o seu nome, foi idealizado quando ele completava 16 anos.

inclusão de alunos que apresentam alguma deficiência está cada vez mais acentuada nos espaços educativos. Desde a regulamentação de normas que garantem a inclusão dessas crianças e jovens no sistema regular de ensino, cresce a preocupação com a propagação da Educação Especial e Inclusiva e a preparação dos profissionais do ensino. Conhecidas como PCDs, as pessoas com deficiências receberam um novo olhar a partir da implementação das novas regulamentações, dentre elas, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) n.º 4.024/61, que ao garantir o direito desse grupo à educação escolar, ultrapassou as barreiras do simples assistencialismo, da terapia ocupacional, da execução de trabalhos manuais, e garantiu a inclusão social.

No ambiente escolar, elas são aprendizes em crescente potencial e que buscam um espaço na sociedade. A rede estadual de ensino, para atender à LDB e à Constituição Federal, conta com um núcleo especializado, voltado à formação dos profissionais e ao atendimento personalizado dos alunos. Na Diretoria Regional de Ensino de Itaquaquecetuba, que atende as escolas estaduais de Itaquá e de Poá, há uma equipe preparada para dar assistência aos 827 alunos com alguma deficiência matriculados nas 60 escolas sob supervisão dessa rede de ensino. De acordo com a professora coordenadora do Núcleo Pedagógico responsável pela Educação Especial, Cintia Souza Borges de Carvalho, existem as deficiências intelectual, auditiva, visual, físi-

SERVIDORES fazem capacitações oferecidas pela Secretaria de Educação ao longo do ano letivo para aprimorar ações pedagógicas com as PCDs

ca e transtornos globais do desenvolvimento (autismo); e, também, as deficiências múltiplas, que incluem as necessidades físicas e intelectuais e a baixa visão. “Para atendermos cada uma delas, contamos com uma equipe pedagógica devidamente preparada. Dessas deficiências, a intelectual é a que tem maior demanda; e os surdos a que tem a menor. No entanto, para todas, existe um atendimento especializado, inclusive, os alunos com altas habilidades e superdotação, que também estão nesse grupo especial. A todos oferecemos salas de recurso para auxílio no contra turno, apoio complementar, interlocutores de Libras nas salas, que são professores com domínio nessa linguagem; cuidadores nas unidades escolares para auxiliar os alunos, em especial, na sua higiene; além do transporte escolar e a preparação dos educadores. Para que possam receber esse público, a Secretaria

de Educação oferece cursos de Libras, Braile e Soroban adaptado”, explica.

Inclusão

Para a educadora, permitir o acesso à educação a esse grupo especial é o caminho para garantir a inclusão das PCDs na sociedade. “Acredito que se trata de um processo, e que ele vem sendo construído aos poucos. Esses alunos são muito receptivos, têm interesse, vontade de fazer e ajudar, e os demais estudantes os recebem muito bem. A inclusão não é um benefício apenas ao aluno com necessidades especiais, como também a toda equipe escolar pois, de forma conjunta, todos evoluem e se transformam em cidadãos críticos e participativos na sociedade”.

Além do trabalho nas escolas, a Diretoria de Ensino procura desenvolver algumas ações especificas, dentre elas o Dia do Surdo, celebrado em 26 de setembro.

ONG oferece curso de Libras no Alto Tietê O Centro Educacional de Libras (Celibras) é o resultado do Dia do Surdo, ação realizada pela Diretoria de Ensino da Região de Itaquaquecetuba que reúne a comunidade surda para receber atrações especiais. A união entre esse público resultou na idealização dessa associação, que foi oficializada em dezembro de 2015 com o objetivo de oferecer cursos profissionalizantes às pessoas com deficiência auditiva e preparatórios para a sociedade em geral, como, por exemplo, de Libras. “Queremos ampliar a qualificação dessas pessoas para o mercado de trabalho. Mas sem deixar de atender os ouvintes, ou seja, aqueles que se interessam em aprender a linguagem de sinais, tão importante para, de fato, garantirmos a inclusão na sociedade. Acredito que

a inclusão está engatinhando, mas ainda não está completa, pois há muito o que fazer, por exemplo, encontro muitos professores despreparados para atender alunos surdos”, comenta o educador e intérprete de Libras da rede estadual Nivaldo Santana, vice-presidente da Celibras.

A associação conta com 13 pessoas em sua equipe, formada por educadores especializados em Educação Especial e pessoas com deficiência auditiva. As atividades começam neste mês, com a inscrição para as primeiras turmas dos cursos de Informática e Libras. Os interessados devem se inscrever até o dia 25 de janeiro diretamente na sede, localizada na Rua da Liberdade, 45, no centro de Itaquá. Informações pelo telefone 46414821. (S.C.)

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ACONTECE

DESCONTRAÇÃO

LIVROS LARS GRAEL EDUARDO OHATA

Edições de Janeiro Referência no esporte nacional e internacional, o campeão olímpico de vela, Lars Grael, narra sua biografia, lançada pelo Edições de Janeiro, para o jornalista e autor Eduardo Ohata. Sua trajetória de vida, seus valores e histórias de família são contados do ponto de vista do próprio Lars, conferindo ao leitor uma intimidade com o biografado.

FILMES INTOCÁVEIS ERIC TOLEDANO, OLIVIER NAKACHE Filme narra a história de Philippe (François Cluzet), um aristocrata rico que após sofrer um grave acidente fica tetraplégico. Precisando de assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um homem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos ele aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. Philippe se afeiçoa cada vez mais a Driss por ele não tratá-lo como um “pobre coitado”.

COLEGAS MARCELO GALVÃO

POÁ

Teatro Municipal oferecerá estrutura apropriada às PCDs Prédio foi projetado para oferecer rampas, elevadores, poltronas especiais para cadeirantes, e quando for aberto há previsão de ter intérprete de Libras SUÉLLER COSTA Colaboração para o Plural

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Teatro Municipal, em Poá, que tem previsão de inauguração para 2016, será totalmente acessível para as pessoas com deficiência. Quem garante é a Secretaria de Cultura da cidade. O local em fase final de construção contará com elevadores, rampas e poltronas especiais para cadeirantes.

Para as futuras apresentações, a proposta é inserir intérpretes da Linguagem Brasileira

de Sinais (Libras) para ajudar na interpretação de todas as atrações. Além disso, a audiodescrição é um importante acessório para auxiliar na compreensão, e, também, pode estar entre as ações.

Segundo o secretário de Cultura de Poá, Douglas Aspasio, há, sim, uma atenção especial a essas pessoas. “No momento, não existe um projeto pronto neste sentido, mas, com certeza, nos preocupamos com esse público e queremos atendê-los da melhor forma possível. Há um planejamento

de ações para que todas as pessoas com deficiência se sintam devidamente incluídas em nossas atrações. A inclusão do intérprete de Libras é uma delas”, comenta.

Estrutura

Conforme divulgado em outras edições, o Teatro da Estância Hidromineral pretende alavancar o potencial turístico da cidade e disseminar a cultura local. Com as obras atrasadas, agora na reta final, o centro cultural contará com quatro pavimentos e

abrigará recepção, bilheteria, sala de teatro (plateia, balcão e camarotes), sala de projeção, palco, sub-palco, armazém de cenários, sala de adereços, camarins, refeitório, gabinete administrativo e da própria Secretaria de Cultura, que terá sua sede no imóvel.

Além disso, haverá espaço para funcionários, biblioteca e midiateca, salas de dança, instalações sanitárias e áreas técnicas. Dois elevadores também fazem parte da estrutura. O local terá capacidade para 604 pessoas.

Delcimar Ferreira

Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pook) e Márcio (Breno Viola) eram grandes amigos e viviam juntos em um instituto para portadores da síndrome de Down, ao lado de vários outros colegas. Um belo dia, surge a ideia de sair dali para realizar o sonho individual de cada um e inspirados pelos inúmeros filmes que já tinham assistido na videoteca local, eles roubam o carro do jardineiro (Lima Duarte) e fogem de lá. A imprensa começa a cobrir o caso e a polícia não gostou nem um pouco dessa “brincadeira”. Para resolver o problema, coloca dois policiais trapalhões no encalço dos jovens, que só querem realizar os seus sonhos e estão dispostos a viver essa grande aventura.

JANELA DA ALMA JOÃO JARDIM E WALTER CARVALHO

ESPAÇO terá quatro pavimentos e abrigará recepção, bilheteria, sala de teatro, sala de projeção, entre biblioteca, midiateca, entre outros

AGENDA CULTURA TEATRO: INTOCÁVEIS

A Pinacoteca do Estado de São Paulo está com a mostra “Transver – fotografias feitas por pessoas com deficiência visual” que reúne os trabalhos dos alunos do Curso de Fotografia para Deficientes Visuais, realizado pelo Núcleo de Ação Educativa. Os ingressos custam até R$ 6. Local: Praça da Luz, 2 - Bom Retiro - SP.

MÚSICAS MÚSICA (TOP 5) VIAGEM DE FÉRIAS

MAYBE I’M AMAZED PAUL MCCARTNEY

VAMOS FUGIR - SKANK NA ESTRADA - MARISA MONTE HAND IN MY POCKET - ALANIS MORISSETTE TRAVELLING WITH HS - HELLO SAFERIDE

MOSTRA: TRANSVER

O Teatro Renaissance recebe a partir de 15/01 o espetáculo Intocáveis, com Val Perré (que substitui Airton Graça), Marcello Airoldi e grande elenco. A peça é a adaptação do filme francês no País. Local: Alameda Santos, 2.233 - Jardim Paulista, São Paulo - SP

DIVERSÃO: BOLINHAS Divulgação

Dezenove pessoas com diferentes graus de deficiência visual, da miopia discreta à cegueira total, falam como se vêem, como vêem os outros e como percebem o mundo. O escritor e prêmio Nobel, José Saramago, o músico Hermeto Paschoal, o cineasta Wim Wenders, o fotógrafo cego franco-esloveno EvgenBavcar, o neurologista Oliver Sacks, a atriz Marieta Severo, o vereador cego Arnaldo Godoy, entre outros, fazem revelações pessoais e inesperadas sobre vários aspectos relativos à visão.

O Shopping Taboão recebe o Parque de Bolinhas, que conta com uma piscina gigante de bolinhas. A atração vai de 10 de janeiro a 28 de fevereiro, e o ingresso custa R$ 15 e dá direito a 30 min. de brincadeira.

Após esse período, será cobrado R$ 0,50 por minuto.

Rodovia Regis Bittencourt, 2.643 Centro - Taboão da Serra. (11) 2699-4000.

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PARA TODOS

CONHEÇA ESPAÇOS CULTURAIS ACESSÍVEIS NO ALTO TIETÊ

Plural indica cinco centros de promoção cultural na região, que oferece atrações e garante o acesso às pessoas com deficiência Divulgação

SUÉLLER COSTA

CULTURA ACESSÍVEL

Colaboração para o Plural

O

acesso à cultura às pessoas com deficiência deveria ser um direito conquistado. Infelizmente, ainda há poucos espaços que têm esse cuidado. Aos poucos, as secretarias de Cultura da região começam a ter essa preocupação. Pensando nisso, o Jornal Plural fez uma lista dos melhores centros culturais do Alto Tietê que garantam acessibilidade, interatividade e participação deste público (veja relação no ao lado).

Os órgãos públicos estudam projetos que possam estender essa inclusão por meio de apresentações com intérpretes de Libras, audiodescrições e equipes devidamente preparadas para atendê-los, conforme as suas necessidades. Segundo a secretaria de Cultura de Guararema, “o acesso aos bens culturais de uma cidade deve ser pleno, ou seja, voltado a todos os cidadãos. Para isso, o caminho é viabilizar o diálogo com a população, verificar as necessidades e implantar políticas públicas para que as pessoas que apresentam alguma deficiência exerçam a cidadania e tenham assegurados os seus direitos de acesso à Cultura”. Nesta cidade, todos os espaços culturais contam com estrutura apropriada, mas a Estação Literária é um dos principais. Totalmente acessível, ele possui recursos apropriados e uma equipe preparada para atender esse segmento nas diversas necessidades especiais de cada um e nas diversas atrações que o local

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TEATRO VASQUES - MOGI

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CENTRO DE EDUCAÇÃO E CULTURA “FRANCISCO CARLOS MORICONI” - SUZANO

O espaço cultural passou por reformas em 2013 e 2014, após um investimento de aproximadamente R$ 200 mil em equipamentos de última geração (luz e som) e treinamento da equipe técnica.

Rua Dr. Corrêa, 515 - Centro, Mogi Telefone: (11) 4798-1747

Recentemente, o espaço cultural passou por uma extensa reforma para garantir a acessibilidade aos seus frequentadores com mobilidade reduzida. O investimento foi de R$ 231.439,36 em rampas de acesso, sanitários e elevador, que será entregue em breve. R. Benjamin Constant, 682 - Centro, Suzano Telefone: (11) 4746-4403

3 ESTAÇÃO LITERÁRIA, em Guararema, foi escolhida por ser um dos locais que propiciam maior sensibilidade a

sedia. O destaque vai para um equipamento eletrônico com recursos de tecnologia assistiva, que auxilia a pessoa na leitura dos livros retirados da própria biblioteca, o que propicia sensibilidade a este público. Essa preocupação se estende em

Mogi é uma das cidades da região com maior quantidade de espaços culturais Mogi das Cruzes, uma das cidades da região com a maior quantidade de espaços culturais. Segundo a Secretaria de Cultura, todos são adaptados, e alguns passam por readaptações, como o Centro Cultural, inaugurado em setembro de

2015, que, em breve, receberá elevadores, para ampliar a acessibilidade. Nesta cidade, o destaque fica para o Teatro Vasques, que passou por reformas em 2013 e 2014 em sua estrutura, e os profissionais por uma preparação. A acessibilidade também está presente no Centro Municipal de Formação Pedagógica (Cemforpe), no Museu Expedicionários Mogianos, Casa do Hip Hop, Casarão do Chá, Ciarte, dentre outros. Mais que investir na estrutura, a pasta se preocupa com os profissionais dos espaços culturais; em 2014 e 2015, os colaboradores do Teatro Vasques e do Centro Cultural foram orientados quanto ao atendimento a pessoas com deficiência. Atualmente,

as apresentações do Projeto Pirimpimpim, por exemplo, realizam apresentações teatrais infantis com Libras, e o Estúdio Municipal de Áudio e Música, por sua vez, possui projetos para gravação de audiolivros para acessibilidade literária.

Em Suzano, os centros culturais dos bairros Palmeiras, Boa Vista e Colorado; e o Teatro Municipal Armando de Ré são locais com acessibilidade.

E, recentemente, o Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi passou por uma reforma para também garantir uma estrutura apropriada a esse público. De acordo com a pasta, por enquanto não há equipes de audiodescrição ou intérprete de Libras nas apresentações culturais.

DEFICIÊNCIA EM QUESTÃO / CLEYTON GONÇALVES

O INSTITUTO MARA GABRILLI produziu um guia de acessibilidade com informações sobre o acesso aos equipamentos culturais da cidade de São Paulo avaliados pela equipe do projeto. O guia impresso e audiolivro está no site: http:// acessibilidadecultural.com.br

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ESTAÇÃO LITERÁRIA GUARAREMA O centro cultural é completo em termos de acessibilidade. Conta com os recursos e equipe preparada para atender ao público.

R. Cel. Ramalho - Centro, Guararema Telefone: (11) 4695-3871

CENTRO CULTURAL DE MOGI Inaugurada em setembro de 2015, nesta unidade está em fase de planejamento a estrutura de elevadores para dar acessibilidade aos outros espaços no local. Os demais espaços possuem rampas, sanitários adaptados e outras necessidades. Av. Cap. Manoel Rudge, 1718 - Parque Monte Líbano, Mogi das Cruzes - SP - Telefone: (11) 4725-2318

CEMFORPE - MOGI Apesar do Centro Municipal de Formação Pedagógica ser sede de eventos e formações direcionadas aos educadores da cidade, a estrutura conta com um auditório que é sede de várias atrações culturais, de espetáculos teatrais a musicais. Trata-se de um local com uma estrutura apropriada e acessível às pessoas com deficiência. R. Antenor Leite da Cunha, 55 - Nova Mogilar, Mogi das Cruzes Telefone:(11) 4699-3429

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EDITORIAL

NO PÉ DO OUVIDO DELCIMAR FERREIRA

AZUIR

MPE pode questionar futura candidatura O ex-vereador de Poá, Azuir Marcolino Cavalcante (PTB), que foi escolhido para ser vice na futura chapa de Geraldo Oliveira (SD), poderá ter sua pretensa candidatura questionada na Justiça Eleitoral.

SEM EFEITO

Recurso no TSE sobre a Ficha Limpa foi prejudicado Em 2010, Azuir concorreu como candidato a prefeito e não teve os votos computados porque teve a candidatura impugnada por se enquadrar na Lei da Ficha Limpa. O petebista recorreu da decisão no Tribunal Regional Eleitoral e perdeu. Já no TSE, o recurso ficou prejudicado.

FISCALIZAÇÃO

Cerco contra “fichassujas” será apertado Isso porque a lei determina que passados um ano e cinco meses da eleição todos os recursos perdem o efeito e todas as candidaturas serão reavaliadas pela Justiça Eleitoral a cada pleito realizado. O MPE tem farto banco de dados, suficientes para barrar “fichas-sujas”.

CORREDOR METROPOLITANO

Divulgação

EDITORIAL

PALPITE

MAIOR DEFICIÊNCIA

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les não são invisíveis. 45 milhões de pessoas no Brasil não podem ser ignoradas. Não é pela quantidade apenas, mas pelo o que eles representam. São cidadãos, possuem direitos e deveres e, ao contrário do que alguns possam achar, não são vulneráveis, são ativos.

Basta oferecer-lhes oportunidade e estrutura adequadas ao trabalho, ao lazer, à moradia, à assistência social e em tantas outras áreas.

Como os leitores de Plural notaram nas páginas desta edição, trouxemos para a pauta as pessoas com deficiência. Era necessário que isso ocorresse. Sobretudo em nossa região, em que ainda estamos tão distantes de lhes garantir autonomia. As reportagens produzidas pela nossa equipe de jornalistas podem sensibilizar o cidadão comum, a sociedade, as autoridades e, quem sabe, o Poder Público, a quem cabe um papel fundamental e constitucional de garantir a eles direitos básicos à saúde, à educação e à cultura. É bem verdade que nos últimos anos, o País tem avançado no aspecto legislativo. Em julho do ano passado, a Câmara dos Deputados aprovou a Lei Brasileira da Inclusão, um marco legal que estipula uma série de obrigações aos governos, às empresas e instituições privadas de ensino, entre outras. Também do ponto de

ARTIGO

vista da mobilidade urbana houve avanços.

Calçadas rebaixadas, niveladas, rampas de acesso, elevadores no transporte coletivo. Mas ainda estamos distantes de uma acessibilidade plena, tal como se observa em outros países.

A comprovação disso está na reportagem que abre esta edição. Alexandre, um rapaz de 37 anos, que tem dificuldades nos membros inferiores nos acompanhou em uma vistoria de alguns pontos de Poá e apontou onde há necessidade de melhorias e também onde estas já proporcionam uma melhor relação com a cidade.

O Plural entende que precisa cumprir sua função social e para isso trouxe este assunto para o centro do debate. É de se esperar que vereadores, secretários, promotores públicos, juízes, prefeitos dediquem seus olhares (ou melhor, sentidos) não apenas na função assistencial, mas na garantia de direitos e na oferta de qualidade de vida para este segmento da sociedade. A maior deficiência, por enquanto, está em não priorizar esta questão.

USE NOSSOS CANAIS PARA DAR A SUA OPINIÃO/CRÍTICA OU SUGESTÃO Facebook: fb.com/jornalpluralsp Twitter: @jornalpluralpoa e-mail: jornalpluralpoa@terra.com.br

CONSELHEIROS TUTELARES Agora vamos ver se esse novo elenco vai colocar a mão na massa. Boa sorte a todos e estamos de olho.

Thaty Rodrigues, pelo Facebook COPA SP Falar o quê? O time do União é fraco. Mesmo os dois melhores jogadores da zaga não entrariam em nenhum dos dois times que jogaram depois.

Antonio Guazzelli, pelo Facebook OCUPAÇÃO BENEDITA Sinto muito orgulho de ser um aluno Benedita... Objetivo alcançado com sucesso.

Viva a força estudantil... “Sou quem sou, porque somos todos nós.”

Marcelo Neves, pelo Facebook Delcimar Ferreira

AS REPORTAGENS PRODUZIDAS VISAM SENSIBILIZAR A TODOS, E PRINCIPALMENTE, O PODER PÚBLICO A QUEM CABE GARANTIR DIREITOS

VERA LUCIA

INCLUSÃO OU SEGREGAÇÃO?

Licitação BRT Alto Tietê na mira do TCE O TCE identificou irregularidades na licitação para a elaboração do projeto de construção do Corredor Metropolitano da EMTU, que irá ligar Arujá, Itaquá, Poá e Ferraz por corredores de ônibus. O principal problema foi o fato de empresas terem pago adiantado pelas propostas.

Rua Vinte e Seis de Março, 26 - Sala 5, Centro, Poá-São Paulo CEP: 08562-140 Telefone: 4639-6197

Qualquer tipo de deficiência física, seja ela por nascença, por acidente ou mesmo por doença, tem sua singularidade e especificidade.

De uma maneira ou de outra a deficiência física acaba limitando o nosso corpo.

No entanto, quando nos tornamos pessoas com deficiência, nossa situação ainda é mais complexa. Não estou querendo com isso construir uma espécie de gradação das deficiências, ou seja, que uma deficiência seja inferior ou superior a outra, pois só mesmo quem vivencia no dia a dia sabe de suas dificuldades.

Após um acidente muitas coisas precisam ser mudadas em nossas vidas. Para começar, precisamos muito do apoio da família e de amigos; precisamos de palavras de encorajamento e de incentivo e, muitas vezes, da boa vontade das pessoas. Logo após, precisamos aprender a desenvolver várias técnicas e habilidades que até então nem imaginávamos que conseguiríamos. E a nossa criatividade e imaginação? Como dizia Albert Einstein: ”A imagi-

nação é mais importante que o conhecimento”.

Sendo assim, damos asas a imaginação... Por exemplo, as pessoas amputadas dos braços.

Essas, precisam aprender a usar os pés no lugar dos braços. Já imaginaram? Eles fazem o serviço de casa, dirigem, digitam e escrevem: tudo com os pés. No meu caso, amputada de um braço, precisei aprender a escrever com o braço esquerdo, pois era destra e a posição do meu cérebro precisou ser modificada.

E as pessoas com tetraplegia? Esses então são formidáveis! Escrevem, digitam e pintam quadros com a boca! Penso que isso nos torna mais eficientes do que deficientes.

Caro leitor, enquanto você não acreditar na sua habilidade e capacidade, enquanto não der asas à imaginação e à criatividade, enquanto negar a sua atual realidade: aí sim você será um verdadeiro deficiente!

Vera Lucia é pedagoga, vice-diretora de escola e mantém o blog Deficiente Ciente

NOVA TAXA DE LUZ Aonde está a nova iluminação? Aqui no Jardim Áurea, nossas luzes continuam as mesmas. Um dia acende, outros não. Isso é uma falta de vergonha.

Dalmir Campos, pelo Facebook Isso é trabalhar para o povo? Já não basta a conta de energia estar tão cara? Onde pretendem empregar o valor arrecadado?

Investirão em novos projetos? O valor dos impostos cobrados já é suficiente para as contas de luz ...

Debora Axelson, pelo Facebook Eu acho errado cobrarem isso da gente. Já é tanto imposto que a gente não paga, não deveria ser cobrado da população.

Erly Ferrari, pelo Facebook

Jornalista responsável: Delcimar Ferreira MTB: 42.090/SP Conselho fundador: Charlene Salustiano, Delcimar Ferreira, José Carlos Manoel da Silva, Leandro de Jesus, Luciana de Jesus Freire Ferreira e Suéller Costa.

Conselho Editorial: Delcimar Ferreira, Fílipi Ferreira Lima, Geraldo Garippo, Leila Vieira dos Santos, Marco Antonio Senna, Sandro Soares (Sandro Testinha), Suéller Costa. Projeto Gráfico: Hommer e José Carlos CNPJ: 21.892.007/0001-35 | Tiragem: 6 mil exemplares | Publicação mensal | Impresso em Gráfica Lance (SP) | www.facebook.com/jornalpluralsp | jornalpluralpoa@terra.com.br

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Delcimar Ferreira

POLÍTICA CÂMARA DE POÁ

EM BRASÍLIA LEANDRO DE JESUS

Pautas-bomba 2016 promete ser agitado no Congresso Nacional. A Comissão do Impeachment deverá ser formada novamente e tomar uma primeira decisão sobre a denúncia contra a presidenta Dilma e os parlamentares devem decidir sobre o pedido de cassação de Eduardo Cunha. A Câmara poderá votar em plenário o Estatuto de Controle das Armas, flexibilizando o processo de compra. O Senado pode votar a PEC da redução da maioridade penal e o Estatuto das Empresas Públicas e há intenção do governo de encaminhar de um projeto de lei que flexibilize a CLT, garantindo o negociado sobre o legislado.

Fernanda di Castro/Câmara dos Deputados

LEITURA DO RELATÓRIO final da CEI do Minha Casa, que foi arquivada, foi lida em novembro pelo secretário da Câmara, Alexandre Provisor (PSL)

2016 SERÁ DECISIVO PARA CONCLUSÃO DE INVESTIGAÇÕES As primeiras sessões do ano poderão dar um termômetro de como estará o relacionamento dos vereadores com o Executivo em ano eleitoral LEANDRO DE JESUS Colaboração para o Plural

PROJETOS IMPORTANTES APROVADOS EM 2015

A

s primeiras sessões de 2016 na Câmara de Poá serão decisivas para avaliar o atual relacionamento dos vereadores com o Poder Executivo em ano eleitoral, assim como será importante para punir ou não agentes públicos que estejam envolvidos em denúncias de corrupção, que estão sendo apuradas nas Comissões Especiais de Inquérito (CEIs) das Horas-Extras e do Aluguel de Automóveis.

A comissão das horas-extras já tomou depoimento do prefeito Marcos Borges (PPS), de Francisco Pereira de Sousa (SD), o Testinha, cassado em 2014, dos ex-secretários de Saúde, Ali El Kadri e Cláudia Cristina de Deus, e do ex-secretário de Administração, Romualdo Cunha. O grupo de vereadores, presidido pelo vereador Luiz Antônio Soares de Oliveira (SD), o Tonho de Calmon, apura possíveis pagamentos irregulares a servidores da saúde desde 2009. Segundo

Minha Casa, Minha Vida Divulgação

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• Convênio da Prefeitura para a instalação do Corpo de Bombeiros

• Corte de 75 cargos comissionados na Prefeitura

• PL que regulariza áreas como a Vila São Francisco (Raspadão), Vila Amélia, Jardim São José, Cidade Kemel

• Nova lei que institui a Contribuição de Iluminação Pública (Cosip)

• REAJUSTE DE 8% AOS SERVIDORES PÚBLICOS

• Fim da gratificação aos policiais civis

• Plano Municipal de Educação

• SUPERMERCADOS 24H

• Censo Animal

• Lei de Acesso à Informação

o denunciante, vereador Marquinhos da Indaiá (PDT), cerca de R$ 32 milhões teriam sido pagos irregularmente a médicos e funcionários.

A outra comissão em andamento apura possíveis irregularidades na licitação para locação de 24 veículos para a

Prefeitura. Segundo a denúncia, a empresa Estrela Turismo e Locação não cumpriu os termos do contrato. A denúncia aponta ainda envolvimento no esquema do ex-secretário de Transportes, Rubens de Souza e do secretário de Governo, Sidiclei Lessa.

• Passe livre para desempregado

A comissão que investigava a denúncia de possíveis irregularidades na concessão de imóveis no programa federal “Minha Casa, Minha Vida” arquivou o processo de investigação sobre o favorecimento de famílias que não precisavam do benefício. O relatório final redigido pelo relator Lázaro Borges (PROS) foi aprovado em 24 de novembro.

O documento apontou que “houve falha do Poder Executivo em fiscalizar o cumprimento das exigências para a concessão do benefício aos munícipes Lenilda Santos de Oliveira e José Roberto de Oliveira, bem como houve má-fé dos referidos munícipes ao adentrarem no programa e afirmarem que moravam em área de risco.

Embora a comissão também tenha identificado falha de ex-servidor público responsável pelo programa, não houve nenhum encaminhamento de punição e envio de denúncia ao Ministério Público ou ao governo federal.

FAÇA SEU PROJETO DE LEI Sua ideia pode dar início a um projeto de lei (PL) no Senado. Através do portal e-Cidadania, qualquer cidadão pode sugerir temas e, ao obter o apoio de mais de 20 mil cidadãos, a ideia será encaminhada à Comissão de Direitos Humanos, onde os senadores decidem se a sugestão dará ou não início a um PL. Desde 2012, cinco propostas alcançaram as adesões necessárias. Acesse www.senado.leg.br/ecidadania

VIOLÊNCIA SEM FIM O último dia de 2015 em Poá foi marcado pela morte do jovem Jadson Gersogamo, de 22 anos, assassinado após um roubo de celular. É mais uma perda diante das ineficazes e irresponsáveis políticas públicas de segurança que dizimam a juventude brasileira. De acordo com o Mapa da Violência, quase 25 mil jovens foram mortos por arma de fogo no Brasil, em 2012. Para reduzir estes números, caminha na Câmara, a passos lentos, o PL que institui Plano Nacional de Enfrentamento ao Homicídio de Jovens, projeto originado na CPI da violência contra os jovens pobres e negros.

BOA NOTÍCIA O Brasil conseguiu reduzir a extrema pobreza em pelo menos 63% entre 2004 e 2014, segundo análise feita pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea). A renda crescente, a diminuição da desigualdade de renda, além da melhoria dos programas de transferência de renda e o aumento da cobertura previdenciária explicam os números.

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ENTREVISTA

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CLÁUDIO COUTO

TATIANA FARAH

CLÁUDIO GONÇALVES COUTO

Da Agência Pública

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Profissão: Cientista político Currículo: Professor-adjunto no Departamento de Gestão Pública (GEP), na Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP), PósDoutorado em Ciência Política pela Columbia University (2006.)

Graduado em Ciências Sociais (1991), mestre em Ciência Política (1994) e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (2000). É colunista eventual de política do Jornal Valor Econômico e secretário adjunto da ANPOCS (Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais).

m entrevista à Agência Pública, Cláudio Couto avalia que, se a tramitação do pedido fosse iniciada hoje, seria improvável a saída da presidente. Ele afirma que a decisão de partir para o confronto com o deputado, tomada por Dilma e pelo PT, foi uma estratégia acertada para mostrar que o governo não se submeteu a uma chantagem.

Agência Pública: Como o sr. vê a proposta de impeachment encaminhada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)?

Cláudio Couto: Há vários aspectos a serem considerados.

O primeiro é o questionamento da legitimidade do aceite desse processo tendo em vista que Cunha se utiliza do cargo em benefício próprio para se proteger e retaliar seus desafetos. O segundo tipo de questionamento é formal, jurídico também.

Diz respeito ao seguinte: o tipo de transgressão que a presidente Dilma porventura tenha cometido neste ano, dos decretos relativos à meta fiscal, pode ser passível de algum tipo de punição mas necessariamente não é enquadrado como crime de responsabilidade. Uma coisa é a presidente se tornar inelegível; outra coisa é ela ser considerada autora de crime de responsabilidade de modo a justificar o seu impeachment. E mais: a aprovação da nova meta fiscal agora de uma maneira corrige o problema dos decretos. O terceiro ponto é que o pedido tem de passar pela comissão e, se o governo obtiver maioria para derrubar o parecer já na comissão, o caso morre aí. Se ele passa na comissão e vai a plenário, eu acho que hoje, apesar de todas as dificuldades do governo, acho improvável que o governo não tenha pelo menos um terço dos deputados para se manter.

Pública: O sr. considera o impeachment, então, improvável?

Couto: Acho que, apesar de todos os problemas, impeachment ainda é um desfecho improvável. Hoje, aqui, eu faria uma aposta de 80 a 20: 80% para não ter o impeachment.

Claro que o cenário pode mudar, novos elementos podem aparecer; mas, pelo que se tem até agora, acho difícil que esse processo prospere.

A presidente Dilma e todo o PT querem que aconteça imediatamente. Isso pode ser um tiro no pé ou é a melhor saída para o governo. A argumentação de Dilma e do PT é que se o processo se estender o país vai se arruinar.

Acho um argumento correto, de que você não pode prolongar um processo desse tipo por muito tempo. Fica uma indefinição, ninguém sabe se o governo vai, se fica, e isso prejudica tudo, investimentos, negociações políticas. É claro que o governo tem de apostar em uma aceleração do processo. A questão é o que o governo vai fazer para isso. A presidente poderia eventualmente convocar o Congresso no recesso para deliberar sobre isso. Seria um ato bastante ousado, em que ela mostra que quer encarar o problema, o que pode ser um elemento de fortalecimento. O outro lado da moeda é que pode azedar as relações com o Congresso mais ainda. Se ela convocar, não pode fazer isso unilateralmente: tem que primeiro conversar com os parlamentares, negociando essa convocação.

Pública: Para o sr. está claro que a aceitação do pedido de impeachment foi um ato de retaliação de Cunha contra o governo?

Couto: Não tenho dúvida sobre isso. Para mim, é tão claro quanto que o sol nasce todos os dias.

Pública: A presidente Dilma, ao falar do impeachment, disse que não era ela que tinha conta na Suíça, se referindo ao Eduardo Cunha. O sr. acha que há uma questão moral

hora. Se não, ele fica vendido o tempo todo.

“NINGUÉM PODE FICAR NAS MÃOS DE UM CHANTAGISTA” Para o cientista político e professor da FGV, apesar do cenário de crise, o momento é mais favorável à presidente Dilma do que ao pedido de impeachment aceito por Eduardo Cunha que pode afetar o processo tanto no Congresso quanto na opinião pública?

Couto: Evidentemente, se ter o Cunha como inimigo é ruim, pelo fato de que é um político terrível, agressivo, vingativo, chantagista e não tem escrúpulo para fazer o que for necessário para não só se proteger ou para prejudicar o adversário e é poderoso, com muito apoio na Câmara, por outro lado, ninguém consegue, impunemente, dizer que é aliado de Cunha. Fora o Paulinho da Força (SD-SP), que não teme esse desgaste, é difícil alguém entrar nessa. Então, se apresentar como inimigo

do Cunha é um trunfo. O governo mostra que “se ele está contra mim, alguma coisa de boa eu devo ter”.

Pública: Mas essa estratégia do PT e do governo de confronto com Cunha é correta neste momento ou é uma estratégia de risco?

Couto: Neste momento é o correto. O errado foi no começo do ano, na eleição da Câmara.

Ali era hora de se compor com Cunha. Mas agora é hora de bater. Ninguém pode ficar na mão de um chantagista. Portanto, recusar a chantagem e pagar para ver é algo que o governo tem de fazer nessa

O PSDB tem de pedir junto, e com muita ênfase também, a cabeça do Cunha para mostrar que, na realidade, “pau que bate em Chico bate em Francisco”

Pública: Como fica o PSDB endossando uma proposta do Cunha?

Couto: O PSDB tem de fazer um discurso de que o fato de Cunha ter dado o encaminhamento ao impeachment, por ser o presidente da Casa, não deslegitima o processo em si. Do ponto de vista procedimental, é um argumento correto. Agora, para que não pareça que o partido está do mesmo lado de um facínora como o Cunha, o PSDB tem de pedir junto, e com muita ênfase também, a cabeça do Cunha para mostrar que, na realidade, “pau que bate em Chico bate em Francisco”. Não é por que o PSDB é contra o governo que ele não vai ser contra o Cunha. Ao fazer isso, ele ganha legitimidade.

Pública: O sr. acredita que as manifestações contra o governo, do começo do ano, vão se repetir e se ampliar?

Couto: Elas têm agora um motivo que não tinham antes, que é o andamento do processo. Se elas têm fôlego, é outra história. É claro que essa mobilização pode voltar a se constituir, dependendo das denúncias que aparecerem, se for algo que chegue mais perto da presidente ou algo como “ela sabia de algum tipo de transgressão”. Porque elas já foram perdendo força e as redes sociais, é claro, vão mostrar fotos do Kim Kataguiri (líder do Movimento Brasil Livre, os protestos anti-Dilma) ao lado do Cunha…

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PLURALIDADE DIREITOS

LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO PASSA A VALER JÁ NESTE ANO

Texto reúne medidas a serem aplicadas no trabalho, saúde, ensino, moradia e assistência social para pessoas com deficiência

I

nstituída no dia 6 de julho de 2015, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), nº 13.146, começou a valer a partir do dia 2 de janeiro. A medida estabelece mudanças no trabalho, saúde, ensino, moradia, assistência social, lazer e qualidade de vida. Em seu artigo 1º informa ser “destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.

Pela nova lei, cabe à comunidade retirar barreiras, criar acessibilidade, incluir tecnologias assistivas, construir moradias acessíveis, modificar mobiliários entre outras providências (definidas no artigo 3º) para não “obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.”

Livro

CURITIBA inaugurou no ano passado o primeiro parque público adaptado para este público

Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência lançou o livro Estudo Comparado da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Escrito pela jornalista e assessora técnica de gabinete da secretaria Maria Isabel Silva, a publicação traz a íntegra da LBI, subsídios para

PLANOS DE SAÚDE As empresas estão obrigadas a garantir ao paciente com deficiência, serviços e produtos, sem cobrança de valores Du Amorim/A2img

Em evento promovido pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para discutir a nova legislação, a

Maurilio Cheli/SMCS (22-09-2015)

REPRESENTANTES das particulares alegam ser atribuição do Estado o atendimento a pessoas com deficiência

aplicá-la e a história do longo processo da elaboração até a aprovação.

Inovações

Em relação ao trabalho, cria o auxílio-inclusão para quem exercer atividade remunerada e mantém a Lei de Cotas, que prevê reserva de vaga para

ESCOLAS PODEM SER PROIBIDAS DE COBRAR CUSTO ADICIONAL DE ALUNOS PCDs A Lei Brasileira da Inclusão prevê ainda obrigações e proibições semelhantes em relação à educação. É ilegal a instituição de ensino (de qualquer nível e modalidade, pública ou privada) cobrar valor adicional (em mensalidade, anuidades e matrículas) de alunos com deficiência. Também é considerado crime recusa de ma-

trícula desse aluno (se houver vaga), discriminação e exigência de laudo médico (substituído pelo “biopsicossocial”, quando necessário).

Mas em agosto de 2015, a Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenem) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma Ação de Inconstitucionalida-

pessoa com deficiência ou reabilitada. Outra inovação é que o trabalhador poderá usar recursos do FGTS na aquisição de órteses e próteses.

Os planos de saúde estão obrigados a garantir ao paciente com deficiência serviços e produtos oferecidos aos demais segurados (artigo 22).

Também ficam proibidos de praticar qualquer discriminação e cobrar valores diferenciados.

De acordo com o artigo 23: “São vedadas todas as formas de discriminação contra a pessoa com deficiência, inclusive por meio de cobrança de valores diferenciados por planos e seguros privados de saúde, em razão de sua condição”. (Da Imprensa Oficial) de (ADI), com pedido de liminar, alegando que parte da lei fere a Constituição e pediu a suspensão da validade da regra. A Confenem não concorda que se imponha a toda e qualquer escola particular: assumir uma obrigação que pertence ao Poder Público. Na análise da liminar, o ministro Edson Fachim negou o pedido da representante das escolas particulares. A confederação recorreu e pediu análise do Pleno do STF. Assim, a situação que envolve as instituições privadas de ensino continua indefinida. (Com Delcimar Ferreira)

CONSELHO EDITORIAL Estas instituições compõem o Conselho Editorial Plural e têm o objetivo de propor, discutir e sugerir pautas, bem como avaliar a linha seguida pelo jornal. A composição dos atuais membros tem vigência de dois anos, conforme normas do conselho.

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VITÓRIA Delcimar Ferreira

EM ITAQUÁ

PROJETO INCENTIVA O PARADESPORTO Iniciativa desenvolvida na Secretaria de Esportes trabalha com a descoberta das potencialidades de crianças DELCIMAR FERREIRA

U

m projeto desenvolvido na Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba começa a colher frutos entre as pessoas com alguma deficiência. O estímulo a práticas paradesportivas como futebol de Sete PC, bocha adaptada, atletismo, basquete e até badminton reúne cerca de 260 atletas na cidade.

A iniciativa, que foi uma das finalistas do prêmio Ações Inclusivas, da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência no final do ano passado é coordenada por uma equipe de um professor, um fisioterapeuta e um voluntário apenas. O idealizador é Erasmo Ferreira da Trindade.

Com atividades as segundas, terças, quartas e sábados, o Ginásio Municipal Sumiyoshi

ACIDENTE DE MOTO MUDOU A VIDA DO PROFESSOR Essa motivação em querer descobrir um algo a mais nas crianças com algum grau de deficiência surgiu em Erasmo Trindade por múltiplas razões.

Alguns primos possuem deficiência. O próprio pai tem má-formação congênita. E o professor, depois de jogar futebol por alguns anos na Portuguesa e no Goiás, sofreu um acidente de moto. “Eu estava todo estourado e fui cortado do time. E aí sua autoestima vai lá embaixo.

Você pensa que não serve, não presta, não se encaixa”.

Quando entrou na faculdade, Trindade começou a lidar com muitas pessoas com deficiência. Foi aí que ele decidiu virar o jogo. “Ninguém queria cuidar deles. Porque realmente dá trabalho. Mas eu pensei: tem

tantas pessoas que sofreram igual a mim, que eu hoje quero dar um olhar diferenciado”.

Seu primeiro trabalho foi como cuidador. Limpar, dar comida, dar banho. Coisas simples e que fazem tanto a diferença quando se tem alguém para auxiliar quem precisa. Claro que ele teve que romper muitos, preconceitos, mas uma coisa era certa. Essa era a sua missão. Ainda na faculdade, rece-

beu um convite para trabalhar com bocha adaptada. Depois de formar-se em educação física, não parou mais. Fez uma pós-graduação e se tornou especialista em Esporte Escolar, Alto Rendimento para Pessoas com Deficiência, além de vários cursos. E em fevereiro ele vai começar o mestrado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em Educação Física Avançada Adaptada. “Eu estudo e tento colocar na prática. Infelizmente, são sempre os mesmos que participam destes cursos. Poucos que se interessam nesta área”, comentou. (D.F.)

Ninguém queria cuidar deles. Porque realmente dá trabalho. Mas eu pensei: tem tantas pessoas que sofreram igual a mim, que eu hoje quero dar um olhar diferenciado.”

Erasmo Ferreira da Trindade, Professor

va as atitudes do aluno, para saber o que eles conseguem fazer e desenvolver atividades específicas de acordo com a potencialidade de cada um.

Frutos

Três alunos hoje recebem o bolsa-atleta, incentivo do Ministério dos Esportes para quem já está no alto rendimento. Além disso, alguns paraatletas de Itaquá participaram da Paralimpíada Nacional, disputada em Natal-RN, em novembro.

O Eduardo, jovem de 17 anos, integra a seleção paulista de futebol de sete, como goleiro.

O Evandro, que por dois anos aprendeu e treinou em Itaquá, hoje foi contratado pelo Vasco da Gama. O Giovanni Lira, recentemente, foi campeão da Copa América na Argentina, pela seleção brasileira de futebol de sete sub-21.

Cape Press

PROFESSOR ERASMO integra equipe responsável por desenvolver prática esportiva em pessoas com deficiência

Nakaharada, na Vila Japão, é o local de treinamentos e competições. Em 2015, o projeto realizou em dezembro a primeira Paralimpíada Municipal, com provas como salto em distância, corrida e jogo de pelota. No início teve cerimônia de abertura, com direito ao desfile das delegações e hino nacional.

Mais do que incentivá-los a prática esportiva, o principal objetivo do grupo é trabalhar a autoestima dos meninos e meninas. Por isso, em 2012 surgiu o projeto Movimentação.

“Nosso papel primeiro é fazer com que a criança se integre na sociedade e por último vem o esporte”. A ideia foi para as escolas da rede municipal. Trindade busca ouvir as dificuldades dos professores em lidar com os alunos especiais, faz o acompanhamento e obser-

NOGUEIRÃO TEM UMA DAS MELHORES MÉDIAS DE PÚBLICO NA COPA SP Cerca de 6 mil torcedores por jogo. Essa foi a média de público na Arena Nogueirão, em Mogi das Cruzes, para os jogos da primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com a participação do União Mogi após 16 anos fora do torneio das equipes de base, e a presença do Flamengo, que atrai torcida e mídia, o local se mostrou preparado para jogos de nível nacional, ainda mais após a reforma no estádio, que ganhou nova infraestrutura e iluminação. Pena que não deu para a Serpente do Tietê, que fez a segunda pior campanha na Copinha perdendo apenas para o Tiradentes-CE.

CLASSIPLURAL

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NÃO FIQUE DE FORA E FAÇA ÓTIMOS NEGÓCIOS,

CAMPEÃO NO BRASIL

LIGUE 4639.6197

MOTOS

ONIX É PELA 1ª VEZ O Líder em 2014, Palio fica em segundo e o HB20 é o terceiro. Gol e Uno, que até 2013 disputavam a liderança de vendas, ficaram com o sexto e sétimo lugares Fotos: Divulgação

ESTÁ MAIS EQUIPADA

A

liderança do Palio nas vendas no mercado interno durou apenas um ano, depois da queda do Gol. Em 2015, o carro mais vendido no Brasil foi o Onix, da GM, que com 125.930 unidades, deixou o hatch da Fiat e o da Hyundai para trás. O Palio vendeu 122.375 unidades e o HB20 (110.408).

A picape Strada (98.625) e o Ka (90.191) completam a lista dos cinco carros mais vendidos no ano passado. O Gol e o Uno, que até 2013 disputavam a liderança de vendas, ficaram respectivamente com o sexto (82.751) e o sétimo (79.788) lugar. Fox, Sandero e Prisma completaram lista dos dez mais vendidos APARTAMENTO / VENDA

no ano. Apesar do crescimento dos segmentos superiores no mercado em 2015, mais uma vez a lista dos dez mais vendidos não inclui nenhum carro médio ou grande.

Fiat

Com 850 mil unidades a menos do que no ano anterior, o mercado de carros no Brasil teve um péssimo ano considerando os volumes históricos. Foram vendidos no ano passado 2.477.050 carros e comerciais leves, uma queda de 25,6% em relação a 2014.

Dezembro teve um desempenho ainda pior: queda de 37,6% sobre o mesmo mês de 2014. A retração nas vendas provocou também mudanças

CONFIRA OS 10 MAIS VENDIDOS EM 2015 1º Onix 2º Palio 3º HB20 4º Fiat Strada 5º Ka 6º Gol 7º Uno 8º Fox 9º Sandero 10º Prisma

Fonte: Autoinforme

CONTABILIDADE

125.937 122.375 110.408 98.625 90.191 82.751 79.788 79.596 78.180 70.343

no ranking por marca. A Fiat manteve a liderança de vendas, com 439.213 unidades, mas o segundo lugar ficou com a GM (388.000), que desbancou a Volkswagen (359.535 unidades).

Outra mudança importante foi o avanço da Hyundai no ranking, que mesmo vendendo menos do que em 2014, passou a Renault no ano e tornou-se a líder entre as marcas novas. Vale destacar a presença da Jeep entre as dez marcas mais vendidas. Praticamente em seu primeiro ano de vendas, a Jeep já se posicionou como a décima marca mais vendida e indica crescimento (em dezembro a Jeep passou a Nissan).

O PCX 2016 chega com nova carenagem, novo painel de instrumentos, faróis de led e nova lanterna com seta integrada, deixando o modelo mais robusto.

Outras novidades são: novo formato de banco, tomada 12V com entrada USB no porta-luvas e compartimento para instalação do baú, o que permite fixar a peça sem necessidade de furar a carenagem. Na parte mecânica o novo PCX 150 traz nova suspensão e recalibração do motor, que passou de 152,9 cc para 149,3 para

atender a nova lei do Promot 4, que entra em vigor neste mês. A legislação prevê entre outras coisas, que os níveis de emissões de gases poluentes vão baixar e as motos passarão a contar com filtro de carvão ativado (canister) para reduzir a emissão evaporativa.

A transmissão automática CVT e o sistema start-stop, que desliga o motor em paradas continuam a equipar o scooter. O PCX 2016 está disponível em duas versões de acabamento e custa a partir de R$ 10,3 mil.

NOVIDADES são o novo formato de banco, tomada 12V com entrada USB no porta-luvas e compartimento para instalação do baú

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EM PÉ (da esq. p/ dir.): Fernando Prass, Nathan, Andrei Girotto, Vitor Hugo, Rafael Marques, Amaral, Lucas Taylor, Matheus Sales, Pablo Mouche e Fábio; AGACHADOS: João Pedro, Jackson, Robinho, Zé Roberto, Arouca, Gabriel Jesus, Cleiton Xavier, Allione, Egídio, Kelvin, Cristaldo, Lucas Barrios e Dudu / NO DESTAQUE: técnico Marcelo Oliveira

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