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Banda Protoloco fará show de flash backs
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Literatura, Pensamento & Arte
Miguel Jeovani nos 153 anos de Araruama Página 4
Ano XIX- nº 192 - março de 2012 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis
Ser mãe conscientemente
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Política
Dívida pública: Paulo Melo critica juros O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), participou do debate público que aconteceu na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e afirmou que se os juros da dívida fluminense fossem menores o aumento salarial dos servidores da segurança pública seria maior. Página 4.
Parto natural, amamentação, fraldas de pano. Cada vez mais mulheres optam por irem contra a corrente do consumismo e da rapidez em tudo e adotam iniciativas que as aproximem verdadeiramente do contexto natural e da sustentabilidade. Assim, ser
mãe passa a ser uma atitude consciente, que envolve família, meio ambiente e economia de maneira harmoniosa. A valorização dos laços afetivos ganha nova dimensão. Neste mês em que se comemora o dia internacional da mulher, o Jornal Poiésis foi ouvir a
jovem Roberta Calábria, mãe, esposa e pequena empresária, que com seu “empreendedorismo materno” faz-nos refletir sobre os rumos que estamos dando às nossas vidas. Segundo ela, “a participação ativa das mulheres na sociedade trará resultados cada vez
Quando o assunto é poesia
melhores, transformando o mundo em um lugar mais tranquilo, amoroso e pacífico, assim que estas mesmas mulheres encontrem condições satisfatórias para criarem com essa mesma tranquilidade, amor e paz os seus próprios filhos”. Página 7.
Cabral inaugura ETE Bacaxá
Regina Mota
Camilo Mota
Literatura
Sobre o romance de Umberto Eco O escritor Gerson Valle aborda a obra literária de Umberto Eco, com ênfase em seu romance “O cemitério de Praga”, já em terceira edição no Brasil. Página 6.
Psicanálise
Os preconceitos e a construção da paz A eliminação de preconceitos de qualquer espécie é condição fundamental para que se conquiste tanto a paz individual quanto a coletiva. O tema é abordado pelo terapeuta holístico e editor do Jornal Poiésis, Camilo de Lélis Mendonça Mota. Página 5.
Cultura
Lona Cultural reinicia atividades A Lona Cultural de Saquarema continuará com suas atividades nos finais de semana, sob novas condições e aberta às iniciativas dos artistas locais, que poderão usufruir do espaço, coordenado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Aos sábados acontecerão as aulas de power dance a partir das 17h30. Página 4.
Poesia e música fazem parte das Terças Poéticas
O Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira realiza toda terça-feira o evento “Terças Poéticas”, na sede do CACS, em Saquarema. Em março, os encontros acontecerão nos dias 6, 13, 20 e 27, a partir das 20 horas. Aberto à
participação de autores e músicos de qualquer idade, o espaço cultural funciona como uma constelação de afetos, em que experiências são compartilhadas sob o enfoque das artes e suas manifestações. Página 2.
Sérgio Cabral Filho participou de teleconferência em Bacaxá
A Escola Técnica de Bacaxá foi inaugurada pelo governador Sérgio Cabral no dia 10/02. Com a presença de autoridades como a prefeita Franciane Motta e o deputado Paulo Melo, a solenidade foi marcada pelos muitos elogios à grandiosi-
dade da obra. A ETE possui mais de 12 mil metros quadrados de área construída, 19 salas de aula, 18 laboratórios, grande área esportiva e um infraestrutura para atender cerca de 4 mil novos alunos anualmente. Página 2.
II Festival da Mulher
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Estaremos esperando por você e sua família no Clube Saquarema, no dia 31 de março, para passarmos juntas algumas horas de alegria em nossa homenagem às mulheres, com muita cultura, informação, divertimento e sorteio de brindes.
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nº 192 - março de 2012
EDUCAÇÃO
LITERATURA
Sérgio Cabral e Franciane inauguram Escola Técnica A Escola Técnica Estadual de Bacaxá (ETE) está inaugurada. A solenidade oficial aconteceu no dia 10/02, com a presença do governador Sérgio Cabral Filho, que visitou o prédio em companhia de várias autoridades, entre as quais o deputado estadual Paulo Melo, a prefeita Franciane Motta, e o vice-governador Luiz Fernando Pezão. Também acompanharam a comitiva o presidente da Faetec, Celso Pansera, e o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso. Contando com uma área construída de 12.555 metros quadrados, a ETE-Bacaxá possui 19 salas de aula, 18 laboratórios, biblioteca, sala de leitura, auditório com capacidade para 300 pessoas, refeitório com 140 lugares e um centro esportivo, que inclui quadra coberta, piscina olímpica, pista de atletismo e campo de grama sintética. A previsão é de que a escola ofereça mais de 4 mil vagas anualmente para cursos técnicos de nível médio e para qualificação profissional. A prefeita Franciane Motta também anunciou que já está em entendimento com a direção da Faetec
Regina Mota
É hora de ouvir poesia e boa música
Terças Poéticas acontecem toda semana no CACS Divulgação
Sérgio Cabral Filho, prefeita Franciane Motta e o deputado estadual Paulo Melo durante a solenidade de inauguração
para utilizar o complexo esportivo da escola nos finais de semana para atender à população local. “Poderemos formar aqui uma grande seleção de atletas de Saquarema”, ressaltou. O governador falou sobre a importância da qualificação profissional diante de um quadro de amplo desenvolvimento por que vem passando o Estado do Rio. “Esta é uma região (Região dos Lagos) que, junto com a região Norte Fluminense, vem crescendo muito. Aqui vamos capacitar muitos jovens para esse desenvolvimento econômico do Estado do Rio. Nada adianta você ter atração de empresas — como nós temos atraído para o Estado — e nossos
jovens não estarem capazes de atender a uma demanda por uma mão de obra qualificada”, disse Cabral em entrevista coletiva. Chamou a atenção o cuidado no projeto para atender a portadores de necessidades especiais e à adequação ambiental, além dos equipamentos tecnológicos de última geração. Todas as salas de aula são climatizadas e possuem uma lousa digital. Durante a visita, o governador participou ao vivo de uma teleconferência com a Faetec de Imbariê, distrito de Duque de Caxias. A inauguração contou com shows do cantor Buchecha e do grupo de pagode Swing Simpatia.
Poetas, músicos, atores e artistas plásticos compartilham suas experiências toda semana
O que fazer numa noite de terça-feira em Saquarema? Para quem já foi ao encontro das Terças Poéticas a resposta está na ponta da língua. O evento, promovido pelo Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira, acontece toda terça a partir das 20 horas na sede do Círculo Artístico e Cultural de Saquarema (CACS), tem entrada franca e é aberto à participação de quem quiser mostrar sua produção artística, seja na literatura ou na música, nas artes plásticas ou no teatro. “A intenção do nosso movimento é criar um espaço de afetos com-
partilhados, tendo a poesia como base de sustentação e identificação, mostrando sua relação direta com todas as outras artes”, afirma Camilo Mota, coordenador do projeto. O evento é resultado do projeto Poesia na Rua, que começou com um varal de poesias no calçadão de Bacaxá em 2009 e agora se tornou um ponto de encontro para quem gosta de ouvir boa música e poesia de todos os gêneros no Lake’s Shopping. Além da produção literária local, o encontro também proporciona o conhecimento e a divulgação de autores clássicos e
21 de março: A chegada de um Novo Ano O mês de março é marcado por um momento muito especial para os 7 milhões de bahá’ís (bahai.org.br) de todo o mundo: o jejum, que acontece entre 02 e 20 de março. Neste período, os bahá’ís se abstêm de alimentos e bebidas no período entre o nascer e o pôr do sol. Para os seguidores de Bahá’u’lláh (18171892), jejuar é uma forma simbólica de se abster das coisas materiais com vistas a adquirir qualidades espirituais. O indivíduo em jejum deve se esforçar para fazer os ajustes necessários em sua vida, atualizando e reforçando as forças espirituais latentes em sua alma por meio da oração e da meditação. O fim do período de jejum coincide com o início de um novo ano de acordo com o calendário bahá’í. Para centenas de milhares de pessoas, 21 de março representa algo além da mudança de estações climáticas: é também o início de um novo ano, baseado no calendário solar. A data é celebrada por bahá’ís, muçulmanos e judeus por todo o mundo em ambientes de harmonia, amizade e alegria, de acordo com calendários específicos estabelecidos pelos Manifestantes de Deus que revelaram estas religiões sagradas. O calendário bahá’í inicia-se em 1844 e leva o
contemporâneos de todo o país. Outro ponto alto das Terças Poéticas é a possibilidade de compartilhar experiências, de falar sobre o processo criativo, de relatar vivências históricas pessoais ou coletivas. E tem ainda sorteios de livros, um bar para atender ao público e a certeza de quem ainda tem muita gente sensível neste mundo que valoriza a produção artística. Em março, os encontros acontecerão nos dias 6, 13, 20 e 27, sempre a partir das 20 horas, na loja 51, segundo piso do Lake’s Shopping, em Saquarema.
15 anos!
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Tradição e bom atendimento. Pioneiro na pizza a lenha na região, o Forno a Lenha está comemorando 15 anos, oferecendo o melhor em pizza na lenha, massas, churrasco e o tradicional galeto na brasa.
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nome de Badí (que em árabe significa “Magnífico”). Foi estabelecido pelo Báb, Profeta Precursor da Fé Bahá’í, e posteriormente confirmado por Baha’ulláh. Em persa, que é o idioma falado na região onde surgiu a Fé Bahá’í, o ano novo recebe o nome de Naw Rúz (“Novo Dia”). Não é por coincidência que o Naw Rúz é celebrado no dia do equinócio vernal (que marca o início do outono no hemisfério sul e da primavera no hemisfério norte). Neste dia, o sol ilumina a Terra de maneira igual nos dois hemisférios, fazendo com que os dois recebam a mesma quantidade de luz, num fenômeno que faz com que noite e dia tenham igual duração. Os bahá’ís acreditam que este é um símbolo do fato de Deus derramar a luz de Seu conhecimento sobre toda a humanidade e todas as coisas criadas.
Sobre este dia, Bahá’u’lláh diz: “A Primavera Divina já veio. Agita-se e magnifica perante a criação inteira o Nome de Deus, e celebra Seu louvor de tal maneira que todas as coisas criadas se regenerem e se façam novas.” No Brasil, as festas de Ano Novo Bahá’í serão realizadas na noite de 20 de março (ou 1º de Esplendor). As comunidades bahá’ís brasileiras geralmente realizam reuniões públicas que contam com momentos de oração e meditação, pequenas palestras e uma animada parte social em que, ao som de música, os participantes podem confraternizar e deliciar-se com pratos variados. Cada comunidade ao redor do mundo traz elementos da cultura local para enriquecer a programação de sua festa, num verdadeiro espírito de unidade na diversidade.
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EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Celso Caciano Brito, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb. Diagramação:
Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 BACAXÁ - SAQUAREMA - RJ CEP 28993-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 92013349 ( (22) 8818-6164 ( (22) 9982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis. Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digi-
talizadas, em formato A4, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo do Word (.doc ou .docx). Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
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nº 192 - março de 2012
MÚSICA
MEIO AMBIENTE
Campanha incentiva manutenção da cidade limpa o ano inteiro A prefeita de Saquarema, Franciane Motta, com equipes das Secretarias de Educação e Cultura, Meio Ambiente e Serviços Públicos participaram da campanha Jogue Limpo por Saquá , que aconteceu em diferentes bairros do município no dia 17/02. O projeto é educativo e tem como objetivo incentivar hábitos de seleção do lixo e alertar para a importância de se manter a cidade limpa. “Precisamos da adesão integral da população na questão do lixo. Por isso, faremos campanhas no decorrer do ano para mantermos a cidade limpa e introduzirmos a cultura da separação do lixo doméstico entre secos e molhados”, disse a prefeita, que participou da ação de distribuição de panfletos informativos e saquinhos de lixo para banhistas e motoristas. De acordo com o Secretário do Meio Ambiente, Gilmar Magalhães, o Gima, o Plano Municipal de Saneamento Básico está em
Waldo Siqueira / PMS
Regina Mota
Franciane Motta participou da campanha junto com o secretário de Meio Ambiente
fase de licitação pelo Governo do Estado. O documento abrangerá as áreas de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos, drenagem com manejo de águas pluviais, além da implantação do Aterro Sanitário. “Saquarema passará a integrar o seleto grupo de municípios brasileiros que buscam soluções ecologicamente corretas para o tratamento do lixo, que é o aterro
e a coleta seletiva de resíduos sólidos”, avaliou Gima. O Secretário lembrou ainda que a ação Jogue Limpo por Saquá é o início de uma campanha de conscientização para que futuramente o Aterro Sanitário receba apenas lixo orgânico, ou seja, restos de comida, e as cooperativas de catadores possam receber plásticos, vidros, metais e outros matérias para reciclagem. (Ascom/PMS)
SAÚDE Prefeitura de Saquarema abre Postos aos sábados para exames de mama e papanicolau Para comemorar o dia Internacional da Mulher, 8/3, os Postos de Saúde Familiar (PSF) de Saquarema realizarão exames de papanicolau e de mama nos sábados 10, 17, 24 e 31/3, entre 8h e 12h, nos seguintes locais: Vilatur, Bonsucesso, Bicuiba, Rio Seco, Rio d´Areia, Barreira, Pal-
Banda Protocolo anima a Noite do Flash Back
mital, Rio Mole, Água Branca, Mombaça, Barra Nova e na Policlína de Bacaxá. As mamografias são realizadas na Policlínica, mas as requisições poderão ser obtidas em cada um dos postos listados acima. Vagas para Médicos - A Secretaria Municipal de Saúde
de Saquarema está contratando médicos com especialização em clínica geral para atuarem em postos de Estratégia de Saúde da Família. Os interessados devem procurar a coordenação da Secretaria através do telefone (22) 26514821.
A Banda Protocolo não vai deixar ninguém parado e vai levar seu público a uma verdadeira viagem no tempo, recordando grandes sucessos da música nacional e internacional. O grupo liderado por Reinaldo do Horto promove a Noite do Flash Back no próximo dia 10 de março, sábado, às 21 horas, na Cinéa House Fest, em Saquarema. Com 5 anos de estrada, a Protocolo é
uma das bandas mais requisitadas da região quando o assunto é festa. O evento contará ainda com pista de dança sob o comando do DJ Gaspar. Ingressos antecipados a R$ 10 já estão à venda na Ótica Verão, Show das Plantas e Russo Materiais de Construção. A Cinéa House Fest fica na Avenida Saquarema, na descida do Morro da Cruz.
CINEMA Tutano Filme Clube tem programação especial em março Divulgação
ESPORTE
Vem aí o II Passeio Ciclístico do Maggy Futebol Clube Será realizado no dia 29 de abril o II Passeio Ciclístico do Maggy Futebol Clube de Saquarema. O movimento é aberto a todos que quiserem participar, basta ter uma bike e comparecer no dia do evento. Prevista para acontecer às 13h, a saída será no Verde Vale (Bar do Bimbe), com chegada no Bar do Keka, Bairro São Geraldo. O evento, além do trajeto percorrido, contará também com apresentações de manobras radicais de bicicletas feitas por profissionais preparados para se arriscarem em cima de duas rodas ou somente em uma. “Estamos entrando em contato com bandas que deverão promover também
um show de música ao vivo”, informou Anderson Vieira, mais conhecido como Andinho Vidro
Elétrico, organizador do evento. Mais informações pelo telefone (22) 9959-5545.
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(22) 2651-3691 (22) 9902-6943 (21) 8147-9294 maxwellduque@adv.oabrj.org.br
Claudia Llosa, classificação 14 anos. E no dia 27, “Zuzu Angel”, de Sérgio Rezende, fecha a programação do mês. Para acompanhar a programação e outras informações sobre o projeto e filmes exibidos, acesse o blog: www.culturacoletiva.wordpress.com A Iniciativa, que faz parte do programa Cine Mais Cultura do Governo Federal, é uma realização do Coletivo Cultural Araruama, com produção do Grupo Teatrama e conta com as seguintes parcerias institucionais: Prefeitura de Araruama, Governo do Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, Programadora Brasil. O Tutano Filme Clube tem o patrocínio local de: Sólida Engenharia, Lagos Supermercados, WG Transportes.
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A partir de março as sessões do Tutano Filme Clube acontecem no Teatro Municipal de Araruama, toda terça-feira, às 20 horas. Em referência ao dia internacional da mulher (08/03), a programação do mês exibirá filmes que abordam personagens e temas do universo feminino. A estreia em novo espaço está marcada para o dia 06 de Março, com a exibição da comédia Mulheres à beira de um ataque de nervos, do diretor Pedro Almodóvar. Vale lembrar que a entrada é gratuita, devendo ser observada a classificação indicativa da sessão. Dia 13, será exibido “A falta que me faz”, documentário de Marília Rocha (2009), de classificação livre. Dia 20, o filme será “A teta assustada”, produção peruanaespanhola de 2009, dirigido por
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Zuzu Angel, de Sérgio Rezende, será exibido no dia 27
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nº 192 - março de 2012
POLÍTICA
Miguel Jeovani na Sessão Solene de 153 anos de Araruama Divulgação / Paulo Porto
Arlindo Junior O deputado estadual Miguel Jeovani (PR) prestigiou a Sessão Solene da Câmara Municipal de Araruama, em comemoração aos 153 anos de emancipação político-administrativa da cidade, realizada no dia 4 de fevereiro, no Ministério Internacional da Restauração (MIR). Durante a cerimônia, os vereadores entregaram oficialmente os Títulos de Cidadania Araruamense e ainda agraciaram personalidades com a maior honraria do Poder Legislativo, a Medalha Tupinambá. A empresária e presidente do PR Mulher, Marcia Jeovani, foi homenageada pelo vereador Saulo Peres, autor da resolução. O pároco da Igreja Nossa Senhora Aparecida, Frei José Goretti Pio, também recebeu a medalha concedida pelo vereador Amigo Walmir.
Miguel Jeovani, Marcia Jeovani e Saulo Peres
“Nasci aqui nesta cidade e vivo até hoje com a minha família. Se hoje sou um homem vencedor com certeza além dos meus esforços grande parte dessa vitória eu devo a esse
povo que sempre me respeitou e me confiou essa credibilidade”, afirmou Miguel Jeovani. Em menos de dois meses de mandato, o deputado estadual Miguel Jeovani apresentou
Paulo Melo diz que juros de dívida pública impedem melhores salários Regina Mota
Marcus Alencar Com o objetivo de discutir a renegociação da dívida dos Estados com a União, em busca de condições mais adequadas às suas situações econômicas, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), afirmou, durante debate público que aconteceu no dia 13 de fevereiro, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que se os juros da dívida fluminense fossem menores o aumento salarial dos servidores da segurança pública seria maior. “O Rio de Janeiro já pagou mais de três vezes o valor da sua dívida, que era de R$ 18 bilhões e agora esta na casa dos R$ 56 bilhões. Se os juros fossem menores poderíamos ter dado um aumento maior para o setor da segurança pública, por exemplo. O Rio paga hoje R$ 4,6 bilhões de serviços da dívida”, ponderou Paulo Melo. A iniciativa para o encontro partiu da Comissão Especial da Dívida Pública, da ALMG, presidida pelo deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), a pedido do deputado Bonifácio Mourão (PSDB). A dívida total dos estados brasileiros gira em torno de R$ 400 bilhões. A região Sudeste é credora de mais da metade desse debi-
to (R$ 270 bilhões). Somente o Rio de Janeiro deve R$ 56 bilhões. “Não se trata de defenestrar um acordo que na época foi benéfico para os estados, era aquele o momento. Nós tínhamos um juros de 27%, negociamos muito abaixo, mas a situação econômica do País mudou. Se você levar em consideração o IGP-DI (Índice Geral de Preços de Disponibilidade Interna), mais os 6% cobrados de juros, nós pagamos uma taxa média de 13% ao ano. O que ainda salva os estados é que você tem um teto de comprometimento que é 13% da receita corrente líquida, e isso vai acabar em 2028. Neste ano, você vai ter pago mais do que você devia, vai dever mais do que você pagou e você não vai ter mais teto”, disse Melo.
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As dívidas dos Estados com a União foram contraídas nos termos da Lei Federal 9.496, de 1997, que permitiu ao Governo Federal comprar os títulos públicos que os Estados haviam lançado no mercado, até então. Definiu-se que o IGP-DI, somado a 6% de juros, seria usado na correção da dívida. O contrato, válido por 30 anos, estabeleceu, ainda, que nenhum estado poderia comprometer mais que 13% da receita líquida real do Estado no pagamento dessa dívida. Paulo Melo apoiou a ideia da troca do IGP-DI pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como o indexador das dívidas. Como exemplo, o presidente da Alerj lembrou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) faz empréstimos com juros bem menores. “A grande questão desse encontro é reduzir os juros. O BNDES financia com um juros menor que a da metade do que o governo federal cobra dos estados”, finalizou. Também esteve representando o legislativo fluminense a deputada estadual Aspásia Camargo (PV), que também é presidente da Comissão Especial do Pacto Federativo da União Nacional dos Legislativos e Legisladores Estaduais (UNALE).
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lamentar, o deputado estadual Miguel Jeovani protocolou o projeto de lei que determina a realização periódica de inspeções em edificações e obriga o laudo de inspeção técnica por profissional credenciado. Esse projeto visa a maior fiscalização das construções, além de zelar pela segurança de todos. O projeto de lei que considera de utilidade pública estadual a Creche São Maximiliano Maria Kolbe também é de autoria do deputado. Foi aprovado pela maioria da Casa e sancionado pelo governador através da Lei nº 6.145 de 4 de janeiro de 2012. “Estamos unindo forças em prol do crescimento e desenvolvimento de Araruama. E isso está além da questão partidária. Serei sempre a favor de tudo que for bom para a cidade e para a nossa região”, destacou Miguel Jeovani.
CULTURA
Lona Cultural continua atividades
Camilo Mota
A sensibilidade da prefeita de Saquarema, Franciane Motta, falou mais alto, e a Lona Cultural da Praia da Vila terá atividades durante todo o ano. A continuação do projeto virá com um novo formato. Além da programação da Secretaria de Educação e Cultura (SMEC), haverá horários disponíveis para aqueles que queiram mostrar seus trabalhos artísticos ou esportivos, desde que a entrada seja franca. Os artistas interessados em desenvolver projetos no local já podem entrar em contato com a SMEC.
No novo formato, as atividades, durante o mês de março, estarão acontecendo sempre aos sábados. As aulas de power dance, com o professor Fabinho da Mombaça, por exemplo, estão sendo realizadas a partir das 17h30. Até a prefeita já participou da aula. “A aula foi ótima para treinar minha resistência e coordenação motora, adorei. Mas o importante é a alegria de todos que estavam aqui, jovens, idosos, crianças, homens e mulheres se divertindo nesse espaço democrático. Voltarei mais vezes”, disse Franciane Motta.
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projetos de lei, indicações e ainda realizou audiências públicas para discutir a construção da mureta central na Via Lagos e a polêmica construção de uma casa de custódia em São Vicente de Paulo. Já é realidade a redução das tarifas de pedágio e até 2014 a rodovia será contemplada com a colocação das divisórias de pista, o alargamento dos acostamentos e o acesso às comunidades. O parlamentar aproveitou a oportunidade para falar de um dos projetos apresentados na Casa Legislativa. “Cobramos do presidente da Alerj, o deputado estadual Paulo Melo, a aprovação do projeto de lei que garante incentivos fiscais para a instalação de novas indústrias em Araruama. O presidente da Casa disse inclusive no plenário que iria se empenhar nesta luta”, comentou Miguel Jeovani. No retorno do recesso par-
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nº 192 - março de 2012
PSICANÁLISE
EDUCAÇÃO
Desconstruindo preconceitos
Mais e melhores escolas em Saquarema Conduzir a vida a partir de um molde ou um rótulo é um risco à paz individual e coletiva. Camilo Mota
Camilo de Lélis M. Mota
A prefeita Franciane Motta entregou à comunidade de Porto da Roça a E.M. Theófilo D`Avila totalmente reformada e ampliada. A solenidade aconteceu no dia 10/02. A unidade inicia o ano letivo com cerca de duzentos alunos e uma boa novidade para os estudantes e suas famílias: o Projeto Mais Educação, no qual a criança fica mais três horas na escola participando de aulas de dança, capoeira e reciclagem , dentre outras atividades. As matrículas estão abertas para alunos da creche 4 (3 anos) ao 5º ano, além do curso noturno para jovens e adultos. “ Estamos trabalhando para que Saquarema tenha mais educação, mais saúde e mais emprego. Escolas amplas com profissionais de primeira qualidade, o pólo industrial gerando empregos, as obras nos posto de saúde de Saquarema e Sampaio Correa e o hospital que está chegando, mostram que o nosso objetivo é o desenvolvimento do município”, disse a Franciane Motta, lembrando que mais serão inauguradas ainda no primeiro semestre de 2012 duas creches, em Bicuíba e no Retiro, e duas quadras esportivas, na E.M Clotilde de Oliveira Rodrigues Rodrigues, em Sampaio Corrêa, e na E.M Ismênia Barros Barroso, em Jaconé. Até agora, em 2012, a Prefeitura entregou quatro escolas à população: em Vilatur, Jardins Ipitangas, Porto da Roça e a Faetec, que vai abrir as portas do mercado de trabalho para os jovens do município. (Ascom / PMS)
Há um discurso dominante nas mídias hoje em favor da eliminação dos preconceitos e que parece ser uma tendência para os dias futuros na construção de uma sociedade pautada na convivência pacífica das diversidades. No entanto, a vivência dos conceitos pré-concebidos é incrivelmente arraigada nas consciências individuais e coletivas. Compreender o peso de cada uma dessas polaridades pode ser útil para nos situarmos enquanto indivíduos em busca de maior consciência de nós mesmos e do mundo que nos envolve. A vida em sociedade é feita da construção de laços afetivos. É o afeto que molda o esquema das atrações mútuas, facilitando o florescimento daquela energia maior a que chamamos de amor. Tanto o amor quanto o afeto não nascem da razão, da objetividade e nem das concepções mentais que possamos ter construído ao longo da vida. Eles são fruto da sensibilidade humana. Quando abrimos a consciência para aceitar as sensações e as intuições que vêm de nossa psique profunda, passamos a compreender o quanto são limitados os conceitos construídos e arquitetados no plano egoico. Tais conceitos, no entanto, têm grande valor quando associados à esfera produtiva do conhecimento, quando, por exemplo, estão a serviço do paradigma científico, na pesquisa, na observação direta da realidade como expe-
Arquivo de Família
Ser branco ou ser negro não é base para a construção dos afetos
rienciação. Mas também podem construir esquemas limitadores, criando amarras à própria evolução individual no plano dos afetos. É quando o conhecimento abre mão da clareza e se torna vítima das ideias preconcebidas, e o preconceito encontra vasto território para se alastrar. Quando frequentamos as redes sociais na internet, a expressão das forças do preconceito e da aceitação da diversidade parece ser bastante intensa. Neste universo virtual, os extremos acabam se tocando e percebemos o quanto estamos alimentando velhas guerras e guerrilhas em favor de uma ou outra concepção de mundo. A barreira que na vida cotidiana é construída para esconder nossos defeitos (as várias personas que desenhamos para mostrar que somos pesso-
as socialmente aceitáveis à vista de todos), no mundo virtual fica transparente e até desaba de vez. Comunidades virtuais que propagam o ódio a isto ou aquilo, postagens de textos e imagens procurando reforçar o aspecto negativo de ter uma religião, ataques diretos à opção sexual são as pontas de um iceberg em que a sociedade vê refletida a sua própria Sombra. Ao não compreender os próprios impulsos interiores, o indivíduo se deixa envolver numa teia de sentimentos e pensamentos que moldam ideias fixas, imagens consteladas que passam a servir de modelo explicativo, tornando-se muitas vezes os fios condutores da própria atitude de vida sem conexão com a verdade mais profunda de seu próprio ser. Neste contexto, os moldes criados pela doutrina religiosa reforçam a criação de todo tipo de preconceito. Na tentativa de libertar o homem das amarras limitantes do ego, acabam amarrando o próprio homem na falta de compreensão maior da diversidade das manifestações de sua própria individualidade, como no caso da sexualidade. Como gerar amor diante de uma atitude de preconceito? Da mesma forma, o olhar do não religioso (ou do ateu) sobre as manifestações religiosas também gera dificuldades para compreender o fator positivo que as várias “igrejas” representam no desenvolvimento da espiritualidade individual. Ser religioso ou ser ateu, ser hetero ou ser homossexual, ser
branco ou ser negro não são questões fundamentais para o estabelecimento e a construção dos afetos. Conduzir a vida a partir de um molde ou um rótulo é um risco à paz individual e coletiva. Olhar a própria Sombra e nela enxergar a própria limitação e os próprios potenciais são um caminho inicial para a construção de uma sociedade em que os preconceitos sejam realmente coisas de um mundo primitivo, que ainda estava descobrindo a profunda riqueza das diversidades culturais, existenciais, individuais, humanas, enfim. Camilo de Lélis Mendonça Mota é terapeuta holístico, psicoterapeuta e mestre de Reiki, atende na Clínica Elaboração, em Saquarema. Mais textos do autor no site www.reikiadistancia. com.br
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nº 192 - março de 2012
POESIA A BÊNÇÃO DA INCOMPLETUDE Júlio Polidoro A cara a tapa dou, em versos imperfeitos e assumo sem culpa esse pecado não me interessa a culpa como fado por assumir em tudo meus defeitos. Se me engalano, muito, dos meus feitos crendo o texto pronto e acabado e seu formato ó, que grande achado, cheio de verve, verbos escorreitos eu me envergonho, logo, desse nada: ô vida bela, adoro dar mancada, isso me lembra quanto sou humano. Se o verso entorta a rima, quebra o metro não vou mandar poemas para o inmetro sendo eu falho, poeta, franciscano. Júlio Polidoro reside em Juiz de Fora-MG, é autor de “Treze Poemas Essenciais” (1979) e “Pequenos Assaltos” (1990), participou do conselho editorial do folheto Abre Alas e da revista D’Lira nos anos 80.
AO REDOR DA FOGUEIRA
A POESIA PURA
Maria Clara Maia para o Samuel
Camilo Mota
Gostava da roda ao redor do fogo das histórias que ardiam os olhos do azul das chamas que subia das fogueiras. De noite, às estrelas. De dia, enquanto se servia de um prato quente sobre a mesa. Ouvia histórias, que há muitos e muitos anos não lia. Saquarema, 13 de fevereiro de 2012. Maria Clara Maia é professora, membro do Núcleo de Poesia Alberto de Oliveira, em Saquarema
TROVA João Costa É a trova, da poesia, mais bela e pura expressão. Simples, no entanto, extasia e se transforma em paixão. João Costa reside em Saquarema.
Para Luis Augusto Cassas
Gosto de ler a poesia pura da palavra decantada ou do corpo crivado de balas. As dores e desassossegos que irmanam corações aflitos, e o amor infundido na alma de quem me busca noite adentro: rumos e riscos de quem ouve acordado os silentes cantares da voz interna do mundo e seu tempo, da hora o seu minuto último e íntimo, primeiro sopro ou escondido grito. Gosto de ler a poesia viva que escapa da língua e fura as folhas dos livros e faz verter sangue onde havia som, e faz descer chuva em vales ocultos e jogar luz em olhos humanos. Gosto de ler a palavra hímen, Himalaia, himeneu. O trevo, a aurora, a trova: cada canto é o canto desperto do poeta e sua noiva de nuvens — sua mulher em núpcias ouve a voz de Orfeu. Gosto de ouvir a poesia à revelia, e ler a pele de quem a fez: tatuagem de astros em corpo de gente.
FINALE Fernando Py E o cantar? vinho verde de gangrena. E o pensar? touro inerte na memória. E o sentir? vago traço na parede. Tudo foi. No inventário cinza e nada. Fernando Py é poeta e tradutor. O poema acima está no livro Sol Nenhum, incluído em “Confissão Geral: Poesia Reunida, 1959-2009” (Ibis Libris, 2010).
Camilo Mota é editor do Jornal Poiésis.
LITERATURA
A PROPÓSITO DO NOVO ROMANCE DE UMBERTO ECO
Gerson Valle
A trajetória de Umberto Eco (1932) parece contemplar toda forma de conhecimento humanístico do nosso tempo. Curiosamente, começou seus estudos pela Idade Média (de que ele afirma ver a realidade sempre a seu lado) e filosofia de Santo Tomás de Aquino em seu doutorado da década de 50. Torna-se num dos principais teóricos da comunicação ao publicar em 1962 a internacionalmente conhecida “Obra aberta”, onde demonstra haver nas manifestações criativas a capacidade de promover sentimento de descentralização e pluralidade, que identifica grande parte da modernidade. Logo em seguida publica “Apocalípticos e integrados”, onde trata, se assim de pode simplificar, da cultura de massa e da dialética entre vanguarda e “kitsch”. A “Escola de Frankfurt” (com Adorno, Habermas, etc.) então dominava a análise da cultura de massa, considerando, desde a década de 40, que ao transformar a cultura em instrumento do capitalismo, a indústria cultural descaracteriza o verdadeiro elemento da arte. Eco, com alguns outros comunicadores da década de 50 (como Marshall McLuhan, que cunhou a expressão “o meio é a mensagem”) classifica como “integrados” os que acreditam que a indústria cultural é uma democratização do saber. Opõe a eles os “apocalípticos”, que taxavam a indústria cultural como degeneradora e alienante, como na “Escola de Frankfurt”. Prossegue seus trabalhos adentrando amplamente o estudo dos signos, de que escreve o “Tratado geral da semiótica”, sendo um vanguardista europeu na linha de certas concepções deixadas pelo norte-americano Peirce. Até aí o mundo acadêmico seguia a obra de Umberto Eco, facilmente classificando-o como “scholar”, professor da Universidade de Bologna. Mas eis que em 1980 ele aparece com o romance “O nome da rosa”. O crítico torna-se criador. E com que vantagem! Dominando todas as técnicas e tendências, com
vasta e diversificada formação cultural, sua inteligência constrói uma obra de ficção que toca o ensaio e as citações. Junta romance de suspense com erudição. Passa-se na Idade Média, que tanto conhece por seus estudos. Segue a trilha de um policial, homenageando, inclusive, Sherlock Holmes de Conan Doyle, com o frade-investigador William de Baskerville, homenageando também um dos escritores mais cultos de seu tempo, Jorge Luís Borges, na figura do bibliotecário vilão Jorge de Burgos. Não consta que considere Borges um vilão, mas, para a trama precisava de um, e isto me parece uma falha que já antecede as do seu último romance – a necessidade de uma narrativa para o lazer (apesar de muito texto em latim, que, curiosamente, não interfere na compreensão da continuidade da narrativa), repetindo os chavões policialescos, independente do teor de veracidade. Regride aos avanços da modernidade de complexidade estrutural de escritores como Joyce, mostrando-se mais um “integrado” que um “apocalíptico”, compreendendo a cultura de massa com “expertise”. Sem, no entanto, abdicar de lançar mão, quando é o caso, de técnicas dos diversos modernismos do século XX. Tudo isto o coloca no centro do fenômeno iniciado no final deste século: a pós-modernidade. Sempre nessa linha – se bem que, no meu entender, não tão bem sucedido quanto em “O nome da rosa” – seguiram-se 4 outros romances. Em 2010 lança, na Itália, seu sexto romance, que é anunciado como possível de atingir o mesmo sucesso daquele primeiro: “O cemitério de Praga”. Sua tradução, no Brasil, foi realizada por Joana Angélica d’Avila Melo (Editora Record, já na 3ª edição – e as 3 sucessivas edições não deixam de marcar um êxito – em 2011). O romance reúne uma série de motivações para fazê-lo popular. Passa-se no século XIX, a maior parte em Paris (e a reconstituição de alguns lugares denota a quantidade de pesquisa), e todos os seus personagens realmente existiram,
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à exceção do personagem central, que Eco desejou figurar como “o mais horroroso” da literatura de todos os tempos. Seu racismo faz colecionar artigos contra os judeus, unido a preconceitos contra os maçons e os jesuítas. Tais artigos, inseridos com textos de Eugène Sue e Alexandre Dumas, irão um dia compor os “Protocolos dos sábios de Sião”, tão seguidos por Adolf Hitler. Mas, para compor tal texto, o personagem Simonini passa por várias experiências que, praticamente, resumem grande parte de eventos significativos da segunda metade do século XIX. Antes de ir para a França, desempenha papel ambíguo na unificação italiana, acompanhando Garibaldi. Encontra-se, já na França, com um médico judeu de nome Froide, que lhe explica a existência da dupla personalidade, que ele vive, transformandose, em alguns momentos num frade jesuíta – e a forma como isto é descrito cria algumas inverossimilhanças, dentre tantas do livro, sem a mínima preocupação, como se, num romance policial voltado ao entretenimento, a trama não tem de se ater a verossimilhanças, mas à possibilidade de lazer para o leitor. O livro aborda tantos feitos e pessoas de seu tempo, que até a Comuna de
Paris e o “caso Dreyfus” nele se inserem. Para não falar de cultos demoníacos e agentes duplos, por onde passam assassinatos e cruéis inimizades. É uma enxurrada de histórias, personagens, ideias, que caberiam em vários romances e confundem um pouco uma única narrativa na atenção do leitor. Excesso de cultura e imaginação do semioticista Umberto Eco? Na página 345 (o livro tem 479 páginas), o comentário: “as pessoas devoram narrativas de terra e de mar ou histórias criminais por simples deleite, depois esquecem facilmente o que leram”. Curiosamente, numa entrevista à revista Época (30/12/2011), Eco, criticando o método de conhecimento dado pela informática, afirma que “O excesso de informação provoca amnésia”. Não seria isto uma autocrítica do inchaço informativo provocado por ele mesmo em um simples livro, embolando verdades com mentiras? O personagem Simonini só é sincero em sua “gourmandise”, pois Eco, adepto da “fast-food”, equipara a cozinha sofisticada às preocupações grosseiras de um bandido. Eu, e creio que todos os “gourmets”, protesto, mas sua inteligência deve ter previsto com isto uma possível polêmica, o que só serve para confundir ainda mais a já complicada narrativa. A questão da mentira me faz lembrar seu “Tratado geral de semiótica”, ao considerar que “signo” é um substituto significante de outra coisa, que não precisa, necessariamente, existir, e, assim, “a semiótica é, em princípio, a disciplina que estuda tudo que possa ser usado para mentir”. A amnésia que o grande número de informações pode causar não traria como consequência a irrelevância de tudo? A história contada para passar o tempo e esquecer, podendo compor-se por uma série de mentiras, como se compõe seu personagem? De certa forma, o excesso não só de informações como de hipóteses, levantado no livro, acaba por deixar o leitor no impasse do que seja verdadeiro, como tudo sendo apenas pretexto para o entretenimento.
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Mas, questões sérias e opiniões graves perpassam por várias páginas. Pergunto se tanta argumentação contra os judeus não pode aguçar nova onda antisemita, mesmo que seja relato de reflexões hoje históricas e o personagem defensor de tais ideias seja um canalha. Não quero dizer com isto que se deva censurar a historicidade. Porém, sua colocação, muitas vezes, é feita com a ênfase de quem nelas crê (o personagem), podendo muito leitor se deixar levar pela dúvida da questão entre a verdade e a mentira, deleite de leitura inconsequente ou reconstituição de conhecimentos universitários de um erudito... O erudito Umberto Eco, que leva seus estudos a extremos, acaba fazendo o mesmo com sua narrativa. Peca pelo excesso. O que é uma pena. De certo há elementos de sobra do pós-modernismo, que tem tudo para resgatar a literatura que se afastava de seus leitores por uma sofisticação vanguardista preciosística. Mas, no resgate do livro e da literatura, talvez fosse importante não levar o lazer ao extremo, esquecendo-se de deixar brechas para reflexões humanísticas. Se não, por que não transferir as formas de lazer do livro para tecnologias mais contemporâneas? A reflexão sempre acompanhou o livro, de Cervantes a Tolstoi, se assim se pode dizer. E é pena, mesmo admitindo o simples lazer, que, afinal, integra as funções da literatura, que Eco não tenha centrado sua narrativa de forma mais objetiva, sem tantos caminhos cruzados. Pois tinha tudo, em assim procedendo, para nos regalar com nova obra-prima como “O nome da rosa”. Não seriam os compradores que causaram as três edições brasileiras deste livro sido levados pelo que estimam naquele romance? Depois de comprarem e lerem, realmente apreciaram este novo romance de Umberto Eco? Ou ficaram atônitos, sem saber o que pensar de tudo que leram e......... esqueceram?
Gerson Valle é membro da Academia Brasileira de Poesia
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Direção: Jaime Vignoli
Rod. Amaral Peixoto, km 70 Bacaxá - Saquarema - RJ ( (22) 2653-0845
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nº 192 - março de 2012
Ser mãe, conscientemente: a chave para mudar o mundo Camilo Mota
Divulgação / João Bayones
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uma sociedade consumista e marcada pelo imediatismo e pela coisa pronta, algumas mulheres têm tido uma atitude diferenciada, procurando restituir à vida algo tão fundamental quanto o afeto da maternidade em relação aos filhos. É o caso da jovem Roberta Calábria que, além de mãe, enveredou agora pelo caminho do comércio virtual. Mas um comércio bem diferente: em seu site ela comercializa, entre outras coisas, fraldas de pano (eccomama. com.br). O Jornal Poiésis foi ouvi-la e traz para seus leitores um tanto desta nova (ou antiga?) visão de mundo. Poiésis – Roberta, diante de um mundo que fala cada vez mais em sustentabilidade e ecologia, o que significa a adoção das fraldas de pano nos primeiros anos de vida da criança? Roberta – Bom, do ponto de vista ecológico, as fraldas diminuem muito o grande vilão da atualidade: o lixo. Além de serem produzidas de forma a não causarem quase nenhum impacto ao meio ambiente, por serem feitas de matérias primas renováveis, como algodão e outras fibras orgânicas. Fazendo um cálculo mais claro, já percebemos que um bebê utiliza em média 5000 fraldas descartáveis. Considerando que cada fralda leva entre 250 a 500 anos para ser decomposta, imagine o tamanho do problema! 2% dos lixos urbanos são fraldas descartáveis. Para se ter uma idéia, no Brasil, mais de 200 fraldas são descartadas POR SEGUNDO (17.625.600 fraldas por dia!!!). Outra questão muito importante é o descarte do material orgânico, ou seja, do cocô do bebê. Com o uso das fraldas de pano, os resíduos são despejados diretamente no vaso sanitário, ao invés de irem parar nos lixões, proliferando várias doenças. Poiésis – À primeira vista, o uso de fraldas de pano seria muito mais difícil, devido ao problema de lavar, secar, o mau cheiro etc. Mas ao que parece não é bem assim. As fraldas também representam uma grande economia para a família, não é mesmo? Roberta – Apesar de muitas mães ainda utilizarem as fraldas de pano tal qual nossas mães usavam, hoje em dia existe um movimento de fabricação das chamadas fraldas de pano modernas.Todas são laváveis à máquina, secam super rápido e são fabricadas com tecidos cada vez mais fáceis de lidar. Como tudo na vida, é uma questão de escolha e adaptação. A partir do momento que a família faz essa opção, a rotina de lavagem e higienização das fraldas passa a fazer parte do cotidiano, e depois de poucos dias se torna tão natural quanto qualquer outra. A economia é um fator que leva muitos pais a optarem pelas fraldas de pano. A diferença é que o investimento inicial é maior, já que o enxoval precisa estar pronto para a chegada do bebê. Muitas das fraldas fabricadas atualmente são chamadas de tamanho único, isto é, contém vários botões e elásticos ajustáveis nas pernas e cintura, fazendo com que o bebê possa usá-las desde o nascimento até o desfralde. Um bebê pode gastar até R$2000,00 em fraldas descartáveis durante o tempo de uso, já com as fraldas de pano, apesar de existirem modelos com preços variando entre R$15,00 e R$50,00, já prontas para o uso, esse valor baixa consideravelmente. Levando em conta o preço médio de uma fralda de pano moderna como R$25,00 e imaginando um enxoval com 20 fraldas, número suficiente para uma rotina tranqüila de uso, são R$500,00. Uma economia de 300%. Poiésis – A adoção da fralda de pano é apenas uma pequena parte do muito que ocorre hoje em relação ao estreitamento dos laços naturais entre mãe e filho. Que outras atitudes estão sendo tomadas? Roberta – É maravilhoso ver que a quantidade de pessoas indo contra a corrente contemporânea que valoriza o rápido, pronto, repetido vem aumentando a cada dia. Percebo que há um retorno cada vez maior em
Para Roberta Calábria, educar um ser humano deve ser prioridade máxima na vida daqueles que escolhem ser pais direção a tudo o que é natural, intrínseco ao ser humano. Geralmente as famílias que optam pelas fraldas de pano são famílias ou de baixa renda, por falta de outra opção viável, ou famílias que acreditam que suas ações fazem grande diferença no mundo. Estas famílias costumam ter hábitos de vida mais saudáveis, trazendo esta concepção desde a gestação, e consagrada no momento mágico do parto. Isso implica, entre tantos outros fatores, em uma alimentação mais balanceada para gestantes, bebês e crianças, com uma diminuição do consumo de açúcar e alimentos industrializados, com toda a família envolvida na conscientização desde sempre do que é gerar e nutrir um ser humano para a vida, protegendo sempre a natureza. O parto é, para mim, o ponto crucial nessa jornada. Atualmente está incutida na mente feminina a idéia de que o nascimento é inviável, doloroso e traumático, na movimentação da maléfica indústria das cesáreas desnecessárias. Acredito que os avanços da medicina são fantásticos, e que a cirurgia salva diariamente vidas de mães e bebês, mas o que acontece hoje é a retirada maciça dos direitos básicos da gestante, que, fragilizada, aceita tudo o que lhe é dito com medo da tão falada dor, e com o comportamento já estabelecido pela nossa sociedade de tratar os médicos como detentores de todo saber. Já os médicos, que temem passar horas ao lado de uma parturiente e perder muitas consultas ou compromissos particulares, além de noites de sono, veiculam cada vez mais informações erradas sobre as reais causas de uma cirurgia cesárea. A informação é a chave. Muitas mulheres não sabem, por exemplo, e os hospitais públicos fazem questão de esconder essa faceta, é que elas têm por lei federal o direito garantido de ter um acompanhante durante seu pré-parto, parto e recuperação. O nascimento de um bebê é um momento fantástico, e se for permitido às mulheres de terem controle sobre seus corpos e escolhas, com o mínimo de procedimentos invasivos, como cortes, drogas de indução e anestesias, o vínculo e a força que elas retirarão desse momento será insuperável. Além do que um parto natural assistido pelo pai, companheiro ou a pessoa mais próxima à mulher estabelecerá uma relação de confiança como nenhuma outra. Sem contar a saúde do bebê, pois é mais do que sabido que o nascimento natural é a grande massagem que prepara os órgãos e a estrutura emocional do bebê por toda sua jornada. A produção dos hormônios do parto é maravilhosa para banir os fantasmas da depressão pós parto e problemas com o aleitamento. Poiésis – E sobre a amamentação? Roberta – Depois de parir, amamentar é o ato mais maravilhoso que uma mulher pode experimentar. E mais uma vez cada dia mais as informações erradas querem tirar essa oportunidade das mulheres. Antes de tudo, um alerta: TODA MULHER É CAPAZ DE AMAMENTAR. Não existe leite fraco, não existe formato de bico que impossibilite uma mulher de nutrir seu filho. É fácil? Não, não é. É muito complicado ter um ser cuja sobrevivência depende de sua presença física. São noites sem dormir bem, minutos preciosos, banhos corridos, almoços
com uma mão só, algumas vezes dor, algumas vezes machucados. Mas tudo isso pode ser plenamente superado com auxílio correto. Toda mulher é capaz de amamentar, mas para isso o ambiente deve ser propício, a mulher deve estar tranqüila, bem nutrida, bem hidratada, com apoio daqueles em quem ela confia, e o mais importante, ela deve querer. Enquanto nossa sociedade não entender que o aleitamento materno é uma questão de saúde pública e que investir nisso é uma saída fácil para grande parte dos problemas que encontramos lotando postos de saúde, como alergias respiratórias, alimentares, desnutrição, obesidade, baixa imunidade, sem contar os problemas de fala, dentição, continuaremos lidando com pessoas cada vez mais frágeis. Do lado emocional, podemos dizer que o laço que se forma entre uma mãe e seu filho durante a amamentação é lindo, de puro amor e reconhecimento. É segurança emocional, estrutura psicológica, tranqüilidade, nutrição, tudo isso de graça e sem medida. Poiésis – Ser mãe, esposa e pequena empresária é representativo deste novo papel que a mulher precisa assumir hoje na sociedade. Como você vê esta unidade essencial de todas as facetas do feminino, e como a mulher hoje pode auxiliar na construção de um mundo mais harmonioso e bom de se viver? Roberta – O feminino sempre esteve vinculado ao esteio, cuidado, presença, afeto, mas cada dia mais as famílias contemporâneas compreendem que o papel da mulher pode e deve ir além. Há uma onda fantástica que preza a realização da mulher na plenitude de seus sonhos, e se isso significa trabalhar fora, estudar, chefiar a família, que assim seja, contanto que haja harmonia. A família é a célula principal da vida em comunidade, e quanto mais segura e bem amparada ela for, haverá o reflexo deste bem estar em grande escala. A maternidade é, por princípio, a tarefa crucial de uma existência, pois é dela que surge a vida, educar um ser humano deve ser prioridade máxima na vida daqueles que escolhem ser pais, pois só levando a educação com a seriedade que ela demanda é que veremos uma mudança real nos paradigmas atuais de comportamento. Ser esposa é estar completa, é ter ao lado um companheiro que auxilie, ampare e proteja a mulher para que esta possa encontrar a tranquilidade necessária para se vincular de maneira real e inteira com sua prole e poder se dedicar à tarefa de educar. Quando um casal se respeita, compreende e ampara, a família vibra em amor. É claro que não é um conto de fadas, por toda a responsabilidade envolvida, às vezes existem conflitos, e o cotidiano é carregado de pequenos e cansativos acontecimentos que podem desgastar uma relação se esta não contar com bases sólidas. Às vezes a rotina se atrapalha toda, ser mãe, esposa e microempresária pode dar um nó na cabeça de qualquer uma, mas talvez essa seja a grande força da mulher, lidar com tanto ao mesmo tempo e ainda assim frutificar. Existe um termo que acho muito interessante, que é o “empreendedorismo materno”, são mães que optam por criar de perto seus filhos e para isso começam a se virar no que sabem fazer para complementar a renda familiar e ainda fazer parte do mundo da maternidade. Geralmente essas mulheres começam a trabalhar em coisas que envolvam gestação, infância, enfim. Vão produzir fraldas de pano, festas infantis, oficinas de arte, contação de histórias. É uma atitude que vai aos poucos modificando a estrutura social, pois são atividades feitas por mães, que compreendem outras mães, seus tempos, ritmos, necessidades. Acredito com firmeza que a participação ativa das mulheres na sociedade trará resultados cada vez melhores, transformando o mundo em um lugar mais tranqüilo, amoroso e pacífico, assim que estas mesmas mulheres encontrem condições satisfatórias para criarem com essa mesma tranquilidade, amor e paz os seus próprios filhos.
CRÔNICA
Entre as coisas de Minas Ataualpa A.P. Filho Fui convidado por um casal de amigos a fazer um passeio em Leopoldina, Minas Gerais. Aceitei o convite imediatamente, pois pensava na oportunidade de rever a casa em que morou Augusto dos Anjos e a bela catedral consagrada a São Sebastião na cidade leopoldinense. E também pensava na possibilidade de ver o pé de tamarindo plantado ao lado do sepulcro desse grande poeta. E lá também se encontra uma placa com o soneto “Vozes da morte”: “Agora, sim! Vamos morrer, reunidos,/ tamarindo de minha desventura,/ tu, com o envelhecimento da nervura,/ eu, com o envelhecimento dos tecidos!” Essa primeira estrofe do citado soneto reflete um pouco da visão desse poeta que nasceu no engenho Pau d’ Arco, na Paraíba em 20 de abril de 1884. E faleceu em 12 novembro de 1914, vítima de pneumonia. Em Leopoldina, exerceu o cargo de diretor do tradicional Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Esse Augusto, que só poderia ser dos Anjos, foi o poeta que mais curti na minha adolescência, adorava recitar “Versos íntimos”: “Vês! Ninguém assistiu ao formidável/ enterro de tua última quimera. / Somente a Ingratidão – esta pantera – foi tua companheira inseparável!/ Acostuma-te à lama que te espera!/ O Homem, que, nesta terra miserável, / mora, entre feras, sente inevitável/ necessidade de também ser fera.” Não tenho uma visão determinista sobre a vida, nem sou adepto do darwinismo social, muito menos materialista, mas tenho uma grande afinidade com a poesia desse autor. Acredito em uma vida
além desta, contudo, sobre a espécie humana, concordo com Machado de Assis e com o citado poeta: “Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!/ O amor da Humanidade é uma mentira./ É. E é por isto que na minha lira/ de amores fúteis poucas vezes falo.” Além desse encontro com a memória de Augusto dos Anjos, outro fato que chamou a minha atenção foi o canto dos canarinhos da terra, já tão urbanizados como os pardais, cantam nos postes, nos oiticeiros que arborizam a cidade: - lindos!... Lembrei-me de Teresina... Mas o que me fez expor publicamente essa viagem foi um ato de plena lucidez: em uma casa mineira com certeza, desligou-se a televisão no horário em que iria passar o “Big Brother”. Internamente confesso que vibrei. E fiz a seguinte reflexão: quando uma família se reúne de forma harmoniosa, não há espaço para um reality show da forma como vem sendo exibido em horário nobre. Acredito que a melhor atitude seja ignorar: – se não gosta, desliga ou muda de canal. Na minha casa é assim também, ninguém assiste a esse programa. E dou esse assunto por encerrado, não tem a minha audiência, mesmo que isso seja insignificante, não faça a menor diferença. Nunca peguei o telefone para fazer uma ligadinha, não vou dar nenhuma espiadinha
– chega de “amores fúteis”. A promiscuidade gratuita é uma agressão moral. Os participantes são todos adultos e encontram plateia, por isso se sentem artistas, modelos... Ao chegar a esse lar mineiro, no qual fui muito bem recebido, vi o brilho nos olhos do tio dessa minha amiga que me convidou, assistia a um programa em um canal rural que falava da criação de gado. Ele via, com saudade, os garrotes que se alimentavam no pasto. Certamente lembrava-se do tempo em que trabalhava na roça, da terra que tanto viu o seu suor. E por uma limitação da saúde, passou a morar no meio urbano. Mas o acolhimento, a prosa sadia, os casos e causos contados em volta mesa da cozinha, regado a um cafezinho, revelam que é possível ter paz na simplicidade. - A broa de milho da Dona Sinhá é uma delícia, o pudim de leite feito pela Tetê e a Dinha é o que chamam de manjar dos deuses, andar pelas ruas de Leopoldina na companhia do Reis e do Paulão foi muito divertido: essa é a realidade show. Paz, convivência humana sem intrigas: não estava entre feras, não senti necessidade de também ser fera. Confinar pessoas e provocar intrigas deve ser algo doentio. Não vejo prazer nenhum em assistir a “Big Brother”. - Os grandes amigos são os que cultivam uma amizade sem interesses... “A esperança não murcha, ela não cansa,/ também como ela não sucumbe a Crença./ Vão-se sonhos nas asas da Descrença,/ voltam sonhos nas asas da Esperança.” – Augusto dos anjos. Ataualpa A.P. Filho é membro da Academia Brasileira de Poesia, reside em Petrópolis-RJ Camilo Mota
COMPORTAMENTO
Pimenta Vermelha inaugura novo espaço no Lake’s Shopping Saquarema ganhou mais um novo espaço culinário no Lake’s Shopping. O Restaurante Pimenta Vermelha foi inaugurado em fevereiro e já está oferecendo um variado cardápio. O Pimenta Vermelha funciona diariamente para o almoço (self service) e jantar, com serviço a la carte, petiscos e pizzas de vários sabores. Ligue e faça seu pedido pelo telefone (22) 2651-0422 Venha conhecer e saborear!
Lake's Shopping primeiro piso (em frente ao DPO) Saquarema-RJ
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nº 192 - março de 2012
Em Foco
regina@netterra.com.br
com Regina Mota
Grandes nomes da MPB em Arraial do Cabo Fotos: Regina Mota
Max Prates e vários artistas locais fizeram a abertura dos shows
O secretário de Turismo Marcos Simas com o cantor Emílio Santiago
A IV Edição do Verão Musical de Arraial do Cabo reuniu grandes nomes da música popular brasileira e valorizou os artistas da terra, colocando-os para fazer todos os shows de abertura. A Secretaria Municipal de Turismo escolheu muito bem o elenco deste ano.
Já Emilio Santiago teve um dos melhores artistas da cidade, Max Prates e o Grupo Novos Tempos, que fez uma apresentação ímpar, maravilhosa.
Geraldo Azevedo abriu a temporada, com Junior Carriço no show de abertura. Leila Pinheiro foi antecedida por Léo Aguiar e Banda. Peninha contou com a presença de Andrea Gimenez e Flavio Melo no palco antes de sua apresentação. O Quarteto Todas as Vozes abriu o show de Eduardo Dusek.
A Praça do Cova ficou super lotada em todas as noites. Mais de 200 cadeiras foram colocadas à disposição do público. A repercução do Verão Musical se expande por várias cidades da Região dos Lagos e na capital, o que faz com que Arraial do Cabo fique muito mais cheia do que o normal nessa época do ano. O turismo se enriquece e o povo se enriquece de cultura.
Poesia - O doutor Cid Magioli realizou no dia 4 de fevereiro o Sarau Araruama em Poesia, na Casa de Cultura, recém remodelada. Na foto ele aparece juntamente com seu pai, também Cid Magioli, sua mãe Jurema e sua esposa, doutora Eulenir Magioli. O evento contou com poetas de várias cidades da Região dos Lagos. Foi uma tarde bastante envolvente, com poemas e versos que falavam de vários sentimentos, tendo como principal o amor.
Pimenta Vermelha - Paula, Fernando e Tiago fazem parte da família Pimenta Vermelha, restaurante inaugurado no Lake’s Shopping no dia 16 de fevereiro. Excelência em servir, qualidade dos produtos escolhidos para comporem os pratos e deliciosas opções de comer bem e com bom preço são a marca registrada do Pimenta Vermelha que também possui um restaurante no Fly Shopping, em Bacaxá. Vale a pena conferir!
Camilo Mota
Camilo Mota
Blues in Poesia - Miro Zager e Ricardo Beltrão são dois grandes músicos que fazem parte das Terças Poéticas, realizadas no CACS (Lake’s Shopping), sempre a partir das 20 horas. Nenhuma terça consegue ser igual a outra. Sempre acontecem surpresas. Os artistas estão aparecendo e mostrando suas artes. A poesia é a grande atração da noite, mas a música, a dança, o cinema e outras formas de arte estão inseridas no projeto.
Dia da Mulher - Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura Municipal de Saquarema promoverá uma grande festa, com previsão para durar o dia inteiro, no dia 8, no calçadão de Bacaxá. Haverá serviços gratuitos de manicure, massagem, corte de cabelo, verificação de pressão arterial, entre outros, além de exposição de artesanato, música ao vivo e brincadeiras para as crianças. Participe!
Reiki
Curso e Terapia
VEROLOGIA
EVOLUÇÃO PSICOLÓGICA “O SER HUMANO PODE SER O QUE DEVE SER” (Cristófilo Nageo)
Quer ser feliz, independente e desinibido? Quer resolver seus problemas e eliminar seus sofrimentos? Estude Verologia (Ciência da Verdade Essencial) Camilo de Lélis M. Mota
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Inscrições aos sábados de 8h às 11h R. Major Félix Moreira, 39 sala 211 - Centro - Araruama (Prédio da UNIMED)
Semana Teixeira e Sousa 2012 comemora 200 anos do escritor cabofriense Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa poderia ter sido mais um cabofriense proeminente. Porém, em sua trajetória de vida foi, nada mais, nada menos, o precursor do romance no Brasil. Para comemorar tamanho feito e pioneirismo na literatura nacional, a Secretaria de Cultura de Cabo Frio já tem estruturada, através da Comissão formada especialmente para o evento, a 22ª Semana Teixeira e Sousa que acontecerá de 21 a 28 de março, mês do bicentenário do escritor. A estrutura da Semana Teixeira e Sousa contará ainda com feiras de livros na Praça Porto Rocha, em Tamoios e no Jardim Esperança; Corredor Cultural com a apresentação de músicos locais; lançamento de livros, sendo dois deles com o selo comemorativo dos
Divulgação / PMCF
A feira do livro é uma das atrações do evento 200 anos do escritor; solenidade de entrega de comendas e homenagens a personalidades que marcaram os 21 anos da Semana; atrações diversas na Praça Porto Rocha, como palestras nas Tendas Literárias, oficinas de poesia, saraus e a Gincana de Pintura. Também constam na programação o
Fotografia e Filmagem Casamentos, aniversários, inaugurações, shows, espetáculos, empresas e fotos de família. www.poiesisfotografia.com.br
( (22)2653.3597 / 9982.4039
Encontro Fluminense Literário e o “Seminário Teixeira e Sousa: Afrodescendência e Literatura no Brasil”, além da previsão de um show especial em homenagem ao também artista local Abel Silva, autor de grandes músicas da MPB. Veja a programação completa no site cabofrio.rj.gov.br