Defesa Civil tem novo coordenador
Divulgação
Regina Mota
www.jornalpoiesis.com.br
Literatura, Pensamento & Arte
Página 8
Karatê de Saquarema ganha novas medalhas Página 3
Ano XIX- nº 200 - novembro de 2012 - Saquarema, Araruama, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis Informe Publicitário
Banda Natus faz show no dia 22 Camilo Mota
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Filosofia Juan Arias traz novas reflexões sobre Jesus
O rock da Banda Natus está de volta ao palco do Teatro Municipal Mario Lago em Saquarema. O grupo se apresenta no dia 22 de novembro, trazendo no
repertório canções próprias e grandes sucessos de bandas como Van Hallen, Survivor, Roxette, entre outros. Página 5.
Lagoa de Jacarepiá recebe grande abraço
Prevenção do câncer
Juliana Queiroz
A mensagem de Jesus não é uma simples questão de fé. Mais que isso, trata-se de uma possibilidade de transformação real do ser humano para uma nova espécie, que consiga subjugar seu espírito de violência em favor de uma nova ética. O novo livro de Juan Arias traz uma leitura revolucionária do profeta, redimensionando-o para uma contextualização mais humana e menos mística. Página 4.
Teatro Teatro Mario Lago é reformado e divulga nova programação Teatro adulto e infantil, dança e música. A programação de novembro tem muita variedade, com destaque para a peça Caixa de Phósphorus. Página 2.
Camilo Mota
MAMAS promoveu palestras na Câmara de Saquarema Localizada no bairro de Vilatur, em Saquarema, a Lagoa de Jacarepiá é um importante ponto de referência em relação ao meio ambiente. Caracterizada por ser a única
lagoa de água doce na Região dos Lagos, sua preservação é considerada fundamental. No final de setembro, foi promovido um grande abraço simbólico. Página 5.
Música Instrumental no calçadão de Bacaxá Regina Mota / 31-07-2012
Literatura Concurso de Poesia comemora centenário de Victorino Carriço
Aproveitando a campanha de prevenção ao câncer de mama durante o Outubro Rosa, o Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema (MAMAS) promoveu palestras de esclarecimento e prevenção
da doença com os doutores Leonardo Ferreira e Flaviana Reis. A iniciativa do grupo não é isolada e deve ser desenvolvida ao longo do próximo ano junto às comunidades do município. Página 8.
Miguel Jeovani fala em rádio como prefeito eleito de Araruama Regina Mota
Estão abertas até 30 de novembro as inscrições para o I Concurso de Poesia Victorino Carriço, promovido pela Secretaria de Cultura de Cabo Frio. Página 2.
Literatura
O centenário do “Eu”, de Augusto dos Anjos O professor Atahualpa A. P. Filho apresenta uma abordagem sobre a vida de Augusto dos Anjos, que publicou apenas um único livro, “Eu”, cujo centenário é comemorado em 2012. Página 3.
No dia 12 de novembro você tem um encontro marcado com a boa música. O calçadão de Bacaxá vai ser palco de mais uma edição do Saquá Instrumental, que já tem confirmadas as presenças de Neury Nogueira,
Renan Amorim, Vaneci dos Santos, Thiago Perninha, Lucas Moreira, entre outros. A primeira edição do evento aconteceu em julho e teve destaque pela grande qualidade das apresentações. Página 3.
Eleito em 7 de outubro para ocupar o cargo de prefeito da cidade de Araruama a partir de 2013, o empresário e deputado estadual Miguel Jeovani (PR) concedeu entrevista à Rádio Costa
do Sol AM para agradecer e anunciar algumas propostas de seu governo. Na foto, com a esposa Márcia, o vice-prefeito eleito Anderson Moura e o jornalista Arlindo Junior. Página 3.
2 EXPEDIENTE
nº 200 - novembro de 2012
Pratique Yôga em Saquarema
O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb. Diagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 BACAXÁ - SAQUAREMA RJ CEP 28993-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 92013349 ( (22) 8818-6164 ( (22) 9982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis. com.br. Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis. Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
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CULTURA
LITERATURA
Teatro Mario Lago retoma atividades Totalmente reformado o Teatro Municipal Mario Lago, em Saquarema, volta a ter programação regular a partir deste mês. Com novas poltronas, piso e pintura, além da ampliação do camarim e reforma dos banheiros com instalações para deficientes físicos, o espaço ganhou mais dezessete lugares, somando agora 186 assentos. A programação é bem variada e o destaque é a peça Caixa de Phosphorus, espetáculo que faz parte do Circuito Estadual de Artes, que incentiva a formação de plateias e oferece preços populares. A apresentação será dia 11 de novembro, a R$ 5. Para as crianças, a boa pedida é o espetáculo cover de Patati Patatá. E para os amantes do rock e do pop, a Banda Natus faz apre-
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Concurso de Poesia em Cabo Frio inscreve até 30/11 Divulgação / Arquivo de família
Ivan Mendes e Daniela Carvalho vivem os protagonistas de Caixa de Phosphorus, no dia 11
sentação no dia 22 (veja matéria sobre o show na página 5) No mês de dezembro, o Mário Lago ficará disponível para festas de fim de ano das escolas e cursos de teatro e dança. Em janeiro, o Teatro volta com a programação normal. Confira a programação: 01/ 11 - A caixa de Pandora - 15h e 18h - Educandário do Bem (Teatro)03/
Nov. - As aventuras de Pocoyo - 18h - Cia Fazarte de Teatro 09/11 - Projeto 1º Passo - 19h (Dança) 11/11 - Caixa de Phósphorus - 19h (5ª Etapa do Circuito Estadual das Artes), Elenco: Ivan Mendes e Daniela Carvalho) 17/11 : Patati Patatá Cover - 17h (Teatro infantil) 22/11: Banda Natus 20h (Show de rock) 25/11: Falo Mermo 19h (Teatro)
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Para comemorar a importância do poeta Victorino Carriço (1912-2003), a Secretaria de Cultura de Cabo Frio está promovendo o I Concurso de Poesia Victorino Carriço, cujas inscrições podem ser feitas até 30 de novembro na na Biblioteca Municipal Walter Nogueira, no centro de Cabo Frio; na Biblioteca Municipal de Tamoios; e no Centro Cultural Gigabyte, no Jardim Esperança, sempre das 9h às 17h, de segunda a sexta-feira. O Concurso abrange as categorias Infantil (de 6 a 10 anos), Juvenil (de 11 a 17 anos) e Adulto (de 18 anos em diante) e oferece premiação, em cada categoria, para 1º, 2º e 3º colocados com valores respectivos de R$1mil, R$750 e R$500. Mais informações podem ser obtidas no blog www. cabofriominhaterraamada.com e pelo Facebook: www.facebook.com/PoetaVictorinoCarrico
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nº 200 - novembro de 2012
POLÍTICA
Deputado Miguel Jeovani participa do programa “Conversando Com Você” Regina Mota O deputado estadual Miguel Jeovani (PR), prefeito eleito para governar Araruama pelos próximos quatro anos, participou no dia 13 de outubro do programa “Conversando Com Você”, do jornalista Arlindo Junior, na Rádio Costa do Sol, AM 560 Khz. “Agradeço a Deus por estar hoje aqui, tendo sido escolhido para governar uma cidade com mais de 120 mil habitantes. Minha vida sempre foi pautada no agradecimento a Deus. Temos que respeitar a opinião do
Regina Mota
povo, que é inteligente e está antenado. Quero ser o melhor prefeito, e vou ser”, assim o deputado iniciou sua fala aos milhares de ouvintes. Miguel fez relatos emocionados, relembrando o fato ocorrido no final do ano passado, quando o helicóptero que o transportava caiu em Praia Seca, onde seria realizada a festa natalina das crianças carentes daquela localidade. “Naquele dia muitos torceram pela minha derrota, mas Deus é comigo”, disse ele. Os ouvintes participa-
MÚSICA
Som instrumental volta ao calçadão de Bacaxá
Regina Mota / 31-07-2012
O evento aconteceu pela primeira vez em julho
Boa música e talentos locais fazem a boa combinação este mês em Saquarema. Organizado por Thiago Perninha, o Saquá Instrumental acontece pela segunda vez no Calçadão de Bacaxá, próximo à subida do Ciep. O even-
to acontece no dia 12 de novembro, a partir das 19 horas. Já está confirmada a participação de Neury Nogueira, Renan Amorim, Vaneci dos Santos, Luizinho de Tanguá, Lucas Moreira, Cosminho do Pandeiro, entre outros.
ESPORTE Karatecas de Saquarema conquistam ouro e prata no Maracanãzinho
Karatecas Luiz Fernando Palermo e Ana Paula de Oliveira ladeando a lenda do karate brasileiro Maria Cecíclia - a Ciça
O karatê de Saquarema garantiu mais duas conquistas no último final de semana. Nilsiclei da Silva e Luiz Fernando Palermo conquistaram as medalhas de ouro e prata, respectivamente, em suas categorias, durante a VII Copa Leão de Karate-do, realizado no Maracanãzinho. Ao todo, a competição reunião 64 agremiações de vários estados do país. Os dois jovens atletas fazem parte da ASK (As-
sociação Saquaremense de Karate-do), cuja equipe contou ainda com a participação de Edson Coelho e Ana Paula Oliveira. “Mais uma vez o karate saquaremense mostra sua força, agora é treinar duro e intensamente para as finais do campeonato estadual, para o qual temos classificados 24 karatecas, um número recorde “, disse o professor Jorge Velasque, 4º Dan, presidente da ASK.
ram do programa através de mensagens pelo celular, redes sociais e telefonemas. Procurando atender a todos, o deputado continuava dando esclarecimen-
tos sobre vários assuntos. “Vou lutar por mais verbas, para melhorias na cidade – continuou ele. Vou buscar empresas que, dentro da Lei de Incentivo Fiscal,
possam trazer empregos para o município. Quanto ao transporte público, vou regularizá-los e resolver os alternativos.” Miguel disse ainda que pretende, em seu governo, construir uma usina de asfalto, para pavimentar a cidade com custos baixos. A implantação de uma ciclovia também foi lembrada. A cultura não foi deixada de lado. “Temos que fazer um calendário anual cultural de eventos. Ter sempre eventos nos feriados para gerar riqueza para a cidade. Vamos resgatar a autoestima dos jovens que
estão saindo para se divertir em outras cidades”, afirmou ele. O deputado Miguel Jeovani não conseguiu esconder a emoção quando a esposa Marcia, que também participou do programa, leu a mensagem enviada pela filha Mariana, parabenizando o pai e falando do orgulho que sente em ser sua filha. Para finalizar ele falou sobre o governo participativo e transparente que pretende desenvolver. “Tudo que tenho agradeço a Deus e ao povo que me deu esse voto de confiança”, encerrou.
LITERATURA
A vida do “Eu”
Francisco Pinheiro
Ataualpa A. P. Filho Pode o criador carregar o estigma da sua criatura? Até que ponto a ficção pode mudar a realidade? O senhor Augusto dos Anjos, a partir da publicação do livro “EU”, em 1912, passou a ser visto por meio da imagem produzida através da interpretação dos seus versos. Após ler as correspondências mantidas com frequência com a mãe, a senhora Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, a Dona Mocinha, a quem ele sobrescrevia Sinhá Mocinha, posso afirmar que não é justo atribuir à personalidade do cidadão Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos, nascido no engenho Pau d’ Arco, Vila do Espírito Santo, Paraíba, em 20 de abril de 1884, toda a carga semântica mórbida e materialista contida nos versos que ele criou. Esse fardo se avolumou nestes cem anos que o livro caiu nas mãos dos críticos. Na revista “Fon-fon” nº 27, de 6 de julho 1912, na página “Momento Literário”, há o seguinte comentário: “‘Eu’ – livro de estreia do poeta Augusto dos Anjos, merece mais do que uma simples nota rápida de impressões e de agradecimento. É um livro estranho, cheio de alto e baixos, com um certo abuso exagerado na exibição de conhecimentos científicos, no uso dispensável de termos de ciência. A par disto tudo, entretanto, tem belezas intensas e por todo ele vibra uma encantadora nota de originalidade, que dá ao livro uma impressão própria, individual, cousas que andam a faltar em muita produção consagrada e aplaudida, com fórum de mérito perfeito. Há nesse “Eu” estranho um modo de sentir e de impressionar bem diverso do comum; não com o intuito preconcebido de fazer espanto, de chamar atenção, mas por uma necessidade do temperamento individual do Poeta, da sua maneira de ver e sentir a vida.” Em carta enviada à mãe, com data de 27/6/1912, ele comenta sobre a crítica a seus versos: “Enviei-lhe por intermé-
Augusto dos Anjos (1884-1914)
dio do Ernesto Monteiro, as primeiras críticas aparecidas aqui sobre o Eu. Em breve remeter-lhe-ei as outras. Meu livro tem produzido um verdadeiro escândalo nesta terra. Discutiram-no até na Câmara dos Deputados, conforme acabo de ler em um dos números d’A Tribuna. A própria Academia Nacional de Medicina incluiuo em sua biblioteca, por tratar do haeckelianismo e do evolucionismo spenceriano. A par desta corrente seleta e incentivadora, existe uma outra de conspiração manifesta e quase agressiva contra mim. É a dos irremediavelmente nulos. Deixá-los! O Generino entusiasmou-se com os meus versos e escreveu-me uma longa carta que vai ser publicada em breve.” Em pleno século XXI, com tanto esclarecimento, podemos constatar fatos em que o ator ou a atriz é hostilizado (a) por causa da personagem que interpreta. É comum atribuir ao (à) intérprete a autoria de letra e da música que canta. Muito da visão introspectiva, ensimesmada que é atribuída a Machado de Assis é proveniente da personalidade dos personagens que ele criou, principalmente de Brás Cubas e Bentinho, o Dom Casmurro. Em uma conferência realizada no Instituto Nacional de Música do Rio
de Janeiro, com o título “A Tristeza dos Poetas Brasileiros”, Olavo Bilac fez a seguinte afirmativa: “Os poetas brasileiros são tristes, sim! Mas não porque sejam homens tristes. São tristes porque são poetas. São tristes todos os homens que sabem sentir e pensar.” Augusto dos Anjos pensou o seu tempo, marcado por um materialismo exagerado, bem criticado por Machado de Assis, através do personagem “O Alienista”. E pelo notável Quincas Borba, autor do Humanitismo. O Positivismo, o Determinismo, o Evolucionismo, que marcaram o século XIX e o início do século XX, deixaram as suas influências em várias manifestações artísticas. E aqui no Brasil, a chamada “Escola de Recife”, com Tobias Barreto e Sílvio Romero, foi responsável pela disseminação do pensamento cientificista. Exatamente no período em que Augusto dos Anjos estudava Direito na capital pernambucana. Leia uma das últimas cartas que ele enviou à sua mãe, quando estava na cidade mineira de Leopoldina, onde veio a falecer em 12 de novembro de 1914, de pneumonia: Leopoldina, 29 de setembro de 1914 Prezada Sinhá Mocinha. Recebi com muito prazer sua cartinha última e passo jubilosamente a responder-lha.
São os meus votos que Vm.cê, a boa Iaiá, Alexandre, Artur e família e todos daí continuem com saúde. Nós vamos passando regularmente e Ester até aqui não tem sofrido complicações em seu estado de saúde, depois do aborto que sofreu, conforme comuniquei há alguns dias a Vm.cê. Não sei quando me será dada a satisfação de ir até aí visitar os meus, reverme na antiga atmosfera de afetos, a cujo influxo devo a formação integral do meu ser. De sorte que a minha vida aparente, para quem lhe não tem conhecido a substância dolorosa, é a de um indivíduo dotado muito parcamente de afetividade, que, aliás, é, ao meu ver, o fundamento precípuo de toda a existência humana. Vou destarte acumulando as mais ardentes saudades e nutrindo-me das mesmas, como um pássaro necrófago, na sua solidão. Apesar da monotonia desta cidade, quero dizer, em condições melhores do que as que me infelicitavam dantes, obrigandome ao deus-dará das misericórdias alheias. Não maldigo, entretanto, a fase angustiosa que pesou sobre o meu destino. Dada a compreensão, peço licença para dizer, superior, que eu tenho do mundo, foime ela mais propicia do que adversa à integração de minha individualidade moral e até mesmo intelectual. Aceito hoje em filosofia o finalismo otimista de Sócrates, o qual, em termos vulgares, pode ser assim enunciado: tudo quanto sucede é unicamente para o bem. É nestas disposições de espírito que eu concluo esta carta, pedindo a bênção de Vm.cê para mim, Ester e as crianças. Um abraço do Filho e amigo certo – Augusto dos Anjos
Ataualpa A.P. Filho é poeta e professor, membro titular da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni, reside em Petrópolis-RJ. O presente artigo é resultado da palestra realizada na Casa Claudio de Souza, no dia 11 de outubro de 2012, em comemoração ao centenário de publicação de seu livro “Eu”.
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nº 200 - novembro de 2012
LIVROS
Entre a utopia e o pessimismo Uma leitura de “O grande segredo de Jesus” de Juan Arias
Camilo Mota Vivemos dias em que os paradigmas estão sendo colocados à prova. No seio da Ciência, há clamores convocando a uma revisão da preponderância do materialismo em detrimento da espiritualidade, como as teorias propostas por Amit Goswami. De outro lado, ateístas como Richard Dawkins fazem campanhas quase religiosas para provarem suas convicções da inexistência de um Deus criado e recriado ao longo das eras pela humanidade. Em meio a essa crise, assistimos estarrecidos à desconstrução do velho mundo: temas que pareciam sepultados emergem com nova força (nacionalismo e conflitos étnicos), a estruturação da família passa por uma transformação cujas consequências só poderão ser avaliadas daqui a muito tempo, a violência segue numa escala crescente sob o foco das mídias que aproveitam para explorar cada vez mais os nossos horrores pessoais (afinal, quem em sã consciência gosta de admitir que é mau?).
Diante de um quadro tão tenebroso, como permanecer fiel a uma utopia e não se deixar levar pelo pessimismo em relação à raça humana? O questionamento se refaz em mim a partir da leitura do recémlançado “O grande segredo de Jesus: uma leitura revolucionária dos Evangelhos”, de Juan Arias (Rio de Janeiro, Objetiva, 2012, trad. Cristina Cavalcanti). O autor traz na bagagem 14 anos de experiência como correspondente do jornal El País no Vaticano, acompanhando os papas Paulo VI e João Paulo II, além de ter estudado teologia na Universidade de Roma. O tema do cristianismo é recorrente em seu trabalho, tendo já lançado no Brasil os títulos “A Bíblia e seus segredos”, “Jesus, esse grande desconhecido” e “Madalena”, entre outros. Mas é sua experiência como jornalista que parece sobressair nessa verdadeira investigação sobre a real função de Jesus para a humanidade. Baseado tanto na leitura dos Evangelhos canônicos quanto nos Gnósticos, Juan Arias nos leva a um
Regina Mota
Juan Arias traz a mensagem de Jesus para uma dimensão mais humana, apostando na possibilidade de um salto quântico que possibilite o surgimento de uma nova espécie, apoiada no abandono da violência.
redimensionamento do arquétipo representado por Jesus. Sem se deixar levar pelo misticismo peculiar ao tema, o autor envereda numa rede de questionamentos e análises sobre a vida do profeta, traduzindo sua mensagem em termos humanistas. A mensagem de Jesus, nesse contexto, então, é dirigida a uma humanidade que ainda não existe. Segundo Arias, a humanidade “é muito mais egoísta do que muitos mamíferos considerados inferiores e só mudará quando, paradoxalmente, deixar de ser humana” (p. 15). A contradição proposta pelo
autor é aparente. E ele vai além: “Não é uma questão de melhorar a humanidade atual, especialmente nos aspectos éticos e morais, mas de uma transformação em uma nova espécie inteligente que não seja fundada nos pressupostos da violência pessoal e coletiva” (p. 16). Ainda que Juan Arias demonstre em alguns momentos seu pessimismo em relação à humanidade atual (e paradoxalmente alimentando a esperança de uma transformação da espécie humana a partir de uma mudança genética ou de um salto quântico), através de
seu livro sentimo-nos motivados pela compreensão de uma mensagem cristã que permeia suas páginas no sentido mais amplo. Jesus não escreveu para o seu tempo. Terá escrito para o nosso? Para o autor, certamente que não. Será uma semente para uma raça futura. Mas nós, aqui e agora, também somos responsáveis. Entre estas sementes estão questões fundamentais como a construção de um mundo sem violência, livre do egoísmo, pautado na solidariedade e no conhecimento. “A misericórdia termina por se converter numa ação a favor do outro. Vai além da justiça, pois inclina a balança a favor da debilidade e do desamparo alheios com os quais nos identificamos, pois todos somos fracos e precisamos da solidariedade e do amor dos outros” (p. 51). “O grande segredo de Jesus” é uma leitura atual e fascinante, além de ser uma abordagem necessária que merece atenção tanto de religiosos quanto de irreligiosos, de materialistas e de espiritualistas, pois,
antes de mais nada, antes dos rótulos, das máscaras e personas, somos humanos, demasiadamente humanos, para ficarmos alheios ao conhecimento. Como bem afirma Arias, “a ignorância é escuridão que cega”. Acredito, pois, que estejamos vivendo este intervalo entre a utopia e o pessimismo, alimentando possibilidades de uma nova espécie, livre da violência e unificada sob a luz de novos conhecimentos, que consigam harmonizar os importantes ganhos advindos do desenvolvimento científico com a significativa importância que deve ser dada à Espiritualidade. O salto quântico é bem vindo. Camilo Mota é jornalista, editor do Jornal Poiésis, psicoterapeuta holístico, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Integrativa (SBPI), sócio fundador da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal e membro titular da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni.
CRÔNICA
Mais diálogo entre as religiões Divulgação / Paula Giolito
Marcio Paschoal Um filme anti-islâmico vem provocando ondas de protestos em países muçulmanos, abrindo o precedente para uma discussão polêmica: quais seriam os limites da liberdade de expressão e de religião? Hoje muito se discute o poder e a vocação de toda liberdade de expressão. Proibir a manifestação do pensamento é pretender uma unanimidade autoritária, arbitrária e irreal. Vivemos um tempo em que os limites são discutidos, um tempo de politicamente corretos, patrulhamentos ideológicos, revanchismos e fortes doses de falta de bom senso. Contudo, é necessário um mínimo de ordem, de se delimitar para onde devemos ou podemos ir. Isso é fato. No entanto, não devemos esquecer que só a liberdade de pensamento possibilita a exteriorização dos conceitos. Assim aconteceu com a crença religiosa dos indivíduos, já que antes a pessoa era proibida de exteriorizar o seu pensar e mais ainda de divulgar a sua fé. Nesse sentido procura-se entender por que as religiões, de uma maneira geral,
permanecem num enfrentamento sem sentido, como se deuses fossem únicos e antagônicos, até com os que os aceitam como uma fraude, já que a liberdade de religião inclui ainda a liberdade de não seguir qualquer religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existência divina (agnosticismo e ateísmo). Por isso ganha importância o que aconteceu no dia 11 de outubro, quando alunos dos colégios Liessin e Santo Inácio, no Rio de Janeiro, deram um exemplo de convivência pacífica e inteligente. Vinte estudantes do ensino médio da escola católica aprenderam um pouco sobre a história de Israel e sobre o Holocausto. O objetivo desse intercâmbio é que um
QUEM VOCÊ PENSA QUE É? Será que você sabe tudo a respeito de si mesmo? Será que conhece todas as suas potencialidades? Certamente, você tem poderes além das suas próprias expectativas, que podem surpreendê-lo ao serem despertados! Os Rosacruzes podem ajudá-lo a se conhecer mais. Saiba mais recebendo gratuitamente o livreto “O Domínio da Vida”. Escreva ou ligue para: Ordem Rosacruz, AMORC: Rua Nicarágua, 2620 - 82515-260 – Curitiba –PR. Tel:(41)3351-3000 Internet: www.amorc.org.br / E-mail: rosacruz@amorc.org.br
grupo ganhe uma viagem para a Marcha da Vida, que passa por Israel e campos de concentração poloneses. Em um momento no qual assistimos a uma divisão de povos irmãos através de guerras religiosas, nada mais oportuno e bem-vindo. Conhecer a origem e o histórico de uma nova religião é abrir a mente para se poder compreender a nossa própria crença. No caso do judaísmo e o cristianismo, então, a relação é ainda mais fundamentada: uma permite o melhor entendimento da outra. Mas nem só de parentescos históricos falamos. Todas as demais religiões fornecem subsídios para que possamos compreender os mecanismos da fé. A má-
xima de que só ouvindo o outro lado, sem querer que este outro nos seja igual, atesta a liberdade de uma crença e permite que ela seja confirmada nos nossos corações. Mais que tolerância, reafirma-se a inteligência, o saber. Nenhuma religião prega a força bruta ou a violência. Portanto, ainda há esperança enquanto os jovens procurarem o conhecimento em outras searas e tradições. Fica a torcida para que novas empreitadas iguais a desses alunos se multipliquem, mesmo não chamando tanto a atenção da mídia como o filminho anti-islâmico. Há uma certa tendência para que notícias malévolas tenham mais transparência e notoriedade. A única vocação dos alunos do Liessin e do Santo Inácio foi a busca pelo conhecimento e, a partir dele, da tolerância e da paz. Já faz tempo que Kant preconizava: deixar-se guiar por mitos ou pelo pensamento de outrem, é abdicar da sua liberdade e viver num mundo de sombras. Marcio Paschoal economista e escritor
Ó Filho do Homem! Nem sequer sussurres os pecados alheios enquanto tu próprio fores pecador. Fosses tu transgredir este mandamento, maldito serias, e disso dou testemunho. Bahá’u’lláh “A Palavras Ocultas”
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nº 200 - novembro de 2012
MÚSICA
Banda Natus leva o rock para o teatro
A Banda Natus está de volta ao Teatro Mario Lago. O grupo de rock se apresenta no dia 22 de novembro, às 20h30, trazendo no repertório composições próprias, além de interpretações de grandes sucessos de bandas consagradas como Van Hallen, Europe, Survivor, Steppenwolf, Roxette, Led Zeppelin, entre outros. Formada por Lorraine Pitaluga (voz e guitarra), Daiane Pitaluga (guitarra solo), Zadak Vicente (baixo), Denilson Canno (teclado) e Jonatas Brasil (bateria), a Natus tem alcançado grande reconhecimento do público. Participando do site Oi Novo Som, já obteve cerca de 22 mil acessos.
Camilo Mota
Recentemente conquistou o primeiro lugar pelo júri técnico na décima eliminatória do Festival de Bandas Independentes 2012 (FBI), no Rio de Janeiro. Agora é a vez de Saquarema voltar a empolgar com o ritmo roqueiro do grupo. Os ingressos antecipados (R$ 10) podem ser adquiridos na Livraria Templar (Bacaxá), na Tabacaria (Lake’s Shopping), banca de jornal da pista de skate (Centro) e Claudia Shoes (Jaconé). SERVIÇO Banda Natus Teatro Mario Lago Dia 22/11/2012 20h30 Ingresso: R$ 10
EDUCAÇÃO
MEIO AMBIENTE
Lagoa em Vilatur recebe abraço ecológico Fotos: Flavio Itaúna
Flavio Itaúna A Lagoa de Jacarepiá, localizada no bairro de Vilatur, em Saquarema, recebeu um grande abraço ecológico no dia 29 de setembro. A ação contou com apoio da Associação Defensores da Terra, Polícia Militar Florestal e de Meio Ambiente, além de representantes da Colônia de Pesca de São Pedro da Aldeia, blog Saquarema Real, Petrobrás, Inea, moradores e comerciantes locais, e cerca de 50 crianças da escolinha de futebol mantida pela Associação dos Amigos da Lagoa de Jacarepiá (AMILA). A Polícia Militar Florestal realizou uma palestra explicando sobre as armadilhas e armas usadas por caçadores para caçar animais silvestres, esclarecendo ainda sobre as implicações legais das mesmas. Uma exposição de fotos foi montada, apresentando os trabalhos realizados na Lagoa desde 2000, incluindo os abraços ecológicos realizados em 2004 e 2005, sempre apoiados pelos Defensores da Terra. As crianças e adultos participaram do plantio de mudas de árvores nativas doadas pelo Inea. J. R. Arena, integrante da AMILA, apresentou ao público presente seu projeto de
O abraço reuniu moradores e membros de várias entidades
Inscrições para cursos técnicos na Faetec podem ser feitas até 11 de novembro A Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), vinculada à Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, oferece 9.319 vagas em todo o Estado em cursos de Ensino Fundamental, Infantil, Técnicos de Nível Médio, e Tecnólogos (Nível Superior), todas para ingresso em 2013. Os interessados podem se inscrever pelo site da Fundação (www.faetec.rj.gov.br), até o dia 11 de novembro. A unidade de Bacaxá oferece cursos nas áreas de turismo, meio ambiente, construção civil e petróleo e gás. Quem estiver interessado em participar dessa seleção pode se cadastrar no site da Faetec. Os candidatos que não tiverem acesso à internet poderão se dirigir a uma das 89 unidades
Camilo Mota
da Faetec Digital, que disponibilizam gratuitamente o serviço de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h. Para o cadastro é obrigatório levar o CPF. O processo seletivo dos candidatos será feito por meio de provas objetivas, sendo 24 questões de Língua Portuguesa, 24 de Matemática e, para algumas modalidades, também haverá Conhecimentos Es-
pecíficos (24 questões) e/ ou Redação, todas no dia 2 de dezembro (domingo), a fim de avaliar a compreensão e interpretação de textos, a argumentação, o raciocínio intuitivo e indutivo, e as estratégias para a resolução de problemas. O resultado do concurso será divulgado entre os dias 26 de dezembro e 4 de janeiro. E a matrícula deverá ser feita de 7 a 18 de janeiro.
Agradeço ao povo de Saquarema pela oportunidade de representá-lo na Câmara Municipal.
A Polícia Florestal apresentou palestra sobre armas e armadilha e a implicação legal de seu uso.
construção de uma ciclovia em torno de toda Lagoa, que além de ser uma atração turística para o local contribuirá significativamente para a preservação da mesma formando um cinturão em torno da Lagoa de Jacarépia. Para acompanhar o trabalho da AMILA e saber mais sobre a Lagoa de Jacarepiá, basta acessar o site www. amilajacarepia.org.br
Sinto-me honrado com a votação que obtive e reitero o compromisso de lutar pelo engrandecimento de nossa querida cidade. Chico Peres Vereador Eleito
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nº 200 - novembro de 2012
MÚSICA
OS MÚSICOS DO “TITANIC” Gerson Valle Foi em 1912. Por conseguinte, neste ano de 2012 completam-se cem anos que o “Titanic” afundou. Viviase então uma época marcada de tal forma pela beleza, e domínio da cultura francesa, que passou para a História como a “Belle Époque”. Por que “bela”? Porque nela (e pela rima se percebe que o tema inspira Poesia) havia uma impressão de se ter atingido um ápice civilizatório, onde a modernidade das máquinas causava uma grande modificação dos usos e costumes do passado, e a racionalidade tentava explicar tudo. Vivia-se ainda nos padrões morais cristãos tradicionais, sem, contudo, dado o avanço do materialismo na sociedade, se implicar com as diversões com nossas próprias imperfeições, como se fazia nos “vaudevilles” teatrais, cujas tramas tocavam a irresponsabilidade e imoralidade, fazendo graça, mas com finais obedientes aos costumes... Bela, sobretudo, pelos traços fugidios no colorido dos impressionistas, refletindo as diversões das danças nas casas noturnas, conversas prolongadas pelos brindes festivos nos bares, uma constante busca da diversão em muitos boêmios a par de comportamentos mais rígidos, religiosos e/ou dentro da estrutura familiar tradicional. Tudo parecia em seu devido lugar. Cada qual atuando conforme os conceitos que se tinham das possibilidades sociais. Como se jamais nada fosse mudar. E as guerras não se adentravam pelas grandes cidades ocidentais, nem geravam a possibilidade de uma hecatombe final. A decoração em “art nouveau” parecia indicar um refinamento máximo, do qual a civilização não regrediria. O transatlântico batizado dando referência aos Titãs, como a clamar seu gigantismo, bem simbolizava a capacidade humana de armar um transporte tão vigoroso. Dentro dele, todos os hábitos da “Belle Époque” fechados sobre o movimento das ondas. Muitos trajes, refeições e ambientes ricos! Além da parte baixa, onde os ratos conviviam com a
terceira classe. Tudo ajustado em seu devido lugar. Sem briga. A música tomaria conta dos salões. Valsas, mazurcas, ragtimes, polcas, marchas como fundo de conversas, danças, “flirts”, tragadas tranquilas de charutos e cigarros no conforto de “chaises longues”... Os músicos, dentro do ajuste da sociedade em que cada parte ocupava seu lugar indiscutível e perene, serviam aos viajantes com seus sons, como os garçons transportavam pratos e faxineiras ajeitavam os quartos. As coisas, no entanto, deixaram de estar em seu lugar estático na noite de 14 para 15 de abril. Era ainda a primeira viagem do navio, que saíra da Inglaterra e se dirigia aos Estados Unidos. Esbarrou num monte de gelo, rasgando seu casco, aos poucos adernando. Em cada canto onde as águas afundavam a embarcação, um grito lastimável parecia surgir do outro lado da vida, extinguindo a esperança da chegada a qualquer porto. Em meio à agitação sinistra, os músicos pararam de tocar, se entreolharam e compreenderam de imediato que não lhes atingia o destino da mesma forma que a toda aquela gente. Eles não pagaram para chegar a nenhum lugar. Ao contrário. Foram pagos para lhes fornecer prazer, conforto de ritmos e melodias que toquem o interior das pessoas, não a exterioridade conflitante dos imprevistos do destino. A música cria uma representatividade consoladora, de uma espiritualidade em que, naquele tempo, quando ainda tudo estava em seu lugar, era bem prezada! E continuam suas polcas, ragtimes, canções e melodias de operetas, que transportavam o espírito para longe do horror daquele desastre! Quando as águas alcançavam o salão e não havia mais nenhum passageiro entre eles, subiram para o deck dos botes de salvamento. Ali estava a fila onde podiam entrar na tentativa de sobrevivência. Tocados, no entanto, pelos sentimentos animados de seus sons, continuaram a função de
Reprodução
No filme de 1997, James Cameron retratou a história dos músicos da orquestra que tocaram até o último instante do naufrágio
entrega espiritual de quem não pode deixar de servir. A música, de tal forma respeita normas fixas para se realizar, que vêm desde os estudos continuados na infância, regras de leituras de seus códigos próprios, atenção interior para os ritmos, respeito aos compassos, alturas, tempos, para de tudo transmitir um estado de espírito nem sempre definível por palavras, que acaba por formar uma intimidade própria, se não inteiramente, mas ao menos bem próxima daquilo que convencionamos chamar de espírito. O lado espiritual se desenvolve com o aprendizado da humildade, e esta se consolida no respeito às regras teóricas essenciais para o sentido da Música. O músico consciente não trata de matéria comercial deste mundo. Seu diálogo é com a interioridade. E foi a espiritualidade fomentada pelo trato com a música que prevaleceu sobre a adversidade, voltando-se à formação religiosa de um tempo ainda reverente, de coerência com os sermões sempre acompanhados, olhos baixos, meditativos, nas igrejas que se frequentava. Não precisavam mais de salvação na Terra, espiritualidade irmanada da música com os conceitos religiosos de que eram crentes. Sentiam, no interior absorvido por anos de estudos e prática de obediência às regras musicais, e intenções de compartilhar seu estado emocional, a evidência do campo maior do espírito que de todas as materialidades. Só almejavam, num momento extremo de um desastre daqueles, a su-
bida aos céus como salvação de tudo. No cumprimento de suas missões, tocavam música para elevar com eles o espírito de todos os infelizes precipitados à frieza das águas em torno do “iceberg”. Caminharem juntos à salvação celeste! Narrou um sobrevivente do “Titanic”, que, descendo num bote, ouviu ainda os músicos tocarem um hino adventista. No momento da identidade dos ensinamentos religiosos de suas crenças com a prática saída do interior de suas técnicas e intenções emotivas, não podiam deixar de atingir o próprio domínio da música religiosa. E ficaram a repetir a singela melodia de “Nearer my God, to Thee”, de Sara Flower Adams, contando o sonho de Jacó em Betel. Os símbolos aí se sucederam na lógica da esperança surgida em momento escatológico. Uma imensa escada sobe aos céus, por onde perambulam anjos, e, no alto, o próprio Jeová promete a Jacó proteger toda sua descendência. O hino conforta os desesperos, resignação perante a morte, como se dali daquele deck a escada sonhada por Jacó subisse à redenção de nossos erros, e a morte inexorável fosse cantada na fé de um futuro glorioso para nosso legado sobre a Terra. A música faz todos sonharem. Encontro com a eternidade. Os passageiros por morrer sentiram o tênue e doce alívio que o transporte musical acarreta em nosso interior. E os músicos, entregues às notas esvoaçantes sobre o naufrágio, caminhando para a morte por afogamento,
mantinham o espírito de pé, erguido por ondas formadas nas melodias de seus horizontes. Cumpriam sua missão, independente da sobrevivência. O importante, como músicos – e este, todo o sentido da Música –, franciscanamente, é consolar mais do que ser consolado. Os músicos do “Titanic” morreram afogados. O corpo do maestro do conjunto, Wallace Hartley, foi encontrado e enterrado solenemente em sua cidade natal. Um dos grandes compositores ingleses de então, sir Edward Elgar, promoveu um concerto de 500 músicos de 7 orquestras (a maior até então), no Royal Albert Hall, em homenagem aos músicos mártires que se deixaram morrer no afundamento do “Titanic” para transmitirem um consolo, com sua música, aos náufragos desesperados. A tragédia do “Titanic” estava sendo um presságio funesto para a mudança de uma época que tiraria as coisas de seus lugares, criando situações ambíguas onde servidores não se deixariam mais conduzir pela estabilidade das situações estabelecidas sem brigas, e as palavras da espiritualidade se tornariam criticáveis pelas nossas necessidades agressivamente imediatistas. Dois anos depois, a primeira guerra mundial faria todas as disputas se fixarem para o resto do século XX, dando por finda a “Belle Époque”. Mas, o hino tocado pelos músicos do “Titanic” nos chega, em sua tranquilidade, cem anos depois, como a esperança de que após tempos tão bárbaros e ameaças de extinção por guerras, poluições, revoltas da própria Terra pelos maus tratos recebidos, poderemos ainda, na esperança do toque de alguma melodia flutuante, deixar doze tribos herdeiras da bênção do Senhor, nas certezas perdidas que podem estar dentro de nós. E de dentro de nós, como Música disciplinada e emotiva, refaça a Vida! Gerson Valle é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis e membro titular da Academia Brasileira de Poesia.
LITERATURA Pesquisa revela novidade sobre biografia de Teixeira e Sousa A pesquisadora Rose Fernandes, depois de muito trabalho, dedicação e interesse, descobriu, através de um documento encontrado no Arquivo da Arquidiocese de Niterói, que a data do nascimento de Teixeira e Sousa, primeiro romancista brasileiro a publicar um livro, “O Filho do Pescador”, não é dia 28 de março de 1812 e sim dia 30 de março do mesmo ano. Além disso, Teixeira e Sousa, segundo o documento, não era filho de pai português, mas sim de pais, ambos, pardos forros (livres). A pesquisadora descobriu esses dados no registro de batismo de Teixeira e Sousa (9 de abril de 1812), que equivalia, à época, à certidão de nascimento. O padrinho do escritor foi Antonio de Souza, do qual recebeu o nome, um costume muito comum na época. O padrinho não esteve presente à cerimônia, mas foi representado por procuração e foi batizado pelo padre coadjutor Caetano Pires Gameiro. Ao fazer tal descoberta, Rose encaminhou ao secretário de Cultura, José Correia, uma cópia do documento transcrito para que fosse publicado: - Teixeira e Sousa é hoje para Cabo Frio um ícone que além de ser reconhecido pela sua obra literária, foi um homem de conhecimento e cultura, tendo o privilegio de ocupar o cargo de escrivão da Primeira Vara de Juiz do Comércio da Corte, em 1855, aos 43 anos, pois ser escrivão, à época, era um dos cargos mais almejados e melhor remunerado, normalmente ocupado pelos brancos. Ele conquistou esse lugar graças à sua capacidade intelectual sim, mas também por influência de cabofrienses com certa influência política na Corte. A busca deste documento começou em 2010 e somente há uns 15 dias, consegui dar minha parcela de contribuição para as comemorações dos 200 anos de Teixeira e Sousa – afirma Rose. (Viviane Rocha / PMCF)
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nº 200 - novembro de 2012
POESIA
CILADA
BASTA UM DOMINGO
ARQUÉTIPO NÚMERO 4
Tanussi Cardoso
Iacyr Anderson Freitas
O amor não é a lua iluminando o arco-íris nem a estrela-guia mirando o oceano
basta um domingo qualquer e a mentira se descarna feito um par de luvas na fruteira
O amor não é o vinho embebedando lençóis nem o beijo louco na boca úmida do dia
basta um domingo para que vejamos
Camilo Mota O boi muge no campo. Não sabe que seu grito de morte vale mais que o grito dos homens que não têm mais terra para viver. O boi muge inocente. Sob o arado, rios de dinheiro plantam dívidas para o mundo futuro. A fome, essa menina má, não cessa. O boi muge e os homens matam: herdeiros do assassinato primordial. 23/10/12 Camilo Mota é poeta, editor do Jornal Poiésis, membro da Academia Brasileira de Poesia.
O amor não é a angústia de se encontrar o sorriso nem o vermelho do coração dos pombos O amor não é a vitória dos navios e dos barcos nem a paz cavalgando cavalos alados O amor é, sobretudo a faca no laço do laçador O amor é, exatamente o tiro no peito do matador
O MUNDO Roseana Murray
Tanussi Cardoso é autor de “Viagem em Torno de” (Rio de Janeiro, Sette Letras, 2000), de onde extraímos o presente poema.
Aqui o mundo não entra com seu carregamento de mortos, nesta pequena casa, escondida dentro da mata. Acordo e já me envolve uma sinfonia de pássaros.
que nenhuma viagem nos tirará desse lugar que toda geografia é um erro que todas as ruas são sempre a mesma rua a mesma hora da tarde ou da noite que os dicionários todos escondem apenas uma palavra uma palavra tão clara e tão limpa que jamais será dita que é sempre possível entrar mil vezes no mesmo rio que nunca houve outro rio a não ser este e que todos os dias da semana não valem a soma de um domingo que de si mesmo sem notícia vai lentamente se despedindo Iacyr Anderson Freitas mora em Juiz de Fora-MG. O poema acima faz parte de sua antologia poética “Terra Além Mar” (Lisboa, Ardósia, 2005).
Acendo o fogo, o sol tenta espraiar as nuvens. Mas hoje arrumo as roupas para a partida e em todos os gestos há um cheiro de último dia.
O POETA E A MADRUGADA Catarina Maul
O rumor do rio invisível me diz que suas águas continuarão a fabricar música na minha ausência, continuarão a hipnotizar a casa e de longe ouvirei seu encantamento. (11.03.2011)
Os poetas insones traçam versos pela madrugada. Nos olhos, areia... O frio da noite arrepia os pelos e a memória. Os poetas insones na madrugada arrumam casa Enquanto ordenam pensamentos, papeis e sentidos. Enquanto selecionam sonhos permitidos E preparam um café.
Roseana Murray é natural do Rio de Janeiro (1950) e mora em Saquarema. O poema acima faz parte do recém lançado “Diário da Montanha” (Rio de Janeiro, Manati, 2012).
FOGO-FÁTUO
Os poetas insones descongelam geladeira Na madrugada de segunda-feira Enquanto congelam amores No frigobar da ilusão. Os poetas insones conversam com os seres sombrios Que aparecem na cozinha, vez ou outra, Na extensão do medo. Os poetas insones colecionam segredos! Os ruídos da noite fazem trilha... Cães latem, ladram, entoam canções. Seus sinais misturam-se aos assovios dos trabalhadores Que aguardam as lotações.
César Garcia Lima Finados não é dia de esquartejar amores o eco vaporoso do passado fogo-fátuo subterfúgio latejar memória
A MARIO FAUSTINO
CHÁ ACADÊMICO - O chá de convivência acadêmica acontece todas as últimas sextas-feiras do mês, na Casa de Cláudio de Souza, a partir das 15 horas. Na programação, roda de poesia e muita conversa regada a chá e acompanhamentos. Os acadêmicos podem levar convidados desde que avisem com antecedência. NOSSOS ACADÊMICOS - Arnaldo Rippel Médico ortopedista, Arnaldo Rippel é titular da cadeira nº 4 (patrono Álvaro Machado) e fundador do Clube de Poesia do Petropolitano F.C. Poeta, cronista e compositor é também membro titular da Academia Petropolitana de Letras. ANUÊNCIA Pouco a pouco ressurjo do nada ignorando a velha letargia, companheira eterna do dia-a-dia, espanando o pó... Vejo a obra acabada... Ancorando, enfim, os meus sonhos, enterro de vez o passado E aos meus doces olhos risonhos tenho certeza de que o inferno é fechado. Na tela-janela o desejo maior assumir minha vida com satisfação, vontade antiga que conheço de cor, Amor que chegou sem cheque ou cifrão... Modelando meus sonhos primeiros, encontro você, poderosa princesa que mostra-me mares, montanhas, outeiros, resgatando vontades, momentos, certezas... Desacelero o ritmo, preparo a alma, tenho você, o mar, a lua, desatropelo o dia, recupero a calma, e vem a certeza... Minha estrada é sua.
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MESA REDONDA - “Caminhos da poesia contemporânea” é o tema da mesa redonda que acontecerá na sede da ABP no dia 22/11, às 19 horas. Participam do debate Marcelo Fernandes (mediação), Sylvio Adalberto, Camilo Mota e Thereza Christina Rocque da Motta. A entrada é franca.
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ASSEMBLEIA GERAL - A presidente da ABP, Vera Abad, convocou Assembleia Geral a ser realizada no dia 10 de novembro de 2012, às 10h30, para discutir o novo Estatuto da entidade. Mesmo aqueles que porventura não possam estar presentes na data estão convidados a participar da discussão através de correspondência ou e-mail. Os comentários e sugestões podem ser encaminhados para a secretaria da ABP até 5 dias antes da assembleia. O estatuto foi enviado a todos os membros titulares através dos correios.
Catarina Maul reside em Petrópolis, é membro titular da Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni.
Cesar Garcia Lima é professor convidado da Especialização em Jornalismo Cultural na UERJ. O poema acima foi publicado em sua obra “Este livro não é objeto” (Edição do Autor, 2006)
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Os poetas insones traçam versos pela madrugada Nos olhos, interrogação!
E o que rumoreja exibe centrifugada noite anterior a dourar o ócio indiferente aos túmulos à lembrança que cacareja pungente risonha esgarçada do presente.
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Renascer na música - Sob a batuta do maestro Gilmar Costa, as crianças do projeto, que acontece em Jaconé (Saquarema) se apresentaram na 1ª Igreja Batista de Bacaxá no dia 13 de outubro. Eles foram acompanhados ainda pelos renomados músicosPaulo Bosisio e Suray Soren. O pastor Marcelo Macedo Cardoso abriu as portas para a música erudita. Parabéns!
Em Foco com Regina Mota
regina@netterra.com.br
Palestra na Faetec - A prefeita reeleita de Saquarema, Franciane Motta, prestigiou a palestra proferida pelo mastologista Leonardo Ferreira (à direita) sobre Câncer de Mama. O médico é filho do Secretário de Saúde do município, Amilcar Ferreira (à esquerda), e fez pose para a foto ao lado da mãe Cléia. Também esteve presente no evento a secretária de políticas públicas para Mulher, Rosângela Mendonça.
1ª Festa da Faetec - Festa das Torcidas. Assim se intitulou a animada reunião dos funcionários da Faetec de Bacaxá, realizada na Cinéia House Fest dia 21 de outubro. Foi mais uma oportunidade de aproximação e harmonização entre os profissionais da educação. O Jornal Poiésis estava presente. A cobertura fotográfica completa está no site Nova Saquarema.
Ordem Rosacruz Amorc - O dia 27 de outubro ficará marcado na história. O evento “Movimento Rosacruz, quem somos, o que buscamos” contou com palestras do Grande Conselheiro da Região RJ3, Alberto Serravale, e do professor da UENF João Almeida, além de apresentações culturais. O Grupo de Divulgação AMORC de Saquarema já prepara outras reuniões ainda este ano, abertas ao público em geral.
Aniversário de Patricia - A professora Patricia Pedrosa comemorou seu aniversário na Igreja Batista Nova Unção, de Rio d’Areia, em Saquarema, no dia 27 de outubro. Foi uma noite de princesa, onde as mulheres, em sua maioria trajando vestido longo, louvaram e glorificaram a Deus. A festa fugiu do tradicional. Foi uma noite de muitas surpresas e de apresentações artísticas. A alegria contagiante da aniversariante fez com que todos os presentes se emocionassem durante o ritual que foi dirigido somente por pastoras. Parabéns, querida amiga! Quem dera existissem muitas iguais a você.
Diploma da ABD - A Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais (ABD) e o Círculo Artístico e Cultural de Saquarema (CACS) realizaram em outubro um belo salão de artes plásticas e literatura. No encerramento, várias personalidades da cultura saquaremense receberam homenagens. Na foto, a presidente do CACS, Telma Cavalcanti, me entregando o diploma em reconhecimento ao trabalho de divulgação que temos feito através do Jornal Poiésis.
Primeiro Passo - O grupo de dança que funciona na Colônia de Pescadores de Saquarema fez uma belíssima apresentação no encerramento do “Movimento Rosacruz”, evento realizado no Teatro Mario Lago no dia 27/10. O Projeto Primeiro Passo continua sua trajetória de sucesso, tendo conquistado em outubro três prêmios no Festival Nacional Aprendendo com Ballet da Beija-Flor de Nilópolis, nas categorias jazz grupo infantil (3º lugar), jazz grupo juvenil (2º lugar) e dança de salão grupo juvenil (2º lugar).
SEGURANÇA
SAÚDE
Palestras reforçam importância da prevenção ao câncer de mama Regina Mota
Regina Mota O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS realizou no dia 26 de outubro o I Encontro Fortalecendo Laços Para Prevenção do Câncer de Mama, na Câmara de Vereadores, com palestras direcionadas também para os homens. “O que é câncer? Uma conversa sobre ‘aquela doença’, foi ministrada pela doutora Flaviana Reis, MSc e PhD, pesquisadora bolsista do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O médico mastologista da Santa Casa de Misericórdia do Rio e de Saquarema, Leonardo Faria Ferreira, falou sobre “Prevenção do Câncer de Mama”. As duas palestras foram bem instrutivas e esclarecedoras, detalhando com minusciosidade a doença que, segundo estudos, tem sido uma das que mais mata no mundo, fazendo vítimas por hereditariedade e por vários outros fatores, como por exemplo, o alcoolismo e o tabaco.
Flaviana Reis e Leonardo Ferreira apresentaram importantes informações técnicas, além de orientações práticas, respondendo a várias perguntas dos participantes
O público pôde participar com perguntas, sanando assim as dúvidas frequentes. Os índices que relatam os números aproximados de casos de câncer no país são alarmantes. Só para se ter uma idéia, a estimativa para 2012 é de cerca de 53 mil pessoas, sendo que os homens também já entraram para as estatísticas, tendo um caso diagnosticado em Saquarema. As orientações dadas pelos palestrantes resumem-se em alguns atos que podem ser seguidos como dieta alimentar, a prática de exercício físico, abolir o tabagismo
e o álcool, consultar-se regularmente e fazer a mamografia anualmente. A mamografia é indicada para pessoas com mais de 40 anos, mas se há incidência na família, há a necessidade de adiantar a idade para os 35 anos. O MAMAS pretende seguir com os trabalhos voltados à comunidade mais carente. Palestras instrutivas deverão ser proferidas nos bairros, sempre com o objetivo de auxiliar e orientar aqueles que mais precisam e que muitas vezes não têm oportunidade de obter tais benefícios.
Defesa Civil de Saquarema sob nova coordenação A Defesa Civil de Saquarema conta desde outubro com novo coordenador. César Henrique Reis Ferreira, 35, assumiu a nova pasta no início do mês. Com 11 anos dedicados à instituição, ele também já havia trabalhado como instrutor da Defesa Civil de Cabo Frio, onde ficou por dois anos. Conhecido por realizar o Encontro de Conscientização às Vítimas de Acidentes de Moto, que esse ano aconteceu pela segunda vez, César já faz planos para 2013, quando pretende buscar parcerias com o Salvamar no monitoramento da orla com veículo operacional composto de um agente da Defesa Civil e dois guarda-vidas. Vários projetos já estão sendo estruturados para que os atendimentos a vítimas de acidentes possam ser mais bem sucedidos e com mais rapidez, como, por exemplo, a criação de NUDECS (Núcleo de Defesa Civil) em cada distrito, o que facilitará a comunicação entre a comunidade e o órgão. Ações comunitárias também estão previstas, bem como a vistoria de
Regina Mota
César Ferreira faz planos para 2013, promovendo mais integração com a comunidade
todas as casas noturnas, verificando o uso de equipamento de incêndio das mesmas, a saída de emergência e o alvará de autorização da prefeitura e do Corpo de Bombeiros. Palestras deverão ser realizadas nos bairros, alertando a população com relação a acidentes domésticos. O novo coordenador pretende também fazer o mapeamento de todas as áreas de risco do município, estendendo o cuidado para o período de tempestades, criando um sistema de alerta de chuvas, como já ocorre em cidades serranas do estado do Rio. Com a chegada do ve-
rão a atenção é redobrada com os banhistas. Como Saquarema é uma das cidades mais procuradas na Região dos Lagos pelos turistas, é bem maior o número de pessoas nas praias. “Solicitamos que todos fiquem mais alertas e tomem cuidado na ingestão de bebidas alcoólicas antes do banho de mar. Esse é o maior motivo para os acidentes nesse período. Após beberem, muitos tentam pegar onda e acabam pegando um valão no mar, depois bate o cansaço físico e a pessoa acaba passando mal dentro da água”, finalizou César Henrique. (Regina Mota)