Poiesis 215

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Dr. Cid Magioli é novo presidente da AMAIS

Regina Mota

Regina Mota

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Literatura, Pensamento & Arte

Prefeito recorre ao STF para retornar ao cargo

Página 3 Página 3 Ano XXI- nº 215 - fevereiro de 2014 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

Músicos locais ganham espaço em Saquarema e Araruama

Fotos: Camilo Mota, Marcelo Ítalo e Regina Mota

Banda Radar, Quinteto Lagos, Orquestra de Flautas da Terceira Idade estiveram presentes em projetos que abriram oportunidades para músicos da região se apresentarem O verão chegou trazendo muito calor e música para a Região dos Lagos. Em Saquarema e Araruama, através de iniciativas independentes e também com apoio das prefeituras, músicos da região ganharam um pouco mais de espaço no mês de janeiro, em eventos e projetos que tra-

Literatura Atriz Fernanda Torres lança primeiro romance

zem qualidade e boa opção cultural para moradores e turistas. Em Saquarema, por iniciativa do baterista Thiago Perninha, prossegue o projeto Saquá Instrumental, uma verdadeira resistência ao marasmo musical protagonizado pela indústria fonográfica. Em Araruama, o Quinteto Regina Mota

Saúde Novo livro de Camilo Mota aborda equilíbrio emocional

Música O novo CD de Ney Matogrosso O escritor Marcio Paschoal escreve sobre “Atento aos sinais”, novo CD do cantor Ney Matogrosso, que está completando 40 anos de sucesso desde o grupo Secos & Molhados. Página 2.

Artistas plásticos fazem exposição em Iguaba e Rio das Ostras Três membros da Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos (ALeART) estão participando de exposições que mostram a diversidade e a qualidade de seus estilos. Em Iguaba Grande, Nice Ventura (foto) expõe no Salão Nobre da Prefeitura, tendo como temática os pescadores da região. Em Rio das Ostras, Rocha Maia e Joelma Pinheiro apresentam trabalhos em naif e arte realista. Página 6.

Lançado no final de 2013, “Fim” é o primeiro romance da celebrada atriz Fernanda Torres. A despeito da fama, o livro revela uma escritora com grande qualidade literária. Confira na resenha de Gerson Valle na página 6.

A experiência de 10 anos como terapeuta holístico, e mais recentemente como psicanalista, conduz as reflexões do poeta e escritor em seu mais recente livro, “Para viver a sinceridade”. Página 4.

Lagos se apresentou na Casa de Cultura mostrando um repertório riquíssimo, com muito jazz e bossa nova. As iniciativas merecem aplausos e precisam adquirir força para se tornarem constantes, e não apenas acontecimentos passageiros em período de alta temporada. Página 2.

MAMAS promove feira de artesanato em Saquarema até dia 30 de março A exposição e venda de produtos artesanais está acontecendo às sextas e sábados, de 18h às 24h, na Rua Barão de Saquarema, 731, em frente à Praça do Bem Estar. No local, o público encontra uma grande diversidade de produtos, desde colares e brincos, até bonecas, almofadas e objetos para decoração. Página 3.

Camilo Mota

A feira acontece em frente à Praça do Bem Estar


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nº 215 - fevereiro de 2014

Projetos musicais em Araruama e Saquarema abrem espaço para talentos locais Regina Mota

Regina Mota Partindo da frase “... todo artista tem de ir aonde o povo está...”, da música “Nos Bailes da Vida”, de Milton Nascimento, o movimento que acontece na Região dos Lagos nesse verão tem atraído para os palcos, calçadas e praças, músicos de vários estilos. Em Bacaxá, Saquarema, o baterista Thiago Perninha, idealizador do projeto Saquá Instrumental – Aqui a Nossa Praia é Música, reúne sempre o que há de melhor em MPB, Rock and Roll, Jazz e Blues. Na apresentação do dia 1º de fevereiro, no calçadão, muitos músicos locais estiveram presentes, bem como de alguns municípios vizinhos como Araruama e Rio Bonito. O evento acontece mensalmente e é gratuito. Já em Araruama aconteceu em janeiro o Projeto Dó Ré Mi, de iniciativa da Secretaria Municipal da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano. Na Praça Getúlio Vargas, bem no centro da cidade, o palco ficou aberto para quem quisesse chegar e mostrar um número musical. Seresteiros, coralistas, jovens e adultos não se intimidaram e soltaram a voz. A Secretaria Municipal de Turismo de Araruama também lançou em janeiro o Projeto Mostra de Bandas 2014, na Praça Antonio Raposo. Na primeira edição, realizada entre 29/01 e 02/02, participaram as bandas Tiadora, Zero Açúcar, Dona Katia, Sujeito à Multa e Lorius. Ainda em Araruama, na Casa de Cultura José Geraldo da Conceição Caú, acontecem sempre no dia 22, apresentações musicais com artistas locais e convidados. Em janeiro o Quinteto Lagos mostrou um repertório bastante eclético, indo do Jazz à MPB, agradando o público com a voz ímpar da advogada e cantora Vânia Meirelles.

LITERATURA Fernando Py A poesia de Gerson Valle vem se caracterizando pelo esforço do poeta não apenas em dominar a técnica do verso e adquirir um estilo próprio com a instauração de uma linguagem pessoal. Este é, de fato, o objetivo primordial de todo poeta que deseja realizar uma obra minimamente importante e até mesmo duradoura. Porém, nos últimos livros, Valle também está cuidando de, digamos, harmonizar os diversos poemas de um volume de

Saquá Instrumental é destaque no calçadão de Bacaxá Camilo Mota

Projeto Dó Ré Mi resgatou músicas de seresta em Araruama Camilo Mota

Banda Tiadora foi uma das atrações na Praça Antonio Raposo Camilo Mota

Banda Fugga fez o público dançar na Praia da Vila

Em Saquarema, através da Secretaria Municipal de Turismo e da Secretaria Municipal de Comunicação acontece o Projeto Bandas da Cidade. O evento que ocorre na Praia da Vila e em Itaúna, alternadamente, leva para o palco músicos que residem em

Saquarema, valorizando assim a “prata da casa”. Vale a pena ressaltar que a iniciativa foi do médico Marcos Braecher, que buscou apoio da Prefeitura e que por sua vez abraçou a causa, em prol de um bom entretenimento e de valorização dos artistas locais.

MÚSICA

Ney Matogrosso: CD “Atento aos Sinais” Divulgação

Marcio Paschoal Completando 40 anos do meteórico sucesso dos Secos & Molhados, Ney Matogrosso vem com seu novo cd “Atento aos Sinais”. O título é justificado pelo próprio artista: “não adianta ficar parado, tem que se correr atrás do que se quer”. E parece que Ney foi e acertou em alguns bons alvos. Das 14 faixas, 8 são de compositores pouco conhecidos do grande público. A nova geração da cena musical brasileira foi brindada na seleção do repertório. Louve-se a atitude despojada do cantor que bem poderia manter-se, serena e confortavelmente, no trono de intérprete consagrado. Não é segredo que um grande número de autores famosos ficaria bem feliz e à vontade fazendo parte dessa seleção. Mas Ney, que tem um quarto empilhado de material enviado de todos os cantos do país, preferiu os riscos, antenado à modernidade e à cata do criativo que pode surgir, aproveitando alguns belos achados, como “Pronomes” (Beto Boing e Paulo Passos), do trio Zabomba de São Paulo (...eu você e ele nós dois eles você e eu...eu você e ela e eu, você não quis me ferir,eu não quis te magoar, ninguém vai nos entender, querem se escandalizar). Aqui o arranjo de sopros é destaque. Das Alagoas vem o exótico (com uma estranha menção à música árabe no arranjo) e percussivo “Tupi Fusão” (Vitor Pirralho, Dinho Zampier, Pedro

Ivo Euzébio e André Meira), numa narrativa rítmica sobre um Brasil pitoresco ( ...nobres ao convés e os negros no porão, conte de um até dez e prenda a respiração, quem controla o passado tem um futuro na mão, conheça sua história, não durma, irmão). De outro rapper, Criolo, vem a inspirada “Freguês da MeiaNoite”, e no rastro do arranjador e diretor musical do disco, Sacha Ambach, a levada do divertido “Samba do BlackBerry” (Alberto Continentino e Rafael Rocha), em estilo já revisto em alguns trabalhos de Sacha (como os com Zeca Baleiro). Há também duas de Itamar Assumpção (não podia mesmo faltar): “Isso não vai ficar assim” e “Noite Torta”, esta última melhor (... sozinho nessa cozinha, em pé, tomo um café, na pia, a louça suja me lembra da roupa suja que a vida é); um samba de Paulinho da Viola (“Roendo as Unhas”), fora dos padrões do mestre, na linha de “Sinal Fechado”, que já valeria o cd; uma ótima de Vitor Ramil, em “A Ilusão da Casa” (... eu sei, o tempo é o meu lugar, o tempo é minha casa, a casa onde quero estar); e “Beijos de

Ímã”, de Jerry & Alzira Espíndola e Arruda (... você nem imagina tudo o que imaginei para a nossa rotina) Propositalmente deixo para o final as duas faixas que abrem o disco, o alerta de “Rua da Passagem” (Lenine e Arnaldo Antunes), e a marcante “Incêndio” de Pedro Luís. Acompanhando as letras, logo se nota uma certa contemporaneidade, talvez induzida, talvez oportunista dos tempos recentes da onda de protestos populares. Mas, ao se saber que já faz mais de dois anos de suas feituras, só vêm confirmar uma quase premonição. Senão, vejam em suas letras: (... todo mundo tem direito à vida, todo mundo tem direito igual) na primeira, e (...fogo, fogo, fogo, água, incêndio nas ruas, bomba, bomba, bomba, praça, vielas, ratos, figuras nuas”), na segunda, espelhando bem o que há pouco rolou nas ruas, com ou sem black blocs. Aos 72 anos, Ney Matogrosso ainda demonstra vigor e modernidade e, claro, mantém o bom gosto e a ousadia costumeiros. Marcio Paschoal é escritor, autor da biografia de João do Vale

DENTRO DA MATA DENSA poesia, de modo a formar uma espécie de narração, por vezes subliminar, que, bem realizada, oferece um contributo favorável ao conjunto. Aliás, desde o primeiro livro, Confetes de muitos carnavais (1982), Valle divide os poemas em sete partes. Em Vozes trazidas pelos ventos (2005), já esboça a “harmonização” dos poemas, quando, p. e., a terceira parte do livro faz “pendant” com a inicial, pela mistura da ideia de sons do universo a certos arroubos do amor. No volume que comenta-

O poeta Gerson Valle

mos, Dentro da mata densa (Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2013), tal sistema

de harmonização está bem mais acabado: na primeira parte, A Escalada, os poemas se referem a uma caminhada, e temos então versos que indicam uma subida exposta a medos e indecisões que prepara a plena realização do caminhante. Essa realização se faz aos poucos, ressaltando passos em falso, lugares marcados, visões noturnas, aparições fantásticas e/ou simbólicas – tudo culminando na plena realização do todo, conjunto notável que norteia o volume. Por outro lado, Gerson Valle

possui excelente noção do ritmo melódico dos versos e sabe tirar partido da sonoridade das palavras e das sílabas. Mais ainda: em todos os poemas, mesmo naqueles em que mescla verso e prosa (‘Amor anacrônico’, p. 43, p. ex.), Valle emprega com a propriedade do grande poeta que já é, rimas toantes (ou vocálicas) muito bem achadas (três exemplos: instintos/ lindo, p. 14; vinhos/indistinto, p. 23; guerra/eterna, p. 47) e até rimas átonas (defensiva/preserva, p. 31; atos/restos/pensamentos,

p. 37). Com tudo isso, não carece dúvidas que Valle tornou-se um belo cultor de formas fixas, como o soneto. Atestam-no ‘A Estrada’ (p.19), ‘À Francisca’ (p.19), e ‘Amen’ (p. 69). Todos esses procedimentos contribuem fortemente para a mais exata e firme enunciação do todo. Dentro da mata densa é com certeza o ponto mais alto da poesia de Gerson Valle.

Fernando Py é crítico literário e tradutor, membro da Academia Petropolitana de Letras.

EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

Diagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 2653-3597 ( (22) 99201-3349 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


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nº 215 - fevereiro de 2014

SAÚDE

EXPOSIÇÃO

AMAIS tem nova diretoria

Regina Mota

patia, Medicina Desportiva e do Trabalho, exercendo também atividade na Perícia Médica da Região dos Lagos. Completam o quadro diretor o vice-presidente Ziadir Francisco Coutinho, a secretária Maria Angela Ferreira de Souza, o tesoureiro Elson Luiz Gatto Paulo e o vice-tesoureiro Saint Clair Pinto Coelho. A AMAIS além da diretoria executiva, conta ainda com conselho fiscal, diretoria social, conselho de ética, comissão científica e comissão eleitoral, onde totalizam dezoito profissionais nas referidas áreas.

A

Associação Médica de Araruama, Iguaba Grande e Saquarema – AMAIS, elegeu no dia 10/01 sua nova diretoria para o biênio 2013/2015. Fundada em 1977, a entidade vem trabalhando pra congregar médicos e fortalecer a categoria. O novo presidente, Dr. Cid José Carvalho Magioli, além de médico é escritor, poeta, contista, trovador e músico, já tendo realizado vários saraus em Araruama, reunindo poetas de algumas cidades da Região dos Lagos. Trabalhando na clínica médica, Cid é especialista em HomeoASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI

Dr. Cid José C. Magioli Clínica Geral - Homeopatia CRM 52-44061-6

Dra. Eulenir M. A. Magioli Ginecologia - Homeopatia CRM 52-42685-2

ARARUAMA: Av. Brasil, 10 SL 709 - ( 2665-6320 S. VICENTE: R. Farmacêutico Faria, 20 ( 2666-4576

Mostra fotográfica comemora 155 anos de Araruama Foi realizado no dia 3 de fevereiro o vernissage da Primeira Mostra Fotográfica Cidade de Araruama, no Espaço Cultural Caio Mourão, na Praça Antonio Raposo. Com apoio da Prefeitura, através da Secretaria de Cultura, a mostra reuniu 30 imagens registradas pelas lentes dos fotógrafos André Barbosa, Camilo Mota, Camillo Antunes, Marcelo Figueiredo e Yuri Sampaio, que se uniram para prestar uma homenagem visual ao município de Araruama, que comemora 155 anos de emancipação no dia 6 de fevereiro. A mostra, que fica em cartaz até 16 de fevereiro, conta com fotografias que revelam detalhes da natureza da cidade, sua vida urbana e cultural, aspectos

Luigi do Valle

Camillo Antunes, Marcelo Figueiredo, Camilo Mota, Yuri Sampaio e André Barbosa turísticos, sociais, regionais e históricos. A iniciativa do grupo de fotógrafos não pretende ser apenas um evento, mas

o início de trabalho colaborativo e de incentivo à arte fotográfica em Araruama e região (leia box abaixo). A Mostra pode ser visi-

tada de segunda a quarta, das 9 às 18 horas, quintas e sextas, das 9 às 22 horas; sábados e domingos, das 18 às 22 horas.

Uma cidade à mostra “Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.” (Henri Cartier-Bresson) A I Mostra Fotográfica Cidade de Araruama é, ao mesmo tempo, um encontro, um desafio e uma projeção. Aqui estão reunidos trabalhos de 5 companheiros no campo da fotografia. Todos atuam profissionalmente. O objetivo maior, no entanto, é o quanto cada um

ama a sua relação com a arte fotográfica. Portanto, nesse sentido, somos todos amadores, pessoas que amam a fotografia, e amam a cidade de Araruama. O encontro aconteceu por afinidades, por estarmos juntos em vários eventos, por acompanharmos os trabalhos uns dos outros, com respeito e camaradagem. O desafio é conjugarmos os olhares, encontrarmos a unidade em meio às diversidades de estilos e temas, e trazer

para o público a revelação de nossos encontros com o mundo e o tempo: natureza, pessoas, ações, instantes. Em tudo, a beleza natural de uma cidade que completa este mês 155 anos. A Mostra é um primeiro passo, uma projeção para futuros encontros, em que mais pessoas, amantes da fotografia, que vivam dela profissionalmente ou não, que usem câmeras digitais, analógicas, celulares ou pinholes, despertem para

a harmonia que o próprio ato de fotografar inspira. Assim, a cidade em que vivemos, trabalhamos e construímos nossos sonhos estará à mostra, como reflexo das almas que estão por trás dessas objetivas, diafragmas e obturadores. Camilo Mota Idealizador da I Mostra Fotográfica Cidade de Araruama e membro da Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos (ALeART).

POLÍTICA

Advogado de Miguel Jeovani recorre ao STF Anderson Moura toma posse como prefeito em exercício

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Afastado por força de liminar solicitada pelo Ministério Público e, até o fechamento desta edição, mantida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o prefeito de Araruama, Miguel Jeovani aguarda o momento de retornar à sua função no Executivo. Seu advogado, Carlos Magno, entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal, em Brasília, e está otimista em relação à sentença. “Por hora, a liminar de agravo que pede o retor-

no do prefeito ao cargo foi indeferida. O prefeito Miguel Jeovani já comunicou o fato ao presidente da Câmara Municipal de Vereadores, para que proceda a posse imediata do vice-prefeito, em cumprimento à ordem judicial. Confiamos no judiciário e temos certeza que, após a análise mais detida da complexa matéria, o tribunal irá determinar o retorno do prefeito ao cargo. Por essa razão, temos que ter paciência e aguardar

julgamento do mérito do recurso”, informou. O presidente da Câmara Municipal, vereador Walmir Belchior, marcou para o dia 7 de fevereiro a sessão extraordinária para dar posse ao vice-prefeito Anderson Moura, que passa a ser o prefeito em exercício, enquanto aguarda decisão do STF. O Ministério Público investiga uma suposta fraude na licitação da merenda escolar. Numa ação truculenta, agentes do ór-

gão ocuparam a Prefeitura de Araruama para busca e apreensão de material, impedindo a entrada e saída de pessoas do prédio no dia 28 de janeiro. Segundo o advogado do prefeito, não há até o momento qualquer indício de envolvimento de Miguel Jeovani nos fatos a serem investigados. O afastamento, segundo ele, não se justifica, pois as investigações ainda estão em andamento e todas as provas já foram recolhidas para análise.

ARTESANATO

Feira de artesanato continua até março A feira de artesanato, de iniciativa do Movimento Articulado de Mulheres de Saquarema – MAMAS, acontece até o dia 29 de março, na Rua Barão de Saquarema 731, Centro, com muitas novidades e artes feitas com muita delicadeza e dedicação. São trabalhos de artesãos saquaremenses e de cidades vizinhas como Rio Bonito. Na feira pode ser encontrada uma verdadeira diversidade de artesanatos, indo de colares e brincos feitos de escamas de peixe até bonecas feitas de garrafas pet e que já têm exemplares exportados por diversos

Camilo Mota

Os artesãos estão animados com a oportunidade de exporem e venderem seus trabalhos

países. Outros trabalhos que podem ser vistos são os feitos com palha de milho, com material reciclado, crochê, bonecas de

pano, bordados, almofadas de capitonê, bijuterias e pinturas em tecido. A I Feira de Artesanato Bem Estar funciona às

sextas-feiras e sábados, das 18h às 24h, em frente da Praça do Bem Estar, na orla da lagoa de Saquarema.


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nº 215 - fevereiro de 2014

SAÚDE Saúde e equilíbrio emocional são temas de novo livro de Camilo Mota O fundador e editor do Jornal Poiésis, Camilo de Lélis Mendonça Mota, está lançando em 2014 o livro “Para viver a sinceridade”. O volume de 66 páginas traz pequenas crônicas e artigos em que busca levar o leitor a refletir sobre a sua natureza espiritual e psíquica, na busca de

um equilíbrio verdadeiro, em que viver o presente e ser sincero despontam como ferramentas para a melhoria da saúde individual e coletiva. O livro é resultado do trabalho que o poeta e escritor vem desenvolvendo nos últimos 10 anos como terapeuta holístico. O livro pode ser adquirido através do site http://bit.ly/1bkqRxr. Mais informações através do e-mail camilomota@ terapeutaholistico.com. br.

MULHER Evento pioneiro em Araruama é apresentado durante Fórum de Gestoras no Rio de Janeiro

POLÍTICA

Miguel Jeovani é eleito para executiva estadual do PR O Partido da República (PR) realizou na sábado, dia 25, sua primeira Convenção Estadual de 2014, na Via Show, em São João de Meriti, com o objetivo de eleger os presidentes do diretório e executiva regionais e reafirmar a intenção do ex-governador e deputado federal, Anthony Garotinho, de disputar as prévias do para a candidatura ao governo do Rio. Mais de 7 mil pessoas prestigiaram o evento e mostraram a força da militância em seu apoio às propostas do PR que lançará candidatura própria ao Governo do Estado nas eleições deste ano. Segundo Anthony Garotinho, a militância deve se

LITERATURA

Divulgação

Miguel Jeovani com o deputado federal Anthony Garotinho e a deputada estadual Clarissa Garotinho durante a Convenção do PR

empenhar tanto em apoiar as propostas gerais do partido, como também fazer o levantamento das demandas dos municípios a fim de serem incorporadas ao programa de governo a ser pro-

POLÍTICA

Saquarema receberá mais de R$ 67 milhões em obras

Regina Mota

A Prefeitura de Araruama, através da Secretaria da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano e da Coordenadoria da Mulher, se fez representar, terça-feira, dia 21, na reunião do Fórum de Gestoras de Políticas Públicas Para Mulheres, realizada na sede da SPM, no Centro do Rio. A reunião teve como um dos seus objetivos principais repassar às gestoras informações importantes acerca do tratamento que deve ser dado a mulheres que sofrem violência física e moral, na maioria das vezes pelos próprios companheiros. A priori os

encaminhamentos deverão ser feitos à CEJUVIDA – Central Judiciária de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência Doméstica. A secretária da Terceira Idade de Araruama, Lourdes Belchior, aproveitou a oportunidade para falar sobre o evento que ocorrerá em fevereiro no município, quando grafiteiras pintarão o muro da sede da Secretaria. O ato será pioneiro entre as secretarias do Estado do Rio, e deverá ser seguido pelos demais municípios, sempre com o apoio do Instituto Avon, conforme discutido no Fórum.

posto durante a campanha eleitoral. “Se não chamarmos para nós os grandes desafios, não estaremos preparados para a vitória”, conclamou o deputado.

A Convenção elegeu o novo diretório estadual do PR, cuja executiva está agora formada por Anthony Garotinho (presidente), Neilton Mulim (vice-presidente), Miguel Jeovani (segundo vice-presidente), Fernando Peregrino (secretário geral), Geraldo Pudim (secretário) e Carlos Carneiro (tesoureiro). A deputada estadual Clarissa Garotinho foi confirmada como líder da bancada na Alerj. Miguel Jeovani, também ocupa a vice-presidência do Conselho Fiscal e do Conselho Político da Região dos Lagos. Marcia Jeovani foi eleita para o diretório, ocupando vaga no Conselho da Mulher.

O escritor Jorge Baptista de Figueiredo é um batalhador na divulgação de sua literatura, com inúmeros lançamentos de livros infantis e também de contos e crônicas em que o humor é um traço marcante. O livro “Contos saborosos” é seu mais recente lançamento e pode ser adquirido através do e-mail jbfescritor@gmail.com.

O vice-governador Luiz Fernando Pezão esteve em Saquarema no dia 31/01 para assinatura do Protocolo de Intenções do Programa Somando Forças, onde a cidade será contemplada com mais de R$ 67 milhões para obras em vários setores. Acompanhado pelo presidente da Alerj, deputado estadual Paulo Melo (PMDB), e pela sua esposa, a prefeita Franciane Motta, Pezão falou da importância da melhoria da estrutura das cidades interioranas, uma das prioridades no governador Sergio Cabral. Em Saquarema a verba será direcionada para

Regina Mota

obras nas praias de Itaúna e da Vila, orla da lagoa, reurbanização de Bacaxá, revitalização do centro da cidade, nova praça em Sampaio Corrêa, centro administrativo municipal e capela velório.

Segundo o secretário de obras, Anderson Martins, a previsão do início dos trabalhos é de 45 dias após a assinatura do protocolo, havendo a necessidade do processo licitatório e outros trâmites legais.

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nº 215 - fevereiro de 2014

FARDOS

POESIA Adeus a Donizete Galvão

ARQUÉTIPO Nº 14

Gerson Valle

Camilo Mota

Mineiro de Boda da Mata, Donizete Galvão morreu no dia 30 de janeiro, aos 58 anos, vítima de um infarto fulminante, em São Paulo, onde morava. Colaborador e correspondente do Jornal Poiésis desde suas primeiras edições, o poeta foi um dos maiores representantes da poesia brasileira contemporânea, tendo recebido em 1988 o prêmio de revelação da Associação Paulista de Críticos de Arte por seu livro de estreia “Azul navalha”.

Palavras passeiam pelos cantos da casa. Nem termo ou fresta que as impeçam. Contam dos filhos que tivemos E da natureza das coisas que já partiram. Há um silêncio, no entanto. Elas não acusam, nem ousam. Fluem como ratos, rápidas e esquivas, Juntando peças e posses de antigos mitos. Eram sombras antes. Agora cantam, saem a passear, Fazem compras no jardim dos saberes. Não precisam que as sigam. Fazem o próprio caminho. Amam a mim Como a um corpo em êxtase no gozo de viver.

já não tenho mãos para levar e lavar as minhas aflições. deixarei algumas na garagem, esperando que se dissipem sem se abastecerem com meus estouros guerreiros. as outras, deixo-as assobiarem sonhos sem significados como soem serem os sons assobiados. quem sabe dispersando-as não volto a ter a paz de brincar com carrinho (carinho) no quintal de meus pais? quem sabe, relaxando, eu não reveja meu tempo quente de adolescente só preocupado em namorar, colecionar beijos e afagos sentimentais, longe das aflições por lavar, longe das obrigações de levar tanto trambolho retido pelas tralhas dos trabalhos ira-cionais contra o ludismo e a preservação da espécie, contra o trajeto do trem tranquilo, contra a turma do deixa disso, só com isso que ficou, um fardo que não cabe mais nem em mim nem no lixo...

Retícula

Camilo Mota é membro fundador da Academia de Letras e Artes da Região dos Lagos (ALeART)

Donizete Galvão Do corpo que teve, se um dia o teve, não há mais sinal. A cada fotograma, a memória o distorce. Retorce lembranças. Superpõe figuras. Entorta os membros, Acentua vincos. Amplia manchas. Músculos em magenta. Ossos em amarelo. Superposição de formas em filme fora de registro. Do primeiro corpo, não percebeu o sopro da carne ainda fresca. Quando se deu conta, o momento passara. Restaram: esse esgar, essas raias de sangue, esse olhar que se assusta todas as manhãs com o borrão no espelho. [Do livro “A carne e o tempo”, Nankin Editorial, 1997]

Paulo Barata no céu com diamantes O poeta Paulo Luiz Barata também partiu. Depois de passar alguns anos na Terra, conhecer o sabor das palavras, escrever livros e se encantar por Saquarema e Nova Friburgo, foi habitar o outro lado da vida. Gosto de guardar lembranças boas que tive das pessoas que conheci. Dele guardei o seu jeito de falar dos Beatles, de explicar a física (ciência que tanto admirava) e de tocar suas músicas nos encontros poéticos que realizamos no Círculo Artístico Cultural de Saquarema (Cacs). Em uma de suas obras, escreveu: “Não conheço o autor desse livro com o meu nome, mas sinto telepaticamente ele a vasculhar-me os pensamentos”. Ele passou assim, como um pensamento cuja forma e interpretação estavam além do seu tempo. Camilo Mota

PERGUNTAS Chico Peres

Gerson Valle é autor de “Dentro da Mata Com quantos versos se faz um poema? Densa” (Rio de Janeiro, Ibis Libris, 2013), cuja Com quantos amores se faz uma vida? resenha apresentamos na página 2 desta Com quantas dores se destrói um sonho? edição. Com quantas solidões se lapida o espírito? Com quantos gritos se forja o silêncio? Com quantas rosas se faz um jardim? Com quantos rostos se faz um olhar? Com quantos risos se cala a tristeza? Com quantos deboches se perde a razão? Com quantos suores se exalta o trabalho? Com quantas estrelas se traça um caminho? Com quantas noites se cria um luar? Com quantos arrepios se pressente o medo? Giancarlo Kind Schimid Com quantas lágrimas se cala um insulto? Com quantos orvalhos se transborda um rio? De repente, Com quantas bombas se cessa uma guerra? Eu compunha Com quantos bombons se inaugura um amor? Mas ausente Com quantas rugas se demonstra a velhice? Me decompunha Com quantas máscaras se faz um homem? Em notas vis Desalojadas Chico Peres é poeta, advogado, ocupando Linhas, triz atualmente o cargo de vereador no município Despejadas. de Saquarema.

COMPO-CISÃO

NA ESTAÇÃO Fernando Fábio Fiorese Furtado sobre a plataforma nenhuma urgência queda nenhuma bússola espera o horizonte adiado

Giancarlo Kind Schmid é membro titular da Academia Brasileira de Poesia, mora em Petrópolis-RJ.

o maquinista nos convida a desfazer o gesto e a mala que serventia camisa sapato as abotoaduras da linhagem? que serventia aceno abraço se o corpo em nós extravia?

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Os patronos da Academia 2 Continuamos nesta edição a apresentação dos patronos da Academia Brasileira de Poesia. CADEIRA Nº 4 - ALVARO MACHADO Álvaro Carlos Machado nasceu em Sapucaia (RJ) a 10 de dezembro de 1876, falecendo a 02 de janeiro de 1938. Alto funcionário municipal, poeta e jornalista. Foi um dos fundadores do “Arealense”, tendo exercido intensa atuação na vida esportiva da cidade. Sócio fundador da Academia Petropolitana de Letras. Com extensa bagagem literária, em prosa e verso, esparsa em jornais e revistas. CADEIRA Nº 5 - ANADIR DO NASCIMENTO SILVA Anadir do Nascimento Silva Bastos, nasceu em Petrópolis (RJ) em 1905, onde faleceu em 18 de fevereiro de 1939. Professora, jornalista e escritora, publicou diversos trabalhos nos jornais e revistas cariocas, sendo colaboradora da Tribuna de Petrópolis. Acadêmica titular da Academia Petropolitana de Letras, ocupando a cadeira n° 20, patronímica de Vicente de Carvalho. Organizadora do Teatro Infantil, escreveu várias peças, entre elas Natal do Jornaleiro e 24 Horas num Jardim, encenando-as no Rio de Janeiro. CADEIRA Nº 6 - ANTHERO PALMA Nasceu em Rio Pomba (MG) em 26 de março de 1878. Ocupou a cadeira n° 24 da Academia Petropolitana de Letras, que tem como patrono Bernardo Guimarães. Assíduo colaborador do Jornal de Petrópolis, Tribuna de Petrópolis e outras, onde assinava ora como João Mentira, ora como Asaphins. Autor de vários livros, sendo o primeiro publicado em 1918 sob o título Reminiscências de Minha Terra. CADEIRA Nº 7 - ANUAR JORGE Nasceu em Petrópolis (RJ) em 1913, falecendo em 27 de março de 1942. Dono de extrema sensibilidade, possuía impressionante facilidade de versejar. Publicou sonetos no Jornal Petrópolis. Irmão do poeta Salomão Jorge, autor de Arabescos. CADEIRA Nº 8 - ARISTIDES WERNECK Nasceu em Cataguá, Bemposta, RJ, em 03 de maio de 1879, falecendo em 29 de novembro de 1951. Advogado professor e vereador. Ocupou o cargo de Diretor Geral da Prefeitura. Colaborou com a as Revistas Vozes e do Instituto Histórico de Petrópolis e também jornais, usando muitas vezes o pseudônimo de Paulo Ribas. Pertenceu à Academia Petropolitana de Letras. Publicou Solfejos, livro de poemas. É nome de rua no distrito de Corrêas.

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Fernando Fábio Fiorese Furtado reside em Juiz de Fora-MG, tendo participado, na década de 80, do movimento literário que resultou no folheto Abre Alas e na Revista D’Lira. É professor na Faculdade de Comunicação da UFJF.

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nº 215 - fevereiro de 2014

LITERATURA

REFLEXÕES ADVINDAS DA LEITURA DE “FIM” DE FERNANDA TORRES Gerson Valle Em 2004 a Catedral das Letras, de Petrópolis, editou, com corajosa visão de um de seus sócios de então, o livro “Às margens do olhar”, de Fernando Magno, que já fora recusado por editora mais conhecida. O argumento da recusa fora de que não achavam ser comercial a descrição realista e natural, sem lances de ficção “chamativa”, de sucessivos acontecimentos que levaram o autor à total cegueira. Como a editora que aceitou a publicação não dispõe de uma efetiva penetração no mercado não conseguiu o sucesso de público que, acredito, em muitas partes do mundo, onde a literatura é melhor atendida que no Brasil, o livro teria, pois é notável o relato do autor, com seu distanciamento analítico, quase como um relatório de romance camusiano, onde entram os eventos trágicos de forma natural, com o quotidiano de sua família e as diversas tentativas médicas, em tratamento que se estende e acaba por não o salvar da cegueira. Tal como o Diário de Anne Frank, convivendo em seu crescimento de garota no mundo da atrocidade nazista, Magno observa sua infelicidade, adaptando-se às condições adversas, e continuando a conviver em família com seus costumes tradicionais, de forma abnegada, adaptando seus hábitos à cegueira que lhe caiu de repente como um raio. Um relato tocante exatamente por não ser sensacionalista, como parece a tendência do gosto contemporâneo, e por isto os editores não verem (estes os verdadeiros cegos) as qualidades literárias que não se ajustam a seus padrões. Não são só os editores. Os meios de comunicação, em geral, têm tendido a só quererem divulgar o que julgam ser consumido com facilidade na cultura dominante. As redes de televisão são exemplos de pro-

gramação de baixo nível intelectual, para atender as estatísticas. E aí não se sabe se quem veio primeiro foi o ovo ou a galinha, mas se conclui que só pode haver o ovo e a galinha como alimentos em seus padrões estagnados. Um conhecido meu, pouco chegado a leituras fora do “esotérico” ou “de autoajuda” e um que outro policial, resolveu escrever um romance, achando que este seria um caminho para se popularizar, e assim incrementar suas atividades comerciais, ou até tentar a sorte de se tornar, quem sabe?, novo Paulo Coelho... Confessou-me que consultou um “expert” de uma editora que lhe ensinou ter de escrever com um vocabulário primário, em linguagem coloquial, criar suspense para prender o leitor na expectativa de descobrir os desfechos, ser direto na narrativa, não deixando de apimentar os personagens com suas atividades sexuais, nunca sob perspectivas moralizantes, nem com reflexões que possam atrapalhar a ação. Parece que as editoras têm modelos precisos para jogarem no mercado o que acham que este pede! E o campo está fechado. Por outro lado, compreendo que há que se seguir alguns padrões para a avaliação do publicável quando um mundo de pessoas segue a tendência do meu citado amigo, tentando a sorte com seu “romancinho”. Tive a informação, por exemplo, que a editora Rocco recebe 15 livros, em média, diariamente, submetidos à avaliação para edição! Pelos critérios adotados, no entanto, tenho a certeza que Tomas Mann ou Proust seriam recusados, pois não visavam prioritariamente uma escrita objetiva nem pouco reflexiva. Será que é por não corresponderem à mentalidade contemporânea média, ou esta é que não conhece suas artes complexas por falta de formação cultural? – o ovo e a

galinha outra vez... Assim, quando primeiro ouvi falar que a festejada atriz Fernanda Torres teria seu primeiro romance editado, em fins de 2013, pela Companhia das Letras (o que tantos almejam sem êxito), logo pensei: esta, a outra forma de se atingir as grandes editoras, ter um nome como garantia de venda, independentemente da qualidade literária. Logo, porém, começou a aparecer na imprensa comentários sobre o livro demonstrando não ser ele desprovido de interesse para mim. Impressionoume o elogio de Zuenir Ventura, por exemplo, pois o tenho em conta de um articulista honesto (que não iria elogiar sem fundamento) e de bom gosto. A estrutura da obra desponta como bem pensada. Há a narrativa de cinco histórias de caras que envelhecem em Copacabana (bairro tão meu familiar), cada um deles se destacando como se em contos isolados, mas todos se intercomunicando por constituírem um grupo de amigos, e suas

vidas serem descritas no período de transição dos costumes da segunda metade do século XX para o início do XXI. Fui tocado, inclusive, confesso, por ter passado meus últimos cinco anos escrevendo um romance, que é a história de um cara da zona sul carioca, desde os anos de 1950 até um suposto 2030, onde as transformações conceituais sobre o amor acalantam sua ação e reflexões. Posso dizê-lo sem medo de qualquer acusação, uma vez que já tinha registrado os originais devidamente na Biblioteca Nacional quando o romance “Fim” apareceu. Aliás, a forma de meu romance (“Voltas de um mote eterno”) nada tem a ver com o livro da Fernanda, muito menos os enfoques. Mas, a afinidade da extensão da época e lugar, com os elogios de certas pessoas, deixaram-me curioso. E a leitura do livro foi-me gratificante. Por ele revejo maneiras de ser de uma geração somente um pouco mais velha que a minha, com suas ansiedades trazi-

das por um mundo que se renova, aflita por não mais se manifestar com os “dogmas” existenciais de seus pais, que caducaram, sem saber como se afirmar com as conquistas libertadoras, sem a completa superação de dúvidas e conceitos tradicionais. É incrível que a autora, tão mais nova que a geração que descreve, perceba o quanto as relações que parecem se libertar de preconceitos encontraram indecisões de caminhos, inclusive com as tendências masculinas e femininas evitando padrões tradicionais sem encontrarem uma estabilidade mais saudável ou feliz. Os personagens crescem em suas solidões materialistas, onde a satisfação sexual mais ou menos livre não evita a tristeza que as vai envolvendo à medida que envelhecem. Esta, sem dúvida, não é a visão de um hedonismo inconsequente que meu amigo disse ser recomendada por “experts” de editoras de livros para simples lazer. Talvez pela experiência cênica da autora, com seu grande talento, a estrutura é muito bem elaborada. Um romance em contos cíclicos. Os ciclos se repetem lembrando a construção musical de uma peça de César Franck, como a sinfonia em ré menor ou a belíssima sonata para violino, onde os temas reaparecem em movimentos diferentes, acentuando a unidade da obra. No romance as situações retornam, agregando uma variedade inventiva da narração. Talvez também não se encontrem, dentre o número imenso de livros escritos hoje em dia, muitos outros que tenham a mesma desenvoltura de bem articular uma narrativa e desta ser tão rica em descrições verossímeis e reflexivas sobre uma época e país. Talvez, ainda, o fato da vivência com a arte e o meio artístico mais desenvolvido desde a infância tenha possibilitado à autora percepções que pessoas de

vida menos esclarecedora e de boas leituras não consigam articular. E todas essas possibilidades vêm a favor dos editores poderem, ao que parece, admitirem nomes com currículos públicos consagrados, para a escolha das publicações. O fato de a autora possuir tal currículo, no entanto, torna-se, diante do fato de ser boa escritora, irrelevante. Porém, um último “talvez” não posso deixar de acrescentar. Talvez, sim, ela seja uma exceção no mundo de pessoas consagradas por motivos não literários, a constituir uma boa escritora. E o critério da escolha de seu nome, honestamente, não dever ser somente por sua fama anterior. Por este critério muitos dos que escrevem mais conscientemente do papel literário são relegados, obrigados a pagarem suas próprias edições para distribuírem a meia dúzia de amigos, ou entregarem a pequenas editoras que não divulgam suas obras devidamente, em ambos os casos não os tornando parte do mundo literário a que fazem jus, como o caso citado de Fernando Magno. Estas reflexões me passaram durante a leitura de “Fim”, enquanto lamentava pelos que também têm o dom da Fernanda Torres, sua lucidez e talento e não me chegando por impedimento de alguns critérios comerciais (ou falsamente comerciais, que sei eu?) das editoras. Porém, acima de tais contingências, louvo o aparecimento de uma boa escritora nacional, como agradeço à Companhia das Letras por me ter possibilitado o seu conhecimento.

Gerson Valle é membro do conselho editorial do Jornal Poiésis, autor do livro de poemas “Dentro da Mata Densa” (Ibis Libris, 2013), cuja resenha escrita por Fernando Py apresentamos na página 2 desta edição.

COLUNA DA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DA REGIÃO DOS LAGOS - ALEART Rua da Independência, 135 - São Cristovão - Cabo Frio CEP 28909-460 Telefone (22)2643 4412 e (22) 92565973 - Facebook: /Academia-de-Letras-e-Artes-da-Região-dos-Lagos E-mail: aleartlagos@hotmail.com

Acadêmicos da ALeART estão com exposições em Iguaba Grande e Rio das Ostras Três artistas plásticos membros da ALeART estão com seus trabalho em exposição durante o mês de fevereiro em Iguaba Grande e em Rio das Ostras. “A pescadora de ilusões” é o tema da mostra de Nice Ventura, em cartaz até o dia 21 no Salão Nobre da Prefeitura de Iguaba Grande. A exposição conta com 25 quadros com paisagens com a laguna, barcos, rede de pesca e pescadores. No local também está a venda o livro de poesia da artista, “Nice Ventura na Poesia”. Na noite de abertura, acontecida no dia 24/01, a prefeira Grasiella Magalhães ressaltou a importância e valor da artista para o município.

“Pra gente é uma grande alegria ter a Nice Ventura aqui, ela que é um ícone de Iguaba Grande, é uma grande honra. Ela leva o município para fora do país e é um dos grandes exemplos de talento que nós temos na cidade”, disse. Em Rio das Ostras, Rocha Maia e Joelma Pinheiro apresentam “Opostos, Justapostos e Compostos”, no Hall do Parque dos Pássaros, de 12 de fevereiro a 13 de março. Ele, um pintor naif, ela, uma realista. Desse encontro, o resultado é pura beleza. Rocha Maia, um carioca (1947), reconhecido internacionalmente e com mais de 40 premiações em salões de arte, é membro de diversas

Divulgação

Os trabalhos de Rocha Maia e Joelma Pinheiro podem ser vistos até 13 de março no Parque dos Pássaros em Rio das Ostras

entidades culturais no Brasil e Portugal, dentre elas a Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa e a Academia Brasileira de Belas Artes do Rio de Janeiro- ABBA. Tem quadros em museus e gale-

rias de arte no exterior e no Brasil, inclusive no MIAN do Rio de Janeiro, o maior museu de arte naïf do mundo. Joelma Pinheiro, matogrossense (1976), é a parceira na exposição e na

Regina Mota

Nice Ventura traz para o Salão Nobre da Prefeitura de Iguaba Grande a riqueza cultural dos pescadores da região

vida conjugal. Ela apresenta a arte acadêmica realista, com todo o inconfundível e exuberante talento clássico. A marca de seu primoroso pincel é percebida em cada suave toque na tela, surgin-

do como resultado uma impressionante fidelidade entre o personagem e o retrato. Seu talento já revela um futuro que a colocará no patamar de grandes mestres clássicos.


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nº 215 - fevereiro de 2014

Em Foco

regina@netterra.com.br

com Regina Mota

Fotos: Regina Mota e Camilo Mota

Inauguração - O casal de maestros Rafael e Denize Andrade inaugurou no dia 18/01 o Amo De-Lícias, situado na Avenida Getúlio Vargas. Agora é o ponto mais novo em Araruama a oferecer doces, tortas, salgados e outras delícias, como o próprio nome já diz. Parabéns e sucesso no novo empreendimento!

Aniversário - A doutora Renata Pinheiro, esposa do vereador de Saquarema, Bruno, recebeu em sua residência amigos e familiares para comemorar mais um ano de vida. Sempre muito querida pelos que a cercam, Renata nunca esquece de levar palavras de sabedoria aos que mais necessitam. Parabéns!

Palavra de Mulher - Esse é o nome do quadro apresentado todas as quartas-feiras na Rádio Costa do Sol de Araruama, por Marcia Jeovani. Inserido no Programa Fala Cidadão, do jornalista Arlindo Junior, ele traz sempre novidades acerca de saúde, lazer e entretenimento, e procura levar, não somente às mulheres, mas a toda a população, informações que são úteis aos ouvintes. Na foto Marcia, ao meio, juntamente com Daiane, Wellington, Tania, Lourdes Belchior (Secretária da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano), Arlindo e Paulo Porto.

Grupo Teatrama - “O Namorador”, de Martins Pena, com adaptação de Perla Duarte, foi uma das peças apresentadas na Praça Antonio Raposo, em Araruama, durante a realização da 3ª Mostra de Teatro de Rua organizado pelo grupo, e que contou também com a participação dos grupos Mimos do Brasil, No Pocket e Troupe Família Clou.

Equipe Setid - A equipe marcou presença no Projeto Dó Ré Mi realizado em janeiro na Praça Getúlio Vargas, em Araruama. Sempre muito animadas, elas subiram ao palco para apresentarem os músicos que fizeram parte do evento e que pararam o trânsito literalmente, pois muitos estacionavam seus veículos para ouvir um pouco de música boa e com ótimo repertório.

Bandas da Cidade - O evento que acontece mensalmente em Saquarema foi idealizado pelo doutor Marcos Braecher (ao meio) e abraçado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer. Na foto a esposa de Marcos, Kilma, à esquerda, e Miro Zager, à direita, grande músico que faz da música um hobbie e assim alegra os expectadores com sua versatilidade.


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nº 215 - fevereiro de 2014

Iguaba cadastra artistas locais e da Região

O Departamento de Cultura da Secretaria de Educação da Prefeitura de Iguaba Grande iniciou a atualização do cadastro dos agentes culturais do município e Região dos Lagos. Os músicos, poetas, artistas plásticos, escultores, produtores, bailarinos, atores, grupos artísticos, companhias de teatro e danças, associações de artesãos, academias de artes, artistas circenses e outros seguimentos de cultura da região devem se cadastrar através de e-mail. O prazo é até o dia 02 de março de 2014. Esse cadastro será utilizado para a criação do banco de dados que será disponibilizado inicialmente através dos sites www. iguaba.rj.gov.br e www. mapadecultura.rj.gov. br.

Divulgação

Essas informações facilitarão o conhecimento e contato dos artistas ajudando na fruição dos bens culturais e valorizando os agentes de cultura da região. As informações deverão ser enviadas para o e-mail cadastroculturalrlagos@gmail.com com as seguintes informações: nome completo, nome artístico, data de nascimento, nacionalidade, naturalidade,

Ó Filho do Homem! Nem sequer sussurres os pecados alheios enquanto tu próprio fores pecador. Fosses tu transgredir este mandamento, maldito serias, e disso dou testemunho. Bahá’u’lláh “A Palavras Ocultas”

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cidade atual, histórico resumido, contatos: (telefones, e-mails, site, blogs, redes sociais, endereços comerciais e outros), seguimento (músico, ator, bailarino e etc), uma foto de perfil e três fotos dos trabalhos ou o artista em ação. Outras informações pelos telefones: 22 26244145 / 22 99736-2448 / 22 98821-0649, falar com o diretor de Cultura, João Gabriel Cortez.

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