Poiesis 226

Page 1

Divulgação

Reprodução

www.jornalpoiesis.com.br

Conheça alguns princípios da Fé Bahá’í

Literatura, Pensamento & Arte

Os novos rumos da narrativa nacional

Página 6 Página 6 Ano XXII- nº 226 - janeiro de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

Respeitável público, o teatro vai à rua em Araruama Camilo Mota

Música O novo CD de Lulu Santos

O Grupo Teatrama realiza durante o mês de janeiro a IV Mostra Araruama de Teatro de Rua. O evento vai aconte-

cer de quinta a domingo, na Praça Antônio Raposo, com entrada franca. Página 3.

Regina Mota Regina Mota

O escritor Marcio Paschoal apresenta uma análise do mais recente trabalho de Lulu Santos, destacando sua performance na guitarra. Página 7.

Cinema Relembrando Chaplin Guido Bilharinho nos apresenta nesta edição uma homenagem ao cinema de Chaplin, através da apresentação de um de seus maiores clássicos: Luzes da Cidade. Página 2.

Saúde Os vilões do emagrecimento Se está difícil perder peso, preste atenção no que está comendo. Confira as dicas de alimentação do nutricionista Tury Souza. Página 2.

Corpo & Mente Vivendo o tempo da delicadeza O escritor e psicanalista Camilo Mota fala sobre as perdas e a maneira com que tratamos nossos sentimentos. Página 7.

Marcia Jeovani, um jeito novo de se fazer política na Alerj Eleita com mais de 34 mil votos, a empresária Marcia Jeovani assume este ano seu primeiro mandato como deputada estadual. Em entrevista exclusiva

ao Jornal Poiésis, ela fala sobre os direitos da mulher, cultura e sua visão de como a política deve ser conduzida de maneira independente. Página 3.

A caminho dos EUA O jovem Murilo Augusto, de 18 anos, morador de Saquarema, viaja este mês para os EUA. Ele foi escolhido entre alunos da rede pública para integrar o Pro-

grama Jovens Embaixadores. Dos 13 mil escolhidos em todo o mundo, Murilo é um dos 50 brasileiros que farão parte do programa deste ano. Página 4.

Araruama atrai novos investidores Marcelo Figueiredo

Mesmo sem contar com benefícios fiscais como em cidades vizinhas, Araruama tem se destacado no cenário econômico da Região dos Lagos como um polo atrator de novos investimentos. O perfil empreendedor do prefeito Miguel Jeovani é um dos

fatores responsáveis por esse movimento que está dando nova vitalidade ao Condomínio Industrial. Em dezembro, foi inaugura uma adaptadora de veículos especiais, a GHJ, que vai gerar 50 empregos diretos e 50 indiretos. Página 4.


2

nº 226 - janeiro de 2015

CINEMA

CARTA DO LEITOR

Pensando a Educação O CENTENÁRIO CINEMA DE CHAPLIN: LUZES DA CIDADE Olá Camilo, Excelentes ideias para reflexão oportunizada por seu artigo “A multiplicação do saber e os novos desafios da escola”, publicado no Poiésis 223 (outubro de 2014). O artigo, além de destacar o papel da educação e de valorizar o educador, reforça a necessidade de o Estado olhar com mais responsabilidade e cuidado para uma área de suma importância ao desenvolvimento socioeconômico do país.

Poiésis, ao abrir espaço para esse tipo de conteúdo, contribui, sem dúvida, para o exercício crítico - atitude fundamental à qualquer nação que se pretende desenvolver, sobretudo, na perspectiva de atender as necessidades reais de seu povo. Aproveito a oportunidade para desejar a você e a seus familiares um 2015 encharcado de ternura, de boa literatura! Fraterno abraço, Dino Gilioli Florianópolis-SC

Sobre Poesia Caro Gerson Valle, Obrigado pelo envio dos 10 exemplares do Poiésis de dezembro. Obrigado também pela publicação do poema “Antielegia” e pela citação do meu nome na sua resenha sobre o livro de Ivan Marinho. Aliás, ficou excelente seu trabalho sobre os quatro li-

vros de poemas. Além do Sortilégio Possível, li e amei A Sinfonia do Tempo, de Daniel Mazza, que gentilmente me enviou um exemplar. Aproveito para desejar a você e sua família um Feliz Natal e um bom Ano-Novo. Boas Festas! Fraternalmente, José Carlos Taveira Brasília-DF

SAÚDE Os 6 vilões do Emagrecimento: Dieta Low Carb Tury Souza Nutricionista Se você pretende perder peso, é importante que saiba em primeiro lugar o porque de você ganhar peso. Vou dar uma explicação resumida para que fique bem entendido: Quando você consome alimentos de alto índice glicêmico, ou seja, alimentos que tem a propriedade de subir o açúcar no sangue mais do que o natural do organismo, é liberado pelo seu corpo grandes quantidades de um hormônio chamado insulina. A insulina é um hormônio anabólico, ela tem algumas funções no organismo, entre elas, ela inibe a enzima que queima gordura e pega o açúcar circulante no sangue e armazena na forma de triglicerídeos (gordura). Quanto maior o seu consumo destes alimentos, mais o seu corpo vai armazenar gordura. Quanto mais gordura você armazena, mais peso você ganha. Mas não para por aí. Depois que este excesso de açúcar do sangue é armazenado, ainda permanecem grandes quantidades de insulina circulante, e isto faz com que o açúcar no seu sangue fique abaixo dos padrões naturais do organismo, causando hipoglicemia. Como mecanismo de defesa da hipoglicemia o seu organismo vai enviar sinais de fome para o seu cérebro, e você vai querer comer mais alimentos ricos em

açúcar para normalizar sua glicemia. E assim o ciclo começa novamente, e você nunca para de comer e engordar, engordar e comer... Mas existe uma forma de romper com este ciclo vicioso. É fazer uma dieta Low Carb. Uma dieta Low Carb se trata de uma dieta com baixa quantidade de carboidratos, e os poucos carboidratos que estão incluídos são de baixo índice glicêmico. Esta dieta mantém a glicemia controlada em níveis fisiológicos, evitando a hipoglicemia, o excesso de insulina circulante e também o armazenamento de gordura. Assim o seu corpo começa a queimar gordura naturalmente, você perde o peso que sempre quis perder, comendo a quantidade que achar necessário dos alimentos corretos. O processo está explicado, mas ainda falta uma informação muito importante: Quais são estes 6 grupos de alimentos que nunca vão deixar você perder peso? O trigo e todos os seus derivados; O Açúcar e todos os seus derivados; Arroz branco; Batata inglesa; Todas as farinhas (Amido de milho, fécula de batata, farinha de arroz, farinha de mandioca, etc.) e também frutas de alto índice glicêmico como banana e a melancia. Retire estes alimentos da sua alimentação e já estará fazendo uma ótima dieta! Procure um profissional habilitado para fazer um acompanhamento e comece a perde peso já!

Guido Bilharinho advogado atuante em Uberaba-MG, editor da revista internacional de poesia Dimensão de 1980 a 2000 e autor de livros de literatura, cinema, história do Brasil e regional, entre eles, Brasil: Cinco Séculos de História, inédito. Em Luzes da Cidade (City Lights, EE. UU., 1931), incidem fortemente as principais características da filmografia de Chaplin: romantismo, prevalência da estória sobre a forma ou linguagem cinematográfica, do que decorrem o convencionalismo, a linearidade narrativa e a protagonização do vagabundo Carlitos como núcleo de universo sentimental, emotivo e sempre individualista. Observa-se, ainda, a mitigação da violência, notada também em outros de seus filmes dessa época. Nesse principalmente, Carlitos é pacífico e terno, pouco sofrendo e menos ainda reagindo à violência do meio. Quanto mais aumenta o sentimentalismo de Chaplin menos ocorrem as agressões físicas e morais contra o vagabundo. A ação concentra-se em torno da descoberta e do amor do protagonista pela bela e cega florista. Até sua sincopada amizade com o milionário abandonado pela esposa é submetida e posta a serviço do atendimento desse relacionamento amoroso. À semelhança de toda a

filmografia de Chaplin, ressalvado algum isolado curta-metragem que se desconheça, Luzes da Cidade nada apresenta de formalmente autoral e inventivo, limitando-se o cineasta à narrativa temática, objetivo e finalidade da realização. A romantização da realidade patenteia-se claramente. Não só pela natureza e conteúdo do amor de um vadio por pobre e desvalida cega, mas, também, pela maneira de se lidar com os acontecimentos, emergindo das maiores dificuldades sempre fato meio miraculoso que resgata ou livra as personagens de suas dificuldades e agruras. Por sua vez, os momentos mais delicados da trama, a exemplo da exaltação amorosa da moça e sua felicidade em meio à cegueira, são banhados por acentuada emotividade, convenientemente dosada para encantar e con-

quistar os espectadores. Contudo, de tudo isso, de toda essa negatividade, salva a presença e atuação de Carlitos, não nas passagens dramáticas e melindrosas, meras apelações sentimentalóides, porém, nas cenas de alta comicidade que acontecem no filme. Apenas nelas porque outras existem, aqui e ali, mas, que representam o padrão corriqueiro da personagem, com seus truques, habilidade manual, raciocínio rápido e não menos veloz movimentação gestual e corporal. Destaca-se, nesse caso, por exemplo, a sequência no restaurante luxuoso, para onde Carlitos, devidamente encasacado, é levado pelo seu recente e ciclotímico amigo. Em série perfeita de cenas, Chaplin compõe verdadeira sinfonia de gestos e atitudes, tanto de Carlitos quanto de seu eventual companheiro. A

finalidade hilariante é plenamente atingida. Na festa que o embriagado milionário dá em sua mansão também se verificam cenas cômicas elaboradas e pertinentes. A sequência da luta de box inclui-se nessa relação, por suas evidenciadas comicidade e precisão de movimentos. No mais, no seu núcleo temático, Luzes da Cidade não passa de conto de fadas moderno, no qual o “príncipe” salva a heroína e com ela deverá repartir as alegrias e felicidades do amor. Por ser moderno (e conto de fadas) e, ainda, competentemente aviado e dirigido, é filme amado e cultuado pelos espectadores que se comprazem com os elementos convocados à sua feitura. (do livro Clássicos do Cinema Mudo. Uberaba, Instituto Triangulino de Cultura, 2003)

Com o apoio do Governo Federal, ela agora transforma também a sua vida. Com o MEI - Microempreendedor Individual, quem é dono do próprio negócio pode transformar sua atividade por meio da formalização, contando com vários benefícios. É fácil, rápido e sem burocracia. • Salário-maternidade • Auxílio-doença • Aposentadoria • Emissão de nota fiscal • Acesso a crédito com taxas diferenciadas do Programa Crescer. MEI. O Governo Federal transforma as pessoas que transformam o Brasil. Seja também um MEI. Informe-se no: portaldoempreendedor.gov.br ou Ligue: 0800 570 0800 Disque-Previdência: 135

EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

Diagramação: Camilo Mota. CAIXA POSTAL 110.912 SAQUAREMA - RJ CEP 28990-970 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis. com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


3

nº 226 - janeiro de 2015

TEATRO

Araruama terá Mostra de Teatro de Rua Camilo Mota

O Grupo Teatrama realiza a IV Mostra Araruama de Teatro de Rua no período de 8 de janeiro a 1º de fevereiro, com várias apresentações gratuitas na Praça Antônio Raposo, no Centro. As peças serão encenadas de quinta a domingo às 19h30. Apesar das dificuldades, da falta de apoio e do Teatro Municipal que continua fechado, o Teatrama tem se mantido firme no propósito de desenvolver seus projetos. A ideia em 2015 é realizar a mostra a céu aberto e com espetáculos exclusivos do grupo. “As atrações são para toda a família, com entrada gratuita, mas quem quiser pode colaborar com o grupo ao final dos espetáculos, quando passamos o chapéu. Agradecemos a todos os patrocinadores, apoiadores, amigos e incentivadores que tornaram possível essa realização”, disse Alexandre Marinho, diretor do Teatrama. Outra novidade deste ano é que o último espetáculo, em fevereiro, será escolhido por votação do público. Mais um bom motivo para as-

sistir a todas as peças e ainda pedir bis. Confira a programação completa. 1a semana 08/01 – ALGUMAS DO ARISTEU 09/01 – PRÍNCIPE DE PAPEL 10/01 – BICHO HÔMI 11/01 – JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO 2a semana 15/01 – TEATRO DE BRINQUEDO 16/01 – BICHO HÔMI 17/01 – ALGUMAS DO ARISTEU 18/01 – PRÍNCIPE DE PAPEL 3a semana 22/01 – JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO 23/01 – A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN 24/01 – BICHO HÔMI 25/01 – TEATRO DE BRINQUEDO 4a semana 29/01 – PRÍNCIPE DE PAPEL 30/01 – BICHO HÔMI 31/01 – A FARSA DO ADVOGADO PATHELIN 01/02 – A ser definida pelo público

ENTREGA GRÁTIS EM DOMICÍLIO

Aceitamos cartões de crédito

(22) 2655-3115 (22) 2655-3220

Medicamentos, Perfumaria e Variedades

Av. Saquarema, 3663 Loja D - Porto da Roça

Aberta de 2ª a sábado de 8 às 20h e domingo de 8h às 13h

JCEL SERVIÇOS

Trabalhando para atender você cada vez melhor! Unindo profissionais nas áreas de consultoria imobiliária e empréstimos consignados

Juliana Queiroz Creci/RJ 064531 Compras e vendas Escrituras Contratos Imobiliários Projetos, Legalização RGI / ITBI

Léa Dias

Empréstimos BMG, BV, Itaú, Bradesco e outros Intermediação Móveis planejados para residência e comércio em madeira maciça e MDF

R. Domingos da Fonseca, 5 - Bacaxá - Saquarema ( 2653-4544 / 2031-1392

Dê plantas a quem você ama!

SHOW DAS PLANTAS

A maior variedade com beleza e qualidade você encontra aqui! Av. Saquarema, 5442 - Bacaxá

( (22) 2653-2744

POLÍTICA Marcia Jeovani: “sou mais de construir pontes do que muro” Regina Mota

Regina Mota A primeira mulher da Região dos Lagos a ocupar uma das cadeiras da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro – ALERJ, Marcia Cristina Araújo Jeovani, 50, sagrou-se vitoriosa ao receber 34 mil 870 votos pelo Partido da República – PR nas últimas eleições. Em entrevista exclusiva ao Jornal Poiésis, ela fala das suas lutas, vitórias e planos para desenvolver no novo cargo político. Uma das suas prioridades é trazer para a região um hospital de referência da mulher e da criança. Ao recordar as 416 emendas parlamentares feitas pelo esposo Miguel Jeovani, prefeito de Araruama, enquanto deputado estadual, ela reforça seu anseio de continuar a luta para conquistar aquelas reivindicações. Poiésis – O que significa ter vencido as eleições? Marcia Jeovani - Esses dias eu estava falando que foi um gosto duplo de vitória. Porque foi bom poder ter conseguido alcançar meus objetivos, mas foi melhor ainda a população de Araruama ter mostrado que continua acreditando na família Jeovani, continua dando voto de confiança na família Jeovani. Depois de tudo que Miguel passou, eu consegui me eleger, então eu só tenho a agradecer à população de Araruama, de toda a Região dos Lagos e de vários municípios do estado por essa confiança deles terem renovado esse contrato de amizade, essa aliança. Foi muito bom mesmo. Poiésis – Como a senhora vê a luta das mulheres pela igualdade de gênero? Marcia Jeovani - Eu vejo com muito otimismo. Eu noto que nós mulheres estamos procurando cada dia mais ocupar o nosso espaço. Estamos nos preparando cada dia mais. A gente está procurando se aprofundar em estudo, em conhecimento. Então eu tenho uma expectativa muito boa e acho que a cada ano a tendência é melhorar. Poiésis – Como acha pode ser melhorada a situação das mulheres? Marcia Jeovani - Eu acho que a gente precisa acreditar um pouquinho mais na gente. Quando eu vim candidata muita gente falava assim para mim: olha, não quero te desanimar não, mas eu vou te falar uma coisa, mulher não vota em mulher. Aí eu falava: pois eu vou provar que é diferente, e a maioria das mulheres esteve ao meu lado durante essa caminhada me dando todo apoio, todo suporte e eu acredito nessa união das mulheres para poder mudar o nosso futuro. Então eu acho que temos realmente que estar unidas, uma brigando pela ou-

tra, uma lutando em prol da outra. A gente precisa desse apoio. Essa semana aconteceram Os 16 Dias de Ativismo da Luta Contra a Violência Doméstica, que é de grande importância. A mulher tem que parar de achar que é sempre culpada por ter que trabalhar fora e ter que deixar os filhos em casa ou na creche, porque não conseguiu dar conta de todos os afazeres de casa, porque precisou trabalhar fora. Nós não somos culpadas de nada, nós somos auxiliadoras também. Temos que deixar essa culpa um pouco de lado e passar a pensar mais na gente. Poiésis – Em Araruama ainda não há uma Delegacia para Mulheres, a senhora já pensou em trazer uma para a cidade? Marcia Jeovani - Já sim. Porque hoje o atendimento que temos na delegacia ainda constrange muito a mulher. Nem toda mulher se sente à vontade de entrar numa delegacia de polícia. Ela já entra como se já fosse a culpada. Alguns perguntam: se você foi estuprada, que roupa estava usando? O que você fez para acontecer isso? Então, é uma carga muito grande. Parece que estamos há quantos séculos atrás? Tudo é culpa da mulher? Se você é assediada, a culpa é sua? Se o seu marido te espanca, perguntam: o que você fez para ele fazer isso com você? Se o seu marido joga a sua autoestima lá embaixo, a culpa é sua? A gente precisa olhar essas mulheres com muito mais carinho, com mais atenção, porque nós somos guerreiras do dia a dia. Eu acho que essas mulheres vítimas de violência têm que ter um acompanhamento psicológico, jurídico, com pessoas que realmente as entendam. Não é o mesmo perfil o de um policial para um assistente social, ou um advogado. Ele tem que realmente entender um pouquinho de mulher para poder dar esse suporte para ela. Temos acompanhado o trabalho que é feito aqui na Setid (Secretaria Municipal da Terceira Idade), onde fica a Coordenadoria da Mulher de Araruama, e vemos que muitas não têm coragem de denunciar o seu agres-

sor, mas é por vergonha, por medo de ser censurada e por essa falta de acolhimento. Nesse momento em que a mulher está tão frágil o que ela quer mesmo é ser acolhida, porque ela já foi agredida na rua, em casa e vai ser mal recebida ainda no local em que ela foi buscar apoio? Poiésis – Qual sua visão em relação à cultura? Marcia Jeovani - Eu acho que a cultura está ficando muito de lado. A gente precisa ter um plano, um estudo. As pessoas pensam na cultura como uma coisa supérflua. Às vezes mistura um pouquinho a cultura com a educação. Falta um pouco de interesse. Eu acredito que precisamos ouvir bastante as pessoas, montar um plano, um projeto realmente voltado para a cultura, porque o nosso povo precisa ter uma visão mais ampla do mundo, de tudo o que pode nos proporcionar. Isso é a cultura quem faz. Penso em fazer isso enquanto deputada estadual. Eu não sei ainda em quais comissões irei ficar como membro ou presidente, não ficou nada decidido ainda, mas eu pretendo participar de um maior número possível, mesmo como membro, porque é muito bom a gente poder ouvir e participar. Durante a campanha caminhamos e participamos de reuniões com mulheres, médicos, com o pessoal da cultura, entre outros, então temos muita coisa a acrescentar e continuar ouvindo a população. Acho que o deputado foi eleito para isso, para ser representante do povo, logo, ele tem que continuar essa ligação para que possa levar para a ALERJ as necessidades do povo. Muito interessante isso, porque nunca ninguém me perguntou sobre cultura, a primeira é você. Todo mundo quer saber da saúde, da educação, do transporte, mas sobre cultura ainda não haviam questionado. Até porque seu jornal é bem focado, na cultura. Poiésis – Gostaria de deixar uma mensagem? Marcia Jeovani - Como eu repeti em várias vezes nas minhas reuniões, que eu estarei à disposição de

todos os municípios, não somente de Araruama, mas como também de todo o estado do Rio de Janeiro, independente de quem seja o prefeito que estiver sentado na cadeira, porque independente daquela cidade que eu tive um voto, ou da que tive mil, ou da que tive dez mil, não importa, eu fui eleita com esse montante. Um pouquinho de cada um foi o que levou a Marcia Jeovani até a ALERJ. Então estou disposta a ajudar, a dar o meu melhor por cada um desses municípios.

Poiésis – Com relação à cidade de Araruama especificamente, que é uma das cidades mais bonitas da região e que ainda tem algumas necessidades a serem priorizadas, o que pode nos falar? Marcia Jeovani - A cidade ficou muito abandonada. Tem praticamente quatro anos que Araruama não recebeu um quilômetro de asfalto. Então eu costumo falar o seguinte: que política é essa? É a política que eles vêm aqui, buscam o voto e depois dizem que o prefeito não é do partido deles e que por isso não vão mandar obras? E a população que votou? Dias atrás peguei as emendas parlamentares que Miguel Jeovani havia escrito, enquanto deputado estadual, onde constam diversas ruas de Araruama e de outros municípios também com necessidade de asfalto, ainda falei: dá-me isso aqui que vou botar debaixo do braço e vou levar, porque vou tentar buscar. Eu brinco dizendo que sou mais de construir pontes do que muro, então a gente vai tentar sim, porque acho que é um direito nosso, independente de eu ser de um partido de oposição, a minha cidade precisa, outras também. Eles tiveram votos, o governador teve votos na nossa cidade, então ele tem compromisso com Araruama. É por isso que vou lutar também pelas emendas impositivas, para não concentrar obras nas mãos de dois ou três deputados. As emendas impositivas são da mesma forma que é em Brasília, onde um orçamento anual e é dividido entre os deputados federais, os quais indicam as cidades que querem beneficiar. Eles entram em contato com os prefeitos para saber das suas prioridades, se é a saúde, saneamento ou asfalto, aí as emendas vão para as cidades. Com isso não acontecerá o que ocorreu com Miguel Jeovani quando deputado estadual, que fez 416 emendas e elas não vieram, ou quando vêm, chegam em nome de outro deputado. Então é algo mais justo para o deputado e para o povo, fica muito mais transparente. Acho as emendas impositivas a grande solução, como já acontece em outros estados. Eu acho que vai ser muito positivo e acho que iremos conseguir, eu tenho muita esperança, pois não sou de desistir fácil.


4

nº 226 - janeiro de 2015

ECONOMIA

Araruama é polo de atração de novos investimentos

Marcelo Figueiredo

Na inauguração da GHJ, o prefeito Miguel Jeovani destacou a importância da geração de empregos no município

O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, tem reforçado frequentemente seu compromisso em promover mais desenvolvimento econômico para o município, atraindo novos investidores. Seu perfil empreendedor e sua visão empresarial têm sido fatores importantes para gerar confiança em empresários que encontram em Araruama o apoio necessário para ampliar seus negócios. “É importante acreditar na cidade, visualizar seu potencial eco-

nômico e investir em seu desenvolvimento. É através da geração de emprego e renda que conseguiremos melhorar a qualidade de vida da população, que terá mais oportunidades no mercado de trabalho”, destaca o prefeito. Em dezembro, mais uma nova empresa se instalou no município. A GHJ Rio – Marimar Veículos Especiais, especializada na montagem de ambulâncias, consultórios médicos e odontológicos em veículos como furgões e

ônibus, inaugurou sua sede no Condomínio Industrial, com previsão de gerar 50 empregos diretos e 50 indiretos. Outras empresas também já estão se preparando para iniciar atividades no município, como a Zeex Indústria e Comércio, a norueguesa Norsafe, a concessionária de caminhões Clark-Mardisa, além do shopping no bairro Parque Alves Branco, que deverá gerar cerca de 1500 empregos diretos.

Ping

EDUCAÇÃO Jovem de Saquarema fará parte do Programa Jovens Embaixadores Murilo Augusto Braga Ribeiro dos Santos, 18, é um dos jovens escolhidos para participar do Programa Jovens Embaixadores 2015, que existe desde 2002 e foi criado pela Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil. Aluno da Escola Técnica Estadual – ETE Helber Vignoli Muniz, FAETEC, de Bacaxá, Murilo foi escolhido entre treze mil e quinhentos estudantes da rede pública inscritos no programa. Dedicação aos estudos, determinação e respeito à família são suas maiores dádivas. Em carta datada de 6/11/2014, a Embaixada dos EUA frisa que o programa visa beneficiar alguns brasileiros de destaque na rede pública de ensino por seu perfil de liderança, atitude positiva, consciência cidadã, excelência acadêmica e conhecimento da língua inglesa. “Buscamos com isso ampliar os horizontes desses jovens e, ao mesmo tempo, valorizar e promover o fortalecimento da educação pública por meio de vocês, transformando-os em modelos para

Regina Mota

Murilo (centro) viaja para os EUA em janeiro

os seus colegas e a sua comunidade”, relata a missiva. No Brasil 50 jovens de vários estados foram escolhidos. Cinco grupos de 10 foram divididos para realizarem a jornada que iniciará em janeiro. A viagem será no dia 6/01, incluindo a primeira parada em Brasília para treinamento de 4 dias, onde os jovens receberão as orientações necessárias para a estadia nos EUA. De 10 a 14 de janeiro acontecerão visitas guiadas em pontos históricos e culturais em Washington DC, inclusive em escolas e projetos sociais e participação em seminários e oficinas sobre justiça social e voluntariado. De 15 a 27/01 eles

irão para o estado anfitrião, Oklahoma, onde serão hospedados por famílias americanas e frequentarão aulas em escolas públicas da região, participarão de atividades de voluntariado e farão apresentações sobre o Brasil. Já no dia 28/01participarão de uma reunião de avaliação em Washington DC e irão se preparar para a viagem de volta ao Brasil. A volta está marcada para o dia 1/02. Despesas como visto de entrada nos EUA, passagens, hospedagem e alimentação, tanto em Brasília quanto nos Estados Unidos e kit básico de inverno (casaco, luvas, gorro, cachecol e meias) são todas pagas pela Embaixada dos EUA.

Ping POng

Ping

POng Ping

Se você não aguenta mais ser jogado de um lado pro outro pelo SAC, ligue pra gente. Aqui, vamos ouvir e acompanhar suas reclamações sobre leis que não estão sendo cumpridas e até mesmo de serviços mal prestados por empresas privadas.


5

nº 226 - janeiro de 2015

POEMAS

Os poetas do Jornal Poiésis

Quando o Jornal Poiésis surgiu em 1993, havia em seu cerne a formação de um conselho editorial. Aos poucos vieram sendo agregados poetas de várias linguagens, sujeitos pensantes no caminho da palavra. Tivemos muitas oportunida-

des de nos reunirmos, ler poesia, discutir a pauta de dezenas de edições. Hoje nossas reuniões são virtuais, mas persiste em cada um o compromisso em trabalhar seu texto e sua linguagem, elaborar a vida que pulsa nas sílabas e seus si-

lêncios. Neste janeiro de 2015, apresentamos para nossos leitores os nossos trabalhos poéticos. Que sirvam de sinal para que a poesia persista em cada canto que este jornal estiver circulando. (Camilo Mota)

ABRAÇO VIRTUAL

PRAÇA DA REDENÇÃO

ESCOLHAS

Gerson Valle Ainda uma vez, coração, surges nas várzeas trazido pelos ventos. Vens por rumos de outros sumos. Que sei de tuas faces inefáveis? Podem ou não cruzar-me na utopia adiada, horizonte sempre em frente de mãos dadas com o nascente ou poente... Voltas coração em cada abraço virtual das mensagens dos e-mails. Resto quieto sob teus braços fictícios para não trair a comoção das batidas trazidas de vindas antigas. Esvoaçantes sensações da paz procurada que passa ao largo, como se a vida prosseguisse sem estar mais presente...

Camilo Mota

Charles O. Soares

À tarde a menina sorri debruçada nos amigos — irá construir o novo mundo. Outra espanta as pombas — tênue limite da paz e da guerra. A menina lê ao meu lado — onde as palavras e os silêncios? Teria levado em seus olhos a minha história? Uma estátua paira como o instrumento à espera do toque, — o poema que perdeu as palavras. A vida a abriga nos olhos de quem passa. A menina é uma em seu vestido colorido — moço, compra uma bala, ela tem sabor de esperança. A estátua se move: o tempo ecoa o fim de tarde. Sua sombra esgueira à beira da noite. A praça dorme entre gorjeios.

Prefiro a fome. Impulsiona as vísceras Motriz dos desejos. ... A saciedade traz o conforto Berço da inércia. Prefiro a insônia Incômoda e produtiva Verme roedor de limites. O sono acalma, Prende à normalidade, Lembra a morte. Certa, infalível, solução. Prefiro a vida Incerta, indecisa, às vezes, indecente. .. Gosto de problemas.

RECORTE

IN-JUSTIÇA

Marcelo J. Fernandes

Marco Aurêh

meu filho pequeno me indaga, de golpe, em quantas casas vivi. “dezoito”, hesito.

à amiga Andréa Pachá

A vida não é justa. Justo a vida que eu tanto prezo. Justamente ela que eu tanto endeuso. Injustiça dos deuses. Crueldade divina. Vida, vida minha, livrai-me de seus julgamentos impiedosos, e saiba - se é que possa amenizar minha pena assinalada -, que te amo...te quero, e apesar de toda a sua injustiça, eu te venero!

ANTIUNIVERSO (excerto) Fernando Py

MATANDO O TEMPO

Inaugura-se a manhã primordial, a sempre-manhã da vida, do universo, da mulher que se inaugura em todo ato de amar, desta mulher presente sempre junto e dentro de mim, desta mulher que humilha as flores com sua graça interior, desta mulher que me conquista a cada gesto, a cada noite, desta mulher que as outras vence na amizade e convivência, e abre, de amor, um céu azul, este caminho auroreal de um novo universo, por onde o vago pensamento vai viajando.

Sylvio Adalberto

(1974-1990)

Já tive na verdade tanto tempo, por não saber usá-lo é que hoje venho lutando contra a falta desse engenho que acaba sempre sendo um contratempo.

Dra. Emygdia Melo

Casa & Granito

Houve um tempo em que o tempo me sobrava, usei-o e gastei-o como pude, sem tempo de pensar no que o gastava.

Tudo em Mármore e Granito

O tempo é essa estranha bizarrice que no tempo da nossa juventude não nos fala do tempo da velhice.

Administração, Venda e Locação de Imóveis Advocacia em Geral

faço contas. guardo relíquias preservo restos, rastros, lustro estojos que jamais retomarei nem darei conta. dezoito casas. meu filho não as concebe em seus números ainda pequenos. apuro o passo o mais que posso. então, uma dor oblíqua me assalta, amplia, dilata. Na velha gare, busco o futuro, em vão. “ passou há pouco” , aponta, sobre o ombro, o chefe da estação.

Sem ter o que fazer, matei o tempo. E por matar o tempo já não tenho tempo para fazer o que me empenho, e me contento com bem pouco tempo.

Melo Imóveis

remonto os ambientes fora de qualquer ordem remoo antigos cromos reúno laudas de memória, algumas já desfeitas, puídas de mágoas que não expiram.

Direção: Jaime Vignoli Rod. Amaral Peixoto, km 70 Bacaxá - Saquarema - RJ ( (22) 2653-0845

Dr. Cid José C. Magioli

ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI

Clínica Geral - Homeopatia CRM 52-44061-6

Dra. Eulenir M. A. Magioli Ginecologia - Homeopatia CRM 52-42685-2

CRECI/RJ 30.201 / OAB-RJ 38.046

( (22) 2653-5427 e (22) 2031-0838 R. Prof. Souza, 34 lj 5 - Bacaxá (subida do Brizolão)

ARARUAMA: Av. Brasil, 10 SL 709 - ( 2665-6320 S. VICENTE: R. Farmacêutico Faria, 20 ( 2666-4576

Conheça os benefícios de uma vida mais leve e saudável. Ligue agora e agende uma auto avaliação GRÁTIS. FIQUE EM FORMA PARA O VERÃO!

22 - 98148-7998 22 - 97402-2087 22 - 97401-3559

AGRIJAR BACAXÁ Rações nacionais e importadas Medicamentos e Sementes

agrijar@hotmail.com Av. Saquarema, 5320 Bacaxá - Saquarema

( (22) 2653-3114

Ortopedia - Traumatologia Fisioterapia Medicina Desportiva Pilates Studio - Psicologia

Dr. Newton Oliveira Valladão R. Com. Bento José Martins, 297 sl. 406 ( (22) 3021-6610 - Araruama

R. Adolfo Bravo, 26 - Bacaxá - Saquarema ( (22) 2653-3324 / 98802-6709


6

nº 226 - janeiro de 2015

RELIGIÃO

Bahá’u’lláh e os ensinamentos para uma nova humanidade

Nascido em 1817, Bahá’u’lláh era membro de uma das destacadas famílias nobres da Pérsia (atual Irã) — uma família que podia traçar sua linhagem até as dinastias reinantes do passado imperial da Pérsia, sendo dotada de riqueza e vastas possessões. Pondo de lado a Sua posição na corte e as vantagens que esta Lhe oferecia, Bahá’u’lláh, se tornou conhecido por Sua generosidade e bondade, as quais O tornaram profundamente amado por Seus concidadãos. Fundador da Fé Bahá’í, ele foi sujeitado ao cativeiro, à tortura e a uma série de exílios. O primeiro deles foi para Bagdá, onde, em 1863, anunciou ser Ele próprio Aquele prometido

pelo Báb, que o antecedeu no anúncio desta Revelação. De Bagdá, Bahá’u’lláh foi desterrado para Constantinopla, Adrianópolis e, finalmente, para `Akká, na Terra Santa, onde desembarcou como prisioneiro em 1868. De Adrianópolis e, mais tarde, de `Akká, Bahá’u’lláh enviou uma série de cartas aos governantes do Seu tempo, as quais se encontram entre os documentos mais notáveis da história religiosa. Elas proclamavam a iminente unificação da humanidade e o surgimento de uma civilização mundial. Os reis, imperadores e presidentes do século XIX foram convocados a reconciliar as suas divergências, reduzir os seus arsenais e

O Santuário de Bahá’u’lláh em ‘Akká, Israel, é um dos locais de peregrinação dos adeptos da Fé Bahá’í

a devotar as suas energias ao estabelecimento da paz universal. Bahá’u’lláh faleceu em Bahjí, ao norte de `Akká, e lá descansam os Seus restos mortais. Os Seus ensinamentos, então, já se

espalhavam para além dos confins do Oriente Médio, e o Seu Sepulcro é hoje o ponto focal da comunidade mundial que esses ensinamentos trouxeram à existência. Bahá’u’lláh ensinou que

há somente um Deus e que as sucessivas revelações de Sua vontade à humanidade têm sido a principal força civilizadora da história. Os agentes deste processo têm sido os Mensageiros Divinos, a quem os homens têm considerado fundadores de sistemas religiosos separados, mas cujo propósito comum tem sido conduzir a raça humana à maturidade moral e espiritual. A humanidade agora está se aproximando do seu período de maturidade. É este fato que torna possível a unificação da família humana e a edificação de uma sociedade pacífica e global. Entre os princípios que a Fé Bahá’í promove como vitais à conquista desta meta encontram-se os seguintes:

• O abandono de todas as formas de preconceito. • A plena igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. • O reconhecimento da unidade e da relatividade da verdade religiosa. • A eliminação dos extremos de pobreza e riqueza. • A concretização de uma educação universal. • A responsabilidade de cada indivíduo na pesquisa independente da verdade. • O estabelecimento de uma federação mundial de nações. •O reconhecimento de que a verdadeira religião está em harmonia com a razão e com a busca do conhecimento científico. Saiba mais sobre a Fé Bahá’í no site oficial em www.bahai.org.br.

LITERATURA

CAMINHOS DA LITERATURA NARRATIVA BRASILEIRA Gerson Valle poeta e escritor, membro da Acad e m i a Petropolitana de Letras e do conselho editorial do Jornal Poiésis. 2014 nos tirou o talvez mais representativo escritor brasileiro da pós-modernidade, João Ubaldo Ribeiro. O baiano pós-Jorge Amado tocava um neo-naturalismo de mãos dadas com um quase realismo mágico, tendo a obra-prima “Viva o Povo Brasileiro” nos redespertado para nossa realidade que muitas aproximações com correntes internacionais não nos permitem sempre perceber, não deixando de fora, no rastro da modernidade de Joyce ou Rosa, a criatividade linguística como em “Sargento Getúlio”. Nele as possibilidades narrativas de nosso tempo conjugavam-se com nossa tradição cultural. Mas, por mais que se lamente a sua morte e as incertas transformações da era da internet, ele não foi, felizmente, o último de nossos talentos. 2014 nos trouxe o 5º romance do talento incontestável (literário, teatral, musical...) de Chico Buarque, “O irmão alemão” (Companhia das Letras), tão fascinante que não consegui largá-lo antes de devorar suas 237 páginas de uma só vez. Há algo de instigante nele, para começar, na forma em que a colocação memorialística e verdadeiramente histórica se misturam com a fantasia criativa sem ser propriamente do gênero nem das memórias construídas nem do tradicional romance histórico. São traços da realidade, e sobretudo da realidade do autor, que tem sua biografia bem conhecida e assim desperta a curiosidade natural, que, no entanto, se mescla com a construção de uma narrativa descritiva de épocas diversas do século XX com personali-

dades fictícias. Essa semi-realidade começa com o nome do pai do narrador, Sérgio de Hollander, quando sabemos que seu pai foi o intelectual Sérgio Buarque de Holanda. Ele, narrador, torna-se no Francisco de Hollander, que busca, ao longo do livro, encontrar o filho que o pai tivera com uma alemã, em 1930, quando estudara na Alemanha. O fato foi verdadeiro. E o nazismo e depois a RDA dificultaram o conhecimento do destino do rapaz. Há, em determinada passagem a menção do narrador em querer algum dia escrever um romance “à clef”. Seriam, de fato, todos os personagens deste livro referências a pessoas do círculo do autor? Mas, esta é mais uma curiosidade do romance, que, independentemente disto, mantém um quadro de personalidades bem representativas das sociedades e épocas em que se passa. Parece-me que a relação de realidade e ficção se assemelhe à forma tão usada pelo gênio Thomas Mann (que é citado no livro como tendo sido entrevistado pelo pai do narrador). Um exemplo? Thomas Mann veraneou em Veneza com a mulher e os filhos, havendo no hotel em que se hospedaram um garoto cuja beleza chamava a atenção de todos. Daí surgiu a novela “Morte em Veneza”, em que o narrador coloca questões estéticas da preocupação do próprio Mann e a beleza do garoto aparece como uma obsessão do mesmo narrador. Outro: de uma visita à sua mulher internada num sanatório na Suíça para restabelecer-se de um princípio de tuberculose, nascem as observações que suscitaram “A montanha mágica”. Tal método de criação, aliás, não aparece somente em Thomas Mann, sendo a origem das criações literárias normalmente resultantes das experiências vividas pelo autor. Mas, em Thomas Mann, como agora no romance aqui apontado de Chico Buarque, as origens são mescladas entre a realidade confessada

e sua possível variante que é criada. E aqui não mais na maneira de verossimilhança inteiramente realista, mas com dosagens de cortes na continuidade, sonhos e mistura de gêneros literários, que nos colocam plenamente no pós-pós-modernismo do século XXI. Bem como nele concorrem, e em todos os romances de Chico, visões um tanto expressionistas, aqui com a referência constante à quase fantasmagórica biblioteca do pai, sendo citadas inúmeras obras literárias que servem como ponte no gosto do filho com o pai, cuja relação direta, tocando o absurdo, inexiste, simbolizando o distanciamento de pais ocupados, como era o do narrador-autor em seu escritório e literatura, com relação ao desenvolvimento dos filhos... Também não querendo ser um romance histórico (como foi seu primeiro sucesso, “Boca do inferno”, e que também reviu o gênero no Brasil), Ana Miranda, em 2014, volta a seu poeta barroco (“Musa praguejada - A vida de Gregório de Matos”, Record), numa biografia baseada em escassos dados existentes, mas com fôlego de grande romance, unindo-se os gêneros literários de ensaio e ficção. Na verdade, morre Ubaldo, mas a literatura brasileira segue com alguns notáveis prosadores com tendências abarcando as conquistas do modernismo com possibilidades de a elas se agregarem tradições de sempre. Como Chico Buarque, destacam-se Milton Hatoum, Antônio Torres (que relançou

em 2014, pela Record, o terceiro livro de sua “trilogia sobre o suicídio” - “Pelo fundo da agulha” - iniciada em 1976 com um dos mais bem acabados romances de nosso pós-modernismo, “Essa terra”), Cristovão Tezza, Dalton Trevisan, etc. Quero, ao menos, apontar duas obras das que agradeço a gentileza do envio dos autores: 1 - “Na linha da loucura”, de Cristian L. Hruschka (Editora Minarete, Blumenau, SC, 2014) - É a estreia em livro próprio de um advogado catarinense que já vem participando de antologias e suplementos literários. Apesar de estreante, a narrativa é segura, a linguagem fluente, a inventiva excelente. Trata-se de uma novela que toca pontos da literatura policial, sobretudo no que diz respeito ao constante suspense criado com soluções que apresentam sempre novos impactos para o leitor. Este, aliás, um gênero de muita aceitação popular exatamente por causa disto, e que, entre nós, tem um de seus melhores cultores em outro de nossos “notáveis”, Rubem Fonseca (que se destaca pelo artesanato da narrativa de um realismo chocante que beira o fantástico pela crueza e representatividade de submundos integrantes de nossa sociedade). Como bem ajustado no tempo da pós-pós-modernidade, não se pode, por outro lado, qualificá-lo propriamente como policial, quando abrange situações extrapolando o realismo comum ao gênero, no que pese conservar a naturalidade com que neste as situações são descritas. Como o ci-

tado Rubem Fonseca (que foi delegado), Hruschka usa de sua vivência advocatícia para a construção da trama, que se envolve num literal pesadelo com crimes por cassinos do jogo proibido. A fabulação é de um autor que possui a chave para abrir novas caixas surpreendentes ao leitor contemporâneo. Faço fé que sua carreira literária nos traga outras obras de igual vigor e interesse; 2 - “Terra de demônios”, de Márcio Catunda (Ibis Libris, Rio de Janeiro, 2013) - Este é um exemplo da diversidade temática em nossa literatura atual. Seu autor é um diplomata com experiência em vários países, que traz aqui um lugar inventado, onde se reúnem todas as características negativas de um país subdesenvolvido. Um verdadeiro inferno para o narrador, que é um funcionário de uma firma internacional lotado na “Ilha dos Patrupachas”, onde todos os habitantes são corruptos, todos os taxistas fraudam os preços das corridas, num trânsito constantemente engarrafado onde ninguém respeita regra alguma, os hotéis cobram valores escorchantes que têm que ser pagos antecipadamente, e cujos contratos podem não ser cumpridos, alegando-se que fatos improvisados os obrigaram a alugar o quarto, que já estava pago, a outro cliente, o calor é insuportável e os ares condicionados estão sempre quebrando, cobrando fortunas os técnicos para sua manutenção, os hospitais internam as pessoas para tratamentos que as pioram e encontram novas doenças, os mosquitos infer-

nizam em toda parte... As relações dentro da firma são tão angustiantes para o narrador quanto as dificuldades passadas pela malandragem dos habitantes locais. O chefe é louco, com decisões impertinentes, e os colegas não demonstram nunca solidariedade em coisa alguma. O pessimismo e a descrença no ser humano chegam a verdadeiro paroxismo na narrativa. Por vezes, inclusive, se pode perguntar se o narrador só percebe atitudes demoníacas em toda parte por não compreender as pressões externas que forçam o subdesenvolvimento e uma desenfreada competição sem nenhuma consideração pela alteridade que pode ser alcançada se fossem ali permitidas ações sociais mais politizadas. Pode mesmo parecer que ele não possua um comum humanismo, não compreendendo as diferenças de origem cultural, como tendo preconceitos para com tradições aparentemente primitivas, não demonstrando amor por nada que contrarie seu antropocentrismo e mesmo vivendo por anos numa assexualidade inexplicável de quase um autômato da educação. Mas, nessa atmosfera kafkiana é de se lembrar que o próprio Kafka mostrava a sociedade como uma massa opressora dentro do poder constituído sobre o indivíduo, sem as explicações lógicas do procedimento que desespera o ser comum. E neste sentido o romance aponta para males verdadeiros dentro da miséria material e moral crescente na explosão demográfica mundial, trazendo por si uma abastardamento na colocação do indivíduo, que tem de lutar com as armas da corrupção, egoisticamente, para uma colocação, por mais estreita que seja. E as imagens de um país distante aparecem na nossa literatura até como uma possível referência à corrupção e crescente desrespeito social, sobretudo no chamado terceiro mundo, que ameaçam nosso tempo, onde se insere o Brasil...


7

nº 226 - janeiro de 2015

CORPO & MENTE

O tempo da delicadeza

Camilo Mota psicanalista, terapeuta holístico, Mestre de Reiki, atua em consultório no Espaço Elaboração, em Saquarema. (www.reikiadistancia.com. br), membro da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal, editor do Jornal Poiésis. “Depois de te perder te encontro com certeza Talvez no tempo da delicadeza Onde não diremos nada, nada aconteceu Apenas seguirei como encantado ao lado teu” (Todo Sentimento. Chico Buarque – Cristóvão Bastos) O espectro da perda é uma constante na vida das pessoas. A perspectiva de que estamos perdendo alguma coisa gera incerteza, causa incômodo e desestabiliza o humor, as emoções e até a própria saúde física. Tal sentimento está relacionado com a nossa necessidade de sermos amados, compreendidos e aceitos, com a satisfação plena de nossos desejos mais profundos. O medo de perder se reflete, hoje em dia, até no campo virtual, quando, por exemplo, surge aquele sentimento de que ninguém leu a sua postagem numa rede social, ou pouca gente curtiu aquela foto que para você é tão significativa. A perda e o sentimento de posse andam de mãos dadas. Quando se estabelece uma relação com o outro tendo por base um vínculo em que o poder é mais importante do que o próprio afeto, qualquer afastamento acarreta angústia, que na melhor das hipóteses se reverte em saudade. Ou, pior, se perde de vez no abismo insondável dos sentimentos mais tortuosos: a angústia de separação, ciúme, nostalgia mórbida de um tempo que não

volta mais. Dentro desse contexto, é importante a busca por uma integração maior entre as várias partes da nossa própria construção psíquica, de maneira a compreendermos o quanto estamos vinculados a imagens que criamos para nossas fantasias e satisfações pessoais. Se nos prendermos somente às imagens, às personas que criamos e as desconectamos da nossa integridade (Self), corremos o risco de cindirmos nossa própria individualidade, desenvolvendo sofrimento através de angústia, neurose, fobias e outros transtornos tão comuns em nosso tempo. Tudo aquilo que vivemos ao longo do tempo, nossas relações afetivas, nossos encontros com outras pessoas, nossas experiências interpessoais são partes integrantes de nossa estrutura global. Eu sou enquanto o outro também é, e no encontro destas duas almas se molda uma nova vida, que transforma cada um dos envolvidos de uma maneira dinâmica. Quando ambos estão livres, libertos do jugo do poder, e podem se deixar envolver pela força do Amor, há um efetivo desenvolvimento humano. Quando se desenvolve esta compreensão, o sentido de perda se desvanece. É como se o outro continuasse a viver dentro de nós, como parte integrante da nossa personalidade. Se eu penso numa antiga namorada como parte integrante da minha formação afetivo-humana e a compreendo como componente da minha vida, ela passa a

Reprodução

fazer parte do meu Self. Eu não a excluo da minha vida simplesmente porque a relação acabou num tempo passado. Ela continua vivendo em mim, assim como continuam em mim também todos aqueles que foram significativos em tempos diversos, mas que no “agora” não estão frente a frente comigo. Eles permanecem como forças integradoras da minha psique. Negar o outro é negar a si mesmo. Não se pode simplesmente apagar de si tudo aquilo que se é sem se correr o risco de perder seu próprio significado, de perder sua alma. E o mesmo é válido para todo sentimento que se reconheça como negativo ou desintegrado de uma alguma expectativa social. Como afirma Carl Jung, “você não pode se despir de seu pecado e lançar todo seu fardo de lado”. Chegar ao tempo da delicadeza é reconhecer em si a paz do encontro consigo mesmo, a plena realização do seu silêncio interior, quando as palavras já não são mais usadas para acusar, não estão mais a serviço do Super Eu. Nesse instante, tudo aquilo que estava inconsciente de si passa a ser esclarecido e o sofrimento não perdura. Não há mais perda, pois tudo é movimento e flui. Ainda segundo Jung, “se o inconsciente pessoal for esclarecido, não haverá pressão alguma, e você não será aterrorizado; você fica sozinho, lê, caminha, fuma e nada acontece, tudo permanece ‘apenas como está’, uma vez que você está em acordo com o mundo”.

DANÇA Ricardo Coelho ingressa no Conselho Internacional de Dança O bailarino e coreógrafo Ricardo Coelho foi convidado para se tornar membro do Conselho Internacional de Dança (CID), organização oficial que representa todas as formas de dança no mundo. O convite aconteceu após análise do currículo do artista, que dirige em Saquarema o Fluxo Dança Contemporânea. Fundado em 1973, o CID é reconhecido pela UNESCO e governos nacionais e locais, tendo

Regina Mota

entre seus membros federações, associações, escolas, companhias e indivíduos de mais mais de 160 países. Ricardo Coelho é também artista plástico com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-RJ). Estudou dança na Escola de Ballet Dalal Achcar (1980-1985) e atualmente tem se apresentado com sua companhia em diversos festivais nacionais e internacionais de dança.

MÚSICA

MENOS THE VOICE, MAIS GUITARRA Marcio Paschoal escritor, autor da biografia de João do Vale e de “Sofá branco” (1996), “Horóscopo sexual para praticantes” (2001), “A maconha está bêbada e outras crônicas” (2009), entre outros. Novo trabalho do Lulu Santos, também conhecido por Luiz Maurício, vem com todos os seus costumeiros apetrechos e caprichos. No bom sentido, já que o disco é mesmo caprichado, tanto nos arranjos quanto nos remixes. Modernidades um tanto excessivas à parte, algumas

faixas agradam. É o caso da que nomeia o cd, em boa levada pop e participação do velho amigo Memê na programação percussiva. A letra da maioria das canções tenta fluir como uma conversa informal, bem a marca do autor. A atual “Lava-Jato” (...ontem nós choramos abraçados vendo o Jornal Nacional..” ) está bem marcada por guitarra de Lulu, na base da stoniana Salt of the Earth. Ótimo o time de músicos que o acompanha, destaque para o craque Hiroshi Mizutani no piano elétrico e programação de teclados. Aliás, o melhor do cd são as faixas instrumentais. “Drones”, com arranjo de cordas e metais (sax de Zé Carlos Bigorna ,

Vidraçaria Recanto do Sol Box - Vidro Temperado - Espelho Fechamento - Vidro Importado Vidros coloridos, lisos e canelados BOX PRONTA ENTREGA Aceitamos

Av. Saquarema, 5170 Bacaxá - Saquarema ( (22) 2653-4190 / 99262-6507

Divulgação

trombone de Marlon Sette e trompete de Altair Martins) , e “Bluesado” em que Lulu marca sua técnica de solo. Enfim, pode-se dizer muita coisa do Luiz Maurício, que ele está cada vez mais a cara do Jerry Lewis, que é apolítico, péssimo em Matemática e com a bola no chão um desastre, mas com a guitarra se vira bastante bem.

TELA

COM IMÃ

MOSQUITEIRO 21 3026-2551 / 99952-0409

www.jmtextura.com.br

PINTAR E LIXAR NUNCA MAIS! USE MASSA CORRIDA TERMO ACÚSTICO. ENTREGAS VIA CORREIOS

Consultório de Psicanálise e Terapias Naturais Reiki - Florais de Bach - Acupuntura Emocional Sem Agulhas Camilo de Lélis Mendonça Mota

Psicanalista - Terapeuta Holístico, CRT 42617

“Chegamos a uma fase de individualização em que só a personalidade madura plenamente desenvolvida pode fazer uso frutífero da liberdade; se o indivíduo não desenvolveu sua razão e sua capacidade de amar, é incapaz de suportar o peso da liberdade e da individualidade, e tenta fugir para laços artificiais...” (Erich Fromm)

• Psicoterapia individual • Terapia floral • EFT - Acupuntura Emocional sem Agulhas • Cursos de Reiki do nível 1 ao 3-B • Técnicas de Relaxamento Mental e Meditação

Atendimento psicoterapêutico com hora marcada no espaço Elaboração - Terapias e Cursos, em Saquarema. Travessa Sigmund Freud, 1 - Porto da Roça

Esquina com R. James Ward de Cavalho (rua em frente ao Mercado Gomes)

( (22) 99770-7322 / 2653-3087 www.reikiadistancia.com.br

Aceitamos: através do PagSeguro UOL


8

nº 226 - janeiro de 2015

Feliz 2015!

Em Foco regina@netterra.com.br

Desejo a todos os amigos e leitores os melhores votos de um feliz ano novo! Que nesta nova jornada no tempo, cada um consiga plantar as melhores sementes para colher os melhores frutos. Que 2015 seja rico em saúde, harmonia, prosperidade e amor para cada um de vocês.

com Regina Mota

Hollywood é Aqui - Assim se chamou o espetáculo de final de ano da Daumas Academia, dirigida por Rita Daumas. As coreogafias foram baseadas em filmes clássicos e modernos de Hollywood. O Teatro Mario Lago ficou pequeno para receber tanta gente que foi prestigiar os espetáculos. Parabéns à Rita e a toda a sua equipe, que tanto trabalhou para a realização do evento!

Recanto do Sol premia mais um cliente - A Vidraçaria Recanto do Sol sorteou mais uma moto 0 km no dia 22 de dezembro. Dessa vez o vencedor foi Ricardo Malheiro, de Vilatur. Sob a direção de Manoel, a loja tem a tradição de fazer o sorteio todo mês de dezembro. É uma maneira de cativar mais clientes e presentear um sortudo em toda véspera de Natal. Parabéns, Manoel, pela iniciativa e Ricardo pelo belo presente!

Projeto Primeiro Passo - É sempre uma surpresa o espetáculo de final de ano do Projeto Primeiro Passo, de Saquarema. Sob a direção de Valéria, os bailarinos simplesmente arrasaram no Teatro Mario Lago. Bailarinas de Degas, Essa é a Nossa Onda e Prá Falar de Amor foram os três atos da apresentação que teve muita musicalidade diversificada. Parabéns a todos os bailarinos e aos organizadores!

Conselho Comunitário de Segurança de Saquarema - Marcia Vidigal é advogada e já foi professora, tendo realizado trabalho na Febem do Rio. Ela tomou posse como presidente do conselho dia 17/12 no DER, com a presença do Secretário de Segurança, Mariano Beltrami. Na foto ela aparece ao lado do conceituado advogado Gilvandro Aguiar, da OAB/ Saquarema, ele que já conseguiu mais de 8 mil assinaturas no abaixo assinado contra a liberação da maconha no país.

Cantora Leticia Gabriely lança CD - A pequena notável lançou seu primeiro CD em 2014 com músicas evangélicas. Nós acompanhamos a carreira de Letícia desde que ela começou a cantar no Coral Escola Que Canta, sob a batuta do maestro Moisés Santos. Voz ímpar, límpida e agradável de se ouvir. Desejamos sucesso em sua carreira! Esperamos ver sempre esse sorriso de menina em seu rosto!

Feira de artesanato - Os artesãos da Praça do Bem Estar, em Saquarema, realizaram em dezembro a última mostra dos seus trabalhos, com direito à música ao vivo de Leticia Gabriely. Na foto, Joaninha Cândido, amiga que faz trabalhos belíssimos. Quem ainda não conhece a feira, vale à pena conhecer, fica próxima à Colônia de Pescadores.

Saquá Instrumental: música de qualidade em Saquarema

Realizado no dia 27/12, o último Saquá Instrumental de 2014 foi um sucesso. Moradores e turistas que passavam pela Praça Antenor de Oliveira, também conhecida como Praça do Canhão, paravam para ver o movimento feito pelos músicos que fizeram um show com duas horas de duração. MPB, Rock, Blues, Jazz e

Baião foram alguns dos estilos tocados pelo grupo. O Saquá Instrumental iniciou em abril de 2012, quando então se chamava Encontros Musicais, feitos na varanda do músico e instrumentista Renato Barcelos, um dos fundadores do movimento, juntamente com Thiago Perninha, Lucas Moreira e Alexandre Melo.

Camilo Mota

Nessa última edição eles receberam o apoio da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer de Saquarema, que cedeu a praça e o ponto de energia elétrica para que o evento fosse realizado. Vale lembrar que para 2015 vários encontros já estão sendo elaborados e deverão ir também para outras cidades da região.

Idiomas * Cursos Profissionalizantes * EJA/Supletivo Inglês - Francês - Italiano - Informática - Computação Gráfica Cabeleireiro, Estética Facial e Manicure - Eletricista Predial Atendente de Consultório - Petróleo e Gás - e muito mais Convênio com a SEEDUC. Desconto especial para alunos da rede pública de ensino.

(22)2665-0852 e 3021-6441

Amigo Walmir promove festa de confraternização para funcionários da Câmara Municipal de Araruama

Fotos: Regina Mota

O vereador Amigo Walmir, que presidiu a Câmara dos Vereadores de Araruama até dezembro/2014, promoveu no dia 11 de dezembro uma animada festa de confraternização no Salão Imperial do Sitio Ilha do Lazer Miguel Jeovani, com direito a um excelente Buffet e a sorteio de brindes. Além dos vereadores, estiveram presentes também o prefeito Miguel Jeovani, a deputada eleita Marcia Jeovani, funcionários e amigos. Amigo Walmir, através de um telão, mostrou algumas vitórias por ele alcançadas enquanto presidente da casa. A festa contou ainda com shows de Juninho dos Teclados e banda MD3.

Av. Getúlio Vargas, 499 - Araruama (ao lado da Ricardo Eletro)

Le Bistrô

ATELIER ANTONIARTE

R E S TA U R A N T E

Aulas de Pintura e Desenho

Uma casa portuguesa com certeza!

Av. Getúlio Vargas, 221 sala 203 (edifício da Renault) ( (22) 2665-4139 / (22) 99993-8023 E-mail: antoniarte@gmail.com

Av.São Rafael 1.134 - Itaúna - Saquarema

( (22) 2651-4594


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.