Camilo Mota
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Audiência pública debate lagoa de Araruama
Literatura, Pensamento & Arte
Amigo Walmir cria leis em defesa dos animais
Página 3 Página 2 Ano XXII- nº 230 - maio de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis
Fórum debate psicanálise transpessoal e terapias holísticas em Araruama
Música O espírito dos hinos O escritor Gerson Valle escreve sobre os hinos, símbolos que, através da música, estabelecem uma forte relação entre o espírito de um povo e seus matizes históricos e culturais. Página 4.
Música Maurício Luz e os ecos da cultura africana na América O cantor carioca, formado pela Escola de Música da UFRJ, traz no CD Ritos e Ritmos um repertório calcado nas sad songs dos tempos da escravidão. Confira na resenha de Marcio Paschoal. Página 2.
Sociedade O canto da sereia do capitalismo A sociedade brasileira está às voltas com o retrocesso dos direitos trabalhistas representado pela lei da terceirização. Em artigo na página 4, o escritor e sindicalista Dino Gilioli traz algumas importantes reflexões sobre as ilusões do sistema capitalista.
Já estão abertas as inscrições para o I Fórum de Psicanálise Transpessoal e Ciências Holísticas, que será realizado em Araruama nos dias 19 e 20 de junho. Realizado pela Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal, o evento é aberto a
todas as pessoas interessadas no desenvolvimento de sua qualidade de vida e que se importam com a construção de um novo paradigma que leve em consideração aspectos que vão além dos critérios positivistas ainda em vigor nas ciências, abrindo
Para superar a perda dos royalties, prefeitos vão a Brasília em busca de solução Prefeitos da Região dos Lagos e de outros municípios do Estado do Rio estiveram em Brasília no início de abril para reuniões com o presidente da Câmara e com o senador Marcelo Crivella em busca
campo para investigações que consideram válidas as experiências a partir de fontes como intuição, canalizações sensitivas e paranormalidade, além dos componentes advindos das muitas experiências clínicas das chamadas terapias holísticas. Durante
o encontro serão apresentados estudos sobre o uso de Florais de Bach, terapia de vidas passadas, engenharia consciencial, espiritualidade e ciência, e o uso de terapias complementares no tratamento de dependentes químicos. Página 3. Camilo Mota
de saída para a crise gerada pela perda dos royalties do petróleo. Algumas cidades tiveram perda de mais de 50% de receita, prejudicando a execução de vários projetos em andamento. Página 3.
Sorriso Maroto faz show no aniversário de Saquarema Saquarema comemora 174 anos de emancipação no dia 8 de maio, e a Prefeitura Municipal programou uma série de eventos para comemorar a data, que incluem inaugurações de creches e escolas, além de parte das obras no Centro de Bacaxá. O Grupo Sorri-
so Maroto faz show no dia 7, véspera do feriado municipal. Também é destaque na programação o Canta Saquarema, evento gospel que reunirá nomes como Ronaldo Santos, Grupo Kainón e Shirley Carvalhaes. Confira a programação completa na página 6.
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nº 230 - maio de 2015
MÚSICA
A afrodescendência da canção das Américas Marcio Paschoal escritor, autor da biografia de João do Vale.
O timbre grave na voz do cantor Maurício Luz é a marca registrada neste CD “Ritos e Ritmos”. Já faz tempo que um grupo vocal se sobressaiu no cenário nacional explorando esse registro de baixo, os Cantores de Ébano. De lá para cá, outras vozes de barítono fizeram a alegria dos ouvintes, coincidentemente negros, como Nat King Cole, Paul Robeson, entre outros. Tentando fugir desse aparente clichê, o carioca Maurício Luz, enveredou pelo canto lírico. Formado pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estreou como solista na ópera Porgy and Bess, no Municipal. Outros trabalhos vieram, com destaque para Carmen de Bizet (no papel de Zuniga) e na clássica de Mozart, Bodas de Fígaro (como Bartolo). Maurício, aproveitando o timbre, também empresta sua voz em dublagens de vários desenhos e filmes, notadamente da Dreamworks e estúdios Disney (O Rei Leão, A Bela e a Fera etc). O repertório do CD é calcado nas sad songs dos tempos da escravidão, quando os lamentos ritmados em forma de canções ganhavam as lavouras do sul dos Estados Unidos escravocrata. Nesse caso vicejava o cristianismo como moldura para a cultura africana, numa espécie de colonização cultural. Um dos melhores exemplos é a canção que abre o disco “Go Dowm Moses”, a tradicional “Let my people go”. Excelente interpretação. Mais triste e com caráter lenitivo, outro marco desse cancioneiro americano, a “Ain’t got time to die” (Senhor, estou ocupado louvando meu Jesus/ não há tempo para morrer/ porque a doença se vai quando
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O CD de Maurício Luz é baseado nas sad songs do período da escravidão
estou a louvar Jesus/ não há tempo para morrer”). A ótima “I want Jesus to walk with me” inspirou a quase herética, a stoniana de Exile on Main St, em “I don’t want to talk about Jesus, Just wanna see his face”. O rio Jordão, devido à cristianização, também é fortemente evocado, como na bela “Deep River” (Rio profundo, meu lar está no Jordão...). O rio em que Baptista batizou Jesus serve como abrigo espiritual, a terra prometida onde tudo é paz. Depois da série dos spirituals, Maurício, acompanhado do piano (Eduardo Henrique) e contrabaixo acústico (Ricardo Cândido), envereda pelas canções brasileiras. O ritmo é marcado pela riqueza em atabaques e outros elementos percussivos a cargo de Paulo Bogado e Eliseu Costa. Algumas faixas com mais acerto que outras. Os mestres Hekel Tavares e Waldemar Henrique foram os escolhidos. “Funeral de um rei nagô”, “Hei de seguir os teus passos” e “Perdão Abaluiaê” sobressaem. Maurício já tem estrada, principalmente na esfera operística. Sua gravação do Réquiem (Padre Maurício) ganhou o elogio e o respeito dos críticos, e o poema sinfônico de Antonio Carlos Gomes “Colombo” levou-o ao Prêmio Sharp (1999). “Ritos e Ritmos” mostra a influência inegável da cultura africana na América e traz luz (sem trocadilho) ao talento desse excelente operário do canto.
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Camilo de Lélis M. Mota Terapeuta Holístico, CRT 42617
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POLÍTICA Animais abandonados são uma das preocupações do vereador Amigo Walmir Desde a aprovação em Araruama da Lei numero 1.686 de 2012, que institui o Código Municipal de Defesa e Bem Estar Animal, iniciativas vem sendo tomadas para que ela venha a ser implementada e os direitos dos animais sejam preservados. Dentro dessa iniciativa o vereador Amigo Walmir já aprovou duas leis referentes ao assunto. A Lei de número 1.781, de sete de outubro de 2013, institui a política de estímulo a adoção de animais domésticos em Araruama. Segundo a lei, poderão ser disponibilizados espaços
nos parques e praças para a realização de feiras e campanhas de estímulo à adoção e guarda responsável. O Executivo poderá também promover palestras que visem à conscientização da população com relação ao
tratamento que deve ser dispensado aos animais, bem como sobre temas voltados à transmissão, epidemiologia, patogenia, controle e prevenção de doenças. A investigação e controle de foco do vetor do mosquito palha e o controle populacional de cães e gatos através da esterilização também são assuntos abordados na referida Lei. Inserido no mesmo contexto ficou estipulado que o Dia Municipal de Proteção aos Animais deve ser comemorado no dia 4 de outubro. A Lei de número 1.709,
de 22 de março de 2013 dispõe sobre a obrigatoriedade da fixação de placas em pet shops, veterinárias, banho e tosa e estabelecimentos que comercializem produtos, medicamentos e alimentos para animais, chamando a atenção para o fato de maus tratos e animais ser crime. Nessa segunda Lei o vereador Amigo Walmir se baseou na Lei Federal de número 9.605/98, onde o artigo 32 enfatiza: “É crime praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.”
CRÔNICA
A Queda de Anteu e a Força de Júlio César “Quanto Mais eu caio ao chão mais forte eu fico.” Jorge Costa Escritor, publica o blog O Rescator, mora em Araruama-RJ. Aqui em Araruama tem um rapaz chamado Júlio César. Ele é um rapaz muito legal, vende doces deliciosos e algumas empadinhas igualmente saborosas... Eu estava sentado em um banco da Praça João Hélio no escuro esperando começar uma reunião na Biblioteca e lá veio o Júlio César com suas caixas de doces coloridos... Ele sempre aperta minha mão e de uns tempos pra cá ele me faz perguntas diversas. Ele é um leitor ávido por respostas, lê coisas super complicadas e enquanto me oferece doces irresistíveis — daqueles que dá vontade de comprar só pela beleza — me faz perguntas igualmente cabeludas e de irresistível resposta... Ele me perguntou se a
frase “quanto mais eu caio mais me fortaleço” tem alguma coisa a ver com Mitologia Grega. E eu disse que sim, que era a história mítica de Anteu, filho de Gaia, deusa regente da terra (no sentido de solo, chão), e Poseidon, o deus regente do mar. Anteu era muito forte e bom de luta. Ele chamava ou provocava todos os passantes para brigar com ele e sempre vencia e com os ossos dos derrotados queria construir um templo para seu pai Poseidon. De certa forma, olhando por uma ótica mais moderna, Anteu era um valentão. Vez por outra ele encontrava um adversário mais forte que ele e melhor de luta e mesmo assim ele invariavelmente vencia. O que acontecia era o seguinte: ele extraía a sua força da terra que era regida por sua mãe. Então, cada vez que algum adversário o jogava ao chão, ele ficava mais forte, e este era o truque de Anteu: quanto mais ele caía, mais forte ficava. Bom, um dia ele lutou contra o herói Hércules
que sabendo de seu ponto fraco que ao mesmo tempo era seu ponto forte, ergueu Anteu ao ar e o asfixiou sem deixar que ele encostasse no chão. Anteu morreu, mas deixou um legado às avessas muito interessante que chegou ao conhecimento
do nosso doce vendedor de doces Júlio César, que andando pelo chão de Araruama cada vez fica mais forte e me encanta com sua doçura, seus doces, suas empadas e sua vontade de saber cada vez mais sobre o ser humano e sua alma.
DIREITOS HUMANOS
Educadora bahá’í presa no Irã recebe prêmio de direitos humanos
Em março desse ano, a educadora iraniana Faran Hesami recebeu o RAHA Human Rights Award, prêmio oferecido pela ONG austríaca Südwind para os que trabalham pela proteção dos direitos humanos no Irã. Faran Hesami (39) é psicóloga e professora no Instituto Bahá’í de Educação Superior (BIHE).Em 2011 ela foi sentenciada a quatro anos de prisão e cumpre a pena na ala feminina da prisão de Evin. A justificativa para a condenação é que seu mestrado é ilegal e, portanto, seu trabalho também é ilegal. Hesami graduou-se em Psicologia no BIHE e
completou o mestrado na mesma área naUniversidade de Carleton (Canadá). Depois de retornar ao Irã ela iniciou sua colaboração
com a comunidade local e complementou suas atividades com traduções, produção de artigos educacionais e de capacitação. Além
disso, ela escreveu quatro livros, sendo que dois foram reimpressos enquanto a autora estava na prisão. Os pais e a irmã de Hesami também foram presos no início da década de 1980. Com nove anos, a psicóloga testemunhou a invasão de sua casa pelas forças de segurança e a prisão dos familiares. O marido de Hesami, Kamran Rahimian, também formado pela Universidade Carleton, está na prisão de Rajai Shahr, acusado de colaboração com o BIHE. Atualmente, o filho pequeno do casal está aos cuidados da avó paterna.
EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.
Rua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/ jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.
Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
nº 230 - maio de 2015
Fórum discutirá Psicanálise Transpessoal e terapias holísticas Acontece nos dia 19 e 20 de junho de 2015 o I Fórum de Psicanálise Transpessoal e Ciências Holísticas da Região dos Lagos, com o tema central “Um novo paradigma para a compreensão do ser humano”. O evento é uma realização do Elaboração Terapias e Cursos, com a chancela da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal, e será realizado no município de Araruama-RJ, no auditório da Universidade Cândido Mendes.O evento é destinado aos profissionais da área de saúde, estudantes e demais pessoas interessadas no desenvolvimento humano. A taxa é de inscrição é de R$ 80 sendo de R$ 50 para estudantes universitários. Com palestrantes convidados de São Paulo, Salvador, Saquarema e Araruama, a proposta visa apresentar novos conceitos teóricos e práticos para a compreensão do ser humano, além de estratégias terapêuticas e educacionais capazes
de conduzi-lo a uma vida mais saudável e feliz. Com o surgimento do chamado “paradigma emergente”, a partir da primeira metade do século XX, fruto da falência dos critérios positivistas de aferição da realidade, que foram fortemente abalados pela Física Quântica e seu princípio de incerteza, fontes oriundas da observação, da intuição, das canalizações sensitivas, das experiências com a paranormalidade vêm trazendo uma grande contribuição para a expansão do saber humano em suas mais diversas facetas. O fórum irá tratar de psicanálise, espiritualidade, terapias energéticas, educação, estruturação psíquica, com a abertura que os novos tempos exigem, sem preconceitos, mas aberto a todas as expressões do conhecimento humano. As inscrições e mais informações podem ser obtidas através do site www. abpt.com.br/forum2015. Confira ao lado os temas e os palestrantes.
Palestra: Florais de Bach: Prática Clínica e Experimental Martha Mendes Pedagoga, psicanalista, pós graduada em psicossomática e psicobiosfísica, especialista em Florais de Bach e TVP, pesquisadora , escritora, autora da Psicobiosofia® , Diretora do Harmonia Cursos e Terapias Complementares e Presidente da EARTh do Brasil (EuropeanAssociation for RegressionTherapy,
in Brazil Seminário: Engenharia Consciencial: Física Quântica e Novos Conceitos da Realidade Ivan Bruno Guerra Pereira Engenheiro Elétrico, pós graduado pela FATEC, diretor do Projeto Sistemas de Energia Inteligente, em Goiás, autor do seminário “Engenharia Consciencial” apresentado em diversos estados do Brasil e em Portugal.
Palestra: Psicanálise e terapias alternativas no tratamento das dependências químicas Fabio Couto Psicanalista, Bacharel em Teologia, massoterapeuta, auriculoterapeuta, professor de anatomia e fisiologia aplicada à psicanálise na Sociedade Brasileira de Psicanálise Reflexológica. Palestra: Um novo paradigma para a compreensão do ser hu-
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mano João Carvalho Neto Psicanalista, Psicopedagogo, Terapeuta Floral, Terapeuta Regressivo, Mestre em Psicanálise, autor da tese “Fatores que influenciam a aprendizagem antes da concepção”, autor da tese “Estruturação palingenésica das neuroses”, autor do Modelo Teórico para Psicanálise Transpessoal, autor dos livros “Psicanálise da alma” e “Casos de um divã transpessoal”. Presidente da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal.
Palestra: Construindo o diálogo entre ciência e espiritualidade Camilo de Lélis Mendonça Mota Psicoterapeuta Holístico, Psicanalista Integrativo, Reiki Master, Terapeuta Floral, faz atendimento em Saquarema-RJ e Araruama-RJ. Autor do livro Para Viver a Sinceridade. É diretor e fundador da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal
POLÍTICA
Mortandande de peixes na lagoa de Araruama é tema de audiência pública na Alerj A Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) visitará os seis municípios da Região dos Lagos que estão sendo afetados com a mortandade de peixes na Lagoa de Araruama. O anúncio foi feito pela presidente da comissão, deputada Marcia Jeovani (PR), em audiência pública realizada no dia 14 de abril. “Vamos ouvir gestores e sociedade civil. É um problema muito sério, já que a nossa lagoa não
é apenas atração turística, mas também fonte de renda para muitas famílias da região e os nossos pescadores sobrevivem dali. A falta de oxigenação da Lagoa é um dos principais problemas e a dragagem do Canal de Itajuru é fundamental”, afirmou a deputada Marcia Jeovani. Durante a audiência, o prefeito de Araruama se solidarizou com os pescadores e também defendeu o balizamento da Lagoa, para possibilitar a navegação turística de São Pedro da Aldeia até Araruama.
SAÚDE Campanha de vacinação contra influenza acontece de 4 a 22 de maio Começa no próximo dia 4 a 17ª Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza, coordenada pelo Ministério da Saúde. A Secretaria Municipal de Saúde de Araruama oferecerá a vacina em todos os postos de saúde e no CIMI. No dia “D”, 9 de maio, também haverá atendimento na Secretaria da Terceira Idade. A vacina contra influenza é destinada a indivíduos com mais de 60 anos, trabalhadores da área de saúde, povos indígenas, crianças de seis meses a menores de 5 anos, gestantes, puér-
peras (até 45 dias após o parto), grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. A meta para o município é de vacinar 80 por cento do público alvo, que poderá se dirigir aos postos de vacinação até o dia 22 de maio. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar a complicações graves e óbito, especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção.
Camilo Mota
O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, representou o poder Executivo dos municípios do entorno da lagoa
“O encontro foi uma ótima oportunidade de participação de pescadores, socie-
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Marcia Jeovani também apresentou na Alerj dois projetos importantes que afetarão positivamente os municípios banhados pela lagoa. Um deles autoriza o governo estadual a criar os frigoríficos pesqueiros. O outro permite o reuso de água não potável, que vai evitar que a água tratada nas estações de tratamento não sejam despejadas na lagoa, mas possam ter outros destinos, como a indústria, a agricultura e até mesmo para lavar ruas.
POLÍTICA
Prefeitos buscam apoio em Brasília para superar perda dos royalties do petróleo A recente perda de receita proveniente dos royalties do petróleo está provocando a mobilização de prefeitos de todo o Estado do Rio para enfrentar a crise. Chefes do Executivo de municípios da Região dos Lagos e do Norte e Noroeste Fluminense estiveram em Brasília no início de abril em busca de apoio e solução em reuniões com o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, e com o senador Marcelo Crivella. O prefeito de Araruama, Miguel Jeovani, participou do encontro e destacou a importância a união dos dirigentes municipais na busca de soluções.
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dade civil e representantes do Consórcio Lagos de São João, concessionárias, FI-
PERJ e Governo do Estado. Entre os temas abordados, destaco o reuso da água que é tratada nas ETEs, como forma de minimizar o impacto ambiental na lagoa. Em Araruama, já estamos utilizando essa água para lavar as ruas”, disse. Segundo a parlamentar, as primeiras cidades a receberem a visita da comissão serão São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo. Os outros municípios a serem visitados são: Saquarema, Araruama, Iguaba Grande e Cabo Frio.
Camilo Mota
Prefeitos se reuniram com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
“A situação de crise é bastante grave em alguns municípios que tiveram metade de seu orçamento anual comprometida. O encontro em Brasília foi significativo pelo movimento de união dos prefeitos para buscar uma solução concreta que evite a insolvência e a instalação ENTREGA GRÁTIS EM DOMICÍLIO
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de um caos administrativo e social a curto prazo”, destacou. No encontro com Eduardo Cunha, os prefeitos discutiram questões relativas ao Fundo de Participação dos Municípios e a Lei de Responsabilidade Fiscal. O presidente da Câmara sugeriu um debate amplo so-
bre essas questões envolvendo todo o Legislativo e o Executivo para que haja alguma flexibilização e melhoria a partir de 2016. Em reunião com o senador Marcelo Crivella foi reforçado o pedido para que os municípios consigam a antecipação dos royalties para superarem a crise atual. O senador acenou positivamente para a aprovação de resolução no Senado que permita a contração de empréstimo, com diluição do endividamento a longo prazo. O tema da reunião também ficou de ser levado por Crivella ao conhecimento da presidenta Dilma Roussef.
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4 SOCIEDADE Dinovaldo Gilioli Poeta, autor do livro Cem p o e m a s (Editora da UFSC), entre outros Na mitologia, sereias são criaturas metade peixe, metade mulher. Inebriados por seu canto, marinheiros lançam-se às águas e, como diz a canção, “vão com elas pro fundo do mar”. Mais do que nunca, o mito é oportuno nos dias de hoje, em que tantos são seduzidos pelo canto da sereia. Aventurar-se faz parte da vida, assim como sucumbir ao canto da sereia também, pois o que está no inconsciente da humanidade está em nós. O que fica de lição, numa leitura psicológica do mito das sereias, é que a vida está para ser vivida o mais inteiramente possível, e
CRÔNICA
Gerson Valle Escritor, membro da Academia Petropolitana de Letras O artista plural Antônio Nóbrega, na linha de Mário de Andrade, Guerra Peixe e Ariano Suassuna, costuma dizer sobre nossa música, que as raízes portuguesas, mouras e negroafricanas possibilitaram a aparição de um ritmo tendentemente sincopado, criando um gingado próprio na dança. Esta, talvez, a característica artística mais acentuada do Brasil. E esta, sobretudo, a nossa maior graça. Vejam-se outras manifestações musicais modernas, a partir do “rock”. Há uma batida igual e constante, dura, sem ginga nenhuma, apenas a afirmativa barulhenta e repetitiva, as mais das vezes, inclusive, sem grande variedade de percursos melódicos, e com uma harmonia simplista. Não quero com isto sobrepor patriotadas nem desfazer do que não seja nacional. Mesmo porque não só o “rock” como outras modalidades da música contemporânea nem sempre seguem tal simplificação genérica. Mas, isto serve como um parâmetro para a colocação de nossas singularidades. E para a questão: por que, diante de nossas riquezas variadas, temos a mania de querer macaquear até a “sengracice” de outras plagas? São modalidades impostas pelo capital, formadoras de gostos tiranicamente? Imposições econômico-culturais? Essas indagações me vieram a propósito de um comercial que assisti na televisão. Vou historiar: Quando me mudei para Petrópolis, conheci o hino da cidade de autoria de Geraldo Ventura Dias. Foi um espanto agradável.
nº 230 - maio de 2015
O capitalismo e o canto da sereia isso pressupõe naufrágios e um enorme esforço para chegarmos inteiros a praia, nos adverte Vera Souza Dantas em seu artigo Olhai o canto da sereia! O que tem a ver essa personagem da mitologia com o sistema capitalista, com o tal mundo globalizado, onde dizem que as fronteiras se dissiparam no ar? No seu mais fino estágio de sedução e no auge de mais uma de suas profundas crises, o capitalismo tem buscado envolver os trabalhadores na tentativa de escamotear as suas contradições, de amenizar conflitos, de confundir a cabeça desses trabalhadores e de (re)definir o papel de suas entidades de classe (sindicatos). Não é à toa, que vez ou outra, (e quase sempre), escutamos as famosas frases de efeito: o sindicalismo precisa se modernizar, mudar as suas formas de atuação, de luta, afinal o mundo
mudou. Veja só, não somos mais chamados pelos patrões de trabalhadores. Agora, somos todos colaboradores - simpático, não? De forma explícita ou velada, vão imprimindo no inconsciente de cada um de nós “novos” conceitos que visam adoçar a
nossa relação com o sistema - que alguns acreditam que pode ser democratizado, humanizado. E você, como trabalhador, como vendedor da força de trabalho que é mais, ou menos explorado, (mas sempre explorado) pelo capitalismo, acredita nisso? Você acredita que é
possível democratizar um sistema que só sobrevive pela imposição autoritária e violenta de suas regras? Você acredita que é possível humanizar um sistema que só sobrevive porque exclui no mundo dois terços de seres humanos a uma vida digna? Entre o mundo real e o apregoado
pelos detentores do poder, do capital, há um profundo e mal cheiroso abismo que, usando de seus mais criativos e perfumados disfarces, o sistema tenta esconder: o que é, não é o que parece ser. É inegável, o capitalismo tem seus encantos: dinheiro, poder, propriedades, prestígio. Mas nunca podemos esquecer, como trabalhadores que somos, que isto é para poucos. E um sistema voltado para manter a ganância e opulência de alguns privilegiados, deve ser permanentemente repudiado e combatido pelos trabalhadores, suas entidades de classe e por todos que tem como perspectiva uma sociedade socialmente justa e feliz. Não se deixe enganar, a luta de classes não acabou: capitalista é capitalista, trabalhador é trabalhador. Cuidado com o canto da sereia!
A REPRESENTATIVIDADE DOS NOSSOS HINOS Apesar da marcialidade de qualquer outro hino, o daqui possui umas “quebrinhas” rítmicas de marcha rancho. Um hino com leve gingado! Ora, que outra finalidade musical teriam os hinos senão representarem as terras que exaltam? Senti ser um hino representativo de terras brasileiras! Outro dia, no entanto, assisto na televisão um comercial, onde aparecem imagens turísticas da cidade, e isto, felizmente, não podem mudar. Mas o ritmo e o arranjo do hino não só mudam, como descaracterizam seu gingado, levando-o para sequências tendentes à uniformização dos gostos importados!!! Como é possível tanta insensibilidade? A chave de ouro, “Quem pensa que é feliz em outra terra / é porque / ainda não viveu aqui”, perde seu ritmo da passagem de um decassílabo para a “quebradinha” do “é porque” sem a elisão (e com a leve parada) para o “ainda não viveu aqui”. O ritmo está inerente no verso, no sentido, na cidade brasileira! E, no entanto tentaram mudá-lo como de propósito para diminuir nossa personalidade! Esta chave de ouro exaltante me lembra uma outra manifestação de orgulho do “Inno à Roma” (de 1919) com música do grande Giacomo Puccini: “Tu non vedrai nessuna cosa al mondo / maggior di Roma”. Tais versos, aliás, foram tomados do clássico poema “Carmen Saeculare”, de Horácio. É importante salientar que esta exaltação patriótica é anterior à marcha à Roma, que encheu de poderes Mussolini, e ninguém pode afirmar se Puccini vivesse mais tempo iria aderir ao fascismo. A mim, me parece que não, tal como seu amigo Toscanini não aderiu, indo viver nos Estados Unidos. E isto porque, nos dois últimos anos
de vida, enquanto cresce a fama de Mussolini, Puccini encontra-se às voltas com a dificuldade em musicar exatamente o triunfo do amor sobre a tirania, que é o dueto final de Turandot, deixando-a inconclusa quando morre de câncer em 1924. Por que o compositor do eterno lirismo da Bohème, se interessou em escrever um peça tão marcial como o “Inno à Roma”? Para começar não era um fato novo. Em Gianni Schichi há também um exaltado hino pela Florença renascentista, dando vivas à ascensão da burguesia (“la gente nuova”). Hinos de amor aparecem sempre em suas óperas. O que desejo expressar aqui é que cada hino tem sua forma de ser representativa de um lugar ou situação, razão a mais de se elogiar o “gingado” no Hino de Petrópolis. Mas, para concluir o caso do “Inno à Roma”, Mussolini o adotou e chegou até a ser conhecido como o “Inno del Duce” e foi gravado pelo tenor Beniamino Gigli, que gravou também a famosa “Giovinezza”. Aí também, apesar de exaltar o fascismo, a beleza da juventude e a espontaneidade italiana estão presentes. Mal ou bem é representativo do povo, mesmo que a representação seja mal empregada pelo regime tirano. Há hinos muito representativos das alegrias juvenis alemães mesmo no tempo nazista. Sobre o tenor Gigli, é curioso lembrar que quando respondeu a um processo como colaboracionista de Mussolini, defendeu-se cantando a ária de “Andrea Chénier” de Giordano: “Si, fui soldato”, e foi absolvido por representar pelo canto uma realidade nacional que transcende as políticas! Muitos italianos reconhecem seu vigor próprio no “Inno à Roma” e desejariam que fosse o Hino Italiano. Mas este tem a letra
de um jovem, Mameli, que morreu (em 1849) lutando pela unificação da Itália. Outros lá gostariam que o hino fosse o “Va pensiero” do Nabuco de Verdi (1842), que também foi importante no período de unificação italiana. Porém, como diz o maestro Riccardo Mutti, tal peça descreve os hebreus no cativeiro da Babilônia. Apesar da beleza e humanismo extremos do referido coro, não representa um país livre. Verdi, aliás, escreveu muitos coros patrióticos e muitas marchas, alguns também achando que a Marcha Triunfal de Aida (1872) devesse ser o hino da Itália. Ora, é uma peça cênica que procura simular uma marcha do Antigo Egito. Não seria representativa da Itália! De qualquer forma, Verdi subscreve o “Inno di Mameli” citando-o numa cantata de 1859 (“Inno delle Nazioni”), quando nem existia a Itália como estado. Na mesma cantata representa a França com a “Marseillaise”, que na época não era o hino oficial francês. Mas que representação maior do orgulho libertário francês? E a Inglaterra, evidentemente, com a lenta ponderação do “God save the Queen”. Serenamente equilibrado é também o hino que o “pai” de todo o classicismo (Mozart, Beethoven, Schubert, etc.), Joseph Haydn, escreveu em 1797 para homenagear o imperador da Áustria (pai de nossa imperatriz Leopoldina), e que se tornou no Hino da Áustria. Tão nobre que um alemão, von Fallersleben, resolveu “alemanizar “ a letra em 1841, começando com a exaltação “Alemanha, acima de tudo”! Logo popularizou-se como sendo a “Canção da Alemanha”, tanto que, quando termina o Império Austro-Húngaro ao fim da primeira guerra mundial, o governo de Weimar resolve torná-lo no Hino da
Alemanha, que continuou sendo durante o nazismo, e, tão linda melodia do clássico dos clássicos perdurou na Alemanha Ocidental e na atual unificada! Os horrores nazistas não foram suficientes para destruir a beleza da melodia de Haydn, e o hino representa (naturalmente sem a letra da patriotada agressiva da primeira parte) a musicalidade universal do povo germânico (austríaco e alemão). A França produziu os dois hinos de maior fervor revolucionário, a “Marseillaise” e a “Internacional”. Esta, de autoria de Pierre Geyter e de Eugène Pottier (que participou da Comuna de Paris), foi lançada em 1896 no Congresso do Partido Operário Francês, logo contagiando com sua vibrante melodia representativa da letra de lutas contra a burguesia e pela supremacia das classes trabalhadoras, todos os socialistas, inclusive anarquistas e comunistas. Chegou a ser o Hino da União Soviética e aparece sempre em toda manifestação de esquerda mais radical. Independentemente de todos os crimes de Stálin sob a sombra deste hino, ele sobressai fortes tendências contra a desigualdade e injustiça. A música, os hinos, sempre representando, quando autênticos, uma forma de ser significativa para o lugar e a ocasião onde se inserem, como acho que o gingado do hino de Petrópolis toca a população a que se destina. Mas, por que Ancelmo Góes, em sua coluna de “O Globo”, que sempre critica expressões estrangeiras inseridas no nosso vernáculo como sendo “o cacete”, não escreve também que “Rock in Rio” é o cacete? Por causa da linha do jornal, que incentiva esse mega evento, com a violência de suas batidas, em letras usualmente anti-
-sentimentais, em cantores fantasiados de horrores como que voltados às drogas e desrespeito às alteridades, numa constante alusão à competição que dá razão a quem saca a arma primeiro como sendo a grande manifestação cultural de nosso tempo, abarcando globalmente o mundo todo, inclusive o Brasil? É verdade que temos sido comercialmente induzidos a tal temperamento de agressão (e até língua de gringo como se fosse a nossa). Te juro que na minha infância, mesmo com toda pobreza, analfabetismo, ignorância, havia muito mais cordialidade em todos. Os sambas dos morros não agrediam com a imoralidade e violência dos bailes “funk”! Que nenhum idiota venha dizer que em todo tempo os velhos sentiram saudades da juventude, achando que tudo esteja piorando. Estude História! Toda civilização tem sua ascensão, plenitude e decadência. O Império Norteamericano, com tanta analogia com o antigo Império Romano (Como demonstrou Raymond Aron) passa e nos leva à sua grande decadência. Igual ou pior que os romanos, malgrado os avanços tecnológicos. Por que não ensinamos ao mundo, mesmo com a péssima herança da escravidão, a convivência entre os contrários, que fazia com que nossas avós negras estupradas não viessem a se vingar dos avôs brancos estupradores, na certeza de que as novas gerações trazem um pouco de cada parte, e assim se juntam na miscigenação “gingada” renovadora da nação!? Por que uma parte de si lutará contra a outra parte de si mesma? Um grande empresário será o que instituir o mega evento “MPB EM NOVA IORQUE”, que pode trazer reconciliação e alegria de vida a todo o mundo!!!
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nº 230 - maio de 2015
POEMAS ESCOVANDO OS DENTES E O SORRISO COM ÁCIDO SULFÚRICO Matheus José Mineiro com uma teimosia incubada a 58 graus me liquidifico , mix desprovido de inquietação. contrario a obturações feitas a base de argamassa . este urro da metrópole não é extensão da nossa pulsação . por isto amigo & amiga estejam debaixo da minha língua, amargo tal um doce ácido lisérgico. ser aluzcinação grudada nas minhas pupilas. magnetita que brota na costela da minha montanha. opala de fogo formada no dorso. a gente é para ser galho de fogueira na serra do órgãos [e no freezer dos dias. aquelas engrenagens na constelação da máquina pneumática são lavadas com enxofre e zinco refinado e graxa e ainda assim sulfuricamente
MULHER
PARECE MAS NÃO É (Sansara)
Carmen Felicetti
Geraldo Chacón
Tu te abriste como uma flor Ao pai E geraste o filho Na paz do Espírito Santo. E desde então Tua vida foi pura doação Ao pai, ao filho e ao Espírito Santo. Explodiste em versos Criaste um mundo Superaste teus limites, Mas continuaste Renunciando a ti Pelo pai, pelo filho e pelo Espírito Santo. Lutaste pela igualdade Fincaste tua bandeira Pisaste firme o chão, Mas não cessaste de doar-te Ao pai, ao filho e ao Espírito Santo. Plantaste o grão Colheste o trigo Amassaste o pão Mas para sempre Há de negar-te Em nome do Pai Do Filho E do Espírito Santo!
Parece que tudo passa porque vês o imanente, mas tudo fica eterno se miras o transcendente. O fogo que na tarde arde será cinza no outro dia, mas seu calor aquece a terra que sem ele seria fria. Geraldo Chacón é professor, palestrante, escritor e ator, reside em Araruama-RJ.
ENCANTAMENTO Luiz Otávio Oliani no balde de juçaras o homem busca a água de que precisa no terreno seco procura o vento
Carmen Felicetti reside em Petrópolis-RJ, é membro titular da Academia Brasileira de Poesia.
gargalham .
Luiz Otávio Oliani é autor de “A eternidade dos dias” (Multifoco, 2012)
aqui na Terra mandíbula e maxilar fazem de tudo para se contorcerem mais para o verbo sorrir do que para o verbo chorar.
MOVIMENTO DAS ÁGUAS
Sentir ânimo, é água de pia escorrendo no rosto pela manhã [escura do Mundo.
Camilo Mota Criança em beira de rio faz voar pedras e torna as águas sólidas : em instantes ondula o tempo. Pés descalços fazem entender a palavra seixo. — É o vento, menino, que faz a folha mover. Pensa que árvore não anda? É que ela se move noutra direção.
Matheus José Mineiro, radicado na Serras dos Órgãos (RJ), é poeta, autor do livro A Cachoeira do Poema na Fazenda do Seu Astral.
A PELE Leandro Garcia Rodrigues
Camilo Mota é poeta, editor do Jornal Poiésis, psicanalista e membro da Academia Brasileira de Poesia.
A pele que habito não é minha. Trata-se de uma substância que envolve o mais íntimo da minha história. Porém, minha história se mostrou ficção, representação, encenação, texto. A pele que cismo em habitar chegou sem que eu a quisesse, e pousou muda sobre a minha quietude, sobre o meu silêncio, sobre a minha incapacidade de comunicar-me honestamente. A pele que ainda habito vai acabar, assim como também acabará a minha capacidade de amar, de esperar, de crer, de tentar ser. Porque esta pele miserável, fruto de tua vontade preconceituosa que eu fosse o seu personagem, esta pele já cheira mal e precisa morrer.
O POETA VOLTA AO RECIFE Iacyr Anderson Freitas A tarde continua como na infância, linda, dançando em plena rua um frevo vivo ainda. O resto está perdido. Nada aguarda esta vinda. Nem o lume ou vagido de uma cidade finda. Iacyr Anderson Freitas mora em Juiz de Fora-MG, é autor de “Viavária” (2010), de onde extraímos o poema acima.
Leandro Garcia Rodrigues é poeta, doutor e pós-doutor em Estudos Literários pela PUC-Rio, autor de “Alceu Amoroso Lima: cultura, religião e vida literária”, entre outros.
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nº 230 - maio de 2015
Em Foco com Regina Mota
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Cultura - A Oficina de Marketing Cultural e Mobilização de Recursos, em parceria entre as Secretarias de Cultura de Araruama e a de Estado, através do Rio Criativo, aconteceu na Casa de Cultura de Araruama, onde reuniu pessoas ligados à cultura de Saquarema, Cabo Frio e outras cidades vizinhas.
No dia 8 de maio, sextafeira, Saquarema completará 174 anos de emancipação político-administrativa. Para comemorar, a Prefeitura preparou uma programação especial com inaugurações, evento gospel, mostra de carros antigos e show com a banda Sorriso Maroto.
Sempre presentes - O secretário de Administração de Araruama, Roberto Quintanilha e sua esposa, Ana Lucia, estão sempre presentes nos eventos realizados no município. A simpatia e a maneira de tratar os que os cercam é o que os tornam mais queridos ainda.
1/5 - 17 às 20 hs – Festa do Trabalhador – Basiléa – Sampaio Corrêa (em frente ao campo de grama sintética). 1 a 3/5 - 8 às 17 hs – VII Mostra de Carros Antigos de Saquarema – Praça do Coração – Centro – Saquarema 4/5 – 18h – Inauguração das obras de reforma e ampliação do Posto de Saúde Municipal Felinto Antunes de Mattos – Rio Mole – Estrada de Rio Mole, ao lado da Escola Municipal Maria Luiz de Amorim Mendonça. 4/5 - 19 à 01 h – Canta Saquarema – Terminal Rodoviário de Bacaxá. Shows
Festa de São Jorge - O vereador Amigo Walmir realizou uma belíssima festa em homenagem a São Jorge no dia 23 de abril. O Marouche, ao lado da Lagoa de Araruama, ficou completamente lotado por populares, autoridades e amigos que se reuniram para festejar e brindarem louvor ao santo guerreiro.
Que seja sempre próspera, Saquarema, terra de gente feliz!
São os votos da JCEL Empréstimo Rua Domingos Fonseca, 5 - Bacaxá Tel. 2031-1392 / 2653-4544
Parabéns, Saquarema, pelos 174 anos!
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Saquarema é uma pintura da natureza. Que neste aniversário sua população comemore a bênção de viver num lugar de ser feliz. Camilo e Regina Mota Jornal Poiésis
Parabéns, Saquarema, pelos 174 anos de emancipação política! Prosperidade e paz para essa cidade tão amada e para todos os seus moradores. São os votos de Bruno e Renata Pinheiro
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Saquarema faz 174 anos com inaugurações e show do Sorriso Maroto
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Programação:
com: Ronaldo Santos, Grupo Kainón e Shirley Carvalhaes. 5/5 – 20h – Inauguração de trecho de obras de reurbanização da Rua Professor Souza – Bacaxá. 6/6 – 8h – Café da Manhã do Idoso – Praça do Bem Estar – Saquarema. 6/6 – 20h – Inauguração da Creche Municipal Maria Catharino Gonzaga – Sampaio Corrêa – Pólo Industrial – Rodovia Amaral Peixoto. 7/5 – 6h – Aniversário do Café da Amanhã do Trabalhador – Av.Saquarema, 5.123 – Ao lado da Secretaria de Desenvolvimento
Social. 7/5 – 17h – Inauguração das Obras de Reforma e Ampliação da Escola Municipal Edilson Vignoli Marins – Rio de Areia – Estrada Latino Melo. 7/5 – 22h – Show com a banda Sorriso Maroto – Praça do Coração – Centro – Saquarema. 8/5 – 10h – Missa solene em homenagem ao 174º Aniversário de Saquarema – Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazareth – Saquarema. 8/5 - 14 às 20h – Desfile cívico escolar – Praça do Coração – Saquarema.
Falta de livros didáticos em Saquarema é preocupação para o vereador Bruno Pinheiro O vereador Bruno Pinheiro (PRB), após ser abordado por vários pais de alunos da rede municipal de ensino de Saquarema, tanto pessoalmente como através de correios eletrônicos enviados ao seu gabinete, teve a iniciativa de fazer um requerimento à Secretaria Municipal de Educação questionando sobre a falta de livros didáticos. O requerimento à mesa diretora foi feita em março, de forma regimental, onde Bruno solicitou à prefeita Franciane Motta que envie um ofício à referida Secretaria solicitando esclarecimentos sobre a falta de livros. Segundo
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o requerimento, ele foi informado que algumas escolas receberam livros de diversas disciplinas em quantitativo inferior ao número necessário para atendimento à totalidade de alunos matriculados. O requerimento faz referência a alguns diretores que solicitaram, por várias
vezes, a complementação do número de livros didáticos, o que também foi feito pelos pais, sendo tais solicitações ficando sem serem atendidas. “A minha preocupação é que o ano letivo iniciou em fevereiro e até agora não temos resposta nenhuma e os alunos estão sendo prejudicados pela falta de material para estudar. Precisamos saber também quais as medidas emergenciais que estão sendo tomadas para solucionar o problema e qual o prazo estabelecido pela Secretaria Municipal de Educação para resolvê-lo definitivamente”, disse Bruno Pinheiro.
Daumas Academia recebe 12 premiações em São Paulo A Daumas Academia, de Itaúna, Saquarema, participou no dia 18 de abril do V Taboão Fest Dance, realizado em Santo Amaro, São Paulo, pela Escola de Ballet Sonia Almeida no Teatro UníItalo, antigo Paulo Autran, recebendo doze prêmios em várias modalidades. Foram vários meses de treinamento, que, segundo a diretora da academia, Rita Daumas, valeu à pena. “Eles foram preparados para serem contemplados e assim o fizeram”, disse ela. Os bailarinos encantaram o público presente e principalmente os jurados que, ao analisarem os requisitos inseridos nas normas do festival, condecoraram os jovens pela beleza e perfeição de seus movimentos. As coreografias vencedoras foram: João e
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Maria, ballet clássico, com Raphaela Lindgren e Tiago Tononi; Voando, contemporâneo, com Ariel Machareth, Brayen Catharino, Leiliane Figueiredo, Tiago Tononi, Ingrid Oliveira, Giovanna Liberato e Raphaela Lindgren; Corsário e Solitas, clássico repertório e contemporâneo, com Tiago Tononi; Mulher, contemporâneo, com Leiliane Figueiredo; Bodas de Aurora e Lamen-
to, clássico de repertório e contemporâneo, com Ingrid Oliveira; Somos, livre, com Brayan, Ingrid e Leiliane; Ave Maria, contemporâneo, com Brayan e Ingrid Oliveira; Opostos, contemporâneo, com Ariel, Tiago, Giovanna, Leiliane e Raphaela; Mary Poppins, clássico, com Giovanna e Raphaela; pela diversidade dos trabalhos a Daumas Academia também recebeu troféu.