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ANO 2 - Nº 7 - MAIO 2015
Informativo da frente de oposição do Cabo de Santo Agostinho
ANOANO 2 - Nº 2015 2 -08 Nº-7 JULHO - MAIO 2015
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PAZ
População do Cabo de Santo Agostinho vai às ruas, pede um basta à violência e um SIM à Mais de 7 mil pessoas tomaram as ruas da cidade na história caminhada de 8 de junho. Foi criado o “Fórum pela Paz”, que reúne representações de vários segmentos. Expectativa fica por conta de audiência com o governador Paulo Câmara. Saiba como começou esta história de mobilização, a partir do apelo de um cidadão que já não suporta tantas notícias de violência no Cabo. PÁGs. 2 e 3
A VERDADE DO CAOS NO CABO LULA CABRAL ENGANOU A POPULAÇÃO, APRESENTOU UM GESTOR DESPREPARADO E DEIXOU UM ROMBO DE R$ 97 MILHÕES A PROMESSA
A DECEPÇÃO
POPULAÇÃO AMARGA E PAGA CARO COM A SAÚDE NA UTI
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Caminhada pela Paz reúne m
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de junho de 2015. Um dia para ficar na história do Cabo de Santo Agostinho com a realização da Caminhada pela Paz. Pelos cálculos da Polícia Militar, mais de 7 mil pessoas decidiram se unir e dar às mãos como sinal de força e disposição para encarar um problema grave: a violência no município. O ato foi organizado pelo Centro das Mulheres do Cabo e entidades do comércio, com ampla representatividade de vários segmentos como os religiosos, entidades comunitárias e ongs. O evento conseguiu mobilizar, pela primeira vez, lideranças políticas, que deixaram suas diferenças de lado e se uniram ao grande coro da população que foi às ruas pedir paz e um basta a esse cenário degradante, que lamentavelmente põe o Cabo no topo do ranking em vários índices que medem e estudam os números da violência. “O que nos une aqui é a capacidade de dar as mãos, de lutar pela paz, de defender os mais jovens e os mais frágeis. Cabo de Santo Agostinho, cidade de paz e de vida”, disse o deputado federal Betinho Gomes, em breve discurso, junto com outros participantes. Números preocupantes - O Mapa da Violência 2015 aponta o Cabo como a 30ª cidade em todo o país e a primeira de Pernambuco onde mais se mata adolescentes, entre 16 e 17 anos. Outra pesquisa, posiciona a cidade em situação vexatória com o pior Índice de Vulnerabilidade Juvenil à
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O que nos une aqui é a capacidade de dar as mãos, de lutar pela paz, de defender os mais jovens e os mais frágeis. Cabo de Santo Agostinho, cidade de paz e de vida” - BETINHO GOMES
CENTRO DE PONTE DOS CARVALHOS Virou palco de tumulto. Moradores dizem que virou “terra de ninguém”
Multidão fez ecoar o grito do “basta” à violência e exige das autoridades urgentes providê
Violência e Desigualdade Racial/2014, sendo considerado o município mais violento para os jovens em nosso Estado e o 17° do Brasil. Depois da caminhada, foi instalado o Fórum Cabo Unido pela Paz, que já preparou documento a ser entregue ao governador do Estado, Paulo Câmara com uma série de demandas, dentre as quais, o aumento do efetivo de policiais militares e civis e nomeação urgente de uma delegada da Mulher. Esta reivindicação, por sinal, antes mesmo do encontro com chefe do executivo, já foi contemplada, com a indicação de uma nova delegada. Outras propostas foram elaboradas e aprovadas na intenção de que sejam implantadas e implementadas “políticas públicas mais efetivas e eficientes no enfrentamento à violência e garantia de segurança e bem-estar para toda população cabense”.
Pesquisas indicam índices elevados de violência contra a juventude
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multidão nas ruas do Cabo Um grito que veio do povo O morador da Charneca, Robson Santana, fez um apelo para que o deputado Betinho Gomes reunisse todos os políticos do Cabo
ências para melhorar a segurança na cidade
POVO LIVRE - Como surgiu a proposta de se fazer uma caminhada? ROBSON SANTANA - Na verdade, eu apenas transmiti para o o deputado federal Betinho Gomes a indignação e inquietação de grande parte da população, por conta da alavancada da violência em nossa cidade e por não aceitar a forma passiva como a sociedade cabense assistia aos episódios que passaram a ser recorrentes. Meu contato com o deputado foi por acreditar na sua capacidade de reunir/aglutinar as principais lideranças dos inúmeros segmento existentes na cidade para que, a partir daí, buscássemos alternativas. O passo foi dado, a população se juntou com as entidades, lideranças políticas, religiosas e o comércio, que entenderam e atenderam à convocação e retomaram às ruas na busca pela Paz. POVO LIVRE - Você agora participa do Fórum Cabo Unido pela Paz, que é resultado das articulações dos vários segmentos. Como vê essa mobilização da sociedade
Ato trouxe às ruas moradores de diversos bairros do Cabo
em prol de mais segurança? RS - Após a caminhada, de fato, foi criado este fórum, do qual recebi o convite para fazer parte dele, e que vem se encontrando regularmente para discutirmos os assuntos e buscarmos alternativas. Uma de nossas expectativas é a audiência com o governador Paulo Câmara para passarmos uma agenda que foi montada. Só o fato de a população ter retomado as ruas eu acho que valeu à pena e, que demos um passo enorme rumo à paz no Cabo de Santo Agostinho.
Betinho Gomes disse no seu discurso que a população cobra uma atitude dos políticos e que o ato surgiu a partir de uma cobrança de um cidadão (ver box acima)
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CAOS NO CABO ANO 2 - Nº 7 - MAIO 2015
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SAÚDE NA UTI
A
saúde do Cabo está de mal a pior ou como já se diz com frequência: a saúde da cidade “está na UTI”. Pelas redes sociais, os comentários da população se avolumam na lamentável constatação de que esse serviço sofre o mesmo descaso que foi a marca da gestão passada. Leitos sem funcionar, sem médicos, sem medicamentos, prédios dos PSF´s caindo aos pedaços, tomados pelo mofo, serviços desativados e muito humilhação até mesmo para se marcar uma consulta. “Tá difícil até mesmo adoecer nessa situação”, lamenta um morador do Torrinha, num perfil de rede social. Nojo se transformou na palavra que resume a situação caótica das unidades de saúde, como o postinho da Vila Roca e da Charnequinha. “A lista é grande e asseguro que todos os postos
Moradores, ao relento, fazem fila desde à madrugada para pegar ficha e marcar consulta no posto Vicente Mendes, na Cohab; paredes mofadas no hospital Infantil oferecem grande risco de infecção. A saída para muitos pais foi a pediatria da UPA
da cidade estão uma nojeira só. Quem entra nesses postos à procura de atendimentos, sai pior do que quando chegou. Tudo isso é uma vergonha”, esbraveja uma outra moradora em grupos do facebook. O Cabo vive hoje a sín-
drome da continuidade do desgoverno anterior, com todos os requintes de crueldade em má gestão, o quegera um estado de colapso, de sangria, que parece não querer estancar. “É a aberrante prova fática de uma gestão que se
agoniza no que se diz respeito a saúde municipal”, avalia uma liderança comunitária da Vila Social. Uma moradora escreveu para o Povo Livre relatando que há mais de 15 dias – desde à 1ª quinzena de junho – que não se estava fazendo marcação de exames no posto médico da Cohab. O que se alegava eram problemas de conexão com constantes quedas no sistema. E sem previsão para novas marcações. A agonia dela era ainda maior por estar precisando fazer um ultrassom de mama. “Se tiver alguma doença mais séria, todos esses adiamentos atrasam algum tratamento de possíveis doenças”, lamenta a cidadã, que pediu para não citar o nome com medo de represálias dos funcionários do posto da Cohab.
Informativo da Frente de Oposição do Cabo de Santo Agostinho (PE), composta pelos partidos: PSDB / PPS / Solidariedade / PSC. ANO 2 - Nº 7 - MAIO 2015
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