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Semana de trabalho de 4 dias Cartas na Mesa
OBrasil será palco de um importante experimento sobre o impacto da jornada de trabalho semanal de quatro dias.
A iniciativa é fruto de uma parceria da organização sem fins lucrativos “4-Day Week Global” (quatro dias por semana), e realizado em parceria com a Reconnect Hapiness at Work.
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O estudo vai ser realizado no segundo semestre de 2023 e não há pré-requisitos como número mínimos de funcionários e faturamento para as empresas que querem participar.
Vai haver um custo para participar do estudo, que ainda não foi definido. O modelo que será testado será do tipo 100 - 80 - 100, que significa 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.
Indicadores como estresse da força de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e turner over (nome dado ao fluxo de entradas e saídas de funcionários em uma empresa. É a relação entre o desligamento e a admissão de novos colaboradores) serão fatores avaliados ao final do experimento.
A iniciativa já foi testada em alguns países com bons resultados. Cerca de 60 empresas do Reino Unido participaram do estudo com semana de trabalho de 4 dias durante seis meses. Ao fim do estudo, a grande maioria dos participantes decidiu manter o formato de trabalho após os testes. A receita média das empresas chegou a aumentar 35% em comparação ao período anterior.
Gabriela Brasil
Vamos receber as empresas interessadas em participar do piloto para tirar dúvidas e explicar como o projeto funciona, alinhar as expectativas e os valores de investimentos”, explica Gabriela Brasil, líder da 4-Day Week Global
“Iniciamos a captação das empresas que querem saber mais sobre o piloto. É um processo inicial feito a partir da inscrição no site. O que já estamos fazendo: recebemos empresas do Brasil que já operam nesse formato mais flexível de quatro dias e estamos convidando todas elas a estarem com a gente nesse projeto-piloto representando os pioneiros desse movimento por aqui e que vão ajudar a aconselhar outras empresas”, afirma a executiva.
Empresas que já funcionam com 4 dias na semana
Ela citou duas companhias que já rodam nesse modelo e que serão as conselheiras da iniciativa em solo brasileiro: a Vockan, do ramo de tecnologia com sede em São Paulo; e a Efí, antiga Gerencianet, companhia de recebimentos para pessoas físicas e jurídicas, de Minas Gerais.
A partir de agosto, começa uma segunda fase, a de planejamento do projeto-piloto, e vai até outubro. “Nessa etapa, a gente auxilia as empresas na preparação da implementação do projeto”, diz Brasil. Só em novembro é que os testes começarão na prática entre as empresas participantes.
Em termos de volume de empresas participantes, a expectativa é de entre 30 e 40 participantes no Brasil.
Como efeito comparativo, no Reino Unido, onde 92% das participantes decidiram manter o modelo mais curto de trabalho, 61 empresas fizeram os testes. Na África do Sul e Canadá, cerca de 30 empresas. Já nos EUA, foram cerca de 40 companhias participantes do projeto.
Pelo mundo
O projeto “The 4-DayWeek Global” tem sido testado em vários países: já são 91 empresas e cerca de 3.500 trabalhadores de 6 países (Austrália, Canadá, Estados Unidos, Irlanda e Nova Zelândia, além do Reino Unido). O “The 4-Day Week Global” conta com o auxílio de pesquisadores da Universidade de Cambridge, da Universidade de Oxford e do Boston College.
Os Emirados Árabes Unidos foram o país pioneiro na redução no número de dias de trabalho. Desde janeiro de 2022, todos os funcionários de órgãos públicos colaboram com apenas 36 horas semanais, divididas em quatro dias úteis.
E você gostaria de ter uma jornada de trabalho de 4 dias semanais? Mande seu comentário pelo email: redacao@ jornalregional.rio
Dri Alfaya
Parabéns, Geminianos!
O Sol entra no signo da comunicação
Que semana intensa teremos pela frente! São vários eventos que pro metem mexer com a forma como nos relacionamos e como vemos o mundo.
Hoje mesmo já começamos com uma Lua Nova no signo de Touro, nos influenciando a plantar sementinhas em áreas que nos garantam segurança e conforto para o futuro. É dia de ir ao mercado e encher a despensa, de planejar os gastos até a próxima Lua Nova, de organizar as roupas de inverno, pois o frio está chegando. A lua do aconchego e da abundância nos manda os seus sinais para seguirmos os seus passos.
Aos geminianos, os meus parabéns! O Sol entra, no domingo, no signo de Gêmeos e nos habilita com uma maior facilidade na comunicação e no comércio. Estaremos mais falantes, mais abertos e sociáveis e mais rápidos no raciocínio. Na geopolítica, temos uma janelinha, mesmo que pequena, para alguma tentativa de diálogo entre Ucrânia e Rússia ou, quem sabe, na melhora das relações EUA e China. As mesas de negociação estarão com o astral privilegiado.
CONSELHO
A entrada de Marte no signo de Leão afetará todos nós também nesse sábado. É uma estreia ardente nesse signo do elemento fogo, pois o planeta que comanda as nossas batalhas pessoais também mexe com as nossas paixões. Com a autoconfiança nas alturas, a busca por parcerias estimulantes trará novas possibilidades de negócios ou até amores. Esse aspecto permanece até 10 de julho, quando ele se retrairá no comportado e tímido signo de Virgem. Por isso, aproveite essa fase para expandir sua rede de contatos e firmar acordos que possam vir a ser importantes para o futuro.
Amor
Ao longo do final de semana, com Marte já em Leão, você estará irradiando o seu brilho pessoal e poderá atrair pessoas bem interessantes para novos relacionamentos. Mas, para quem já tem um amor, cuidado com um posicionamento desse planeta em oposição a Plutão. As diferenças entre vocês não devem ser motivo para brigas e discussões. Tente aceitar o que contrasta na personalidade do outro, para manter a harmonia do casal.
Profissional
Essa é uma excelente semana para incrementar o seu network e trabalhar com as suas listas de contatos. Promova eventos, encontros, reuniões, qualquer tipo de diálogo ou troca que possa aproximá-los presencial ou virtualmente. Bom para conhecer melhor e mais detalhadamente quem são e o potencial que representam.
WhatsApp (24) 98177-9639, Instagram@drialfaya e e-mail dri@drialfaya.com.br
Arnaldo,
Onde a onça bebe água...
Um importante sitiante de Miguel Pereira, lá da divisa do município com Vassouras, queria subir para o sítio. Estava doido pra sair do Rio, mas queria saber como estava a estrada e pedia orientação ao seu Timóteo, tão antigo na casa que já fazia parte da família...
Seu Timóteo então dá as coordenadas.
- “Seu Chico, até a birosca do Mourinha dá pra ir!! É brabo, mas vai! Agora, da entrada em diante nem Tatu de galocha tamanho “P” passa! Tamu ferrado! Mas tem um negócio bão no meio dessa lama toda! Num vem político pra cá falá abobrinha pra nois!”. - Orientou seu Timóteo, fiel escudeiro de seu Chico há mais de 50 anos.
Pode isso, Arnaldo?!
Fatos e flashes da região
A profissional da beleza Taiga sempre de bem com a deisterprof2@gmail.com
A jornalista Lívia e o advogado Marcelo Mourão, procurador-geral da prefeitura de Paty.
Em 29 de março de 1898, a Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil inaugurou estações e paradas de reabastecimento de locomotivas dentro do percurso que conectava a estação de Alfredo Maia, no Rio de Janeiro, a Três Rios. Inaugurava-se, assim, a importante via de liga ção férrea que proporcionou o aparecimento de várias cidades e dezenas de povoações que acabariam por compor o município de Miguel Pereira, alavancando ainda o progresso das terras formadoras da antiga Freguesia de Paty do Alferes.
Em 2 de julho de 1903, a ferrovia serrana conectando o trecho Japeri - Três Rios foi in corporada à Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), e por determinação expressa do ofício nº 835, datado de 16 de julho do mesmo ano, passou a ser definitivamente conhecida como Linha Auxiliar, apresentando em seu complexo um total de 61 unidades de trabalho, entre paradas de reabastecimento e estações para embarque e desembarque de passageiros e de cargas diversas. Contudo, por mais incrível que possa parecer, ao ser transferida para a Central do Brasil – apenas cinco anos após sua inauguração – a Linha Auxiliar já apresen tava um déficit da ordem de Rs. 299:054$107 (duzentos noventa e nove contos, cinquenta e quatro mil e cento e sete réis) além de muitos trechos das colinas já em precário estado de conservação, havendo mesmo sérios riscos de descarrilamentos em alguns pontos mais íngremes das montanhas.
Em 1957, com a criação da Rede Ferroviária Federal S/A – que unificou 19 estradas de ferro brasileiras –, a Linha Auxiliar passou a ser administrada pela Estrada de Ferro Leopoldina, cujo gerenciamento, até dezembro de 1986, ficou a cargo da Superintendência Regional de Juiz de Fora, esta, por sua vez, subordinada a CSP-3/Campos.
A construção de vários ramais ferroviários pelo Tinguá – aos quais seria somado o setor Governador Portela - Vassouras em 1914 – com suas diversas linhas efluentes significou para a área centro-sul fluminense sua redenção econômica, transformando-se aos poucos num preponderante fator de desenvolvimento social para todas as demais cidades serranas alocadas entre Japeri e Três Rios.
O trem turístico até 1986
Nos anos subsequentes, com o asfaltamento da Rodovia RJ-125 ligando Miguel Pereira ao Rio de Janeiro através de uma ligação com a Via Dutra, em Japeri, e em virtude da sensível melhoria das vias de acesso a Paraíba e Vassouras, desativaram-se as composições que uniam nossa região ao Rio e a Minas Gerais, reduzindo-se drasticamente o fluxo de trabalhos pela Linha Auxiliar e desaparecendo os trens de passageiros pelas colinas. Nos anos setenta, ainda cruzavam o município alguns limitados vagões de carga transportando minérios e outros produtos das Minas Gerais – como ferro-gusa, ferro silício, ferro laminado, cimento e
A Maria Fuma A E Suas Viagens De Turismo Em Miguel Pereira
soda cáustica – para os portos da Baixada Fluminense. Por seu turno, a velha maria fumaça ainda tentou resistir ao repto de um melancólico eclipse social, circulando pela malha ferroviária de Miguel Pereira como trem turístico até ser aposentada no ano de 1986.
O Trem Azul
Já entre 1993 e 1995, a empresa Montemar Turismo fez circular entre Conrado e Miguel Pereira o chamado Trem Azul, promovendo viagens que, semanalmente, atraíam para nossa terra centenas de turistas e levas de saudosos ex-ferroviários. Também a derrocada econômica levou a empresa à falência, e o que resta hoje das gloriosas épocas da ferrovia são apenas simpáticas fotografias nas quais podemos admirar os longos comboios que diariamente alegravam nossos vales e nossas montanhas.
Jornal do Brasil de 25 de outubro 1986 Apresenta-se, a seguir, a reprodução de uma nostálgica reportagem do Jornal do Brasil rememorando a última viagem da maria fumaça em nossa terra em 25 de outubro 1986.
“Os fortes apitos da Maria-Fumaça avisaram ontem, às 14h40min, o final da primeira viagem do Trem da Serra que, a partir de hoje, será realizada todos os domingos entre Conrado e Miguel Pereira. Com fogos, banda de música e cerca de duas mil pessoas, a viagem foi festejada na estação de Miguel Pereira, onde todos acenavam à chegada da velha locomotiva que tracionava três vagões de madeira lotados.
Moreira Franco e o deputado Rubem Medina
Durante todo o percurso, a Maria-Fumaça, trafegando a 25 km/h, foi bastante festejada pelos moradores das pequenas cidades por onde passou (Santa Branca, Arcádia Francisco Fragoso) e nas estações não faltaram fogos de artifício para comemorar a possível volta do Trem da Serra. Nem mesmo a presença de políticos como o senador Nelson Carneiro, o ex-prefeito de Niterói Wellington Moreira Franco e os deputados Rubem Medina e Jorge Leite (e muitos outros) conseguiu desviar a atenção da Maria-Fumaça que, sem nenhum esforço, foi a grande atração.
Conrado, a 61 metros
A pacata cidade de Conrado, a 61 metros acima do nível do mar, foi transformada ontem em cenário de comemorações e alegria, e suas ruas tranquilas acabaram servindo como um incrível e improvisado estacionamento de automóveis até 10h20min, quando teve início a viagem inaugural do Trem da Serra. Políticos, veranistas e moradores das redondezas não quiseram perder a oportunidade de participar do evento mais importante da região dos últimos tempos. Os pequenos bares da rua principal da cidade foram invadidos por políticos e cabos eleitorais, e o assunto de quase todos os visitantes foi a eleição de 15 de novembro. Apesar das discussões em torno da escolha do candidato que representará o PMDB, Moreira Franco e Nelson Carneiro foram cordiais, trocaram apertos de mãos, muitos abraços e posaram juntos para fotografias.
Com a chegada do representante do ministro dos Transportes, Mário Picanço, e do Presidente da Rede Ferroviária Federal, Osíris Guimarães, os microfones da Rádio Tropical anunciaram a partida da Maria-Fumaça rumo a Miguel Pereira. Em poucos minutos, centenas de pessoas que, desde cedo, aglomeravam-se na pequena estação, conseguiram se acomodar nos três vagões de madeira totalmente reformados com essa finalidade.
Governador Portela
Na estação de Governador Portela, onde uma pequena multidão aguardava a chegada da maria-fumaça, com fogos e banda de música, o Trem da Serra fez uma breve parada e o prefeito do município, José Antônio da Silva, o Zé Nabo, com a cabeça do lado de fora, tentava explicar a todos que não seria possível subir mais ninguém porque o trem estava lotado. Mesmo assim, muitos afoitos, desprezando as advertências de possíveis acidentes, conseguiram se empoleirar nos degraus dos vagões, participando com algazarra da viagem até Miguel Pereira.”
Na próxima edição: Gonzagão e Gonzaguinha entre nós