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O que os presidentes marechal

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GOTAS DE NANQUIM

GOTAS DE NANQUIM

Castelo Branco e Abraham Lincoln têm em comum?

Os EUA não são um país rico por acaso. Muitos fatores contribuíram para o que o país é hoje. Um deles foi a reforma agrária, feita logo após o fim da escravidão, que aconteceu com a vitória do norte sobre o sul na guerra civil de 1860 a 1865. Foram mortas cerca de meio milhão de pessoas. Em seguida, o presidente norte-americano Abraham Lincoln fez a lei da reforma agrária, que consistia na concessão de 100 acres para cada família, nem mais nem menos.

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O PIB americano era menor que o do Brasil

O PIB americano, em 1865, era menor que o do Brasil. Sua agricultura era menor que a brasileira. O que diferenciou foi que eles fizeram a reforma agrária (e nós não), democratizaram o acesso à terra, distribuíram terras para 13 milhões de famílias, (se hoje esse número é grande, imagina naquela época), 13 milhões de famílias estavam “a ver navios” e, com a reforma, passaram a produzir trigo, milho, virando uma pujança e que, inclusive, financiou a industrialização estadunidense, de que Abraham Lincoln era representante e que fizeram a guerra contra o sul escravista. Os agricultores norte-americanos receberam 100 acres de terra (404.686 m²). Em seguida, precisaram de tratores para lavrar a terra. Pois é, de tratores e implementos agrícolas. A indústria, então, começou a vender milhões de tratores e alimentou a indústria do norte, que deu um salto de qualidade, quantidade, geração de empregos e impostos.

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Brasil e suas dificuldades

Em 500 anos o Brasil sempre teve muita dificuldade de parcelar seu solo. A experiência que chegou mais perto disso foi com o marechal Castelo Branco, em plena ditadura militar, quando, na Presidência da República, ele instituiu o Estatuto da Terra.

Por que Castelo elaborou um estatuto tão avançado? A resposta é simples: porque ele estudou na academia militar americana e, lá, percebeu que, na base econômica dos americanos, todo mundo é igual quanto aos direitos do acesso à terra, e foi isso que deu a pujança dos EUA. Além disso, o marechal Castelo Branco, que tinha uma visão nacionalista, disse que esse país só iria se levantar se tivesse uma reforma agrária grande, assim como a americana e, por isso, assinou o Estatuto da Terra, em 1964, que é uma referência até hoje. Para o Estatuto da Terra, toda propriedade com tamanho acima de 1.500 hectares (cerca de 312 alqueires mineiros) tinha que ser destinada à reforma agrária. O pacto do Castelo Branco era de enriquecer todo aquele que passasse a possuir seus 1.000/1.500 hectares.

Atrás do fio elétrico vem a televisão, a geladeira, a máquina de lavar etc. A ideia do economista Celso Furtado é que esse processo tivesse início ao longo das rodovias federais (BRs), ferrovias e nas margens dos lagos artificiais, para que pudesse dar vazão à produção; e mais, se você está perto da estrada, também está perto da energia elétrica e, se você levar energia elétrica para o camponês, atrás do fio elétrico vem a televisão, a geladeira, o rádio, a máquina de lavar, e quem vai vender isso? A indústria.

Por isso que, tecnicamente, se considera que a origem da reforma agrária é da burguesia e não dos trabalhadores. A origem está na criação de um gigantesco mercado interno para a indústria. Essa tese deixou de ser teoria há muito tempo, basta percorrer os municípios onde só tinha latifúndio e agora tem mais de 4.000 assentados. Quem mais bate palma para os assentamentos são os comerciantes que passaram a ter 4.000 novas famílias de consumidores, mesmo porque o latifundiário mora na capital, não gasta o dinheiro dele na cidade, mas no exterior. Agora, quando chegam os “sem-terra” a primeira coisa que ele faz é ir lá na loja da cidade e comprar televisão, máquina de lavar, comprar uma bicicleta, celular, roupas, comprar uma motinha etc., o que ativa o comércio da região, e esse é o sentido da reforma agrária.

O Brasil e seu tamanho

O Brasil tem 800 milhões de hectares (dimensão total do país) e, como é um país urbano, mais da metade é ocupado pelas cidades, estradas, Amazônia etc. Assim sendo, sobraram 360 milhões de hectares, dos quais o Brasil cultiva 80 milhões com soja, milho etc.; desses 80 milhões, o agronegócio fica com 60 milhões e 20 milhões com a agricultura familiar, inclusive os assentamentos rurais de sem-terras. Então temos 280 milhões, dos quais 160 milhões estão com a pecuária extensiva (inclusive a que desmata), sobrando 120 milhões de hectares.

Vai faltar sem-terra no Brasil

Segundo o Incra, órgão do governo federal, pegando esses 120.000 hectares de propriedades improdutivas e dando 10 hectares para cada família de sem-terra, vai faltar “sem-terra” no Brasil, porque, hoje, eles são apenas 4.000.000 no país e tem terra para de 10 a 12.000.000 de sem-terra.

Esse é um tema que precisa ser debatido e entrar em pauta, afinal ele não é da esquerda, mas sim da direita e da indústria como um todo. Enquanto os EUA distribuíram suas terras para 13 milhões de famílias em 1865, o Brasil ainda caminhava no tratado de Tordesilhas para algumas famílias ligadas ao Rei.

Mauro de Alvarenga Peixoto Editor

Arroz de tomate

Olá, leitores do nosso Jornal Regional. Na semana da Festa do Tomate, eu não poderia deixar de trazer uma receita cujo ingrediente principal é a estrela da semana. Posso contar a vocês que, nos últimos anos, tenho visto muitas receitas com tomate, tanto salgadas quanto doces, e eu, a convite da prefeitura de Paty do Alferes, organizo o concurso culiná - rio do tomate em que os inscritos têm que reproduzir suas receitas com o elemento principal sendo o tomate. Confesso que tem muita receita deliciosa e, hoje, eu trago um arroz de tomate.

Em Portugal, usa-se muito, aqui, nem tanto, mas é um super coringa para um belíssimo acompanhamento.

Vamos aos ingredientes

400 gramas de arroz branco

1 cebola grande

6 dentes de alho

100 gramas de parmesão

500 gramas de molho de tomate fresco

Folhas de manjericão

150 ml de caldo de legumes

Modo de preparo

Pique a cebola e o alho, doure, de preferência, na manteiga. Adicione o caldo de legumes e o molho de tomate. Deixe ferver e adicione o arroz cozido. Finalizar com o parmesão e folhas de manjericão.

Gente, pode acreditar, isso fica incrível. Fico por aqui, até a próxima coluna com Fred Tibau.

Escreva contando para a gente como ficou sua receita pelo WhatsApp (24) 98857.9872 ou para redacao@jornalregional.rio.

Sua experiência pode virar uma reportagem

Arnaldo,

A sobrinha de uma importante cidadã da cidade ligou para o tio e perguntou:

- Tio, a minha tia é sócia de alguma funerária?!...

- Claro que não, meu amor, mas por que você está perguntando isso?

- É porque toda morte que acontece na cidade ela posta no Facebook que a pessoa partiu dessa pra melhor, inclusive pessoas que ele nunca conheceu...

O tio, que não é chegado em redes sociais, ficou surpreso e ligou para a irmã para saber que história era aquela...

Mas, pelo visto, não teve muito sucesso, as postagens continuam a todo vapor...

Pode isso, Arnaldo?!...

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