Revista 21 anos de Rio das Ostras

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2 • Especial 21 anos de Rio das Ostras


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REVISTA 21 ANOS Instituto Macaé de Geração de Empregos e Rendas Ltda CNPJ 04.536.054/0001-27 Av. Cristóvão Barcelos, 131 - Centro (Praça São Pedro) - Rio das Ostras/RJ Tiragem 5.000 exemplares Circulação Rio das Ostras Diretor Geral Roger Vilela Diretor Administrativo e Financeiro Ary Marins Diretor Executivo Luiz Claudio Coelho Vieira Diretora de Redação e Comercial Rafaela Azevedo - DRT: JP 1336 RN Gerente Financeira Raphaela Freitas Editor Magno Lopes Jornalistas Monique Gonçalves Verônica Côrtes Fotografia Gilismar Correa Projeto Gráfico e Diagramação Alexandre Albuquerque Revisor Maurício Marques Assessor de Logística Alexandre Fausto Atendimento Comercial Michelle Neto e Ronaldo Lima Contatos (22) 2764-2705 | (22) 7811-4921 contato@rjnews.com.br contato@jornalrjnews.com.br

Editorial Rio das Ostras! Terra dos Peixes da Vila Rainha, que conservou a pureza que antes tinha... Cidade-mãe de quem nasce ou de quem vem pra ela... Rio das Ostras, cidade - pérola mais bela!

Este trecho do hino do município é o sentimento de quem mora e ama esta cidade, uma vila de pescadores que se transformou em uma das cidades mais desenvolvidas e importantes do Estado do Rio de Janeiro. Por meio de sua emancipação político-administrativa no ano de 1992, Rio das Ostras completa neste dia 10 de abril sua maioridade: 21 anos de conquistas. Realizações conseguidas principalmente através desse povo guerreiro e apaixonado por esta terra. A cidade conseguiu ao longo destes 21 anos construir sua história, ter sua própria cultura e seu valor. Grandes conquistas foram feitas neste tempo, como a construção administrativa do município e o desenvolvimento de infraestrutura para os moradores. Ainda me lembro de uma grande conquista para Rio das Ostras, quando em 2004, as pessoas passaram a ter água encanada em suas casas. Com esta revista comemorativa, a Rede RJNEWS de Comunicação parabeniza esta cidade que abraça nosso jornal toda semana, pelos seus 21 anos. Boa leitura!

Roger Vilela, diretor geral da Rede RJNEWS de Comunicação

Rio das Ostras comemora Artista plástico quer imortalizar 21 anos de progresso ........... 04 suas obras .................................. 22 Potencial turístico: belezas das praias atraem milhares de turistas por ano ........................................12 Zona Rural de Rio das Ostras oferece opções em turismo ...................................... 14

Praça da Baleia: é referência na história do turismo em Rio das Ostras ................................ 08

Um amor declarado à cidade ......................................... 16 Livro “Lendas e Causos” resgata histórias de Rio das Ostras ........................................ 20 Especial 21 anos de Rio das Ostras • 3


Cidade

Rio das Ostras comemora

21 anos

de progresso

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Foto: Arquivo Fundação de Rio das Ostras de Cultura

Luiz Montenegro

A vila de pescador cedeu lugar para o desenvolvimento turístico

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Fotos: Arquivo Fundação de Rio das Ostras de Cultura

Praia do centro - Poço de Pedra

Luiz Montenegro

Lagoa do Iriri

N

Neste dia dez de abril, Rio das Ostras completa 21 anos de emancipação político-administrativa. O balneário bucólico demonstrou que podia ir além da calmaria da vila de pescadores e se transformou no município que mais cresce no Brasil, segundo censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Não só cresce, como também, se desenvolve em todas as esferas, garantindo melhor qualidade de vida para seus munícipes. Apelidada carinhosamente de Baia Formosa pelos navegantes que passavam pelas águas calmas das praias da cidade, no século XIX, Rio das Ostras nem sonhava com tamanho progresso. A princípio, se chamava Leripe, que em tupi-guarani quer dizer “Lugar de Ostras”. As primeiras construções foram o Poço de Pedras do Lago de Nossa Senhora da Conceição e a antiga Igreja, que deu lugar a Igreja Matriz, arquitetadas pelos jesuítas. A jovem Rio das Ostras não é tão jovem assim, pois fatos históricos comprovam que há cerca de quatro mil anos, ela era habitada por caçadores e coletores semi-nômades, cuja presença pode ser comprovada em seu solo repleto de sambaquis, com áreas de sítios arqueológicos demarcadas em 1967 por pesquisadores do Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB). Relatos de antigos navegadores comprovam a história da cidade. Segundo os jornais da época, passaram pelo arraial o sapateiro da expedição de Villegagnon França-Antártica em 1510, Jean de Lery, o naturalista Augustin François César Prouvençal de Saint Hilaire, o príncipe alemão Maximilian Alexander Philipp Zu Wied Neuwied e, em 1847, o imperador D. Pedro II, que descansou a sombra da centenária figueira a beira-mar, após ser recebido com bandas de música e folguedos.


Dados Atualmente, Rio das Ostras tem 116.134 mil habitantes, resultado do Censo 2011 -2012, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo 90% concentrada na área urbana. A cidade apresenta uma dimensão de aproximadamente 230,6 km². Seus 28 km de litoral compreendem 15 praias, lagoas e o rio Das Ostras. Possui uma localização estratégia, na Região dos Lagos, Costa do Sol, a 170 km do Rio de Janeiro.

Com abundante pesca no rio e mar, a vila de pescadores foi nomeada Terra dos Peixes, no século XX, de acordo com alguns depoimentos dos antigos moradores da cidade. Nome que deu título a um livro, em 1997, baseado no Projeto Memória da Fundação Rio das Ostras de Cultura. O divisor de águas do município veio com a construção da Rodovia Amaral Peixoto, na década de 50, quando se tornou rota de comerciantes, rumo à Macaé e Campos. A instalação da Petrobras, em Macaé, impulsionou o crescimento habitacional e econômico. Desde então, a aldeia de pescadores cedeu lugar para a atividade turística. Em 1992, com o progresso, Rio das Ostras conquistou a independência em todas as esferas e na primeira década já constava na lista dos dez primeiros municípios em qualidade de vida. Em 2004, recebeu as primeiras obras, tais como: dez postos de saúde, o pronto socorro e o hospital municipal, 18 unidades de educação, a Zona Especial de Negócios (ZEN) e o Centro de Qualificação Profissional. Obras de infraestrutura marcavam a década, como a criação do aterro sanitário; captação, tratamento e o início da distribuição de água; a Rodovia do Contorno, boa parte da RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) duplicada e a reconstrução da RJ-162, no trecho dentro do município. Em 1998, o município implantou o Orçamento Participativo e elaborou o Plano Diretor. Para preservar a história, foram criadas a Casa da Cultura, a Biblioteca, o Teatro Municipal e o Sítio Arqueológico. Pensando no turismo, a aposta foi no Parque Municipal, Parque dos Pássaros, Praça da Baleia, urbanização da Lagoa de Iriry e a revitalização urbano-ambiental da Orla de Costazul e da Praia da Tartaruga.


História

Praça da Baleia: é referência na história do turismo em Rio das Ostras

Foto: Divulgação

Beleza e criatividade da praça da Baleia atraem grande quantidade de turistas a cada ano em Costazul

U Responsável pelo projeto, Roberto Sá

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m dos mais criativos pontos turísticos de Rio das Ostras, a Praça da Baleia, faz as praias de Costazul serem contempladas por milhares de turistas que visitam a cidade todos os anos. Não tem como moradores e turistas não ficarem admirados pela escultura, que é considerada a maior homenagem a um cetáceo no mundo. Hoje, a baleia Jubarte em tamanho real, criada há quase 11 anos pelo escultor Roberto Sá, é grande referência na história de Rio das Ostras. Segundo o escultor, a ideia surgiu de forma bem espontânea, numa roda de conversa entre amigos. Na época foram cogitados outros animais como golfinhos e tartarugas, mas a baleia venceu. Então, Roberto levou a proposta, na época, ao prefeito Sabino, que gostou muito da ideia.


Fotos: Arquivo Fundação de Rio das Ostras de Cultura

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

Atrativo na Praia de Costazul foi criado pelo escultor Roberto Sá

O trabalho do escultor Roberto Sá começou num atelier aberto ao público montado por ele ao lado da Tocolândia. A obra levou noves meses para ser concluída. De acordo com Roberto, a intenção era fazer uma baleia como se estivesse dentro d’água, por isso, ele colocou também um mergulhador apoiado em sua calda. “Parece uma viagem ao fundo do mar. Fico orgulhoso em fazer parte da história da cidade. Quando fiz essa escultura não tinha visão de que iria ultrapassar fronteiras e se tornar referência no turismo do município”, comenta o artista plástico. Para a dona de casa Rita Louzada, que tem casa em Costazul há mais de 20 anos, a beleza da praia hoje nem se compara a de antes, principalmente, porque a escultura da baleia se tornou um grande atrativo turístico. O professor João Carlos mora no município há três anos, mas já frequenta Rio das Ostras há mais de 15 anos. Para ele, um dos pontos turísticos mais visitados no município é a Praça da Baleia. A obra ajuda a movimentar Costazul, pois não há quem vá a localidade e não queira retornar para casa com uma foto tirada bem perto da escultura. “Meu irmão é comerciante aqui e isso pra ele é vida, pois trabalha para atender moradores e turistas. Para gente é um privilégio morar aqui perto desse monumento”, acrescenta João. Especial 21 anos de Rio das Ostras • 9


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Potencial turĂ­stico:

belezas das praias atraem milhares de turistas por ano

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Turismo

Cidade investe em turismo de eventos para movimentar setor durante todo o ano

C

onhecida pela beleza natural que possui, Rio das Ostras é uma cidade que sabe explorar bem o seu potencial turístico. Além disso, para movimentar e estimular ainda mais o comércio local, o município investe em uma vertente que vem crescendo a cada ano: o turismo de eventos. Com isso, consegue incentivar o setor, seja na alta ou na baixa temporada. Por ano, milhares de pessoas de várias partes do Brasil e até mesmo do mundo visitam Rio das Ostras. O principal atrativo, segundo o técnico em Turismo, Edmilson de Oliveira, são as 15 praias, que juntas somam uma região costeira de 28 km. “Elas possuem as mais diversas características. Temos as mais calmas, para quem deseja tomar um bom banho de mar, até as mais agitadas para a prática de esportes. Apesar disso, as mais visitadas são as do Centro e de Costazul”. Além de todas estas opções, o visitante pode encontrar ilhas e lagoas de água doce bem próximo ao mar, caso da conhecida Lagoa do Iriry. Das estruturas construídas ao longo dos anos, a Praça da Baleia é o local que atrai mais os olhares de quem passa pela cidade, mas outros não ficam atrás. É o caso do poço de pedra, na Praça José Pereira Câmara, no Centro; a Casa de Cultura Bento Costa Junior, onde também está localizado o Museu do Sítio Arqueológico; e o Parque dos Passáros, o maior viveiro conservacionista da América Latina. Já no Parque Municipal é possível fazer pequenas trilhas e conhecer o programa de produção de mudas para o replantio. Para levar comodidade aos turistas a cidade conta com mais de 60 hotéis e pousadas. No total são aproximadamente três mil leitos. “Mas em caso de grandes eventos, por exemplo, muitas pessoas se hospedam em cidades próximas, pois chegamos a 100% de ocupação”, disse o técnico em turismo. Ainda fazem parte da infraestrutura, diversas opções de restaurantes e bares e um sistema de transporte que permite o fácil deslocamento. “Tem ainda muito o que ser feito, pois quanto mais opções ofertarmos ao turista mais ele ficará satisfeito. Vamos crescendo e implementando outras ações”, disse Edmilson. De acordo com o técnico, diante da discussão sobre as perdas ou não dos royalties, o turismo pode ser uma saída financeira, pois gera emprego e renda. “Acredito na força e no potencial turístico que esta cidade possui, bem como os benefícios que ele pode trazer”.

TURISMO DE EVENTOS Foto: Heitor Neto

Seja na baixa ou na alta temporada, Rio das Ostras sabe atrair público por meio dos eventos. No calendário oficial estão: o réveillon, carnaval, Encontro Internacional de Motociclistas – Ostrascycle, Rio das Ostras Jazz & Blues Festival, Festival de Frutos do Mar e Festival de Dança. Especial 21 anos de Rio das Ostras • 13


Turismo

Zona Rural

de Rio das Ostras oferece opções em turismo Distritos de Cantagalo e Rocha Leão receberão atenção maior da atual gestão do município

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P

ara quem não perde uma oportunidade para estar perto da natureza, o Circuito Eco Rural revela muitas aventuras. As caminhadas proporcionam interação com a vegetação, animais, plantações e toda a atividade produtiva local. A culinária da roça é bastante conhecida e está presente nos restaurantes e nas pousadas de Cantagalo. O voo de Parapente é mais uma das atividades de lazer repleta de adrenalina. Já em Rocha Leão,o passeio é pela história de Rio das Ostras. O Centro Ferroviário de Cultura Guilherme Nogueira funciona como museu. É situado na antiga Estação Ferroviária de Rocha Leão e conta com biblioteca, sala de cinema, além de serem oferecidos cursos de arte e oficinas. Na Praça do Trem funciona a Fábrica de Bonecas, onde as costureiras confeccionam tapetes e bonecas de variados tamanhos e cores, além de outros artesanatos. “Rio das Ostras é um município rico em potencialidades turísticas. As nossas belezas naturais nos favorecem muito. Cantagalo nos proporciona um clima rural, muito perto da cidade, e Rocha Leão ainda mantém as características de uma localidade pequena com poucos moradores e um jeito simples de viver. Isso é um grande atrativo turístico. Este é o diferencial de Rio das Ostras: a diversidade de atrativos” destacou a subsecretária.

Foto: Heitor Neto


Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

INVESTIMENTO Cercadas de beleza e simplicidade, Cantagalo e Rocha Leão fazem parte da área rural de Rio das Ostras. A população dessas localidades soma 10% do total de habitantes do município. O trabalho de formatação e incremento do turismo nesses lugares começou há mais de dez anos. Todavia, a falta de investimento fez com que algumas atividades fossem suspensas, como o Circuito Rural, em Cantagalo. Para corrigir o problema a atual administração está elaborando projetos, para melhorar a infraestrutura, e buscando parcerias para desenvolver novamente o turismo na Zona Rural. Segundo a subsecretária de turismo, Valéria Pinheiro, a administração atual está preparando projetos de sensibilização dos produtores e empresários para que o turismo rural venha despontar nessa região. “Já fizemos um primeiro contato e estamos, junto com a secretaria do Ambiente, Agricultura e Pesca, traçando uma estratégia para a reconstrução no Circuito Rural” afirmou. Outras obras de infraestrutura estão na pauta da prefeitura, não só em Cantagalo como em Rocha Leão. Segundo Valéria, todos estão empenhados no trabalho, reconstruindo pontes, fazendo manutenção nas estradas e postos municipais.

“Isso é importante, porque num segundo momento em que começarmos a articular a atividade turística em Cantagalo e Rocha Leão, já teremos outras condições de trabalho”, ressaltou. Segundo o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Rio das Ostras, Paulo Cesar Martins, alguns projetos foram idealizados para fomentar o turismo na região, entre eles estão: agricultura interligada ao Circuito Eco Rural, para que os visitantes possam levar para suas casas produtos da terra; festas da Farinha e Junina; passeio de charrete; a criação de um meio de transporte, como uma jardineira, para levar os visitantes nos pontos turísticos; dentre outros.

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Um

declarado à cidade Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

“Vim em busca de qualidade de vida e por causa do trabalho. O ar puro, as ótimas praias e poder fazer quase tudo à pé foi o que mais me chamou a atenção no dia a dia da cidade. Desejo muitos anos de progresso á Rio das Ostras”.

“Rio das Ostras tem tudo de bom. Quando cheguei não tinha nada, nem água, luz ou farmácia.Trabalhei como barbeiro por 40 anos e para melhorar de vida virei corretor de imóveis. Aqui criei minha família e vimos o progresso chegar rápido. Agora temos bons administradores e espero que a cidades continue nesse caminho. Parabéns Rio das Ostras!”

Ailton Bonassa

Nédio Vicente de Souza

Técnico em mecatrônica

Corretor de imóveis

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

“Frequento Rio das Ostras há 50 anos, e o que mais gostava daqui era a tranquilidade e qualidade de vida. Fui o primeiro professor de Educação Física na cidade e aqui construí minha família. Continuo com uma vida tranquila e cheia de amigos. Aqui criei raízes e não pretendo sair mais.”

“Sou feliz por ter nascido e crescido em Rio das Ostras, que é uma cidade mãe. Antes uma vila de pescadores, onde as pessoas se abraçavam e se cumprimentavam mais. A cidade cresceu e muita coisa mudou. ”

Mauro Bastos

Pastor Ernani Davi Pereira

Diretor de departamento na secretaria de Esporte e Lazer

Comerciante

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

“Vim para Rio das Ostras por causa do meu filho, que arrumou emprego aqui, e depois me apaixonei por esta cidade. É um lugar que me proporciona muita qualidade de vida. Uma coisa que me chama atenção é a limpeza, além do sossego. Quero parabenizar o município e fazer o pedido de uma rodoviária para que tudo fique ainda melhor”

“Aqui consegui crescer profissionalmente e desenvolver a minha carreira. Tenho orgulho de falar que sou moradora desta terra há três anos. Quero parabenizar Rio das Ostras, cidade que incentiva a arte e a cultura, pelos seus 21 anos de emancipação político-administrativa”.

Valdeniriam Monteiro

Ara Nogueira

Aposentada

Atriz

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Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

“Moro aqui há 12 anos e, nesse tempo, consegui conquistar muitos objetivos com esforço e muito trabalho. Aliás, oportunidade de emprego nunca faltou nesta cidade. Desejo que este município fique cada vez mais belo e aconchegante”.

“Sempre passei férias em Rio das Ostras e há seis anos moro aqui. É uma cidade boa para se conseguir emprego e ter outras oportunidades de crescimento. Se tivesse que escolher outro lugar para morar viria pra cá novamente”.

Lilian Robaina

Érica Berto

Manicure

Representante de telemarketing

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

“Morava em Barcelona, na Espanha, e desde que cheguei aqui conheci características muito positivas. É um lugar muito tranquilo, pois nos permite ir e vir dos locais com segurança. Claro que outras coisas podem ser feitas na infraestrutura, por isso, desejo que a cidade possa crescer muito nos próximos anos”.

“Mudei para cá pelo trabalho, porque as oportunidades no ramo da construção civil são boas. A cidade está sempre em crescimento, e a expectativa é que isso não estacione. Rio das Ostras é o lugar das oportunidades de negócios.”

Mayte Ribas

Robson Terra

Artesã

Construtor

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

“Vim conhecer o Festival de Jazz e Blues e a cidade foi tão acolhedora que eu fiquei. Todo o meu trabalho é muito bem aceito. Há uma essência de cultura na cidade, tem muitos eventos, o que acaba mostrando tendências nas artes e no teatro, que é muito abundante em Rio das Ostras”.

“Minha mãe foi uma das primeiras pessoas a vender açaí na cidade, foi por isso que nos mudamos pra cá. A tranquilidade é o ponto alto da cidade, quase não tem problemas com violência. Só o fato de andar na rua e as pessoas lhe cumprimentarem já é ótimo”.

Arnaldo de Sá

Edison de Melo

Cantor e compositor

Guarda sanitário

Foto: Michelle Neto/RJNEWS

Foto: Gilismar Correa/RJNEWS

“Estou há mais de 40 anos em Rio das Ostras. Tenho saudade do tempo de ver o pescador de linha e de um trânsito mais tranquilo, onde as pessoas que trabalhavam em Macaé ainda almoçavam aqui. A cidade estando boa eu também estou bem”.

“Minha família mudou para cá junto comigo por causa da qualidade de ensino. Onde eu morava tudo era longe. Aqui os cursos importantes ficam no Centro. Gosto daqui por que as coisas são bem perto e porque tem muitos lugares para lazer”.

Aurélio Capiberibe Lima

Pâmela Ribeiro

Empresário (Bar da Boca)

Estudante

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Um xxxxxxxxx

declarado à cidade

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Sabino Prefeito de Rio das Ostras


“Parabéns a Rio das Ostras por mais um ano de emancipação e por aliar o vigor de uma cidade ainda jovem ao anseio de melhorar a vida da população. Meu desejo nesta data festiva é que, mais do que apenas vizinhas, Rio das Ostras e Macaé sigam como cidades irmãs na busca pelo desenvolvimento sustentável e pela qualidade de vida em toda a região”.

“Parabéns Rio das Ostras pelos 21 anos de emancipação político-administrativa e a toda população que sempre acolheu sua cidade mãe. A cidade cresceu e é destaque no cenário nacional por suas belezas naturais, hospitalidade e grandes eventos. O município avançou graças à dedicação de cada pessoa que aqui reside, e escreve sua trajetória como cidadão. Que Deus abençoe a todas as famílias desta terra”.

Dr. Aluizio

Antonio Marcos

Prefeito de Macaé

Prefeito de Casimiro de Abreu

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Lendas

“Lendas e Causos” resgata histórias Livro

de Rio das Ostras

» Publicação preserva a memória de antigos moradores do município

D

izem que brasileiro gosta de uma boa história, seja ela real ou inventada. Na verdade o que importa mesmo é partilhar das situações e emoções do cotidiano, fruto da imaginação ou não. Para preservar os contos populares de Rio das Ostras, a poetisa, pesquisadora e escritora, Selma Alves da Rocha, lançou em 1997 a literatura em formato de cordel, “Lendas e Causus”. A obra, composta por oito narrativas em formato de versos e rima, foi baseada no projeto da Fundação Rio das Ostras de Cultura para Levantamento, Resgate e Preservação da História e Memória Documental do município. Segundo Selma, a literatura surgiu após colher depoimentos para o livro “Terra dos Peixes”, obra da memória viva e documental de Rio das Ostras. Em meio às entrevistas realizadas, a poetisa percebeu que eram muitos contos e que eles mereciam ser publicados em outro livro. “Podemos dizer que a literatura de cordel “Lendas e Causus” foi filho da obra “Terra dos Peixes”. Para o “Lendas e Causus” foram colhidos 34 depoimentos, de moradores antigos da cidade, como parteiras e pescadores, por exemplo. Os personagens tinham, na época, idade entre 60 e 80 anos. Dessas pessoas, apenas quatro permanecem vivas. Conheça algumas histórias.

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O HOMEM DE PRETO

A MULHER DO LENÇOL

FOTO DE UMA COBRA

No tempo em que Rio das Ostras Era uma aldeia de pescadores Muitas coisas assombrosas então aconteciam Num lugar conhecido como Portão do Pinto Tinham medo os moradores, É verdade, eu não minto!

Na Lagoa dos Jacarés Muita coisa acontecia Que assombrava o povo Que dali sempre fugia Principalmente nas noites Bonitas da lua cheia E as almas penadas surgiam Cada uma do seu jeito E as pessoas tremiam E os fantasmas brincavam Cada qual com seu defeito...

Que existiu E em toda quarta-feira Nas casinhas de sapé Aparecia na soleira E ninguém sabia dizer Como ficar bem escondida Esperando a hora certa De dar sua mordida.

Todos ainda se lembram Do tal Homem de Preto Assombração esquisita Espantando as pessoas Com seu negro capote Comprido até o chão E um enorme chapéu Balançando sempre as mãos E no cair da noite Quando alguém se aproximava O homem de preto diminuía, diminuía Ou aumentava, aumentava Uma vez um pescador No homem de preto atirou Entre o Portão do Pinto E a velha figueira Mas a assombração Esperta como ela era Desapareceu na sua gente Sem eira nem beira... E quem do Homem de Preto Ousasse chagar perto Levava mesmo era uma caça De arder a carne e a pele, E pela força de seu porrete Doía a semana inteira... E para terror de todos Só surrava os corajosos Que no Portão do Pinto Arriscavam uma carreira...

Havia a Mulher do Lençol Que ficava na estrada E ali sempre deitada Enrolada no pano branco Esperava quem chegasse Pra fazer a traquinagem Que de todo era ruindade E quem chegasse perto A mulher do lençol subia Subia até o céu Até pra onde ninguém mais via E depois só pra assombrar O otário só que passava Descia, descia, descia E pela terra se enfiava E depois ressurgia E assim ela brincava E quem ali estivesse No seu pavor assombrado Ficava paralisado E de todo hipnotizado Sem se mover um milímetro Porque se mexesse, o coitado Era enterrado por centímetro....

Todo homem que bebia E chegava tarde em casa Perturbando a mulher e os meninos Enfrentavam aquela cobra Depois que se deitavam Pois ela misteriosa, Cobra de outro mundo Tinha seu jeito próprio Pra cuidar dos vagabundos. Cobra grande, cabeça comprida Olhos de fogo e destemida Subia na cama dos bêbados E ficava esticadinha Em cima de seus corpos Era dona sozinha. Não tinha pau nem pedra Que fizesse ela fugir E só quando amanhecia A cobra desaparecia Na frente de todo mundo Pra na próxima quarta-feira Ressurgir.

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Cidadão

Artista plástico quer imortalizar suas obras

Fotos: Heitor Neto

C

om uma técnica própria e cores personalizadas, Valdemar Francischetti, nascido em São Paulo, é artista plástico, desenhista autoditada e um pintor de renome na região. Manejando o pincel com uma maestria de quem tem 61 anos de técnica, é reconhecido por apreciadores de arte e já vendeu obras para diversos países. Com isso, possui peças expostas em todos os cantos do Brasil e do mundo. Francischetti começou a pintar aos seis anos de idade, atualmente maneja o pincel com maestria graças à influência de seu irmão mais velho, Walter Francischetti. Passando a tentar imitar seu irmão, Francischetti logo percebeu que sua habilidade o ultrapassava. Apesar disso Walter rasgava todos os seus desenhos, até que um dia isso não ocorreu mais, neste dia, o pintor sabia que tinha chegado a um nível de desenho que agradava seu irmão. Aos 12 anos ganhou uma aquarela de seu pai e passou a trabalhar como desenhista em feiras. Quando entrou para o Exército em 1965 já ganhava dinheiro com a pintura. Permaneceu nas forças armadas por 30 anos, mas não abandonou seu dom. Durante sua carreira militar fez várias exposições no quartel. Segundo o pintor, o que mais o inspira a criar suas incríveis obras é a natureza. Praias, o sol se pondo e lindos caminhos com árvores e vegetação, são paisagens rotineiras em algumas pinturas. “Queria pintar

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Com 61 anos de experiência, Francischetti possui quadros espalhados pelo mundo tudo que Deus criou, pena que não tenho tempo de vida para fazer tudo.” Segundo ele, algumas paisagens que pintou há anos atrás já não existem mais, por isso as pinturas acabam virando um registro histórico. Com um número de obras feitas desconhecido, mais que em 1984 chegava 4.800, Francischetti não se prende a estilos específicos e domina várias técnicas como, pintura à óleo, aquarela e uma inovadora, que utiliza sprays de tinta ou Color Jet. “Faço um apanhado de vários, acadêmico, impressionista, modernista, contemporâneo e crio o meu próprio.” As cores dão um destaque especial aos quadros do pintor. Ele revela que fabrica suas próprias tintas, por isso que elas têm um colorido mais vivo. Ele explica que as tintas comerciais têm apenas 30% de pigmento (cor) e 70% de carga ou silicato de alumínio, que aumentam o volume da tinta e diminuem o custo, mas tornam as cores mais apagadas e menos duráveis. Mas, as produzidas por ele possuem de 70 ou 80% de pigmento, o que as torna mais brilhantes e as faz durar anos. “Tenho peça que pintei há 20 ou 30 anos, mas parecem que as fiz na semana passada”, finalizou.

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