Caderno Especial - Pets

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CATIANE GRASSI FOTOGRAFIA ADNRÉIA ANDRÉIA D. FOTOGRAFIA

27 de abril de 2019

O Cachorro Luli é o companheiro de Marciana Batistella e da pequena Mariana, ainda na barriga da mamãe. Elas foram fotografadas pela Catiane Grassi Fotografia.

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Rua Olavo Bilac, 1219 | Bairro São Bento Fones: (54)3452.0172 | 99112.4835


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Sábado, 27 de abril de 2019

Mantenha seus animais sempre saudáveis

Antes de optar por um animal de estimação, é preciso ter em mente que os cuidados necessários para oferecer uma vida de qualidade aos bichinhos vão muito além do que providenciar água, comida e um teto. Exige muito mais responsabilidades. De acordo com a médica veterinária, Gabriela Cousandier, ter um animal de estimação exige muitas responsabilidades. "O animal precisa de um lar com espaço adequado, de assistência veterinária e cuidados básicos de higiene. Ter um animal de estimação exige atenção, tempo e carinho", indica. Ela esclarece que muito mais

que carinho e amor, os animais precisam de cuidados para manterem-se sempre saudáveis. "Oferecer uma alimentação de qualidade, manter as vacinas atualizadas, fazer um controle de pulgas e carrapatos e realizar a desverminação periódica de acordo com recomendação do médico veterinário. Animais necessitam de espaço adequado para o seu porte, de um ambiente limpo e seguro, além de cuidados básicos de higiene como banhos e cuidados com a saúde bucal. Visitas frequentes ao médico veterinário e realização de exames periódicos são essenciais para manter a saúde dos pets em dia", avalia.

Adoção, um ato de amor, cumplicidade e gratidão Há pouco mais de um mês a vida de Juli Rimoldi e de toda a sua família mudou, e para melhor! Isso porque uma nova integrante chegou para mudar a rotina deles e encher o lar de muito mais amor. Juli encontrou a pequena Pérola, uma cachorra dócil e brincalhona, abandonada em uma caixa no bairro Universitário. E essa história de amor e dedicação iniciou no momento em que os caminhos de ambas se cruzaram. "Ela é uma guerreira, pela forma que sobreviveu e não desistiu em nenhum momento de lutar pela vida. Da forma que a encontramos, cogitamos várias vezes em fazer a eutanásia, mas cada vez que eu ia ver ela, de alguma forma ela me fazia acreditar que ficaria bem e que eu só tinha que ter paciência e não desistir dela", explica. O pensamento de Juli, da mãe Solange e do padrasto Silvio era de colocá-la para adoção quando ela se recuperasse, entretanto, tudo mudou.

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"Quando ficamos sabendo que ela ficaria cega veio uma nova preocupação, pois sabíamos que não seria qualquer pessoa que iria ficar com ela e ao mesmo tempo, também, não sabíamos se iríamos saber lidar com a situação. Porém, foi aí que o amor aumentou mais, e a hipótese de doar ela foi descartada, afinal, seria uma nova experiência pra ela e para nós também", salienta. Cada nova descoberta feita por Pérola é comemorada por sua nova família e pelos dois

irmãos de quatro patas que ela recebeu nesse novo lar. "Não tem explicação a gratidão que ela sente por nós. Ela demonstra muito, e isso não tem preço que pague. Cada descoberta dela é uma conquista para nos também. A última coisa que ela aprendeu foi beber água sozinha, para alguns é uma coisa simples, mas pra ela não, é uma conquista mesmo. Os dois pets que temos sentem um pouco de ciúmes, mas a paciência que eles têm com ela é incrível", relata.

Convivência com pets traz benefícios em todas as idades Estamos de cara nova! Com quase

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anos de mercado, a equipe da

Clínica Veterinária Amigo Travesso Dra. Michele Segatto

apresenta sua nova marca.

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Atualmente, os animais estão mais humanizados, muitas vezes são considerados como filhos, irmãos, fazem parte de uma rotina e de um contexto familiar. O relacionamento com os animais traz muitos benefícios para as pessoas de todas as idades, especialmente as crianças. De acordo com a médica veterinária, Michele Segatto, na questão de interação, principalmente, houve uma melhora significativa. "Por exemplo, para aquelas crianças que são um pouco revoltadas, que não tem aquele hábito de ajudar, muitas vezes as psicólogas indicam que a família tenha um animalzinho de estimação. Desta forma, os pequenos começam a ter mais responsabilidade de limpeza, organização. Isso é um ponto muito positivo da convivência com os animais", indica.

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Entretanto, além de ser benéfica por um lado, essa relação mais humana desenvolveu, nos pets, algumas doenças que eram exclusivamente do ser humano. "Hoje em dia existe o stress, principalmente em animais que vivem em apartamento e não tem aquele convívio ao ar livre e que saem para passear aos finais de semana. Esses sim apresentam níveis de stress e

esses acabam com problemas hormonais, dermatológicos, endócrinos, problemas gerais", esclarece. Entretanto, a preocupação e o cuidado dos tutores é imprescindível. "Hoje os tutores trazem com mais frequência ao veterinário, evitando que surjam problemas futuros e isso é muito bom pois se detecta as doenças mais cedo e se faz o tratamento precoce", analisa.


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Um amor mútuo e familiar A importância dos exames laboratoriais em pets por Bicholab Os pets estão cada vez mais sendo incorporados ao meio familiar e, muitas vezes, tornam-se a principal fonte de afeto, aconchego, alegria e, principalmente, de amor em uma residência. Ultimamente, fazem quase tudo com a sua família: deitam-se no sofá, assistem televisão e até mesmo dormem na cama com seus tutores. Essa nova configuração familiar prova que o amor vai muito além da composição tradicional. De acordo com a Médica Veterinária Dafni Nicolaou, muitas são as vantagens em ter um animalzinho de estimação em todas as idades. "A companhia de um pet evita o isolamento das pessoas, afastando a depressão, e os benefícios não param por aí: os idosos donos de cães e gatos tam-

bém se tornam mais ativos e sociáveis. Quanto às crianças, os animais oferecem grandes lições à elas e o convívio é essencial para seu desenvolvimento. O vínculo que se cria entre a família e o mascote promove o amor e a responsabilidade. Além disso, se constrói um fator de segurança e uma grande companhia para todos os integrantes da família", avalia. Ela também salienta que as crianças, ao conviver com os animais com pelos, podem gerar uma resposta imune contra os agentes patógenos que causam alergias e a asma. Outra questão muito importante a ser levada em consideração é que, na hora de escolher seu mascote, é necessário verificar alguns itens. "O tempo que se dispõe para cuidar dele

e, dependendo da idade das crianças, o quão adequado pode ser para o seu desenvolvimento e a convivência na casa", esclarece Dafni. Além disso, os cuidados com a saúde dele devem ser constantes. "Eles vão desde uma alimentação de qualidade, indicada conforme a idade do pet, até o manter a carteirinha de vacinação sempre em dia, desverminar, e os cuidados com a higiene e conforto do animal. Pode-se destacar a importância da castração para evitar doenças como, por exemplo, tumores de mamas e também realizar check up anual com o médico veterinário, para consulta e exames. E, claro, sempre que o pet apresentar algum sinal clínico, é dever do tutor, levar para uma consulta assim como fazer o tratamento prescrito", analisa. REPRODUÇÃO

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Hospital veterinário Cirurgia Hospedagem Raio-x Ultrassonografia Eletrocardiograma Clínica Vacinas Centro de fisioterapia Internação

DIVULGAÇÃO

Biomédicas especialistas do Bicholab: Daiane S. Glowacki, Tânia Torriani, Danielle C. Antoniazzi

Infelizmente, os animais de estimação não sabem “dizer” quando estão mal! Além de mostrar se a saúde do seu pet está em dia, os exames de análises clínicas na área veterinária auxiliam tanto na prevenção de doenças, quanto no tratamento e acompanhamento das mesmas, uma vez que os sinais e sintomas de diferentes distúrbios são muito parecidos, podendo dificultar o diagnóstico e tratamento corretos, e ainda agravar o quadro de saúde do seu melhor

amigo. Também se faz necessário saber se o seu animal está saudável para passar por um processo cirúrgico complexo, ou uma simples limpeza de dentes, uma vez que o os riscos destes procedimentos podem ser previstos e/ou diminuídos através da realização de exames pré-cirúrgicos. O laboratório Bicholab é pioneiro na Serra Gaúcha e está em atividade há quase 10 anos. Possui uma equipe de especialistas na área, com excelência em análises clí-

nicas veterinárias, além de contar com um rígido controle de qualidade, o que garante resultados de extrema confiança. Temos pacotes específicos e preços diferenciados para instituições carentes e Ong´s. Somos apaixonados pelo que fazemos e amamos os animais e todas as espécies, cores, raças, patas e focinhos... “Quem ama cuida”. Cotatos: Fone: (54) 3454.1919, whatsapp: (54) 99695.1919. Instagram: @bicholab

Médicos veterinários Rosangela Nilsson Nicolaou CRMV3261 Ioanis P. Nicolaou CRMV 3085 Yoanna K Nicolaou CRMV 11977 Dafni T. Nicolaou CRMV 14495 Conta ainda com parceria de o�almologista, ortopedista, neurologista, oncologista e dermatologista.

Urgências: 98406.3432 Júlio de Cas lhos, 330 | Centro | Fone: 3452.3759 | Domingos Rubechini, 330 | Fenavinho | Fone: 3454.2570


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Maria Cecilia Nicolaou toda sorridente com a pet Gisele

Daiane Soares Glowacki e Diogo Pegoraro com a esperta cachorra Mel

Guilherme e Nicolas Giordani Teixeira posando para a foto com o cão Paisano

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Mônica da Rold e as pets Nina e Mel

Márcio Sbikoski e Daniela da Silva, passeando com os pets Wesley e Belinha


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FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Bruna Maria de Moura Migon com a obediente e brincalhona Mocca

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24/04/2019

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Augusto Ranzi e Paula Miotto com seu gato Tigrão

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Vallontano Risoteria e Café, aqui seu pet é bem-vindo Se você ainda não sabe o que significa Pet Friendly, a gente explica: a expressão pode ser traduzida ao pé da letra como ‘amigo dos animais’ e é utilizada para identificar lugares onde os animais são bem-vindos, aceitos, onde podem permanecer. Um destes locais, aqui em Bento Gonçalves, é a Vallontano Risoteria e Café, localizada no Vale dos Vinhedos. O conceito existe há cinco anos no local e o fluxo, de lá para cá, aumentou gradativamente, em termos de porcentagem, cerca de 30%. O espaço possui um lindo deck, com vista para os parreirais, aonde os peludos podem correr, brincar e rolar. O deck é coberto e com proteção com ombrelones para o sol, mantinhas para o frio e, ainda, são disponibilizados tapetes e almofadas para os pets, brinquedos, petiscos e água fresca. No espaço é servido todo o cardápio a lá carte, cafés e vinhos da casa. A ideia surgiu quando a proprietária do estabelecimento sentiu falta de opções para curtir com os seus pets, pois muitas vezes sentia-se frustrada por sair e não poder levar eles para os locais que iria, pois, atualmente, eles fazem parte da fa-

Viaje tranquilo com o seu pet ARQUIVO PESSOAL

mília e, muitas vezes, já saíamos de casa querendo voltar ou ficar com eles. Quem tem animais de estimação têm outra visão sobre isso, com mais sentimento, compreensão e sempre se coloca no lugar do outro. Quem deseja conhecer o espaço, pode reservar com antecedência, desta forma, a equipe da Vallontano já deixa o ambiente preparado para recepcionar a família e o seu pet da melhor forma possível. Quanto a regras, não há exigência de número máximo de pets, nem de porte, nem limitação quanto a espécie. Eles terão toda a comodidade e conforto, podendo ficar solto, aproveitar o ambiente e explorar as imediações do espaço. Da mes-

ma forma, é possível degustar os vinhos e espumantes da casa acompanhados dos pets! Mais informações sobre o serviço Pet Friendly podem ser obtidas pelo telefone (54) 34591006, ou pelo e-mail cafe@ vallontano.com.br. A Vallontano está localizada na RS 444, km 16, na Estrada do Vinho, no Vale dos Vinhedos. O horário de atendimento é de terças à domingos, das 11h às 17h.

Malas prontas, família arrumada, pé na estrada e nada nem ninguém que tenha ficado para trás. A viagem é para todos: adultos, crianças e até mesmo os animais. Quem tem um pet em casa só viaja tranquilo sob uma condição, se ele for junto. Entretanto, alguns cuidados são imprescindíveis para que eles possam viajar com tranquilidade e segurança, seja de carro, de ônibus ou até mesmo de avião. Por isso, é importante ficar atento para todas as regras existentes e desfrutar da viagem com o seu melhor amigo, em qualquer lugar. Se a viagem for de carro, o ideal é que ela seja bem planejada, pois existem as formas corretas de acomodar o seu pet. Além da caixa de transporte, há a opção do cinto, adaptador e cadeirinha de segurança, como as usadas por crianças. A legislação de trânsito não permite animais soltos no carro. Por isso, antes de colocar o pé na estrada, certifique-se de que tudo esteja dentro das normas. Já se a viagem for de ônibus, vale ressaltar que não existe nenhuma lei que obrigue as empresas de transportes a carregarem animais de estimação. Portanto, o transporte de animais em ônibus

torna-se um diferencial da empresa. Além disso, cada viação possui as suas regras quando o assunto é levar passageiros especiais, como no caso dos cães, por isso, antes de mais nada, contate a empresa responsável pelo transporte e certifique-se de que eles realizam este tipo de serviço. Seguindo as instruções de fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as agências de ônibus permitem apenas animais de pequeno ou médio porte. Além disso, eles precisam estar acomodados da maneira correta (em uma caixinha de transporte) e com a saúde em dia (vacinação e ter um atestado sanitário para o trânsito de cães e gatos com data inferior a 15 dias). Outra questão imposta pela ANTT, é que cada ônibus só pode transportar dois animais por vez e há algumas taxas para o transporte. Se a viagem for de avião, é importante atentar, pois ela requer um pouco de planejamento, adaptação do animal e o cumprimento de algumas exigências das companhias aéreas. Cada empresa possui suas regras, então é imprescindível que você contate e esclareça suas dúvidas. REPRODUÇÃO

Como preparar o pet para a chegada de um bebê A chegada de uma criança mexe com toda a família e, consequentemente, com os animais que estão nela. Compreender essa mudança, muitas vezes, não é fácil, mas é necessária.

De acordo com a médica veterinária, Angélica Giordani, este preparo para receber este novo integrante da família deve ser iniciado quando a mulher descobre a gravidez. "Não dá para deixar para querer mudar toda a casa e ambientes quando esse bebê chega na casa, pois o animal vai sentir muito. Era ele que recebia toda a atenção, carinho e passeios na hora certa, por isso, o ideal é começar a preparar o animal antes, quando a mulher descobre a gravidez", salienta. Segundo ela, uma das opções para evitar uma mudança drástica na rotina é tentar adaptar

a criança a uma nova realidade. "O que dá para fazer é pegar uma boneca e realizar a rotina do que vai acontecer com a criança. Trocar a fralda, mostrar para esse pet como será trocada a fralda, deixar ele cheirar as roupinhas do bebê, o enxoval, os objetos, mostrar o quarto, os brinquedos, até mesmo para ele entender que um novo ser vai habitar a casa a qualquer momento", esclarece. Ela salienta que, para uma convivência harmônica com todos, é necessário respeito. "Sempre mostrar para o animal que ele ganhou um novo irmãozinho e ensinar, para o bebê, desde pequeno, o respeito que tem que ter pelo animal também. Uma troca mútua", avalia.

Ongs em Bento Gonçalves Patas e focinhos Contatos: ongpatasefocinhos@ gmail.com instagram.com/ongpatasfocinhos/ facebook.com/SOSPatasefocinhos Todos por um focinho Contatos:

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Mitos e verdades sobre a castração pediátrica Tradicionalmente, a castração de gatos é feita a partir dos 6 meses de idade, no entanto, são comuns casos em que fêmeas entram no cio próximo aos 4 meses, e machos que, aos 5 meses, já marcam território com urina e fogem em busca de fêmeas. A castração de filhotes é cercada de mitos e questionamentos, por isso é um assunto que precisa ser debatido constantemente, sendo essencial para a saúde dos pets e a redução do número de animais em situação de rua. A médica veterinária Janice K. Thiessen, esclarece algumas questões para que a família fique tranquila na hora da escolha da castração. Ela esclarece que um dos mitos mais difundidos é que é preciso deixar a gata ter uma cria antes de castrar, porém não existe fundamentação científica para essa teoria. Além do acasalamento ser doloroso para os felinos, as chances de desenvolver complicações de saúde são maiores em animais

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não castrados. Outro assunto bastante associado à castração de filhotes é o mito da ocorrência de problemas urinários, principalmente em gatos machos. Entretanto, a profissional diz que estudos internacionais apontam que não há diferenças significativas entre uretras de gatos castrados precocemente e os castrados tardiamente. A verdade é que os problemas urinários es-

tão relacionados à anatomia da uretra felina e ao baixo consumo de líquidos. A castração em geral, mas principalmente a pediátrica, altera positivamente o comportamento dos animais no sentido de reduzir a hiperatividade e agressividade. Além disso, são reduzidas também as chances de fuga e demarcação de território com urina. A veterinária aborda que a esterilização de filhotes reduz

drasticamente a ocorrência de doenças potencialmente fatais como a piometra e vários tipos de câncer ligados ao estímulo hormonal, como o câncer de mama, de útero, de ovário e de próstata. "Vale salientar que pelo menos 85% dos tumores mamários em felinos são malignos. Quando a castração é realizada antes do primeiro cio, o risco de desenvolvimento desses tumores cai praticamente a zero", ressalta. Filhotes possuem um metabolismo acelerado, o que proporciona uma recuperação muito mais rápida e menos dolorida. Na castração pediátrica são necessários menos anestésicos e medicamentos, além do tempo de cirurgia ser menor do que uma castração tradicional. Com isso, o valor final do procedimento também fica mais baixo. Estatisticamente, 60% a 80% dos adotantes não esteriliza seus animais. Filhotes entregues para adoção após a castração levam consigo a garan-

tia de que nunca irão procriar indevidamente, evitando assim a geração de animais que ficarão na rua sofrendo os riscos de doenças, falta de segurança e, por si mesmos, gerando seus próprios filhotes eternizando o ciclo de abandono, descaso, maus-tratos e dor. O conceito de "idade ideal" para castração já não se aplica atualmente, uma vez que a técnica de castração pediátrica já é amplamente utilizada em países desenvolvidos há mais de 25 anos. "A esterilização precoce é segura em machos e fêmeas a partir de 6 a 8 semanas, desde que o filhote pese pelo menos 1kg. O ideal é que a esterilização ocorra antes do primeiro cio", disse. Segundo Janice, a castração pediátrica é benéfica para a saúde e pode melhorar a qualidade de vida de seu felino. Caso você tenha um filhotinho em sua família, converse com um veterinário de confiança sobre o procedimento.


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Sábado, 27 de abril de 2019

Sobre a dor de perder o animal de estimação...

Mantenha seu felino sempre saudável FOTOS REPRODUÇÃO

Segundo levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2013, de cada 100 famílias do nosso país, 44 criavam cachorros, enquanto 36 tinham ou preferiam crianças. Hoje em dia, é possível pensar que os números estão ainda mais elevados em relação à escolha pelos animais. E nesta contagem, não entraram as casas em que é possível encontrar gatos, aves, etc. Mesmo nesse cenário, não é raro uma pessoa cujo animal de estimação morreu ser consolada com frases como “era só um bichinho, não fique assim” ou “arrume outro para substituir”. Perder um animal de estimação pode ser uma experiência tão dolorosa quanto perder um membro da família ou outra pessoa próxima. Diante da perda, as reações experimentadas de luto são muito parecidas com qualquer outro tipo de rompimento de vínculo: tristeza, sensação de vazio, raiva, culpa, angústia, medo, etc. Observa-se que as famílias, tal como conhecidas antes, vêm passando por mudanças importantes em relação aos modelos tradicionais, o que faz com que o animal de estimação esteja in-

tegrado ao núcleo familiar como mais um membro. Contudo, o luto pela perda de um bichinho ao qual se estava vinculado e que faziam parte da rotina acaba também gerando efeitos paradoxais, devido aos sentimentos de pesar associados à vivência da perda, ao mesmo tempo em que há o não reconhecimento social da dor ou mesmo a não aceitação da dor da própria pessoa. Por mais que perder um animalzinho de estimação seja como perder parte de si mesmo ou da família, ainda há muita vergonha em expressar os sentimentos em relação a esta perda, pelo receio da desvalia ou da incompreensão alheia. Ter um bicho de estimação é uma experiência amorosa intensa, que transforma a vida e a rotina do tutor. E em relação à morte, não se pode dizer o que é certo e o que é errado nos modos como sentir, por quem sentir e como agir. Cada qual precisa fazer o que entende que deve ser feito. E os rituais, por exemplo, podem fazer parte de uma experiência de processamento deste luto como forma de reconhecimento e valorização da dor da perda, sobretudo num meio

onde a perda pelo animal de estimação ainda é pouco falada, entendida e reconhecida como um luto. Então, é importante lembrar que ainda que a nossa sociedade tenha um caminho largo de entendimento e educação frente aos processos de morte e do morrer, não é preciso forçar a parte da vida de seguir em frente ou comprar logo um outro bichinho na tentativa de esquecer-se da dor. Cada pessoa tem um tempo para sentir-se confortável novamente com um novo animalzinho, se é que houver um novo desejo de tê-lo. Além disso, nenhum bichinho é substituível, então está valendo colocar um nome diferente quando da compra por um novo mascote. A ideia está em ter uma nova experiência, enquanto a anterior pode ser mantida nas lembranças com carinho e amor, aprendidos em outra dimensão que vem por meio das partidas.

Franciele Sassi Especialista em Luto, Separação e Perdas, Especialista em Dinâmicas Vinculares (Relacionamentos) CRP 07/24082 Telefone 99934.1643

Um dos animaizinhos mais presentes nas residências das pessoas são os gatos. Por isso, todo cuidado com o seu animalzinho de estimação é importante para que ele se mantenha sempre saudável e possa compartilhar lindos momentos em família. A médica veterinária Luana Azzolini esclarece que os felinos têm ancestrais desérticos e, por isso, eles têm menos intimidade com a água. “Precisamos entender que nosso felino é um carnívoro e que na natureza quando ingere uma presa, grande porcentagem dela é água (sangue e vísceras). Quando colocamos nosso gato em um local com pouco enriquecimento ambiental, o castramos (aumentando a sua preguicinha) e damos apenas ração seca, estamos prejudicando e muito o seu trato urinário”, aborda. Por isso, segundo ela, é importante seguir algumas dicas para que seu gatinho fique sempre bem, e são pequenos detalhes que po-

dem fazer a diferença na longevidade – ficando mais tempo com sua família - e melhorando sua qualidade de vida. “A primeira dica é dar ração úmida, ao contrário do que muitos pensam, ela é de extrema importância por ter, em média, 80% de líquido. Também é importante colocar potes e fontes espalhados pela casa, algumas delas têm formatos diferentes e eles gostam muito! ”, salienta. Outro item essencial para eles e que se torna higiênico e confortável também para os moradores da residência são as caixas de areia. De acordo com a veterinária, o ideal é ter sempre uma a mais que o número de gatos na casa e mantê-las sempre limpinhas. Para que a diversão fique ainda maior, além das brincadeiras normais com os tutores, é importante colocar outros itens pela casa. “Enriquecer o ambiente, com caixas de papelão, verticalização do ambiente e brinquedos (que podem ser até bolinhas de papel), fará a diferença para eles”, indica.

O ato de brincar é muito importante para a saúde mental e física dos animais de estimação. Eles testam seus limites pulando, correndo, rosnando, latindo, atacando e mordendo tudo o que veem pela frente. E todas estas ações irão preparar o animal para a vida, estabelecendo vínculos sociais e morais desde cedo.


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