Caderno Especial - Vestibular de Inverno 2019

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Sábado, 25 de maio de 2019

Esteja atento às suas escolhas Assim como as novas tecnologias e demais inovações que surgem no decorrer dos anos, os vestibulares também estão se adaptando às novas realidades educacionais e se moldando, principalmente, às rotinas dos alunos. Para entender quais são as mudanças ocorridas ao longo dos tempos neste quesito, o JS esclareceu algumas dúvidas com Cláudio Souza, professor e diretor de um curso pré-vestibular do município. De acordo ele, as faculdades e universidades se adaptaram ao ‘novo mundo’ e atualmente percebe-se uma grande oferta de vagas no ensino superior particular. “A maior parte das faculdades e universidades particulares tem feito vários processos seletivos durante o ano, quase todo mês, a fim de preencher as vagas que ficam em aberto”, avalia o docente. Ele destaca que é sempre importante estar atento e escolher muito bem a faculdade que ingressará. “É importante lembrar que com o aumento de oferta, o mercado de trabalho fica muito mais qualificado e exigente. Uma formação em um curso de qualidade, numa instituição séria e bem avaliada nacionalmente, facilita muito o ingresso no mercado. Um diploma dito ‘de peso’, faz muita diferença”, esclarece.

REPRODUÇÃO

Orientações aos vestibulandos Muito mais do que apenas escolher a graduação, é essencial ficar atento, pois esta será uma escolha decisiva na vida acadêmica e para o futuro profissional. Segundo Souza, é importante avaliar todas estas questões antes de optar pela instituição de ensino que deseja ingressar. “Pesquisem muito bem as avaliações das universidades e dos cursos desejados. Não adianta fazer um curso superior só para constar. O mercado está cada vez mais exigente e concorrido, por isso, é primordial não ser uma decisão precipitada”, destaca. Outra orientação importante é sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado anualmente. “Indico aos alunos e vestibulandos que façam o Enem, porque é a seleção para todas as universidades públicas e também para grande parte das particulares. Ele também possibilita que os alunos de escola pública obtenham uma bolsa total ou parcial nas universidades particulares através do Prouni. Para os alunos de escolas particulares, o nem possibilita o financiamento do ensino superior (FIES) com juros baixos e carência para pagar depois de formado”, explica. O professor explica que os

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cursinhos pré-vestibulares tiveram que se adaptar às transformações educacionais ocorridas para que o estudante possa estar ativo e buscar cada vez mais conhecimento. “Num primeiro momento é importante entender que o estudante mudou. O acesso à informação e ao ambiente virtual trouxe uma série de facilidades para os alunos que desejam estudar. A dinâmica das aulas teve que ser alterada”, pontua. Outro aspecto, segundo ele, é que o Enem passou a ter muita importância no país. “Mesmo com os últimos acontecimentos, troca de ministro da educação e as três trocas na presidência do INEP,

órgão responsável pela elaboração do Enem essa prova ainda é o acesso para o ensino superior em federais e para algumas particulares. Todos os preparatórios para o vestibular e Enem trocaram não só a metodologia, mas também as cargas horárias das matérias. Hoje as provas mais importantes são a Matemática e a Redação, independentemente do curso desejado. Os cursos mais concorridos têm cobrado um desempenho quase perfeito, praticamente acima de 90% de acerto. No Enem, estamos falando de 150 ou 160 questões num total de 180. A preparação deve ser muito forte”, indica.

Mudanças que estão por vir De acordo com o professor, muitas mudanças ainda podem ocorrer daqui para a frente. “Os cursos mais concorridos e de mais qualidade devem passar a um tipo de seleção que não leve em consideração apenas uma prova. É possível que as universidades passem a fazer entrevistas para selecionar os candidatos. Isso já está acontecendo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para selecionar os estudantes do curso de Medicina. Também se espera a adoção de uma nota mínima para o ingresso em cada curso. Principalmente nas vagas destinadas as ações afirmativas (cotas), as quais são muito importantes e que tem gerado um impacto social importante, a nota tem ficado muito baixas. Alguns estudantes entram sem condições mínimas de acompanhar as aulas e acabam abandonado”, avalia. Outro aspecto, segundo ele, é o programa do governo Bolsonaro em relação ao ensino superior. “A diminuição da verba para as Universidades Federais pode ter impacto no número de vagas oferecidas pelas instituições, o que acarretará um aumento na concorrência”, finaliza.


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