Bento Gonçalves :: Sábado :: 27 de abril de 2013
Sustentabilidade Matéria especial aborda a importância de manter atitudes sustentáveis e garantir sua qualidade de vida Pág. 4 e 5
Câncer de mama Projeto “De peito aberto” vai beneficiar o Imama de Bento e alertar sobre a doença Pág. 6
DST’s Evite as Doenças Sexualmente Transmissíveis com o uso de preservativo Pág. 8
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Saiba se você está viciado nas redes sociais
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cena se repete em dezenas de lugares públicos por aí – antes de comer, por exemplo, a foto do prato é postada no Instagram ou, na hora do jantar, a conversa é compartilhada até pelo chat do Facebook. A primeira coisa ao acordar: checar as atualizações do Twitter. Em um mundo extremamente digitalizado, essas ferramentas de aproximação virtual de pessoas têm possibilitado a criação de uma grande rede de relacionamentos online, mas afastaram e empobreceram os contatos presenciais. É cada vez mais comum que se deixe a vida real pela que acontece a cada segundo dentro das “telinhas”. Estar inserido nas redes sociais é normal; porém, a partir de que momento o uso intensivo desses dispositivos passa a ser preocupante? Segundo a psicóloga Dora Sampaio Góes, do Ambulatório de Transtornos do Impulso do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, o problema não está na quantidade de aplicativos de celular que você usa, mas, sim, em abrir mão de eventos sociais para ficar na companhia deles. “Percebe-se o vício quando a pessoa deixa de fazer outras coisas para estar conectada à internet, jogando online ou checando mensagens”, explica. A maioria das pessoas não se dá conta da dependência, sobretudo se o assunto em questão é a utilização do celular,
O problema está em abrir mão de eventos sociais para ficar na companhia do celular pois existe um consentimento da sociedade em relação à presença intensa dele em nossas vidas. Quando todos os seus amigos têm um perfil nos mesmos sites que você, entrar lá o tempo todo passa a ser encarado como uma atividade rotineira, e o uso abusivo, às vezes, passa despercebido. “É como o caso da pessoa que bebe e fala: ‘Imagine, eu só bebo aos fins de semana, não está me atrapalhando!’. Esse autoengano é comum em quadros de dependência, seja ela comportamental ou química”, conta a psicóloga.
Uso excessivo é dependência? Nem tudo o que a gente chama de vício no dia a dia atingiu o status de dependência, mas já pode ser visto como uma forma de alerta. “No caso do uso excessivo do smartphone, a dica é definir algumas regras
para evitar que ele atrapalhe a sua vida social. Enquanto assiste a um filme, desligue o celular. Quando estiver almoçando com os amigos, evite checar as suas mensagens a cada cinco minutos. Estabelecer um horário para as crianças e os adolescentes usarem a internet também é necessário. Existe hora certa para tudo!”, aconselha Dora. Essas são sugestões para você encontrar equilíbrio e não perder mais momentos especiais por estar superconcentrado na atualização do seu perfil virtual. Dica: Que tal fazer uma proposta aos seus amigos? Todos devem colocar os seus aparelhos sobre a mesa e quem acessar primeiro as redes sociais paga a conta. Isso é um bom teste de autocontrole, não é? Fonte: portalvital.com.br
Dicas de segurança na Internet Cuidado com suas senhas. Elas são a primeira barreira de proteção de sua identidade online e, por isso, não devem ser óbvias. Verifique as opções de privacidade da rede social e restrinja o acesso a informações pessoais. Tome cuidado com dados como CPF, RG, informações bancárias, endereço residencial/comercial e números de telefone. Muito cuidado ao utilizar os aplicativos integrados a redes sociais. Casos nos quais o aplicativo é malicioso e rouba informações do usuário não são raros. Não aceite o convite de pessoas desconhecidas sem antes verificar o perfil delas. Evite acessar suas redes através de dispositivos desconhecidos ou públicos, pois não há como garantir que esses equipamentos não possuem softwares maliciosos instalados. Os famosos “check-in” podem informar sua rotina diária e locais que frequenta, onde mora, trabalha e costuma ir, informações que podem ser usadas por pessoas mal intencionadas. Cuidado.
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A infertilidade masculina S
im, você pode ser o responsável pela dificuldade de sua mulher engravidar e a principal causa desse problema tem solução. A varicocele é a principal causa de infertilidade entre os homens. Estima-se que 40% dos casos de parceiros que não conseguem engravidar a mulher tenham o problema, mas nem todos os adultos com varicocele são inférteis, apenas 15% a 20%. Segundos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge 15% da população masculina na fase reprodutiva, considerada entre os 15 e 65 anos de idade. Ou seja, um em cada seis homens teria formação de varizes nos testículos, principal característica da doença. Em adolescentes, o pico de aparecimento da varicocele oscila entre 14 e 15 anos de idade. A maioria dos casos de varicocele é assintomática. O homem nada sente, embora alguns indivíduos ocasionalmente, reclamem de sensação de peso, dor intermitente ou aumento do volume escrotal. Em virtude de ausência de sintomas, o diagnóstico depende de exame físico minucioso, informa o consenso sobre infertilidade masculina da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). As varizes podem se apresentar somente no lado esquerdo em aproximadamente 80% a 95% dos casos, ou dos dois lados, em 10% a 20% dos casos. Raramente são encontradas apenas do lado direito. Os urologistas ressalvam que a doença é comum, tem tratamento e não leva a outras consequências, além da limitação da capacidade fértil do homem em alguns casos, o que não é pouca coisa.
Diagnóstico precoce Muitos portadores de varicocele chegam ao consultório com a doença em estágio avançado, depois de enfrentar dificuldade de ter filhos. O ideal seria que a varicocele fosse diagnosticada e tratada bem antes, de prefe-
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mento considerado. É indispensável a participação do paciente na decisão final sobre seu tratamento.
Tratamento cirúrgico
A varicocele é a principal causa de infertilidade entre os homens rência na adolescência. Daí a importância de levar o filho ao urologista no início da puberdade ou, no mínimo, procurar o médico antes do casamento para prevenir surpresas como esta na vida adulta.
As causas da infertilidade As causas da varicocele são desconhecidas. Acredita-se que tenha origem genética. Sabe-se que o homem nasce com ela e que filhos de pais portadores da doença têm duas vezes mais chance de desenvolvê-la. A informação mais importante sobre a varicocele, é que ela aumenta em um a dois graus centígrados a temperatura dos testículos, que são justamente os responsáveis pela produção do sêmem. Os espermatozóides dependem de um ambiente mais frio do que do nosso organismo (que é de 36,5º em média) para ser produzidos, por isso os testículos ficam fora do corpo. A elevação da temperatura escrotal e testicular alteraria a função das células germinativas. Os mecanismos fisiológicos que levam à infertilidade não são totalmente conhecidos, segundo a SBU, mas, além da elevação da temperatura, existem algumas hipóteses aceitas, como a que aponta a deficiência de
oxigenação nos testículos em consequência das alterações na circulação local, provocadas pela presença das varizes, com aumento do gás carbônico e dano ao tecido testicular. Nem todos os portadores de varicocele terão a capacidade fértil comprometida. A doença reduz a qualidade e/ ou quantidade de esperma somente em 40% a 50% dos casos e a maioria dos pacientes afetados apresenta alterações leves e modernas. Apenas 10% dos casos são considerados graves. O exame que identifica a capacidade fértil do homem é o espermograma, que deve ser feito sempre que há suspeita de infertilidade. Antes de submeter o paciente a esse tipo de exame, que também antecede os tratamentos de reprodução assistida, o urologista deve investigar a presença de varicocele, estabelece o conselho da SBU. A varicocele não apresenta sintomas visíveis ou perceptíveis, na maior parte dos casos, porque as varizes se desenvolvem internamente, dentro da bolsa escrotal. Apenas em situações mais avançadas ela pode se tornar visível, quando realça sob o tecido em formações que lembram varizes, com relevo e tom azulado. Nos casos da doença avançada, um testículo fica
maior da que o outro e podem ocorrer sintomas de desconforto, como dor sutil. Há casos em que o homem apresenta varicocele desenvolvida, tem alterações no sêmen causadas por ela e mesmo assim consegue levar a mulher a uma gravidez. A explicação para isso é o fato de algumas mulheres serem mais férteis, o que compensa a perda parcial da fertilidade masculina.
Tratando a infertilidade A cirurgia de varicocele, denominada varicocelectomia, e considerada o método efetivo no tratamento da infertilidade masculina, informa o consenso da SBU, que recomenda também o seguinte: Todos os homens com infertilidade devem ser investigados para a presença de varicocele. A técnica cirúrgica de eleição para o tratamento da varicocele associada à infertilidade é a subinguinal microcirúrgia (de preferência utilizando microscópio cirúrgico). A correção da varicocele deve preceder o emprego das técnicas de reprodução assistida. Essa regra pode ser alterada em algumas circunstâncias. Por exemplo, quando a mulher tem mais de 35 anos e a urgência da gestação passa a ser ele-
Não existe cura espontânea ou remédio para a varicocele. O único tratamento comprovadamente eficaz é a cirurgia, em que o médico interrompe a passagem sanguínea das varizes executando uma ligadura. Em todo paciente com infertilidade e varicocele, o tratamento cirúrgico deve ser considerado, embora alguns casos possam ser encaminhados diretamente para a reprodução assistida. A SBU sugere aos seus integrantes que empreguem a técnica de microcirurgia para tratar da varicocele, apesar de reconhecer que ela não é aplicável em larga escala. A microcirurgia possibilita a abordagem de um número maior de veias e, principalmente, permite preservar a artéria testicular e os vasos linfáticos, diminuindo possíveis lesões testiculares e a hidrocele. Na microcirurgia, o médico utiliza microscópio e instrumentos especiais e precisa de um treinamento específico. O procedimento cirúrgico é de pequeno porte, a microcirurgia dura em média duas horas. O paciente recebe uma sedação na veia, adormece e é submetido ao procedimento com anestesia local. Além de menos invasiva, a microcirurgia tem caráter ambulatorial, ou seja, não requer internação, podendo ser executada em clínicas ou hospitais-dia, desde que devidamente equipados. O indivíduo recém-operado pode voltar ás atividades após três dias da intervenção e fazer esforço físico depois de 15 dias. O sucesso da operação não significa, a volta da capacidade fértil. Um terço dos indivíduos que fazem a operação tem de recorrer às técnicas de reprodução. Fonte: Revista XY
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Especial
A sustentabilidade e N
osso bem-estar depende do uso consciente dos recursos naturais. Entenda por que, hoje, ser sustentável é ser saudável - e vice-versa. Cada real gasto com saneamento básico poupa quatro em tratamentos médicos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse dado já mostra o enorme impacto de espaços poluídos na qualidade de vida. Por outro lado, reforça que proteger o meio ambiente e prevenir doenças em vez de remediá-las é uma tática eficaz e econômica. “Devemos nos focar na promoção de saúde, e não apenas investir na assistência dos enfermos. Essa, aliás, é uma medida sustentável”, assegura Paulo Buss, diretor do Centro de Relações Internacionais em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Isso faz sentido. Primeiro porque hospitais gastam muita energia e produzem lixo à beça para cuidar dos pacientes — o ideal, então, é incentivar práticas que mantenham a população saudável, reduzindo o número de idas a esses locais. “Seguindo a maioria das atitudes recomendadas para evitar diversos males, como andar menos de carro e mais a pé ou preferir alimentos naturais a industrializados, já diminui o nível de poluentes emitidos”, observa Paulo Saldiva, patologista da Universidade de São Paulo. Confira a seguir como ainda maltratamos a água, a terra e o ar e aprenda o que você pode fazer para preservar tanto os recursos naturais como a sua saúde.
Água A seca só cresce - o desperdício de água em certas regiões ocasiona a falta do líquido em outras. A seca, problema cada vez mais comum, leva à desidratação e à morte. A desertificação de terra atinge atualmente 31 milhões de brasileiros. A rua vira rio - O solo das cidades, muito por causa do asfalto, fica cada vez mais impermeável. As únicas aberturas para o escoamento da água da chuva são fossas e bueiros. Boa parte das enchentes ocorre quando essas saídas entopem com o lixo jogado na rua. Descarte de remédio - Saneamento básico já! O despejo de
esgoto na natureza acaba com a biodiversidade de rios e lagos e também afeta o ser humano: diarreia, esquistossomose, cólera e hepatite A são sequelas dessa forma de poluição. Perigo químico - Uma prática comum é jogar remédios fora na pia ou na privada. Não pode! A rede de tratamento de esgoto de muitas cidades é incapaz de retirar essas substâncias da água. A contaminação de H2O - Determinados fármacos, desse jeito, voltam às casas na água tida como tratada. Esses medicamentos podem, então, dar origem a câncer, infertilidade e ovários policísticos. As Hidrelétricas - Elas inundam uma área imensa da natureza, favorecendo chateações como a malária e obrigando a evacuação de povos ribeirinhos. Mas são uma fonte energética limpa e eficaz. O jeito é economizar luz para aplacara necessidade de mais hidrelétricas e mesmo de fontes de energia poluentes. 68% da energia consumida no Brasil vem de hidrelétricas. A seca - 40% das pessoas no mundo vivem com menos água que o indicado. 37% da água retirada do meio ambiente brasileiro porem presas de saneamento é desperdiçada. Efeitos no corpo Desidratação; Leptospirose, malária e outras infecções; Câncer; Infertilidade; Ovários policísticos. O que podemos fazer O uso de eletricidade no país só cresce. O pico acontece à noite, quando as luzes são ligadas. Nada como dedicar esse momento ao travesseiro para diminuir essa despesa e conquistar mais saúde. Materiais como remédios, pilhas e óleo de cozinha não devem ser jogados no lixo comum, muito menos na privada, por causarem intoxicações. Procure postos de coleta especializados. Tenha sempre uma garrafinha de água por perto. Além de evitar o uso de copinhos plásticos, você fará um bem ao seu corpo por deixá-lo hidratado. Mas não se esqueça de lavá-la para que não vire um poço de bactérias.
Terra Redução da variedade - A derrubada de florestas para produzir madeira e ampliar lavoura se pastagens retira cerca de 200 espécies de árvores diferentes por hectare. O local fica com só uma dezena de tipos de plantas. A perda do desconhecido - O desmatamento sem controle das matas leva ao sumiço de gêneros de plantas e animais que nem sequer foram observados. Esses seres desconhecidos são essenciais ao ecossistema e poderiam até se tornar substrato para novos remédios e alimentos. Montanha de lixo - Na maioria das cidades brasileiras, o descarte dos detritos domésticos é feito sem cuidado com a natureza. Os lixões produzem chorume e gases tóxicos, que afetam a saúde do homem e destroem o meio ambiente. Ameaças que gos-
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e a saúde do homem tam de sujeira - Os lixões a céu aberto — e os dejetos atirados nas ruas — favorecem as pragas. São Paulo, por exemplo, enfrenta problemas de saúde pública graças ao aumento do número de ratos, pombas, baratas, pulgas e até escorpiões. Desigualdade à mesa - A principal parcela da superprodução alimentícia chega às regiões mais ricas do planeta. Ou seja, enquanto locais pobres às vezes ficam desabastecidos e sofrem com a fome, os desenvolvidos têm que lidar cada vez mais com ofertas fartas de junk food e a crescente epidemia da obesidade. Desperdício sem tamanho Quase metade dos alimentos cultivados se perde no caminho: o Brasil seria capaz de dar de comer a toda a sua população e ainda exportar excedentes se aproveitasse bem os itens que planta. Veneno à mesa - o uso excessivo de
agrotóxicos elimina pragas, mas também contamina a comida. Essas substâncias estão relacionadas a câncer, problemas respiratórios e neurológicos e até abortos. Efeitos no corpo Câncer; Aborto; Problemas respiratórios; Disfunções neurológicas; Obesidade; Intoxicação. O que podemos fazer Será que você realmente precisa comprar tanta coisa? A quantidade de lixo decorrente do consumismo atinge o seu organismo. Reduzir os gastos protege o corpo e a natureza além de sua conta bancária. Seja criterioso ao escolher os ingredientes que vai colocar à mesa: uma boa saída é procurar nas gôndolas do supermercado alimentos orgânicos, aqueles que não recebem agrotóxico na lavoura. Ter uma casa limpa e organizada é uma das melhores ações para deixar ratos, baratas e companhia do lado de fora do portão. O lixo acumulado é o esconderijo predileto dessas pragas.
Ar A fumaça de automóveis, indústrias, queimadas, da agropecuária e até da lenha e do cigarro polui a atmosfera e contribui para o aquecimento global. Isso tudo, junto, acarreta problemas que ameaçam cada um de nós. Mas calma: é possível melhorar esse panorama Uma digestão polidora - Durante a ruminação do capim, os bois liberam metano - sim, eles soltam puns, principalmente se a pastagem é de qualidade ruim. Esse gás estraga acamada de ozônio, a proteção do planeta contra os raios solares nocivos à pele, e colabora para o efeito estufa. Dentro de casa - Ao queimar lenha na lareira ou para cozinhar, você polui sua residência. Isso, no Brasil, gera 10 mil mortes por ano. O cigarro é outro que envenena o ambiente interno. Aliás, ele também danifica a atmosfera, embora em parcela menor. O aquecimento global - Toda a poluição do ar, unida, forma uma espécie de estufa que
impede a saída de raios ultravioleta e, com isso, mantém a temperatura da terra elevada. O calor excessivo afeta os ecossistemas - uma das consequências são as chuvas torrenciais ao longo do ano inteiro, que patrocinam epidemias. E a dengue - Após chuvas fortes, a água acumulada em pneus, garrafas e afins vira depósito das larvas do mosquito que propaga a doença. Outra razão para contra-atacar o aquecimento global. E as indústrias? - Justiça seja feita, houve um esforço nacional para controlar os gases expelidos pelas fábricas. Mas elas seguem despejando sujeira no ar, muitas vezes para produzir itens que só geram mais e mais desperdício. Ruas lotadas - O Brasil tem uma enorme frota de carros. Usados com frequência para transportar só uma pessoa, eles emitem poluentes e contribuem para o sedentarismo, já que seus donos passam a se mexer pouco para chegar a um lugar. As queimadas - A fumaceira vinda da incineração de mata se canaviais, resultado também de uma agropecuária arcaica, indica o tanto de sujeira que vai para a atmosfera. Essa nuvem viaja para outras regiões, afetando o ar, além de pulmões, coração e olhos. Efeitos no corpo Irritação nos olhos; Males cardíacos e também respiratórios; Sedentarismo; Dengue e outras epidemias; Câncer de pele. O que podemos fazer Lançar mão do transporte público faz com que você caminhe mais ao mesmo tempo que poupa a atmosfera da poluição de um carro. A bicicleta é mais uma ótima alternativa. Coma carne vermelha de duas a três vezes por semana no máximo. O consumo exagerado favorece tumores e estimula o crescimento odo rebanho brasileiro, já grande e poluidor o suficiente. Não queime o lixo doméstico, opte por um fogão a gás em vez de um a lenha e, por último, fuja do tabagismo. Assim você não prejudica seus pulmões, tampouco o ar que respiramos. Fonte: saude.abril.com.br
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Especial| Câncer de mama
Bento cria projeto “De peito aberto”
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salão de eventos do CIC/BG foi vestido de rosa para anunciar a forte causa da reunião-almoço ocorrida nesta quinta-feira, 25 : a conscientização do câncer de mama. O projeto “De peito aberto”, lançado no evento, foi criado para beneficiar o Imama Unidade Bento Gonçalves e alertar sobre a doença. O almoço reuniu 80 pessoas e destinou R$ 20 de cada ingresso para o Imama, entidade que atua em 21 municípios da Serra Gaúcha. A comunidade acolheu o projeto, conheceu o calendário oficial de eventos (em anexo) e escutou, atenta, as observações da Dra. Cídia Mazzoccato, que respondeu 11 perguntas mais frequentes sobre a doença. Além de ser lançado em Bento Gonçalves, o projeto conta com ações programadas em Carlos Barbosa, Farroupilha e Flores da Cunha. “De peito aberto” irá inserir o assunto câncer de mama em rodas de conversa e no cotidiano das pessoas, desmistificando o tema. Até agora, mais de 20 empresas e entidades confirmaram participação nas atividades e conta com o apoio da madrinha do projeto, a jornalista Rosane Marchetti, que enviou seu recado para o público, via vídeo. Além do papel social, outro importante intuito do programa é auxiliar o Imama BG. A entidade passa por situação financeira difícil: no ano em que completa dez anos de atuação, o Imama/BG se sente ameaçado e pode encerrar as atividades. A coordenadora do Imama BG, Andressa Ben, apresentou a entidade e os problemas que enfrenta para seguir prestando atendimento as mais de 320 mulheres que procuraram a entidade em 2012. “Não podemos virar as costas para nossas mulheres. Precisamos do apoio de todos vocês, que acolham a ideia de ‘peito aberto’”, pediu Andressa. Atividades como palestras em empresas, escolas e entidades, desfiles de moda em chão de fábrica, caminhadas, teatro, show ao ar livre, vitrines temáticas, debates, almoços e jantares
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beneficentes e muitas outras atividades fazem parte da programação, integrando entidades e empresas de Bento Gonçalves e região que abraçam a causa. Assim, o projeto atua com braços em diversos setores levando informação e senso de importância para toda a família e demais grupos sociais. Para o presidente do CIC/BG, Jordano Zanesco, apoiar o projeto é fator de orgulho para a entidade. “Estamos nos encontrando hoje sem ser por motivos empresariais: é por uma boa causa social. Vamos falar de saúde e não de doença, nos prevenir e ajudar a campanha”, alertou o presidente. O projeto é idealizado pela Hering Store de Bento Gonçalves. Entre as 11 perguntas respondidas pela mastologista Cídia Mazzocato, estiveram apontamentos sobre fatores de risco, prevenção, tratamento e cura da doença, que pode chegar a 95% quando diagnosticada precocemente. A doutora alertou para a importância dos bons hábitos de saúde como alimentação, exercício físico e consumo moderado de álcool e orientou as pacientes a fazer a mamografia anualmente aci-
ma dos 40 anos. “A mulher é a peça fundamental dos lares, cuida de tudo e todos ao mesmo tempo. É preciso que ela se examine, atente para seu corpo e procure atendimento médico quando surgir algo diferente na mama”, ensinou. O Rio Grande do Sul é o segundo estado brasileiro com maior incidência per capita de câncer de mama e primeiro em morte, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O levantamento projeta no Estado 81 casos, para cada 100 mil mulheres, no decorrer de 2012. Para cada 100 mulheres diagnosticadas, um homem desenvolve o câncer de mama. Porto Alegre, entre as capitais brasileiras, segue líder desse ranking, com números elevados e a expectativa de que some 125 novos casos a cada 100 mil mulheres, no período. E esta realidade está relacionada ao comportamento cultural de sua população, especialmente das mulheres, que não realizam consultas periódicas, nem conhecem o próprio corpo. Interessados em fazer parte do projeto podem procurar o Imama/BG pelo telefone (54) 3453.7546 ou imamabento@imama.org.br.
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Qual a importância de passar fio dental?
Os exames essenciais para a saúde da mulher
O Uma higiene precária da boca aumenta em 65% o risco de doenças no cérebro Não tem desculpa: ele precisa ser usado pelo menos uma vez ao dia. Confira o que pode acontecer com quem não faz isso direito. Boca banguela Tudo começa com o bafo de onça: a escova não alcança o espaço entre os dentes e a sujeira vai se acumulando. As gengivas ficam avermelhadas e mais sensíveis. O problema pode evoluir para uma periodontite e até mesmo levar à queda dos dentes. Não dá para esquecer Uma higiene precária do local aumenta em 65% o risco de liberação de diversas substâncias inflamatórias no cérebro. Isso significa que, ao longo dos anos, a falta de cuidados na limpeza bucal mata os neurônios e apaga as memórias. Perigo cardíaco Os micróbios perfuram os dentes até chegarem à raiz. Uma vez lá, esses seres microscópicos têm acesso ao sistema circulatório. Quando caem no sangue, eles viajam ao coração e trazem sérios
problemas para o órgão, que pode até parar de bater. Relações inesperadas A doença periodontal, causada pelo acúmulo de detritos, influencia os níveis de colesterol, glicose, triglicérides e a contagem de glóbulos brancos na circulação. Quanto mais suja a boca, maiores as chances de alterações nesses indicadores de saúde. Como usar a cordinha Destaque um pedaço caprichado de fio dental, que tenha entre 40 e 50 centímetros. Enrole as pontas nos dedos médios e utilize os polegares e os indicadores para dar firmeza ao fio. Vai e vem Pressione o fio na interseção de dois dentes. Depois de ultrapassar essa barreira, esfregue-o nas duas faces, em movimentos contínuos que vão de cima para baixo. A ideia é “varrer” toda a sujeira para fora. A linha deve chegar até a gengiva. Fonte: saude.abril.com.br
costume de visitar o médico periodicamente é muito importante para a saúde. Porém, infelizmente, é um hábito ainda muito ignorado. Quando se trata do ginecologista, por exemplo, é bastante comum que a correria do dia a dia faça com que a consulta seja adiada. “Se a paciente não apresentar alguma disfunção, o ideal é que a primeira consulta ginecológica seja marcada logo depois da primeira menstruação. A partir daí, a periodicidade deve ser anual”, aponta a especialista em obstetrícia e ginecologia Fabiane Andrade Vargas. Mesmo fazendo os checkups anuais, você sabe que tipo de exames são solicitados por seu médico para garantir que tudo será verificado apropriadamente? O histórico familiar e os antecedentes pessoais devem ser levados em conta, é claro, mas um paciente informado contribui para uma consulta mais proveitosa. Por isso, segue uma lista com exames indispensáveis para uma avaliação completa de sua saúde. Preventivo ou Papanicolau É fundamental para o diagnóstico das primeiras alterações no colo do útero, que são fáceis de tratar, sendo recomendado pela maioria dos médicos a partir da primeira relação sexual e anualmente desde então. “O câncer de colo uterino é o que mais mata as mulheres no Brasil devido à falta do exame preventivo”, alerta Fabiane.
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A periodicidade de ir a um ginecologista, por exemplo, deve ser anual Mamografia Na opinião da maioria dos ginecologistas, esse exame, que detecta anormalidades no tecido da mama, deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos de idade. Exceções são feitas para quem tem casos entre os parentes, pois quem tem história familiar de câncer de mama pode ter que iniciar mais cedo o monitoramento e a prevenção. Sorologias São ordenadas de acordo com o histórico e a suspeita de diagnóstico de cada paciente. “Os testes para as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também devem fazer parte de um bom checkup”, recomenda a doutora. TSH É um exame de sangue indicado para avaliar as funções da tireoide. Dependendo dos sintomas, pode ser solicitado antes dos 40 anos, mas deve ser incluído regularmente na lista de procedimentos médicos.
Pós-menopausa Esse é um período que atinge mulheres entre 45 e 50 anos. A partir daí, são necessárias outras checagens. “Solicitamos exames de função do fígado e do rim, bem como de colesterol total e frações, além de todos os citados nos itens anteriores.” Nesse momento, Fabiane recomenda também uma avaliação com um cardiologista. Ultrassom transvaginal e ultrassonografia mamária Esses exames não são pedidos como parte da rotina médica por serem mais específicos. A intenção é avaliar os órgãos do sistema reprodutivo. “A maioria dos médicos concorda com o fato de que eles só devem ser solicitados quando a paciente apresentar sintomas ou histórico familiar”, avisa a especialista. A ultrassonagrafia mamária, pode complementar o diagnóstico em caso de mamas mais densas durante a mamografia. Fonte: portalvital.com.br
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Como evitar e tratar as DSTs U
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ma abordagem rápida e simplificada ensina você a evitar e tratar as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
Para hepatite B, distribuídas pelas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), e, para HPV, nas clínicas de vacinação (o Governo ainda não a disponibilizou).
O que são DSTs?
Tratamento:
São doenças transmitidas principalmente por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que esteja infectada. São vários os tipos de agentes infecciosos (vírus, fungos, bactérias e parasitas), gerando diferentes manifestações, como feridas, corrimentos, coceiras, ardências, bolhas ou verrugas.
O tratamento de cada DST é feito com antibióticos específicos para cada doença e necessita de prescrição médica. O diagnóstico é laboratorial e clínico.
Automedicação: A automedicação, além de oferecer riscos, pode camuflar a doneça, distorcendo o correto diagnóstico fornecido pelo médico.
Quais os principais tipos de DSTs? Os tipos de DSTs são: Sífilis, cancro mole, candidíase, herpes genital, gonorreia, HPV, linfogranuloma venéreo, granuloma ingnal, pediculosa púbis, hepatite B e Aids.
Tricomoníase, candidíase, gonorreia Principais sintomas: Uretrites, secreções purulentas com corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (apresentando secreções brancas a cinzas ou amareladas), podendo causar coceira ou ardência ao urinar e/ou durante a relação sexual, causando ainda mau cheiro característico na região. Os sintomas visíveis aparecem geralmente em mulheres, mas os homens mantêm incubados os agentes da doença. A gonorreia é altamente con-
Vacinas disponíveis:
Dica farmacêutica
Transmissão A transmissão ocorre através do contato íntimo com a pessoa infectada. Apesar da área de contato ser normalmente os genitais, o sexo anal e oral pode também causar infecção.
Algumas infecções primárias, que ocorrem quando o agente infeccioso entra no organismo, latentes ou recorrentes (herpes genital, candidíase, garnerella), podem ser em decorrência de outros fatores, como: febre, gravidez, estresse emocional, imunossupressão (baixa imunidade), menstruação, mas, principalmente pelo contato sexual. Em caso de dúvida ou suspeita, consulte seu médico para um correto diagnóstico e tratamento. Consulte o farmacêutico com relação à interação medicamentosa e à prevenção. Não faça uso
Prevenção O preservativo (masculino ou feminino), mais conhecido como camisinha, é um dos métodos mais seguros contra DST’s.
Fonte: PANVEL Elaboração: Farm. Andrea M. dos Santos - CRFRS 6640; Colaboração: Farm. Maria Rejane dos Santos – CRFRS 14358; Estagiária: Gislaine Costa
O uso de camisinha é o principal método de prevenir as Doenças Sexualmente Transmissíveis tagiosa e sua transmissão está relacionada aos portadores assintomáticos, ou seja, que não apresentam sintomas. O diagnóstico é clínico e laboratorial.
Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose e linfogranulona venéreo Principais sintomas Presença de ulcerações, feridas na região genital (uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas por bolhas pequenas acompanhadas ou não de íngua na virilha.
Infecção pelo HPV Principais sintomas Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias) que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e se parecer com uma couve-flor na região genital. Pode ser transmitido de diversas formas. Existem vacinas disponíveis, mas não são gratuitas.
Hepatite B e C As hepatites B e C também são transmitidas sexualmente através do sangue e fluidos corporais. A hepatite C pode ser
transmitida também através do uso comum de agulhas por usuários de drogas injetáveis. O diagnóstico é através de exames laboratoriais.