Sábado
1º DE MARÇO DE 2014
Craques
Revelados em Bento no exterior DIVULGAÇÃO
Vinicius Mieznikowski esporte@jornalsemanario.com.br
O
esporte está cada vez mais globalizado, principalmente o futebol brasileiro que é um verdadeiro celeiro de craques, tanto nos campos como nas quadras. Bento Gonçalves tem se destacado por ter atletas jogando no exterior, tanto no futebol como em outras modalidades, por exemplo o vôlei. O Semanário conversou via redes sociais com três atletas que saíram de equipes do município para jogar em países da Europa, do futebol de campo e futsal. O que pesa na decisão dos atletas de deixar o Brasil é o fator salarial, sendo que muitos dos locais onde os brasileiros acabam chegando são clubes que tem tradição no esporte e contam com uma grande infraestrutura para atender a diversas modalidades.
Do BGF para a terra do cinema francês
O futsal é outro esporte que ganha força na Europa e também tem levado cada vez mais brasileiros a atuar no exterior. Willian Alex da Silva, que tem passagem pelo Bento Gonçalves Futsal (BGF) no ano de 2012, pelo Assaf de Santa Cruz em 2013 e se transferiu para a França neste ano, revela que tudo aconteceu por conta de um amigo jogador, que já atuava no Cannes Futsal e o indicou para o treinador da equipe. Sobre a adaptação, o jogador explica que o idioma dificultou o início. “No começo não foi fácil para entender a língua deles, mas como a maioria dos atletas e o treinador é espanhol, ficou mais fácil para se comunicarr”. Ainda segundo Silva, os franceses costumam acompanhar de perto as partidas da equipe local e gostam de ver os brasileiros jogando futsal.
Willian Alex que já passou pelo BGF, hoje joga no Cannes da França
Do SP do Borgo para a França
Jonas Pessalli, que mora na França com a esposa Marjorie, os filhos Emanuel e Carolina, iniciou a carreira na base do São Paulo do Borgo
Jonas Henrique Pessali, começou no futebol em Bento Gonçalves aos oito anos de idade na Escolinha do São Paulo do Borgo e hoje atua no Angers SCO, da França. Para Pessali a experiência proporcionou uma nova vida para a família, os filhos Emanuel e Carolina e a esposa Marjorie. Eles vivem na cidade de Avrillé, localizada a 260 quilômetros de Paris. “Assinei meu contrato profissional aos 16 anos e entre os 18 e 19 anos mesclei entre profissional e categorias de base. Aos 20, subi definitivamente para o principal e aos 21 fui emprestado para o Grêmio Barueri, de São Paulo, onde fiquei por apenas seis meses e depois me transferi para o Angers, da segunda divisão francesa”. Jonas retornou de empréstimo e teve proposta para renovar com o clube francês por mais três anos. Acabou acertando uma rescisão amigável com a equipe tricolor, quando restavam sete meses para acabar seu contrato. A expectativa do bento-gonçalvense é de ficar entre os primeiros no campeonato e levar a equipe do Angers para a primeira divisão do campeonato francês. “A nossa vontade de subir para a elite é grande e nossas chances, já que restam 15 rodadas e somos vice-líder com quatro pontos a mais que o quarto e um jogo a menos.”
Em busca da fama em terras lusitanas
Outro bento-gonçalvense morando na Europa é Maicon Assis, que atua como atacante na equipe do Trofense. Segundo Assis, atualmente o elenco da equipe portuguesa conta com sete brasileiros. “Eu cheguei em Portugal para atuar pelo Olhanense, da primeira divisão, mas acabei trocando por conta do meu empresário que me colocou na equipe do Trofense desde agosto. Nosso momento na competição não é dos melhores, estamos em 17º na classificação”, disse o jogador. Sobre o futebol português, Maicon conta que se adaptou rápido e que o estilo de jogo é mais intenso que o brasileiro, sendo mais rápido. A carreira de atleta começou no Esportivo, ainda nas categorias de base. “Meu início foi no Esportivo e devo muito a esse clube onde aprendi muita coisa. Depois dei um grande passo ao sair para o Grêmio, clube onde fiz minha formação até o juvenil. Ainda passei pelo Inter, onde fiquei por um ano nos juniores, e depois o Cruzeiro onde também passei 12 meses. No ano de 2009 fui para o Vasco onde fiquei até 2012, quando joguei pelos profissionais”.