Caderno Mães - 06/05/2017 - Edição 3333

ANDRÉIA D. FOTOGRAFIA

Um amor incondicional. Assim pode ser resumido o amor de mãe. Uma palavra pequena, de apenas três letras, mas de um sentimento inexplicável. Ser mãe é se doar, compartilhar, vivenciar experiências, sorrir, chorar, guiar, contemplar, criar laços e, acima de tudo, amar.

Vivencie conosco as histórias de algumas mães de Bento Gonçalves, que sabem exatamente o verdadeiro significado desta palavra. Neste especial, você pode sorrir e se emocionar.

Na capa, o pequeno Rafael Biasin Araldi, abraçado na mamãe Sheron Biasin, grávida de 36 semanas de Isabella.

6 de maio de 2017

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doar-se pelo outro, é ajudar e fazer o próximo feliz. Exemplo disso é o de Alice Lunelli de Almeida, de 37 anos. Mãe de três filhos, ela ainda é dinda de coração - como outras tantas mães - e abraçou uma causa especial para cuidar.

Uma história emocionante de quem acredita que o amor entre pais e filhos é mais forte que tudo. “Fui mãe pela primeira vez muito jovem, com 18 anos, na época, claro, foi um susto, pois nada estava programado e tinha todo um caminho a trilhar e com uma vidinha muito frágil esperando ser bem recebida e amada em nosso mundo”, explica. Apesar das dificuldades iniciais, deu t u d o

CLEUNICE PELLENZ

er mãe significa mudar a sua vida, seu tempo, seu pensamento, dar todo o seu coração, seu amor para levar seus filhos adiante e ensiná-los a viver. Mas, acima de tudo, ser mãe é

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Mamãe Alice, 37 anos, os gêmeos Gustavo e Bruno, de 8, e a filha mais velha, Eduarda, de 18

certo. “A Eduarda tem 18 anos, é minha fortaleza, uma benção, mas depois disso fui abençoada novamente em dose dupla, com meus príncipes gêmeos Gustavo e Bruno hoje com oito anos, eles são anjos lindos, amores verdadeiros e puros de coração”, ressalta.

Ela explica que ser mãe de gêmeos, principalmente, é inexplicável. “Muda a vida totalmente, o casal passa a ser um só. Nos adaptamos e nos moldamos às rotinas e ao trabalho. Tudo gira em torno dos três. É preciso muita atenção e cuidados, afinal, é meu dever e obrigação zelar por eles, mostrar o caminho certo do errado, e também o do bem e do mal”, salienta.

Além de seus filhos, Alice ajuda o seu afilhado do coração. “Além das minhas preciosidades, abracei um pequeno príncipe chamado Pyetro, de 8 anos, que é meu afilhado de coração. Ele é uma criança especial, que me ensina muito, principal-

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mente o valor de um sorriso tão inocente e sincero como o dele”, analisa. Quando estão juntos, segundo ela, é recompensador. “Para ele dedico meu tempo, meu amor, dando a ele uma qualidade de vida melhor já que sua saúde é bem debilitada.

O Pyetro tem sorte que além de mim há outras dindas que o abraçam, é uma dedicação árdua, mas necessária.

Acredito que o maior bem é aquele que fizemos uns aos outros, sem esperar nada em troca”, orgulha-se.

Para as mulheres que desejam e sonham em ser mãe, Alice deixa um recado. “É uma benção divina, mas que além de gerar é amar, cuidar e zelar pra sempre. Ensinar o caminho da fé em Deus, nosso maior guardião. Não há momento ou idade pra ser mãe, é preciso somente amar, é isso que o mundo precisa: de muito amor. Por isso digo sempre, ame seus filhos como se fossem únicos, pequenos cristais a serem lapidados”, finaliza.

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omo sonho de praticamente toda mulher, Elise Tecchio, 31 anos, sempre teve o desejo de ser mãe. O pedido se concretizou nove meses após o casamento. A pequena Fernanda, de 6 anos, primeira filha dela e do esposo Claudinei Wronski, chegou para alegrar a família. E, recentemente, chegou o Ângelo para completar o amor.

Segundo Elise, a primeira gestação foi tranquila, a segunda nem tanto. “Na primeira não tive nenhuma intercorrência.

Após alguns anos, resolvemos aumentar a família, porém, não ocorreu como planejamos. Tivemos algumas perdas e foram dois longos anos de investigação e de espera. Diagnosticada com trombofilia, comecei aplicação de injeções diárias, logo após o positivo”, lembra Elise.

Como um presente de Dia das Mães, Ângelo nasceu na segunda, 1º de maio.

Ela explica que a casa se tornou completa após a chegada

ANDREIA D. FOTOGRAFIA

Elise Tecchio, a pequena Fernanda e Ângelo (na foto ainda na barriga da mãe) nasceu no dia 1º de maio

dos filhos. “Eles mudam nossa vida completamente, e com certeza, para melhor. A cada dia que passa, nos surpreendemos como seres tão pequenos nos tornam tão grandes e vivos. O meu coração de re-

pente ficou maior e com ele, a minha capacidade de amar.

Valeu, e vale muito a pena passar por todas as experiências que os filhos nos proporcionam”, salienta.

Elise afirma que as mulheres

que desejam ser mães devem fazer isso e não desistir deste sonho. “A experiência de cada mulher, de cada mãe, é única, pessoal e incomparável. Uma mãe com ou sem marido, biológica ou adotiva, será sempre

uma mãe, sem diferenças.

Não tenha receio de errar uma e outra vez, de pedir perdão ao seu filho. Como mulheres temos o privilégio de ser mãe em alguma etapa da nossa vida. Temos que buscar este nosso sonho por caminhos diversos, que às vezes são longos e árduos. Mas quem está nesta luta sabe que vale a pena”, salienta. O apoio incondicional da família e dos amigos também é importante. “Diante das dificuldades, o cansaço emocional nos puxa cada vez mais para baixo. Ter alguém ao seu lado, dando apoio, carinho e atenção, nos motiva a não desistirmos e seguirmos em frente. Passamos por diversos sentimentos, e dividir com a família faz com que cada fase seja vencida de maneira mais leve e tranquila”, ressalta.

Elise também agradece às médicas: Dra. Carolina Bettoni, Dra. Ângela D’Avila e Dra. Giovanna Cobalchini pelo auxílio na caminhada.

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Abraço de Mãe!

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filhos. Em outra fase meu marido e eu planejávamos a adoção de uma criança, mas eu não teria a experiência completa de ser mãe, pois eu queria passar pela fase da gestação”, lembra.

Naquele momento, ela tomou uma das decisões mais importantes, procurou assistência médica especializada e renovou as esperanças de ter seu sonho realizado. “A fertilização in vitro seria a única maneira de proporcionar a maternidade e de ter a experiência de gestar um bebê. Foram momentos angustiantes e longos meses até que pudesse ter em mãos o exame de gravidez positivo, e depois do primeiro ultrassom a certeza: Eram dois bebês!”, afirma. Conforme a gravidez avançava, as expectativas também aumentavam. “Fiquei curiosa, será que seria um casal?

Dois meninos? Duas meninas? Aguentei firme aquela vontade incontrolável de sair comprando todas as roupinhas e coisas de bebê que via pela frente, não adiantava comprar sem antes saber o sexo dos bebês.

No segundo ultrassom veio a notícia, ratificada no terceiro: eram duas meninas!

Começou o planejamento pela chegada delas, saber se elas se desenvolviam bem e quanto cresciam.

A gravidez foi tranquila, sem intercorrências.

Até que de surpresa, um dia antes de completar 35 semanas de gestação, elas resolveram que estava na hora de nascer”, relembra.

Para se dedicar às filhas, abdicou do seu negócio, uma loja de calçados femininos, para acompa-

nhar as pequenas Carolina e Isabella. “A chegada delas foi de imensa felicidade, as duas nasceram saudáveis.

São lindas meninas, hoje com dois meses de vida.

O início foi bastante difícil, toda a adaptação, insegurança e as noites sem dormir. Mas a recompensa

vem só de olhar pra elas, de vê-las olhando em meus olhos, ou simplesmente na paz de vê-las dormindo”, salienta. Ela também afirma que o apoio e ajuda do esposo e da família são primordiais. “Na maternidade nem tudo são flores, e precisamos deles para os momentos difíceis”, ressalta.

Viviane também deixa um recado especial para quem deseja ser mãe. “Acredito que a mãe nasce junto com o filho, o planejamento familiar é importante, mas a hora certa é aquela que acontecer. A mulher está preparada pela natureza para ser mãe. Digo que quem deseja deve concretizar seu sonho, pois é maravilhoso. E se tiverem alguma dificuldade, procurem ajuda médica especializada e tenham fé”, corrobora.

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uitas vezes os percalços da vida poderiam fazer qualquer pessoa desistir de seu objetivo.

Mas Viviane Debona, de 42 anos, não desistiu dos seus. O desejo de ser mãe sempre a acompanhou durante sua trajetória, mas as circunstâncias da vida adiaram o sonho, que recentemente foi realizado.

“Após os 35 anos levei um banho de água fria, quando em consulta médica fiquei sabendo da minha infertilidade”, explica.

Ela disse que foi complicado compreender a situação. “No início foi bastante difícil aceitar que a minha vida passaria sem que eu pudesse ter a experiência de ser mãe, e para lidar com isso tive o apoio incondicional da família, marido e amigos. Por um período fiquei conformada e aceitei a ideia de que não teria

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Mamãe Viviane Debona e as pequenas gêmeas Carolina e Isabella

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ara ser mãe não é necessário apenas sonhar, é preciso realizar. Tudo acontece quando deve acontecer, na hora e no momento certo. Assim foi com Viviane Piletti Arcari, de 40 anos.

“Sempre tive o desejo de ser mãe. Mas acredito que existe o momento certo para isso.

Penso que filhos vêm para aumentar a felicidade que já se tem, quando você percebe que seu mundo pode melhorar, que você tem amor suficiente para doar, que está madura e consciente do seu desejo”, explica.

O coração cheio de amor não recebeu somente um filho, mas três. “Meus filhos, Nicoly, de 11 anos, Roger, 9, e Bianca Piletti Arcari, de 7, “nasceram” em 2015, após muita conversa, reflexão e uma longa e ansiosa espera.

Independente da forma que aconteceria, seríamos pais, construiríamos nossa família.

Esse era o desejo. Não tínhamos noção de como seria, mas quando estamos unidos

ARQUIVO PESSOAL

Mamãe Viviane Piletti Arcari com os filhos Roger, de 9 anos, Nicoly, 11, e a pequena Bianca, de 7

qualquer dificuldade parece menor. O que queríamos era poder ensinar aquilo que tínhamos de melhor”, salienta.

Ela comenta que demorou um tempo para adaptação, mas que com muita felicidade e dedicação as barreiras

foram superadas. “Eu não estava apenas exercendo meu papel de mãe. Estava mudando meu modo de ver o mun-

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do, os meus pensamentos, minha mente e alma. Estava conquistando e sendo conquistada e com três crianças esperando todos os dias por meus cuidados, minha atenção e meu amor”, ressalta.

O apoio de toda a família também foi fundamental para que as dificuldades fossem superadas. “Fomos abençoados. Nossos pais abraçaram nossa família sem qualquer objeção. Muito pelo contrário. São amor acima de tudo, referência para os pequenos e para nós. Transmitem confiança. Se somos fortes frente às dificuldades, devemos muito ao apoio deles”, reflete.

Ela também afirma que ser mãe é algo maravilhoso, é poder compartilhar cada momento. “É vibrar junto todos os dias com alguma conquista. É querer ser a pessoa mais forte do mundo para estar sempre ao lado deles e assim curtir a sensação mais gratificante do mundo que é a de ouvir ‘Eu te amo’ milhares de vezes, todos os dias”, finaliza.

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abrina Portaluppi Trevisan, de 35 anos, também é como as tantas outras mulheres. Sempre teve o desejo de ser mãe, e este anseio tinha mais um pedido: uma família grande. “Minha mãe que é meu exemplo, teve três filhos, acredito que minha vontade de ter três filhos tenha sido em razão dela. Não tem como explicar a vontade de ser mãe, pois ela bate no peito e não tem quem segura. Comigo foi assim as três vezes”, afirma.

Ela e o marido, Thiago, de 38 anos, tinham o mesmo objetivo de constituir uma família grande. E assim aconteceu. “Alguns meses depois que casamos, comecei a tentar engravidar e dois anos depois nasceu nossa primeira filha, a Valenthina, de nove anos. Foi uma alegria para toda família, por ser a primeira neta dos dois lados. Com a chegada dela descobrimos o real sentido da palavra amor.

Ela nasceu de 36 semanas e ficou 12 dias na UTI para ganhar peso, mas nos mostrou já ser uma menina muito forte”, explica Sabrina.

Conforme o tempo ia passando, a vontade de engravidar aumentava e, para a surpresa do casal, a família aumentaria.

“Logo recebemos a notícia de que se-

SILVIA AIBEL PERUSSO

Mamãe Sabrina Portaluppi Trevisan com as filhas Valenthina, nove anos, Laura, de seis, e a Helena, de dois

riamos 4, e que seria mais uma menina, a Laura, de 6 anos. As duas foram crescendo juntas e o amor por cuidar , ensinar e educar só me deixava mais realizada a cada nova fase, a cada nova descoberta”, salienta. Mas não parou por aí. Ela queria mais, e assim o pedido se concretizou. “Eu queria amamentar novamente, queria a barriga, aquela sensação de sentir o bebê, até as noites mal dormidas faziam falta, pois elas também fazem par-

Ser MÃE é sentir todo o poder do universo dentro do ventre e como uma grande arquiteta, ela molda, constrói e edifica o bem

te do processo de ser mãe.

Para a nossa alegria fomos abençoados com a Helena, de dois anos, que veio para completar e alegrar ainda mais os nossos dias. É elas que deixam nossos dias super movimentados, mas amamos tudo isso: as brincadeiras, as brigas, mas principalmente a família que se formou. Aquela que eu sempre sonhei, que deixa a casa cheia de vida. Amo muito tudo isso”, celebra.

Ela também diz que tudo é recompensador nesta fase da vida e que cada momento é especial. “Com a chegada dos filhos a vida dá uma volta de 360 graus, mas tudo isso é compensado quando se vê o rostinho deles, pois o amor é maior que tudo e supera todas as dificuldades que chegam. O amor é o que

vai te dar força para enfrentar os desafios que virão. Eu não mudaria uma vírgula nas minhas gestações, mesmo com as dificuldades que enfrentamos com a Valenthina na UTI, pois isso serviu para aprendermos e crescermos como pessoa. Sou muito realizada em ser mãe dessas três princesas”, enfatiza.

Para ela, não existem segredos e nem receitas para a gestação. “Para ser mãe é só querer e assumir o desafio. O momento certo é quando a vontade bate no peito. Claro que está no sangue de cada mulher, pois tem muitas que nunca sonharam em ser mãe e bem provavelmente não serão, pois não afloraram esse sentimento”, ressalta.

A mãezona sempre teve alguns cuidados com o cor-

po e alimentação durante a gravidez, e ensina as filhas a fazerem o mesmo. “Pratico atividade física 3 vezes por semana, e durante as gestações nunca parei. Acho de extrema importância o exercício, pois ajuda nos processos de mudança que o corpo sofre e até mesmo para voltar a forma depois de dar a luz. Eu sempre falo: somos uma equipe, elas vão para academia comigo, para o meu trabalho, para aonde eu vou, e são super parceiras da mãe. Procuro ter uma alimentação saudável, com bastante frutas, legumes e verduras, incluindo também carboidratos e proteínas, passo isso para as meninas, mas sem muita cobrança.

Como minha vida social é bastante agitada, sempre dou uma fugidinha da dieta, gosto e ser feliz e sou muito boa de garfo”, expõe.

O apoio da família também é fundamental para encarar todas as situações. “A família de meus pais foi meu exemplo, assim como a do meu marido foi para ele, e juntos construímos a nossa e queremos ser o exemplo para elas. Nossas famílias sempre nos apoiaram em todas nossas decisões, nas nossas escolhas, sempre participaram de perto em todos os acontecimentos de nossas vidas. Então não poderia ser diferente com a chegada das 3 princesas, eles nos receberam de braços abertos com muito amor, carinho e sem medir esforços para nos ajudar. Sem palavras para agradecer, família é a base de tudo”, agradece.

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CLEUNICE PELLENZ

o tempo em que era para acontecer. Assim foi a gravidez de Mônica Froza Alves, de 40 anos. Como a maioria das mulheres, o anseio por ser mãe a acompanhava desde criança.

“Quando chegado a hora eu não sonhei e nem planejei, simplesmente aconteceu no tempo que Deus sabia que eu estaria preparada. Nas famílias a alegria foi maior que o susto, pois seria o primeiro neto na minha família e o segundo na família do pai”, lembra. Ela afirma que desde que recebeu o positivo, sentiu que seria mãe de um menino.

João Pedro cresceu e no dia 11 de maio completa 15 anos. “No ano que nasceu veio nos meus braços como presente bem no dia das mães”, recorda.

Ela comenta que tudo transcorreu tranquilamente na fase inicial da vida do pequeno. “No primeiro ano de vida tudo aconteceu normalmente como qualquer bebê, até um ano e meio quando teve um AVC silencioso. Então começamos a luta junto com ele correndo atrás de um diagnóstico, tratamentos, terapias, um por quê? Enfim, tudo o que estava ao nosso alcance.Hoje o que eu quero como mãe de uma criança especial é dar

Mamãe Monica Froza Alves, de 40 anos, e seu filho João Pedro, que completa 15 anos na próxima semana

uma qualidade de vida a ele.

Hoje não saberia viver sem meu filho do jeito que ele é, justamente pela mudança que ele fez em minha vida.

Eu acho que tudo o que eu posso faço e fiz por ele, por isso não me arrependo e não mudaria nada”, diz.

A luz que irradia do filho é o que a motiva, sempre, a querer ser e fazer o melhor.

“Meu filho é especial (deficiente), sempre digo que

teria ele assim mais mil vezes. Tanto aprendi, tanto ganhei nesta vida. João Pedro sorri com os olhos ele tem uma luz própria, quem convive com ele sabe que ele veio em nossas vidas para nos ensinar a ser melhores.

Toda mulher que é mãe se torna especial por isso, mas toda a mulher que é mãe de um filho especial se torna uma fortaleza”, admite. E complementa. “Somos mães

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fortalezas, temos a batalha diária como qualquer ou-

Para uma

tra mãe, a diferença é que uma mãe normalmente sabe que seu filho vai saindo dos seus braços, andando com suas próprias pernas e ela o acompanhará. Já nós, a cada passo que damos, nossos filhos Anjos estarão sempre grudados a nós como se o cordão umbilical não fosse cortado, um depende do outro”, ressalta.

Sem o apoio incondicional de instituições e da família, algumas coisas não seriam possíveis. “É nas lutas diárias que encontramos apoio de algumas instituições da cidade. Todas com sua importância, no nosso caso a Adef, a Apae que trabalham com saúde; terapias que o João Pedro necessita, e a Anjos Unidos que veio para somar a princípio com a parte da diversão aonde nossos anjos têm a oportunidade de sentir a emoção de andar de bicicleta adaptadas, por exemplo”, finaliza.

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á imaginou sair da maternidade com um kit lindo para seu bebê? É isso que as voluntárias do Hospital Tacchini, composto por aproximadamente 40 mulheres, fazem. Divididas em grupos, elas se revezam e trabalham todas as tardes, das 14h às 17h. Durante este período, separam peças - de adultos e crianças -, realizam reparos, costuram, bordam e enfeitam as roupas que mais tarde serão entregues aos pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A triagem é feita pelas enfermeiras da pediatria, pois muitos bebês nascem a noite e nos finais de semana, e a voluntárias deixam os enxovais nos postos para a sua doação.

Sabe qual é a emoção mais forte que elas sentem? Ver o sorriso estampado em cada mamãe que recebe um kit disponibilizado por elas.

Composto por fraldas, pijami-

CLEUNICE PELLENZ

contagiante. “Saber que fazemos o bem para estas mães e principalmente para os bebês nos alegra muito”, explicam.

A atividade somente pode ser realizada por meio de doações, que podem ser feitas diretamente na sala das voluntárias. Através disso, elas conseguem comprar roupas, tecidos e aviamentos para confeccionar os mimos entregues.

Polvos de crochê

Equipes de voluntárias separam peças de roupas e outros elementos e montam os kits para as mamães

nha, touca, sapatinho, toalha de banho, cobertor, entre outros tantos elementos, o kit mais simples, composto por 12 peças, é entregue àque-

las mamães atendidas pelo SUS. O mais completo, de 35 peças, também é entregue às mamães atendidas pelo Sistema Único de Saúde, mas

que chegam ao Hospital com apenas algumas pecinhas de roupas para seus filhos. O olhar emocionado de quem participa do voluntariado é

Além dos kits, uma das participantes também ajudou a produzir os polvos em crochê, que auxiliam os bebês recém-nascidos prematuramente a se sentirem mais seguros e confortáveis nas incubadoras das maternidades através de algo simples, eficiente e bastante fofo. Os tentáculos remetem ao útero materno porque se assemelham ao cordão umbilical.