Sábado, 7 de maio de 2016
Filhos especiais e mães abençoadas
U
ma gravidez programada, planejada e muito bem pensada. O pequeno Vitor Comparim Girardi foi tão desejado pelos pais, Lourdes Susana Comparim Girardi e Sidney Girardi que, depois de esperar ansiosamente, finalmente no dia 16 de agosto de 2004, às 8h da manhã nascia a pequena benção da família. Mas aos cinco meses, os pais não tiveram uma notícia tão alegre. Vitor foi diagnosticado com lesão cerebral e futuramente teria diversas complicações cognitivas e motoras. Mas engana-se quem pensa que Susana e Sidney ficaram se lamentando e chorando pelos cantos. “Assim que recebemos o resultado final da bateria de exames que nosso filho fez, não ficamos nos lamentando, pois o amor incondicional continuava o mesmo”, afirma Susana. Ficar parado? Que nada! Eles foram mesmo atrás de ajuda. Procuraram profissionais da área da saúde que passaram a criar o caminho que seria seguido pela família. “Estes profissionais moram nos nossos corações. Nós o chamos de anjos, pois sabemos que não somos enviados para esta passagem sozinhos; no caminho encontramos os botões das rosas, para formarmos logo depois um grande
MIRIAM RODRIGUES - REVELARE
buquê”, conta Susana. Alguns novos rumos seriam dados a essa família, a rotina não seria mais a mesma e possivelmente muitos dos sonhos seriam esquecidos. A vida transformara-se radicalmente e a partir daquele momento iniciava-se um novo aprendizado.
Mas Susi afirma que nada é por acaso nesta vida. “Viemos para este mundo para provas, expiações, resignações e desse modo nosso afeto torna-se mais incondicional ainda”, completa. Mas de onde sai essa força para superar dificuldades? “A chave para o enigma é simples-
mente ‘ver da alma’, desta forma os porquês desaparecem e dão lugar ao aprendizado diário, à busca constante para que seu filho seja um membro igual a outro na sociedade, dentro das diferenças de cada cidadão portador ou não de alguma necessidade especial.
Junto com um grupo de mães, combinamos que não seríamos vítimas nem da sociedade nem da situação. E nos pegamos muitas vezes rindo, tentando lembrar como eram as nossas vidas antes de ter os nossos pitokos”, esclarece. Essas mães que lutam por uma vida melhor e mais justa para seus filhos não são mães comuns, segundo a mamãe Susi. “Nossas conversas de mães no dia a dia não são sobre salão de beleza, academia, moda, filme romântico, novela, regime etc... São, sim, voltadas à natação, fisioterapia, equoterapia, musicalização, escola especial, terapia ocupacional, DVD infantil, fonoaudiologia, neurologia, meditação, orações, mas que não nos deixam menos instruídas que as outras mães”, acrescenta. Essa mãe dedicada, apaixonada e com muita força de vontade de vencer as dificuldades diz que só há uma recompensa de toda a trajetória até aqui: “é o grande sorriso com que ele nos presenteia a cada amanhecer, com olhos enormes que falam o que a voz não precisa pronunciar os simples gestos que falam o que o coração pode dizer”, finaliza. Textos: Laura Gross secretaria@jornalsemanario.com.br
Mãe que ao dar a benção da Vida, entregou a sua. Que ao lutar por seus filhos, esqueceu-se de si mesma. Que ao desejar o sucesso deles, abandonou seus anseios. Que ao vibrar com suas vitórias, esqueceu seu próprio mérito. Que ao receber injustiças, respondeu com seu amor. E que, ao relembrar o passado, só tem um pedido: Deus proteja meus filhos por toda a vida!
Parabéns a todas as mães! É o que deseja
Dra. Auxiliadora Restelatto GINECOLOGISTA - OBSTETRA CREMERS 14962
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OBSTETRÍCIA GESTAÇÃO DE ALTO RISCO CREMERS 24771
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