03/12/2014 - Jornal Semanario - Edição 3.085

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira

3 DE DEZEMBRO DE 2014 ANO 47 N°3085 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

CRISTIANO MIGON

Crema/Serra

Mais um ano

sem obras

Restauração da RSC-470 não chega a Bento e trabalhos só serão retomados em fevereiro de 2015

Página 5

Aids em Bento

Número de casos aumenta 37,4%

Média de pessoas infectadas nos últimos quatro anos já é maior do que a registrada entre 2000 e 2010

Páginas 6

e7

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Opinião EXPEDIENTE

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Editorial

A falta de consciência

SEDE Wolsir A. Antonini, 451 Bairro Fenavinho - Caixa Postal 126 95 700.000 - Bento Gonçalves - RS ESCRITÓRIO CENTRAL Mal. Deodoro, Centro, 101 Galeria Central - Sala 501 DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA DIRETORES ANA INÊS FACCHIN HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA Registro Prof. DRT 3321 Somos filiados à ADJORI / RS Este jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve originais que não foram publicados.

neiros. Basta ir a um dos vários postos de combustíveis ao Preocupante, em todos os sentidos, o avanço dos calongo da RSC-470 para ver o que acontece durante a noite. sos de Aids em Bento Gonçalves e a revelação dos novos Na cidade, basta ir ao bairro Fenavinho e conferir quantas números impõe às autoridades públicas a necessidade jovens se prostituem à luz do dia diariamente. Muitas sede reavaliar as atuais políticas empregadas, o direcionaguem fazendo programas mesmo grávidas, o que mostra mento e a intensificação de campanhas preventivas. Na que o uso do preservativo não é uma regra entre elas. segunda-feira, 1º de dezembro, foi comemorado o Dia É evidente que o enfrentamento da Aids vive hoje um Mundial de Luta Contra a Aids, e a data trouxe à tona um novo momento. Com a implantação da notificação obrinúmero preocupante: o número de novos casos da doengatória e do teste rápido, não haverá mais uma epidemia ça nos últimos quatro anos já é superior ao registrado na silenciosa. Isso permitirá saber qual é a década passada (2000 a 2010). real situação da doença, além de possibiliNeste ano, foram notificados 23 pessoas tar o desenvolvimento de estratégias focacom Aids no município. Em 2013, foram 43. Porém isso não significa que houve A população precisa das para conter o seu avanço e evitar novos diminuição ou regressão dos contágios. despertar para este casos.

Porém, a população precisa despertar Mesmo com toda a informação disponíproblema tão sério para este problema tão sério. Atualmente, vel, em campanhas espalhadas em todas o principal alvo das campanhas de consas mídias, a doença continua sendo preocientização sobre doenças sexualmente cupante. É surpreendente observar como transmissíveis é o jovem, sobretudo na faios jovens ainda demonstram desconhecixa etária entre 20 e 39 anos. É nesta idade que se concenmento em relação à doença e sua prevenção. Ainda tem tra a maior parte dos casos. Entretanto, é preciso deixar jovens que acham que o preservativo serve apenas para claro que a Aids atinge pessoas de todas as classes sociais, evitar a gravidez. sexos, raças, faixas etárias e orientações sexuais. A consNas ações de combate à doença, algumas particularidacientização precisa ser passada de pai para filho. É preciso des de Bento Gonçalves sempre foram desconsideradas: a ter a certeza que ninguém está livre deste mal. Afinal, a cidade tem um grande entroncamento rodoviário e suas redução de casos ainda está longe de acontecer. rodovias são repletas de pontos de prostituição; trata-se de uma cidade turística, com grande trânsito de caminho-

AntônioFrizzo antoniofrizzo@italnet.com.br

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O aparelhamento do Estado A expressão é muito usada pelos inimigos do governo federal (inimigos, sim, porque “adversários” é coisa da política de décadas passadas, quando as eleições terminavam logo após a apuração dos votos e declaração dos eleitos) para “definir” a nomeação dos cargos de confiança. Os CCs existem desde os primórdios dos tempos pelo elementar motivo de que, na política como na guerra, a ordem é “não colocar inimigos na trincheira”. Não há, pois, segundo as “regras políticas”, como se administrar sem se valer das pessoas que são de inteira confiança dos eleitos. Isso sempre foi assim, com qualquer partido que ocupe cargos majoritários ou, mesmo, proporcionais. Quando os militares tomaram o poder cercaram-se de seus “adesistas” da Aliança Renovadora Nacional – ARENA (que se desdobrou em vários outros, como o PSDB, DEM, PPS, etc.) -, mas contavam, também, com colaboradores de primeira hora do Movimento Democrático Brasileiro – MDB (atual PMDB). Veio Sarney – que trocou da ARENA para o PDMB – e fez uma “salada de frutas” nesses cargos, já que, como um bom camaleão que assumiu o poder indevidamente, precisaria “estar de bem” com todos. Fernando Collor o substituiu e cometeu o maior erro que um mandatário pode cometer, politicamente falando: “não negociou apoios”.

E “apoio”, nesses casos, é a concessão de cargos e bons empregos aos adversários, de formas a torná-los “aliados”. Collor se ferrou! Obviamente não

pelas denúncias de corrupção, mas por haver negado “verbas” para a poderosa mídia e cargos a políticos influentes. Itamar assumiu e procurou agradar aqueles que o “deixaram” assumir. Conseguiu montar uma equipe de economistas que fizeram o Plano Real, do qual um sociólogo se apropriou e, com o auxílio da mídia amiga, conseguiu convencer boa parte da população que era seu. Fhc fez o que todos os demais fizeram: concedeu “favores” a vários partidos para obter maioria no Congresso Nacional. Lula sucedeu a fhc e fez o que todos, desde Thomé de Souza, quando assumiu o governo geral do Brasil, fizeram: nomeou gente aliada ou coligada. E todos, sem nenhuma exceção, “negociaram” com deputados e senadores no Congresso Nacional. A política do “é dando que se recebe” é histórica. Sartori, para assumir e governar, precisa de base sólida na Assembleia Legislativa. Para tanto, negocia, inclusive, “apoio” do PDT que é da “base de apoio do PT” de Tarso. Guilherme Pasin, do PP, conta com o “apoio” do PDT, do PR, do PMDB e do PPS. “Aparelhamento de governos”? Obviamente, não! Isso está no DNA da política brasileira. Os que estão na oposição “não gostam” do que fazem os da situação. Quando isso se inverte, inverte-se também o “gostar ou não gostar”. Tudo é questão de “oportunidade” e de “momento de poder”. Quem não vê isso desconhece tudo de política. Ou, claro, é mal intencionado.

Opinião 3

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Painel

Inter deve vir para Bento MARCELO MACIEL

FOTOS DIVULGAÇÃO

A rua do descaso

A rua Mário Italvino Poleto, no bairro Fenavinho, virou um trecho que ninguém mais respeita. Há um bom tempo, as empresas que trabalham na construção do prédio existente na via tomaram conta do local,

como se, literalmente, fossem os donos da rua.

Tanto é que não colocam mais nenhum tipo de sinalização para informar aos motoristas que a rua está interrompida. Quem sobe pela rua Wolsir

Semáforo Semanário

Antonini, ou desce na avenida Presidente Costa e Silva dá de cara com vários caminhões, tendo que adivinhar que a rua está trancada pelos veículos. E o Departamento de Trânsito (DMT) por onde anda?

O candidato à presidência do Internacional, Vitorio Piffero, esteve em Bento Gonçalves neste final de semana.

O evento ocorreu ao meio-dia de sábado, 29, de novembro, no Salão Paroquial da Linha Eulália. Ele foi recebido por aproximadamente 400 colorados, inclusive com o prefeito Guilherme Pasin.

Em seu discurso, Piffero destacou que caso venha a vencer a eleição, a pré-temporada será em Bento Gonçalves.

Reforçou o forte investimento

que fará no futebol, visando buscar um título nacional e a competitividade, considerada fundamental por ele em todos os campeonatos que o clube participar. “Quero um Inter unido em busca de novas conquistas. Nos anos mais vencedores do clube, iniciamos esta caminhada aqui em Bento Gonçalves e caso venha a ser eleito, voltaremos para a cidade”, destacou. No primeiro turno das eleições, Píffero obteve 56,6% dos votos dos conselheiros do clube.

Câmara dando bom exemplo

PARE! A novela do Crema/Serra, que não chega a Bento desde 2010.

ATENÇÃO Com os problemas das tubulações, que ocorrem a cada chuva na cidade.

SIGA! As Academias de Saúde, que são atração nos bairros do município.

A pergunta que não quer calar Nunca se viu tanta polêmica entre os médicos sobre se o vinho faz bem ou não para a saúde. A conclusão que chegamos, diante de tudo que lemos e ouvimos, é que uma taça de vinho no almoço, tamanho médio, faz mais bem do que mal. Você já tomou seu copo, mesmo sendo “sbicia” (vinho aguado, de pouca qualidade), hoje, ou tá sem dinheirinho para comprar?

Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: redacao@jornalsemanario.com.br

Ao aprovarem o projeto de redução de gastos na sessão ordinária da segunda-feira, 1º de dezembro, os vereadores deram um passo importante para que o legislativo passe a ter uma nova visão em Bento Gonçalves. Como não é possível diminuir o salário de alguém que já está atuando, todos os 89 CCs da Casa serão exonerados até o fim do ano e serão contratados a partir de janeiro, dentro da nova adequação salarial.

Em época de retração econômica, a Câmara dá exemplo

Como é hoje CCL-01 - R$ 3.986,07 CCL-02 - R$ 4.155,69 CCL-03 - R$ 4.477,95 CCL-04 - R$ 4.749,33 CCL-05 - R$ 5.359,99 CCL-06 - R$ 5.936,68

fazendo um corte gigantesco no seu quadro funcional, algo inesperado e pouco visto no meio político. Que esta forma

Como vai ficar CC-01 - R$ 2.150,00 CC-02 - R$ 3.350,00 CC-03 - R$ 4.100,00 CC-04 - R$ 5.200,00

de gestão, comandada pelo presidente Valdecir Rubbo, sirva de exemplo para outros poderes.

4

Geral

Crônica Paulo Vicente Caleffi

50, 60 ou 80?

CIC BG

‘O empreendedor’ será inaugurado nesta quinta Obra de Eloísa Tregnago ficará na Praça das Rosas, no bairro Cidade Alta

O

Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) trabalha nos últimos preparativos para a inauguração da obra ‘O Empreendedor’. A escultura foi desenvolvida pela artista bento-gonçalvense Eloísa Tregnago, e será inaugurada nesta quinta-feira, 4, às 19h, na Praça das Rosas, no bairro Cidade Alta.

A obra homenageia o centenário da entidade, que foi comemorado em 2014. Ela foi executada totalmente em mármore branco, peça que representa as milhares de pessoas que ajudaram a transformar o município em ícone de empreendedorismo por meio de seu viés mais humano.

Segundo o vice-presidente do CIC/BG, Gustavo Bertolini, o objetivo do programa é destacar os aspectos humanos do empreendedorismo.

Assim, a peça tem como base o homem. “Não são as ferramentas de antigamente, os equipamentos eletrônicos da atualidade ou qualquer outra tecnologia que leva ao empreendedorismo. O que leva ao empreendedorismo é o anseio do homem por definir seu próprio futuro e por transformar o ambiente em que vive.

Tivemos como inspiração, por exemplo, os textos de Giovanni Pico Della Mirandola, que aborda o descobrir por parte do homem de que é aspecto mínimo para este fim sua própria capacidade de inovação, autodeterminação e transformação da natureza. É esta figura humana, impassível e transformadora que buscamos retratar”, afirma.

A área onde a obra será instalada foi cedida pela prefeitura e está recebendo os primeiros preparativos. Com pouco mais de dois metros de altura, entre bases e escultura, o monumento deverá se destacar em meio ao ambiente de vegetação minimalista que compõe a Praça das Rosas, sendo facilmente avistado por motoristas e pedestres que passarão pelo local.

O presidente do CIC, Leonardo Giordani, aponta a com-

DIVULGAÇÃO

Prestem atenção nas placas de limites de velocidade que estão entre Bento e São Vendelino. Não precisa mais do que este trecho.

Nem olhem outras placas de trânsito, pois algumas delas estão escondidas pelo mato da estrada. Uma vergonha!

O que chama a atenção é a falta de placas e a má sinalização.

Quem sai de Bento vê uma placa de 50 km já na Polícia Rodoviária, que depois vira 60km e depois 50km e por aí vai. Isto na descida, onde estão as “curvas da morte”. No mesmo trecho, porém na subida daquelas mesmas curvas, a velocidade sinalizada é 60km.

Tem trechos da rodovia onde a última placa sinalizadora aponta 60km mas todos sabem que o permitido é 80km.

Parece “pega ratão”. Isso mesmo, coisa forjada para pegar os distraídos. Melhor fabricarem carroças do que carros: vão devagar.

Andar a 50km e depois a 60km e depois a 50km novamente e tudo de novo, é um sofrimento. E lá estão os radares móveis, faturando.

Nós, os motoristas, nos acostumamos com o HORRÍVEL asfalto das rodovias gaúchas, como se fosse normal. Coisa nenhuma! Há descaso do governo. Não investe e culpa a velocidade dos carros pelos acidentes da “colcha de retalhos”. E o Estado, faturando.

Uma viagem entre Bento e o Aeroporto Salgado Filho agora é feita em 2 horas ou mais, conforme os horários de maior ou menor trânsito. Nas viagens noturnas, é melhor ter cuidado com assaltantes em bicicletas pois elas podem andar até mais velozes do que os carros. Se correr a multa pega e se parar, danou-se.

O pior é que esta viagem provoca sono e cansaço e, com a precariedade das estradas, dê-lhe acidente. E tome multa.

Perguntei para o Robson sobre as viagens de sua frota de carros executivos entre Bento e Porto Alegre e lascou a resposta: - “Do jeito que está, três marchas: devagar, devagarinho e parado!”.

Que o Sartori não nos seja indiferente, amém!

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Eloísa e o vice-presidente do CIC na praça, junto da Igreja Cristo Rei plexidade da obra e todos os desafios que precisaram ser enfrentados para representar o empreendedorismo e as transformações sociais realizadas em Bento Gonçalves.

“Acreditamos que nada poderia representar melhor tudo isso do que o próprio homem.

O resultado é a visão estética e conceitual da leitura feita pela artista. Acreditamos que as pessoas, de forma geral, se verão naquela obra a partir de sua instalação. Além disso, também acreditamos que estamos deixando algo bom para a comunidade, algo que ajudará a realçar a autoestima de Bento Gonçalves e seu caráter empreendedor”, destaca.

Sobre a artista Eloísa Tregnago nasceu em Bento Gonçalves e se mudou para Porto Alegre em 1985. De 1981 a 1983 estudou desenho com João Bez Batti, em Bento Gonçalves, e quando mudou para a capital gaúcha frequentou aulas de modelagem e escultura com Vasco Prado e Xico Stockinger. Recebeu orientação em desenho de Plínio Bernhard e Patrício Farias e de Danúbio Gonçalves em gravura. “Meu conhecimento de desenho me deu muita oportunidade e noção. Ajudou muito para a confecção das peças em mármore e terracota”, afirma Eloísa.

Geral

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

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Crema/Serra

Mais um ano de espera e tapa-buracos Obras foram paralisadas, com apenas 20 quilômetros recuperados, devido à falta de repasse de verbas do Governo Estadual CRISTIANO MIGON / ARQUIVO

Cristiano Migon geral 4@jornalsemanario.com.br

O

medo de grande parte dos motoristas que trafegam pela RSC-470 de que as obras do Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias da ,Serra (Crema/Serra) não passariam de uma grande operação tapa-buracos se concretizou. Com a totalidade dos recursos destinados ao lote 01 do projeto esgotados, a empresa Traçado, responsável pelo contrato, paralisou os trabalhos até liberação do pagamento referente aos meses de outubro e novembro. As atividades permanecem bloqueadas desde o início de novembro e segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DAER), durante a paralisação das obras, só serão efetuadas operações simples de fechamento de buracos.

As obras já haviam sido paralisadas no início do ano quando a empresa CSL, vencedora do

Segundo o Daer, enquanto as obras estiverem estagnadas, somente a operação tapa-buracos será executada processo licitatório, abandonara a obra alegando dificuldades financeiras. De acordo com o superintendente-adjunto do Daer, Paulo de Torso do Amaral,

a paralisação afeta somente a pavimentação, obras de roçada e de menor demanda continuarão sendo executadas. “Enquanto o governo não liberar o montan-

te em atraso, teremos que nos ater a manutenção de pequenos pontos com a operação tapa-buraco”, afirma.

Segundo o engenheiro res-

ponsável pelo projeto Jeferson Brunetto de Lima, a paralisação não interferirá no prazo final de entrega das obras. “Como o repasse de verba não foi efetuado, a administração da empresa decidiu direcionar o efetivo e o montante remanescente para a recuperação da RS-453 (Rota do Sol) onde o fluxo de veículos é maior no verão, assim interrompendo as demais atividades”, diz.

As ações de recuperação da pavimentação estão paralisadas na RSC-470 entre Nova Prata e Vila Flores, após cerca de 20 quilômetros recuperados, e na ERS-122 em Ipê. O pacote também integra a recuperação da ERS-324 entre Nova Prata e Nova Araçá. De acordo com o Daer, a previsão para retomada das atividades é fevereiro de 2015. O custo total da obra é de aproximadamente R$ 130 milhões, tendo prazo final de conclusão para 2019.

6 Geral

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Luta contra a Aids

Números aumentam em Bento De acordo com a SMS, nos últimos quatro anos foram registrados 37,4% casos a mais, por ano, que na década de 2000 FOTOS VITÓRIA LOVAT, ARQUIVO

Silvia Dalmas geral3@jornalsemanario.com.br

N

a Semana Mundial da Luta Contra Aids, um dado preocupante foi divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Vigilância Epidemiológica.

Em Bento Gonçalves, o número de doentes passou de 24 casos ao ano (na década de 2000) para 33 casos ao ano, só até 2014, o que representa um aumento de 37,4%.

Apesar de 2014, até o mês de novembro, terem sido registrado menos casos em relação a 2014, o coordenador do serviço de vigilância epidemiológica, José Rodrigues da Rosa, explica que isso não significa uma diminuição na incidência da doença. “Isso pode variar muito de um ano para outro e depende de vários fatores. Para se tirar uma conclusão e analisar se aumentou ou diminui, precisamos considerar por um período maior de tempo. Em 2000, a média era de 24 novos casos a cada ano. Com certeza de 2010 a 2020, esse número terá aumentado”, explica.

A Aids, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) em português, age diretamente nas células de proteção do corpo, deixando-o com a imunidade cada vez mais baixa. O que mais preo-

Número alarmante pode ser ainda maior, já que a doença demora anos até manifestar os sintomas cupa em relação a doença é que muitas pessoas podem estar infectadas, porém ainda não tem conhecimento disso, pois ela ainda não apresentou sintomas. “O número de infectados pelo vírus HIV pode ser ainda maior, pois a pessoa pode viver vários anos até que a doença cause alguma enfermidade grave”, diz Rosa.

Ele explica que há uma diferença nesta questão, pois o HVI é o vírus instalado no cor-

po de uma pessoa, enquanto que a AIDS é o momento em que o indivíduo é afetado por ele. “Esse estágio ocorre quando a imunidade do corpo já não é suficiente para combater as doenças que perpassam pelas pessoas diariamente, como uma gripe. Nós só temos registrado o número de pacientes que desenvolveram algum caso clínico. Por isso, é tão preocupante”, explica.

Os dados mostram que,

Mortalidade por Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) por 100.000 habitantes por ano, Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul e Brasil, 1996 a 2012

desde o início da epidemia da SIDA na década de 1980, o número de casos e a incidência da doença no município têm aumentado progressivamente. Na década de 1980, quando foram confirmados os três primeiros casos da doença em Bento Gonçalves, a incidência era de apenas 1,1 caso para cada 100.000 habitantes. Esse dado passou para 2,3 nos anos 90, para 24,4 nos anos 2000 e para 30,4

nos primeiros anos da década de 2010.

Perfil dos infectados Segundo os dados da Vigilância Sanitária, a incidência do vírus ainda é maior nos homens do que nas mulheres, que representam 60,2% do total de casos. Apesar disso, o coordenador do setor destaca que a incidência de mulheres doentes praticamente dobrou nos últimos anos.

Na década de 90, existiam 28 homens para cada 10 mulheres com Sida no município.

“Nos quatro primeiros da década de 2010, a relação caiu para 13 homens para cada 10 mulheres doentes, demonstrando a tendência de feminização da doença”, diz ele.

Pessoas com 30 a 39 anos de idade apresentam a maior incidência no município, semelhantemente ao que ocorre no estado e no país. Os doentes com idade entre 20 a 49 anos têm correspondido a 83,1%. A grande maioria também é heterossexual (77,1%).

Os dados sugerem que a principal forma de transmissão do vírus HIV entre os bento-gonçalvenses tem sido através das relações sexuais (66,5% do total). Em 23,7% dos doentes, a provável forma de infecção foi o uso drogas.

Pessoas com Aids em Bento Gonçalves Ano Homens Mulheres Total

2010 17 15 32

2011 15 8 23

2012 23 12 35

2013 20 23 43

2014 23

FONTE: VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA, SECRETARIA MUNICIPAL DA SAÚDE

Transmissão da Aids Como se pega: Relações sexuais, transfusão de sangue, durante a gravidez, compartilhando agulha, canudo ou cachimbo com sangue.

Como não se pega: Tomando chimarrão; com apertos de mão; com abraços e beijos; usando os mesmo talheres, banheiro, toalhas e lençóis; pelo suor, saliva ou espirro; e em doações de sangue.

Geral

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

“É importante que não se abandone o tratamento”

Incidência média da SIDA por faixa etária e sexo por 100 mil habitantes, Bento Gonçalves, 2000 a 2012

Testes rápidos podem ser realizados em todas as UBSs do município A boa notícia é que pelo menos o índice de mortes pela doença vem caindo. A taxa de mortalidade, que era de 25% na década passada, atualmente é de 22,6%, sendo que os homens morrem cerca de três vezes mais que as mulheres em virtude da doença. Mas para que o tratamento seja realmente eficiente, a enfermeira e coordenadora do Serviço de Assistência Especializada em HIV/AIDS e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), Adriana Maria Cirolini, destaca que é importante não abandonar o tratamento.

“Muitas pessoas abandonam assim que se sentem melhor, mas a Aids, infelizmente, ainda não tem cura e é necessário tomar os medicamentos. É isso que vai manter a qualidade de vida. Os dependentes químicos, além de ficarem mais debilitados por causa do vício, também tem mais dificuldade em continuar o tratamento”, revela Adriana.

José Rodrigues da Rosa, coordenador da Vigilância Epidemiológica, complementa que graças à maior adesão ao tratamento e à melhor

qualidade dos medicamentos, a sobrevida média dos pacientes aumentou. Em 2007, da data do diagnóstico da infecção até a da morte, o tempo era de um ano e 10 meses.

Em 2013, esse tempo passou para dois anos e 10 meses.

O quando antes descoberta a doença, maiores as chances de manter uma vida saudável.

Por isso, as UBS de Bento oferecem testes rápidos e gratuitos diariamente e o resultado é dado na hora. A melhor forma de se prevenir da doença é não compartilhar agulhas e seringas descartáveis de uso individual e usar preservativos durante a relação sexual, inclusive durante o sexo oral.

Outra questão importante, segundo Adriana, é a parte emocional. “Logo que descobrem a doença, os pacientes ficam com a autoestima muito baixa, então temos todo um trabalho com psicólogas aqui”, explica ela. “Se a doença é descoberta logo no início, é perfeitamente possível ter uma vida normal, como qualquer outra pessoa. Por isso, é muito importante a realização de exames regularmente”, complementa.

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Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Mais táxis

Nova licitação amplia área de atuação

Até março de 2015 Bento Gonçalves deve ganhar mais 18 prefixos nas ruas, além de ter os contratos, que foram realizados a part

CRISTIANO MIGON

Vitória Lovat geral1@jornalsemanario.com.br

S

e locomover em Bento Gonçalves vai ficar mais fácil a partir de março de 2015. Quem utiliza o serviço de táxi vai encontrar carros com mais facilidade já que a cidade irá ganhar cinco pontos extras em diferentes bairros e 18 carros a mais nas ruas. A acessibilidade também ganhou atenção neste processo e dois carros com a possibilidade de transportar deficientes físicos e pessoas portadoras de necessidades especiais passarão a integrar a frota.

O secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, afirma que esta era uma necessidade da cidade, de acordo com o seu crescimento e desenvolvimento e que o número, tanto de pontos a mais quanto de carros, foi planejado de acordo com as principais deficiências de táxis de alguns bairros. “Espero que nos dois primeiros meses do ano seja possível acertar todos os detalhes para que, em março, quando todos voltaram das férias, os taxistas já estejam trabalhando”, estima.

De fato, a licitação abrange 30 prefixos novos, porém, há 12 profissionais que estão trabalhando desde 2009 sem a regulamentação necessária, que será revista e renovada, portanto são novos 18 carros. “Nós estamos no limite da necessidade de táxis na cidade, talvez precisasse de ainda mais para atender a população, mas é preciso que se dê um passo de cada vez”, comenta. Ele destaca que durante os horários de maior movimentação na cidade, que são no início da manhã, meio dia e final da tarde, sempre existirá a falta de táxis, então é preciso que as pessoas aguardem ou utilizem os ônibus.

A movimentação nos bairros, entretanto, não é tão intensa quanto a do Centro, fazendo com que menos carros sejam necessários em cada ponto. A princípio são, no mínimo, dois.

“Os pontos dos bairros serão alocados em locais de maior tráfego, onde existem pontos de movimentação, próximo a supermercados, farmácias e onde há mais pessoas circulando”, explica.

Os pontos mais procurados pelos taxistas são os do Centro já que estão em meio a maior fluxo de pessoas e tráfego e podem gerar mais faturamento

Medida não soluciona problema de mobilidade Apesar da implantação dos novos pontos de táxi e da renovação dos demais, nem todos os taxistas da cidade acreditam que haverá solução para o problema da mobilidade urbana de Bento. O taxista Elmar Cainelli trabalha há mais de 30 anos no Centro da cidade e diz que os problemas de trânsito e os congestionamentos nos momentos de pico não serão solucionados a partir da medida.

Segundo ele, o que precisa mesmo é de atenção ao transporte coletivo da cidade e uma política bem estruturada que abranja todos os problemas que precisam de solução. “Eu sou a favor da licitação, é claro

que isso vai melhorar o sistema de táxi da cidade, porém, existem outros problemas maiores na nossa mobilidade urbana que precisariam ser resolvidos antes disso. Nosso sistema de transporte coletivo está precário, as linhas são as mesmas há muitos anos e isso precisaria de mais atenção”, reivindica o taxista Cainelli.

Ele explica que a primeira opção de locomoção para os bairros em Bento deveria ser os ônibus, mas o sistema está tão precário que as pessoas utilizam seus carros ou táxis. “Antigamente, as pessoas utilizavam o transporte coletivo, então, quando havia algum problema,

elas recorriam aos táxis. Hoje é diferente, as pessoas que têm condições não estão mais dispostas a sofrer com os ônibus e a sua primeira opção é o táxi.

Isso não é correto”, resgata.

Ele diz que mesmo sendo a favor da licitação, a política deveria ser mais bem estudada, para que os profissionais que serão encaminhados aos bairros não sejam prejudicados. “É necessário que haja táxis nos bairros, entretanto, os profissionais que irão para estes locais devem estar certos de que o faturamento diário não será o mesmo dos pontos centrais”, aponta. Outra questão levantada por ele é a segurança destes

taxistas nos períodos noturnos, já que a movimentação nos bairros é escassa, deixando-os mais vulneráveis.

Para os novos taxistas que participarem da licitação, ele alerta sobre os valores que deverão ser pagos, questionando a forma de pagamento dos R$ 45 mil, que podem ser feitos apenas em até seis parcelas.

“Quando um taxista começa ele precisa desse dinheiro e de um carro novo. É complicado arcar com estas primeiras despesas, já que, por exemplo, minha média de arrecadação é de 200 reais por dia. Isso não é suficiente para dar entrada nesse mercado”, avalia.

Geral

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

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o em mais cinco pontos no município

tir de 2009, regulamentados. Os interessados devem apresentar documentação, às 12h, do dia 12 de janeiro, na Casa das Artes N° do ponto Endereço Referência Bairro 01 Antônio Gracioso Guindani, n°19 Rodoviária Centro 02 Marechal Deodoro da Fonseca, n° 270 Shopping Bento Centro 03 Saldanha Marinho, n° 399 Tabelionato Garcez Centro 04 José Mário Mônaco, n° 33 Hospital Tacchini Centro 05 José Mário Mônaco, s/ n° INSS Centro 06 Júlio de Castilho, n°431 Praça Vico Barbieri Centro 07 Marechal Floriano, n° 121 Banco Banrisul Centro 08 Candido Costa, n° 65 Prefeitura Centro 09 Candido Costa, n° 274 Sesc Centro 10 Osvaldo Aranha, n° 818 Colégio Mutirão Cidade Alta 11 Visconde de São Gabriel, n° 215 Igreja Cristo Rei Cidade Alta 12 Visconde de São Gabriel, n° 274 Clube Ipiranga Cidade alta 13 Travessa Carazinho, n° 802 Loja S.A. Tintas Cidade Alta 14 Dante Larentes, n° 312 Praça dos Motoristas Cidade Alta 15 Rua Brasília, s/ n° Supermercado Apolo Botafogo 16 Goiânia, n° 590 P.A. 24 horas Botafogo 17 Fortaleza, n° 265 Mercado Nichetti Botafogo 18 Florianópolis, n° 216 Botafogo 19 Salgado Filho, n° 877 Shopping L’América São Bento 20 Henry Hugo Drether, 739 Hotel Dall’Onder Planalto 21 Presidente Costa e Silva, n° 212 Fórum Planalto 22 Luiz Alegretti, n° 92 Mercado Cesca Licorsul 23 Marques de Souza, n° 801 Cemitério Municipal São Francisco 24 Assis Brasil, n° 613 Unimed São Francisco 25 Pedro Rosa, n° 74 Materiais de Construção Progresso 26 Fioravante Pozza, n° 205 Mercado Dia Maria Goretti 27 Benigno Pelizzolo, n° 739 Supermercado Apolo São Roque 28 Ludovico André Giovanini, n° 281 Posto de Saúde Aparecida 29 Caxias do Sul n° 818 Mercado Grepar Glória 30 Alceu Sabino, n° 715 Rua do meio Tancredo Neves 31 São Paulo, n° 1050 Posto São Paulo Borgo 32 Carlo Dreher Neto, s/ n° Mercado Quadri Vila Nova Pontos novos 33 Giacomo Baccin , s/ n° Mercado Grepar São Roque 34 Amélio Leonardo Casagrande, s/ n° Mercado Barracão Lot. Panorâmico 35 Francisco de Carli , n° 132 Posto de Saúde Santa Marta 36 Antônio Giovani Signor , n°11 Lago Fátima 37 Nelson Carraro , n° 396

Móveis Carraro Santo

Transporte coletivo deve ganhar atenção em 2015 O secretário Moro afirma que não são apenas os táxis que são problema na cidade, o transporte coletivo tem ganhado atenção especial nos trabalhos da secretaria, porém, segundo ele, não há nada que possa ser feito até o início de 2015. “Eu tenho o conhecimento de todos os problemas que englobam o transporte público da nossa cidade, entretanto, em breve ocorrerá à licitação das empresas de coletivo, então é preciso ter um pouco de paciência”.

Conforme Moro, muitas mudanças precisariam ser feitas, desde a reorganização das rotas dos ônibus, a disponibilização de mais carros e a modernização dos já existentes, porém as empresas que atuam na cidade hoje não estão dispostas a investir devido ao prazo das suas concessões, que está chegando ao final. “Quando eu questiono as empresas e faço solicitações de melhora, eles alegam que não podem fazer investimentos no momento, já que não sabem até quando estarão atuando na cidade. Como eu vou cobrar que eles disponibilizem internet sem fio ou ar-condicionado nos ônibus?”, aponta.

Moro diz que as novas licitações estão paradas no Tribunal

de Contas do estado e é preciso desta liberação para que o processo possa seguir e as novas empresas então, sejam escolhidas. “As duas que atuam hoje estão há 30 anos trabalhando na cidade e eu entendo que seja complicado investir no ano em que você pode deixar o serviço, além de que estamos há três anos sem o aumento da tarifa”, relata. Em 2013, a passagem urbana foi diminuída em R$ 0,10.

O secretário diz que os problemas da mobilidade urbana requerem sempre mais atenção e tempo, já que existe muita burocracia para que sejam resolvidos. Ele pede paciência aos bento-gonçalvenses e garante que, mesmo em passos lentos, as melhorias vão acontecer.

“Há novos condomínios do Minha casa Minha Vida que não estão localizados nas principais vias da cidade e ainda não tem transporte coletivo por perto devido à situação de algumas ruas. Eu adoraria que o serviço fosse de primeiro mundo, com carros modernos e bem equipados, com linhas que passassem em todos os lugares o mais rápido possível, mas algumas coisas estão além do nosso alcance, então vamos resolvendo devagar”, finaliza.

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Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ajude a Valenthina

Mais de R$ 15 mil em doações Após divulgação da reportagem no Semanário, uma rede de solidariedade se formou, mas família ainda precisa de ajuda FOTOS SILVIA DALMAS, ARQUIVO

Silvia Dalmas geral3@jornalsemanario.com.br

A

menina Valenthina, que nasceu com má formação e já passou por diversas cirurgias, despertou a solidariedade dos bento-gonçalvenses. Após a matéria divulgada no Jornal Semanário no dia 8 de novembro, a comunidade se sensibilizou com a luta da pequena e a família recebeu diversas doações, tanto em dinheiro quanto em materiais. Porém, os pais Jovana e Alexsandro Ferrarez ressaltaram que ainda estão buscando por auxílios.

Ferrarez estima que aproximadamente R$ 15 mil foram arrecadados, além de muitos alimentos, roupas e móveis. Os pais, que já realizaram rifas e pediram ajuda aos amigos, pois gastam aproximadamente R$ 4 mil reais por mês com os remédios e tratamentos. “Depois do Semanário, outros veículos nos procuraram e muitas pessoas nos ajudaram. Por pelo menos três meses, não precisamos de comida aqui em casa, o que ainda gostaríamos de receber são frascos de dieta e equipo”, destaca Ferrarez.

Ferrarez conta que também recebeu a visita de muitos dos doadores, que foram até sua casa verificar quais eram as principais necessidades da me-

Menina nasceu com má formação e, como não tem o céu da boca, requer atenção 24 horas por dia nina. Ele também faz questão de guardar todos os comprovantes e recibos, para prestar esclarecimentos sobre o quanto foi gasto. “Algumas pessoas andaram nos questionando, mas não tenho porquê mentir. Se alguém quiser vir até aqui, recebo

com o maior prazer e apresento todos os documentos que temos”, ressalta.

A família tem plano de saúde, mas grande parte dos custos não são cobertos por ele e, além disso, Valenthina precisa se consultar com vários espe-

cialistas em outras cidades, por não haver disponibilidade em Bento. Até hoje, os pais estimam que foram gastos aproximadamente R$ 60 mil, sendo R$ 20 mil em cirurgias e R$ 4 mil no gesso para corrigir o pé da pequena. Eles ainda aguar-

dam pelo reembolso de parte do valor pelo plano de saúde.

Família procura por enfermeira Atualmente, os pais Alexsandro e Jovana Ferrarez buscam por um profissional para cuidar da criança, que precisa de atenção 24 horas por dia.

Como nasceu sem o céu da boca, a menina se engasga com facilidade e precisa ter sempre alguém ao seu lado.

Por esse motivo, Ferrarez precisou sair do seu emprego e ainda não encontrou uma enfermeira para lhe auxiliar. “Eu e a minha mulher nos revezamos, fico acordado de madrugada, até a hora que aguento, e depois ela cuida.

Semana passada a Valenthina se engasgou e foi bem grave, quase a perdemos. São segundos desesperadores e não há tempo para levar ao hospital, pois moramos longe. Precisa ser resolvido na hora”, comenta o pai.

A cirurgia no céu da boca só poderá ser realizada quando a menina completar um ano e meio. Até lá, ele pretende realizar trabalhos em casa, para ajudar nas finanças. “Não podemos sair de perto dela, até que ela faça esta cirurgia, mas estou à procura de algum emprego em que eu possa trabalhar de casa mesmo”.

Diagnóstico será conhecido somente em janeiro Valenthina nasceu com diversas más formações, mas nada foi detectado nos exames realizados durante a gestação de Jovana. Após o nascimento, um novo exame foi encaminhado para a Espanha, para tentar descobrir o diagnóstico da menina. A família aguarda ansiosa pelo resultado, que deve chegar no final de janeiro de 2015, já que só depois disso poderá ser iniciado um tratamento.

A família só descobriu a doença no dia 7 de junho, quando foi realizado o parto da menina no Hospital Tacchini. A primeira suspeita dos médicos era de síndrome de Edwards, mas o resultado do exame foi negativo. “Eu e

Com apenas cinco meses, a pequena já passou por cinco cirurgias

nosso outro filho Nicolas estávamos do lado de fora esperando, quando de repente fecharam as cortinas e me informaram que minha filha seria levada para a UTI, perdi meu chão”, lembra o pai.

Com apenas cinco meses de vida, Valentina se alimenta por meio de uma sonda e já passou por cinco cirurgias de risco. A primeira delas, no coração, foi realizada quando a menina tinha apenas 30 dias.

Outro problema que Valenthina enfrenta é em relação ao seu crescimento. Atualmente, ela pesa 3,5 quilos, mas deveria ter pelo menos o dobro disso.

A família afirma que quem quiser colaborar pode entrar

em contato pelo telefone (54) 8422.6342. “Quase perdemos ela em diversas ocasiões. Não estávamos preparados para isso, já que nenhum médico diagnosticou algo de errado nela. Para nós, estava tudo certo. Imagine a minha situação de estar lá, assistindo à cesária, e de repente fico sabendo de tudo isso. Tirou o meu chão”, lamenta o pai.

Para ajudar Telefone: (54) 8422.6342 Conta para depósito: 74214-7 Agência: 0181-3 (Banco do Brasil)

Geral

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

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Cremação

Pavimentação

Obras de reconstrução iniciam na Fiorelo Bertuol

Uma solução para o problema de vagas Prefeitura abre licitação para disponibilizar o serviço gratuitamente FOTOS CRISTIANO MIGON

Cristiano Migon geral 4@jornalsemanario.com.br

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Será trocada a antiga tubulação pluvial de 40 por 60 centímetros O temporal que atingiu Bento Gonçalves na noite de 7 de novembro deixou diversas ruas da cidade com inúmeras avarias na pavimentação, somando um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos. A Secretaria de Viação e Obras Públicas (SVOP) iniciou nesta terça-feira, 2 de dezembro a reconstrução do que é considerado o ponto mais crítico, a rua Fiorelo Bertuol, no bairro Borgo. A malha asfáltica havia cedido no local em virtude da tubulação de escoamento de esgoto não suportar a vazão da água. A obra, orçada em cerca de R$ 223 mil, irá substituir a antiga tubulação de 40 centímetros por uma de 60.

Para evitar que o problema volte a acontecer, o novo projeto prevê a instalação de quatro caixas coletoras em uma extensão de aproximadamente 125 metros, facilitando o acesso da água da chuva a galeria pluvial. “Priorizamos outros 11 pontos atingidos que eram obras de caráter de urgência, não exigiam muito estudo e eram investimentos de custo menor. Agora, com esses pontos reparados, pode-

mos dar início a reparação dos pontos mais complexos, como a Fiorelo Bertuol”, explica o secretário da SVOP Sérgio Gabrielli.

A pista está parcialmente bloqueada há cerca de um mês, o que causa desagrado e apreensão aos motoristas que trafegam pela via. “De que adianta a instalação de quatro novos semáforos para trazer segurança ao motorista, quando basta iniciar a subida do morro para termos que invadir a pista contrária para desviar de buracos e cascalho. Esse problema deveria ser resolvido na mesma semana que aconteceu”, comenta o comerciante Josué Dall’Agnol.

A obra tem prazo de término de 90 dias, a SVOP alerta para que os motoristas tenham atenção redobrada enquanto a obra estiver em andamento em virtude dos bloqueios de pistas que podem ocorrer.

“Finalmente a reparação começará, estava muito perigoso trafegar em uma via estreita e com grande fluxo de veículos e pessoas, principalmente em horários de pico e saída da escola”, diz a dona de casa Gomercinda dos Santos Rocha.

a tentativa de sanar os problemas de falta de vagas nos cemitérios públicos e dar uma segunda opção aos familiares, a prefeitura abriu na segunda-feira, 25 de novembro, um processo licitatório para a contratação de uma empresa de cremação. A medida também tem por objetivo oferecer o serviço a pessoas de baixa renda.

Tendo em vista que a cidade não possui crematório próprio, ficará sob responsabilidade da empresa vencedora os encargos de transporte, escolha da unidade que fará o serviço e posteriormente, entrega da urna mortuária aos familiares.

Segundo o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana Mauro Moro, a medida foi tomada para diminuir a grande demanda de cárneas mortuárias nos cemitérios da cidade.

“Presenciamos um aumento significativo na quantidade de gavetas públicas solicitadas à secretaria nos últimos anos e o número de novas vagas nos cemitérios não acompanha o crescimento. Além de findar esse problema, também dá a escolha aos familiares de baixa renda que muitas vezes gostariam de contratar um serviço de cremação, mas que acaba se tornando inviável pelo custo” diz.

Meta é oferecer o serviço a famílias de baixa renda do município Para a professora Lourdes Zacarias Luvison, a iniciativa além de ser um desfecho mais apropriado do que o sepultamento, é uma oportunidade de evitar transtornos e gastos com manutenção no futuro. “Após a cremação não existe a necessidade de manutenção de jazigos ou pagamento de aluguel e renovação periódica. Já passa da hora de mudar esse pensamento de que apenas o sepultamento é um final digno aos entes queridos”, comenta.

Para obter o serviço, os fami-

liares deverão entrar em contato com a Divisão de Manutenção e Administração de Cemitérios da prefeitura de Bento Gonçalves.

O candidato deverá preencher os pré-requisitos estabelecidos em lei. Somente será custeado pelo poder público o valor da cremação, os demais encargos continuarão sendo cobrados do solicitante. A entrega das cinzas aos familiares deverá ser efetuada no prazo máximo de 15 dias. A prefeitura apresentará a empresa contratada na quinta-feira, 8 de dezembro.

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Segurança

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Poder Judiciário

“Em primeiro lugar as pessoas” Juíza Valéria Neves Willhelm assume a 2ª Vara Criminal e o Juizado da Infância e Juventude de Bento Gonçalves LEONARDO LOPES

Leonardo Lopes policia@jornalsemanario.com.br

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esde a semana passada Bento Gonçalves conta com uma nova magistrada. A juíza Valéria Neves Willhelm, 54 anos, assumiu a 2ª Vara Criminal e do Juizado da Infância e Juventude.

Ela substitui o juiz Rudolf Carlos Reitz, que agora responde pelo Juizado Especial Criminal (Jecrim), o Juizado Especial Cível (JEC) e a Fazenda Pública.

Natural de Porto Alegre, a magistrada já trabalhou na comarca de São Borja, como juíza criminal, na Vara Judicial de Campina das Missões e no Tribunal do Júri em Caxias do Sul, como juíza designada. Na 2ª Vara Criminal, a juíza Valéria ficará responsável por metade dos processos de detenção e reclusão e com os casos de violência doméstica. “É uma área que vem crescendo muito. Em Bento, nós estamos com aproximadamente 1.000 processos relativos a violência doméstica, o que é bastante. No Juizado da Infância e Juventude temos cerca de 700 processos, o que também é muito”, comentou.

Jornal Semanário: Como foi sua vinda para Bento?

Juíza Valéria Neves Willhelm: Eu tive muita sorte. A maior parte dos juízes gostaria de estar aqui, Bento é uma comarca muito bem vista pelos magistrados. Não só pelo Poder Judiciário ser excelente, mas por ser uma cidade acolhedora, boa de se viver.

JS: Quais as suas primeiras impressões?

Juíza Valéria: Adorei a cidade, gostei desse sobe e desce das ruas, é uma cidade muito romântica e eu gostei muito do apito do trem. Onde eu moro ouço o apito do trem e acho lindo. Demonstra que Bento tem história.

Uma cidade que mantém sua linha de trem demonstra respeito por sua história e pelo trabalho.

JS: Como a senhora se define como uma magistrada?

Juíza Valéria: Eu me sinto uma juíza humana. Em primeiro lugar estão as pessoas. Eu vejo cada processo de forma individualizada. Antes de ser juíza, eu fui psicóloga do Poder Judiciário ligada a Vara da Infância

Nova magistrada está em Bento Gonçalves desde o dia 17 de novembro e Juventude. Depois fui estudar Direito, mais velha e com filhos, e fui assessora do Ministério Público. A magistratura é um sonho realizado na minha vida.

E Bento é outro sonho realizado, pois tinha muito desejo de vir trabalhar nesta cidade.

JS: A população costuma reclamar que os bandidos sempre retornam às ruas.

Como é o trabalho do judiciário neste sentido?

Juíza Valéria: Eu, como juíza, entendo que prisão não é a regra, é a exceção. E fora isso, há outras alternativas na lei que não a prisão, que são as aplicações de medidas cautelares diversas.

Para manter alguém preso, temos que verificar alguns requisitos, como: É réu primário? Tem emprego fixo? Tem residência fixa? Foi um fato isolado na vida dele? Quando ele foi preso, havia materialidade? Em uma prisão com drogas, que quantidade era essa? Era para consumo ou para tráfico? Todos esses elementos são levados em conta pelo juiz para manutenção da prisão. O juiz tem que se ater a lei. Não podemos prender por prender.

A delegacia pode. Porque a delegacia está realizando uma investigação, então faz uma operação

e naquele dia saem prendendo (os suspeitos). Claro que com a autorização do juiz, pois estas operações sempre contam com autorização do juiz para prisão destes elementos. Só que naquele dia, aquele réu que estava ali junto com os outros, mais conhecidos e com drogas, foi levado junto e pode ser um usuário ou um grande traficante. Nós temos que analisar o contexto de como foi àquela prisão. Tudo é analisado. Tem casos que somos obrigados a soltar, mas não é uma soltura somente. A gente solta e muitas vezes aplica estas medidas cautelares diversas da prisão, que pode ser desde uma frequência a algum serviço de tratamento contra a drogadição até a proibição de frequentar bares. Se for uma pessoa que não está estudando, eu encaminho para frequência escolar. Vou verificando qual a situação daquele réu e aonde posso aplicar estas medidas. Ele vai ficar solto, mas tendo que se submeter a estas medidas. Não é que o juiz solta todo mundo. É que o juiz tem que se ater a lei e é por isso que se chama juiz. O juiz tem a balança porque têm que pesar os dois lados. Não posso pesar só o lado da polícia nem só do réu. Tenho que olhar os dois lados e verificar

onde está a justiça.

JS: Autoridades policiais afirmam que a legislação é branda. Você concorda?

Juíza Valéria: Eu não diria que a legislação é branda. O que falta no Brasil é investimento na base, na educação, nas nossas crianças, no povo e nas nossas famílias. A lei não seria branda se essas pessoas tivessem um desenvolvimento ideal. Assim as leis seriam as necessárias. A sociedade está com um comportamento desviado. Não é a maioria, pois o que vem para a Justiça é uma minoria. Mas essa minoria não está dando muita importância para os limites.

Eles acham que descumprir a lei é natural, não se questionam sobre isso. Aí claro vamos ter que endurecer as leis. Mas assim vamos endurecendo e eles vão descumprindo. O certo mesmo é toda sociedade se voltar para a base. Investir na nossa infância e juventude para que, com o passar do tempo, e vai levar uns 10 ou 20 anos, essa geração venha com um melhor entendimento da sociedade como um todo.

JS: A falta de vagas em presídios influencia no trabalho de um juiz?

Juíza Valéria: Interfere no sentido que também não podemos ser desumanos e empilhar pessoas dentro de um presídio.

Neste sentido sim, acabam que réus de crimes menores fiquem soltos para dar lugar dentro do presídio para criminosos mais graves. O ideal era termos vários pequenos presídios, onde os réus realmente tivessem uma chance de ressocialização e não estes enormes presídios cheios de pessoas que, na verdade, não saem de lá ressocializados.

Assim, nosso trabalho iria melhorar muito, pois poderíamos mantê-los presos sabendo que estão sendo ressocializados. O que não ocorre hoje no Brasil.

JS: Em sua primeira semana, um dos assuntos mais falados em Bento Gonçalves foi a agressão de um neto drogadito a sua avó.

Este processo mudou de tipificação três vezes e passou por duas Varas Criminais, esta é uma situação normal no Poder Judiciário?

Juíza Valéria: É normal em

função de que existem duas Varas Criminais e é preciso verificar qual é o juiz competente para aquela matéria. Precisamos verificar qual é o juiz competente para aquela matéria sob pena de nulidade. Mas desde o início nós tínhamos conhecimento que a avó estava no hospital e estava em segurança. De qualquer maneira a iniciativa sempre foi de prender, bastava verificar qual o juiz que iria tomar esta medida.

Claro que a sociedade fica revoltada (com este tipo de crime), mas temos que deixar que a polícia e o Poder Judiciário façam seu trabalho. Estes drogaditos cometem o crime e fogem. Era isto que vinha acontecendo. O doutor Rudolf, que me antecedeu, já havia tomado medidas protetivas a favor da avó, porém toda vez que tentávamos aplicar estas medidas para afastar ele, o acusado fugia e avó nunca nos passou um endereço onde ele poderia ser encontrado. Não tínhamos nem como aplicar uma pena de prisão, pois ele nunca havia sido notificado. Esta prisão veio em função da gravidade (do último ataque). As avós e mães (destes drogaditos) sempre acreditam que eles têm cura, que irão mudar e os próprios prometem esta mudança, mas quando vem a fissura pela droga, entram naquela paranoia pelo vício e enxergam a avó ou mãe como um agressor, uma pessoa que é contra eles, e a tendência é agredir os familiares. Normalmente eles agridem aquela pessoa que mais cuida deles, que mais dá chance.

Tudo porque querem furtar alguma coisa para vender e voltar a usar droga. É um ciclo vicioso e este não é o único. Mas estamos atentos a todos os casos.

Eu recém cheguei à comarca e quero fazer parte destas redes da violência doméstica, para verificar como estão acolhendo as vítimas, como é feito o trabalho e a relação com os agressores.

Eles precisam de tratamento também, ou esta avó e mãe vão voltar a acolhê-los e o ciclo se mantém. Precisamos fazer este trabalho em rede para atender estes casos. A droga é uma epidemia hoje no Brasil. A dependência está em todo lugar. É um problema social. Por isso que reafirmo que precisamos tratar isto nas bases, na educação e conscientização.

Segurança

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

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A resposta da BM

Suspeito de sequestros é preso Diego de Borba Vieira, conhecido como Minotauro, recebeu voz de prisão em flagrante por porte ilegal de arma de fogo FOTOS BRUNO MEZZOMO/GRUPO RSCOM, DIVULGAÇÃO

Leonardo Lopes policia@jornalsemanario.com.br

N

a mesma proporção que dois casos de sequestro-relâmpago em menos de 48h, na semana passada, espantaram, a resposta da Brigada Militar impressionou. No sábado, 29 de novembro, o principal suspeito dos crimes foi preso por porte ilegal de arma de fogo no bairro Tancredo Neves.

Conforme a ocorrência policial, por volta das 23h, durante patrulhamento na rua Pedro Nascimento da Silva, a guarnição avistou um indivíduo que empreendeu em fuga ao perceber a aproximação da viatura. O suspeito subiu a cerca de uma creche e acabou caindo de uma altura de quase seis metros no pátio de uma residência vizinha, machucando a cabeça.

O local foi cercado pelo reforço policial e o indivíduo foi capturado no porão. Com o acusado foram apreendidos um revólver calibre .38 com cinco cartuchos intactos e um deflagrado. No bolso do acusado foram encontradas mais cinco munições intactas. O flagrado foi identificado como Diego de Borba Vieira, 24 anos, conhecido pelo apelido de Minotauro.

Ele era considerado pelo setor de inteligência da Brigada Militar o principal suspeito dos

Vítimas dos sequestros reconheceram Minotauro para a Polícia Civil

dos criminosos. Os bandidos teriam batido no vidro do carro com um revólver e mandado a vítima dirigir. “Eles não pareciam desesperados ou alterados pela droga, mas também não do tipo ‘profissionais’. O que eles queriam era gastar, era comprar”, relata.

Os sequestradores eram dois homens com idades entre 20 e 35 anos. A vítima seguiu todas as ordens dos criminosos e em nenhum momento foi agredida.

Ela passou a senha do cartão e um dos bandidos realizou compras em dois mercados diferentes da cidade, enquanto o outro continuava no carro com o refém. Após conseguirem tudo o que queriam, os sequestradores abandonaram a vítima.

O comportamento da vítima seguiu o recomendado pelas autoridades policiais, de não reagir e lembrar que os bens materiais são o principal interesse do criminoso. Apesar do relato aparentemente tranquilo da vítima, o suspeito Diego Minotauro é reconhecido como usuário de drogas e possui uma extensa ficha criminal. Seu histórico de ocorrências iniciou em 2002 e possui inquéritos por lesão corporal, roubo qualificado, furto qualificado e ameaça. Ele estava em liberdade condicional desde o dia 28 de abril.

dois casos de sequestro-relâmpago ocorridos na semana passada. Minotauro foi conduzido para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) onde foi lavrado o flagrante por porte ilegal de arma de fogo. A procedência do revólver não foi esclarecida. A fiança foi arbitrada em R$ 4,5 mil e, como não foi paga, o acusado foi encaminhado para a Penitenciária do Apanhador, em Caxias do Sul. Apesar da prisão ser motivada pelo porte ilegal de arma, o fato de Minotauro estar recolhido deve facilitar a investigação da Polícia Civil sobre os sequestros-relâmpago. O inquérito policial está com a 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), especializada no combate a roubos. Duas vítimas já teriam reconhecido o suspeito por fotos. Minotauro deverá ser intimado para prestar depoimento na próxima semana. Os agentes da 2ª DP esperam esclarecer em breve quem é o comparsa do acusado envolvido nos crimes. Também será apurada a sua participação em um terceiro sequestro, no mês passado.

“Eles só queriam gastar”

Um revólver, munições e correntes de ouro foram apreendidos na ação

Uma das vítimas da semana passada, que pediu para não ser identificada, contou a ação

Quadrilha da Grande Porto Alegre

Assaltantes agridem mulher no Zatt

Polícia Civil apreende veículos clonados clonado com o registro de um automóvel de Bento Gonçalves.

Em ação contínua, os agentes da 2ª DP foram até a rua Noely Clemente de Rossi, no Santa Helena, onde encontraram um Peugeot 208 e uma motocicleta CB 300, também produtos de crime. O automóvel havia sido clonado a partir do registro de um veículo da Região Metropolitana.

Com o flagrante, os policiais prenderam Alexandre de Souza Silva, 30 anos, que estava dentro da residência. O acusado estava em liberdade condicional desde 24 de março, do Instituto Penal Miguel Dario, em Porto Alegre. Ele é descrito

ANTÔNIO SÉRGIO DE OLIVEIRA/RÁDIO DIFUSORA, DIVULGAÇÃO

Uma ação da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP) resultou na apreensão de três veículos e a prisão de um acusado com ligações a uma quadrilha da Região Metropolitana de Porto Alegre.

A operação, que teve reforço do Policiamento Comunitário da Brigada Militar, ocorreu na manhã de segunda-feira, 1º de dezembro, nos bairros Borgo e Santa Helena.

Conforme informações da Polícia Civil, após uma denúncia anônima, uma Land Rover com placa clonada foi apreendida em uma oficina na rua Mário Morassutti, no Borgo. O veículo tem ocorrência de roubo na região do Vale dos Sinos e havia sido

Uma Land Rover, um Peugeot e uma motocicleta foram recolhidos pelos agentes da Polícia Civil como “um elemento perigoso com ligações com uma quadrilha de assaltantes da Grande

Porto Alegre”.

Os veículos recolhidos foram encaminhados para um depósito credenciado.

Uma pedestre foi assaltada no bairro Zatt na manhã desta terça-feira, 2 de dezembro. Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 7h, a vítima relatou que caminhava pela rua Ângelo Antonio Rizzi quando foi abordada por dois indivíduos, um de cor clara vestindo uma jaqueta branca e outro moreno com um abrigo verde. A dupla estava armada com uma arma de fogo curta e roubou uma mochila verde, com roupas, perfumes, documentos pessoais e aproximadamente R$ 900. A vítima foi agredida com socos e chutes e foi encaminhada pelos policiais militares até o PA 24h.

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Esportes

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Divisão de Acesso

Estadual de Vôlei

FGF confirma vaga na Série A só para campeão PAULO NUNES/CORREIO DO POVO, DIVULGAÇÃO

Bento vence Sogipa e fica próximo do título Equipe de Mauricy Jacobs fez 3 sets a 0 nas atuais campeãs gaúchas s meninas do Bento Vôlei deram um passo importante para a conquista do título de campeãs gaúchas. Mostrando um voleibol com muita força no bloqueio, a equipe do técnico Mauricy Jacobs fez 3 a 0 (25/22, 25/23 e 25/19) na Sogipa, jogando no Ginásio de Esportes. A segunda partida da final acontece na quinta-feira, 11, em Porto Alegre.

No primeiro set, as anfitriãs marcaram o primeiro ponto do confronto. Depois, a Sogipa empatou em 2 a 2 e seguiu na frente o tempo todo, chegando até a vantagem de cinco pontos. Quando estava 13 a 18, o técnico Mauricy Jacobs pediu o segundo tempo do time e o grupo retornou à quadra com uma postura diferente. O Bento empatou em 21 a 21 e depois fecharam em 25 a 22.

No segundo set, as meninas da Serra gaúcha mantiveram-se sempre à frente, administrando o placar e abrindo até sete pontos. A Sogipa tentou reverter no final da série, mas o set acabou 25 a 23 para o Bento. Na terceira etapa, o início foi mais equilibrado, mas as bento-gonçalvenses mantiveram-se sempre na dianteira e encerraram por 25 a 19.

No jogo de volta, dia 11, em Porto Alegre, se o Bento Vôlei novamente for superior

ENIO BIANCHETTI, DIVULGAÇÃO

A

Noveletto não quis resistir à pressão da televisão e mudou a Série A2 A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) definiu que apenas um clube da Série A2, também conhecida como Divisão de Acesso, irá subir para o Gauchão em 2016. A decisão foi anunciada na segunda-feira, 1º de dezembro, pelo presidente da entidade, Francisco Noveletto. Também foi antecipado o novo formato da competição, esvaziando a reunião marcada para o dia 15 deste mês.

Segundo a FGF, três equipes da Série A vão cair para a Divisão de Acesso e o campeão da A 2 vai subir. Alegando pressão da televisão, o Gauchão terá apenas 12 times a partir de 2017. Para compensar a medida, cada representante da Série A abriu mão de R$ 100 mil, que serão repassados aos participantes da Divisão de Acesso em cinco parcelas de R$ 20 mil.

Noveletto adiantou, em entrevista à Rádio Imembuí, de Santa Maria, que não have-

Meninas do Bento não deram chances para a atual campeã Sogipa (independente do placar), é o campeão. Se as donas da casa reverterem, haverá uma nova partida no sábado, 13, também no clube porto-alegrense.

Ao final do duelo, o técnico do BV, Mauricy Jacobs, afirmou que o jogo iniciou tenso, mas esperava que toda a partida fosse mais difícil. “O que não tira o mérito do grupo, que demonstrou evolução e a maturidade do coletivo. O time mostrou que tem condições de vencer a Sogipa e o fez.”

Também foi evidenciado o poder de reação da equipe, que virou o set no momento decisivo da série. “Como ocorreu em Passo Fundo (15 de novembro), quando tínhamos a obrigação da vitória para ir à final, entramos com excesso de ansiedade. Precisávamos de mais calma, mas às vezes a vontade de vencer se sobrepõe e erramos muito. Depois, diminuímos os erros e conseguimos reverter o placar que era bem adverso”, comentou.

Bento Vôlei

Como deve ser a Divisão de Acesso

Líbero Daniel é o novo reforço ENIO BIANCHETTI, DIVULGAÇÃO

O Bento Vôlei está no mercado atrás de atletas para melhorar ainda mais o time que irá disputar a Superliga B. O novo reforço apresentado é o líbero paulista Daniel Rossi. Ele atuou pelo time de Volta Redonda nas últimas Superligas, sendo destaque de sua equipe. No clube fluminense, Daniel permaneceu por três temporadas. Já no anterior, o Vôlei Futuro, ele iniciou a carreira profissional e defendeu suas cores por cinco anos. O atleta foi apresentado pelo presidente Marcos Paulo Machado na sexta-feira, 28 de novembro.

rá mata-matas na Divisão de Acesso. O campeonato terá três fases classificatórias, com o campeão sendo definido em jogos de turno e returno. De acordo com o presidente da FGF, é uma forma dos times atuarem por mais tempo. Ele frisou, porém, que esta ideia precisa ser aprovada no Congresso Técnico da competição, que acontece na segunda-feira, 15, em Porto Alegre.

O presidente do Esportivo, Luís Delano Oselame, revela que ficou decepcionado com a decisão da federação. Ele afirma que, mais uma vez, os clubes do interior foram desrespeitados.

“O presidente Noveletto tinha acertado com os dirigentes dos clubes que iria definir esta situação no dia 15, mas resolveu mudar de atitude. Não temos o que fazer lá, então. Vamos nos organizar e fazer um time forte para brigar diretamente por esta única vaga. É o que nos resta”, finaliza o presidente.

Primeira fase As equipes serão dividas em dois grupos de oito. Os jogos serão em turno e returno, classificando os cinco melhores de cada grupo.

Segunda fase Serão dois grupos com cinco times, realizando jogos em turno e returno, com os dois melhores de cada lado classificando-se para a fase decisiva.

Terceira Fase Será disputado um quadrangular final para definir o campeão da competição, que subirá para a Série A do Gauchão em 2016.

Obs: A nova fórmula da Divisão de Acesso será apresentada no Congresso Técnico dos clubes, no dia 15, em Porto Alegre.

Presidente Marcos Paulo apresenta o novo reforço Daniel Rossi

Esportes

Quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Campeonato Distrital

Barracão começa com vantagem nos dois quadros

15

Estadual Máster

Esportivo empata e é pentacampeão gaúcho Equipe do técnico Cabide ficou no 1 a 1 com o Bento e garantiu o título FOTOS MARCELO MACIEL

Digão (E) marcou o gol da vitória para o Barracão no quadro B O Barracão abriu vantagem na decisão do título dos quadros A e B do Campeonato Distrital. Empurrado por sua torcida, que lotou o Estádio da Ilha Verde, a equipe venceu por 1 a 0 o Estrela da Serra, no quadro B, e 3 a 0 o Inter da Leopoldina, no quadro A. Os jogos foram disputados no domingo, 30 de novembro. Com o resultado, o Barracão joga pelo empate para ficar com o título nas duas categorias.

No quadro B, a partida foi bastante disputada. O Barracão perdeu várias chances de marcar, enquanto o Estrela da Serra só se defendia. De tanto insistir, a equipe da casa chegou ao gol na segunda etapa com Digão. Agora, o time do técnico Tchêpa precisa de um empate para ficar com o título.

Em caso de vitória do Estrela,

a decisão será nas penalidades.

Pelo quadro A, o Barracão também não deu chances ao adversário. Apesar de ter começado melhor nos primeiros minutos, o Inter da Leopoldina sucumbiu ao talento do atacante Giba, que fez a diferença na decisão. Ele abriu o placar aos 40 minutos do primeiro tempo, num golaço de fora da área, surpreendendo o goleiro Ademir. No segundo tempo, o atacante daria assistência para o segundo gol, marcado por Alan, além de fazer o terceiro, de pênalti, fechando o jogo em 3 a 0.

Com a goleada, o time do técnico Fernando Agostini joga pelo empate para ficar com o título inédito. O Inter da Leopoldina precisa vencer no tempo normal para levar a decisão para os pênaltis.

Giba (com a bola) foi o destaque no quadro A, marcando dois gols

Jogadores comemoraram a conquista, que pode ter sido a última do capitão Raquete, que pode se aposentar

Marcelo Maciel editoria@jornalsemanario.com.br

U

m misto de emoção e alegria tomou conta dos jogadores do Esportivo após a conquista do pentacampeonato gaúcho do Estadual Máster. O feito aconteceu no sábado, 29 de novembro, após um empate em 1 a 1 contra o Bento, grande rival da equipe na competição.

Após a vitória por 4 a 0 no primeiro jogo, o Esportivo entrou em campo com a vantagem do empate. Com isso, o Bento começou com tudo, ameaçando por várias vezes o gol do goleiro Janio, responsável por duas sensacionais defesas no primeiro tempo.

Porém, mesmo com o time do técnico Silvio dos Santos melhor, quem marcou primeiro foi o Esportivo. Novamente ele, o artilheiro Cover, foi decisivo e garantiu a ampliação da vantagem do Alviazul.

O Bento ainda buscaria o empate, mas não teve forças para virar a partida. Além do pentacampeonato, o Esportivo garantiu o artilheiro da competição, Roberto Cover.

Para o Bento, ficaram os destaques de disciplina e goleiro menos vazado.

Atacante Roberto Cover (D) foi o artilheiro da competição em 2014

Bento recebeu o troféu disciplina e de goleiro menos vazado do torneio

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A Edição

BENTO GONÇALVES

32 páginas

Quarta-feira

3 DE DEZEMBRO DE 2014 ANO 47

Primeiro caderno .................... 16 páginas Variedades .............................. 4 páginas Classificados .......................... 12 páginas

N°3085

R$ 3,00

Esportivo

é penta

Licitação

Saiba onde ficam os novos pontos de táxi Páginas 8 e 9

Título foi conquistado em empate de 1 a 1 contra o Bento, seu maior rival Página 15

MARCELO MACIEL

Estadual Máster