02/12/2015 - Variedades - Edição 3187

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Variedades

Quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

CLAUDIO ETGES, DIVULGAÇÃO

Cultura, diversão e entretenimento

Talento que chega a Nova Iorque As alunas Isadora e Gabriela da Escola de Ballet Sabrina Castilla foram aprovadas para curso nos Estados Unidos Cristiane Grohe Arroyo geral3@jornalsemanario.com.br

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uas alunas da Escola de Ballet Sabrina Castilla foram aprovadas para participar do curso de seis semanas do Summer School Of Excellence 2016, na American Academy of Ballet (AAB). Localizada em Nova Iorque (EUA), a escola é considerada por bailarinos, professores e coreógrafos uma das melhores do mundo. As bailarinas Isadora Castilla Miolo e Gabriela Accadrolli Debiasi, ambas de 16 anos, passaram por uma audição de três horas na escola de Ballet Vera Bublitz, localizada em Porto Alegre. “A audição contou com 40 bailarinos, apresentação na barra, no centro e com sapatilhas de ponta”, explica Sabrina. Segundo ela, o diretor da AAB Laurence Kaplan esteve presente o tempo todo analisando e avaliando os alunos. De acordo com Sabrina, diretora da escola localizada em Bento e Garibaldi, o curso será uma imersão na dança clássica. “As alunas ficarão alojadas

na Universidade, farão suas refeições lá mesmo e as aulas serão no Purchase College State University”. Segunda a professora, é uma universidade com prédios de artes plásticas, artes cênicas, música e a dança. Serão seis aulas diárias de Ballet Clássico, Pontas, Ballet de Repertório, Pas de Deux (trecho do ballet dançado por um bailarino e uma bailarina). As alunas poderão fazer também aulas de dança folclórica, dança espanhola, jazz, neoclássico ou contemporâneo. “Que também faz parte do currículo apesar de ser o Ballet Clássico o foco das aulas”, conta. Ao final do curso serão apresentadas coreografias para o fechamento das aulas. As bailarinas terão à disposição 24 professores. “São os melhores que elas poderiam sonhar: a bailarina Paloma Herrera, a primeira bailarina do American Ballet Theatre; Galina Panova do Kirov Ballet; Gilbert Mayer e Gil Isoart ambos do Ballet da Ópera de Paris; professores do New York City Ballet, do Royal Ballet, professores do Método Vaganova e

professores da Broadway com as aulas de jazz”, destaca Sabrina. Para Sabrina a importância do curso vai além do amadurecimento técnico. “É uma oportunidade para elas estarem em contato com excelentes professores, é um intercâmbio onde aliarão a dança que tanto se dedicam a uma troca cultural, pois neste curso participam estudantes do mundo inteiro, onde farão amizades, poderão praticar o inglês e ouvir idiomas de várias partes do mundo”, completa Sabrina. Além disso, para a diretora é uma porta que se abre, pois as colegas e alunas menores já fazem planos de se dedicarem nas aulas para também poderem cursar o Summer School of Excellence, que recebe alunos dos 11 aos 22 anos. “Isto

faz também com que vejam que o trabalho de nossa escola é sério e que está dentro dos padrões do Ballet Internacional”, acrescenta. Gabriela começou a dançar ballet aos 4 anos de idade e comemora a ida para os Estados Unidos. “Achei o máximo ter sido escolhida, quando fiz a aula não achei que eu seria selecionada para participar do curso”, vibra a aluna. Dentro das aulas, o que ela mais gosta de fazer são os exercícios na diagonal. “Umas das coisas que eu mais gosto de fazer são os exercícios na diagonal e o que eu considero mais difícil são os fouettés (um turno em que o movimento da perna de trabalho faz com que o corpo rode)”, explica. Sobre seguir carreira no ballet clássico é um possibilidade que ela não descarta. “Ainda não sei, mas se tudo der certo, quem sabe né!?”. Isadora Castilla Miolo começou cedo na dança. Com 2 anos ela já estava

dando os primeiros passos com sapatilhas. “Eu admiro tudo que envolve o ballet clássico, desde a música até os passos mais difíceis, a técnica necessária para o desenvolvimento de qualquer movimento, a leveza que a bailarina precisa demonstrar enquanto dança, mesmo quando uma cãibra ou outra dor pareça impedir de nos movimentarmos”, completa. Para Isadora a postura e a disciplina que somente o ballet traz vale a pena, principalmente quando todo esforço e dedicação é reconhecido, seja por uma premiação em um concurso ou pelos aplausos ao final de uma apresentação. “O mais difícil do ballet, apesar de suas dores e cansaço, é ficar sem ele”, reflete. A bailarina conta que fez a audição por curiosidade e para aprender um pouco mais com a aula. “Quando recebi o resultado de aprovação, fiquei muito surpresa e feliz”. Sobre seguir carreira no ballet ela diz que não pretende seguir. “Mas seria um sonho! Porém, nunca irei parar com as aulas”, fala Isadora.


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02/12/2015 - Variedades - Edição 3187 by Jornal Semanário - Bento Gonçalves - RS - Issuu