Quarta-feira, 13 de agosto de 2014
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Variedades Cultura, diversão e entretenimento
CRISTIANO MIGON
O hobby
como trabalho
Apaixonado por desenho desde criança, Lucas de Souza passou a vender seus trabalhos e, a pedido da comunidade do bairro Glória, também pintou a parede da nova sala de catequese
Silvia Dalmas geral3@jornalsemanario.com.br
desenho é uma paixão de infância na vida de Lucas de Souza, 21, que aos seis anos de idade já passava os dias em meio a papéis e lápis de cor. O dom natural fez o jovem se aprimorar na arte e assim ele transformou seu hobby em trabalho. Hoje, Souza faz faculdade de design, vende a maior parte dos seus desenhos e, recentemente, finalizou um trabalho importante na capela da comunidade do bairro Glória: a pintura de uma parede da nova sala de catequese. Apesar de desenhar desde criança, aos 14 anos Souza realizou um curso para se aperfeiçoar. Aos 18, depois de um desafio proposto pela mãe, Clara de Souza, ele descobriu uma nova paixão: a pintura em telas. “Comecei rabiscando sozinho e lembro que sempre gostei, mas nunca tinha trabalhado em telas. Um dia, ela comprou uma e propôs que eu fizesse um re-
FOTOS ARQUIVO PESSOAL
O
trato do meu pai, como presente. Aceitei e gostei”, conta. O pai, Pedro de Souza, lembra que se surpreendeu. “Mesmo sabendo que ele desenhava bem, achei fantástico o resultado”. Em julho, a comunidade do bairro Glória, onde o jovem reside, lançou um novo desafio: a pintura de
uma parede na sala de catequese da capela. “Nunca tinha feito isso, era uma textura diferente, o sombreamento é mais complicado, eu não tinha certeza se iria ficar bom. O mais difícil foi o esboço, calcular as medidas certas, etc”, conta Souza. A parede começou a ser pintada no dia 15 de julho e foi finalizada no dia 6 de agosto, quando aconteceu a inauguração da sala. Todo o trabalho e os materiais foram pagos
pela associação dos moradores. “O padre e todo mundo que estava presente adorou e elogiou muito. Estava lotado”, orgulha-se a mãe. “Ele é bem detalhista e cada vez se aperfeiçoa mais”, elogia o pai. Hoje, mesmo trabalhando como auxiliar de escritório, Souza leva o hobby como profissão e vende a maior parte do seu trabalho. “No começo, até a minha mãe comprava, para me incentivar. Agora, a maioria dos meus desenhos são encomendados, mas guardo fotos de todos eles”, lembra o jovem, que também fez trabalhos para escolas, como caricaturas na camiseta de uma turma de formandos do Colégio Aparecida. “Quero trabalhar com desenho, não sei se especificamente pinturas, mas gostei da experiência. Pretendo continuar, porque é uma coisa que sei fazer e que me faz bem”.