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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2014

Ano XIV

Nº 4096

Joaçaba - SC - Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2014

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R$ 1,00

Legislação ambiental qualifica empresas do setor moveleiro Licenciamento ambiental aplicado à indústria moveleira, trata das atividades do setor de móveis de madeira sujeitas ao cumprimento das boas práticas, listando todas as atividades que precisam de licença.

Página 5 N’ATIVA

AMBEV fecha contrato de três anos com o carnaval de Joaçaba “Estou trazendo aqui um contrato da AMBEV para com a LIESJHO para apoio do carnaval por 3 anos. Esse é um respaldo da companhia ao belo evento que a comunidade daqui realiza”

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Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2014

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Poupança

0,5701%

PeloEstado

13 e 14 de Dezembro de 2014

Ouro R$ Grama R$ 104,50

Dólar comercial (compra) Salário Mínimo

Taxa selic

11,75% - sem viés

2,6552

R$ 724,00

CUB Dezembro R$ 1.422,63/m²

Dólar comercial (venda)

Inflação (12 meses - IPCA)

Ibovespa

2,6558

R$ 6,56%

-3,73% (48.001)

26ºC 15ºC

27ºC 14ºC

21ºC 17ºC

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Predomínio de sol, apenas com pouca variação de nuvens

Tempo nublado, com algumas aberturas de sol

Tempo fechado e chuvoso, com possíveis trovoadas

EXPEDIENTE

REDE SUL BRASIL DE COMUNICAÇÃO LTDA JORNALISTA RESPONSÁVEL |49| 3321-9644 Juliana Stela Schneider

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|49| 3521-2538

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Moção contra corrupção

diretoria da Federação das Indústrias (Fiesc) aprovou, por unanimidade, moção contra os atos de corrupção que têm ganhado repercussão cada vez maior na imprensa ao longo dos últimos meses. A aprovação ocorreu nesta sexta-feira (12), durante reunião na sede da entidade, em Florianópolis. Para o presidente Glauco José Côrte, a corrupção afeta diretamente a competitividade das organizações. “As empresas que não participam, eventualmente, de um grupo que está corrompendo, não têm como competir. Queremos o desenvolvimento do Estado e não apenas de um grupo que atua fora da ética. Coloco em aprovação para que não só seja registrado em ata, mas divulgado o posicionamento da Fiesc frontalmente contra práticas antiéticas”, afirmou Côrte. Ainda na reunião foi assinado acordo entre a Federação e o Sebrae-SC para implementar o Programa de Apoio à Competitividade das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) catarinenses. A cooperação prevê a integração das atividades das instituições, com ênfase à internacionalização do segmento, por meio de sua inserção no comércio internacional e da atração de investimentos nacionais e internacionais. Além disso, a diretoria prestou homenagem, com um minuto de silêncio (foto), ao ex-presidente Alcantaro Corrêa, que faleceu na quarta-feira (10) em acidente automobilístico no trecho Norte da BR-101. Côrte será o entrevistado da Coluna Pelo Estado na próxima segunda-feira (15).

Fernando Willadino/Fiesc

INDICADORES

Despedidavirtual Imagem do Facebbok do Cel. Cabral

Repercutiu o anúncio feito pelo coronel Valdemir Cabral, pelo Facebook, sobre a decisão do secretário de Segurança Pública, César Grubba, de substituí-lo no Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina. No texto, Cabral afirmou que “lugar de polícia é junto das comunidades, nas praças, comércio e nas portas dos colégios, protegendo nossos filhos e a todos os cidadãos”. Na tarde dessa sextafeira (12), o serviço de comunicação da PM-SC informou que o subcomandante-geral, coronel Paulo Henrique Hemm, assumirá o comando no mês de janeiro, ainda sem data definida. Ele já atuou em Canoinhas, Porto União, Mafra e Concórdia, foi comandante da 4ª Região Policial Militar e chefe da Casa Militar da Assembleia Legislativa durante a presidência do deputado Gelson Merisio (PSD). De acordo com a nota da PM-SC, o novo comandante seguirá a mesma linha de atuação do atual comandante, de policiamento ostensivo.

Ela esteve em coma? Mas como, se está aqui ‘vivinha da Silva’ na minha frente, vendendo saúde?

Ex-coronel do Exército Homero Cesar Machado, durante sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), confrontando uma de suas vítimas, a catarinense Derlei Catarina de Luca. O momento histórico foi captado com exclusividade pela Agência AL.

Trabalho O ministro do Trabalho e Emprego, catarinense Manoel Dias, estará na segunda-feira (15) no estado para inaugurar, pela manhã, a nova agência de Balneário Camboriú, parte do projeto de modernização do MTE, que prevê a oferta de melhores condições de trabalho aos funcionários públicos e de atendimento com mais qualidade aos trabalhadores. À tarde, já em Içara, inaugura uma unidade do projeto Estação Trabalho, resultado de convênio com a prefeitura. O barato sai caro Quase mil produtos foram recolhidos na sexta-feira (12), duAndréa Leonora

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rante operação Correios Natal Legal, da Secretaria de Estado da Fazenda. Todas as mercadorias foram compradas via internet e a maior parte estava sem nota fiscal. Os destinatários serão intimados e, se quiserem regularizar a situação, num prazo de 30 dias, estarão sujeitos a multa de 100% sobre o valor do imposto. Cooperação Secretaria da Educação e 18 cooperativas assinaram contrato de R$ 8 milhões, para incorporar produtos da agricultura familiar na merenda escolar. O Programa SC Rural é parceiro de quatro delas: Cooperrica, Coafer, Coperaqui e Nosso Fruto. Florianópolis - 13e14Dez14

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Fundam tem nova ferramenta de transparência para acompanhamento de convênios

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Governo do Estado criou nova ferramenta de transparência para a população acompanhar o andamento dos convênios do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam). O novo mecanismo possibilita aos cidadãos consultarem cópias dos termos dos convênios celebrados, permitindo o acesso a todas as informações detalhadas sobre os projetos de cada município. “Além de garantir investimentos em áreas fundamentais nos 295 municípios de Santa Catarina, uma das principais metas do Governo do Estado em relação ao Fundam é garantir a transparência em todos os processos. É importante que os cidadãos possam acompanhar todas as etapas dos investimentos que estão sendo feitos nessa parceria entre o Estado

e as prefeituras catarinenses”, avalia o secretário da Casa Civil, Nelson Serpa. Por meio do endereço www. sef.sc.gov.br/convenios, o cidadão poderá acompanhar os detalhes dos convênios. Nos casos de projetos de infraestrutura é possível checar em quais locais serão realizadas as obras. Já nos convênios para aquisição de máquinas, equipamentos e veículos podem ser identificadas quais unidades serão adquiridas pelas prefeituras, além do cronograma de pagamento, prestação de contas, finalidade e justificativa dos investimentos. Sobre o Fundam O Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam) é um programa criado pelo Governo do

Estado para investir mais de R$ 600 milhões em todos os 295 municípios catarinenses. Cada prefeitura pode apresentar até dois projetos de investimento em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura. Todas as cidades catarinenses já cadastraram as propostas que passam pela análise e aprovação do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Por meio do programa, os municípios poderão adquirir 954 equipamentos, máquinas e veículos para as áreas da saúde e da educação; executar 57 obras de construção de creches, escolas, postos de saúde, ginásios, praças e centro de idosos, além de pavimentar 1337 vias municipais, o que corresponde a cerca de 530 km de extensão.

Operação Correios Natal Legal retém 968 mercadorias com irregularidades fiscais

A

Secretaria de Estado da Fazenda, por meio do Grupo de Trabalho Encomendas, reteve na sexta-feira, 12, 968 mercadorias distribuídas em 79 encomendas durante a operação Correios Natal Legal. A ação, que fiscaliza as mercadorias compradas via internet, contou com o trabalho de 22

auditores fiscais nos centros de triagem dos Correios nas cidades de Florianópolis, Blumenau e Chapecó. Entre as principais mercadorias retidas estão celulares, impressoras, equipamentos fotográficos, bebidas, roupas e joias. Foram fiscalizadas 561 encomendas. O GT Encomendas estima que só em joias o valor de

objetos retidos alcance a cifra de R$ 100 mil. A irregularidade mais comum é a falta de nota fiscal. Os destinatários das mercadorias retidas serão intimados a regularizar a situação num prazo de 30 dias. A multa é de 100% sobre o valor do imposto. Com o crescimento do comércio eletrônico, a fiscalização da Fazenda Estadual vem

apertando o cerco nas mercadorias que passam pelos Correios. Nos dez primeiros meses de 2014, foram inspecionadas 100 mil encomendas e emitidos mais de 80 mil documentos de arrecadação de receita estadual (DAREs) para pagamento de impostos sonegados. Por mês são abertas cerca de 1000 encomendas.

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QUIRINO RIBEIRO “As boas amizades são como o bom vinho: melhoram com o tempo.” (Monteiro Lobato) E AGORA, PETROBRAS? Um escritório de advocacia norte-americano entrou com ação coletiva contra a empresa em um tribunal de Nova York, em nome de uma multidão de acionistas. Eles se sentiram lesados ao comprar ações da petrolífera, pois foram enganados ao não terem sido alertados sobre a existência do esquema multibilionário de corrupção, suborno e lavagem de dinheiro, existente há anos na empresa, além dela ter inflado falsamente o valor do seu patrimônio para tornar mais atraente essa compra, por conta de um exagerado superfaturamento em tudo o que comprava e contratava. Lá, em português popular, o buraco é mais embaixo. Não há tribunais aparelhados politicamente e tudo indica que a pena será exemplar, atingindo inclusive intocáveis brasileiros que tiveram responsabilidade no que ocorreu. PETROBRAS A Petrobras nunca foi polícia para investigar, tanto é que a “coisa rolou”. Quem tem de investigar é o MPF, a Polícia Federal e a CGU. Esse negócio de criar mais uma diretoria para investigar os desmandos é apenas para colocar panos quentes. Virão as festas de fim de ano e as férias do Congresso Nacional. Tudo acaba no esquecimento e em pizza. As denúncias já citaram Temer, José Aníbal, Covas e ainda serão citados os nomes de dezenas de parlamentares. ESTATUTO DO DESARMAMENTO Sobre o projeto de lei, nós, cidadãos cumpridores dos nossos deveres, temos o direito de proteger as nossas famílias e nosso patrimônio. Os criminosos pensarão muitas vezes antes de invadir uma residência, pois poderão ser recebidos da mesma forma que têm nos abordado. O importante é que as pessoas que venham a adquirir uma arma tenham muito cuidado com a guarda e manuseio dela, especialmente não a deixando ao alcance das crianças. TARIFAÇO Os políticos brasileiros não cumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal e quem paga é o povo. Trabalhamos mais de 35 anos para tentar se aposentar dignamente, mas recebemos “merrecas”. Pagamos impostos sobre impostos. Até quando? TAXAS DOS CARTÓRIOS Como sempre, é o povo que arca com o custo da má administração e da corrupção. Nada justifica o aumento das taxas de cartório e do Judiciário. Está mais do que na hora de a administração pública gerir seus custos, cortar despesas e ter rigor na aplicação dos nossos recursos. COOPERATIVAS Parabenizo todas as cooperativas do agronegócio. São famílias, produtoras de alimentos e energia. Os agricultores desencadeiam um efeito multiplicador na economia do estado e do país. SUSTENTABILIDADE NO CAMPO Gera qualidade de vida e geração de renda no campo. Conhecimento e apoio técnico são fundamentais. Daí a importância dos técnicos da Epagri e da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Piscicultura onde o apoio técnico, os serviços de infraestrutura e a dedicação dos agricultores fazem a diferença. A produção de alimentos, incluindo grãos, frutas e legumes com apoio técnico, orientações e os planejamentos efetivam a diferença: Um alimento de qualidade, sem agrotóxico, saudável, diminuindo o valor mensal das compras no supermercado. PRODUÇÃO LEITEIRA O capricho, o planejamento, a aceitação em seguir as técnicas, as orientações e a organização, seja em propriedade pequena, média ou de grande porte demonstram como a vida no campo é de qualidade e pode ser uma grande fonte de renda. A propriedade que tem como base a atividade leiteira, com acompanhamento técnico e planejamento, a família trabalha na produção de pastos perenes e investe na qualidade do produto, não tanto na quantidade. Para ter uma produção estável e de qualidade, tendo cuidado com o plantel, pastagens, resultando na alimentação mais adequada para os animais.

A opinião de Quirino Ribeiro sempre em nome da Reunidas Rede sul Brasil

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AMBEV fecha contrato de três anos com o carnaval de Joaçaba “Diretor de marketing da região sul da companhia destacou quesitos como organização, infraestrutura, limpeza, segurança e beleza do evento joaçabense”

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a noite de quinta-feira, dia 18, esteve em Joaçaba o diretor de marketing da AMBEV regional sul Gustavo Rocha. O diretor esteve reunido com os dirigentes da Liga Independente das Escolas de Samba de Joaçaba e Herval d´Oeste (LIESJHO), representantes dos blocos carnavalescos Baviera, DNA, Los Iguanas, West Valley e Shed Folia e com a corte do carnaval Joaçaba 2015. Na oportunidade, Ro-

N’ATIVA

cha destacou o evento realizado no município principalmente nos quesitos organização, infraestrutura, limpeza, segurança e beleza. Disse que a LIESJHO, as escolas de samba, blocos e a administração municipal do prefeito Rafael Laske estão de parabéns pelo belo trabalho realizado. Enfatizou que toda a documentação exigida pela AMBEV para apoiar um evento desse porte foi cumprida a risca em 2014 e que o sucesso do evento desse ano fez com que a

companhia apostasse ainda mais no carnaval da cidade. “Estou trazendo aqui um contrato da AMBEV para com a LIESJHO para apoio do carnaval por 3 anos. Esse é um respaldo da companhia ao belo evento que a comunidade daqui realiza”, destacou ele reforçando que a dificuldade inicial de provar a importância, a beleza e a grandeza do mesmo em uma região do interior foi totalmente superada. Com esse contrato pelo segundo ano con-

Representantes dos blocos, empresários e a rainha do carnaval 2015

secutivo o Carnaval de Blocos de Joaçaba será realizado na

Arena SKOL, na praça central da cidade – com a participação

importante de uma das maiores marcas do mundo.

SES tem ressarcimento recorde de R$ 1,5 milhão em compras de ordem judicial A

Secretaria de Estado da Saúde (SES) teve um incremento de 400% nos valores de reembolso da União referentes a

gastos com compra de medicamentos, nutrição e insumos de ordem judicial. Em novembro foi ressarcido aproximadamente R$ 1,5

milhão, valor superior à média de R$ 400 mil registrada no primeiro semestre de 2014. A SES realiza as compras para cum-

prir as determinações judiciais impetradas contra o Estado. E as solicitações de ressarcimento são feitas à União em todas as ações

em que a mesma é ré com o Estado. “O incremento é resultado da reestruturação da área, redesenho dos processos, capacitação

e apoio das regionais de saúde”, diz Patrícia Varella Demaria, da Gerência de Planejamento da Demanda de Bens e Serviços (Geplad).

Apenas 66% das meninas de 11 a 13 anos receberam a segunda dose da vacina contra o HPV em SC

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Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), subordinada à Superintendência de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, alerta para a importância da segunda dose da vacina contra o HPV. A cobertura vacinal da primeira dose foi de 99,95% da população-alvo (meninas entre 11 e 13 anos). Mas apenas 66% dessas meninas tomaram a segunda dose, que Rede sul Brasil

deve ser ministrada seis meses após a primeira. A vacina previne contra o HPV (papilomavírus humano), que pode causar câncer do colo do útero, e está disponível nos postos de saúde de todo o Estado. “Ao receber a segunda dose, a menina terá imunidade contra os quatro principais tipos de vírus do HPV causadores do câncer de colo do útero. Cinco anos após a primeira

dose, deve ser tomada a terceira, que irá reforçar a vacina.”, explica a gerente de Vigilância das Doenças Imunopreveníveis e Imunização da DIVE, Vanessa Vieira da Silva. Para receber a vacina basta apresentar a carteira de vacinação ou documento de identificação. As meninas que receberam a primeira dose aos 13 anos de idade e que já completaram 14 anos

podem receber a segunda dose. E aquelas que completarem 11 anos devem receber a primeira dose da vacina. Câncer de colo do útero O HPV é um vírus que apresenta mais de 150 tipos diferentes. A vacina distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é do tipo quadrivalente, que protege contra quatro tipos do

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HPV (6, 11, 16 e 18). Os vírus HPV 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o vírus que provoca o câncer do colo do útero é o terceiro tipo mais frequente entre as mulheres. De 2009 a 2013, foram registradas 402 mortes em razão deste câncer no Estado. A previsão

de incidência da doença para 2014 no Brasil é de 15 mil novos casos, dos quais 480 só em SC. Apesar da alta incidência, o câncer de colo do útero pode ser prevenido com a vacinação, o uso do preservativo e a realização do exame preventivo (Papanicolau). Ministério da Saúde (MS) recomenda que o exame Papanicolau seja realizado regularmente a partir dos 25 anos de idade. 12 Anos


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Legislação ambiental qualifica empresas do setor moveleiro C

onciliar desenvolvimento econômico com o uso de recursos naturais é um desafio da indústria contemporânea. Nesse contexto, o licenciamento ambiental é uma medida preventiva para regulamentar o funcionamento de empresas e atividades que utilizam recursos ambientais, consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras.

Trata-se de uma medida para garantir a minimização e a compensação de danos e impactos. Os empreendimentos solicitam junto ao órgão ambiental a licença para obterem autorização de funcionamento, assegurando sustentabilidade aos ecossistemas explorados. O Relatório de Inteligência do SIS do Sebrae, Licenciamento ambiental aplicado à

indústria moveleira, trata das atividades do setor de móveis de madeira sujeitas ao cumprimento das boas práticas, listando todas as atividades que precisam de licença. As empresas que respeitam e incentivam as leis ambientais se tornam mais competitivas e chamam a atenção dos investidores, além de ser o único meio de serem contempladas

com financiamentos. Não possuir estas licenças, além de ruim para os negócios, expõe a empresa a pena de detenção ou multa, suspensão de venda e fabricação do produto, embargo de obra ou atividade, além da demolição de obra e a suspensão parcial ou total de atividades. São três etapas para a obtenção do licenciamento, que é feita primeiro consultando

a viabilidade ambiental do empreendimento. Em seguida, são apresentados detalhes de engenharia e das ações que a empresa responsável realizará. Por fim, a vistoria confere se a construção está de acordo com o projeto e se atende às condições e restrições ambientais. Cada tipo de empreendimento precisa se adequar às condições impostas dependendo do tipo

de riscos implicado ao ambiente, levando em consideração a proteção hídrica, do solo, do ar e da flora. Fator preponderante para o surgimento de novas oportunidades à cadeia moveleira, a correta gestão do patrimônio ambiental é um desafio para a indústria moveleira, mas também representa um diferencial competitivo para os pequenos negócios.

Faesc volta a pedir cancelamento da exigência de emplacamento para tratores

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aesc reivindicou aos deputados catarinenses a extinção – e não apenas o adiamento por um ano – da exigência do emplacamento mediante revogação da lei recentemente aprovada pelo Congresso porque a norma encarece, burocratiza e dificulta a vida de quem produz. Os tratores agrícolas são instrumentos de produção que, nas comunidades rurais, também servem para o transporte. Exigir licenciamento, emplacamento e a cobrança do IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos automotores) significa criar um encargo que apenas onerará o produtor sem qualquer benefício para a sociedade. Com essa visão, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) reivindicou aos deputados catarinenses a extinção – e não apenas o adiamento por um ano – da exigência do emplacamento mediante revogação da lei recentemente aprovada pelo Congresso. Enquanto a norma permanece em vigência, a Faesc pede ao governador Raimundo Colombo a dispensa

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da cobrança do IPVA sobre tratores agrícolas visto que a cobrança desse tributo foi transferida ao Estado. A Federação adverte que a medida causará descapitalização do produtor e êxodo rural. “É uma norma que só encarece, burocratiza e dificulta a vida das famílias rurais”, assegura o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo. A maioria dos tratores tem mais de dez anos de uso e a cobrança do IPVA e outras taxas decorrentes do licenciamento representarão custos e incômodos. Pedrozo assinala que a carga tributária que o setor primário da economia (agricultura, pecuária, pesca, extrativismo e reflorestamento) já é elevada e repleta de encargos. Com essa nova exigência, haverá aumento de custos para o agricultor. Mesmo só abrangendo as máquinas compradas a partir de 2015, é inevitável que, gradualmente, os produtores sejam atingidos pela medida em face do dinamismo do mercado de máquinas agrícolas. “No mundo todo, as nações criam formas de apoio e estímulo à permanência das

famílias rurais no campo. Na contramão da história, o governo brasileiro cria, a cada ano, novos embaraços às atividades agropecuárias que só resultam em mais miséria e êxodo rural”, lamenta o presidente. O Governo do Estado foi autorizado pela lei a cobrar o IPVA sobre tratores, razão pela qual a Faesc encaminhou expediente ao governador Raimundo Colombo sustentando a não-cobrança do tributo. Pedrozo acredita que a estadualização da cobrança facilita um entendimento com o Governo catarinense: “Colombo conhece as agruras da agricultura e a contribuição do setor para a economia catarinense”. Pedrozo entende que, paralelamente, o Congresso possa, com o início da nova legislatura, em 2015, reapreciar o projeto de leite que isenta os tratores ou, ainda, baixar decreto legislativo cassando os efeitos da resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O dirigente observa que há vários inconvenientes para o produtor rural em face na exigência do empla-

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camento de tratores e máquinas agrícolas, sem falar no custo para as indústrias adaptarem as máquinas à nova lei, o que se refletirá nos preço de venda. “Essa determinação é um absurdo, pois a maioria dos agricultores tem lavouras nos dois lados de uma estrada e terá de pagar emplacamento para atravessá-la. Além da burocracia, o aumento de custos implica menos investimentos”. Enquanto a lei não mudar, a exigência está de pé porque o Congresso Nacional, afinal, manteve o veto da presidente e tornou obrigatório não só o emplacamento, mas também o licenciamento e o IPVA para veículos como tratores e colheitadeiras. Todas as máquinas compradas depois dessa data só poderão sair da fábrica com a documentação, e as antigas também precisarão se adequar. ENTENDA O IMBRÓGLIO LEGISLATIVO: A cobrança decorre de uma série de marchas e contramarchas institucionais. O projeto de lei sobre a não obrigatoriedade do em-

placamento para máquinas agrícolas começou a tramitar na Câmara dos Deputados em 2012, a partir de uma proposta do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que foi aprovada na casa sem alterações. Em 2013, o projeto subiu para o Senado, onde também foi aprovado sem mudanças. Em seguida, o texto foi direto para sanção presidencial. Em maio de 2014, a presidente Dilma Rousseff vetou a matéria, alegando alto índice de acidentes nas estradas envolvendo máquinas agrícolas. Logo depois, a presidente reconsiderou a questão e incluiu, em uma Medida Provisória, a exclusão da necessidade de emplacamento para as novas máquinas agrícolas fabricadas a partir de 2015, mas a MP venceu antes de tramitar na Câmara e no Senado. O veto voltou para o Congresso esta semana e a bancada ruralista não conseguiu derrubá-lo em quantidade de votos. Com isso, ficou valendo a norma do Contran, que exige o licenciamento/ emplacamento a partir do dia 1o de janeiro de 2015.

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PeloEstado Entrevista

Nós (Santa Catarina) somos um case, um modelo para o Brasil. Pena que o Brasil não reconheça isso. GLAUCO JOSÉ CÔRTE

Teremos novamente um período muito difícil para a economia em 2015 Natural de Timbó, foi eleito em 2011 e reeleito em meados de 2014 para presidir o Sistema Federação das Indústrias (Fiesc). É bacharel em Direito pela Universidade Federal (UFSC), com especializações na própria UFSC (Direito Público) e ainda na Fundação Getúlio Vargas (FGV, Administração Pública), American Graduate School of International Management (Arizona, EUA, Economia e Finanças Internacionais) e IMD (Lausanne, Suíça, Globalizing the Brazilian Corporation). É um dos líderes mais atuantes e mais respeitados de Santa Catarina. Além de comandar a mais poderosa entidade do estado, é frequente articulador com outros ramos da economia, com políticos e com o poder público em prol de medidas que ampliem as condições de crescimento do estado. Ele recebeu a reportagem da Coluna Pelo Estado e em entrevista de quase uma hora manifestou preocupações, sem deixar de demonstrar confiança: “É um período de economia contida. Os desafios são grandes e isso nos anima”. Você encontra a íntegra da entrevista em www.centraldediarios.com.br. [PeloEstado] - Na visão do setor industrial, que nota o senhor daria para 2014? Glauco Côrte - Temos que separar um pouco a dimensão estadual da nacional. No âmbito de Santa Catarina, eu daria nota 6. Apesar da desaceleração da economia e de todas as dificuldades, o nosso setor industrial tem desempenho melhor que a média brasileira (tabela). Ainda assim, até o mês de outubro tivemos queda na produção e queda nas vendas. É possível que nos meses de novembro e dezembro haja uma reação. A nota 6 está vinculada não só ao desempenho, mas também à expectativa do industrial, que a partir do início do segundo semestre trabalha em um ambiente de muitas dificuldades, com pouca clareza nas políticas, falta de medidas que de fato pudessem reverter a desaceleração e notícias de corrupção. Tudo isso acabou afetando a moral do nosso industrial, que sempre foi muito positivo. Vivemos um momento de certo desalento. Em termos de Brasil, a nota cai um pouco e fica entre 4 e 5. Quando se olha o desempenho dos grandes centros, onde a economia pulsa mais intensamente e tem forte participação na formação do PIB (Produto Interno Bruto), percebe-se que os resultados não foram bons. [PE] - Diante disso, qual a expectativa para 2015? GC - Teremos novamente um período muito difícil para a economia. O próprio governo, que havia encaminhado uma projeção de crescimento de 2,5%, já recuou para 0,8% em 2015 na proposta orçamentária que será debatida pelo Congresso. Será um ano, em termos econômicos, parecido com 2014, mas com uma expectativa melhor. A grande diferença que podemos ter será uma consequência das medidas da nova

equipe econômica do governo – Joaquim Levy, no Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, no Ministério do Planejamento, e Alexandre Tombini mantido na presidência do Banco Central. [PE] - Por que a expectativa positiva? GC - Nos primeiros pronunciamentos, eles evidenciaram a necessidade de fazer uma arrumação da casa, das contas fiscais e da administração dos recursos públicos. E falaram duas palavras que são muito importantes para o setor privado, as quais não eram faladas pela equipe anterior: produtividade e competitividade. Sob esse aspecto, o ambiente será melhor. Entretanto, nós temos defendido a posição que esse ajuste na casa não deveria implicar em aumento da carga tributária, mas há grande receio que o governo, de uma ou outra forma, acabe elevando a carga tributária. O segundo ponto que se contrapõe à expectativa que nós temos é a própria taxa de juros. O Banco Central está sinalizando que a taxa de juros pode crescer mais ainda, em função da necessidade de controle da inflação. O dever de casa deve ser feito e nós defendemos que isso deve começar pelo próprio setor público: reduzir gastos, evitar desperdícios, ter uma gestão mais eficiente. O governo não tem sido capaz de administrar suas contas, suas obras e seus investimentos com eficiência. [PE] - O senhor fala que o dever de casa tem que ser feito. Houve um atraso? GC - Estamos atrasados. O governo foi muito leniente. As eleições influenciaram para isso, evidentemente, mas os princípios do atual governo são esses. Era inevitável que se chegasse ao ponto de perceber que as coisas estão saindo de controle. Não só acho que já

Textoe edição: Andréa Leonora ¦ Foto: Filipe Scotti/Fiesc

PeloEstado peloestado@centraldediarios.com.br www.centraldediarios.com.br Rede sul Brasil

vem tarde, como também acredito que os novos ministros deveriam assumir logo as pastas. O governo fica paralisado nesse período de montagem de equipe. O setor privado, não! Temos que ter o sentido da urgência em relação a medidas que possam resgatar a credibilidade do governo e dar um pouco mais de certeza em relação ao futuro para o setor privado. [PE] - O momento atual se compara com que outro da história recente do país? GC - Tivemos um excelente resultado no último ano do governo Lula, em 2010, com 7,2% de crescimento do PIB. Esse momento foi precedido pela crise de 2008, um período difícil para o setor industrial. Mas não comparo os dois períodos. Em termos econômicos, não podemos atribuir à crise internacional o baixo crescimento do país. Porque outros países cresceram! Vizinhos nossos, como o Chile, o Peru, o Equador. No Brasil, a competitividade se reduziu com os altos custos de produção que nós temos e que estão demonstrados pela baixa capacidade de exportação, em queda, diferentemente de Santa Catarina, que tem incremento nas vendas externas. Está havendo uma recuperação lá fora. Os Estados Unidos estão saindo da crise, a China tem queda e mesmo assim cresce a taxas de 7% ao ano, a Europa ainda tem sinais de instabilidade econômica, mas as economias sólidas, como a da Alemanha, não têm nenhum desastre.

muito boa, da mesma forma que o mobiliário. Os setores relacionados com investimento, como o metalmecânico, máquinas, aparelhos, materiais elétricos, não foram bem pelo baixo nível de crescimento e pela retração no crédito. O segmento têxtil e o de confecções preocupam, mas estão passando por uma transformação importante, se atualizando mais em termos de moda do que de produção, trazendo um efeito muito positivo para Santa Catarina. Isso faz parte de um processo de diferenciação em relação aos produtos importados. Hoje, para o setor industrial, o índice de penetração de produtos importados é de quase 22%. São medidas que o governo terá que tomar: desonerar as exportações que ainda são tributadas e modernizar a legislação trabalhista, não tirando direitos dos trabalhadores, mas atualizando e valorizando mais a negociação do que a legislação. Hoje é muito difícil empreender, tem excesso de burocracia em todos os níveis. A burocracia foi citada em uma pesquisa que fizemos entre industriais catarinenses como segundo maior fator de

restrição a um crescimento mais acelerado. [PE] - O que isso significa? GC - Que o governo encontrou uma nova forma de estatizar. Primeiro, estatizou via recursos, porque se fez um acionista tão importante quanto o empreendedor, uma vez que metade do que se produz vai para a mão do governo. Não satisfeito, passou a controlar mais ainda a iniciativa privada. Não se faz nada hoje que não tenha que ter autorizações do município, do Estado ou da União. Por isso temos que admirar o comportamento do industrial catarinense, que, apesar de tudo, continua investindo, se preparando, gerando vagas... fomos o estado que mais criou vagas na indústria! Quem acreditaria que nós abriríamos mais vagas que São Paulo e em números absolutos? O país criou 47 mil empregos de janeiro a outubro e Santa Catarina, sozinha, gerou 27 mil. Isso é resultado do espírito do catarinense de querer progredir, expandir. Nós somos um case, um modelo para o Brasil. Pena que o Brasil não reconheça isso.

[PE] - No estado, qual foi o setor que mais anima e o que mais preocupa? GC - O setor cerâmico está tendo uma boa recuperação, mantida nos últimos três anos e motivada pelo crescimento da construção civil. O agroalimentar foi bem, madeira iniciou uma recuperação

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