Leia a edição 1223 desta sexta-feira (31) na íntegra

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Foletto quer Casagrande no Anchieta e Lamas em Brasília Indústria química de R$ 50 milhões vai gerar 60 empregos [6]

Mais de mil vagas para cursos profissionalizantes a menos de R$ 80 [11]

tops do sertanejo neste sábado no Pavilhão de Carapina [9]

Foto: DIVULGAÇÃo

Audifax quer atrair investidor para serviços e obras públicas [3]

[4]

tempo novo

poluição acaba com criação de peixes na lagoa Juara serra (es) | 31 de MarÇo a 7 de aBril de 2017 | nº 1.223 - ano XXXiii | FUndado eM deZeMBro de 1984

Foto: EDSoN REIS

[7]

Rede trabalha para ‘pescar’ mais três vereadores [4] Minério que a Vale jogou em Camburi pode vir para a cidade [7] Cinquenta pessoas assassinadas em 28 dias no município [9]

Depois do verão, a pedida agora é curtir o agroturismo da Serra

[8]

terceirização divide empresários e trabalhadores [11]


P2 | TN | SERRA (ES), 31 de março a 7 de abril 2017 | opinião

Mestre álvaro

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

Sem Amunes...

Após a chapa do prefeito Audifax (Rede) na eleição da Amunes ser desarticulada pelo Palácio Anchieta, uma nova eleição tem tomado o tempo do prefeito serrano. Segundo os bastidores políticos da Serra, o prefeito está mais ligado do que nunca na eleição da Fams (Federação das Associações de Moradores da Serra).

... agora é Fams

POR bruno lyra

De locomotiva a vagão operário A década de 2000 foi pujante para a Serra. No ritmo do crescimento da economia da cidade, construtoras enxergaram potencial para o mercado habitacional da classe média. A cidade operária formada duas décadas antes pela explosão migratória atraída pelas obras do complexo industrial de Tubarão (antigas CVRD e CST, hoje Vale e ArcelorMittal) e pelos projetos satélites dos Civits I e II dava sinais de que teria uma classe média mais numerosa. Seja pela evolução social dos que aqui já moravam, seja pela migração de parte dos capixabas das orlas e Vila Velha, Vitória e até de Campo Grande, Cariacica. Condomínios de padrão só vistos até então nas zonas nobres de Vitória e Vila Velha surgiram. O epicentro foi a região de Laranjeiras, nos bairros Colina e Morada de Laranjeiras. Este último, já ligado às proximidades de Manguinhos, que também recebeu empreendimentos. Até áreas fora deste eixo viraram aposta. Vide o caso

do Alphaville Jacuhy numa improvável área entre a rodovia do Contorno e os brejos/mangues do Complexo do Lameirão e do Boulevard Lagoa. Este às margens da lagoa Jacuném, na carente e populosa região de Feu Rosa. Depois de um breve ‘ boom’, notou-se que poucos empreendimentos voltados para esse público conseguiram ocupação plena. Muitos estagnaram e já começam a sofrer desvalorização. Outros, como o Alphaville – modelo de sucesso em vários estados – seguem engatinhando. Esperava-se que uma maior presença da classe média na Serra ajudasse a promover a cidade cultural e politicamente. Que virasse a chave do velho populismo, prática arraigada na política local desde a explosão populacional do final da década de 1970. Que transformasse a Serra em protagonista na política capixaba, tal como ela é na economia. Até agora não deu, mas há quem vislumbre que a aspiração a esse protagonismo político possa ter um capítulo novo nas eleições do ano que vem.

A cidade operária dava sinais de que teria uma classe média mais numerosa

Tem crescimento que nos faz pior A Serra continua como locomotiva econômica do ES e poderá manter essa posição por anos. Mas é nítido que o baque da crise brasileira e capixaba tem repercutido de forma mais intensa na cidade. Até mesmo as carentes Viana e Cariacica têm conseguido ser mais atrativas para novos empreendimentos que a Serra. Essa dificuldade está clara quando se nota o mercado imobiliário. Para a Serra só estão previstos empreendimentos de baixo padrão. O presidente Michel Temer anunciou pacotão de mais dinheiro para o Minha Casa Minha Vida e as construtoras já se arvoraram em projetos de condomínios

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 30 de março de 2017, às 18h

com centenas de apartamentos, ocupando terrenos diminutos em bairros menos valorizados da cidade. O verniz do crescimento econômico e melhores condições de vida a população de baixa renda que se vende com esses projetos escondem uma cilada. As construtoras que levam dinheiro público e depois deixam a cidade. Aos mutuários, fica o sofrimento de um pagamento que pode ser inviabilizado pelo desemprego ou baixa remuneração. À cidade, muita aglomeração com reflexos negativos na já deficiente infraestrutura. À prefeitura, a pressão por ofertar mais vagas em creches, es-

colas, postos de saúde. Quando não, mais cestas básicas e outros benefícios sociais diretos. Isso num cenário de arrecadação em franco declínio. É a prefeitura responsável pela gestão do espaço urbano. Cabe a ela ter visão de conjunto e disciplinar a ocupação do solo. Ela pode se quiser, impedir a proliferação de condomínios que vão trazer mais ônus do que bônus. Se não o fizer, a cidade corre risco de permanecer sem vida cultural, sem identidade, sem teatros, estádios, com a vida noturna cerceada pela violência. E seguirá ouvindo os moradores dos outros lugares do ES dizendo: vai pra Serra? Boa sorte!

Inclusive o prefeito já teria escalado o seu time de primeiro escalão para fazer a interlocução com os delegados dos bairros que irão votar no próximo dia 09 de abril. Há duas chapas no páreo, uma encabeçada por aliados do prefeito e outra por membros da oposição, com fortes movimentações de Vandinho Leite (PSDB), recém-nomeado Secretário de Estado pelo governador Hartung.

Voto petista dobrado

Uma outra eleição que vem pegando fogo é a do PT, para escolha da direção municipal, que ocorrerá no dia 09, simultaneamente a eleição da Fams. Mas os petistas ligados ao movimento popular não precisam se preocupar, pois poderão estar presentes nas duas eleições, já que ambas serão em Laranjeiras em locais vizinhos de muro. A da Fams será na sede da Associação de Moradores de Laranjeiras, e do PT no centro de convivência. Lembrando que o PT segue dividido, mas com inclinação maior à turma de Audifax, para a eleição da Fams.

Em briga de vereador...

Outra disputa foi a de Barcelona. Ocorrida no último domingo (26), a eleição definiu os membros que irão comandar a associação de moradores do bairro. O pano de fundo é a rivalidade local entre os vereadores Alexan-

dre Xambinho (Rede) que apoiou Anderson Banesfácil para presidente e Basílio da Saúde (Pros) que ficou com Carlinhos Pé Sujo, atual presidente do bairro.

Vai de pé sujo

A eleição foi coberta de desavenças, inclusive havendo até um caso de agressão ao vereador Xambinho durante uma das assembleias. O placar ficou apertadíssimo, por 20 votos a turma de Basílio levou a melhor (603 contra 583 votos). Detalhe:

Lamas no chope

Xambinho fez aniversário na segunda-feira (27), um dia depois de perder a eleição de Barcelona e essa derrota irritou muita gente, como o prefeito Audifax, que vê em Xambinho um dos seus aliados mais fiéis e fortíssimo candidato pela Rede a deputado estadual. Nos bastidores, comenta-se que entre os “culpados”, estaria o deputado Bruno Lamas (PSB) e o vereador Miguel da Policlínica (PTC). Ambos teriam articulado uma terceira chapa em comum acordo com Basílio. Esta chapa colocou no bolso 188 votos, dividindo o eleitorado com a turma de Xambinho.

Malhar para a urna

O que todas essas eleições têm em comum? 2018. Todos esses eventos fazem parte da corrida para políticos e partidos ficarem musculosos para a eleição de 2018. Esse ano é para ocupar os maiores espaços. Já foi dada a largada.

Entre a cruz e a procuração

Circula nos bastidores que o novato vereador, Robinho Gari (PV), deu uma procuração ao seu chefe de gabinete, identificado por Pastor Jorge, dando amplo direito a ele para exercer o mandato do referido vereador. Inclusive até mesmo o direito de votar no plenário em nome de Robinho. Se é verdade ou não, ainda não há comprovação, mas o burburinho é forte. A tal procuração não chegou à Câmara, e o vereador Robinho negou veemente. Lembrando que legalmente, caso a procuração apareça, não tem valor.

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empresa filiada ao


| SERRA (ES), 31 de março a 7 de abril 2017 | TN | P3

política

Audifax prepara lei para setor privado investir no município Foto: JoAtAN ALVES

clarice PolTroNieri

N

essa quinta-feira (30) o prefeito Audifax Barcelos (Rede) anunciou em uma coletiva de imprensa o Programa Municipal de Parceria Público-Privada (PPP), onde obras e serviços de competência da prefeitura poderão ser administrados por empresas privadas. Audifax não adiantou qual PPP deve ser implementada primeiro, mas listou quatro prioridades, são elas: duplicação do Parque da Cidade em Valparaíso; Investimento de infraestrutura na rotatória do Ó, em Laranjeiras, onde poderá ser construído algum tipo de benfeitoria para exploração comercial; parceria no sistema de coleta e tratamento de lixo; além da gestão do Hospital Materno Infantil que segue em construção. Sobre os valores que devem ser investidos e o número de empregos que podem ser gerados, o prefeito afirmou que ainda não pode mensurar, pois não há total clareza sobre quais e quantas PPP’s podem ser implantadas, e irá depender dos estudos realizados pela prefeitura. Segundo a lei federal que regulamenta as PPP’s, o contrato de prestação de serviços ou obras, firmado entre a prefeitura e as empresas privadas, não poderá ser inferior a R$ 20 milhões, nem ultrapassar 5% da

audifaX anunciou o pacotão de PPP's e também não descartou trocar a concessão da Cesan para empresa privada fornecer água ao município

Esta semana duas chapas foram homologadas para a disputa eleitoral pelo comando da Federação das Associações de Moradores da Serra (Fams). São elas a chapa 1: “União do Movimento Popular”, e a 2 “Muda Fams”. A escolha será no próximo dia 09 de abril, entre 8h e 13h, no Centro Comunitário de Laranjeiras. Cerca de 600 delegados estão aptos a votar. Jean Cassiano, que disputou o cargo de presidente da Fams em 2016, quando um empate inviabilizou a escolha de um vencedor para conduzir a entidade, representa a Chapa 1. Ele tem sido questionado sobre como vai conduzir as cobranças das comunidades, uma vez que ocupa um cargo na administração municipal. “Isso pode trazer mais autonomia para debater com secretários municipais. vejo como um facilitador para dar voz às demandas comunitárias. Exemplo disso foi no passado, a nossa companheira Vanusa Pétri à frente da Secretaria da Mulher e presidindo a federação

em um dos seus melhores momentos. Sou coordenador de área da Fams e coordenador geral da Assembleia Municipal do Orçamento (AMO)”, lembrou. Na outra ponta da disputa está Anacleto Souza Ramos, coordenador de área da AMO. Ele representa a Chapa 2, cujos membros se denominam “independentes” e sonham com o resgate da essência da Fams e do movimento popular. Apesar dessa declaração de independência, membros do PSDB, DEM, PSC e PDT participaram da montagem da chapa. “Queremos a federação independente e que possa dialogar com o Executivo sem estar numa posição de subserviência. Vamos trabalhar o bom atendimento ao líder comunitário e regularizar a situação de algumas associações que estão com documentação e eleições atrasadas”, disse Anacleto. A Fams tem mais de 135 associações afiliadas e é responsável por intermediar as demandas dos bairros junto ao poder público.

olhar da cidade leonardo bis | bisdossantos@yahoo.com.br

receita líquida do ano passado (R$ 50 milhões no caso da Serra). Além disso, deve ter duração mínima de 5 anos e máxima de 35. Audifax disse que vai “usar PPP em tudo que for possível”. Sobre uma parceria para atuação no sistema de abastecimento de água, que hoje é feito pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Audifax não descartou a possibilidade, mas, disse que não faz parte das prioridades no momento. Um conselho gestor irá fazer estu-

dos e debater sobre quais PPP’s serão implantadas, mas disse que serão variadas, desde área de educação, saúde, iluminação pública e serviços. O Projeto de Lei que vai ditar as regras do Programa de PPP’s será apresentado à Câmara na próxima segunda (3 de abril) e a expectativa é de que seja aprovado ainda em abril. “A Câmara já sinalizou positivamente para o PL e se aprovada em abril, pretendemos lançar a primeira licitação já em maio”, disse Audifax.

De olho no eleitorado serrano, Magno Malta vai agora a Feu Rosa A “Caravana da Vida”, que é um evento gospel capitaneado pelo senador Magno Malta (PR) estará na Serra na próxima segunda-feira (3), na praça do bairro Feu Rosa, às 19h. Esta será a segunda edição da caravana, que percorrerá o Espírito Santo. De olho no potencial eleitoral da Serra, o senador vem investindo no município. Ele esteve em Laranjeiras no último sábado (25), onde percorreu tradicional a feira do bairro. A movimentação do republicano é vista com objetivo de criar musculatura para as eleições de 2018, quan-

Duas chapas brigam por controle da Fams

do duas das vagas ao Senado estarão em jogo no Estado. Malta tem boa penetração na Serra, especialmente no público evangélico. Aqui, ele obteve em 2010, 158.943 votos, ou 42% dos válidos. Malta tem realizado os encontros acompanhado do seu colega de plenário, o senador Ricardo Ferraço (PSDB), e de outras personalidades políticas do Estado. Segundo sua assessoria, o objetivo da caravana é reforçar as bandeiras de luta defendidas pelo senador no Congresso Nacional. Já a dobradinha com Ferraço, é

vista no meio político como um movimento para fortalecer o nome de ambos os senadores e dificultar a candidatura de outras lideranças. Já para a cadeira de presidente da república em 2018, o senador capixaba defende em suas redes sociais o nome do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Na edição da Caravana da Vida na Serra estão confirmados os cantores Karla Malta, Cristina Mel, Lauriete (mulher do senador), Jean e Juliano, Jottaa, Higino e Gabriel, Rayssa e Ravel, Rafael Malta, entre outros.

O conteúdo das reformas A combinação entre crise política e crise econômica está chegando a níveis extremos e os brasileiros precisam dedicar tempo de suas vidas para fazer um debate maduro sobre qual rumo querem seguir. Está claro que a forma de fazer política instalada no país não tem mais como se sustentar. Entretanto, essa constatação abre uma dúvida: Qual projeto de nação os brasileiros desejam? Qual Espírito Santo queremos no futuro próximo?. Que Serra desejamos para nossos filhos e netos? No plano federal, a proposta do atual governo está bem definida: diminuir o tamanho do Estado - redução de direitos sociais conquistados, aliado a uma maior participação dos interesses empresariais. Defendem seus simpatizantes: o mercado seria dinamizado a partir das relações de concorrência nacionais e internacionais. Exemplo desse pressuposto foi a extinção da participação obrigatória da Petrobras na exploração dos campos do pré-sal. Nesse contexto, aparecem ainda a Lei da terceirização, bem como a tentativa de autorização de cobrança de cursos de especialização por parte de universi-

dades públicas (rechaçada na noite desta última quarta, dia 29/03). Essa pauta neoliberal tem por pressuposto diminuir as responsabilidades do Estado e transferí-las para o cidadão. Segundo essa teoria, em linhas gerais, o indivíduo tem o dever de exercer sua autonomia em busca de meios para satisfação de suas necessidades. Seus críticos, contudo, apresentam um grande problema dessa proposta. Aplicado ao contexto brasileiro, que é um dos países com maior desigualdade social do planeta, como competir no mercado em busca de oportunidades de educação, trabalho e saúde? Grupos sociais que sofrem de distorções históricas não teriam o apoio do Estado para buscar alternativas de superação de sua condição. Por fim, vale ressaltar que, em relatório divulgado no último dia 21/03 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, o Brasil ocupa a posição 79, num total de 188 nações pesquisadas, aparecendo atrás de países como Venezuela (71), Uruguai (54), Argentina (45) e Chile (38), se observado o índice de desenvolvimento humano - IDH.


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POLÍTICA

entrevista |

Arlei Sander Damo | D outor em Antropologia Social e professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Deputado quer a reeleição, Casagrande no Anchieta e Bruno Lamas em Brasília Foto: DIVULGAÇÃO Chico Ferreira

yuri scardini

D

epois de se afastar das atividades legislativas, devido a uma cirurgia para retirada de um tumor na medula no final do ano passado, cogitou-se no meio político a aposentadoria do deputado federal Paulo Foletto (PSB). Nesta entrevista, o deputado capixaba, que está no seu segundo mandato, garante que está bem e que é candidatíssimo nas eleições de 2018. Defender o nome de Casagrande para o governo do estado e quer Bruno Lamas para federal. [TN] Circularam informações de que o senhor poderia não disputar as eleições em 2018, por questões pessoais e saúde. Como estão os seus planos para 2018?

[paulo foletto] N ão tenho mais

limitações, estou apenas fazendo reforço muscular. Vou disputar sim a eleição. Estou conversando com meus eleitores, com apoiadores, com o movimento social e prestando contas do trabalho desenvolvido durante o mandato. Acredito ter muito ainda para contribuir com meu partido e meu estado. Tenho importantes pro-

foletto quer que o PSB eleja dois deputados federais em 2018, repetindo o fei-

to de 2010 quando Audifax e o próprio Foletto conseguiram vaga no Congresso jetos no congresso nacional e quero dar continuidade a eles. É correto dizer que o PSB faz parte da oposição ao governo de Hartung? Não fazemos oposição ao governo Paulo Hartung. Procuramos fazer o melhor para o Espírito Santo.

Como andam as conversas envolvendo o PSB e os outros partidos para a eleição de 2018? As conversas sobre as eleições estão ainda começando. A discussão será feita pelo partido no próximo ano. Nosso objetivo agora é fortalecer o PSB e, principalmente, atrair pessoas que estejam comprometidas em tra-

balhar para melhorar a vida da população do nosso estado.

sagrande seja candidato ao governo.

O PSB tem conversado na Serra com todas as siglas; com Vidigal e Audifax? Tem as portas fechadas para alguma liderança ou partido? Como presidente do PSB no estado, posso dizer que as portas do partido estão sempre abertas. Sou amigo de Audifax, estivemos trabalhando juntos em Brasília. E hoje, ele tem o meu empenho e apoio no que precisar aqui para a Serra. Vidigal é um político sério e dedicado à suas causas. Podemos sim, andar juntos em 2018.

Na Serra, temos uma liderança, que é o Bruno Lamas, presidente do PSB municipal. Há uma pressão do PSB estadual para que Bruno venha em 2018 na condição de federal? Há uma grande expectativa em torno do nome do Bruno Lamas. Ele tem todo o apoio do partido para ser o candidato a federal pela Serra. O PSB, que no passado já fez dois deputados federais: eu e o Audifax precisamos de mais representantes na Câmara Federal e trabalhamos para isso. O Bruno já mostrou que é capaz e tem tudo para crescer nestas eleições.

Na condição de principal liderança do partido, como Renato Casagrande pode se posicionar em 2018? O Renato tem totais condições de ser candidato a governador. Ele fez um belíssimo trabalho. Torço que Ca-

opinião yuri scardini | yuriscardini@portaltemponovo.com.br

Rede trabalha para filiar mais três vereadores Givaldo: a fênix do PT capixaba? FOTO: REPRODUÇÃO FACEBOOK

conceição nascimento

Com dois vereadores na Câmara, lideranças da Rede Sustentabilidade trabalham para atrair mais parlamentares. Alguns vereadores, eleitos em palanques de oposição a Audifax Barcelos, principal liderança capixaba da Rede, migraram para a bancada governista. Assim, alguns ficaram desconfortáveis nos seus partidos e vem conversando sobre filiação na Rede. Este parece ser o caso dos vereadores Wellington Alemão (DEM), Adilson de Novo Porto Canoa (PSL) e Quelcia Fraga (PSC). Um dos fundadores da Rede no ES e membro da Comissão de Ética Estadual da legenda, Ronaldo Freire, revelou que está intermediando a conversa entre os três vereadores e a Rede, já que estão na base do prefeito. “Estamos aguardando uma janela de filiação partidária; há algumas semanas estamos conversando, devido à afinidade com a proposta da Rede, em atenção às eleições 2018, com Marina candidata a presidente e Audifax, cotado para o Governo do Estado”, argumentou Ronaldo.

O FUNDADOR d a Rede no ES, Ronaldo Freire (de camisa listrada) diz que vem conversando com os vereadores para que eles se filiem ao partido de Audifax

A reportagem entrou em contato com os vereadores. Adilson confirmou que tem afinidade com a Rede e que uma possível mudança deve ser feita diante de um quadro de janela de filiação partidária. A vereadora Quélcia negou que tenha a intenção de trocar de partido e disse que a reunião com Ronaldo Freire tinha outros assuntos em pauta. Já o vereador Alemão foi procura-

do pela reportagem, mas seu celular estava no modo caixa-postal. Sobre o assunto, o presidente municipal do DEM, Enivaldo Dias, se pronunciou. “Ele (Wellington Alemão) ainda não comentou sobre esse assunto. Na última reunião que tivemos falou sobre permanência no partido”, disse. A reportagem tentou contato com os outros partidos, mas não obteve retorno.

Depois de Lula aparecer em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente, o PT voltou com força para a geopolítica partidária.

Sinal disso é a enorme atenção que o mercado político tem tido com as eleições internas do partido, que vai escolher os comandantes dos diretórios nacionais, estaduais e municipais nos próximos dias. Aqui no ES, os olhares se voltam para a disputa do deputado federal Givaldo Vieira com ex -prefeito de Vitória, João Coser. Givaldo vem surpreendendo a todos com um posicionamento extremamente áspero e de enfrentamento diferente do estilo dele contra o Palácio Anchieta, administrado pelo governador Paulo Hartung. Essa movimentação brusca de Givaldo, não parece que tem a ver com um projeto de reeleição

para a vaga de deputado federal. O político vem ganhando força. Ainda mais depois de Givaldo se tornar presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara Federal. Afinal é um capixaba a frente de uma comissão na Câmara de Deputados. Além disso, dá para por nessa conta, o apoio público do senador petista Lindberg Faria (homem da tropa de choque de Lula) à sua eleição para presidência do PT capixaba. Caso o ex-presidente venha mesmo para a disputa, e Givaldo emergir como o “cara” do PT no ES, talvez, caia no colo dele muito mais que a reeleição a federal. Ainda para se salvarem mutuamente, o blocão da esquerda se unir na nacional. Givaldo pode ser alçado para o Palácio Anchieta, tal como em 2010, quando virou o vice-governador do Estado. Amando ou odiando, negar a força do PT nos arranjos partidários é um erro, no momento que Givaldo se levanta e diz que o governo do ES faz parte dos “golpistas”, é um sinal claro de que na mira, está o Anchieta, e se Lula abraçar Givaldo, a briga engrossa.


| SERRA (ES), 31 de marรงo a 7 de abril 2017 | TN | P5


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Economia

Planta química de R$ 50 milhões e 60 empregos FOTO: DIVULGAÇÃO GEOFI

Clarice Poltronieri

A

Serra vai receber uma nova indústria de R$ 50 milhões e que vai gerar 60 empregos. O grupo italiano Geofin, vai investir na produção de resina para exportação. O grupo é formado por noves empresas, duas delas que já atuam na cidade, a Nebrax e a Madeiras Ecológicas. O projeto ficará às margens da BR 101, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal, na região de Chapada Grande. O terreno já possui galpões onde funcionava uma empresa de rochas ornamentais. No momento o projeto já se encontra na prefeitura para liberação da licença ambiental, que também dependerá de aval do Governo do Estado. A expectativa é de que isto ocorra entre três e quatro meses. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Paulo Meneguelli, disse que a prefeitura está agilizando o licenciamento. O diretor da Nebrax, Mikeil Chequer, afirma que o investimento inicial do grupo será de R$ 20 milhões,

A FÁBRICA d e resinas da italiana Goefin ficará as margens da BR 101, logo após o posto da Polícia Rodoviária Federal (sentido Fundão), em Chapada Grande

mas o total investido chegará aos R$ 50 milhões, gerando 60 empregos diretos. “Os indiretos são muitos, pois teremos distribuidores e representantes em todo o país. Temos de considerar que nossa indústria, também voltada à exportação, tem um mercado potencial em toda a América do Sul

e do Norte”, pontua. Após 10 anos de operação, o Grupo Geofin espera ampliar seu faturamento para R$ 400 milhões /ano com a fábrica na Serra. A expectativa é que a produção nesta unidade se inicie em um ano e atinja o ápice da capacidade entre 18 a 24 meses.

Resinas para países das Américas do Sul e do Norte A resina produzida será destinada a indústrias de tintas, automobilísticas, rochas ornamentais, naval, calçadista, eletroeletrônica, construção civil, energia eólica. O produto deverá ser exportado para mercados das Américas do Sul e do Norte. Mikeil conta que a escolha da Serra para receber a planta industrial foi estratégica. “Já estamos aqui há mais de 10 anos, com as empresas do grupo - Nebrax e Madeiras Ecológicas. A situação geográfica, infraestrutura, disponibilidade de mão de obra, acessibilidade e logística foram importantes atrativos que fizeram que decidíssemos por permanecer aqui”, elenca. A planta industrial vai gerar de resíduos as embalagens de algumas matérias-primas, como paletes, plástico, que serão destinados a áreas licenciadas para descarte adequado. Uma das áreas indicadas para receber esses resíduos, segundo o empresário, pode ser o aterro da Marca Ambien-

tal em Cariacica. Há outro aterro de resíduos industriais, o da Vitória Ambiental. Este fica em Putiri, região rural da Serra próximo onde será a fábrica. Mas não foi mencionado por Mikeil. As principais matérias-primas chegarão em tanques e serão transferidas por bombeamento para os silos de armazenagem. Por ser uma empresa denominada fechado de fabricação, onde a matéria-prima usada no processo é transformada em produtos acabados, a indústria química não terá emissão de gases. Segundo Mikeil a captação de água será feita em poços artesianos e água da chuva e, se preciso, da Cesan. A água utilizada estará em um ciclo fechado para refrigeração dos silos e dos reatores. Não foi mencionado volume nem se haverá descarte da água e em qual rio. Na região há nascentes de um dos córregos que formam a lagoa Juara.

Caos na segurança derruba exportação de rochas Ayanne Karoline

O caos na segurança do estado em decorrência da greve da PM entre os dias 03 e 21 e fevereiro causou paralisação de uma semana nas negociações do setor de rochas ornamentais, o que derrubou as exportações capixabas, que tem na Serra o principal parque beneficiador e exportador. E ainda levou ao cancelamento da Vitória Stone Fair – principal feira nacional do setor - em Carapina, o que agravou o quadro. Com isso em fevereiro o estado exportou US$ 56,8 milhões contra US$ 63,4 milhões no mesmo mês em 2016. Se considerada apenas a Serra, as vendas para o mercado internacional caíram de R$ 36,7 milhões em fevereiro do ano passado para 34,9 no mesmo período de 2017. Os números são do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas). Ainda na Serra, o Centrorochas revelou que enquanto a venda de chapas polidas caiu 6% os negócios com blocos subiram 3,5%. O que não foi suficiente para aumentar o faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. “O movimento (greve

da PM) desestabilizou toda a cadeia produtiva do setor. Algumas empresas ficaram fechadas, outras tiveram problemas no transporte de materiais, alguns órgãos voltados à exportação estavam parados”, ressaltou a superintendente do Centrorochas, Olivia Tirello. Uma das empresas prejudicadas foi a Andrade S.A, que fica no Civit I. Segundo o proprietário Célio Andrade, houve queda na produção devido à falta de transporte e segurança. “Tivemos problemas para a retirada dos contêineres do porto por falta de pessoal. Foi um terço do mês que tivemos todas as despesas e nenhuma produção de receita”, lamentou. O caos na segurança pública também foi determinante para o cancelamento da Vitória Stone Fair. O evento, que aconteceria em fevereiro, foi remarcado para acontecer entre os dias 6 e 9 de junho no Pavilhão de Carapina. A expectativa é receber cerca de 25,5 mil visitantes e movimentar mais de R$ 200 milhões.


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Meio Ambiente

Degradação da Juara gera colapso na criação de tilápia FOTO: FÁBIO BARCELOS

Renato Ribeiro

N

o lugar dos peixes, lixo, esgoto e muito sal. Assim encontra-se hoje a lagoa Juara, a maior da Serra. Situação que inviabilizou a criação de tilápias em tanques-rede, projeto iniciado na década passada pela Associação de Pescadores da Lagoa Juara (APLJ) e que produzia em média 5,5 toneladas de peixe por mês. A gota d’água para o fim da produção foi a mortandade de peixes na lagoa ocorrida em setembro de 2016. Situação que vinha ocorrendo com alguma frequência a partir de 2014. Pescadores e ambientalistas afirmam que a dragagem e alargamento do rio Jacaraípe, iniciadas justamente em 2014, aumentaram a salinidade da água, ocasionando a mortandade de peixes e até de parte das plantas aquáticas. O rio liga a lagoa ao mar. Para o presidente do Instituto Brasileiro de Fauna e Flora (Ibraff), Claudiney Rocha, os prejuízos ambientais e econômicos são grandes. “Com as obras do Rio Jacaraípe, grande parte do manguezal, que é um filtro natural, foi destruído, aumentando a salinidade da água da lagoa. Esse fator, aliado à mudança de estrutura física do Rio e a falta de oxigênio na água, fez com que a Lagoa Juara entrasse em colapso, havendo um desastre ambiental sem precedentes”, explica. Segundo o presidente Federação das Associações de Pescadores do Espírito Santo (Fapaes) Manuel Bueno dos Santos – o Nego da Pes-

A Vale terá que tirar o minério de ferro que há décadas cobre a areia da parte norte de Camburi e os resíduos podem vir parar na Serra. Segundo o secretário de Meio Ambiente do ES, Aladim Cerqueira, o material terá que ser descartado em um aterro licenciado. E um deles fica na zona rural do município. Trata-se da área da Vitória Ambiental, localizada em Putiri, na estrada de terra entre Serra-Sede e Nova Almeida e que há cerca de um passou por expansão. A segunda possibilidade é o aterro da Marca Ambiental, localizado em Cariacica, porém, próximo à divisa com a Serra. Se os rejeitos forem para Putiri, necessariamente terão de passar pelas vias da Serra. Se for a Marca Ambiental há a opção das caçambas passarem pelo centro de Vitória, BR 262, Ceasa até chegar ao aterro, localizado na Rodovia do Contorno.

Porém, é mais longe e complicado do que seguir até Carapina e pegar o Contorno ali, o que significa impactar a Serra também. Mas Aladim não deu detalhes de como será a retirada nem a quantidade de material e viagens necessárias. Segundo o ele o Termo de Compromisso Ambiental (TCA) que a empresa assinou para a retirada do minério prevê a apresentação, em seis meses, de um plano de trabalho contendo as informações detalhadas. Tal plano também terá que ser aprovado pelos órgãos ambientais. O TCA foi assinado pela Vale no último dia 16 de março e prevê outras ações para recuperar a praia de Camburi, incluindo a despoluição do córrego que nasce em Hélio Ferraz, Serra, e cai no balneário. Subscrevem o documento os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Prefeitura de Vitória e Governo do ES. FOTO: DIVULGAÇÃO POLICIA FEDERAL

O PRESIDENTE d a Associação de Pescadores, Deraldo Balestreiro:tilápia agora vem de Linhares. Peixaria e restaurante seguem abertos na Juara

ca, o esgoto lançado in natura na lagoa desde a década de 70, é o maior responsável. “A lagoa encontra-se numa região urbana, cercada por bairros que não possuem rede de esgoto. O despejo ao longo dos anos vem matando a lagoa aos poucos e tudo que há nela”, avalia. Apesar dos restaurantes e peixarias da Juara continuarem funcionando com pescado vindo de outras regiões, o impacto econômico preocupa. Segundo o Presidente da APLJ, Deraldo Balestreiro, com a transferência da produção

de peixes para Linhares, os custos de produção aumentaram em 10%, e inevitavelmente esse acréscimo chegou até a mesa do consumidor. “Desde julho de 2016, toda nossa produção foi transferida para a Lagoa do Aguiar em Linhares. Isso aumentou os nossos custos, sendo inevitável o aumento do preço para o consumidor, que agora paga R$ 11,00 por quilo da tilápia. Em contrapartida, temos a certeza de estarmos vendendo um produto de qualidade e sem riscos de contaminação”, avalia.

Prefeitura diz que apoia pescador e promete revitalizar lagoa Através da assessoria de imprensa, a Prefeitura da Serra diz que ajuda na divulgação do pólo gastronômico da lagoa Juara, que agora funciona com tilápia vinda de fora. E que planeja um projeto de revitalização da lagoa, com a construção de decks, reforma dos

Minério da Vale em praia pode parar na Serra

pontos de vendas de pescado, paisagismo, calçamento, entre outros. Atualmente, o projeto está em fase de estudo para captação de recursos. Quanto à salinização, disse que está buscando alternativas para minimizar os impactos gerados pela

dragagem do rio Jacaraípe, sem revelar maiores detalhes de possíveis ações. E que a cidade contará com 100% de esgoto tratado através da Parceria Público Privada (PPP) de saneamento em vigor na cidade desde 2015.

o minério s erá retirado da areia de Camburi pela Vale após acordo

Pesquisa refaz passos de naturalista no Estado José Salucci

Uma aventura científica em terras capixabas está sendo realizada para refazer os passos de um pesquisador. Trata-se de uma expedição sobre as pesquisas de um naturalista alemão, Maximiliano de Wied, que há dois séculos estudou a biodiversidade que havia no litoral brasileiro, incluindo a Serra. O projeto é organizado pelo professor de Zoologia, Sérgio Lucena, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que conta com a parceria do Instituto Últimos Refúgios. O projeto, que teve início em julho de 2015, faz uma viagem ao tempo. O propósito é trilhar os caminhos percorridos pelo naturalista em visita ao Brasil, em 1815 a 1817, como conta o professor Lucena. “O Maximiliano era zoólogo. A ideia é replicar o trabalho

que ele fez. Contrapor a nossa visão com a visão que ele teve dessa biodiversidade há 200 anos”, explica. A expedição, que percorrerá os mais de 2.000 quilômetros do trajeto que Maximiliano fez no Brasil entre o Rio de Janeiro a Salvador, deve terminar no segundo semestre de 2018. Segundo Lucena, o pesquisador alemão passou por todo litoral do Espírito Santo. Participam do projeto pesquisadores, alunos de graduação e mestrado do curso de Biologia, uma tradutora e cineasta alemã. A expectativa é lançar um material em forma de livro fotográfico e documentário. O grupo já passou por algumas rotas no Espírito Santo: litoral de Guarapari, na região próxima ao Rio Jucu em Viana e litoral de Regência. A Serra é um dos locais a serem visitados, mas ainda não há data prevista para isto acontecer.


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Cultura e Lazer

Após verão a opção agora é o agroturismo thiago albuquerque

C

om o término do verão e chegada do outono, as praias deixam de ser a maior atração de lazer para a população. E na Serra, uma opção a mais para quem gosta de locais tranquilos é o Circuito do Agroturismo. Na cidade atualmente são quatro: Chapada Grande, Guaranhus, Muribeca e Pitanga. Opções na área rural, com lazer, artesanato, hospedagem, passeios a cavalos, piscinas naturais e muitos outros. No Circuito Guaranhus, uma ótima opção é o Sítio Recanto Mestre Álvaro. O local funciona de sexta a domingo e em feriados nacionais, das 10h às 17h. O horário de almoço é de 11h às 15h. A proprietária Maria Helana destaca o movimento e o carro-chefe do local na gastronomia. “Nosso carro-chefe é a polenta de milho verde e a galinha caipira, e

no à La Carte é o carneiro, feita por encomenda. Temos passeio a cavalo, piscina natural, trilhas, tirolesa e outras opções de lazer”, conta ela. Helana destaca também que mesmo no verão, o movimento do local é muito bom por conta da piscina natural, que atrai turistas no período de janeiro e fevereiro. “No último domingo tivemos quase 500 pessoas no sítio, não temos baixa temporada, apenas dias com chuva que afeta um pouco”. O contato para mais informações é o 3074-7445. Direto do Circuito Pitanga, o Sítio Ouro Velho destaca o aconchego, com um redário para descanso pós-almoço. O local funciona de sexta a domingo e nos feriados nacionais, das 10h às 17h, com almoço das 11h30 às 15h. A proprietária Suely, destaca a comida servida no fogão à lenha. “Aos domingos estamos servin-

do o pato ao molho pardo com arroz de pato, costelinha de porco e o torresmo. Temos área de lazer, tirolesa, parquinho para crianças e adultos brincarem. Além de uma vista de frente para o Mestre Álvaro com uma estrutura montada em cima de uma pedra. Vale lembrar que os doces e sobremesas servidos são feitos aqui mesmo”, conta ela. Para mais informações 3101-1476. Outra opção de lazer diário para famílias, solteiros e casais é o Sítio do Éden, do Circuito Chapada Grande. Lá o funcionamento é de 07 às 17h, com pesque-pague, área de lazer com campo para futebol e piscina. O restaurante que serve comida caseira funciona apenas aos finais de semana e feriados, das 08h às 17h. O sítio também conta com hospedagem, mas apenas para grupo de muitas pessoas e com reserva prévia. O contato é o 99575-7866.

FOTO: EDSON REIS

O RECANTO M estre Álvaro, no Circuito Guaranhuns, dos proprietários Gilber e Helana oferece piscina natural e delícias da roça servidas no fogão à lenha

outras opções Outros locais oferecem lazer e até hospedagem rural. Alguns com passeios, estrutura de churrasqueira, piscina, salão de jogos, campo de futebol, bica e outros com locais para receber grupos. Todos com agendamento prévio. Confira

circuito guaranhuns Sítio Recanto Morro do Céu: ontato: 3327-3790 / 99947-6725. C Sítio Vovó Hilda Borges: Contato: 3322-0727 / 99846-9058.

Rancho Alegre: Contato: 32515331 / 98115-5394 / 99989-5710. Sítio Vida Nova: Contato: 3011-3611 / 99767-1097.

circuito chapada grande

circuito muribeca

Sítio Santo Antônio: Contato: 98114-5642 e 98144-0265.

Sítio Catavento: Contato: 999832498 / 99943-0215.

Sítio Canto de Yayá: Contato: 33257240 / (27) 98146-5266 / (27) 99800-5266.


Geral | SERRA (ES),

Geral

Cinquenta pessoas assassinadas em 28 dias no município Foto: DIVULGAÇÃo

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o

mês de fevereiro na Serra fechou com número elevado de assassinatos. Na cidade mais populosa do Espírito Santo, 50 pessoas perderam a vida em 28 dias. Uma média de 1,7 assassinatos por dia. Comparado com o mês de janeiro, o crescimento no índice de homicídios na Serra é de 117%. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Sesp). Em comparação com o mesmo mês de 2016, o aumento foi de exatos 100%, quando 25 pessoas perderam a vida naquela ocasião. Dos 50 mortos em fevereiro, três foram do sexo feminino e 47 do sexo masculino. As cidades irmãs que formam a Grande Vitória, também tiveram números acima do que vinham registrado em meses anteriores. Em segundo lugar, com mais homicídios, vem Cariacica com 32; Vila Velha 30 mortos; Vitória segue com 17; Guarapari, com três;

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Cidade ganha clínica para tratamento da visão THiaGo albuQuerQue

Nesta sexta (31) é a inauguração da clínica NEO – Núcleo Especializado em O�talmologia, no Hospital Metropolitano, na Serra. A parceria com o hospital vai ser capaz de contemplar todos os tipos de exames da área o�talmológica. A clínica terá capacidade de atender 750 consultas por mês. Ela vai contar com cinco consultórios e cinco salas de exames. O espaço de 330 metros quadrados vai gerar dez vagas de emprego. “Teremos um atendimento de qualidade e diferencial para os pa-

cientes, a parceria com o hospital é importante, vamos ter todos os tipos de exames, como a tomografia de retina que até agora não tinha na Serra. No futuro temos a intenção de montar o centro cirúrgico”, conta um dos médicos e sócios da clínica, Antônio Sérgio Alves Vidigal Junior. Além dele, outros seis médicos formam a sociedade da clínica. São eles os o�talmologistas Alexandre Augusto Ruschi, Christianne Neves Ruschi, Gabriel Arantes Carlos, Marcos Rogério Arantes Andião, Rodolpho Sueiro Pelippe e Rowena Siqueira Comério. Foto: FÁBIo BARCELoS

duplo assassinato acontecido em Serra Dourada I no dia 9/02, durante a greve da PM

Viana com três e Fundão com dois. No total foram 140 homicídios na Grande Vitória, a Serra representou 35%, ficando responsável por um terço dos assassinatos entre as sete cidades que formam a Região Metropolitana. Levando a comparação para nível estadual, a cidade da Serra fica com 21% das 232 mortes registradas em solo apixaba no mês de fevereiro.

Dos 232 mortos no Espírito Santo, 18 foram do sexo feminino. Para a Sesp, o maior motivo do forte crescimento dos assassinatos em fevereiro, após anos de queda, aconteceu por conta da crise na segurança púbica que se instalou no estado com a greve da Polícia Militar, que retirou os policiais das ruas entre os dias 03 e 21 de fevereiro. A CLÍNiCA Neo promete exame e tratamento completo para problemas de visão

opinião do leitor odmar péricles | odmarnas@gmail.com

Lista escancarada Verdadeiro absurdo propor a tal “lista fechada”, tramada nos bastidores do Congresso Nacional. Lista fechada é coisa de democracias parlamentaristas e secularmente consolidadas, com alguma exceção, que sequer serve de exemplo.

No caso brasileiro, e sua democracia em pleno desenvolvimen-

to (haja vista ultrapassar trinta anos ininterruptos de estado de direito); mas com forte tradição presidencialista e voto personificado, o exercício possível é a desmobilização das coligações partidárias. Ou seja, cada partido político com sua lista própria de candidatos, aberta e escancarada. Voto na legenda partidária ou nos candidatos. Infelizmente, o propósito que preside o debate nas duas casas legislativas nacionais, nesse momento, nada ou pouco tem de preocupação com a tenra democracia, senão como subtração a própria democracia. E fazer prevalecer interesses escusos, privilégios ae proteção aos políticos em fim de linha, caso vinguem as citações, investigações, denúncias, processos e

sentenças da justiça, que via operação lava-a-jato, possa sujeitá-los ao escárnio público e/ou cassação. Há, portanto, conflito entre a necessidade da readequação dos meios e modos de conquistar a representação política; e a cultural tendência de preservação das vantagens e impunidades dos envolvidos, e que são as faces dessa mesma moeda. Os muitos elementos que atuam nesse embate: deputados e senadores, situação e oposição, os três poderes, as mídias noticiosas e instantâneas, e cada vez mais antenadas aos fatos; as academias com variado leque de estudos e conhecimentos; enfim, todo esse conjunto somado à opinião pública e aos movimentos sociais, formam o imbróglio dessa trama, cujo desenlace dará nova formatura ao processo democrático da representação do povo, pelo povo e para o povo. O grande caldeirão está no fogo, vamos ver no que vai dar.

VILLA MIX NO PAVILHÃO DE CARAPINA

Foto: DIVULGAÇÃo

neste sÁbado (1) tem Villa Mix Festival ES, no Pavilhão de Carapina. As atrações são de peso: Jorge e Mateus, Wesley Safadão, Matheus e Kauan, Simone e Simaria, Israel e Rodolfo e o DJ Alok vão animar a galera que curte o sertanejo. o DJ local André Romanha também é atração do evento. os ingressos estão sendo vendidos e podem ser garantidos pelo site www.ticmix.com.br ou nas lojas Bagaggio (Shoppings Vitória, Mestre Álvaro, Praia da Costa e Boulevard); All Jarreau (Shopping Vitória e Centro de Linhares); Country Ville (Laranjeiras e Campo Grande). A realização é da Marques Produções e Estruturas, Leo Produções e Adaucto Morais Produções.


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geral FOTO: DIVULGAÇÃO AGÊNCIA BRASIL

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Mais de mil vagas para cursos profissionalizantes O projeto Juventude Ativa está abrindo inscrições para 1.500 vagas para cursos profissionalizantes. Os cursos são para o período de abril/maio e são gratuitos nas modalidades presenciais e a distância. Tem vagas para cursos de auxiliar administrativo, porteiro, elétrica predial, informática básica, logística, manicure, modelagem de sobrancelha, maquiagem, escovista, atendente de farmácia, técnicas de vendas, telemarketing, gestão administrativa, departamento pessoal, assistente contábil, administrativo informatizado e autocad. O aluno não paga mensalidade, somente uma taxa única de R$ 79.90 para contribuir com os materiais e despesas do curso. Desempregados têm o beneficio de pagar somente R$ 59.90

apresentando a carteira de trabalho. As inscrições dos cursos presenciais podem ser realizadas no Polo de Taquara no sábado (01) das 08h30 às 16h na rua Julia Eller Dela costa, 11- Taquara II. Já para o polo de Colina de Laranjeiras podem ser realizadas de terça a sábado das 13h30 àes 17h na rua Arapoca, 8. Tem também como se inscrever na escola Ismênio Vidigal no sábado (01) das 08h30 às 11h30 ou no sábado (08) no mesmo horário. Informações Contato: 99610-6606 ou 99877-2328 ou pelo site www. juventudeativa.org.br. Os cursos de modalidade à distância as inscrições são exclusivamente pelo site e o aluno só paga uma taxa única de inscrição de R$ 69,90. É só acessar o site: www.juventudeativa.org.br cursos EAD (à distância) .

se for sancionada pelo presidente Temer, regra permitirá que todos as atividades possam ser terceirizadas no Brasil

Terceirização divide patrões e empregados

Empresários da Serra dizem que nova lei vai alavancar economia, mas CUT teme precarização das relações de trabalho Ayanne Karoline

F

oi aprovada pela Câmara dos Deputados na última semana a lei da terceirização, que regulamenta a prática e permite que as empresas terceirizem todas as funções, inclusive a atividade-fim, aquela para qual a empresa foi criada. A lei, que agora só depende de sanção presidencial, já divide empresários e trabalhadores. Para o presidente da Associação dos Empresários da Serra (Ases), Remegildo Gava Milanez, a terceirização vai alavancar negócios. “Mas as empresas contratantes precisam cuidar do terceiro, fiscalizando se as leis trabalhistas estão sendo cumpridas. As leis atuais engessam a relação empregador e empregado, pois foram feitas há muito tempo e estão obsoletas. Precisamos ter mais flexibilização para gerar empregos”. O empresário serrano Djalma

Quintino Malta Filho, diretor da Dikma Facilities, diz que a terceirização permite que a empresa foque em sua atividade chave e é oportuna quando o serviço demandado exige uma qualificação maior, aumentando produtividade. Mas pondera a contratação. “É necessário selecionar parceiros que atuem de forma sinergética e que estejam alinhados com os objetivos da empresa. O que determina o sucesso é a competência do prestador de serviço e também de quem terceiriza”. Para o vice-presidente institucional da Findes em Serra, José Carlos Zanotelli, a terceirização também gera praticidade. “Por exemplo, numa parada para manutenção que demanda grande quantidade de mão de obra por pouco tempo, é mais produtivo contratar terceirizados. No comércio, onde movimento cresce nas sextas-feiras e sábados, a contratação terceirizada também é indicada. O mesmo caso em

restaurantes, que têm mais fluxo à noite e finais de semana”. O presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), Lúcio Dalla Bernardina, afirma que a medida traz tranquilidade jurídica aos empregadores e não acredita que ela vá contribuir para precarização do trabalho. Opinião muito diferente tem o presidente da Central Única dos Trabalhadores no ES (CUT/ES), Jasseir Alves Fernandes. Para ele a nova regra trará mais exploração e menos direitos. “As empresas terceirizadas são as que mais geram acidentes, têm menores salários e maior rotatividade. Os trabalhadores serão jogados de um lado para o outro, ficando nas empresas por pouco tempo, sendo privados de 13º salário, jornada de trabalho, previdência, entre outros direitos”, argumenta.

COMUNICADO TRACTORBEL TRATORES E PECAS BELO HORIZONTE LTDA, CNPJ nº 17.713.959/0004-10, torna público que REQUEREU da SEMMA, através do Processo nº 15068/2017, a Licença Municipal de Regularização (LMR), para atividade de Pátio de estocagem, armazém ou depósito para cargas gerais (exceto produtos/ resíduos químicos e/ou perigosos e/ou alimentícios e/ou combustíveis) e materiais não considerados em enquadramento específico, inclusive para armazenamento e ensacamento de carvão vegetal, com atividades de manutenção e/ou lavagem de equipamentos e/ou unidade de abastecimento de veículos, na localidade de R. Manoel Bandeira, n° 1482, Bairro São Diogo I, Município de Serra - ES.

COMUNICADO REFRAMAX ENGENHARIA LTDA, CNPJ: 07.147.444/0003-65, torna público que requereu da SEMMA, através do processo nº 92.479/2014, a Licença Municipal de Operação - LMO para a atividade de “Manutenção Refratária e Eletromecânica”. Na localidade de Jardim Limoeiro, Av. Desembargador Mário da Silva Nunes, município da Serra- ES.


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