Leia a edição 1268 impressa desta sexta-feira (9) na íntegra

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Com 24 assassinatos em janeiro taxa de homicídio cresce 41% [ 8]

FOTO: FABIO BARCELOS

“Nunca houve um movimento que parasse 100% da PM” Feriadão anima pousadas e aluguéis nos balneários [ 6]

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Vale diz não ter obrigação legal com Estação do Conhecimento [ 4]

tempo novo

l o j o rna mais da en t e influ idade c r o i ma ta d o d o es

Prefeitura quer R$ 230 mi para pagar em dez anos SERRA (ES) | 9 a 16 de fevereiro de 2018 | Nº 1.268 - Ano XXXiV | Fundado em dezembro de 1984

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FOTO:FÁBIO BARCELOS

Planejar é saída para encarar volta às aulas, IPTU e IPVA [ 6] Foto: FÁBIO BARCELOS

Lama da Samarco e pedreiras aumentam risco de extinções no ES [ 5]

Folia de carnaval com banho de mar, shows e blocos nas ruas [7]

Risco de desabamento mantém interdição em condomínio [ 8]


P2 | TN | SERRA (ES), 9 a 16 de fevereiro de 2018 | opinião

Mestre álvaro

O nó da gravata jornaltemponovo@gmail.com

Futebol capixaba não

POR yuri scardini

Dinheiro público para Vale A Estação Conhecimento, projeto ligado à Vale, presta um notável serviço para a Serra. Por ano, são cerca de 1.900 jovens beneficiados com vários projetos sociais, com enorme poder transformador e capaz de trazer perspectivas frente à situação de vulnerabilidade social da qual estão inclusos. Isso é indiscutível. Porém, é legitima a discussão sobre a contrapartida da Vale, a mantenedora da instituição e “mãe” do projeto. A empresa é responsável por indeléveis impactos diversos e históricos na Serra, sendo toda a formação econômico-social da cidade, intrinsecamente ligada ao processo de instalação, ampliação e funcionamento da Vale. Logo, a Vale é indissociável da mutação social da cidade, degringolada para um processo de favelização e consequente explosão de bolsões de pobreza, que coincidem com o mapa da infindável violência, que já atingiu patamares dignos de cenários de guerra. Portanto, há de se questionar sim, até que ponto é justo, um convênio no montante de R$ 1,2 milhão da Prefeitura da Serra, com a Estação Conhecimento. Já que a Vale é a mantenedora e vende este projeto como o maior símbolo de uma suposta responsabilidade social. A empresa não poderia arcar com isso sozinha? Dá para ir além, a Vale não poderia investir ainda mais e ampliar o projeto? É claro que dá. Só no 3º trimestre de 2017, segundo o portal do G1, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 7.14 bilhões. A Vale é a maior mineradora do mundo. O que a empresa deixa no município é migalha fren-

te às suas responsabilidades históricas morais. Só para se ter uma ideia, o único imposto direto que o município arrecada, proveniente da Vale, é o IPTU referente à oficina de locomotiva, no valor de pouco mais de R$ 100 mil, e só. Seria irresponsável defender menos recursos para a Estação do Conhecimento, é o inverso disso. Há de se defender mais investimentos e ampliação, mas por parte da Vale. Ela pode não ter a obrigação legal de fazer isso, mas o mundo é mais complexo do que questões jurídicas. Mantendo parte da Estação Conhecimento, a empresa poluidora não faz nenhum favor ao município. Para se ter ideia, a Serra tem 100 mil pessoas na linha da pobreza, que tem renda de R$ 150 pra baixo, por mês. É o equivalente a uma Colatina ou Viana, só de pobres. É uma realidade assustadora para quem a conhece. Portanto, vida longa à Estação do Conhecimento, e que Vale assuma cada vez mais suas verdadeiras responsabilidades com a Serra e com o Estado que sofre estruturalmente com a lama no rio Doce na sua economia, pó preto, praia de ferro, descarga de resíduos nas praias, entre outras “contribuições” da empresa. Que multiplique projetos como este de Cidade Continental, tocado pela coordenadora-executiva Ana Angélica Motta e uma equipe dedicada. Mas com o dinheiro da Vale, sem precisar de prefeituras arrochadas e convênios que dão margem à dúvidas, como o discurso de responsabilidade social da empresa.

POR eci scardini

Vítimas não podem ser culpadas O Hospital Metropolitano se viu no centro de uma investigação da Polícia Civil do ES. Não como investigada, mas como vítima de uma quadrilha que revendia para hospitais e planos de saúde, materiais cirúrgicos reutilizados, o que é expressamente proibido. Os integrantes da quadrilha, entre eles médicos, enfermeiros e donos de duas empresas, adquiriam materiais e equipamentos usados, enviavam para uma empresa especializada em esterilização e revendiam para planos de saúde, hospitais e clínicas, sem que soubessem que os mesmos já haviam sido utilizados. Nos órgão de imprensa, em nenhum momento, o Hospital Metropolitano foi tratado como investigado e copar-

tempo novo www.portaltemponovo.com.br Edição finalizada em 8 de fevereiro de 2018, às 18h

ticipante dessa quadrilha, isentando-o de qualquer culpa ou conivência. O Metropolitano é reconhecido pela seriedade e inovação na área médica. É uma instituição local da qual a Serra pode se orgulhar e tem raízes fincadas no coração da cidade. Histórias de entrega, de paixão, de suor, de compromisso, de ética. Contadas pelos seus fundadores, seus sócios, seus médicos, paramédicos, colaboradores, fornecedores e até pacientes, que frequentemente externam suas gratidões pelos esforços empreendidos para salvarem suas vidas. O hospital nunca precisou e com certeza nunca precisará usar de meios escusos para garantir a sua existência e o seu bom funcionamento.

A ArcelorMittal tem duas siderúrgicas na Grande Vitória, na Serra (Tubarão) e em Jardim América, Cariacica. São indústrias que lançam gases e pó preto. A empresa não dá qualquer tipo de apoio ao futebol local, times como o Serra, a Desportiva, o Rio Branco e o Vitória vivem à míngua. No Rio Grande do Sul a política da siderúrgica do bilionário indiano Lakshmi Mittal é diferente, ela patrocina o Caxias desde março de 2016. O clube é de Caxias do Sul, cidade que sequer tem usinas da Arcelor. Aliás, a mais próxima fica em Vega, município catarinense distante 632 km da cidade gaúcha. Enchendo o paiol...

O Secretário de Estado Vandinho Leite (PSDB) virou um verdadeiro muro de lamentações para lideranças descontentes com o prefeito Audifax Barcelos (Rede). Segundo fontes próximas ao secretário, Vandinho vem sendo procurado por presidentes de comunidades, servidores, vereadores, empresários e demais lideranças locais, em busca de “desabafar” quando o assunto é insatisfação com a gestão do prefeito, ou mesmo, com o próprio prefeito.

Laranja da Serra

Causou estranheza a muita gente uma das agendas de compromisso dessa semana da secretária de Turismo da Serra, Sandra Gomes (Rede). Na última segunda-feira (05) Sandra esteve na sede do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-ES), em Vitória. A secretária estava acompanhada do filho, Gilson Gomes Filho, que é presidente da Câmara de vereadores de Laranja da Terra. Na pauta tratada junto ao diretor do DER, Enio Bergoli, estava o asfalto de Sobreiro, região anexa à Laranja da Terra.

... de munição eleitoral Laranjada da Serra Para muitos, o tucano Vandinho está se consolidando com o principal polo de oposição à Audifax, contrastando até mesmo a função que em tese, seria do ex-prefeito e atual deputado federal, Sérgio Vidigal (PDT). Aliados de Vandinho prometem que a partir de abril, data limite para a desincompatibilização do cargo, para disputar a eleição, o secretário deverá intensificar suas investidas contra a administração da Serra, e segundo consta, ele já teria bastante “munição” guardada.

Pode-se argumentar que a secretária de Turismo da Serra estava em horário de almoço, dado que a reunião foi próximo às 13h, porém, para muita gente, é injustificável, já que estamos na semana que antecede o carnaval, e até a manhã da última quinta-feira (08), a Prefeitura da Serra tinha sido a única prefeitura da Grande Vitória a não definir a agenda carnavalesca. Além é claro da ES-010, um das principais vias de acesso a turistas, estar num estado falimentar de conservação, da qual o DER não deu qualquer solução.

“Vinde a mim as criancinhas”

Um projeto de lei no mínimo controverso está causando forte repercussão. Trata-se do PL 276/2017 que estabelece a parceria entre a prefeitura da Serra e os “templos religiosos de qualquer credo” para que funcionem como creches. A proposta é do vereador Robinho Gari (PV). O documento não traz detalhes sobre como se daria essa parceria, apenas joga ao ar essa possibilidade, sob o argumento de ajudar a garantir o direito social à população. Mas nos bastidores da Câmara, comenta-se que os vereadores podem até aprovar o projeto, mas seria “100% certo” que o prefeito Audifax vetaria...

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empresa filiada ao


| SERRA (ES), 9 a 16 de fevereiro de 2018 | TN | P3

Política

“Nunca houve um movimento que paralisasse 100% da Polícia Militar” FOTO: bruno lyra

bruno lyra

U

m ano após o movimento da Polícia Militar que gerou caos na segurança do ES, o secretário de Estado de Direitos Humanos, Júlio Pompeu, fala sobre as consequências da crise e as ações do governo durante e após o aquartelamento. O secretário participou das negociações com os familiares e entidades que representam os PM´s durante a crise. Afirma que o movimento teve motivação política, defendeu a punição aos líderes e admitiu que os policiais capixabas estão ressentidos, além de comentar a liderança da Serra nos índices de violência no ES.

[TN] Em fevereiro faz um ano parali-

sação da Polícia Militar. O que motivou aquele movimento?

[júlio pompeu] P olítica. Havia um movimento político nacional, que foi revelado durante a crise. Paralisaria cinco polícias militares no Carnaval de 2017 (Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Rio de Janeiro). O que aconteceu aqui foi que houve uma antecipação.

Pode explicar? Havia uma disputa interna entre associações de PM’s: Cabos e Soldados, Subtenentes, Sargentos, Oficiais e do outro lado a Agem, Associação Geral dos Militares, para ver quem assumiria o protagonismo com o Estado das reivindicações das pautas policiais. A Agem tentou assumir o protagonismo fechando o 6º Batalhão, na Serra. Com isso esperava-se que o Governo fosse chamá-los para a mesa. Mas a primeira reunião foi para dizer que ‘o caminho não é por aí, o que vocês estão fazendo está errado’. Resolveram então dobrar a aposta; só que duvido que tivessem naquele momento a dimensão de onde a situação iria chegar. Eporquechegounaquelasituação? Honra é um baita valor para um militar. ‘Se eu saio daqui e vou para a rua estou abandonando os meus colegas, que estão cometendo um crime militar’. Por outro lado, deixar de ir à rua e cumprir o seu dever é também uma desonra. É desonra versus desonra. Eles ficaram em um dilema moral, paralisados. E anistiar lideranças identificadas. O senhor é favorável?

pompeu se filiou recentemente ao PDT e disse que poderá disputar a eleição de 2018

Eu sou contra, já manifestei várias vezes e não mudei de ideia porque esse não foi o primeiro movimento desse tipo no país, foi só o maior. Nunca houve um movimento que paralisasse 100% da Polícia Militar. O trabalho da PM está normalizado? Há insatisfações entre os militares, associações falam sobre o elevado índice de homicídios, depressão... A produtividade das polícias voltou ao patamar que era antes da crise. Os policiais estão nas ruas, mas tem ressentimento que é em parte choque de geração. Nas gerações mais antigas se você dizia ‘vai lá’ eles diziam ‘sim, senhor’. As gerações mais novas se falar ‘vai lá’ eles perguntam ‘por que?’. É uma dificuldade para manter uma disciplina militar; esse ressentimento existe. O Governo poderia ter evitado a crise, ter cedido um pouco, faltou sensibilidade? Não, tem um diálogo com essas associações, como com outras tantas categorias quando a pauta era aumento; o momento era de uma baita crise. Um monte de estado começou a quebrar e não pagar salário. Quando o movimento chega à mesa havia duas pautas: anistia, que o Governo do Estado não pode conceder, a competência é federal. E a outra: Lei de Responsabilidade Fiscal, Estado em nível de alerta. A Serra há quase 30 anos lidera as estatísticas de homicídio e alguns outros crimes. O que explica isso? Primeiro que tem uma extensão territorial grande, as áreas urbanas têm grandes intervalos entre uma

região e outra, acaba ganhando vida própria. E você não tem na Serra, aliás, não tem no ES, mas lá isso é particularmente explosivo, o domínio de atividade criminosa na mão de um grande grupo. Cada bairro, cada microrregião tem um grupinho que controla o crime e é altamente beligerante com o outro grupo por disputa territorial e na mão da juventude. Como reduzir os índices? Trabalhar com os jovens de um jeito diferente. Foi aí que entrou a ocupação social. Reduzir a evasão escolar, aumentar o retorno à escola; a gente tem uma massa de 16 mil jovens como massa recrutável para o crime. Isso pega oito municípios; Serra é o que tem o maior número de bairros nessa condição. Tem que desenvolver habilidade socioemocional nesses jovens, dar pra eles geração de emprego e renda. Então entra casado curso profissionalizante, sistema S e Sebrae. Pra quem não quer correr atrás de emprego, vamos empreender, esse país tem mais gente trabalhando por conta própria do que por carteira assinada, casado com microcrédito do Bandes e agora do Banestes, para dar uma chance para o cara dar três passos para se desenvolver. A Serra conta apenas com uma delegacia 24h. É suficiente? Acho que o modelo de delegacias é ruim porque transformou as delegacias em cartório. A gente está investindo em um sistema da delegacia on line, que é um banco de dados que permite às polícias atuarem com menor necessidade de empatar gente com trabalho burocrático.

Prefeitura quer pegar R$ 230 milhões e pagar em dez anos conceição nascimento

Esta semana a Câmara aprovou projeto que autoriza o município buscar empréstimo junto a Caixa Econômica Federal, de R$ 230 milhões. Apesar disso, existe preocupação entre vereadores e outras lideranças políticas, sobre impacto nas contas públicas a partir da prática de empréstimos. Coordenador de Governo, Jolhiomar Massariol garantiu que o município terá liquidez financeira para arcar com as parcelas, que deverão ser quitadas em até dez anos. “Esse empréstimo não vai engessar a Prefeitura, porque todos os municípios enquadrados na Lei e no Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento) passam por análise da Caixa e da Secretaria do Tesouro Nacional, onde o município demonstra capacidade de pagamento”, disse Jolhiomar, que espera conseguir o empréstimo ainda este ano. Questionado se a obtenção de empréstimo do montante de R$ 230 milhões pode ser um sintoma de falência nas contas públicas do município, Jolhiomar afirmou que

o custeio está equilibrado, e os empréstimos serão para promover investimentos. “Temos de fazer investimentos em bairros. Essa opção (empréstimo) é para obras estruturantes, como o binário da Norte Sul, drenagem e pavimentação nos bairros. Não tem nada a ver com arrocho”, finalizou. Para o vereador Aécio Leite (PT) a Prefeitura se encontra em situação difícil. “Tem queda de arrecadação e não demonstra isso para a sociedade. Tenta passar algo que não existe. Acredito que pode inviabilizar futuramente de pagar toda a dívida”, avaliou. Já Ailton Rodrigues (PSC) acusa que este empréstimo não estava previsto na LDO, votada pelos vereadores. “É como se fosse consignado, quem vai pagar é o próximo prefeito. São R$ 230 milhões que virão descontados na folha de pagamento, um financiamento caríssimo, com juros altos. Sabe Deus como estará o município no futuro. Pode ficar funcionário sem pagamento, faltar dinheiro para educação e saúde”, reclamou o vereador. FOTO: JANSEN LUBE

Jolhiomar d isse que os empréstimos serão para promover investimentos COMUNICADO Andrade S/A Mármores e Granitos, CNPJ n° 31.751.233/0001-50, torna público que OBTEVE da SEMMA, através do Processo n°. 29.654/2015 a Licença LMP nº 001/2018-CLASSE III, para a atividade de pátio de estocagem, armazém ou depósito exclusivo de produtos extrativos de origem mineral em bruto. Na localidade de CIVIT I, município da Serra/ES.


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política

Vale informa que manter Estação do Conhecimento não é obrigação legal yuri scardini

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ausou muita repercussão no meio político da Serra, o convênio no valor de R$ 1.1 milhão, da Prefeitura da Serra, com a Estação Conhecimento sediada em Cidade Continental. Vista como iniciativa e discursode responsabilidade social da Vale, a Estação Conhecimento figura no balanço social da empresa e tem uma imagem indissociável à da mineradora. Porém, em esclarecimento, a Vale afirma que o projeto não pertence à empresa, sendo ela apenas “uma das mantenedoras” do local, além de não ser obrigada por lei a manter o projeto. Segundo a empresa, a Estação Conhecimento é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), tem entre os principais mantenedores a Vale e a Prefeitura da Serra. Portanto, a empresa argumenta que não há repasse de dinheiro público diretamente à Vale. A reportagem esteve na Estação Conhecimento na última quarta-

feira (04), e conversou com a gestora do local, Ana Angélica e as representantes da Vale: Andressa de Azevedo que é analista de relações com comunidades, além de Elaine Viera, do Setor de Comunicação. Ana Angélica explicou que a Estação Conhecimento é uma instituição “independente” e que apesar de ser idealizada pela Fundação Vale e construída com recursos financeiros da Vale, o projeto não pertence à empresa. Ela confirmou o convênio com a prefeitura que já perdura desde 2011, e que a referida parceria financeira entre o município representa 16% do total de recursos empregados no local. Já a Vale é responsável por 32%, algo próximo à R$ 2.2 milhões. O restante dos 52% seria de recursos advindos da União e de imposto de renda da própria Vale, direcionado para projetos sociais. Sobre as responsabilidades da Vale quanto aos impactos que sua atividade segue causando na Serra, tanto Ana Angélica quanto os repre-

sentantes da Vale afirmaram que a empresa cumpre um plano de controle. Já analista Andressa de Azevedo acrescentou que a Vale “não é obrigada por lei” a promover e manter a Estação Conhecimento assim como outros projetos sociais, sendo as questões ligadas à assistência social de “responsabilidade da prefeitura”, o que explicaria o convênio com o município. Sobre se a Vale poderia arcar com todo o custo sozinha, os representantes da empresa afirmaram que este é o maior projeto social mantido pela Vale em todo território capixaba. O convênio com a prefeitura é assinado a cada ano diretamente com a Estação Conhecimento e o recurso é repassado mês a mês, após prestação de contas mensal feita pela OSCIP à prefeitura, através da Secretaria Municipal de Assistência Social. O valor é de R$ 1.169.820,00, segundo dados incluídos no orçamento aprovado pela Câmara para o exercício 2018.

“Por que a Vale não assume o custo?” Lideranças da cidade permanecem questionando o motivo de repasse público ao projeto que é ligado à Vale. É o caso de Guilherme Lima, coordenador-geral da Assembleia Municipal do Orçamento (AMO), responsável por fiscalizar o orçamento da Prefeitura. Guilherme defende a Estação Conhecimento, mas afirma que deveria ser mantido apenas com os recursos da Vale. “Se você for buscar pela Estação Conhecimento na internet, verá que tudo que se trata em caráter oficial, está abrigado no site da Vale ou da Fundação Vale. Como explicar que a Estação Conhecimento não é da empresa? Pode haver arranjos jurídicos para isso, mas as duas são indivisíveis. Defendo mais

dinheiro para esse projeto, que ajuda muitas pessoas, mas defendo que esse recurso venha da Vale, porque a Vale não assume o custo integralmente? Desde quando uma empresa bilionária como essa precisa de poder público para promover transformação social? Até porque ela mesma é um das responsáveis por esse flagelo social”, dispara Guilherme. O vereador Miguel da Policlínica (PTC) também é um dos que questionam o convênio. Em declaração na semana passada disse que é necessária uma revisão do atual convênio, já que a empresa gera impactos e poluição para a Serra e recolhe impostos para Vitória. Para o vereador não é justo que o município arque com os custos.


Meio Ambiente

APA Jacuném é sede da Polícia Ambiental no Estado FOTO: DIVULGAÇÃO

Renato Ribeiro

O

prédio da Área de Proteção Ambiental (Apa) da lagoa Jacuném é agora sede do Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA). A mudança aconteceu no final no ano passado e transformou o espaço no centro de comando de todo o policiamento ambiental do Espírito Santo. Como a sede da Apa foi construída pela Prefeitura com recursos da compensação ambiental foi celebrado um convênio entre o município e a Polícia Militar para uso do espaço. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, o prazo do convênio é de cinco anos, sendo que o BPMA passa a ser responsável pela gestão do local. A assessoria da Prefeitura acrescentou que através do convênio, a Polícia Militar Ambiental passa a ser responsável também pelas atividades de capacitaçãoe de Educação Ambiental em áreas circundantes à APA da Lagoa Jacuném, além da autorização de entrada e recebimento de visitantes,

o espaço fi ca às margens da lagoa Jacuném, que é poluída por esgoto

que segundo a prefeitura continuará acontecendo através de agendamento. A assessoria disse também que as ações de educação ambiental continuarão sendo acompanhadas pela Secretaria de Meio Ambiente do Município (Semma), bem como as ações de combate à ocupação irregular, o descarte inadequado de resíduos e a pesca ilegal na Lagoa.

Localizada em meio à mata Atlântica do cinturão verde de Barcelona, a sede da APA fica ao lado do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do IBAMA. Inicialmente orçada em pouco mais de R$ 900 mil, a obra, que é fruto de recursos provenientes de compensações ambientais de Vale e ArtcelorMittal, foi inaugurada em 2014 com custo final de R$ 2,1 milhões.

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Risco de extinção cresce com lama, febre e pedreiras Lama da Samarco (Vale + BHP), febre amarela, expansão urbana e extração de rochas ornamentais. Essas são situações que devem aumentar a lista de animais e plantas ameaçados de extinção ou mesmo extintos do território capixaba. A afirmação é do pesquisador do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), Claúdio Nicoletti de Fraga, que está coordenando o projeto de atualização das espécies ameaçadas de extinção no Estado. O estudo está sendo realizado pelo INMA com recursos de R$ 460 mil repassados pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) através do Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) . E deve gerar a lista até o fim do ano.

“É uma reavaliação da lista feita em 2005. Será feito levantamento das coleções do Museu Melo Leitão (em Santa Teresa, onde está o INMA), que tem acervo de 120 mil exemplares na coleção zoológica e 52 mil na botânica. E os acervos do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e da USP. Serão feitas incursões de campo em áreas com impacto ambiental, o cruzamento das informações vai gerar a lista”, explica. Segundo Cláudio, os recentes eventos da febre amarela nos macacos e a lama da Samarco são ruins, mas ele considera a expansão urbana e a extração de rochas ornamentais mais graves por serem progressivos e permanentes.

filtro contra pó preto Foi inaugurada ontem pela ArcelorMittal Tubarão o filtro de mangas numa das chaminés onde a emissão de poluição é visível. O objetivo é reduzir o lançamento de pó preto da siderúrgica, poluente responsável por problemas respiratórios nos moradores da Grande Vitória. Espera-se a redução de 90% da poluição emitida por esta chaminé. A instalação do equipamento atende a condicionante do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). As informações são da assessoria de imprensa do governador Paulo Hartung (PMDB), que esteve presente na solenidade de inauguração do equipamento.


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Economia

IPVA, IPTU e escola: dá para vencer o fantasma das contas FOTO: FÁBIO BARCELOS

Clarice Poltronieri

O

início do ano é um período difícil para as finanças das famílias. Gastos com fim de ano, férias, carnaval e chegam as contas: material escolar, IPTU, e IPVA. E para não se enrolar, é preciso se planejar. A professora Gilsimery Maria Silva, de Barcelona, vive de contratos temporários e não tem salário em janeiro, mas aprendeu a se virar. “Guardo o décimo terceiro e sou representante de vendas de água mineral. Sem a economia e a renda extra, não pagaria todas as contas”, aponta. O empresário Jean Soares, de Colina de Laranjeiras, dá sua receita. “Lá em casa somos autônomos, sem renda fixa. Então faço planilha, corto os excessos e ponho parte do dinheiro na poupança. Contas como IPTU pago à vista para ter desconto. Já o material escolar, divido no cartão sem juros. O importante é não comprometer 100% da renda com as contas diárias”, diz. O contador Anderson Mendonça, de Morada de Laranjeiras, não se aperta e aconselha. “Recomendo fazer uma

O CONTADOR A nderson diz que é preciso priorizar as contas com juros mais altos e que ter uma planilha é fundamental para não se enrolar

planilha de controle de gastos sempre atualizada para eleger as prioridades. Pagar à vista para ter desconto é o ideal, mas se não der, priorize as contas com juros mais altos. Se tiver que optar pelo IPTU ou IPVA, pague o IPVA para não ficar sem transporte”, relata. Para o economista Pedro Henrique

Trindade de Souza, planejamento e organização são essenciais. “É preciso planejar para não sofrer nessa época e se organizar; controlar os gastos com o cartão de crédito no fim do ano e nas férias; e poupar recurso para essas despesas. O ideal é fazer os pagamentos em cota única para conseguir descontos”, explica.

Carnaval enche pousadas e aquece aluguel de casas Donos de pousadas e casas para alugar no litoral da Serra estão animados com o carnaval. É que o último evento da alta temporada nas praias é também um dos mais lucrativos por conta da presença dos turistas. Porém, há preocupação de alguns empresários com a falta de investimento no turismo. Da pousada Pomar de Manguinhos, Mariza Botti, está com todas as suítes reservadas. “Muita gente vai viajar para perto, pois as coisas estão caras. Então apostamos nos turistas capixabas. Em janeiro deste ano já houve uma melhora: a taxa de ocupação foi de 62%, enquanto em 2017 foi de 45%”, explica. Em Nova Almeida, dono de casas para alugar e da Pousada Dalapícola, Paulo Dalapícola, espera contar com a ‘ajuda’ da meteorologia. “Com a chuva dos últimos dias a procura diminuiu, mas já temos 80% de reserva nas casas e na pousada. Acredito que com o tempo abrindo, a procura volte. Neste verão o movimento

aumentou em relação aos últimos anos, a taxa de ocupação cresceu de 30 a 40% e agora não temos a crise da segurança pública, que atrapalhou muito no ano passado”, avalia. O proprietário da Pousada Palmeiras,emEstânciaMonazítica,Jacaraípe, Paulo Roberto Merlo, também espera que o sol volte para melhorar a procura. “Em relação ao ano passado, o movimento melhorou 50%, mas com a chuva as buscas pararam. Estou com 30% reservado para o carnaval e no ano passado a ocupação foi de 100%, mesmo com a crise na segurança. Espero o mesmo para este ano”, diz. Dona da Pousada Dom Diego, em Jardim Atlântico, Jacaraípe, Sandra Pimenta, está menos otimista. “Nesse janeiro a taxa de ocupação foi fraca, tem muita gente optando por alugar casa. Só no réveillon, tive 100% de ocupação. Falta investimento da Secretaria de Turismo. Até o momento tenho reservas de quatro dos sete quartos para o carnaval. Vamos ver se melhora”, conclui. FOTO: FÁBIO BARCELOS

mariza d a pousada Pomar de Manguinhos está com ocupação cheia COMUNICADO A MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A, CNPJ nº. 08.343.492/0134-50, torna público que REQUEREU da SEMMA, através do processo nº 37.958/2015, a Licença Municipal de Operação (LMO), para a atividade de” CONDOMÍNIO RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR – VILA GARDENIA”, na localidade de Rua Recife, nº 276 , Bairro Chácara Parreiral, Município de Serra-ES. COMUNICADO “Camaro Auto Center Ltda - ME”, “CNPJ/CPF n°. 13.620.113/0001-31”, torna público que REQUEREU da SEMMA, através do Processo n°. 88539/11, a Licença LMR, para a atividade de “reparação, retífica ou manutenção de máquinas, aparelhos e equipamentos industriais e mecânicos diversos, inclusive motores automotivos, sem pintura por aspersão, incluindo oficinas mecânicas” na localidade de CASTELÂNDIA, município da Serra – ES. COMUNICADO “ZARUC TECNOLOGIA LTDA”, torna público que Requereu à SEMMA, através do processo nº 7.802/2015, Licença Municipal de Regularização (LMR) , através do processo nº 086/2017 para a atividade de FABRICAÇÃO E/OU MONTAGEM DE MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOS PARA COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA, na localidade de PQ Residencial Laranjeiras, Município de Serra - ES.


Cultura e Lazer

| SERRA (ES), 9 a 16 de fevereiro de 2018 | TN | P7

Banho à fantasia, blocos, shows e até retiro no Carnaval da Serra foto: fábio barcelos

Ana Paula Bonelli

B

anho de mar à fantasia, blocos, shows e até retiro espiritual. O carnaval chegou e na Serra há opção para todos os gostos, tantos nos bairros quanto nos balneários. Em Jacaraípe, a festa começa com o bloco Adrenalina, na sexta (9) a partir das 19h, com show da banda Cheiro Moreno. Do mesmo balneário, o bloco Ratazanas dá o tom da folia de sábado (10) a terça (13), a partir das 17h. Jacaraípe tem ainda no sábado o desfile do bloco Camundongo, das 15h às 18h, com banda de marchinhas Guardiões do Corso. Em Bicanga, tem Jegue Folia e Galo da Praia de sábado a terça a partir das 15h. No domingo (11), o show é de Pedrinho Nó na Madeira Na segunda, tem Motumbaxé. Na terça, a folia terá a bateria da Império de Fátima. A banda Via Aérea toca todos os dias. Em Praia de Carapebus, a animação nos quatro dias fica com o bloco Carapiranha, sempre a partir das 20h.

o bloco pega no badalo, vai animar Feu Rosa, no domingo e na terça-feira

No sábado tem show com Os Jotas. No domingo (11) é Hércules e Banda. Na segunda, tem Tradição Serrana e Mizinho Dussamba. Na terça (13), banda Pizindin. Em Nova Almeida, tem Carnaval de Rua do domingo (11) a terça (13) a partir das 20h. No sábado tem as escolas de samba Tradição Serrana, às 19h e da Império de Fátima, às 21h. No domingo (11) é a vez do bloco Leva Nóis, fazer a farra a partir das 17h com bandas de marchinhas e show

com Pele Morena. Na segunda (12), tem show com Juliana e Rafael e na terça, Lucas e Tiago. Já o banho de mar à fantasia, em Manguinhos, está marcado para o meio-dia de sábado (10). Por lá, desfilam os blocos Perigosas Peruas, Capitão Xaréu, La Conga Sexy, Expomar, Bozó, Guruçás, Tá tudo Bem e Beverli Hills. Outros blocos surpresas devem por as caras no balneário, que ainda terá o bloco das Piranhas a partir das 16h.

Foliões tomam conta das ruas e católicos se reúnem em Carapina Nos bairros, a folia rola em José de Anchieta, com bloco das Piranhas, a partir das 19h, nesta sexta com participação da escola Tradição Serrana e show com Leo Gomes. Em Jardim Bela Vista, a brincadeira será no sábado (10), a partir das 16h, com o pessoal do bloco Segura que eu Empurro com banda de marchinha Orquestra Vitória. Na Serra-Sede, tem bloco Quebra Galho, com participação da escola de samba Império de Fátima, às 20h, na sexta. No domingo, a partir das 17h, tem fanfarra e carro de som. Em Cidade Continental, tem o bloco Acadêmicos de Continental com a banda Orquestra Vitória e trio elétrico no domingo às 20h. Em Serra Dourada III, o bloco da Associação de Moradores desfila às 19h com Tradição Serrana e Denise Pontes. Já na terça são as Moças de Ser-

ra Dourada que animam os foliões a partir das 20h, seguida pelo show de Swing da Guig. Em Central Carapina, o bloco Tô a Toa, começa o furdúncio a partir das 15h do domingo com direito a bateria da Império de Fátima e marchinhas com Guardiões do Corso. Em Feu Rosa, o Pega no Badalo anima o domingo a partir das 19h. No trio elétrico, toca a banda Tarados em Samba. Antes disso, no mesmo dia, só que das 12 às 17h vai rolar open bar ao som de Vinicius DJ, Deejay Junior e Yan e Nikky Paranhoz. Na terça, às 19h, o bloco ganha as ruas do bairro com direito a bateria da Tradição Serrana. Em Planalto Serrano, o bloco Piriguetes desfila na terça a partir das 19h. Na segunda, tem apresentação da escola Império de Fátima, às 19h no bairro. Em Barcelona, o bloco Alegria, se

apresenta a partir das 20h, também na terça com trio elétrico. Por sua vez, a comunidade católica se reúne no Pavilhão de Carapina, local onde acontece o Vinde e Vede. O evento será do sábado (10) até a terçafeira (13), a partir das 7h30. Esta é a 25ª edição e são esperadas 40 mil pessoas durante os quatro dias. Entre as atrações, as bandas Rezza, Alto Louvor, Orem, além do Padre Fábio Cosme. Missas, stand up comedy e apresentações teatrais também vão rolar. O Vinde e Vede é o segundo maior evento católico do ES, perde só para a Festa da Penha.

Império de Fátima dá samba e ganha acesso A Serra terá uma nova escola de samba desfilando no Grupo de Acesso em 2019. Isto porque, a Império de Fátima foi a campeã do Carnaval do grupo B, que seria uma espécie de terceira divisão. No Grupo de Acesso, a campeã foi a Imperatriz do Forte. Da Serra, a Rosas de Ouro ficou em quinto lugar, seguida da Tradição Serrana que ocupou a sexta posição. Com o resultado, Imperatriz desfila pelo Grupo Especial, que reúne a elite das escolas capixabas. No Grupo Especial o título ficou com a Mocidade Unida da Glória, e o vice-campeonato com a Unidos de Boa Vista. A Andaraí ficou em último lugar e passa a desfilar em 2019 pelo Grupo de Acesso. A Mocidade Serrana, que iria desfi-

lar pelo Grupo B, mas acabou não indo para a avenida. A alegação dos dirigentes foi a falta de dinheiro. FOTO: FACEBOOK IMPÉRIO Lukas Schultheiss

casal de m estre sala e porta bandeira da Império no desfile deste ano

Upa’s, disque-silêncio, guarda civil e salva-vidas Os serviços essenciais vão funcionar durante os quatro dias de Carnaval. Os serviços de urgência e emergência, como UPA de Carapina, UPA de Serra-Sede e Maternidade de Carapina trabalharão normalmente com plantão 24 horas. O serviço de coleta de lixo está mantido, de acordo com os horários de cada bairro, e o funcionamento dos cemitérios também, de 8 às 17 horas. O Serviço Especializado em Abor-

dagem Social vai realizar rondas de 8h às 20 horas, podendo ser acionado pelo telefone 9 9517-7869. Já o DisqueSilêncio e Denúncia Ambiental vão funcionar no feriado de 7h às 2 horas, pelos telefones 0800-283-9780 e 99951-2321. Defesa Civil, serviço de guarda-vidas, agentes de trânsito e guarda civil municipal também vão funcionar. As informações são da assessoria de imprensa da Prefeitura da Serra.

Policiamento reforçado e banheiro químico Já a segurança nos balneários e bairros durante o Carnaval será reforçada, segundo a Polícia Militar. Segundo a assessoria de imprensa desde o dia 26 de dezembro a corporação deu início a Operação Verão. Ao todo, 1.820 policiais militares estão atuando em todo litoral capixaba, por dia. O policiamento é feito de todas as formas; viatura, a pé e bicicleta. Para os dias de Carnaval, ainda,

haverá um acréscimo de mais 480 militares, que totalizarão 2.300 homens atuando durante todo o dia. Além do patrulhamento ostensivo, acontecerão blitze e abordagens. Segundo a Prefeitura da Serra, a organização do trânsito vai ficar por conta da Polícia Militar e dos agentes municipais de trânsito. Por meio de nota, também disse que haverá banheiro químico nos locais onde desfilam os blocos.


P8 | TN | SERRA (ES), 9 a 16 de fevereiro de 2018 |

Geral

Assassinatos continuam aumentando em 2018 FOTO: DIVULGAÇÃO

Thiago Albuquerque

O

número de assassinatos em 2018 na Serra segue a tendência de aumento verificada em 2017. Em janeiro 24 pessoas foram mortas na cidade, crescimento de 41% em relação ao mesmo mês do ano passado, que teve 17 casos. Em todo 2017, aconteceram 311 assassinatos na Serra, aumento de 16% em relação a 2016. Os números confirmam a Serra como a cidade mais violenta do Espírito Santo, posição que ostenta há mais de duas décadas. Em segundo no ano de 2017, vem Cariacica com 179, Vila Velha com 161 e a capital Vitória com 86 casos. A Grande Vitória (que também inclui Guarapari, Viana e Fundão) registrou 815 mortes, sendo a Serra responsável por 38% delas. Em todo o Estado foram 1403 homicídios, número 18% maior que os 1181 casos registrados em 2016. Em 2015 foram 1391; em 2014 foram 1.693 e 2013 foram 1564. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pú-

Ponto de encontro dos moradores do município, o Parque da Cidade vai receber um evento de dar água na boca e que também pode ser uma boa oportunidade de negócios para quem produz comida. É o Festival Serra Gourmet, que entre os próximos dias 15 e 18 de março vai oferecer doces, picolés gourmets, comida mexicana, comida japonesa, pizza, hambúrguer artesanal, cerveja artesanal em bikes e food trucks. O evento contará com atrações culturais, como grupos de performances e shows musicais. As programações ainda serão divulgadas pelos organizadores, que projetam receber oito mil pessoas por dia. Esta será a terceira edição do festi-

val e trará como novidade ações empreendedoras. O publicitário e produtor cultural Rodrigo Rosa, diz que a ideia é consolidar o Festival Serra Gourmet como alternativa de entretenimento gastronômico e visibilidade empresarial para o município serrano. “A gente quer estabelecer uma conexão do Sebrae com os participantes do evento, além de contar com a participação de grandes empresas. Várias ações irão acontecer dentro do parque. Faculdade interagindo com o público, sorteio de brindes, empresas de saúde, entre outros. Vai ser um grande encontro pra fazer negócio, divulgar as marcas”, explica Rodrigo. foto: divulgação

ASSASINATO de jovem em condomínio de Ourimar em novembro do ano passado

blica e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp). Portanto, havia uma tendência de queda nos assassinatos nos últimos anos que acabou interrompida em 2017, que foi marcado pela grave crise na segurança em fevereiro com o aquartelamento da PM.

A assessoria de imprensa da Sesp lembrou que o órgão só contabiliza as vítimas que morreram no local do assassinato, não entrando nas estatísticas os feridos que perdem a vida nos hospitais por complicações de saúde posteriores decorrentes da violência sofrida.

Garagem de condomínio da Lorenge segue interditada Segue interditada pela Defesa Civil da Serra a garagem de subsolo do condomínio Villagio Limoeiro, em Jardim Limoeiro. A interdição é por conta do risco de desabamento do local apontado pelo órgão, que vistoriou o local na semana passada e constatou desnivelamento da laje; vedação ruim de junta, o que gerou alagamentos, além de vigas mal projetadas. A construtora Lorenge é a respon-

Gastronomia vai estimular negócios no Parque da Cidade

sável pelo Villagio Limoeiro, que foi inaugurado em dezembro de 2013. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura, a empresa já apresentou o laudo e iniciou o serviço de reparo. Já a assessoria de imprensa da Lorenge garantiu que não há risco de desabamento. Enviou uma nota com a resposta técnica da engenheira Cristiane Signorelli Cribari, onde diz não ser necessário escoramento do local.

A nota acrescenta que o que foi visto pela Defesa Civil e pelos próprios técnicos da Lorenge foi uma “espessura de laje diferente dando a impressão visual de ser um desnível no teto”. Diz ainda que em função disso “a avaliação técnica feita por especialista afasta todas as hipóteses de risco de colapso estrutural”. Por fim, afirmou que a empresa está monitorando a situação.

a expectativa d os organizadores é levar 8 mil pessoas por dia ao evento

febre amarela e dengue Os dois casos suspeitos de febre amarela que foram registrados semana passada na Serra continuam sob investigação. Enquanto isso, a vacinação contra a doença continua nas 38 unidades de saúde do município. E com as últimas chuvas há também preocupação com a proliferação do mosquito causador da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti. Para isto a prefeitura da Serra vem aplicando inseticidas em regiões estratégicas e utilizando mais de 1.100 armadilhas para capturar o inseto. Já a febre amarela é transmitida pelos moquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que vivem em área rural. A última vez que houve registro desta doença transmitida pelo Aedes foi em 1942 no Brasil.


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