Corrida da Infantaria
Dona Aurora De olhar doce e bom humor
Em comemoração à Semana da Infantaria, o 5º Batalhão de Infantaria Leve realizará no próximo dia 25 de Maio a “Corrida da Infantaria”. Serão realizadas duas largadas, uma na categoria masculina com percurso de 6km e outra para as categorias feminino e infantil com percurso de 3km. As largadas serão em frente ao Batalhão e a concentração está marcada para as 08h30 no Estádio Sargento Antônio de Pádua, situado em frente ao 5º Batalhão de Infantaria Leve. Inscrições abertas em frente ao 5º BIL até o dia 24 de maio, no período das 08h00 às 16h30, sem custo. ORLANDO GIUVENDUTO JUNIOR - Ten Cel Comandante do 5º BIL
“O coração das mães é um abismo no fundo do qual se encontra sempre um perdão” Honoré de Balzac
Ricardo Mendes
Dona Aurora Oito filhos, 16 netos, 18 bisnetos e 06 tataranetos. Uma dádiva de Deus e conquista, para poucas pessoas. Do outro lado, ter uma bisavó ou quiçá uma tataravó é privilégio de poucos, mais ainda quando essa pessoa ostenta quase um século de vida e estampa uma lucidez invejável. De olhar doce e bom humor, é assim que se apresenta Dona Aurora Mendonça da Silva, nascida em 21 de abril de 1917, “as 12h40min”, diz com orgulho, sendo natural da cidade de Queluz/SP. Do alto dos seus 99 anos, ela exibe uma vitalidade expressiva, falando com orgulho das tarefas de casa que realiza até hoje, como limpeza, cuidar das plantas e das suas próprias roupas. “Não cozinho porque eles (filhos) não deixam!” Ofício que Dona Aurora já o fez por longos e longos anos e alimentou não somente os filhos, mas netos, cunhados, sobrinhos e muitos familiares, pois sempre esteve de braços abertos para recebê-los, mesmo com as dificuldades imposta pela vida. A dança hoje faz parte da sua rotina semanal, frequenta Centro de Convivência da Terceira Idade e Academia da Memória, onde também tem a oportunidade de praticar esporte (40 minutos de bicicleta e alongamentos), além de “trocar ideias” com os amigos. Nesses mais de 13 anos assídua no Centro de Convivência da Terceira Idade colecionou vários aprendizes onde ensinou bordado e fuxico, hoje limitada pela visão (que já operou) não ensina mais e lamenta “mas parece que a idade vai passando e vai piorando”, brica. Com o brilho nos olhos e a voz vivaz, ela narra com riqueza de detalhes as marcas cravadas na memória, de momentos difíceis vividos na infância de poucos recursos, ao sete anos passando pelo acidente na pedreira sofrido pelo pai; ao início prematuro no trabalho na lavoura de café para ajudar no sustento da família... Nessa longa caminhada, a quase centenária Aurora relembra momentos marcantes como a época em que trabalhava de cozinheira, já residindose em Lorena, onde reinava o fogão a lenha, partindo as toras de lenha na cunha e marreta. Ao rememorar o capítulo de sua vida onde conheceu o companheiro conhecido como Caetano Polícia,com quem viveria por décadas, mergulhamos em um relato de amor, digno de filme romântico, onde a anfitriã nos conta que: “ele ia ‘sentar praça’ em São Paulo e queria que eu esperasse ele por dois anos, no fim eu esperei por oito anos, foi um dia aqui na festa de Nossa Senhora Piedade... eu tinha namorado, aí vi ele, aí larguei do outro e casei com ele”. Católica, frequenta todos os domingos a Missa na Paróquia de Cristo Rei. Relata com orgulho que foi uma das precursoras do nascimento da Canção Nova, onde se reunia com um grupo de orações, juntamente com o Padre Jonas Abib para levar a palavra de Deus. Para o segredo da vitalidade com lucidez, Dona Aurora relembra quatro anos atrás, quando o Padre Pedro Cunha perguntou-lhe o que ela fazia com essa idade e ela respondeu: “eu não faço nada, mas já fiz”. Sendo assim, o Jornal Vale Vivo presta homenagem à todas as Mães, através deste exemplo de doçura e sabedoria, dona Aurora... Feliz Dia das Mâes! Ricardo Mendes Homenagem do Jornal Vale Vivo
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