Edição 242

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Entretenimento e Conhecimento

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“Você bloqueia o seu sonho quando você permite que seu medo fique maior que a sua fé.” (Mary Manin Morrisey)

Educadora Existe muita diferença entre “virar a página” e “cruzar os braços”. Eu pensei que ia falar de Antônia Odete e no final das contas ela foi falando, contando sua história e eu nem tinha mais o que dizer, porque já estava tudo dito. Então passo a palavra: “Eu comecei a dar aula em 2002, aulas eventuais no Arnolfo Azevedo. Trabalhei no Miquelina Cartolono, Luiz de Castro Pinto, Regina Bartelega, Francisco Marques. Todos em Lorena. Em 2007 comecei no Severino Moreira Barbosa, em 2018 eu fui para o Oswaldo Cruz. Em Cruzeiro. Mas a minha história com a educação e com a Literatura começou muito antes. Ainda na escola, sofria muito com a discriminação racial, era agredida constantemente com brincadeiras maldosas. Eu era criança, tinha em torno de 10 a 11 anos. E o diretor na época, para me proteger, me colocava na biblioteca, onde comecei a viajar nos livros, a me encantar pelos poemas. Me refugiava nos livros, conversava pouco e tinha muita dificuldade com a escrita. Aos poucos fui deixando de querer ter contato com as pessoas, como bicho vivia acuada, agredia todos. Quando fui para o ensino médio conheci uma professora que mudou de vez a minha história, Professora Ester Rocha, me apresentou os clássicos e me desafiou a adaptar os livros e peças teatrais. No teatro os personagens ganhavam vida. Fiz amigos e descobri a paixão pela literatura e daí veio o desejo de fazer para outros o que fizeram por mim. Mostrar a beleza do mundo através da literatura. Além disso, Ester levou os escritores da região para sala de aula. Ouvi uma declamação pela primeira vez, o poema Vida de Cachorro de Ildebrando Pereira da Silva. Quando o vi declamando, quis declamar tão bem quanto ele. Isso me fez mostrar os poemas que escrevia e participar do concurso de poesia e declamação Péricles Eugênio da Silva Ramos e ganhei o primeiro lugar. Esse prêmio me fez conseguir uma bolsa no curso de Letras na Fatea. Então eu digo que devo tudo à literatura. Ela mudou a minha vida e eu busco mudar a vida de outros através dela. Desde então assumi esse compromisso com a história do aluno, mostrar novos horizontes através da educação. No Arnoldo trabalhei bastante com Teatro e declamação. Quando sai de lá fui para o Severino no melhor lugar, uma sala de leitura. Procuro sempre valorizar os escritores regionais, destacar a importância da leitura, realizar eventos culturais como: encontro com escritores, sarau, roda de leituras. Bom, a minha história não é muito interessante, mas é movida pelo amor.” Acho que histórias interessantes são essas, as movidas pelo amor. Júnia Botelho Homenagem Jornal Vale Vivo

Lorena

Divulgação

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Antônia Odete Silvino

Daniel Munduruku

Cidadão Honorário de Lorena. Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República - a maior honraria que se pode conceder a um cidadão brasileiro no âmbito da cultura. Escritor, professor, filósofo, doutor em educação pela USP. Membro da Academia de Letras de Lorena. Duas vezes ganhador do Prémio Jabuti. Pré-candidato a prefeito de Lorena.

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Silveiras tem primeira semana de julho com aumento de 1.400% em casos confirmados da Covid-19

Canas teve 200% de aumento e Aparecida e Pinda tiveram aumentos acima de 50%

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Ricardo Mendes/Jornal Vale Vivo

‘Lorena Vamos Lá’

Prefeitura anuncia programa com foco em obras de infraestrutura Página 05

Cruzeiro relembra Revolução de 32 com homenagens Página 05

Com a promessa de não haver desapropriação, CONSEMA avança criação do MoNa Mantiqueira Paulista Página 06

POLÍCIA

Força Tática do 23°BPM/I prende foragido da Justiça em Aparecida

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