Edição 245

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Adyr dos Santos Capucho

Capital da Fé abre Centro de Enfrentamento Covid-19 para atendimento Página 04

“Seja o teu sim, sim. O teu não, não. O que passar disso é do Maligno” Mateus 5, 37

Foto: Silvia Rezende

Eder Brazolin

“Ela é um espelho para as pessoas”* *Fala de seu neto, Elbinho Dona Adyr é uma mocinha muito simpática, sempre sorridente. Nasceu num domingo de carnaval, ô coisa boa! E nesse dia 25 de fevereiro de 1925 só se falava no desfile do Belo Pavão. Uma escola de samba, um bloco, um boneco, um carro alegórico, sei eu? Era Belo. Era Pavão. E era para o nascimento de dona Adyr. Como muitas mulheres de sua época, deu um passinho de lado para que seus irmãos tivessem o seu espaço. Teve 10 filhos e foi a mãe e a esposa que se esperava que fosse. Do lar. Talvez fosse difícil imaginar a vida de outra forma, sem seu marido e sem seus filhos. Ela mal tinha o ensino fundamental, chamado de ginásio, e vinha de uma família tradicional, muito cristã. Exemplo disso é a promessa de sua mãe que precisou cumprir quando saiu ilesa dos perigos da revolução de 1932: passar um ano se vestindo de branco. A família era a base de tudo. Mas ela lê muito, sempre leu. Quando, aos 69 anos, ela perde o marido, os filhos já grandes, decidiu que tinha ainda muita força, energia, otimismo e uma grande capacidade de dirigir sua vida, de fazer o que quisesse. Era 1994. Início de um mundo novo, com novas tecnologias, ano em que foi lançado o plano real, a nova moeda do Brasil que veio para substituir o cruzado, ano em que o Brasil foi tetracampeão do mundo. E não por acaso, foi o ano em que foi elaborado um relatório, atualmente ratificado por 179 países, que traçou as iniciativas no âmbito da sociedade civil para assegurar a igualdade, os direitos, a educação, a saúde, o ambiente e a redução da pobreza. Ainda em 1994 foi aprovada uma agenda cujos conteúdos colocavam os diversos governos no mais elevado compromisso com as expectativas das organizações e dos movimentos de mulheres e feministas, de juventudes, da diversidade sexual, pela liberdade religiosa, contra todas as formas de discriminação. E neste contexto, o que fez dona Adyr? Quis voltar a estudar e chegou ao ensino médio. Quis aprender a dirigir e passou em dois exames, mas não liberaram sua carta. Só porque ela já tinha 72 anos, ora vejam só! Mas até mais de 80 anos ela pegava o carro e ia para a fazenda. Mesmo depois dos 80. Hoje não mais. Quis ver o mundo e conheceu alguns países; aos 86 anos, Portugal foi um deles. E não faria isso aquela que, juntamente com o Percy, foi a primeira pessoa a tomar a penicilina, mesmo que esta não tivesse ainda sido definitivamente aprovada? Quem não tem medo da morte não tem medo do mundo. Ela foi em frente, e continua participando da vida. Porque, aos 95 anos, ainda gosta de aprender. Júnia Botelho Homenagem Jornal Vale Vivo

Após mais de 20 anos de espera, famílias do Cecap de Lorena conquistam escrituras de imóveis Página 05

A partir da esquerda, Secretário de Obras e Planejamento Urbano, Marcos Anjos; Secretário Executivo da Habitação do Estado de São Paulo, Fernando Marangoni; Prefeito Municipal, Fabio Marcondes; Vice-Prefeita, Marietta Bartelega e Vereador Beto Pereira

MoNa Mantiqueira Paulista continua gerando preocupação para moradores e produtores

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Polícia Rodoviária Federal

POLÍCIA

PRF apreende quase um milhão de reais em fundo falso de carro de luxo em Pinda

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Potim cria site cooperativo gratuito para comércio local Página 04

Prefeitura de Cruzeiro entrega nova sede do Nasce Página 04


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