Edição 286

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GENTE QUE FAZ

Irany e Antônio Antônio e Irany “Feliz aquele que aprende o que ensina e transfere o que sabe” - Cora Coralina

FOTO: Olavo Guimarães

Irany e Antônio Antônio e Irany

Quem não conhece esse casal simpático que sorri o tempo todo um pro outro e o outro pro um? Conheceram outras pessoas, se casaram, viajaram, tiveram vidas completamente diferentes para se encontrar porque o que tem que ser, é. Eu os conheci cantando, ele com um vozeirão de barítono, ela com uma vozinha de sopranino estou usando a classificação da flauta doce, porque ela tem um timbre belo e brilhante, sonoro e uniforme, rico e expressivo. Cantar não é somente se expressar em música, mas expressar a música em harmonia. Eles não nasceram em Cachoeira Paulista, mas estão aqui há muito tempo, não sei quantos anos, já perguntei algumas vezes, isso não importa! Eles ainda têm sotaque, uns erres ainda meio arrastados, uns esses meio longos, que não identificam mais sua origem, porque são daqui, do meio de nossa gente, arraigados em nossa terrinha. Vê-los sempre de mãos dadas por onde vão, um casal que o tempo não separou e que parece ainda tão enamorado porque tão bons amigos, os melhores do mundo, eu me arrisco a dizer. Sempre um gesto delicado um para o outro, uma frase simples, mas carinhosa. O que aconteceu com o mundo? Por que temos tão poucos Iranys com Antônios e Antônios com Iranys? Que não confundem generosidade com sacrifício nem dom com manipulação. Vimos muito pouca empatia nesses dois longos anos de pandemia, estamos vendo muito egoísmo nesses tempos de guerras e violências. Precisamos de alguns oásis e de pessoas que se amem porque se amam, sem mais. Porque sim. Ser feliz juntos, ter prazer em estar, tecer uma ligação sólida de cumplicidade, pois qualquer contrato de casal se baseia em ideais amorosos : oferecer seu tempo, dar sua atenção, cultivar os belos gestos, em resumo, cuidar do outro. Em italiano “eu te amo” se diz “ti voglio bene” - eu te quero bem. Uma bonita fórmula que não evoca a paixão louca, mas o amor em sua dimensão mais altruísta, mais generosa e também a mais idealista. A que se acredita tão indissociável do amor que parece uma evidência. Amar significa querer o bem do outro, como poderia ser de outra maneira ? A não-guerra talvez deva começar por exemplos como Iranys e Antônios, Antônios e Iranys... Júnia Botelho Homenagem Jornal Vale Vivo

07 a 20 de maio de 2022

ANO XI Foto Ricardo Mendes Jornal Vale Vivo

Edição 286

Casal de idosos se unem sob as bênçãos de Deus na cidade de Lorena Um enlace matrimonial emocionante, testemunhado por parentes e amigos e abençoado pelo diácono João Márcio de Faria, no dia 30 de abril. Dona Benedita, 69 anos, estava irradiante de felicidades. No dia 04 de maio, recebemos a triste notícia do seu falecimento. Página 07

Professores reivindicam valorização e melhorias em escolas de Lorena Foto Felipe Rodrigues

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ELEIÇÕES 2022:

Vale do Paraíba pode eleger um Deputado Federal de Guaratinguetá Página 03

AUDIÊNCIA PÚBLICA EM CANAS Página 03

Lançamento de Livro reúne autoridades políticas de Roseira e Aparecida Página 04


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