Edição de dezembro

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Autárquicas 2017 Conheça o futuro dos autarcas da CIM Douro

P. 12 e 13

Reportagem VivaDouro Linha do Tempo: Fique a conhecer os eventos marcantes no Douro em 2016 P. 6 e 7

Douro Carlos Silva

Eduardo Ferreira

Sernancelhe

Moimenta da Beira

José Maria Costa

Maria Céu Quintas

Murça

Freixo de E. Cinta

15 Anos de Douro Património Mundial P. 11

Especial Natal Como se passa o Natal nas instituições sociais?

> P. 16 e 17 Promo Família

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2 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Editorial

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário

Caros leitores, “Está na altura de reconstruir as relações entre as pessoas e os seus líderes”. É uma das principais ideias que o Português António Guterres, eleito e empossado Secretario Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou no seu discurso aos representantes de quase 200 países. Para concretizar esta ligação de forma a evitar os extremos, só há duas maneiras: educando melhor as pessoas e escolhendo melhor os líderes. Neste caso o mundo fez uma boa escolha, Guterres tem condições únicas para ser a pessoa certa no momento certo na posição certa! Se há algum risco é a expectativa muito elevada de todos, que vai inevitavelmente ser frustrada um dia ou outro. Um bom trabalho de Guterres Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Salomé Ferreira (TP-2313) Ana Portela Departamento comercial: Ana Pinto Tel.: 910 165 994 Serafim Ribeiro Tel.: 910 600 079 Sofia Lourenço Tel.: 917 120 684 Paginação: Bruno Duque Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Colaboradores: António Costa, António Fontainhas Fernandes, Emídio Gomes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Caldas, Sandra Neves e Silva Fernandes. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org

Próxima Edição 25 de janeiro

resultará num mundo melhor para todos. Espero que assim seja. Um bom mundo resulta de certeza em melhores resultados para a região. A dependência que temos dos mercados internacionais nas nossas principais culturas é enorme. E se é verdade que precisamos de um mundo melhor para melhor colocar os nossos produtos também é verdade que um mundo melhor resulta em pessoas mais felizes. Mais próximas dos líderes. Mais capazes de atuar. Mais proactivas e menos dependentes. E a região bem precisa dessas pessoas….. Num ano em que vamos ter eleições autárquicas, importantíssimas para a região pois são os autarcas aqueles que nos representam, devemos procurar que as forças partidárias encontrem as melhores pessoas, os melhores lideres, para que possa a região prosseguir no caminho do desenvolvimento e da melhoria da qualidade de vida das populações. Com isso, por isso e para isso, um BOM NATAL e um excelente 2017 para todos os leitores do VivaDouro!

Bom Natal Feliz Ano Novo

Sumário: Breves Páginas 4 e 5

“Alto Douro Vinhateiro - 15 anos”

Reportagem VivaDouro Páginas 6 e 7 Vila Real Páginas 8, 9 e 14 Destaque VivaDouro Páginas 12 e 13 Especial Natal Páginas 16 e 17 Vários Concelhos Páginas 10, 11, 15, 18 a 27 Cooperativismo Página 28 Opinião Páginas 29 e 30 Lazer Página 31

Luís Braga da Cruz Engenheiro Civil

Faz 15 anos que a UNESCO inscreveu o Alto Douro Vinhateiro na lista indicativa do Património Mundial, na categoria de “Paisagem Cultural”. Esta categoria corresponde a uma evolução na ambição da UNESCO preservar as realizações do homem que, de carácter excepcional e único, não correspondem apenas a bens edificados: templos, mosteiros, palácios, centros urbanos históricos. As paisagens culturais incluem cenários naturais, já de si impressivos, que foram objecto de uma intervenção humana singular. No Alto Douro Vinhateiro, a paisagem cultural está associada à actividade vitícola e, neste sentido, todas as expressões relacionadas com esta actividade e com os valores da população que construiu esta paisagem, adquiriram uma importância simbólica por contribuírem para a compreensão do cotexto em que a viticultura se desenvolveu e consolidou. Na do Região Demarcada do Douro, o Alto Douro Vinhateiro corresponde a cerca de 10% da área total tratando-se da parte mais impressiva, em que a representatividade da evolução histórica e das diferentes tipologias de vinha é maior, conferindo o valor universal excepcional, ao encontro dos critérios da UNESCO e que determinaram a sua inscrição na Lista do Património Mundial. Como se trata de uma paisagem humanizada é, por definição, evolutiva e viva. Estará nesse atributo o maior apelo à responsabilidade dos que se reveem no Douro. É que o Alto Douro Vinhateiro está submetido a uma permanente mudança e tem de conciliar a crescente procura externa por parte dos que são atraídos pela qualidade da sua paisagem e daqueles que vivendo no Douro, e do Douro, acham que não são suficientemente compensados por serem os guardiões de tais valores patrimoniais. Sendo os indicadores de prosperidade bastante inferiores aos da média nacional, os durienses reclamam com justiça mais oportunidades de desenvolvimento e sentem-se credores de maior solidariedade nacional. A inscrição do Alto Douro Vinhateiro na Lista do Património Mundial contribuiu muito para uma maior visibilidade dos seus recursos e para que fosse feita justiça à qualidade do seu território, proporcionando novas dinâmicas económicas e culturais. O conhecimento e a inovação também atingiram o Douro e têm contribuído para um padrão de exigência muito elevado. No Douro está a construir-se um ambiente de exigência em que as oportunidades de desenvolvimento social e económico têm de corresponder a um maior valor acrescentado. Um dos maiores desafios cabe aos que estão a formar as novas gerações que vivem no Douro e que terão de ser os futuros zeladores dos seus atributos de excepcionalidade. É que foram esses atributos que levaram a sua região a ser tão importante, em termos de herança da Humanidade, como “as Pirâmides do Egipto ou a Muralha da China”, conforme há 15 anos me dizia um dos responsáveis da UNESCO que apreciou a nossa candidatura!


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Desejo a todos os filhos desta magnífica “Porta do Douro” um santo Natal e um 2017, com muita saúde e esperança Alberto Pereira Presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio

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4 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Breves FOTO: DR

Município de Carrazeda de Ansiães oferece produtos regionais a quem fizer compras de natal no comércio tradicional

Município de Vila Real apoia a fundação MAKE-A-WISH

Mercado a Gosto promove venda de produtos regionais e artesanato O Mercado Municipal de Torre de Moncorvo recebe, durante a quadra natalícia, mais uma edição do Mercado a Gosto de Natal. O mercado está aberto nos dias 9 e 23 de Dezembro das 08h00 às 17h00, nos dias 10, 16 e 17 das 10h00 às 17h00, e no dia 24 de Dezembro das 10h00 às 13h00.

Concerto de Natal em Penedono O tradicional Concerto de Natal, interpretado pela Orquestra Clássica do Centro, abriu as festividades da quadra natalícia promovidas pelo município de Penedono. O Concerto de Natal realizou-se a 11 de dezembro no Auditório Municipal do Cine Fórum de Penedono, onde se ouviram as “mais belas” canções de natal bem como outros temas clássicos, orientados pelo maestro José Eduardo Gomes.

Arrancou a construção do Parque Verde de Torre de Moncorvo A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo iniciou a construção, da 1ª fase, do Parque Verde. Situado na Quinta da Judite tem uma área de implentação de 2,5 ha, que se concretizará em duas fases. O projeto contempla um investimento de 312.284,07€, comparticipado em 265.146,86€ pelo Fundo do Baixo Sabor.

Eco Natal em Vila Real FOTO: DR

O município de Vila Real, no âmbito das atividades de animação natalícia promoveu, pelo terceiro ano consecutivo, com o apoio de toda a comunidade escolar da rede pública e privada, um ECO-NATAL. Trata-se de uma iniciativa que procura, por um lado sensibilizar a população vila-realense para a Educação Ambiental e Sustentável, e por outro criar a tradição de decoração das montras do comércio tradicional e de outros espaços considerados emblemáticos.

Orquestra do Norte protagonizou concerto de Natal na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo

FOTO: DR

O município de Vila Real, sensível à missão da Fundação Make-a-Wish, promoveu o envolvimento das Escolas da rede pública e privada e de todos os Agrupamentos de Escuteiros de Vila Real no apoio a esta causa. Procurando dar sentido à máxima da Fundação Make-a-Wish, “Quando as estrelas brilham, os desejos ganham vida!” foram angariados 2500€ com a venda de pequenas estrelas que serviram para decorar uma árvore de Natal, com 21 metros, que foi colocada na Praça da Nossa Senhora da Conceição.

Com o intuito de dinamizar o comércio local, o Município de Carrazeda de Ansiães vai lançar, entre os dias 9 e 31 de dezembro, um conjunto de ofertas para quem fizer compras no comércio tradicional. Para este efeito os consumidores têm de reunir no mínimo 5 faturas de diferentes estabelecimentos comerciais e entrega-las até ao dia 8 de Janeiro na Loja Interativa de Turismo. Quem acumular faturas no valor de 150 euros recebe uma garrafa de vinho e dois quilos de maçã; 250 euros dão direito a uma garrafa de vinho, uma garrafa de azeite e três quilos de maçã e 400 euros a uma garrafa de vinho, uma garrafa de azeite e cinco quilos de maçã. Estas ofertas estão limitadas aos 2.500 euros de produtos adquiridos aos produtores locais de maçã, vinho e azeite. Esta medida de apoio e incentivo tem o duplo objetivo de ajudar a produção local e estimular o consumo no comércio da vila de Carrazeda de Ansiães.

Assinado contrato para arranjo da EM 585 e EN 333 O Município de Alijó, contratou no mês de novembro mais uma empreitada, desta vez para a limpeza e arranjo de bermas e valetas na EM 585 e da EN 333 a Casal de Loivos, passando por Vilarinho de Cotas. Esta obra, avaliada em 99.239,06€, acrescido de IVA à taxa em vigor, deverá ser executada no prazo de cinco meses e será efetuada pela firma Socorpena, Construções e Obras Públicas, Lda.

Ação de informação da Resinorte junto da comunidade escolar A Resinorte, com o apoio da Câmara Municipal de Mesão Frio, promoveu no dia 29 de novembro, junto da comunidade escolar do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade, uma ação de informação e de sensibilização para a educação ambiental, para a separação multimaterial e para a valorização dos resíduos urbanos.

Propostas da Câmara Municipal em tempo de férias escolares A Câmara Municipal de Armamar preparou para a época das férias escolares de natal programas de animação para os mais novos. As iniciativas são o Natal Férias Desportivas entre os dias 19 e 23 e as Oficinas de Natal na Biblioteca Municipal, de 19 a 22. As Férias Desportivas serão marcadas por atividades indoor, como sejam: ginástica, torneios de futsal e andebol, uma viagem a Viseu com visita a uma pista de gelo e insufláveis, entre outras.

Município de Foz Côa é Autarquia Mais Familiarmente Responsável Pelo 5º Ano Consecutivo FOTO: DR

FOTO: DR

No âmbito do programa “Música no Douro Superior” realizou-se na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, no passado dia 11 de Dezembro, um Concerto de Natal com a Orquestra do Norte.

No dia 7 de Dezembro, Vila Nova de Foz Côa foi distinguida, em Coimbra, pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis com a “Bandeira Verde com Palma”, insígnia reservada apenas às autarquias que conseguem manter ou incrementar as suas políticas de apoio às famílias três ou mais anos consecutivos.


VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Breves FOTO: DR

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Vila Real “autarquia+familiarmente responsável”

O Natal já chegou a Tarouca

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O espírito natalício já invadiu Tarouca e a autarquia preparou um conjunto de atividades e iniciativas para esta quadra festiva. Pela terceira vez, o Mega Presépio em Movimento volta a estar exposto, junto à Rotunda do Mártir, entre 7 de dezembro e 10 de janeiro. Cerca de 250 figuras, distribuídas por 65m2, onde se podem verificar especificidades do quotidiano tarouquense tornam esta exposição única, que anualmente atrai centenas de visitantes.

A Câmara Municipal de Vila Real foi distinguida, uma vez mais, como “Autarquia + Familiarmente Responsável”, título atribuído pelo Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis (OAFR). A Bandeira Verde, símbolo desta distinção, foi entregue ao Município de Vila Real, no dia 07 de dezembro, numa cerimónia que decorreu na Associação Nacional de Municípios, em Coimbra.

Assembleia Municipal do Peso da Régua aprovou taxas para 2017

Presépios ao Ar Livre no Centro Histórico da Vila de Torre de Moncorvo FOTO: DR

A Assembleia Municipal do Peso da Régua aprovou por maioria a proposta apresentada pela Câmara Municipal para fixação da taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis, derrama e I.R.S. para 2017. O apoio ao desagravamento fiscal das famílias reguenses mantem-se. À semelhança do ano transato, por proposta da Câmara Municipal, foi aprovada uma redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis em função do número de dependentes que compõem o agregado familiar.

Festa de Natal do Pré-Escolar em Mesão Frio FOTO: DR

Até dia 11 de janeiro está patente, no centro histórico e área urbana da vila de Torre de Moncorvo, uma exposição de presépios, elaborada pelas Juntas de Freguesia do concelho. No total são 13 presépios que podem ser apreciados pelos visitantes nesta quadra natalícia.

Orçamento de Murça aprovado sem votos contra

Visita da Ministra da Administração Interna a Sabrosa Em visita a Sabrosa, a Ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, a convite do Presidente da Direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Provezende, visitou as instalações dos Bombeiros de Provesende onde manifestou sensibilidade e disponibilidade em atender aos problemas apresentadas pela corporação, reconhecendo carências a nível estrutural, logístico e de meios operacionais.

Penedono transformou-se em Aldeia Encantada de Natal FOTO: DR

Casa cheia no Primeiro Sarau Solidário da CPCJ de Murça No dia 10 de dezembro, o Auditório Municipal de Murça acolheu o primeiro Sarau Solidário da CPCJ Comissão de Proteção de Crianças e Jovens. Esta iniciativa contou com a participação de sete grupos convidados que deram um brilho especial e contribuíram para o sucesso deste evento

Dia Nacional do Pijama em Santa Marta O Dia Nacional do Pijama veio mais uma vez preencher os corações solidários de Santa Marta de Penaguião. O Fórum de Atividades recebeu as crianças, vestidas a rigor, dos jardins-de-infância, pré-escolas e escolas de 1º ciclo, públicas e privadas do concelho para uma tarde de muita brincadeira.

Município de Vila Real leva contadora de histórias às escolas FOTO: DR

Nos dias 17 e 18 de dezembro, Penedono transformou-se na Aldeia Encantada de Natal, um lugar mágico especialmente pensado para as crianças mas com diversas atividades dedicadas a toda a família, numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal.

FOTO: DR

O presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, os presidentes das Juntas de freguesia do concelho e a direção do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade estiveram presentes, durante a manhã de 15 de dezembro, no centro escolar, para participarem na festa de Natal e assistirem ao espetáculo interpretado pelas crianças do Ensino Pré-Escolar.

As Grandes Opções do Plano e Orçamento da Câmara Municipal de Murça para o ano 2017, foram aprovadas em reunião do executivo municipal e em reunião de Assembleia Municipal do dia 24 de novembro. O Orçamento do Município de Murça para o ano 2017 será de 7.990.578,00€, traduzindo um aumento de cerca de 0,56% relativamente a 2016.

Câmara Municipal aprovou Carta de Princípios A Câmara Municipal aprovou por unanimidade a Carta de Princípios e Normas de Participação do Orçamento Participativo a implementar no ano de 2017. O Orçamento Participativo do Município de Peso da Régua é uma iniciativa da Câmara Municipal que pretende aprofundar a recolha de contributos das instituições e dos cidadãos, na discussão e elaboração do orçamento público municipal.

Este Natal o município de Vila Real presenteou todas as crianças e alunos que frequentam os estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico da rede pública com a visita de uma “Contadora de Histórias”.


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Reportagem VivaDouro

Linha do tempo: conheça os acontecimentos m

Na útima ediçaõ do ano o VivaDouro foi perceber, junto dos vários municípios, os momentos que marcaram o ano de 2016 em cada um d nicipal do Douro ao longo do ano.

Lamego

Moimenta da Beira

Abertura ao trânsito da Circular Externa do Parque Industrial, complementada com a ampliação do parque Industrial

Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios

S. João da Pesqueira Sabrosa

Inauguração Oficial do Espaço Miguel Torga por Marcelo Rebelo de Sousa.

Junho

Re po Naci

Julho

Realização da 14.ª edição da VinDouro

Agosto Setemb

Carrazeda de Ansiães

Casa dos Cantoneiros, foi transformada numa “Wine House”

Murça

Anunciada Reabertura do Tribunal

Sernancelhe

Freixo de Espada à Cinta

Aprovação do projeto para requalificação da zona do Castelo

Município e Bertra reeditam “Cinco R de Gente”, de Aquil Ribeiro


VIVADOURO DEZEMBRO 2016

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Reportagem VivaDouro

mais marcantes de cada município em 2016

deles. Fique a saber através da “linha do tempo” os acontecimentos mais importantes em alguns dos concelhos da Comunidade Intermu-

Tabuaço

equalificação do osto da Guarda ional Republicana (GNR)

Alijó

O município está no caminho da recuperação financeira

Torre de Moncorvo

Assinatura do contrato de exploração das minas de ferro

bro Outubro Novembro Dezembro Mesão Frio

Pela primeira vez nos últimos 20 anos o município baixou o limite legal de endividamento

e

and Réis lino

Armamar

Realização da 8.ª edição da Feira da Maçã


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Vila Real

Projeto Bisarro quer dar a conhecer a Olaria de Bisalhães ao mundo Bisarro. É este o nome do projeto desenvolvido por dois jovens empreendedores que pretende dar um novo fôlego à Olaria de Bisalhães, atividade que foi recentemente inscrita na lista de Património Mundial da Unesco. Texto e fotos: Salomé Ferreira

> Daniel Pera e Renato Rio Costa ram este projeto que quer dar um cunho de modernidade à ancestral Olaria de Bisalhães, que remonta, pelo menos, ao século XVI. Nesse sentido, os dois jovens já criaram uma coleção de louça de barro negro, com cerca de 15 peças utilitárias, que se distinguem pelo “design inovador”. “A essência do Bisarro é criar novas oportunidades e novos rumos comerciais para esta arte, temos que criar peças ajustadas ao mercado”, explica Renato Rio Costa. “Queremos tornar estas peças utilitárias, vendáveis e ajustadas ao mercado atual, a tradição e as peças tradicionais têm de ser mantidas. A nossa visão é pegar nesta tradição, reinterpretá-la e olhar para o futuro”, acrescenta Daniel Pego. Entre taças, jarros, cafeteiras, FOTO: DR

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Alemanha, em fevereiro do próximo ano, será a “altura ideal” para a apresentação internacional do Bisarro. Este evento é uma das maiores feiras mundiais dedicadas aos bens de consumo. O Bisarro integra os cerca de 20 projetos a nível mundial que venceram o concurso lançado pela organização, com o objetivo de apoiar novos projetos empresariais.

Jovens trabalham em conjunto com oleiros Na aldeia de Bisalhães os oleiros em atividade já são poucos, cerca de cinco, todos com mais de 75 anos. Esta foi uma das dificuldades sentidas por Daniel Pego e Renato Rio Costa na concretização do projeto, uma vez que no início os oleiros se mostraram “um pouco desconfiados” relativamente às intenções que os jovens tinham com este projeto. “Agora já estamos a ter mais aceitação da parte dos oleiros. Quando começaram a ver que estamos mesmo interessados a postura foi mudando”, revelou Daniel Pego. Mas é com Manuel Tapada, um novo oleiro, do projeto DouroUp, que Daniel Pego e Renato Rio Costa trabalham mais de perto, uma vez

que é quem assegura a produção. “Para nós tem sido muito bom porque ele consegue responder às nossas necessidades e acompanha muito o nosso pensamento”, afirmou o jovem designer. Com a certificação do Barro de Bisalhães como Património Mundial da UNESCO, os jovens do Bisarro acreditam que “além da divulgação e projeção que já deu esta certificação vai despoletar alguns apoios na salvaguarda desta olaria”. No futuro, numa perspetiva a curto prazo, os jovens pretendem ajudar na formação de novos oleiros, com vista a “manter viva a tradição”, mas também implementar o interesse por esta arte em outros jovens designers. Nesse sentido, já se encontram a trabalhar em conjunto com alunos de mestrado da Universidade da Beira Interior, que estão a desenhar peças de barro negro no âmbito de um projeto académico. “Não é só importante criar novos oleiros mas também novos designers, é a fusão destes dois que vai dar as ferramentas necessárias para projetar esta olaria em Portugal e lá fora, para criar valor acrescentado a esta olaria”, concluiu Daniel Pego.■ FOTO: DR

O nome Bisarro deriva, assim, do Barro de Bisalhães, arte que deu o mote para a realização deste projeto que alia a tradição à modernidade ao redesenhar as peças traicionais com um design inovador. “A nossa principal preocupação é dinamizar esta arte que está em vias de extinção e perceber onde é que o Design pode intervir para a transformar”, explica Daniel Pera, um dos cofundadores da empresa. O Bisarro começou por ser um projeto na área da ilustração pensado por Renato Rio Costa, em âmbito académico. Posteriormente, os dois “designers” encontraram-se na SPAL, empresa nacional de porcelanas, de onde saíram e iniciaram o seu próprio negócio. Assim, Daniel Pera juntou-se a Renato Rio Costa e inicia-

bules, chávenas de chá e de café ou castiçais, várias são as peças produzidas pelo Bisarro que brevemente estarão à disposição do público numa plataforma “online”. “Contamos ainda este mês lançar a loja online com sistema de pré- encomenda para as pessoas mostrarem interesse, vai ser o nosso primeiro ponto de contacto com o público”, revela ao VivaDouro Daniel Pego. No entanto, apesar de a coleção ainda não ter sido oficialmente lançada, o Bisarro já teve “bastantes contactos” de potenciais clientes, não só no mercado nacional mas também além-fronteiras. “Temos já algumas empresas interessadas em exportar o nosso produto para países como o Canadá, os Estados Unidos e o Reino Unido, isso dá-nos força e motivação para continuar”, afirma Daniel Pego. A primeira coleção é de peças utilitárias, mas os jovens designers estão já a estudar novas soluções e propostas que passam pelos setores da hotelaria e decoração. O Bisarro encontra-se também a apostar na conjugação do barro negro com outros materiais, nomeadamente a cortiça e a madeira. Para além do mercado nacional, a exportação vai ser igualmente uma das apostas de futuro para o Bisarro. “Um dos nossos pontos de foco vai ser a exportação porque acreditamos que este Barro tem muita procura lá fora”, explica Daniel Pego. “As pessoas interessam-se muito pelo fabrico e pela tradição que o produto tem e nós não queremos só vender o projeto, queremos também contar histórias”, acrescenta o jovem designer. Desta forma, a participação na Feira Ambiente de Frankfurt, na


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Vila Real

Barro preto de Bisalhães é Património Imaterial da Unesco O processo de fabrico do barro preto de Bisalhães, em Vila Real, foi inscrito na lista do Património Cultural Imaterial que necessita de salvaguarda urgente da Unesco. Texto e Fotos: Salomé Ferreira

A decisão foi tomada no dia 29 de novembro, durante a 11.ª reunião do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, que decorreu em Adis Abeba, capital da Etiópia Depois de, em 5 de março de 2015, o processo de confeção do Barro Preto de Bisalhães ter sido reconhecido como Património Cultural Nacional, por publicação em Diário da Repúbli-

ca e inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, o município de Vila Real decidiu avançar com a candidatura desta ancestral tradição à Lista do Património Cultural Imaterial que Necessita de Salvaguarda Urgente da Unesco, por esta ser uma atividade em vias de extinção. O município disse que se tratou de um “processo complexo que demorou mais de um ano a ser completado”. O presidente do município de Vila Real, Rui Santos, mostrou-se muito

feliz com esta distinção de uma parte importante da cultura vila-realense. “Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que a candidatura do Processo de Fabrico do Barro Preto de Bisalhães fosse imaculada. Envolvemos os serviços de cultura municipais e todo um conjunto de especialistas que nos ajudaram. Estamos muito agradecidos a todos os que contribuíram para este desfecho tão positivo”, afirmou o edil vila-realense. Para o embaixador Jorge Lobo de Mesquita, chefe de delegação portuguesa à 11.ª sessão do Comité Intergovernamental da UNESCO para a salvaguarda do Património Cultural Imaterial da Humanidade, este reconhecimento internacional “vai ajudar esta antiga e original atividade a prosperar, não apenas em Bisalhães, que é a comunidade representativa, mas também nas poucas comunidades restantes, em Portugal e no Mundo,

onde a olaria negra ainda é produzida”. Atualmente apenas existem cinco artesãos a trabalhar este barro na aldeia de Bisalhães, todos com mais de 70 anos. A distinção da UNESCO pode dar-lhe outra vitalidade, uma vez que é uma arte que tem tendência a desaparecer. Querubim Rocha, um dos artesãos, dedica-se à Olaria de Bisalhães desde os oito anos de idade. Na opi-

nião do artesão, esta distinção representa “coisa boa”, afirmou ao VivaDouro. “Vamos lá ver, para já ainda não se pode dizer nada, mas eu acredito que vai trazer uma nova vida a isto, estamos a contar com isso”, afirmou ao VivaDouro enquanto moldava uma peça. A Olaria de Bisalhães é conhecida pela cor negra das suas louças, sendo que o processo de confeção remonta ao século XVI.■

> Querubim Rocha, artesão da Olaria de Bisalhães PUB


10 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Vários Concelhos

Linha do Douro: Eletrificação até à Régua vai ser uma realidade

A eletrificação da linha do Douro até à Régua é uma “prioridade para o Governo”, garantia dada por Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, durante as comemorações dos 15 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro (ADV) como Património da Humanidade, que decorreram em Vila Real. Texto: Salomé Ferreira FOTO: DR

governo em incluir este projeto que já tem financiamento assegurado no âmbito do Portugal 2020. “Precisamos de comboios mais competitivos, temos tido uma procura muito grande, mas só va-

mos resolver os constrangimentos de forma plena com a eletrificação, que trará mais qualidade ao transporte ferroviário e competitividade ao turismo”, afirmou aos jornalistas.■ FOTO: SF

O membro do governo revelou que o concurso público para os estudos prévios será lançado nos

“inícios de 2017”. De acordo com Pedro Marques, “a eletrificação até à Régua não

estava assegurada no plano de investimentos do anterior Governo”, tendo sido uma decisão do atual

> Pedro Marques na Sessão Evocativa

XVIII Festa dos Idosos do Concelho de S. João da Pesqueira Foi num ambiente festivo, que no dia 18 de Dezembro se comemorou o XVII Natal dos Idosos do concelho de S. João da Pesqueira. FOTO: DR

de, com a atuação do Grupo de Concertinas “Amigos de Riodades” e o Grupo Musical “Paulo Star”, a animação foi garantida, onde não faltou o “pé de dança”. Foram também oferecidas no final do dia, lembranças especiais a dois idosos, que completaram mais de 100 anos. A Festa de Natal dos Idosos foi organizada pela Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, e

contou com o apoio das Juntas de Freguesias, das IPSS, dos Bombeiros Voluntários, da Diocese de Lamego e participação dos Párocos do concelho de S. João da Pesqueira. A autarquia disponibilizou transportes gratuitos, com partidas dos locais habituais em todas as freguesias, para que todos os idosos pudessem participar no evento.■ FOTO: DR

Após a receção, pela manhã, foi celebrada a Eucaristia Solene presidida pelo Bispo Emérito de Lamego, D. Jacinto Botelho. O ato religioso foi acompanha-

do pelo coro formado por elementos da Associação Cultural Pesqueirense. Após o ato religioso, seguiu-se um almoço-convívio, juntando

os cerca de 850 idosos, os quais receberam, também, uma pequena lembrança, como presente de Natal para assinalar este dia tão especial. Durante a tar-


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 11

15 anos de Douro como Património Mundial da Unesco

Douro

O Douro Vinhateiro é Património da Humanidade da Unesco há 15 anos. Vila Real foi a cidade que acolheu a celebração da efeméride, com a realização de uma Sessão Evocativa nos Claustros do Edifício do Governo Civil, onde marcaram presença inúmeras entidades. As comemorações incluíram ainda a inauguração do marco “Feitoria da Alma” e da avenida da Unesco. Texto: Salomé Ferreira FOTO: DR

> Sessão Evocativa dos 15 Anos do Douro como Património Mundial Foi exatamente há 15 anos, no dia 14 de dezembro de 2001, que o Alto Douro Vinhateiro, a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo, passou a ser Património da Humanidade da Unesco. Com o mote “convidamos o Mundo a brindar ao Douro”, o dia 14 de dezembro foi dedicado à celebração do Alto Douro Vinhateiro, praticamente a atingir a maioridade enquanto Património Mundial da Unesco. Rui Santos, presidente da autarquia de Vila Real, o primeiro interveniente na sessão de abertura da cerimónia, sublinhou a importância desta chancela para a globalização e internacionalização da marca Douro.

Para o autarca vila-realense, “assinalar os 15 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade reconhecido pela Unesco, é reconhecer a importância que este momento teve para a globalização da marca Douro e para o início de um percurso de afirmação desta região como de elevado potencial turístico”. No entanto, Rui Santos ressalva que o Douro precisa de “ferramentas concretas e não de medidas paliativas” para se tornar mais competitivo. O autarca defendeu assim a abertura de avisos específicos para o Douro no âmbito do Portugal 2020. O autarca criticou a distribuição dos fundos comunitários pelas várias FOTO: SF

> Brinde ao Douro no final da cerimónia

regiões do país, afirmando que “até 31 de outubro, a Área Metropolitana do Porto tinha visto aprovados 1.098 projetos, apoiados em cerca de 370 milhões de euros enquanto na Comunidade Intermunicipal do Douro foram aprovados 68 projetos, apoiados abaixo dos 25 milhões de euros”. Questionando “que coesão territorial será conseguida desta forma?”, Rui Santos afirma que, “os fundos de coesão são para os territórios que precisam de caminhar nesse sentido, não são para os territórios que já têm elevado nível de poder de compra e um índice Per capita superior à média nacional”, afirmou aos jornalistas. Na opinião do edil, estes 15 anos enquanto Património Mundial foram um “período de afirmação do território”, mas também um tempo em que “houve uma hemorragia populacional”. Para Francisco Lopes, presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro, “volvidos 15 anos do dia histórico em que foi anunciada a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade, devemos fazer uma reflexão profunda sobre os benefícios e as responsabilidades que esta distinção acarretou. Ao longo deste

tempo, o território soube renovar-se, evoluir e adaptar-se aos desafios”. Francisco Lopes sublinhou assim o potencial do Douro a nível de produção de vinhos, bem como o turismo enquanto um dos setores-chave da economia. O presidente da CIM Douro sublinha no entanto que “esta realidade não pode mascarar as dificuldades que teimam em subsistir”, sublinhando também o facto de a região não conseguir fixar a população. “Esta lacuna deve-se à falta de perspetivas de futuro suficientes para reter massa crítica. Este problema cria graves constrangimentos ao desenvolvimento económico e social da região. É urgente unirmo-nos para dar mais vida ao Alto Douro Vinhateiro”, reitera Francisco Lopes. Rui Santos acredita que uma das formas de fixar população na região passa por localizar no território “grandes investimentos nacionais”, mostrando-se disponível para acolher em Vila Real uma fábrica de automóveis elétricos. “Tive a oportunidade, ainda recentemente, de manifestar ao primeiro-ministro a disponibilidade do município de Vila Real para receber no seu território o eventual investimento de uma nova fábrica da TESLA, o mais importante fabricante do mundo de carros elétricos”, revelou. “Reivindicar a possível instalação da Tesla neste território, penso que é uma reivindicação justa, séria, que vai de encontro às ideias do produtor”, afirmou o presidente.

Ministro do Planeamento e Infraestruturas anuncia investimentos para o Douro Presente na cerimónia, Pedro Marques, ministro do Planeamento e das Infraestruturas, anunciou a eletrificação da linha do Douro até à Régua e ainda que existem “um conjunto de investimentos

privados importantes aprovados no setor do turismo do Douro”. “E temos mais investimentos para fazer, apoiado pelo Portugal 2020, que está contratualizado com a Comunidade Intermunicipal do Douro e que vai estar em desenvolvimento nos próximos anos. São mais de 80 milhões de euros que estão contratualizados”, acrescentou o ministro. Após a Sessão Evocativa, as comemorações dos 15 anos do Douro como Património Mundial seguiram com a inauguração do Marco “feitoria da alma” e da Avenida Unesco, tendo prosseguido com um debate na parte da tarde e um Porto D´Honra no encerramento.■

Rui Santos reivindica possível instalação da Tesla em Vila Real A Tesla, companhia americana, pretende produzir carros elétricos e baterias na Europa, sendo que Portugal é um dos países que estão a ser estudados para a construção da fábrica, tendo já existido contactos com o Governo. O projeto prevê que a fábrica produza grande parte da energia que consome através de painéis solares. Sendo esta uma das razões que pode deixar Portugal bem posicionado nesta “corrida” entre os vários países europeus. Caso esta possibilidade se venha a confirmar, Rui Santos acredita que Vila Real corresponde às ideias do produtor para a instalação da fábrica em Portugal.


12 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Destaque VivaDouro

Autárquicas 2017: qual o futuro dos autarc

A cerca de um ano das eleições Autárquicas de 2017 o VivaDouro continua nesta edição uma série de conversas com os vários autarcas p para eventuais candidaturas aos cargos que ocupam. Fique agora a conhecer os planos para o futuro dos autarcas de Sernancelhe, Moim Texto e fotos: Salomé Ferreira

Presidente da Câmara de Sernancelhe desde 2013, Carlos

fundamental para o desenvolvimento de uma terra, as em-

Silva manifesta disponibilidade em se recandidatar nas

presas trazem emprego, o emprego fixa gente e a gente dá

eleições autárquicas do próximo ano. O edil revela ainda

dinâmica”, declarou. FOTO: DR

que a equipa do executivo “será para manter”. A alguns meses de eleições Carlos Silva acredita que “ape-

Carlos Silva: “Vou-me recandidatar nas próximas autárquicas”

sar das dificuldades temos conseguido concretizar os nossos objetivos” ”, revelou ao VivaDouro. “Espero chegar ao final do meu mandato com as linhas orientadoras que traçamos há quatro anos devidamente cumpridas, é o nosso principal objetivo”, acrescentou. No que diz respeito a projetos ainda por concretizar, Carlos Silva revela que “ainda falta fazer muita coisa”, no entanto, a vertente económica será a prioridade do executivo. “Há vários projetos, nomeadamente no espaço empresarial, em que ficarão concluídas a primeira e a segunda fase, não só apenas as obras mas também a sua ocupação, situação que nos deixa bastante orgulhosos”. Para o edil de Sernancelhe a “componente económica é

Eduardo Ferreira: “Todas as pessoas e organizações merecem que me disponibilize durante mais quatro anos”

Eduardo Ferreira, eleito pelo PS

> Câmara Municipal de Sernancelhe

Carlos Silva, eleito pelo PSD

No concelho de Moimenta da Beira, Eduardo Ferreira,

mas temos servido toda a gente com a mesma vontade e

presidente da autarquia desde 2013, mostra disponibili-

temos recebido de todas as organizações um retorno que

dade para se recandidatar a mais um mandato nas elei-

é muito positivo”, afirmou.

ções autárquicas de 2017.

“Vejo o município como uma forma de envolver as ener-

“Acho que todas as pessoas e organizações merecem que

gias de todos porque eu só acredito num desenvolvimen-

eu me disponibilize durante mais quatro anos para os ser-

to que tenha a energia de todos e julgo que isso tem sido

vir com esta função”, afirmou Eduardo Ferreira ao Viva-

razoavelmente conseguido”, acrescentou o presidente.

Douro.

Eduardo Ferreira revela que “falta fazer muita coisa e vai

“É uma função exigente que nos consome os dias todos,

continuar a faltar fazer muita coisa depois de eu ser pre-

uma parte significativa das noites, que nos consome os

sidente da Câmara, seja agora ou daqui a quatro anos”.

fins-de-semana, mas que também nos dá o retorno de es-

“Por natureza criamos sempre necessidades depois de

tarmos todos os dias com as pessoas de que gostamos,

termos respondido às primeiras, é isso que acontece no

em termos pessoais faço um balanço muito positivo, não

concelho de Moimenta da Beira e é esse o grande desa-

era possível ter tido esta experiência em nenhuma função

fio, manter permanentemente os olhos bem longe para

que não a de presidente da Câmara”, acrescentou o edil.

atingirmos os objetivos que estão sempre muito para lá

Relativamente aos objetivos do executivo para este man-

de nós, nada começou comigo e nada acabará comigo, há

dato Eduardo Ferreira revela que se tem “passado um

um conjunto de objetivos que me ultrapassam como pre-

período difícil na vida do concelho, da região e do país,

sidente”, concluiu o edil.


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 13

Destaque VivaDouro

cas da CIM Douro?

pertencentes aos 19 municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro com vista a perceber a disponibilidade de cada um deles menta da Beira, Murça e Freixo de Espada à Cinta.

José Maria Costa: “A expectativa é que possamos ganhar as próximas autárquicas”

José Maria Costa, eleito pelo PS

O atual presidente da Câmara Municipal de Murça, José Maria

barragem.

Costa, pretende candidatar-se novamente ao sufrágio da popu-

“Procuramos ainda dentro do aproveitamento elétrico Foz-Tua

lação nas próximas eleições.

e do Parque Natural Regional do Vale do Tua implementar per-

“Estou disponível para me candidatar nas próximas autárquicas,

cursos pedestres e as portas de entrada e desejamos que se con-

tanto eu como a minha equipa”, revelou o edil ao VivaDouro.

clua o plano de mobilidade também para essa área”, afirmou.

José Maria Costa confessa que sente o apoio da população, “se

No entanto, José Maria Costa ressalva que “os maiores investi-

não sentisse não me candidataria”, afirmou. “No contacto que

mentos não decorrerão neste curto espaço de tempo” que an-

vou fazendo com as pessoas tenho sentido disponibilidade e

tecede as eleições. “Este espaço de tempo é para completar os

confiança para darem mais um mandato a este executivo, no

projetos que serão concluídos posteriormente”, sublinhou.

entanto, isto é como nos jogos de futebol só podemos dar o ve-

“Poderei dizer que o balanço deste mandato é positivo, nomea-

redicto depois das eleições, mas a expectativa é que possamos

damente se tivermos em conta que a Câmara Municipal iniciou

ganhar as próximas autárquicas”, acrescentou.

um processo de saneamento financeiro em 2012 e nós tomámos

Até ao final do mandato que se encontra a decorrer, José Maria

posse em 2013. Foi aprender a gerir a Câmara nesta situação,

Costa pretende ainda continuar o trabalho em alguns projetos

dando compromisso às obrigações do saneamento financeiro

específicos no concelho, nomeadamente a “elaboração da can-

e ao mesmo tempo procurar fazer alguns investimentos que fa-

didatura e desenvolver o projeto para iniciar as obras da Escola

ziam parte do nosso compromisso eleitoral, diria que fazemos

Básica e Secundária de Murça”; o executivo encontra-se tam-

um balanço bastante positivo porque conseguimos reduzir o ní-

bém a trabalhar no protocolo entre a Câmara e a EDP junto ao

vel de endividamento da autarquia e estamos a conseguir fazer

rio Tua para a reposição de infraestruturas existentes antes da

algum investimento”, concluiu José Maria Costa.

No município de Freixo de Espada à Cinta, Maria do Céu Quintas

No que diz respeito aos projetos realizados, Maria do Céu Quintas

vai candidatar-se novamente nas eleições de 2017 com vista a dar

revela que uma das ações que lhe deu “mais prazer” foi “ajudar as

continuidade ao projeto que iniciou em 2013.

pessoas que andam em tratamento no IPO”.

“Estou disponível para continuar. Acredito que em quatro anos não

“Não é fácil para muita gente e havia pessoas que não faziam os tra-

se tem tempo de fazer muita coisa, é o tempo de nos integrarmos,

tamentos se não tivessem a ajuda da Câmara Municipal e sinto-me

tomarmos conta da situação em que está o município, e sendo este

satisfeita com isso, acho que tinha a obrigação de ajudar”.

um município endividado mais difícil ainda de se conseguir fazer al-

“Estamos dependentes das candidaturas que fizemos, era muito

guma coisa, portanto gostaria muito de ficar mais quatro anos para

bom que Freixo de Espada à Cinta fosse contemplado com todas

dar continuidade ao projeto”, afirmou ao VivaDouro.

elas. Este ano fomos já contemplados com a candidatura para re-

“Apesar da situação financeira da Câmara”, Maria do Céu Quintas

qualificação e valorização da zona do castelo. Temos uma candida-

faz um “balanço positivo” destes quatro anos à frente da autarquia.

tura para requalificar a capela da Santa Casa da Misericórdia, que

“Está a ser muito gratificante, gosto muito de lidar com as pessoas,

tem uma riqueza muito grande e se não se fizer nada perdesse, há

gosto de trabalhar para os outros, não podia ser mais gratificante”,

ainda a seda que é muito importante para o concelho, temos de

disse a presidente.

aproveitar aquilo que mais ninguém tem e eu acredito que a seda

No futuro, a presidente pretende apostar na diversificação cultural

vai trazer sustento a esta terra, além disso pode ajudar a alavancar

em Freixo de Espada à Cinta, “faltam fazer alguns eventos que vão

todos os produtos. Temos também a requalificação de um edifício

ajudar muito a economia local e trazer mais gente ao concelho”,

na Congida. Se conseguir concretizar tudo isso era muito bom”, con-

revelou.

cluiu Maria do Céu Quintas.

Maria do Céu Quintas: “Gostaria muito de ficar mais quatro anos para dar continuidade ao projeto”

Maria do Céu Quintas, eleita pelo PSD


14 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Vila Real

FAG divulga o melhor do artesanato e gastronomia de Vila Real Vila Real recebeu a 19.ª edição da Feira de Artesanato e Gastronomia (FAG) entre os dias 2 e 4 de dezembro. O evento é uma organização da NERVIR - Associação Empresarial e do Município de Vila Real e levou cerca de 25 mil pessoas até à cidade. Texto: Salomé Ferreira

FOTO: DR

Alberto Castro, Comerciante Gondomar “Estou a gostar muito da experiência”

Ao longo de três dias os visitantes tiveram oportunidade de apreciar o artesanato, do mais tradicional ao contemporâneo, assim como descobrir várias iguarias gastronómicas um pouco de todo o país. “O principal objetivo desde a primeira edição era a promoção dos saberes antigos, tanto na gastronomia como no artesanato em geral e a preservação da nossa

memória”, explicou ao VivaDouro Luís Tão, presidente da NERVIR. Referência no panorama nacional e regional, Luis Tão afirma que a FAG “é a maior deste género na região”. Para além dos expositores provenientes da região a Feira destaca-se ainda pela participação de comerciantes de vários pontos do país. Alberto Castro é um desses

exemplos, natural de Gondomar foi este ano participar pela primeira vez na FAG. “Vim experimentar um mercado novo, nunca tinha feito feiras no interior e estou a gostar muito, é uma feira muito aconchegada”, afirmou ao VivaDouro. Georgina Girão também se desloca todos os anos de Alcobaça para Vila Real com vista a participar na Feira, “já tenho os FOTO: DR

> Luis Tão, presidente da NERVIR, na abertura do certame

meus clientes que estão sempre à espera dos nossos produtos”, afirmou a comerciante. A Feira sofreu algumas alterações na edição deste ano, com mais de metade do pavilhão de exposições dedicado à gastronomia e à restauração e com mais espaço de mesas, aumentando assim a “Praça da Alimentação” que vinha sendo testada em anos anteriores. De acordo com Luis Tão, esta alteração teve um “retorno muito positivo”. “A reação que tivemos tanto dos expositores como do público é que este modelo assim é melhor do que tínhamos no ano passado”, revelou ao VivaDouro. O presidente da NERVIR afirma que o número de pessoas a visitar a feira tem aumentado nos últimos anos, sendo que a média se situa nas cerca de 25 mil pessoas ao longo dos três dias. Na opinião de Luís Tão este domingo (dia 4 de dezembro) “foi o melhor desde que há memória”, afirmou.■

Georgina Girão, Comerciante Alcobaça “Venho cá todos os anos”

Isabel Fernandes, Comerciante Mirandela “Esta feira tem tudo de bom”


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 15

Moimenta da Beira

Livro e Documentário de Aquilino Ribeiro apresentados em Soutosa

No âmbito do projeto literário e cultural “Escritores a Norte- Vidas com Obras em Casas d´escritas”, promovido pela Direção Regional da Cultura do Norte, foi apresentado no dia 14 de dezembro, em Soutosa, Moimenta da Beira, a obra literária que engloba 12 escritores, incluindo Aquilino Ribeiro e um documentário acerca do “Mestre” das Terras do Demo. Texto e Fotos: Salomé Ferreira

> Apresentação do projeto em Soutosa, Moimenta da Beira Foi com o auditório da associação “Baldios-Terras de Aquilino Ribeiro” repleto de gente que foi apresentado o livro e documentário que revisitam a obra de Aquilino Ribeiro e a casa onde viveu e “onde sempre regressou”, em Soutosa, Moimenta da Beira e hoje sede da Fundação

(e casa-museu) com o seu nome. O projeto, promovido pela Direção Regional de Cultura e Norte, pretende promover uma aproximação dos públicos aos escritores do Norte, partindo da sugestão de visitas, físicas ou virtuais, às suas casas e espaços de memória.

“Selecionamos aqueles escritores que têm hoje espaços de visitação, que podem ser usufruídos por investigadores, jovens, turistas, que permitam o contacto direto com estes escritores”, explicou na apresentação o representante da Direção Regional da Cultura e Norte. “Este projeto começou a ser desenvolvido no ano de 2013 e conta com uma preciosa colaboração de todos os municípios que têm na sua área geográfica escritores de referência”, acrescentou. Ao elogiar a plateia repleta, Mário Augusto, crítico de cinema da RTP, revelou que têm “andado a apresentar o projeto em vários sítios e é a primeira vez que temos uma casa cheia”, afirmou. De acordo com o crítico de cinema, este projeto destina-se a pes-

soas que “não têm de ser especialistas em Aquilino”, uma vez que o objetivo passa por “chegar a todos os públicos”, nomeadamente às escolas, turistas e público em geral. “Aquilino Ribeiro é um autor muito querido e que merecia outra projeção a nível nacional”, acrescentou Mário Augusto ao revelar que o documentário deverá passar brevemente na RTP. Eduardo Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, sublinhou que “somos nós quem merecemos que Aquilino Ribeiro continue a dar esta contribuição” e que o “mestre continua a abrir os caminhos para o futuro”, uma vez que “antecipou em muitas décadas muitos dos nossos problemas atuais”. “Espero que aproveitemos este documentário para refletir

mais uma vez sobre tudo o que temos que fazer acerca dos nossos territórios. O mestre continua vivo e é por isso que faz sentido estarmos aqui todos”, concluiu o autarca de Moimenta da Beira. No projeto participam e dão testemunhos dois netos do escritor (Mariana e Aquilino Ribeiro Machado), o presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira, José Eduardo Ferreira, e três distintos aquilinianos: Henrique Monteiro, ex-diretor do Expresso, Paulo Neto e Lima Bastos, ambos com obra publicada sobre o mestre. Ao todo, são 12 escritores do norte (e as suas casas) que integram a globalidade do projeto que foi produzido em quatro línguas e pretende dar motivos ao público para visitar os vários locais descritos na obra.■ PUB


16 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Especial Natal

Como se passa o Natal no seio das instituiç União. Afeto. Solidariedade. Paz. Esperança e amor. Estas são algumas das palavras que estão associadas ao Natal, que é, por excelência, a festa da Família. Mas nem sempre a Família de sangue partilha estes dias com as pessoas que estão institucionalizadas. É por isso que, nestas alturas, quem vive em instituições sente ainda mais esta como a sua casa e quem lá trabalha como a sua Família. Nesta reportagem, o VivaDouro foi perceber como se passa o natal no Lar de Idosos Nossa Senhora do > Grupo de Colaboradoras do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca Socorro, em Tarouca e no Lar animadora sociocultural da instituição e amigas e as empregadas são muito boas para Florinhas de Neve, em Vila quem dirigiu a preparação da festa. nós”, completa Maria Idalina Correia. Na sala onde se vai realizar o espetáculo, Rui Raimundo, provedor da Santa Casa da Real, destinado a raparigas os idosos já se perfilam nos melhores lugares Misericórdia de Tarouca, sublinha que “estas entre os três e os 10 anos. para assistirem às mais de 15 peças preparadas pessoas não estão no seu ambiente familiar Texto e fotos: Salomé Ferreira

O calendário marca o dia 17 de dezembro. Falta cerca de uma semana para o Natal. Lá fora, o termómetro regista baixas temperaturas, típicas da época. O ambiente que se vive dentro do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca contrasta com o frio sentido na rua. É o dia da festa de Natal da instituição. “Um dia muito divertido, que exige uma preparação exaustiva mas é ao mesmo tempo muito gratificante”, afirma Patrícia Ribeiro,

> Os sorrisos eram notórios nas caras dos idosos

durante semanas para os entreter e “mimar” nesta quadra natalícia. Ao fundo da sala, sentada num cadeirão, encontra-se Maria Adélia Rosário, 86 anos, a trocar conversas com Maria Idalina Correia, 70 anos, sentada ao seu lado enquanto esperam pelo início do entretenimento. “De manhã já tivemos a missa e o almoço de natal”, explica ao VivaDouro Maria Adélia Rosário. “O Natal aqui é diferente das nossas casas, mas já sinto esta como a minha segunda família, não tenho cá os meus filhos, estão os três emigrados”, revela a utente. “O Natal aqui é muito divertido, já temos

mas procuramos criar as condições para que eles se sintam o melhor possível. Tentamos criar este clima de Família, sabemos que não é conseguido na totalidade mas fazemos tudo para que isso possa acontecer”, revela ao VivaDouro. “A família deles somos todos nós, essa é a nossa obrigação. O Natal é hoje e todos os dias”, realça. Para o provedor, “união” é a palavra de ordem não só nestes dias mas também ao longo do ano. E é realmente a união entre as várias pessoas do Lar de Idosos que faz com que a Festa de Natal da instituição seja uma

realidade, uma vez que existe uma grande envolvência de todas as partes. “Os funcionários, para além das horas normais, que é um trabalho árduo e difícil, fazem mais horas, durante semanas, para conseguirem apresentar estes momentos de diversão que têm muito valor. Toda a gente participa nesta festa, há uma envolvência muito grande”, explica Rui Raimundo. Assim, estão envolvidas mais de 50 pessoas na preparação da Festa de Natal da Instituição, desde vários colaboradores, voluntários e utentes. Paralela à sala onde se vão realizar os espetáculos, está a sala onde se encontram vários dos colaboradores da instituição a vestir a pele das personagens que vão interpretar nas diferentes apresentações. Vestida para atuar no “Rancho” interpretado

> Grupo de utentes e colaboradoras a apresentar peça na Festa de Natal


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 17

Especial Natal

ções sociais pelas funcionárias, Carminda Morgado revela que participa na festa “todos os anos” e se sente “muito orgulhosa com isso”. “É muito bom passar aqui o Natal, a relação é muito familiar, gosto muito do que faço e sinto-me muito feliz nesta instituição”, acrescenta a colaboradora. Do outro lado da sala, há espera para entrar em palco está Célia Eusébio, funcionária do Lar há 15 anos. “Nós vivemos muito o Natal, vivemos com os idosos tanto a alegria como a tristeza. Nestes dias é quando eles precisam mais de nós porque muitos a família não vem e somos nós a Família deles”, afirma Célia Eusébio. Sandra Eusébio, colaboradora há 24 anos, realça: “somos uma segunda família para eles. Este dia é dia de festa e eles animam-se com as palhaçadas que a gente faz”, explica ao VivaDouro. Do outro lado das cortinas que tapam o palco os idosos esperam ansiosos pelo início da festa. Quando começa a atuação do “Rancho Folclórico”, interpretado por várias funcionárias, a alegria nos rostos dos utentes é visível. Entre gargalhadas e sorrisos mais tímidos, a tarde prosseguiu com a interpretação das várias peças programadas. O dia da Festa de Natal na instituição acaba por ser mais festivo do que a Consoada, no dia 24 de dezembro, uma vez que é na Festa que se reúnem todas as pessoas envolvidas na instituição e demais entidades locais. Na noite de Consoada o tradicional bacalhau é rei à mesa do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca, tal como na maior parte das casas portuguesas. Mas também não faltam os doces típicos da época. “A consoada também é muito bonita, há alguns que vão para casa e outros ficam cá. Fazemos uma mesa bonita como se estivessem em casa”, explica Célia Eusébio, funcionária da instituição.

Maria Adélia Rosário, Utente

> Grupo de meninas do Lar Florinhas de Neve, com Colaboradora, Professora e Diretora Técnica “Alguns familiares vêm cá busca-los mas, infelizmente, há muitos que ainda ficam aqui. Temos muito utentes acamados e cadeiras de rodas, autónomos são muito poucos”, revela Rui Raimundo, ao sublinhar que “faz questão” de iniciar a noite de Consoada com os utentes que ficam na instituição neste dia.

Diversão e união são as palavras de ordem no Natal das Florinhas de Neve No Lar Feminino Florinhas de Neve, em Vila Real, a realidade é idêntica à vivida no Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca. Toda a equipa que trabalha na instituição acaba por ser a “verdadeira” Família destas crianças e jovens que vêm nesta estrutura a sua casa. “Aqui na instituição o Natal vive-se da mesma forma do que em qualquer sítio, tentamos que seja o mais parecido possível como se passa numa casa”, explica ao VivaDouro Rita Lisboa, diretora técnica da instituição que alberga cerca de 43 meninas até aos 22 anos. Desta forma, a Consoada acaba por ser idêntica à maior parte das famílias

> Duarte Morais (Vice-Provedor), Rui Raimundo (Provedor) e Sandra Magalhães (Diretora Técnica)

portuguesas. “Nesse dia juntamos as mesas todas do refeitório e passamos mais tempo à mesa, uma vez que diariamente a refeição dura cerca de 30 minutos”, conta Maria Figueiredo (nome fictício), uma das meninas que vive no Lar Florinhas de Neve. Sendo que “as meninas mais velhas ajudam na confeção de alguns pratos da consoada”, explica Eduarda Fraga, colaboradora, ao sublinhar a entreajuda vivida na instituição. “Depois disso fazemos jogos, vimos filmes e no fim da noite fazemos um jogo para encontrar várias pistas pela casa que nos levam até aos presentes”, acrescenta a jovem de 20 anos que passa praticamente todos os natais na instituição. Até ao momento, Rita Lisboa calcula que cerca de 18 meninas vão passar o Natal na instituição, sendo que as restantes vão para familiares ou famílias de acolhimento. Joana Matias (nome fictício), outra das meninas a residir na instituição, tem expectativa de ir passar o Natal a casa da tia este ano, estando apenas à espera de autorização. No entanto, a jovem de 15 anos gosta de “estar nos dois sítios”. “A última vez que passei aqui o Natal foi há dois anos, tenho ido para casa da minha tia mas também gosto de estar na instituição, é aqui que estou habituada a estar, é onde estou o ano inteiro, esta é a minha família”, afirma Joana Matias. Rita Lisboa, Diretora Técnica, confessa que “ao início elas sentem aquela expectativa de quem é que vai passar o Natal para a família, algumas já têm a noção que não têm para onde ir, mas eu acho que há sempre aquela esperança de que alguém possa vir”, explica. “No entanto acho que há meninas que já lidam muito bem com isso”, acrescentou. A Diretora Técnica explica ainda que “há pessoas que vêm aqui e pedem para levar meninas na altura do Natal e elas não querem ir porque não conhecem as pessoas e não se sentem bem, preferem ficar aqui porque esta é a família delas”, afirma.■

“Já sinto esta como a minha segunda família”

Eduarda Fraga,

Colaboradora Florinhas de Neve

“No fundo somos todas uma família”.

Célia Eusébio,

Colaboradora Lar de Idosos

“Nós vivemos muito o Natal, vivemos com os idosos tanto a alegria como a tristeza”.


18 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Tabuaço

III Encontro de idosos do concelho de Tabuaço A Câmara Municipal de Tabuaço realizou o III Encontro de idosos, evento que levou ao pavilhão gimnodesportivo mais de três centenas de idosos do concelho. Texto: Salomé Ferreira FOTO: DR

Com idosos vindos de todas as freguesias do concelho, o dia começou com a Eucaristia, celebrada pelo padre Manuel Gonçalves e coadjuvado pelos padres Amadeu Castro e Ildo Silva. Finda a cerimónia religiosa, os idosos foram encaminhados

para um rastreio de controlo da Glicemia, da pressão arterial e do IMC (Índice de Massa Corporal). “Numa população como a nossa, que infelizmente é cada vez mais envelhecida, parece-nos muito importante criar este tipo de encontros que no

Tabuaço recebeu “Viver Saúde” Tabuaço recebeu o evento Viver Saúde, uma iniciativa que juntou dezenas de profissionais voluntários da área da Saúde, num “acontecimento humanitário inédito na região”. FOTO: SF

Consultas médicas e de enfermagem, rastreios diversos e ações de educação e literacia para a saúde, partilha de experiências de casos de sucesso em modelos de organização de serviços de saúde, em particular cuidados paliativos ao domicílio, compuseram a oferta do Viver Saúde. Centenas de pessoas, incluindo muitas crianças de famílias desfavorecidas, de toda a região, do Norte e do Sul do Douro, tiveram à sua disposição profissionais de saúde altamente qualificados, voluntários, que vieram de toda a região Norte para dar este abraço ao Douro.■

Errata A ação, que resulta de uma parceria entre o Município de Tabuaço, o PADIS 24 Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde, a Associação Bagos d’Ouro e a Rede Social Saúde, decorreu na Escola Básica e Secundária e é aberta à região.

Informamos que na edição de novembro de 2016 houve um erro na publicação: na legenda onde se lê “Câmara Municipal de São João da Pesqueira”, deveria ler-se “Tribunal de São João da Pesqueira”.

Grupo de Concertinas do Alto Douro Vinhateiro, de Sendim. “Alguns idosos, não resistiram a um pé de dança, com a alegria e boa disposição estampada no rosto, regressando as suas casas ao final da tarde, com a certeza de terem passado um dia diferente, numa reedição da iniciativa que a autarquia tem vindo a fazer to-

dos os anos”, conta a autarquia. “A nossa ideia ao criar este encontro é juntarmos pessoas de todas as freguesias e durante um dia compartilhar experiências. É importante que se crie uma tradição para que no futuro possa haver uma rede de eventos no âmbito da terceira idade”, concluiu Carlos Carvalho.■ FOTO: DR

> Carlos Carvalho, presidente da autarquia, a discursar

fundo permitem que a terceira idade seja encarada numa perspetiva mais inclusiva e normalizada e não de exclusão ou marginalização”, explicou Carlos Carvalho, presidente da autarquia. “Para nós é muito importante criar estas dinâmicas sociais que permitam que os idosos que têm mais de 65 anos tenham melhores condições de vida, no fundo que ainda exista uma utilidade”, acrescentou o presidente. Servido o almoço na cantina da Escola Abel Botelho, voltaram ao pavilhão para uma tarde de animação, que começou com o fado na voz de Maria Piedade Freitas, seguido da atuação da Tuna da Universidade Sénior de Tabuaço (U.S.T.) culminando com a brilhante exibição do

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VIVADOURO DEZEMBRO 2016 19

Lamego

Ações de Sensibilização no âmbito do “Programa Apoio 65 - Idoso em Segurança” O CLDS-3G, Projeto Geração em REDE, promoveu em parceria com o Programa Sénior ConVida e a Equipa da Secção de Programas Especiais da Guarda Nacional Republicana do posto territorial de Lamego, diversas ações de sensibilização no âmbito do “Programa Apoio 65- Idoso em Segurança”. FOTO: DR

“O Panda e os Caricas” regressaram a Lamego

para além de proteger, prevenir, sinalizar e encaminhar os casos em que o idoso possa estar a sofrer de algum tipo de necessidade” O “Programa Apoio 65 - Idoso em Segurança” foi organizado pelo CLDS-3G, Projeto Geração em REDE, em parceria com o Programa Sénior ConVida e a Equipa da Secção de Programas Especiais da Guarda Nacional Republicana do posto territorial de Lamego. As ações de sensibilização, num total de 7, foram desenvolvidas na cidade de Lamego e em diversas freguesias do concelho, nomeadamente na União de Freguesias de Parada do Bispo e Valdigem; na União de Freguesias de Bigorne, Magueija e Pretarouca; na Freguesia de Cambres e na Freguesia da Penajoia.■ PUB

O Musical “O Panda e os Caricas” iniciou, no dia 3 de dezembro, em Lamego, a digressão pelo País. A cidade foi mais uma vez palco das aventuras do Panda que fizeram as delícias de miúdos e graúdos. uma mão cheia de inéditos, entre as quais o grande sucesso “Homem Primitivo”, que só no YouTube soma mais de 812 mil visualizações, bem como “Reis e Rainhas”, “Ar, Er, Ir, Or, Ur” e “Super Feliz”.■ FOTO: SF

Depois de terem atuado para mais de 44 mil espectadores no Natal de 2015, o Panda e os Caricas voltaram aos palcos. Em dezembro percorreram cidades de norte a sul do país com um novo musical, desta vez inspirado na Máquina do Tempo, que levou as crianças numa viagem pelos vários êxitos musicais e aventuras do Panda acompanhado pelos Caricas. A digressão começou a 3 de dezembro, em Lamego, e chegou ao fim no dia 18, em Lisboa. Évora, Guimarães, Gondomar, e Coimbra também foram cidades contempladas pelo espetáculo. Este musical tem como mote uma das mais recentes canções do Panda e os Caricas, “Máquina do Tempo”, que se encontra na reedição do 3.º DVD das personagens mais queridas pelas crianças. Esta nova edição contém

“Burlas a Idosos” e “Residência Segura” foram os temas abordados nestas ações de sensibilização, abrangendo aproximadamente 116 idosos. “A pertinência destes temas justifica-se pelo facto de, como é possível constatar, as pessoas idosas principalmente as que se encontram isoladas e consequentemente em situação de vulnerabilidade estarem muitas vezes sujeitas a situações de burlas e maltrato”, referiu o Projeto Geração em Rede em comunicado, salientando a “intervenção das Forças de Segurança, nomeadamente da Guarda, junto dos idosos constitui assim uma estratégia justificada, uma vez que na maioria dos casos, são os primeiros a detetar algumas situações de vulnerabilidade do idoso


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Vários Concelhos

Tribunal de Sabrosa reabre em Janeiro As portas do Tribunal de Sabrosa vão reabrir em Janeiro. “Chega assim ao fim um longo processo reivindicativo, iniciado em 2014, liderado por este executivo e Assembleia Municipal contra o seu encerramento no âmbito da reforma do mapa judiciário”, afirma a autarquia em comunicado.

FOTO: DR

Segundo o município sabrosense, “para este desfecho muito contribuiu a posição do atual Governo que desde sem-

pre mostrou sensibilidade a esta questão, também partilhada pela atual Ministra da Justiça, Dr.ª Francisca Van

Dunem”, vincada recentemente durante uma reunião com o presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, José Marques.

A refuncionalização do Tribunal é considerada por José Marques, “uma decisão que vai ao encontro dos interesses dos habitantes do concelho, destinatária principal da justiça de proximidade pela qual este executivo e população neste processo sempre se bateu”, sendo que em causa estavam as deslocações e os custos que as pessoas destes territórios têm de suportar quando precisam de tratar de assuntos judiciais. “A Justiça é o aferidor de direitos e deveres equitativos de uma sociedade e a pedra basilar de uma cidadania cívica. Por isto mesmo deve estar o mais perto possível da comunidade, descentralizada e pronta a responder às necessidades de quem a ela recorre. Sabrosa é um território

com um perfil orográfico muito peculiar com reflexo no constrangimento das acessibilidades, e cujas alterações efetuadas no âmbito da reforma da justiça penalizou de sobremaneira a sua população”, sublinhou o edil. O Tribunal Judicial de Sabrosa continuará a servir a população num espaço do edifício municipal, já antes utilizado, e agora alvo de obras de requalificação por parte dos serviços da Câmara. “Consolida-se desta forma uma área que assume, assim, acentuadamente uma vocação de multisserviços públicos”, referiu a autarquia, sabendo-se que neste mesmo imóvel estão instalados os serviços municipais, Paços do Concelho, Conservatória do Registo Civil e o Espaço do Cidadão.■

Canil Municipal de Tarouca promove Campanha de Adoção

Feira de Santo André leva milhares a Mesão Frio

Sob o lema “Neste Natal não compre um presente, adote um”, a Câmara Municipal de Tarouca, através do Canil Municipal de Tarouca e com o apoio da Associação dos Amigos dos Animais de Tarouca, realizou uma campanha de adoção que decorreu de 12 a 23 de dezembro.

Mesão Frio realizou mais uma edição da feira de Santo André, certame anual que leva milhares de pessoas até à vila duriense.

FOTO: DR

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Durante este período, e “numa perspetiva de promoção da adoção responsável e de controlo da população animal de cães”, a autarquia irá oferecer a esterilização aos animais adotados, bem como vacina da raiva, microchip eletrónico e desparasitação. A campanha tem por objetivo a adoção dos animais do Canil, bem como a divulgação do mesmo e sensibilização da população em geral para a doação de mantas, ração e brinquedos para os patudos que ali habitam. Pode obter mais informações sobre os cães disponíveis para adoção na página de facebook do Canil Municipal de Tarouca, que está aberto de segunda a sexta, das 9h00 às 17h00, em https://www.facebook.com/canilmunicipaldetarouca.■

Todos os anos, a feira anual centenária de Santo André, na vila de Mesão Frio, é visitada por milhares de pessoas que “reconhecem a enorme importância e o impacto que este certame tem, não só para o concelho, mas também para a re-

gião”, revela a autarquia. Para assinalar a festividade deste ano e à semelhança de anos anteriores, a Câmara Municipal proporcionou um programa cultural e lúdico, marcado por muita animação, que decorreu de 30 de novembro a 8 de dezembro. “Nem mesmo o frio que se fez sentir, demoveu os visitantes, que acorreram, em grande número, a todos os eventos”, afirma a autarquia. “Assinalar este momento histórico de Mesão Frio é preservar a herança do passado que os mesão-frienses tão bem construíram ao longo dos séculos, reavivando as suas tradições e memórias. Apesar de todas as dificuldades financeiras do município, a Câmara Municipal tem conseguido garantir os padrões de qualidade”, concluiu o município de Mesão Frio.■


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 21

Vários Concelhos

Conheça o Douro em Realidade Virtual durante 190 Dias Uma imagem por dia, do Douro, em realidade virtual, ao longo de 190 dias. A Associação de Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes – AETUR – com sede em Vila Real, vai disponibilizar uma imagem por dia do Douro, em 360º, já a partir de 1 de Janeiro de 2017. Esta aposta tecnológica está inserida no projecto de promoção internacional da região duriense “O Douro à volta do Mundo – Magellan World”, que junta, pela primeira vez, o património do Douro com o legado histórico deixado pelo navegador Fernão

No âmbito da programação cultural e da estratégia de promoção do Município de Freixo de Espada à Cinta, o Jornalista e Comentador da SIC-Noticias para assuntos Russos, José Milhazes, deslocou-se, a convite da Câmara Municipal, a Freixo de Espada à Cinta para a apresentação pública, no dia 16 de Novembro, do seu livro “A Mensagem de Fátima na Rússia”, escrito com base em factos históricos e documentos entretanto tornados desclassificados pelos Serviços Secretos Russos. Durante a palestra de apresentação da obra, José Milhazes traçou um paralelo ente dois “grandes” acontecimentos do século XX:

as aparições de Fátima em Portugal, em maio e a revolução comunista na Rússia em novembro de 1917.■ FOTO: DR

FOTO: DR

de Magalhães. No total, serão disponibilizadas gratuitamente e online – no facebook da AETUR e no site www.magellanworld. pt - 230 imagens a 360º em Realidade Virtual. Os 19 municípios do Vale do Douro serão representados através de imagens recolhidas ao longo de mais de um ano. Todos os conteúdos apresentados neste formato são disponibilizados gratuitamente pela AETUR a pessoas ou entidades que pretendam usar os conteúdos em Realidade Virtual/360, nas suas plataformas como promoção do Território. Para isso podem usar os conteúdos disponibilizados via facebook ou fazer download dos mesmos na página do projeto Magellan World.■

Jornalista José Milhazes em Freixo de Espada à Cinta

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O Município de S.João da Pesqueira deseja-lhe um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo


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Vários Concelhos

Apresentação do Love Tiles Granfondo 2017 O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, na cidade invicta, foi o majestoso cenário para a apresentação do Love Tiles Douro Granfondo de 2017, que decorrerá a 7 de maio. FOTO: DR

A cerimónia contou com várias dezenas de convidados e um autêntico desfile de estrelas, tanto do ciclismo como outros nomes grandes do desporto nacional. Desde os vencedores das três últi-

mas Voltas a Portugal, Rui Vinhas e Gustavo Veloso, aos campeões da canoagem Fernando Pimenta e João Ribeiro, à maratonista olímpica Jessica Augusto, passando pelos profissionais das duas

rodas Rui Sousa, Filipe Cardoso, João Benta e Bruno Pires, até aos antigos craques José Azevedo e Joaquim Andrade, pai e filho, ou aos ases do Btt Mário Costa e Joana Monteiro, foram muitos os que

quiseram assistir ao lançamento de mais um evento marcante com o selo de qualidade da Bikeservice. Além de Manuel Zeferino, também usaram da palavra os autarcas cujo território será atra-

vessado pelos quatro mil ciclistas que vão alinhar no terceiro Love Tiles Douro Granfondo e que fizeram questão de marcar presença - São João da Pesqueira, Régua, Tabuaço e Carrazeda de Ansiães -, tal como o presidente do IVDP, Manuel Novaes Cabral, Marco Mussini, responsável da Love Tiles, e António Saraiva, presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto. Igualmente presente esteve Maria Inês Taveira, em representação da associação Bagos d’Ouro, que presta apoio a crianças desfavorecidas da região duriense e para quem reverterá uma parte da verba das inscrições no Love Tiles Douro Granfondo no âmbito da iniciativa Granfondo Solidário.■

Tribunal de Murça abrirá as portas em 2017 No dia 7 de dezembro, a convite do presidente da Câmara Municipal de Murça, José Maria Costa, um grupo de advogados do concelho, juntamente com o juiz presidente da comarca de Vila Real, Álvaro Monteiro, visitaram as instalações do Tribunal de Murça, que recentemente sofreu um conjunto de pequenas obras, tendo em vista a sua reabertura já em janeiro. FOTO: DR

> Tribunal de Murça Já concluídas, estão as obras de recuperação no edifício assumidas pela autarquia e em curso está já a colocação de equipamentos, como a sala de audiências e os gabinetes, pois aquando

da decisão do encerramento do Tribunal, foi também decretado pela anterior ministra da Justiça, que todo o equipamento do tribunal fosse de imediato retirado. José Maria Costa, presidente da

autarquia, ainda se lembra “como a Câmara Municipal se recusou a fazer esse serviço, por não concordar com o fecho do Tribunal, enviaram para cá os militares e eles levaram tudo. Agora é necessário repor grande parte desse mobiliário”, recordou o edil. Quando foi decidido o encerramento do Tribunal de Murça, em 2014, no âmbito da reorganização do Mapa Judiciário decidida pelo anterior Governo, os autarcas murcenses, de todos os quadrantes políticos, manifestaram-se contra, opondo-se sempre ao processo de encerramento, quer pela apresentação de moções, quer por manifestações públicas, quer até pela recolha de assinaturas em forma de abaixo-assinado, junto da população de Murça. “Foi possível ao grupo de advogados constatar que a sala de audiências está de novo equipada e pronta a receber julgamentos, bem

como outros espaços que serão ocupados, todos os meios logísticos, mobiliário e equipamentos informáticos estão devidamente acautelados neste momento e serão monitorizados até à reativação do tribunal, que ao que tudo indica acontecerá a 4 de janeiro, após as férias judiciais”, referiu a autarquia murcense em comunicado. Na mesma hora em que acontecia a visita ao tribunal murcense, na Assembleia da República os deputados da comissão parlamentar de Direitos Liberdades e Garantias aprovaram na especialidade o novo mapa judiciário proposto pela ministra da Justiça, Francisca van Dunem, que assegurará esta reabertura, faltando agora apenas a votação final global da proposta de lei que ainda terá de ser alvo de redacção final, votada em plenário e publicada em Diário da República para poder entrar em vigor. E depende

ainda da aprovação em conselho de ministros de um decreto regulamentar. No final da visita o presidente da Câmara de Murça, não escondeu a sua satisfação com o reactivar deste tribunal extinto “vamos aproximar a justiça dos cidadãos, passando a ser praticados obrigatoriamente actos judiciais nesta secção de proximidade”. De acordo com José Maria Costa, a posição do Governo “repara uma injustiça. O encerramento do tribunal penalizou o concelho de Murça, um território de baixa densidade com uma população maioritariamente envelhecida”. A reactivação dos tribunais tem ainda como principal objetivo “combater a desertificação do interior” e “facilitar o acesso das populações ao essencial da oferta judicial”. A recordar ainda que o Tribunal de Murça foi construído de raiz na década de 1990 e custou ao Estado 3 milhões de euros.■


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Sernancelhe

Natal sem idade” realizou-se em Sernancelhe

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O Expo Salão de Sernancelhe recebeu, no dia 15 de dezembro, mais de mil seniores de todo o Concelho para a festa “Natal sem Idade”, iniciativa que se realiza há 15 anos. FOTO: DR

“Vem tanta gente à festa “Natal Sem Idade” porque é a maior e a mais bonita festa que jamais alguém promoveu para homenagear os pais e os avós do Concelho, gente que tanto trabalhou para o bem da nossa terra”, afirma a autarquia. “É esta a visão que o município tem da iniciativa e, ano após ano, procura que se cumpra, proporcionado aos mais idosos este momento singular de reencontro, de convívio, de troca de experiências e de partilha de uma ceia de Natal antecipada”. A missa foi o momento mais aguardado por todos. Num cenário onde mais de um milhar de pessoas assistem à cerimónia religiosa celebrada por párocos do Concelho de Sernancelhe. O sofrimento não acompanha as pessoas neste dia e os pensamentos são todos positivos, fazendo jus à ideia de que a mente é eternamente jovem, se a vivência passada foi plena, repleta e feliz. “A celebração religiosa é o ponto mais alto deste encontro “Natal Sem Idade”. Com um altar simples, decorado com duas grandes telas com imagens iguais às do interior da Igreja Românica de Sernancelhe, os sacerdotes tiveram a preocupação de adaptar as mensagens aos seus interlocutores e a mensagem é plena de sentimento, de emoção”, explica a autarquia. Este ano, o recém-criado coro de

Sernancelhe foi responsável pela animação musical da missa, dando um brilho extraordinário a toda a celebração. Já o ofertório, que tem a singularidade de ser um momento vivo de apresentação das freguesias pelos produtos que as simbolizam, deu a conhecer as Arnas e os bordados, o Carregal e Aquilino Ribeiro, Chosendo e a tecelagem, Cunha e as moedas, Escurquela e o pão, Faia e a latoaria, Ferreirim e o vinho, Fonte Arcada e o azeite, Freixinho e as cavacas, Granjal e as batatas, Lamosa e o leite, Macieira e o centeio, Penso e a farinha, Quintela e o queijo, Sarzeda e o feijão, Sernancelhe e a castanha e Vila da Ponte e os peixinhos do rio. “Símbolos reais de uma ruralidade característica do Concelho, mas também marcas identitárias do nosso povo, que perduram há séculos”. “A satisfação e bem-estar de quem acorre ao “Natal Sem Idade” são as maiores preocupações do município de Sernancelhe”, ideias reafirmadas na mensagem deixada pelo Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, “que elogiou a vida e o percurso de todos quantos assistem a este evento, que classificou como uma imagem e exemplo que Sernancelhe dá, sabendo agradecer, reconhecer e honrar todos os obreiros da nossa terra”. ■


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Alijó

Alijó está no caminho da recuperação financeira

Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses relativo a 2015 – Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC) – o Município de Alijó passou a integrar o grupo de Câmaras Municipais com melhor desempenho. FOTO: DR

Da análise do Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses referente ao ano de 2015, e no que diz respeito ao Município de Alijó, é de salientar que o município de

Alijó é o 16º município, num total de 308, e o 1º no Distrito de Vila Real, com menor peso das despesas com o pessoal no total da despesa paga. O pagamento da dívida ali-

joense continua a absorver grandes recursos contudo a autarquia tem honrado os compromissos assumidos que, de acordo com a Câmara Municipal, “sempre foi uma ban-

deira deste executivo”. Alijó ocupa a posição 37º no ranking dos municípios que mais diminuíram o seu passivo. Alijó foi o 5º município no país que mais melhorou o índice da

dívida total. O prazo médio de pagamento foi encurtado em 399 dias em apenas um ano – passou de 451 dias em 2014 para 52 dias em 2015. A autarquia alijoense foi também o 6º município, num universo de 308, que mais melhorou o prazo médio de pagamento a fornecedores. O município ocupa ainda o 7.º lugar no ranking nacional dos municípios com melhor resultado operacional. “Face a estes resultados que apontam no sentido da recuperação da saúde financeira do Município acreditamos que estamos a dar passos seguros no sentido de transformar o nosso Concelho de Alijó num espaço de oportunidades para todos, moderno e solidário onde possamos viver, trabalhar e ser felizes”, sublinhou a autarquia em comunicado.■ PUB

PROGRAMA DE APOIO AO EMPREENDEDORISMO COOPERATIVO


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 25

Albino Bento: “Temos um trabalho árduo pela frente”

Vários Concelhos

O Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos (CNCFS) situa-se no Brigantia EcoPark, em Bragança, e tem por objeto promover o desenvolvimento do setor dos frutos secos em Portugal, pela via do reforço da investigação, da promoção da inovação e da transferência e divulgação do conhecimento. O VivaDouro esteve à conversa com Albino Bento, presidente da direção da Associação. Leia a entrevista e fique a saber mais acerca da fileira dos frutos secos. Texto: Salomé Ferreira FOTO: DR

> Albino Bento, Presidente da direção do CNCFS Considera que a fileira dos frutos secos tem potencial a nível nacional? Tem um grande potencial. Desde logo porque temos condições climáticas ideais em grande parte do território. Além disso, temos zonas com existência de água para rega que nos permitem aumentar a produção. Por outro lado, somos deficitários no que toca aos frutos secos, o que quer dizer que o consumo de frutos secos está a crescer bastante. Há mercado interno para os frutos secos crescerem significativamente e é isso que está a acontecer em todo o território.

Nesse capítulo, o que pode fazer o Centro Nacional de Competências dos Frutos Secos para resolver essas falhas? O Centro já está a contribuir para esse dinamismo ao criar uma rede

O Centro está neste momento focado no projeto “Portugal Nuts”. Em que consiste esse projeto? É um projeto com várias ações previstas. Procura contribuir para um conhecimento mais aprofundado das várias fileiras. A esse nível estão a ser produzidos 18 estudos. Para cada uma das fileiras (castanha, amêndoa, noz, avelã, alfarroba...). São estudos que serão desenvolvidos até ao final do 1.º trimestre do próximo ano. O projeto também prevê a internacionalização das nossas empresas e dos frutos secos. Que outros projetos têm em curso neste momento? Estamos também a tentar, em cooperação com os Municípios, dar a conhecer o Centro. Queremos dizer às Câmaras Municipais que podem remeter potenciais investidores para o nosso Centro, porque nós

podemos ajudá-los a criar projetos e a desenvolver este setor. Temos também em vigor o concurso do melhor projeto de frutos secos do Norte de Portugal. O concurso foi lançado há cerca de um mês e o prazo de apresentação de candidaturas está prestes a terminar no final deste mês. Há um prémio monetário para o vencedor. Referiu sempre a importância dos seus associados. Atualmente, o Centro tem cerca de 40 associados. Quais são as maiores preocupações dos associados do Centro? É uma questão que deve ser dirigida aos nossos associados [risos]. O Centro é relativamente recente. An-

As presenças nas feiras internacionais são benéficas e necessárias ao setor? Penso que sim. Este setor precisa de afirmar-se e de dar-se a conhecer. Não sei se o retorno tem sido o esperado, pelo menos no que toca ao número de associados. Contudo, tem sido interessante participar nessas feiras, porque pedem-nos contactos das empresas que estão associadas a nós. Temos promovido esses contactos. Ainda não tem existido um crescimento no número de associados conforme desejávamos. Quais são os eventos que se seguem? Estamos a programar a participação em duas feiras internacionais - uma em Londres e outra em Berlim

– onde os nossos associados – empresas e cooperativas, sobretudo – irão estar presentes com o Centro para divulgar os frutos secos portugueses. Faz um balanço positivo dos meses de trabalho desta direção? O balanço é muito positivo. Brevemente, vamos ter uma Assembleia-Geral para apresentarmos o nosso relatório de contas e plano de atividades para 2017. Acreditamos que será um relatório interessante, apesar de só termos entrado em velocidade cruzeiro desde maio, com a aprovação do projeto “Portugal Nuts”. Relembro que as quotas dos nossos associados são relativamente baixas. O que espera para 2017? Temos um trabalho árduo pela frente. Queremos levar a cabo o projeto “Portugal Nuts”, que é muito exigente e propõe um conjunto de ações muito diversas. O projeto tem um prazo de execução de ano e meio, por isso vai ser necessário para cumprir o plano de atividades proposto. Esse será o foco principal para 2017. Também esperamos que o Centro se possa candidatar a novos programas e projetos. Além disso, queremos chegar aos 60 associados no próximo ano.■ FOTO: DR

O que faz falta para dinamizar ainda mais a fileira? O que faz falta em diversas zonas do país é a inexistência de água para poder regar uma parte importante das culturas. Nomeadamente em zonas mais quentes. Nessas zonas era importante rentabilizar o potencial de rega. Nas fileiras da avelã e da noz também faltam organizações de produtores reconhecidas.

que agrega mais de 40 associados ligados à produção. Esse trabalho está a ser feito com vários associados que têm vários projetos submetidos. São projetos que envolvem as empresas e os produtores e que criam esse dinamismo pretendido. Desta forma, procuramos dinamizar alguns setores e criar associações mais fortes em certas fileiras.

damos cerca de um ano a trabalhar com uma Comissão Instaladora que implementou os estatutos do Centro. Esta é a primeira direção do Centro, que tomou posse há cerca de um ano, e tem desenvolvido um trabalho estreito com os nossos associados. Temos estado presentes em muitas feiras e procuramos transferir o nosso conhecimento para os produtores. Essa tem sido a nossa missão e julgo que os associados estão contentes com o trabalho desenvolvido.


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Lamego

Lamego debate segurança rodoviária durante o inverno Com o inverno à porta, ameaçando o aparecimento das primeiras perturbações na circulação de pessoas e bens, várias entidades públicas e privadas reuniram-se, no Centro Multiusos de Lamego, com o objetivo de melhorar a comunicação entre os intervenientes que têm a responsabilidade de garantir a segurança rodoviária nos distritos de Viseu e Vila Real. FOTO: DR

Promovido pela Operscut, empresa responsável pela exploração e manutenção corrente da A24, o VIII Fórum de Viabilidade Invernal foi “muito importante para

melhorar os resultados positivos conseguidos nas últimas campanhas” e minimizar eventuais repercussões provocadas pela queda de neve e gelo ao nível da mobilidade.

Tendo como principal objetivo a melhoria da comunicação entre os intervenientes que garantem a segurança rodoviária nos distritos de Viseu e Vila Real., foram aborda-

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das duas perspetivas de operação em tempos de frio ou ocorrências de neve. Vítor Baía abordou a temática “Previsões meteorológicas em período invernal” e a Operscut

fez, por outro lado, a apresentação pública da “Operação de Manutenção Invernal na A24: Soluções adaptadas – práticas e melhorias”. Na sequência de anteriores edições deste encontro, já foram colocadas em prática algumas alterações ao nível dos procedimentos de prevenção e combate a episódios de formação de gelo ou queda de neve, bem como o reforço da troca de informações entre as várias entidades. A reunião de trabalho contou com a cooperação da Câmara Municipal de Lamego.Em simultâneo, estiveram em exposição, no exterior do Centro Multiusos, alguns meios móveis utilizados por várias forças de intervenção na limpeza das estradas.■

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O Município de Armamar deseja a todos...Boas Festas!


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 27

Vários Concelhos

Cuca Roseta na Passagem de Ano em Torre de Moncorvo

João Paulo Fonseca recebeu deputados da Comissão da Agricultura

A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo organiza um concerto de passagem de ano, no dia 31 de Dezembro.

João Paulo Fonseca esteve reunido em Armamar com um grupo de deputados da Comissão da Agricultura que se deslocaram ao Douro para melhor conhecer o potencial da região e também os constrangimentos existentes.

o disco “Riû”. Em 2016, a fadista cantou em mais de 120 concertos, em Portugal e no estrangeiro.■ FOTO: DR

No encontro o Presidente da Câmara Municipal de Armamar transmitiu algumas das preocupações dos agricultores como o funcionamento do programa de apoio à reestruturação e reconversão da vinha (VITIS). Referiu a demora na análise às candidaturas, assim como a alteração das regras de apresentação das mesmas que surgiram já depois de formalizadas. Trata-se, no entender do Autarca, de uma alteração “a meio do jogo” com penalização para o agricultor. João Paulo Fonseca falou ainda do atraso do Plano de Desenvolvimento Rural (PDR) e pediu aos deputados empenho no acompanhamento destas e de outras ques-

tões. As preocupações dos agricultores, partilhadas pelo autarca de Armamar, “são importantes na medida em que a agricultura e o setor primário são o principal motor da economia do município”, defende a autarquia.■ FOTO: DR

Do programa faz parte a atuação dos Namari, pelas 22h30, da fadista Cuca Roseta, pelas 00h10, e do Dj Nerik, pelas 01h30. No decorrer dos concertos terá ainda lugar uma sessão de fogo-de-artifício. Os concertos realizam-se no largo General Claudino, junto à Igreja Matriz de Torre de Moncorvo. Cuca Roseta é uma das mais prestigiadas vozes da nova geração do Fado. Foi a convite de Gustavo Santaolalla que gravou o seu primeiro disco, “Cuca Roseta”, do qual veio a receber os mais elevados elogios por parte do público e da crítica nacional e internacional. Em 2013, editou o álbum “Raiz”, onde se assume como compositora e letrista da maior parte dos temas, e em 2015 edita

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Feliz Natal e Bom Ano 2017


A Conta Satélite da Economia Social

Eduardo Graça Presidente da Direcção da CASES

Em 20 de dezembro do presente ano será divulgada a Conta Satélite da Economia Social (CSES), com base em dados de 2013, realizada pelo INE em parceria coma

CASES. Trata-se de um projeto da maior relevância para o setor da Economia Social, e para o setor cooperativo, que permitirá atualizar a informação estatística acerca do setor que antes havia sido divulgada com base em dados de 2010. Infelizmente, no momento em que escrevo, não me é permitido divulgar os dados estatísticos acerca do setor da Economia Social e cooperativo que a CSES vai revelar, mas auguro que os mesmos sejam estimulantes para a generalidade do setor que, nas suas atividades do dia-a-dia, muito contribuem para a criação riqueza e emprego e, mais do que tudo, para a coesão social. Por vezes somos tentados a não valorizar o suficiente os projetos que, em diversas áreas de atividade, são concebidos e concretizados pelos portugueses, organizados sob as mais diversas formas. No plano estatístico, a CSES portuguesa tem sido recebida, a nível internacional, como um instrumento inovador pela metodologia

que adota e, em particular, por permitir dispor de uma visão de conjunto, congregando todas as “famílias” da Economia Social e permitindo medir o seu peso na economia nacional, em particular, no que respeita ao emprego e à criação de riqueza. Estimamos que os dados da CSES/2013 sejam reveladores do enorme potencial do setor da Economia Social para a criação de riqueza e, em particular, para a criação de emprego remunerado que deverá ter crescido, em 2013, face aos 5,5% do emprego remunerado nacional revelados pela conta com dados de 2010. Se assim for, estaremos perante um progresso na aproximação à média do emprego remunerado criado pelo setor da Economia Social na EU, que se estima seja de cerca da 7,5%. Salvaguardadas as inevitáveis mudanças no processo de elaboração da CSES, que agora será divulgada, ela enceta uma série estatística que auguramos possa ser consolidada nos próximos anos,

pois dessa forma poderá cumprir, plenamente, os seus objetivos. Dessa forma serão permitidas realizar comparações da evolução no tempo, do peso e relevância do setor da Economia Social na economia e sociedade portuguesa em geral. Tal é relevante não só para a orientação das políticas de gestão das entidades da Economia Social, como para a definição das políticas públicas dirigidas ao setor de responsabilidade dos governos.

As Cooperativas e a Segurança Alimentar

Aldina Fernandes Secretária- Geral Adjunta da CONFAGRI

De 11 a 13 de Outubro realizou-se no Quebeque uma importante Cimeira Internacional de Cooperativas. O objetivo foi o de refletir sobre

a capacidade de atuaçãodas cooperativas a nível social, ambiental e económico. Representando actualmente mais de 2,6 milhões de empresas, mais de 1,3 biliões de membros e cerca de 15 % da economia mundial, as empresas cooperativas, foram o primeiro grupo mundial de empresas a apoiar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. As cooperativas, pela sua natureza e pelos seus valores, reafirmaram nesta Cimeira estar em condições de concretizar os compromissos da ONU em favor do desenvolvimento sustentável. Um das principais áreas de actuação, em que o poder de agir das cooperativas, nomeadamente as do ramo agrícola,pode ser decisivo, diz respeito à segurança alimentar. Considerando que em 2050, a população mundial alcançará9 biliões de pessoas, o que exige um aumento 60% da produção agrícola, o sector cooperativo mundial representado na Cimeira, comprometeu-se a apoiar a

segurança alimentar mundial, do seguinte modo: - Tornando-se uma ferramenta indispensável para organizar e comercializar a produção agrícola - Melhorando a produtividade e sustentabilidade das explorações agrícolas, nomeadamente as de natureza familiar e pequena dimensão - Facilitando o acesso às terras agrícolas e à água, assim como a manutenção da propriedade local - Melhorando o acesso dos pequenos agricultores ainstrumentos essenciais como a energia, serviços financeiros, informação, conhecimento e tecnologias - Favorecendo a renovação geracional do sector agrícola, em especial apoiando a preparação dos jovens - Fazendo ouvir a voz dos pequenos agricultores, junto dos governos para que adoptem e implementem políticas eficazes - Apoiando o papel das mulheres na produção agrícola, facilitando a sua formação e acesso à informação

e tecnologias - Ajudando a mitigar o impacto da insegurança alimentar, em particular o aumento dos preços dos produtos alimentares e a perda de colheitas As cooperativas agrícolas portuguesas, apesar das muitas dificuldades que enfrentam, cumprem na sua açãodiáriamuitos destes desafios. Porém, cada cooperativa de per si ou conjuntamente, através do reforço da intercooperação, pode elevar a níveis superiores a dimensão qualitativa e quantitativa da suaação, associando-se ao compromisso mundial do cooperativismo, de agir em prol um desenvolvimento mais sustentável.

O Douro sabe bem.


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Opinião

Novas Dinâmicas para o Douro

António Fontainhas Fernandes Reitor da UTAD

A classificação do Alto Douro Vinhateiro

por umanova geração de enólogosde

cola e afins, abrangendo a gestão econó-

volvimento de novos conceitos e marcas;

como Património da Humanidade foi ce-

dimensão internacional, que apostou

mica da vinha e do vinho, os processos

Na

lebrada no passado dia 15 de dezembro.

na qualidade, diferenciação dos vinhos

da viticultura inteligente, do ambiente e

gastronomia,articulados

Aproveito este momento para efetuar

e em práticas sustentáveis.Na primei-

qualidade,do marketing e enoturismo.

narrativa

cultural,

uma breve reflexão, retrospetiva e pros-

ra década do século vinte, a exemplo de

O futuro do Douro enquanto labora-

estruturas

locais

petiva, sobre a atividade que aUTADtem

outras regiões, registou-se um razoável

tório de desenvolvimento sustentável

lorizando

a

vindo a desenvolver na região do Douro.

investimento público e privado em aces-

exige dinâmicas inteligentes e inovado-

Na valorização de domínios do de-

Desde o processo de renovação do Douro

sibilidades rodoviárias, infraestruturas

ras, em que a Universidade deverá ter

senvolvimento sustentável aos quais a

impulsionado pelo PDRITM na década

culturais, hoteleiras e vitivinícolas,que

um papel preponderante. Esta estraté-

cultura adiciona um valor acrescido,

de oitenta,a Universidade teve um papel

mudaram a paisagem, mas não lhe re-

gia exige alavancar novas dinâmicas:

mediante expressões culturais e práti-

crucialna reconversão da vinha e em es-

tiraram o valor universal excecional.

No aumento do valor acrescentado

cas artísticas, a preservação do patri-

tudos da fileira vitivinícola. Na década

Recentemente, a UTAD tem vindo a fo-

do valor do vinho e acriação de pro-

mónio material e imaterial,bem como

de noventa, marcada pela internaciona-

calizar-se em dinâmicas de conhecimento

dutos diferenciados de elevado valor;

a promoção da diversidade cultural.

lização dos vinhos do Douro e o início

e de inovação numa apostade ambição in-

Na aposta numa inovadora carteira de

Ao longo da sua história, a UTAD tem

da candidatura a Património Mundial, a

ternacional, como a Plataforma de Inova-

atividades

económicas,considerando

assumido um forte compromisso com

UTAD manteve sempre um papel cru-

ção da Vinha e do Vinho. Este projeto será

mercados mais globalizados e competi-

a Região do Douro,a qual será uma das

cial. Esta influência viria a ser acentuada

um forte impulsionador da fileira vitiviní-

tivos, que reforcem a aposta no desen-

principais bandeiras da Universidade.

promoção

do

turismo

e

com

uma

potenciando existentes

chancela

da

e

as va-

UNESCO;

Desafios para a viticultura europeia em encostas íngremes e terraços

Manuel de Novaes Cabral Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP)

O antigo presidente da OIV, Ma-

gerirem com êxito as suas empresas de-

num destino turístico e num polo de in-

em regiões de montanha. Alguém disse

rio Fregoni, classificou como heróis os

vido aos custos elevados e a mercados

vestigação e de desenvolvimento. Os pro-

“o mundo é plano”: estas regiões são tudo

nossos viticultores que desenvolvem a

com políticas agressivas de preços. Vi-

dutores, os comerciantes, as associações,

menos planas. Se estas áreas de cultivo

sua atividade em encostas ingremes e

vemos num mercado global, onde os

o Estado, sobretudo através do IVDP, e

forem abandonadas, estaremos perante

socalcos: uma viticultura de montanha.

vinhos provêm de várias regiões, com

a Universidade, tiveram e têm um papel

um problema de imagem para o mundo

Temos algumas no mundo que são uma

características e custos diversos. Ser

determinante no desenvolvimento eco-

dos vinhos, no geral, para as regiões em

expressão do esforço humano na trans-

competitivo em mercados que, tantas

nómico desta região, agreste para os viti-

questão, em particular. Sabemos, tam-

formação da paisagem numa região vití-

vezes, são “cegos”, não é fácil, pois não

cultores, belíssima aos olhos dos turistas.

bém, que em certas regiões, é muito difí-

cola. Estas regiões são a expressão dum

são compensados aqueles que transfor-

Torna-se necessário garantir a ma-

cil produzir outro tipo de produto. É este

território (terroir), desafiador para os

maram a paisagem, permitindo uma

nutenção da população rural, a econo-

viticultores. Um desafio que significou,

cultura numa região que, doutro modo,

mia destas regiões e os vinhos únicos que

Isto significa que teremos de en-

várias vezes, gerações de trabalho duro

não teria alternativas económicas viáveis.

são aqui produzidos e cujas característi-

contrar formas de reduzir os custos de

em condições que hoje não conseguimos

Temos que comunicar esta mensagem

cas ímpares são resultado da paisagem

produção nestas regiões, preservando

imaginar.

ao consumidor, diferenciando os nossos

feita de encostas íngremes e terraços.

as encostas íngremes e os socalcos, mas

Nunca deveremos esquecer que muitos dos nossos vinhos, especialmen-

produtos oriundos de encostas íngremes e de terraços. Como fazê-lo?

o caso da Região Demarcada do Douro.

No entanto, existem vários desafios.

antes auxiliando os viticultores no uso

Por vezes, preferimos seguir o caminho

de novas técnicas. De facto, existe uma

te as DOP e IGP, são uma expressão de

A Região Demarcada do Douro é

mais fácil. De facto, observamos uma

grande necessidade de inovação tecnoló-

trabalho humano, conhecimentos e uma

um bom exemplo do esforço feito pelos

redução de encostas íngremes e terraços

gica (drones, robots, etc.).

herança cultural. Uma herança cultural

viticultores. É, também, um bom exem-

na viticultura dadas as dificuldades eco-

composta por difíceis trabalhos na paisa-

plo do sucesso de uma região, dos seus

nómicas.

gem, com custos muito elevados.

vinhos, das DOP Porto e Douro e da sua

Obstáculos, dificuldades, problemas

força de transformação ao converter-se

são um desafio diário para os viticultores

É muito difícil para os vinicultores

Para além da tecnologia, não podemos esquecer que uma imagem vende e um produto com uma boa imagem vende ainda mais.

15 Anos de Alto Douro Vinhateiro Património Mundial

Ricardo Magalhães Vice-Presidente da CCDR-N

O dia 14 de dezembro tem sido, e

que a internacionalização do Douro

Por outro lado, o Douro Patri-

(nacionais e internacionais) que agru-

continuará a ser, um momento de ce-

tem sido uma aposta clara e o retor-

mónio da Humanidade é, ainda, um

pem parceiros decididos e apostados

lebração no Alto Douro Vinhateiro por

no já está à vista. As quintas abriram

espaço desfavorecido que apresenta

em acrescentar novos capítulos à his-

se assinalar o dia em que a UNESCO

as suas portas a visitantes que procu-

indicadores económicos e sociais que o

tória do Alto Douro Vinhateiro. Sem

atribuiu o selo Património Mundial

ram novas histórias, novos sabores,

colocam na cauda dos espaços regionais.

exagero, há uma consciência clara que

ao nosso território. Este ano atingi-

novos vinhos que vão dando corpo

Em todo o caso, percebem-se ven-

novos horizontes se teriam de rasgar,

mos o patamar dos 15 anos, muito

a novas fórmulas e ofertas turísticas.

tos de mudança. No palco da região

por forma, a projetar o excecional pa-

perto da maioridade desta distinção.

O Douro aproximou-se do mun-

há novos atores, públicos e privados

trimónio existente na região vinhateira.

Para avaliarmos o que o Douro

do também ao nível dos acessos e o

que terão de se articular e concentrar

Temos de estar de acordo: o Douro

ganhou desde que detém a chancela

Plano Rodoviário está já cumprido.

numa estratégia comum. É tempo de

já mudou, e mudou muito. Cabe-nos dar

da UNESCO, temos de ser rigorosos

Ao Douro pode chegar-se de carro,

contrariar a dispersão de vontades,

continuidade a esta mudança e aprovei-

para concluir que vamos no bom cami-

barco, comboio ou avião. Que outras

de meios, de recursos que são campo

tar a extensa margem de progresso que

nho sobretudo no que respeita à aber-

regiões de baixa densidade têm um

fácil para o desperdício e o conflito.

este Património Mundial nos oferece.

tura da região ao mundo. Desde 2001

acesso tão diversificado como esta?

Há que estabelecer redes e sistemas


30 VIVADOURO DEZEMBRO 2016

Opinião

Enclave do Douro Sul

Domingos Nascimento

Queremos abraços bons, não dos que nos asfixiem! Não estamos encravados em soberanias hostis, mas estamos rodeados de dinâmicas que nem sempre nos tem em conta! A Norte Vila Real, a Sul Viseu! De um lado soluções que não nos tem cabalmente em conta e que salvaguardem a equidade. Do Sul, um afastamento forçado, depois de um passado de parentes pobres. Isto em muitas áreas, mas muito vincadamente na saúde. Hospitais: O Centro Hospitalar Trás os Montes e Alto Douro, onde se integra a Unidade Hospitalar de Lamego; O Centro Hospitalar Tondela Viseu para onde referencia uma parte dos concelhos do Douro Sul - Penedono, Sernancelhe e Moimenta da Beira.

Neste contexto o Hospital de Lamego vai caminhando para um vazio funcional já com custos elevados para os cidadãos desta região. Nos Centros de Saúde : um Agrupamento, com uma missão relevantissima mas que se fechou em não soluções. Um apoio à gestão bom, uma governação clinica competente, mas uma Direção executiva sem estratégia e sem capacidade de promover proximidade e desenvolvimento de soluções. Há dois anos sem nada que acrescente valor e permita o melhor acesso a cuidados, como por exemplo, novas usf - unidades de saúde familiar e novas equipas de cuidados continuados no domicílio - só Tarouca tem! Para a saúde no Douro Sul há certamente várias hipóteses de caminho: continuarmos com a

cabeça na areia afirmando que a culpa é deste ou daquele governo; ficarmos na esperança que quem manda, lá em Lisboa ou no Porto, arranjará uma solução; a outra hipótese é darmos ao pedal e encontrarmos nós a solução que melhor sirva as pessoas e os profissionais da saúde. Assim, neste situação não podemos continuar! Responsáveis da região querem contribuir para uma nova realidade na área da saúde no Douro Sul. Não sendo eventualmente a solução perfeita e certamente discutível, a criação de uma ULS - Unidade Local de Saúde, com o hospital de Lamego, com os cuidados de saúde primários e, devidamente enquadradas, parcerias com as Ipss e Municípios. Esta “ ULS “ promoveria um

mais ajustado programa funcional para o Hospital de Lamego e em patologias ou serviços que de todo não tivéssemos resposta, ou as outras fossem mais diferenciadas, Vila Real ou Viseu seriam a solução. Esta opção mudaria tudo: tornava mais eficientes os serviços de saúde, teríamos melhores e efetivos e integrados cuidados para os nossos cidadãos e de real proximidade. Para realidades diferentes e concretas as estratégias têm que ir ao seu encontro, dando respostas adequadas às reais necessidades das pessoas. Há urgência no encontrar de soluções. É imperioso vir ao terreno construir respostas em saúde. Ninguém pode deixar de se envolver nesta discussão e neste trabalho.

alta pode levar ao estrabismo. No caso do astigmatismo, é das anomalias mais comuns, as pessoas apresentam um formato irregular da cornea ou cristalino. Normalmente os sintomas são: ver os objectos desfocados ou distorcidos, dores de cabeça cansaço visual e confusão em distinguir letras semelhantes. Embora seja dos nomes mais desconhecidos a presbiopia é um processo natural que pode ocorre após os quarenta anos, e está associa-

do ao envelhecimento do olho,isto irá provocar dificuldades nas tarefas de perto. Para além das habituais dores de cabeça e fadiga ocular, o ato de afastar o jornal ou o livro que está a ler, para conseguir ver nitido, a dificuldade em enfiar a linha numa agulha são os sinais principais neste caso. Caso se identifique com algum destes quadros, não hesite em procurar-nos. Temos ao seu dispor consultas gratuitas e uma equipa de excelência!

O olho Humano, um orgão muito especial

João Luis Optometrista Multiopticas Oliveiras

Os seres vivos têm a capacidade de poder observar o mundo através de um orgão muito especial: o olho. O olho Humano, é semelhante a uma câmara fotográfica, se algum dos seus componentes não funciona corretamente, a imagem deixa de ser focada sobre a retina. A falha deste componentes leva à diminuição da capacidade visual e consequentemente ao aparecimento de erros refractivos , tais com a miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia,que após serem diagnosticados podem ser corregidos com óculos, lentes de contacto ou até mesmo com cirugia. A miopia provoca a dificuldade na visão ao longe e ,até certo ponto não sentem dificuldades na visão próxima. Este tipo de problema manifesta-se frequentemente durante a infância, sendo normalmente diagnosticado entre os primeiros anos escolares e a adolescência. Os sinais/ sintomas mais comuns num miope são as dores de cabeça, fadiga ocular e semi-serrar os olhos para ver com nitidez ao longe. No que toca à hipermetropia, as

dificuldades ao longe vão passando despercebidas. Hipermetrope começa por sentir mais dificuldades na visão ao perto. Dependendo do grau do problema os sintomas variam entre , dores de cabeça, olhos vermelhos e doridos ou com alguma comichão, ligeira desfocagem em tarefas ao perto, desorientação na leitura. Este tipo de erro refractivo deve ser corrigido rapidamente pois em estado avançado pode levar a dificuldades na visão de longe. Nas crianças uma hipermetropia


VIVADOURO DEZEMBRO 2016 31

Lazer RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO

Sopa de letras do VivaDouro

Um homem entra no café, dirige-se a outro que está sentado e pergunta:

Chef João Paulo Rodrigues

ARROZ DE TAMBORIL

- Você é que é o Silva dos Plásticos, não é?

Ingredientes:

Sem lhe dar tempo para responder, prega-lhe uma valente bofetada e sai sem dizer mais nada.

• 1 cebola média picada • 4 tomates maduros sem pele cortado em cubos

O empregado vira-se para o lesado e diz:

• Meio pimento verde aos cubos • Meio pimento vermelho aos cubos

- Então você leva uma bofetada dessas e não diz nada?

• 2 dentes de alho picados • 2 folhas de louro • 1 cubo de caldo de peixe • 2 dl de azeite • Meio copo de vinho branco • 400g de amêijoa • 12 camarões

Piada de bolso:

NATAL - PRESENTE - RABANADA - SONHOS BACALHAU - PERU

- Quero lá saber! Eu não sou o Silva dos Plásticos!...

- Lelo Libras

• 380g de arroz • 1l de água • 1 coentros picados • Sal q.b. • Pimenta q.b. • 800g de lombo de tamboril cortado em postas

Preparação:

Desafio VivaDouro

solução:18

Num tacho largo, leve ao lume o azeite, a cebola picada, os alhos picados, o pimento vermelho picado, o pimento verde picado e as folhas de louro. Deixe refogar durante 5 minutos. Junte o tomate e deixe refogar mais 5 minutos. Depois de tudo refogado, junte o tamboril. Tempere com sal e pimenta. Junte o cubo de caldo de peixe e regue com o vinho branco. Deixe ferver. Quando começar a ferver, vire o tamboril e deixe cozinhar mais 5 minutos. Junte o litro de água e deixe ferver. Depois de ferver, junte o arroz. Deixe cozer durante 10 minutos. Junte os camarões e as amêijoas. Deixe cozinhar mais 7 minutos. Depois de tudo cozido, apague o lume. Junte os coentros picados, mexa tudo e sirva.


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