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Festa Pombalina realiza-se em São João da Pesqueira P. 16 e 17
Tarouca Festas do concelho animam população em setembro P. 14
Carrazeda de Ansiães Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite levou milhares de visitantes ao concelho P. 15
Paisagem do Douro deslumbrou participantes do Rali Mesão Frio P. 6 e 7 PUB
2 VIVADOURO AGOSTO 2016
Editorial
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros leitores,
Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Ana Portela Salomé Ferreira (TP-2313) Departamento comercial: Ana Pinto Tel.: 910 165 994 Serafim Ribeiro Tel.: 910 600 079 Sofia Lourenço Tel.: 917 120 684 Paginação: Bruno Duque Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Colaboradores: António Costa, António Fontainhas Fernandes, Emídio Gomes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Caldas, Sandra Neves e Silva Fernandes. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org
Próxima Edição 21 de setembro
POSITIVO Douro Locomotiva histórica do Douro e idosa comemoram juntos 91 anos.
NEGATIVO
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Acaba Agosto, acabam as festas populares durienses e deixam-nos a maior parte dos emigrantes que muito ajudaram a abrilhantar as terras e os lugares da região. E começam as festas do Outono e das colheitas, muito mais pensadas para outros turistas, para os operadores comerciais e para a população mais residente, muitas vezes celebrando as colheitas e os produtos da terra. Pelos municípios, pelas terras e pelos lugares há um
sentimento de pertença, um amor incondicional que se vê e que se sente na forma como os visitantes acarinham as suas feiras, as suas festas, os seus produtos e os seus serviços. O grau de empenho que a maior parte dos autarcas (não só dos municípios mas também das freguesias e até muitas vezes sem serem pessoas responsáveis pelos executivos) da região coloca nestas festas e nas feiras locais de Outono é brutal e é bem visível na qualidade das realizações, na sua maioria fruto da abnegação e da vontade destas pessoas de concretizar os resultados e para que as populações as possam aproveitar e potenciar.
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José Ângelo Pinto
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org
Douro Avolumam-se as queixas contra serviço da CP na linha do Douro. Carruagens lotadas, falta de lugares sentados, atrasos e supressão de comboios são as queixas apontadas pelos utilizadores.
Sumário: Breves Páginas 4 e 5
“Fogos de Verão”
Reportagem VivaDouro Páginas 6 e 7 Vila Real Páginas 8 a 11 Destaque VivaDouro Páginas 16 e 17 Lamego Páginas 20 e 21 Cooperativismo Página 26 a 28 Vários Concelhos Páginas 12 a 15, 18 a 19, 22 a 25 Opinião Páginas 29 e 30 Lazer Página 31
Luís Braga da Cruz Engenheiro Civil
Vou abordar os fogos de verão mas apenas a partir de ensinamentos que a minha actividade cívica e política me trouxe. Há cerca de 25 anos, a CCRN apoiou a criação de associações de produtores florestais. Tínhamos a noção de que a floresta portuguesa era eminentemente privada e que as intervenções de ordenamento florestal deveriam partir de organizações colectivas de proprietários e numa base territorial adequada (por NUT III, que hoje correspondem às CIM). Estas associações já são mais de três dezenas aliando capacidade técnica de planeamento e acção preventiva, esta através das suas brigadas de sapadores florestais. Estão federadas numa organização em termos nacionais - a FORESTIS - que muito tem contribuído para uma melhor gestão florestal, difundindo boas práticas, representando e defendendo os interesses dos proprietários, em especial para compensar o défice de atenção por parte do Estado e das suas estruturas distantes. Reconhecemos que os bombeiros têm vindo a ser mais eficientes, associando capacidade de coordenação à sua tradicional generosidade. No entanto, o recurso a meios de intervenção pesada no combate ao fogo, não pode ser a solução de fundo para atacar o problema. Sendo a maioria das ignições provocadas por mão criminosa, as populações ficam revoltadas quando dão conta que o incendiário não é devidamente castigado pelo seu acto ilícito. Sabendo dos muitos diagnósticos produzidos por especialistas, custa reconhecer a falta de continuidade das políticas públicas de apoio à conservação da floresta e de protecção de terrenos incultos de valor ecológico e ambiental. Não basta tentar obrigar os proprietários do minifúndio florestal a limpar os matos para reduzir a matéria combustível. Eles só o poderão fazer se sentirem que tal despesa contribui para extrair valor económico da floresta. Além disso, a exploração sustentável da floresta só se pode alcançar em operações técnicas de maior escala, correctamente planeadas e sob formas que estimulem intervenções por via associativa. Para isso têm de ser criadas condições de estímulo financeiro e fiscal. Os custos destas operações serão sempre muito inferiores ao dano global que os fogos de verão criam na Economia Portuguesa. O impacto que trarão aos cofres do Estado também será inferior aos encargos com os meios pesados de combate aos incêndios. Ao produtor florestal consciente, em especial quando comprometido em soluções colectivas, cumpre uma missão patriótica de valorização do património ambiental, merecendo ser pago pelas externalidades que gera. Aliás, foi para isso que o Fundo de Fomento Florestal foi criado. Mas infelizmente tem sido desviado para socorrer outras obrigações do Estado sem relação directa com a gestão florestal.
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Breves
FOTO: DR
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Inaugurada “Wine House” em Carrazeda de Ansiães para promover produtos regionais
Exposição de Poesia ilustrada em Freixo de Espada à Cinta Pela primeira vez Natália Sapage, expôs a sua obra em Freixo de Espada à Cinta, sua terra Natal. O evento que teve lugar no Convento de S. Filipe de Nery foi inaugurado a 11 de agosto e esteve patente até ao dia 30 de agosto. “Mais uma vez este executivo Camarário valoriza a cultura e orgulha-se com o excelente trabalho de uma Freixenista que, desta forma, pretende honrar a sua terra”, afirma a autarquia.
Vitorino sobe ao palco na primeira noite da Expodemo Na primeira noite da Expodemo, 16 de setembro, em Moimenta da Beira, Vitorino subirá ao palco para um concerto memorável. O cantor e autor de “Menina estás à janela”, uma das canções mais emblemáticas do imaginário coletivo português, e de “Leitaria Garret” ou de “Queda do Império”, entre tantas outras, foi companheiro de palco e cantigas de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Fausto, Sérgio Godinho e outros nomes fundamentais da música portuguesa dos últimos quarente anos.
International Folk Vale Varosa A Casa do Paço de Dalvares foi palco de mais uma mostra internacional de Folclore. Pelo palco passaram grupos provenientes dos mais variados países como Argentina, Cazaquistão, Colômbia, Equador, Panamá, Portugal, Sérvia e Turquia, numa grande manifestação de folclore de todo o mundo, onde prevaleceu a valorização e divulgação das culturas tradicionais, a diversidade e intercâmbio cultural e a dinamização associativa.
Homenagem a António Monteiro Cardoso em Freixo de Espada à Cinta Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta vai realizar, no próximo dia 8 de setembro, uma homenagem, a título póstumo, a António Monteiro Cardoso. Com este ato, realizado na data de nascimento do homenageado, pretende-se realçar o autor e investigador nascido em Freixo de Espada à Cinta, terra que evocou no romance histórico “As Boas Fadas Que Te Fadem”.
Foi inaugurado no passado dia 8 de julho um novo espaço turístico dedicado à divulgação e comercialização de vinhos e produtos regionais em Carrazeda de Ansiães. A antiga Casa dos Cantoneiros, foi transformada numa “Wine House”, onde segundo o presidente da Câmara Municipal José Luis Correia, este novo espaço vem juntar-se a outras infraestruturas de interesse turístico que o concelho já possui como o Museu da Memória Rural em Vilarinho da Castanheira, o Núcleo Museológico do Azeite na Lavandeira, o Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães e o Parque Internacional de Escultura em Carrazeda de Ansiães.
Iª Ação de Sensibilização Produção e Conservação de Vinhos Caseiros em Freixo A Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta organiza, nos dias 31 de Agosto e 1 de Setembro, a Iª Ação de Sensibilização Produção e Conservação de Vinhos Caseiros. Com um programa de 6 horas, repartidas pelos dois dias (das 18h00 às 21h00), pretende-se informar os participantes das técnicas e métodos a considerar em todo o processo de produção vinícola. A ação, que decorre pela motivação e solicitação dos participantes na IIª Edição do Concurso de Vinhos Caseiros, será orientada por Lisete Osório, consultora vinícola.
Seleção da Estónia treina no Centro de Alto Rendimento do Pocinho e conquista medalha nos Jogos Olímpicos A seleção olímpica da Estónia, que estagiou este ano no Centro de Alto Rendimento do Pocinho, conquistou uma medalha de bronze na categoria masculina de skull 4 dos Jogos Olímpicos Rio2016.
Município de Alijó assinou contratos de empreitadas FOTO: DR
Foram assinados em agosto, na Câmara Municipal de Alijó, dois contratos para a realização de empreitadas.O primeiro visa a construção e reparação de muros degradados nas localidades de Franzilhal, Safres, Vale de Mendiz, Casal de Loivos e Pinhão.A segunda empreitada será realizada pela firma Maria Ângela Pereira e trata-se de uma ampliação, conservação e reparação de redes de água no concelho.
Dinâmica Musical em Vila Nova de Foz Côa Decorreu nas últimas duas semanas uma atividade de dinâmica musical liderada pelo maestro João Ricardo de Barros Oliveira, que começou com a realização de ensaios diários e terminou com dois espetáculos em Vila Nova de Foz Côa, o primeiro no Parque de Santo António no dia 18 de Agosto e o segundo nas Piscinas Municipais a 19 de Agosto, inserido no Festival da Juventude Côa Summer Fest.
Torneio Inter-Freguesias de Futsal de Tabuaço
“Crescer a Sorrir” visita Régiefrutas
FOTO: DR
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Em plena época alta da campanha do sabugueiro no concelho, o presidente da Câmara Municipal de Tarouca, Valdemar Pereira, foi o cicerone da visita guiada que as crianças do Ateliê de Atividades Ocupacionais e Orientação Escolar “Crescer a Sorrir” que visitaram a Régiefrutas, unidade de recolha e transformação da baga do sabugueiro, situada em Dalvares.
A Câmara Municipal de Tabuaço organizou o habitual Torneio Inter-Freguesias de Futsal, no pavilhão gimnodesportivo, que decorreu entre os dias 16 de julho e 21 de agosto. Este ano participaram as freguesias de Adorigo, Arcos, Barcos, Chavães, Desejosa, Granja do Tedo, Longa, Santa Leocádia, Sendim, Távora, Tabuaço e Valença do Douro.
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Breves
A Revista literária “aquilino”, editada pelo município de Sernancelhe, foi apresentada, no dia 15 de julho, na Bertrand do Chiado, em Lisboa, momento que contou com a presença do neto do escritor. Na semana seguinte, a publicação dedicada a Aquilino Ribeiro seria mesmo a mais vendida, atingindo o top de vendas naquela livraria lisboeta.
Escola Profissional de Sernancelhe comemora 23 anos de existência A ESPROSER – Escola Profissional de Sernancelhe completou, no dia 29 de julho, vinte e três anos de existência. De acordo com o município, “a Escola desempenha um papel educativo notável no Concelho e na região, formando centenas de jovens, dando-lhes uma especialização e uma profissão, preparando-os para o mercado de trabalho e contribuindo decisivamente para o seu futuro”. A ESPROSER ganhou notoriedade ao conseguir bons índices de empregabilidade dos seus alunos, mantendo protocolos com mais de uma centena de empresas de todo o País.
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No passado dia 1 de agosto teve lugar a primeira sessão do projeto “CLDS Moncorvo 3G” com a presença da entidade promotora, a Santa Casa da Misericórdia de Torre de Moncorvo, e os vários parceiros entre eles o município de Torre de Moncorvo. Este projeto com a duração de 36 meses foi candidatado ao POISE, tendo sido aprovadas 27 ações com um valor total de 362 239,85€. O Moncorvo 3G é constituído por 3 eixos de intervenção, um relacionado com o emprego, formação e qualificação, um outro sobre intervenção familiar e parental preventiva de pobreza infantil e um terceiro sobre capacitação das comunidades e das instituições.
Dia dos Avós em Armamar Armamar celebrou o Dia dos Avós, uma data que se assinala anualmente em Portugal e no Brasil. A festa teve lugar no Monte de São Domingos, em Fontelo, onde se desenrolaram diversas atividades lúdicas e de bem estar, em momentos de conversa e reflexão, karaoke para avós e netos, uma atuação da Banda de Música de Armamar.
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Milhares de Pessoas homenagearam Nossa Senhora do Socorro
O jovem murcense Diogo Nascimento foi um dos três alunos que representaram Portugal na International Earth Science Olympiad (IESO), em Mie, no Japão, de 20 a 27 de agosto. Os representantes lusos voltaram a demonstrar a excelência no desempenho e capacidade de produzir bons resultados ao mais alto nível. Diogo Nascimento e Marcos Freitas conquistaram a medalha de prata e Alexandre Afonso, bronze.
Município de Alijó oferece manuais escolares O Município de Alijó, no ano letivo 2016/17, vai entregar os manuais escolares e as fichas de trabalho aos alunos que frequentam os 2.os, 3.os e 4.os anos de escolaridade. Os alunos dos 1.os anos também terão direito às fichas de trabalho oferecidas pela autarquia.
Iniciativa lúdica nas Piscinas de Murça para prevenir o cancro da pele
As Piscinas Descobertas de Murça acolheram no dia 25 de agosto, uma iniciativa lúdico-pedagógica que visa prevenir o cancro da pele e sensibilizar os utentes para a importância de uma exposição solar saudável. Este evento foi desenvolvido numa parceria entre a Câmara Municipal de Murça e o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Mais de 400 pessoas no concerto de Mafalda Arnauth Mais de quatrocentas pessoas oriundas dos mais diversos pontos da região escutaram, vibraram e aplaudiram aquela que é considerada a musa do novo Fado que durante a sua atuação interpretou algum do seu vasto repertório. O Espaço Miguel Torga abriu mais uma vez as suas portas para um espetáculo que assinalou o nascimento do seu patrono cultural, figura incontornável dos escritores portugueses.
X Festival de Francesinhas juntou milhares de pessoas De 4 a 7 de agosto realizou-se o X Festival das Francesinhas, em Peso da Régua. Foram quatro dias com a possibilidade de degustação de uma iguaria que, confecionada à moda da Régua, tem milhares de apreciadores. Aliada a esta componente esteve a animação musical. No parque multiusos, milhares de pessoas assistiram aos concertos dos D.A.M.A, Augusto Canário, Carlão e Deolinda.
Requalificação em Carrazedo no concelho de Tabuaço FOTO: DR
Milhares de pessoas juntaram-se para a homenagem pública a Nossa Senhora do Socorro. Ao longo de todo o percurso, a passageira Senhora encontrou altares de rua, onde cada um, a seu modo, manifestou a sua fé e devoção. Ainda ma noite de 15 agosto, milhares de visitantes aplaudiram o magnifico espetáculo piromusical no rio Douro.
Aluno de Murça conquista a medalha de prata nas Olimpíadas Internacionais de Ciências da Terra
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Contrato Local de Desenvolvimento Social arrancou em Torre de Moncorvo
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Revista “aquilino” atingiu top de vendas na Bertrand do Chiado
Interesse estrangeiro no território de Sabrosa A privilegiada posição estratégica geoeconómica de Sabrosa na região duriense e a sua socioculturalidade não tem passados despercebidos às instituições e agentes internacionais. Os focos são oriundos dos quatro cantos do Mundo, desde a América á Africa, ou da Asia á Europa, vários são os países que têm manifestado interesse em conhecer e aprofundar contatos e os laços com a capital do “Reino Maravilhoso”.
A Rua da Torrinha, em Carrazedo, viu recentemente o seu pavimento ser alvo de requalificação o que permite uma melhor mobilidade. Esta obra, levado a cabo em parceria entre a Junta de Freguesia e a autarquia, consistiu na colocação de calçada na referida rua o que, para além de melhorar a comodidade e a segurança, se enquadra numa estratégia de preservação das características tradicionais das aldeias do concelho de Tabuaço.
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Reportagem VivaDouro
Rali de Mesão Frio distingue-se pelas “mais As encostas do Douro foram mais uma vez palco do Rali Município de Mesão Frio que foi para a estrada nos dias 27 e 28 de agosto. Alberto Pereira, presidente da autarquia, faz um balanço “bastante positivo” da prova deste ano, revelando que esta “é uma grande aposta do município que é para continuar”. Texto e fotos: Salomé Ferreira
O município de Mesão Frio juntou-se assim mais um ano ao Clube Automóvel da Régua no apoio à organização da prova disputada nos cenários únicos das margens do Rio Douro, a contar para o Campeonato Regional Norte de Ralis e Troféus Intermunicípios, organizado pelo Team BAIA. Para o presidente do município o Rali é uma “grande aposta que é para continuar”, revelou ao VivaDouro no final da prova. “Dou-me por muito satisfeito no balanço final desta edição”, acrescentou Alberto Pereira, edil da autarquia mas também piloto na prova. Ao sair do Seat Ibiza 1.BT, que conduziu ao lado de Duarte Pereira, o autarca revelou ao VivaDouro que “a prova correu muito bem acima de todas as expectativas, hoje era impossível correr melhor”, constatou.
O Rali Município de Mesão Frio apresentou-se este ano com algumas novidades, nomeadamente a Classificativa de Oliveira, que se juntou às já disputadas anteriormente, de Barqueiros e Cidadelhe, com a de Barqueiros a ser disputada por duas vezes. Jerónimo Alves, diretor de prova e presidente do Clube Automóvel da Régua (CAR), revela que “quando fizeram o reconhecimento os pilotos adoraram este novo troço”, afirmou ao VivaDouro. “É um percurso curto mas muito técnico, tem
> A cerimónia do pódio realizou-se nos claustros da Câmara Municipal
muitas curvas difíceis de fazer”, explicou. Para Jerónimo Alves o balanço final é igualmente “muito positivo”, sendo que na opinião do representante do CAR “os troços privilegiam a paisagem e a beleza natural do Douro”, elemento que caracteriza este Rali que se realiza na mais antiga Região Demarcada do Mundo.
Rali de Mesão Frio com cada vez mais participantes A realizar-se no município desde
2012, o Rali Município de Mesão Frio “tem aumentado todos os anos o número de participantes”, revelou Alberto Pereira, presidente da autarquia, sendo que de acordo com o edil “este ano também aumentou a qualidade dos participantes”. Tendo como pano de fundo o rio Douro, foram 37 os pilotos que participaram no Rali Município de Mesão Frio 2016, apesar de o número de inscritos ter sido superior. Rui Fonseca já é piloto há vários anos e veio de propósito da Suíça para participar na prova em Mesão Frio, “jurei que enquanto pudesse e Deus me desse saúde ia fazer sempre este Rali”, afirmou o participante que teve um acidente “muito grave” na edição de 2014. “É uma paixão que tenho desde miúdo”, revelou ao VivaDouro. Para o piloto de Marco de Canaveses a Classificativa de Oliveira, adicionada este ano, “foi espetacular, é uma coisa nova e o público também estava em massa a aderir e apoiar, gostei muito”. Ao longo do percurso Rui Fonseca teve ainda oportunidade de apreciar a “ paisagem deslumbrante” do Douro, elemento evidenciado pela maior parte dos participantes. Beatriz Pinto, jovem de 23 anos, começou há cerca de um ano a acompanhar Rui Fonseca na função de navegadora, copiloto que apoia o piloto ao longo do percurso da prova. “Desde que me comecei a sentar no lado direito que adorei a sensação, é completamente diferente, não é nada do que as pessoas pensam, é muito melhor”, revelou ao VivaDouro. Uma das poucas mulheres entre tantos homens, Beatriz Pinto confessa que se sente “muito acarinhada” pelos concorrentes
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Reportagem VivaDouro
belas paisagens” nas margens do rio Douro
masculinos, sendo que para a copiloto o género não a impede de ter o sonho de vir a ser ela a conduzir o carro de competição. Também a jovem partilha a opinião dos restantes concorrentes no que diz respeito à beleza do Rali de Mesão Frio, “esta prova é linda, é o melhor Rali que eu já fiz”, afirmou. João Vinha, concorrente de Penafiel, considera que “os troços são fantásticos, muito bonitos, a paisagem é lindíssima e a organização está de parabéns”, declarou. Também Marcos Silva, navegador de João Vinha, evidenciou o percurso, “foi muito positivo, o traçado é espetacular, os troços são muito agradáveis, exigem condução”, assegurou ao VivaDouro.
Vítor Pascoal e Pedro Alves foram os mais rápidos no Rali de Mesão Frio Vítor Pascoal e Pedro Alves somaram
assim nova vitória em termos absolutos, seguindo a época com o Rali Viana do Castelo. “Saímos do rali com um balanço muito positivo. Conseguimos atingir as nossas principais ambições, que eram essencialmente acumular quilómetros com o carro e dar sempre continuidade à evolução com o Porsche, que tem sido um pouco mais difícil do que esperávamos. Além disso fomos os mais rápidos em prova, o que foi um justo prémio para toda a equipa e que nos motiva para continuar o trabalhar para as próximas provas”, salienta Vítor Pascoal. Porém, o vencedor do Rali de Mesão Frio no que ao Regional diz respeito foi Ricardo Costa, que para além de ter vencido um troço, terminou no segundo da geral a 13s de Vítor Pascoal. “O campeonato está a correr bem, estamos neste momento em 2.º lugar e esta prova foi sem dúvida uma das melhores do campeonato”, afirmou o piloto ao VivaDouro.
Rui Fonseca, Piloto
Beatriz Pinto, Navegadora
Ricardo Costa, Piloto
Marcos Silva, Navegador
“Enquanto puder vou sempre participar”.
“É o melhor Rally que eu já fiz”.
“Fantástica organização, adorei o Rally”.
“Os troços são muito agradáveis”.
8 VIVADOURO AGOSTO 2016
Vila Real
UTAD vai disponibilizar bicicletas à comunidade académica A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro viu recentemente aprovada uma candidatura ao projeto U-Bike Portugal, um projeto de âmbito nacional coordenado pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, que visa adotar hábitos de mobilidade mais sustentáveis nas comunidades académicas. FOTO: DR
O U-Bike Portugal é um projeto nacional de promoção da mobilidade suave com enfoque na bicicleta, incidindo em camadas jovens da população, os alunos do ensino superior, podendo alargar-se à comunidade académica em geral. No âmbito desta candidatura, a UTAD vai disponibilizar à comunidade académica bicicletas, em regi-
me de cedência temporária, na sua maioria elétricas, kits de segurança, locais de parqueamento e ações de sensibilização e de divulgação, visando uma utilização de longa duração por forma a criar hábitos de utilização deste modo de transporte. “Com o projeto U-Bike UTAD queremos incentivar formatos de mobilidade mais saudável e ami-
Despiste de mota causa um morto na Régua
gos do ambiente na comunidade académica. A UTAD está inserida num Eco campus, pelo que fomentar esta prática constitui uma aposta em estilos de vida saudáveis no campus e na educação ambiental de jovens”, afirma Fontainhas Fernandes, Reitor da UTAD. Também importante é a questão económica, uma vez que a adesão ao projeto U-Bike “permitirá uma redução de despesa com transportes aos aderentes e uma reorganização do espaço disponível para o parque automóvel e para as bicicletas”, salienta o responsável. O responsável do projeto, Amadeu Borges, pró-reitor da UTAD, acrescenta que a implementação deste projeto vai permitir uma redução nas emissões de CO2, através da substituição efetiva de 210 automóveis, por 300 bicicletas (270 elétricas e 30 convencionais). Com esta meta será realizada uma transferência de
um total de 672.000km, que seriam realizados com recurso ao automóvel. Desta forma, está prevista uma poupança energética de 83.973 TEP e uma redução de 256.952.373 kg CO2 para um período de dois anos. Este projeto financiado pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – POSEUR, vai potenciar as futuras infraestruturas de mobilidade amiga do ambiente, previstas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano de Vila Real e promovidas pelo município de Vila Real, no quadro do Norte 2020. O futuro plano de mobilidade da cidade e do campus será apresentado no início do ano letivo e prevê a ligação por ciclovia entre a cidade e o campus universitário. A ciclovia vai abranger todo o campus da UTAD, inserido na estratégia de criação do ecocampus da UTAD que se situa no maior Jardim Botâ-
nico da Península Ibérica. O novo plano de mobilidade do campus prevê também a melhoria de diversos trilhos pedonais e a valorização de pontos de observação da natureza. Deste modo, o trânsito automóvel será condicionado nas zonas de maior interesse botânico. A intervenção no campus prevê ainda que, até ao final de 2016, o “centro histórico do campus” passe a alojar todos os serviços da Universidade e estruturas de apoio aos estudantes, num centro de serviços comuns. A requalificação do centro histórico passará também por uma intervenção paisagística visando privilegiar espaços de convívio e de lazer universitário. O novo plano de mobilidade será também um forte incentivo à promoção de estilos de vida saudáveis, inseridos num plano de promoção da prática desportiva de toda a academia.
Atropelamento mata homem na linha do Douro
Um despiste de mota em Godim, Peso da Régua, cau- Um homem de 60 anos morreu colhido por um comboio na linha do Douro, em sou a morte a um homem de 58 anos, no passado dia Godim, perto do Peso da Régua, no passado dia 29 de agosto. A circulação ferro29 de agosto. viária esteve cortada cerca uma hora. FOTO: DR
FOTO: DR
O alerta foi dado às 22.45 horas de segunda-feira e foram acionados os Bombeiros Voluntários de Peso da Régua, a VMER de Vila
Real e a GNR de Peso da Régua. A vítima acabou por falecer a caminho do Centro Hospitalar de Trás os Montes e Alto Douro (CHTMAD).
De acordo com a GNR, o acidente envolveu um comboio regional e obrigou ao corte da via férrea entre as 13:14 e as 14:35.
A vítima foi transportada para o Instituto de Medicina Legal de Vila Real, segundo informações da Guarda
Nacional Republicano, que esteve no local, juntamente com os bombeiros de Peso da Régua.
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Freguesia de Vila Real implementa quatro projetos escolhidos pelos cidadãos
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Vila Real
Pioneira na implementação do Orçamento Participativo no distrito, a Junta de Freguesia de Vila Real vê agora selecionados os quatro projetos a implementar no território, no âmbito deste instrumento que consideram colocar “os cidadãos no centro da decisão”. A escolha feita pelos eleitores da Freguesia centra-se em projetos ligados à promoção da saúde, apoio social e dinamização cultural. Texto: Salomé Ferreira FOTO: DR
> Equipa da Freguesia de Vila Real com os vencedores
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“Houve um aumento do número de propostas apresentadas em relação à primeira edição”, afirmou Francisco Rocha, ao revelar que a “adesão dos cidadãos tem sido muito positiva desde a primeira edição”. Na opinião do presidente este ano “verificou-se um aumento da qualidade de propostas”, o que “demonstra que as pessoas estão a tomar consciência de que podem ter uma voz ativa na nossa Freguesia e de que estão a exercer a sua cidadania de forma ativa e consciente”, afirmou ao VivaDouro. Dos 292 votos registados, 91 foram obtidos pelo projeto “Comunidade e Bem-estar”, que pretende auxiliar a população idosa carenciada e isolada, através de acompanhamento no domicílio, deslocações a serviços públicos e apoio a familiares. O segundo projeto mais votado, com 57 votos, foi o “Mov’Da Zone”, que visa promover a formação técnica de jovens na área da música.
Com 32 votos, o projeto “Enfermagem para Todos” pretende prestar cuidados de saúde primários a pessoas carenciadas ou em situação de isolamento. O quarto e último projeto a implementar será o projeto “Cuidador do Portador de Doença Mental”, com 29 votos, que visa acompanhar e dar formação aos cuidadores de portadores de doença mental, com vista à sua autonomia. O Orçamento Participativo tem definida uma verba de 16 mil euros, dividida em quatro mil euros para cada projeto, para a implementação das propostas mais votadas. Além dos projetos vencedores, foram também submetidas outras propostas relacionadas com as áreas da promoção da saúde, o apoio social e a dinamização cultural, o que de acordo com Francisco Rocha, “demonstra que são áreas em que os cidadãos encontraram lacunas e viram uma opor-
Projeto “Comunidade e Bem-Estar” angariou maior número de votos O projeto “Comunidade e Bem-estar” foi a proposta que angariou o maior número de votos na segunda edição do Orçamento Participativo promovida pela Junta de Freguesia de Vila Real. Daniela Costa, Assistente Social, apresentou este projeto com
o objetivo de “promover de forma saudável e responsável a qualidade de vida e bem-estar do idoso no seu domicílio”, explicou ao VivaDouro. “Desta forma, tentamos promover a autonomia na realização das suas tarefas diárias e também tentamos evitar a colocação de idosos em instituições”, acrescentou. Por outro lado, o projeto também se dedica aos cuidadores, informais ou familiares, com o objetivo de “reduzir os aspetos negativos pela tarefa de cuidar e também para ajudar os cuidadores a refletir as características positivas dos cuidados que eles prestam”, revelou a Assistente Social. Daniela Costa confessou ao VivaDouro que “não estava à espera de tantos votos”, afirmou. Apesar de ter concorrido sozinha a promotora do projeto planeia ter “mais apoio” no futuro. A apresentação dos projetos vencedores está agendada para setembro numa sessão pública, sendo que Daniela Costa pensa começar a implementar o projeto em finais de setembro depois da apresentação. FOTO: DR
“Assumimos com muito orgulho termos sido a primeira Freguesia do distrito a implementar este modelo do Orçamento Participativo”, afirmou ao VivaDouro Francisco Rocha, presidente da Junta de Freguesia de Vila Real, que realizou este ano a segunda edição desta “ferramenta que permite a participação plural dos vila-realenses na escolha e definições de políticas públicas”, acrescentou. “Trata-se de uma medida que apela à participação cívica da população e promove um elevado sentido de cidadania à comunidade”, defende o presidente da Freguesia de Vila Real, Francisco Rocha, e também deputado na Assembleia da República. Este ano, a Junta de Freguesia recebeu cerca de 20 propostas apresentadas por cidadãos e associações, sendo que apenas cerca de 13 projetos passaram à fase de votação, uma vez que foram considerados pelo júri como uma “mais-valia para a população da Freguesia”.
tunidade de desenvolver projetos. Como tal, também encaramos essas áreas como prioritárias”, revelou. Na opinião do presidente da Junta de Freguesia os quatro projetos a implementar “representam uma oferta diferente e uma mais-valia para a população da Freguesia”. Uma vez que o Orçamento Participativo é uma “iniciativa aberta” a Junta de Freguesia de Vila Real pretende “melhorá-la a cada edição”. Desta forma, o objetivo passa por ter a “participação de mais associações” e implementar projetos ligados à juventude e ao desporto.
> Francisco Rocha, presidente da Junta de Freguesia de Vila Real
10 VIVADOURO AGOSTO 2016
Vila Real
Atleta de Vila Real bate Recorde Nacional Absoluto Angolano nos Jogos Olímpicos A atleta do Ginásio Clube Vila Real, Ana Sofia Nóbrega, bateu o Recorde Nacional Absoluto Angolano nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 onde competiu pela Seleção Nacional Angolana. FOTO: DR
A nadadora vila-realense nadou a prova de 100 metros Livres, no dia 10 de Agosto, onde bateu o Recorde Nacional Abso-
luto Angolano que já era da sua autoria com o tempo de 59.23. A participação da atleta do Ginásio Clube Vila Real (GCVR)
nos Jogos mais um para além meira vez
Olímpicos teve assim motivo de destaque, do facto de ser a prique um nadador vila-
-realense participou nesta prova. A nadadora do GCVR possui já uma carreira recheada de êxitos internacionais, passando pela partici-
pação em quatro Campeonatos do Mundo, seis Taças do Mundo, quatro Campeonatos Zonais Africanos, Jogos Africanos e Campeonatos Nacionais Africanos, assim como a participação em vários Campeonatos Nacionais, Meetings Internacionais e inúmeros Torneios de carácter nacional e regional, sendo que a participação nos Jogos Olímpicos é o ponto mais alto da sua carreira. A época 2015/2016 do GCVR encontra assim o resultado de maior destaque, ao qual soma ainda a participação nos Campeonatos Europeus de Piscina Curta e de Piscina Longa, e nos Campeonatos Europeus de Juniores, que são demonstrativos de todo o trabalho realizado por toda a equipa de competição junto do técnico João Matos. PUB
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Vila Real
Mário Trindade concretiza sonho e integra comitiva lusa nos Jogos Paralímpicos
Afinal Mário Trindade, atleta vila-realense, vai integrar a comitiva lusa nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Inicialmente o atleta não integrava a lista de convocados que agora permitiu ao atletismo aumentar de 10 para 17 o número de representantes. Texto: Salomé Ferreira FOTO: DR
Entre 7 e 18 de setembro Portugal vai estar representado nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 por 37 atletas, mais oito que os inicialmente previstos, uma vez que o Comité Olímpico excluiu a Rússia dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, devido a um sistema de doping organizado. Desta forma, Portugal terá a terceira maior comitiva de sempre em Jogos Paralímpicos, depois de ter tido 52 representantes em Sidney (2000) e 41 atle-
tas em Atenas no ano de 2004. A redistribuição de vagas permitiu ao atletismo aumentar de 10 para 17 o número de representantes - com as entradas de Carina Paim, Érica Gomes, Gabriel Machi, Odete Fiuza, Mário Trindade, Miguel Monteiro e Nuno. O atleta vila-realense vê assim concretizado o sonho de participar nos Jogos Paralímpicos, “senti que o trabalho que fiz todos estes anos não foi em vão”, afirmou ao VivaDouro
Mário Trindade, não escondendo a alegria por representar Portugal naquele que é o evento desportivo de elite para pessoas com deficiência. Foi com 12 anos que Mário Trindade descobriu o gosto pelo desporto e especialmente por atletismo, “formei uma equipa de quatro amigos, onde participávamos nas provas da nossa cidade - Vila Real. Os resultados eram muito bons, ao ponto de conseguirmos várias vezes um 1º lugar”, conta o atleta na sua biografia.
A escoliose diagnosticada ainda em criança não fez com que Mário Trindade baixasse os braços e no atletismo já conquistou vários recordes, nomeadamente um recorde do Guinness, tendo superado a “maior distância percorrida em cadeira de rodas”, mais de 181 147 metros em 24 horas no ano de 2007. O atleta foi também Medalha de Bronze nos 100 metros no Campeonato da Europa e conta com uma participação no Campeonato do
Mundo. Mais recentemente participou no Campeonato Europeu de Atletismo IPC, que decorreu entre o dia 10 e o dia 16 de Junho, em Grosseto Itália, onde conquistou a medalha de prata nos 100 metros, e a medalha de bronze nos 400 metros. “Mas não há nada como os Jogos Paralímpicos”, afirmou Mário Trindade ao VivaDouro, ao revelar que este é um objetivo que já perseguia há alguns anos. No Rio de Janeiro o atleta vai participar nas distâncias de 100m e 400m da categoria T52. “As expectativas são elevadas”, afirmou o atleta ao falar da prova, “vou competir com atletas que têm tudo e mais alguma coisa, já me dava satisfeito por conseguir garantir as finais”. “Na minha vida trabalho por fases, conforme vou andando vou estabelecendo outro objetivo, depois de estar nas finais é avaliar e criar um novo objetivo”, no entanto Mário Trindade revela que se regressar do Rio com uma final já vem “mais do que satisfeito”. Mário Trindade e os outros atletas convocados partiram a 1 de setembro para o Rio de Janeiro. FOTO: DR
12 VIVADOURO AGOSTO 2016
Sernancelhe | Murça
Sernancelhe realizou a 12.ª edição do Festival da Amizade e Feira de Sementes da Terra A 12ª edição do Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra de Sernancelhe arrancou no dia 4 de agosto com o espetáculo do grupo “Sons do Minho”, uma iniciativa da responsabilidade da Casa do Benfica de Sernancelhe. O certame prolongou-se até 7 de agosto, tendo este ano como cabeça de cartaz o artista Mickael Carreira, mas ao palco do Festival subiram ainda artistas como Luís Filipe Reis e Ana Malhoa. FOTO: DR
De 4 a 7 de agosto, a zona da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe ficou transformada num mega recinto de espetáculos e animação, “confirmando o Festival da Amizade como um evento
de projeção nacional e ponto de encontro dos emigrantes que por esta altura do ano se encontram de férias no Concelho e na Região”, salienta a autarquia sernancelhense. O evento, que este ano conhe-
ce um formato mais compacto, foi aberto oficialmente no dia 4 de agosto, pelo presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, que elogiou as parcerias estratégicas da Asso-
Associação assina Escritura Pública 26 anos depois da formação Depois de quase 26 anos de existência, a Associação Agrícola de Junta de Regantes de Noura, concelho de Murça, assinou agora a Escritura Pública que lhe concede o estatuto de Associação. Texto e Fotos: Salomé Ferreira
Foi numa cerimónia pública, no dia 17 de agosto, que a Comissão Instaladora da Junta de Regantes de Noura viu oficializada a atividade da Associação. Até ao momento “estavam impossibilitados de tudo e mais alguma coisa porque não tinham o número de contribuinte, a associação tem que estar registada para poder, por exemplo, receber donativos”, explicou ao VivaDouro Luís Alfredo Miranda, presidente da União de Freguesias de Noura e Palheiros. Para Manuel Veloso, presidente da direção da Associação, a assinatura da Escritura Pública é o “fecho deumcicloquetemsidodifícildegerir”,afirmou. “Estou aqui para servir o povo, como sempre servi, com a mesma vontade e dizer ao povo da minha terra que confiem em mim, esperemos que esta associação, comigo a liderar,
dê dentro de algum tempo orgulho a toda a União de Freguesias”, confessou ao VivaDouro. A Associação Agrícola tem como objeto a atividade agrícola de produção e levantamento e gestão dos recursos naturais envolventes e gestão da rega para fins agrícolas.
ciação Sementes da Terra, Escola Profissional, Âmbula e ACIS. No entender do edil, “só graças ao trabalho coordenado destas entidades é possível organizar um certame que completa doze anos de existência e em que a grande aposta é a associação da vertente lúdica à componente comercial, juntando perto de uma centena de expositores, stands, tasquinhas, automóveis, artesanato e diversões”. “A longevidade desta iniciativa comprova-se também pelo envolvimento que conseguiu gerar ao longo de onze edições, repetindo-se este ano o dia da responsabilidade da Casa do Benfica de Sernancelhe, a 4 de agosto, com a atuação de Sons do Minho”. O dia 5 de agosto ficou marcado pela atuação de Mickael Carreira.
No dia 6 de agosto Luís Filipe Reis subiu ao palco para o Dia dos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe, iniciativa de cariz social e solidário, em que as receitas da bilheteira reverteram para que a associação prossiga a sua atividade humanitária à população. No domingo, dia 7, Ana Malhoa encerrou a edição 12 do Festival da Amizade, com um espetáculo estreante em Sernancelhe. A organização, da responsabilidade da Associação Sementes da Terra, ACIS (Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe), Âmbula (Associação dos Funcionários do Município de Sernancelhe) e ESPROSER (Escola Profissional de Sernancelhe), contou com o apoio do município de Sernancelhe e Aquisern.
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Moimenta da Beira
Expodemo atrai cerca de 30 mil visitantes ao concelho
A Expodemo – Mostra de Produtos, Atividades e Serviços da Região, vai realizar-se nos dias 16, 17 e 18 de setembro, pela 5.ª vez em Moimenta da Beira. O evento é organizado pela Câmara Municipal, com o apoio e patrocínio de inúmeras empresas. O VivaDouro esteve à conversa com José Eduardo Ferreira, presidente da autarquia. Leia a entrevista e fique a saber mais acerca do certame que atrai cerca de 30 mil visitantes ao concelho. Texto: Salomé Ferreira FOTO: SF
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> José Eduardo Ferreira, presidente da autarquia O sucesso verificado nas edições anteriores aumenta a fasquia para o evento deste ano, quais são as novidades desta quinta edição? A Expodemo traçou um caminho que está a percorrer, com coerência e uma grande expectativa nos resultados. A aliança entre a cultura e os nossos melhores produtos é o prato forte de todas as edições anteriores. Mantemos e reforçamos esta aposta também este ano. Quais são as expectativas da autarquia para o certame este ano? Manter o crescimento sustentado do certame, com base na participação empenhada de um conjunto significativo de organizações desta região e de outras latitudes.
Com quantos expositores vão contar na edição de 2016? Serão cerca de 140 expositores. Quais são os principais produtos em exposição? O principal produto é a maçã e respetiva fileira. A Expodemo e Moimenta da Beira são o coração da maçã. Estamos a reforçar a aposta nos vinhos, por ser uma área de grande distinção na Região Távora-Varosa, no Douro e no Dão. Existe um conjunto de outras atividades também importantes para o nosso desenvolvimento que terão o destaque que merecem. Quantas pessoas esperam rece-
ber em Moimenta da Beira ao longo destes três dias? Estamos à espera de cerca de 30.000 visitantes. A presença de um país convidado, este ano a vizinha Espanha, reforça o carácter internacional deste evento? A internacionalização da Expodemo foi já iniciada em edições anteriores, mantendo-se essa aposta. O convite a organizações Espanholas é para manter no futuro. Temos muitas e boas razões para acolher organizações comerciais que trabalham num mercado com 50 milhões de consumidores, mesmo aqui ao nosso lado. Temos todos a ganhar com o reforço desta cooperação que agora
se inicia e que dará muito que falar nas próximas edições da Expodemo. Com esta parceria pretendem também atrair o público espanhol para o evento? Estamos a desenvolver uma estratégia que visa atingir esse objetivo. A nossa proximidade geográfica é uma boa condição que vamos aproveitar, conjuntamente com a nossa gastronomia e nosso bem receber, como só nós sabemos fazer. Quais são os espetáculos que destacam nesta edição? Vitorino, um dos cantores-poetas da Revolução de Abril, acompanhado pelo grupo coral “Os Camponeses de Pias”, um
dos grandes intérpretes do “Cante Alentejano”, género musical tradicional do Alentejo que a UNESCO declarou, há menos de dois anos (27 de novembro de 2014), como Património Cultural Imaterial da Humanidade; Flamenco, Festival de Acordeão Vítor Ferreira, etc. Para além da música, que outros momentos/ atividades destaca na quinta edição da Expodemo? Os “Spirits”, uma companhia de teatro de rua que preparou “Apoteose” para a Expodemo; estátuas-vivas, graffiters a trabalhar ao vivo, três ‘chefs’ no espaço da gastronomia, provas de maçã e de vinho, as “Marias Malucas”; jornadas agro-frutícolas Cartageno Ferreira, entre outras coisas. FOTO: DR
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Tarouca
Valdemar Pereira: “Este é um evento que faz parte da nossa identidade” As Festas de São Miguel realizam-se no mês de setembro no concelho de Tarouca. A autarquia promete um programa recheado de atividades para os milhares de pessoas que visitam Tarouca na festa que é já “uma tradição centenária” do concelho. O VivaDouro esteve à conversa com Valdemar Pereira, presidente da autarquia, para saber mais acerca do certame. Texto: Salomé Ferreira
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> Valdemar Pereira, presidente da Câmara Municipal de Tarouca As Festas de São Miguel são um dos principais eventos do concelho, qual é a importância deste certame para Tarouca? A autarquia tem feito um esforço no sentido de envolver toda a comunidade nos eventos que promove e as Festas de S. Miguel não têm sido exceção. Nas últimas edições a autarquia tem contado com o prestimoso apoio do movimento associativo, empresarial e das juntas de freguesia, que se empenham e envolvem, que “vestem a camisola” pelo seu concelho, com o objetivo de engrandecer estas festividades. Qual é a história desta feira? Há quanto tempo se realiza este certame na cidade? Este é um evento que faz parte da nossa identidade, com uma tradição centenária, que anualmente atrai muitas gentes de todo o con-
celho e território limítrofe à cidade de Tarouca, dando um importante contributo para a dinamização da economia local. No dia 29 de setembro, feriado municipal, realiza-se a grande Feira Anual de S.Miguel, associada à tradição da marrã e bazulaque, prato típico que se confeciona por toda a restauração local e que também pode ser degustado no recinto onde decorrem as festividades. Quais são as novidades para a edição deste ano das Festas do Concelho? Procuramos elaborar um programa pensado para todas as faixas etárias e por isso teremos uma panóplia de eventos, dos quais destacamos a III Edição do Varosa Moments, o Desfile do Movimento Associativo do Concelho, o dia dedicado à criança, o dia dedicado ao desporto, en-
tre outras atividades que julgamos inovadoras e diferenciadoras. No que diz respeito a entretenimento, quais são os momentos que destaca na edição de 2016? Destacamos obviamente a III edição do Varosa Moments, iniciativa que constituiu um sucesso, que se realiza na Casa do Paço de Dalvares, no dia 17 de setembro, o dia dedicado às crianças, pois neste tipo de festividades normalmente o público-alvo não abrange os mais pequeno e, certamente, a I edição do Duatlo Vale Varosa, que estamos certos, atrairá muitos atletas e amantes da modalidade ao concelho. Em paralelo, com o programa das festividades, decorrerá a III edição do Sabores do Varosa, onde diariamente se poderá degustar um prato diferente e típico da região. Também no centro cívico
da cidade, palco de grande parte dos espetáculos, diariamente, a animação estará garantida, sendo que na maior parte dos dias em que se realizam as festas de S. Miguel. Qual é a expectativa da autarquia para a edição deste ano do certame? Naturalmente que, à semelhança, da maioria das autarquias locais, a Câmara Municipal de Tarouca enfrenta constrangimentos financeiros que nos obrigam a uma ginástica orçamental. No entanto, temos procurado contornar estas limitações com alguma criatividade, contando, conforme referi anteriormente, com a parceria de associações locais e juntas de freguesia, mas também com a sensibilidade demonstrada pelos grupos de animação locais, dinamizadores de grande parte do programa das festas de S. Miguel.
Acreditamos que este será mais um ano em que a diversão e convívio salutar marcarão presença, e que as festas de S. Miguel continuarão a ser um marco importante ao nível das festividades regionais. Quer deixar um convite para as pessoas visitarem Tarouca e participarem neste certame? Tarouca é um Concelho riquíssimo em património material e imaterial que, por si só, justificam a visita a este território, e as Festas de S. Miguel deste ano prometem uma oferta cultural, gastronómica e uma mostra de produtos endógenos, que serão o complemento perfeito para que todos os que nos visitem levem consigo a vontade de regressar. Gostaria de terminar, agradecendo desde já a todos os que se envolverão, naquela que, estou certo, será mais uma iniciativa de sucesso.
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Carrazeda de Ansiães
Sessões de “showcooking” foram a grande novidade da XXI Feira da Maçã, do Azeite e do Vinho
Entre os dias 26 e 28 de agosto, o mais importante evento anual do concelho de Carrazeda de Ansiães juntou mais de 100 expositores representativos das áreas da economia local, como os produtos regionais, o artesanato e a alimentação, além de entidades locais e regionais, com o objetivo de promover, divulgar e vender os produtos regionais. Texto e Fotos: Salomé Ferreira
A autarquia faz um balanço positivo da XXI Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite, “tivemos mais inscrições a nível de entidades e instituições do que no ano passado”, revelou ao VivaDouro Roberto Lopes, vereador da Câmara Municipal. “Os expositores revelaram que a participação foi muito positiva e conseguiram superar as vendas do ano passado”, acrescentou o membro da autarquia. Os três produtos em destaque no certame representam uma produção de cerca de 20 milhões de euros no concelho, sendo que 10 milhões correspondem ao vinho, cerca de sete milhões à maçã e três milhões a azeite. De acordo com a autarquia, a
“maior preocupação” neste momento é a “comercialização e a valorização do produto”, afirmou José Luís Correia, presidente da autarquia, na inauguração do certame. A Novidade deste ano da feira foi a iniciativa dedicada à gastronomia, que ao longo dos três dias vai reuniu chefes de cozinha para mostrarem aos visitantes pratos confecionados com produtos locais, com especial destaque para a maçã, vinho e azeite. As sessões de “showcooking” contaram, no primeiro dia, com a presença das crianças do concelho, “como forma de despertar o interesse dos mais novos pela preparação e confeção de alimentos”.
Número de expositores aumentou na XXI edição da Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite Ana Ferreira encontra-se a par-
ticipar pela primeira vez na feira enquanto produtora, “temos vários produtos feitos à base da maçã, como a Sidra, compotas, maçã em Calda”, explicou ao VivaDouro. Na opinião da comerciante a feira “ajuda a divulgar os produtos da região e a levar o nome de Carrazeda além do concelho”, confessou. Nuno Castro dedica-se à produção de azeite e vinho e acredita que o certame é bom “para vender mas também para divulgar os produtos”, uma vez que “durante o ano há clientes que ligam, que passaram por cá e nos ficaram a conhecer na feira”, afirmou. Na área do vinho, Mónica Prazeres, revela que o certame é importante para angariar novos clientes, uma vez que têm “tido vários contactos e vendas a pessoas particulares que passam
na feira”, revelou ao VivaDouro.
Ana Ferreira, Comerciante “A Feira ajuda a divulgar os produtos da região e a levar o nome de Carrazeda além do concelho”.
Nuno Castro, Comerciante “O certame é bom para vender mas também para divulgar os produtos”. FOTO: DR
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– VINDOURO – FESTA POMBALINA Produtores de vinhos DOC Douro e Porto, lagaradas tradicionais, jantar e desfile pombalinos show cooking Rui Paula e concerto de Paulo de Carvalho A grande celebração anual do Douro está de regresso no primeiro fim de semana de setembro. VINDOURO – FESTA POMBALINA estará de volta, de 2 a 4 de setembro, a São João da Pesqueira, o concelho que possui a maior área de vinha classificada como Património da Humanidade. E não faltam excelentes pretextos de visita. Desde logo, a presença de produtores de vinhos DOC Douro e do Porto, que no Museu do Vinho de São João da Pesqueira apresentam novidades e rótulos de referência. E para assinalar mais uma vindima, à melhor tradição da região serão novamente realizadas lagaradas tradicionais, para as quais contribuem os produtores representados no evento. O programa contempla ainda a realização de conversas sobre vinhos, conduzidas por especialistas.
O chefe de cozinha que colocou o Douro no mapa gastronómico contemporâneo será o protagonista de outra novidade da programação, um show cooking, que será realizado no sábado. Rui Paula e equipa, já no primeiro dia, assinam o “Jantar Pombalino”. Aliás, a figura tutelar do Marquês de Pombal estará novamente bem representada naVINDOURO. O mercado e o desfile pombalinos continuam a ser pontos fortes do cartaz, que no capítulo musical combina nomes consagrados e novos talentos. Paulo de Carvalho e a Banda Índice atuam no sábado, 3 de setembro. Na noite anterior, os US7 inauguram o palco, que logo a seguir contará com a participação de Patrícia Teixeira, a jovem que recentemente o país passou a conhecer através do concurso televisivo “The Voice Portugal”.■
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Sabrosa
8 ª Bienal do Douro no Espaço Miguel Torga O Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, Sabrosa, tem aberta aos visitantes a 8-ª Bienal do Douro, uma zona dedicada a diversos trabalhos artísticos e que leva a todo o país obras de inúmeros artistas de renome.
conjunto de trabalhos que representam vários autores de renome. Segundo o município, “a presença da Bienal do Douro no Espaço Miguel Torga reforça ainda mais a função deste equipamento como promotor e difusor cultural e artístico da arte nacional e internacional, numa constan-
FOTO: DR
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Até dia 31 de outubro, a área de exposições do Espaço Miguel Torga tem patente ao público “um dos maiores acontecimentos artísticos mundiais ligados a gravuracontemporânea”, revelou a autarquia sabrosense. A 8ª Bienal do Douro tem assim num espaço multicultural, uma área dedicada a um
te disponibilidade para acolher vários eventos desta índole”. Esta mostra de arte proporciona um campo aberto à gravura pelas novas linguagens híbridas e técnicas não tóxicas e tem projetado o seu impacto de uma forma inovadora e com a vitalidade há muito desejada nos seus domínios. Ocupando museus, auditórios, quintas, espaços culturais e urbanos, teatros e bibliotecas, a Bienal tem percorrido o território do Douro e norte do País. Este ano conta com a participação de 604 artistas oriundos de 70 Países e 1300 gravuras, distribuídas por 17 Exposições, situadas em Alijó, Bragança, Quinta do Portal em Celeirós do Douro, Chaves, Favaios, Régua, Sabrosa, São Martinho de Anta e Vila Real.
Sabrosa posiciona-se na estratégia Douro/Duero Em agosto, Sabrosa marcou presença com os seus vinhos, sabores tradicionais, cultura e do seu património em Zamora, Espanha em mais uma acção de promoção da cultura, da língua e do património português levada a cabo pela Fundação Rei Afonso Henriques, FRAH, na XIV edição do Festival de Fado. FOTO: DR
Na área exposicional da Associação de Empresários Turísticos de Trás-os-Montes e Alto Douro, AETUR, e em pleno território Douro/Duero, Sabrosa vincou um
novo conceito de valorização e divulgação das suas potencialidades. Na XIV edição do Festival de Fado em Zamora, foi possível degustar as famosas bolas de carne de Prove-
zende, os vinhos da Adega Cooperativa de Sabrosa e o aprofundar dos conhecimentos sobre a obra de Miguel Torga e a epopeia ibérica universal náutica de Fernão Magalhães.
“Esta jornada potenciou um retorno turístico de elevada expetativa traduzida num inusitado interesse no conhecimento do concelho e da região duriense, com destaque para a oferta de Sabrosa, abrindo-se várias janelas de oportunidade económicas nas áreas do turismo, dos vinhos e da cultura”, afirmou a autarquia sabrosense. O Município de Sabrosa esteve representado em Zamora, pela presença do presidente da Câmara, José Marques que evidenciou a importância desta iniciativa da FRAH e da AETUR como “instrumento de coesão do território Douro / Duero no âmbito cultural, patrimonial e turístico e as suas mais-valias socioeconómicas advindas”. Para o edil, foi “ com muito agrado” que vivenciou “o grande interesse e elogios dos visitantes aos vinhos
da Cooperativa de Sabrosa e das especialidades gastronómicas do concelho”. “Nada acontece ao acaso, há aqui uma estratégia comum e consonante de várias instituições e privados neste território ibérico no aproveitar das várias valências e criar mais fluxos para as regiões e é assim que se combatem as assimetrias da interiorização”, referiu. Durante o XIV Festival do Fado, inaugurou-se ainda uma exposição fotográfica sobre o Douro, que ficará em permanência em Castilla e Léon, circulando pelas diversas vilas e cidades. Esta ação teve a participação da FRAH, AETUR, Município de Sabrosa, Escola de Hotelaria do Douro, Adega Cooperativa de Sabrosa, produtores locais, FundaciónCaja Rural e dos fotógrafos durienses: Fernando Peneiras e Nuno Silva.■
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Sabrosa | Santa Marta de Penaguião
Adega Cooperativa de Sabrosa lança vinho de homenagem a Miguel Torga A Adega Cooperativa de Sabrosa, em homenagem a Miguel Torga, poeta que tanto elogiou e sentiu verdadeiramente a região onde nasceu, apelidando-a de “Reino Maravilhoso”, lançou no passado dia 12 de Agosto, data de aniversário do seu nascimento, uma edição especial e limitada de um conjunto de quatro garrafas do Vinho Tinto Reserva Douro 2012 Fernão de Magalhães, sendo os seus rótulos, pinturas dedicadas ao poeta e à sua obra. FOTO: DR
Cerca de meia centena de pessoas marcou presença no evento realizado no Espaço Miguel Torga. Celeste Marques, enóloga e membro da direcção da Adega Cooperativa de Sabrosa, realçou a importância das novas estratégias que a atual direção tem vindo a tomar. A mesma salientou, ainda, a importância em valorizar o trabalho de todos os associados e membros da Adega Cooperativa de Sabrosa, assim como a importância na valorização das raízes de um passado e de um presente. Exemplo disso são as serigrafias patentes nesta edição especial com a assinatura do artista Sabrosense Jorge Marinho. O presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, José Marques,
sublinhou importância e o papel fundamental da Adega Cooperativa no concelho e felicitou a mesma pelas estratégias de marketing que tem vindo a tomar, destacando e valorizando sempre personalidades importantes do concelho como Fernão de Magalhães e Miguel Torga. A edição especial das quatro garrafas poderá ser adquirida na Adega Cooperativa de Sabrosa. Ao longo do lançamento foram lidos excertos das obras patentes nos rótulos “vindima, os bichos, o retrato e o conto de natal” por funcionários da Adega Cooperativa Sabrosa, terminando o evento com uma degustação da gama de vinhos Fernão de Magalhães.
Semana Cultural “superou as expectativas” Santa Marta de Penaguião recebeu mais uma edição da Semana Cultural de 29 de julho a 8 de agosto. Para além da homenagem à Padroeira do município, Santa Marta, Frei João de Mansilha, o mentor e desenhador da Demarcação da Região do Douro, foi também celebrado durante os dias do certame. Texto: Ana Portela FOTO: DR
A 27ª edição da Semana Cultural levou ao concelho a cultura, tradição, folclore, animação, desporto, gastronomia e diversos espetáculos que ao longo de dez dias animaram a população penaguiense e aqueles que visitaram o município. O primeiro dia da iniciativa,
29 de julho, dia de Feriado Municipal, foi marcado pelo tradicional cortejo etnográfico e pela representação teatral da Lenda que brindou todos os presentes com momentos de cultura e história sobre o concelho de Santa Marta. Para Luís Machado, presiden-
te da autarquia, a Semana Cultural é uma forma para a população “demonstrar a nossa cultura, para que todos no concelho possam mostrar as suas competências, qualidades e aquilo que de melhor temos”, referiu o autarca. “Este certame teve a parti-
cularidade de termos a presença dos nossos emigrantes que estiveram cá durante o mês, que muito gostamos de receber e admiramos o trabalho que fazem no estrangeiro”, afirmou o edil. A Semana Cultural recebeu ainda o primeiro festival de folclore Santa Marta / EN2, no qual estiveram presentes a convites dos grupos concelhios, grupos de folclore de Vila Real, Chaves, Abrantes e Gois, naquele que a autarquia prometeu ser “o primeiro de muitos intercâmbios culturais entre os municípios abrangidos pela Estrada Nacional 2”. As noites de espetáculos musicais, com a presença de artistas nacionais foram o foco dos amantes da música portuguesa que encheram o recinto da festa. “A presença do can-
tor Emanuel juntou três mil pessoas em Santa Marta de Penaguião, divulgando assim a nossa região, gastronomia e os nossos produtos a quem nos visita”, revelou Luís Machado. A procissão de triunfo com a bênção de todos os Padroeiros das freguesias do Concelho deu o último passo da festividade, que homenageou , Frei João de Mansilha, o mentor e desenhador da Demarcação da Região do Douro, dedicando-lhe o cortejo etnográfico. De acordo com o presidente da autarquia “esta edição superou as nossas expectativas em termos de adesão do público, foi do agrado dos penaguienses e de quem nos visitou”, agradecendo os que acompanharam a festividade e ajudaram na sua realização.
20 VIVADOURO AGOSTO 2016
Lamego
Lamego capital mundial de Full Contact No dia 3 de Setembro, Lamego receberá pelo quarto ano consecutivo uma das mais respeitadas competições de artes marciais que se realizam em Portugal desde 1988: o Campeonato Mundial Ultimate Full Contact WUFC - OnlytheStrong. O Centro Multiusos será o palco desta prova. FOTO: DR
Cerca de 120 atletas provenientes do Brasil, São Cristóvão e Nevis, Inglaterra, Irlanda, Suécia, Rússia, Geórgia, Irão, Mongólia,
Azerbaijão, Argélia, Marrocos, Ucrânia, Polónia, Bélgica, França, Espanha e Portugal vão defender as cores das suas bandeiras, em
mais uma prova de FullContact. O evento integra a programação das Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios.
Em jogo estarão em disputa os títulos mundiais WUFC 2016 sob as regras UltimateFullContact (Pancrácio/MMA/ Free-Fight) e FullContact/K-1 em distintas categorias. O Mundial WUFC é um acontecimento desportivo anual, onde competem atletas de elite mundial de diferentes estilos, mestres em diversas artes marciais e desportos de combate (Pancrácio, Free Fight, MMA, Wrestling, Sambo, JiuJitsu, Sanda, Taekwondo, Boxe, MuayThai, Kickboxing, Karate, entre outros). Trata-se de uma competição desportiva ao mais alto nível, que permite lutar em pé e no chão, usando habilidades técnico-táticas de elevada complexidade, associadas a alta performance física e psicológica. O
objetivo dos combates é ultrapassar as eliminatórias, quartos de final, meias-finais e superar na final, arrecadando assim o Titulo Mundial WUFC. Coloca-se à prova a performance atlética e a valorização do esforço pela vitória e pela honra, numa competição de alta imprevisibilidade e tenacidade, com contacto físico constante de elevada intensidade, que se desenvolve sempre no respeito pelos princípios e valores éticos das artes marciais e do desporto. A competição é organizada pela Federação Portuguesa de Full Contact e pela Associação Full Contact de Viseu, com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lamego, do Plano Nacional da Ética no Desporto e de diversas empresas da região. A entrada é livre.■
Agosto foi mês de cinema no Museu de Lamego Agosto foi o mês de mais uma edição do Ciclo de Cinema do Museu de Lamego, que arrancou no dia 5 de agosto com o filme “Champion”, de 1949, que deu a conhecer ao mundo Kirk Douglas. Em 2016, o museu evoca o ator norte-americano, quando se celebram 100 anos do seu nascimento. Texto: Ana Portela FOTO: DR
Luís Sebastian, director do Museu de Lamego, afirma que os conceitos de ciclo de cinema clássico ou de cinema ao ar livre são já há muito correntes em Portuga. “Temos consciência da
ainda pequena escala do Ciclo de Cinema do Museu de Lamego, mas igualmente de que é já para nós um sucesso este ir na sua 4ª edição e, sobretudo, ser já uma normalidade”, referiu Luís Sebas-
tian, acrescentando a importância de parcerias locais que têm sido fundamentais para o projeto. Com uma extensa filmografia,o norte-americano Kirk Douglas, recebeu três no-
meações para os Óscares pelo seu trabalho, em filmes como “Champion”, em “The Bad and the Beautiful” e “Lust for Life” ( 1956). O ator foi distinguido em 1996 por um Oscar pelos “50 anos de modelo moral e criativo para a comunidade cinematográfica”. Do seu vasto currículo fazem ainda parte filmes como “Ulisses”, “Spartacus”, “Young Man with a Horn” ou “20.000 léguas submarinas”. “Esta rede que se tem vindo a formar em torno da iniciativa garantiu não apenas a realização das primeiras 4 edições, mas é sobretudo uma garantia para a sua continuidade futura, num trabalho em rede que se pretende alargar a cada ano”, revelou o
director do Museu de Lamego, salientando o “indiscutível papel, quase único, que este ciclo tem na região de disponibilizar cinema clássico, e de forma gratuita”. Para Luís Sebastian o balanço da iniciativa é muito positivo. “O Museu de Lamego cumpre mais uma vez o seu papel de agente cultural virado para o exterior e disponibilizando à região e aqueles que a visitam acesso a uma atividade cultural diversificada, de outro modo inexistente”, aferiu o director. Numa parceria entre o Museu de Lamego, o Teatro Ribeiro Conceição e a FNAC, a exibição dos filmes deu-se nas sextas-feiras do mês de agosto e foi de entrada gratuita.■
VIVADOURO AGOSTO 2016 21
Festas da cidade recebem milhares de visitantes
Lamego
De 25 de agosto a 9 de setembro a cidade de Lamego enche-se de alegria e festa com mais uma edição das Festas em Honra da Nossa Senhora dos Remédios. Música, gastronomia e produtos regionais são alguns dos principais pontos da romaria que junta milhares de pessoas pelas ruas da cidade. Texto: Ana Portela
FOTO: DR
O corte da fita inaugural das Festas em Honra da Nossa Senhora dos Remédios marcou, no dia
25 de agosto, o início de duas semanas de festividades no concelho. Francisco Lopes, presidente do
município, antecipa que as festas lamecenses ficam num valor entre 300 e 350 mil euros, num progra-
ma que “faz um misto entre um elenco bastante caseiro e tradicional, com o folclore, as bandas filarmónicas e os fados, e a música moderna, com o Zigurfest”. A autarquia lamecense recordou ainda que este é “o único local do mundo católico onde a imagem da Virgem é transportada por animais”, com a realização da Majestosa Procissão do Triunfo a 8 de setembro, que sai da igreja das Chagas, percorre algumas ruas da cidade e termina na igreja de Santa Cruz. Em termos musicais, destacou-se a realização do concerto da artista Daniela Mercury, a 26 de agosto, que subiu ao palco
do Multiusos de Lamego e juntou milhares de aficionados pela música brasileira, tendo este sido o único dia de concertos pago. Os dias 1, 2 e 3 do mês serão festejados com música moderna que chega através do “TRC-ZIGURFEST”, um festival que se estende à rua da Olaria e ao Teatro Ribeiro Conceição e que “é cada vez mais uma referência nacional e internacional”, referiu a autarquia. O município frisou ainda a decoração e iluminação das principais ruas e avenidas da cidade e para “o deslumbrante fogo-de-artifício que prometem emprestar um brilho muito especial a estes festejos”, concluiu. PUB
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Mesão Frio
Mesão Frio recebeu Feira do Petisco, Vinho e Produtos Regionais
Realizou-se no início do mês de agosto, em Mesão Frio, a Feira do Petisco, Vinho e Produtos Regionais. Ao longo de três dias, os mesão-frienses mostraram aquilo que o município tem de melhor, com destaque para a gastronomia, o vinho, as tradições e a cultura. O evento é organizado pela Câmara Municipal. Texto: Ana Portela
“Este evento é assente numa premissa de âmbito local e regional, com a finalidade de dar a conhecer os nossos recursos gastronómicos, promovendo e valorizando os petiscos, os vi-
nhos do Douro, o artesanato e as tradições”, afirmou ao VivaDouro Alberto Pereira, presidente da autarquia. Para o edil a Feira “tem-se revelado, ano após ano, uma boa oportunidade de
negócio para o comércio local, através da troca de contactos entre as empresas e o cliente, ajudando a dinamizar desta forma, as economias local e regional”. A Confraria Gastronómica de Lamego deu início a mais uma edição da Feira do Petisco, Vinho e Produtos Regionais, animada pelo grupo de bombos da Associação Cultural e Desportiva de Vila Marim. Ao final da tarde, o pintor do concelho, José Luís Cortês proporcionou um atelier de pintura ao vivo, no Claustro de São Francisco. Durante os dias do certame decorreu o habitual torneio de Sueca, da Associação Cultural e Desportiva de Vila Marim, o atelier de pintura e ainda a rea-
lizaçãodo cortejo de oferendas da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Mesão Frio, que terminou com o leilão das ofertas da população. O último dia do certame ficou marcado pelo encontro de clássicos que contou com a participação de várias dezenas de viaturas, que estiveram expostas na Avenida Conselheiro José Maria Alpoim e que desfilaram por todas as freguesias do concelho. Na Feira do Petisco, Vinho e Produtos Regionais, foi ainda apresentado no salão nobre da Câmara Municipal, o Rali Município de Mesão Frio que decorreu nos dias 27 e 28 de agosto. “O balanço é, uma vez mais, muito positivo. Foram três dias de
muita animação, de confraternização e de muita agitação em Mesão Frio”, confessou o edil, acrescentando que “aquilo que sentimos é que, edição após edição, há pessoas a virem pela primeira vez à vila de Mesão Frio, durante o decorrer deste certame e isso é verificado, por exemplo, nas inscrições realizadas nos vários eventos”. “O sucesso deste certame deve-se, sobretudo, à adesão e inestimável colaboração do comércio local, nomeadamente dos produtores, da restauração e dos artesãos. É graças a eles que a Câmara Municipal de Mesão Frio consegue garantir uma ampla montra daquilo que o concelho tem de melhor para oferecer”, concluiu Alberto Pereira.
Ruas de Mesão Frio animaram-se com Festa Branca As ruas de Mesão Frio, os estabelecimentos comerciais, os residentes e os visitantes vestiram-se de branco, na noite da prova Super especial do Rali Município de Mesão Frio. FOTO: DR
de expressão cultural brasileira e ainda, andas malabaristas com fogo. Os estabelecimentos comerciais que aderiram à noite branca estiveram abertos até às 22 horas e “muitos dos comerciantes admitiram ficar satisfeitos com o negócio que fizeram nesta noite”, afirmou a autarquia. Após terminar a prova Super especial do rali, a festa continuou
na piscina municipal descoberta, com um espetáculo de Salsa Latina, de entrada gratuita. A festa prolongou-se pela madrugada fora, com o espetáculo do Dj Picão. De acordo com a autarquia, a noite temática “onde imperou a animação, o som da música e dos motores, recebeu rasgados elogios por parte da população local e dos visitantes”. FOTO: DR
Numa organização conjunta da Câmara Municipal de Mesão Frio e do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) 3G Porta D’ouro, a iniciativa “além de estimular o consumo no comércio local, pretendeu aplaudir as
emoções do desporto automóvel, ao promover o convívio entre as equipas de rali e a população local”. Quem visitou Mesão Frio no passado sábado, dia 27 de agosto, teve a oportunidade de testemunhar uma das mais brilhantes noites da vila
duriense, porta do Douro. A partir das 20 horas, a Avenida Conselheiro José Maria Alpoim recebeu uma pequena mostra de produtos turísticos e de empreendedorismo, artesãos e muita animação, com várias atuações de Capoeira, estilo de dança
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Tabuaço | São João da Pesqueira
Tabuaço recebeu Festival de Folclore
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No passado dia 2 de agosto, cerca de 300 elementos pertencentes a 10 grupos de folclore atuaram na Avenida António Augusto da Silva Barradas, em Tabuaço, para “uma população que se apresentou em grande número”. FOTO: DR
Oito destes grupos vieram de países como Equador, Panamá, Nova Zelândia, Turquia, Colômbia, Cazaquistão, Sérvia e Argentina aos quais se juntaram os ranchos folclóricos de Chavães e Granja do Tedo a quem coube abrir e encerrar o evento, respetivamente. Os grupos internacionais foram recebidos na Quinta do Seixo, de onde saíram para o almoço de confraternização no Santuário da Nossa Senhora do Sabroso. De seguida
teve lugar a receção formal no Salão Nobre da Câmara Municipal, por Carlos Carvalho, presidente da autarquia, que lhes deu as boas vindas e agradeceu a sua presença. A partir das 21 horas o espetáculo teve início e durante mais de quatro horas de atuação,” os espectadores aplaudiram entusiasticamente todos os grupos e as suas músicas e cantares diversificados, tão representativos das tradições culturais e etnográficas dos seus países”, revela a autarquia.
Bolsa de Mérito para alunos do Superior em S. João da Pesqueira O Município de São João da Pesqueira vai atribuir uma Bolsa de Estudo por Mérito a alunos do Ensino Superior que apresentem uma média igual ou superior a 14 valores. Candidaturas decorrem entre 1 e 21 de setembro. “Consciente das dificuldades económicas que afetam alguns agregados familiares dos nossos estudantes, as quais constituem impedimento ao prosseguimento de estudos, este município anualmente bolsas de estudo de apoio social”, referiu a autarquia. Para além disso, como forma de “premiar o mérito escolar”, o município atribuirá também bolsas de estudo por mérito. Podem concorrer à Bolsa de Estudo por Mérito “todos os alunos do concelho com média igual ou superior a 14 valores, incluindo aqueles que usufruam da Bolsa de Estudo de Apoio Social”, pode
ler-se no regulamento da medida. Sendo que os interessados poderão apresentar candidatura entre 1 e 21 de setembro. O apoio terá o valor correspondente à totalidade do montante da propina do curso que o concorrente frequenta no ano letivo 2015/2016. Ainda no âmbito da política educativa, a autarquia anunciou também a disponibilidade dos vales escolares cujos valores variam entre os 20 e os 80 euros e abrangem todos os anos escolares, incluindo o pré-escolar, o ensino vocacional e a escola profissional.
24 VIVADOURO AGOSTO 2016
Vários Concelhos
Pinhão reivindica eletrificação da linha do Douro para servir populações A Junta do Pinhão, Alijó, defendeu recentemente que a eletrificação da linha do Douro é “urgente e prioritária” para prestar um melhor serviço primeiro às populações, depois aos visitantes e finalmente aos operadores turísticos. A Junta de Freguesia do Pinhão, vila atravessada pela linha do Douro, disse, em comunicado, que está a acompanhar a recente polémica sobre as condições do transporte ferroviário, depois de três operadoras turísticas criticarem o “mau serviço” da CP - Comboios de Portugal, a supressão de ligações, a falta de lugares sentados nas carruagens ou as avarias no ar condicionado. “Não pode esta Junta de Freguesia ficar alheia ao rumo que esta discussão está a levar, centrando-a nos interesses comerciais dos operadores turísticos. A linha do Douro serve uma região com mais de 200 mil habitantes e representa a única forma de transporte ao longo do canal do Douro, registando nos últimos anos um crescimento relevante de passageiros”, sublinhou a autarquia. A autarquia acrescentou ainda que a “falta de um profundo investimento, quer ao nível da infraestrutura quer ao nível da operação por parte da CP, tem retardado a afirmação turística da região e contribui negativamente para a imagem do vale do Douro”. Sublinhou ainda que “esta linha deverá rapidamente sofrer as intervenções necessárias com o objetivo de prestar um melhor serviço, primeiro às populações que serve, depois aos visitantes que procuram a região e finalmente aos operadores turísticos que, curiosamente, não tem, na sua generalidade sede no vale do Douro”. Nesse sentido, a Junta de Freguesia considerou “urgente e prioritária a eletrificação da linha do Douro prevista no Plano Estratégico de Transportes e orçada em 56 milhões de euros (entre Caíde e Pocinho)”. A modernização da linha do Douro permitiria ainda, segundo esta autarquia, “aumentar o número de comboios diários nos períodos de maior procura, reduzir os custos de exploração e conferir maior segurança à circulação”. Também no dia 29 de agosto, em
Vila Real, os deputados do PSD Luís Leite Ramos, Pedro Pimental e Manuela Tender reuniram com o presidente da Entidade Regional Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, para debaterem o serviço ferroviário do Douro. Melchior Moreira lembrou que há anos que defende a eletrificação da linha do Douro para a região ser “mais competitiva, ter mais qualidade, mais oferta e para se aproximar mais do Porto”. “É um esforço que tem que ser assumido pelos Governos”, frisou. Por sua vez, Luís Leite Ramos referiu que o anterior Governo PSD/CDS assumiu a eletrificação entre Caíde e Régua como “uma prioridade”, uma questão que disse ter “sido desvalorizada” pelo actual executivo. Após as críticas das operadoras, a CP reconheceu que está a ter dificuldades em responder “aos crescimentos brutais” da procura na linha do Douro porque “a capacidade não é ilimitada” e adiantou que está a tentar encontrar soluções com a tutela. O parlamentar sublinhou que “é a primeira vez” que ouve este argumento e que este crescimento do número de turistas significa que “há futuro para a linha do Douro”, agora, acrescentou, é preciso é “não destruir” a imagem deste território. O deputado disse ainda estar à espera de resposta ao pedido de audiência com o presidente da CP e sublinhou que, se a transportadora “tiver o engenho de aproveitar” estas dinâmicas, “é possível aproveitar o turismo na região por mais tempo, para além da época alta”. Melchior Moreira afirmou que “o comboio é uma grande alavanca da promoção turística do Douro”. Considerou ainda que o crescimento do número de visitantes no Porto e no Norte se deve “também ao empenho do setor privado” e sublinhou que “as entidades públicas só têm que ser facilitadoras”.
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VIVADOURO AGOSTO 2016 25
Vários Concelhos
Desenvolvimento Sustentável do território em debate nos dias 23 e 24 de setembro
Nos próximos dias 23 e 24 de setembro a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), vai receber a conferência “Desenvolvimento Sustentável do Território Douro e Trás-os-Montes”, com o objetivo de debater as principais necessidades do território. Painel conta com várias personalidades e entidades da região. O VivaDouro esteve à conversa com Alberto Júlio Sila Fernandes, promotor do evento. Leia a entrevista e fique a saber mais acerca do evento. Texto e Foto: Salomé Ferreira
> Alberto Júlio Silva Fernandes, promotor do evento O que é que o público pode esperar da conferência “Desenvolvimento Sustentável do Território Douro e Trás-os-Montes” a realizar em setembro na UTAD? O publico espera, com certeza, ouvir dos participantes nos diversos painéis, o que pensam e qual a sua envolvência no desenvolvimento do território, que a todos pertence e ao qual ninguém pode ficar alheio ou entender que o problema é sempre dos outros. Quais vão ser os principais assuntos em discussão/reflexão? Diria que há quatro eixos fundamentais, através dos quais se procura avaliar os fatores de desenvolvimento do território, os seus agentes, o contributo de cada um deles e a possibilidade /necessidade de trabalharem em conjunto.
Resumidamente enunciaria os temas dos quatro painéis: 1- “ A educação/formação no desenvolvimento sustentável do território.” 2- “ O estado, as comunidades intermunicipais, as autarquias e as cooperativas no desenvolvimento do território.” 3- “ Turismo, património e cultura.” 4- “ O cooperativismo agrícola, a nível mundial, europeu e em Portugal, pontos fortes e fracos das cooperativas agrícolas, as cooperativas agrícolas e o desenvolvimento do território.” Ao longo dos dois dias de conferências, quais são as personalidades já confirmadas a integrar o painel? Estão já confirmadas as presenças de entidades da Administração Central, como membros do Governo, da Administração Regional - CCDRN
e representantes das Comunidades Intermunicipais, diversos autarcas, responsáveis por sectores do turismo, da cultura e do património e ainda as principais organizações do sector cooperativo, como a Cases, a Confagri e a Confecoop. Como é que surgiu esta conferência? Resulta dos esforços de que instituições? Este congresso é resultado e consequência das jornadas cooperativas que há dez anos, se realizam em S. João da pesqueira e Penela da Beira. Ao longo destes últimos dez anos foram discutidos temas tão diversos como: “ As cooperativas e a globalização, a economia social no séc. XXI, as cooperativas: vantagem competitiva, a política agrícola comum, as cooperativas o empreendedorismo e a inovação, municipalismo, cooperativismo e a economia social, as coope-
rativas e o mercado, ou ainda o aproveitamento de subprodutos, a eficiência energética e a redução de custos”. Depois deste percurso, impunha-se que, sem perder de vista o contributo que as cooperativas emprestam ao desenvolvimento do território, pudéssemos reunir outros agentes do desenvolvimento territorial, para em conjunto e em associação avaliar a criação de sinergias entre todos, no difícil caminho do desenvolvimento sustentável do território. Por outro lado definimos a intervenção de agentes que atuam num território alargado, isto é o espaço definido pelo território de três comunidades intermunicipais Douro, Trás-os-Montes e Alto Tâmega. Estamos a falar de um território que abrange 33 concelhos, onde existem mais de 100 cooperativas. As instituições que iniciaram há dez anos este caminho e constituem o núcleo duro da organização, são a APM - Associação Portuguesa de Management, que lidera o processo, que tem como parceiros as cooperativas agrícolas de São João da pesqueira, Castanheiro do Sul e Penela da Beira e ainda a Associação dos Amigos de Pereiros. Seria injusto não referir que a organização sempre teve o apoio, entre outros, do município e da caixa agrícola de São João da Pesqueira, bem como do jornal vida económica. AUTAD está já há alguns anos, associada á APM na organização das jornadas cooperativas. Entendemos que o desenvolvimento de um território, para ser sustentável, não pode ser implementado apenas pela administração pública seja qual for o nível e o
âmbito da sua atuação, mas terá que alargar as fronteiras do seu território e incluir todas as organizações públicas, privadas e cooperativas, com atividade económica na agricultura, industrial ou serviços ou de apoio social, todos devem ser chamados a uma participação ativa e mobilizadora para um desenvolvimento que sirva o interesse e fixação das populações e melhoria da sua qualidade de vida. Quais são os principais objetivos deste encontro? O principal objetivo é trazer ao debate e discussão temas tão diversos como a educação e a formação, o turismo, o património e a cultura e o cooperativismo e a sua participação no desenvolvimento sustentável do território, com a participação dos principais agentes desses sectores, e demonstrar que com esta interação e esforço conjunto será viável a valorização do interior do país. A presença, já confirmada e que muito nos honra, da Professora. Doutora Helena Freitas, coordenadora da estrutura de missão para a valorização do interior é, para a organização, a confirmação do interesse e oportunidade do tema do congresso.
26 VIVADOURO AGOSTO 2016
O Douro sabe bem.
Cooperativismo
Adega Cooperativa de Penajoia pretende modernizar equipamentos O VivaDouro esteve à conversa com José Santos, presidente da Adega Cooperativa de Penajoia. Há cinco anos à frente desta instituição, o dirigente tem como prioridade a modernização da maquinaria com o objetivo de expandir o negócio, nomeadamente para o mercado externo. Leia a entrevista e fique a saber mais acerca do setor do cooperativismo no Douro. Texto e fotos: Salomé Ferreira
ber parte do dinheiro antes da vindima e depois em dezembro pagam tudo. O vinho de consumo dá muito mais trabalho aos operários da Adega e depois dá muita canseira em vendê-lo.
> José Santos, presidente da Cooperativa Qual foi a data de constituição da cooperativa? A Adega Cooperativa de Penajoia surgiu em 1962.
cios que têm neste momento? Neste momento temos cerca de 400 sócios mas já tivemos perto de mil.
Em que contexto é que surgiu a cooperativa? Na altura os viticultores tinham uma grande dificuldade em colocar o vinho no mercado, juntaram-se os 15 maiores e fizeram uma reunião para começarem a construção da Adega.
Houve então o decréscimo do número de sócios? Sim, uns fugiram para outras cooperativas, outros começaram a fazer vinho em casa. O lavrador tenta rentabilizar o melhor que pode o seu produto.
Na sua opinião, quais são as principais vantagens que os produtores encontram ao trabalharem com cooperativas? Têm um melhoramento de qualidade, uma vez que as cooperativas hoje em dia são mais dotadas de vários equipamentos e técnicos de qualidade. Antigamente muitos viticultores optavam por produzir o vinho em casa, hoje isso já não acontece. No que diz respeito ao número de sócios, como é que foi a evolução nestes últimos anos? Qual o número de só-
No que diz respeito à produção dos últimos três anos, qual foi a quantidade de produtos produzida? E o valor? Ronda cerca de duas mil pipas por ano. O ano passado fizemos mais, o generoso mantém-se, o de consumo é que no ano passado tivemos mais. Este ano de consumo, entre DOC e Vinho de Mesa tivemos à volta de 1700 pipas. O vinho do Porto é a vossa principal produção? Sim, e é também o vinho que dá menos trabalho à direção, já o temos vendido, vamos rece-
Como é que foram as vendas em 2014/2015, tanto no mercado nacional como a nível de exportações? Sentimos que baixamos um pouco as vendas, o consumo de vinho está a diminuir. Tenho conversado com vários colegas de outras Adegas e também partilham a opinião que enfraqueceu um pouco a venda dos vinhos. Mesmo os comerciantes e distribuidores notam isso. Qual é a perspetiva para a colheita deste ano? Este ano a colheita vai ser fraca, está a cerca de metade, menos 50%. Há muitas doenças, nomeadamente o míldio, o que fez com que se perdessem muitas uvas. A qualida-
de poderá ser maior, havendo menos uvas o vinho vai ser mais graduado e melhor. Têm apostado também na exportação? Temos apostado pouco, exportamos apenas para alguns países, nomeadamente Macau, China, Angola, uma percentagem muito pequena, cerca de 3% daquilo que produzimos. Têm perspetivas de crescimento nessa área? Sim temos, candidatámo-nos recentemente a um projeto no âmbito do Portugal 2020 para modificarmos a maquinaria, instalarmos o sistema de frio para termos melhores vinhos brancos e melhorar os vinhos tintos. As máquinas já são antigas, a maior parte delas ainda são da altura de formação da Adega. A nível nacional, na sua opinião, qual é a principal di-
ficuldade que as cooperativas enfrentam neste momento? Na minha opinião é o facto de não se consumir o vinho, não se consome e ficamos com ele em armazém e depois temos dificuldades em pagar aos sócios. Ir à banca não é solução, devia haver uma linha de crédito do Governo para as Cooperativas. Falta apoio governamental. Considera que Portugal se distingue dos outros países da Europa neste setor? Em que medida? Portugal tem bons vinhos, estamos no bom caminho e temos vindo a melhorar as castas de produção. Que perspetiva de futuro tem para a organização que representa? Pretendo fazer as obras de restauração das máquinas de fabrico, mudar algumas imagens da garrafa e termos um vendedor no terreno para haver maior contacto com as pessoas.
A vantagem cooperativa no sector agroalimentar nacional
Aldina Fernandes Secretária-Geral Adjunta Confagri Neste artigo, visamos em três breves pontos, destacar da especificidade das empresas cooperativas, evidenciar a importância da sua ação no sector agroalimentar nacional e apontar alguns dos seus principais desafios. 1. O que distingue uma cooperativa de uma sociedade anónima? Enquanto uma cooperativa é uma sociedade de pessoas, que tem como fim a satisfação de necessidades económicas, sociais ou outras dos seus membros, uma sociedade anónima visa rentabilizar e maximizar o capital investido, remunerando os accionistas na proporção do capi-
tal detido por cada um. As cooperativas obedecem a regras específicas de gestão que derivam dos 7 Princípios Cooperativos, designadamente: a adesão voluntária e livre; a gestão democrática; a participação económica dos membros; a autonomia e independência; a educação, formação e informação; a intercooperação e ainda a preocupação pela comunidade. De salientar que os excedentes resultantes da actividade económica das cooperativas destinam-se a um, ou mais, dos seguintes objectivos: desenvolvimento da cooperativa, beneficio dos membros na proporção das suas transacções com a cooperativa (e não do capital subscrito por cada cooperador) ou apoio a outras actividades aprovadas pelos membros. 2. Empresa agrícola e cooperativa agrícola–uma ligação necessária A produção agrícola é reconhecidamente um dos elos mais frágeis da cadeia agro-alimentar. Com um tecido empresarial caracterizado pela reduzida dimensão económica da generalidade das explorações agrícolas, pela sua heterogeneidade e dispersão territorial, a produção agrícola confronta-se quer a montante - com os fornecedores dos factores de produção (adubos, produtos fitofarmacêuticos, máquinas agrícolas, energia), quer a jusante- com as cadeias da moderna distribuição - com um reduzido n.º de operadores, muitos de dimensão mul-
tinacional, fortemente concentrados e competitivos. Este desequilíbriotem-se traduzido em abusos de poder negocial e,numa repartiçãoprofundamente desigual e injusta, do valor que é gerado na cadeia agro-alimentar. As Cooperativas agrícolas, ao concentrarem a produção das explorações agrícolas, à qualquase sempre acrescentam valor,através dos processos de transformação (produçãode azeite, de vinho, deprodutos lácteos, entre outros), facilitam o acesso aos mercados e melhoram a posição dos agricultores na cadeia agro-alimentar. Preocupadas em dar resposta às necessidades dos seus cooperadores, a grande maioria das cooperativas agrícolas fornecem ainda os fatores de produção e prestam serviços de apoio técnico aos empresários agrícolas, nas áreas da gestão e da produção, promovendo a qualidade e a adopção de práticas agrícolas mais sustentáveis. Em muitas regiões, as cooperativas agrícolas são um referencial para a formação dos preços. Inseridas normalmente em regiões desfavorecidas as cooperativas agrícolas geram emprego, investem nos seus territórios e não se deslocalizam. São pois, agentes ativos de coesão económica e social. 3. Desafios que se colocam ao sector cooperativo agrícola português O sector cooperativo agrícola português, pela sua dimensão (cerca
de 700 Cooperativas) e implantação territorial, dispõe de elevado potencial para apoiar o desenvolvimento sustentável do sector agroalimentarnacional. Para isso necessita de apostar no seu redimensionamento, profissionalização e visibilidade: - Redimensionamento, não exclusivamente por via de fusões ou incorporações, mas também através de atuações conjuntas de cooperativas de uma mesma mesma região ou que trabalham o mesmo produto, visando a obtenção de economias de escala, seja para redução de custos comuns, seja nas actividades de transformação, de venda, de promoção ou de exportação; - Aposta na profissionalização dos seus quadros técnicos e gestores, de modo a poder responder às elevadas exigências da produção agroalimentar europeia e a mercados extremamente competitivos; - Reforçar a visibilidade das cooperativas agrícolas portuguesas. Para isso importa dar a conhecer a natureza diferenciada da resposta cooperativa. Uma actividade empresarial, assente em importantes valores éticos e humanistas, que apoia e viabiliza a atividade de milhares de explorações agrícolas. Os produtos alimentares cooperativos são genuinamente portugueses e contribuem para promover um desenvolvimento económico e social mais equilibrado do nosso país.
O Douro sabe bem.
Reflexão a propósito de incêndios
João Salazar Leite CASES A vaga de incêndios que uma vez mais assolou o País, aliada à procura de soluções para a sua minimização futura, leva-me a propor-vos um debate sobre a seguinte solução. É sabido que o País não possui um cadastro da propriedade rural que cubra o território nacional. É também sabido que, em muitos casos, as terras florestais se encontram na propriedade de herdeiros dos proprietários originais, e muitas vezes já em herdeiros de herdeiros, com a consequente impossibilidade de encontrar um responsável pelas operações antifogo que anualmente se deveriam fazer nas diferentes propriedades. Acresce que, em cada vez mais casos, a propriedade das terras pertence a indivíduos envelhecidos, incapazes de por si próprios executarem os trabalhos que a conservação das florestas exige. Os mais jovens esses trocaram em números crescentes os campos pela cidade, e até pela emigração, desertificando o território e tornando mais débeis os laços comunitários, quantas vezes só renovados aquando da festa anual de cada comunidade. Do lado dos poderes públicos, nomeadamente a nível autárquico, sejam câmaras ou freguesias, existem sobretudo constrangimentos orçamentais e de fiscalização que obviam ao coercivo desenrolar das operações de limpeza e conservação necessárias, mesmo que estejam diagnosticados os locais de risco principal e planificados cer-
tos procedimentos em caso de desencadeamento de um fogo. E falta uma política anti eucalipto e pela vegetação que tradicionalmente ocupou o terreno. Com o presente texto apenas proponho que reflitam numa hipótese de conservação e desenvolvimento do que ainda existe, mais uma, sabendo obviamente que não é a solução evidente, porque se essa existisse o Governo já a teria adotado há muito. A minha solução passa pela criação de cooperativas de interesse público, possíveis após a publicação do Decreto-Lei 31/84, de 21 de janeiro. Podem formá-las o Estado central, as diferentes estruturas administrativas regionais, organizações da economia social, mas também empresas privadas, e indivíduos com especial interesse no projeto da cooperativa. Neste caso da conservação de matas, a que acrescentarei a exploração comercial dos subprodutos da floresta e outros recursos dela dependentes, como a produção apícola, o capital inicial com que cada parceiro entraria para a cooperativa poderia ser calculado a nível de estatuto e não necessitaria de ser igual para todos, algo que se adequa totalmente à realidade social e económica de cada região. Nas cooperativas de interesse público a lei estabeleceu derrogações à regra um homem, um voto. A área de atuação de cada cooperativa e os meios necessários para atingir os objetivos propostos deverão também ser conhecidos e calculados abinitio para efeitos da subscrição do capital inicial com que cada coopera-
dor contribuiria para o esforço coletivo. Precisamente porque há dúvidas sobre a propriedade dos terrenos, a cooperativa arrancaria com a outorga por diploma legal da posse das terras dos proprietários não cadastrado às autarquias locais. No caso de proprietários conhecidos, eles seriam convidados a aderir à cooperativa, e porque a adesão é livre só seriam obrigados a aderir à mesma os detentores de terras em zonas que, pela efeito da não adesão, colocariam em causa a inviabilidade das restantes operações. Relembro no regime anterior a 1974, a utilização dos canais de rega das albufeiras públicas por parte de não membros das cooperativas de rega que viam as suas terras atravessadas pelo canal construído pelo Estado. Essa utilização implicou a adesão coerciva à cooperativa do agricultor oportunista, atento o interesse geral predominante. É precisamente esse interesse geral que está aqui em causa, a economia nacional amputada anualmente de valor pela adição das numerosas ocorrências ígneas. Que sucederia se da concretização do cadastro em curso no Ministério da Agricultura resultasse a identificação de um ou mais proprietários dos terrenos entretanto empossados pelas autarquias locais? Far-se-iam as contas anuais do que foi gasto na parcela de terra desse proprietário ‘descoberto’ e, no caso de não querer aderir à cooperativa, teria de pagar a quota parte do trabalho entretanto por ela realizado. Se quisesse aderir far-se-iam contas e o capital inicial devido pela adesão deveria refletir as despesas feitas. Como se financiaria a cooperativa?
Na constituição entrariam fundos públicos, contrapartidas pela utilização de maquinaria camarária já existente, e o capital individual que viesse a ser decidido pedir às diferentes categorias de aderentes não públicos da cooperativa. Depois, entrariam como receitas da cooperativa a venda dos produtos gerados pelas terras na posse da autarquia e geridas pela cooperativa, receitas distribuídas no final do ano pelos membros ou reinvestidas na própria organização. Tudo isto tem, obviamente, de passar pelo crivo dos juristas, que por diploma legal ou por editais camarários, e pública posterior divulgação das contas da cooperativa entretanto em funcionamento, garantiriam a transparência da operação e o escrutínio pelos membros e populações. Nos termos da Constituição, do Código Cooperativo e do diploma que aprovou em 1984 as Cooperativas de interesse público, mas também da Lei das Finanças locais e do Regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais, posso concluir que os municípios podem formar ou participar em cooperativas ou outras entidades de economia social, devendo tão só observar limiares e regras orçamentais que a legislação define. A ser correta a minha interpretação, a opção pela solução que lanço apenas depende do diálogo local e regional, da ousadia dos eleitos locais, e do respaldo do Governo central, seja financeiro, através de soluções de capital de arranque ou semente, por exemplo, seja legislativo, para dirimir questões em volta da propriedade e posse das terras.
O Douro sabe bem.
VIVADOURO AGOSTO 2016 29
O Futuro da Floresta exige mais Engenharia Florestal
António Fontainhas Fernandes Reitor da UTAD
Opinião
Nos últimos tempos a engenharia flo-
mente alertado que a previsão de um
políticas focalizadas no combate aos
promoção da biodiversidade, de de-
restal tem sido uma formação com
verão longo e seco tornava expectável
incêndios e na proteção civil. A agen-
fesa contra a erosão, de correção dos
reduzida procura pelos jovens, for-
esta situação, face aos níveis elevados de
da da floresta passa por um modelo de
regimes hídricos e da qualidade do ar
mando-se anualmente menos de duas
precipitação do inverno e primavera que
silvicultura assente na diversificação
e da água. É consensual a função da
dezenas de licenciados em Portugal.
atrasaram a época de fogos. Mostraram
de espécies, gestão de combustíveis,
floresta na mitigação dos efeitos das
Trata-se de um número escasso para
também que, em termos médios, cerca
requalificação de áreas ardidas, apoio
alterações climáticas e sequestro de
responder aos desafios das políticas
de 2,2% da floresta arde anualmente
fitossanitário e no serviço de ecossis-
carbono que apelam à multidiscipli-
de ordenamento e de valorização do
em Portugal, o valor mais elevado da
temas que maximize fins múltiplos.
naridade, a matriz identificadora do
conhecimento no domínio da flores-
Europa e um dos principais no Mundo.
Indubitavelmente, esta agenda deve dar
engenheiro florestal dos novos tempos.
ta. No entanto, o debate entre trono
No rescaldo do cenário dantesco a
relevo ao papel do engenheiro florestal
O Futuro convoca ao envolvimento de
do flagelo dos incêndios registado
que assistimos na comunicação so-
na definição de modelos de silvicultura
todos os atores com competência no do-
neste verão mostrou claramente que
cial e nas redes sociais, mais do que
preventiva, permitindo tornar a flores-
mínio da Floresta, envolvendo obriga-
Portugal tem de repensar a agenda da
nunca, é preciso delinear novos cami-
ta mais resistente e resiliente ao fogo.
toriamente o sistema científico e do co-
floresta que, obrigatoriamente, exige
nhos para a floresta. Ficou claro que a
A engenharia florestal defende tam-
nhecimento, enquanto fator estratégico
uma aposta na Engenharia Florestal.
aposta na floresta deve envolver o or-
bém a valorização tecnológica dos
e competitivo da sociedade contempo-
Os investigadores do departamento de
denamento, a gestão florestal e a pre-
produtos florestais, alicerçado numa
rânea, no qual osengenheiros florestais
florestal da UTAD já tinham previa-
venção de incêndios, contrariando as
visão de sustentabilidade ambiental de
devem ter uma maior intervenção.
Sabia que… … não há Vinhos do Porto mono-
… a Região Demarcada do Douro
Origem Porto é a mais antiga do mundo
(SIVRDD) é possível a a obtenção auto-
(RDD) tem a particularidade de ter duas
(demarcada, regulamentada e contro-
mática da pontuação de quatro fatores: lo-
Uma das expressões mais valiosas
Denominações de Origem (DO) que es-
lada desde 1756, embora com um uso
calização, altitude, inclinação e exposição.
do Douro é o seu património genéti-
tão protegidas em mais de 160 países?
mais antigo), sendo que a Douro é uma
Para disponibilizar aos viticultores
co, com mais de uma centena de castas
As Denominações de Origem Porto
das mais recentes (regulamentada 1982,
o SIVRDD e as suas funcionalidades,
que se adaptam aos diferentes terroirs
e Douro são a expressão de um território
mas reconhecida legalmente em 1907).
desenvolvemos o Portal do Viticultor
durienses. O Vinho do Porto exprime
único e espelham a sua excelência, exi-
esta diversidade pois é um vinho de
gindo um trabalho diário de fiscalização,
RDD
lotação de diferentes castas e é esta ca-
certificação, proteção, defesa e promoção,
todo
racterística que o torna tão especial na
atividades exclusivas do IVDP,IP. Quanto
sua estrutura e no seu paladar único.
à proteção e defesa, em colaboração com
trabalho pioneiro que introduziu concei-
Digital do Terreno de grande exatidão,
Os vinhos do Douro, produzidos a
os Ministérios da Agricultura, Florestas e
tos de zonagem vitícola aplicados à pro-
conseguimos aumentar a rapidez no
partir das mesmas castas, já podem ser
Desenvolvimento Rural e dos Negócios
moção da qualidade na produção do Vi-
tratamento da classificação das parcelas
vinhos de lotação de diferentes castas ou
Estrangeiros, o IVDP acompanha as ne-
nho do Porto e é, ainda hoje, o método que
de vinha. Além disso, este cálculo em
produzidos a partir de uma só casta, nes-
gociações internacionais que envolvem
rege os 12 fatores de classificação (A a F)
áreas que ainda não tem vinha (simu-
te último caso destacam-se a Touriga Na-
a proteção daquelas denominações de
que traduzem o potencial qualitativo para
lador) permite prever a futura classifi-
cional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sou-
origem, estando as mesmas protegidas
a produção de uvas para Vinho do Porto.
cação da parcela bem como a sua área,
são (tintas) e Moscatel Galego Branco,
em mais de 160 países através de diver-
Atualmente, com o Sistema de In-
por forma, a adotar as medidas de gestão
Rabigato e Códega do Larinho (brancas).
sos mecanismos. A Denominação de
formação Geográfica da Vinha da RDD
do potencial vitícola, mais adequadas.
varietais?
Manuel de Novaes Cabral Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP)
…
as
da
que disponibiliza toda a informação
mé-
das parcelas de vinha da RDD. Com a
Fonseca?
implementação do cálculo automático
O método Moreira da Fonseca foi um
de parâmetros, baseado num Modelo
são
parcelas
de
classificadas
Moreira
da
vinha pelo
Três cidades, um Eixo Urbano
Ricardo Magalhães, Vice-Presidente da CCDR-N
São muitas as potencialidades de
identidades próprias, estas cidades do
associação Douro Alliance é, por exem-
dantes que escolhem a meritória Univer-
desenvolvimento que existem num ter-
coração do Douro estão interligadas por
plo, uma prova de que o Eixo Urbano
sidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
ritório como o Alto Douro Vinhateiro e
relações institucionais, sociais, económi-
não ficou de todo adormecido. Ainda
Estamos, pois, perante um fator
todas elas têm um denominador comum:
cas e culturais que não devemos descu-
que seja obrigatório espevitá-lo mais,
de atratividade que é preciso estimu-
a cooperação entre as instituições e as
rar. Antes pelo contrário. Compete-nos,
investindo na cooperação entre as insti-
lar, para que não vegete mais uns anos
pessoas deste território. Juntos contribui-
pois, no futuro, porque não potenciar
tuições e as pessoas do Douro. Estamos a
no marasmo. É forçoso qualificar ten-
remos para uma melhor promoção e
as três cidades num só eixo urbano. Dir-
“falar” do sistema urbano, que é uma rede
do em vista a ligação à Europa de pes-
crescimento da paisagem classificada pela
-se-ia que esse eixo será, em particular,
indispensável de suporte do território.
soas, bens e informação. Pelo Douro!
UNESCO de Património Mundial. Com
uma coluna vertebral da região interior.
Para que Vila Real, Peso da Régua e
efeito, poucas imagens haverá tão impres-
Não falo de todo de uma ideia nova e
Lamego se tornem mais competitivos, a
PS: Em nome da nova Presidência
sivas como as do Douro, e uma imagem
genial. O conceito há muito que é defen-
região terá de se afirmar pela escala, pela
da CCDR-N, muito agradeço o convite
vale sempre mais do que mil palavras.
dido e já na década de 90 Luís Valente de
coesão que demonstra, pela mobilidade
endereçado pelo Viva Douro para ocu-
Um dos pontos de partida deste de-
Oliveira, então Ministro do Planeamento e
que evidencia. Mas esse “Eixo” é, tam-
par a página de artigos de opinião deste
senvolvimento passará necessariamente
da Administração do Território, defendia
bém, um capilar por onde circulam mi-
jornal local. Congratulamo-nos, natural-
pela aposta no eixo urbano composto
a constituição deste Eixo Urbano. De lá
lhares de turistas que desembarcam na
mente, com a existência de um jornal que
pelas cidades de Vila Real, Peso da Régua
até aos dias de hoje muitos passos foram
Régua a pernoitar nas cidades vizinhas
se compromete em cobrir as notícias de
e Lamego. Ainda que se distingam com
dados para concretizar este conceito e a
e por onde passam os milhares de estu-
todos os municípios da NUT III Douro
30 VIVADOURO AGOSTO 2016
Opinião
Douro Sul - A escala com futuro !
Domingos Nascimento
Há algum tempo que o VIVADOURO, este projeto inovador, me permite falar deste lado do Douro, que se ergue do leito deste rio, o mais bonito do mundo, até às serranias das beiras, um território incomum, onde se está a construir futuro. Em cada um dos concelhos deste espaço com cerca de 100.000 habitantes, há um trabalho consistente a estruturar soluções de futuro. Nunca o trabalho dos Municípios foi tão importante para a sobrevivência dos territórios com pessoas cá dentro e com organizações vivas, como neste período da vida humana. Bons exemplos: A baga de sabugueiro - é um produto de excelência, altamente competitivo no contexto do mercado dos concentrados em toda a Europa. As características geomorfológicas, deste Douro Sul, o trabalho empírico de décadas na seleção das espécies deste arbusto domesticado por nós e, mais recentemente, com um aturado trabalho científico, têm sido os factores determinantes para esta diferenciação. Há um trabalho consistente de repor a confiança depois de alguns anos de incerteza quanto à viabilidade da unidade de receção, congelamento e expedição da baga para os mercados. A Regiefrutas , liderada pelo Presidente da Câmara de Tarouca, Valdemar Pereira, é bem o exemplo de que, com tenacidade, inteligência e
solidariedade entre concelhos, as coisas acontecem e o sucesso é possível. A abertura de espírito e visão alargada, dos líderes dos concelhos de Tarouca, Armamar, Lamego, Moimenta da Beira e Tabuaço, viabilizaram este projeto que estava em agonia e deram-lhe futuro. Veja-se a imensidão de hectares de terra que pode continuar agricultada com esta espécie, com ciclo de produção muito simples e amigo do ambiente. Atenda-se também à quantidade de hectares que ainda podem ser usados para novas plantações de sabugueiro. Há um crescente aumento da procura da baga para diversos países da Europa e a grande ameaça para a viabilidade deste produto será a incapacidade de resposta. Por isso, importa motivar a plantação, para que o aumento da produção permita diluir custos fixos e possamos ter um melhor preço ao agricultor. A fileira da maçã - deve orgulhar a região o trabalho de organizações, cidadãos e o apoio dos municípios, na produção de maçã no Douro Sul, com mais impacto nos concelhos de Armamar e Moimenta da Beira. Há um trabalho vanguardista, tecnicamente avançado e, mesmo assim, muito amigo do ambiente. A produção, que muito ganha pelas características geomorfologicas e edafoclimáticas, deste território, é de altíssima qualidade e única, sendo importante encontrar-se um modelo de promoção conjunto.
A fileira dos frutos secos - a castanha de Sernancelhe e de outros concelhos, com a denominação de origem Soutos da Lapa, veio dignificar a sua altíssima qualidade e é também uma referência, muito pela capacidade do município de a promover com um evento anual muito bem estruturado. Áreas que podemos aprofundar: A saúde - não podia deixar de me referir a esta área, pode ser um grande fator de desenvolvimento no Douro Sul. Olhemos com atenção para este mero exemplo, do que está a acontecer em Sernancelhe e saibamos tirar algumas conclusões . A edificação de uma Unidade de Cuidados Continuados em Sernancelhe, pela Misericórdia Local e na altura crítica do projeto, com um apoio claro do Município, permitiu a criação de dezenas de postos de trabalho altamente qualificados e uma oferta em saúde para pessoas provenientes de toda a região norte do país. Há um outro projeto a emergir na Misericórdia de Lamego, que tem um claro propósito de, nas instalações do antigo hospital, fazer crescer soluções em saúde. A área da saúde deve mobilizar-nos para soluções que sirvam as pessoas deste território e não deixarmos arrastar uma tomada de posição conjunta de todos os municípios quanto às lacunas nos cuidados de saúde primários e no hospital de Lamego. A fileira do espumante - ninguém pode ignorar, no mercado nacional e
internacional, a existência nesta região de marcas tão prestigiantes, como a Raposeira, a Murganheira e, já com um percurso assinalável, a Terras do Demo! Precisamos encontrar um registo que faça associar estas marcas de referência ao Douro Sul. Ganhariam essas marcas e ganharia este território. Os territórios dão identidade às marcas e as marcas dão visibilidade aos territórios. A mobilidade - neste caso concreto, certamente que a escala Douro Sul já não é suficiente para as necessidades sentidas. Estamos perante um assunto que deverá ser visto pelas Comunidades Intermunicipais, dada a necessária ligação a Viseu e Vila Real. Falar aqui ao mesmo tempo de coisas tão díspares, constitui a necessária visão holística do desenvolvimento, que nos deve fazer refletir de forma total sobre os contextos positivos e os que exigirão, segundo a minha opinião, um empenho reforçado. Estou otimista quanto ao futuro da região pois acredito que a espuma dos dias não nos preencherá o tempo nem nos tirará a força de agarrarmos as oportunidades e os problemas com uma vontade genuína de fazer melhor e em conjunto. Não me canso de repetir que os destino colocou no poder, neste território, um grupo de pessoas competentes, inteligentes e mobilizadoras . A história será justa com o seu empenho coletivo.
Sporting invicto, águias e dragões na perseguição
Tiago Nogueira Jornalista
A única equipa do nosso Campeonato que soma por vitórias todos os jogos realizados é o Sporting, orientado pelo melhor e mais experiente treinador da Liga: Jorge Jesus. Três jogos, três triunfos, sendo que o último foi perante o grande rival FC Porto. Pude assistir a uma vitória, pela margem mínima, dos leões no Estádio de Alvalade. Felipe (mais um do central) deu vantagem aos visitantes ainda antes dos 10 minutos, mas o argelino Islam Slimani - ao que tudo indica de saída - e Gelson Martins protagonizaram a reviravolta na partida. Com uma arbitragem polémica pelo meio, a equipa orientada por
Nuno Espírito Santo entrou muito bem no jogo, com uma excelente atitude, a querer mandar no encontro, mas foi-se apagando à medida que a formação de Jorge Jesus ganhava cada vez mais luz. Principalmente na segunda parte, os leões controlaram o jogo, muita circulação de bola e a linha defensiva sempre segura e coordenada. Com os portistas a não terem um único remate à baliza nos últimos 45 minutos. Foi, sem qualquer dúvida, um duelo muito intenso, bem ao jeito de um dos melhores jogos do nosso Campeonato. E é necessário acrescentar o seguinte: William Carvalho assinou uma exibição mons-
truosa! Que belíssimo jogador de futebol. Com esta vitória, a equipa do Sporting ficou assim isolada no primeiro lugar da Liga Portuguesa. A formação de Rui Vitória entrou mal no jogo, mas acabou por marcar num lance infeliz do guarda-redes do Nacional. Já na segunda parte, Tobias Figueiredo fez o 1-1, num fantástico cabeceamento em resposta a um canto, e a insegurança adensava-se nas mentes encarnadas. Até que Rui Vitória resolveu mexer no jogo, colocou o médio Celis e lançou igualmente Carrillo para o lugar de Pizzi. E foi mesmo o extremo peruano que marcou o segundo golo
do Benfica, estreando-se assim a marcar de águia ao peito. O mexicano Raul Jimenez assinou o 3-1 final já em período de descontos. Um último destaque - mais do que merecido - para a equipa treinada por José Couceiro. João Amaral, vindo do Pedras Rubras no Campeonato Nacional de Seniores, e André Claro irão dar muitas dores de cabeça às defesas adversárias. Já o lateral-esquerdo Nuno Pinto esteve nos dois golos do V. Setúbal contra o Arouca, mas fez muito mais do que isso... Foi ele quem mais desequilibrou na equipa sadina, causando muitos problemas à formação arouquense.
31 VIVADOURO AGOSTO 2016
Lazer RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO
Sopa de letras do VivaDouro
Chef João Paulo Rodrigues
Tarte de queijo e coco Ingredientes: 450 g de açúcar; 2 Colheres de sopa de manteiga derretida; 4 ovos; 100 g de queijo de Castelo Branco; 2,5 dl de leite-de-coco; 1,5 dl de leite; 150 g de farinha com fermento; 150 g de doce de framboesa; 100 g de coco ralado; Manteiga, farinha e sal q.b.
Preparação: Forre o fundo de uma forma com papel vegetal, unte-a com manteiga e polvilhe-a com farinha. Junte numa tigela, o açúcar, a manteiga, uma pitada de sal e bata bem. Adicione os ovos e misture tudo. Ligue o forno a 180º C. Rale o queijo, junte-o ao preparado e mexa de forma delicada. De seguida, acrescente os leites em fio, mexendo sempre com a vara de arames. Por último, peneire a farinha e envolva-a no preparado anterior. Deite a massa na forma e leve ao forno a cozer, cerca de 50 minutos. Deixe arrefecer e desenforme. Cubra o bolo com o doce de framboesa e polvilhe as laterais com o coco ralado.
TELEMOVEL - COMPUTADOR - TABLET - RATO AURICULARES - PEN - RADIO
Anedota: Um garoto apanhou da vizinha, e a mãe furiosa foi pedir uma satisfação: Por que a senhora bateu no meu filho? Ele foi mal-educado, e chamou me de gorda. E a senhora acha que vai emagrecer batendo nele?
CONGRESSO:DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TERRITÓRIO DOURO e TRÁS-os-MONTES 23 e 24 de Setembro de 2016
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LOCAL: UTAD | Vila Real
23 de Setembro (sexta-feira) 09:30
Abertura do Secretariado | Recepção dos participantes
10:00 - SESSÃO DE ABERTURA Dr. José António Vieira da Silva (Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social)* Prof. Doutora Helena Maria de Oliveira Freitas (Unidade de Missão para a Valorização do Interior) Prof. Dr. Fernando Freire de Sousa (Presidente da CCDRN) * Eng. Rui Santos (Presidente da Câmara Municipal de Vila Real) Prof. Doutor Manuel Luís Tibério (UTAD) Prof. Doutor J. Borges Gouveia (Presidente da APM) Dr. Fernando Reis (Presidente da DRN-APM) A. Silva Fernandes (Presidente da Associação dos Amigos de Pereiros) 11:15
Pausa | Café
11:30
A EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRI0
Moderador: Prof. Doutor Emídio Gomes (Universidade do Porto) Prof. Doutor Artur Cristóvão (Vice Reitor - UTAD) Prof. Doutor Sobrinho Teixeira (Presidente do Instituto Politécnico de Bragança) * Dr. Luís Sebastian (Diretor do Museu de Lamego)* Dr. Paulo Vaz (Director da Escola de Hotelaria e Turismo do Douro - Lamego) 12:45
Almoço
14:15
O ESTADO, AS COMUNIDADES INTERMUNICIPAIS, AS AUTARQUIAS E AS COOPERATIVAS NO DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO
Prof. Doutor Fernando Freire de Sousa (Presidente da CCDRN )* -Moderador Eng. Rui Santos (Presidente da Câmara Municipal de Vila Real) Eng. Francisco Lopes (Presidente da CIM do Douro)* Dr. Américo Pereira (Presidente da CIM de Trás-os-Montes) Dr. Amílcar de Castro Almeida (Presidente da CIM do Alto Tâmega) * 15:15
PAUSA | CAFÉ
15:30
O COOPERATIVISMO AGRÍCOLA A NÍVEL MUNDIAL, EUROPEU E EM PORTUGAL
Dr. Eduardo Graça (Presidente da CASES) - Moderador Dr. João Leite (Chefe do Departamento de Relações Institucionais, Estudos e Prospetiva - CASES) Eng.º Francisco Silva (Secretário Geral da CONFAGRI) Dr. Rogério Cação (Presidente da CONFECOOP) Dr. Miguel Anaya (Diretor Executivo da Direção da Casa do Douro/Federação Renovação do Douro) Dr. Licínio Pina (Presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola)* “Apresentação dos resultados de aplicação de questionários sobre as Cooperativas” - Dra. Patrícia Costa 17:00 - SÍNTESE E REFLEXÕES Prof. Doutor Fernando Freire de Sousa (Presidente da CCDRN) Prof. Doutor Fontainhas Fernandes (Reitor da UTAD) Prof. Doutor J. Borges Gouveia (Presidente da APM) A. Silva Fernandes (Presidente da Associação dos Amigos de Pereiros) "Apresentação das Linhas de Reforma da Legislação Cooperativa Agrícola em Portugal" Prof. Doutora Deolinda Meira (Docente do ISCAP) Dr. João Luís Peixoto de Sousa (Vida Económica) 24 Setembro 09:00 - CIRCUITO TURÍSTICO-CULTURAL Vila Real - S. João da Pesqueira - Lamego Museu do Vinho, em S. João da Pesqueira 10:30 às 12:00 (café | painel | degustação de vinhos, azeite e frutos secos) TURISMO, PATRIMÓNIO E CULTURA NO DESENVOLVIMENTO DO TERRITÓRIO Eng.º Luís Braga da Cruz - Moderador Eng.º Ricardo Magalhães (Vice-Presidente da CCDRN) Dr. Melchior Moreira (Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal) Dr. António da Ponte (Director Regional de Cultura do Norte) Dr. Luís Sebastian (Diretor do Museu de Lamego e coordenador do projeto turístico -patrimonial "Vale do Varosa")* 13:30 - Lamego Almoço | Visita Cultural | Regresso a Vila Real • A confirmar - Inscrições gratuitas e obrigatórias