Mensagem do Presidente
Nuno Gonçalves Presidente da Câmara Municipal de Torre de Moncorvo
O clima e a luminosidade de Torre de Moncorvo tornam-no num lugar ímpar para a realização do Festival do Solstício, que este ano vai ter lugar de 21 a 23 de junho. Pretende-se num festival diferente, com grande potencial de crescimento, celebrar de uma forma original o fenómeno astronómico e pagão que marca e celebra o início do Verão. O Festival do Solstício tem duas perspetivas, uma lúdica e uma de aprendizagem, em que se ensinam boas práticas ambientais às crianças. É vocacionado para as famílias, com atividades cientificas e ambientais bastante educativas para os mais novos, mas também para os adultos com performances, teatro, concertos e atuações de Dj´s. Torre de Moncorvo, 365 dias à sua Espera!
Solstício de Verão celebrado em Torre de Moncorvo O Festival do Solstício surgiu em 2015, no âmbito do mês do ambiente e da ciência promovido durante o mês de junho pelo Município de Torre de Moncorvo. A primeira edição teve lugar no mítico miradouro de Santa Leocádia e contou com oficinas da ciência, observação astronómica, animação infantil, visitas orientadas, workshops e concertos. Em 2016, sob o tema Jardins, a sua realização é alargada a três dias e passa a realizar-se no Jardim Dr. Horácio de Sousa e Jardim do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo.
Na edição de 2017 o evento consolida-se e uma das novidades foi a promoção do desfile do fantástico e a criação do mercado com tendas e vendas. Em 2018, sob o tema os quatro elementos, o festival ganha atratividade com o comboio do fantástico e com a promoção da night fun. As novidades introduzidas e a qualidade das atividades oferecidas têm vindo a conquistar o público ano após ano, prova disso foi a distinção do Festival do Solstício com uma Menção Honrosa no Prémio Douro Criativo, em 2018.
A edição de 2019, com o tema o mundo, vai celebrar o Mundo enquanto meio ambiente através de mundos imaginários, o Mundo Fantástico (onde a magia e os sonhos vivem), o Aquamundo (onde a água é celebrada) e o Submundo (mais taciturno, sombrio, onde se evidencia a degradação do ambiente). Claro que o tema é propício a trazer algumas tradições de partes do mundo, nomeadamente através da dança e dos concertos. O Festival do Solstício une todas as gerações, sendo uma oportunidade para celebrar o início do verão com atividades em família, através da participação nas oficinas e ateliers, passeando no Comboio do Fantástico ou assistindo aos concertos e performances onde as verdadeiras celebrações tradicionais do verão são recriadas. Poderá visitar o Centro Histórico de Torre de Moncorvo, magicamente decorado para a ocasião, onde decorre o mercado do festival e variadas atividades de rua. Deixe as crianças ficar até mais tarde
para não perder a oportunidade de observar o céu nas sessões de Astronomia em planetário portátil e assistir às celebrações do fogo e da luz. Mas há também opções para os entusiastas da animação noturna, onde a escolha mais popular recai sobre os concertos e DJ’s, que se prolongam até de madrugada. Muito mais há para descobrir nos três dias do evento como oficinas criativas, artísticas e cientificas, o desfile do fantástico, workshops e performances, astronomia, teatro, animação de rua e night fun.
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A sua solução de transporte no Douro Ano 4 - n.º 51 - junho 2019
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Douro esteve à prova na Douro Wine City > Págs. 16 e 17
• Nuno Augusto, diretor do Regia Douro Park
> Págs. 6 e 7
"Reconheço a nossa Feira Medieval como uma grande mais valia para o concelho"
S. João da Pesqueira
Esprodouro organiza 1º Festival Enogastronómico > Pág. 24
Sernancelhe
Lapa celebra o Mestre Aquilino Ribeiro > Págs. 28 e 29
> Págs. 18 e 19
Lançada petição para a reabertura da Linha do Douro até Espanha > Pág. 22
2 VIVADOURO JUNHO 2019
Editorial Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros leitores,
Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) miguel.almeida@vivadouro.org Tlm.: 916 430 038 Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org Tlm.: 912 002 672 Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 Tel.: 910 599 481 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto
A Meia Maratona do Douro estabeleceu um novo recorde de participantes com 23 mil pessoas inscritas na prova.
NEGATIVO O estacionamento desordenado, na EN222, junto a uma unidade de restauração é uma situação que se arrasta há longos anos provocando graves problemas a quem circula naquela zona
Sumário: Breves Página 4 Freixo de Espada à Cinta Página 5
"O novo ciclo de programação 2020-2030"
Entrevista VivaDouro Páginas 6 e 7 Vila Real Páginas 8 e 26 Tabuaço Página 10 São João da Pesqueira Páginas 11 e 24 Sernancelhe Página 12 Armamar Página 13 Vila Nova Foz Côa Página 14 Régua Páginas 16 e 17
Luís Braga da Cruz
NIF: 507632923
Destaque VivaDouro Páginas 18 e 19
Engenheiro Civil
Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida
Alijó Página 20
Estatuto Editorial: http://www.public. vivadouro.org/vivadouro
Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Fânzeres Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Sede do Editor: Travessa do Veloso - 87 4200-518 Porto Sede do Impressor: Arcozelo - Vila Nova de Gaia Colaboradores: António Costa, António Fontainhas Fernandes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Magalhães, Sandra Neves e Silva Fernandes. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org
Próxima Edição 17 JULHO
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As alterações climáticas estão aí para ficar. Escrevo este editorial num avançado dia de junho a escassos dias do início do Verão e com chuva, nuvens e até algum vento pronunciado. E frio. Lembro-me bem do tempo em que as estações funcionavam. Em que o Inverno era Inverno e não havia neve em Maio nem dias com 35 graus em Fevereiro. Os impactos das alterações climáticas na agricultora e na nossa região podem ser enormes e dramáticos, não havendo projeções fiáveis que nos façam melhorar a capacidade de decidir. Uma coisa é certa, temos castanheiros e amendoeiras a serem plantados em locais onde antigamente só havia pinhal e temos vinhos cada vez mais elaborados e com graus maiores. Ou seja, o ser humano, como fez toda a vida vê a ameaça e procura aproveitar
as oportunidades por trás da ameaça. Quando descobrimos as alterações climáticas chamavam-se aquecimento global. Aquecimento global é um nome terrível e alterações climáticas é politicamente muito melhor. Mas não se enganem aqueles que apenas vêm o lado menos mau destas alterações, é absolutamente crucial que todos os seres humanos se preocupem e, mais do que se preocuparem, que tomem ações concretas e estruturadas para diminuir a velocidade (ou até inverter) o aquecimento global pois se nada fizermos (todos) então vamos sucumbir nas próximas gerações. Começa pelo Estado. Pelos Governos. Mas acaba nos cidadãos. Todos. Porque só usando o mais possível energias limpas e procurando reduzir plásticos e outros derivados dos petróleos que produzem carbono ou emitem carbono para funcionar podemos auspiciar um futuro melhor.
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POSITIVO
Sabrosa Página 21 Vários Concelhos Página 22 Reportagem VivaDouro Páginas 28 e 29 Resende Página 30 Nacional Página 33 Opinião Página 34 Lazer Página 35
Em 2018, a Comissão propôs que a ambição europeia se deveria concentrar em cinco grandes objectivos - uma Europa mais inteligente, mais verde e livre de carbono, mais conectada, mais social, mais próxima dos cidadãos - desígnios que terão forte implicação na estrutura das futuras políticas de coesão. Entretanto, já começam a conhecer-se algumas ideias novas, que nos obrigam a pensar e que tem de ser tidas em conta na elaboração da proposta portuguesa para o período 2020-2030 e sua expressão regional. Na campanha eleitoral para o Parlamento Europeu, os candi-
datos centraram o debate político nos quantitativos financeiros pré-anunciados e no que poderiam representar de redução em relação ao passado. Para já, parece-me bem mais importante que nos foquemos nas alterações qualitativas que aquelas orientações europeias podem implicar. No que respeita à Agricultura e ao Desenvolvimento Rural, tudo leva a crer que os dois pilares tradicionais - apoio ao rendimento e apoio ao investimento - se fundam num só. Os procedimentos podem mudar muito, em relação ao que estávamos habituados, nos ciclos anteriores. As temáticas do mundo rural terão uma dimensão mais territorial, reclamando abordagens de natureza integrada e focadas nos problemas específicos de cada região. Por outro lado, as políticas de ambiente passam a determinar fortemente as políticas agrícolas. As novas regras podem pôr em causa não só a continuidade dos modelos de apoio ao desenvolvimento rural, como os próprios Programas Regionais. Pode haver implicações nas ajudas às explorações agrícolas, com o propósito de alcançar maior equidade relativa no mundo rural. Tudo isto reclama reflexão e debate, para que se consiga mais justiça para com o Interior e se alcance maior
coesão territorial. As orientações ambientais implicarão modificações no regime de ajuda ao sector agro-florestal, obrigando a cumprir directivas ambientais que, por sua vez nos levarão a mudar algumas das políticas públicas para estes territórios. A dimensão da paisagem, entendida com padrão de organização do território rural para cumprir indicadores ambientais é decisiva. Cada estado-membro terá que esclarecer o que pretende fazer da sua agricultura. Por outro lado, a programação dos Fundos Estruturais também pode ter de levar uma grande volta. A alocação do recursos financeiros aos objectivos é bastante diferente, privilegiando como temas: a inovação e a I&DT, a mitigação das alterações climáticas, a mobilidade sustentável e as políticas sociais. A valorização do conhecimento é um desafio para as Instituições de Ensino Superior. O apelo às abordagens de base territorial de caracter integrado será o regresso a uma geração de políticas de desenvolvimento que no passado Trás-os Montes e o Alto Douro já exercitaram com êxito. Neste novo enquadramento, a questão é saber conjugar a Política Agrícola com a Política de Território.
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Breves Milton Gonçalves conquista prova rainha do "Lamecum Trail"
Lamego vai ter internet grátis nos espaços públicos
ZigurFest regressa em agosto FOTO: DR
O ZigurFest 2019 está de volta a Lamego de 21 a 24 de Agosto. Mas ainda antes, no dia 6 de Julho, o Teatro Ribeiro Conceição recebe uma celebração sonora do universo (passado, presente e futuro) do ZigurFest. Uma festa de antecipação que reúne Lavoisier, Galo Cant'Às Duas e Random Gods, e onde será anunciado o programa completo do festival.
Mais de 450 atletas correram a terceira edição do "Lamecum Trail", um verdadeiro teste à sua resistência física e psicológica em pleno "coração" do Douro Património da Humanidade. Milton Gonçalves, da equipa "Centro de Tropas de Operações Especiais", venceu a prova rainha (Trail Longo de 33 quilómetros), enquanto que Bruno Jesus (Trail Team Befase) superou toda a concorrência no Trail Curto de 23 kms e Norberto Loureiro (Lamego Parente) no Mini-Trail de 13 kms.
FOTO: DR
Os espaços públicos da cidade de Lamego vão disponibilizar internet gratuita, na sequência de uma candidatura apresentada pelo Município de Lamego ao programa "WiFi4EU". Este projeto é dirigido a residentes e visitantes locais que poderão ter acesso a internet sem fios (Wi-Fi) gratuita em vários espaços públicos como parques e avenidas. O acesso à rede será feito com autenticação que funcionará à escala europeia.
Mobilidade turística no vale do Tua só em 2020 O arranque da mobilidade turística estava anunciado para agosto deste ano, mas as obras necessárias para iniciar as viagens ainda não começaram. Por isso, nem comboio a apitar na linha do Tua, entre Mirandela e Brunheda, nem barco rabelo a navegar entre esta aldeia de Carrazeda de Ansiães e a barragem, junto à foz do rio.
Rotary Club Lamego distingue aluno da EHTD-L
Inscrições abertas para a XXIII Rota das Terras do Demo O Pedaladas, Clube de Cicloturismo de Moimenta da Beira, promove no próximo dia 23 de Junho a “XXIII Rota das Terras do Demo”, passeio de cicloturismo de estrada que faz parte do calendário de eventos da Associação Regional de Ciclismo de Viseu. A concentração está marcada para as 8h30 em frente ao Pavilhão Municipal de Moimenta da Beira. As inscrições estão abertas até dia 21 de junho.
A Federação Internacional de Desporto já aprovou a realização em Vila Real do Campeonato Mundial de Pentatlo Moderno. Competição irá decorrer entre os dias 7 e 11 de julho de 2020, numa organização conjunta da Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), Reitoria da UTAD e Federação Académica do Desporto Universitário (FADU).
mentar bons hábitos de trabalho e estudo.
Workshop sobre instalação da cultura e colheita de baga do sabugueiro A InovTerra — Associação para o Desenvolvimento Local, com sede em Vila Pouca de Salzedas, Tarouca, está a organizar mais um workshop sobre instalação da cultura e colheita de baga do sabugueiro. Esta ação realiza-se a 10 de Agosto, nas suas instalações, e tem um custo de 22,5 euros para sócios e de 30 euros para não sócios, dando direito a almoço e certificado de presença.
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Campeonato Mundial Universitário de Pentatlo Moderno na UTAD
Pelo segundo ano consecutivo, o Rotary Club Lamego distinguiu um aluno da Escola do Douro-Lamego com um prémio. André Carneiro, que termina este ano o curso de Técnicas de Cozinha/Pastelaria, foi o aluno distinguido pelo Rotary Club de Lamego com esta bolsa que pretende distinguir o mérito académico dos alunos ao longo do curso e, com isso, fo-
Moncorvo regressa à Volta a Portugal 88 anos depois FOTO: DR
Torre de Moncorvo está de regresso à Volta a Portugal em Bicicleta em 2019, 88 anos depois de ter acolhido a partida da segunda edição. A sexta etapa, que vai ligar Torre de Moncorvo a Bragança, tal como aconteceu em 1931, tem, desta vez, 189,2 quilómetros e está prevista para dar o arranque da segunda semana de prova.
Crianças de Vila Real com comportamento sedentário alarmante Um estudo realizado pelo Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD) para diagnosticar o comportamento sedentário e a aptidão física dos alunos do 2º ciclo dos agrupamentos escolares de Vila Real revela que 60% das crianças de Vila Real têm “um comportamento sedentário alarmante”.
UTAD pode perder curso de Engenharia Florestal O curso de Engenharia Florestal da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) está entre os 19 que não podem abrir vagas no próximo concurso nacional de acesso ao Superior. Isto porque nos últimos dois anos consecutivos teve menos de dez inscritos no 1.º ano, ficando assim vedada a abertura de vagas segundo um despacho de fixação de vagas enviado pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior a universidades e politécnicos.
João Gonçalves é o novo presidente da ADRVT João Gonçalves, presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, assume a presidência da Direção da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua – ADRVT. Recorde-se que este cargo é designado anualmente pelo princípio de rotatividade entre os membros da direção de acordo com a ordem alfabética de designação dos mesmos. No último ano a presidência esteve a cargo do autarca de Alijó, José Paredes, a sucessão foi validada na última Assembleia Geral da ADRVT, que integra os cinco municípios do Vale do Tua
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Freixo de Espada à Cinta
Mercado Manuelino de Freixo de Espada à Cinta Evocação ao Reinado de D. Manuel é o mote da IIIª edição do evento de recriação histórica. O Município de Freixo de Espada à Cinta vai realizar, nos próximos dias 21, 22 e 23 de Junho, Sexta-feira, Sábado e Domingo, respetivamente, a IIIª edição do Mercado Medieval. Tendo como referência de época D. Manuel I, O Afortunado, que se cruza com Freixo de Espada à Cinta não apenas pelo Foral Novo (o último a ser outorgado ao Concelho), mas também pelo legado arquitetónico, pretende-se, com esta ação,
rentabilizar todo um património histórico material e imaterial, tanto mais que o programa de atividades decorre exclusivamente no Centro Histórico, onde confluem estilos de Arte e presenças físicas de um património imponente e único, como é o caso do acerbo Manuelino e da Torre Heptagonal. Na edição de 2019, para além da Praça Jorge Álvares, as atividades ocorrerão no Largo de Santo António, Largo do Passeio (onde se desenvolverá o Torneio Medieval), Rua das Eiras, e espaço circundante do Castelo. ■ PUB
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Entrevista VivaDouro
Nuno Augusto: “Regia Douro superou as expectativas iniciais destas criada no interior” Finalizado o terceiro TGV, fórum organizado pelo Regia-Douro Park, o VivaDouro conversou com o diretor do parque de ciência e tecnologia, Nuno Augusto, sobre esta iniciativa fazendo ainda um balanço do trabalho desenvolvido ao longo destes três anos que o parque se encontra em atividade. Texto e fotos: Carlos Almeida
Passaram três anos desde a inauguração do Regia-Douro Park, que se deu no dia 20 de maio de 2016. Qual é o balanço do trabalho desenvolvido até ao momento? É extremamente positivo porque conseguimos concretizar todos os objetivos que nos propusemos a alcançar e, em vários casos superamos mesmo as expectativas iniciais que se podem colocar a uma estrutura destas criada no interior. Desde logo, conseguimos ter uma dinâmica muito interessante criando uma rede empresarial e empreendedora muito boa, o que fez com que a nossa base fosse realmente sustentável, o que levou rapidamente ao esgotamento da capacidade de acolhimento, tanto na incubadora/aceleradora como também no espaço mais dedicado ao setor agroindustrial que é o Centro de Excelência do Vinho e da Vinha. Em relação ao loteamento embora tenha demorado mais um bocadinho a consolidar alguns projetos, grande parte deles ainda estão em consolidação, houve também uma grande procura por parte das empresas para a ocupação de lotes. Atualmente temos seis empreendimentos em fase de laboração, cinco em fase de construção e os restantes em fase de licenciamento ou em procura de financiamento. O Regia-Douro Park trouxe para a região uma nova linguagem empresarial e uma nova dinâmica com o polo tecnológico de excelência dedicado à vinha e ao vinho. Quais têm sido os principais desafios? Em primeiro lugar, não havia nenhum polo deste género no interior e a principal limitação era a criação de uma rede empreendedora. Tinham já havido algumas expe-
riencias, nomeadamente uma incubadora na UTAD mas muito pequena e muito limitada, e uma outra criada pela autarquia mas que nunca tinha apresentado uma grande dinâmica, de facto estávamos a trabalhar em cima de uma corda sem rede. A principal limitação era, e é, a debilidade do nosso tecido económico porque existem muito poucas empresas de dimensão, muitas delas no início e a atravessar a crise económica do inicio da década. Essa é realmente uma limitação associada a um empreendedorismo um pouco débil. Vê-se muita gente nova, novos empresários. Existe aqui uma grande relação com a UTAD. O trabalho em conjunto das duas instituições são fundamentais na fixação da população, nomeadamente a mais jovem? Sim, sem dúvida. Tentamos cada vez mais aumentar a nossa relação com a UTAD visto que esta estrutura está associada à universidade e esta é sempre o grande motor e impulsionador principalmente na criação de novos empreendedores. Nesse aspeto, tem como principal motor o próprio centro de excelência do vinho e da vinha, no setor vitivinícola já que é esse um dos grandes responsáveis impulsionadores da economia regional.
Tendo em conta a realidade da região, só assim fazia sentido criar o Regia-Douro Park? Sim, obrigatoriamente. O modelo dos parques de ciência e tecnologia está definido tendo por base, obrigatoriamente e como principal base uma universidade. Em todo este processo, a câmara, não sendo a importância do financiamento que tem (e em especial em Vila Real que a autarquia aposta no empreendedorismo e na fixação de população) seria dispensável, mas o papel da UTAD é realmente indispensável, estando diretamente relacionada com o nosso sucesso. Hoje em dia, as alterações climáticas são cada vez mais evidentes. Existem aqui vária empresas que têm desenvolvido dinâmicas em torno desse assunto. Gostava, ou tem ambição, que algum desses projetos se tornasse internacional? Sim, temos várias empresas ligadas ao ambiente, em especial uma que é a Spawnfoam que é construída por dois alunos da UTAD, que tem por objetivo aproveitar os restos das limpezas da matas para criar um aglomerado que pode ter diferentes utilizações como por exemplo para a criação de vasos ou para a industria de mobiliário ou para
a construção civíl. Este é um projeto que temos acarinhado desde há algum tempo a esta parte. É possível que a curto prazo se torne um projeto internacional que será falado como um exemplo. Tirei nota de dois programas fundados aqui, como por exemplo o Regia Douro Empreendedor, que é um projeto que já terminou. O que é que se tirou deste programa e qual o seu resultado? O principal objetivo desse programa foi ajudar a região e o setor empresarial da região a terem contacto com o que é o empreendedorismo. Tinha várias fases de atuação, desde empresas já criadas, a novos empreendedores onde fosse possível fazer uma analise económico-financeira. Foi talvez o maior projeto que nós tivemos e permitiu criar uma rede de contactos muito interessante e um conjunto de guias nos setores mais importantes como restauração, vinho e vinha, azeite e frutos secos, permitindo-nos criar cerca de 30 novos negócios. Outros dos projetos a que o Regia-Douro Park está ligado é o UNI+i que decorre até ao final deste ano. Qual a importância deste programa na estratégia futura do Regia-Douro Park?
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Entrevista VivaDouro
que se podem colocar a uma estrutura O objetivo é dentro das regiões que estão envolvidas no projeto haver melhores praticas no que diz respeito ao empreendedorismo e adoção de métodos para a criação de empresas. E alguns dos parques tecnológicos envolvidos no projeto estão muito mais desenvolvidos que o nosso, permitindo-nos assim aprender com eles. Claro que é também importante criarmos a nossa própria rede de forma a que essa tenha futuro em, por exemplo, novas trocas comerciais. Relativamente ao TGV. Este é o maior evento organizado, como é que surge a criação deste fórum? Nós temos uma responsabilidade regional que tem a ver com a criação de dinâmicas económicas e empreendedoras da região, no entanto era importante haver aqui a marca da organização para passarmos para um patamar nacional. Olhando à nossa volta, decidimos que o mais importante era passar por uma aposta muito forte no setor do vinho e vinha, já que estamos situados no Douro e não dissociar os vinhos da gastronomia, promovendo o turismo associado às nossas paisagens fantásticas. O titulo destes três itens permitiu-nos criar o TGV utilizando as iniciais dos nomes dos três ramos económicos. Criamos então este evento para trazermos bons oradores
> Nuno Augusto e Rita Estácio
nacionais e internacionais, para a eles se juntarem professores, alunos e jovens empreendedores. Há aqui um espécie de trocadilho com o comboio de alta velocidade. Sim, o nome foi construído com base nisso,
porque o nosso objetivo é mesmo ir mais longe, mais rápido e ver para além. Já caiu o pano sobre esta 3ªedição e peço uma apreciação final deste TGV. Ultrapassou as expectativas, a organização esteve irrepreensível e os temas específicos de cada dia foram muito bem escolhidos e fomos assertivos na escolha e, o convite criterioso dos oradores fez com que tivéssemos painéis muito interessantes. Quisemos falar também de Vila Real e os seus pontos fortes como cidade e falamos também do futuro. Em relação à gastronomia demos uma especial atenção ao produtores da carne DOP e os seus consumidores. Em relação ao setor do vinho e da vinha, este ano quisemos homenagear um jornalista que fez 30 anos de carreira, dando relevância ao vinho DOP que tem tido uma importância cada vez mais relevante e falamos também dos grandes enólogos da região. Já dentro do turismo discutimos como promover a marca da região como um todo e tivemos Carlos Coelho, que é um especialista em marketing territorial. Realizadas as três edições deste fórum, quais são as principais ideias das três áreas? É preciso trabalhar a marca Douro como um todo. Existem muitas entidades a fazer promoção. No turismo temos a problemática da mão de obra, porque este
ainda é bastante sazonal. Na gastronomia é de facto a dificuldade que temos em valorizar os produtos, porque estes têm um custo de produção bastante elevado, como é o caso da carne, sendo que os produtores destas carnes são bastante idosos o que é um problema. Em relação ao vinho, podemos realçar o forte crescimento mas também a descaracterização dos mesmos e a adoção de métodos mais tracionais. O Regia-Douro Park pode e deve ser um pilar na promoção da marca Douro? Podemos ser o que as pessoas quiserem. Queremos claro ser um parceiro em todos os eventos que podemos estar mas, ao fim destes três anos, podemos sentir orgulho na estrutura que construímos e temos de bom grado feito o investimento que vai para além das nossas hipóteses fazendo um trabalho assim mais alargado. Temos vontade, massa critica e poderemos ser também uma importante referencia para a região. Falta ainda perdermos a divisão do Douro? Acho que somos todos iguais, mas, falta mais união e mais trabalho de equipa que deve ser cimentado na região. Portanto, é impensável que cada um provavelmente consiga ter uma estrutura como a nossa porque nós temos a UTAD que faz toda a diferença. ■
8 VIVADOURO JUNHO 2019
Vila Real
MCoutinho apresentou novo Mercedes CLA O novo Mercedes CLA Coupé chegou a Portugal no início de maio e a MCoutinho, em Vila Real, preparou a sua apresentação num fim de tarde com muita animação e vários convidados que quiseram ficar a conhecer a nova máquina da marca alemã. Maior que o antecessor, excetuando a altura, reduzida em meros 2 mm, o novo CLA Coupé assume-se novamente como uma proposta alternativa para quem procura um carro com mais estilo, com as linhas a inspirarem-se no maior CLS, sobretudo quando o observamos de traseira. A marca apresenta-o como “o mais desportivo e dinâmico entre a gama de carros compactos” da Mercedes, ou seja, a “família” Classe A. Para que o seu território sejam as curvas, o chassis do novo CLA Coupé diferencia-se dos restantes Classe A por ter vias mais largas, um centro de gravidade rebaixado, barras estabilizadoras mais grossas, apoios de suspensão hidráulicos à frente e um ESP reprogramado. Diogo Souto e Castro, Diretor Comercial MCoutinho Vila Real, falou à nossa reportagem sobre este novo Mercedes apresentando-o como um carro familiar de linhas desportivas. “Este CLA é um carro que apostou numas linhas mais leves, direcionado para um cliente claramente mais jovem. Este é um segmento muito específico, é um carro com 4 lugares, portanto é um familiar para quem gosta de linhas mais desportivas. É um carro muito confortável, mesmo para
> Artur Marques e Lídia Borges
quem viaja nos bancos traseiros, fica numa posição bastante confortável, o que não acontece normalmente nos desportivos. Tem uma estética vincadamente desportiva, mesmo para clientes com mais idade que à primeira não pensaríamos que fosse o cliente deste tipo de carro”. As linhas mais desportivas do novo CLA foram também um dos aspetos que atraiu o casal Artur Marques e Lídia Borges a adquirirem este modelo, estreando-se assim na condução dos modelos da marca alemã. “Aquilo que mais me chamou à atenção foi o aspeto desportivo do carro nas imagens e vídeos que fui vendo na internet. A Mercedes era uma marca que não me chamava à atenção mas as linhas deste carro mudaram a minha opinião”, afirmou Artur Marques ao VivaDouro. Um dos maiores argumentos do novo CLA é mesmo o tecnológico. Entre as novidades estreia o sistema MBUX Interior Assist, que permite tornar mais simples e intuitivo o uso de várias funções de conforto. Funções que podemos aceder através do controlo de voz, que reconhece mais respostas associadas a mais temas; sensores de aproximação ao ecrã tátil ou o touchpad permitem que os conteúdos se adaptem e até reconhecem se é o condutor ou o passageiro a interagir com o sistema. Outros destaques tecnológicos passam pela navegação com realidade aumentada, o Energizing Coach, e o Intelligent Drive, herdado do Classe S. O aspeto tecnológico é mesmo, no entender de Diogo Souto e Castro, a grande vantagem deste novo modelo comparativamente com os seus maiores competidores no mercado. “Os competidores são o Audi A3 e o Volvo V60, embora eu ache que este fica num patamar um pouco acima, não só em termos de qualidade mas sobretudo em termos de aspeto. Podemos ver aqui este sistema, que se chama MBS, com dois
> Diogo Souto e Castro, diretor comercial
ecrãs é um apontamento que vende muito bem, um lado funciona como o tablier de informações enquanto o outro é um ecrã tátil com diversas funcionalidades, rádio, gps, etc”. Já para Artur Marques a motivação para a aquisição desta viatura, na MCoutinho, vai muito além das linhas desportivas do CLA, destacando outros fatores. “A MCoutinho foi, desde logo, uma escolha de proximidade, apesar de neste momento viver em Lamego já estudei, trabalhei e vivi aqui em Vila Real, depois, obviamente a vertente financeira sendo o melhor preço que encontrei e, para finalizar, a simpatia
> Equipa MCoutinho
das pessoas que me receberam e que teve um peso importante na minha decisão de comprar o carro aqui. Sem duvida que recomendarei o serviço e o carro a pessoas que eu saiba que estão interessadas”. O Mercedes-Benz CLA Coupé foi apresentado inicialmente apenas com uma motorização, o CLA 250 - 2.0 Turbo e 224 cv, mas chegou a Portugal com mais duas motorizações disponíveis: O CLA 200 - 1.33 Turbo e 163 cv, disponível com caixa manual (seis velocidades) ou automática (dupla embraiagem de sete velocidades); e o CLA 180 d 1.5 e 116 cv, a motorização mais vendida no nosso país. ■
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10 VIVADOURO JUNHO 2019
Tabuaço
S. João é a “festa maior” do município Com um cartaz repleto de atividades, que se estendem por quase todo o mês de junho, Tabuaço celebra o S. João com muita cor e animação. O VivaDouro falou com Carlos Carvalho, autarca tabuacense acerca desta celebração. Com um cartaz que se estende por quase todo o mês de junho, o que tem este ano o município preparado para a celebração do S. João? À semelhança daquilo que já aconteceu em anos anteriores, esta é a nossa festa maior, são as festas do concelho. Esta celebração conta com alguns momentos altos como é o caso da Marcha Luminosa, que acontece no dia 23 e a cerimónia religiosa que acontece no dia seguinte, 24 de junho. Como também temos a tradição, em Tabuaço, de festejar o S. Pedro estendemos a programação para que essa celebração entre neste cartaz, dando assim oportunidade à nossa população de se manter ativa e ocupada. Esta é uma festa um bocadinho diferente de outras festas até porque se realiza na rua o que acaba por nos causar alguns constrangimentos por causa do espaço
mas dá-lhe uma envolvência diferente do que por vezes vemos acontecer em outros locais. Neste evento participam diversas atividades, entre elas está a restauração, por exemplo, e para nós é importante que quem nos visite perceba esta dinâmica ao longo de mais tempo. Este ano, também a pedido de algumas associações locais, acabamos por enquadrar todos os eventos que se realizam durante o mês de junho neste cartaz de S. João. Sendo que os dias mais importantes são entre o 21 e o 30 de junho, acabamos por ter uma série de atividades associadas durante quase todo o mês, desde o passeio equestre que se realiza no início do mês até a uma prova de triatlo ou ainda a prova de perícia automóvel que este ano coincide com o dia da Marcha Luminosa. Estes eventos são importantes até porque atraem sempre muita gente, desde os participante aqueles que vêm assistir, aproveitando depois para se divertir um pouco. Há também alguns momentos que saem um pouco fora desta celebração mais pagã, como é o exemplo de uma apresentação de curtas metragens, que acontece dia 21, onde o nosso grupo de teatro
amador, o Teatraço, à semelhança do que já aconteceu com outro filme, participou. A anteceder esta apresentação teremos ainda um espetáculo dos Sons do Douro. Para além de este ser um momento importante para todos os habitantes do nosso concelho, é também importante para que consigamos atrair alguns turistas que andam na nossa região durante estes dias, sendo que, há sempre uma grande dificuldade de o S. João ser uma festa celebrada em vários outros concelhos da nossa região. Sente que há uma dispersão do público por todos esses eventos? Não é apenas isso, é também o facto de assim ser difícil que consigamos aproveitar os programas de outros concelhos mas, esta é a tradição. Culturalmente é esta forma como as coisas são feitas. O público é que acaba por ser o mais afetado porque com esta multiplicação de celebrações é difícil que, por exemplo, os tabuacenses vão até um concelho vizinho para esta celebração e vice-versa. É uma pena mas é esta a nossa realidade. Referiu que foi a pedido de algumas associações que a celebração este ano se estende por um período mais alargado. Para a autarquia esse envolvimento das associações é importante? Claro que sim, cada vez mais. Em Tabuaço as festas do concelho são organizadas pela autarquia mas, em todas as atividades, o movimento associativo e as juntas de freguesia são fundamentais. Por exemplo, no caso do S. João, a Marcha Luminosa é constituída pelos grupos das diferentes aldeias, há também a presença de todos os padroeiros de todas as aldeias nas celebrações religiosas. Mesmo toda a parte das comidas e bebidas é da responsabilidade das diferentes associações. Apesar de hoje sermos cada vez menos, se não houver esta força associativa, que muitas vezes é o que nos faz andar para a frente, seria muito difícil levar uma celebração destas a bom porto. Para as associações também é importante esta participação porque lhes permite ter mais visibilidade nas atividades que organizam, ou seja, há aqui um casamento perfeito. Esta participação está centrada nas associações do concelho ou é permitida a participação a outras de fora do território de Tabuaço? A participação nas marchas está restrita apenas às associações do nosso concelho. Fora essa restrição recebemos todos quantos se queiram associar aos nossos eventos. Cada vez mais as barreiras administrativas e os limites geográficos deixam de fazer sentido. Se alguém de Armamar, por exemplo, quiser participar no S. João de Tabuaço, ou
vice-versa, parece-me que existe essa abertura. Cada vez mais temos a noção que o nosso território é limitado daquela forma mas essas barreiras, no aspeto mental e cultural vão sendo quebradas, e isso é muito bom porque podemos partilhar entre nós aquilo que cada um de nós tem de melhor. Mesmo aquela rede de associações que tem sido falada na nossa região é fundamental porque, do meu ponto de vista, parece-me que conseguimos ter produções culturais e recreativas de extrema qualidade com aquilo que é a prata da casa e nós por vezes não temos a noção daquilo que existe no concelho ao nosso lado. Há uma oferta mito grande que nós, infelizmente, não aproveitamos, e a custos incomparavelmente mais baixos do que estarmos a contratar um artista de dimensão nacional, e criando uma nova sustentabilidade cultural na região. Contratar um artista com nome é fácil ter uma praça cheia mas no final do espetáculo cada pessoa vai para sua casa e a festa acabou. Se, por outro lado, houver esta rotatividade cultural, vamos criar hábitos e se, por exemplo, no S. João houver um grupo de Moncorvo a participar, certamente que alguns moncorvenses virão até ao nosso concelho. Parece-me que esta é uma aposta de futuro, permitindo também que o trabalho das nossa associações seja reconhecido fora de portas. Se lhe pedirmos para eleger um ponto alto destas celebrações, que ponto destacaria? Para nós a Marcha Luminosa e procissão no dia 24 são, sem dúvida os momentos mais importantes para nós. O falecimento de um tabuacense de renome este ano, como Joaquim Macedo, que era um piloto renomado, e a importância que o automobilismo tem na nossa região, dão um peso maior à prova de perícia que este ano terá o seu nome associado a essa figura. Estes são os momentos mais importantes sendo que depois, todos os momentos que envolvem em especial a participação das crianças do concelho, são momentos de excelência para nós, permitindo que se consiga perceber a qualidade daquilo que se faz nas nossas terras e que tantas vezes nos passa ao lado. Para finalizar pedimos-lhe uma mensagem a todos aqueles que pensem ir até Tabuaço estes dias e aos tabuacenses. No fundo é convidá-los a todos a usufruírem e desfrutarem destes dias de festa. O S. João faz parte daquilo que é o imaginário cultural e emocional da nossa população. Que durantes estes dias consigamos esquecer o que de menos bom vamos vivendo ao longo do ano e que nos consigamos divertir, deixando um convite a todos para que visitem Tabuaço. ■
VIVADOURO JUNHO 2019 11
São João da Pesqueira
Apresentado projeto de requalificação das bateiras O Município de S. João da Pesqueira vai proceder a requalificação das Bateiras, um local privilegiado como uma das principais entradas no concelho, potenciando do ponto de vista turístico um espaço de elevada qualidade paisagística. O terreno será dotado de estruturas que permitam atividades geradoras de fluxos turísticos e usufruto dos rios e da paisagem, com um ambiente visual agradável, que potencie o bem-estar e conforto humano. Com a execução e implementação deste projeto quer-se valorizar ao nível ecológico, funcional e estético a
área em questão, possibilitando o lazer e a fruição do espaço, com zona de lazer e contemplação, bem como
um espaço posto de turismo e montra do concelho de S. João da Pesqueira. O projeto (Gab. Greenarq) será subme-
tido em candidatura ao PROVERE durante o próximo mês, aguardando-se depois a sua aprovação. ■
Autarquia adquire trator A Câmara Municipal de S. João da Pesqueira, adquiriu recentemente um trator com limpa bermas de braço hidráulico e espalhador de sal, equipamentos que visam reforçar a capacidade operacional da autarquia na gestão e manutenção dos caminhos públicos e dos espaços que circundam as infraestruturas dos Sistemas de Abastecimento de Água e de Saneamento, assim como na contínua adoção de me-
didas de prevenção e segurança na limpeza de bermas e valetas, e à manutenção da rede de faixas de gestão de combustível no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios. Estes equipamentos, cujo investimento totaliza 63.060 euros (acrescido de IVA), foram entregues ao Município, na presença do executivo municipal e de trabalhadores que irão laborar com este trator. ■
PUFF - festival de música para ouvir devagar A Praça da República de S. João da Pesqueira foi o local escolhido para o festival PUFF que, no dia 13 de julho, vai animar todos os que ali se desloquem para um evento cheio de música e animação. A animação arranca pelas 18h30, com o Dj Paulo Fragoso (RFM), a “abrir” o festival em modo Sunset e a fazer ecoar os primeiros ritmos nesta bela praça histórica que vai estar decorada com
diversos Puffs para que se possa ouvir devagar os diversos grupos que vão passar pelo mini palco do Puff Festival. Antes da atuação dos The Happy Mess às 23h00, que encerrará este festival, sobem ainda ao palco os The Dixie Boys às 22h00. A organização promete ainda várias novidades que poderá acompanhar no site da autarquia pesqueirense em www.sjpesqueira.pt. ■
12 VIVADOURO JUNHO 2019
Sernancelhe
Município regista a quinta taxa mais baixa de abstenção a nível nacional A 26 de maio os portugueses foram chamados às urnas para escolherem os 21 representantes nacionais no Parlamento Europeu contudo, o resultado mais falado da noite foi a abstenção que chegou perto dos 70%, em Sernancelhe esse valor ficou pouco acima dos 50%. Se a abstenção é cada vez mais uma das ideias a combater em cada eleição, em Sernancelhe essa questão perde algum peso pelos baixos números que se registam. Na corrida ao Parlamento Europeu o concelho liderado por Carlos Silva Santiago ocupa mesmo o quinto lugar a nível nacional, com 51,6%, ficando apenas atrás de Vila de Rei, Porto Moniz, Mação e Sardoal. Questionado sobre estes baixos valores o autarca e presidente da CIM Douro afirma que este resultado é um claro sinal do trabalho que a autarquia faz, junto da sua população, demonstrando a importância desta eleição sobretudo no que diz respeito aos financiamentos europeus que permi-
tem que o concelho se desenvolva. “Em primeiro lugar é a credibilidade dos candidatos. Depois é uma prova que o povo de Sernancelhe é um povo atento e que percebe ao longo dos tempos a importância que a Europa tem no desenvolvimento do seu concelho. Não é segredo para ninguém que um concelho como o nosso que depende muito dos fundos comunitários para o seu desenvolvimento, e isso é um trabalho que vamos fazendo ao longo do tempo, dando a conhecer às pessoas a origem desses valores. Há também uma questão que é muito importante na política e que, cada vez mais, se está a afastar, que é a proximidade entre os autarcas e os seus munícipes. Essa proximidade ajuda a que a população seja ativa, participativa e que seja, acima de tudo, construtiva no processo europeu. É um sinal que a nós, em Sernancelhe, nos deve envaidecer um pouco, mas, a nível nacional ficamos um pouco preocupados porque consideramos que a abstenção não contribui nada para que na Europa olhe para Portugal com a importância que nos é devida”. Para este resultado houve também um forte contributo dos presidentes de junta que sensibilizaram as suas populações para a importância do ato. “Como presidente de junta, e em especial o
> Vítor Rebelo, presidente da junta de freguesia do Carregal
> Francisco Santos, presidente da junta de freguesia de Lamosa
interior, temos que alertar as pessoas para que sejam ativos. Felizmente a nossa população está consciente da importância de cada ato eleitoral, seja a nível local, nacional ou europeu como foi este caso, contribuindo desta forma para conseguirmos manter níveis de abstenção baixos relativamente ao normal nacional. As pessoas sentem que têm uma boa parte da responsabilidade na forma como o território é gerido. As pessoas têm a noção da importância dos fundos europeus para o nosso concelho e nós trabalhamos para que assim seja, independentemente do partido que cada um representa e as pessoas sentem isso. Em Portugal há a mania que a oposição só serve para fazer oposição mas eu não concordo muito com isso e este trabalho que fazemos aqui com as pessoas levando a que elas votem é um sinal disso mesmo, independentemente do partido que cada um representa trabalhamos todos juntos para conseguir estes resultados”, afirma Francisco Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Lamosa, eleito pelo PS. “Houve uma preocupação, tanto do município, como das juntas de freguesia para que houvesse uma mobilização da nossa população para o ato eleitoral, explicando-lhes a importância da Europa, explicando que os fundos que recebemos são essenciais para que continuemos a desenvolver o nosso concelho. Infelizmente temos uma população muito
envelhecida e cada vez somos menos mas isso também permite que estejamos mais perto das pessoas e elas reconhecem esse trabalho, em especial nestes momentos. Mesmo aqueles que têm mais dificuldade de se movimentar, por exemplo, acabamos sempre por fazer um trabalho junto dos familiares para que eles consigam ir ao local de voto com o apoio de algum familiar. Quem não vai votar, em especial entre os mais idosos, é porque não pode, porque também passaram por outras dificuldades que lhes dão um maior sentido de responsabilidade nestes momentos”, conclui Vítor Rebelo Presidente da Junta de Freguesia do Carregal, eleito pelo PSD. ■ 10 Concelhos com menor abstenção Concelho Vila de Rei Porto Moniz Mação Sardoal Sernancelhe Avis Oeiras Lisboa Porto Moniz Gavião
Distrito Castelo Branco Madeira Santarém Santarém Viseu Portalegre Lisboa Lisboa Porto Santarém
% 45.9% 50.5% 50.6% 50.9% 51.6% 53.2% 54.5% 54.7% 55.5% 55.8%
3 Concelhos com menor abstenção CIM Douro Concelho Distrito % Sernancelhe Viseu Vila Real Vila Real Carrazeda de Ansiães Bragança
51.6% 65.6% 66,0%
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VIVADOURO JUNHO 2019 13
Armamar
Armamar reviveu os loucos anos 20
Inaugurada a exposição de Joshua Benoliel
O pavilhão desportivo do Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira de Armamar encheu na sexta-feira à noite para um espetáculo memorável. Os alunos da escola lembraram momentos, datas e personagens que marcaram os anos 20 do século passado, numa altura em que o mundo saía de um penoso conflito à escala mundial, e sem saber que se aproximava de outro. Em palco houve dança, música e teatro que revelaram o talento dos jovens Armamarenses para as artes performativas. A atividade resulta do desenvolvimento de oficinas e grupos de trabalho, no âmbito
O salão nobre da Câmara Municipal de Armamar foi palco da cerimónia de abertura da exposição de fotografia “Joshua Benoliel, Repórter Parlamentar”, que ali estará patente durante o mês de junho. O Vice-Presidente da Autarquia, António Manuel Silva, presidiu ao ato acompanhado por Cláudia Damião, Vereadora da Cultura. Estiveram presentes entre os con-
do projeto “Plano de Combate ao Insucesso Escolar”, implementados este ano letivo e destinadas a alunos de todos os níveis de ensino. Com um empenho e dedicação assinaláveis por parte de toda a comunidade escolar, promoveu-se um conjunto de experiências educativas, numa ótica de trabalho colaborativo e integrador, das várias áreas do conhecimento, como a história e as artes para recriar realidades históricas. O projeto, cofinanciado pelo Norte2020, foi promovido pela Câmara Municipal de Armamar, em parceria com o Agrupamento de Escolas local. ■
vidados os deputados Pedro Alves e António Lima Costa. A exposição é uma iniciativa da Divisão Museológica e para a Cidadania da Assembleia da República. Tem percorrido o País para mostrar fotografias que Joshua Benoliel, por muitos considerado o pai do fotojornalismo em Portugal, registou entre 1906 a 1924, num período importante da vida política portuguesa. ■
Exposição “Planeta Azul… até quando?”
Município apresenta programa das festas
O Presidente da Câmara Municipal de Armamar, João Paulo Fonseca, esteve no Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira de Armamar para a inauguração da exposição temática “Planeta Azul… até quando?”. No ato estiveram também o Vereador da Educação e a Diretora do Agrupamento de Escolas. A exposição foi distribuída por várias salas. Ao longo da visita podiam ver-se trabalhos relacionados com as mais diversas
A Câmara Municipal de Armamar divulgou o programa oficial das festas do município em honra de São João. Os momentos altos da festa são o desfile das marchas populares, este ano serão 4, na noite de 23. No dia seguinte, 24, dia feriado municipal, destaque para a Procissão Solene com representação dos padroeiros das localidades do município.
atividades ligadas ao mar. A assumir um lugar de destaque estavam instalações relacionadas com o problema da contaminação dos ecossistemas marinhos pelos plásticos. Planeta Azul… até quando? Resultou de muito trabalho que juntou professores e alunos de várias turmas do terceiro ciclo do ensino básico e ensino secundário da escola de Armamar. ■
Do programa destaca-se o espetáculo dos irmãos Rosado na noite de 22 de junho. Os anjos prometem lotar o recinto das festas com muitos fãs. De referir ainda o espetáculo de abertura, dia 21, com a artista brasileira com raízes Armamarenses Fátima Fonseca. Pelo palco das festas vão passar ainda os grupos musicais Impakto, Renovação 3, Uskadkasa e Belcanto Show. ■
14 VIVADOURO JUNHO 2019
Vila Nova de Foz Côa
Festival de Vinhos do Douro Superior bate recordes Estreado no final de 2012, o Festival do Vinho do Douro Superior (FVDS) rapidamente passou a fazer parte do calendário dos grandes eventos vínicos do país, contribuindo decisivamente para a afirmação da identidade do Douro Superior. Este ano o festival realizou-se entre os dias 17 e 19 de maio, no EXPOCÔA. Foram três dias bastante intensos, onde foram batidos os recordes tanto de expositores (83), como de visitantes, com perto de 10 mil entradas registadas. Contudo, mais do que números, importa destacar a confirmação da qualidade tanto dos vinhos como dos sabores do Douro Superior e da dinâmica que esta sub-região atravessa, traduzida no aumento, ano após ano, do número de produtores e de marcas lançadas no mercado. Como habitualmente, o FVDS contou com um conjunto de atividades que se estenderam pelos três dias. Provas de vinhos e azeites (comentadas por especialistas e com lotação esgotada), um colóquio sobre as novas oportunidades que se oferecem à região, e o já tradicional “Concurso de Vinhos do Douro Superior”. Nas palavras de Gustavo Duarte, Presidente da Câmara Municipal de Foz Côa, em declarações à nossa reportagem no decorrer da inauguração, este é um festival que prestigia a região e os seus produtos. “É um certame que prestigia muito esta sub-região do Douro superior. Este festival representa muito para nós. Desde logo para o vinho que é
quem dá o mote ao evento mas também outros produtos da região como o azeite ou a amêndoa. Nesta região o vinho é de uma qualidade excecional como é sabido e para nós esta é uma oportunidade de promover também nosso concelho uma vez que, quem nos visita aproveita para ir conhecer o nosso Museu, as gravuras, e outros pontos de interesse que Foz Côa tem para mostrar, como as paisagens sublimes. O Festival é marcado não só pelos produtos em exibição mas por toda a animação que traz, estando reunidas todas as condições para que seja um êxito”. Presente na inauguração do certame esteve também Luís Pedro Martins, Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal que sublinhou a importância deste tipo de eventos no interior para atrair os turistas que chegam ao norte do país mas que ficam pela faixa litoral. “Em termos institucionais é a primeira vez que venho a Foz Côa mas já conhecia este belo território até porque o meu pai é de Bragança e de vez em quando vínhamos em passeio até aqui. Quando cheguei a esta função não tinha ideia de quão mal os turistas estão distribuídos pela região. Ficamos iludidos com o número fantástico de turistas que chegam à região norte e que são há volta de 4,5 milhões mas o problema é que 75% deles ficam na área metropolitana do Porto o que constitui um desafio para nós, alterar estes números. Para que estes territórios sejam mais visitados temos que os promover e eventos como este são um bom exemplo da promoção que pode ser feita. Temos que ter sempre coisas para oferecer, não basta apenas o património e a paisagem, que aqui são fantásticos, temos que entregar conteúdos, para que tenham oportunidade não só para se visitar mas também para que se divirtam, e é isso que temos aqui”. ■
Resultados Concurso Vinhos (Branco) Quinta da Pedra Escrita 2017, de Rui Roboredo Madeira Vinhos (Tinto) Crasto Superior Syrah 2016, da Quinta do Crasto (Porto) Quinta do Grifo Porto Vintage 2016, da Rozès Foram atribuídos 63 diplomas: 19 brancos: 6 com Ouro e 13 com Prata; 36 tintos, 12 com Ouro e 24 com Prata’; 8 Portos, 4 com Ouro e 4 com Prata;
Filipa Pizarro Produtora de Vinhos Tem uma elevada importância porque temos, cada vez mais, de promover a marca Douro, não só fora de portas mas também cá dentro, apoiando a dinâmica local. A presença neste tipo de eventos é também importante pelo contacto que temos com o público, é ele que nos traz a opinião mais verdadeira acerca do nosso produto. Depois temos ainda a oportunidade de provar o produto dos nossos pares e saber o que andam a fazer, percebendo como está a dinâmica não só neste concelho como da região no seu todo. O futuro deste setor será de algumas dificuldades, sobretudo no que diz respeito à garantia de mão-de-obra. O nosso maior desafio neste momento é ter gente para trabalhar uma viticultura de montanha que nunca será totalmente mecanizável o que a torna extremamente dependente de pessoas para a trabalharem.
João Coelho Vilarica A amêndoa aqui na região de Foz Côa é um produto de excelente qualidade. Temos aqui uma fábrica de britar amêndoa há 3 anos. Neste momento transformamos desde a casca da amêndoa ao fruto em todas as formas, seja em pó, laminada, inteira, com coberturas diversas, etc. Este ano estamos a mostra um produto inovador que estamos a desenvolver que são os pellets de casca de amêndoa. Nós vendemos ao público mas também para a industria de transformação, este ano a Vieira de Castro gastou toda a nossa amêndoa para a Páscoa para fazerem aquela amêndoa que vemos no supermercado. O festival é dedicado aos vinhos mas há aqui a vertente dos sabores e tradições regionais onde nós nos inserimos com a amêndoa, é uma conjugação que se faz diversas vezes, um bom vinho acompanha bem com umas amêndoas torradas, por exemplo.
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16 VIVADOURO JUNHO 2019
Régua
Douro Wine City, da surpresa à certeza A cidade de Peso da Régua abriu portas à primeira edição da Douro Wine City, uma feira que juntou mais de 85 produtores de vinho da região num evento que recebeu cerca de 8 mil pessoas ao longo de quatro dias. Texto e fotos: Carlos Almeida
O local escolhido para a realização deste evento, foi um parque de estacionamento, sendo surpreendente para muitos, levando a questionar a escolha, isto até ao momento em que o evento abriu portas, aí as dúvidas deram lugar à surpresa, provando que a escolha da organização foi a mais acertada. “A escolha do espaço para esta feira só surpreendeu quem estava de fora e não tinha a obrigação de o pensar. Para o grupo de trabalho que, ao longo do último ano, desenvolveu este projeto não foi surpreendido porque o modelo foi testado, analisado e cuidado ao pormenor. , com a serenidade da convicção que seria uma surpresa extremamente positiva para todos. É evidente que essa perceção se generalizou e surgiu algum desencanto quando se soube que se realizaria num parque de estaciona-
mento. Aquele espaço é uma garagem quando tem lá carros, não os tendo é um espaço público que pode ser utilizado das mais variadas formas e foi com base neste princípio que trabalhamos. Entendo que as pessoas baixassem as expectativas mas depois acho que ficaram quase em estado de choque quando entraram e viram como se transformou aquele espaço. Se nós já não tínhamos dúvidas que aquele espaço era o melhor para este propósito penso que agora isso seja uma certeza para todos”, afirmou José Manuel Gonçalves, autarca reguense, à nossa reportagem. A mesma ideia é partilhada por Carlos Silva Santiago, presidente da CIM Douro que, no decorrer da inauguração do espaço parabenizou a autarquia e toda a organização pela escolha arrojada.
“Acho que discutir o local é uma parvoíce. Ninguém seria capaz de escolher um local mais adequado para este evento, este espaço transmite a ideia do que é uma cave, o local onde habitualmente guardamos os vinhos. Por querer, mas sem querer, o Douro escolheu um sítio extraordinário, não haveria outro local tão adequado como este. Nós não temos que procurar a imagem do Douro no espaço mas sim naquilo que apresentamos, o vinho, a sua história e a sua cultura. Estas características que o vinho tem não têm que ver com o espaço, esse está no Douro. O que aqui está em causa é o encanto que o espaço tem para transmitir na venda da história que o vinho nos transmite. A câmara da Régua, na escolha do espaço tem a aposta ganha”. De regresso à conversa com José Manuel Gonçalves, o autarca mostra-se bastante
> Showcooking chef Tiago Moutinho (castas e pratos)
Sílvia Ferreira da Costa – Horta Osório Vinhos (Sta Marta de Penaguião) Estes eventos estão muito focados nas grandes cidades, basta ver o número de feiras de vinhos que existem em Lisboa e no Porto em contraposição ao que acontece aqui no Douro, que é onde efetivamente se faz o vinho. É bom ver que conseguimos chegar até aqui e atrair muita gente de fora da Régua para participar e visitar esta feira. Sem dúvida alguma que precisávamos de um evento destes aqui na cidade. Eu acho que o turismo do Douro está a crescer e muito por responsabilidade dos produtores da região. Para mim o Douro será como Bordéus, uma região de visita obrigatória para os apreciadores e amantes de vinho.
satisfeito com o balanço final feito pela organização, garantindo que os objetivos iniciais foram atingidos e levantando já um pouco do véu daquilo que serão as próximas edições desta feira que o edil quer que se afirme na região e no país como um certame de referência no setor vitivinícola. “O balanço que fazemos é extremamente positivo e isto é mais do que uma opinião pessoal, é o reflexo da opinião geral das pessoas que passaram pela feira. Acho que foi um evento que acabou por surpreender toda a gente, pelo local mas também pela adesão dos produtores. A nossa grande ambição era criar aqui, na Régua, um evento que marcasse a dinâmica do vinho e consideramos que isso foi conseguido. Aquilo que perspetivamos é que, o sucesso desta primeira edição, possa ser uma alavanca para o crescimento do certame, quer no numero de produtores participantes quer na dinâmica comercial que pretendemos que esta feira tenha. É um evento para manter, para crescer e para afirmar, cada vez mais esta região no país e no mundo. Esta feira enquadra-se perfeitamente na estratégia que temos para atrair cada vez mais gente a este território conhecer a nossa realidade e os nossos vinhos que é produto de excelência que aqui temos. Queremos crescer em número de produtores e na vertente comercial. No próximo ano queremos trazer muita gente que está envolvida no negócio do vinho, criar um espaço
Ana Almeida – Cortes do Tua Wines (Carrazeda de Ansiães) Este evento faz todo o sentido, em especial por se realizar na Régua que é o centro do Douro, a capital e essa é uma das razões pelas quais marcamos presença e para mostrar os vinhos que fazemos em Carrazeda de Ansiães. Até agora o feedback de quem passa por aqui é bastante positivo, quer em relação aos nossos vinhos quer em relação ao espaço. Nós somos um projeto recente que se iniciou em 2016 e tem sido uma experiência muito positiva.
Joaquim Morais – Amêndoa Coberta de Moncorvo Wine-On-Ice – Gelados de Vinho A ideia foi fazermos um gelado com um sabor tipicamente nacional e, neste caso, do Douro, o Vinho do Porto. Foi a partir dessa ideia que desenvolvemos este produto que chega ao cliente num pequeno copo que é fácil de transportar e degustar enquanto, por exemplo, se espera pelo barco para iniciar um cruzeiro pelas águas do Douro. Este copo é também pensado para que depois possa ser reutilizado para aquilo que o cliente quiser. Este projeto tem cerca de um ano e, ao longo deste tempo tem vindo a ser melhorado com as opiniões que vamos recolhendo de quem o prova. Para nós é muito importante estar aqui até porque encontramos aqui alguns dos melhores produtores de vinho da região e pode ser uma alavanca para um produto recente como o nosso.
A presença neste evento é importantíssima para nós. Enquanto produtores da Amêndoa Coberta de Moncorvo No primeiro dia ficamos um pouco apreensivos porque estávamos instalados na parte exterior do recinto mas felizmente acabaram por nos mudar para este espaço e consideramos que foi uma aposta ganha, quer para a organização quer para nós. Vê-se aqui muita gente e será, sem dúvida, uma experiência a repetir. Nós estamos aqui para divulgar e vender o nosso produto, que inclusivamente liga tão bem com os vinhos que a região produz, por isso acho que este é um casamento perfeito. Este ano somos meia dúzia de expositores de produtos regionais, tenho a certeza que serão muitos mais no próximo ano até porque o espaço está convidativo e vemos a quantidade de gente que por aqui passa.
VIVADOURO JUNHO 2019 17
Régua
Lista de premiados do 1º Concurso de Vinhos do Douro ESPUMANTES D. Graça Espumante Bruto 2015, Medalha de Ouro Alteia Espumante Bruto 2016, Medalha de Prata FORTIFICADOS Fragulho Moscatel 2011, Medalha de Ouro Portal Moscatel 2007, Medalha de Prata Valriz Porto Tawny 20 Anos, Medalha de Ouro Quinta do Tedo Porto Vintage 2003, Medalha de Ouro Portal Porto Vintage 2016, Medalha de Ouro Porto Réccua Porto Vintage 2004, Medalha de Ouro
> Presidente do município, na inauguração da Douro Wine City
próprio para que possam ali haver negócios, esta será no fundo a nossa aposta de futuro”. Presente também no evento esteve João Paulo Catarino, Secretário de estado da Valorização do Interior, que sublinhou a importância deste tipo de eventos para a atração de turistas, enaltecendo o trabalho feito pelos autarcas do Douro neste campo. “É um prazer estar aqui e participar numa iniciativa destas organizada pela Câmara Municipal da Régua com tantos expositores e com tanta qualidade. Eventos destes são essenciais para a atração
de turistas que ainda demoram a chegar ao interior do país mas numa volta por este recinto percebemos que são já muitos os que circulam por aqui e por isso a autarquia da Régua está de parabéns. Tem sido feito um trabalho extraordinário ao longo dos anos com o enoturismo e o vinho que aqui fica bem demonstrado. Há ainda um caminho a percorrer mas está a ser feito pela diferentes entidades, públicas e privadas, locais e nacionais. Este evento é um sinal de vitalidade do inte-
rior e de união dos autarcas da região e dos produtores e este é o caminho certo. Há um sentimento de solidariedade que eu considero essencial para o crescimento da região”. O público que passou pelo espaço ao longo dos quatro dias do evento usufruiu de um programa muito diversificado que incluiu provas livres, demonstrações de cozinha ao vivo, degustações, atuações, concertos e ainda a primeira edição do Concurso de Vinhos do Douro, promovido pela Confraria de Vinhos do Douro, que contou com mais de 200 referências. ■
Ricardo Ferreira – Quinta Branca (Armamar) Este é um evento que fazia falta na região para enaltecer não só os nossos produtos como este território fantástico que aqui temos. Considero mesmo que deveriam haver mais incentivos à volta deste género de eventos. Não só acho que este evento se deve repetir anualmente como poderia mesmo ser mais habitual, poderia realizar-se um pela altura de verão mais dedicado aos vinhos brancos e rosés e mais próximo da época de Natal um mais dedicado aos vinhos tintos. Esta união da região que aqui vemos é importantíssima, nós conhecemo-nos quase todos e muitos de nós estudamos mesmo juntos e acabamos a prender uns com os outros, em especial em momentos destes em que estamos todos juntos.
Tiago Moutinho – Chef Restaurante Castas e Pratos Já estive em alguns eventos relacionados com vinho e gastronomia e considero que, para uma primeira edição, vê-se aqui muita gente, quer visitantes quer produtores. É neste tipo de eventos que devemos apostar porque são uma oportunidade de apresentar toda esta região. Estes eventos devem ser cada vez mais habituais. O Douro é uma região extensa e um evento deste é uma excelente oportunidade para mostrar aquilo que de melhor aqui fazemos, seja no que diz respeito aos vinhos, seja na vertente gastronómica.
Luís Quinas Guerra – Gueda Wines (Peso da Régua) Este é um evento de enorme dimensão e com um potencial de crescimento enorme, é a verdadeira montra que faltava para a diversidade do Douro. Pequenos e grandes, todos a trabalharem em conjunto para a promoção de uma região absolutamente ímpar. Certamente que não encontraremos aqui dois vinhos iguais e isso é uma característica desta região. É um sinal de vitalidade e pujança dos produtores e de uma região que está a acordar para esta vaga de visitantes que nos procura em busca de um produto único e de uma região com paisagens e gentes maravilhosas.
BRANCOS Golpe Reserva branco 2017, Medalha de Ouro Pacheca Grande Reserva branco 2017, Medalha de Ouro Vinha Grande branco 2017, Medalha de Ouro Quinta da Leira Reserva branco 2015, Medalha de Ouro Maria Lourdes branco 2017, Medalha de Ouro Quinta da Rede Grande Reserva branco 2016, Medalha de Ouro Família Silva Branco branco 2016, Medalha de Ouro H.O. branco 2018, Medalha de Ouro Meia Légua branco 2017, Medalha de Ouro Piano Reserva branco 2017, Medalha de Ouro Moinhos do Côa Reserva branco 2018, Medalha de Ouro Terras do Grifo Grande Reserva 2016, Medalha de Ouro 100 Hectares branco 2018, Medalha de Prata Pouca Terra branco 2015, Medalha de Prata Fernão Magalhães branco 2018, Medalha de Prata Grainha Reserva branco 2017, Medalha de Prata ROSÉS CARM rosé 2018, Medalha de Ouro TINTOS Quinta do Banco Reserva tinto 2013, Medalha de Ouro Beetrua tinto 2015, Medalha de Ouro Quinta dos Matos Grande Reserva tinto 2016, Medalha de Ouro Quinta da Carregosa Grande Reserva tinto 2013, Medalha de Ouro Todão tinto 2015, Medalha de Ouro Quinta da Gricha tinto 2016, Medalha de Ouro Pai Horário Grande Reserva tinto 2015, Medalha de Ouro Quinta das Peixotas Reserva tinto 2012, Medalha de Ouro Dona Leonor Reserva tinto 2012, Medalha de Ouro Bons Anos tinto 2015, Medalha de Ouro Espelda Grande Reserva tinto 2011, Medalha de Ouro ITER tinto 2014, Medalha de Ouro Vale do Tábua Grande Reserva tinto 2015, Medalha de Ouro Alteia Vinhas Velhas tinto 2014, Medalha de Ouro Quinta do Estanho Vinhas Velhas tinto 2016, Medalha de Ouro Quinta do Todão Reserva tinto 2013, Medalha de Ouro Quilate Reserva tinto 2016, Medalha de Ouro Flor do Côa Resrva tinto 2016, Medalha de Ouro Quinta do Daniel tinto 2013, Medalha de Ouro Aneto Grande Reserva tinto 2013, Medalha de Ouro Casa dos Miguéis Grande Reserva tinto 2010, Medalha de Ouro Quinta da Côrte tinto 2015, Medalha de Ouro KM 81 Reserva tinto 2013, Medalha de Ouro H.O. Reserva tinto 2016, Medalha de Ouro Quinta do Malhô Vinhas Velhas tintos 2013, Medalha de Ouro Duas Árvors Reserva tinto 2015, Medalha de Ouro Meia Légua Reserva tinto 2015, Medalha de Ouro CARM Grande Reserva tinto 2015, Medalha de Ouro Fora da Lei tinto 2017, Medalha de Ouro Pacheca Touriga Nacional Grande Reserva 2015, Medalha de Ouro Cerro das Mouras Grande Escolha tinto 2015, Medalha de Ouro 100 Hectares Gold Vinhas Velhas tinto 2015, Medalha de Ouro Quinta da Sequeira Grande Reserva tinto 2015, Medalha de Ouro
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Destaque VivaDouro
Feira Medieval de Penedono celebra es A vila de Penedono volta a incorporar o espírito medieval entre os dias 5 e 7 de julho para mais uma edição da Feira Medieval. Aos pés do castelo, que fica bem no alto da vila, são esperados milhares de visitantes para um certame que este ano tem por mote “O Magriço Guerreiro”. Texto: Carlos Almeida
Mais uma edição da Medieval de Penedono, quais são as expectativas para este ano? Com moderação e humildade procuramos sempre colocar as nossas expetativas no patamar em que decorreu a edição anterior. Tem sido sempre assim, até porque a nossa Feira Medieval tem vindo a fazer uma caminhada séria, reconhecendo a grande mais valia para o Concelho com esta realização. Vamos continuar a procurar repro-
duzir um ambiente que, na realidade, a Beira, em geral, e Penedono em particular, conheceram nos séculos finais da Idade Média. Procuraremos igualmente, transportar o visitante e todos aqueles que assistem à Feira Medieval de Penedono, a um tempo em que a luta armada, as justas, os combates eram demasiado familiares às populações; fazer-lhes perceber o que o Concelho há muito pretende oferecer e oferece: o lugar por excelência onde se vive e sustenta o imaginário da Idade Média, seja com as máquinas de guerra que se expõem na vila, seja com os instrumentos de tortura, seja ainda com o imponente cenário que os primeiros homens da terra construíam e nos legaram: o castelo. O castelo que olha a terra bem de cima e convoca a todos para si, para a celebração diária daquilo sem o qual todos se sentiriam 'perdidos'; o castelo, enfim, que fez realçar o poder e o prestígio da família que os de Penedono se orgulham de ter como referência histórica e cultural. Este ano o tema é "O Magriço Guerreiro", pode-nos explicar esta escolha? O Magriço mostrava naturalmente os seus dotes de guerreiro que o haviam celebrizado na Europa medieval, correndo as terras, acorrendo onde os seus apaniguados e servos dele precisavam, defendendo bens e haveres de gentes rudes mas fiéis às suas origens, lugares e famílias. É num desses contextos, fictício mas verosímil, que situamos a acção que domina esta recreação. É no contexto das rivalidades com a nobreza vizinha, depois de assuadas, roubos de gado, malfeitorias sobre as mulheres e os camponeses das terras de Penedono, que colocamos o Coutinho guerreiro. O nobre que arma a sua hoste, que faz represálias nas terras de Trancoso e que volta triunfante à sua terra, à segurança do seu castelo. Mas o homem experimentado na arte de combater. O homem que não tem receio em entrar terra inimiga adentro, à frente dos seus guerreiros, contra forças superiores, que não receia o duelo para
lavar a honra do seu nome e do nome da sua terra. Mas o homem cauteloso. O guerreiro prevenido. Que conhece a natureza dos seus rivais, que espera o combate dentro das portas e dos muros da sua terra, que coloca vigias e "roldas" nas muralhas do seu castelo. Que tem de organizar a defesa do seu alcácer, da sua fortaleza, que luta em todos os recantos da muralha, que vence os inimigos depois de grande cerco e privações, mantendo inexpugnável o velho castelo cuja defesa lhe foi confiada pelos seus antepassados, e que, no final, convida todos os seus servos e amigos para a festa. Para a festa que encerra este 'episódio' da história gloriosa desta família. Que novidade irá ter este ano a Feira Medieval de Penedono? Propriamente dita, a Feira Medieval terá, este ano, a estrutura dos anteriores. Assim, com a abertura prevista para o fim da tarde de
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Destaque VivaDouro
spírito guerreiro do Magriço sexta-feira, dia 5, realço neste dia o “Cortejo de Exortação e Aclamação dos Doze de Inglaterra, com a Bênção e Investidura da Ilustre Fidalguia da Cavalaria de Portugal e a Exortação e Aclamação de D. Álvaro Gonçalves Coutinho, O Magriço. No segundo dia, destaco o Cortejo ao longo da feira, a atividade na Liça com os Torneios a Cavalo, o Banquete Medieval, o Assalto ao Castelo, este ano precedido com um momento de videomaping projetado no Castelo, sob o título “O Despertar da História” e a finalizar a noite, o já habitual espetáculo Piromusical. No último dia entre umas diversidades de momentos, assistiremos, durante a tarde, ao Cortejo de Homenagem ao Magriço. A promoção deste evento começou em março durante a BTL. Foi importante apresentar a Feira Medieval de Penedono num evento que atrai milhares de visitantes?
É sempre importante, diria mesmo, muito importante a divulgação pública deste nosso evento na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Fazemo-lo já há alguns anos a esta parte, na certeza de que procedendo desta forma o estamos a fazer para o País e para o Mundo, tal é a abrangência do certame. Continuo a acreditar que a mensagem fica retida em muitos visitantes da BTL, face às característica e enquadramento da nossa iniciativa, a par de sentir que já é algo que é procurado ao longo daqueles cinco dias de mostra internacional. No ano passado foi notória a presença de diversos visitantes estrangeiros, é um público que a autarquia tenta cativar para este evento? Claro que sim e cada vez mais, ano após ano, se constata a presença de visitantes estrangeiros. Espanha e França com maior incidência… mas também a Itália e o Brasil marcam a sua presença. ■
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Alijó
Alicaça atrai dezenas de caçadores O município de Alijó, entidade gestora da Zona de Caça Municipal, voltou a promover, nos dias 11 e 12 de maio, a Alicaça, um evento cinegético que se tem, ao longo dos anos, afirmado na região como uma das iniciativas de maior impacto no que diz respeito ao setor. Juntando dezenas de caçadores e centenas de curiosos, este evento tem por objetivo a promoção do setor cinegético como uma base económica forte para o concelho, bem como sensibilizar para abrangência do setor que vai muito além da caça. “O que nos move, desde logo é a consciencialização das pessoas relativamente à atividade cinegética que não se cinge exclusivamente ao ato venatório da caça, tem muitas outras envolventes como se pode ver neste evento. Todo o movimento em volta da caça bateu no fundo, em especial a visão mais depreciativa. Somos acusados de ser matadores, entre outras coisas, e não é essa a imagem que queremos divulgar. Temos de perceber que economicamente este é um aspeto muito importante. Em Espanha, o impacto da caça é de cerca de 5% do PIB, em Portugal não temos essa análise, aquilo que precisamos são mecanismos para perceber esse impacto eco-
nómico e social. Sabemos que este setor tem um impacto económico efetivo mas ele não está medido, estas centenas de pessoas que passam neste evento comem e dormem no nosso concelho, fazendo depois promoção dele, nada disto é medido”, afirma Vítor Ferreira, Vice-Presidente da autarquia alijoense. Do programa deste evento fizeram parte diversas iniciativas, desde corridas de galgos até colóquios ou um inédito campeonato europeu de imitação de canto, entre muitos outros. “Tivemos já atividades de sensibilização e colóquios relativamente às espécies cinegéticas de caça menor e tivemos pela primeira vez, uma prova do campeonato
> Vítor Ferreira, vice-presidente do município de Alijó
europeu de imitação de canto que é promovido pela Associação Europeia de Caça Tradicional, com a presença de vários representantes internacionais. Temos aqui corridas de galgos ou provas de cão coelheiro que não implicam a morte de nenhum animal mas que demonstram a envolvência cultural que a caça tem, enraizada há vários séculos e que, obviamente com os cuidados devidos, deve ser promovida. Sendo o nosso concelho dividido entre uma parte sul mais vinha-
teira e uma zona norte mais montanhosa, com 22 mil hectares de área de caça, temos que preservar toda esta questão. Este tipo de eventos são importantes mesmo para que os caçadores se mantenham atualizados, um caçador faz uma formação na altura em que pede a sua licença, daí para a frente não tem que fazer mais nenhuma, passados 20 ou 30 anos muita coisa mudou por isso estes eventos são ainda mais importantes para que possamos estar em permanente contacto com eles, passando informações acerca de alterações a leis e outros aspetos da caça”, conta Vítor Ferreira. Também no que diz respeito à prevenção de fogos os caçadores têm um papel importante, segundo Vítor Ferreira eles são uns dos principais cuidadores da floresta, até porque a existência de animais para a caça depende de uma floresta cuidada. “Os caçadores são as pessoas que mais querem proteger a floresta, se não houver árvores ou as várias espécies cinegéticas, o caçador não tem função, essa consciencialização é importante e também a queremos sublinhar neste evento. Este ano já plantamos 2 hectares que estavam abandonados com árvores, pode parecer uma gota no oceano olhando aos 22 mil hectares que temos mas é um passo, e é esse o sinal que queremos dar”. ■
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Sabrosa
Festival de Bandas e Música juntou a filarmonia às comemorações do V centenário de Fernão de Magalhães em Sabrosa O VII Festival de Bandas e Música da Banda de Música de Sabrosa decorreu entre os dias 14 e 16 de junho em Sabrosa e este ano teve um programa especial, que cruzou a música com as comemorações municipais do V centenário da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães. Num programa marcado por vários momentos especiais, a música foi rainha na vila duriense nos últimos dias, acontecendo o seu ponto alto no domingo, dia 16 de junho, com a realização do VIII Festival de
Bandas Filarmónicas da Banda de Música de Sabrosa. A edição deste ano, inserida no VII Festival de Bandas e Música da Banda de Música de Sabrosa, teve um programa e um alinhamento especial que coincidiu com a inauguração de um mural alusivo às comemorações do V centenário da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães e com a atuação da Banda da Armada – Marinha Portuguesa. A edição deste ano contou com a presença das Bandas Musicais de Amarante, Murça, São Cipriano - A Nova e da Banda de Sabrosa, que durante todo o dia trouxeram a Sabrosa mais de duas centenas de músicos e que proporcionaram aos presentes e aos amantes da filarmonia muitos momentos agradáveis e de grande qualidade musical. O festival, no entanto, começou já na sexta-feira, 14 de junho, com uma noite dedicada aos fados. A artista Cristina Marques foi a encarregada de iniciar a edição deste ano
do certame, num espetáculo repleto de tradição e que ficará na memória de todos os presentes. Já o programa do segundo dia do festival, sábado, dia 15, foi dedicado à música popular, com o programa a incluir a atuação
do Grupo de Zés Pereiras de Sabrosa e do grupo Vieira Lopes. O VII Festival de Bandas e Música da Banda de Música de Sabrosa foi organizado pela Banda de Música de Sabrosa, com o apoio do município de Sabrosa. ■
Várias iniciativas assinalam comemorações do V Centenário da Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães O município de Sabrosa organizou no dia 16 de junho, mais uma iniciativa no âmbito do programa municipal das comemorações do V Centenário da Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães, que contou com vários momentos altos durante todo o dia. No período da manhã decorreu a inauguração do mural alusivo a Sabrosa e ao Navegador, na parede exterior do auditório municipal, com o descerrar de uma placa alusiva, com a inscrição "De Sabrosa para o Mundo", e onde participaram e se associaram ao momento as bandas presentes no VIII Festival de Bandas Filarmónicas, inserido no VII Festival de Bandas e Música, organizado neste fim-de-semana pela
Banda de Música de Sabrosa, e a Tuna da Academia Sénior de Sabrosa, com a interpretação da marcha "Viva Sabrosa". Após este momento, e já depois dos discursos oficiais, aconteceu o lançamento do Vinho do Porto Especial Reserva Fernão de Magalhães 500 anos, da Adega Cooperativa de Sabrosa, que desta forma vê cimentada a sua marca de vinhos "Fernão de Magalhães", agora com o lançamento de um vinho comemorativo dos 500 anos da viagem do navegador. Para fechar com chave de ouro este dia, foi a vez da Banda da Armada, da Marinha Portuguesa, subir ao palco para um concerto memorável, em que assistiram centenas de pessoas no Largo da Fontainha. Depois do Seminário Internacional realizado em fevereiro passado, este evento foi mais uma iniciativa de um vasto programa que este ano o município de Sabrosa preparou, com o objetivo de assinalar localmente o V Centenário da Viagem de Circum-Navegação de Fernão de Magalhães, estando ainda previstas outras iniciativas até ao fi-
nal do presente ano. Este evento contou ainda com o apoio da Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Circum-navegação comandada pelo português Fernão de
Magalhães, que se associou à iniciativa, num reconhecimento claro do importante papel que Sabrosa desempenha no âmbito do programa nacional e internacional destas comemorações. ■
22 VIVADOURO JUNHO 2019
Vários Concelhos
Lançada petição pública para reativação da Linha do Douro até Barca d'Alva e Espanha Os promotores de uma petição pública em defesa da requalificação e reativação da Linha Ferroviária do Douro, lançada no Museu do Douro, na Régua, querem reunir as assinaturas suficientes para levar o abaixo-assinado à discussão no parlamento. O documento, lançado hoje pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial e pela Fundação Museu do Douro, reclama a “completa requalificação e reabertura da Linha do Douro”. O texto salienta a importância da linha “no quadro dos atributos que levaram à classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial pela UNESCO” e “para o desenvolvimento endógeno do Alto Douro Vinhateiro”. Enumerando diversos argumentos para que a ferrovia seja entendida como essencial à economia e ao turismo do Douro e da região, o documento aponta que “a requalificação da Linha do Douro poderá ser vetor fundamental no turismo na região por ligar quatro patrimónios da Humanidade: o Porto, o Alto Douro Vinhateiro, Foz Côa e Salamanca”. A Linha do Douro está atualmente ativa entre o Porto e Pocinho, mas cada vez se ouvem mais vozes que defendem a reativação da ligação até Espanha, sendo objetivo da petição angariar o número suficiente de assinaturas para levar este tema à discussão na Assembleia da República. Em declarações à nossa reportagem, António Filipe, Presidente da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial (LADPM), afirma que esta iniciativa se justifica neste momento pelo facto de se estar “no final da discussão do Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030), momento em que irão ser cristalizadas as opções de investimento para a próxima década, se não for agora, não será mais”. Adicionalmente, o presidente da LAPDM afirmou ainda que “há hoje uma recetividade de Bruxelas para apoiar esta requalificação, que se traduzirá, seguramente, em
"Se não for agora, não será mais"
> (Na foto) Autarcas presentes na petição pública: Tabuaço, Armamar, Sernacelhe, Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Régua, Freixo de Espada à Cinta, Alijó, São João da Pesqueira, Carrazeda de Ansiães, Lamego e Vila Real
"Há hoje uma recetividade de Bruxelas para apoiar esta requalificação" apoios financeiros elevados, que podem chegar a cerca de 80%”, tendo a Linha do Douro sido uma das 48 (num universo de 365) ligações ferroviárias fechadas selecionadas por Bruxelas como tendo “potencial de reabertura”. Também destacados por António Filipe são o papel do transporte ferroviário num contexto de necessária redução das emissões poluentes, a importância “deste tipo de investimento estruturante” para o Douro, face aos atuais problemas demográficos e da economia local da vinha e do vinho, e a “não despiciente camada adicional de riqueza com que o turismo duriense pode contribuir para a economia nacional”. “Numa altura em que o turismo assume tão grande importância na nossa economia, este pode também ser um fator decisivo até porque, completando esta ligação o Pinhão poderá ficar a apenas três horas de Madrid, com o consequente aumento do fluxo turístico que isso pode significar”, afirma ainda. A apoiar esta iniciativa está também a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) apoia a petição, apontando a Linha do Douro como uma das três obras que con-
sidera estratégicas, a par do Itinerário Complementar 26 e do Douro’s Inland Waterway. “O facto desta petição ter sido apresentada pela Fundação Museu do Douro e pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial é de facto extraordinário, é sinal de que a CIM tem feito o seu trabalho, ou seja, nós temos conseguido, ao longo destes últimos dois anos, a Linha do Douro na agenda do dia, na agenda política. O facto de termos conseguido isso ajuda a construir uma consciência cívica em torno desta matéria. Se não for desta vez não é nunca mais, esta é a oportunidade derradeira que a região norte, e o Douro mais especificamente, tem de ver a região crescer porque esta linha é essencial para esse desencravamento. Pessoalmente agrada-me imenso a dinâmica que os autarcas da CIM têm tido na colocação deste assunto na agenda do dia, tendo já espevitado a sociedade civil que começa a perceber a importância desta discussão. Esta petição não é mais nem menos do que uma consequência dessa vontade do povo. Agora é a sociedade civil a exigir ao Estado que inclua a Linha do Douro no PNI 2030, requalificando-a e internacionalizando-a o mais rapidamente possível. Hoje a CIM não está sozinha, hoje nós somos os aliados do povo e esta é a parte mais importante. Acredito que toda a região norte se irá mobilizar para que esta obra seja uma realidade, não pode passar de agora”, afirmou Car-
los Silva, Presidente da CIM Douro, à nossa reportagem. Questionado também pela nossa reportagem, João Paulo Catarino, Secretário de Estado da Valorização do Interior afirmou que o assunto está em debate na Assembleia da República e existe também uma negociação com o governo espanhol sobre as ligações transfronteiriças entre os dois países. “O PNI está em debate na Assembleia da República. Portugal está a construir, com Espanha, uma estratégia ibérica transfronteiriça onde iremos definir quais são as ligações que nos próximos 10 anos se irão construir entre os dois países”. A petição pode ser assinada online, no site da Assembleia da República (https://participacao.parlamento.pt/initiatives/742), nas câmaras municipais dos municípios que compõem o território da CIM Douro, bem como em diversas Juntas de Freguesia ou ainda contactando a LADPM que ajudará na identificação do local mais próximo do pretendente. ■
"Esta é a oportunidade derradeira que a região norte, e o Douro mais especificamente, tem de ver a região crescer porque esta linha é essencial para esse desencravamento"
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São João da Pesqueira
Domingos Nascimento Presidente da Agência Social do Douro
O Douro a todo o vapor! Há um novo ambiente social e político no Douro. Há uma nova esperança! Quando todos se unem por um propósito, há futuro no ar! Instituições da sociedade, juntas de freguesia, municípios e CIM Douro, unem-se pela linha ferroviária do Douro. Querem que se inclua este investimento no Plano Nacional de Investimentos PNI 2030. Foi lançada uma “Petição pela completa requalificação e reabertura da Linha do Douro (Ermesinde-Barca de Alva) e subsequente ligação a Salamanca.” Um projeto estruturante e certamente com impactos de grande relevo, sociais e económicos. Um objetivo que deixaria neste Grande Douro um novo futuro! Não podemos ficar indiferentes à união de esforços por objetivos claros e abrangentes. É esta a fórmula para que consigamos rasgar novos horizontes na vida destes três irmãos, o Douro Superior, o Douro Norte e o Douro Sul. Vamos, a todo o vapor, encontrar outros propósitos que nos unam. Há um que não deixaremos de abordar com firmeza - a luta clara contra o desamparo humano pela não existência de retaguardas familiares ou de vizinhança. A desertificação humana alterou de forma violenta a estrutura social e sociológica. O envelhecimento demográfico retirou às nossas aldeias capacidade de sobrevivência. Precisamos de novos modelos de organização comunitária. É urgente introduzir-se um novo mecanismo de apoio local. Precisamos dar aos habitantes das nossas comunidades a função de Auxiliar Comunitário, que apoie, que seja vigilante, que preste cuidados básicos de saúde e amparo social, em todas as horas do dia. Certamente vamos lutar para Amparar, quem mais importa abraçar, as pessoas! O Douro tem futuro!
1º Festival de Enogastronomia Esprodouro... Uma revolução da educação A Esprodouro - Escola Profissional do Alto Douro, promove no próximo dia 29 de junho o seu 1º Festival de Enogastronomia Esprodouro, resultado do projeto integrador de aprendizagem que funde os conhecimentos das diferentes turmas e disciplinas, num projeto agregador. Este evento decorrerá nas Montanhas Douro, em Paredes da Beira - São João da Pesqueira, iniciando pelas 17h com uma feira e degustação de vinhos da região com eleição do Vinho Esprodouro 2019. Será também avaliado pela ICN Agency, qual o efeito de diferentes tipos de vinhos nas reações do organismo do consumidor, ao provar um vinho enquanto aprecia o Sunset no Douro. Culmina este evento com um jantar vínico com 6 momentos de degustação, contando com provas de vinhos devidamente harmonizadas pelos alunos, com o apoio do Chef Carlos Sousa, coordenador do projeto que pretende "fundir a modernidade da comida tradicional, com os vinhos da região do Douro, sendo a única região do
mundo que permite uma realização completa de provas vínicas com uma latitude que vai dos espumantes ao vinho do porto." Este evento terá ainda a atuação da Orquestra Ligeira da Associação Cultural e Pesqueirense, e com animação de DJ pela noite dentro. Apesar de limitado a 120 pessoas e já ter poucos lugares disponíveis, ainda é possível a inscrição no evento. Nas palavras do Diretor Geral e Pedagógico da Esprodouro, Fernando Rodrigues, "este evento demonstra o que pretendemos no futuro projeto a escola: aliar o vinho e a gastronomia do douro, sob uma única chancela de experiência. Os nossos alunos aprendem um ano inteiro para realizar eventos e serviços deste tipo, e por esse motivo não seria de esperar algo distinto da realidade que vemos acontecer no culminar do final do nosso ano letivo. Temos a certeza que com a qualidade dos alunos e mentores da Esprodouro, só podemos ter um bom resultado!" ■
Esprodouro aposta na motivação de alunos e atualização pedagógica dos seus docentes No passado dia 31 de maio, estiveram alunos e professores da Esprodouro, no cineteatro de São João da Pesqueira e no Auditório da Biblioteca Municipal, em sessões de motivação para o futuro, com a referência nacional, João Catalão, e os professores com outra referência na formação profissional, Ana Penim. Foi um dia em que professores e alunos receberam palestras e workshops sobre como não tornar a sala de aula, numa "jaula de aula", ou seja, um local onde não se deve estar por obrigação, mas por gosto. João Catalão incentivou a que precisamos de ter "atitude", pois com certeza vamos "falhar 100% do que não tentamos". Já a autora do livro, "A Arte da Guerra na Educação e Formação", ajudou os professores a entender como podemos estar preparados para esta "batalha" das novas gerações. Já no dia 5 de junho, foi a vez de Julien Diogo, realizar um evento para toda a comunidade escolar da Esprodouro sobre "Aprendizagem Eficaz e Motivação Pedagógica". Decorreram em paralelo alguns workshops com profes-
sores sobre técnicas pedagógicas, novas tecnologias e operacionalização de formação, pois como refere o conferencista, "se continuarmos a trabalhar conteúdos do passado, com técnicas do passado e pessoas do passado, jamais vamos ter cidadãos formados para o futuro! E o passado foi em 2015!". Sessões muito produtivas com o objetivo de preparar a escola para o futuro mercado de trabalho que se avizinha. Estas sessões organizadas pelo projeto Pesqueira Educa, promovidas pela Câmara Municipal de São João da Pesqueira e pela Esprodouro, têm como objetivo, nas palavras do Diretor Geral e Pedagógico da Esprodouro, Fernando Rodrigues, "diminuir as assimetrias entre o ensino tradicional e as realidades atuais, atualizando toda a comunidade em conhecimentos e sensibilizando para os novos desafios. Num mundo que se observa dinâmico e com novas gerações, necessitamos de ter novas visões ao lado da nossa para sermos uma equipa de excelência!" ■
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26 VIVADOURO JUNHO 2019
Unidade de Saúde Pública do ACeS Douro I Ana Luísa Santos Emília Sarmento Helena Pereira Enfermeiras Especialistas em Enfermagem Comunitária
“Calor- Verão em segurança” No verão ocorrem frequentemente temperaturas muito elevadas (extremas) não apenas de forma pontual, mas em períodos continuados de tempo, podendo existir efeitos graves sobre a saúde, incluindo desidratação e descompensação de doenças crónicas. Pelos potenciais efeitos na saúde das populações são ainda relevantes, as toxinfeções alimentares, o aumento da população de vetores, nomeadamente mosquitos e carraças, os afogamentos e os incêndios. Nesse sentido a DGS recomenda: • Aumentar a ingestão de água, ou sumos de fruta natural sem adição de açúcar, mesmo sem ter sede. • Evitar bebidas alcoólicas e bebidas com elevados teores de açúcar. • Oferecer água aos recém-nascidos, às crianças, às pessoas idosas e às pessoas doentes, pois estas, podem não sentir, ou não manifestar sede, pelo que são particularmente vulneráveis. • Fazer refeições leves e mais frequentes. • Permanecer em ambiente fresco. Se não dispõe de ar condicionado, visitar centros comerciais, cinemas, museus ou outros locais. • Tomar um duche de água tépida ou fria, nos períodos de maior calor. Evitar, no entanto, mudanças bruscas de temperatura. • Evitar a exposição direta ao sol, em especial entre as 11 e as 17 horas. • Usar roupa larga, leve e fresca, de preferência de algodão que evitem a exposição direta da pele ao sol. • Usar um protetor solar com um índice de proteção elevado (igual ou superior a 30). • Usar chapéu, de preferência, de abas largas e óculos de sol. • Evitar a permanência em viaturas expostas ao sol, principalmente nos períodos de maior calor. • Diminuir os esforços físicos e repousar frequentemente em locais à sombra, frescos e arejados. Evitar atividades que exijam esforço físico. • Correr as persianas e manter o ar circulante dentro de casa. Ao entardecer, quando a temperatura no exterior for inferior àquela que se verifica no interior do edifício, provocar correntes de ar, tendo em atenção os efeitos prejudiciais desta situação. • Não hesitar em pedir ajuda a um familiar ou a um vizinho no caso de se sentir mal com o calor. Existe uma situação extrema a que chamamos “Golpe de Calor” (ou insolação), em que o organismo se torna incapaz de regular a temperatura, deixando de produzir suor. O golpe de calor é uma situação que ocorre especialmente em idosos e que acontece quando a temperatura corporal permanece muito elevada durante um longo período de tempo. Esta situação pode ter consequências tão graves como: danos irreversíveis nos principais órgãos. Os principais sintomas são: febre alta, pele vermelha, quente, seca e sem produção de suor, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náuseas, tonturas, confusão e perda parcial ou total de consciência. Se nos depararmos com alguém com estes sintomas de golpe de calor estamos perante uma situação de emergência, em que devemos ligar o 112. Podemos ainda ter alguns cuidados como: afastar a pessoa do calor/sol, refrescar com toalhas húmidas e frescas, promover circulação de ar (abanico ou leque) e dar líquidos (se a pessoa estiver capaz de beber). O ideal será nunca chegar a uma situação de golpe de calor tendo os cuidados já referidos. Com todos esses cuidados estamos preparados para receber o Verão! Em caso de dúvida devem sempre aconselhar-se com a sua equipa de saúde familiar, ou contactar a Linha Saúde 24: 808 24 24 24.
Vila Real
Bila Biker’s, pedaladas para o sucesso O Grupo de Ciclismo e BTT Bila Biker’s existe, ininterruptamente, há mais de 17 anos, sempre com atividades abrangentes e mobilizadoras, com uma gestão rigorosa e cumpridor das suas obrigações. Apesar das dificuldades e dos tempos difíceis, esta associação procura a sempre a integração de novas atividades no seu plano. No ano de 2013 surgiu o projeto da criação da Escola de Ciclismo Bila Biker’s, sendo a primeira escola da modalidade no distrito de Vila Real. Nos dias de hoje a Escola de Ciclismo Bila Biker’s conta com cerca de 35 atletas federados, distribuídos pelas categorias de Pupilos/Benjamins, Iniciados, Infantis e Juvenis, com idades entre os 5 e os 14 anos, focando a sua atividade em cinco pilares estratégicos: Promover o desporto em geral; Incutir a prática desportiva nos jovens, como sendo a principal propulsora de hábitos de vida saudáveis; Contribuir para a dinamização de novos eventos e escolas de ciclismo, incentivando o aparecimento de novos praticantes e ao uso da bicicleta; Dinamizar infraestruturas desportivas; Desenvolver/formar atletas de alta competição. A Escola de Ciclismo Bila Biker’s, pioneira na região com os seus 6 anos de existência, conta já com um vasto palmarés. Atingiu o seu melhor resultado coletivo no ano de 2017 quando os seus atletas conseguiram arrecadar o segun-
do lugar no Encontro Nacional de Escolas de Ciclismo em Almeirim. De salientar um grande crescimento e evolução atletas já que no ano de 2018, de entre 16 provas disputadas, a Escola de Ciclismo Bila Biker’s conseguiu arrecadar 10 vezes o primeiro lugar por equipas e um honroso 4º lugar no Encontro Nacional de Escolas, num universo de 50 equipas. O bom desempenho dos atletas da Escola de Ciclismo é o reflexo de bom trabalho realizado pelos treinadores, dirigentes e pais, bem como do Município de Vila Real através da disponibilização de um parque com todas as condições para a prática da modalidade, posicionado no coração da cidade. O Grupo de Ciclismo e BTT Bila Biker’s tem-se destacado ao nível da formação com a sua conhecida Escola de Ciclismo. Em pouco tempo é já uma referência a nível nacional, representando Vila Real e a região em vários eventos e competições. Já durante o ano de 2019, os atletas estiveram presentes em 9 provas dos campeonatos regionais e inter-regionais tendo obtido diversos pódios individuais com a escola a obter o 1º lugar por equipas em 8 das 9 provas realizadas. O culminar desta época desportiva irá acontecer no encontro Nacional de Escolas a realizar mais uma vez em Almeirim no início do mês de Julho que conta com a participação de cerca de 800 crianças e onde todos os envolvidos neste projeto, entre os quais dirigentes, atletas e pais, apostam mais uma vez num excelente resultado da escola a nível nacional. ■
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28 VIVADOURO JUNHO 2019
Reportagem VivaDouro
Feira Aquiliniana leva milhares à aldeia No ano em que se celebram os 100 anos da obra "Terras do Demo" de Aquilino Ribeiro, o mestre das letras foi mais uma vez recordado na Feira Aquiliniana, um certame que congrega dois símbolos da cultura e da história de Portugal: Aquilino Ribeiro e o Santuário de Nossa Senhora da Lapa. Texto e fotos: Carlos Almeida
A Feira Aquiliniana é, pela sua singularidade, um evento temático que recria as Terras do Demo, mantendo o equilíbrio entre o sentido religioso e a questão profana do comércio, das tascas, dos comes e bebes. É uma iniciativa que tem como inspiração os livros do escritor natural da freguesia de Carregal, e basta ler, por exemplo, a obra “Terras do Demo”, recentemente reeditada pelos Municípios de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva, em parceria com a Bertrand Editora, para se con-
> Apresentação do inteiro postal "Terras do Demo"
firmar que, por estes dias, a Lapa regressa ao passado e, acima de tudo, presta homenagem a Aquilino, às gentes do planalto da Lapa, à identidade destas terras que o Mestre classificou como do Demo, mas que são plenas de fé e de alma. O cenário em que decorre a Feira Aquiliniana é outro hino à cultura. Mais de cinco séculos de património, com a Igreja e o Colégio a encimarem toda a beleza deste lugar mítico, o certame ocupa todo o terreiro do
> Armando Mateus (à dir.) com alguns dos figurantes
Santuário, percorrendo a rua principal até ao Pelourinho, Casa da Câmara, emoldurando o casario tradicional daquela pequena comunidade pertencente à Freguesia de Quintela, Sernancelhe, enaltecendo a vertente religiosa sempre presente na Lapa, a fé e a lenda que comprovam os mais de 500 anos de história de uma localidade. A Feira conta ainda com representações cénicas dos hábitos e costumes destas terras por grupos etnográficos e de teatro, animação de rua e dramatização de excertos das obras de Aquilino Ribeiro, atuações de ranchos folclóricos e grupos de concertinas e fado à desgarrada e uma mostra permanente de artesanato e de produtos regionais, sempre enquadrados no ambiente que recria a Lapa de finais do século XIX, início do século XX. Para o vereador da autarquia sernancelhense, Armando Mateus, ver as ruas repletas de gente vindas, não só do concelho, mas também de muitos pontos do país, é uma satisfação e um sinal de que a cultura e a religião são dois pilares fundamentais na promoção do território, como afirmou à nossa reportagem. “É um sentimento de satisfação por toda uma equipa que trabalha para a realização deste evento. É uma feira que já tem alguma tradição no nosso concelho e que já era trabalhada pelo anterior executivo. Este é um evento único, não só pelo espaço onde nos encontramos e que não precisa de grande caracterização para que nos sintamos numa praça dos finais do século XIX, inícios do século XX, mas também pela homenagem que aqui se faz a Aquilino Ribeiro até porque foi aqui na Lapa que ele deu continuidade à sua instrução primária, foi aqui que ele sentiu, nestas paredes graníticas, que o interior dele queria
ir para outras paragens e descobrir mundo. Foi neste isolamento que ele teve esse sentimento de descoberta, e esta festa é isso tudo. As pessoas quando visitam este lugar encontram algo diferente, novo, e é isso que queremos que as pessoas sintam. Ver esta praça cheia de gente é uma satisfação. Este não é um ponto de partida mas sim um ponto de chegada para religiosos (os peregrinos e romeiros que vêm à novena da Lapa), e para outros turistas que procuram uma vertente mais cultural, de produtos endógenos e de vivências únicas. As pessoas do concelho envolvem-se nesta festa de diversas formas, há os devotos da Senhora da Lapa que aqui vêm pelo cariz religioso da celebração, mas também, por exemplo, os artesão que aqui vêm expor o seu trabalho, cerca de 80% dos que aqui estão são de Sernancelhe e esta é uma forma que encontram de vender os seus produtos mais diversos. Esta feira é organizada em harmonia com a programação que o próprio santuário tem. Em horas de novena ou do terço a animação para, respeitando essa vertente mais religiosa”. Postal assinala os 100 anos da obra Terras do Demo O dia 27 de maio marca o dia da morte de Aquilino Ribeiro. Em 1963, há precisamente 56 anos, o escritor natural do Concelho de Sernancelhe partia, deixando ao país um legado extraordinário no campo da literatura, da cultura, da tradição e da identidade das terras que batizou de “Terras do Demo”. Por isso, os municípios de Sernancelhe, Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva, sob a égide da Fundação Aquilino Ribeiro, uniram esforços e, desde o dia 11 de maio
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Reportagem VivaDouro
da Lapa que celebram Aquilino pelo País. Um dos momentos desta celebração aconteceu precisamente no dia 27 de maio, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Sernancelhe, onde se viveu mais um momento memorável com a apresentação do Inteiro Postal, editado pelos CTT, e que homenageia 100 anos da edição de “Terras do Demo”. Para Carlos Silva, Presidente da Câmara de Sernancelhe esta foi mais uma oportunidade de recordar o mestre das letras, perpetuando a sua memória e o legado por ele deixado, que deve ser passado às gerações mais novas, colocando-o num patamar de excelência. “Este é um momento muito importante para nós. Este ano celebramos o centenário da obra Terras do Demo, uma obra que caracteriza estes três municípios (Sernancelhe, Moimenta da Beira e Vila Nova de Paiva). Se estas terras tivessem que ter um rosto ele seria sem dúvida o de Aquilino Ribeiro. Pela mão do mestre conseguimos internacionalizar a nossa marca, a marca Terras do Demo, que é cada vez mais forte mas que temos de continuar a cimentar. Já me disseram que hoje em dia se fala imenso de Aquilino e isso é um bom sinal, é sinal que hoje se começa a dar mais importância a este nome da nossa literatura. Com o esforço das últimas duas décadas, feito por estes municípios, conseguimos hoje que maio seja um mês em que se celebra Aquilino. Só para se ter noção deste crescente interesse, a Feira do Livro de Lisboa teve uma homenagem a Aquilino Ribeiro, esta é uma oportunidade de conti-
nuarmos a lutar pela memória do homem e do escritor. Só não gosta de Aquilino quem não o lê, por isso é importante que continuemos a falar dele às gerações mais novas. Devemos colocar Aquilino num patamar de excelência em Portugal. A cultura e a educação são dois pilares essenciais para a afirmação dos nossos territórios e veja-se que, à custa de Aquilino Ribeiro, as pessoas podem não saber onde fica Sernancelhe ou Moimenta mas sabem, sem dúvida, onde são as Terras do Demo e é isto que nós somos, gentes do Douro, da Beira Alta, das Terras do Demo”. Filandorra estreia peça de teatro inspirada na obra de Aquilino No mesmo dia 27 de maio a companhia
de teatro Filandorra estreou, em Sernancelhe, a peça “Mestre Grilo Cantava e a Giganta Dormia” inserta na obra de referência “Arca de Noé III Classe”, uma produção que elege como público-alvo as crianças em idade do pré-escolar, 1º e 2º ciclos, e pretende homenagear a faceta de Aquilino dedicada à literatura para a infância bem como relembrar a sua obra, sensibilizar a comunidade escolar para o legado do autor e cruzar a criação artística com a valorização e importância do retorno ao mundo rural. Para Armando Mateus, vereador da cultura da Câmara Municipal de Sernancelhe esta peça é uma forma de manter o espírito de Aquilino vivo, em especial entre os mais jovens, perpetuando a sua memória e a sua obra. “Esta peça nasce de uma parceria entre o município e a Filandorra para marcar o
> Apresentação da peça de teatro pela Filandorra
centenário da obra Terras do Demo. Daqui esta peça irá percorrer todo o país e é assim que se relembra o mestre, que ele se torna vivo, em especial para as crianças. O texto é uma adaptação de um conto do livro Arca de Noé III classe, que foi dedicada ao filho do mestre Aquilino e que tem algo muito característico que é a questão da regionalidade. O intuito desta, e de outras iniciativas que levamos a cabo, é manter o mestre Aquilino Ribeiro vivo, ainda que hoje (27 de maio), estejamos a lembrar o seu desaparecimento. A cultura é importante seja qual for o local onde estamos, no nosso caso isso ganha ainda mais importância, daí continuarmos a querer afirmar que o interior tem a possibilidade, à nossa dimensão, de ser uma alternativa cultural aos grandes centros”. ■
30 VIVADOURO JUNHO 2019
Carla Ventura Vice-presidente da direção da CASES
Voluntariado – Pessoas comuns, tarefas extraordinárias Em 2017, a CASES viu as suas competências alargadas à área do Voluntariado, passando a ser a entidade responsável pela prossecução de políticas nesta área, cabendo-lhe desenvolver as ações necessárias à promoção desta prática que se assume, crescentemente, como um dos mecanismos mais promissores de solidariedade social. Tendo em vista contribuir para que o trabalho voluntário não só prossiga, como ganhe, inclusive, um maior dinamismo e um maior reconhecimento, foram desenhadas três medidas que entendemos essenciais para concretização desse objetivo: uma plataforma – www.portugalvoluntario.pt – para facilitar o encontro entre quem quer desenvolver ações de voluntariado e as organizações que as promovem; um apoio financeiro direcionado para as organizações promotoras de ações de voluntariado poderem fazer face às despesas decorrentes dos seguros dos voluntários que enquadram; e uma linha de financiamento de ações de formação e sensibilização. A Plataforma Portugal Voluntário, sendo essencialmente, como referido, um ponto de encontro entre a oferta e a procura, constitui-se também como ferramenta de agilização e facilitação do desenvolvimento das ações de voluntariado, disponibilizando, de forma agregada, informação de apoio a esta atividade: o quadro legal de enquadramento, as respostas e produtos de seguro existentes, os apoios disponíveis ou o modelo de programa de voluntariado. Procurando assegurar que o voluntariado se desenvolve com qualidade, e porque qualificar é também garantir que na participação de cidadãos sejam acautelados os riscos que possam sobrevir da atividade do voluntário, foi criada e lançada a medida Apoio ao Voluntariado. Com candidaturas a decorrer até dezembro de 2019, esta medida de apoio financeiro ao seguro tem, essencialmente, como objetivo, potenciar o desenvolvimento de um voluntariado de continuidade, com qualidade, consciente e responsável. Para além da dinamização e qualificação do voluntariado, foi identificado como necessidade, o reforço da capacitação e do reconhecimento desta atividade. Por ser assim, no passado dia 7 de junho foi aberto o período de candidaturas à medida Formação e Sensibilização para um Voluntariado de Continuidade, que decorre até dia 4 de setembro de 2019 e visa promover a qualificação do trabalho voluntário, na vertente de capacitação dos voluntários, mas também na capacitação das organizações promotoras para uma melhor gestão dos voluntários e para um maior reconhecimento do trabalho voluntário. Kofi Annan, enquanto Secretário Geral da ONU, referiu que praticar o voluntariado permite que as pessoas comuns levem a cabo tarefas extraordinárias. Cabe, pois, à CASES contribuir para o reforço das condições e para ajustar ou disponibilizar mecanismos que dinamizem e qualifiquem esta atividade, levada a cabo por gente extraordinária. É isso que pretendemos fazer.
Resende
Dois dias a celebrar a cereja Base essencial da economia local, a cereja foi rainha em Resende durante os dias 1 e 2 de junho com milhares de visitantes a percorrerem as ruas da vila do distrito de Viseu. Ao contrário do ano passado, em que as condições climáticas afetaram a produção de cereja com quebras bastante acentuadas, este ano o fruto apresenta-se em grande qualidade e com uma excelente qualidade como afirmou à nossa reportagem o autarca Manuel Garcez Trindade. “Felizmente este ano a produção é ótimo como nos vão dizendo os produtores e este fim de semana atingiu o seu ponto ideal de consumo, como costumamos dizer aqui, está pronta a comer. É boa, é doce, com uma boa consistência e felizmente não temos que nos lamentar como aconteceu no ano passado em que tivemos um ano mau para este fruto”. Para o autarca do município de Resende este certame representa muito mais
Diana - Comerciante É o primeiro ano que participo nesta festa e o objetivo, para além de vender a cereja, é promover a minha propriedade. O tempo está bom por isso estamos à espera que venham muitos visitantes e que possamos vender uma boa quantidade.
do que uma feira dedicada à cereja, é uma oportunidade do concelho se promover bem como a tantos outros produtos típicos da região, aproveitando o facto de durante estes dias o evento ser visitado por milhares de turistas que chegam um pouco de todo o país. “Resende é um concelho maioritariamente apostado na produção agrícola e a cereja é um produto fundamental na nossa sustentabilidade económica, só isso já justifica a realização deste certame. Aproveitando a importância da cereja acabamos por fazer uma forte promoção do nosso concelho e dos produtos típicos que aqui temos. As nossas expectativas são as melhores. Este evento está em crescendo, este ano estamos à espera de ainda mais pessoas que no ano passado. Só no primeiro dia do evento tivemos o pedido de mais de 80 autocarros para aparcamento, é uma festa que tem vindo a crescer de ano para ano”. Durante dois dias a animação esteve garantida com os diversos grupos de bombos do concelho, a Classe de Conjunto de Acordeões e Concertinas da Academia de Música de Resende, o grupo 'A Ronda dos Quatro Caminhos', e a Banda Projeto. ■
Vitória - Comerciante A nossa participação nesta feira começou quase como uma brincadeira mas percebemos o potencial do certame e agora já o encaramos com maior seriedade. Sendo Resende a terra da cereja é importante divulgar este produto.
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Nacional
Festa da Cereja de Alfândega da Fé superou as expectativas Em 4 dias de certame venderam-se cerca de 17 toneladas de cereja aos milhares de visitantes que passaram pela Festa da Cereja para provar o que de melhor se faz em Alfândega da Fé e na região transmontana. Para o Município, o evento superou as expectativas que, para este ano, já eram bastante altas. A Festa da Cereja de Alfândega da Fé foi novamente um sucesso e continua a destacar-se como uma das grandes montras da região. A cereja foi a rainha, sendo este um ano de excecional qualidade na produção e na quantidade. Os 7 produtores de cereja presentes no certame venderam, no total, cerca de 17 toneladas deste fruto a que ninguém ficou indiferente. Mas houve também espaço para cerca de 100 expositores de outros produtos locais e regionais, como os enchidos, o vinho, o mel, o queijo, a amêndoa, o azeite, os doces típicos e tantos outros produzidos em Alfândega da Fé e na região. O projeto gastronómico Alfândega da Fé à Mesa com pratos típicos será uma aposta
Para uma empresa produtora de cereja como é a nossa a presença neste certame é mito importante para darmos a conhecer o nosso produto que consideramos de excelente qualidade. Este tipo de eventos são ótimos meios para essa promoção. A nossa expectativa é que corra tudo bem não só para nós como para todos os participantes, o espaço é agradável e a cereja é de excelente qualidade e isso certamente ajudará ao sucesso de todos. da autarquia para os próximos anos, melhorando e dinamizando a restauração local. Os alojamentos turísticos também estiveram presentes, pois esta feira pretende incentivar o turismo como um dos fatores de desenvolvimento do concelho. A autarquia vai continuar a incentivar o aumento dos alojamentos turísticos, que já são insuficientes para as potencialidades turísticas de Alfândega e para o aumento de visitantes que tem ocorrido. É que por estes dias, os alojamentos turísticos do
concelho estiveram lotados. Também os concertos e as animações musicais foram um dos atrativos deste certame. Mais uma vez o palco principal recebeu grandes nomes da música nacional. Cláudia Martins e Minhotos Marotos, Per7ume, DAMA e Cuca Roseta foram aplaudidos por milhares de pessoas. As associações locais, que têm vindo a ser apoiadas pelo município, mostraram o seu dinamismo na organização do encontro de bombos, na demonstração de artes marciais, entre outras. Os nossos grupos de cantares de Alfândega da Fé e Sambade também marcaram presença. O projeto “Alfândega da Fé Running Place” da ARA (Associação Recreativa Alfandeguense) atraiu centenas de praticantes e tem vindo a crescer e a consolidar-se, trazendo novamente o atletismo para a Festa da Cereja como era tradição. O Encontro de Pastores é um evento para continuar e alargar. Este ano os animais foram embelezados pelos “enfeites” realizados pelo grupo de amigas do CIT (Centro de Interpretação do território) de Sambade. Com mais de 30 anos de história, a Festa da Cereja de Alfândega da Fé continua a ser um sucesso e um fator de atração do concelho e do território. Para a autarca, Berta Nunes, este certame “é uma montra do concelho, uma forma de divulgar o território e de atrair turistas ao mesmo tempo que se promovem os produtores e os produtos locais”. Em curso está também o processo de certificação da cereja de Alfândega da Fé, um processo que a edil garante que “está quase finalizado”, um passo que será “bastante importante” para a promoção deste produto. ■
É sempre importante estar aqui porque podemos divulgar os nossos produtos para todos aqueles que nos visitam e com a autarquia a organizar este certame não poderíamos deixar de marcar presença. A nossa expectativa é que supere o ano passado, por agora tudo indica que assim será mas só no final poderemos fazer essa avaliação mais correta.
Estar aqui é importante para promover e vender o nosso produto, um produto que é tão típico nesta região, a cereja. No nosso caso somos um produtor pequeno, familiar mas com uma cereja de excelente qualidade. A vinda de excursões ao certame é bastante positiva para nós porque trazem muita gente de fora, que normalmente compram sempre cereja para levarem de volta para as suas casas.
34 VIVADOURO JUNHO 2019
Opinião
Em defesa da linha do Douro
António Fontainhas Fernandes Reitor da UTAD
A Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, entidade emanada da sociedade civil, aquando da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património da Humanidade pela UNESCO em 2001, e o Museu do Douro, ligado à preservação e memória futura património do território, lançaram uma petição pública a dirigir à Assembleia da República, visando a reabertura, requalificação e modernização da linha de caminho-de-ferro do Douro, entre o Porto e Barca d´Alva, que, por sua vez, deve ligar-se a Salamanca. Enquanto petição emanada da sociedade civil, desde logo é louvável. É uma proposta tecnicamente bem fundamentada que olha para o
território e o investimento de modo integrado, incluindo a necessidade de descarbonização da economia, tão assumida para justificar investimento público em áreas demograficamente congestionadas do litoral do país. Tal como é referido na petição, trata-se de uma das ligações ferroviárias encerradas, selecionada por Bruxelas com maior potencial e interesse ambiental de reabertura. Trata-se de um investimento com retorno económico, não sendo mais uma reivindicação despesista, contrariamente ao interesse discutível de alguns investimentos públicos em infraestruturas de comunicação, contempladas no Programa Nacional de Investimentos 2030.
Não se percebe a razão do plano de investimentos se concentrar num espaço reduzido do país, privilegiando as acessibilidades dos grandes centros urbanos. Por acaso, ou não, revela pouco investimento para o Norte e vota ao esquecimento o dito interior tão falado na narrativa política de defesa da coesão territorial, mas pouco considerado nas medidas de política. A lógica das acessibilidades aos grandes centros urbanos e a ausência de meios de mobilidade, pouco amigos do ambiente, contraria o que se passa na Europa e no Mundo, em que a descarbonização é uma exigência de hoje e não do amanhã. Pensar a modernização de toda a Li-
nha do Douro é fundamental para o desenvolvimento económico de uma região, que se vai esvaziando e envelhecendo. Permite conectar quatro patrimónios da Humanidade (Porto, Douro Vinhateiro, Foz Côa e Salamanca) com um enorme potencial turístico, além do interesse económico do transporte de mercadoria, pois permitirá a interligação litoral norte de Portugal ao sistema ferroviário europeu. Portugal necessita e exige dos políticos e das políticas uma visão intergeracional de um país, que ambiciona ser territorialmente coeso e competitivo. Parabéns aos promotores da iniciativa “Linha do Douro”.
Rumo ao título de melhor sommelier do mundo
Gilberto Igrejas Gilberto Igrejas Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP)
À hora que escrevo este texto ainda desconhecemos o nome do primeiro embaixador de sempre do MASTER OF PORT – Canadá 2019. A compe-
tição foi disputada por cinco concorrentes apurados nos quartos-de-final que decorreram em Portugal em Junho de 2018, nomeadamente: François Côté (Quebec); Christina Hartigan (British Columbia); Gabrielle Plastre (Quebec); José Luis Fernandez (Ontario); e Leagh Barkley (British Columbia). Esta eliminatória incluiu, entre outras atividades, provas teórico-práticas rigorosas, visitas a quintas e harmonizações. Todavia, e dada a relevância da iniciativa para o Alto Douro Vinhateiro, ser-me-ia impossível não abordar a efeméride que adornou o Montreal Marriott Château Champlain, no Canadá. Até porque, e muito mais que um grande vencedor, o MASTER OF PORT – Canadá presenteou-nos com charme, requinte e refinamento em benefício do Vinho do Porto, da Região Demarcada do Douro e de Portugal. Bastará
para tal atentar para o elegante evento de três dias preparado pela Associação Canadiana de Sommeliers Profissionais (CAPS/ACSP) que promoveu o concurso em estreita parceria com o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP). As finais do MASTER OF PORT - Canadá em Montreal são o culminar de um trabalho iniciado há 14 meses com o anúncio e seleção de 10 sommeliers de todo o Canadá para uma formação avançada sobre Vinho do Porto no Douro, Porto e Gaia. Daí foi selecionado um grupo restrito de semifinalistas já conhecedores da realidade duriense e dos seus vinhos, em especial do Vinho do Porto. Vários serviços do IVDP trabalharam em equipa para preparar materiais de formação inovadores, visitas e testes que permitiram, ao longo do tempo, ir selecionado os melhores profissio-
nais de sala de todo o Canadá, amantes e conhecedores de Vinho do Porto. Na verdade, e para além das meias-finais (levadas a cabo no Institut du Tourisme et d'Hôtellerie du Québec) e da final do MASTER OF PORT – Canadá, o programa integrou um salão de exposição, jantares de gala e degustações de Vinhos do Douro e do Porto. Ocasião para reunir enófilos, enólogos, produtores, sommeliers, distribuidores, jornalistas, bem como um quadro de públicos especializados que num futuro seguramente próximo tornar-se-á emissário também das nossas castas, das nossas terras e das nossas gentes. De resto, nascido em França em 1988 numa iniciativa lançada por Taittinger Champagne, contando com o apoio técnico da Union of French Sommellerie, o MASTER OF PORT surgiu com o objetivo de distinguir os sommeliers
que denotavam uma profunda cultura do Vinho do Porto. Ao longo dos anos o Sindicato das Grandes Marcas do Porto (SGMP) tem assumido a organização deste concurso. Desde a sua fundação, e depois de 17 edições que reuniram mais de 1350 participantes, o MASTER OF PORT tem indubitavelmente crescido em sucesso, tamanho e popularidade. A agora extensão ao mercado canadiano é a prova cabal da vitalidade, energia e paixão do certame. Aliás, o MASTER OF PORT é atualmente um dos principais degraus rumo ao título de "Melhor Sommelier do Mundo". Epíteto ao qual poderá aspirar o campeão do MASTER OF PORT – Canadá, mas somente depois de ultrapassado um teste em ambiente de simulação real, dinâmico e proativo, uma avaliação perante um renomado painel de juízes e uma audiência pública.
Baixa Densidade: incentivos às empresas e especificidades territoriais
Pedro Móia Coordenador do Órgão de Acompanhamento das Dinâmicas Regionais do Norte, CCDR-N
Dos 86 municípios da Região do Norte, 52 encontram-se classificados de “baixa densidade”. Correspondem a quase 80% do território, mas neles vive apenas 20% da população da região. Quando analisados em conjunto, estes territórios apresentam desafios específicos, com destaque para a perda de população, o envelhecimento demográfico e a fragilidade da base económica. Qual a ação pública a tomar para resolver estes desafios é um frequente – e muito atual – tema de debate. Neste debate parece existir um consenso generalizado de que o estímulo do investimento privado é essencial à criação de emprego fixador de
residentes nos territórios de baixa densidade. Será esta a chave para contrariar as dinâmicas negativas que os atingem. É neste contexto que se enquadra a importância dos sistemas de incentivos ao investimento empresarial proporcionados pelos fundos comunitários. A CCDR-N desenvolveu recentemente uma análise dos incentivos atribuídos a projetos empresariais localizados em municípios da baixa densidade da Região do Norte, no período 2007-2017, ou seja, ao longo de dois quadros comunitários (QREN e Portugal 2020). Nesta análise identificaram-se cerca de 1.000 projetos empresariais apoia-
dos exclusivamente nestes territórios, que garantiram cerca de 700 milhões de euros de investimento elegível. A maior parte destes projetos é de setores considerados internacionalizáveis, com destaque para o turismo, a mecânica e equipamento de transporte, a metálica e o alimentar e bebidas. Apenas 18% do investimento apoiado não se destinou a setores internacionalizáveis. Na sub-região do Douro destaca-se, pela dimensão do investimento, um conjunto significativo de projetos de turismo fluvial e cruzeiros, da indústria vitivinícola e de turismo em espaço rural. Os fundos comunitários têm assim vindo a contribuir para a atividade
económica na baixa densidade, através de investimentos geradores de emprego. Nota-se, contudo, que estas dinâmicas empresariais são muito distintas dentro da baixa densidade. Há territórios muito dinâmicos e outros muito pouco dinâmicos. Apenas três municípios concentraram 25% dos projetos apoiados no conjunto de 52 municípios da baixa densidade do Norte, sendo um deles Vila Real. A baixa densidade não é, assim, toda igual. As políticas públicas deveriam ser ajustadas às especificidades territoriais, tratando de forma diferente o que é diferente, também no interior da baixa densidade.
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B OA S FE ST AS
RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO
Piadas de bolso: Numa casa de campo, em pleno Alentejo, uma lâmpada fundiu-se! O pai, não encontrando o escadote, chama.
Escola de Hotelaria e Turismo do Douro - Lamego
CARRÉ DE BORREGO COM ERVAS AROMÁTICAS Ingredientes
- João!!! Oh João!!!
250 Gr de carré de borrego 4 Maçãs vermelhas 2dl de azeite 4 Tomates cherry Q.b. sal Q.b. de pimenta de moinho 3 Dentes de alho 130 Gr de manteiga clarificada Q.b. de ervas de Provence Q.b. Mostarda Q.b. tomilho Folhas de Manjericão “Em nome da Câmara Municipal de Tabuaço desejo um Natal Feliz e ½ molho de salsa pequeno um ano de 2018 pleno de realizações pessoais e profissionais”
Preparação:
Lazer
O Presidente da Câmara
HORÓSCOPO
Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora
1- Arranjar o carré e temperar com sal, alho, azeite, tomilho. (Carlos André Teles Paulo de Carvalho) 210 929 000 mariahelena@mariahelena.pt 2- Leva-se a corar numa frigideira com azeite, só para que crie uma crosta na carne. 3- Numa tijela deita-se a mostarda, as ervas (aromáticas) um fio de azeite, Amor: Será um período muito bom de entreajuda e em e a manteiga clarificada, passa se com a varinha ate formar uma pasta. que pode receber ou oferecer boas oportunidades a no4- Coloca-se o carré num tabuleiro com o forno pré-aquecido a vas relações de amizade. 180ºc,cobre-se o carré com a pasta e leva-se ao forno cerca de 10 minutos. Saúde: Nesta fase estará muito dinâmico e equilibrado, 5- Saltear os tomates cherry em terá muita energia. Possíveis dores musculares. azeite, alho e sal. 6- Descascar maçãs, cortar aos Dinheiro: Não imponha as suas ideias de uma forma cubos e colocar a cozer num pouco de água. Deixar evaporar a agua e agressiva e tenha em consideração a opinião dos outros. de seguida reduzir a puré. Temperar com um pouco de sal. 7- Dispões-se no prato em forma decorativa, servir com o puré maçã e tomates salteados.
- Tou aqui! - diz o João. - Oh João, sobe aqui óós mês ombros, vamos mudar a lâmpada. Passada uma hora, pergunta o pai: - Atão? Inda na tá, João!? Responde o filho: - Vossemecê não anda à roda como há-de tar, mê pai?! Uma loira está a passear na rua com telemóvel na mão, um ladrão aproxima-se dela, aponta uma arma e diz: – Passa tudo o que tens! A loira questiona: – Mas o seu tem Bluetooth?
Foto: DR
FOTO: DR
Desafio VivaDouro
SOLUÇÕES:
Solução: 11
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SANTOS POPULARES Comissão de Festas Nossa Senhora da Assunção
Os Mundos do Mundo Hora – a partir da 10h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Bodypainting Hora – 19h00 Local – Praça Francisco Meireles
CONCERTOS
DIA 21 JUN DESFILE Grande Desfile do Fantástico Hora – 09h30 Saída – Centro Escolar Chegada – Jardim Horácio de Sousa Acompanhamento Musical pela Escola Municipal Sabor Artes
PERFORMANCES
OFICINAS Oficinas Cientificas | Projeto Mais Ciência Hora – Inicio às 21h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Crianças
NIGHT FUN Night Fun GLOW
Os Mundos do Mundo
Hora – 17h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Núcleo de TDCU de Torre de Moncorvo
Fernando Alvim
OFICINAS Associação de Municípios do Baixo Sabor Hora – 10h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Crianças a partir dos 3 anos Oficinas Artísticas | Quinta da Ponte
Resíduos do Nordeste EIM
Hora – 00h00 Local – Largo General Claudino
Hora – Inicio às 10h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Orientação: Marta Miranda e Sónia Borges Destinatários – Crianças
concerto para bebés | Movicanta bebé Hora – 22h00 Local – Jardim Horácio de Sousa
ASTRONOMIA Sessão de Astronomia | FISUA Hora – 21h30 Local – Museu do Ferro Destinatários – Público em geral | Evento recomendado para famílias
ESPETÁCULOS Hora – 23h30 Local – Jardim Dr Horácio de Sousa e Adro da Igreja Matriz
DJ SET The F+cking Bastards
Sensibilização Ambiental
EXPOSIÇÃO Máscaras Rituais de Portugal coleção de Roberto Afonso Local – Museu do Ferro Destinatários – Público em geral
DIA 22 JUN COMBOIO Comboio da Música Hora – 10h00 ESTAÇÃO – Jardim Horácio de Sousa
COMBOIO Comboio do Fantástico
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Comboio do Fantástico
Hora – 17h00 ESTAÇÃO – Jardim Horácio de Sousa
Hora – 10h30 ESTAÇÃO – Jardim Horácio de Sousa
DESPORTO
PERFORMANCES
ZUMBA | Filomena Poinhas Hora – 18h00 Local – Jardim Horácio de Sousa
CONCERTOS Cavaquinhos|Escola Sabor Artes Hora – 21h00 Local – Jardim Horácio de Sousa
Os Mundos do Mundo Hora – a partir da 10h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Estátuas vivas | GAFT Hora – 17h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Hora – a partir da 12h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
MÚSICA
RISA
TEATRO Hora – 10h30 Local – Jardim Horácio de Sousa Hora – 15h00 Local – Largo General Claudino Destinatários – Público em geral
Inevitável - Convida Carlos César
MÚSICA Hora – Todo o dia Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Hora – 22h00 Saída – Jardim Horácio de Sousa Chegada – Largo General Claudino Destinatários – Público em geral
Hora – 16h00 Local – Jardim Horácio de Sousa
Hora – 10h30 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Escola Sabor Artes
Hora – a partir da 10h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Boas vindas ao Verão | GAFT
DEFESA URBANA
EMSA e Conservatório Música e Dança de Bragança – Concerto Jazz
Hora – 10h30 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Bebés (0-3) e Papás
OFICINAS EMSA – Atelier pintura e desenho Hora – 10h30 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Crianças a partir dos 3 anos
EMSA – Atelier artes manuais Hora – 15h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Crianças a partir dos 3 anos
Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral Actividade Escutista
DANÇA
Hora – 14h00
Rancho Folclórico e Etnográfico
Criar para brincar | Casa do Brincar
Hora – 15h30 Local – Jardim Dr Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Hora – 15h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Crianças
Separar e Valorizar Vai do Começar Hora – 15h00 Local – Adro da Igreja Matriz Destinatários – Crianças
Oficinas Cientificas | Projeto Mais Ciência Hora – Inicio às 18h00 Local – Jardim Horácio de Sousa Destinatários – Crianças
Hora – 00h00 Local – Largo General Claudino
DIA 23 JUN COMBOIO
ENCERRAMENTO Dança do Sol Hora – 17h00 Local – Jardim Dr Horácio de Sousa Destinatários – Público em geral
Comboio do Fantástico Hora – 10h00 ESTAÇÃO – Jardim Horácio de Sousa
PERFORMANCES
Comboio da Música
Hora – 17h30 ESTAÇÃO – Jardim Horácio de Sousa