Carlos Silva Santiago Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe
Castanha é referência identitária do Concelho de Sernancelhe Completam-se, este ano, 27 edições da Festa da Castanha de Sernancelhe. É, pela sua longevidade e dimensão, um evento carismático na região, reconhecido por ser autêntico, por apelar à valorização e revitalização dos usos e costumes e, ao mesmo tempo, por inovar e continuar a impulsionar o setor agrícola e a castanha no País e no Mundo. A ação de Sernancelhe tem sido, aliás, essencial na notoriedade que a castanha tem granjeado e na consequente valorização deste fruto junto do produtor. A “árvore de pão”, tal como o escritor Aquilino Ribeiro descreveu o castanheiro, era de extrema importância na alimentação, na economia e na cultura das nossas gentes. Hoje o castanheiro assume-se como a “árvore de riqueza”, representando uma insubstituível fonte de rendimento das famílias e um esteio da economia do nosso concelho.
E isso deve-se, em primeiro lugar, aos agricultores e aos empresários que apostaram na castanha. Os agricultores porque foram resolutos ao plantarem castanheiros e assim mais do que duplicaram a área de soutos no concelho; os empresários porque olharam para a castanha com sentido estratégico, perceberam o seu valor, levaram-na ao País e apontaram para a exportação e para o mercado da saudade. A castanha é efetivamente um recurso da natureza que nos define e nos posiciona no País, com crescente valor comercial e com uma caraterística única e rara: é biológica. Porém, em todo este processo de afirmação da castanha foi igualmente decisivo o Município de Sernancelhe, ajudado pelo trabalho sempre intenso das juntas de freguesia e das associações locais. Uma conjugação de esforços, a que se juntaram produtores e empresas, e permitiu criar,
em 1992, a Festa da Castanha. De iniciativa doméstica, organizada ao lado do edifício da Câmara, passou para o Centro de Artes, depois para a Feira e agora está no Expo Salão, onde os mais de 2 mil metros quadrados de área coberta são já exíguos para a grandiosidade desta festa. O evento destaca-se pela capacidade de atração de visitantes de todo o País e é notório que a castanha, a festa que lhe é dedicada, está na agenda anual de milhares de portugueses, que reservam hotéis, querem conhecer a nossa gastronomia, participam nas iniciativas desportivas e culturais e são os principais divulgadores dos momentos únicos que só a Terra da Castanha lhes proporciona. É pois com o conhecimento desta realidade e com a noção de que o trabalho feito, ao longo deste 27 anos, foi intenso e profícuo para valorizar e dar a conhecer a castanha da DOP Soutos da Lapa, que o Concelho assume a realização de mais uma edição da Festa da Castanha. Orgulhamo-nos de termos sido pioneiros, ao lado das nossas empresas, ao levar, há mais de 20 anos, a castanha martaínha a Feiras Internacionais, por exemplo em Madrid e Paris; de termos patrocinado e organizado ações pioneiras no Mercado
Abastecedor da Região de Lisboa para dar a conhecer o fruto junto dos retalhistas; por termos sido os primeiros a olhar para o presente e o futuro da castanha, ao estabelecermos parcerias científicas com universidades; por termos impulsionado e patrocinado a criação de um Manual da Castanha e do Castanheiro; por apoiarmos as empresas do setor para apostarem, de forma decidida, na internacionalização; por termos no Concelho a Frusantos, S.A. e a Soutos da Vila – Sociedade Agro-Comercial de Castanha, Lda., duas empresas de referência em Portugal, responsáveis pela dimensão que hoje a castanha da DOP Soutos da Lapa tem; por sermos agentes ativos na promoção de iniciativas de marketing nas principais cidades de Portugal, onde a castanha e a Terra da Castanha são festa, são cultura, são tradição e identidade; por termos assumido, sem reservas, a castanha como a nossa imagem de marca, o que muito nos engrandece e honra. É isto, é esta identidade, que continuaremos a celebrar com a Festa da Castanha. Fica o convite para que nos visitem nos dias 25, 26 e 27 de outubro. Um abraço,
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Ano 4 - n.º 55 - outubro 2019
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Mensal
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida
Contacte-nos em: geral@vivadouro.org - www.vivadouro.org
Legislativas 2019:
Nacional:
Págs. 16 e 17
● A análise dos resultados no território CIM Douro ● Compromisso dos 5 eleitos para com os durienses
Santa Marta de Penaguião
Régua
Primeiro hotel spa de Vinho do Porto no mundo
Operação "Censos Sénior 2019" Maçã foi rainha para milhares já está no terreno de visitantes
> Pág. 10
> Pág. 12
Armamar
> Págs. 14 e 15
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4 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Editorial Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org
José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Registo no ICS/ERC 126635 Número de Registo Depósito Legal 391739/15 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) miguel.almeida@vivadouro.org Tlm.: 916 430 038 Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org Tlm.: 912 002 672 Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 Tel.: 910 599 481 Paginação: Rita Lopes Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Estatuto Editorial: http://www.public. vivadouro.org/vivadouro
Douro... Os desafios das alterações climáticas e a gestão da água são essenciais, mas como se pode compatibilizar tudo isto? Gostei do amigo Mário Ferreira a explicar claramente que a promoção do Douro foi feita pelos privados mas reconhecendo que hoje, em conjunto com os municípios é possível haver promoção mais eficaz. A seguir voltamos para Lisboa!!!! Então vocês não se queixam a Lisboa!!???? Pergunta da apresentadora... então não falam com os secretários de estado!!!! A sério!!!??? Se há coisa que o Douro tem tido é entendimento entre os diferentes intervenientes, mas para quem assiste a este programa o Douro parece um filme de cowboys... permanente... Vinho, vinho e vinho. E discussões particulares inúteis, que não contribuem para esclarecer ninguém. A Casa do Douro com toda a certeza merece uma discussão mais bem conseguida e com independência. Perder mais de 30 minutos de um programa sobre o Douro sem que nenhum telespectador não informado perceba o que está em discussão.... para quê??? Valorização é muito precisa e a promoção e divulgação são essenciais para os vinhos de mesa! Mas vá lá que alguém explicou a importância das cooperativas!! Enfim um programa muito mal organizado e incoerente. O Douro merecia melhor. Muito melhor!
Sumário: Breves Página 6
Santa Marta de Penaguião Página 10 Armamar Páginas 11, 14 e 15 São João da Pesqueira Página 13 Destaque VivaDouro Páginas 16 e 17 Carrazeda de Ansiães Página 18 Vários Concelhos Páginas 20 e 21
Tabuaço Página 24
Próxima Edição 6 NOVEMBRO
"De novo a Linha do Douro"
Régua Página 12
Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda. e Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha
Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivadouro.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivadouro E-mail: geral@vivadouro.org Agenda: agenda@vivadouro.org
Em Vila Real pelo menos duas caixas multibanco foram alteradas para clonar cartões multibanco, uma na cidade outra na universidade. As autoridades já lançaram um aviso, contudo, alguns utentes terão já sido alvo deste crime.
Régua e Murça Página 8
Sabrosa Página 23
Colaboradores: António Costa, António Fontainhas Fernandes, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Manuel Cabral, Paulo Costa, Pedro Ferreira, Ricardo Magalhães, Sandra Neves e Silva Fernandes.
NEGATIVO
Vila Real Páginas 7 e 9
NIF: 507632923
Sede de Redação:Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Fânzeres Tel.: 916 894 360 / 916 538 409 Sede do Editor: Travessa do Veloso - 87 4200-518 Porto Sede do Impressor: Arcozelo - Vila Nova de Gaia
A revista norte-americana Forbes elegeu o Douro como um dos locais a visitar obrigatoriamente em 2020.
i9 Negócios by SPA Consultoria Página 26 Nacional Página 27 Opinião Página 28 Lazer Página 29
FOTO: DR
Consegui ver e ouvir o programa de que tantos falam e que devia ter demonstrado as potencialidades e oportunidades do Douro. Não gostei. E compreendo alguns dos desabafos que fui ouvindo e vendo... uma discussão orientada para conversas extraordinariamente técnicas, focada no vinho... A eletrificação da Linha do Douro e a ligação a Espanha é essencial e não me pareceu que o caso tenha sido compreendido ou que tenha passado para os telespectadores. O Sr. Reitor da UTAD esteve muito bem a explicar o que a universidade trouxe para o território e como acha que é preciso cooperação e alinhamento para fortalecer o território mas a partir daqui foi ignorado. E quando se fala de digitalização e constatamos que coisas simples como a instalação de um PT demora anos ou que a fibra na aldeia só para 2030 é preciso ter cuidado pois o problema da digitalização não é a falta de criatividade ou a incapacidade tecnológica mas sim a falta simples de acesso e a capacidade que os serviços públicos têm de multiplicar a burocracia desnecessária e inútil. Ou seja o primeiro problema do Douro chama-se Lisboa; que sempre que pode complicar, complica. O que faz com que a população ativa fuja e tenhamos um forte problema demográfico. O problema não é a repartição da riqueza mas sim a incapacidade de ganhar escala e dimensão seja no vinho seja noutras culturas. Este programa sobre o Douro acabou por ser um programa sobre as uvas do
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POSITIVO
Luís Braga da Cruz Engenheiro Civil
A recente petição, que a Liga dos Amigos do Alto Douro Vinhateiro organizou sobre a reabertura da Linha do Douro até ao planalto castelhano, coloca de novo na agenda mediática tão momentoso tema. Tendo já alcançado mais do que 12.000 assinaturas, o assunto vai ser objecto de debate no Parlamento. É um primeiro passo importante que tem de ser aproveitado para reflectir sobre as condições objectivas e políticas necessárias para que possa ter consequências. Por razões de eficácia, gostaria de deixar aqui algumas ideias que poderão ser úteis. Em primeiro lugar, recordar que a intervenção só se justifica se hou-
ver igual empenho dos dois países, sendo que o nível central do país vizinho não tem manifestado grande interesse nesta recuperação, aliás na linha do que aconteceu no século XIX, quando o investimento mobilizado para a construção era português. Acresce a isso que a parte espanhola reclama muitos mais recursos financeiros do que a parte portuguesa, tanto por representar cerca de três quartos do percurso, como por ter mais condicionamentos físicos e de traçado (pontes, túneis, inclinações). Mais penalizante é o facto do território entre Barca d'Alva e La Fuente de San Esteban ser dos mais desertificados e pobres de Espanha, com pouca capacidade para gerar tráfego e de mobilizar o empenho de Madrid. Antecipo os argumentos económicos habituais, no sentido de atribuir prioridade à revitalização do eixo de acesso a Salamanca, entre Medina del Campo e a fronteira de Vilar Formoso. Isto para dizer duas coisas. A primeira para defender que o empenho do lado de lá da fronteira também tem de ser encontrado junto dos três níveis administrativos mais próximos: os municípios (atravessados pela linha: entre La Fregeneda e La Fuente de San Esteban), a Deputación Provincial de Salamanca (como órgão de natureza intermunicipal que
congrega os interesses dos seus 362 municípios), a Junta de Castilla y Léon (a autonomia regional que tem as competências políticas e os meios para mobilizar recursos e defender os interesses de caracter mais alargado). A segunda reside na base argumentativa para defender o projecto. Não basta invocar que os custos são de poucas centenas de milhões de euros, vindos dos fundos de coesão ou da cooperação transfronteiriça. Acredito firmemente que é possível demonstrar a sustentabilidade económica da operação com a dinamização do corredor turístico entre Valladolid e o Porto. Encomende-se um estudo sobre o impacto económico dessa ligação no planalto castelhano raiano, no Parque Natural das Arribas do Douro e do Águeda, nas terras de Riba Côa, nos parques paleolíticos do Vale do Côa e de Siega Verde, no Douro Património Mundial e, finalmente, na aproximação social, económica e cultural entre os dois centros urbanos do Porto e de Valladolid. Só com a mobilização dos agentes regionais e das forças políticas das duas regiões, será possível vencer as barreiras burocráticas que sempre pendem sobre estes projectos estruturantes. Se não o fizermos, um destes dias, a linha do Douro acaba por ser suspensa entre a Régua e o Pocinho...
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Breves XXIV congresso nacional da ANMP em Vila Real A Associação Nacional de Municípios Portugueses decidiu, na sua reunião do Conselho Diretivo, a realização do seu XXIV Congresso Nacional, nos dias 29 e 30 de novembro, em Vila Real.
Vale do Tua vai ter um festival de caminhadas Vale do Tua, em Trás-os-Montes, vai ter um festival anual de percursos pedestres para promover o potencial existente na área do desporto de natureza e as aldeias e produtos deste território. O Tua Walking Festival arranca no próximo ano com actividades nos cinco concelhos do Parque Natural Regional do Vale do Tua, a entidade que promove a iniciativa, como disse à Lusa o director, Artur Cascarejo. A data e o programa do primeiro festival ainda estão em preparação, mas está definido que será um evento anual num território que soma 11 percursos pedestres homologados nos cinco concelhos, concretamente Alijó, Carrazeda de Ansiães, Vila Flor, Murça e Mirandela.
O Ciclo de Fotografia do Museu de Lamego, que tem início no sábado e que termina em fevereiro de 2020, vai alargar-se a três espaços do Vale do Varosa, que terão exposições em simultâneo. Além do Museu de Lamego, a sétima edição do Ciclo de Fotografia terá exposições no Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, na Torre Fortificada de Ucanha e no Convento de Santo António de Ferreirim.
Moimenta da Beira abre candidaturas para 25 prémios de mérito estudantil A Câmara de Moimenta da Beira abriu, na segunda-feira (21 de outubro), candidaturas para 25 prémios de mérito estudantil, no valor de 37.500 euros, que é o mais alto de sempre. A autarquia explica em comunicado que os candidatos têm de estar matriculados no ensino superior, residir no concelho, terem até 25 anos, serem estudantes de mérito e terem “dificuldades económicas comprovadas que não lhes permitem o prosseguimento dos estudos pelos seus próprios meios”.
Casa de Miguel Torga classificada como monumento de interesse público
A Confraria dos Vinhos do Douro, em conjunto com o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto e a Câmara Municipal de Peso da Régua, fazem renascer uma das mais antigas tradições da região, o Baile de Gala das Vindimas, que se realizará no próximo dia 26 de outubro, no Salão Nobre da Casa do Douro.
Sextas Conferências do Museu de Lamego /CITCEM Após um ano de interregno as Conferências do Museu de Lamego /CITCEM voltam ao museu no dia 26 de outubro. Intituladas Misericórdias no Douro: História, Arte e Património, a edição deste ano celebra o V Centenário da Misericórdia de Lamego, dando assim continuidade a um já longo programa de atividades que tem vindo a ser desenvolvido ao longo do ano, resultante de parceria entre o museu e a Santa Casa da Misericórdia de Lamego.
Prémio Literário Guerra Junqueiro expande-se à lusofonia em 2020
A casa onde nasceu o escritor Miguel Torga, em São Martinho de Anta, concelho de Sabrosa, foi classificada como monumento de interesse público pelo Governo, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República (DR). A moradia, que está a ser recuperada e vai ser musealizada, transformando-se num polo turístico dedicado ao escritor, foi classificada como monumento de interesse público pelo Governo.
FOTO: DR
Baile de Gala das Vindimas
Antigo posto de turismo de Lamego à venda por hasta pública FOTO: DR
O Prémio Literário Guerra Junqueiro, atribuído desde 2017 numa parceria da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta com a Editorial Novembro, vai expandir-se a quatro países da lusofonia e premiar Ana Luísa Amaral, de Portugal; Lopito Feijó, de Angola; Raul Calane da Silva, de Moçambique; Tony Tcheka, da Guiné-Bissau; e Jorge Carlos Fonseca, de Cabo Verde.
Ciclo de Fotografia do Museu de Lamego estende-se a Vale do Varosa
Escola Superior de Tecnologia de Lamego arranca com ciclo de cinema social
'The Wine Show' filma no Douro e prepara estreia da temporada portuguesa A equipa do 'The Wine Show' esteve no Douro em filmagens para a temporada que o programa de televisão sobre vinhos dedica a Portugal e que tem estreia mundial prevista para a primavera de 2020. O Douro foi escolhido para a "sede" do programa e daqui os protagonistas do 'The Wine Show' viajam por Portugal, do norte ao sul, dos Açores à Madeira, para visitar produtores, provar vinhos e revelar as suas histórias, tradições e as regiões onde são produzidos.
Projeto pioneiro em Tabuaço já regista melhorias para o ambiente Antevendo o futuro da gestão de resíduos urbanos em Portugal (PERSU2020+), o Município de Tabuaço tornou-se o 1.º concelho português a aplicar a Compostagem Doméstica e Comunitária a todo o território através do projeto JuntaR - para compostagem e reciclagem circular - encarando estes géneros de compostagem como uma verdadeira ferramenta de gestão de resíduos. Atualmente, todas as freguesia têm na via pública compostores comunitários de 900 e 330 litros para tratar bioresíduos, como cascas de vegetais, legumes, hortaliças, fruta, guardanapos e papel de cozinha usado, borras de café ou aparas de relva, resíduos facilmente degradáveis pela ação de microrganismos e que no final do processo de compostagem resulta num composto útil para a agricultura e jardins.
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A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego inaugurou, no passado dia 16 de outubro, um ciclo de cinema de cariz social. O estabelecimento de ensino superior vai exibir o filme “Carandiru” do realizador Hector Babenco. O ciclo de cinema irá decorrer até ao final deste ano letivo 2019/2020.
A Câmara Municipal de Lamego vai colocar à venda o imóvel do antigo posto de turismo desta cidade, situado na Av. Visconde Guedes Teixeira, tendo para isso aberto um procedimento por hasta pública que decorrerá no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na próxima sexta-feira, dia 25, pelas 10 horas. Esta alienação visa, entre outros objetivos, dinamizar o comércio de rua numa zona de forte atração turística e que regista uma procura crescente por parte da iniciativa privada. O preço base de licitação deste prédio urbano, com uma área coberta de 56,73 m2, é de 85 mil euros.
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Vila Real
UTAD atribuiu o título de Doutor Honoris Causa a Paul Symington Teve lugar na Aula Magna da UTAD, no dia 4 de outubro, a cerimónia de Doutoramento Honoris Causa a Paul Douglas Symington, um empresário reconhecido como grande referência mundial no setor dos vinhos, em especial o Vinho do Porto. O reitor da UTAD justificou a homenagem com o sentimento e o reconhecimento que o setor vitivinícola e, sobretudo, as pessoas e instituições ligadas aos vinhos do Porto e Douro devem a Paul Symington. “Pela dimensão humana de Paul Symington além do empenhamento que ele tem no percurso profissional através do que fez pela promoção internacional e nacional dos vinhos do Douro e do Porto ao nível social e no desenvolvimento da região e por isso faria todo o sentido que ele
passasse a integrar a galeria da Honoris Causa desta universidade. Julgo que é uma inspiração para uma nova geração de antigo alunos que estão no Douro, a geração Alumi, mas essencialmente alguém que tem defendido um novo olhar para o Douro. Continua a ser uma referência, acho que é mais que justo esta homenagem não só pelo percurso mas também por aquilo que pode juntar ao Douro”. Por sua vez, o homenageado mostrou-se feliz pela distinção, afirmando que se sente honrado apesar de não ter a certeza de ser merecedor da mesma. “Fiquei muito sensibilizado, é uma grande honra para mim receber esta distinção e só posso agradecer a UTAD. Sempre tive um respeito enorme por esta universidade, pelo que fazem. Temos muitos estudantes da UTAD a trabalhar connosco e sempre achei que esta universidade mudou a cara de Portugal. Eu não posso dizer se é justo ou não mas obviamente agradou-me muito quando soube que o senhor reitor e o Conselho Geral tinham decidido fazer isto,
portanto só posso agradecer”, afirmou o homenageado à comunicação social. A cerimónia, acompanhada de momentos musicais pelo coro de câmara da UTAD e pelo barítono Tiago Matos, com Diogo Taveira (clarinete) e Luís Duarte (piano), cumpriu depois, com todo o rigor, o seu ritual, com as intervenções de António Filipe, Presidente da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, no elogio à madrinha do doutoramento, a professora catedrática da Universidade do Porto, Maria João Ramos, que, por sua vez, enalteceu as qualidades do doutorando, na base de um estreito conhecimento pessoal e institucional. A encerrar, o Presidente do Conselho Geral da UTAD, Silva Peneda, louvou a decisão da Universidade em atribuir esta distinção, considerando-a “coerente com a visão de futuro que a Universidade construiu para si própria”. Na expressão desta visão, – afirmou Silva Peneda – “a UTAD quer consolidar-se como uma eco-universidade, enquanto instituição de ensino superior de qualidade, atrativa nos planos nacionais e internacional e inspiradora de aprendizagens sólidas.” ■
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Régua
Sopa, “Binho” e animação, a receita do sucesso em Poiares Realizou-se, nos passados dias 19 e 20 de outubro, em Poiares, a 2ª edição do Festival das Sopas e do “Binho”, uma organização da Associação Douro Inédito, com o apoio da Junta de Freguesia local e da autarquia reguense. No largo da igreja, bem no centro da aldeia de Poiares, a fogueira já está acesa, o crepitar da lenha anuncia que em breve ali estarão os tradicionais potes de três patas para confecionar as 11 sopas que este ano estarão à prova, e a concurso. Com o aproximar da hora marcada para o início do festival são muitos os que se aproximam do recinto. À entrada a primeira novidade deste ano, a recriação de um pomposo tonel ajuda-nos a entrar no mundo das tradições que o evento pretende recriar. Depois de adquirida a malga e a caneca é hora de começar um circuito pelos mais tradicionais sabores da vindima.
Uma a uma as sopas vão sendo provadas e, no papel que é fornecido com a malga, vai-se dando a pontuação que mais tarde irá indicar quem vence esta batalha dos sabores. Para completar o cenário, e entreter entre dois dedos de conversa e umas colheradas de sopa, os olhos passam pelas inúmeras bancas de artesanato que se espalham pelo recinto, os mais afoitos vão ainda dando um pé de dança ao som dos inúmeros grupos de bombos, concertinas e ranchos que desfilam pelo recinto. Se no sábado a chuva não foi razão para afastar as centenas de visitantes do festival, no domingo a colaboração de S. Pedro foi essencial para o cenário de um recinto quase lotado. No final, feitas as contas dos dois dias, a organização contou mais de mil sopas servidas e umas quantas centenas de litros de vinho bebidos. Somadas as avaliações foi a Sopa de Pedra da Sra. Emília que reuniu maior consenso, levando para casa o prémio de 1º classificada. À conversa com a nossa reportagem, Jorge Teixeira, da organização, afirma-se “satisfeito pelo evidente sucesso do evento”, para o organizador “este é um
evento que já se afirmou no concelho e um dos que melhor transmite as tradi-
ções da região numa época tão especial e única como são as vindimas”. ■
> A sopa a ser confecionada nos potes de 3 patas
“Vamos Imaginar uma “Bibliovideira” Aceitando o repto do tema “Vamos Imaginar’, integrado nas atividades propostas para a Comemoração do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, a Bibliorodo, da Escola Profissional da Régua, convidou os docentes e discentes a conjugar o pensar e a celebrar a ligação entre livros, leitura e imaginação.
Desde o início do mês de outubro, a Biblioteca dinamizou Oficinas de Escrita Criativa, nas quais os alunos deram asas à criatividade, produzindo e recolhendo frases ou pensamentos, redigidos em folhas para serem dependuradas numa “ramada” verdadeira, a Bibliovideira, suspensa nos corredores da Escola, num espetáculo de cor, vi-
vências e sonhos. Depois de esta ter cumprido a sua missão na vinha escolar, entrou na Escola, enchendo-a de beleza e de alegria. Foram colocados debaixo da “Bibliovideira”, placares informativos sobre as várias castas existentes na área de vinha da exploração agrícola. A “ramada” traça um itinerário que se
inicia na entrada principal da escola até à Biblioteca, permitindo a leitura de mensagens que nos ensinam a compreender e a descodificar o mundo, as pessoas e a vida durante o percurso. Chegados à porta da Biblioteca, espera-se vontade, porque o convite está feito: entrem e… descodifiquem o vosso, o nosso mundo! ■
Murça
Assinatura do contrato de adjudicação da empreitada “Melhoramento e reabilitação do regadio tradicional de Noura” Realiza-se, no próximo dia 24 de outubro, pelas 17:00 horas, na sede da Junta de Agricultores da Área da Ribeira de Noura, na localidade de Noura, União de freguesias Noura-Palheiros, concelho de Murça, a assinatura do contrato e adjudicação da em-
preitada “Melhoramento e reabilitação do regadio tradicional de Noura”, de acordo com o nº 1 do artigo 76º do Código de Contratos Públicos. A Junta de Agricultores da Área da Ribeira de Noura, tinha nos seus objetivos a concretização
deste projeto de reabilitação e modernização do regadio. Reconhecendo que a persistência não tem limites, só lhes resta seguir em frente e concretizar uma obra à tantos anos desejada por todos os sócios da Junta de Agricultores. ■
VIVADOURO OUTUBRO 2019
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Vila Real
FIIN regressa em novembro para a 3ª edição O Festival Internacional de Imagem de Natureza (FIIN) é um projeto criado para a sensibilização da sociedade. Da conjugação entre as artes (cinema, fotografia, desenho) e o conhecimento, pretende fazer chegar a todos a mensagem de que devemos preservar o património natural do planeta, pelas razões que são sobejamente conhecidas. “O FIIN é um festival das artes ligadas à natureza, abrange o desenho científico e o desenho de natureza, dando assim um contributo para a nossa academia, a fotografia, onde se incluem diversas categorias e as curtas-metragens da bio diversidade que foram o fator que mais potenciou este festival. Uma das grandes finalidades deste festival é promover, sensibilizar e potenciar a ligação das artes com a natureza”, afirma
Mafalda Vaz de Carvalho, vereadora do município vila-realense, responsável pelo evento. Organizado pelo município de Vila Real, o FINN inclui um Festival de Curtas-Metragens da Biodiversidade, o Encontro de Fotografia, exposições e ainda workshops. “O tema deste ano são “retratos do mundo em mudança” porque se fala cada vez da alterações climáticas que tanto mudam o nosso meio e acabamos por ter a consciência que estes registos que recebemos ao longo destes anos serão muito importantes para memória futura”, explica a vereadora. Numa era em que tanto se fala de alterações climáticas e as suas consequências, Mafalda Vaz de Carvalho vê este festival como uma chamada de alerta para o que pode acontecer caso não mudemos alguns dos nossos hábitos. “Este festival tem a obrigação de mostrar ao mundo o que é que está em risco se não fizermos nada no sentido de minimizar as causas das alterações climáticas. É uma missão que temos, garantir que todos aqueles que tenham oportunidade de tomar uma posição relativamente ao mundo, neste caso em questões ambientais, que o façam em consciência. Estou convencida que neste campo, por mais que façamos, por mais que tomemos medidas, se falhar a consciência não adianta, cada um de nós tem um papel fun-
damental”. À semelhança do sucedido em anos anteriores, também esta terceira edição trará uma novidade, no dia 24 de novembro, no Teatro de Vila Real serão exibidas, durante a tarde e noite, todas as curtas-metragens que foram a concurso, dando assim oportunidade ao público para as visualizar, podendo entrar e sair da sala em qualquer momento. “Todos os anos tentamos trazer uma novidade, no ano passado criamos o Prémio Carvalho Araújo, este ano a novidade acontece no dia 24 de novembro e será o FIIN ALL, um dia aberto para as curtas-metragens, com estes trabalhos a serem exibidos no Teatro de Vila Real durante a tarde e noite sem interrupções e com entrada livre. Assim, quem quiser pode entrar, ver uma ou outra curta e sair, pode ver todos os trabalhos, como desejar”. Outra das novidade desta edição é a realização de um passeio fotográfico, no Parque Corgo, na manhã do último dia do festival onde os participantes “terão a oportunidade de fotografar juntos dos fotógrafos convidados do evento e que estarão espalhados ao longo do percurso”. O FIIN é também um festival educativo, anualmente, entre as curtas-metragens recebidas, são escolhidas as mais adequadas ao público em questão e levadas até às escolas do concelho.
Em janeiro arranca o FIIN itinerante, uma vertente inovadora deste festival que está disponível para ser requisitado por escolas e autarquias da região. O FINN termina com uma gala, no teatro de Vila Real, durante a qual vão ser revelados os vencedores de todos os concursos organizados no âmbito do festival. Todo o programa é de acesso livre. ■
> Mafalda Vaz de Carvalho, vereadora do Ambiente
25 importadores de 13 países à descoberta dos vinhos do Douro e Porto Proporcionar novos negócios por forma a aumentar a exportação de vinhos da Região do Douro, foi o principal objetivo desta 13.ª edição do In Douro Wine Export Business, integrada no projeto conjunto de Internacionalização Soul Wines, que decorreu em Vila Real, de 17 a 19 de outubro, numa Organização da Nervir – Associação Empresarial. Foram dois dias e meio de intensos contactos comerciais entre os importadores provenientes de 13 países e os produtores de vinhos Doc Douro e Porto. Estiveram presentes importadores de vinhos da Alemanha (2); Canadá (1); Coreia do Sul (1); Dinamarca (1); Estados Unidos (3); Holanda (3); Irlanda (1); Japão (3); Letónia (2);
Lituânia (2); Polónia (2); Rep Checa (1); Rússia (3). Para além das provas que decorreram no Hotel Quinta do Paço, os importadores tiveram oportunidade de provar os vinhos dos produtores presentes nas refeições e ainda de conhecer um pouco da região, tendo visitado o miradouro de S. Leonardo de Galafura e feito um pequeno cruzeiro no rio Douro, antes de regressarem aos seus países. Após o final desta 13.ª edição, daquela que é a única feira profissional da região vocacionada integralmente para a exportação, o sentimento dos produtores presentes é de que valeu a pena, pois os contactos efetuados, irão traduzir-se em
encomendas, potenciando assim o aumento da exportação de vinhos da Região. O Projeto de Internacionalização - Soul Wines (Vinhos com Alma), é um projeto para dois
anos e no âmbito deste mesmo projeto, vai realizar-se nos próximos dias 27 a 29 de outubro uma Missão à Suíça - Zurique e de 23 a 26 de Novembro uma Missão à Rússia - Moscovo. ■
Companhia Filandorra acusa ministério de "crime cultural" A companhia de teatro Filandorra, de Vila Real, acusou, no início deste mês, o Ministério da Cultura de um "crime cultural" e de "tratar a zeros" a região transmontana, na atribuição dos apoios da Direção-Geral das Artes para 2020/2021. "Neste contexto, a direcção da Filandorra, ainda em estado de choque, alerta o país para o crime cultural praticado pela política do atual Ministério da Cultura/DGArtes através de concursos anacrónicos, injustos e passíveis de serem impugnados em tribunal", afirmou a companhia, em comunicado. O documento refere ainda que, "lamentável e paradoxalmente", o projeto da Filandorra - Teatro do Nordeste "se encontra excluído de apoio fi-
nanceiro pelo Ministério da Cultura". No comunicado a companhia de teatro disse já ter solicitado "à tutela uma reunião de trabalho urgente" e salientou que, a "não encontrar-se uma solução positiva", a decisão da DGArtes poderá "levar à extinção deste projeto", avançando mesmo com uma possível data para "a extinção" da companhia, nomeadamente a "27 de março de 2020, Dia Mundial do Teatro" ou a "10 de Junho de 2020, Dia de Portugal". A Filandorra Referiu ainda que, a acontecer, esta extinção "levará ao maior despedimento coletivo na área do teatro em Portugal". O grupo sediado em Vila Real afirma ser "o projeto mais antigo da região, que conta com
33 anos de atividade ininterrupta e congrega a maior rede protocolada municipal do país". A DGArtes anunciou que um total de 102 entidades artísticas do país vão receber apoio no quadro dos Concursos Sustentados Bienais 2020/2021, de acordo com os resultados provisórios do programa. Quanto à distribuição regional das verbas, atendendo ao divulgado pela DGArtes, os apoios aumentaram em todas as regiões, exceto no Alentejo, que ficou com 1,7 milhões de euros, ou seja, menos 8% do que no anterior concurso. O diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, disse à agência Lusa que as entidades que não foram contempladas nos Concursos Sustentados
Bienais 2020/2021, "podem e devem" contestar estes resultados provisórios se deles discordarem. "Estamos solidários com os colegas do Alentejo, da região de Setúbal, das companhias históricas do Porto e Lisboa, que, tal como nós, foram tratadas a zero", salientou ainda a Filandorra. No mesmo dia em que tornou público o comunicado, a companhia anunciou a estreia, a 18 de outubro, no Teatro de Vila Real, da peça "Não se brinca com o amor", de Alfred Musset. "Apetece-nos dizer ao Estado central que `não se brinca com o teatro`", concluiu a companhia transmontana. ■
10 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Santa Marta de Penaguião
Musica e vinho compõem primeiro hotel spa de Vinho do Porto no mundo Está para breve a abertura do primeiro hotel spa em Santa Marta de Penaguião, um investimento do empresário António Correia que une o vinho e a música num projeto que criará cerca de 30 postos de trabalho na região. Apesar de estar já em funcionamento, em regime “soft opening”, o “Magnificat Wine Boutique Hotel & SPA” pretende ajudar a resolver o problema da falta de camas neste território e vai ter o “primeiro SPA de vinho do Porto”, um conceito que o responsável diz ser “único no mundo” e que será apadrinhado pelos vinhos Fernão de Magalhães. “O nome do hotel diz tudo sobre o conceito que pretendemos implementar. “Magnificat” é o nome de uma peça de Bach e “wine” pela nossa ligação aos vinhos, eu próprio sou produtor, e aqui vamos ter uma pequena adega onde os nossos clientes podem produzir vinho. Toda a decoração é inspirada nos elementos da região, feita com objetos que aqui nos são familiares. No SPA vamos apresentar produtos inovadores que temos vindo a desenvolver” conta António Correia à nossa reportagem. A ligação à região e ao seu produto maior, o vinho, é uma evidência em cada recanto deste novo espaço. Entre os diversos serviços e espaços encontram-se uma wine
shop, uma sala de provas, uma pequena adega e um spa com produtos exclusivamente derivados dos vinhos, uma experiência única para o visitante que no menu do restaurante só encontrará produtos regionais como nos conta o empresário. “O cliente que ficar connosco certamente não irá encontrar no menu a lagosta do rio Corgo, até porque no Corgo não há lagostas. A nossa cozinha, como tudo que fará estará intimamente ligado à nossa região, é isso que o turista que vem para cá procura. Não vamos vender sonhos mas sim uma experiência”. A paisagem envolvente é marcada pela transição entre o Douro vinhateiro e, no horizonte próximo, a serra do Alvão. O hotel está localizado ao lado da Estrada Nacional 2 (EN2) e, na sua frente, ergue-se o viaduto do Corgo, na Autoestrada 4 (A4). “Se não tivéssemos tão perto de Vila Real e da autoestrada era mais complicado, podemos não ter aqui o rio e as vinhas que são características do Douro mas nessas áreas também já existe concorrência, aqui é diferente e numa região em que cada um só pensa em si, não se trabalha em conjunto, isto é uma vantagem”. Numa região cada vez mais desertificada e onde são escassas as oportunidades de emprego, esta nova unidade hoteleira é também uma lufada de ar fresco. Atualmente são cerca de 20 os funcionários mas o objetivo é chegar aos 36, na sua grande maioria naturais do concelho de Santa Marta de Penaguião. “98% do nosso staff é daqui de Santa Marta, tivemos que lhes dar formação mas eles têm o Douro no seu sangue e certamente passarão essa paixão aos nossos clientes, é isso que nós queremos, não devemos ter
vergonha do que somos, homens e mulheres da terra”. Este facto é também destacado por Luís Machado, autarca local, que afirma que este é um projeto “muito importante para o concelho pelos empregos criados mas também pelo aumento da oferta de camas para os turistas”. Para o autarca “o maior investimento no concelho” tem recebido por parte da autarquia “todo o apoio necessário” até porque este pode ser o primeiro de muitos outros projetos no concelho.
“O que custa é sempre o primeiro, depois tenho a certeza que outros se irão seguir. Queremos fazer deste projeto o início de um longo caminho no crescimento da oferta nesta área, que neste momento não temos”, afirma Luís Machado. O “Magnificat Wine Boutique Hotel & SPA” terá um total de 44 quartos com 2 suites júnior e 2 suites presidenciais, todos eles apadrinhados por empresas da região. A inauguração ainda não tem data contudo António Correia espera que a mesma aconteça “em breve”. ■
VIVADOURO OUTUBRO 2019 11
Armamar
Abertas as inscrições para a Universidade Sénior de Armamar A Universidade Sénior de Armamar (USA) prepara-se para iniciar mais um ano letivo de descobertas, aprendizagem, convívio, lazer e partilha. Os interessados em participar deste projeto podem consultar toda a informação na página oficial do
município devendo as inscrições serem feitas presencialmente no edifício da Câmara Municipal. Para o esclarecimento de qualquer dúvida os interessados devem dirigir-se à Câmara Municipal ou contactar os serviços autárquicos por via telefónica ou email.■
Alimentação saudável na escola em Armamar Está a decorrer em Armamar desde segunda-feira a semana da Alimentação Saudável no ensino pré-escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico. É uma forma de marcar o Dia Mundial da Alimentação Saudável, que se assinala a 16 de outubro. O projeto “Combate ao Insucesso Escolar” olha para o tema com preocupação por acreditar que a alimentação condiciona o desenvolvi-
mento físico e mental da criança. As crianças foram convidadas a participar nas atividades e “cozinhar” os seus lanches saudáveis. Esta atividade realiza-se no âmbito do plano integrado e inovador de combate ao insucesso escolar-PIICIE, projeto cofinanciado pelo PO NORTE 2020, cujo promotor é o município de Armamar em parceria com o agrupamento de escolas de Armamar. ■
Abertas candidaturas para Medidas de Apoio à Contratação O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) abriu as candidaturas para as entidades interessadas nas Medidas de Apoio à Contratação. Assim, no caso dos Estágios Profissionais e Prémio Emprego as candidaturas decorrem entre as 9h00 do dia 2 de setembro e as 18h00 do dia 20 de dezembro de
2019. Já para os Contrato-Emprego e Contrato-Geração as candidaturas podem ser submetidas entre as 9h00 do dia 10 de setembro e as 18h00 do dia 20 de dezembro de 2019. O Gabinete de Inserção Profissional de Armamar está disponível para esclarecimentos e apoio técnico que as entidades necessitem. ■
12 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Régua
GNR realiza Operação "Censos Sénior 2019" em outubro A Guarda Nacional Republicana tem vindo a realizar, durante todo o mês de outubro, a operação "Censos Sénior 2019", com o objetivo de identificar a população idosa que vive sozinha e/ou isolada e, assim, atualizar os registos das edições anteriores e identificar novas situações. Ao longo de todo o mês, os militares da GNR irão realizar várias ações de sensibilização por todo o país junto das pessoas idosas em situação vulnerável, através de contactos pessoais e de atividades em sala. A GNR pretende que este público adote comportamentos de segurança que lhes possibilitem reduzir o risco de se tornarem vítimas de crimes, bem como prevenir comportamento de risco associados ao consumo de álcool. O VivaDouro acompanhou uma dessas ações na freguesia de Poiares, concelho de Peso da Régua, local onde, segundo as autoridades serão cerca de 100 os idosos que constam da lista. Uma dessas idosas é a Dona Maria que recebe os militares à porta da sua residência com um sorriso, convidando-os para entrar enquanto decorre a breve conversa. Para esta idosa que vive sozinha a visita dos militares “é muito importante”, são momentos em que tem “alguma companhia para conversar um pouco”. Esta visita é também importante pelo sen-
timento de segurança que transmite, “sabemos que os guardas andam sempre por aqui e isso faz com que a gente se sinta mais segura”. Umas ruas mais acima é a vez de visitar a Dona Palmira que divide a sua vida entre a aldeia e as ruas de Lisboa onde tem as filhas a residir. “Quando estou em Lisboa sinto-me mais insegura, aqui as coisas são diferentes, toda a gente se conhece e basta ver alguém de fora ou ouvir uma voz diferente que ficamos logo mais atentos”. Utilizadoras do centro de dia da freguesia, as idosas passam parte do seu dia neste local, onde almoçam, regressando durante a tarde às suas residências, muitas vezes sozinhas. Para a capitão Joana Conceição, Comandante do Posto Territorial de Peso da Régua, estas ações são de grande importância porque, para além de haver uma monotorização dos idosos, serve ainda para criar alguns laços entre os militares e a população, incrementando assim um sentimento de segurança que o isolamento não dá. “Este tipo de ações de sensibilização com pessoas idosas e isoladas permitam que os ensinemos a ter comportamentos de segurança para reduzir o risco de serem vitimas de crimes, por exemplo as burlas que há pouco estavam a falar, as burlas e os furtos em outras residências é precisamente por isso que nós temos estas intervenções com a população. Sim principalmente neste tipo de ambiente, estes idosos olham para a GNR como uma força que os ajuda com qualquer problema. Eles falam ou ligam e os militares vêm cá. Eles sentem-se próximos e seguros quase como se fosse uma segunda família, eles tem a família longe, estão cá isolados
> Capitão Joana Conceição
e quando eles olham para a guarda olham como uma segunda família e isso sim é extremamente importante, eles dão muita importância a isso”, afirma a capitão. As visitas não têm um tempo estipulado e as próprias chefias fomentam nos militares a ideia de que não há objetivos a cumprir quanto ao número de idosos visitados em cada saída. “Nós, como comandantes, temos o cuidado de não ser taxativo que todos os dias se fale com 5 ou 10 idosos. Os militares da Guarda sabem quem são as pessoas isoladas, vêm cá e numa tarde podem fazer um, dois senhores as vezes no máximo três, especialmente as pessoas que estão sozinhas e começam a falar da vida deles, da historia e nós militares estamos ali a ouvir e se fizermos numa tarde
um é como se fizemos dez, se eles quiserem falar nós ouvimos e se for preciso estamos ali a tarde toda, não se força nada”. Ao longo desta operação, os militares irão ainda divulgar os programas “Apoio 65 – Idosos em Segurança” e “Residência Segura”, que pretendem recolher a informação necessária para a elaboração de uma mapa, onde estarão georreferenciadas todas as residências aderentes ao projeto. Este mapa tornará mais eficazes as ações de patrulhamento e a vigilância da GNR. A Operação "Censos Sénior" é já realizada desde 2011, sendo que a GNR tem vindo a atualizar a sua base de dados geográfica, por forma a disponibilizar uma maior e melhor apoio à população. ■
VIVADOURO OUTUBRO 2019 13
São João da Pesqueira
Museu do vinho de S. João da Pesqueira acolheu a realização das jornadas culturais da Universidade Católica Durante os dias 19 e 20 de outubro decorreram no Museu do Vinho de S. João da Pesqueira, as VI Jornadas do Doutoramento em Estudos do Património, da Escola das Artes da Universidade Católica do Porto. A sessão de abertura contou com a presença do Bispo de Lamego, D. António Couto, do Presidente da Câmara Municipal de São João da Pesqueira, Dr. Manuel Cordeiro e do Coordenador do Doutoramento em Estudos do Património da EA-UCP, Prof. Doutor Gonçalo de Vasconcelos e Sousa. Tendo como cenário o espaço expositivo do Museu do Vinho, foram apresentadas comunicações que contemplaram distintos aspetos culturais e patrimoniais de Portugal e do Brasil, resultado das diversas investigações de professores e alunos da-
quele curso. E nesta aproximação aos territórios, a dinâmica cultural do território de S. João da Pesqueira também foi abordada com comunicações no domínio das artes decorativas, museologia e interpretação da paisagem, tendo sido apresentada por Artur Oliveira, técnico de património cultural da Câmara Municipal e aluno daquela instituição, a comunicação S. João da Pesqueira, interpretação da paisagem. Paralelamente, foram conhecidos espaços e lugares culturais e patrimoniais do território de S. João da Pesqueira, como Trevões (Igreja de Santa Marinha, Museu de Arte Sacra e Museu Etnográfico), S. Salvador do Mundo, Ferradosa, Vargelas, a Praça da República e o Museu Eduardo Tavares. ■
Assinatura de protocolos entre município e bombeiros voluntários Decorreu no dia 7 de outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a assinatura dos protocolos de colaboração entre o Município de S. João da Pesqueira e as Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários de Ervedosa do Douro e S. João da Pesqueira. Com a celebração destes protocolos o Município vai apoiar financeiramente em diversas vertentes as referidas corporações de Bombeiros do Concelho, permitindo que estejam melhor preparadas para a prestação de serviços de socorro e proteção de bens, às populações e instituições abrangidas nas suas áreas de atuação. Resumo dos apoios: ● Comparticipação no valor de 20.000€ (vinte mil euros), a transferir anualmente; ●Comparticipação de 50% na aquisição de viaturas com necessidade comprovada. Esta aquisição de viaturas está limitada a uma de
cada tipo por ano; ●Comparticipação de 50% da contrapartida nacional, em candidaturas efetuadas a fundos comunitários, até um limite anual de 75.000€ (setenta e cinco mil euros); ●Comparticipação de 50% relativamente a investimentos considerados essenciais para a prossecução das atribuições da Associação Humanitária, até ao limite anual de 75.000€ (setenta e cinco mil euros), a aprovar por deliberação da Câmara Municipal; ●Comparticipação de 50% na execução de pequenas obras de requalificação dos quartéis e aquisição de Equipamento de Proteção Individual, até um financiamento elegível cumulativo anual máximo de 5.000€ (cinco mil euros); ●Comparticipação de 50% do valor referente à remuneração dos recursos humanos das EIP (Equipas de Intervenção Permanente); ●O Município de S. João da Pesqueira com-
promete-se também a assegurar o transporte da Fanfarra da Associação Humanitária para atuações oficiais, assim como 50% do valor necessário para equipamento/fardamento indispensável para o funcionamento
da Fanfarra…; A informação completa dos apoios está disponível para consulta na página eletrónica do Município de S. João da Pesqueira www. sjpesqueira.pt. ■
Município recebe família refugiada ao abrigo do Projeto Pesqueira Acolhe No âmbito do Programa de Reinstalação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o Município de S. João da Pesqueira recebeu no dia 17 de outubro, uma família de pessoas Refugiadas, de cultura árabe, proveniente da Síria. O êxito do acolhimento deste agregado familiar, composto por dois adultos e quatro crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, está altamente dependente do envol-
vimento de todas as instituições, entidades e organismos locais. Como tem sido divulgado, Portugal desenhou uma estratégia nacional para a plena integração das pessoas refugiadas em território nacional, sendo as propostas de acolhimento definidas com base nos seguintes princípios: institucional, descentralizado, articulado, integrado e autónomo. Através do Projeto Pesqueira Acolhe, no pe-
ríodo de 18 meses, a Câmara Municipal de S. João da Pesqueira vai: Assegurar a satisfação das necessidades básicas, designadamente, apoio no acesso a cuidados de saúde, apoio no acesso à educação, apoio na inscrição na Segurança Social e Finanças; Promover a integração através da definição e implementação de um projeto de integração que inclua apoio na aprendizagem da língua portuguesa e de apoio socioprofis-
sional; Diligenciar no sentido de garantir a matrícula e a frequência no sistema de ensino por parte de crianças e jovens até aos 18 anos; O acompanhamento previsto nos 18 meses de acolhimento será intensivo, monitorizado individualizado, com vista à sua autonomia. O Município de S. João da Pesqueira tem pedido o apoio da população local para que o processo de acolhimento e integração desta família seja um sucesso. ■
14 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Armamar
Feira da Maçã recebe milhares É doce, sumarenta, com diferentes texturas e doçura. A maçã é um dos produtos maiores do Douro e durante um fim-de-semana (entre 18 e 20 de outubro), foi a figura maior de uma festa que leva o seu nome, no município de Armamar. Texto e fotos: Carlos Almeida
Ano após ano a Feira da Maçã em Armamar cresce à medida que cresce também a importância deste fruto na economia local e isso tem sido uma evidencia ao longo dos anos. Depois das últimas campanhas terem ficado marcadas por episódios de intempéries que provocaram avultadas quebras na produção, este ano a situação é mais animadora e a quantidade de maçãs que se vê pelas inúmeras bancas do recinto é a mais forte evidência disto, confirmada pelas palavras do autarca armamarense, João Paulo Fonseca, à nossa reportagem, que destaca ainda a importância deste produto na identidade do seu concelho. “Ao contrário do que aconteceu nos últimos anos onde as intem-
péries nos trouxeram grandes prejuízos, este é um ano de excelência tanto em termos de qualidade como quantidade, portanto, todos aqueles que nos visitam ao longo destes dias têm essa garantia. Armamar não é só maçã, está no coração da região mais antiga do mundo e Património da Humanidade, o Douro, contudo, é aquilo que nos diferencia numa região marcadamente vinícola, é a nossa identidade”. A alteração do local ocorrida este ano foi preparada ao pormenor pela autarquia que teve a preocupação, desde o primeiro instante, de garantir o máximo de qualidade e conforto a todos, desde os expositores aos milhares de visitantes que passaram por Armamar ao longo deste três dias do certame. “A mudança de local acontece porque o recinto onde normalmente
se realiza a Feira da Maçã está a ser alvo de uma intervenção no âmbito do PARU. Apesar dos receios que esta alteração provocou acho que conseguimos manter a realização do evento com muita dignidade, tanto para os expositores como para os visitantes. Foi feito um trabalho intenso na promoção deste evento por isso a nossa ambição é sempre ultrapassar o resultado da edição anterior, um objetivo que consideramos tangível”. Parte integrante e importante do cartaz do evento é a vertente cultural, marcadamente tradicional, e assegurada na sua maioria por grupos locais que dão a conhecer aos forasteiros as tradições e costumes deste concelho e da região. “Este é um evento com um pro-
grama cultural intenso e este ano essa programação é composta por cerca de 90% de grupos locais e associações culturais. Queremos que quem nos visite o faça pelos nossos produtos, pela nossa gastronomia, mas também pela oportunidade de vivenciarem aquilo que de mais genuíno temos para oferecer”. Ao longo dos três dias os produtores de maçã venderam milhares de quilos deste produto que se apresenta não só na sua forma original como parte integrante da pastelaria e gastronomia locais. No recinto do certame houve ainda espaço para outros produtos como os vinhos, os enchidos ou o azeite, por exemplo, ou ainda para o artesanato e serviços, funcionando como montra para aquilo que melhor se faz em Armamar.
VIVADOURO OUTUBRO 2019 15
Armamar
de visitantes o Ministério da Agricultura dá a este tipo de eventos.
> João Paulo Fonseca e Carla Alves inauguram o certame
Presente na inauguração da feira da Maçã esteve Carla Alves, Diretora Regional da Agricultura do Norte. A governante teve a honra de cortar a fita que inaugurou o certame acompanhando em seguida o autarca João Paulo Fonseca num périplo pelo recinto para cumprimentar todos os expositores, agradecendo o trabalho desenvolvido na região e a sua presença. No final desta volta Carla Alves esteve por breves instantes à conversa com a nossa reportagem, reforçando a importância deste setor na realidade da agricultura regional, de cariz marcadamente familiar. Qual a importância desta feira para a realidade agrícola da região? Este eventos são de enorme importância porque é uma oportunidade dos produtores locais mostrarem os seus produtos, os nossos produtos endógenos. Este é o tipo de mercados que interessa desenvolver e promover. Recentemente o Ministro da Agricultura fez uma alteração ao
PDR alocando verbas para as medidas de apoio aos circuitos curtos agroalimentares. Esta feira é um exemplo perfeito de um desses circuitos curtos, onde há uma venda direta ao consumidor final. E há um apoio efetivo por parte do Governo? Temos hoje mecanismos de apoio a estas feira e mercados locais, através do PDR, com medidas muito concretas, inclusivamente uma medida de apoio ao transporte para aqueles que se querem deslocar a estes eventos para aí comercializarem o seu produto, semanalmente, durante três anos. Há também apoios que podem chegar aos 70% na aquisição de viaturas para participar em feiras, ou inclusivamente para toda esta logística de stands e material necessário. Tudo aquilo que seja mercados locais e regionais que ajudem esta agricultura familiar são importantes para nós. Hoje já é possível requerer o Estatuto de Agricultor Familiar, uma medida que permite que haja uma diferenciação positiva para estes casos. As me-
didas que agora enunciei são precisamente para apoiar o agricultor familiar, perfil que enquadra grande parte dos nossos agricultores. A minha presença hoje aqui também representa o valor que hoje
Numa região marcadamente vinícola é importante a realização destes eventos, dedicados a outros produtos, mostrando que a região é muito mais do que apenas os vinhos? Claro que sim, o Douro não é apenas vinhas. Estamos aqui num concelho onde a maçã tem uma importância enorme e onde a cereja será, em breve, um dos produtos com maior afirmação. A maçã tem sido um setor muito apoiado e isso reflete-se nas centenas de hectares de pomares de maçã que têm surgido, fixando pessoas nesta atividade que já se percebeu que é rentável e que carece de algum conhecimento técnico. Visitando esta feira percebe-se que existe aqui um forte acompanhamento técnico. Hoje em dia não há ninguém que venha trabalhar com a maçã sem conhecer as necessidades desta produção. Armamar é um concelho que junta aqui uma série de produções de excelência. ■
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Destaque VivaDouro
Legislativas 2019: PS vence mais conc Fechadas as contagens em todos os concelhos da CIM Douro e apurados os resultados, o Partido Socialista é o vencedor da noite eleitoral de 6 de outubro, sendo o partido mais votado em 10 dos 19 concelhos do nosso território. Texto e fotos: Carlos Almeida
Entre as vitórias alcançadas pelo partido de António Costa, no Douro, o destaque vai para o concelho de Mesão Frio com a maior vitória da região, 44,31%, contra os 29,50% do PSD. Nos outros dois lugares deste pódio ficaram ainda Santa Marta de Penaguião (45,85% – 31,86%) e Freixo de Espada à Cinta (44,47% – 34,29%). Do lado do PSD, força política com mais autarquias na região, a maior vitória foi conseguida em Sernancelhe onde o partido de Rui Rio conseguiu 55,94% dos votos, contra 24,50% do PS, tornando-se ainda na vitória mais expressiva da região com 31,44 pontos percentuais de diferença entre os dois partidos mais votados. A completar este pódio surgem os concelhos de São João da Pesqueira (42,77% 33,15%) e Murça (43,18% - 36,03%). Olhando ao número de deputados eleitos pelos círculos que abrangem o Douro, o PSD continua a ser a força dominante na região com um total de três deputados eleitos contra os dois do PS, apesar do maior numero de
concelhos ter sido ganho pelos socialistas, um total de 10. Entre os deputados do PSD Luís Leite Ramos, eleito por Vila Real e António Lima Costa, o deputado eleito por Viseu repetem a sua presença na Assembleia da República enquanto Artur Soveral Andrade, também eleito por Vila Real irá estrear-se nestas lides. Ascenso Simões e Francisco Rocha, ambos pelo círculo de Vila Real, são os deputados eleitos pelo PS. Os dois deputados estarão assim pelo segundo mandado consecutivo na Assembleia da República. Numa análise aos deputados eleitos pelos distritos que abrangem a nossa região (Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu), regista-se igualmente uma vitória dos Sociais Democratas com um total de 11 deputados contra 8 do Partido Socialista. A nível nacional a vitória foi também ela para o Partido Socialista de António Costa com 36,34% dos votos, contra os 27,76% do PSD de Rui Rio que assim fica com o pior resultado dos sociais-democratas em eleições para o parlamento nacional. Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, é uma das vencedoras da noite eleitoral de 6 de outubro chegando perto dos 10% (9,52%), assumindo-se como terceira força política nacional. Outra força incluída no lote dos vencedores é o PAN que passou de apenas 1 deputado para 4. Entre os derrotados estão CDS e PCP. O parido liderado por Assunção Cristas ficou pelos 4,22 pontos percentuais, elegendo apenas 5 deputados, o que levou a líder centrista a apresentar mesmo a demissão poucas horas após serem conhecidos os resultados. Esta eleição trouxe mais mudanças na Assembleia da República com a entrada de três novos partidos no hemiciclo, o Chega (1,29%) e o Iniciativa Liberal (1,29%) à direita e o Livre (1,09%) à esquerda. A abstenção também aumentou comparativamente à eleição de 2015 ficando um pouco acima dos 50%.
Resultados por concelho Bragança
PS
PSD
Carrazeda de Ansiães
34,35%
40,94%
Freixo de Espada à Cinta
44,47%
34,29%
Torre de Moncorvo
39,63%
38,44%
Guarda Vila Nova de Foz Côa
Vila Real
PS 38,10%
PS
PSD 37,41%
PSD
Alijó
40,93%
34,14%
Mesão Frio
44,31%
29,50%
Murça
36,03%
43,18%
Peso da Régua
43,01%
34,18%
Sabrosa
40,54%
35,42%
Santa Marta de Penaguião
45,85%
31,86%
Vila Real
34,91%
37,05%
Viseu
PS
PSD
Armamar
30,35%
36,55%
Lamego
38,46%
32,64%
Moimenta da Beira
36,63%
35,03%
Penedono
34,61%
40,96%
São João da Pesqueira
33,15%
42,77%
Sernancelhe
24,50%
55,94%
Tabuaço
35,44%
38,16%
Tarouca
33,36%
39,43%
VIVADOURO OUTUBRO 2019 17
Destaque VvaDouro
celhos, PSD elege mais deputados O que podem os durienses esperar do seu trabalho na Assembleia da República nos próximos 4 anos?
Artur Soveral Andrade Vila Real - PSD
Luís Leite Ramos Vila Real - PSD O mesmo empenho, dedicação e sentido de responsabilidade de sempre. Procurarei acompanhar de perto todos os temas e problemas que digam, direta ou indiretamente, respeito ao Douro. Intervindo no parlamento e no espaço público e mediático para colocar na agenda política as questões e os debates mais relevantes. Escrutinando e fiscalizando a atuação do governo e da administração pública, como compete a um deputado da oposição. Apresentando propostas de resolução e projetos de lei que contribuam para assegurar o desenvolvimento sustentado, a coesão social e territorial e a qualidade de vida das pessoas que vivem e querem continuar a viver na região do Douro e em todo o Interior do país.
António Lima Costa Viseu - PSD
Penso que a questão, independentemente do espaço e do tempo, cabe a cada um de nós fazer o que tiver no seu alcance para as pessoas serem mais felizes. Portanto, no fundo é isso que se trata e enquanto deputado tentarei ser de alguma utilidade nesse sentido. No fundo também tentando reduzir as assimetrias que existem no país entre Lisboa e o resto do país e entre o litoral e o interior concretamente, sempre focado no Douro e no distrito de Vila Real.
Ascenso Simões Vila Real - PS
Trabalharei na busca de soluções estruturais para os problemas da Região Demarcada do Douro, sempre com o interesse geral da região em mente e considerando a sua diversidade – Baixo e Cima Corgo e Douro Superior –, e a consciência de que todos – pequenos, médios, grandes, lavradores ou exportadores – devemos remar no mesmo sentido, pela simples razão de que estamos todos no mesmo barco. Só paramos a sangria humana da região com boas empresas capazes de gerar emprego e pagar bons salários. Defenderei serviços públicos próximos e de qualidade e infraestruturas como o IC 26 entre Lamego e Trancoso e as ligações da Pesqueira, Tabuaço, Resende e Cinfães à A24 serão, naturalmente, objeto de grande atenção. Podem, em suma, esperar uma presença constante na região e um grande interesse em perceber o seu “sentir”, levá-lo para a casa da Democracia e, aí, lutar por ele.
Francisco Rocha Vila Real - PS
O mesmo empenho e dedicação que tive nos últimos 4 anos. Basta visitar o meu canal de Youtube para perceber a dimensão das intervenções sobre a região do Douro e sobre o norte que fiz ao longo deste 4 anos. As intervenções serão ainda mais reforçadas, o peso e a importância do distrito no combate político parlamentar vai ser mais reforçado. Será um esforço ainda maior para continuarmos a colocar a região na dimensão nacional que ela merece e a que tem direito.
Continuar a fazer, ainda, mais e melhor em defesa do interesse da nossa região e dos Cidadãos que nos elegeram. Esta resposta simples é facilmente comprovada pelas intervenções e votações que assumimos ao longo do mandato que agora termina. Por isso, os durienses podem esperar o mesmo nível de comprometimento na conciliação entre o interesse da nossa região com o interessa nacional. Este compromisso está plasmado no contrato de legislatura que os candidatos a Deputados do PS pelo circulo de Vila Real assumiram perante os seus Concidadãos (que tornaram público), que se complementa com o Programa eleitoral do PS a nível nacional e que vai de encontro às prioridades da Região: (1) combater as desigualdades; (2) demografia, (3) coesão territorial; (4) desenvolver a economia e (5) desafios da sociedade digital.
LEGENDA: Francisco Rocha Luís Leite Ramos Requalificação EN222 Cinstrução IC26 Novos Estatutos Casa do Douro Abertura da Linha do Douro até Espanha
Artur Soveral Andrade Ascenso Simões
A favor
Contra
António Lima Costa
18 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Unidade de Saúde Pública do ACES Douro I Ana Luísa Santos Emília Sarmento Helena Pereira
Enfermeiras Especialistas em Enfermagem Comunitária
Não se deixe apanhar pela gripe A gripe é uma doença contagiosa, que embora se possa curar espontaneamente, também se pode complicar, particularmente nas pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos. O vírus da gripe sofre alterações todos os anos e, por isso, todos os anos há uma vacina nova que deve ser administrada por se tratar de uma importante ferramenta para a prevenção da doença. A vacina da gripe é composta por vírus inativos, que levam à produção de anticorpos, para tentar eliminar um “invasor" causador de doença. Em caso de ataque posterior por estes “invasores”, que neste caso são os vírus da gripe, as nossas defesas reconhecem o "inimigo" e neutralizam-no. A vacina é segura e as reações adversas mais frequentes são localizadas e transitórias, como dor, vermelhidão e ligeiro inchaço no local da administração. Em alguns casos também pode ocorrer dores de cabeça e febre. Estes sintomas desaparecem ao fim de algum tempo. A época de vacinação tem início no dia 14 de outubro e vai até ao fim do inverno. Esta é fortemente recomendada a pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; doentes crónicos ou imunodeprimidos (a partir dos 6 meses de idade); grávidas e profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados. Está ainda aconselhada a pessoas entre os 60 e 64 anos de idade. Alguns grupos de risco, como os idosos, alguns doentes crónicos, pessoas residentes ou internadas em instituições, profissionais de saúde e bombeiros têm direito à vacina gratuita. Para saber se se integra num destes grupos com direito à vacina gratuita deve informar-se junto com o seu enfermeiro ou médico de família. As pessoas que não forem abrangidas pela vacinação gratuita podem usufruir de uma comparticipação de 37%, ao comprar a vacina numa farmácia com prescrição médica. Mesmo que adquirida na farmácia, a vacina deve ser administrada na sua Unidade de Saúde, pelo seu enfermeiro de família. Pode vacinar-se durante o outono e o inverno, de preferência até dezembro. Contudo, o ideal será fazê-lo o mais cedo possível, antes do início da ofensiva da gripe. Para além da vacina, existem vários outros cuidados que devemos ter para prevenir a gripe e outras infeções respiratórias, como por exemplo os cuidados de higiene das mãos, proteger boca e nariz quando tosse (com o antebraço ou com um lenço descartável), evitar ambientes fechados, húmidos e muito quentes. Se estiver com gripe ou outra infeção respiratória é importante lembra-se que deve proteger os outros, contactando o menos possível com outras pessoas. Vacine-se! Proteja-se! E passe um Inverno tranquilo!
Carrazeda de Ansiães
Município com curso para qualificar cuidadores de idosos O município de Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, tem uma nova oferta de ensino superior com um curso técnico destinado a preparar cuidadores de idosos, informou hoje a autarquia. Cerca de 30 alunos estão inscritos neste curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia, que resulta de uma parceria entre a Câmara de Carrazeda de Ansiães e o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), com a sessão oficial de abertura marcada para terça-feira. A autarquia presidida por João Gonçalves esclareceu que esta oferta de ensino "tem como objetivo ser uma das respostas para a necessidade de qualificar colaboradores para as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do distrito de Bragança".
Os alunos inscritos vão ter uma formação com cadeiras ligadas à área da saúde, educação e formação de trabalho social, como indicou o município. No primeiro ano, o curso vai ser exclusivamente lecionado em Carrazeda de Ansiães e no segundo o Instituto Politécnico irá estabelecer protocolos com as IPSS locais, Centro de Saúde e Santa Casa da Misericórdia para permitir aos alunos efetuarem o estágio semestral em contexto de trabalho. Esta formação superior enquadra-se nos chamados CTeSP, curso com a duração de dois anos que não conferem um grau superior. No entanto, os titulares têm acesso aos ciclos de estudos de licenciatura e integrados de mestrado, neste caso nas áreas da enfermagem e gerontologia. Beneficiam ainda de um concurso especial de acesso à licenciatura por diploma próprio. ■
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20 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Vários Concelhos
Domingos Nascimento Presidente da Agência Social do Douro
Juntos, somos, mesmo, muito fortes! No interior de Portugal, há inovação com impacto nacional! O Projeto Aldeias Humanitar é um bom exemplo. Nesta edição, excecionalmente, destaca-se este texto institucional: “O Aldeias Humanitar - Intervenção Humanitária de Saúde e Amparo Social, vence Prémio HealthCare Excellence 2019. Este prémio da APAH - Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, reconhece a excelência em saúde. Este ano estavam na fase final, para além do Aldeias Humanitar, mais 5 inovadores projetos de grandes hospitais de Portugal, Com este início de percurso em território do Douro, a região pode sentir orgulho por mais este importantíssimo reconhecimento, bem como pelo caminho transformador que este projeto está e pode fazer pela melhoria dos cuidados de saúde e pelo combate ao desamparo humano. Estão de parabéns, os Municípios de Sernancelhe e Penedono, pioneiros na sua implementação, a Fundação da Caixa Agrícola do Vale do Távora e Douro, que disponibilizou os meios financeiros de suporte, a Agência Social do Douro que juntou a componente técnica e científica, e todas as Juntas de Freguesia e Instituições da região que se associaram a esta forma inovadora de cuidar e amparar as pessoas, bem como toda a equipa diretiva e os técnicos do Aldeias Humanitar, que nunca se deixaram esmorecer nas dificuldades e fazem o verdadeiro trabalho de excelência junto das pessoas. Institucionalmente, neste momento marcante pelo reconhecimento que este prémio significa, não se poderia deixar de referir, particularmente, a pessoa que voluntariamente criou o modelo conceptual, técnica e cientificamente suportado, e que produziu e implementou a dinâmica funcional do Aldeias Humanitar - Enfermeira Helena Norinha! Juntos, de forma integrada, é possível fazer-se muito bem às pessoas que vivem no Interior de Portugal!” É este um bom exemplo de que a união faz a força. Precisamos de acreditar que a inovação no Interior se faz olhando de frente os problemas. Temos competências capazes de encontrarmos, nós próprios, as soluções. O Interior tem Futuro!
I Encontro Driver´s Club by I Love Douro No passado dia 19 de outubro realizou-se o 1º encontro Driver’s Club by I Love Douro, um dia em que carros e condutores viajaram pela N222 tendo como destino a mais antiga região demarcada do mundo, o Douro. No total foram mais de 20 os carros que se juntaram logo pela manhã na marina de Entre-os-Rios, local escolhido para o arranque deste primeiro encontro e nem a chuva afastou os aficionados pelos motores. Uns mais potentes, outros nem tanto, uns recentes outros verdadeiros clássicos, de tudo um pouco para todos os gostos, tal como os ocupantes, uns mais novos e outros já com alguma experiência acumulada. Um grupo heterogéneo que logo pela manhã mostrava boa disposição, mesmo com a chuva que insistentemente ia caindo. Perfilados os carros, foi já perto das 11 horas que deram a aceleração mais forte e arrancaram pela nacional 222 até à primeira paragem. Como é lógico, o ritmo foi de passeio, as condições atmosféricas exigiam cautela redobrada... a chuva, as nuvens carregadas não permitiram que a admiração da paisagem fosse a mais impressionante, mas reconfortante pois o RIO DOURO estava lá a acompanhar, lado a lado com os carros e seus ocupantes. O Sol deu um ar da sua graça e no caminho de Caldas de Arego até à Régua os cabrio puderam recolher a capota e desfilar pela N222. Na Régua o almoço estava marcado no restaurante “O Torrão” onde o grupo se juntou e teve oportunidade de trocar impressões sobre o troço e a forma como os carros se comportaram em condições atmosféricas adversas. A boa-disposição era evidente entre os participantes e durante o almoço houve oportunidade de brindar com os vinhos de mesa oferecidos pela Nierport (Redoma, Tiara, Vertente). Entre brindes à vida, saúde, sorrisos e conversas o grupo deixou o restaurante, e os carros perfilam-se para entrar no troço da nacional 222 que foi considerado o mais belo e melhor percurso do mundo para quem gosta muito de conduzir (o percurso Régua/Pinhão). No percurso, paragem na foz do rio Tedo,
para apreciar a paisagem e conhecer a Quinta com o mesmo nome. Neste local o grupo teve ainda a oportunidade de degustar um dos ex-libris vínicos do país, o Vinho do Porto. De volta à nacional 222, e dado o adiantado da hora, a decisão foi dar por terminado o primeiro passeio na Foz do Távora. Contudo, aquele que seria para muitos o ponto final do primeiro encontro, acabou por ser apenas mais uma paragem. O Presidente da Camara de Tabuaço, Carlos Carvalho, foi cumprimentar e saudar o grupo que subira ao Douro e terminava o passeio no seu Município desafiando os participantes que ainda estavam no local a conhecer a Festa das Vindimas em Valença do Douro, onde, horas mais tarde, era finalmente dado por terminado o evento entre churrasco e música popular, com direito a bailarico de rua. Para José Lopes, da I Love Douro, promotora deste encontro, o evento foi um sucesso, apesar do dia cinzento, ficando a promessa de mais encontros deste género pelas estradas do Douro. “Queremos agradecer a todos que participaram entusiasticamente no nosso primeiro encontro. Nem tudo correu como planeado, mas foi o primeiro. O nosso objetivo continua a ser criar um grupo de amigos, em torno dos carros”. ■
VIVADOURO OUTUBRO 2019 21
Vários Concelhos
Mercedes-Benz On The Road passou pela Régua Entre os dias 18 e 20 de outubro a MCoutinho esteve na Régua com um roadshow que permitiu aos clientes ficarem a conhecer melhor os novos veículos da marca alemã. Margarida Coutinho, responsável da MCoutinho falou á nossa reportagem no Cais da Régua afirmando que esta é uma oportunidade de estar mais próximo do cliente, em especial num momento que o perfil deste tem vindo a mudar. “A ideia é estarmos próximos do cliente. Já fazemos este tipo de iniciativas há algum tempo e tentamos abranger todo o distrito, já estivemos em Chaves e Vila real e fazia todo o sentido estar também na Régua pela importância desta cidade no distrito. Estamos aqui com os modelos mais recentes da Mercedes-Benz para que as pessoas tenham oportunidade de os conhecer. A ideia aqui não é que a pessoa venha comprar, o objetivo é que as pessoas experimentem os diferentes modelos e, um dia
quando pensarem adquirir uma viatura nova se recordem deste momento. O perfil do cliente também tem vindo a mudar, com o aparecimento de alguns modelos mais económicos a marca reposicionou-se, não sendo apenas uma marca ao alcance de poucos mas abrindo o mercado do cliente de classe média”. Para Margarida Coutinho estes momentos são cada vez mais importantes até porque os carros têm mudado muito, em especial no interior onde é, inclusivamente, possível falar com a viatura não sendo necessário aceder aos botões para ligar ou desligar o ar condicionado, por exemplo, ou fazer uma chamada telefónica. “Os carros têm mudado muito, em especial no seu interior, por isso é importante que as pessoas os venham conhecer e que tenham essa experiência de os conduzir com um especialista ao lado que ajude a entender o que mudou”. Para a responsável da MCoutinho o paradigma deste setor está a mudar com vários clientes a usarem as diferentes plataformas online para a aquisição de uma viatura, realidade a que a Mercedes se tem vindo a adaptar ao longo dos últimos anos.
“A Mercedes está a apostar cada vez mais na vertente online e em breve irá arrancar uma nova plataforma que é um showroom online que permitirá ao
cliente um sem número de facilidades, permitindo mesmo que o negócio seja totalmente feito online, como já nos aconteceu”. ■
Petição Linha do Douro já tem mais de 11 mil assinaturas Apresentada no dia 15 de junho deste ano, a petição pública pela completa requalificação e reabertura da Linha do Douro (Ermesinde-Barca de Alva e subsequente ligação a Salamanca) conta já com mais de 11 mil assinaturas feitas, na sua maioria, em formato papel. A informação foi dada em exclusivo ao VivaDouro por António Filipe, presidente da Liga de Amigos do Douro Património Mundial (LADPM), e um dos rostos mais visíveis da defesa desta linha. Questionado sobre o envio do documento para a Assembleia da República, Antó-
nio Filipe afirma que esse passo terá de ser “combinado com a Fundação Museu do Douro e com o Presidente da Assembleia da República que gostaríamos que tivesse presente nesse momento, portanto será agendada em momento oportuno”. A não inclusão, por parte do Governo, desta obra no PNI 2030 é um dos motivos para a criação desta petição que, segundo o presidente da LADPM, não é a única ação a ser desenrolada neste momento. “Esta é apenas uma de várias iniciativas que a Liga dos Amigos do Douro Património da Humanidade está a levar a cabo para que o assunto seja trazido para a discussão. Conhecemos bem a intenção do Governo relativamente ao PNI 2030, achamos que a eletrificação é importante mas não é tudo. Temos de continuar a falar com o Governo continuando a demonstrar a importância de levar até Barca D’Alva e ao mesmo tem-
po também mantemos diálogo com o lado espanhol no sentido de granjear apoio para esta causa. A Liga entende que a Linha do Douro não pode ser um ramal e terá que chegar a Salamanca para poder fazer parte da rede eu-
ropeia ferroviária”, conclui o responsável. Recorde-se que a petição pode ser assinada presencialmente nas câmaras municipais e juntas de freguesia do território CIM Douro, bem como online no site do parlamento nacional. ■
22 VIVADOURO OUTUBRO 2019 PUB
Carla Ventura Vice-Presidente da direção da CASES
O inquérito ao trabalho voluntário A CASES é uma cooperativa de interesse público, uma entidade do setor da economia social com acentuada participação do Estado, que tem por missão promover o fortalecimento do sector da economia social, aprofundando a cooperação entre o Estado e as organizações que o integram. A par dessa missão, em 2017 viu as suas competências alargadas à prossecução de políticas na área do voluntariado. No passado mês de julho, em conjunto com a presentação a Conta Satélite da Economia Social foram apresentados os resultados do Inquérito ao Trabalho Voluntário (ITV), relativo a 2018, que nos deram a conhecer a caracterização dos voluntários e do voluntariado que é feito em Portugal. De acordo com os resultados do Inquérito, cerca de 700 mil portugueses, com 15 ou mais anos, participaram em, pelo menos, uma atividade de voluntariado em 2018, daí resultando uma taxa de voluntariado de 7,8%. Com base nos resultados do ITV, e se quisermos traçar um perfil sintético, podemos dizer que o voluntário português é maioritariamente do sexo feminino, com formação superior, idade compreendida entre 25 e 44 anos, reside na zona centro e participou essencialmente em ações de voluntariado no domínio da ação social. Claro está que esta leitura é demasiado redutora para caracterizar um universo que encerra, pela sua natureza, grande riqueza e diversificação. Podemos também destacar o facto de os resultados evidenciarem que a participação no trabalho voluntário está associada ao nível de escolaridade, bem como facto de cada vez mais jovens fazerem voluntariado, já que, pese embora encontremos mais pessoas com 25 a 44 anos a fazer voluntariado, é no escalão etário dos 15 e 24 anos que encontramos a maior taxa de voluntariado, o que não se verificava nos resultados apurados em 2012. O mesmo exercício, em modelo piloto, tinha já sido realizado em 2012, mas importa relevar que dado ter sido utilizada uma metodologia distinta, os dados não são completamente comparáveis: o voluntariado informal deixou de contemplar as atividades de voluntariado feitas em prol de indivíduos com uma relação familiar, ou seja, o apoio prestado a familiares. Se tivermos em conta apenas o voluntariado formal, aquele que é desenvolvido através de uma organização, e uma vez que nesse quadro não houve alteração metodologia operacionalizada, sendo, por isso, possível efetuar uma comparação com os resultados do ITV relativos a 2012, o número de voluntários aumentou. De facto, a taxa de voluntariado formal aumentou de 5,9%, em 2012, para 6,4%, em 2018. São, em suma e independentemente da sua caraterização sociodemográfica, milhares as pessoas que diariamente se dedicam ao trabalho voluntário, estando sempre disponíveis, pela sua própria iniciativa ou das organizações com as quais se identificam, para defenderem causas comuns, provocando nas comunidades onde atuam transformações sociais significativas na promoção da cidadania. Enquanto promotor de práticas comunitárias, o voluntariado tem um papel decisivo no reforço da coesão social e na consolidação do regime democrático e da cidadania, aproximando os cidadãos em torno de causas comuns, solidárias e integradoras do indivíduo na vida coletiva, por isso, o voluntariado tem assumido um espaço próprio enquanto medida de ação política. Mas para o desenho de medidas, para uma definição ajustada de estratégias de intervenção, é essencial o conhecimento do universo de intervenção. E o conhecimento do universo do voluntariado em Portugal é hoje possível pelos resultados do ITV, em cujo processo de desenvolvimento o Instituto Nacional de Estatística envolveu, desde o primeiro momento, a CASES. Os resultados do ITV permitirão desenhar medidas de política mais ajustadas, desenhar respostas mais adequadas à nossa realidade, tendo sempre presente o princípio da autonomia do voluntariado e dos seus representantes. Políticas públicas que regulem, apoiem, mas que não restrinjam esta atividade que se constitui como um dos mecanismos mais promissores de solidariedade social e, porventura, até socialmente mais generoso do que as solidariedades comunitárias, na medida em que transvaza os quadros da relação familiar e de vizinhança, assumindo uma dimensão de cidadania mais profunda. Cabe, pois, à CASES a grata missão de contribuir para o reforço das condições e para ajustar ou disponibilizar mecanismos que dinamizem e qualifiquem esta atividade. Objetivo que veio ser potenciado pelos resultados do ITV.
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Sabrosa
Município comemorou os 500 anos do início da viagem de Fernão de Magalhães O município de Sabrosa dinamizou a 20 de setembro um programa especial de eventos para assinalar os 500 anos da data de início da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães. Da parte da manhã, na rotunda de Magalhães, foram hasteadas as bandeiras dos países tocados pela viagem, com entoação da Marcha de Sabrosa, pelos alunos sabrosenses e da Academia Sénior de Sabrosa. Logo em seguida foi declamado o poema “Fernão de Magalhães”, de Miguel Torga, por um dos alunos presentes. À tarde, no auditório municipal de Sabro-
sa, foi exibido o filme "À conquista do mundo - Fernão de Magalhães" para o público escolar. Ainda durante a tarde aconteceu a apresentação final do atelier pedagógico “Chegada à Terra do Fogo”, dinamizado pela Viv'Arte com os alunos do 3.º ano de escolaridade do Centro Escolar Fernão de Magalhães e às 16h00 deu-se o lançamento da nota 500 anos da circum-navegação 1519 - 2019. Todo o programa foi acompanhado em direto pela RTP, que se juntou a Sabrosa na promoção deste evento, levando Fernão de Magalhães e Sabrosa a todo o mundo. ■
Prémios Municipais de Mérito Escolar atribuídos aos melhores alunos do concelho Os melhores alunos a estudar no concelho de Sabrosa até ao 12.º ano de escolaridade foram novamente distinguidos pela Camara Municipal de Sabrosa através da atribuição dos Prémios Municipais de Mérito Escolar. Estas atribuições aconteceram na Gala do Dia do Diploma, organizada pelo Agrupamento de Escolas Miguel Torga - Sabrosa, no passado dia quatro de outubro na Escola EB 2,3/S Miguel Torga de Sabrosa. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Domingos Manuel Alves Carvas, que aproveitou o momento para enaltecer a satisfação com que estes prémios são atribuídos destacando que “acima de tudo, estes são prémios que destacam a excelência dos alunos, mas também o trabalho, esforço e dedicação de toda a comunidade escolar”.
Os prémios entregues no ano de 2019 destacaram o mérito do melhor aluno de cada um dos cursos disponíveis para o ensino secundário, atribuindo ao melhor aluno de Ciências o Prémio Fernão de Magalhães, ao de letras o prémio Miguel Torga, e um prémio idêntico ao melhor aluno do ensino profissional. A cada um destes alunos foi entregue um voucher no valor de quinhentos euros. Foram ainda premiados, com Vales Oferta, cinquenta e nove alunos, que integram o quadro de mérito escolar, e um total de nove alunos que mais se destacaram no último ano dos primeiro, segundo e terceiro ciclos de escolaridade. Com esta política, o município visa motivar os jovens no seu desenvolvimento pessoal e social, tornando ao mesmo tempo Sabrosa como um território cada vez mais atrativo para as famílias. ■
CHAMAMENTO – entre a escrita XI Lagarada Tradicional celebrou e a arte, de Agostinho Santos, a vindima, o vinho e a vinha inaugurada no Espaço Miguel Torga em Celeirós do Douro A exposição CHAMAMENTO – entre a escrita e a arte, de Agostinho Santos, foi inaugurada no dia 12 de outubro no Espaço Miguel Torga com a presença do autor. Numa cerimónia que contou também com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Sabrosa e do diretor do Espaço Miguel Torga, no momento foi enaltecida a satisfação e honra por receber o autor e a sua obra no espaço. Com curadoria de Humberto Nelson, o trabalho apresentado é o resultado da leitura crítica e social do autor de livros de Miguel Torga, José Saramago, Fernando
Pessoa, Valter Hugo Mãe, Manuel António Pina, Gonçalo M. Tavares, e muitos outros escritores e poetas, e tem o objetivo de despertar as consciências dos visitantes para os diferentes temas sociais implícitos nos trabalhos apresentados. A exposição está disponível para visitação até ao dia 31 de dezembro de 2019, na sala de exposições temporárias do Espaço Miguel Torga, com entrada livre. Agostinho Santos, natural de Mafamude, Vila Nova de Gaia, nasceu em 1960 e é jornalista, pintor e curador independente. ■
A XI Lagarada Tradicional, que decorreu em Celeirós do Douro nos dias 21 e 22 de setembro, foi um hino às vindimas, à vinha e ao vinho do douro e trouxe muita música e animação a todos os visitantes deste certame, que é já uma das referências da mais antiga região demarcada do mundo. O programa do evento contou com dois dias de muita animação e começou no sábado de manhã com a abertura oficial do certame, que contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Celeirós do Douro e do Vice-Presidente do Município de Sabrosa. Depois, as ruas e os
lagares da aldeia sabrosense encheram-se de animação e o programa “Aqui Portugal”, da RTP 1, que emitiu em direto a partir de Celeirós do Douro, deu durante todo o dia destaque à festa e ao que de melhor há no concelho de Sabrosa. A festa continuou no domingo. Com as condições meteorológicas a melhorarem, as ruas encheram-se de visitantes que não quiseram perder todos os momentos da festa, que contemplou atuações de vários grupos de concertinas, Zés Pereiras, teatro de rua e outros de caráter popular presentes. ■
24 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Tabuaço
Barcos viveu espírito das vindimas Nos passados dias 21 e 22 de setembro, a aldeia vinhateira de Barcos, Tabuaço, foi palco da já tradicional Festa das Vindimas, um evento que anualmente vê crescer o número de visitantes. O certame, organizado pela Junta de Freguesia local, com o apoio da autarquia, é já uma certeza no calendário das festividades locais. O envolvimento da população na preparação deste evento é grande, seja na decoração das ruas ou na forma como ali recebem os milhares de turistas que procuram viver um pouco da experiência da produção de vinho na região. Facto que o autarca tabuacense, Carlos Carvalho, destaca, bem como a importância desta festa na preservação das tradições locais e na valorização do território. “É uma festa importante até pelo facto de Barcos ser uma Aldeia Vinhateira e ter já uma tradição com alguns anos. É também um evento importante para a valorização dos produtos locais, bem como aquilo
que é a preservação das nossas tradições e a valorização turística que permite que muitos dos turistas que nos visitam nesta altura das vindimas possam tomar contacto com aquilo que é o património, com os nossos produtores e os nossos costumes. O envolvimento da população é o mais importante e ficamos muito satisfeitos ao ver que de ano para ano esse envolvimento é cada vez maior e, mesmo acontecendo o que aconteceu este ano em que choveu no primeiro dia, as pessoas não baixam os braços e fazem tudo para apresentar o seu trabalho da melhor forma”. Para Armindo Fernando Barradas, Presidente da Junta de Freguesia este evento é o culminar de duas semanas de trabalho intenso na sua preparação. Com uma adesão maior do que no ano anterior, o autarca local destaca a dedicação da população que com pouco dinheiro faz uma festa que a todos enche de orgulho. “O balanço é positivo apesar da chuva no sábado mas isso são coisas que não podemos evitar. No domigo houve uma adesão muito grande, tanto na caminhada como no passeio a cavalo e aqui nas ruas de Barcos, onde se tem vivido um dia divertido com diversos espetáculos muito interessantes. São duas semanas de trabalho árduo para fazer isto e o trabalho que aqui a população faz é voluntário. É uma satisfação
cada vez maior ver este envolvimento. Se houvesse dinheiro muita coisa poderia ser resolvida mas essa não é a nossa principal preocupação nesta festa, aqui o mais importante é o envolvimento da popula-
ção mesmo numa altura de tanto trabalho como é esta das vindimas. Havendo dinheiro tudo se faz mas também existe depois um maior afastamento da população e não é esse o nosso objetivo”. ■
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26 VIVADOURO OUTUBRO 2019
i9 Negócios by SPA Consultoria Arregaçar as Mangas Será que conhecemos as dinâmicas empresarias do Douro? Os projetos e empreendedores por detrás da inovação na região? Qual a evolução observada e as forças que a promovem? Fique a par do que de melhor se faz e ganhe uma nova visão sobre a região. Há 25 anos atrás, estavam sediadas na região Norte 127 mil empresas, maioritariamente dos setores terciário e secundário, principalmente concentradas no Grande Porto e Ave. As regiões do Douro e Trás-os-Montes apresentavam, em 1994, um papel secundário no contributo para o número de empresas e emprego/volume de vendas, 8 e 2% respetivamente. Com perfis claramente assentes no setor terciário, sobretudo nas atividades comerciais, o interior Norte divergia claramente do litoral na sua capacidade de geração de valor e emprego. Em meados da década de 90, mais de 50% do volume de negócios empresarial da região advinha do Comércio, área com maior expressão do grande setor do Comércio, Restaurantes e Hotéis no Douro. Esta atividade não
promove a criação de valor acrescentado e tem um contributo baixo na geração de riqueza na região. Se avançarmos para 2017, ao analisarmos os últimos dados disponíveis, podemos ver já a mudança de paradigma que está a ocorrer. Segundo o estudo Análise das Empresas na Região Norte do Banco de Portugal, publicado em julho de 2019, estavam sediadas 144 mil empresas na região norte. A sub-região do Douro contava com 30 340 empresas, 91% das quais são microempresas, que empregam 52 620 pessoas e 58% do volume de negócios total está associado à exploração vitivinícola. Não obstante à dimensão das empresas, foram criadas em 2017, 2 893 novas empresas, um saldo positivo de 76 novas empresas, com destaque para os setores do Turismo e Agricultura. O Douro assistiu nos últimos 18 anos a grandes mudanças advindas do reconhecimento do Alto Douro Vinhateiro como Património da Humanidade em 2001. Este galardão e a dinâmica incontida na região teve maior impacto a partir de 2010 com a entrada em execução do quadro de apoio comunitário QREN, iniciado em 2008, e do seu sucessor o Portugal 2020 em 2014. Estas mudanças são especialmente evidentes no Turismo e Vinho/Viti-
cultura, mas vêm nos últimos anos também a ser notadas nas TIC. A secretária de Estado do Turismo afirmou, no final de 2018, que o Douro ajudou a abrir o mapa turístico de Portugal e revelou que, em seis anos, o território duplicou o número de dormidas e quadruplicou os visitantes estrangeiros, criando valor o que é sustentado pelo crescimento exponencial dos proveitos com dormidas nos alojamentos turísticos. Apoiado por elementos de elevada diferenciação, o Douro apresenta um enorme potencial de crescimento e valorização, estando ainda por descobrir inúmeras tradições, produtos e as gentes, havendo espaço para novas ideias e projetos que agreguem os ativos diferenciadores e qualificadores estratégicos da região - Natureza, História, cultura e identidade, Água e Gastronomia e Vinhos – aliados à inovação e novas tecnologias, sem esquecer ou descurar a vertente sustentável. Há cerca de 25 anos atrás, a SPA Consultoria | Arregaçar as Mangas nascia em Vila Real fruto da vontade de 2 jovens empreendedores em dinamizar o Douro. Com a missão de apoiar e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico da região, dedicou-se nas últimas 2 décadas à criação, desenvolvimento e implementação de soluções integradas e inovadoras
de melhoria da eficácia operativa das empresas e organizações. O foco desta equipa dedicada é a dinamização do Douro, seja através de programas pioneiros a nível nacional, de que é exemplo a iniciativa GLOCAL, ou de acções inovadoras como a Douro Business School, a primeira escola de negócios no e para o Douro. A SPA Consultoria | Arregaçar as Mangas já apoiou centenas de empresas e empreendedores no delineamento dos negócios e projetos, assim como autarquias, conhecendo intimamente o território e as suas especificidades e nuances. É esta experiência e entrosamento com o território e suas gentes que traz o sucesso a todos os projetos apoiados e a diferencia no contexto regional. É nesta ótica que inicia agora esta rubrica mensal onde se procura divulgar e enquadrar de forma construtiva novos e inovadores projetos e ideias. Este é um espaço dedicado à conversa com os empreendedores e partilha de projetos, mas também à análise cuidada dos vários setores em destaque na região duriense, o que permitirá adquirir uma visão ampla do território, das suas oportunidades e desafios. Acompanhe em todas as edições novas visões, produtos, projetos e pessoas e o impacto e dinamização que trazem ao Douro. ■
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Nacional
Festa da Montanha regressa a Sambade nos dias 1, 2 e 3 de novembro
Governo: Nova equipa para Agricultura tem desafios "muito exigentes"
Nos dias 1, 2 e 3 de novembro a Festa da Montanha regressa a Sambade, no concelho de Alfândega da Fé. Uma iniciativa que vai na quinta edição e cujo objetivo é divulgar e celebrar as potencialidades da montanha. A Festa tem lugar na aldeia de Sambade, situada na Serra de Bornes, e dá a conhecer as lendas e os sabores da montanha.
A Confagri - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal considerou, esta semana, que a nova equipa ministerial para o setor tem desafios "múltiplos e muito exigentes". Em comunicado, a Confagri diz que aguarda, para breve, reuniões com os novos titulares "para tomar conhecimento das políticas e estratégias que se propõem desenvolver e para apresentar as principais prioridades da confederação, na atual conjuntura". A confederação saúda assim os novos secretários de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, bem como a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, com quem "espera desenvolver um permanente e profícuo diálogo". Para a Confagri, os desafios que se colocam ao setor agroalimentar e florestal, durante o período da próxima legislatura são "múltiplos e muito exigentes". "Salientamos a necessidade de negociação de uma
É a pensar nas potencialidades que a montanha tem que o Município de Alfândega da Fé organiza este certame. Celebrando as especificidades do território, foi preparado um conjunto de iniciativas para um fim-de-semana prologando passado na montanha, com música, produtos locais, gastronomia e debates sobre uma das principais culturas da serra: a castanha.
À mesa, é no cabrito serrano DOP que vão estar centradas as atenções. Integrados no projeto gastronómico Alfândega da Fé à Mesa, dois restaurantes locais vão estar presentes no certame, para deliciar os visitantes. As ementas vão ser preparadas pelo Chef Marco Gomes, parceiro nesta iniciativa, que propõe o cabrito como prato principal e javali, mas há outras iguarias para degustar, como os cogumelos selvagens, apanhados nas encostas da Serra de Bornes, as sobremesas confecionas com castanha, os queijos e enchidos regionais e as tradicionais e únicas sopas das segadas de Alfândega da Fé. No exterior um enorme assador vai estar em permanente funcionamento para que os visitantes possam desfrutar do aroma e sabor das castanhas assadas, acompanhadas da típica queimada de monte mel, uma bebida de inverno, feita com água ardente e mel. Em tempo de magustos, a Festa da Montanha oferece um reconfortante convívio, onde se junta animação, cultura e atividades para todos os gostos. O programa para o fim de semana inclui ainda passeios pedestres, com a possibilidade de os participantes apanharem cogumelos, passeios de burro, contos à lareira, montaria ao javali e a realização do 2º concurso da castanha. Uma iniciativa a não perder, nos dias 1, 2 e 3 de novembro! ■
PAC [Política Agrícola Comum] mais favorável ao nosso país, tanto no âmbito das ajudas diretas e da organização dos mercados, como no âmbito do desenvolvimento rural", refere. Importa assegurar ainda a continuidade do esforço de modernização do setor, assegurando um adequado período de transição entre o PDR 2020 e o futuro Plano Estratégico Nacional e promovendo a simplificação no acesso aos apoios ao investimento, acrescenta. As respostas aos desafios das alterações climáticas e da neutralidade carbónica exigirão também respostas ponderadas, multissetoriais e devidamente suportadas no conhecimento científico, sinaliza. A Confagri, enquanto representante do setor cooperativo agrícola e de uma vasta rede de organizações agrícolas, "continua disponível para colaborar na implementação das medidas de política que assegurem o desenvolvimento sustentável do setor agroalimentar e florestal, o rendimento dos agricultores e a dinamização dos nossos territórios rurais". ■
Conjuntura "é oportunidade" para secretária de Estado pensar o Turismo O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) acredita que a conjuntura atual no setor do turismo é uma "oportunidade" para a nova secretária de Estado "pensar numa estratégia para os próximos dez anos". Pedro Costa Ferreira garantiu, em declarações à agência Lusa, que a APAVT deseja "desenvolver uma relação de confiança e diálogo [com a nova governante], que promova um trabalho conjunto e sobretudo que conduza a resultados" "Já tivemos pessoas de fora da indústria que foram excelentes secretários de Estado e já tivemos [outros] de dentro que não se deram assim tão bem" no cargo, disse Pedro costa Ferreira, escusando-se, no entanto, a comentar a escolha de Rita Marques, presidente da Portugal Capital Ventures, para assumir a secretaria de Estado do Turismo. O líder da associação garantiu que não ficou desiludido por o turismo não ter direito a um Ministério autónomo. "É mais importante para mim trazer o turismo para a centralidade económica do país do que propriamente ter um ministro. Às vezes mais do que a forma interessa o conteúdo", defendeu o presidente da APAVT. Pedro Costa Ferreira fez ainda um balanço da tutela anterior, de Ana Mendes Godinho, que saiu da secretaria de Estado do Turismo para assumir o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. "Como se sabe, Ana Mendes Godinho conviveu com uma das fases mais brilhantes do turismo português e naturalmente teve importância nesses mesmos resultados. Não foi a única, é evidente que os empresários tiveram com toda a certeza tanta importância como a secretária de Estado, mas é de primeiríssima justiça dizer que teve excelentes resultados", de acordo com o presidente da APAVT.
O dirigente associativo realçou ainda o papel da tutela na "transposição para o regime legal português de uma diretiva tão difícil como foi a diretiva comunitária sobre viagens organizadas". Quanto à nova responsável pela pasta do turismo, "vem enfrentar uma conjuntura certamente mais adversa do que aquela que enfrentámos nos últimos anos, mas por outro lado vivendo um momento de fim de ciclo é a oportunidade de pensar numa estratégia para os próximos dez anos". Para Pedro Costa Ferreira, Rita Marques tem condições para "colocar a sua marca pessoal nesta nova década que temos que construir para o turismo português". Questionado sobre prioridades para a nova legislatura, o presidente da APAVT disse que é preciso "falar de qualificação de oferta e da necessidade extrema de resolvermos o problema da mão-de-obra". "Conseguimos subir os preços com este aumento brutal da procura e fazer um trabalho importante de inovação, nomeadamente no alojamento local, na animação turística e novos espaços territoriais que foram ganhos para o turismo, mas por outro lado julgo que há muito a fazer na qualidade do serviço o que faz com que provavelmente dos preços que subiram alguns vão ter que baixar", garantiu. Pedro Costa Ferreira reforçou ainda que o setor tem que lutar para "manter a autenticidade, que é uma das valências mais importantes do país, mas juntar a essa autenticidade serviços de excelência e modernidade". A nova secretária de Estado do Turismo, Rita Marques é presidente da sociedade de capital de risco Portugal Capital Ventures e tem desenvolvido diversos trabalhos de consultoria com entidades públicas e privadas na área da Inovação, Financiamento Público, Internacionalização e Investimento Direto Estrangeiro. ■
28 VIVADOURO OUTUBRO 2019
Opinião
Perspetivar o Douro com maior ambição
António Fontainhas Fernandes Reitor da UTAD
A propósito do recente debate televisivo “Prós e Contras” sobre o “Douro Prodigioso”, muito se tem comentado em diversos meios de comunicação,
em especial nas redes sociais. As apreciações sobre o Futuro da região são dispersas, exigindo uma negociação assertiva para alcançar estabilidade social. Prever o futuro é sempre uma tarefa ingrata, ainda mais quando se trata de uma região historicamente dividida, o que exige pensar e perspetivar o que queremos para o nosso Futuro comum. Existe uma clara falta de ambição coletiva da região, com muitos que advogam o pessimismo do presente e futuro e até se reclama o aparecimento de um novo Marquês de Pombal para dar um novo rumo. Neste cenário, vale a pena revisitar as recomendações do estudo realizado pela UTAD sobre o “Rumo Estratégico para o setor dos Vinhos do Douro e do Porto”, sob a orientação científica do investigador João Rebelo e a monitorização de Daniel Bessa. Este estudo, efetuado por encomenda do IVDP, tem merecido comentários consensuais, tanto pelos produtores como pelos exportadores, nomeadamente ao nível do
Conselho Interprofissional. O estudo mostra que o vinho do Porto tem uma história de sucesso de cerca de três séculos, na comercialização no mercado internacional, mas assente num reduzido número de empresas. Na última década, defronta-se com a ameaça de decréscimo das vendas, cuja inversão desta tendência sugere a necessidade de diversificar e adaptar o produto a novos segmentos de consumo e uma maior valorização dos vinhos. A atividade vinícola assenta numa estrutura empresarial muito dispersa, com predomínio de micro e pequenas empresas, mas existem bons exemplos de empresas jovens, dinâmicas e com bom posicionamento no mercado. O cenário atual exige uma melhor valorização dos vinhos e das uvas, indispensáveis à sustentabilidade económica, ambiental, patrimonial e social da região. Entre as recomendações destacam-se a implementação de um sistema inteligente de mercado, reforço da promo-
ção coletiva em mercados prioritários, da comunicação digital com consumidores e mercados, de campanhas de modernas da imagem do Vinho do Porto, e ainda medidas que conduzam a para melhor exercício da atividade comercial e regulação inteligente do vinho Douro. Sugere também medidas operacionais como a criação de uma plataforma logística regional no Douro para facilitar fluxos de serviços, de armazenagem, aduaneiros e de transporte, bem como uma maior simplificação para os agentes económicos do setor, entre outras. Mas, o futuro do Douro não pode ser desligado da globalização e digitalização da sociedade e da economia, com novos padrões de produção e consumo. A exemplo do que ocorreu no início do século XXI, marcado por um considerável investimento em acessibilidades e infraestruturas, que tiveram efeitos positivos no Douro, o Programa Nacional de Investimentos 2030 é uma oportunidade que devemos explorar. É certo que a versão divulgada vota o Douro ao
esquecimento. Por exemplo, não inclui a Linha do Douro, um corredor ferroviário que une quatro patrimónios mundiais desde o Porto até Salamanca, de enorme interesse para o país, e que deverá ser incluído na política de transportes públicos da Europa e na dita descarbonização. Ciente que o pensamento e ação de longo prazo entram em contradição com os objetivos de curto prazo da sociedade atual ou com a governabilidade determinada pela tática do imediato, termino lembrando António Barreto: fez-se mais pelo Douro nos últimos vinte anos do que em duzentos. Espera-se que as páginas seguintes da história possam conter alguma dose de otimismo e de esperança, não obstante o contexto de incerteza e de imprevisibilidade. O desenvolvimento equilibrado do Douro, como um todo, exige visão e ações, bem como pessoas que estimulem entendimentos alargados ao nível central e da região.
que provam valer sempre a pena esforçarmo-nos por obter produtos de qualidade, independentemente dos contextos, algumas vezes adversos em que possamos estar inseridos numa primeira análise. O encanto do Porto Vintage reside no facto de ser atrativo em praticamente todas as fases da sua vida em garrafa. Produzido a partir de uvas de um único ano e engarrafado dois a três anos após a vindima, evolui gradualmente durante 20 a 50, ou mais, anos em garrafa. Todavia, esse nem será o caso quando olhamos a campanha de 2019 na Região Demarcada do Douro. Pois a previsão é de um aumento de 25 % dos litros de vinho relativamente aos números do ano passado. Esse acréscimo dever-se-á a dois fatores, designadamente: o ano agrícola e a ausência de doenças. Certezas que perspetivam novamente uma exce-
lente qualidade dos vinhos da Região Demarcada do Douro. Na verdade, o Vinho do Porto é o vinho com maior peso no total da quantidade produzida na Região Demarcada do Douro, representando 53 % em média nos últimos 10 anos. Território onde o Vinho do Porto continua a eleger-se como a joia da coroa. Sendo que a sua representatividade variou nesse período entre um mínimo de 45 % em 2011 e um máximo de 63 % em 2018. Posição que permite também nomear o Vinho do Porto como o produto português do setor mais exportado: cerca de 43 % das exportações totais em valor no ano passado. Liderança que resulta de um esforço conjunto de todos aqueles que teimosamente persistem em prol de um objetivo único: aumentar a qualidade, ancorando mais valor!
houve um grande incremento na produção científica e no estabelecimento de instituições científicas de reconhecido prestígio internacional e na sua articulação com o meio empresarial. Esta evolução permitiu um maior apoio às empresas no desenvolvimento de processos de inovação e na transferência do conhecimento, que foi transversal aos vários setores de atividade, e que recentemente foi alvo de reconhecimento europeu através da classificação da região Norte como “fortemente inovadora-“, por parte do Regional Innovation Scoreboard, classificação esta claramente excecional no quadro da Península Ibérica e na Europa do Sul no seu conjunto. É certo que importantes desafios continuam presentes: a região mantém um nível de produtividade do trabalho relativamente baixo, que se reflete num também reduzido produto per capita; o stock de qualificações é ainda relativamente
modesto; o perfil de exportação carece de maior diversificação e apresenta um segmento importante de produção com baixo valor acrescentado; a região continua a mostrar traços claros de desigualdade intraterritorial, com algumas áreas marcadas por níveis de produção e indicadores de repulsão demográfica preocupantes; os problemas de desertificação e de envelhecimento, com cambiantes no território, suscitam também inquietação. Chegado o momento para refletir sobre o próximo quadro comunitário (2021-2027), é a altura de tomar decisões sobre as áreas de intervenção que serão prioritárias, procurando promover o desejável equilíbrio entre o reforço da competitividade e o aumento da coesão territorial. O sucesso deste exercício dependerá, antes de mais, da solidez da sua estratégia e para ser bem-sucedido, terá que ser feito à escala regional, com a auscultação e o envolvimento direto dos seus atores.
A diversidade nos anos vintage
Gilberto Igrejas Gilberto Igrejas Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP)
Primeiro o ano 2000 marcado pelo inverno seco, alguma chuva de junho a agosto e uma maturação lenta. O resultado foram vinhos apelativos, frutados e concentrados. Seguiu-se o ano de 2003 caracterizado pelo inverno chuvoso, primavera seca e temperaturas anormalmente altas durante a vindima. Obtivemos vinhos encorpados com taninos que conferiram bom potencial de envelhecimento. Depois veio o ano de 2007 sinalizado pela precipitação acima da média, temperaturas abaixo do normal e uvas equilibradas. Alcançaram-se vinhos elegantes, finos com estrutura e taninos aveludados. Chegamos ao ano de 2011 relembrado pelo inverno chuvoso, primavera seca e verão fresco. Produziram-se vinhos estruturados, com uma boa cor profunda e de aromas intensos com alguma elegância. Deparamo-nos de se-
guida com o ano de 2016 descrito pelo inverno quente, primavera chuvosa e verão seco. Os vinhos manifestaram concentração, equilíbrio e qualidade. Finalmente, esbarramos com o ano de 2017 definido como extremamente quente, com várias vagas de calor e ainda trovoadas que provocaram precipitação de curta duração. Criaram-se vinhos com intensidade aromática, boa estrutura com taninos e de excecional qualidade. Qual o denominador comum destas colheitas? Todas sem exceção foram alvo de Declaração de Ano Vintage. De resto, e para além de terem ocorrido pela primeira vez duas proclamações consecutivas de Porto Vintage neste século (2016 e 2017), o ano de 2017 é aquele em que um maior número de entidades ligadas à produção de Vinho do Porto declarou Ano Vintage: mais de 70. Circunstâncias
30 Anos de Política de Coesão
Ester Silva Vice-Presidente da CCDR-N
30 anos volvidos sobre o primeiro período de programação (19891993) e muitos milhões de euros de fundos estruturais depois (mais de 13 mil milhões), são inegáveis os benefícios da política de coe-
são na região do Norte. Começando pela parte mais visível, a relativa às infraestruturas, será útil estabelecer um termo comparativo: se em 1989 a região era marcada por um profundo atraso nas redes de comunicações e de transporte, hoje em dia o Norte está equipado com uma rede de estradas moderna e funcional e dispõe de um aeroporto internacional com grande volume de tráfego e de um importante porto, o segundo do país em termos de quantidades movimentadas, que funciona também como terminal de cruzeiros. Concretizou-se o tão ambicionado encurtamento da distância que separava os territórios do litoral e do interior, diminuindo o isolamento destes últimos. No âmbito dos equipamentos sociais, em que a região era claramente deficitária, inúmeros investimentos foram realizados na construção e reabilitação de escolas, hospitais e equipamentos culturais e desportivos, que vieram aumentar muito
significativamente o acesso da população a estes serviços. A qualidade de vida dos cidadãos melhorou consideravelmente, havendo vários indicadores que refletem esta evolução (a título de exemplo, veja-se a evolução positiva registada na taxa de mortalidade infantil, no abandono escolar precoce, no acesso a sistemas de abastecimento de água e tratamento de águas residuais ou nos níveis médios de escolaridade, entre muitos outros). Mas os avanços não se limitam à componente infraestrutural ou à melhoria genérica das condições de vida dos cidadãos. Os fatores de competitividade da região também registaram um reforço significativo, que se traduziu no aumento do grau de abertura da região ao exterior e na intensificação da sua capacidade exportadora, que tão importantes foram na resposta à última crise e na recuperação económica do país nos últimos anos. A par dos avanços em matéria de qualificações,
VIVADOURO OUTUBRO 2019 29
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DESCUBRA AS SETE DIFERENÇAS
RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO
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CARRÉ DE BORREGO COM ERVAS AROMÁTICAS Ingredientes
● 250 Gr de carré de borrego ● 4 Maçãs vermelhas ● 2dl de azeite ● 4 Tomates cherry ● Q.b. sal ● Q.b. de pimenta de moinho ● 3 Dentes de alho ● 130 Gr de manteiga clarificada ● Q.b. de ervas de Provence “Em nome da Câmara Municipal de Tabuaço desejo um Natal Feliz e ● Q.b. Mostarda ● Q.b. tomilho um ano de 2018 pleno de realizações pessoais e profissionais” ● Folhas de Manjericão O Presidente da Câmara ● ½ molho de salsa pequeno Maria
HORÓSCOPO
Foto: DR
Helena Socióloga, taróloga e apresentadora
(Carlos André Teles Paulo de Carvalho)
Preparação
1- Arranjar o carré e temperar com sal, alho, azeite, tomilho. 2- Leva-se a corar numa frigideira com azeite, só para que crie uma crosta na carne. 3- Numa tijela deita-se a mostarda, as ervas (aromáticas) um fio de azeite, e a manteiga clarificada, passa se com a varinha ate formar uma pasta. 4- Coloca-se o carré num tabuleiro com o forno pré-aquecido a 180ºc,cobre-se o carré com a pasta e leva-se ao forno cerca de 10 minutos. 5- Saltear os tomates cherry em azeite, alho e sal. 6- Descascar maçãs, cortar aos cubos e colocar a cozer num pouco de água. Deixar evaporar a agua e de seguida reduzir a puré. Temperar com um pouco de sal. 7- Dispões-se no prato em forma decorativa, servir com o puré maçã e tomates salteados.
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Amor: Será uma fase importante para rever o que não está bem na sua relação, compreendendo o que lhe falta e o que pode ser melhorado. Saúde: Deixe que se operem calmamente as mudanças que vierem a ocorrer na sua vida. Dinheiro: Possibilidade de ganhar algum dinheiro extra.
Piadas de bolso: Um polícia vai a perseguir um homem que conduzia muito bêbado. Quando finalmente o consegue fazer encostar à berma, pergunta: - Então o senhor não viu as setas? O bêbado responde: - Setas, que setas?! Eu nem sequer vi os índios!
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Armando Mateus:
"O visitante tem que ser bem acolhido e ter todas as condições ao seu dispor" Quais são as expectativas para a edição deste ano da Festa da Castanha? As expectativas são boas face aos pedidos de reserva e solicitações que temos para que vários grupos, um pouco de todo o país, nos visitem durante este fim de semana. Mantemos a essência deste certame, que é a valorização da castanha Martaínha, com uma programação que será na linha do que é já habitual nesta festa, uma animação bastante regional e típica, fazendo sobressair ainda mais este produto que é a castanha. Antecipando já uma forte adesão, este ano a nossa maior preocupação prende-se com a gestão do evento, propriamente dita. Vamos ter o espaço bem organizado com uma tenda de boas-vindas, um palco mais pequeno onde teremos alguns colóquios e apresentações de projetos ligados ao setor. Outra novidade é o palco principal que ficará na zona central no Exposalão rodeado pelos cerca de 100 expositores que aqui estarão presentes. A tenda gastronómica será também reforçada para dar uma resposta eficaz à procura que habitualmente se regista. Todos os outros eventos que são organizados durante estes dias como o BTT, o trail, os passeios, etc, serão também cuidadosamente organizados para que quem neles participa se sinta bem acolhido. Uma questão que este ano também nos tem preocupado bastante é a chegada à feira, o estacionamento, ter os parques devidamente sinalizados, aproveitando depois o comboio turístico, e dois mini autocarros, para transportar as pessoas até ao recinto, momento que será aproveitado ainda para uma breve visita ao centro histórico de Sernancelhe. Estas são as principais questões que nos preocupam para que, quem nos visita, saia daqui com a satisfação próxima dos 100%, e para que isso aconteça o visitante tem que ser bem acolhido e ter todas as condições ao seu dispor. No ano passado o recinto do certame foi aumentado, este ano há diversas alterações em curso. Todas estas mudanças prendem-se com o crescimento da Festa da Castanha?
Sim, este evento tem tido um aumento bastante acentuado de visitantes, não só porque é um evento histórico mas também pela aposta de comunicação que a autarquia faz. Este crescimento obriga a uma adaptação da nossa parte, não podendo fisicamente aumentar muito mais o espaço, devemos saber geri-lo melhor. Por exemplo, o facto do palco estar no meio do recinto ajuda à circulação das pessoas, ou a questão do estacionamento ser tratada com a devida antecedência. Podemos afirmar que a este evento acorrem pessoas um pouco de todo o país? Sim, cada vez são mais as pessoas de fora que nos visitam ao longo destes dias e são essas pessoas que procuram mais informação acerca do que vão encontrar, como é o caso dos grupos já confirmados. Este tipo de visitante quer ter tudo bem organizado, seja o local onde vão pernoitar, onde comer e questionam mesmo qual a televisão que estará presente no evento, o que é curioso. Estas excursões vêm de Lisboa, Aveiro, Porto, Minho, gente de vários locais que nos procura e para os quais devemos estar preparados. Depois há ainda os eventos paralelos como o BTT ou o trail, por exemplo, que são muito procurados. Só o BTT conta já com 1700 inscrições, um recorde absoluto e que já não pode aumentar mais até por causa de toda a logística necessária. Falando agora um pouco da rainha da festa, a castanha, quais são as expectativas para a campanha deste ano? Os indicadores são de uma campanha que se irá iniciar mais cedo, até porque temos o feedback dos produtores que a campanha normalmente se inicia muito perto do evento, portanto este ano começa mais cedo. A previsão este ano é de uma quantidade média, assim como a qualidade e calibre, apesar de ainda não ser uma previsão muito exata. Será um ano normal. Este é um setor muito importante para Sernancelhe. De que forma o município tem apoiado os seus produtores? Em Sernancelhe a castanha não é o produ-
to com maior produção em termos quantitativos mas é o maior em termos de valor económico. Num ano normal como este falamos de uma produção de 1 milhão de toneladas, o que nos dará um retorno de cerca de 3,5 milhões de euros, portanto, tem um forte peso na economia o que faz com que o município dedique bastante atenção a este produto. Este é um setor que atravessa grandes dificuldades, em especial no que diz respeito a pragas e doenças que não têm ainda cura. Apenas existem formas de minimizar o seu impacto, por esta razão criamos, no gabinete florestal, um departamento especial para o castanheiro e para a produção da castanha. Este gabinete tem o levantamento de todos os produtores do concelho, que são cerca de 100, e com quem vamos mantendo um contacto permanente. As alterações climáticas são outra das nossas preocupações, este é um produto de altitude, de montanha. O castanheiro, suporta bem as altas temperaturas do verão mas precisa de temperaturas baixas no inverno e isso não tem acontecido, o que traz ainda mais dificuldades para a produção. O crescimento da Festa da castanha é também um sinal de vitalidade deste setor? Penso que sim. A procura que este pro-
duto tem é muito grande e na sua maioria a produção é exportada e é nesta altura da Festa da Castanha que o produto tem o seu maior valor comercial. Como cada vez são mais os visitantes do certame os produtores vêm aqui um sinal de que é importante continuar a apostar neste setor. Para finalizar pedimos-lhe que deixe uma mensagem a todos aqueles que nos leem. Este será um fim de semana de excelência e nós estamos preparados para receber milhares de visitantes, a começar deste logo no acolhimento para que facilmente cheguem ao coração deste certame, num espaço com uma imagem bastante cuidada, como já é habitual. O programa será muito diversificado mas acima de tudo respeitando sempre as nossas tradições com os grupos de cantares à desgarrada, folclore e concertinas. Como é também já habitual, temos também associadas ao evento diversas provas desportivas como o passeio e trail pelo Trilho da Castanha e do Castanheiro, que se realizam no sábado, ou o BTT mais louco do país, no domingo, que tem uma componente de animação e diversão única, sempre com imensas novidades e surpresas para os participantes.