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Ano 6 - n.º 77 - julho 2021
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Mensal
Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Carlos Almeida
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Douro inova com passaporte exclusivo
Págs. 15, 16, 17 e 18
Entrevista
Região
Carrazeda de Ansiães
José Avillez: "Gosto muito de cabrito e de presunto de Lamego"
Autárquicas 2021: Casa do Douro: Irmãs criam projeto Território perdeu quase Inconstitucionalidade de moda inspirado 12 mil eleitores nas paisagens da região trava alterações
> Págs. 4 e 5
> Pág. 6
> Pág. 8
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VIVADOURO
JULHO 2021
Editorial Miguel Almeida Diretor VivaDouro
SUMÁRIO: Entrevista Páginas 4 e 5 Região Páginas 6, 8, 22, 24 e 28 São João da Pesqueira Páginas 7 e 14 Santa Marta de Penaguião Página 9
Eleições autárquicas são porventura as mais democráticas de todas as eleições As eleições autárquicas, são a melhor forma de os partidos políticos perceberem o que realmente valem a nível local; perceberem se penetram muito, pouco ou nada a nível do Douro mais profundo. Nas autárquicas tudo é muito mais próximo. Todos se conhecem, para o bem e para o mal…. Depois de sete anos de Governo Socialista, seria normal verificar algum desgaste, quer em António Costa quer no próprio governo, no entanto as sondagens não nos mostram isso. PSD e CDS fazem depender destas eleições o futuro político dos seus líderes. Um mau resultado, será certamente o fim de linha quer para Rui Rio quer para Francisco dos Santos. Voltando ao Douro, a pergunta que se faz é até que ponto esta tendência nacional vai ou não ter reflexos a nível local? Temos 14 presidentes que são recandidatos a um segundo ou terceiro mandato, ao invés temos cinco câmaras que por razões diversas, obrigatoriamente terão líderes diferentes. Cabe, agora, aos candidatos apresentarem aos eleitores os seus programas eleitorais, para que estes possam fazer as duas escolhas. Para os 14 que repetem a candidatura, será a hora do balanço do mandato, caberá depois aos eleitores a decisão se merecem ou não a sua confiança, para os restantes é o momento de mostrar o que querem fazer pelo seu respetivo concelho.
PRÓXIMA EDIÇÃO 25 AGOSTO
Vila Real Páginas 10 e 12
Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org POSITIVO A vacinação dos jovens entre os 16 e os 18 anos vai arrancar no fim de semana de 14 de agosto, anunciou o vice-almirante Gouveia e Melo.
Lamego Página 11 Carrazeda de Ansiães Páginas 13 e 20 Armamar Páginas 14 e 19 Destaque Páginas 15, 16, 17 e 18 Sabrosa Página 21 Sernancelhe Página 27 Lazer Página 30
NEGATIVO De acordo com dados do INE, em 3 freguesias do Douro não nasceram crianças nos últimos cinco anos (20162020): Custóias (V. N. de Foz Côa), Castainço (Penedono) e Pereiros (Carrazeda de Ansiães).
Opinião Página 31
Luís Braga da Cruz Engenheiro Civil
"O que falta à Economia Portuguesa?"
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Para 2021, a OCDE prevê que o PIB mundial cresça 5,8%, numa recuperação pós-COVID face ao ano anterior (-3,5%). Portugal segue a tendência mundial, crescendo, contudo a um ritmo mais lento que a economia mundial. FMI, CE e OCDE estimam para Portugal um crescimento entre 3,7% e 3,9% para 2021, abaixo do conjunto de países com que nos costumamos comparar. Um bom indicador da recuperação económica é a intensidade exportadora, em % do PIB, que traduz o grau de exposição das empresas ao exterior. Entre 2008 e 2020, a nível nacional, subiu de 28% para 44%, sendo que no Norte de Portugal este indicador costuma estar acima da média nacional cerca de 10 pontos percentuais. No início deste ano, havia a ilusão de podermos chegar aos 50%, já em 2021. A sua mais significativa expressão no Norte, releva da tradição exportadora desta região e do forte contributo das suas PME para esse sucesso. Temos que ir muito mais longe. O que falta fazer para reforçar este objectivo? São vários os factores que o determinam, tendo que cuidar deles um a um. Quando defendemos o aumento da produtividade estamos a dizer que temos de acrescentar complexidade à nossa produção económica, especializando-nos. Li há dias que economias de países mais bem sucedidos que Portugal - República Checa e Coreia do Sul - têm menor diversidade produtiva do que nós, mas maior
especialização. Maior especialização ou complexidade só se consegue com mais inovação nos processos produtivos, incorporando o conhecimento adquirido em cooperação com o sistema científico e valorizando as estruturas de interface. Por outro lado, o investimento é essencial para o crescimento do emprego, da riqueza e do PIB. Entre 2004 e 2020, a nível da OCDE, Portugal foi dos países que mais reduziu o investimento público e privado. Desejamos que isto se possa alterar. Em Junho, vi num relatório de uma consultora internacional - EY Attractiveness Survey - que Portugal figurava entre as 10 economias europeias mais atrativas para o investimento estrangeiro. Referia que 37% dos inquiridos planeavam investir em Portugal convictos que a atratividade do nosso país iria aumentar. São boas notícias, mas temos que nos preparar, acautelando outras dimensões do problema. Recordo que o Global Competitiveness Report 2020 identifica a necessidade de implementar reformas que reduzam a carga burocrática, administrativa e fiscal e aumentem a flexibilidade do mercado laboral, para criar ambiente favorável ao investimento. Outra situação deficitária, muito referida para as nossas empresas, está no elevado nível de endividamento, matéria que esperamos possa ser devidamente acautelada com a criação do novo Banco de Fomento, apoiado pelo PRR. Considero que no apoio às empresas é crítico que se tenha em conta a especialização virtuosa de cada região e se premeiem as empresas mais inovadoras. Todos esperamos que estes apoios sejam de aplicação criteriosa e que não embarquem em fantasias que assentam em pressupostos não realizáveis.
Registo no ICS/ERC 126635 | Número de Registo Depósito Legal: 391739/15 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) miguel.almeida@vivadouro.org Tlm.: 916 430 038 | Diretor Adjunto: Carlos Almeida | Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org Tlm.: 912 002 672 | Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 / 910 599 481 | Paginação: Rita Lopes | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4510-698 Fânzeres | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivadouro.org/vivadouro | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Avenida Barão de Forrester, nº45 5130-578 São João da Pesqueira | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: Av.ª da Republica nº6 1º Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: André Rubim Rangel, António Costa, António Fontaínhas Fernandes, Beatriz Oliveira, Freire de Sousa, Gilberto Igrejas, Guilhermina Ferreira, José Penelas, Luís Alves, Paulo Costa, Ricardo Magalhães, Sandra Neves e Sílvia Fernandes. | Impressão: Luso Ibéria | Tiragem: 10 mil exemplares
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VIVADOURO
JULHO 2021
Entrevista
“Gerar confiança nas pessoas e nas empresas, apostar na educação e incentivar o empreendedorismo”
Texto: André Rubim Rangel
Ser um dos sete chefes em Portugal com duas estrelas Michelin (dos três primeiros a conquistá-las) o que significa para si e que exigências acarretam? A atribuição da segunda estrela ao Belcanto é uma distinção importante, não só para nós, mas também para a cidade de Lisboa. O Belcanto é o primeiro restaurante em Lisboa a ser distinguido com duas estrelas Michelin, o que significa uma grande responsabilidade. No entanto, para mim, ganhar uma estrela Michelin ou qualquer outro prémio não pode ser um objetivo por si só. No Belcanto, o nosso principal objetivo é dar prazer a
Acaba por ser um chefe mais mediático, não só por esse facto, mas também por ter: quatro livros editados, programas nos Media, uma marca de vinhos com as suas iniciais (JA), etc.. Sem estas vertentes da comunicação que abraça considera que teria o mesmo sucesso e impacto no seu trabalho? O interesse pela cozinha tem vindo a crescer. A informação circula com grande velocidade e há um público cada vez mais interessado e informado. A televisão e as novas tecnologias ajudaram a fazer crescer este interesse e a divulgar o meu trabalho. Como consegue aliar e conciliar todos esses 15 espaços – não é para qualquer um! – que tem em funcionamento, entre Portugal e o Dubai? Com o apoio de uma excelente equipa, com bastante organização e, acima de tudo, com uma enorme paixão pela cozinha e por receber bem. Com a abertura dos restaurantes, percebi que não só adoro cozinhar, como também de gerir. Faço questão de acompanhar todos os restaurantes de muito perto, sei sempre tudo o que se passa, mas também gosto muito de novos projetos e de partilhar com o público aquilo que sei. No entanto, fechou alguns restaurantes desde o ano 2020, do Porto a
O sector da restauração, entre outros, tem sido fustigado nas medidas governamentais que vão sendo implementadas para tentar travar o contágio. Com quais concorda mais e quais discorda por completo? Neste último ano a prioridade foi sobrevivermos. Com grande esforço fomo-nos adaptando a todas as mudanças, avanços e recuos. Tem sido duríssimo. Foi difícil ver projetos a desaparecer, foi doloroso reduzir a equipa e tem sido uma batalha diária enfrentar esta incerteza. No meio de tudo isto, estou grato por ainda termos sonhos. Toda a nossa energia está a ser usada para recuperarmos. Deixo ao governo e às instituições europeias o difícil trabalho de tomar decisões. Lisboa. O sucedido deveu-se à crise atual instalada pela pandemia ou por outros motivos? Por causa da pandemia fechámos seis restaurantes. Não foi fácil, mas foi o que se mostrou necessário para sobrevivermos. Este último ano foi
O que está a pensar fazer para não ter de fechar mais espaços e desempregar pessoal seu, ou não há – para si – outra solução que não essa? O grande esforço de contenção foi feito há um ano. Agora, estamos a dar o nosso melhor para ultrapassar este momento de crise. Grupo José Avillez
Licenciou-se em Comunicação Empresarial com tese sobre o estudo da identidade e imagem da gastronomia portuguesa. A que principais conclusões chegou na altura? E algo alterou na atualidade fruto dessas conclusões? Com este estudo constatei que havia um desfasamento grande entre a imagem externa e interna e que havia muito a fazer em termos de promoção e desenvolvimento. Nestes últimos anos, muito foi feito, mas ainda mais pode e deve ser feito. Acredito que a Gastronomia podia e devia ter um papel estratégico na promoção do país e recuperação da economia.
quem se senta à nossa mesa e todos os dias procuramos ir mais além para superar as expectativas.
Foto: Grupo José Avillez
JOSÉ AVILLEZ:
duríssimo para todos os que trabalham na restauração. Vimos anos de trabalho a serem destruídos e ainda enfrentamos um cenário de incerteza. Porém, mantemos a mesma paixão de antes e o mesmo compromisso.
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Entrevista Grupo José Avillez
as pessoas, as imagens, as texturas, as histórias, as viagens…mas também tenho um lado introespectivo, reflexivo. Conjugo o meu mundo interior e o mundo exterior. Habitualmente, faço as combinações de sabores, de texturas e de temperaturas mentalmente e só depois é que executo. De tudo o que já elaborou e tem nos seus menus, qual é ou foi a sua criação de eleição? E que até o surpreendeu pela excelência do resultado final... É uma pergunta difícil à qual não consigo responder. Não consigo escolher, todos os pratos que crio são pratos de que muito gosto e todos são especiais. Como descreve toda a gastronomia do Douro? Se tivesse de escolher e improvisar um ou dois pratos alusivos a essa região, mais característicos, qual ou quais seriam? É extraordinária. Gosto muito do Douro, é uma das regiões mais bonitas de Portugal. Para um apaixonado pela cozinha Portuguesa, não é fácil escolher pratos. Porém, posso dizer que gosto muito de cabrito e de presunto de Lamego.
A contrariedade deste ano opõe-se, por completo, às particularidades excecionais que recebeu desde 2018: ser nomeado o 70.º melhor Chefe do mundo, o «Belcanto» estar no ranking do «The World’s Best Restaurants», ter sido agraciado com o «Grand Prix de l’Art de la Cuisine» e ter recebido o prémio de «Chefe do Ano». Estes reconhecimentos, nacionais e internacionais, é que lhe dão força e vontade de continuar sempre e com a fasquia elevada? Os prémios e os reconhecimentos são importantes para a motivação da equipa e têm impacto em termos de visibilidade internacional. Fico sempre grato e reconhecido. Porém, o que me dá força e vontade de continuar é a paixão pelo que faço e a equipa extraordinária que me acompanha. Ou seja, perguntando de outra forma, qual o seu lema de vida e principais inspirações que fazem com que se mantenha firme e seguro no seu carácter, no seu sucesso e nas suas relações? “Everything you can imagine is real”, Pablo Picasso. Para além da área culinária e olhando para tudo o que este vírus tem despoletado de mau, e até porventura menos mau no planeta, quais as situações/realidades que mais lhe
têm incomodado e porquê? Que reflexões, como humano e cidadão do mundo, tem feito nesse sentido? Na minha opinião, o pior que poderia acontecer seria que a esta crise de saúde pública e económica sucedesse uma violenta crise social e fiscal. Será importante gerar confiança nas pessoas e nas empresas, apostar na educação e incentivar o empreendedorismo. Colaborou, em 2017, na dobragem em português do filme «Smurfs: a aldeia perdida», dando voz ao smurf padeiro. Como foi esta experiência e que resultados teve? Foi uma experiência muito divertida. Gostei muito de dar voz ao personagem, foi a primeira vez que o fiz e diverti-me imenso. Em termos de resultados, não tenho qualquer expectativa. Aceitei o convite por me parecer uma oportunidade engraçada. Mas focando-nos mais na sua cozinha e no seu estilo, sendo a sua arte uma conjugação de inspiração portuguesa com influências de viagens que realiza. Que influências e viagens são essas e de que modo se traduzem nos ingredientes e pratos que confeciona? É um processo complexo, tudo me influencia: o passado, o presente, os meus gostos, as minhas descobertas,
De que modo o legado duriense está enraizado na sua cozinha e na sua inspiração? Mesmo em termos de vinhos, quais os da sua eleição desta região? No “Belcanto” apresentamos uma nova cozinha Portuguesa e trabalhamos com muitos bons produtos de diverdas regiões, incluindo do Norte. Em termos de vinhos, a região do Douro é conhecida por ter bons vinhos e está bem representada na carta de vinhos do “Belcanto”. O que o faz gostar muito do Porto é o facto de ter aberto aí, há uns anos, o "Cantinho do Avillez"? O que destaca nesta cidade e neste seu restaurante? O “Cantinho do Avillez” chegou ao Porto a pedido de muitos clientes do “Cantinho do Avillez” em Lisboa. Em termos de ambiente, o “Cantinho do Avillez” no Porto é também um espaço simpático, acolhedor e descontraído. É um restaurante de que muito gosto, onde me sinto em casa. Espero que as pessoas gostem tanto deste espaço como eu e que sintam este canto também como seu. Os seus espaços “Cantinho” estão a ter a repercussão e procura de público que desejava? O que os diferencia entre si, bem como dos seus outros restaurantes? Sim, o “Cantinho do Avillez” tem tido bastante procura o que me deixa
muito satisfeito. Cada restaurante do Grupo José Avillez tem um conceito totalmente distinto. O “Cantinho do Avillez” oferece uma boa cozinha de inspiração portuguesa com influências de algumas viagens num ambiente muito descontraído e informal. Em todos os restaurantes “Cantinho do Avillez” (Lisboa, Cascais e Porto), servimos alguns pratos comuns, que têm grande procura, tal como as Vieiras marinadas com abacate, os Peixinhos da horta com sal de limão e molho tártaro, as Lascas de Bacalhau com migas soltas, ovo BT e azeitonas explosivas e a Avelã3. Porém, no “Cantinho do Avillez” do Porto também temos alguns pratos que apenas se encontram aqui, como a Portuguesinha, as Vieiras salteadas com risotto de cogumelos Portobello e o Polvo assado com migas de batata. Entende que o "Cantinho do Avillez" Porto tem tudo para poder conquistar, a curto-médio prazo, uma estrela Michelin. Como espera atingir essa patamar e poder isolar-se nos chefes portugueses com mais estrelas? Aqui ou noutro dos seus restaurantes. Em qual? O “Cantinho do Avillez” é um espaço descontraído e informal que oferece uma boa cozinha, preparada com produtos de qualidade, mas é no “Belcanto” que apresento uma alta cozinha portuguesa e é aqui que fomos distinguidos com essa distinção. Quanto a futuros projetos, sonhos e objetivos tem em mente poder concretizar ainda? Tudo apenas ligado à área da gastronomia e da restauração? Estou sempre com mil ideias e adoro desenvolver novos projetos. Por isso, certamente que haverá novidades. Tenho sempre vontade de fazer mais. O que posso dizer é que haverá momentos de consolidação e outros de crescimento. Porém, para já, estamos dedicados à recuperação dos restaurantes que temos. No final do verão, esperamos poder abrir o “Encanto”, no Chiado, em Lisboa, no espaço anteriormente ocupado pelo “Canto”, que fechou portas no decorrer da pandemia. No “Encanto”, as grandes estrelas serão os vegetais. Este será um espaço de encontro, de partilha, de celebração com bons vinhos bio-dinâmicos, os melhores vegetais e outros bons produtos nacionais. Por fim, peço-lhe uma mensagem de incentivo aos nossos leitores nesta larga ocasião largamente difícil… Que tenhamos esperança e força para enfrentar esta crise. ■
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Região
Douro perde 11 455 eleitores Entre as autárquicas de 2017 e as que se realizarão a 26 de setembro deste ano, os municípios da CIM Douro perderam um total de 11 455 eleitores, de acordo com a última atualização dos cadernos eleitorais. As perdas de eleitores foram transversais a todos os municípios e distritos da região, notando-se apenas um muito tímido crescimento de eleitores estrangeiros. Iniciando a análise pelos números dos quatro distritos abrangidos no território da CIM Douro (Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu), chegamos à conclusão que a perda de eleitores ultrapassa a barreira dos 50 mil (51 617), ou seja, o mesmo número de eleitores que uma autarquia precisa
para eleger 9 elementos do executivo (presidente + vereadores). Nominalmente Viseu é o distrito que apresenta a maior perda, 19 776, seguido da Guarda com menos 12 387 eleitores e Vila Real, 11658. Bragança é o único distrito com perdas inferiores a 10 mil, em 2021 tem menos 7 796 eleitores. Contudo, se a análise for feita a nível percentual o ranking sofre alterações com a Guarda a encabeçar as perdas, menos 7,80%, seguido de Viseu (-5,48%), Bragança (-5,36%) e Vila Real (-5,18%). Todos os concelhos perdem eleitores Fazendo uma análise mais detalhada, ao nível concelhio, também aqui as perdas são transversais aos 19 municípios da CIM Douro, onde os eleitores inscritos nos cadernos de recenseamento não ultrapassam agora os 200 mil
(190 268). Nominalmente a lista de perdas é encabeçada por Lamego que entre 2017 e 2021 perde um total de 1 090 eleitores, seguido de perto por Vila Real com menos 1 012 eleitores. Este ranking encerra com o concelho de Alijó, que nos últimos quatro anos perdeu um total de 869 eleitores. Olhando para o outro extremo da tabela, o concelho de Armamar é o que menos eleitores perde, 230, seguido de Freixo de Espada à Cinta (-267) e Mesão Frio (-316). Assim como sucede a nível distrital, também a nível concelhio as posições se alteram no caso de a análise ser feita percentualmente. Com menos 11,89% de eleitores, Tabuaço é o concelho mais prejudicado com a perda de eleitores, seguido por Sernancelhe (-11,69%), e Penedono (11,38%). Apesar de estar em segundo lugar
das perdas a nível nominal, Vila Real é o concelho que menos eleitores perde se a análise for percentual, apenas -2%, quase metade do valor do segundo classificado, Armamar, que fica pelos -3,79% de perdas. Lamego é o terceiro concelho com menos perdas, -4,78%. Vila Real perde dois vereadores Apesar das perdas transversais a todo o território, entre os 19 concelhos que englobam a Comunidade Intermunicipal do Douro, apenas Vila Real perde vereadores entre as eleições de 2017 e as de dia 26 de setembro do corrente ano. A única capital distrital do território irá eleger em 2021 apenas seis vereadores, além do presidente, juntando-se assim a outros quatro concelhos também eles com sete elementos no executivo: Alijó, Lamego, Moimenta da Beira e Peso da Régua. Todos os restantes concelhos da CIM Douro elegem um executivo composto por cinco elementos, de acordo com o Artigo 57º, da Lei n.º 169/99, que Estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e das freguesias.■
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São João da Pesqueira
Projeto em desenvolvimento para o parque fluvial da Ferradosa Estão a decorrer obras de requalificação do que será o futuro parque fluvial da Ferradosa, no concelho de S. João da Pesqueira, de forma a dotar uma das zonas mais belas do Douro, com melhores infraestruturas de apoio aos turistas, que visitam o concelho conhecido como o “Coração do Douro”.
Esta primeira intervenção de requalificação, vai incidir sobre o antigo edifício de apoio à linha ferroviária do Douro, adaptando-o a bar de apoio ao Parque Fluvial da Ferradosa, em conjunto com outros projetos que a Câmara Municipal tem em desenvolvimento para implementação naquela zona de enorme potencial turístico.■
S. João da Pesqueira com menção honrosa no projeto “O MAR COMEÇA AQUI” O Agrupamento de Escolas em parceria com o Município de S. João da Pesqueira participaram no projeto e concurso nacional “O Mar começa aqui”, obtendo uma brilhante menção honrosa. Parabéns a todos os alunos, professores e instituições que colaboraram com esta iniciativa! Na edição de 2021 foram pintadas 796 sarjetas e estiveram envolvidos no projeto 124 municípios de todas as regiões do país. Do universo dos municípios participantes, foram submetidos 89 trabalhos e foram envolvidas 374 escolas. Compete às autarquias não só assegurar a
provisão do serviço de gestão de resíduos urbanos no seu território, garantindo a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros à superfície, mas também alertar e sensibilizar a população em geral e para a comunidade escolar em particular, para as consequências, quer nos ecossistemas terrestres, quer nos ecossistemas marinhos, da incorreta deposição dos resíduos. É neste contexto que a ABAE e seus parceiros selecionaram 6 premiados e 7 menções honrosas, com base na participação, envolvimento e empenho do município na comunicação e disseminação do projeto. ■
Municípios Premiados no Projeto Premiados
Menção Honrosa
@camaradesintra
@torresvedrascm
@municipiodepombal
@municipioleiria
@municipiodelagos
@municipiodepeniche
@visitovar
@municipio_sjpesqueira
@cascais_oficial
@municipiodahorta
@municipiodevalongo
@Anadia @funchal_municipio
Município de S. João da Pesqueira marcou presença na EV - ESSÊNCIA DO VINHO Entre os dias 2 e 4 de julho, decorreu no Porto aquele que é considerado um dos maiores eventos sobre o vinho em Portugal, a “Essência do Vinho”, que este ano estreou um novo formato ao ar livre nos jardins do Palácio de Cristal para mostrar os vinhos de 150 produtores, nacionais e internacionais, numa programação que incluiu ainda provas comentadas,
restaurantes e sessões de cozinha ao vivo. O Município de S. João da Pesqueira marcou mais uma vez presença neste importante evento de forma a prosseguir o seu plano de divulgação, valorização e promoção do nosso território e ao mesmo tempo proporcionar a oportunidade aos nossos produtores de dar a conhecer e comercializar os seus vinhos. ■
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Região
TC considera reinstitucionalização da Casa do Douro inconstitucional Quase dois anos depois do pedido de apreciação sucessiva, feito por 38 deputados do PSD e CDS, que em 2019 votaram contra o regresso da Casa do Douro ao estatuto público, de inscrição obrigatória, o Tribunal Constitucional decidiu sobre a matéria declarando os artigos inconstitucionais. Depois de cancelado o processo eleitoral, há cerca de um ano, devido à pandemia Covid-19, a ministra da agricultura, Maria do Céu Antunes, tinha afirmado na semana passada, durante a sua participação na Comissão de Agricultura e Mar, que estavam a ser criadas as condições para retomar o processo eleitoral da Casa do Douro, estando a aguardar para “muito breve”, a conclusão do acordo para a regularização das dívidas da instituição. Em declarações exclusivas ao VivaDouro, à margem do Congresso “Douro & Porto – Memória com futuro”, organizado pelo IVDP, António Lencastre, presidente da Casa do Douro – FRD, afirmou que esta era uma decisão já esperada. “É a confirmação de uma expectativa que tínhamos, contudo, a demora que tem sido própria no Constitucional, levou a que aguardássemos até agora. Todos já persentiam isso porque o próprio Governo, em cada oportunidade que teve, não decidiu à espera de uma decisão, que me parece que já sabia qual seria. Acho que está mais legitimada a solução que foi dada para a Casa do Douro. Lamento, no entanto, que muitos dos envolvidos na região, não se tenham apercebido dessa hipótese e não tenham trabalhado, desde há 5 anos até hoje, no sentido de valorizar a Casa do Douro. É uma perda grande e uma falta do sentido do que ia acontecer”. Questionado sobre o futuro da instituição, António Lencastre afirma estar “a aguardar o que o Governo quer fazer, porque a ministra ainda hoje, na sua intervenção aqui no congresso, deixou um sinal que nos deixou na dúvida. A partir do momento que a Casa do Douro tenha a sua confirmação institucional, e que passe a ter recurso a
fundos que a possam sustentar, pelos vistos confirmados pela própria ministra, o caminho é outro. Até hoje temos estado confrontados com animosidade política e dificuldade financeira, se essa situação se inverte então o rumo da Casa do Douro será outro”. Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, questionado sobre o mesmo assunto, afirmou ainda não ter lido o acórdão dos juízes do Palácio Ratton. “Ainda não li o acórdão, se foi essa a decisão do TC temos de a cumprir. Como disse, ainda não li, mas vou ler e tirarei as minhas conclusões sobre ele”. Ministério quer retomar processo ainda este ano De acordo com fontes ligadas ao Ministério da Agricultura, em declarações à imprensa, o ministério liderado por Maria do Céu Antunes, está empenhado em encontrar uma solução “que devolva a Casa do Douro aos durienses, com a necessária segurança jurídica”. Admitindo que “a resolução da questão de inconstitucionalidade deverá ser analisada e sanada em sede parlamentar”, a mesma fonte afirmou que o assunto deverá ser retomado pelo Governo “no terceiro trimestre deste ano”. Conselho Interprofissional vai eleger nova composição O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP), abriu no passado dia 20 de julho o procedimento para a eleição do Conselho Interprofissional (CI). O período de apresentação de candidatura é de 10 dias. O mandato do novo Conselho Interprofissional ficará “marcado pela sustentabilidade económica, pela importância para a economia nacional da Região Demarcada do Douro, e pela alavancagem do sector depois da crise pandémica”, de acordo com nota do próprio instituto. Este órgão tem um mandato de três anos, com a função de representar a produção e o comércio. O grande desafio é fazer convergir os interesses dos representados, ao mesmo tempo que estimula o setor e promove a Região Demarcada do Douro. “A importância que o Conselho assume no contexto atual é estratégica, pois o sucesso da Região Demarcada do Douro depende da competência com que este órgão promove os interes-
ses do sector, garante a aplicação das regras europeias, pronuncia-se sobre as orientações da política vitivinícola, aprova os planos estratégicos de cada denominação de origem, define os ajustamentos ao rendimento máximo por hectare e a quantidade de vinho do Porto a beneficiar, e também como controla a regulamentação dos vinhos com denominação de origem protegida ou indicação geográfica da Região Demarcada do Douro”, pode ler-se no comunicado do IVDP. Os interessados podem apresentar a sua candidatura por email, juntamente com os documentos descritos no site e em edital. No processo serão escolhidos 5 representantes da produção e do comércio para o Douro e 5 representantes da produção e do comércio para o Porto. ALD vai apresentar candidatura ao CI De acordo com o que o VivaDouro conseguiu já confirmar, junto de Alexandre Ferreira, presidente da Associação da Lavoura Duriense, que afirma estar “neste momento a trabalhar na oficialização dessa candidatura, que naturalmente poderá ser encabeçada pelo seu presidente. Vamos perguntar ao IVDP quantos lugares nos são atribuídos e depois vamos reunir em Assembleia Geral para fechar a lista”. De acordo com o dirigente associativo, “faz sentido que quem representa os viticultores esteja no CI”, sublinhando a ideia de que “a Federação está completamente ao serviço do comércio”.
Alexandre Ferreira mostrou-se ainda preocupado com os fundos que vão chegar à região vindos do PRR, alertando que já se fala novamente em estabelecer uma Reserva Qualitativa no comunicado de vindima deste ano. “O dinheiro vai sempre para os mesmos. Os 500€ que deram por pipa para o armazenamento no ano passado estão no comércio, não estão na produção”. O presidente da ALD afirma ainda que “o Douro está num marasmo, está parado. Decisão do benefício para 2021 adiada O Conselho Interprofissional do IVDP, reuniu-se esta segunda feira, dia 26, mas não aprovou o Comunicado de Vindima 2021, que define a quantidade de vinho do Porto que irá resultar da próxima vindima. De acordo com as declarações de Gilberto Igrejas à Agência Lusa, os vice-presidentes deste órgão aguardam uma resposta do Governo, quanto ao pedido de apoio para a Reserva Quantitativa. “Como estão a aguardar, apenas pretendem manifestar-se quando tiverem essa resposta. Depois, poderemos dar continuidade à reunião e finalizar a decisão”. Os vice-presidentes do interprofissional propõem uma nova Reserva Quantitativa, à semelhança do que aconteceu no ano passado, mas que atinja metade do valor, ou seja 2,5 milhões de euros, acrescentou Gilberto Igrejas. A decisão ficou agendada para a próxima reunião a acontecer já esta sexta-feira, dia 30 de julho. ■
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Vila Real
Lançados na UTAD novos desafios para a Inovação Com a presença dos secretários de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira e da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, o governo deu início, na UTAD, no dia 15 de julho, à apresentação nacional da Componente C5 das Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Na sessão, que teve lugar na aula magna, estiveram ainda presentes o presidente do IAPMEI, Francisco Sá, e a presidente da ANI, Joana Mendonça, que apresentaram detalhadamente os domínios em que se aguardam propostas de investimento, por parte das entidades desafia-
das a participar, sejam de natureza empresarial, sejam agências públicas ou instituições do sistema científico e tecnológico. Os domínios propostos vão desde as tecnologias transversais e suas aplicações, às indústrias e tecnologias de produção, mobilidade, espaço e logística, recursos naturais e ambiente, saúde bem-estar e território. Por sua vez, os três secretários de Estado, cada um na sua esfera de ação governativa, realçaram as expetativas que se abrem e os efeitos aguardados com as anunciadas Agendas Mobilizadoras, cujo convite à manifestação de interesse para desenvolvimento de projetos decorre até 30 de Setembro. Sabe-se também que a dotação afeta ao concurso, na componente de incentivo não reembolsável, é de 930 milhões de euros, dos quais 558 milhões de euros, para as Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial e 372 milhões de euros, para as Agendas Verdes para a Inovação Empresarial. O reitor da UTAD, Emídio Gomes,
mostrou-se particularmente motivado a participar nos desafios lançados, esperando que “este seja um primeiro passo de um conjunto novo de operações visando aumentar o emprego qualificado como ação direta da nossa Universidade”. “No dia em que assinarmos um contrato já estaremos a trabalhar
no passo seguinte”, afirmou Emídio Gomes na sua intervenção. E sublinhou: “Há uma grande vontade e, do nosso lado, a garantia de que estamos disponíveis e vamos com certeza apresentar propostas que tentaremos, dentro da nossa capacidade, que sejam úteis para o futuro do país”. ■
Vila Real candidata a Capital Europeia da Cultura 2027 A apresentação pública da candidatura foi feita pelo autarca Rui Santos que afirmou que esta é uma candidatura da cidade mas que engloba todo o território da CIM Douro. De acordo com o autarca neste momento está ainda a ser elaborada a candidatura cujo prazo de submissão termina a 23 de novembro, sendo que a cidade escolhida em Portugal irá dividir a nomeação com uma cidade letã. No decorrer da apresentação, Rui Santos afirmou que esta foi uma candidatura pensada, desde o início, como forma de potenciar a cidade “e os territórios circundantes da CIM Douro” que, no seu entender, “é detentora de um enorme potencial, nomeadamente ao nível da pluralidade de culturas, de paisagens e da riqueza patrimonial”, considerando-a uma mais valia para toda a região. O edil reconhece que este é um objetivo ambicioso mas que “está ao alcance” da cidade e da região, en-
volvendo também alguns parceiros internacionais. Na sua base a candidatura terá “os excelentes equipamentos culturais da cidade como o teatro, os museus, o Palácio da Mateus ou o Santuário de Panóias, mas também diversos equipamentos espalhados pela região como o Museu do Douro em Peso da Régua, o Museu do Côa, em Foz Côa, o Espaço Miguel Torga em Sabrosa ou o Teatro Ribeiro Conceição em Lamego, entre outros”, afir-
mou o autarca que sublinhou ainda a existência de três patrimónios mundiais neste território, o Barro Preto de Bisalhães, o Alto Douro Vinhateiro e o Parque Arqueológico do Vale do Côa. No entender de Rui Santos, a musealização da Central Hidroelétrica do Biel, recentemente anunciada, ou a construção dos passadiços do rio Corgo, que decorre atualmente, são mais valias para esta candidatura, assim como o facto da cidade
ser considerada um destino da biodiversidade, apontando mesmo as serras do Marão e Alvão como “os expoentes máximos do turismo de natureza”. Rui Santos acredita que a distinção possa mesmo vir para a capital transmontana, suportando a sua convicção no “percurso de afirmação nos panoramas nacional e internacional, não se resignando à difícil realidade dos territórios do interior de Portugal”. ■
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Lamego
Câmara de Lamego e GNR distribuem equipamentos de teleassistência A Câmara Municipal de Lamego, em parceria com o Comando Distrital da Guarda Nacional Republicana (GNR) e o apoio da Agência para o Desenvolvimento da Sociedade de Informação e do Conhecimento (ADSI), vai disponibilizar um dispositivo eletrónico de apoio gratuito aos idosos e aos munícipes com necessidades especiais que vivem em zonas mais isoladas. O sistema “eGuard” permitirá obter assistência permanente em qualquer eventualidade. Os primeiros munícipes a receber este equipamento já estão identificados pela autarquia. O equipamento associado ao sistema “eGuard” trata-se de um objeto do tamanho de um comando de
portão, com apenas um botão que, quando premido durante mais de 3 segundos aciona uma chamada SOS para a GNR. Este dispositivo poderá ser utilizado caso o idoso presencie ou seja vítima de crime ou de uma
situação de perigo ou, no caso, por exemplo, de doença súbita ou ocorrer um incêndio nas redondezas. O protocolo de cooperação firmado entre a Câmara Municipal de Lamego e a GNR que visa garantir condi-
ções de segurança e tranquilidade das pessoas idosas foi assinado, a dia 26 de julho, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, pelo Presidente Ângelo Moura e pelo Coronel Vítor Assunção. ■
Renovada a sinalização horizontal O Município de Lamego está a renovar a sinalização horizontal em diversos arruamentos e vias um pouco por todo o concelho que apresentavam sinais de desgaste. Os trabalhos estão a decorrer nos itinerários com maior tráfego no âmbito de uma empreitada que prevê a pintura da sinalética horizontal com o objetivo de reforçar a segurança de peões e automobilistas. A empreitada iniciou no dia 21 de julho, na Av. Afonso Henriques, e foi adjudicada à empresa “SINALNORTE - SINALIZAÇÃO E MARCAÇÃO DE ESTRADAS”. O valor total do investimento é de 34.565,43 € (mais iva). ■
Jornadas Lamego Educa debateram qualidade das aprendizagens Cerca de 400 pessoas assistiram, por videoconferência, às "II Jornadas Lamego Educa" que o Município de Lamego promoveu com o objetivo de estimular a reflexão e o debate sobre diversas temáticas em prol da qualidade das aprendizagens e do desenvolvimento das pessoas e do território. "Apesar de todos os constrangimentos e dificuldades neste tempo
pandémico, conseguimos que, em Portugal, o nosso sistema educativo não parasse e deixássemos de ter os nossos alunos ligados à escola. Fomos confrontados com um contexto completamente novo em que, de um dia para o outro, as escolas tiveram de se reinventar", sublinhou João Costa, secretário de Estado Adjunto e da Educação, durante a Sessão de Abertura do encontro.
Divididas em três painéis distintos, as "II Jornadas Lamego Educa" constituíram uma oportunidade única para a comunidade educativa debater "O Pensamento Computacional, a Transformação Digital e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Educação". Neste contexto, o Presidente Ângelo Moura e a Vereadora da Educação da Câmara de Lamego, Ana Catarina
Rocha, destacaram durante as suas intervenções a importância do projeto municipal "Lamego Educa", financiado pelo NORTE 2020. Cabe a este programa a tarefa de prevenir e reduzir o abandono escolar precoce, bem como promover a melhoria do sucesso educativo, através da criação de condições de acesso a uma educação de qualidade. ■
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VIVADOURO
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Vila Real
Programa de apoio à internacionalização das empresas do setor agroalimentar Foi apresentado, no passado dia 27 de julho, através de Webinar, o “Projeto Terras Altas de Portugal, Novos Horizontes”, um projeto de apoio à Internacionalização das empresas do setor agroalimentar, das regiões do Douro, Terras de Trás os Montes, Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Viseu Dão Lafões.
rar a competitividade das empresas do setor agroalimentar e alavancar o seu crescimento internacional, promovendo oportunidades de negócios, assim como proporcionar experiências de internacionalização, através da participação em roadshows e missões inversas. Pretende-se ainda a criação de uma rede de suporte e de cooperação entre as empresas
e com entidades parceiras, que se mantenha para além do términus do projeto. A sessão de apresentação do projeto Terras Altas de Portugal, decorreu no dia 27 de julho e contou com a presença de diversas personalidades como, Rita Araújo, vogal do Conselho de Administração da AICEP e dos Presidentes das Associações Empresariais promotoras
do projeto, nomeadamente a NERVIR - Associação Empresarial, AEBB - Associação Empresarial da Beira Baixa, AIRV - Associação Empresarial de Viseu, NERBA - Associação Empresarial do distrito de Bragança e NERGA - Associação Empresarial da Região da Guarda. A sessão de apresentação foi moderada pela jornalista Patrícia Matos. ■
Especificamente o projeto está direcionado para as fileiras do Vinho, Azeite, Fruta, Carnes e Enchidos, Queijo e Recursos Silvestres, etc.. O projeto tem como mercados alvo a Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo e Espanha. Este grupo de países, á exceção do Luxemburgo, fazem parte do top 10 dos países importadores de produtos portugueses do setor agroalimentar. Entre outras, o projeto é constituído por atividades como: o desenvolvimento de uma plataforma de apoio à internacionalização das PME; Desenvolvimento de ações de prospeção internacionais; Visitas de reconhecimento de prospetores internacionais; Participação em feiras internacionais e outras ações de promoção internacional; Elaboração de guias de mercado. Com este projeto pretende-se melho-
UTAD presta homenagem a Camilo de Mendonça Na aula magna da UTAD, encerrou no dia 23 de julho, o ciclo de conferências de homenagem pelos 100 anos do nascimento de Camilo de Mendonça, numa sessão que decorreu em simultâneo, via online, no IPB, em Bragança. Este ciclo de conferências, que vinha decorrendo desde o passado dia 7 de julho em diversos concelhos transmontanos, procurou enaltecer Camilo de Mendonça como figura notável e incontornável no painel das grandes personalidades transmontanas do século XX, tendo sido
fundador do Complexo Agroindustrial do Cachão, no concelho de Mirandela, em meados dos anos 60, e impulsionador de inúmeras obras fundamentais para o desenvolvimento da região transmontana. Na sessão da UTAD, entre as personalidades presentes, destacou-se o Secretário de Estado do Ensino Superior, Sobrinho Teixeira, tal como no IPB, entre outros, se destacou a Secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, com uma intervenção gravada em vídeo. Tanto Sobrinho Teixeira, como Valente de Oliveira, na sessão da UTAD, realçaram, nos seus testemunhos, o espírito visionário do homenageado que lançou em Trás-os-Montes as bases de um plano que esperava vir a ser o motor do desenvolvimento sustentado da região.
O reitor da UTAD, Emídio Gomes, realçou, por sua vez, a necessidade de “continuar a honrar a memória de Camilo de Mendonça”, lembrando que “foi dos primeiros a tentar explicar ao país que um país que não olha para o seu território como um todo nunca será um país desenvolvido. É lamentável que hoje muitos ainda não percebem isto nos grandes centros urbanos onde muito se decide”. Artur Cristóvão, professor catedrático da UTAD, apresentou a conferência “Trás-os-Montes: 100 anos em breve retrospetiva”, tendo como temática central o esforço de Camilo de Mendonça em transformar o “Nordeste” através de uma visão inovadora que ainda hoje é reconhecida como absolutamente atual. O lançamento do Complexo Agroindustrial do Cachão, nos anos 60,
partiu de um diagnóstico da situação agrária da região, assente “numa perspetiva de valorização das produções tradicionais, bem como de introdução de novas culturas horto-frutícolas, através da integração vertical e do envolvimento do setor cooperativo”, reconheceu o orador. Tal projeto acrescentou Artur Cristóvão – “inseria-se numa lógica de desenvolvimento regional e de dinamização do interior, no sentido em que visava organizar o setor (com destaque para as cooperativas), criar infraestruturas (regadios, rede de polos agro-industriais e de armazéns, transportes e frio), acrescentar valor aos produtos através da transformação e comercialização em mercados internacionais, criar emprego e fixar população” ■
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Carrazeda de Ansiães
Município entrega bolsas de estudo no valor de 17 mil euros Foram entregues esta semana, as Bolsas de Estudo referentes do ano letivo 2020/2021, estes apoios têm o valor unitário de 877 euros para o ensino pós-secundário e superior e correspondem a 50% da prestação de referência por estes alunos já usufruírem de outros bolsas de estudos ou apoios sociais.
rio; 3 para o ensino pós–secundário e 14 para o ensino superior. A atribuição das bolsas de estudo está inserida nos apoios sociais concedidos pelo Município de Carrazeda a famílias com menores recursos económicos sendo um
instrumento indispensável para promover e potenciar o aproveitamento escolar dos jovens residentes e/ou a estudar no concelho e esbater as desigualdades sociais no acesso ao ensino secundário e superior.
É o primeiro ano da entrada em vigor do novo Regulamento Municipal de Atribuição das Bolsas de Estudo, aprovado em outubro de 2020 e que aumentou substancialmente o número de apoios concedidos de 15 para 22. ■
Neste ano letivo foram pela primeira vez atribuídas um total de 22 bolsas de estudo, divididas da seguinte forma pelos diferentes graus de ensino: 5 para o ensino secundá-
2ª fase de requalificação da Rota do Douro O Município de Carrazeda de Ansiães investiu cerca de 400.000 euros (quatrocentos mil euros) na beneficiação da Rota do Douro, via de acesso fundamental para a agricultura e turismo. Esta estrada tem várias valências, é uma via de acesso a diversas explorações agrícolas e uma via de excelência para visitar o Património da Humanidade que é o Alto Douro Vi-
nhateiro. A Requalificação desta via foi dividida em duas fases, a primeira de 4,6Km ligou a aldeia da Beira Grande ao Miradouro – Rota do Douro, a segunda de 10Km que liga o Miradouro à Senhora da Ribeira. A obra de requalificação resultou de um investimento global de 500.000,00€ (quinhentos mil euros). ■
Município implementa projeto Aldeia Segura | Pessoas Seguras Aldeia Segura | Pessoas Seguras é um programa criado com o objetivo de proteger as pessoas localizadas no interface urbano-florestal. No caso específico do nosso conselho, englobará todas as freguesias. Serão implementadas zonas de proteção e locais de refúgio nos aglomerados, bem como a sensibilização das populações para a prevenção de comportamentos de risco e para adoção de medidas de autoproteção e de preparação face a incêndios ru-
rais, de forma a reforçar a sua segurança. Na sessão de apresentação realizada sexta-feira, 2 de julho, estiveram várias autoridades presentes, entres elas o Presidente da Câmara Municipal, João Gonçalves, o Comandante Operacional Distrital de Bragança, João Noel Afonso, que deu algumas informações sobre o programa e medidas a adotar, os Presidentes de Junta de Freguesia e Oficiais de Segurança Locais. ■
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VIVADOURO
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São João da Pesqueira
Centro Qualifica em S. João da Pesqueira A criação de uma rede de centros especializados em qualificação de adultos tem vindo a ser uma prioridade nacional, os quais têm como objetivo central melhorar os níveis de educação e formação. O Concelho de S. João da Pesqueira dispõe de um Centro Qualifica Asdouro / Esprodouro, que pretende assumir um papel estruturante na região, atuando neste momento em 16 concelhos (Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, Murça, Penedono, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Trancoso, Vila Flor e Vila Nova de Foz Côa), no reforço
da qualificação escolar e profissional dos cidadãos, contribuindo para a sua empregabilidade e inclusão social. De igual forma, tem vindo a apostar na mobilização de adultos e também de jovens inativos que pretendam integrar percursos de qualificação, incorporando como premissa fundamental a importância e valorização da aprendizagem ao longo da vida. O Centro Qualifica Asdouro / Esprodouro é composto por Técnicos de Orientação, Reconhecimento e Validação de Competências que estão vocacionados para a informação, aconselhamento e encaminhamento para ofertas de educação e for-
mação profissional de adultos com idade igual ou superior a 18 anos que pretendam aumentar a sua escolaridade e qualificação profissional.
O Centro Qualifica Asdouro / Esprodouro funciona nas instalações da Biblioteca Municipal de S. João da Pesqueira, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 22h00. ■
S. João da Pesqueira recebe Escola Internacional de Verão sobre património cultural A International Heritage Summer School (IHSS), organizada pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, através do Departamento de Ciências e Técnicas do Património e do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar <Cultura, Espaço e Memória>, trouxe a S. João da Pesqueira palestrantes, alunos e investigadores de várias nacionalidades. A IHSS, focada no património e paisagem do
Douro, arrancou no dia 18 e decorreu até ao dia 24 de julho, passando também por Vila Nova de Foz Côa, Mêda e Tarouca. No concelho de S. João da Pesqueira os intervenientes visitaram o Museu do Vinho – onde decorreram também aulas teóricas –, a zona histórica, o miradouro e santuário de S. Salvador do Mundo e também a aldeia de Pereiros.■
Armamar
AIMRD reúne em Armamar A Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro (AIMRD) reuniu-se em Assembleia Geral, no passado dia 8 de julho em Armamar. João Paulo Fonseca, autarca armamarense, no final da reunião, em declarações ao nosso jornal mostrava-se satisfeito por receber o encontro no concelho duriense, sublinhando a importância desta associação. “Reunir aqui a Assembleia Geral desta associação é muito importante para o nosso concelho porque aqui se reúnem todos os municípios, portugueses e espanhóis, que confinam com o rio Douro. Ganha ainda mais importância quando há projetos transfronteiriços, que são importantes para ambos os territórios, e que só se conseguem ganhando escala. Sendo Armamar um município relativamente pequeno em relação a outros aqui representados, nomeadamente Porto e Vila Nova de Gaia, do lado português, ou
Zamora e Salamanca do lado espanhol, é importante aproveitar esta escala para aproveitar da melhor forma os fundos europeus, que serão uma alavanca para estes territórios”. Da reunião o autarca destaca também o forte espírito de unidade que se viveu, destacando a aprovação de um novo regime jurídico para a associação, que assim permitirá uma mais justa distribuição dos
fundos europeus. “Na minha opinião este encontro correu muito bem. Ficou bem patente a unanimidade e o espírito com que todos os municípios estão nesta associação, um espírito de entreajuda e união. Saíram daqui decisões bastante importantes , com destaque para esta alteração, em termos jurídicos, da própria associação, foi um passo importante para alargar os horizontes”.
A AIMRD integra 80 municípios de Portugal e Espanha, entre eles Armamar. Constituída em 1994, a Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro assume-se como entidade de cooperação luso-espanhola em torno de compromissos de desenvolvimento territorial sustentável, tendo como base de atuação comum a mancha territorial servida pelo leito do rio Douro. ■
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Destaque
Douro apresenta passaporte para “uma experiência única” Com o intuito de promover turisticamente o território, a CIM Douro criou o Passaporte Douro, um documento que levará o turista “a viver uma experiência única”. Nascido da vontade dos 19 autarcas o Passaporte Douro conta ainda com as parcerias do Instituto do Vinho do Douro e Porto (IVDP) e do Turismo do Porto e Norte (TPN). “Passaporte Douro é a ação que visa mostrar o Douro nas suas diferenças e nas suas riquezas, que elege a monumentalidade, a cultura e as gentes como o mais importante desta imensa região de patrimónios da humanidade e de incomensurável potencial no País e no Mundo. É igualmente uma iniciativa que visa impulsionar o turismo no Douro depois do longo período de quase estagnação provocado pela pandemia da Covid-19”, pode ler-se na nota de
apresentação do documento, enviada à imprensa. O Passaporte do Douro é um projeto que parte de uma ideia simples mas dinâmica e, essencialmente, muito prática. Ou seja, os visitantes do Douro podem obter nas lojas interativas de Turismo dos 19 municípios o Passaporte Douro, e iniciar a sua viagem à descoberta de 76 pontos de inte-
resse (monumentos, miradouros, tradições, romarias,…) nesta área geográfica de mais de 4 mil quilómetros quadrados que é a CIM Douro. À passagem por cada um dos pontos de interesse carimbam o Passaporte e quando completar a sua “viagem” pelo território da CIM Douro o turista receberá um Certificado de Excelência e uma oferta exclusiva do
IVDP, uma garrafa de Vinho do Porto exclusiva. A validade do documento é de dois anos, dando um espaço temporal ao seu portador de passar por todos os locais. Para auxiliar os visitantes, está ainda disponível uma aplicação, através de qr code, que contém vídeos promocionais dos pontos de interesse indicados por cada município. ■
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VIVADOURO
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Destaque
Passaporte Douro: Uma viagem ímpar pelo território
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4 SANTA MARTA DE PENAGUIÃO
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MESÃO FRIO
8 PESO DA RÉGUA
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Destaque 24
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CARRAZEDA DE ANSIÃES 29 - Aldeia de Foz-Tua 30 - Vila de Carrazeda de Ansiães 31 - Castelo e Vila Amuralhada 32 - Museu da Memória Rural
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MESÃO FRIO 1 - Miradouro de S. Silvestre 2 - Claustro do Convento de São Francisco 3 - Miradouro do Imaginário 4 - Centro Interpretativo do Barco Rabelo PESO DA RÉGUA 5 - Museu do Douro 6 - Zona Ribeirinha 7 - Estação arqueológica do Alto da Fonte do Milho 8 - Miradouro de S. Leonardo de Galafura SANTA MARTA DE PENAGUIÃO 9 - Miradouro de São Pedro, em Fontes 10 - Igreja de São João de Lobrigos 11 - Praia Fluvial de Fornelos 12 - Escarpas da Fraga da Ermida na Serra do Marão VILA REAL 13 - Vila Velha 14 - Sé de Vila Real 15 - Parque Corgo 16 - Casa de Mateus SABROSA 17 - Espaço Miguel Torga 18 - Exposição "Os Locais e Culturas da Viagem de Magalhães 19 - Aldeia Vinhateira de Provesende 20 - Miradouros ao longo da EM323 ALIJÓ 21 - Estação Ferroviária do Pinhão 22 - Aldeia de Perafita 23 - Santuário de Nossa Senhora da Piedade 24 - Miradouro do Ujo MURÇA 25 - Ponte e Calçada Romana 26 - Porca de Murça 27 - Herói Milhões 28 - Castro de Palheiros
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TORRE DE MONCORVO 33 - Última aldeia piscatória de Trás-os-Montes - Foz do Sabor 34 - Centro Histórico 35 - Amêndoa Coberta 36 - Rota dos Miradouros FREIXO DE ESPADA À CINTA 37 - Alpajares e Candedo 38 - Miradouro do Penedo Durão 39 - Museu da Seda e do Território 40 - Praia Fluvial da Congida VILA NOVA DE FOZ CÔA 41 - Embarcação Senhora da Veiga 42 - Museu do Côa e Parque Arqueológico do Vale do Côa 43 - Circuito arqueológico de Freixo de Numão, Museu da Casa Grande 44 - Castelo e Vila Muralhada de Numão SÃO JOÃO DA PESQUEIRA 45 - Santuário e Miradouro de S. Salvador do Mundo 46 - Centro Histórioco de S. João da Pesqueira 47 - Museu do Vinho de S. João da Pesqueira 48 - Igreja Paroquial de Trevões PENEDONO 49 - Núcleo Museológico do Lagar de Azeite de Póvoa de Penela 50 - Dólmen de Nossa Senhora do Monte 51 - Castelo de Penedono 52 - Centro de Interpretação de Penedono SERNANCELHE 53 - Igreja de Sernancelhe 54 - Loja Interativa de Turismo 55 - Santuário da Lapa 56 - Pátio do Carregal, o berço do escritor Aquilno Ribeiro MOIMENTA DA BEIRA 57 - Espumante Terras do Demo e Maçã de Moimenta 58 - Fundação Aquilino Ribeiro 59 - Torres Eólicas de Joana Vasconcelos e VHILS 60 - Albufeira da Barragem de Vilar TABUAÇO 61 - Mosteiro Romântico de São Pedro das Águias 62 - Miradouro e Escalada do Fradinho 63 - Rijomax - o relógio mais completo do mundo 64 - Aldeia Vinhateira de Barcos e Igreja Matriz ARMAMAR 65 - Ponte Romântica de Santo Adrião 66 - Igreja Matriz de São Miguel de Armamar 67 - Ermida e Miradouro de São Domingos 68 - Rota de Cister TAROUCA 69 - Mosteiro de Santa Maria de Salzedas 70 - Casa do Paço de Dalvares 71 - Ponte e Torre de Ucanha 72 - Mosteiro de S. João de Tarouca
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LAMEGO 73 - Bairro do Castelo 74 - Santuário de Nossa Senhora dos Remédios 75 - Sé de Lamego 76 - Museu de Lamego
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Destaque
“O objetivo é fazer o circuito, mas sobretudo ficar com memórias, para que amanhã, sem passaporte, vá lá na mesma”. Domingos Carvas é autarca de Sabrosa e vice-presidente da CIM Douro. Numa conversa com o VivaDouro antes do lançamento oficial do Passaporte, o edil destaca o potencial do documento na promoção do território. Para Domingos Carvas, o passaporte será útil para o turista que chega ao Douro, ajudando-o a identificar vários pontos de interesse na região, mas também para os durienses que certamente irão descobrir locais na sua região que nem sequer julgavam existir. Como é que nasce este passaporte? O Passaporte é um objetivo de mandato. Não é fácil fazê-lo, é verdade mas, somos 19 autarcas e queremos ver nesse passaporte tudo representado, e quando digo tudo é o território. O passaporte é uma forma de levarmos o turismo ao Douro mais profundo, ao Douro menos conhecido, do interior. Ao Douro que nem sequer faz fronteira com o rio mas que não é por isso que deixa de ser Douro. O Douro comercial começa no Porto e vem ali até ao Pinhão, é um Douro de margem. O que se vê do rio é o Douro deles mas há muito mais para além daquilo que se vê do rio. Se é mais ou menos bonito? O Douro é um território vasto com cerca de 200 mil pessoas que não moram todas na margem do rio, que quanto mais afastados estão mais esquecidos ficam. O passaporte vem, de alguma forma, ajudar a retirar do anonimato coisas bonitas que o Douro tem. Este passaporte não discrimina nenhum concelho da região, todos têm o mesmo espaço e cada um pode escolher o que ali quis colocar, o que considerou mais útil. Bem como toda a informação e vídeos que se podem ver através da aplicação de qr code, é tudo responsabilidade de cada município, não houve nenhuma imposição. Isto não nasceu de cima para baixo, a CIM limitou-se a arranjar alguém que agregasse, tratasse e publicasse toda essa informação. Olhando para um lado mais prático do documento, dois anos de validade é suficiente? Se nós não lhe dermos um espaço temporal, que podemos admitir que seja um pouco curto, o passaporte vai-se perder no tempo, temos que ser desafiantes. Não só ao colocar esse período temporal mas também na forma como nós próprios olhamos para ele. O próprio prémio é algo exclusivo, eu não vou arranjar no mercado nenhuma garrafa com aquele timbre, não há. Sem esquecer as coisas maravilhosas que aqui pode viver. Olhando em especial para o turista interno, nós próprios daqui da região, não conseguimos fazer a volta pelos 19 municípios? Haja
vontade em conhecer coisas diferentes, outras paisagens, a sua própria região. Há pessoas aqui que se calhar conhecem melhor o Algarve do que o Douro. Temos, de uma vez por todas, que conhecer a nossa região para a podermos ensinar aos outros. Percorrendo o passaporte, podemos dizer que ficamos a conhecer toda a riqueza cultural, social e patrimonial destes 19 municípios? Na profundidade não, mas é uma grande ajuda. É o princípio de me levarem mais vezes a um determinado lugar, porque gostei da paisagem, das pessoas, de algo que ali comi, são várias as razões que nos fazem voltar, e esse continuo regressar aprofunda o conhecimento. Vamos pegar num exemplo, as Amendoeiras em Flor. É um destino… dar uma volta de autocarro, tirar umas fotografias e regressar a casa. O passaporte contradiz esta ideia, pretende-nos levar a diversos locais, podendo na mesma ver as amendoeiras em flor. Para além do carimbo no passaporte há ainda um espaço onde cada um pode tomar notas sobre determinado local, memórias que eu próprio vivi lá. Houve a preocupação de escolher as imagens que fossem o mais atrativas possível, precisamente para me levar lá, precisamente porque o objetivo é fazer o circuito, mas sobretudo ficar com memórias, para que amanhã, sem passaporte, vá lá na mesma. É um percurso que é fácil de fazer por pessoas de qualquer idade? Sim, os locais são de fácil acesso até porque houve um grande trabalho das autarquias nesse sentido nos últimos anos. Depois, no local, existe um qr code que leva as pessoas para uma explicação do local onde se encontra, num pequeno vídeo, e outras informações importantes. É uma explicação simples mas ao mesmo tempo imersiva ao ponto se sentirmos que também fazemos parte daquele local. Se juntarmos a tudo isto a questão da sinalética que também estamos a trabalhar, na CIM Douro, num projeto âncora de desenvolvimento e crescimento, então ficará ainda mais fácil aceder a todos os locais, até os mais recônditos. Vai ser um complemento útil para nos movimentarmos com mais facilidade entre estes locais. Que não seja por falta de sinalética que alguém não vá a um qualquer local. Este vai ser um documento útil para os durienses conhecerem a sua própria região? Antes da pandemia, no dia dos avós, fomos fazer o tradicional passeio. Para onde foram as pessoas daqui? Para o Santoínho e outros locais fora da região… levava-se as pessoas em autocarros, para recintos fechados, com qualquer coisa para comer e um vinho fraco, no final um bailarico com umas concertinas e estava feito… Há três anos eu peguei em oito autocarros com gentes daqui do concelho e fomos para
a Senhora da Lapa, em Sernancelhe. Quem quis foi à missa que foi celebrada propositadamente para eles, no final desceram ao multiusos de Sernancelhe onde foram recebidos pela autarquia e foi servido um repasto. Música quanto quiseram, bailarico animado até virem embora. Ainda hoje há quem nos peça para lá regressar. Tudo isto ficou por metade do custo. Isto exemplifica muito bem que nós não conhecemos a nossa região. Se 90% das pessoas que foram nesse passeio, nunca tinham ido a Sernancelhe… O que dizemos agora às pessoas de Sernancelhe é que façam o mesmo, que se organizem e venham visitar o nosso Santuário da Senhora da Saúde e fazemos lá um picnic. Porque é que não havemos de ir à Senhora da Cunha, ou à praia da Foz do Sabor? Quantos durienses conhecem a praia da Congida em Freixo de Espada à Cinta? Muito poucos. Houve aí um programa da CCDR-N, o Somos Douro, que era um conceito fantástico. A ideia era trazer espetáculos ao Douro profundo. O que é que aconteceu? Em vez de o fazerem de baixo para cima, fizeram de cima para baixo… Eu não posso ir ao Espaço Torga falar de Torga, o local já fala por si. Eu devia ir ao Aquilino falar de Torga e vice-versa. Temos que levar às pessoas o que elas não conhecem, a literatura, a história, a música… nós temos tanta coisa… Eu vou conhecer coisas com este passaporte que amanhã, sendo autarca, podem ser interessantes para organizar um passeio como nós aqui fizemos à Senhora da Lapa. Se nós pegamos em 500 pessoas e as levamos a Freixo, ou a Sabrosa ou a Sernancelhe, é um acontecimento. Há pessoas aqui que conhecem o Santuário do Bom Jesus e não conhecem a Catedral de Moncorvo, que é lindíssima. E até pode nem ser mais bonita que o Bom Jesus, mas é nossa, devemos conhecer. O pior que nos pode acontecer é ter as coisas e as pessoas não saberem que elas existem. Não é normal ficarmos de boca aberta com algo que seja da nossa região, é normal quando vamos para outros locais, para fora daqui.
Somos capazes de sair daqui e fazer uma distância enorme para irmos para o Azibo, em Macedo de Cavaleiros mas somos incapazes de ir pelo IC5, sair no Pópulo e ter ali perto a Foz do Sabor, mesmo juntinho ao Douro, em metade do tempo e da distância, mesmo aqui ao lado. Ou conhecer o Gerês e não conhecer o Tua, também é um Parque Natural. Compete-nos a nós autarcas mudar isto e este passaporte é um primeiro passo que damos nesse sentido. Sendo uma aposta evidente no turismo, podemos dizer que é um projeto já a pensar no pós-Covid? Não chega fazer o passaporte, temos que o “vender”. Há que fazer um marketing territorial, mas cada município também o deve fazer por si, por isso é que nós também não vamos dar os passaportes, vamos vendê-los por um preço simbólico. As coisas quando são oferecidas tendem a ser desvalorizadas. E esse plano de marketing, está pronto? Está. Foi feito propositadamente para isto e com um custo que não podemos desperdiçar. Mas tem também que ser incutido em cada autarca, porque é de presidentes de câmara que estamos a falar. Uma vez que ele é vendido, cada autarca tem que exigir, no seu território, uma dinâmica para o passaporte, não é pegar neles, colocar num local qualquer e esperar que as pessoas o venham procurar. Eu se receber um visita no meu concelho vou-lhe dar um passaporte, mas não é só dar, é explicar o que é, para que serve, desafiando a percorrê-lo. Eu não o vou vender, vou comprar à CIM e oferecer às pessoas, mas depois posso criar incentivos extra além do prémio que o passaporte já dá. Por exemplo, eu posso contratualizar com a Casa das Pipas, por exemplo, oferecer uma estadia a quem aparecer aqui com os carimbos todos no passaporte. Se nos resguardarmos dessa exposição não vamos a lado nenhum, não nos adianta ter boas acessibilidades. ■
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Armamar
Crianças de Armamar vencem concurso nacional Os alunos do Agrupamento de Escolas de Armamar que o ano letivo passado frequentaram o quarto ano foram distinguidos com o primeiro prémio no concurso “Vamos Contar uma História”, promovido pela Lusoinfo Multimédia Editora. O prémio atribuído às nossas meninas e meninos foi a edição de 500 exemplares de um livro composto pelas duas histórias criadas pelas duas turmas a concurso. A participação neste concurso nacional foi uma das atividades constantes do plano de ação desenhado pela equipa que implementa o projeto Plano Integrado e Inovador de Combate ao Insucesso Escolar (PIICIE), desenvolvido pelo Município de Armamar em parceria com o Agrupamento de Escolas Gomes Teixeira. As crianças, em articulação com os professores, decidiram que a verba conseguida com a venda dos livros reverterá integralmente para duas associações do concelho, a saber: a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-
luntários de Armamar e o Grupo Uma Ligação de Armamar, da Liga Portuguesa Contra o Cancro. O PIICIE é um projeto financiado pelo programa operacional NORTE
2020 e contempla várias atividades. Destas sobressai a plataforma +Sucesso Escolar, dirigida aos alunos do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo do Ensino Básico.
Bolsas de estudo para estudantes do ensino superior A Câmara Municipal de Armamar vai atribuir bolsas de estudo a alunos do ensino superior residentes no concelho.
As candidaturas devem ser enviadas para o e-mail presidencia@cm-armamar.pt, via postal para Praça da República, 5110-127 Armamar, ou en-
tregues presencialmente no balcão único de 19 a 29 de julho, com recurso a formulário próprio e sem dispensa de consulta do regulamento.■
Nela as crianças encontram conteúdos e atividades abrangendo temáticas de apoio aos conteúdos letivos, bem como outras áreas ligadas à Cidadania e Poder Local. ■
Projetos armamarenses destacados pelo IPDJ Os projetos Criatividade em Armamar, “100Gerações”, Your Place, MENTES SAUDÁVEIS, Criar+ e Em Rede pela “ VIDA” foram aprovados no âmbito do Programa OTL -, nas modalidades de Curta Duração e Longa Duração, do Instituto Português do Desporto e Juventude, IP (IPDJ). As iniciativas procuram envolver os jovens na promoção da juventude ativa, cultura, desporto, ambiente e ações cívicas.■
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VIVADOURO
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Carrazeda de Ansiães
D’Eunoia: Moda exclusiva e personalizada inspirada no Douro anos de experiência, que nos têm aconselhado e guiado neste processo que é uma descoberta para nós! Os artigos são todos feitos em Portugal de forma artesanal. Trabalhamos com uma série de ateliers diferentes, mas de pequena dimensão, onde conseguimos garantir a qualidade e atenção ao detalhe. Cada uma das nossas peças é feita por encomenda e a pensar em oferecer uma experiência exclusiva a quem coleciona os nossos artigos. Uma das coisas mais importantes é assegurarmos esse cuidado, e temos a certeza que estamos rodeadas de alguns dos melhores artesãos portugueses! > Catarina e Ana Cruz, criadoras da D'Eunoia
O projeto D’Eunoia nasceu em plena pandemia, impulsionado por um confinamento obrigatório que juntou as irmãs Catarina e Ana em casa dos pais, em Carrazeda de Ansiães. O gosto, desde tenra idade, pelo mundo da moda e a vontade em criarem um projeto conjunto, foi a inspiração que necessitavam para avançar com o projeto. Desenham peças exclusivas, feitas “à medida” da cliente, inspiradas nas paisagens da região que as viu nascer. Como surgiu a ideia de criar a D’Eunoia? Durante o primeiro confinamento, eu (Catarina) e a minha irmã acabamos por regressar a casa dos nossos pais temporariamente, estava a estudar em Bruxelas e a minha irmã a trabalhar no Porto! Com tanto tempo juntas achamos que seria a altura de criar um projeto, como sempre quisemos fazer. Finalmente tínhamos tempo e estávamos juntas! Sempre fomos muito fascinadas pelo mundo da moda, desde pequeninas que adoramos roupa, sapatos e acessórios, éramos o tipo de miúdas que partiam os saltos altos
da mãe quando tentávamos desfilar lá por casa... Por isso, este projeto conjunto só podia ser ligado a isso! Na apresentação do projeto referem que se inspiram nas paisagens da região. De que forma os vossos clientes podem reconhecer esses traços nas vossas criações? A inspiração nas paisagens do Douro, neste lugar maravilhoso, vai muito para além do que é visual. Ainda que na nossa primeira coleção tenhamos usado as cores do Douro: os roxos das uvas, os verdes das vinhas e o dourado do
sol que brilha de uma forma especial aqui, a principal inspiração na região está na nossa filosofia: "Keep your roots, grow your wings". Isto tem a ver com a ligação que temos à nossa origem, mas também à necessidade e vontade que temos de explorar o mundo e seguir os nossos sonhos. Um bocadinho como é possível fazer com as nossas coleções! Assim, criamos sempre uma peça central, a nossa Origem, e depois uma série de peças que a podem complementar e que representam essa possibilidade de "voar por aí". Os nomes dados aos vossos produtos (Origem, Touriga, Franca…), é também pensada para facilitar essa associação? Exatamente, nesta segunda coleção fizemos alusão às castas mais representativas da região, e mantemos sempre o nome da peça central, Origem. Na primeira coleção, as nossas alças tinham nomes de mulheres do Douro, cada uma com traços de personalidade diferentes, que se refletiam no design, por isso é tudo muito metafórico! A vossa produção é feita por encomenda, porquê esta opção? Queríamos criar algo especial e exclusivo, e ao mesmo tempo produzir de forma consciente. A preocupação com um modo de vida sustentável e o conceito de slow fashion são coisas fundamentais para nós. Assim conseguimos evitar acumulação de stock, fazendo um impacto positivo no meio ambiente, ao mesmo tempo asseguramos a exclusividade, na certeza de que cada peça é produzida especialmente para as nossas clientes! Sendo ambas formadas em economia, como funciona o vosso processo de produção? Como não somos formadas na área, escolhemos trabalhar com profissionais com muitos
Criar uma marca com estas características a partir de Carrazeda de Ansiães, que desafios vos coloca? Em primeiro lugar, a nossa produção não pode ser feita em Carrazeda, não há indústria nem ateliers desta área, e isso obriga-nos a produzir noutras cidades, ainda que todas no Norte! Em termos de funcionamento de marca, acabamos por não ter desafios que nos impossibilitem de realizar aquilo a que nos propomos. Temos excelentes acessos e para além disso passamos muito tempo na cidade do Porto! Acho que o Norte está muito bem preparado para produzir nesta área e tem sido incrível descobrir tudo que há por aí, e que não fazíamos ideia! No que diz respeito a Carrazeda, há ainda muito que pode ser feito no âmbito do empreendedorismo jovem. Seria muito interessante desenvolver uma rede de apoio sólida para dinamizar o concelho e incentivar os jovens neste mundo desafiante que é o de criar um negócio. Se um jovem de Carrazeda, com um projeto inovador, vos pedisse um conselho, o que lhe diriam? Diríamos que o lugar de onde somos não é uma limitação, de todo! É possível fazer coisas incríveis, com trabalho, dedicação e muita persistência. O reconhecimento não será imediato, mas é muito recompensador arriscar e fazer diferente! Que projetos têm pra o futuro da D’Eunoia? O nosso objetivo é o de conseguirmos ter o nosso próprio atelier com artesãos das mais variadas áreas, e com a capacidade de responder às nossas ideias, que são muitas! Queremos surpreender e mostrar que em Portugal há muita coisa interessante e diferente a ser feita! Já começamos a vender para fora, para países como Andorra, França e Suíça e no futuro esperamos chegar ainda mais longe! ■
JULHO 2021 VIVADOURO
Lançamento da primeira pedra do “Mercado dos Produtos Durienses” Realizou-se no passado dia 23 a Cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro Mercado dos Produtos Durienses com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. O evento decorreu em Paços, no edifício da antiga Escola Primária, futuro Centro de Apoio ao Pedestrianismo, e no local de construção deste pavilhão multidisciplinar. No momento, o presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Domingos Carvas, agradeceu a presença e todo o trabalho que tem vindo a ser realizado pela ministra da coesão territorial no território duriense e na concretização de projetos como este, afirmando também que este é um projeto “há muito ambicionado e necessário no território sabrosense, que, com esta
infraestrutura, se verá dotado de um espaço condigno para a realização de eventos de várias índoles e que servirá para a promoção do nosso território e dos nossos produtos”. No mesmo sentido foi o discurso da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que relevou a importância da concretização destes projetos e do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido localmente. A construção do “Mercado dos Produtos do Douro” permitirá a realização de eventos de promoção do território, dos seus produtos e de eventos de índole cultural e desportiva. Será um espaço vocacionado para a realização de um Mercado regular de produtos Durienses, abrangendo ainda atividades promocionais, como feiras temáticas, organização de colóquios e/ou eventos que, com estas atividades estejam relacionados, em articulação estreita com todos os agentes e entidades que
operam quer no seu concelho, quer em concelhos adjacentes. Localizado no “antigo campo de futebol de Paços”, junto a uma das entradas da vila de Sabrosa e da Zona Industrial, este pavilhão terá uma área total, aproximada, de 1100 metros quadrados, e será dotado de todas as condições infraestruturais necessárias à boa realização de eventos diversos. Para além do seu caráter multidisciplinar e multiusos, foi
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Sabrosa
ainda considerado dotar este equipamento de uma valência adequada à prática desportiva, permitindo a prática de todas as modalidades desportivas de pavilhão (de interior). Prevê-se uma capacidade na zona de bancada para 200 espectadores sentados. Este Projeto tem um investimento total de 1.489.659,22 Euros e a conclusão desta obra está prevista para o verão de 2022. ■
Município e Direção Regional de Cultura do Norte assinaram protocolo para implementar modelo de abertura ao público da Casa de Miguel Torga Aconteceu no passado dia 27 de julho, no Espaço Miguel Torga, a cerimónia de assinatura do protocolo entre a DRCN e o Município de Sabrosa, cujo objetivo principal passará por implementar um modelo de abertura ao público da Casa de Miguel Torga, em estreita articulação e complementaridade com o Espaço Miguel Torga, com idêntico horário de funcionamento, a partir do dia seguinte à inauguração formal do espaço, assim como garantir a manutenção da Casa, do seu conteúdo e dos espaços exteriores.
Aquando do momento o Presidente do Município de Sabrosa, Domingos Carvas, realçou a importância do momento, enfatizando a importância de preservar e divulgar a casa do escritor, aquando da conclusão das obras, funcionando em estreita colaboração e em complemento do Espaço Miguel Torga. Pela Direção Regional da Cultura, a Diretora Regional, Dra. Laura Castro, salientou a importância deste tipo de protocolo pela possibilidade de permitir ao município cuidar, preservar e promover o seu património. ■
Padre António Areias apresentou o livro 'Face à Espiritualidade - Uma educação para a Morte' no EMT A apresentação do livro “Face à Espiritualidade - Uma educação para a Morte”, do Padre António Areias, aconteceu no passado sábado, 17 de julho, pelas 18h00, no auditório do Espaço Miguel Torga. O evento contou com a presença
do presidente da Câmara Municipal de Sabrosa, Domingos Carvas, que, no momento, teve oportunidade de parabenizar e enaltecer o autor pela obra apresentada e pelo papel que o mesmo “desempenha no território”. ■
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VIVADOURO
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Região
“Inspira” dá música ao Douro Promovido pelos museus do Douro, Côa e Vinho, o Projeto Inspira conta com um total de 70 espetáculos, espalhados por 16 palcos espalhados pela região, improvisados em aldeias, praças e miradouros. Apresentado no Museu do Vinho em São João da Pesqueira o Projeto Inspira arrancou no passado fim de semana, dia 24, com um concerto nos jardins do Museu do Douro do grupo “The Dixie Boys”. Embora também dedicada aos durienses, a iniciativa, que se prolongará até ao mês de setembro, visa alargar a oferta cultural e de animação na região, atraindo turistas à região. “O Inspira é um projeto do Douro para quem nos visita e para quem cá vive. É um projeto de cariz português e que vem afirmar o Douro e a parceria entre três instituições que são fundamentais
para o desenvolvimento da região”, afirmou o diretor do Museu do Douro, Fernando Seara, durante a apresentação, sublinhando ainda que esta é “uma oportunidade de os artistas portugueses também voltarem ao trabalho”. No mesmo momento, o presidente da Câmara de São João da Pesqueira, Manuel Cordeiro, destacou o trabalho conjunto dos três museus do território, afirmando que o projeto vem “acrescentar valor ao património” e é mais uma “forma de promover o território”. “Oferece à comunidade uma programação cultural diferente e eclética e a quem nos visita oferecer um pouco mais do que paisagem”, salientou o autarca. Em representação da Fundação Côa Parque, na apresentação do projeto, esteve Rosa Jardim que destacou a “programação cultural de excelência” que vai “disseminar a cultura” pelo território e “fazer sobressair pontos de interesse que às vezes passam mais despercebidos aos visitantes”.
Pretendendo-se diversificada e eclética, a programação vai contemplar vários géneros musicais, estando, para lá dos “The Dixie Boys”, já confirmados nomes como Bié (Rafael Fernandes), Emmy Curl, Ana Laíns ou Ceifeiros de Cuba. Em sete miradouros foram ainda filmados pequenos vídeos com seis músicos, que vão ser divulgados ‘online’, unindo a música à paisagem para promover o território.
Para além de São Salvador do Mundo, em S. João da Pesqueira, foram também escolhidos os miradouros de São Leonardo da Galafura (Peso da Régua), São Cristóvão do Douro (Sabrosa), São Gabriel (Torre de Moncorvo), São Lourenço (Vila Nova de Foz Côa), Penedo Durão (Freixo de Espada à Cinta) e o do Ujo (Alijó). O projeto resulta de uma candidatura de 220 mil euros, cofinanciada pelo Norte 2020. ■
Douro já tem Declaração para a Sustentabilidade Assinatura do documento teve lugar no Museu do Douro, na cidade de Peso da Régua, no último dia do congresso “Douro & Porto – Memória com Futuro”, organizado pelo IVDP. Entre os dias 19 e 22 de julho o IVDP organizou o congresso “Douro & Porto – Memória com Futuro”, dividido entre o edifício da Alfândega do Porto, o Museu do Douro e sessões online, um acontecimento que mobilizou a Região Demarcada do Douro (RDD), com o setor dos vinhos do Douro e Porto em maior destaque. Ao longo dos quatro dias do evento aconteceram quatro conferências plenárias e foram apresentadas 40 comunicações científicas distribuídas pelos diversos eixos que orientaram este evento: território, gentes, vinha, vinho e mercados. Foram ainda apresentados e discutidos 9 comunicações em formato póster. O congresso foi uma oportunidade de refletir sobre a história da região com um olhar posto no futuro e nos avan-
ços tecnológicos do setor. “O Congresso Douro e Porto, como o próprio nome indica, Memória com futuro, reveste-se de enorme importância, não só pelo quadro pandémico que vivemos mas sobretudo, baseados na memória e nos alicerces do nosso passado, tentar preservar, potenciar e promover a Região Demarcada do Douro. Uma região que queremos cada vez mais sustentável e com mais valor para si”, afirmou Gilberto Igrejas, presidente do instituto em declarações ao nosso jornal. Declaração subscrita por 34 entidades No decorrer do último dia deste congresso, foi assinado, por 34 entidades públicas, a Declaração de Sustentabilidade para a região, um documento que prevê a adoção de medidas que combatam problemas como o envelhecimento e a desertificação, ameaça para a sustentabilidade da região, e permite encontrar soluções conjuntas, integradas e coerentes, para o combate global dos problemas atuais. O acordo conseguido representa, nas palavras do presidente do IVDP, um “compromisso assumido pelos decisores envolvidos”, considerando mesmo este como um dos momentos
mais significativos do setor, este ano. “A Carta pela Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro, é um evento que consideramos da maior importância, considero mesmo que será o evento do ano para a região. Esta carta foi assinada por 34 organismos públicos, 34 decisores públicos da RDD, todos concordaram em contribuir de forma ativa para que haja fixação no território, incremento e facilitação de que outras pessoas se instalem no território, e pela vontade, a perseverança, a dedicação, o trabalho e o rigor trazer e aportar valor à RDD. É neste quadro que olhamos para este congresso, um congresso de sinergias, de vontades, onde todos se mostra-
ram disponíveis para contribuir para esta unidade em torno da sustentabilidade”. Entre os signatários da Declaração estão os 21 municípios da Região Demarcada do Douro, bem como os municípios do Porto e de Vila Nova de Gaia, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento do Norte (CCDR-N), a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e a Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Norte. A par destas entidades, estão também os Institutos Politécnicos do Porto, Bragança, Viseu e Guarda e as Universidades do Porto (UP) e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). ■
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Região
Nova Gastronomia em Portugal é o mote das 7 Maravilhas A décima edição das 7 Maravilhas é dedicada à Nova Gastronomia em Portugal, com o objetivo de “valorizar todo o setor da restauração e dar alento à produção nacional”. Segundo o comunicado de Luís Segadães, presidente das 7 Maravilhas, as escolhas da Nova Gastronomia serão “inspiradas na tradição, mas baseadas nos produtos endógenos de cada região”, e a diferença, em relação ao habitual, é que estas receitas deverão incluir “novos conceitos ao nível da apresentação, da utilização dos ingredientes mais saudáveis e promoção da maior sustentabilidade alimentar”. A competição é promovida pela televisão pública, com José Fragoso, diretor da RTP1, a explicar que o propósito é o
de colocar “os olhos na cozinha portuguesa do futuro”, agora que é necessária a “recuperação dos setores da restauração e do turismo”. As 7 Maravilhas estarão divididas por setores, com cada vencedor a ter um prato de uma categoria distinta, a saber: pratos de carne, peixe e marisco, petiscos, pratos vegetarianos, pratos vegan, cozinha molecular e doçaria. Haverá 49 pré-finalistas, 21 programas de televisão, com acompanhamento de julho a setembro e a gala final está marcada para o dia 4 de setembro. Com as eliminatórias já a decorrer, na lista dos competidores encontramos três restaurantes da região duriense: Castas e Pratos, de Peso da Régua, Cais da Villa, em Vila Real, o Bistro Terrace, em Armamar, e a Quinta do Portal, em Sabrosa. Com algumas categorias já fechadas, a presença do Douro na próxima etapa deste concurso está já assegurada na
categoria de comida vegana, com um Tabulado de Legumes, assinado pelo chefe José Fernandes do Bistro Terrace, e nos pratos de carne com a Perna de Cabrito assada do Chef Tiago Moutinho (Castas e Pratos). Apesar de ainda não estar encerrada a eleição final da categoria cozinha molecular, também aqui a presença da gastronomia duriense está assegurada com o Cabrito Transmontano, Alheira e Vinho do Porto, assinado pelo chefe Da-
niel Gomes, do Cais da Villa. Das categorias que faltam ainda encerrar, podem ainda ser eleitos, na cozinha vegetariana, o Bistro Terrace (Cogumelos em 3 texturas), e a Quinta do Portal (A Nossa Horta na sua Mesa). Nos pratos de peixe e marisco está ainda a concurso o Cais da Villa (Bacalhau, carabineiro, Amêijoas e Cuscos Transmontanos). O restaurante Castas e Pratos está ainda na corrida na categoria de doçaria onde vai a concurso com, a Abóbora e o Queijo. ■
ProDouro quer Autoestrada do Vinho do Porto A Associação ProDouro propõe a designação de Autoestrada do Vinho do Porto para o troço da A24 Vila Real – Peso da Régua – Lamego, numa homenagem ao ex-libris da região servindo ainda de fator de atração turística. Proposta foi apresentada à CIM Douro e IVDP. De acordo com a associação, neste troço com pouco menos de 30 quilómetros, “a paisagem vitícola é deslumbrante e porventura nenhum outro território de vinho no mundo oferece ao visitante (e ao próprio duriense) a possibilidade de usufruir de uma viagem parecida”. No manifesto que apresenta a proposta a ProDouro sublinha que são milhares os turistas que usam esta autoestrada, classificando-a mesmo como “a antecâmara comum, a céu aberto, dos vários núcleos museológicos da RDD”. A associação defende ainda que a aprovação desta designação poderá ser benéfica para os operadores turísticos que transportam milhares de tu-
ristas pela região usando aquele eixo. “Se todos usufruem da Autoestrada do Vinho do Porto, os operadores turísticos podem ‘vendê-la’ ao turista ao integrar essa parte especial da viagem no plano de visita. Esses operadores turísticos devem ser formados como Embaixadores dos Vinhos do Douro, uma formação que deve ser especialmente cuidada, desde logo para saberem exaltar em uníssono as características da maior região de viticultura de montanha do mundo e dos fatores que a diferenciam”. A ProDouro acredita que desta forma o turista teria “uma aula teórico-prática” já que ia podendo experimentar “o efeito da altitude (serve seguir no termómetro da viatura a subida de temperatura de Vila Real para a Régua e a sua descida da Régua para Lamego) ou o efeito da exposição pelo simples jogo de luz e sombra sobre as vinhas que vê”. A complementar a alteração de denominação deste eixo, a ProDouro defende ainda que ao longo do percurso deve ser criada “uma área de descanso/miradouro, onde além de poder descansar e dispor de instalações sanitárias, o turista ou simples viajante encontrará espaço próprio para piqueniques”, e ainda “um edifí-
cio de apoio ao enoturismo na região”. Questionado pela nossa reportagem, Rui Soares, presidente da ProDouro, afirma que “esta proposta surge no âmbito de um conjunto de contributos para a sustentabilidade da Região Demarcada do Douro, apresentada pela ProDouro ao IVDP tendo em vista a assinatura da Declaração para a Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro, no âmbito do Congresso "Douro & Porto Memória + Futuro". Tratam-se de uma série de iniciativas defendidas pela associação para a promoção da sustentabilidade da RDD nas suas diferentes vertentes -
social, económica e ambiental - que julgamos da maior importância para a região. O projeto "Autoestrada do Vinho do Porto" surge enquadrado naqueles contributos uma vez que as boas ideias não precisam de um timing próprio, são sempre bem-vindas, neste caso em particular a associação vitivinicultura/enoturismo. Todavia, dá-se a feliz coincidência do Douro Vinhateiro celebrar este ano 20 anos da sua classificação como Património Mundial da UNESCO pelo que a nomeação que defendemos seria uma boa notícia para os festejos”. ■
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Domingos Nascimento
há aproximação e confluência de interesses. Não são raras as votações por unanimidade. Soubessem os nossos políticos do estado central fazer o mesmo e o país estaria muito melhor. Na escala local tudo é mais claro. Os propósitos e Presidente da Agência os projetos. Social do Douro As ambições coletivas são conhecidas por todos os grupos políticos. É muito útil a diversidade de soluções para os mesmos problemas, bem evidente pelos milhares de candidatos, para os órgãos de freguesia, ou órSabe tão bem! gãos municipais. A participação é já uma força construtura de quaAs autárquicas são cidadania política, são festa lidade de vida e de bem estar social. Felicito todos que se estão a disponibilizar para este exercício de de democracia. Estamos nos dias finais da entrega das listas nos cidadania ativa. Só lhes peço, aos que forem eleitos, que procutribunais. A azáfama, da gestão de opções e das preten- rem voar sempre mais alto e olharem à escala da sões, está no terreno. A democracia local está nossa região. É pequena, mas é maior se a olharmos com o coração. em ebulição. Com todos os defeitos, sempre presentes nes- Saibamos abraçar a nossa freguesia, a outra fretes processos, anda no ar um cheiro intenso a guesia, ou o outro e os outros concelhos. Faremos certamente caminho comum que permidemocracia. Nada, mesmo nada, da vida em sociedade, tem tirá concretizar o desenvolvimento que fixe e faça este sabor. O sabor da dialética da vida comuni- feliz as pessoas. tária e do processo de eleição dos que exerce- Juntos seremos mais fortes. Só juntos sobreviveremos. rão o poder e dos que lhe serão oposição. Por norma, após a eleição, quando necessário, A democracia local sabe tão bem!
Unidade de Saúde Pública do ACES Douro I Solange Azevedo Engª Ambiente Maria João Pires Técnica Saúde Ambiental Unidade de Saúde Pública do ACeS Douro I
“Preserve a sua saúde… Proteja-se do Calor Extremo” Na primavera/verão ocorrem frequentemente temperaturas muito elevadas, podendo existir efeitos graves sobre a saúde, incluindo desidratação e descompensação de doenças crónicas. As ondas de calor, períodos prolongados de tempo excessivamente quente, constituem graves riscos para a saúde humana, causando perturbações como cãibras, esgotamento devido ao calor e golpes de calor que muitas vezes podem levar à morte se a assistência médica não for rápida. Destacam-se alguns sintomas do golpe de calor: febre alta, pele vermelha, quente, seca e sem produção de suor, cãibras musculares, cansaço e fraqueza, pulso rápido e forte, dor de cabeça, náuseas, tonturas, confusão e perda parcial ou total de consciência, ou até a morte se o indivíduo não for socorrido rapidamente. O calor pode afetar todas as pessoas, havendo grupos mais vulneráveis como é o caso de crianças nos primeiros anos de vida, idosos, portadores de doenças crónicas (cardiovasculares, respiratórias, renais e diabetes), obesos, acamados e pessoas com problemas de saúde mental, entre outros. Perante a ocorrência de temperaturas elevadas, com especial atenção às crianças, idosos, grávidas e doentes crónicos, a Direção-Geral da Saúde recomenda: ▪Beba água ou sumos de fruta natural, mesmo quando não tem sede, e evite o consumo de bebidas alcoólicas; ▪Faça refeições frias, leves e coma mais vezes ao dia; ▪Utilize roupa larga, que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UVA e UVB; ▪Mantenha-se em ambientes frescos arejados, pelo
menos 2 a 3 horas por dia; ▪Evite a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas; ▪Utilize protetor solar, com fator igual ou superior a 30 e renove a sua aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina; ▪Evite atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior; ▪Se trabalhar no exterior, hidrate-se frequentemente, proteja-se com roupa larga e chapéu e trabalhe acompanhado porque em situações de calor extremo poderá ficar confuso ou perder a consciência; ▪Escolha as horas de menor calor para viajar de carro e não permaneça dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol; ▪Se está grávida modere a atividade física, evite a exposição direta ao sol e ingira frequentemente líquidos; ▪Assegure que as crianças consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado. As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta; ▪Contacte e acompanhe os idosos e outras pessoas que vivam isoladas. Assegure a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado; ▪Se é doente crónico, ou está sujeito a terapêuticas e/ou dietas especificas, siga as recomendações do seu médico assistente ou do Centro de Contacto do SNS 24: 808 24 24 24; ▪No período de maior calor, corra as persianas ou portadas. Ao entardecer deixe que o ar circule pela casa; ▪Mantenha-se informado quanto às previsões meteorológicas e siga as recomendações da Direção-Geral da Saúde; ▪Em caso de emergência ligue 112; ▪Para mais informações ligue para o Centro de Contacto SNS 24: 808 24 24 24. Atendendo à atual situação pandémica, torna-se indispensável a adoção de algumas medidas de prevenção dos efeitos do calor intenso no risco epidemiológico associado ao Covid-19, nomeadamente: •renovar e climatizar o ar em salas e espaços fechados (cumprindo os requisitos das Orientações nº 9, 22, 23, 24, 25, 27, 28 e 30 de 2020 da Direção Geral da Saúde); •sensibilizar os profissionais de saúde/cuidadores para o risco de utilização de EPI e stress associado ao calor, reforçando a hidratação ao longo da jornada de trabalho.
JULHO 2021 VIVADOURO
“Esperança” regressa a Sernancelhe O Município de Sernancelhe organiza, de 23 de julho a 23 de agosto, a 2ª edição da Exposição Coletiva “Esperança” no Centro Histórico e na Avenida das Tílias. À semelhança do ano passado, e devido à prudência que a Covid-19 continua a exigir, a Câmara mantém em suspenso o SER+Cultura, apostando numa versão mais expositiva, ao ar livre e de visitação autónoma, ainda que não descure a aposta na valorização do património, na cultura, na arte e na criatividade dos escultores do concelho e da região. Entre 23 de julho e 23 de agosto, a exposição “Esperança” dará vida extra ao Centro Histórico e à Avenida das Tílias, oferecendo aos visitantes a oportunidade de conhecerem peças únicas de escultura, pintura, fotografia, visitarem instalações artísticas, desfrutarem das novidades da literatura e ainda admirarem outras criações de street art. Cumprindo as mais rigorosas normas de
segurança, o Município de Sernancelhe pretende proporcionar aos visitantes a possibilidade de acompanharem as criações artísticas ao vivo, de perceberem a relação da arte contemporânea com os espaços seculares que a envolvem, e ainda conhecerem, com detalhe, espaços como a Igreja Românica do séc.XII, o Museu Padre Cândido, a antiga Casa da Câmara, o Pelourinho, o Solar dos Carvalhos, a Casa da Comenda, o Monte Castelo, entre tantos outros elementos que são referência do Centro Histórico de Sernancelhe. Mantendo o sentido de exposição de rua, a “Esperança” 2021 vai contar igualmente com trabalhos dos cerca de 300 utentes dos Centros Lúdicos de Sernancelhe, dinamizados pelo CLDS-4G, que mesmo em contexto de restrições mantiveram-se ativos para que participassem numa construção multicolor que pretende transmitir uma mensagem de esperança e confiança no futuro. “Esperança” é uma iniciativa cultural única, criada por Sernancelhe em 2020 e que este ano vai repetir-se. Foi idealizada para este tempo de grandes restrições impostas pela Pandemia da
Covid-19 como forma de revitalizar económica e culturalmente o concelho que é detentor da marca Terra da Castanha. O Município entende ainda ser esta uma oportunidade para impulsionar o comércio tradicional, em especial aquele que está localizado na zona mais antiga da Vila, o que acontecerá com a proximidade das exposições aos cafés,
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Sernancelhe
restaurantes e outros espaços onde a gastronomia local pode ser apreciada. O ponto de partida para a visita à exposição será na Loja Interativa de Turismo, onde será disponibilizado um mini guia com o itinerário, com a indicação dos pontos de exposição, uma breve apresentação do artista ou associação e do conceito expositivo de cada peça. ■
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VIVADOURO
JULHO 2021
Região
Secretário de Estado da Agricultura reuniu com CIM Douro
Governo apresentou medidas de apoio No total são sete as medidas que o Governo irá implementar para ajudar os produtores da região a fazer face aos danos causados pelo granizo, em especial em vinhas e pomares. "As medidas de apoio excecionais anunciadas, pretendem reforçar a capacidade dos produtores e das indústrias para fazerem face aos prejuízos causados pelas últimas tempestades. Além disso, e porque as intempéries são cada vez mais frequentes e imprevisíveis, algumas das medidas pretendem também sensibilizar para práticas preventivas", afirmou a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes. Entre as medidas anunciadas está uma linha de crédito que tem alocado um montante de cinco milhões de euros para apoiar as explorações agrícolas e agroindústrias atingidas pelas intempéries. Desta forma pretende-se reforçar a capacidade dos produtores e das indústrias que deixam de receber a quantidade de fruta de que necessitam. Esta linha de crédito terá um período de carência entre 12 e 24 meses. A segunda medida visa a "prorrogação da perenidade das operações de investimento", ou seja, nas situações em que o potencial produtivo dos pomares/vinha não se encontre afetado de forma irreversível, propõe-se que
Professor Universitário
Norte. Que futuro?
O Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, recebeu, no início do mês de julho, em audiência, a CIM Douro, representada pelo presidente do Município de Armamar, João Paulo Fonseca, o presidente do Município de Lamego, Ângelo Moura, e, ainda, o vice-presidente de São João da Pesqueira, Luís Rodrigues. Na reunião foram discutidas as possíveis ajudas ao território, que viu as produções agrícolas perdidas por causa da queda do granizo. A CIM Douro, ainda deixou o convite para a visita do Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural à Região.
António Fontaínhas Fernandes
seja prolongada de uma forma permanente das operações, com compromisso de nova visita física ao local para encerramento da operação. No caso de o potencial produtivo ficar afetado de forma irreversível, as DRAP seguirão as orientações do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) em matéria de reconhecimento de "caso de força maior". A terceira medida consiste na isenção de penalizações nos controlos VITIS - reestruturação e reconversão de Vinha. Segundo o ministério, no controlo VITIS propõe-se que "sejam permitidas prorrogações do prazo de replantação, até à primavera seguinte, podendo igualmente alargar-se os prazos para a conclusão dos controlos, não sendo impeditivos os pagamentos dos apoios aprovados, na condição de os técnicos das DRAP referenciarem o nível de estragos identificado, na área de influência do fenómeno e que as ações de replantação, caso necessárias, sejam identificadas pelo beneficiário à DRAP". Depois, através de protocolo a celebrar com as autarquias que assim o entendam, pretende-se apoiar a comparticipação em 50% dos custos relativos aos tratamentos fitossanitários de vinhas, pomares e culturas de pequenos frutos, para um restabelecimento e cicatrização das plantas. O ministério estima que os valores do tratamento sejam de 40 euros por hectare, nas vinhas, e de 60 euros por hectare, nos pomares de pomóideas, prunóideas e pequenos frutos. A quinta medida prevê a prorrogação do prazo do aviso "Investimento na Exploração Agrícola Instalação de Redes Anti Granizo em Pomares de Pomóideas e Prunóideas", já que, após
as últimas tempestades, houve um aumento significativo de produtores que manifestaram intenção de se candidatarem a esta medida. Promover e divulgar, junto dos agricultores e estruturas organizativas do setor, o sistema de seguros agrícolas é a sexta medida anunciada. Pretende-se sensibilizar "todos os produtores para a importância de aderirem a um seguro, assim como as próprias organizações de produtores e comissões vitivinícolas". Por fim, a última medida é dirigida ao caso específico da Região Demarcada do Douro. O Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) irá avaliar, à luz do que está previsto no regulamento do comunicado de vindima, a possibilidade de transferência de mosto generoso (benefício) entre parcelas do viticultor ou entre os viticultores. Para Gilberto Igrejas, presidente do IVDP, esta medida é positiva para a região que já a utilizou em anos anteriores também com o objetivo de fazer face a perdas avultadas na produção devido a intempéries. “Esta medida não é nova, já em comunicados de vindima de anos anteriores, o IVDP, tinha inserido esta medida para fazer face a situações de catástrofe, que levaram a perdas parciais ou totais por parte dos viticultores. É uma forma de, dentro do Conselho Interprofissional, e com o rigor que é conhecido ao IVDP, após solicitação por parte dos viticultores interessados, haver esta disponibilidade de fornecimento de uvas por parte de outros viticultores que possam fornecer esses quantitativos. É uma prática legal e transparente que será acompanhada pelos técnicos do IVDP”. ■
A CCDR-N dinamizou nas últimas semanas diversos workshops temáticos visando prospetivar o futuro da região, no sentido de recolher prioridades, projetos e investimentos para o próximo ciclo de fundos estruturais. Estratégia que parece adequada, pois o desenho de políticas públicas deve ser um exercício de envolvimento dos principais agentes regionais, como sejam autarcas e elementos das CIMs, representantes de instituições, de serviços públicos, de instituições de ensino superior e ciência e empresários. Está hoje claro que Portugal é um país coeso, em termos de valores, de herança histórica, de identidade e de cultura. Mas também que, apesar da sua reduzida dimensão territorial tem graves assimetrias regionais, em termos demográficos e socioeconómicos. A exemplo do país, no Norte, o litoral concentra a maioria da população, emprego, atividade económica e riqueza, devido a um círculo vicioso de drenagem de pessoas, talento e riqueza, originando constrangimentos estruturais ao desenvolvimento do interior. Narrativas e práticas do passado têm limitado o potencial de desenvolvimento do interior ao agroalimentar, floresta, indústrias tradicionais e turismo. Novas estratégias de desenvolvimento devem ser desenhadas nos contextos das transformações tecnológicas, casos do digital, sob pena de continuar a perder atratividade e diminuir capital humano. É vital identificar e consolidar clusters centrados em bens e serviços transacionáveis que possam ser desenvolvidos nessas regiões, para reter população e criar valor acrescentado. Só assim, Portugal retomará o caminho da convergência económica, no âmbito da União Europeia. O desenvolvimento do território nacional como um todo coeso e competitivo exige estratégias adequadas aos paradigmas económicos e societais do século XXI, em que as instituições de ensino superior são mola central do processo, em especial nas regiões menos desenvolvidas. Os novos desafios exigem a concertação dos atores locais relevantes, segundo modelos da tripla hélice contextualizados para realidades socioeconómicas específicas em torno de estratégias regionais abertas ao global, perspetivadas face aos desafios tecnológicos e a novos modelos de negócio dos setores alvo, consubstanciando ecossistemas regionais de inovação. A concertação de estratégias regionais de inovação exige um modelo de governação participado e ativo, incluindo a criação de um Conselho Regional de Inovação, que integre instituições de produção de conhecimento (ensino superior e investigação), as estruturas de interface e transferência de tecnologia, as empresas, e os agentes do território.
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VIVADOURO
JULHO 2021
Lazer Piadas de bolso:
RECEITA CULINÁRIA VIVADOURO
O instrutor de paraquedistas: - Contam todos até dez para abrirem o pára-quedas, OK??? No ar, já todos com o pára-quedas aberto, começa a cair um vertiginosamente. Diz outro: - Olhem, lá vai o gago...
Escola de Hotelaria e Turismo do Douro - Lamego
CARRÉ DE BORREGO COM ERVAS AROMÁTICAS Ingredientes
● 250 Gr de carré de borrego ● 4 Maçãs vermelhas ● 2dl de azeite ● 4 Tomates cherry ● Q.b. sal ● Q.b. de pimenta de moinho ● 3 Dentes de alho ● 130 Gr de manteiga clarificada ● Q.b. de ervas de Provence ● Q.b. Mostarda ● Q.b. tomilho ● Folhas de Manjericão ● ½ molho de salsa pequeno
HORÓSCOPO
Preparação
1- Arranjar o carré e temperar com sal, alho, azeite, tomilho. 2- Leva-se a corar numa frigideira com azeite, só para que crie uma crosta na carne. 3- Numa tijela deita-se a mostarda, as ervas (aromáticas) um fio de azeite, e a manteiga clarificada, passa se com a varinha ate formar uma pasta. 4- Coloca-se o carré num tabuleiro com o forno pré-aquecido a 180ºc,cobre-se o carré com a pasta e leva-se ao forno cerca de 10 minutos. 5- Saltear os tomates cherry em azeite, alho e sal. 6- Descascar maçãs, cortar aos cubos e colocar a cozer num pouco de água. Deixar evaporar a agua e de seguida reduzir a puré. Temperar com um pouco de sal. 7- Dispões-se no prato em forma decorativa, servir com o puré maçã e tomates salteados.
Maria Helena Socióloga, taróloga e apresentadora
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Leão Amor Poderão surgir mudanças no seu comportamento no que diz respeito às relações afetivas. Saúde Este período é muito favorável, mas necessita de ter muita reflexão para evitar os excessos. Dinheiro Seja mais equilibrado nos seus gastos.
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JULHO 2021 VIVADOURO
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Opinião Emídio Gomes Reitor da UTAD
Em paralelo com o novo ciclo de programação de fundos estruturais, Portugal irá inda dispor, no âmbito do plano de recuperação e resiliência, de um envelope financeiro adicional para estimular uma recuperação mais rápida dos efeitos negativos da pandemia Covid19. Estamos perante uma oportunidade concreta de os decisores políticos olharem para o território de uma forma global e integrada. Como podemos ler na recente diretiva governamental “para além dos
Gilberto Igrejas
Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P. (IVDP)
O Congresso Douro & Porto – Memória com Futuro decorreu entre os dias 19 e 22 de julho, revelando-se um acontecimento francamente mobilizador da Região Demarcada do Douro e de todo o setor do vinho do Porto e do Douro. Muito embora prejudicado na dimensão que inicialmente se previa, este congresso acabou por sair valorizado com a componente online, facto que veio possibilitar a muitos participantes uma presença segura e próxima. Conseguiu-se, assim, um figurino que permitisse a segurança sanitária dos parti-
Jorge Sobrado
Secretário Técnico de Estratégia, Comunicação e Relações Institucionais – NORTE 2020 CCDR-NORTE
A identidade é um valor, um ativo de desenvolvimento, e a comunicação um recurso estratégico para a afirmação dos territórios, das comunidades e instituições. Com a consciência destes pressupostos, a CCDR-NORTE apresentou há semanas a nova marca NORTE e, debaixo do seu chapéu, uma nova identidade visual da instituição e de todos os seus programas e serviços, incluindo para o “Alto Douro Vinhateiro” e para a “Missão Douro”. Mais do que uma resposta a uma
Pelo desenvolvimento efetivo do interior desafios estruturais do País, a Estratégia Portugal 2030 não poderia deixar de considerar os problemas que a recente pandemia revelou e acentuou, desde a necessidade de aumentar a resiliência da economia, da sociedade e dos territórios…”. Ao país impõe-se um sentido de dever coletivo na recuperação da atividade económica, como base essencial do bem estar e da paz social, sendo importante o equilíbrio entre projetos com impacto elevado poder de aceleração da economia e outros que promovam a coesão territorial. Pese as referências à importância das zonas de baixa densidade, raramente vemos medidas consistentes de su-
porte a este objetivo. A drenagem da esmagadora maioria do investimento para as áreas de maior concentração populacional evidencia a forma mais fácil de fazer política, centrada no imediato de cada ciclo, deixando na “Cloud” a promessa sempre renovada dos apoios para o interior. No início dos anos oitenta, Valente de Oliveira, então à frente da CCR-Norte e numa parceria com o Bando Mundial, terá feito uma das últimas e raras tentativas estruturadas de mudança do paradigma. Só um “país rico” se permite ao desperdício do potencial de uma parte substancial do seu território. Se queremos um país mais desenvolvido, então temos que olhar para o todo nacional,
desenhando e aplicando políticas consistentes e duradouras. Se houver vontade política, um plano de desenvolvimento a aplicar nos próximos dez anos e com diferenciais de investimento significativos, poderá mudar a face atual do interior da região do Norte de Portugal. Haja a coragem de destinar um envelope adicional da ordem dos 2.000 milhões de euros (cerca de 5% das subvenções previstas), para uma alteração estrutural, económica e social dos concelhos que integram as CIM do Douro, Trás-os-Montes e Alto Tâmega. Poderemos então ter esperança numa mudança efetiva na criação de riqueza e sua redistribuição de forma socialmente mais justa.
Congresso Douro & Porto – Memória com Futuro cipantes, superasse as restrições nas viagens internacionais, mas que guardasse algum do ambiente dos congressos presenciais, onde o estabelecimento de conexões interpessoais que geram progresso é fundamental. Foi uma ocasião única para conseguirmos trazer ao setor vitivinícola, à Região Demarcada do Douro, a todos os que procuram encontrar mais-valias nesta região, uma oportunidade de se valorizarem profissionalmente, de refletirem sobre a história de quem por aqui passou anteriormente e deixou o seu rasto, de nos apresentarem os seus mais recentes progressos tecnológicos, de poderem discutir as várias posições que foram apresentadas.
Integrada no programa do Congresso, houve lugar à assinatura da Declaração pela Sustentabilidade da Região Demarcada do Douro, o que constitui um marco indelével na história desta secular região vitivinícola. Num texto comum, revelador da importância de que se reveste a Sustentabilidade no progresso social, económico e ambiental desta Região os signatários acordam estar empenhados, no âmbito das suas diferentes esferas de atuação, em empreender uma abordagem estratégica e a desenvolver políticas que criem condições para uma implementação efetiva da sustentabilidade social e económica na Região Demarcada do Douro, no Entreposto de Vila Nova de Gaia e, generi-
camente, em todo o vale do rio Douro, onde os vinhos nascem, circulam e criam valor, revitalizando o território, gerando empregos e melhorando as condições gerais de vida em cada município, muito em especial, valorizando as áreas dedicadas à produção de vinho. É este o nosso compromisso para com todos os que da vitivinicultura tiram o seu sustento, sejam os agricultores sejam os comerciantes. Este foi o primeiro passo da valorização para a sustentabilidade que queremos ancorar, revelador da importância de que se reveste a Sustentabilidade no progresso social, económico e ambiental desta Região que queremos deixar como legado aos vindouros.
(exigentes) e uma estratégia diferenciada de desenvolvimento para realizar. Esta nova identidade recentra e reforça o posicionamento da Região Norte, num plano interno (regional) e num plano externo (nacional e internacional), como é o caso do tecido institucional público e empresarial regional, de “novos públicos” como os estudantes universitários, das instituições da União Europeia e instâncias de cooperação territorial europeia, assim como de governos regionais como os da Galiza e de Castela e Leão, com quem o Norte de Portugal tem uma tradição viva de diálogo e fomento partilhado. A CCDR-NORTE assume, por isso, o marketing territorial como uma arma relevante ao serviço do de-
senvolvimento local e regional, incluindo da atividade turística, mas não só. E porquê? Desde logo, porque favorece um pensamento estratégico sobre quem somos e o que nos distingue e, ainda, sobre o que queremos ser e podemos proporcionar e dar a experienciar. Desde logo às próprias comunidades residentes, a potenciais novos residentes e a investidores e empreendedores. Por outro lado, esta é uma marca-portfolio, que une, liga e potencia todos os recursos de identidade da instituição – de todos os programas e serviços. Uma marca-família, portanto. Potencia-se, assim, reconhecimento e notoriedade, confiança e reputação. O NORTE precisava e merece.
UM NORTE QUE MARCA tendência de moda, a CCDR-NORTE procura ganhos de eficiência na sua comunicação e de eficácia no marketing regional. Desde logo, a marca NORTE vem preencher um vazio no plano do branding territorial da região. É a primeira marca de vocação pública, comunitária e territorial, que excede e está para além de um objetivo turístico. O posicionamento da nova marca tem como pilar a seguinte formulação: o Norte é a região portuguesa com maior promessa de futuro. O Norte assume-se como berço da nacionalidade, mas também como seu permanente motor de futuro. Afirma-se, assim, uma personalidade própria, mas também uma matriz de futuro distintiva. A Região Norte tem os seus próprios desafios
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