Jornal_VivaDouro_Ed90_agosto2022

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Ano 7 - n.º 90 - agosto2022 | | Diretor: Miguel Almeida | Dir. Adjunto: Carlos AlmeidaPreço 0,01€ Mensal Visite-nos em: www.vivadouro.org E-mail: geral@vivadouro.org

Faço-vos um convite, com a certeza de que haverá muitos e bons motivos para visitar a Vindouro,para usufruir do espaço e dos eventos,em três dias de muita ação e motivos de interesse. Darão seguramente por bem empregues os momentos que aqui passarem. E nós agradecemos desde já a vossa presença.

O Douro, através dos municípios, que constituem a CIMDOURO, integrou o projeto "AII Around Wine, AII Around Douro", que venceu recentemente a candidatura "Cidade Europeia do Vinho 2023", que constituiu para além de um merecido reconhecimento, uma oportunidade de notoriedade e um desafio que a Região naturalmente não desperdiçará e em que o nosso concelho participará ativamente nas atividades e eventos que terão Iugar em 2023 e na qual obviamente a Vindouro,constituirá uma marca de matriz regional na programação.

Wine and History anos Dr. Manuel Cordeiro Presidente da Câmara Municipal XX EDIÇÃO DA VINDOURO - WINE & HISTORY - FESTA POMBALINA

A mais antiga feira de vinhos da RDD será este ano uma edição marcante a todos os níveis, com um número recorde de expositores, muitos eventos associados à cultura da vinha e à enologia, com comunicações especializadas sobre o tema, bem como um concurso de vinhos, enfatizando ainda a recriação da época pombalina, com desfiles alusivos, leilão de vinhos, ou a reconstituição histórica da criação da Região Demarcada do Douro pelo Marquês de Pombal. A aposta na Vindouro insere-se também numa estratégia à nossa escala, para a afirmação e valorização do nosso produto de excelência, que permita vir a aportar valor acrescentado que nos proporcione a construção de uma região equilibrada e sustentável. Este contributo integra obviamente uma ação concertada ao nível regional que nos permita delinear uma estratégia de futuro que consolide o Douro como um valorizado território vinhateiro na Europa que alie à notoriedade, qualidade e prestígio dos nossos produtos, o necessário retorno económico que essa qualidade (vinhos e turismo) justifica e que a resiliência e o trabalho gigantesco dos nossos agricultores tardam em sentir no seu conforto e bem-estar.

A promoção que temos em mente assenta na excelência e diversidade dos nossos vinhos e no turismo na sua multipi icidade,produtos nos quais apresentamos evidente competitividade.

Aproxima-se a XX edição da VINDOURO -WINE & HISTORY- FESTA POMBALINA, que terá lugar nos dias2,3 e4de setembro,em S.João da Pesqueira. Constituirá.sem dúvida, o maior evento desta natureza de toda a RDD,no qual oconcelho,os agentes económicos locais e regionais,bem como o Município,que organiza e dinamiza,mobilizam muitas das suas energias, expectativas e apostas, para obterem retorno económico, proporcionar divertimento, numa estratégia promocional do concelho e também da Região que integramos.

Sem desvalorizar os sinais de preocupação como a guerra na Ucrânia,ou as alterações climáticas e consequências que nos assolam, quero deixar uma nota de otimismo com a convicção de que esta XX edição da VINDOURO WINE & HISTORY FESTA POMBALINA que contará com a honrosa presença de Sua Excelência o Presidente da República, marcará também um momento de reencontro e de celebração da amizade e do convívio, que tão bem caracteriza a nossa natureza de durienses, depois de um prolongado período de forçado isolamento, angustia e incerteza.

PUB Visite-nos em: www.vivadouro.org - E-mail: geral@vivadouro.org Ano 7 - n.º 90 - agosto2022 | |Diretor: Miguel Almeida | Dir. Adjunto: Carlos AlmeidaPreço 0,01€ Mensal Pág. 20 Moimenta da Beira Festas de Nossa dosSenhoraRemédios Paulo Figueiredo “A Expodemo está de volta, finalmente, depois de dois anos de realizações não pre senciais”. Lamego Francisco Lopes “Somos romaria,lhososorgudestaumadasmaioresdePortugal” . Pág. 29 VINHOMENOSPRODUZDOUROEM 2022 SECA EXTREMA Leva autarcas a tomar medidas excecionais na regiãoPág.22Págs.06/08

4 VIVADOURO AGOSTO 2022 SUMÁRIO: Destaque Páginas 6, 7 e 8 Mesão Frio Páginas 9 e 14 Sabrosa Página 11 Entrevista Autarca Páginas 12 e 13 S. João da Pesqueira Página 15 Armamar Página 16 Peso da Régua Páginas 17, 23 e 32 Torre de Moncorvo Página 18 Santa Marta de Penaguião Página 19 Moimenta da Beira Página 20 Região Páginas 22 e 34 Alijó Página 24 Carrazeda de Ansiães Página 26 Lamego Páginas 29 e 30 Trancoso Página 35 Opinião Página 36

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POSITIVO Ainda não existem números oficiais mas o fluxo de turistas na região poderá este ano registar um dos maio res volumes. Vários hotéis têm estado lotados, algo que já não se registava há dois anos. NEGATIVO Apesar da evidente falta de água que se regista na região, falta ainda que a população comece a regrar o consumo deste bem essencial, em especial para uti lizações menos nobres como lavar carros, regar jardins ou encher piscinas. EDIÇÃO SETEMBRO Registo no ICS/ERC 126635 | Número de Registo Depósito Legal: 391739/15 | Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-241A) miguel.almeida@vivadouro.org Tlm.: 916 430 038 | Diretor Adjunto: Carlos Almeida | Redação: Carlos Almeida carlos.almeida@vivadouro.org Tlm.: 912 002 672 | Departamento comercial: Carlos Rodrigues Tel.: 962 258 630 / 910 599 481 | Paginação: José Gonçalves | Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4510-698 Fânzeres | Administrador: José Ângelo da Costa Pinto | Estatuto editorial: www.public.vivadouro.org/vivadouro | NIF: 507632923 | Detentores com mais de 5% do capital social: Lógica & Ética, Lda., Augusto Miguel Silva Almeida e Maria Alzira Rocha | Sede de Redação: Avenida Barão de Forrester, nº45 5130-578 São João da Pesqueira | Sede do Editor: Travessa do Veloso, nº 87 4200-518 Porto | Sede do Impressor: Av.ª da Republica nº6 1º Esq. 1050-191 Lisboa | Colaboradores: Ana Luísa Santos, André Rubim Rangel, António Cunha, António Fontaínhas Fernandes, Beatriz Oliveira, Carlos Rodrigues, Emília Sarmento, Eduardo Rosa, Emídio Gomes, Gilberto Igrejas, Guilhermina Ferreira, Helena Pereira, Luís Alves, Paulo Costa,Ricardo Magalhães, Sandra Neves, Sílvia Fernandes e Tiago Vieira. Impressão: Luso Ibéria Avenida da República, Nº 6 - 1050-191 LISBOA Contacto: 914605117 comercial@lusoiberia.eu| Tiragem: 10 mil Fernandes aPreservarMarcaUNESCO

28 DE

A chancela UNESCO abre oportunida des únicas ao Douro, enquanto territó rio de reconhecida riqueza paisagística e patrimonial que, por sua vez, devem ser valorizadas em contextos nacionais e Uminternacionais.estudopromovido por investiga dores da UTAD sobre o valor econó mico da ligação às redes da UNESCO, publicado pela Comissão Nacional da UNESCO, comprova que os benefícios mensurados como o diferencial entre os benefícios e os custos totais asso ciados à classificação são globalmente positivos. A ligação à UNESCO traz tam bém benefícios na envolvente externa, as denominadas externalidades positi vas.Na realidade, o valor económico desta marca é ilustrado pelo facto de diversas regiões vinhateiras mundiais preten derem candidatar-se a património da humanidade, não obstante as exigentes condições definidas pela UNESCO. Dito isto, a análise de investimentos com implicações no valor universal ex cecional dos bens patrimoniais, deve ser exigente e não pode ser considera da apenas numa perspetiva meramente técnica e financeira, pois pode colocar em causa o modelo de desenvolvimento económico escolhido para o território. Esta posição é transversal a qualquer investimento que coloque em causa a preservação e salvaguarda do bem, ten do em atenção as cláusulas contratuais estabelecidas com a UNESCO no mo mento da classificação e que o país se comprometeu a cumprir. A defesa do valor excecional do Douro patrimonial tem vindo a ser objeto de posição pública por diversas personali dades, associações empresariais, orga nizações privadas e públicas, de insti tuições científicas e de ensino superior – caso da UTAD -. De igual modo, tem sido uma das atribuições da Liga dos Amigo do Dou ro, enquanto associação que contribui para a salvaguarda, preservação, va lorização e projeção dos atributos de Património Mundial do Alto Douro Vi nhateiro, conforme reconhecimento, delimitação e critérios da UNESCO.  Estimados Leitores, Os incêndios florestais mais uma vez dizi mam o nosso país. A estatística não mente e diz-nos que somos quase sempre o país europeu com maior área ardida quando se proporciona o número de hectares ardidos à área total do país. 2022 confirma esta si tuação, pois o balanço provisório dos incên dios na União Europeia indica que já arde ram 662.776 hectares de florestas na União Europeia, um infeliz recorde pois o registo anual mais elevado era de 2017, quando 420.913 hectares arderam até 13 de agos to. Os registos relativos a Portugal indicam 75,277 hectares; sendo assim Portugal o 3º país com números absolutos mais elevados após a Espanha e a Roménia e o primeiro em termos relativos. Após o catastrófico ano de 2017 esperava -se que tudo tivesse mudado e que o sistema de prevenção tivesse sido alargado, melho rado e, principalmente, financiado. Se con seguirmos evitar ignições e se conseguirmos evitar que as ignições passem a grandes incêndios vamos conseguir diminuir estes números. Mas isto implica um sistema de vi gilância e de monitorização eficaz e baseado em múltiplas tecnologias e pessoas. E inte resse, especialmente na época em que não há incêndios pois para prevenir é essencial planear e antecipar. É verdade que as circunstâncias físicas são mais desafiantes. Este ano vivemos uma seca terrível que, aliada a ondas localizadas de calor, potencia o risco e o torna muito maior. Mas não é diminuindo os meios pre ventivos, o seu financiamento e procurando gerir apenas com a visão deturpada dos Eu ros gastos que vamos conseguir contrariar e lutar contra este flagelo. Porque é preciso mais guardas-florestais, é preciso tecnologia muito mais avançada de vigilância (satélites, drones, camaras de sensibilidade, etc), é preciso promover (e financiar) a capacida de de realizar intervenções mais rápidas e eficazes nos primeiros minutos e é preciso muita vontade política por parte de todos os que têm poderes de facto para intervir. É verdade que muita coisa melhorou. Porque se compararmos 2017 com 2022 qualquer pessoa minimamente informada percebe que, em 2022, tem havido coorde nação e gestão; o que de todo não existiu em 2017. E que se limparam centenas de milhares de ruas, caminhos e terrenos perto de casas. Mas muito há ainda para fazer es pecialmente na melhoria da comunicação e gestão do sistema e na prevenção. Mas para melhorar é preciso investir. Porque prevenir continua a ser o melhor remédio e, nessa parte, as melhorias ainda são escassas. 

PRÓXIMA

exemplares ANUNCIE AQUI Tel.: 962 258 630 | 910 599 NEWSLETTERcarlos.rodrigues@vivadouro.org481geral@vivadouro.orgSUBSCREVAANOSSAEANOSSAASSINATURAMENSALgeral@vivadouro.org Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivadouro.org Editorial VISITE-NOS NAS NOSSAS REDES www.facebook.com/jornalvivadourowww.vivadouro.orgSOCIAIS:www.instagram.com/vivadouro www.twitter.com/vivadouro José PintoÂngelo daeEconomistaProf.AdjuntoESTG.IPP.PT Fontaínhas

Miguel Braga, da Quinta do Mourão

Vindima com produção reduzida

deira vai-se adaptar a esta falta de água e isso irá refletir-se na vindima do próximo ano".Amesma ideia é defendida por Miguel Braga, da Quinta do Mourão que afirma que "esta é uma nova realidade à qual a vinha se irá adaptar, e nós teremos que fazer o Lembro-memesmo.em criança que as vindimas começavam em setembro e entravam por outubro, por vezes era mesmo necessário acender fogueiras para aquecer os lagares de forma a que a fermentação arranca-se, agora estamos a começar vindimas em agosto".Paraeste produtor a vindima deste ano é ainda uma incógnita, "só quando as uvas entrarem no lagar é que vamos ver o que têm para nos dar". "Está a ser um ano muito seco, não tenho memória de outro ano igual, talvez 2015, 2018 mas mesmo assim foram anos em que choveu alguma coisa, este ano, desde janeiro que aqui não cai uma gota de chu va, mesmo as noites que costumam ser frescas este ano estão quentes. Resta-nos esperar e ver o que a vinha nos vai dar. É rara a videira que não tem cachos, o problema é que alguns ficaram secos e queimados com o calor e outros estão ma duros num dos lados e verde no outro". De acordo com Miguel Braga o problema pode não se colocar apenas este ano “vai depender do inverno e da chuva que ele trouxer”."Em2018, também tivemos um ano seco mas depois os invernos de 2019 e 2020 foram chuvosos o que permitiu repor os lençóisSaindofreáticos".dasmargens do rio para as vi nhas mais altas da região encontramos o produtor Rufino Pereira, dos vinhos Qui late.Ajudado pela altitude, espera quebras inferiores "cerca de 10%", comparativa mente com a vindima do ano anterior, fi xando a produção em números próximos dos de 2020. "A nível de qualidade acho que chegare mos aos níveis de 2017 que foi um ano de excelência. Todos os vinhos que mandei aprovar vieram todos classificados com nível 3, como Grande Reserva, até porque o encepamento aqui na Quinta do Muro, a nível de tintos, 60 a 70% é Touriga Franca, que é uma casta que este ano está a matu rar muito bem. Quando isto acontece com a Touriga Franca temos sempre vinhos de excelência. Essa é a minha expectativa

As temperaturas muito ele vadas que temos também vindo a registar tornam a situação particularmente mais grave. Muitas são as vinhas que apresentam, junto ao solo, folhas quei madas. O tamanho dos ba gos e a sua desigual matu ração parecem indicar que iremos ter uma vindima muito abaixo do normal.

O longo período de seca que se vive em todo o país, e no Douro em parti cular, fez com que as previsões para esta campanha fossem revistas em baixa em cerca de 20%, de acordo com o IVV. Segundo o mesmo Instituto, as uvas apresentam um "bom estado fitossani tário, sem doenças ou pragas", o que se riam boas notícias, contudo, a expectativa é muita para perceber a quantidade de sumo nos frutos, havendo já produtores a estimarem necessitar de cerca de uma tonelada de uva para produzir uma pipa de vinho, quando habitualmente eram ne cessários cerca de 800 quilos. Rosa Amador, Diretora-Geral da Asso ciação para o Desenvolvimento da Viticul tura Duriense (ADVID), explicou à nossa reportagem que na fase da polonização as previsões eram mais animadoras, contu do a falta de chuva terão feito essa previ são cair "entre 20 a 30%". “A nossa previsão deste ano do pólen an dava entre as 262 mil e as 287 mil pipas, no ano passado a colheita final foi de 264 mil pipas, tudo indicava que iríamos ter um ano semelhante mas vai ser menor. Esta situação é preocupante não só para este ano mas porque se irá refletir tam bém na produção do próximo ano. A vi

6 VIVADOURO AGOSTO 2022 Destaque

Rufino Pereira - Vinhos Quilate

António Marquez Filipe - presidente AEVP Gilberto Igrejas, presidente do IVDP

7AGOSTO 2022 VIVADOURO Destaque

reduzida devido à seca para este ano. A falta de água e o calor em excesso terá afetado a nossa produção em cerca de 10 a 15% mas mesmo estes valores podem ser revertidos se ainda vierem uns dias de chuva até à vindima. Há videiras que não há volta a dar, vão mesmo morrer mas isso, numa vinha com cerca de 20 hectares acaba por ser nor mal. Anualmente fazemos a replantação de cerca de 3 mil pés, este ano os valores devem ser semelhantes. A Touriga Franca aguentou-se muito bem mas, em contrapartida, cerca de 40% da produção da Tinta Barroca ficou quei mada, é uma casta mais sensível ao calor. A Touriga Nacional está um pouco atrasa da na maturação ainda. Relativamente aos brancos, nós aqui es tamos a cerca de 600 metros de altitude, estão "na praia" deles. Temos produções muito boas. Temos cerca de três hectares de Rabigato que estão no terceiro ano e já apresentam uma produção considerável". Expectativa é também a palavra de or dem para a Associação de Empresas de Vinho do Porto (AEVP). De acordo com António Marquez Filipe, presidente da as sociação que representa as empresas do setor, a falta de água irá afetar a produção, sendo ainda difícil perceber a dimensão do“Costumaproblema.dizer-se que não há duas vin dimas iguais. A de 2022, tudo indica, con firmará esta regra. O que sabemos, neste momento, aponta para circunstâncias his toricamente únicas e, infelizmente, muito preocupantes.Acausamais próxima encontra-se nos baixíssimos níveis de precipitação que se registaram durante o ano agrícola. No último período Novembro-Julho registou -se, no Pinhão, um valor de 163 mm por m2, cerca de 70% abaixo da média de 546 mm por m2 relativamente aos últimos 30 anos! Um ano particularmente mau na sequência de 3 anos abaixo desta mes ma média! 2019 (-22%), 2020 (-30%), 2021 (-29%). Poucas dúvidas poderão existir quanto a estarmos a viver condições verdadeira mente excecionais.

O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP, IP) tem vindo a antecipar com várias atividades em diferentes proje tos a resposta a um problema que se pode colocar a médio prazo, uma vez que secas

As temperaturas muito elevadas que te mos também vindo a registar tornam a situação particularmente mais grave. Mui tas são as vinhas que apresentam, junto ao solo, folhas queimadas. O tamanho dos bagos e a sua desigual maturação parecem indicar que iremos ter uma vindima muito abaixo do normal, em termos quantitati vos (a dimensão da redução sendo, neste momento, imprevisível e dependente de virmos a ter alguma chuva ou não), no li mite, poderemos estar perante um ano de produção excecionalmente baixa. Quanto à qualidade, produções baixas estão normalmente associadas a qualida de elevada. Gostaria de pensar que pelo menos esta regra é confirmada, este ano”.  Também o IVDP fala de um cenário de “incerteza” quanto à produção deste ano, apontando mesmo um valor que não de verá ser atingido este ano na região, as 230 mil "Estamospipas.moderadamente confiantes. Lidamos com um cenário de grande incer teza, por força do contexto internacional, das vagas de calor e da seca que atravessa grande parte do território. São muitos fatores a afetar o normal ci clo vegetativo, com consequências que ainda não conseguimos avaliar com preci são. Todavia, parece certo que não vamos atingir o intervalo mínimo, entre vinho do Porto e vinho Douro DOC, de 230 mil pipas. As vinhas têm vindo a ressentir-se do stresse hídrico e, se continuar a não chover até à vindima e as temperaturas permanecerem altas, os valores poderão descer ainda mais". Benefício sobre para as 116 mil pipas Se nas previsões de produção há uma sintonia entre os diferentes atores da re gião, o aumento da quantidade de mosto a transformar (benefício) gera mais con trovérsia."Vivemos uma circunstância e um tem po e, portanto, urge decidir. Quisemos dar um sinal de confiança à região, de que vale a pena continuar a apostar na viticultura. Foi uma decisão que mereceu o apoio unânime das quatro associações com assento no Conselho Interprofis sional, a Federação Renovação Douro, a Associação da Lavoura Duriense, que de fendem a produção e a Associação de Em presas de Vinho do Porto e a Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal, do lado do Apesarcomércio.de,naturalmente, terem exis tido pontos de partida diferentes, o que interessa é o ponto de chegada e foi com regozijo que verifiquei a vontade de es tabilidade e de todos estarem unidos no sentido de assegurar a sustentabilidade económica, ambiental e social da região.

O benefício até poderia ser maior, mas se ria imprudente. O comércio garantiu ca pacidade para comprar 116 mil pipas, um valor que estava no intervalo proposto pela produção e o acordo foi relativamen teApesarfácil". do consenso relatado por Gilber to Igrejas, presidente do IVDP, entre os produtores há quem considere este au mento negativo, afirmando mesmo que o necessário para a região era a diminuição deste valor. É o caso de Miguel Braga, produtor da Quinta do Mourão que admite que se tivesse poder de decisão "restringia a quantidade de mosto a transformar". De acordo com este produtor e engarrafador, "o volume está a dar cabo do setor. Uma região como o Douro não pode pensar em vender volume, se queremos, e devemos, aumentar o preço dos nossos vinhos, en tão não podemos produzir mais mas sim menos".Jápara Rufino Pereira, o aumento é jus tificável com o aumento das vendas que o comércio tem registado. "Era impensável um aumento de 11% como aconteceu este ano. É um aumento que se justifica desde logo porque, se to dos os anos temos aumentado as vendas, então as empresas precisam de mais pro duto, logo faz sentido aumentar o quan titativo.SeaLei do Terço obriga as empresas a ter determinados stocks e se se vende cada vez mais, não entendo que outra so lução poderia haver que não esta. O que me parece é que os lóbis que exis tiam na região têm vindo a perder força junto do IVDP. Como digo, não sigo muito toda esta política da região mas, pelas me didas que vão sendo tomadas, é a leitura que faço". A mesma visão é partilhada por António Marquez Filipe, presidente da AEVP que aproveita para pedir mais fiscalização nes ta“Ocampanha.aumento de autorização de produção de mosto generoso, aprovado por unani midade pelas quatro Associações repre sentadas no Conselho Interprofissional, facto assinalável e muito relevante, tem de ser visto não só no contexto presente, mas sobretudo como uma resposta, baseada na confiança no futuro, hà a perspetiva de que o setor do vinho do Porto venderá, no futuro, maiores quantidades de categorias especiais, particularmente, no segmento dos vinhos com indicação de idade. Nes te momento é ainda possível contemplar a possibilidade de que esta vindima seja bastante para suportar as vendas das vá rias DO’s da região e que a redução da produção somente eliminará os exceden tes que tradicionalmente se tem vindo a verificar na região. O reforço da fiscalização, em presença física e na análise das informações presta das pelos operadores, torna-se, este ano, particularmente relevante”. Seca e mão-de-obra são os grandes desafios da região A quebra de produção, provocada pela falta de chuva, veio fazer disparar os alarmes na região quanto às alterações climáticas, para muitos um dos maiores desafios que a região irá enfrentar nos próximos anos. De acordo com o presidente do IVDP, Gilberto Igrejas, são várias as variáveis para este problema, se por um lado a oro grafia da região pode ajudar, por outro, o tipo de solo predominante pode ser um fator menos positivo. "A Região Demarcada do Douro tem vin do a apresentar um cenário de seca mo derada/severa, se bem que a região apre sente algumas características, em termos geomorfológicos e até mesmo de orogra fia, que podem ajudar a mitigar os efeitos das alterações climáticas, sendo que essa realidade difere de sub-região para sub-re gião. Por outro lado, também é verdade que os solos xistosos onde estão plantadas as vinhas têm pouca capacidade de reten

8 VIVADOURO AGOSTO 2022 Destaque severas representam um perigo para os ciclos vegetativos posteriores. Ainda há pouco tempo, avançámos com um proje to de implementação de sensores para a medição dos valores de humidade e tem peratura do ar, com o objetivo de moni torizar o clima e tornar a rega, quando imprescindível para a sobrevivência das plantas, mais eficiente. Outra medida já tomada pelo IVDP, IP foi a implementação de um método que veio permitir explorar as correlações entre os potenciais hídricos e diversos tipos de dados edafoclimáticos, que permitam uma estimativa do poten cial hídrico em determinada exploração. O caminho a seguir na vitivinicultura do Douro face às alterações climáticas passa, também, por colocar a ciência ao serviço da agricultura, racionalizando-se procedi mentos e provocando uma mudança de práticas. Adicionalmente estamos convic tos que temos pela frente um trabalho exi gente na discussão da política vitivinícola da RDD no seio do Conselho Interprofis sional que aporte reformas e alterações e, por essa via, caminhemos rapidamente para um Douro mais sustentável". Contudo, há também quem veja no Dou ro outro desafio, a falta de gente na região que tem provocado gra mão-de-obra, levando mesmo o presi dente da AEVP a comparar este período com o vivido durante a filoxera. “A questão do impacto das alterações climáticas na Região Demarcada do Douro e a tentativa de acomodação das suas consequências tem de passar para a primeira linha da discussão na nossa região, juntamente com a questão de mográfica e, particularmente, a da falta de mão-de-obra. Como já ouvi dizer a alguém, e eu concordo, poderemos es tar perante o maior desafio que a região enfrenta depois da crise da filoxera”.  Para Rosa Amador a falta de mão-de-o bra é mesmo o maior desafio da região, tendo mesmo já originado outros pro blemas como a proliferação de algumas doenças por atrasos nos tratamentos necessários"Osmaiores desafios da viticultura du riense são a falta de mão-de-obra e as alterações climáticas, sendo que a falta de mão-de-obra será mesmo o mais preo cupante. O Douro sendo uma região com um nível de mecanização baixo (por um lado porque não é possível e por outro porque há ainda pouco investimento nes ta área), e com mão-de-obra insuficiente, é afetado por vários problemas. Em 2018, por exemplo, foi o ano do míldio, algumas vinhas poderiam ter sido protegidas se houvesse mão-de-o bra para fazer os tratamentos necessá rios mas a falta dela levou a sucessivos atrasos que resultaram numa maior dis persão da doença pelas vinhas da região. O aumento da mecanização, da robo tização e da digitalização do setor na região, irá com certeza colmatar alguns destes problemas. Não só solucionamos a falta de mão-de-obra como iremos diminuir a nossa pegada carbónica tor nando a nossa agricultura mais eficien Rosa Amador - Diretora-Geral ADVID

O espaço de lazer do Rio Teixeira encheu-se de público para assistir à peça «Sonho de uma noite de verão», de William Shakespeare, no passado dia 6 de agosto.

9AGOSTO 2022MesãoVIVADOUROFrio

Shakespeare encheu plateia no espaço de lazer do Rio Teixeira

O clássico do teatro mundial movimen tou largas dezenas de pessoas para assis tir ao espetáculo encenado pela compa nhia Filandorra – Teatro do Nordeste. Ao ar livre, perante uma grandiosa plateia e beneficiando do cenário natural e único que o local oferece, a Câmara Municipal de Mesão Frio levou, literalmente, o tea tro fora de portas. Paulo Silva, Presidente do Município, deu as boas-vindas ao público presente e revelou que a Câmara Municipal deci diu dobrar a aposta na cultura, sobretu do no teatro, uma vez que este foi o se gundo espetáculo de um total de dez, no âmbito do protocolo estabelecido com a companhia Filandorra - Teatro do Nor deste.Opúblico assistiu, de forma descon traída e com satisfação, à magnética prestação dos 20 atores em cena e ao po der das palavras do dramaturgo inglês. O cenário escolhido foi perfeito para o ambiente mágico e para uma inesquecí vel noite cultural. A Filandorra estará muito em breve de novo em Mesão Frio para continuar a levar peças de teatro a locais diferencia dos, nomeadamente a algumas aldeias do Concelho. 

muitos outros momentos dignos de visita. Nova Marca para Santa Marta de Pe naguião Carregada de história, a nova marca e imagem do concelho de Santa Marta de Penaguião é suportada numa pena, “uma marca indelével que ninguém jamais po derá apagar. A pena que escreve a tinta e regista para sempre uma história que não se quer ver apagada. A pena como símbo lo de trabalho, objeto de trabalho. A pena Dourada, porque D’Ouro é o nosso Conce lho e todos quanto cá moram ou visitam”. De acordo com o autarca, a mesma transporta em si o peso da história daque les que dão nome ao concelho. “Em 2013 procuramos na génese da nos sa designação a nossa afirmação, a nossa imagem.Comoa nossa toponímia conta um pou co da história do nosso Douro, do sofri mento das nossas gentes, e fala da nossa cultura vinícola e da proteção divina que a abraça, consideramos que Marta, San ta Marta, até pela sua lenda, retratava na perfeição essa imagem. E por isso fizemos dela a nossa chancela, Santa Marta. Posteriormente certificamos João de Mansilha, frade dominicano natural de Santa Marta de Penaguião, como mentor da primeira demarcação da região vinha teira do Douro, e elemento determinante no processo de instituição da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, em Atribuir-lhe1756.o reconhecimento e o mé rito dos seus feitos, é orgulharmo-nos da nossa génese. Afinal, João de Mansilha era um Penaguiense, por isso falarmos dele ao nosso território. Desde então estas duas figuras marca ram a nossa caminhada, afirmando a nos sa posição de berço do Douro. Afirmar a marca Santa Marta de Pena guião, terá que passar sempre pelo re conhecimento da proteção. A proteção divina ao povo trabalhador e resistente, e à sua colheita, bem como a proteção da Pena à delimitação do território. À pró pria proteção de todo o Douro. Vinculada esta parte da história e dados a conhecer os respetivos intervenientes, é necessário agora ir ao encontro de outras dimensões”. 

Homenagens, inaugurações, nova marca e muita animação preenchem 31ª Semana Cultural de Santa Marta de Penaguião

10 VIVADOURO AGOSTO 2022 Santa Marta de Penaguião De regresso após dois anos de pandemia sem que se realizasse, a Semana Cultural de Santa Marta de Penaguião trouxe este ano muitas novidades, a destacar uma nova marca para o concelho. A par da apresentação da marca “Santa Marta de Penaguião - Berço D’Ouro”, sim bolizado numa pena, a inauguração do miradouro D’Ouro Vivo foi também um dos momentos altos das celebrações, com a autarquia a homenagear os penaguien ses ex-funcionários da Casa do Douro, mas também aos trabalhadores da vinha que “trabalham na vinha durante todo o ano, delineando a paisagem do nosso Douro que tanto nos caracteriza”. Uma “merecida homenagem”, afirmou o autarca Luís Machado, sublinhando ain da a importância da assinatura da Carta de Compromisso dos bons homens e mu lheres do Douro, entre os presidentes de Câmara da CIM Douro e demais entidades presentes nas comemorações do feriado municipal, “com o objetivo de dignificar o trabalho destes homens e mulheres”. "Todos nós nos comprometemos em criar condições de segurança, direitos e regalias, para todos os que trabalham na vinha. É importante que, quando chega rem à idade da reforma, esta seja digna. O que não acontece atualmente. Há muitos que trabalham 22 dias e só descontam 11 para a segurança Social, e têm remunera ções muito baixas (35€ dia). É preciso convidar as entidades patro nais, o Ministério do Trabalho e da Se gurança Social, e o da Agricultura, para conseguirmos dar dignidade ao trabalho na vinha, que deve ser visto com honra e Juntoorgulho”.aomiradouro agora inaugurado fo ram também plantadas videiras das princi pais castas usadas na região, sublinhando a "singularidade deste espaço, e a comple mentaridade com outros espaços e equipa mentos, centrados na vinha e no vinho". Ainda no âmbito das homenagens e re conhecimentos, a 31ª edição da Semana Cultural fica também marcada pela atri buição dos primeiros prémios Solidarius a 6 alunos do agrupamento de escolas, que se destacaram no presente ano letivo pelo seu trabalho em prol da entreajuda e solidariedade para com os colegas. O associativismo concelhio também es teve em destaque no último dia com o reconhecimento feito a penaguienses que marcaram a Cultura de Santa Marta de Penaguião, a agora denominada Cultura D’Ouro.ASemana Cultural contou ainda com o tradicional cortejo etnográfico, o espetá culo piromusical, a noite de cantares e de folclore, o desporto, a gastronomia, a demonstração de artes e ofícios, entre

O arranque do festival de verão Sabrosa Summer Fest decorreu dia 3 de agosto, no Anfiteatro da Fonte Lumi nosa, com a companhia de teatro Filandorra – Teatro do Nordeste.Apeçade teatro “O Velho da Horta”, de Gil Vicente, foi o espetáculo escolhido para a abertura desta edição. Através de uma versão arrojada e adaptada aos tempos modernos de um texto que conta com mais de 500 anos, foram peculiarmente apresentadas situações do dia-a -dia, como paixões não correspondidas e enganos. Este espetáculo foi interpretado de forma singular e di vertida, não perdendo o seu valor literário da memória cultural, contando-nos a história de um amor platónico, entre um humilde e velho agricultor com uma cantora de música popular portuguesa, e de promessas surreais de duas burlonas. Foi ao som de “(...) Ele planta os tomates, lá no seu quintal, depois rega o pepino sem nunca perder o tino, porque pode fazer mal (...)” canção original de Belly Flor, personagem interpretada por uma das atrizes do elenco, que o público presente foi protagonista e par ticipante do evento. A 31 de agosto a Orquestra de Jazz do Douro brindará o público com um concerto no Largo da Fontainha. Tam bém no dia 6 de setembro poderá assistir a um concerto intitulado de “Tradições Festivas” pela Banda Sinfónica Portuguesa, no Parque BB King. Destaca-se ainda o con certo dos Anjos, que encerará o festival no dia 9 de se tembro, no Parque BB King. O Sabrosa Summer Fest é organizado pela Câmara Mu nicipal de Sabrosa e todos os espetáculos são de acesso livre. 

Abertura do Festival Sabrosa Summer Fest 2022 Achado arqueológico indicia visigóticaocupaçãoemSabrosa Comemorações dos 300 anos do Pelourinho de Gouvães do Douro

A Presidente da Câmara, Helena Lapa, referiu ainda que o mu nicípio encomendou um livro ao historiador João Ferreira da Fonseca, sobre Gouvães do Douro, desde a sua gênese até à atualidade, que será lançado em breve.

Inauguração da Pavimentação e Obras Complementares do Caminho de Acesso à Capela e Miradouro de São Domingos de Monte Coxo apreciar as maravilhosas paisagens cir cundantes a que Miguel Toga chamou de Reino Maravilhoso”. As obras de pavimentação, e outras complementares, do caminho de aces so à capela e miradouro de São Domingos de Monte Coxo, localizado na confluência das freguesias de Covas do Douro, Gou vinhas e Paços tiveram um investimento total de € 91.075.20 (noventa e um mil se tenta e cinco euros e vinte cêntimos) C/IVA cofinanciado pela Direção-Geral das Autar quias Locais em 60%. No final e em clima de festa, foi servido um Porto de Honra ao público e romeiros presentes ao som dos grupos de bombos e de concertinas que abrilhantaram este evento.  volvido e apoiado por várias pessoas e entidades, foi possível, finalmente, colocar agora o acesso ao São Domin gos mais acessível a todos, ajudando a alavancar também as suas magníficas potencialidades turísticas e permitindo

Presentes na Cerimónia estiveram re presentantes dos órgãos autárquicos, Vice-Presidente da Câmara, Martinho Gonçalves e Presidente da Assembleia Municipal Maria de Fátima Fernandes, Presidentes das Juntas de Freguesia de Covas do Douro e Gouvinhas e ainda representantes eclesiásticos, Padre An tónio Areias e Óscar Mourão. No momento da inauguração o Vi ce-presidente, Martinho Gonçalves salientou que “Num trabalho desen

11AGOSTO 2022 VIVADOUROSabrosa

A Presidente da Câmara municipal, Helena Lapa, esteve pre sente na cerimónia e referiu que é de enaltecer o esforço de todos os Gouvaenses, e de toda a comunidade através dos seus representantes, em especial à Associação Cultural e Recreati va local, à Junta de freguesia e à igreja, que de mãos dadas e empenhadas, querem manter viva a história da aldeia, na pre servação de todo o património em geral e, do seu Pelourinho em particular, considerado monumento de interesse público.

O momento serviu ainda para apresentar a toda a população um trabalho em ferro e aço com o letreiro “Gouvães do Douro” e uma paisagem da aldeia realizada no mesmo material, que pode ser vista e apreciada no centro da aldeia de Gouvães do Douro, junto ao Pelourinho. No final foi servido um Porto de Honra oferecido pela União de Freguesias de Provesende, Gouvães do Douro e São Cristó vão do Douro a toda a população. 

A Associação de História de Arqueologia de Sabrosa deu início às escavações na Necrópole Medieval das Touças, em Garganta, no passado dia 1 de agosto. Entre vários achados estruturais e artefatuais, destaca-se a descober ta de um vestígio dos séculos VI/VIII de elevada impor tância.Aequipa de arqueólogos responsáveis pelas escava ções descobriu uma curiosa fivela liriforme, em bronze. Os pesquisadores acreditam que este artefacto sugere a possibilidade de ocupação visigótica na zona de Trás-os -Montes, um achado inédito, visto que até à data não ha via registos da mesma nesta região. Esta Necrópole, também conhecida como “Cemitério dos Mouros” situa-se junto a um antigo caminho rural que une os lugares de Garganta e Vilar de Celas, estando associada a um antigo povoado aberto, constituído por cinco sarcófagos rupestres, uma sepultura rupestre gemi nada, um marco de demarcação da antiga Ordem Militar e Religiosa de Malta e mais de 90 ortostatos ou pedras fincadas.Atéaomomento, as escavações resultaram na desco berta de vários artefactos arqueológicos pela AHAS. Este número tende a aumentar com o avanço das mesmas, sendo um bom indicador para futuras pesquisas.  No passado dia 15 de agosto, de pois de uma tarde animada ao som das concertinas dos “Irmãos Mo rais” e de uma missa presidida pelo Pároco An tónio Areias, deu-se início à cerimónia das comemorações dos 300 anos do Pelourinho da aldeia de Gouvães do Douro, antiga sede de concelho, sendo extinto pelo decreto de 6 de novembro de 1836, passando a integrar o concelho de Provesende, que sendo igualmente extinto, passaram a integrar o concelho de Sabrosa.OHistoriador João Ferreira da Fonseca deu início à cerimó nia referindo que “Os Pelourinhos são monumentos únicos que constituem marcas indeléveis do nosso património cultural. O nosso imaginário enquadra-os em imagens de outros tempos, em que os arautos liam os pregões ou os juízes aplicavam a jus tiça concelhia, em nome do rei, fazendo cumprir a lei. E hoje, é verdadeiramente emocionante admirar, no centro da povoa ção, junto à mais principal das suas ruas, o Pelourinho de Gou vães do Douro”.

O Caminho de Acesso à Capela e Mira douro de São Domingos de Monte Coxo foi inaugurado no passado dia 4 de agos to, numa cerimónia que decorreu no dia em que se homenageia o próprio São Do mingos, santo protetor dos animais.

12 VIVADOURO AGOSTO 2022

Um filme: Pretty Woman Um livro: Vencer, de Jack Welch Uma banda: Dire Straits Não passo sem: Amigos e Família Prato favorito: Bacalhau Local de férias: Algarve Em Moimenta da Beira, gostava de ter: O triplo da população Clube: S. L. Benfica

A cumprir o seu primeiro mandato à frente da autarquia de Moimenta da Beira, Paulo Figueiredo garante estar a cumprir grande parte dos objetivos traçados. Com um percurso profissio nal marcado por passagens em gran des empresas na área da auditoria financeira, o autarca assume mudan ças profundas no funcionamento dos serviços municipais. Ser autarca implica uma dedicação ao cargo que vai muito além das ha bituais 8h de trabalho, pessoalmente, como é que isto se gere? Em média um autarca trabalha 16 horas ou mais. Costumo dizer que a vida de au tarca não é difícil mas é volumosa e ocu pa-nos muito tempo. Quem fica mais a perder é sem dúvida a família. Tendo essa consciência, de que for ma tenta compensar essa falta de tem po? Não gosto de acumular assuntos pen dentes, no entanto uma casa destas é constantemente sobrecarregada com cen tenas de assuntos. Quer via email, mensagens, telefone mas, etc, somos solicitados de todas as formas. O telefone neste momento é o meu maior inimigo. O que fazer para mudar isto? Sincera mente não sei Tenho um compromisso comigo pró prio, estou a chegar a 20% do tempo do mandato, vou de férias e no regresso que ro mudar algumas coisas nesta casa para que efetivamente possa ter mais tempo para pensar e delinear a estratégia que tenho para o município. É um presidente com dificuldade em delegar? Não. Tenho uma equipa muito boa, sa bedora e experiente. Nesta casa há muitos assuntos para tra tar e muitas pessoas que nos solicitam para resolver todo o tipo de problemas. Isto também é um problema da nossa população que por vezes pensa que o au tarca ou os vereadores têm que resolver tudo.Nointerior aquilo que mais privilegio é a proximidade, a amizade, a transparên cia e o contacto mas não podemos salvar tudo.Quando digo que temos de mudar algu ma coisa é precisamente isso. Infelizmen te acho que temos de colocar algumas "barreiras". Não é criar distância mas as pessoas têm que perceber que se o assun to é efetivamente importante, cá estare mos para solucionar, se não fore não po demos ser incomodados por isso. Hoje exige-se muita rapidez, hoje não podemos ser lentos, tudo acontece muito rápido.Conheço a autarquia há muitos anos e temos hoje um grau de exigência muito “Não tomo decisões com pensamento político, tento dois anos de pandemia que, quer queira mos quer não, parou tudo. Há pouco eu falava que hoje em dia é tudo muito rápido e isso aplica-se, por exemplo, ao Portugal 2020. Só neste pro grama temos cerca de 10 milhões de euros em 16 candidaturas que estavam estag nadas e eu tive que as colocar em anda mento, numa fase muito turbulenta como sabemos, e com um deadline até 30 junho de 2023 para executar tudo. É exequível? É. Não podemos falhar. É isso que digo aos meus colaboradores e aos empreitei ros, não podemos falhar, sob pena de per dermos muito dinheiro e de não executar mos aquilo a que nos propusemos. Para além disso já lançamos projetos novos, houve candidaturas que redirecio namos para outros investimentos e que estão todos a começar agora. Depois da fase inicial do mandato em que nos inteiramos de tudo, tivemos que colocar as coisas a andar. Como disse, já conhecia a casa. Aqui lo que delineou para este primeiro mandato está a ser cumprido? Está. Posso afirmar que estou a conse guir em 80%, ou mais, concretizar o obje tivo para este ano. Num concelho iminentemente agrí cola, como é toda a região a autarquia tem tido um papel importante no apoio a este setor. Foram já instala dos diversos canhões anti granizo, por exemplo, que outras medidas poderão sem implementadas? A fruticultura, em especial, é um pilar fundamental da nossa economia. Tendo isso em conta obviamente a autar quia tinha todo o interesse em abraçar este setor para que os nossos produtores não sofram cortes avultados nos seus rendimen tos, daí a aposta na instalação dos canhões, que eu quero crer que já trabalharam e já salvaram muita da produção deste ano. Temos agora a questão da falta de água que terá consequências gravíssimas na qualida de da nossa maçã e isso preocupa-me mas sinto-me impotente para fazer seja o que for. A fruticultura, em especial, é um pilar fundamental da nossa Tendoeconomia.issoemconta obvia mente a autarquia tinha todo o interesse em abraçar este setor para que os nossos produtores não sofram cortes avultados nos seus rendimentos, daí a aposta na instalação dos canhões, que eu quero crer que já trabalharam e já salvaram muita da produção deste ano.

grande ao nível dos organismos que nos controlam. Neste momento temos que acabar o Portugal 2020, temos a Transfe rência de Competências que nos ocupou muito tempo, temos o 2030 já em anda mento e um PRR que todos os dias tem novidades com candidaturas muitas delas difíceis de elaborar e muito trabalhosas. Tem que haver rapidez e não podemos perder tempo com coisas menores. Uma não decisão na obtenção de al gum fundo pode prejudicar a autar quia? Claro que sim. Temos que estar atentos, ser ágeis e perspicazes na tomada de de cisões. Muitas das decisões que um autarca toma no dia a dia nem sempre são do agrado de toda a população. Que peso tem a opinião dos munícipes sobre essa decisão? Eu quero que os munícipes entendam que, qualquer decisão que eu tome neste cargo é feita com bom senso e senso co mum.Obviamente temos que decidir. A pri meira preocupação é estar bem comigo mesmo sobre essa decisão. Não tomo decisões com pensamento po lítico, tento tomá-las com racionalidade, em prol de todos. Está a cumprir o seu primeiro man dato, como é que encontrou a casa quando cá chegou? É uma casa que eu já conhecia, em ou trasEssencialmentefunções. encontrei a autarquia com alguma passividade, muito fruto de

Paulo Figueiredo, Presidente da Câmara de Moimenta da Beira

Em perfil

Sendo a agricultura o pilar mais im portante da economia local, e atraves sando estes problemas. Pode este ser mais um entrave no objetivo de estan car a perda de população no concelho? Claro que sim. Se as pessoas têm um ren dimento expectável e isso não acontece, então têm que ir à procura, e isso passa pela emigração, quer a nível nacional querNãointernacional.queremosque isso aconteça mas, se esta seca se prolongar não sei o que fazer, será um cenário cada vez mais comum. Queremos o interior cada vez mais po voado, sabemos que aqui as pessoas têm qualidade de vida, os salários podem não ser altos mas o rendimento disponível per mite ter uma vida tranquila. Hoje, que vivemos uma fase de retorno daqueles que emigraram, era muito desa gradável se voltássemos a assistir ao inverso.

tento tomá-las com racionalidade, em prol de todos”

Nesta casa há muitos as suntos para tratar e muitas pessoas que nos solicitam para resolver todo o tipo de problemas. Isto também é um problema da nossa população que por vezes pensa que o autarca ou os vereadores têm que resol ver tudo.

13AGOSTO 2022 VIVADOURO

NOTA PRÉVIA: O VivaDouro prossegue com uma série de entrevistas aos 19 autarcas da CIM Douro.

A contar para o aumento da qualida de de vida de quem aqui reside está também o recente protocolo que a autarquia fez com a ESTGL para tra zer o Ensino Superior a Moimenta. É importante, como autarca, dar este passo a pensar essencialmente nos mais novos e na forma de os fixar aqui? Sem dúvida. Sabemos que o Ensino Su perior é mobilizador e sabemos o quão importante é ter aqui este polo, ainda que seja no Ensino Superior Profissional. Queremos muito atrair os jovens e me nos jovens que queiram ingressar nestes cursos.Oscursos disponíveis são os que defi nimos para este ano, existindo a possibi lidade de alargar a oferta formativa nos anosQuerofuturos.muito que este projeto seja um êxito.Emparalelo temos também já uma can didatura aprovada para umas residências de estudantes, na ordem dos 350 mil eu ros, permitindo assim que os custos com o alojamento sejam muito baixos, por for ma a atrairmos mais gente para a escola. Com que capacidade? Até 20 quartos. Já fizemos o investi mento numa casa com esse propósito mas há outra que temos em vista e que Se as pessoas têm um rendimento expectável e isso não acontece, então têm que ir à procura, e isso passa pela emigração, quer a nível nacional quer inter Nãonacional.queremos que isso aconteça mas, se esta seca se prolongar não sei o que fazer, será um cenário cada vez mais comum. pode aumentar essa capacidade. A autarquia apresentou recente mente uma nova imagem. Qual o con ceito por trás desta nova imagem? Na minha candidatura propus que queria uma marca para Moimenta da Beira. Temos diferentes potencialidades como a maçã, o espumante ou a serra, por exemplo, contudo, achei que estar a premiar uma delas em detrimento das outras seria sempre injusto. Depois de um estudo chegamos a esta ideia, "A força do interior". Não quere mos ser os únicos a ser essa força mas queremos provar que temos essa força, como muitos outros concelhos do inte riorEmtêm.simultâneo usamos também uma nova imagem com três "M's" que simboli zam, os monumentos, as montanhas e a maçã, apresentando um formato seme lhante ao das eólicas que também temos muitas no nosso concelho. Tentamos ter alguns inputs que não fos se apenas capital de algo, congregando uma série de forças que Moimenta da Beira tem. Para terminar, e sendo umas das grandes preocupações no momento, pedimos-lhe que deixe uma mensa gem à população relativamente à gra ve seca que se vive no concelho e na região. Estamos efetivamente numa situação gritante em que não podemos desperdi çar uma gota de água. No nosso conce lho a água é muito barata, estamos com preços desatualizados há vários anos mas as pessoas têm que regrar o consu mo deste bem. Temos que reduzir ao máximo o des perdício, a água deve ser usada para a alimentação, higiene e para beber. As pessoas não podem gastar água a lavar carros, encher piscinas ou na agricultura. Falamos de água da rede, obviamente. Ainda há poucos dias fui confrontado com uma situação que nunca imaginei, numa das nossas freguesias, que é a mi nha, Sever, o riacho secou completamen te. É uma situação mesmo dramática. 

14 VIVADOURO AGOSTO 2022 Mesão Frio

A Feira do Petisco, uma das maiores referências festivas organizadas pelo Município de Mesão Frio, re gressou no último fim de semana de julho, após um interregno de dois anos devido à pandemia, com música, vinhos e sabores tradicio nais. A sessão de abertura decorreu na Bi blioteca Municipal, na presença do Exe cutivo camarário, de representantes do setor turístico do concelho, de Patrícia Barros, Técnica de Turismo do Municí pio, de Andreia Gonçalves, em repre sentação da CIM Douro e da convidada especial, Judite Leite. O Presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Paulo Silva, deu as boas -vindas a todos os presentes, referin do que “o paradigma deste executivo municipal será continuar a valorizar os empresários, os lavradores, os viticul tores e as pequenas e médias empresas locais. Esta feira não é mais do que um pontapé de saída para este caminho longo a percorrer”. A “dona Judite”, como é conhecida na vila, conviveu de perto com a famí lia dos escritores Domingos Monteiro e João Pina de Morais. Na Feira do Petisco veio recordar a origem de uma receita tão especial quanto desconhecida: Ba calhau à Pina de Morais. Surgida no contexto dos convívios e tertúlias culturais e políticas, típicas da Casa das Quintans, foi inventada pelo Capitão Pina de Morais, chegando a fa zer parte do menu de alguns restauran tes mais conhecidos do Porto, contem porâneos do escritor. A receita divulgada na apresentação do evento serviu de mote ao concurso gastronómico da Feira do Petisco deste ano.Perante a avaliação do júri, composto pelos representantes da Confraria Gas tronómica de Lamego, da Câmara Muni cipal e da CIM Douro, o Art Café sagrou -se vencedor do concurso, seguindo-se o Mira Rio e a Churrasqueira Filipa. Recorde-se que Pina de Morais foi casado com Lídia, irmã do escritor Do Feira do Petisco com casa cheia durante duas noites mingos Monteiro, e passou parte da sua vida em Mesão Frio, já depois de ter combatido na I Guerra Mundial. Ainda na sessão de abertura, a Téc nica do Município, Patrícia Barros, responsável pelo Posto de Turismo de Mesão Frio, apresentou o novo material promocional que o Posto de Turismo passa a disponibilizar, nomeadamente, folhetos informativos, mapas turísticos e uma coleção de ímanes, com diferen tes motivos alusivos a cada freguesia e a Mesão Frio. No mesmo momento, decorreu a apresentação do Passaporte Douro, projeto da CIM Douro, no qual está incluído Mesão Frio. A sessão de abertura terminou no re cinto da Feira do Petisco, com o Execu tivo Municipal a saudar os representan tes dos expositores, acompanhado pela Douro Jazz Marching Band. O sábado, e último dia da Feira do Pe tisco, ficou marcado pela gravação do programa da SIC, «Terra Nossa», com César Mourão, na Avenida Conselheiro José Maria Alpoim e a atuação da Or questra Costa Rica no Parque de Esta cionamento da Zona de Lazer, recinto doFoievento.umexcelente fim de semana para promover os produtos endógenos da Porta do Douro e para evidenciar a arte de bem receber que tão bem caracterizam Mesão Frio. A Câmara Municipal agradece a cooperação de todos os que contribuí ram para a realização deste evento e de quem nos visitou durante a Feira do Pe tisco.Para o autarca Paulo Silva, este even to “é importante para os munícipes, em especial numa época em que já se vão vendo pelas ruas de Mesão Frio di versos emigrantes que aproveitam esta oportunidade para conviver com ami gos e Aindafamiliares”.deacordo com o autarca me são-friense, “este evento é também importante para a divulgação dos me lhores produtos do concelho, como é o caso do vinho”. Para Paulo Silva, “este é o papel que a autarquia quer continuar a desempenhar na promoção dos seus empresários e produtos endógenos”. 

O Município de S. João da Pesqueira no âmbito da medida de Apoio à Natalidade e Adoção, procedeu no dia 11 de agosto, no Auditório da Biblioteca Municipal, à entrega dos primeiros vales de apoio, a 9 crianças nascidas desde o dia 1 de janeiro deEsta2022.iniciativa visa a comparticipação com a aquisição de bens e/ou serviços, considerados indispensáveis ao desenvol vimento salutar da criança, nos estabele cimentos comerciais do Concelho. Saiba mais desta medida no website do município de S. João da Pesqueira sjpesqueira.pt/p/apoioanatalidadeeado(www.cao)

Em cumprimento da Lei n.º 93/2021, de 20 de dezembro, que estabelece o regi me geral de proteção de denunciantes de infrações, o município de S. João da Pes queira já dispõe de um canal específico para que as denúncias possam ser feitas, garantindo a segurança e anonimato dos denunciantes.Esteserviço pode ser usado para infor mar a Câmara sobre preocupações com algo que não esteja de acordo com os nos sos padrões de ética e valores, e que pos sam afetar de forma séria a organização, a vida ou saúde de uma pessoa. A denúncia pode incluir informação so bre ofensas criminais, irregularidades ou violações da lei. Este portal não tem como objetivo efe tuar reclamações sobre serviços/produ tos/atividades, mas sim: - Denunciar suspeitas de fraude, corrup ção ou má conduta. - Qualquer outro assunto que não esteja de acordo com os nossos valores e políticas. É uma ferramenta importante para pro mover padrões elevados de ética e manter a sua confiança em nós. A sua mensagem será tratada de forma segura.Oserviço é prestado por uma entidade externa, a WireMaze, de forma a garantir o Aanonimato.comunicação é encriptada e protegida porParapalavra-chave.sabermais, aceda a este serviço em www.sjpesqueira.wiretrust.pt  denúncias

- Regime de Proteção de Denunciantes SocioeducativoInvestimento 2022/23

Plataforma de

15AGOSTO 2022 VIVADOURO S. João da Pesqueira

Consciente do seu papel pre ponderante na formação global dos (as) alunos (as) do concelho, na dinamização do comércio local e das necessidades das famílias em cada início de ano letivo, o Muni cípio de São João da Pesqueira disponibiliza para o próximo ano letivo 2022/23 quatro medidas de apoio socioeducativas: Vales Es colares de 30,00€ e 60,00€ (para utilização no comércio local) a to dos (as) os (as) alunos (as) desde o Ensino Pré- Escolar até ao 12.º ano de escolaridade; três Prémios de Conclusão do Ensino Secun dário no valor de 500,00€; vinte Bolsas de Estudo de Apoio Social a Alunos (as) do Ensino Superior Público até 1.000,00€/ano e cin co Bolsas de Estudo por Mérito a alunos (as) do Ensino Superior Público no valor total da propina do curso frequentado.  Os regulamentos encontram-se já disponíveis para consulta na página electrónica do municí pio.

Entrega de vales da medida de apoio à natalidade e adoção

Produto da intervenção do Projeto Apro xiM@ster foi inaugurada uma diferenciada exposição, em formato mercantil, de traba lhos artesanais de seniores menos integra dos, e que também serviu para a divulgação de outras iniciativas desenvolvidas junto destaOcorreupopulação.nosdias 18 e 19 de julho, a 1ª Ex posição denominada de Feir’Arte, a qual se encontra integrada no plano de atividades do supramencionado projeto, que se cen traliza numa mostra de trabalhos realizados nas oficinas “Mãos Master” (outra iniciativa também nele comtemplado) e que se define com uma dupla função, na medida em que Exposição Feir’Arte: Uma iniciativa multidimensional exaltante do poder produtivo e criativo da população sénior mais isolada no ção das mãos; a conexão com a natureza; a re cuperação de algumas técnicas e ofícios, pre servando-se parte do património ancestral; a condução espontânea da atividade artística e da criatividade, as oficinas de base foram di namizadas com materiais reutilizáveis, natu rais e funcionais. Do contexto, ressaltou assim a forte envol vência da população sénior mais isolada, que, através de grupos de diversas localidades, com elevado entusiasmo e dedicação, absorveu a oportunidade que estes ateliers lhe trouxe ram, para dar azo à sua capacidade produtiva, ao sentido de comunidade e à mais-valia neste investimento social e humano.  se processou também numa lógica de pequeno mercado comunitário, de forma a constituir-se um fundo pecuniário para assegurar a aquisi ção de matéria-prima e utensílios necessários com vista a alcançar uma possível sustentabili dade futura do projeto em causa. Centrada na sede do município, esta exibi ção selecionada permitiu ainda dar a conhecer outras áreas trabalhadas no AproxiM@ster, possibilitando aos visitantes visualizarem fotos e vídeos realizados, entre outros, nas Sessões de “ExerSaúde” (Yoga e Treino Funcional) e de “Gestos Pró-Ambiente”. Não se tendo tratado de uma exposição co mum, uma vez que os artigos produzidos foram eleitos e manipulados sob cinco pers petivas fundamentais: a sensibilização para a educação ambiental; a ressignificação da fun

Teve lugar em Armamar no dia 1 de agosto o segundo Festival Internacio nal de Folclore. O evento aconteceu na Praça 25 de Abril, junto ao edifício do tribunal pe las nove e meia da noite.

O festival foi dinamizado pela Uni versidade Sénior de Armamar, através do seu grupo Roga Pró Doiro. Os anfitriões Armamarenses recebe ram grupos provenientes do Paraguai, Israel, Croácia e Brasil. 

dia 1 de agosto

16 VIVADOURO AGOSTO 2022 Armamar

Campanha oficial anual de vacinação antirrábica

Festival Internacional de Folclore em Armamar

A Direção Geral de Alimentação e Ve terinária (DGAV) organiza uma campa nha oficial anual de vacinação antirrá bica e de controlo de outras zoonoses executada pelos Médicos Veterinários Municipais, possibilitando assim aos detentores que os seus cães acedam a es tas ações em todo o território nacional. O calendário da campanha de vacina ção antirrábica do concelho de Arma mar está disponível em www.cm-arma mar.pt 

17AGOSTO 2022 PesoVIVADOUROdaRégua

As Festas em Honra de Nossa Se nhora do Socorro regressaram após dois anos de pandemia e repetiram o formato iniciado em 2019, mais dias de festa e um cartaz repleto de atividades e animação. À hora do fecho desta edição faltava ain da cumprir o derradeiro dia das festivida des mas o autarca reguense, José Manuel Gonçalves, em declarações ao nosso jor nal, mostrava-se "bastante satisfeito com o sucesso alcançado". "O balanço é extremamente positivo. Tínhamos um desafio que era cimentar o novo formato das festas que experimenta mos em 2019 e que, por força das circuns tâncias, só agora pudemos repetir. É um formato diferente, com mais dias de festa e maior intensidade. Queremos tornar as nossas festas num ponto de ani mação de referência para toda a região em altura de Conseguimosverão em pleno atingir os nossos objetivos e isso ficou sublinhado pela ade são de milhares e milhares de pessoas ao longo dos 26 dias de festa. As festas foram organizadas num espaço com cerca de 1 quilómetro de extensão, a Avenida do Douro, que esteve cheio ao longo de todos os dias da festa". De acordo com o autarca, o sucesso des te novo modelo será para manter nos pró ximos anos, contribuindo também para a animação da região, um desígnio dos autarcas durienses em ter um território dinâmico para todos quantos o visitam durante este período. "Temos um modelo que irá contribuir para aquilo que o Douro quer, ser uma região mais turística, com animação e dinâmica. É um modelo para manter e consolidar, temos já algumas ideias para melhorar esta dinâmica mas em si vai de encontro aquilo que devem ser as Festas em Honra da Nossa Senhora do Socorro, e do EstouDouro.convencido, e o feedback que va mos tendo confirma isso, que criamos sur presa, já tínhamos o conceito delineado e experimentado em 2019, este ano conse guimos consolidá-lo surpreendendo mui ta gente. Temos aqui mais um projeto que acima de tudo contribui para aquilo que queremos na região que é ter animação e festa para sermos um destino turístico de referência.Tudoisto é feito em complementaridade com outras festividades da região, como por exemplo com as festas de Nossa Se nhora dos Remédios, em Lamego, que co meçam já dentro de poucos dias". O autarca mostrou-se ainda feliz por po der este ano voltar a contar com os emi grantes que, devido à Covid, estiveram também muitos deles sem possibilidade de regressarem à sua terra natal. "Foi importante que este ano os nossos emigrantes pudessem vir em força, sem restrições, e que sentissem que este muni cípio, a terra deles, continua a estar pron ta para os acolher. Foi um momento de reencontro em pleno".

26 dias de festa levam milhares a Peso da Régua

Daniel Cordeiro – Quinta da Patela A participação neste tipo de eventos tem sido muito importante para nós, são eles que trazem mais gente, o que também acaba por significar mais negócio. Nós somos produtores de mel e amêndoa. Os produtos que têm mais procura são as transformações da amêndoa, que temos com malagueta, gengibre, pimentas, canela, entre ou tras, incluindo como é obvio a nossa Amêndoa Coberta de Moncorvo, que tem uma procura bem superior à nossa capa cidade de resposta. Este tipo de eventos também são importantes para nos mostrarmos aos que cá estão porque muitas vezes não têm conhecimento do que existe mes mo ao seu lado. Já estamos em atividade desde 2015 e com loja aberta desde 2020, mas só agora é que nos vão conhecendo.

TESTEMUNHOS têm também reativado as suas atividades. Esta feira é para os moncorvenses, para aqueles que se mantêm resistentes e resi lientes neste território de alta intensidade mas, é também boa para que todos per cebam que estamos cá e é aqui que que remos ficar, dando qualidade de vida aos vindouros. É essa também a mensagem que queremos passar com esta feira". Nuno Gonçalves aproveitou ainda a oportunidade para deixar alguns recados ao Governo, criticando a descentraliza ção de competências que tem sido levada a "Quemcabo. nos chama de baixa densidade, focando-se apenas no número de pessoas que habitam num território, podem ver a vitalidade que temos quando juntamos mais de 100 expositores. Este território tem a capacidade de ser um território

A vila de Torre de Moncorvo viveu quatro dias de muita animação du rante as festas da vila e do concelho que este ano integraram ainda a Expo Moncorvo, inaugurada com a presen ça da Diretora Regional da Agricultu ra e Pescas do Norte, Carla Alves.

Na sua terceira edição, a Expo Moncorvo realizou-se este ano em agosto "também para aproveitar a vinda dos nossos emi grantes neste época", explicou o autarca. Com cerca de uma centena de exposito res, o certame englobou diversas ativida des económicas, com especial destaque para a agricultura que, neste concelho transmontano se divide especialmente entre o amendoal, olival e vinha. "Esta feira marca o reativar da nossa economia. Este evento é gastronomia, artesanato, atividades económicas, e agri cultura, não só com os vinhos e a amên doa, por exemplo, mas também com vá rias raças autóctones de animais. Torre de Moncorvo está na fronteira entre o Douro e Trás-os-Montes, vive de tudo isto. Decidimos este ano organizar esta feira durante o mês de agosto porque é uma época em que estão cá muitos dos nossos emigrantes.Temosaqui cerca de uma centena de expositores, ultrapassando aquilo que ti vemos nas duas edições anteriores, que passados estes dois anos de pandemia, Festas da Vila e do Concelho levam milhares a Moncorvo de alta intensidade, queira o Terreiro do Paço transferir aquilo que deve transferir, não competências encapotadas de despe sas para os municípios, mas sim, verda deiramente, uma descentralização e, se possível, aquilo que a Constituição prevê, umaPresenteregionalização".também na inauguração do certame esteve a Diretora Regional da Agricultura e Pescas do Norte, Carla Al ves, que sublinhou a importância deste evento, em especial num ano de tantas dificuldades para o setor agrícola. "Este tipo de eventos são sempre de grande importância, em especial num ano tão difícil como este. Muitas produções fi carão aquém das habituais quantidades muito por responsabilidade do período de seca que atravessamos. Este tipo de eventos, organizados pelas autarquias, são muito importantes para o setor agrícola, ajudando a promover os mais diversos produtos. É um estímulo muito grande para os produtores, em es pecial depois de dois anos de pandemia".

18 VIVADOURO AGOSTO 2022 Torre de Moncorvo

Carla Alves lembrou ainda a importância da agricultura no concelho de Torre de Moncorvo, bem como a capacidade deste território em apresentar produtos qualifi cados."Este é um concelho fortemente agrícola com cerca de 5 mil hectares de amendoal, aos quais se somam o olival e a vinha. Algo que gosto de destacar em Torre de Moncorvo é a quantidade de produtos qualificados (DOC e IGP), que aqui exis tem. São cerca de 17, tirando o vinho. É uma riqueza que este território tem e que pode ser valorizado para promover ainda mais".ADRAPN mostrou-se ainda “muito satis feita” por estar presenta no certame, lem brando o crescimento do mesmo. "Já tinha estado na última edição e no ta-se claramente o crescimento que teve, sinal da vitalidade que existe neste conce lho.Aquilo que se nota é que há uma motiva ção por parte das pessoas, dos exposito res, quando algum evento é organizado a afluência é grande quando há três ou qua tro anos atrás isso não acontecia".

Conceição Pombal – Cobrideira Dá algum trabalho a fazer, são cerca de oito horas por dia, durante cerca de 8 dias. A amêndoa é colocada no tabuleiro e em se guida a calda que não pode estar muito quente para que o açúcar não salte. Depois é ir envolvendo toda a amêndoa Olentamente.segredodisto é ter carinho no que se faz. Desde pequena que faço isto e para mim é até uma terapia anti stress. É interessante as pessoas perguntarem sobre o que fazemos e nós termos a oportunidade de lhes explicar.

Música, animação, momentos religiosos e promoção do território foram os ingre dientes das festas da vila de Torre de Mon corvo que levaram até ao planalto trans montano milhares de visitantes. No primeiro dia, ainda no decorrer da inauguração da Expo Moncorvo, uma feira das atividades económicas do con celho, o autarca moncorvense, Nuno Gonçalves, mostrava-se já satisfeito com a previsão de uma forte afluência de públi co ao concelho, marcando assim o regres so à normalidade pós-pandemia. "Este evento marca o dito regresso à nor malidade e aquilo que nós queremos que regresse que é a nossa marca "Moncorvo, 365 dias à sua espera", que já é uma mar ca de bem receber".

Artur Santos – Apisantos Estes eventos são muito importantes para podermos mostrar os nossos produtos ao cliente. Não sou de Torre de Moncorvo, sou de Matosinhos, mas estou a investir neste concelho. Sou filho de apicultor e temos trabalhado como fornecedo res de diverso tipo de material para este setor mas também produzo mel, bem como alguns produtos transformados. Temos cerveja de mel, rebuçados, chocolates, uma grande variedade de produtos.

Terminaram as obras de requali ficação do minicampo de jogos no lugar de Santa Comba, União das Freguesias de Lobrigos (São Miguel e São João Baptista) e Sanhoane.

Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas iniciou em Santa Marta de Penaguião

19AGOSTO 2022 VIVADOURO Santa Marta de Penaguião

Num investimento de 19.957,50€ (dezanove mil novecentos e cin quenta e sete euros e cinquenta cêntimos), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, a requalificação in cidiu sobre a substituição do piso total do campo de jogos, repara ção da vedação e a aplicação das redes de baliza e cestos de basque tebol. 

Um espaço municipal que fica agora à disposição de todos os pe naguienses, para o qual o Municí pio apela para uma utilização com responsabilidade e cuidado.

Requalificação do minicampo em Santa Marta de Penaguião

Iniciou no dia de hoje, 18 de julho, mais uma edição do programa «Voluntariado Jovem para a Natureza e Florestas» no concelho de Santa Marta de Penaguião. Até ao dia 15 de setembro, um total de 32 jovens do concelho penaguiense com idades compreendidas entre os 14 e os 30 anos vão participar no volunta riado juvenil do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), desenvol vido em parceria com o Município de Santa Marta de Penaguião. Os jovens serão repartidos em 2 equi pas de 4 elementos cada, cada um por um período de 15 dias cada, que à se melhança das edições anteriores, irão reforçar a vigilância florestal e preser var a natureza, proceder à limpeza e manutenção de parques de lazer, bem como efetuar a inventariação e monitorização de espécies vegetais e animais em risco. Os jovens irão igual mente sensibilizar a população para práticas que promovam a economia circular, nomeadamente a reciclagem, a reutilização, a gestão ambiental e a prevenção do desperdício alimentar e consumo sustentável. 

A Expodemo está de volta, finalmente, depois de dois anos de realizações não presenciais.

20 VIVADOURO AGOSTO 2022 Moimenta da Beira

Venha à feira! Venha até à Expodemo conviver connosco!

O nosso certame regressa para cele brar a sua 11ª edição, enquanto feira de cultura e de negócios, feira de artes e espetáculos de música, teatro, dança, poesia, livros e gastronomia, também de experiências enogastronómicas úni cas, e ainda enquanto festa de exalta ção à maçã, fruto da terra, das raízes e da luz. Tudo em 3 palcos, mais de 150 artistas e mais de 30 espetáculos. Tudo com entrada grátis!  E regressa em versão mais alargada, de três para quatro dias, ocupando a área habitual, agora totalmente renova da da Praça do Tabolado, espaço privi legiado localizado no miolo mais urba no e nobre da nossa vila.

A Expodemo vai assim animar Moi menta da Beira de 15 a 18 de setembro, numa edição que se espera poder vir a ser a melhor de sempre, com mais vi sitantes, mais expositores, ainda mais negócio, mais cultura e mais animação. E com a massacrada e invadida Ucrânia como país convidado, país amigo. Será representado pelo seu embaixador em Lisboa, e por uma exposição de foto grafias patente ao público no átrio dos Paços do Concelho.  Neste momento em que divulgamos o cartaz, o sentimento é de felicidade ple na pelo regresso da festa. E faço daqui o convite a todos, sem exceção: Venha à feira! Venha até à Expodemo conviver connosco. Noprograma artístico-musical, toda a relevância vai para o concerto de Pedro Abrunhosa, o músico, cantor e escri tor de tantas canções que se juntam a tantos outros hinos, lendas e adágios. Multiplatinado em praticamente todos Paulo Figueiredo (Presidente da Câmara Municipal de Moimenta da Beira) os discos, homem de palco por excelência e de poderosa escrita de canções, Pedro Abrunho sa é uma estrela-maior. O concerto é na noite de 16 de setembro.  Na noite do dia seguinte, a magia chega de França com a Compagnie des Quidams que preparou para a Expodemo: "Fiers à cheval", espetáculo que é um sonho passageiro, uma procissão de imagens que começa com per sonagens estranhas, bizarramente vestidas, venezianos de ficção científica, orgulhosas de si mesmos Em 30 segundos o mundo transfor ma-se numa atmosfera de imagens oníricas, as personagens transformam-se em fantásticos cavalos Um homenzinho estranho, o "homem das pistas", presta-se aos jogos, às justas, às co reografias desta fantástica cavalaria Uma cria ção musical original acompanha o espetáculo. Sem palavras, mas com sons, sem barreiras, apenas atmosferas musicais.

Ainda nesta noite, destaque tam bém para a apple party com os DJ's e produtores Carlos Silva e André Reis, protagonistas dos Karetus, que proporcionam espetáculos intensos, apostando em ‘sets’ personalizados que executam munidos de um ‘soft ware’ especializado. Com eles vão es tar também Dj Caitas e Piratas. Na noi te anterior, na primeira apple party, o programa vai contar com Costa Dj e Guitos Live  ChegamosPercursion.adomingo e a tarde vai ficar por conta da TVI, que transmite em direto do palco Expodemo o seu "Somos Portugal", programa líder de audiências. Quase oito horas de emis são, tempo em que dezenas de artis tas populares sobem ao palco, tempo em que o nosso concelho e os nossos produtos de maior valia são promovi dos nesta ação verdadeiramente me diática transmitida em direto de Moi menta da Beira para todo o mundo.  Mas não só de música vai viver o pro grama do certame. Há outros momen tos de evidência enorme, alguns que se repetem e constam do primeiro cartaz. Destaco o Pavilhão das Letras, que com debates à volta do livro, sessões de poe sia e música erudita, enche de cultura a Expodemo; o festival de estátuas vivas, sempre excecional; e, claro, as provas de maçãs, porque a Expodemo é a Fes ta da  Depois,Maçã.há outros instantes também relevantíssimos como as tasquinhas; as provas de vinhos, algumas comentadas por especialistas de renome; os espaços infantis; a nossa rica e tradicional gas tronomia etc, etc.  Visite-nos de 15 a 18 de setembro. Não se arrependerá! 

Num ano marcado pela seca os municípios durienses têm apelado ao uso consciente de água, tentando assim evitar futuros cortes de abas tecimento às populações. Um dos primeiros municípios a lançar o alerta para a falta de água foi Carrazeda de Ansiães que se abastece na albufeira da Fontelonga, há vários meses já em situa ção crítica. Neste momento foi já lançado um concurso público internacional para o transporte de água, por via terrestre, do rio Tua até à Estação de Tratamento de Água (ETA) situada na Albufeira de Fonte longa, uma situação protocolada entre o município transmontano e a Agência Por tuguesa do Ambiente (APA). Entre os apelos, um dos mais urgente surge pela autarquia de Vila Nova de Foz Côa que, numa nota partilhada nas re des sociais, afirma que se os consumos se mantiverem altos como até ao momento, a albufeira da barragem de Ranhados, dei xará de ter água para consumo humano já a partir de setembro. "O Município de Vila Nova de Foz Côa, vem por este meio informar todos os seus munícipes, que a albufeira da barragem de Ranhados, apresenta atualmente ní veis muito críticos e nunca vistos, de ar mazenamento de água. O ponto de rutu ra será atingido já no mês de setembro, caso se continuem a registar os consumos atuais diários de 640 litros/dia, de água por pessoa, quando o desejável deveria ser de 200 litros/dia. As previsões, caso não chova nem se re gistem alterações ao consumo, são de que em setembro a água não chegará às nos sasEmtorneiras".Murça,município afetado pelo maior incêndio na região até ao momento, a au tarquia também tomou uma decisão drás tica ao não reabrir as piscinas municipais até ao fim do verão. “A autarquia murcense informa que as Piscinas Municipais descobertas, encerra das aquando do grande incêndio florestal do passado dia 17 de julho, não reabrem este verão", pode ler-se numa nota divul gada no website do município. Em São João da Pesqueira a autarquia tem trabalhado no sentido de diminuir as perdas de água no sistema, colocando equipas técnicas no terreno para detetar e resolver avarias nas condutas. “Das várias medidas implementadas, será de destacar o trabalho permanente no terreno, por parte das nossas equipas técnicas, dia e noite, na deteção e resolu ção de avarias nas condutas. Fruto desse trabalho, o município de S. João da Pesqueira está ter resultados bas tante expressivos na diminuição das per das de água, sendo que, no 2.º trimestre de 2022, verifica-se uma redução de con sumo de 23% face ao período homologo, o que representa uma poupança de 43 Mi lhões de Litros”. "Poupa hoje para que não falte amanhã"

Municípios durienses apelam à poupança de água é uma iniciativa das Atividades de Tempos Livres, promovidas pela Câmara Munici pal de Tabuaço. A campanha pretendeu sensibilizar, em primeiro lugar, as crian ças para a importância da água e os cui dados a implementar para minimizar os efeitos da seca que atravessamos e, pos teriormente, levar o conceito e iniciativas de mitigação a toda a população. Em Alijó foram também as crianças que apelaram à população para uma utiliza ção regrada da água. Num périplo pelas freguesias do concelho as crianças pude ram assim alertar a população para a falta de água, bem como para a deposição de lixo, e a prevenção de incêndios. De uma forma geral todos os municí pios da região têm dado ainda destaque à campanha da empresa Águas de Portu gal, "Vamos fechar a torneira à seca", que tem sido divulgada nas redes sociais e pla taformas digitais, apelando a uma utiliza ção da água da rede pública apenas para o consumo humano, e a não utilização para rega, encher piscinas ou tanques, lavar carros, telhados ou pátios. Carla Alves, Diretora Regional da Agri cultura e Pescas do Norte, à margem da inauguração da Expo Moncorvo, afirmou a sua preocupação com este tema à re portagem do VivaDouro. "Se a agricultura é o setor que mais uti liza água, cerca de 75% do total utilizado, é também aquele que é mais afetado. Costumo dizer que esta água, não sendo consumida, também não é desperdiçada, transformando-se em alimentos que che gam às nossas mesas. É um ano de extrema dificuldade em que, mesmo as culturas de sequeiro, ha bituadas a este clima, têm sofrido um grande stress hídrico". De acordo com a DRAPN há neste mo mento diversas medidas em vigor que poderão ajudar autarcas e agricultores a minimizarem os efeitos da seca nas suas culturas."Hávontade dos autarcas em investir em equipamentos hidroagrícolas, por isso mesmo fizeram diversas candidaturas, sendo que sete já têm aprovação havendo a decorrer agora os estudos de impacto ambiental.Nocasodas charcas, outra das soluções para períodos como este, houve um aviso aberto em que foram aprovadas 224 char cas, dessas, 104 são no norte, assumindo a importância deste aviso, com um in vestimento apoiado em 6,2 milhões de euros.Outra medida que esteve aberta e com muita adesão foram os painéis fotovol taicos, que se encaixam na estratégia de rega, que é fundamental . Mais recentemente foi aberto um avi so para a agricultura de precisão onde a questão da rega eficiente é o que se pre tende apoiar" Secretário de Estado reuniu com CIM Douro O Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordena mento, João Paulo Catarino, e o vice-pre sidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pi menta Machado, estiveram no Museu do Douro para uma reunião com os autarcas durienses no passado dia 12 de agosto. No final da reunião, em declarações á comunicação social, o Presidente da CIM Douro, Carlos Silva Santiago, explicava alguns dos temas debatidos no encontro.

Reunião dos autarcas da CIM Douro, com Secretário de Estado, João Paulo Catarino

"Há a necessidade de articular com o senhor secretário de Estado, através do Fundo Ambiental, algumas soluções como a utilização de captações próprias, aquisição de autotanques, melhorar as captações que foram desativadas há uns anos e que, agora, precisam de imediato ser reativadas para que o consumo hu mano, obviamente, não possa estar em causa".Acrescentou, ainda, a importância de ser feito ” levantamento dessas nascen tes, furos e captações “de imediato” pelas câmaras. E aproveitar tudo o que é pos sível e que já esteve ao serviço das popu lações, mas por força da construção dos subsistemas multimunicipais deixaram de estar ativos”. Por seu lado, o Secretário de Estado dis se fazer um "balanço positivo" do encon tro, garantindo que o Governo está atento à situação e junto com os autarcas na pro cura das melhores soluções. “O que viemos transmitir aos autarcas é que há um alinhamento entre o Governo e estes em relação a este momento difícil que vivemos. Temos que arranjar formas de garantir aos portugueses que não te rão falta de água nas suas torneiras. Estamos a procurar soluções, o Governo tem já uma série de medidas de contin gência no terreno que serão agora avalia das, podendo mesmo ajudar financeira mente na sua implementação através do Fundo Ambiental. Há medidas mais estruturais como a questão das perdas de água, para os quais existem os PO regionais, com mais de 500 milhões de euros, para os quais as autarquias se poderão candidatar. Pre cisamos melhor a eficiência hídrica, e reduzir drasticamente a quantidade de água que se perde por falhas no siste ma”.Confrontado com informações de que a Barragem do Vila, em Moimenta da Beira, esteve a produzir energia até iní cio de junho, contrariando uma decisão do anterior Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, que mandou parar a produ ção elétrica naquela barragem, João Pau lo Catarino explicou essa laboração com o aumento da cota mínima estabelecida. “O Governo em fevereiro decretou uma cota a partir da qual a barragem não podia turbinar. A partir do momen to em que essas barragens passam acima dessa cota há disponibilidade para turbi nar. O que o Governo se preocupou em garantir foi o estabelecimento de uma cota mínima para garantir abastecimen to humano pelo menos por dois anos, e isso foi garantido”. 

22 VIVADOURO AGOSTO 2022 Região

Sair da sua terra rumo ao estrangeiro é uma decisão difícil tomada por muitos em busca de uma vida melhor. Com a chegada do verão é habitualmente tempo de regressar à terra natal para rever família e amigos, um movi mento que foi interrompido pela pandemia durante dois anos.

Marcos Guedes, Paulo Ribeiro e Bruno Cardoso são "reguenses de gema", como fazem questão de frisar mas passam grande parte dos meses do ano emigra dos na ApósBélgica.doisanos de pandemia que forçaram um dis tanciamento maior da terra natal, este ano estão de regresso à cidade e, aproveitando um jogo de prepa ração da equipa local, matam saudades das banca das do estádio municipal. Sentados no bar junto ao estádio, durante o in tervalo da partida, vão trocando ideias daquilo que viram na primeira parte, aproveitando ainda para falarem à nossa reportagem.

Paulo Ribeiro é emigrante "há 32 anos", para ele agora é mais fácil procurar vida lá fora, "já conse guimos vir cá mais vezes, com as ligações aéreas as viagens tornam-se mais rápidas e fáceis". Com a salvaguarda que nem todos conseguem fazer o mes mo, Paulo garante que regressa a Portugal "cerca de quatro ou cinco vezes por ano". Apesar disso, nas mais de três décadas que leva de emigração tem já uma certeza, "a vida de emigrante é dura, trabalhamos muito, eu, por exemplo, saio de casa por volta das cinco da manhã e regresso às oito da noite, é uma vida dura". Para Bruno Cardoso, a vinda ao estádio durante as férias é uma forma de estar com amigos e poder acompanhar mais próximo o dia a dia do clube que se vai fazendo durante o ano pelas redes sociais. “É importante, é sempre bom poder estar aqui, ver a nossa equipa a jogar, estar próximo dos ami gos e dos nossos jogadores. Estamos fora do país mas tentamos estar sempre atentos ao nosso clube, quanto mais não seja seguindo o dia a dia pelas redes sociais.Oque precisamos é isto, conviver com os amigos e passarmos bons momentos juntos". Além de adeptos e sócios, Marcos Guedes e Paulo Ri beiro são também patrocinadores do clube reguense. "É uma forma de mostrarmos que temos a nossa terra e o nosso clube no coração. Foi aqui que nas cemos, é aqui que temos as nossas raízes por isso ajudamos com gosto", explica Marcos Guedes. Paulo Ribeiro começou recentemente a patroci nar o futebol sénior do clube, antes já apoiava os es calões de formação do SC Régua. Para este emigran te, mais lhe deviam seguir o exemplo, mostrando mesmo alguma indignação pela falta de apoio das empresas da cidade ao clube da terra. "Eu já patrocinava o Régua antes da direção do Francisco Pinto tomar posse, mas apoiava as escoli nhas, agora apoio o futebol sénior. Enquanto puder ajudarei o clube, é uma pena que mais gente não faça como eu. A Régua tem uma enorme potencialidade e gente com capacidade para dar este apoio mas as pessoas não o fazem, não valorizam o seu clube".

23AGOSTO 2022 PesoVIVADOUROdaRégua

SC Régua organiza jogo dedicado ao emigrante

Marcos Guedes é o primeiro a falar para nos contar que "há dois anos que não vinha à Régua por causa da pandemia". Apesar de ter estado pela cidade "em dezembro do ano passado", foi uma passagem curta, garante, "foram apenas 15 dias". Para este emigrante o regresso mais aguardado é o que se faz durante o mês de agosto, "encontramos sempre mais amigos, no mês de agosto vêm muitos emigrantes de férias".

Foi para homenagear estes homens que o SC Ré gua organizou este ano um jogo de preparação de dicado ao Franciscoemigrante.Pinto,presidente do clube, afirma que esta é uma forma de aproximar os emigrantes do seu clube, mostrando também o agradecimento pela ajuda que muitos deles dão, em especial na re cuperação financeira que a sua direção tem levado a cabo."Émuito importante para o clube realizar este jogo porque os emigrantes nos apoiam muito e durante o ano não têm oportunidade de ver o seu clube jogar. Decidimos dedicar-lhes este jogo também para os aproximar mais ao clube e à cidade de forma a que nos continuem a apoiar com patrocínios como tem acontecido até aqui. Têm sido inexcedíveis e temos que lhes agradecer a grande ajuda na recuperação financeira do clube que temos vindo a fazer nos úl timos três anos. Com a época a começar, Francisco Pinto garantiu ainda que o SC Régua tem este ano "um plantel mito forte", capaz de "lutar pelo campeonato e pela taça".

Francisco Pinto, presidente do SC Régua Marcos Guedes, Paulo Ribeiro e Bruno Cardoso

Município inaugura obra que dá nova vida ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade

O Executivo aproveita este momento para reforçar o diálogo com as associações, co letividades e outras entidades locais. A “Presidência em Movimento” começou no dia 2 de junho, na Freguesia de Vilar de Maçada, e vai terminar em setembro. Esta iniciativa pretende incentivar e aumentar a participação e integração das pessoas na dinamização e evolução das suas terras, contribuindo assim para a construção de um concelho mais coeso. 

24 VIVADOURO AGOSTO 2022 Alijó O Executivo Permanente do Município de Alijó continua o seu périplo pelas 14 freguesias do Concelho. A última ação da iniciativa “Presidência em Movimento” decorreu na União de Freguesias de Caste do e Cotas, tendo o Executivo Permanente visitado vários pontos da Freguesia e con tactado com a população, acompanhado pelo Executivo da Junta. Amanhã, dia 11 de agosto, será a vez do Executivo Permanente visitar a União de Freguesias de Vale de Mendiz, Casal de Loivos e Vilarinho de Cotas.

O Município de Alijó inaugurou, no passa do dia 13 de agosto, a obra de requalificação do acesso ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Sanfins do Douro, cumprindo assim uma das grandes obras com que o atual Executivo se comprometeu. Foi em ambiente de festa que a Secre tária de Estado do Desenvolvimento Re gional, Isabel Ferreira, e o Presidente da Câmara Municipal de Alijó, José Pa redes, inauguraram uma obra aguarda da há muitos anos pelos Sanfinenses. O Santuário de Nossa Senhora da Pieda de ganha agora uma nova atratividade, através da criação de condições para potenciar o turismo religioso, paisagís tico e cultural.

A intervenção permitiu a requalifica ção total dos acessos da Vila de Sanfins do Douro ao Santuário de Nossa Senho ra da Piedade, a reabilitação das cape linhas ao longo do percurso e a criação de um novo miradouro com vista para noroeste.Asobras incluíram o alargamento da via, de modo a permitir a circulação de veículos pesados de passageiros, a exe cução de muros de suporte à via e de contenção de taludes, passeios, substi tuição da iluminação pública existente por iluminação LED, rede de águas plu viais, colocação de bebedouros e mo biliário urbano e ainda pavimentação total da via. 

O objetivo é aprofundar a participação cí “Presidência em Movimento” na União de Freguesias de Castedo e Cotas vica e política das comunidades na gestão autárquica, através de um contacto direto e mais informal entre cidadãos e autarcas.

O Município de Alijó vai levar “Teatro no Verão” a todas as freguesias do Con celho. A iniciativa cultural arranca a 16 de agosto, em Santa Eugénia, e termina a 5 de setembro, no Pinhão. Ao todo, serão 14 sessões do espetáculo “Stand Down”, uma comédia que promete fazer rir públi cos de todas as idades. Todos os espetáculos têm início às 21h30 e decorrem em espaços públicos das Fre guesias. Ao apostar na descentralização destes eventos, o Município de Alijó volta a levar a cultura a todos. Sobre o espetáculo, chama-se “Stand Down” e é um espetáculo para rir, sor rir, ficar sério, até chorar, se for o caso. Uma miscelânea de sentimentos conduzi da pelo ator Ángel Fragua, que surge da vontade de fazer um espetáculo a solo, sem grandes recursos cénicos, e onde a palavra assume especial importância e onde as experiências pessoais do ator se cruzam com as experiências de uma outra pessoa, que não está em palco. 

“Teatro no Verão” vai passar por todas as freguesias do Concelho

13 2022SET 09.00 BOAS VINDAS Benjamim Pereira - Presidente da Câmara Municipal de Esposende 09.15 DESESSÃOABERTURA Ricardo Rio - Presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Cávado PAINEL 1 – Desafios do Setor do Transporte Público de Passageiros 09.45 RodoviáriosdosPosicionamentoTransportadoresdePassageiros Luís Cabaço– ANTROP 10.00 MULTIMODALIDADE João Marrana – Metro do Mondego 10.15 NAEMOBILIDADETRANSPORTESGALIZA Ethel María Vásquez Mourelle – Xunta de Galicia 10.30 MOBILIDADE EM CASTELO BRANCO Hélder Manuel Guerra Henriques – Câmara Municipal de Castelo Branco 10.45 DEBATE 11.00 COFFEE BREAK PAINEL 2 – O Papel das Instituições na Mobilidade e Desafios Futuros 11.15 O PAPEL DO INSTITUTO DA MOBILIDADE E DOS TRANSPORTES Eduardo Feio - Presidente do Instituto da Mobilidade e dos Transportes 11.30 O DOPAPELTRIBUNAL DE CONTAS Clara Albino - Auditora-Chefe da Fiscalização Prévia do Tribunal de Contas 11.45 DEBATE 12.15 DESESSÃOENCERRAMENTO Jorge Delgado - Secretário de Estado da Mobilidade Urbana 6º Encontro Nacional das Autoridades de Transportes Fórum Municipal Rodrigues Sampaio, Esposende

Assinado protocolo para a criação da segunda Equipa de Intervenção Permanente

26 VIVADOURO AGOSTO 2022 Carrazeda de Ansiães A Feira'22, a montra de todo o concelho de Carrazeda de Ansiães regressa para a sua 25ª edição depois de dois anos de pandemia. De 26 a 28 de agosto, há mú sica para todos os gostos, mercado de produtos/produtores, jogo de futebol, pe rícias de tratores e celebrações da cultura e tradições do concelho. Do programa destacam-se os concertos de Expensive Soul dia 26, Toni Carreira dia 27 e os Quatro e Meia no dia 28, ainda as atuações dos djs The Fucking Bastards na sexta-feira e Os Meninos do Rio no sábado. O Parque das Feiras de Carrazeda é o centro de todas as festividades com cerca de 10974 metros quadrados de área de ex posição. A abertura da feira tem lugar na sexta-feira dia 26 de agosto pelas 18h00 e terá a presença da Ministra da Agricultu ra, Maria do Céu Antunes. No sábado há as já habituais Perícias de Tratores, Corte jo Etnográfico, e ainda com as ruas cheias de cor, os Zíngaros fazem soar os tambo res numa arruada pela vila. A fechar o fim de semana, domingo co meça com a Missa Solene na Igreja Matriz, durante a tarde há arruadas com várias bandas e fanfarras, segue-se a Procissão dos Padroeiros. A noite inicia com a atua ção do Grupo de Cantares de Carrazeda de Ansiães e termina no Palco Tenda com music after hours.  Foi assinado no dia 8 de agosto o Pro tocolo para criação da segunda Equipa de Intervenção Permanente entre o Município de Carrazeda de Ansiães, re presentado pelo Presidente da Câmara, João Gonçalves e pela Associação Hu manitária dos bombeiros Voluntários de Carrazeda de Ansiães (AHBV) repre sentada pelo Presidente da Direção, Carlos Fernandes. O Protocolo resulta de uma sinergia de esforços entre as duas entidades e a Au toridade Nacional de Emergência e Pro teção Civil (ANEPC) que prevê a melho ria e eficiência da proteção civil e das condições de prevenção e socorro face a acidentes e catástrofes, com a criação de Equipas de Intervenção Permanente. Carrazeda de Ansiães contará agora com duas destas equipas, constituídas por cinco elementos cada, garantindo uma maior prontidão na resposta a ocor rências que impliquem intervenção de socorro e defesa de populações e bens. O Protocolo será homologado pelo Mi nistro da Administração Interna, José Luís Carneiro.  25ª Feira da Maçã, do Vinho e do Azeite

Para os Lamecenses, e para muitos portugueses, a Senhora dos Remédios é muito mais do que apenas uma Santa, é aquela a quem recorrem nos momentos mais difíceis e a que lhes traz consolo. Por isso, tal como manda a tradição, esta ce lebração continua a ter como ponto alto a Majestosa Procissão de Triunfo, na qual os andores ostentam ima gens sagradas puxadas por juntas de bois que percorrem as ruas da cidade. E é comovente nesse dia, assis tir e acompa nhar a multidão que, numa de monstração de fé profunda, toma a cidade em busca desse conforto. A par da festa re ligiosa, a “Romaria de Portugal” pro porciona outros mo mentos igualmente marcantes como a Mar cha Luminosa, a Batalha das Flores, as arruadas de rusgas populares que percorrem a cidade com deMunicipalFranciscoLopesPresidentedaCâmaraLamego temas populares ou os grupos que se jun tam com cantigas ao desafio. O programa deste ano destaca-se pelas inúmeras e variadas actividades, que vão encher a cidade de música e de espectáculos de luz e de Durantecor.estes dias, celebramos a es perança no futuro e como em qualquer festividade há sempre promessas, quan to mais não seja a de voltarmos a encontrar-nos.Poragora,fica a promessa de 16 dias de muita alegria e de um deslumbrante fo go-de-artifício a encerrar asVivafestividades.aFesta! Viva a Nossa Senhora dos Re médios!  Uma vez mais, Lamego «veste-se» de fes ta em honra da Sua Padroeira, Aquela que nos acompanha a vida inteira. Há quase quatro séculos — com seguran ça o podemos dizer — assim costuma ser. A Festa que nos faz mover cá em baixo começa a comover-nos lá em cima, onde «mora» a nossa Mãe. É uma festa toda bela porque é «em hon ra» d'Ela, da nossa Mãe, Nossa Senhora dosAliás,Remédios.oquetorna Lamego singular é o que lá em cima tem para mostrar. Esta seria sempre uma cidade carre gada de história e de beleza. Mas tal beleza não avultaria tanto sem essa fonte de encanto que dá pelo nome de Nossa Senhora dos Remédios. Sendo festas com uma exuberante po licromia de expressões, é Ela que pola riza o palpitar dos nossos corações. Mas as festas não são só da cidade. Elas são do país e de toda a humanidade. De facto, as festas e o Santuário já são património de toda a humanidade. É na humanidade que está o Santuá rio. E é de toda a humanidade que ao Santuário acorrem — de diferentes des tinos — milhares e milhares de peregri nos.Alguém duvidará de que estamos pe rante um destacado património da hu manidade? Só falta estar formalmente declarado. Mas, apesar de tal estatuto não estar declarado, basta olhar para a gente que para aqui vem de todo o lado. Mais importante do que a declaração Esta festa é bela porque é em honra d'Ela! como património da humanidade não será a fruição — por parte de tantos — de tão assombroso património ofereci do a toda a humanidade? Neste lugar, são muitas as peregrina ções. E a nossa Mãe toca em todos os corações. Muitas lágrimas aqui são ver tidas. São as confidências de tantas — e tão sofridas — vidas. Há dores que só junto da Mãe se parti lham. E é perto d'Ela que as esperanças de cura cintilam.  Nossa Senhora dos Remédios é a nos sa «Primeira Dama». É Ela quem mais gente para aqui chama. Pelos degraus do Escadório e pelo Parque Florestal, não deixemos de ce lebrar a Mãe nesta época sem igual. Mas não esqueçamos que, nos outros dias, Nossa Senhora também espera porVisitemo-Lanós. e, no nosso coração, es cutemos a Sua voz. Depois de a festa terminar, Ela, a Mãe, por todos nós continua a esperar. No Santuário, em cada dia, é sempre tem po de romaria. Que este seja um tempo de paz e união. E que, à volta da Mãe, formemos um único coração!  João António Pinheiro Teixeira padre e reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios

A Nossa Senhora dos Remédios é a Pa droeira de Lamego e a sua comemoração anual é bem representativa da importân cia do culto mariano em Portugal, existin do desde o princípio da nacionalidade. É de facto uma das santas mais populares do país e a festa em sua honra, conhecida como a "Romaria de Portugal", constitui sempre um grandioso acontecimento na cidade. A tradição mantém-se! Será mais um ano em que Lamego oferece aos seus habitantes e aos milhares de turistas que a visitam um programa repleto de ativi dades populares e religiosas. Somos orgulhosos desta romaria, uma das maiores de Portugal e com uma gran deza histórica e popular que merece ser divulgada. Durante 16 dias, reunirá pes soas de todas as idades, portugueses e es trangeiros, turistas, devotos ou simples curiosos. A motivação não importa, ape nas a celebração. Lamego acolhe todos de igual forma. Para os de cá, os que vivem e os que nesta altura regressam, serão dias de convívio, de reencontro e de celebração de um ritual pelo qual se espera um ano inteiro! Para os que vêm de fora, repe tentes ou pela primeira vez, será um mo mento marcante que ficará para sempre, como uma experiência única nas suas memórias. A Romaria de Portugal

29 VIVADOUROLamego

30 VIVADOURO AGOSTO 2022 Lamego

No local onde se encontra o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, o monte de Santo Estêvão, existiu outrora uma capela em honra deste Santo, construída em 1361.

Festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios

Tratava-se de um templo pequeno e modes to, mandado edificar pelo bispo da diocese, D.EmDurão.1551, foi nomeado bispo de Lamego D. Manuel de Noronha que, para além de muitas obras existentes na cidade de Lamego, man dou erigir, no ano de 1568, a primeira capela em honra da Nossa Senhora dos Remédios, exatamente no monte de Santo Estêvão, e que hoje é designado por Pátio dos Reis. Mais tarde, em 1750, a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios, na época liderada pelo Cónego José Pinto Teixeira, devido à degradação da capela seiscentista, mandou -a demolir e construir um magnificente San tuário dotado de um amplo e harmonioso espaço para atrair mais peregrinos e capaz de acolher mais crentes ligando-o à cidade. Esta obra foi concluída em 1761. Neste mesmo ano, iniciaram-se no novo espaço, os ofícios reli giosos, mas somente em 1778 é que este Santuá rio foi inaugurado. Na época, o grandioso dia, de dicado à Padroeira Nossa Senhora dos Remédios, era assinalado a 5 de setembro. As festas foram crescendo ao longo dos tempos até se tornarem uma das mais gran diosas do país, na qual os rituais religiosos e profanos se misturam numa harmonia perfeita. É oferecido um programa diversi ficado englobando exposições, concertos, desfiles, procissões, feiras, eventos cultu rais e desportivos de forma a atrair muitos veraneantes e foliões. Assim, durante estes dias de diversão é possível admirar a Marcha Luminosa, no dia 6 de setembro à noite, e a Batalha das Flores, no dia seguinte à tarde, que percorrem as principais ruas da cidade engalanadas de alegria e cor. A Romaria de Lamego, dedicada a Nossa Senhora dos Remédios, é uma das maio res de Portugal, sendo o momento mais alto desta celebração a grandiosa Procis são do Triunfo, realizada a 8 de setembro, na qual os andores ostentam imagens sa gradas puxadas por juntas de bois, como manda a tradição. Nesta altura, as ruas fi cam ricamente ornamentadas, ganhando uma nova dinâmica, onde a componente religiosa adquire toda a sua plenitude. As festas culminam com uma fenome nal sessão de fogo pelos quatro cantos da cidade.

26 AGOSTO sexta-feira Piscinas Municipais 15h00 às 02h00 ZIGURFest 21h30 - Espetáculo de Fado Cruzado (Fado de Coimbra e Fado de Lisboa) com o Grupo Fado ao Centro Parque Isidoro Guedes 27 AGOSTO sábado - XXX Anos da Concentração Motard à Romaria deNossa10h00 Senhora dos Remédios 10h00 - Torneio Cidade de Lamego – Andebol Club de Lamego - Pavilhão Álvaro Magalhães 16h00 às 00h00 ZIGURFest 21h30 - FOLK- Romaria - Festival Internacional da Cidade de Lamego - Organização: Rancho Regional de Fafel - Caminhada Solidária, Juntos pelo Duar te- Casa do08h30 Benfica de Lamego - Av. Dr. Alfredo de Sousa 10h00 - Torneio Cidade de Lamego – Andebol Club de Lamego Pavilhão Álvaro Magalhães

14h00 às 20h00

12h00XVI

ProgramaReligioso 30 agosto a 08 setembro NOVENA 06h Angelus e Oração da Manhã. Exposição do Santíssimo Sacramento, com recitação do terço e benção.

25 AGOSTO 28 AGOSTO 29 AGOSTO 30 AGOSTO 31 AGOSTO

A Câmara Municipal de Lamego agradece a todas as Entidades, Coletividades, Empresas e a todos os Lamecenses em geral, que gentilmente colaboraram na organização das Festas da Cidade de Lamego em Honra de Nossa Senhora dos Remédios 2022. A ROMARIA DE PORTUGAL PROGRAMA DETALHADO EM: www .comaromariadeportugal

- Missa na Capela de Santo António 13h00 - Almoço de Confraternização 10h00 - – Associação de Voleibol de ViseuVoleibol de Praia Piscinas Municipais Descober tas 10h00 - Missa Solene em Honra de N. Srª da Esperança Desfile com animação a par tir dos Paços do Concelho pelas Ruas da Cidade BANDA FIL ARMÓNICA DE MAGUEIJA Comemorações dos 300 anos da Programa em: www.aromariadeportugal.com Programa em: www.aromariadeportugal.com Programa em: www.aromariadeportugal.com Programa em: www.aromariadeportugal.com Programa em: www.aromariadeportugal.com Programa em: www.aromariadeportugal.com

21h30 - Concurso Miss Viseu- Eleição da Miss Lamego e Miss Rainha das Vindimas Av. Dr. Alfredo de Sousa A Festa continua com "Ai Remédios" Centro Multiusos de Lamego sábado 10h00 - 42.º Torneio Festas da Cidade de Lamego –Minigolfe Clube de Lamego - Complexo Despor tivo de Lamego 15H00 - TARDE DA CRIANÇA Parque Isidoro Guedes 21h30 - Espetáculo Musical - CAROLINA DESLANDES Av. Dr. Alfredo de Sousa domingo 10h00 - – Associação de Voleibol de ViseuVoleibol de Praia Piscinas Municipais Descober tas 10h00 - - Spor ting Clube deTorneio Cidade de Lamego Lamego - Estádio dos Remédios 21h30 - Espetáculo Musical - JOSÉ CID Av. Dr. Alfredo de Sousa 10h00 - 42.º Torneio Festas da Cidade de Lamego –Minigolfe Clube de Lamego Complexo Despor tivo de Lamego segunda-feira

21h30 - Espetáculo Musical - USKADKASA 6 SETEMBRO terça-feira 22h00 GRANDIOSA MARCHA LUMINOSAPercurso - Início junto à Câmara Municipal, seguindo-se Rua Marquês de Pombal, Praça do Comércio, Rua de Almacave, Rua Cândido Reis, Av 5 de Outubro, Av Dr Alfredo de Sousa, Rua Dr Justino Pinto de Oliveira, Rua D João da Silva Campos Neves, Rua do Columela, e Av 5 de Outubro. quarta-feira 16h00 BATALHA DAS FLORES(O mesmo programa e percurso da Marcha Luminosa da noite anterior) 00h00 - Sessão de FOGO-DE-ARTIFÍCIO Durante o dia e noite grupos de bombos, tocatas, zés pereira, grupos de concertinas e bandas de música levam a Festa a toda a cidade. 1 SETEMBRO 3 SETEMBRO 4 SETEMBRO 5 SETEMBRO 7 SETEMBRO Largo da Sé Av. Dr. Alfredo de Sousa Av. Dr. Alfredo de Sousa Dia do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes 10h30 - Missa de sufrágio pelos Combatentes Mor tos pela Pátria - Capela do Espírito Santo A Festa continua com "Ai Remédios" Centro Multiusos de Lamego A Festa continua com "Ai Remédios" Centro Multiusos de Lamego Encontro dos Amigos de Fafel, Ponte de Pau e Oliveiras

07h| Celebração da Eucaristia, com pregação pelo Cónego João António Teixeira. Santuário de Nossa Senhora dos Remédios 08h Procissão da Imagem de NOSSA SENHORA dos REMÉDIOS do Santuário para a Igreja das Chagas. Acompanhada pela Banda Filarmónica de Magueija 10h| Missa Festiva em Honra da Padroeira, NOSSA SENHORA dos REMÉDIOS 16h| MA JESTOSA PROCISSÃO de TRIUNFO Santuário de Nossa Senhora dos Remédios A Procissão sai da Igreja das Chagas, percorrendo algumas das principais ruas da cidade, e termina na Igreja de Santa Cruz Tema: Andores: O Comissário da Mesa Administra va da Real Irmandade de Nossa Senhora dos Rem dios Dr. Manuel Teixeira “JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE - 2023”

10h00 - MISSA FESTIVA EM HONRA DA PADROEIRA Santuário da Nossa Senhora dos Remédios 16h30 - MA JESTOSA PROCISSÃO de TRIUNFO Durante o dia arruadas pelos grupos de Bombos de Santa Maria de Jazente (Amarante), Associação Despor tiva de Ferreiros (Lamego) e pelas Sociedade Filarmónica de Lalim, Banda Marcial de Cambres e Associação Filarmónica e Banda Juvenil de Magueija, as quais par ticiparão na Procissão de Triunfo onde também par ticipará a Banda Musical de Ferreirim - Sernancelhe. quinta-feira 8 SETEMBRO sexta-feira 9 SETEMBRO

22h00 - Espetáculo Musical SONS do MINHO No final do espetáculo Sessão de Fogo Piro Musical HONRA00h00 DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS 2022 Sessão de fogo de estoira nos quatro cantos da Cidade - ENCERRAMENTO DAS FESTAS DA CIDADE EM 6 SETEMBRO terça-feira quinta-feira 8 SETEMBRO Jardim da República GRANDE NOITE DA ROMARIA DE PORTUGAL Arruadas por rusgas populares que alegremente percorrem a cidade cantando temas populares e cantigas ao desafio, pelo rufar típico dos bombos e alegres toques de concertinas. 23h00 ARRAIAL POPULARBaile com o GRUPO MK MUSIC Jardim da República DIA DE NOSSA SENHORA DOS REMÉDIOS em em a Honraa HonradeN. de N. HonraSra de N. S Sra aSra. . 1.º - São João Paulo II centenário ano 2020 2.º - Coroação de Nossa Senhora - Rainha de Portugal - ano 2021 - 375 anos da coroação 3.º - Visitação - ano da juventude - 2023 4.º - Nossa Senhora da Assunção 5.º - Nossa Senhora dos Remédios (2.º e 3.º andor referem-se aos anos em que não se realizou a Procissão devido à pandemia) www comaromariadepor tugal - Convite à par ticipação dos Cidadãos de Lamego e10h00 seu Termo na Romaria de Por tugal 15h00 às 00h00 - ZIGURFest 21h00 ABERTURA OFICIAL DAS FESTAS DA CIDADE 2022Av. Dr. Alfredo de Sousa 22h00 - Espetáculo Musical - CALEMA No final do espetáculo sessão de fogo-de-ar tifício quinta-feira

PROGRAMA SOMOS PORTUGAL DA T VI Av. Dr. Alfredo de Sousa 21h30 - Concer to MATER DEI Santuário de Nossa Senhora dos Remédios segunda-feira - Kinder Beach Voleibol – Associação de Voleibol10h00 de Viseu - Piscinas Municipais Descober tas 21h30 - Espetáculo Musical inserido na Jornada Mundial da Juventude - OS QUATRO E MEIA Av. Dr. Alfredo de Sousa - XXX Anos da Concentração Motard à Romaria deNossa18h00 Senhora dos Remédios domingo - XXX Anos da Concentração Motard à Romaria deNossa10h30 Senhora dos Remédios 10h00 - Kinder Beach Voleibol – Associação de Voleibol de Viseu - Piscinas Municipais Descober tas 21h00 - FESTA DA RÁDIO DOURO NACIONAL Av. Dr. Alfredo de Sousa terça-feira 21h30 - Espetáculo Musical ARKADIA Av. Dr. Alfredo de Sousa quarta-feira 10h00 - Kinder Beach Voleibol – Associação de Voleibol de Viseu - Piscinas Municipais Descober tas quinta-feira 21h30 - Dia Nacional das Bandas Filarmónicas BANDA FILARMÓNICA DE LALIM Av. Dr. Alfredo de Sousa 10h00 - Kinder Beach Voleibol – Associação de Voleibol de Viseu - Piscinas Municipais Descober tas 2 SETEMBRO sexta-feira - Kinder Beach Voleibol – Associação de Voleibol10h00 de Viseu - Piscinas Municipais Descober tas 18h00 - Inauguração da X Exposição de Objetos Escutistas Salão Nobre e Átrio dos Paços do Município

Susana Massa, diretora da EPDRR

32 VIVADOURO AGOSTO 2022 Peso da Régua

A Escola Profissional de Desenvolvi mento Rural do Rodo (EPDRR), na cidade de Peso da Régua, lançou para este ano um novo curso na área do turismo e vai repetir a experiência de um curso CTeSP, protocolado com o Instituto Politécnico de Bragança.

Com um crescente número de alunos a quererem prosseguir estudos para o ensi no superior, e o aumento da oferta forma tiva, a diretora da EPDRR, Susana Massa, perspetiva um novo ano letivo de suces so, aproximando cada vez mais a institui ção das necessidades da região. Foi exatamente essa proximidade que levou a escola a identificar uma lacuna na oferta formativa na região, criando assim o novo curso de Técnico de Turismo Am biental e Rural e que "vem complementar a oferta formativa que já tínhamos, fazen do uma articulação entre todos os cursos", explica a diretora, completando que "são cada vez mais as unidades de turismo e os eventos na região por isso consideramos que era importante para a escola apostar nestaParaárea".Susana Massa, as falhas de formação são ainda algumas, em especial na área do enoturismo para o qual não existe nenhu ma formação deste grau na região. "Continua a ser uma falha no catálogo nacional de qualificações do ensino pro fissional, não existir um curso técnico pro fissional de enoturismo. Existe um CTeSP de enoturismo por isso considero que na região fazia todo o sentido haver também um curso profissional que desse continui dade depois para o nível 5. É uma lacuna que pode ser colmatada no médio/longo prazo".Paraa diretora da Escola Profissional da Régua, o ensino em geral tem vários desa fios pela frente, desde logo a diminuição do número de alunos, reflexo do envelhe cimento da população e, no ensino profis sional, algum estigma ainda existente e a falta de informação. “Há cada vez menos alunos e as turmas cada vez mais reduzidas. No ensino profis sional há uma dificuldade acrescida por que só começamos a partir do 10º ano e há falta de informação sobre o trabalho que fazemos e a oferta formativa que temos. É difícil por vezes fazer chegar aos pais e alunos a informação sobre o trabalho que desenvolvemos.Seumalunoestiver indeciso no final do 9º ano entre um curso profissional ou um humanístico-científico, a sua primeira op ção raramente será o curso profissional, mesmo não sendo impeditivo de depois prosseguir estudos no ensino superior. O ensino profissional não encerra um ci clo em si, e não obriga ninguém a seguir para o mercado de trabalho no final, há várias hipóteses desde um curso CTeSP ou mesmo um curso superior. O ensino profissional tem uma compo Novo curso de turismo garante crescimento da oferta formativa nente prática muito forte, o que considero uma mais valia para os alunos. Desta forma têm um conhecimento mais aprofunda do da área e um maior entendimento se é aquilo que realmente querem seguir. A componente de formação em contac to de trabalho, que acontece ao longo dos três anos, dá-lhes um contacto muito rea lista com a área de formação e isto é mui to importante. Nós já temos as instalações preparadas para lhes dar uma formação adequada mas o contexto real de trabalho dá-lhes um complemento essencial". Susana Massa explica ainda que a possi bilidade dos alunos do ensino profissional seguirem para o ensino superior foi uma mais valia, registando na EPDRR um inte resse cada vez maior dos alunos por esta solução."Deano para ano sentimos que vai aumen tando o número de alunos que querem se guir a formação para a universidade, em especial ligados às áreas dos cursos que já frequentam aqui. O entusiasmo que vão ganhando com o curso acaba por lhes des pertar curiosidade e interesse em querer obter mais conhecimento por essa área". Entre as mais-valias que representa es tudar na EPDRR estão as condições de alojamento para alunos deslocados.

"Temos alunos de vários concelhos, de Baião a Vila Nova de Foz Côa, Régua, Re sende e muitos outros mais ou menos dis tante. No ano que vai iniciar em setem bro iremos ter alunos de Matosinhos, por exemplo.Temoscondições para eles na própria escola, temos residências com todas as refeições necessárias e de forma gratuita. Basicamente a preocupação que têm de ter é Olhandoestudar.para o futuro Susana Massa explica que a aposta da escola passa tam bém pela modernização dos equipamen tos."Vamos candidatar-nos a um ou dois Centros Tecnológicos Especializados, lan çados pelo Ministério da Educação, para o Ensino Profissional com o objetivo de melhorar a qualificação, tendo como ob jetivo melhorar as infraestrutura e equi pamentos, criando condições únicas para lecionar os cursos que temos. Já temos boas condições mas a tecnolo gia está sempre a evoluir e desta forma poderemos ter equipamentos mais  Temos condições para eles na própria escola, temos residências com todas as refeições necessárias e de forma gratuita. Basica mente a preocupação que têm de ter é estudar.

33AGOSTO 2022 VIVADOUROOpinião

ACESPúblicadeUnidadeSaúdedoDouro

I Ana Luísa Santos Emília EnfermeirasHelenaSarmentoPereiraEspecialistas em Enfermagem Comunitária Água é Vida Segundo a Nova Roda dos Alimentos, a água não se encontra inserida em nenhum grupo individualizado, mas sim de forma destacada no centro da mesma e ainda está representa da em todos os grupos, pois para além de ser um dos constituintes de cada género alimen tício é também muitas vezes necessária na confeção dos mesmos. Sendo esta imprescin dível à vida é fundamental que seja ingerida diariamente.Aáguaéfundamental para manter o equilí brio do organismo e ainda tem como funções: ser componente essencial do sangue, linfa e de todas as secreções corporais, intervir nos processos de digestão, absorção, meta bolismo e excreção do organismo; regular a temperatura do corpo; ajudar a controlar e melhorar o peso e ainda contribuir para uma pele e cabelos mais bonitos. O facto de beber água em quantidade in suficiente pode trazer consequências graves para saúde como dor de cabeça e dificulda des de concentração e memória. Chegando a um ponto de desidratação podemos mesmo alcançar um estado de desorientação, lesões musculares, problemas renais e urinários, convulsões e até mesmo choque. Em último caso e se a situação não for tratada e revertida pode mesmo levar à morte. São diversos os fatores que influenciam as necessidades de água diárias, nomeadamente a idade, a gravidez e lactação, a atividade físi ca, o tipo de alimentação, o clima e as perdas aumentadas que podem ocorrer derivadas de vómitos, náuseas, entre outros. No entanto também perdemos líquidos através da urina, fezes, transpiração e respiração e quando es tas excedem a quantidade de líquidos ingeri dos pode ocorrer desidratação celular. A quantidade de líquidos recomendada por dia é de 1,5 a 2 litros (DGS, 2014), pelo que devemos ter o cuidado de ingerir pelo menos esta quantidade diariamente. Embora exis tam vários tipos de líquidos, como sumos, re frigerantes, chás, tisana e bebidas alcoólicas, ao escolher uma bebida devemos sempre dar preferência à água. Quando queremos uma bebida que não seja água, por se tratar por exemplo de uma ocasião especial, devemos ter em atenção o rótulo e escolher bebidas com menores teores de açúcar e aditivos. Ler o rótulo pode não ser uma tarefa muito fácil, mas existem estratégias simples que nos po dem ajudar. Em relação ao açúcar é possível, e facilitador, estabelecer relação com a medi da de uma colher de chá. Por exemplo, uma colher de chá de açúcar corresponde a 6 gra mas de açúcar, ou seja, se consumirmos uma lata de refrigerante que tem na sua composi ção 30 gramas de açúcar, significa que vamos efetivamente ingerir uma quantidade de açú car equivalente a 5 colheres de chá de açúcar. É fundamental que façamos escolhas cons cientes e acertadas no que diz respeito ao líquido com que vamos hidratar o nosso or ganismo, mas tendo sempre presente que a melhor escolha é sempre a água! A sensação de sede é a forma de o organis mo nos manifestar a sua necessidade de água. Muitas vezes não lhe damos atenção e ao longo da vida vamo-la perdendo, pelo que é fundamental criar o hábito de beber água ao longo do dia. Beba água nas quantidades recomendadas, com ou sem sede! E tenha especial atenção se tiver crianças e idosos a seu cargo, eles são especialmente vulneráveis à desidratação! 

Júri-Concurso Tomate Coração de boi do Douro- IV edição Mesa do Tomate Mesa-concorrentes-Concurso Tomate Cora ção de boi do Douro- IV edição Apesar de todo o seu potencial, o tomate Coração de Boi é também um fruto frágil, “que viaja mal”, como nos explica Celeste Pereira.“OTomate Coração de Boi é um produ to com algumas fragilidades, desde logo é um produto que viaja mal, como costu mamos dizer. Para estar na sua potencia lidade máxima deve ser apanhado bem maduro e isso dificulta o transporte de longas distâncias. Por isso é que também insistimos na ideia que para o provar nas melhores condições é obrigatória uma vi sita à região durante esta época. Obviamente que há sempre soluções para o transporte e em Lisboa, por exemplo, te mos já chefes da alta gastronomia que uti lizam este tomate na sua cozinha mas, não acreditamos que num futuro breve esta seja uma situação muito comum”. Um dos pontos altos desta celebração em torno de um fruto tão peculiar é o concurso do tomate Coração de Boi, que este ano acontece na Quinta de Nápoles, da Niepoort, onde um júri composto por especialistas, enólogos e chefs de cozinha, irá eleger o melhor tomate da região. no dia 26 de agosto. Como em todas as restantes edições, mantém-se o espírito festivo do concurso: terminado o apuramento do vencedor, pelas 18h30, tem lugar o jantar volante, animado por uma mesa de sabores locais e vinhos das quintas concorrentes.

Entre os restaurantes aderentes está o DOC (Folgosa), o Bonfim 1896 (Quinta do Bomfim, Pinhão), o Pickles do hotel Six Senses Douro Valley (Lamego), O Lagar (Torre de Moncorvo), Taberna do Carró (Torre de Moncorvo), Bistrô and Terra ce (Quinta do Tedo), Cais da Villa (Vila Real), Casa de Pasto Chaxoila (Vila Real), Cozinha da Clara (Quinta de La Rosa, Pinhão), Toca da Raposa (Ervedosa do Douro), Cais da Ferradosa (São João da Pesqueira), Cêpa Torta (Alijó), o Aneto & Table (Peso da Régua), Quinta do Portal (Sabrosa), Quinta da Pacheca (Lamego), Cantina de Ventozelo (Quinta de Ventoze lo, S. João da Pesqueira), Castas e Pratos (Régua) e Flor de Sal (Mirandela), Em todos, vai ser possível degustar o Tomate Coração de Boi em saladas ou em pratos especiais concebidos para esta quinzena. Na Toca da Raposa, por exem plo, a proposta é de um menu completo à volta dos sabores do tomate. A chefe de cozinha, D. Graça, propõe Tomate Cora ção de Boi em corte poveiro, flor de sal e azeite virgem extra, milhos de Tomate Coração de Boi, açorda de Tomate Cora ção de Boi e, para a sobremesa, doce extra de Tomate Coração de Boi com gelado de queijo de cabra. A Quinta do Portal tem também uma pro posta tentadora: Tomate Coração de boi em diferentes texturas com pargo assado em aromáticas e legumes. No restaurante O Lagar, são diversas as propostas: sopa de tomate, migas de tomate, doce de tomate. Em todos os restaurantes vai ser possível degustar o fruto na sua plenitude de sabores, aromas, suculência e textura, numa simples salada de tomate com azeite e flor de sal. Festa na aldeia Em parceria com o Projeto Capella, a prova de tomate regressa, no dia 27 de agosto, a partir das 17h30, desta vez na capela barroca da aldeia de Arroios, Vila Real, onde vai ser possível também com prar Tomate Coração de Boi e outros pro dutosAbertalocais.atodos e sem júri nem pontua ções, a prova irá explorar a combinação do tomate com diferentes perfis de azeite e será coordenada pelo presidente do júri do concurso, Francisco Pavão, nome am plamente conhecido no setor do azeite e dos vinhos. Em modo de tempero, parti cipa ainda nesta degustação Jorge Raiado, da Salmarim, empresa algarvia de sal ma rinho e um chefe de cozinha. Terminada a prova, as portas da cape la abrem para o largo da aldeia e para a XII edição do Mercadinho da Capella, um misto de festa, com animação e petiscos, porco no espeto, e venda de produtos das hortas locais, com destaque para o Toma te Coração de Boi do Douro. A participação nesta prova é gratuita, mas aconselha-se reserva para greengra pe@greengrape.pt 

Tomate nos restaurantes durante todo o mês agosto A par do concurso, e durante todo o mês de agosto, os restaurantes de referência da região do Douro aderem à Festa do To mate Coração de Boi, incluindo nas suas ementas pratos inspirados no tomate.

34 VIVADOURO AGOSTO 2022 Após uma paragem forçada de dois anos, devido à situação pandémica, o Concurso Tomate Coração de Boi do Douro está de volta para a sua quinta edição, desta feita na Quinta de Nápoles, da Niepoort. Fotos:Paulo Pereira É “carnudo, suculento, muito aromático e de cor vermelha carregada”, idealmente deve servir-se pouco tempo após a colhei ta, “cortado em bifes, com um pouco de azeite e flor de sal”, quem o diz é Celeste Pereira, mentora e organizadora do con curso que leva já cinco anos a promover este fruto tão característico das quintas e hortas da região. A ideia do concurso, como nos conta Celeste Pereira, “partiu de uma brinca deira que fazia em minha casa com al guns amigos, um deles também produtor de vinhos que estava encantando com a capacidade do Douro em desenvolver frutos extraordinários. Começamos uma espécie de competição a ver quem tinha o melhor tomate. Foi a base para começarmos a fazer al gumas provas cegas envolvendo mais amigos e que depois resultou nesta ini ciativa, com o objetivo de explorar todo o potencial deste produto”. Sendo “um produto que gera paixões”, o tomate Coração de Boi “é a demostração que o Douro tem as características ideais para a produção de vários produtos, não só o vinho como este tomate, o azeite, a maçã ou a amêndoa, por exemplo. Temos de facto um terroir excelente para a pro dução de frutos”. A promotora explica ainda que um dos objetivos deste projeto “era revitalizar as hortas de quinta no Douro, que sempre fizeram parte da paisagem tradicional da região mas que com o passar do tempo foram desaparecendo”, um objetivo que acredita “esteja a ser cumprido”. “É engraçado até verificar, por exemplo, que as quintas que se dedicam ao enoturis mo, chegando esta época apresentam este produto aos seus clientes, percebendo já o seu potencial”.

Tomate Coração de Boi volta a brilhar no Douro

Informal, festivo e envolvente, o con curso conta com a participação dos prin cipais produtores de vinho das quintas do Douro. É itinerante, realizando-se todos os anos numa quinta do Douro diferente. As quatro edições realizadas aconteceram na Quinta Dona Matilde, Quinta de La Rosa, Quinta do Vallado e Quinta de Ventozelo.

Joséregional.Morgado,

A sessão de abertura contou com a presença do Presidente da Câmara Mu nicipal de Trancoso, Amílcar Salvador, o Vice-Presidente da CCDRC, José Manuel Morgado e ainda com o Engenheiro Ale xandre Fonseca, Representante Executivo Mundial do Grupo Altice. De acordo o Presidente da Câmara Mu nicipal de Trancoso “é a Feira Franca mais antiga do país, criada em 1273, por D. Afonso III”. São 749 anos, quase sem interrupção “de comércio, cultura e tradi ção”,Numarelembrou.alturaonde milhares de emigran tes voltam a Trancoso, a Feira é um dos principais pontos de animação onde as tasquinhas, e a venda de produtos regio nais são apenas alguns dos atributos desta feira Presidente da Câmara Municipal de Trancoso relembrou ainda que “a Feira de São Bartolomeu é, sem dúvida, um dos maiores eventos comer ciais do distrito da Guarda e de toda a região Centro”, desempenhando assim um papel preponderante na economia daComregião.um programa musical recheado de nomes de peso, as noites em Tranco Feira de São Bartolomeu de regresso após dois anos so prometem fazer aquecer os ânimos dos visitantes, com os espectáculos de, Resistência, Augusto Canário, Marco Ro drigues, Divagando, Roconorte, Cláudia Martins & Minhotos Marotos, Carolina Deslandes, Pedro Abrunhosa, Zé Amaro, Karetus, Rouxinol Faduncho, e muitos mais. Será uma semana bem recheada. “Serão assim 10 dias de grande anima ção, de grande momento e trocas co merciais, de encontros e reencontros, convívio e partilha entre os trancosen ses e todos aqueles que nos visitarem”, rematou Amílcar Salvador, Presidente da Câmara Municipal de Trancoso. 

Desde 1980

35AGOSTO 2022 VIVADOUROTrancoso

The Romantic Taverntlm:933788570

Considerada como uma das maio res feiras do concelho de Trancoso, a feira de S. Bartolomeu já tem as portas abertas ao público.

doAgênciaPresidenteNascimentoDomingosdaSocialDouro Ai que seca..!! Precisamos de chuva de esperança!

As alterações climáticas são, hoje, re conhecidas como a maior ameaça para as sociedades humanas. Na cimeira do G20, o Secretário-Geral da ONU, Antó nio Guterres lembrou que os relatórios científicos confirmam que a mudança climática é “a maior ameaça à segurança humana e ao desenvolvimento susten tável”. No encontro Petersberg Climate Dialogue, dirigindo-se a ministros de 40 países, voltou a lançar novo alerta sobre um “suicídio coletivo” devido às crises provocadas pelas alterações climáticas. Ao contrário de um outro tipo de crise, como, por exemplo, de ordem financeira (crise de 2008) ou de saúde (a recente pandemia), em que se combate a crise para regressar a uma situação de estabi lidade, nesta crise climática não haverá regresso ao status anterior. O combate significa aprender, sobreviver e prospe rar num planeta onde o clima se alterou repentinamente. Como afirmou Guterres: “o tempo já não está do nosso lado” e “é preciso reduzir as emissões — agora”. Se este é o maior problema da humani dade, porque não agimos? Estamos a agir, talvez não com a rapidez devida, mas a questão está na ordem do dia. No âmbito do Acordo de Paris de 2015, a União Euro peia comprometeu-se a reduzir as emis sões de gases com efeito de estufa em pelo menos 40% até 2030, relativamente aos níveis de 1990. Em 2021, a meta foi al terada para pelo menos 55% até 2030 e um objetivo de neutralidade climática até 2050.AUE é o terceiro maior poluidor mun dial e o cumprimento do Acordo de Paris visa limitar o aquecimento global a 2°C, com referência aos de níveis pré-indus trialização do final do século XIX. Atual mente, estamos entre os 0,95 a 1,20°C. É necessário travar o aumento do aque cimento; aprender a viver no planeta com mais 2°C e com todas as suas conse quências. O primeiro ponto terá de ser (e está a ser) endereçado de forma global, o segundo é específico de cada região e é onde podemos dar um contributo muito importante.Portugalestá numa faixa temperada, com um equilíbrio climático muito par ticular, e as alterações climáticas vão obrigar as cidades e os campos agrícolas a mudar para se adaptarem à nova reali dade. Por exemplo, para o Douro serão necessárias soluções que aliem o conhe cimento dos atores locais com o conhe cimento técnico e científico da Universi dade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Há muito espaço para inovar e experimen tar, sendo que, ao invés de se procurar um novo posicionamento no mercado ou um novo produto, o que se procura verdadeiramente é a sobrevivência de uma região ou de uma atividade. As alterações climáticas são inevitáveis, mas se atuarmos de forma inteligente podemos sair desta crise mais fortes e preparados.  De chuva, literalmente, mas também de soluções estruturais, preferencialmente, de âmbito su pramunicipal.Estamosem seca meteorológica que nos desassossega e fragiliza. Há atividades económicas em ris co. Há populações a ficarem sem abastecimento regular de água. Não lhes faltará totalmente, com grande esforço dos municípios, que não deixarão que tal aconteça. A falta de chuva impediu a acumu lação da quantidade mínima neces sária nas albufeiras e nos aquíferos. Não percebo quase nada de ciência da água. Procuro estar atento ao seu valor económico, já que o intrínseco é cada vez mais um valor maior. Bem sabemos que, invariavelmen te, nos fixamos no ciclo urbano da água e menos na gestão para utiliza ção em geral. Sem desvalorização de algumas boas iniciativas mais estruturantes já concretizadas, no grande Douro pre cisamos olhar o futuro com determi nação quanto à necessidade de rega de culturas com grande peso eco nómico, social e cultural, como por exemplo a maçã. A vinha, por este andar, já precisa em alguns lugares, mas de forma geral, vai precisar tam bém muito de água para sobreviver. No grande Douro existem bons in vestimentos para o abastecimento doméstico, outros são, principalmen te, de retenção de água com objetivo de produção de energia elétrica. Mas a nossa energia coletiva e modo de vida também assentam em culturas agro nómicas que serão inviáveis sem água. Acredito que, no âmbito dos instru mentos estratégicos da água, consi gamos marcar posição que per mita investimentos futuros que salvaguardem o nosso principal modo de vida, a agricultura. Agri cultura que nos dá o cenário que é a principal atração turística. A chuva de esperança será obje tivamente a que cair do céu. Para essa, nada podemos fazer. É esperar. E reter dela o máximo que pudermos.A outra chuva, a metafórica, reside, no nosso olhar estratégico nas decisões na região, e na força que tenhamos para in fluenciar decisões de outras ins tâncias e que devam contemplar este território.  Gilberto Igrejas Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I. P. (IVDP) IVDP próximo dos viticultores Uma das linhas orientadoras do meu mandato, enunciada desde o início, foi aproximar o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, I.P. (IVDP, IP) dos viti cultores da região e restantes players do setor do vinho. O pequeno viticultor, que abunda na região, é muitas vezes o elo mais fraco da cadeia do vinho, mas é ele que faz desta região o que ela é, que ajudou a desenhar esta paisagem deslumbrante, que a tornou uma das mais prestigiadas regiões demarcadas, inscrita na lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. No final do mês passado reunimos em São João da Pesqueira com muitos viticul tores, para lhes dar a conhecer os resul tados da reunião do Conselho Interprofis sional que fixou o benefício para 2022 em 116 mil pipas, no tradicional comunicado de vindima, debater o calendário dessa mesma vindima e apresentar novidades no âmbito do projeto IVDP+, que visa desmaterializar os procedimentos inter nos da instituição, otimizar o seu funcio namento, identificando e melhorando os processos internos de trabalho e dispo nibilizando um conjunto de ferramentas que servem de suporte ao processo de modernização e capacitação dos viticul tores.Cumprem-se assim princípios de trans parência e proximidade que norteiam este mandato. É extremamente importante desenvolver esta cultura de prestação de contas, porque assim é possível fazer com que a comunicação e o diálogo se tornem mais eficazes, melhorando o trabalho em equipa e oferecendo mais clareza nos re sultados. Só assim poderemos aumentar a confiança daqueles com que diariamente colaboramos. E só desta forma estaremos habilitados para, a cada ano, melhorar a qualidade do produto aqui produzido e aumentar o valor da uva paga a cada vi ticultor. A produção de vinhos das duas denomi nações de origem protegidas (DOP), Por to e Douro, é o sustento dos produtores e as exportações a garantia da estabilidade económica e social da região. É essen cial dinamizar a produção, até por uma questão de sustentabilidade ambiental, no quadro das alterações climáticas com que nos temos vindo a deparar. Os co merciantes de maior escala têm vindo a investir na produção própria, mas ainda dependem muito do pequeno viticultor. Ao IVDP, IP cabe fazer este equilíbrio en tre os vários atores económicos, o que, julgo, tem vindo a ser conseguido com sucesso em prol de uma região mais sus tentável. 

36 VIVADOURO AGOSTO 2022 João Barroso - Vice-Reitor para a Inovação, Transferência de Tecnologia e Universidade Digital - UTAD Viver com as alterações climáticas

37AGOSTO 2022 VIVADOURO

VERTICAIS: 1 - Pequena ulceração das mucosas. Demasiado. 2 – Pequeno (Brasil). Nome dado a todas as religiosas professas. 3 – Relativo ao úme ro. Gemer (gír.). 4 Sentido do gosto. 5 – Conhe cer, interpretar por meio de leitura. Caminhar ou dirigir-se para o lugar onde estamos. Seis em nu meração romana. 6 – Tomba. Corda de reboque. Dez dezenas. 7 – Fluido gasoso, transparente e invisível que constitui a atmosfera. Designa a pos se que tem a pessoa de quem se fala. Epiderme, especialmente a do rosto. 8 – Correr ou ligar tou ros. 9 – Objetar. Enérgicos. 10 – Nome de muitas plantas com o caule esférico ou anguloso e com as folhas cobertas de espinhos (pl.). Fragmento de qualquer objeto que se desbasta ou aplaina. 11 – Certo jogo de cartas em que ganhava quem primeiro fizesse nove vazas. Dar asas a.

HORIZONTAIS: 1 – Agastamento. Que tem cor acobreada, mestiço. 2 – Termo. A parte da cozi nha onde se acende o fogo. Estado de um país que não está em guerra. 3 – Escalei. Cãozinho (fam.). 4 – Encolerizar, detestar. Tratamento dado às freiras. 5 – Aquilo que prejudica ou se opõe ao bem. Que te pertence. Sétima nota da escala musical. 6 – Preparação do terreno para a sementeira. 7 – Indica lugar, tempo, modo, cau sa, fim e outras relações (prep.). Claridade que o Sol envia à Terra. Sétima letra do alfabeto grego correspondente ao e longo dos latinos. 8 – Sugar (o leite) da mãe ou da ama. Parede de barro e cascalho apertado entre xaiméis atravessados de fasquias. 9 –Agregar. Relativo ao cervo. 10 – Cólera. Termo indica tivo de um facto na sua unidade ou na sua repetição. Além disso. 11 – Serradura- Servirse de.

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